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SÃO FÉLIX É REFERÊNCIA EM QUALIDADE DE VIDA (Pág.3) Turismo pode incrementar a economia regional Localidades de grande potencial para atrair visitantes de todas as partes do mundo, como a bucólica Jaguaripe, os povoados de Mutá e Acupe, assim como Saubara, Mutuípe e sobretudo Cachoeira, sentem falta de ações mais decididas por parte dos seus governantes, da iniciativa privada e da própria sociedade organizada no sentido de cobrar investimentos no setor e tornar mais profissional uma atividade que gera progresso e empregos sem poluir ou destruir. O turismo é tema especial desta edição com matéria nas páginas 5, 6, 7, 8, 10, 11 3 12 Corrida de jegues agita distrito de São Gonçalo (pág. 10) Equipe do Reverso visita Mutá e jornal faz sucesso entre os leitores do povoado (pág. 12) Gabrielle Alano Leomir de Jesus Rogério Lacerda Gabrielle Alano Gabrielle Alano
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Reverso 42

Mar 30, 2016

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Jornal laboratorio do curso de jornalismo da UFRB
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SÃO FÉLIX É REFERÊNCIA EM QUALIDADE DE VIDA (Pág.3)

Turismo pode incrementar a economia regionalLocalidades de grande potencial para atrair visitantes de todas as partes do mundo, como a bucólica Jaguaripe,

os povoados de Mutá e Acupe, assim como Saubara, Mutuípe e sobretudo Cachoeira, sentem falta de ações mais decididas por parte dos seus governantes, da iniciativa privada e da própria sociedade organizada no sentido de

cobrar investimentos no setor e tornar mais profissional uma atividade que gera progresso e empregos sem poluir ou destruir.O turismo é tema especial desta edição com matéria nas páginas 5, 6, 7, 8, 10, 11 3 12

Corrida de jegues agita distrito de São Gonçalo (pág. 10)

Equipe do Reverso visita Mutá e jornal faz sucesso entre os leitores do povoado (pág. 12)

Gabrielle A

lano

Leomir de Jesus

Rogério Lacerda

Gabrielle A

lano

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lano

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Jornal Laboratório do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Reitor: Paulo Gabriel Soledad Nacif

Coordenação Editorial: J. Péricles Diniz e Robério Marcelo

Coordenação de Editoração Gráfica: Juliano Mascarenhas

Edição: Toni Caldas (página 3)

Redação: Diogo Oliveira, Lorena Morais, Marília Marques e Valdelice Santos

Centro de Artes Humanidades e Letras (CAHL)Quarteirão Leite Alves, Cachoeira/BA - CEP - 44.300-000 Tel.: (75) 3425-3189

Acesse o Reverso Online: www.ufrb.edu.br/reverso

www.ufrb.edu.br/reverso

INEDITORIAL

CARTA AO LEITOR

Chega o final do semestre, final do ano, hora da gente refletir sobre o que foi feito, o que cumprimos daquilo que foi planejado e o que projetaremos, a partir disso tudo, para o ano que chega, sempre novo, como promessas a serem feitas.

Aqui na redação do Reverso a gente também faz o nosso balanço e, felizes, concluímos que, se de fato a missão principal deste jornal laboratório é oferecer oportunidade para que futu-ros repórteres, fotojornalistas, redatores e editores deste veícu-lo tão difícil quanto relevante e apaixonante que é o periódico impresso exerçam na prática aquilo que vão desempenhar da-qui há pouco no campo profissional - bem, então a missão está mesmo cumprida.

Mais que isso, até. Porque temos consciência de que, neste contexto, não basta ensinar Jornalismo Impresso

Não é suficiente passar aos alunos-repórteres as técni-cas, estratégias narrativas e iniciativas editoriais em busca de uma boa pauta, um trabalho decente de apuração e um texto final limpo, objetivo mas interessante, socialmente interessante.

Não é suficiente orientá-los para a prática de uma boa redação, que esteja de acordo com as expectativas e horizontes de interesse do seu público-leitor, sem descuidar de um estilo que preserve as características e peculiaridades de uma língua regional.

Não é suficiente incentivar à pesquisa, imputar a ética profissional e fomentar os talentos e habilidades individuais em busca daquele repórter-editor com faro para a notícia, que logo vai nos dar aquela manchete a ser comentada na mesa do café da manhã.

Não. Além de tudo isso, com os prazos apertados nos nossos calcanhares, ainda é preciso ousar, atrever-se e, por-tanto, expor-se às críticas. Errando, acertando, mas sobretudo aprendendo. E sendo lido e comentado, no processo.

E isso a equipe do Reverso tem sabido fazer com maes-tria surpreendente para uma garotada do quarto semestre!

Boa leitura!

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Em pesquisas recentes, já recém-divulgadas, São Félix tem o maior índice de desen-volvimento social no âmbito de saúde, segundo o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), estudo realizado pela Federação das Indústrias do Es-tado do Rio (Firjan).

O senso teve evidência por ser uma cidade pobre, situada fora da Região Metropolitana de Salvador, com população in-ferior a 15 mil habitantes.

Segundo o IFDM, entre 2006 e 2007, São Félix obteve um avanço considerável, com 101,9% de melhoria da quali-dade de vida da população em função de investimentos públi-cos na prevenção de doenças.

No últimos anos o municí-pio obteve um importante tra-balho de prevenção. São pro-gramas estruturados, eficientes e intensivos para prevenir do-enças como a diabetes e a hiper-tensão.

Além disso, os idosos po-dem contar com o Centro de Integração e Prevenção à Saú-de do Idoso (CIPS). As crianças e jovens têm acessos a aulas de natação e canoagem; enquanto os idosos, atividades físicas na Academia de Ginástica do Pro-grama Vida Saudável, e trata-mento de Massoterapia.

A população acredita que estes investimentos trazem maior tranqüilidade à comuni-dade. “Antigamente, eu preci-sava ter que me deslocar para Feira de Santana e Salvador em

busca de melhor atendimento, mas agora não. Confio muito no atendimento personalizado do hospital daqui”, relata a mora-dora, Maria Auxiliadora.

Evidência em qualidade

O Hospital Nossa Senhora da Pompéia, administrado pela Santa Casa de Misericórdia de São Félix, representa outro pon-to positivo. A unidade de média e alta complexidade mantém parcerias com a prefeitura, dis-põe de nove leitos de UTI, rea-liza em média 200 partos e 500 internamentos mensais. Atual-mente, contabiliza 95% dos seus atendimentos provenientes do SUS.

As cidades circunvizinhas também são cobertas pela rede de prestação do atendimento hospitalar. O hospital direciona seu atendimento buscando su-prir as necessidades individuais dos habitantes, sendo sinônimo de qualidade. Além de prestar um serviço resolutivo à comu-nidade local, com o acompanha-mento de jovens e crianças.

A fim de prover o atendi-mento pré-hospitalar, o Serviço de Atendimento Móvel de Ur-gência (Samu), reduz o tempo de internação e as sequelas dos traumas, decorrentes da falta de socorro precoce.

Estes e outros planejamen-tos justificam o destaque nacio-nal do município, que oferece atendimentos de urgência e emergência de maneira eficaz, favorecendo a ação dos setores de Saúde e beneficiando toda sua população.

Texto de Cristiano Contreiras

Disposiçao para ginástica, promovida no Dia dos Idosos, reflete as ações diárias

Leomir Santana

Com atividades dedica-das às pessoas da terceira idade, o Ginásio de Esportes Cândido dos Santos foi palco da comemo-ração do Dia Nacional do Idoso. As atividades ocorreram durante toda manhã do dia 7 de outubro, contando com a participação de cerca de duzentos idosos. Dentre as ações, palestras, apresentações de teatro, oficinas, bingos e show musical com o grupo Renascer, animaram o público da melhor idade.

O evento foi promovido pela Secretária de Assistência Social em

parceria com Centro Integrado de Promoção a Saúde (CIPS). O obje-tivo maior foi oferecer aos idosos um dia de confraternização com informação, relaxamento, saúde e diversão. “Eu gosto muito de par-ticipar desses eventos porque é um dia diferente e gostei de tudo que aconteceu aqui”, comenta Al-fredo Brito, que participa pela se-gunda desse tipo de evento.

Foram postas à opção as ofi-cinas de ritmo, recreação, fisio-terapia, bioenergética e beleza. Após as atividades, os idosos fo-ram convidados para um almoço especial para eles. O fim do even-to foi marcado com o sorteio de cestas básicas.

Idosos se divertem em um dia inteiramente dedicado a eles

Texto de Valdelice Santos

São Félix é reconhecida nacionalmentecomo referência em qualidade de vida

Com programas de ação social e aparelhagem hospitalar de qualidade, o município ganha visibilidade nacional

Oh meu rei ! Sorria você está na Bahia.

Baiano é preguiçoso por natureza. Essa é uma idéia que ganhou relevo ao longo dos anos, seja numa roda de conversa, aos grandes veículos de comunicação. O estereótipo da preguiça baiana é representado como uma característica impreg-nada na conjuntura da so-ciedade da Bahia.

O Estado baiano possuiu em sua maioria um povo miscigenado, com a presen-ça forte do sangue africano. Por ser formado em sua maioria por negros e mes-

tiços, a idéia da preguiça e vadiagem foram atribuída a esses sujeitos por parte de uma minoria de “sangue azul”.

