Introdução Uma das invenções mais importantes da história da humanidade foi a roda, por volta de 3000 a.C. Figura 1 Talvez essa ideia tenha surgido da observação de formas arredondadas existentes na natureza, por exemplo, um tronco de árvore que pode rolar quando empurrado. A partir dessa ideia, foi possível chegar à roda e seus vários tipos: rodas de carroças, de carros, de locomotivas, rolamentos, engrenagens, entre outras. Nesta apostila daremos ênfase à linha que contorna o círculo, ou seja, à circunferência. Relações Métricas na Circunferência Na Figura 1 tem-se uma circunferência de centro O e raio R. Figura 2 Se considerarmos a circunferência mais a sua parte interna, temos um círculo (Figura 3). Relações Trigonométricas na Circunferência 26
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Relações Trigonométricas na Circunferência€¦ · Figura 3. Contornando um círculo com um fio e depois o esticando, obtemos o comprimento . C. da circunferência. Na figura
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Introdução
Uma das invenções mais importantes da história da humanidade foi a roda, por
volta de 3000 a.C.
Figura 1
Talvez essa ideia tenha surgido da observação de formas arredondadas
existentes na natureza, por exemplo, um tronco de árvore que pode rolar quando
empurrado.
A partir dessa ideia, foi possível chegar à roda e seus vários tipos: rodas de
carroças, de carros, de locomotivas, rolamentos, engrenagens, entre outras.
Nesta apostila daremos ênfase à linha que contorna o círculo, ou seja, à
circunferência.
Relações Métricas na Circunferência
Na Figura 1 tem-se uma circunferência de centro O e raio R.
Figura 2
Se considerarmos a circunferência mais a sua parte interna, temos um círculo
(Figura 3).
Relações Trigonométricas na
Circunferência
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Figura 3
Contornando um círculo com um fio e depois o esticando, obtemos o comprimento
C da circunferência. Na figura 4 observa-se essa definição.
Figura 4
Desse modo, tem-se que C é o comprimento da circunferência, D é o diâmetro e
R o raio. Além disso, é uma constante que equivale a aproximadamente 3,14.
Arcos de Circunferência
Os pontos A e B dividem a circunferência em duas partes. Cada uma dessas
partes é denominada arco da circunferência.
Figura 5
Quando nos referimos ao arco maior, marcamos mais uma letra nesse arco.
𝐶 = 𝜋𝐷 ou 𝐶 = 2𝜋R
𝜋 = 3,1415926
arco ABO Arco menor é indicado por arco
AB.
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Figura 6___________
Arcos e Ângulos
Dividindo uma circunferência em 360 partes iguais, cada uma dessas partes é um
arco de 1º (um grau).
Por isso dizemos que a circunferência toda tem 360º.
Esse raciocínio pode ser interpretado melhor na Figura 7.
Figura 7
Nas figuras abaixo se pode observar que a medida em graus de um arco é igual à
medida em graus do ângulo central correspondente.
Figura 8
arco AXB
Como o ângulo destacado na cor laranja mede
90º, o arco destacado na cor vermelha também
mede 90º.
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Figura 9
A mesma situação ocorre para os casos abaixo:
Figura 10
Figura 11
Figura 12
Os submúltiplos do grau são o minuto e o segundo. Dessa forma, tem-se:
• Um minuto é igual a
do grau.
• Um segundo é igual a
do minuto.
med(AXB)= 270º
med(AB)= 90º
Neste caso o ângulo mede 360º, logo, o arco
destacado na cor vermelha também mede 360º.
med(AB)= 30º
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Usando a simbologia:
° Grau
' Minuto
'' Segundo
Exemplo: Se a medida de um arco é 50 graus, 15 minutos e 27 segundos, indica-
se: 50º 15' 27''.
Comprimento de um arco de circunferência
Observando a imagem abaixo, pode-se afirmar que:
Figura 13
Com isso, conclui-se que o comprimento de um arco é diretamente proporcional a
sua medida em graus.
Retas e Circunferência
Analisando a Figura 14, tem-se:
Figura 14
Em um plano, uma reta e uma circunferência podem ter em comuns dois pontos
distintos, um único ponto ou nenhum ponto. Observe os casos a seguir:
O arco AC mede 120º, e o arco AB mede 60º. O arco AD mede 180º, e o arco AB mede 60º.
C e F são pontos externos à circunferência.
B e O são pontos internos à circunferência.
A, E e G são pontos da circunferência.
AE é uma corda onde os pontos A e E pertencem a mesma circunferência.
AG é o diâmetro, pois, a corda passa pelo centro da circunferência.
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Figura 15
Figura 16
Figura 17
Relação entre as Cordas
Consideremos as cordas e que se interceptam no ponto P. Conforme a
Figura 18.
Figura 18
Observando os triângulos PAD e PCB, tem-se:
Além disso, observa-se também que (são opostos pelo vértice).
𝐴 𝐶 (medem 𝐵𝐷
2: ângulos inscritos no mesmo arco BD)
A reta s e a circunferência têm dois pontos em comum,
A e B distintos. Logo, s é secante à circunferência.
A reta t e a circunferência têm um único ponto E em
comum. Logo, t é tangente à circunferência. O ponto
E é o ponto de tangência.
A reta tangente a uma circunferência é perpendicular
ao raio no ponto de tangência. (Ver aplicativo no
Geogebra)
A reta u e a circunferência não têm nenhum ponto em
comum. Logo, u é externa a circunferência.
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Logo,
Como esses triângulos são semelhantes, podemos escrever:
=
. Fazendo
meio pelos extremos tem-se: =
Em resumo, se duas cordas de uma circunferência se interceptam, então, o
produto das medidas das duas partes de uma delas é igual ao produto das
medidas das duas partes da outra.
Relação entre as Secantes
Consideremos dois segmentos e ; traçados por um ponto P externo à
circunferência, e suas respectivas partes externas e . Conforme a Figura
19.
Figura 19
Observando os triângulos PAD e PCB, tem-se:
A é o ângulo comum aos dois triângulos
(medem
2: ângulos inscritos no mesmo arco )
Logo: . Como esses triângulos são semelhantes, pode-se afirmar
que:
=
Fazendo meio pelos extremos tem-se: = .
Em resumo, se por um ponto externo a uma circunferência traçarmos dois
segmentos secantes, então, o produto da medida de um deles pela medida da
sua parte externa é igual ao produto da medida do outro pela medida da parte
externa deste segmento.
Relação entre Secante e Tangente
Consideremos um segmento secante , sua parte externa e um
segmento tangente a uma circunferência, traçados de um mesmo ponto
externo P.
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Figura 20
Observando os triângulos PTA e PTB, tem-se: ângulo comum).
(medem
2: está inscrito no arco , e é ângulo de
segmento correspondente ao arco ). Logo,
Como esses triângulos são semelhantes, podemos escrever:
=
. Fazendo
meio pelos extremos, tem-se: 2 = , passando o expoente para o
segundo membro em forma de raiz, tem-se: = √ .
Em resumo, se por um ponto externo a uma circunferência traçarmos um
segmento secante e outro tangente a ela, então, a medida do segmento
tangente é média geométrica entre as medidas do segmento secante e da sua
parte externa.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
BONJORNO, J. R.; BONJORNO, R. A.; OLIVARES, Ayrton. Matemática: