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NomeNAnoEnsinoTurma
9 Fund.
DisciplinaProfessorNaturezaCdigo / TipoTrimestre / AnoData
Port 1 JorgeAtividade Ind.3o / 201218/09/2012
Tema:valor
Oraes subordinadas adverbiais
Leia:
Eu fazia muita manha quando era criana.
orao principal orao subordinada
A orao principal tem sujeito (eu), verbo transitivo direto
(fazia) e objeto direto (muita manha). A orao subordinada expressa,
em relao a ela, uma circunstncia de tempo: est indicando quando
ocorria o fato expresso na principal. Essa orao subordinada exerce
a funo de adjunto adverbial da orao principal. Por essa razao,
diz-se que essa orao subordinada adverbial.As oraes subordinadas
adverbiais sao introduzidas pelas conjunes subordinativas, exceto
as integrantes. Vamos estudar a classificao das conjunes juntamente
com as oraes adverbiais.
Orao subordinada adverbial aquela que exerce a funo de adjunto
adverbial. Vem introduzida pelas conjunes subordinativas, exceto as
integrantes.
No veja TV na cama porque faz mal.
A orao destacada subordinada adverbial causal, pois expressa a
causa do fato da principal (No veja TV na cama).
Nao cheguem perto sem que as autoridades permitam.
A orao destacada subordinada adverbial condicional, pois
expressa uma condio para que a ao da principal (No cheguem perto)
se realize.
ClassificaoAs oraes subordinadas adverbiais so classificadas de
acordo com as circunstncias que expressam em relao orao principal.
Podem ser: causais, comparativas, concessivas, condicionais,
conformativas, consecutivas, finais, proporcionais e temporais.1)
CausaisNo fui praia porque estava chovendo.
A orao subordinada est indicando a causa de o falante no ter ido
praia. Trata-se de uma orao subordinada adverbial causal.
As principais conjunes e locues conjuntivas subordinativas
causais so: porque, uma vez que, visto que, como, j que, etc.
Como estava chovendo, no fui praia.
Visto que estava chovendo, no fui praia.
As oraes subordinadas adverbiais causais podem aparecer sem
conjuno. Compare: J que o dinheiro acabou, interrompemos a reforma
da casa.
Tendo acabado o dinheiro, interrompemos a reforma da casa.
2) Comparativas
A couve to nutritiva quanto o espinafre.
Voc percebe facilmente que a orao subordinada estabelece uma
comparao com a orao principal. Por isso, ela uma orao subordinada
adverbial comparativa.
As principais conjunes e locues conjuntivas subordinativas
comparativas so: como, mais...que, mais....do que, menos...que,
menos .....do que, tanto....quanto, etc.
Geralmente, na orao subordinada adverbial comparativa, o verbo
omitido. Veja:
A couve to nutritiva quanto o espinafre ( nutritivo).
O prazer de cozinhar nunca esteve to vivo como hoje (est).3)
Concessivas
Embora economize, est sempre sem dinheiro.
O que voc pode notar na relao entre essas duas oraes? Em geral,
quem economiza tem algum dinheiro, ou pelo menos espera ter. No
entanto, o perodo expressa o contrrio.
A orao subordinada expressa uma concesso em relao ideia exposta
na orao principal. Por essa razo, a primeira orao (Embora
economize) subordinada adverbial concessiva.
As principais conjunes e locues conjuntivas subordinativas
concessivas so: embora, ainda que, se bem que, mesmo que, apesar de
que, por mais que, etc.
Ainda que economize, est sempre sem dinheiro.
Por mais que gritasse, no foi ouvido.
As oraes subordinadas adverbiais concessivas podem aparecer sem
conjuno.
Mesmo gritando, no foi ouvido.
Atividade
1) Identifique a orao subordinada adverbial causal de cada
perodo.
a) O nibus no parou porque voc no fez sinal, ora!b) Resolveram
no comparecer, visto que j estavam desclassificados.
c) Como o dinheiro era pouco, reduzimos os passeios.
d) J que voc no quer falar comigo, vou embora daqui.
e) Nem respondi, uma vez que no havia dilogo possvel com aquele
poltico.
