-
Hoehnea 29(2): 109-113, II fig., 2002
Notas taxonomicas para especies brasileiras dos
generosEpidendrum e Heterotaxis (Orchidaceae)
Fabio de BalTos I
Recebido: 03.12.200 I: aceilo: 14.05.2002
ABSTRACT - (Taxonomic notes for Brazilian species of the genera
Epidendnun and Heterotaxis (Orchidaceae). In this workPseudolaelia
lymansmithii R.J.V. Alves is synonimized under Epidendrulll
campestre Lind!.; Epidendrum crassifoLillm var.albescells Pabst is
transferred to Epidendrum secundulII forma albescens; the genu
Heterotaxis Lind!. is proposed to bereinstated for the Brazilian
species related to Maxillaria crassifolia (Lind!.) Rchb. f. (=
Heterotaxis crassifolia Lind!.); andDicrypta longifolia Barb. Rodr.
[= Heterotaxis sllperj7ua (Rchb. f.) F. Barros] and DiClypta
viLlosa Barb. Rodr. [= Heterotaxisvillosa (Barb. Rodr.) F. Barros]
are lectotypified. Also a complete illustration of Epidendrum addae
Pabst is presented, asthe original description is accompanied only
by an illustration of a dried dissected flower.Key words: orchids,
Maxillaria, DiClypta, Maxillariinae, Brazil
RESUMO - (Notas taxonomicas para especies brasileiras dos
generas Epidendrum e Heterotaxis (Orchidaceae). No presen-te
trabalho sao propostas a sinonimiza~ao de Pseudolaelia lymansmithii
R.J. V. Alves sob Epidendrum campestre Lind!.; atransferencia de
Epidendrum crassifoliulll var. albescellS Pabst para Epidendrum
secundum f. albescens; 0 restabelecimentodo genera Heterotaxis
Lind!., ate 0 momento, considerado urn sinonimo de Maxillaria Ruiz
& Pav., para as especiesbrasileiras relacionadas com Maxillaria
crassifolia (Lind!.) Rchb. f. (= Heterotaxis crassifolia Lind!.) e
a lectotipifica~ao deDicrypta IOllgifoLia Barb. Rodr. [=
Heterotaxis superjlua (Rchb. f.) F. Barro ] e Dicrypta villosa
Barb. Rodr. [= Heterotaxisvillosa (Barb. Rodr.) F. Barros]. Alem
disso, e apresentada uma ilustra~ao completa de EpidendrwlI addae
Pabst, especiecuja descri~aooriginal e acompanhada apenas do
desenho de uma flor dissecada.Palavras-chave: orqufdeas,
Maxillaria, Dicrypta, Maxillariinae, Brasil
Introdm;ao
Durante 0 estudo da familia Orchidaceae paratres projetos
floristicos: "Flora Fanerogamica do Estadode Sao Paulo", "Flora
Fanerogamica da Ilha doCardoso" e "Flora da Serra do Cip6",
surgiram variosproblemas taxonomicos. Este trabalho tern por
objetivodiscutir e esclarecer alguns desses problemas,referentes
aos generos Epidendrum L. e MaxillariaRuiz & Pav. "sensu
lato".
Epidendrum L., com cerca de 800 especies(Dressler 1993) e urn
dos maiores generos da famIliaOrchidaceae, ocorrendo exclusivamente
no NovoMundo. Para este genero sao propostas, aqui, asinonimizac;ao
de Pseudolaelia lymansmithii R.J.V.Alves sob Epidendrum campestre
Lindl. e atransferencia de Epidendrum crassifolium var.albescens
Pabst para Epidendrum secundum f.albescens. Alem disso, e
apresentada uma ilustrac;aocompleta de Epidendrum addae Pabst, uma
especiepouco coletada e que, na descric;ao original (Pabst
1972), foi ilustrada apenas por urn desenho de
fIordissecada.
Epidendrum campestre Lind!. e uma especieencontrada com certa
freqiiencia em regi6es decampos rupestres de Minas Gerais,
inclusive na Serrado Cip6. 0 estudo dos tipos de
Pseudolaelialymansmithii R.J. V. Alves, especie
descritarecentemente por Alves (1992) com base em
materiaisprocedentes das Serras de Ouro Branco e daChapada, Minas
Gerais, mostrou ser ela co-especfficacom Epidendrum campestre
Lind!.