Comumente é verificado nos programas midiáticos (principalmente os humo-rísticos) piadas e ironias em relação ao comportamento baiano. Criam-se carica-turas de um povo alegre, festeiro e vadio. Símbolos como a rede, a praia e a água de coco dão sentido para a construção da ima-gem de uma terra paradisí-aca, propicia para a vadia-gem e para o total descanso.

Está inserido no senso

comum o estigma da pre-guiça baiana, na verdade baianos e não-baianos aca-bam por identificar e per-mitir com a permanência desta idéia. Os baianos ab-sorvem o mito da preguiça baiana como um atributo de um povo que combina com maestria prazer e trabalho, em outras palavras, como um privilégio de enxergar a vida por um outro ângulo, o qual combina prazer com responsabilidade.

Para os não baiano o es-tereótipo da preguiça faz parte de uma condição he-reditária, em que baiano é acomodado desde a sua formação identitária. Para os quais a mistura entre negros e índios propiciou uma miscigenação de um povo indolente, averso ao trabalho.

A Bahia é ilustrada pela indústria do turismo como o paraíso de mulatas sensu-ais, belas praias e período de festas o ano todo, por-tanto vincula-se à visão de um ambiente convidativo para o descanso e o bom vi-ver, lugar sem as preocupa-ções de uma vida laboriosa. Criam discursos místicos para reforçar esse estigma da preguiça baiana como uma característica própria do indivíduo baiano.

Carine Costa*

* Carine Costa graduou em Jornalismo pela UFRB agora em dezembro e o tema deste ar-tigo fez parte do seu Trabalho de Conclusão de Curso

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Atribuições do Conselho Tutelar não são conhecidas por todos

De acordo com os conselheiros de São Félix, 40% dos casos atendidos semanalmente no Conselho Tutelar são de coisas que lhe competem e isso tem deixado-os apreensivos. As atri-buições do Conselho Tutelar não são

compreendidas por boa parte da popu-lação do município, há mais de seis anos, tempo em que o ex-conselheiro, Ananias Soares da Conceição, ficou no cargo, o nú-mero de casos neste período atingiu 80%, segundo relato dele.

Os conselheiros já utilizaram meios de esclarecer à popula-ção as suas principais

atribuições: foram em rádios da região e conversaram com a comunidade, mas ainda há pesso-as que não compreenderam direito suas principais funções. O próximo meio que os conselheiros têm em mente, é de no final desse semestre, mostrar a população sanfelista suas ações no município, relacionadas aos

casos que realmente lhe competem, privando os nomes das pessoas en-volvidas.

Casos como de crianças e adoles-centes que não querem fazer as ati-vidades escolares, que xingam em sala de aula, desobedecem aos pais; de pensão alimentícia; e até de idosos que confundem asilo com Conselho Tutelar, são registrados constante-mente pelos conselheiros. “Têm pes-soas que não sabem as atribuições dos conselheiros. Querem que nós trabalhemos como eles desejam, caso contrário, somos mal vistos por todos eles” disse o conselheiro Leandro dos Santos Leite.

Quando as atribuições não são de competência do Conselho, as pessoas são ouvidas e encaminhadas para os órgãos competentes e às vezes, quan-do os casos são simples, os conselhei-ros orientam e tentam revolvê-los, como os das escolas.

Casos difíceis

Para Leandro Leite, os casos relacionados às escolas são mais complicados de resolver porque in-diretamente a escola perde a sua au-tonomia. Mas, mesmo assim, ele e os demais conselheiros sempre aten-dem aos chamados dos professores e diretores.

O Conselho Tutelar de São Félix este ano foi totalmente renovado, não houve reeleição de nem um dos conselheiros. Conforme disseram os novos conselheiros, uma das dificul-dades de conseguir a reeleição é jus-tamente quando eles não atendem as diligências que não lhe competem e as pessoas acham que estes não tra-balham. “O Conselho Tutelar só é bom quando age como polícia e não é nossa essa função, é como o próprio nome já diz: serve mais para aconse-lhar” declara Leandro Leite.

Texto de Valdelice Santos

Valdelice Santos

O acesso ao conhecimento tecnológico deve ser um direito da população carente

A inclusão digital tem grande importância no mundo atual, mas a população necessita de políticas publicas que surtam o efeito esperado

Com o intuito de viabilizar o co-nhecimento das novas tecnologias de comunicação, de forma gratuita para a população carente, foram criados os chamados Centros Digitais de Ci-dadania (CDC), ligados ao Programa Cidadania Digital, de inclusão social do governo do Estado.