2) Responda s perguntas utilizando a informao que est nos
parnteses e uma das conjunes subordinativas causais sugeridas. No
repita as conjunes.(Conjunes: porque, pois que, uma vez que, visto
que, j que, porquanto, como.) Veja um exemplo:
Por que alguns insetos ficam rodeando as lmpadas acesas? (so
atrados pelo calor).
Alguns insetos ficam rodeando as lmpadas acesas porque so
atrados pelo calor.
a) Por que temos sono aps as refeies? (a glicose dos alimentos
interrompe os sinais que as clulas enviam para nos manter
acordados).
b) Por que a lua para de brilhar durante um eclipse? (no tem luz
prpria).
c) Por que no inverno os pssaros eriam as penas? (o ar que fica
entre as penas serve de isolante trmico).d) Por que os cabelos
ficam brancos com a idade? (diminui a produo de melanina).3)
Transforme o perodo simples em composto acrescentando uma orao
subordinada adverbial que indique comparao.a) Quero v-la de
pertinho.
b) Ele sorria.
c) Atualmente, viagens custam menos.
4) Re-escreva os perodos abaixo, compostos por coordenao,
transformando-os em perodos compostos por subordinao. Empregue uma
conjuno concessiva. Veja o exemplo:
Estou com preguia, mas vou continuar estudando.
Embora esteja com preguia, vou continuar estudando. a) Moram na
mesma casa, mas no se falam.
b) J escrevi vrios livros, mas a editora ainda no os
publicou.
c) No irei ao colgio hoje, mas minha me insiste muito para eu
ir.
d) Os alunos sentiram-se prejudicados com a atitude do
professor, mas no reagiram de forma adequada.
4) Condicionais
Se no houver impresvistos, iremos todos a Macei.
Nesse perodo, a orao subordinada apresenta uma condio para que
se realize o fato expresso na orao principal: no houver imprevistos
condio para que se v a Macei.
A orao que indica uma condio para que um fato se realize
chama-se subordinada adverbial condicional.
As principais conjunes e locues conjuntivas subordinativas
condicionais so: se, caso, desde que, contanto que, a no ser que,
etc.
Caso no haja imprevistos, iremos a Rondnia.
Desde que o proprietrio abaixe o preo, compraremos o
apartamento.
As oraes subordinadas adverbiais condicionais podem aparecer sem
conjuno.
Querendo conversar, estou disposio.
5) Conformativas
O campeonato de vlei foi cancelado, conforme avisou o
professor.
Entre a orao principal e a subordinada adverbial existe uma
relao de conformidade, isto , um acordo entre os fatos expressos.
Por isso, a orao subordinada chama-se adverbial conformativa.
As principais conjunes subordinativas conformativas, so:
conforme, segundo, como, consoante.
Segundo pesquisas realizadas pelo IBGE, em 2003, expectativas de
vida do brasileiro subiu para 71,3 anos.
Como todos sabemos, a flora e a fauna brasileiras precisam ser
preservadas.
6) Consecutivas
A chuva estava to forte que tiveram que adiar o passeio.
O fato de terem de adiar o passeio uma consequncia da
caracterstica da chuva (ser muito forte), expressa na orao
principal. Essa orao que indica uma consequncia do fato expresso na
orao principal chama-se subordinada adverbial consecutiva.As
principais conjunes e locues conjuntivas subordinativas
consecutivas so: to...que, tanto...que, tamanho....que, que.
To, tanto e tamanho aparecem na orao principal.
Ele falou tanto que ficou sem voz por uma semana.
Tamanha foi a pressa que esqueceu a passagem em casa.
As oraes subordinadas adverbiais consecutivas podem aparecer sem
conjuno.
A chuva foi muito forte, a ponto de causar inundaes.
1)Reescreva as oraes subordinadas adverbiais condicionais
substituindo a conjuno e fazendo as adaptaes necessrias.a) Caso voc
continue tossindo, iremos ao hospital.
b) Farei tudo por voc, se voc no falar mais nada.
c) Desde que ela durma bem, poderemos partir s 5 horas.d) Ningum
vir nos atrapalhar desde que voc proba.
2)Releia as frases da atividade anterior e responda: o que se
conclui quanto ao uso de vrgulas nas oraes adverbais
condicionais?
