OS DESENCARNADOS CICLO III 02/15/2012 Clea Alves
OS DESENCARNADOS
CICLO III02/15/2012Clea Alves
ROTEIRO
• Como lidar com os Espíritos • Os Espíritos obsessores • Medo de Espíritos desencarnados
• Comunicações grosseiras,frívolas e sérias
• Médiuns interesseiros• Fraudes espíritas
Como lidar com os Espíritos
“Os Espíritos são pessoas e como tais devem ser
tratados.”“Nem subserviência e
adorações doentias, nem tampouco medo como se
fossem criaturas sobrenaturais divinizadas.”“Devemos tratá-los com o
mesmo respeito e consideração com que
tratamos as pessoas, com a mesma naturalidade com
que o fazemos na vida social comum.”
“Para que essa relação seja mais natural é
necessário que tornemos o contato
com os desencarnados algo comum e que a mediunidade passe a ser encarada como
uma faculdade de uso corrente entre nós
encarnados.”
(Adenáuer Novaes – Psicologia e Mediunidade)
“A religiosidade com que se tratam os Espíritos
decorre do modo primitivo como sempre se lidou com aquilo que
era considerado sobrenatural.”
(Adenáuer Novaes – Psicologia E Mediunidade)
A comuniçação com os Espíritos deveria ocorrer de maneira
natural.Não devemos encarar os
médiuns como Oráculos e nem tratarmos Espíritos como divindades religiosas.
O Espiritismo vem mudar essa idéia destruindo o mito do sobrenatural
nas comunicações com Espíritos.
Assim devemos tratar os Espíritos como pessoas, sem
artificialismos e sem tratamentos como se fossem
divindades. Mesmo quando os imaginamos maus os
consideramos semi-divindades.
LE- 77- São os Espíritos seres distintos da Divindade ou apenas emanações ou
porção da Divindade e, por isso, chamados filhos de Deus?
– “Meus Deus! São obra sua, exatamente como um homem que faz
uma máquina; esta é obra do homem e não o próprio homem.Sabeis que
quando o homem faz uma coisa bela e útil a chama sua filha, sua criação. Então! Dá-se o mesmo em relação a
Deus: somos todos filhos, por isso que somos obra sua.”
(O Livro dos Espíritos – Allan Kardec)
Através do teor do conteúdo da comunicação
espiritual é que vamos determinar a origem
moral do Espírito comunicante.
Personalidade do Espírito:
Por outro lado os Espíritos também devem ser
responsáveis pelos “seus” médiuns pois contribuem pela
sua formação moral.
Esse bom hábito leva a relação para o campo religioso. Porém, após, deve-se levar a relação
para o campo da naturalidade. .”(Adenáuer Novaes – Psicologia e Mediunidade)
Oração na reunião mediúnica deve ser
vista como um recurso para auxiliar na concentração do
médium e para ajudar no seu estado
vibratório
Os maus Espíritos ou obsessores
Não existem maus espíritos, mas pessoas em
desequilíbrio ou de personalidade difícil, pois não há uma categoria de
espíritos naquela condição.
“Embora algumas pessoas desencarnadas prejudiquem
encarnados pela obsessão, elas também podem ter boas atitudes em
outras situações de sua realidade, isto é, não são permanentemente
obsessores.”
(Adenáuer Novaes – Psicologia e Mediunidade
“O obsessor não deve ser arrancado a força ou
expulso. Ele precisa ser convencido a abandonar seus propósitos e levado ao arrependimento. Isto se faz buscando nele um
entendimento, um diálogo, pelo qual
procuremos educá-lo moralmente, mas sem a
arrogância do mestre petulante, e sim com o
coração aberto do companheiro que procura
compreender as suas razões, o núcleo de sua
problemática, o porquê da sua revolta, do seu ódio.”
(Diálogo com as Sombras – Hermínio C. Miranda)
“Geralmente o chamado “obsessor” não se encontra em condições psicológicas de aceitar uma investida
para sua conversão ou para análises evangélicas por
quem ele não sente empatia e no momento em
que o que ele busca é o alívio para seu conflito.” (Adenáuer Novaes – Psicologia E
Mediunidade)
O conteúdo do Evangelho expressado pela moral do Cristo tem grande valor na
educação do obsessor porém deve ser utilizado em momentos propícios.