A cidade de Feira de Santana, por exemplo, mantém 35 destes cen-tros digitais, a maioria localizada em bairros com população de menor poder aquisitivo. A cidade tem um

grande índice de jovens que tentam ingressar no mercado de trabalho e o conhecimento em informática é um

dos pré-requisitos básicos. Para um dos frequentadores do

CDC instalado no bairro George Américo, o es-tudante Rafael dos Santos, 15 anos, “é mui-to importante esse programa, mas como são muitas pessoas para acessar, principalmente estudantes que querem fazer pesquisas e tra-

Texto de Mairan Reisbalhos, não conseguem em apenas 30 minutos”.

De acordo com Assessoria Geral de Comunicação do governo esta-dual, um total de 5,61% dos cerca de 13 milhões de baianos têm acesso a computadores, quase um terço da taxa média nacional, que é de 11,29%. A exclusão sócioeconômica desen-cadeia uma exclusão digital que tira destas pessoas o direito ao conheci-mento e ao desenvolvimento pessoal e profissional. Por isso, deve existir políticas públicas que melhorem a vida da população e disponibilize o acesso ao conhecimento tecnológico.

Acupe luta por sua emancipaçãoMovimento Emancipacionista de Acupe quer transformar distrito em município

Acupe, distrito do município de Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo da Bahia, é um dos 806 distritos que esperam ser emancipados no Brasil. O pedido foi enviado em 1990 à Assembleia Legislativa da Bahia, um ano após emancipação do município vizi-nho, Saubara. Porém, com a elei-ção do governador Antônio Car-los Magalhães, que oficializou sua posição contrária à emancipações no estado, os anseios não foram concretizados e, posteriormente, as Assembleias Legislativas perde-ram o poder de criar municípios.

A mobilização a favor do des-membramento é bancada pelo Movimento Emancipacionista de Acupe, que surgiu no mesmo pe-ríodo de tramitação do pedido de emancipação de Saubara. O muni-cípio visava em seu projeto agre-gar terras pertencentes à Acupe em sua área territorial. Isso causou revolta aos acupenses, provocando uma caminhada contra a adesão e o desejo em favor da emancipação

do distrito. Arnaldo Ramos, estudante uni-

versitário, participa do movimen-to há 12 anos e está descontente com o descaso da administração municipal para efetivação de polí-ticas públicas. Ele acredita que se Acupe tornar-se município, a qua-lidade de vida dos moradores irá melhorar consideravelmente, pois “emancipação gera receita e de-senvolvimento”, disse.

O Movimento Emancipacionis-ta de Acupe é um coletivo forma-do por moradores, políticos e in-telectuais do distrito e região que se reúnem com freqüência para acompanhar o as resoluções da lei no congresso e discutir sobre me-lhorias para a população.

Domingo Fiaz, professor e po-eta, faz um estudo sobre territó-rios e diz que municípios menores podem ser bem governados: “É bem melhor se ter locais pequenos como município, porque facilita a administração. Acupe tem proble-mas de cidade de pequeno porte. Sinto ausência do poder público”, opinou.

Lorena Morais

Os processos de emanci-pação de distritos atualmente estão suspensos porque a de-cisão depende de uma lei com-plementar federal que ainda não foi aprovada pelo Congres-so Nacional. A PEC 013/03, em tra-mitação a mais de sete anos no congresso, dá aos estados autonomia para criar, fundir, incorporar e desmembrar mu-nicípios mediante lei estadual e realização de plebiscito. Segundo a PEC, “é im-possível para a União estabele-cer (...) as medidas necessárias que contemplem as diferenças e peculiaridades regionais”, de-vendo ser de competência aos legislativos estaduais o estabe-lecimento desses critérios.

Comunidade quilombola

Acupe foi reconhecida em julho deste ano como Co-munidade Remanescente de Quilombo pela Fundação Pal-mares. O pedido foi feito pela Comissão Pastoral de Pescado-res através de líderes comuni-tários, que realizaram palestras durante dois anos para esclare-cimentos e mobilização popu-lar. Cristina Ribeiro, conhe-cida como Nêga, foi uma das articuladoras e acredita que o título possibilitou afirmação de

identidade e melhorias à popu-lação: “Nós temos territórios que estão sendo proibidos de entrar, a lei facilita a desapro-priação de terras”. O certificado foi dado também a outras 46 comunida-des em todo o país, o garante a demarcação e titulação de ter-ras pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, benefício com políti-cas públicas e permissão para que a Palmares defenda juridi-camente as comunidades.