3)Identifique as oraes subordinadas adverbiais consecutivas.
a) O brilho de certas estrelas varia tanto que elas podem at
sumir por alguns meses de depois reaparece. (O Universo. So Paulo:
tica, 1997.p.58.)b) Duas estrelas podem formar dupla, girando uma
em torno da outra. Mas ficam to juntas que a olho nu parecem uma s!
(Idem)c) A velocidade da destruio do meio ambiente pelas queimadas
tamanha que s na Amaznia uma rea do tamanho do Estado de Sergipe
vira fumaa.4)Rena os dois perodos simples de cada item em um perodo
composto por subordinao estabelecendo uma relao de conformidade
entre as oraes.
a) Fizemos um acordo. Passaremos o primeiro dia do ano em um
barco.b) Ela agiu rapidamente. Eu a aconselhei a isso.c) Choveu
muito. O servio de Meteorologia previa.d) O camaleo muda de cor.
Isso se d de acordo com o ambiente onde est.5)Reescreva cada
perodo, transformando:
- a orao subordinada adverbial causal em orao principal;
- a orao principal em subordinada adverbial consecutiva.
Veja o exemplo:
Ele gritou com todo mundo porque estava muito nervoso.
Ele estava to nervoso que gritou com todo mundo.
a) A cidade ficou inundada porque choveu demais.b) No parava de
cantar porque estava feliz.c) Como o susto foi muito grande, ele
desmaiou.7) Finais
Sa de casa mais cedo para que no me atrasasse.
Com que finalidade o falante saiu de casa mais cedo? Para no se
atrasar. A orao subordinada est indicando o objeto ou a finalidade
do fato expresso na orao principal. Trata-se, portanto, de uma orao
subordinada adverbial final.
As principais conjunes e locues conjuntivas subordinadas finais
so: para que, a fim de que, que (= para que).Corria na frente para
que todos o admirassem.
A fim de que pudesse atender a todos, chegava ao consultrio mais
cedo.
As oraes subordinadas adverbiais finais podem aparecer sem
conjuno.
Voc deve comer mais frutas para sua alimentao ser mais
saudvel.
8) Proporcionais
Quanto mais leio, mais sinto vontade de ler.Note que entre esses
dois fatos ler e sentir vontade de ler existe uma relao de
proporcionalidade: ambos acontecem na mesma proporo.
As principais conjunes e locues conjuntivas subordinativas
proporcionais so: medida que, proporo que, quanto mais /
menos...mais, quanto mais/menos...menos.
Mais e menos aparecem na orao principal.
Quanto menos ateno se d a uma criana, mais carente ela fica.
medida que o avio se aproximava da regio Nordeste do pas, o
calor aumentava.
9) Temporais
Quanto comeou chover, j estvamos em casa.A orao subordinada
indica uma circunstncia de tempo em relao ao verbo da orao
principal. Portanto, uma orao subordinada adverbial temporal.
As principais conjunes e locues conjuntivas subordinadas
temporais so: quando, enquanto, at que, logo que, assim que, sempre
que, antes que, mal, etc.
No haver mais treino at que termine a reforma da quadra.
Mal entrou em casa, ligou o computador.As oraes subordinadas
adverbiais temporais podem aparecer sem conjuno. Compare:
Quando cheguei, fui falar com ele.
Ao chegar, fui falar com ele.
1) As oraes condicionais nem sempre indicam condio. Podem
indicar tambm hiptese, sobretudo, aquelas introduzidas pela conjuno
se.
Se dois e dois so quatro, duas vezes dois tambm so quatro.
2) As conjunes integrantes no introduzem orao adverbial. Elas
introduzem a orao subordinada substantiva, que voc ver adiante.
Eu sei que voc disse a verdade. (Orao subordinada substantiva
objetiva direta que = conjuno integrante).
No sei se voc disse a verdade. (Orao subordinada substantiva
objetiva direta se = conjuno integrante).
