Alguns conceitos que se transformam na arte da contemporaneidade, no que
diz respeito:
1- Ao público
Na Arte contemporânea, o espectador deixa de ser um contemplador
passivo do estético, para se tornar um agente participante, um leitor ativo
de mensagens. Muitas vezes a obra só se realiza na sua presença e com a
sua participação.
Sensibilizar o espectador é, então, menos importante do que fazê-lo refletir.
2- Ao artista
Este, além de ser um criador, passa a ser um propositor de ideias
e/ou experiências, um manipulador de signos.
3- À originalidade e a autoria
A apropriação de objetos do cotidiano questiona o conceito de
originalidade.
A terceirização de etapas de construção da obra questiona o conceito
de autoria.
4- Às relações entre as obras e o tempo
Obras efêmeras são criadas, fazendo-nos pensar sobre o conceito
de obra-prima, que “dura para sempre”.
Obras que se consomem no tempo, como as performances,
permanecem apenas nos registros (fotografias, vídeos, etc.) e
estes tomam o seu lugar como agentes nos espaços expositivos.
A obra pode deixar de ser um objeto autônomo, resultado de
um trabalho terminado, para se tornar um processo em
desenvolvimento, inacabado por sua própria natureza (work in
progress).
"A Arte Contemporânea não pode ser 'vista' apenas com os olhos. Precisa ser 'percebida' com todo o corpo do seu espectador.“
Desde a Pré-história até a Arte Moderna (Séc. XX) foram desenvolvidas
algumas linguagens expressivas na Arte (denominadas Belas Artes) como
o DESENHO, a PINTURA, a ESCULTURA e a GRAVURA. Em meados do
Séc. XX começam a ser usadas novas linguagens como a COLAGEM, a
ASSEMBLAGE e o READY-MADE que se caracteriza com o uso de
objetos prontos inseridos no mercado de Arte cuja utilidade essencial é
anulada e tomam um novo sentido de acordo com a mensagem que se quer
transmitir no trabalho artístico; assim começa aos poucos uma transição
para as linguagens conceituais que temos hoje e veremos a seguir.
Surge em 1960.
O termo “instalação”, que até então significava a montagem (a instalação) de
uma exposição, passa a nomear essa operação artística em que o espaço,
o entorno, torna-se parte constituinte da obra.
Como linguagem artística se popularizou na década de 70, designando
ambientes construídos e ocupados por objetos diversos, podendo
estimular outros sentidos além da visão, como olfato, tato e audição.
A obra é lançada no espaço, com o auxílio de materiais muito variados, na
tentativa de construir um certo ambiente ou cena, cujo movimento é dado
pela relação entre objetos, construções, o ponto de vista e o corpo do
observador.
Para a apreensão da obra é preciso percorrê-la, passar entre suas dobras
e aberturas, ou simplesmente caminhar pelas veredas e trilhas que ela
constrói por meio da disposição das peças, cores e objetos.
Artistas representativos da Instalação: os minimalistas Sol LeWitt ,
Robert Morris, Dan Flavin; a americana Jessica Stockholder;
E na produção brasileira: Lygia Pape, Hélio Oiticica, José
Resende, Tunga, Mira Schendel, Nuno Ramos, Cildo
Meireles, Carlos Fajardo e Antonio Manuel.
Penetrável – Hélio Oiticica Grande Núcleo – Hélio Oiticica
A intervenção artística se dá sobre uma realidade preexistente, que
possui características e configurações específicas, com o objetivo
de retomar, alterar ou acrescentar novos usos, funções e
propriedades e promover a apropriação da população daquele
determinado espaço.
Outras características: ações efêmeras, espaços abertos, interação com
o público; inserções na paisagem; ocupações de edifícios ou áreas
livres, performances; instalações; vídeos; elementos das artes cênicas
para criar uma determinada cena, situação ou relação entre as pessoas;
panfletos, cartazes, adesivos (stickers), lambe-lambes; interferências em
placas de sinalização de trânsito ou materiais publicitários;
manifestações de arte de rua, como o graffiti.
Alguns artistas: Richard Long, Christo e Jeanne-Claude, Richard
Serra, Gordon Matta-Clark, Banksy, Mark Jenkins. No contexto
brasileiro, Flávio de Carvalho, Hélio Oiticica, Lygia Clark, Cildo
Meireles, Artur Barrio, Paulo Bruscky, Grupo 3nós3, Dante Velloni,
Zezão, Os Gêmeos, Alex Vallauri, Nina Pandolfo, entre outros.
Formas de arte que combinam elementos do teatro, das artes
visuais e da música. No happening o público participa da cena
proposta pelo artista, enquanto na performance não há
participação do público. Tais linguagens devem ser
compreendidas a partir dos desenvolvimentos da Arte Pop,
do Minimalismo e da Arte Conceitual, que tomam a cena
artística nas décadas de 1960 e 1970. Alguns artistas: Yves
Klein, Flavio de Carvalho, Wesley Duke Lee, Nelson Leirner,
Carlos Fajardo, Jose Resende, Frederico Nasser, Hélio
Oiticica, Guto Lacaz, Hudnilson Junior.
Linguagem artística que faz uso das imagens eletrônicas, rompendo com os
padrões estéticos estabelecidos pelas narrativas da televisão e do cinema.
No Brasil, o início da vídeoarte data do princípio da década de 70, em plena
ditadura, quando a ficção estava em alta na TV e a vídeoarte surge como uma
linguagem de contracultura, desmascarando uma realidade sufocante.
Alguns artistas: Vito Acconci, Nam June Paik, Joan Jonas, Ira Schneider. No
Brasil: Antonio Dias, Artur Barrio, Iole de Freitas, Lygia Pape, Rubens
Gerchman, Agrippino de Paula, Arthur Omar, Antonio Manuel, Hélio
Oiticica, Sônia Andrade, Fernando Cocchiarale, Anna Bella Geiger, Ivens
Machado, Letícia Parente, Miriam Danowski, Regina Silveira, Julio Plaza,
Carmela Gross, Marcello Nitsche, entre outros.
CONCEITOS BÁSICOS
HAPPENING
INSTALAÇÃO ARTÍSTICA
INTERVENÇÃO ARTÍSTICA
NOVAS LINGUAGENS
PERFORMANCE
VÍDEOARTE
CONCEITOS BÁSICOS
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Profº: Raphael Lanzillotte
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