A CRIANÇA NO ESPAÇO URBANO: CAMINHOS ESCOLARES TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO Marieta Colucci Ribeiro Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo - FAUUSP - São Paulo - Brasil Rua Vitorino de Carvalho 455, Vila Beatriz, CEP 05447-140 - São Paulo - Brasil [email protected] ; http://issuu.com/marietacolucciribeiro/docs/_final (+55 11) 3021 4977 ou (+55 11) 983 231 925 A criança, como qualquer cidadão, tem o direito à cidade. Deve poder escolher e vivenciar suas próprias experiências desde cedo, ir e vir, seguir ou parar conforme algo lhe chame a atenção, e assim, ir conhecendo o mundo onde vive. Para isso, os bairros devem ser pensados como uma rede de equipamentos a ser utilizada por todos: este território é que deve ser, em si, uma escola. O aprendizado e os ambientes educativos não devem se deter a um edifício específico e fechado, mas sim coexistir no bairro todo. O domínio deste bairro, pela criança, significa o princípio de uma apropriação futura da cidade. E é através dos caminhos escolares que toda a rede se conecta. Neles, além da simples conexão física, são trabalhadas questões como a inserção da criança na cidade e a autonomia infantil, ENSINO INFANTIL EMEF VILA MUNCK ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO TÉCNICO ESPORTE E LAZER RODOVIA RAPOSO TAVARES RODOANEL MÁRIO COVAS COHAB RAPOSO TAVARES SOCIEDADE IRMÃS PAULINAS BAIRRO PQ. IPÊ CENTRO COMERCIAL RAPOSO TAVARES CDHU RAPOSO TAVARES COHAB MUNCK VILA OLÍMPICA MÁRIO COVAS COOPERCOTIA ATLÉTICO CLUBE “FUTURO PARQUE TIZO” Rodovia Raposo Tavares, São Paulo, região perigosa e de grande risco para pedestres. Nela, carros possuem vantagem sobre pedestres. A superioridade se dá em quase todos os espaços: nas vias expressas, mas também na maioria das áreas livres – que são ocupadas como estacionamento. A diretriz primeira é conseguir conectar todos os pontos levantados e fazer com que os deslocamentos sem o automóvel sejam predominantes para os moradores. Essa diretriz, como muitas das demais, vale tanto para crianças como para os demais pedestres, seja a idade que tenham. Busca-se incentivar o uso de diferentes usuários, garantir segurança física, promover variedade contínua ao longo do trajeto; ou seja, ser apropriado à escala humana. aparentemente já esquecidas nos dias de hoje. Para isso, são necessários o preparo e incentivo da comunidade, principalmente de pais e professores, demostrando a validade e importância do locomover diário da criança. Trata- se de um projeto coletivo no qual todos são agentes: toda a comunidade deve ser envolvida, desde o começo. O governo local deve promover o projeto, os pais devem reconhecer a vantagem de deixar seus filhos irem a pé, os comerciantes ser alertados de sua função como “guardiões” do caminho e as crianças, protagonistas, ser consultadas durante todo o processo. A partir do entendimento dos processos de melhoria urbana e de como reinserir a criança no espaço urbano, escolheu-se uma escola a ser tomada como ponto de convergência: EMEF Vila Munck. Está situada às margens da LOMBOFAIXA PONTO FINAL DE ÔNIBUS FAIXA CONTÍNUA (INTERTRAVADO DE CONCRETO 10 X 20) (INTERTRAVADO DE CONCRETO 20 X 20) PASSAGEM EXISTENTE QUADRA COMERCIAL BANCOS 3 JACARANDÁS E SIBIPIRUNAS PAU-FERRO GRAMADO EXISTENTE RUA COMPARTILHADA RUA COMPARTILHADA RUA JOAQUIM GUIMARÃES BANCOS NOVAS LIXEIRAS ÁRVORES EXISTENTES PONTO DE ÔNIBUS CHUVAS DE OURO E PATAS DE VACA TIPUANAS RODOVIA RAPOSO TAVARES VIADUTO PASSARELA DE PEDESTRES ACOPLADA PONTO DE ÔNIBUS LOMBOFAIXA RUA PARTICULAR BOSQUE EXISTENTE SOCIEDADE IRMÃS PAULINAS LOMBOFAIXA JACARANDÁS E SIBIPIRUNAS GUAPURUVÚS ERETRINAS CALIANDRAS B A B A Uma escola é um ponto de convergência: a ela se dirigem todos os seus alunos, professores e funcionários todos os dias, através de diferentes rotas. Escolhida a escola(EMEF Vila Munck), tomou-se como base um raio de 1.5 km no qual seria aplicado o projeto. Foram localizados todos os pontos de interesse (educação e lazer) a serem conectados pelos caminhos escolares, a serem percorridos livremente pelas crianças da comunidade. Foram pensados praças e pontos focais para que se criem pequenos objetivos ao longo do caminho, o que o torna muito mais agradável. No que concerne às crianças propriamente ditas, pensa-se na parte lúdica e interativa: que a experiência do caminhar seja completa, estimulada por todos os sentidos. Este aspecto é resolvido principalmente através da vegetação e dos pisos, que conferem mais cor, textura e movimento aos trajetos. RODOVIA RAPOSO TAVARES VIADUTO PARQUE IPÊ PASSARELA EMEF VILA MUNCK NOVO CEI VILA MUNCK FÁBRICA IRMÃOS GOMES COHAB VILA MUNCK CDHU RAPOSO TAVARES FÁBRICA ARCOENGE PASSARELA RODOVIA RAPOSO TAVARES VILA OLÍMPICA MÁRIO COVAS MILAN LEILÕES NOVO EMPREENDIMENTO SOCIEDADE IRMÃS PAULINAS ETEC RAPOSO TAVARES EMEI COHAB RAPOSO TAVARES RUA CACHOEIRA PORAQUÊ RUA CACHOEIRA PORAQUÊ CONDOMÍNIO GREEN VILLAGE RUA JOAQUIM GUIMARÃES NOVA RUA 1 NOVA RUA 2 ESCOLAS PRAÇAS/PONTOS DE ENCONTRO N MAPA DA REGIÃO E SEUS EQUIPAMENTOS DE INTERESSE (RAIO = 1.5KM) VILA MUNCK: PRAÇA PRINCIPAL DA COMUNIDADE PRAÇA PRINCIPAL TRAVESSIA SEGURA: LOMBOFAIXAS DIAGRAMAS: ABERTURA DE NOVAS VIAS DIAGRAMAS: VARIEDADE AO LONGO DE UM CAMINHO VEGETAÇÃO: PENSADA DE ACORDO COM SEU CARÁTER LÚDICO E INTERATIVO ANEL VIÁRIO: NOVAS POSSIBILIDADES PARA PEDESTRES CORTE AA CORTE BB ENTRADA DA ESCOLA: LOCAL DE ESTAR EMEF VILA MUNCK PLANTA DE SITUAÇÃO: O NOVO BAIRRO N N CICLOVIA VILA MUNCK: PROPOSTA DE ADAPTAÇÃO DA COMUNIDADE (COHAB) N COHAB: RUA COMPARTILHADA PLAYGROUND BL.01 BL.02 BL.04 BL.03 BL.05 BL.06 QUADRA EXISTENTE RUA JOAQUIM GUIMARÃES (PRINCIPAL) BL.10 BL.07 BL.11 POMAR NOVA RUA ESTACIONAMENTO BL.08 BL.12 BL.09 BL.13 AGOSTO 2014