A integrante que usada na afirmao (ou negao) certa. A integrante
se na afirmao hipottica.Atividades
1) Identifique a circunstncia expressa pelas oraes subordinadas
adverbiais destacadas.
a) No passado no existia tanto gs carbnico no ar, j que menos
carros e fbricas no mundo.b) Uma casa que tenha um quintal com
rvores muito mais fresca do que aquela que no tem a sombra das
rvores.
c) Enquanto voc est pensando em que tipo de rvore vai plantar, d
uma chegada ao jardim botnico de sua cidade.
d) medida que vo crescendo, as plantas precisam de poda.
e) Crianas falam como crianas, no como seus pais.
f) Ligue o ar condicionado somente quando houver
necessidade.
g) Embora esteja escuro, consigo identificar o caminho.
3) Complete cada perodo com uma orao subordinada adverbial
temporal, utilizando as conjunes seguintes, sem repeti-las: quando,
assim que, logo que, desde que, mal, antes que, at que, sempre que,
enquanto, depois que.
a) S saio daqui [...].b) Eu trabalho feito um animal [...].
c) Eu trabalharei feito um animal [...].
d) S concordarei com a proposta [...].
e) [...] o telhado da casa caiu? Que sorte ns tivemos!
f) [...] eu choro, choro, choro...
g) Tome providncias [...].
4) Escreva perodos compostos estabelecendo relao de
proporcionalidade entre os fatos.
a) amar se dedicarb) amadurecer assumir mais
responsabilidades
5) Classifique as oraes adverbiais destacadas.a) S louco amou
com eu amei. (Dorival Caymmi)b) Representantes dos diversos setores
da sociedade foram convidados para debater sobre as principais
questes que afligem o pas.
c) medida que a idade aumenta, os problemas de sade se tornam
mais frequentes.
d) Se voc ainda no experimentou uma sesso de acupuntura, pelo
menos j ouviu falar de algum que se submete ao tratamento com
agulhas e melhorou. (Folha de S. Paulo, 1
ago.2002,Equilbrio,p.11.)e) Mesmo que voc ponha em dvida a
eficincia da medicina oriental, no poder negar os resultados
alcanados.f) Como disse nosso prefeito, a cidade vai ganhar muito
com as novas estaes de metr.g) O acontecimento foi to inesperado
que ningum acreditou.h) No vou fazer esse trabalho sozinho porque
no tenho tempo.6) Identifique a relao estabelecida pela conjuno
como (causa, comparao, conformidade):a) Como dissemos, ningum saiu
ferido.b) Como ningum reclamou do barulho, continuamos a festa.
c) Como era alto, trocou a lmpada sem usar a escada.
d) Era alto como seu pai tinha sido.
As oraes adverbiais, a argumentao a partir da expresso das
circunstncias.
Nos textos argumentativos, aqueles em que o autor defende um
ponto de vista ou uma ideia, as oraes adverbiais tm um papel
importantssimo: por meio delas que as relaes lgicas de causa,
consequncia, finalidade, hiptese e concesso se expressam. Graas a
essas oraes, possvel argumentar. Vejamos como isso ocorre lendo o
texto a seguir, publicado numa revista de circulao
nacional.Unilever em ao: Economizando gua para esbanjar
conforto.
De tanto pensar em vitalidade, a Unilever desenvolveu o Comfort
Fcil Enxgue. Com ele, voc diminui a quantidade de gua usada para
lavar suas roupas. Uma ideia com consequncia imediata e a longo
prazo. Imediata porque voc economiza gua e energia eltrica, e a
longo prazo porque ajuda a preservar o meio ambiente, pensando no
seu futuro. Isso a Unilever em ao. Vitalidade a nossa misso.
www.unilever.com.brAnncio publicitrio veiculado na revista poca, 4
dez.2006,p.4-5.Esse texto uma propaganda de um amaciante de roupas.
Para vender o produto, a propaganda deve convencer os leitores de
que esse amaciante apresenta vantagens em relao aos outros. Por
isso, um texto predominantemente argumentativo. Observe que o autor
constri uma rede de causa e consequncia e, para isso, utiliza oraes
adverbiais causais como, por exemplo, a que inicia o texto.
De tanto pensar em vitalidade, a Unilever desenvolveu o Comfort
Fcil Enxgue.
A expresso de tanto introduz a orao causal e indica uma causa
repetida com insistncia. Ou seja, a Unilever s desenvolveu o
Comfort Fcil Enxgue porque pensou muito em vitalidade. Essa a ideia
que ser defendida ao longo do texto.