O distrito de Acupe

Acupe fica distante 18 km da sede de seu municipio, Santo Amaro e localiza-se no litoral da Baía de Todos os San-tos, próximo à cidade de Sau-bara. Seu território descende de uma área de engenho no perío-do colonial. Segundo censo do IBGE (2006), o distrito possui 7.000 habitantes, mas de acordo com cálculos de líderes comunitários do distrito, os números atuais constam de 12.000. A maioria da população é de baixa-renda e vive basicamente da pesca de subsistência e mariscagem. Acupe é conhecida por manifestações culturais como Nego Fugido e as Caretas de Acupe, que registram expres-sões criadas por escravos.

Emancipação de distritos

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A localidade quer sua independência administrativa

Marília Marques

Educação e questões de família são apreciadas pelo conselho

Os CDCs combatem a exclusão digital

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Turismo ecológico ainda épouco explorado em Cachoeira

A cidade apresenta inúmeros atrativos naturais, mas faltam investimentos por parte do município

Texto de Lorena MoraisCachoeira é conhecida pela riqueza do seu

patrimônio material e imaterial. Cortada pelo Paraguaçu, o rio oferece uma diversidade eco-lógica durante toda a margem do seu percurso e guarda uma riqueza histórica do Recôncavo. O turismo ecológico em Cachoeira ainda não é muito explorado pela Secretaria de Cultura e Turismo.

Segundo informou o secretário Lourival Trindade, existe um projeto que pretende fazer um levantamento dos atrativos naturais que o município oferece, porém isso acontecerá quan-do o turismo na cidade estiver mais estruturado. É possível conhecer esses locais através de pas-seios de barco ou via terrestre, através da contra-tação de condutores locais.

Davi Rodrigues, vice-presidente da Associa-ção de Guias e Condutores do Vale do Paragua-çu, disse que a própria associação mapeou locais ecológicos, já que Cachoeira também atrai turis-tas que se interessam pelo ecoturismo. Durante a trilha e visitação, os condutores falam sobre a vegetação do local, a importância da preserva-ção da mata ciliar e aspecto de formação do po-voado.

Existe a parceria com alguns condutores de barco – que fazem parte da associação - para passeios no Rio Paraguaçu. Sem contar que os passeios abrangem outras cidades também às margens do rio. A diária custa em média R$80 e pode variar dependendo do número de pessoas. Um dos locais mais visitados é o Hotel Fazen-da Villa Rial, que dispõe de cachoeiras e outros atrativos naturais. Confira os locais para Ecotu-rismo em Cachoeira:

Onde ir: Engenho da Vitória

O que é: Ruínas de um dos mais importantes engenhos de açúcar do Brasil Colônia. Sua exis-

tência data de 1957. Fica à margem direita do rio Paraguaçu e pertence ao distrito de Cachoeira, Tabuleiro da Vitória, distante 6 km da sede.

O que oferece: Permite visita ao casarão e instalações antigas do engenho, além da con-templação do rio Paraguaçu. No local existe um santuário e muitos recados são deixados nas pa-redes. Existe uma trilha que chega a uma bica de água doce.

Duração do passeio: De barco, aproximada-mente 35 min; carro, 20 min.

Onde ir: São Francisco do Paraguaçu

O que é: Distrito de Cachoeira. Foi um dos mais importantes centros do ciclo da cana-de-açúcar. Acredita-se que é uma comunidade re-manescente de quilombo.

O que oferece: Visita as ruínas do Mosteiro de São Francisco e porto. Local para banho de mar.

Duração do passeio: De barco, aproximada-mente 1h40min e 2 horas de caminhada.

Onde ir: Hotel Fazenda Villa Rial

O que é: Hotel localizado numa fazenda produtiva de leite e seus derivados. A Villa Rial tem váris opções de lazer e está localizada em um ambiente tranquilo e em contato com a natureza.

O que oferece: Trilhas ecológicas, passeios a cava-lo, banhos de rio e cachoeira, esportes de aventura e entre outras atividades.

Como chegar: Distante 7 km da sede, a Villa Rial localiza-se na Murutuba, zona rural do município. No km 42 da BA – 422

Mais informações no site: http://www.villarial.com.br/

Onde ir: Cachoeira do Saco

O que é: Saco é uma região da zona rural que dis-põe de trilha ecológica e cachoeira de água mineral.

O que oferece: Local para banho e acampamento.Duração do passeio: Segue de carro até o distrito

de Belém, distante 6 km da sede. De lá pega uma tri-lha até o local, com duração de 15 min.

Os passeios de barco ou canoa são utilizados também como meio de transporte pelas comunidades ribeirinhas

Janaína França

Lorena Morais Marília Marques

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O belo Engenho da Vitória Imagem encantadora de São Francisco do Paraguaçu

Turístas curtem muita diversão, aventura e um

magnífico cenário na Cachoeira do Saco

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Projeto de extensão universitária viabiliza cooperativa de coleta de lixoA iniciativa, denominada Saubara Sustentável se dispõe a capacitar professores e estudantes

do Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL) em projetos de extensão similares

A Cooperativa dos Bada-meiros de Saubara (Cooba-sa), resultado do projeto de extensão promovido pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), busca melhorar as condi-ções socioambientais do município, transformando parte do lixo coletado em renda para as famílias en-volvidas e reduzindo o lixo sólido despejado no meio ambiente.