É preciso que encontremos a palavra e o momento adequados para pontuar uma
conversa com o desencarnado que se vincula ao encarnado por ações agressivas.
Perguntas que podem ser feitas:Como está você? Qual seu nome?
Onde estão seus familiares? Com quem e onde você vive atualmente?
Você poderia mefalar um pouco de você?
Há quanto tempo você desencarnou?
Por que motivo você age assim? O que o fez ficar dessa forma?
Qual o motivo de você estar assim?
Quando isso aconteceu?
Quaissão suas intenções?
Você considera sua atitude atual adequada à sua felicidade?
Suas razões são compreensíveis, mas você não percebe que suas atitudes lhe levarão ao oposto do que pretende?
Quem você ama? Você é amado por alguém?
O que vocêfazia quando estava encarnado?(Adenáuer Novaes – Psicologia E
Mediunidade)
“Deve-se evitar propor atitudes específicas, mas levá-lo a
apresentar alternativas para si mesmo. A escolha do que deve
fazer, em sua própria vida, deverá ser decidida pelo desencarnado. É sempre
inadequado dirigir a vida do outro, pois a respeito dela
nunca temos o conhecimento suficiente e não sabemos portanto o que é melhor.”
(Adenáuer Novaes – Psicologia E Mediunidade)
“A depender das respostas pode-se dirigir a conversa para qualquer rumo. É imprescindível que o desencarnado fale
muito de si e que novos questionamentos o levem à reflexão
sobre suas atitudes, desejos, intenções e sentimentos. ”
Medo de Espíritos desencarnados
-“Da impressão que o silêncio e a obscuridade produzem na imaginação. Todas essas crenças são superstições
que o conhecimento racional do Espiritismo destruirá. O mesmo se diz
com os dias e as horas que muitos julgam lhes serem mais favoráveis. Fica certo de que a influência da meia-noite
nunca existiu, senão nos contos.”O Livro dos Médiuns – Allan Kardec
LM- 132 7a. Donde nasceu a idéia de que
os Espíritos vêm preferentemente durante a noite?
“A eliminação do medo e a
modificação do estado psíquico que se forma no contato com os Espíritos pela
associação com o sobrenatural são
desafios psicológicos de quem lida com a mediunidade.”
(Adenáuer Novaes – Psicologia e Mediunidade)
SOBRENATURAL
NATURAL
ELIMINAÇÃO DO MEDO
Como eliminar esse medo?“Dissolver aqueles complexos não é tarefa fácil para um ego frágil. É preciso, dentre outras condições
psíquicas, ter segurança e autoconfiança suficientes para não
ser tomado pelos complexos.”(Adenáuer Novaes – Psicologia E Mediunidade)
Porque sentimos medo?
“…complexos psíquicos adquiridos em vidas
passadas que necessitam ser dissolvidos...”
“A ignorância nos fez conectar ou
associar o contato com o espiritual, pela mediunidade, com situações
aversivas e que nos causaram
pavor no passado atual ou
em vidas anteriores.”
Passado Atual
Vidas Passadas
TRANSFERÊNCIA
Medo Sacralização
“Quando o medo for substituído pelo sentimento de
fraternidade, será possível uma relação espontânea.”
“Condicionamo-nos a essa associação e, por conta disso, não lidamos com o espiritual como algo natural. Geralmente, quando conseguimos
essa naturalidade, utilizamo-nos de um mecanismo de defesa chamado de
transferência, que nos leva a tratar do tema com reverência sagrada. Isto é, passamos do
medo à sacralização. Ambos são formas externas e extremas de contato.”
“Em ambas, o medo está presente de modo latente. O outro, com quem lidamos, não é
percebido como tal, mas da forma como a mim é possível aceitá-lo, em face de minha
insegurança e ignorância.”“Agindo assim, nos sentimos seguros, porém
não maduros.”(Adenáuer Novaes – Psicologia E Mediunidade)
“Costumamos nos sentir inferiores a eles por conta das culpas que carregamos e por achar que eles não as possuem. Achamos que são eles nossos juízes. Surge, no momento do contato, a
idéia de um juízo final bíblico. Associamos os
espíritos à morte e esta ao julgamento final. É um condicionamento que precisamos extinguir.”