No perodo seguinte, o texto tentar convencer os leitores de que
esse produto est associado ideia de vitalidade. Ele faz isso
apresentando as vantagens do produto: voc diminui a quantidade de
gua usada para lavar suas roupas.
Ao final do texto, a ideia de vitalidade retomada: Vitalidade a
nossa misso.
Assim, podemos dizer que, nessa propaganda, os argumentos foram
desenvolvidos por meio de relaes de causa-consequncia.
Se voc observar outros textos argumentativos (propagandas,
ensaios, editoriais de jornais e revistas, debates orais etc.), ver
que os argumentos so sempre construdos com base na expresso da
causa, da consequncia, da finalidade e da concesso.
Para entender o significado argumentativo de cada um dos tipos
de orao subordinada adverbial, das conjunes e preposies, observe os
quadros a seguir:
Quadro 1 Expresso da causa
Conjuno preposioModo verbal ou tipo de palavra que a
acompanhaSentido argumentativoLugar no perodoExemplo
PorqueIndicativoCausa no conhecida do leitor.Aps a orao
principal ou no incio de uma resposta.O amaciante preserva o meio
ambiente porque economiza gua.
J queIndicativoCausa evidente ou conhecida do leitor.No incio do
perodo ou aps a orao principal.J que economiza gua, o amaciante
pode auxiliar a preservar o meio ambiente. (Economizar gua uma
ideia normalmente associada preservao do meio ambiente. A conjuno j
que pe em relevo essa evidncia).
ComoIndicativoIndica uma causa incontestvel.No incio do
perodo.Como se sabe, o futuro depende da preservao do meio
ambiente.
ComoSubjuntivo imperfeito ou mais-que-perfeitoAcrescenta uma
nuance temporal, numa ao passada.No incio do perodo.Como fosse
muito perigosa, a energia nuclear foi sendo desusada no Brasil.
Uma vez que, visto queIndicativoA causa um fato constatado.Antes
ou depois da orao principal.Uma vez que a gua potvel est acabando,
preciso preservar a que resta.
Tanto mais que, tanto menos que, ainda mais que, ainda menos
queIndicativoA causa e a consequncia tm uma relao de proporo.Depois
da orao principal.A gua potvel est acabando, ainda mais que o
consumo no para de crescer.
A pretexto de queIndicativoO autor do texto no acredita na
causa, rejeitando.Antes ou depois da orao principal.A indstria
moderna polui os rios, a pretexto de que a gua um bem renovvel.
Graas aSubstantivoA causa positiva.Graas preservao da gua, as
futuras geraes podero sobreviver.
Por conta de, por causa deSubstantivoA causa negativa.Por causa
do desperdcio, a agua potvel est acabando.
Com, porInfinitivo pretrito ou substantivoA consequncia exprime
uma recompensa (positiva) ou punio (negativa).Depois da orao
principal.Com a economia de gua, todos se beneficiaro. Por ter
desperdiado gua, o homem sofrer graves consequncias.
Em razo de, devido aInfinitivo ou substantivoA causa lgica ou
tida como tal.Antes ou depois da orao principal ou do verbo.Em razo
da economia de agua, no haver racionamento.
De tantoInfinitivo ou substantivoCausa repetida com
insistncia.Antes ou depois da orao principal ou do verbo.De tanto
pensar em vitalidade, a Unilever desenvolveu Comfort Fcil
Enxgue.
Conjuno preposioModo verbal ou tipo de palavra que a
acompanhaSentido argumentativoLugar no perodoExemplo
Por falta deIndicativoCausa no conhecida do leitor.Aps a orao
principal ou no incio de uma resposta.O amaciante preserva o meio
ambiente porque economiza gua.
IndicativoCausa evidente ou conhecida do leitor.No incio do
perodo ou aps a orao principal.J que economiza gua, o amaciante
pode auxiliar a preservar o meio ambiente. (Economizar gua uma
ideia normalmente associada preservao do meio ambiente. A conjuno j
que pe em relevo essa evidncia).
Quadro II Expresso da consequncia
Conjuno preposioModo verbal ou tipo de palavra que a
acompanhaSentido argumentativoLugar no perodoExemplo
Tanto + verbo substantivo...queIndicativo A consequncia e a
causa tm entre si, uma relao de intensidade.Tanto fica na orao
principal, que na subordinada.Economizamos tanto, que no ficamos
sem gua!