Em voga desde março deste ano, o projeto repre-senta um investimento de R$ 180 mil através do fi-nanciamento da Fundação

de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb).

O trabalho é orientado por uma equipe articulada por Texto de Caiã Alves Pires

seis professores da UEFS, dois estudantes de pós-gra-

duação, três estudantes de graduação e quatro do ensino médio.

São 18 badameiros (coletores de lixo) que saem a campo, enquan-to outros quatro ficam na sede da cooperativa para a triagem do ma-terial coletado. A ini-ciativa também conta com a limpeza de 14 quilômetros de praias do município, como Cabuçu, Pedras Altas, Bom Jesus dos Pobres e Monte Cristo.

O lixo reciclável é vendido a um terceiri-

zado, chamado de atraves-

sador, que revende à indús-tria. Segundo Eleidalglim Lopes Correia, 27 anos, di-retora superintendente co-mercial da Cooperativa, a sede da Coobasa passa atu-almente por reforma.

De fato, o espaço pede por maior estrutura. Pa-redes sem reboco, falta de equipamento (prensa, ba-lança, carrinhos de coleta), telhado em risco de cair, portas velhas e falta de es-paço são os principais pro-blemas. “Com o apoio da prefeitura, conseguimos o espaço e o transporte. O Projeto caminha bem, po-rém pedimos mais, o meio ambiente pede mais” acres-centou a diretora.

Santo Antônio de Jesus é líder no Recôncavo em empreendedores individuais

O município registrou mais de 700 destes profissionais, que se beneficiam das vantagens do Programa Tô Legal

Desde que foi lançado no Município, em 4 de no-vembro, o projeto regis-trou um mais de 700 em-preendedores individuais que passaram a contar com uma série de vantagens, como ser enquadrado no sistema Simples nacional.

Segundo a responsável pelo atendimento indivi-dual do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pe-quenas Empresas (Sebrae),

Celeste Aquino, o municí-pio já ultrapassou a meta inicial, que era de 550 ca-dastrados, ocupando hoje a 15ª colocação entre as ci-dades da Bahia com maior número de Empreendedo-res Individuais. Segundo ela, um dos motivos do sucesso da campanha foi a parceria com a prefeitura, que liberou alvarás gratui-tamente.

O custo máximo de for-malização junto ao progra-ma é de R$ 62,10 por mês, revertidos em descontos

no IPTU do exercício sub-seqüente e isenção do pa-gamento na taxa de licen-ça e localização, dentre outras vantagens. Através do programa, trabalha-dores como donos de bar, vendedores, ambulantes, cabeleireiro, manicures, costureira, pipoqueiros, artesão, pintores, passarão a ter direito aos benefícios como aposentadoria, auxí-lio-maternidade, auxílio-doença, entre outros. A redução da burocracia é também um atrativo.

Texto de Juliana Barbosa

Mairan Reis

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igo

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verd

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Mutuípe, a flor do Vale do Jiquiriçá

A cidade recebeu este nome em referência ao pássaro co-nhecido como mutum, abun-dante à época da colonização da região. O município está localizado no Vale do Jiquiri-çá, sudoeste da Bahia, na zona fisiográfica do Recôncavo Sul, com área de 320 km² e população aproximadamen-te de 22 mil habi-tantes, segundo o Censo 2010 reali-zado pelo Insti-tuto Brasileiro de Geografia e Esta-tística (IBGE).

Na economia local, o destaque é a agricultura, principalmente a atividade ca-caueira, favore-cida pelo clima tropical, típico da Mata Atlânti-ca. Mutuípe tem aproximadamen-te 5 mil hectares cultivados com a lavoura cacauei-ra e, apesar da

incidência do fungo conhecido como vassoura de bruxa, que nos últimos anos colocou sua produção em crise, chega a produzir 3 mil toneladas de cacau anualmente.

Outra atividade em evidência e crescimento acentuado é o comércio, hoje bastante diversificado, contri-buindo de maneira decisiva para o crescimento da cidade e a geração de empregos. A cidade também se mos-

tra disposta a investir no eco-turismo como forma de atrair turistas em busca de lazer nas belas queda d’água que a região possui, como a Ca-choeira Alta, a Roda D’Água, Três Saltos e Véu de Noiva. São oferecidas opções para acampamento, rapel, trilha e banho, tudo com uma visão privilegiada da natureza.