(Adenáuer Novaes – Psicologia e Mediunidade)
“Não atribuir aos espíritos qualquer poder que não se possa ter, como
também não permitir que a culpa e a falsa humildade se apresentem na
relação com eles.”
“Autodeterminação é a base para um ego estruturado.”
“Uma pessoa autodeterminada assume as conseqüências de
seus atos e age adequadamente para atingir seus objetivos, sem agredir a
ninguém nem a si próprio, construindo sua felicidade.”
(Adenáuer Novaes – Psicologia e Mediunidade)
“O medo pode ser descondicionado à medida que
nos sentimos mais maduros responsáveis pelo nosso próprio
destino.”
A questão100 do Livro dos Espíritos trata
sobre a escala espírita e a variedade com que
ela ocorre no duplo aspecto da moralidade
e inteligência, facilmente se vê que haverá diferença nas suas comunicações.
(LM Cap. X 133)
TIPOS DE COMUNICAÇÕES
Comunicações grosseiras
São as concebidas em termos que chocam o decoro. Só podem servir de Espíritos de baixa
estofa, ainda cobertos de todas as impurezas da matéria, e em
nada diferem das que provenham de homens viciosos e grosseiros. Repugnam a quem quer que não
seja inteiramente baldo de toda a delicadeza de sentimentos, pela
razão de que, acordemente com o caráter dos Espíritos, elas serão
triviais, ignóbeis, obscenas, insolentes, arrogantes, malévolas
e mesmo ímpias.(LM Cap. X 134)
Comunicações frívolas
Emanam de Espíritos levianos, zombeteiros, ou brincalhões, antes maliciosos do que maus, e que nenhuma importância ligam ao que dizem. Como nada indecoroso encerram, essas comunicações
agradam a certas pessoas, que com elas se divertem, porque encontram prazer nas
confabulações fúteis, em que muito se fala para nada dizer. Tais Espíritos saem-se às vezes com
tiradas espirituosas e mordazes e, por entre facécias vulgares, dizem não raro duras verdades, que quase sempre ferem com justeza. Em torno de nóa pululamos Espíritos levianos….As pessoas que
se comprazem nesse gênero de comunicações naturalmente dão acesso aos Espíritos levianos e
falaciosos. Delas se afastam os Espíritos sérios, do mesmo modo que na sociedade humana os homens
sérios evitam a compahia dos doidivanas.(LM Cap. X 135)
Comunicações sérias e instrutivas
São poderosas quanto ao assunto e elevadas quanto
à forma.
VERDADEIRAS OU FALSAS
(LM Cap. X 136)
Podem ser:
Médiuns Interesseiros
A mediunidade é concebida para o bem. Fazendo-se uma utilização
indevida, os Espíritos sérios se afastam.O mais absoluto desinteresse é a melhor garantia
contra o charlatanismo.
Fraudes EspíritasLM Cap. XXVIII 314 à 323
Os que não admitem a realidade das manifestações físicas geralmente atribuem à fraude os efeitos
produzidos e ainda consideram todos os médiuns como farsantes. Sabemos entretanto que não é
assim, visto que a ignorância dos efeitos naturais levam a descrença ou ao não entendimento do
fenômeno mediúnico.Existem entretando casos de fraude
principalmente aqueles relacionados aos fenômenos físicos.
Isto porque impressionam mais a vista e são mais facilmente imitáveis.
Daí a importância do estudo do Espiritismo em todas as suas faces: filosofia, ciência e religião.
Para reflexão
A mediunidade, antes de ser uma faculdade espírita, é
um fenômeno do inconsciente perispiritual,
cuja estruturação se deu nos primórdios da evolução
anímica, quando da passagem do animal ao
humano.“O Espiritismo anda no ar; difunde-se pela força mesma
das coisas, porque torna felizes os que o professam.”
Allan Kardec
CONCLUSÃO
A relação fraterna e amiga com os desencarnados, sem dogmas e crenças paralisantes, promove uma comunicação saudável e
uma participação natural com a Dimensão Espiritual.