Tao + adjetivo adverbio...queIndicativo A consequncia e a causa
tm entre si, uma relao de intensidade.To fica na orao principal;
que na subordinada.A gua ser to cara, que no poderemos
desperdiar.
De modo que, de forma que, de maneira queIndicativo Consequncia
que decorre logicamente da causa.Depois da orao principal A gua ser
muito cara, de modo que no poderemos desperdiar.
De sorte queSubjuntivo O mesmo sentido que de modo que, mas numa
linguagem formal.Depois da orao principal A gua ser muito cara, de
sorte que no poderemos desperdiar.
Sem queIndicativo Consequncia refutada ou rejeitada, na
linguagem formal.Depois da orao principal A agua ficar muito cara.
No poderemos consumir sem que haja muita economia.
SemIndicativo Consequncia refutada, na linguagem corrente.Depois
da orao principal A agua ficar muito cara. No poderemos consumir
sem economizar muito.
Tanto queIndicativo Consequncia simples.Depois da orao principal
A gua potvel est acabando, tanto que o preo est subindo.
A tal ponto que, de tal forma que, de tal modo queIndicativo
Relao de proporcionalidade entre a causa e a consequncia. Aps da
orao principal O preo da gua no para de subir, de tal forma que, no
futuro, seremos obrigados a economizar.
Quadro III Expresso da finalidade
Conjuno preposioModo verbal ou tipo de palavra que a
acompanhaSentido argumentativoLugar no perodoExemplo
Para que, a fim de queSubjuntivoIndica uma finalidade simples,
ou um objetivo a atingir.Antes ou depois da orao principal preciso
economizar gua, para que as futuras geraes possam sobreviver.
Para, a fim deInfinitivo (mais usual na linguagem informa)Indica
uma finalidade, objetivo a atingir.Antes ou depois da orao
principal preciso economizar gua, para as futuras geraes poderem
sobreviver.
De modo que, de maneira que, de forma que, de sorte
queSubjuntivoIdeia de finalidade + ideia de modoAps a orao
principalAs indstrias devem se modernizar, de maneira que no poluam
a gua potvel.
Em vista de, tendo em vistaInfinitivo ou substantivoIdeia de
finalidade + ideia de tempo (prximo ou longe)Antes ou depois da
orao principal ou verboTendo em vista a sobrevivncia das futuras
geraes, ser preciso desenvolver meios de no poluir a gua.
Quadro IV Expresso da finalidade
Conjuno preposioModo verbal ou tipo de palavra que a
acompanhaSentido argumentativoLugar no perodoExemplo
EmboraSubjuntivo A ideia contraditria expressa na orao
subordinada reconhecida como vlida, mas no tem nenhum efeito sobre
a ideia da orao principal.Antes ou depois da orao principal.Embora
economizaremos gua, ser preciso no polu-la tambm.
Anda que, posto que, supostoSubjuntivoAlm da ideia de concesso,
h uma nuance de afirmao.Antes ou depois da orao principal.Ainda que
economizemos gua, nossos esforos sero inteis se a poluio dos rios
continuar.
Mesmo queSubjuntivoConcesso + hipteseAntes ou depois da orao
principal.Mesmo que economizemos gua, de nada adiantar se a poluio
dos rios continuar.
Mesmo Gerndio O mesmo sentido de mesmo que, quando o sujeito da
orao principal e o da subordinada so o mesmo.Antes ou depois da
orao principal.Mesmo economizando, teremos problemas com a falta de
gua no futuro.
Conjuno preposioModo verbal ou tipo de palavra que a
acompanhaSentido argumentativoLugar no perodoExemplo
Por mais que, por menos queSubjuntivo A consequncia da ao vista
como impossvel de se realizar.Antes ou depois da orao principal.Por
mais que economizemos, ainda faltar gua, porque a populao no para
de crescer.
Por (mais) + adjetivo + que por (menos) + adjetivo +
queSubjuntivo A consequncia da ao vista como impossvel de se
realizar.Antes ou depois da orao principal.Por mais econmicos que
sejamos, sem os esforos de todos, ainda faltar gua no futuro.