Mas não é só o turismo que tem atraído visitantes a Mutuípe. A cidade é bastante procurada também em época de eventos como o São João, Feira Chique, festa do Padro-eiro São Roque, Cavalgada da Independência e o 12 de Outubro, data do aniversário municipal.

Texto de Suely Alves

Gabrielle AlanoGabrielle Alano

Gabrielle A

lano

Aprenda a fazer uma cocada típica do Vale do Jiquiriçá

Mutuipe, cidade situada no Vale do Jiquiriçá, fica a 235 quilôme-tros de distância de Salvador e tem como forte produto econô-mico o cacau, cultura que ocu-pa mais de 3.670 hectares de área plantada. Na culinária local, é do cacau que se prepara uma deliciosa sobre-mesa, a cocada de cacau. Anote como fazer esta iguaria:

Ingredientes:

1 copo de semente de cacau seca 1 copo de leite 1 kg de açúcar 1 coco ralado

Modo de preparo:

Tire a pele do caroço do cacau e coloque para secar ao sol. Bata no liquidificador a semente seca junto com o leite. Leve ao fogo adicio-nando o açúcar e o coco ralado. Mexa até que a cocada comece a endurecer. Coloque no mármore, corte em pedaços e se delicie com a maravilha que é a cocada de cacau!

Texto de Laís OliveiraMaria Olívia

A cooperativa reúne badameiros de Saubara preocupados com a preservação ambiental

O projeto do Sebrae é sucesso no município

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Corrida de jegues movimenta distrito de Afligidos

Já dizia o grande poeta e rei do Baião, Luiz Gonzaga, que “o jegue é nosso irmão”.

Foi neste clima de frater-nidade que aconteceu, no domingo do último dia 14 de novembro, mais uma edição da Corrida de Jegues de Afli-gidos, distrito que fica a de 20 quilômetros da cidade de São Gonçalo dos Campos. O evento atriu muita gente ao distrito. Segundo os organi-zadores, por ser um animal de alta resistência e típico da região, o jegue não sofre tan-to com a disputa, além de ser bem tratado antes e depois da corrida.

Todo ano, no mês de no-vembro, uma equipe de emis-sora nacional de televisão

costuma cobrir o evento, dan-do visibilidade aos jericos. Assim, turistas e nativos se amontoam para acompanhar de perto a corrida, sem falar que as apostas correm às sol-tas. Este ano, de acordo com os apostadores, o jegue cha-mado Natakatushia seguiu favoritíssimo, ganhou pela sexta vez seguida e continua sendo o campeão em apostas.

Um dos requisitos para participar da disputa é correr liso, ou seja, correr sem espo-ras para que não causar maus tratos ao animal. Os festejos tiveram desfile de bloco e festa por conta dos grupos musicais No Alvo, Estilo do Gueto, Tom Santana, Swing e Renovação.

Texto de Rogério Lacerda

Rogério Lacerda

Será simples a Campanhada CDL de Mutuípe este ano

A Câmara de Dirigentes e Lojistas (CDL) de Mutuípe anunciou que fará uma cam-panha de final de ano mais simples, em razão das difi-culdades que tem enfrentado o comércio local. O motivo foi a baixa vendagem devido à queda no preço do cacau, produto que é o principal gerador de renda no mu-nicípio. Segundo Marilúcia Lopes, diretora da CDL, as vendas do comércio já foram mais fortes que nesse final de 2010.

Marilúcia Lopes está a três anos dirigindo a entidade e

observou durante esse perío-do que há muitas resistências por parte dos comerciantes em aderir às campanhas de-senvolvidas pela CDL. “Os comerciantes não sabem dos benefícios que a adesão pode trazer”, afirmou. De um total de 200 comerciantes locais, apenas 35 são filiados.

No final deste ano a enti-dade está sorteando uma TV de plasma, um microcompu-tador e uma moto CG Titan Honda zero km. Os sorteios serão feitos todos os sábado do mês de dezembro, em praça da cidade.

Marilúcia ainda fez ques-tão de ressaltar que o comer-ciante que não se filia à CDL deixa de obter diversas van-

tagens, como o do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), acarretando, assim, um pre-juízo muito grande. A câ-mara oferece ainda cursos de capacitação, tanto para o empresário quanto para os funcionários da empresa.

Luís Augusto, gerente da Rarozil Material para Cons-trução, concorda que as ven-das estão lentas esse ano de-vido ao baixo valor do cacau. Mas mesmo assim a sua loja estará sorteando uma moto nova para comemorar os 30 anos de aniversário. “Uma empresa com 30 anos de cre-dibilidade no mercado não poderia deixar passar em branco uma data tão espe-cial”, frisou.