O que quer que;
quem quer que;
Como quer que;
Quando quer que;
Onde quer que;
Qualquer que, etcSubjuntivo A concesso recai sobre uma pessoa
(quem), uma coisa (o que), um lugar (onde), etc.Antes ou depois da
orao principal.O que quer que faamos para economizar, a gua potvel
ser escassa no futuro.
Apesar de queIndicativoA concesso um fato j realizado pelo autor
do texto como tal.Antes ou depois da orao principal.O Brasil tem
muitas reservas de gua potvel, apesar de que o desperdcio acabar
com elas em pouco tempo.
Apesar de, a despeito de, malgrado (na linguagem
jurdica)Infinitivo ou substantivo Alm da ideia de concesso, h uma
nuance de afirmao.Antes ou depois do verbo ou da orao principal.A
despeito da economia, a gua potvel acabar. Apesar de economizarmos,
a gua potvel acabar.
Atividades
1) Vamos desenvolver argumentos utilizando a concesso.
A concesso pode ser uma estratgia argumentativa muito eficaz e
convincente. Ela permite que:
- voc esclarea uma ideia, pondo em evidncia uma diferena.
Embora as pessoas j tenham percebido a necessidade de economizar
gua, s isso ser suficiente para que as geraes futuras no sofram com
a falta de gua.
Voc mostra que a ideia de que necessrio economizar gua diferente
da ideia de que essa economia suficiente.
Voc mostre que dois argumentos, aparentemente contraditrios, no
o so na verdade:
Mesmo que economizemos gua, a poluio dos rios deve ser
controlada.
Voc mostre as contradies do raciocnio de um adversrio:Ainda que
as indstrias afirmem que seus produtos no poluem o meio ambiente,
cada vez maior o nmero de catstrofes ecolgicas provocadas pelos
dejetos qumicos produzidos por essas indstrias. Com base nessas
possibilidades, imagine as seguintes situaes:
a) Um empresrio quer construir uma indstria numa rea de
preservao de meio ambiente. Para isso, ele vai tentar convencer o
prefeito da cidade prxima das vantagens que isso trar para a
cidade.
Elabore, com base na expresso da concesso, uma lista de
argumentos para mostrar que, por mais vantajosa que seja a indstria
pode poluir e estragar a ara de preservao. Com base nesses
argumentos, redija a carta que voc enviaria ao prefeito dessa
cidade.
b) O centro de zoonoses da sua cidade quer exterminar todos os
ces e gatos que no tm dono, a pretexto de que esses animais podem
provocar doenas na populao. Crie alguns argumentos para mostrar as
contradies dessa ideia. Elabore, com esses argumentos, um
planisfrio para distribuir na cidade a fim de tentar impedir que o
extermnio seja efetuado.2) A partir dos argumentos relacionados
abaixo, redija alguns pargrafos argumentativos em favor da
preservao do meio ambiente. Empregue expresses de causa e
consequncia para por em evidncia a relao causa-consequncia e
expresses de finalidade para construir seus argumentos. Utilize
exemplos para reforar os argumentos.
Rena os pargrafos que voc escreveu aos de seus colegas,
selecione os melhores argumentos e, em grupos, produzam um ensaio
cujo tema A preservao do meio ambiente. Lembre-se: A preservao do
meio ambiente.- garante o futuro das novas geraes.
- melhora a qualidade de vida das pessoas.
- permite a conservao das espcies animais e vegetais.
- uma forma de dar mais sentido vida humana.
- uma porta aberta para a felicidade.
Observao: um ensaio um texto no qual o(s) autor(es) defende(m)
uma ideia, mostrando, por meio de argumentos, que ela vlida.
3) Dramatizao em pequenos grupos.
Imagine que vocs sejam vendedores em uma agncia de veculos. Com
base em argumentos, construdos com a ajuda das expresses de causa e
consequncia dos quadros vistos, tentem elaborar argumentos para
convencer um casal a comprar o veiculo que vocs esto vendendo. O
casal deve contra-argumentar, usando expresses de concesso, de
causa e de consequncia para tentar reduzir o preo do veiculo. Cada
grupo deve apresentar para o restante da classe a cena construda. A
classe observa a cena e anota os argumentos mais convincentes.
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