Texto de Rogério Lacerda

Turismo em Jaguaripe precisa de infra-estrutura

A cidade é pacata e possui um grande patrimônio histórico e naturail, que devido à falta de infra-estrutura deixa de ter bom aproveitamento turístico.

Apesar das construções histó-ricas dos séculos XVII e XVIII, de uma diversidade de praias e mangues, da realização de rega-tas e de um carnaval tradicional com bandas e mascarados, Jagua-ripe sente falta de investimentos para incrementar a atividade tu-rística.

Segundo Adriana Carvalho, recepcionista da Pousada Por-to de Jaguaripe, “não há muitos investimentos no turismo, mas sempre vem turista de todos os locais para participar da Festa da Regata que é uma das grandes atrações da cidade.”

Jaguaripe tem a pesca e o co-mercio como principais ativida-des econômicas e os meses de outubro à fevereiro são de alta estação para exploração do tu-

Texto de Josiane Nascimento

rismo, pois é quando acontecem os principais eventos. Neste pe-ríodo, os moradores alugam suas casas para os turistas como uma fonte alternativa de renda.

As pessoas que buscam por paz e tranqüilidade certamente vão encontrar na cidade,que pos-sui um lindo acervo de praias, locais históricos e manguezais. Para Rosiel Conceição Freire, dono de uma panificadora, “a ci-dade parece um condomínio fe-chado, onde todos se conhecem. É tranqüila e preserva a privaci-dade dos moradores. De manhã, vou à padaria, toco meu violão e ainda posso ir dar um mergulho na praia. Eu já morei em Salva-dor, mas paz, mesmo, só encon-tro aqui.”

Mas ressalta que faltam investimen-tos e uma boa ad-ministração para atrair os turistas. “Se tivesse isso, a cidade se tornaria um grande pólo turístico. Aqui tem belas praias como Garcez, mas não tem estrutura para receber os turis-tas que vem aqui e fica sem saber o que fazer para se divertir”, recla-mou.

A falta de guias também dificulta o acesso às atrações naturais, mas os visitantes podem aproveitar um belo passeio de barco

no encontro dos rios Jaguaripe e da Dona com o Atlântico, além de conhecer as cachoeiras locali-zadas nos distritos da zona rural.

Como Chegar

Jaguaripe está a 239 km da ca-pital baiana. A partir de Nazaré, seguir em direção sul por mais 10 km até o entroncamento com Jaguaripe. Daí, mais 14 km de es-trada bastante sinuosa até chegar à Jaguaripe. Saindo de Cachoeira os turistas interessados em visi-tar Jaguaripe vão encontrar uma malha rodoviária, em boas con-dições, mas pode deparar com alguns trechos que estão em re-forma e estrada esburacada na entrada da cidade.

Gab

riel

le A

lano

Gabrielle Alano

Saubara renova plano para o turismo localFoi encaminhado recentemente à Câmara de Vereadores de

Saubara o Plano de Desenvolvimento Local (PDL). Segundo o secretário de turismo e meio ambiente, Jair Sarmento da Silva, o problema está no fluxo e refluxo de turistas na cidade. O secretá-rio explicou que é necessário para o município uma boa estrutura de área turística: hotéis, estacionamento, distribuição de água, etc. A estrutura mínima ainda não é o suficiente.

No entanto, a proprietária de uma pousada, Antonia Gildina do Carmo, considerou esse ano uma das piores temporadas.

Através do PDL será possível fixar o zoneamento e gabaritos de edificações nas áreas de Saubara, Cabuçu e Bom Jesus dos Po-bres. A reforma do PDL está relacionada ao grande impacto am-biental no Recôncavo que poderá ser causado pela implantação do estaleiro naval na cidade de Maragogipe. Pela proximidade, o muinicípio foi considerado como Área de Influência Direta (AID) do empreendimento. Isso significa que terá impactos ambientais, causando prejuízos principalmente a marisqueiras e pescadores.

Com a implantação do estaleiro naval haverá também um grande fluxo de pessoas, sendo necessário a construção e manu-tenção de rodovias, abastecimento de água e energia elétrica. O plano irá passar por modificações necessárias para aprovação, “sem a aprovação do PDL nada pode ser feito” declarou o secre-tário de turismo.

Texto de Rosalvo Marques da Silva JuniorA Igreja Matriz de Nossa Senhora da Ajuda

O bonito Fórum de Jaguaripe

Maus tratos aos animais são proibidos pelos organizadores da corrida

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Alguns flagrantes do cotidiano dos moradores da bonita localidade de Mutá através das lentes da fotógrafa Gabrielle Alano

Transporte alternativo com carinho e cuidado incluídos

O Reverso fez sucesso na mesa de dominó

Beleza, charme e bom gosto para leitura

Pausa para observar a movimentação