A variante de flores brancas descrita sobEpidendrum crassifolium
Lind!., por Pabst (1976),ja havia side transferida para E. secundum
Jacq.,conforme justificado por Barros (1996), porem, porser
caracterizada especialmente pela colorac;ao dasflores, enquadra-se
melhor dentro da categoria forma.Ja Epidendrum addae Pabst e uma
especierelativamente rara, proveniente dos pontos mais altosda
Serra do Mar e da Mantiqueira. Originalmentedescrita com base em
material proveniente de
1. Instituto de Botanica, Caixa Postal 4005, 0 I061-970 Sao
Paulo, SP, Brasil. [email protected]
-
110 Hoehnea 29(2), 2002
Teres6polis (RJ), foi coletada no ponto mais alto daI1ha do
Cardoso, durante excurs6es de coleta doprojeto "Flora Fanerogamica
da I1ha do Cardo 0",
o genero Heterotaxis Lindl., tradicionalmenteconsiderado
sinonimo de Maxillaria Ruiz & Pav., [oiestabelecido por Lindley
(1826) com base emHeterotaxis crassifolia Lindl. [=
Maxillariacrassifolia (Lind!.) Rchb. f.l, uma especie provenienteda
Jamaica. Posteriormente, 0 mesmo autor (Lindley1830-1840)
estabeleceH 0 genero Dicrypta Lindl.,baseado na mesma especie.
Neste trabalho, e propostaa reconsidera~ao do genero Heterotaxis
Lindl. paraas especies brasileiras afins de Maxillaria
crassifoliaLindl. Tais especies sao, hoje, tratadas formal
mentedentro de Maxillaria Ruiz & Pay. subgen.Heterotaxis
(Lindl.) Brieger, mas apresentam umadiferencia~ao morfol6gica
consistente quandocomparadas com outros grupos dentro de
Maxillaria.
Resultados e Discussao
Epidendrum addae Pabst, Bradea 1(24): 269. fig. B.1972.
Tipo: Brasil. Rio de Janeiro: Teres6polis, 18-III-1959,A.
Abendroth 526 (hol6tipo HB !).Figuras 1-8
Material adicional examinado: BRASIL. SAO PAULO:Cananeia, I1ha
do Cardoso, Morro do Cardoso, 5-XII-1990, F. Barros & J.E.L.S.
Ribeiro (SP246265).
Na descri~aooriginal desta especie, Pabst (1972)ilustrou apenas
uma flor dissecada e, em trabalhosposteriores, nao foi apresentada
nenhuma ilustra~aocompleta. A especie, no entanto, apresenta urn
portemuito caracterfstico: a planta e relativamente pequena,com
folhas sub-membramkeas e concentradas naparte apical do caule, a
inflorescencia e ereta epauciflora, possui base envoivida por
poucas espatas,o escapo e coberto por bainhas imbricadas e e
maislange que 0 raque, 0 qual, pOl' sua vez, e muito curto;as
flores sao pequenas e vinoso-an'oxeadas a vinoso-esverdeadas. No
presente trabalho e apresentada umailustra~ao completa, baseada em
material vivoposteriormente depositado em herbario (Barros
&Ribeiro, SP246265).
Epidendrum campestre Lindl., Bot. Reg. 30 misc.:17. 1844. ==
Auliza call1pestris (Lindl.) Brieger, inSchlechter die Orchideen
9(33-36): 547. 1977 (nom.illeg.).
Tipo: Brasil. Minas Gerais: Diamond District, Campos,Serro do
Feio, Gardner 5207 (hol6tipo BM).
Sin,: Epidendrum blanduni Krzl., Kgl. Sv. Vet. Akad.Handl.
46(10): 58, tab. 11, fig. 2.1911.
Tipo: Brasil. Mato Grosso, Santana da Chapada, Bocada Serra,
Malme 2266 (hol6tipo S).
Pseudolaelia lyl1lansl1lithii R.J.V. Alves, FoliaGeobot.
Phytotax. 27(2): 191, fig. 1 A-C. 1992.
Tipo: Brasil. Minas Gerais: Serra de Ouro Branco,17-IX-1990, R.
1. V. Alves 1397 (hol6tipo RB !), synnov.Figuras 9-11
Material adicional examinado: BRASIL. ESPIRITOSANTO: a 30 km de
Guandu, 19-v-I971, A.P. Duarte17977 (HB). GOlAs: 48 km S de
Caiaponia, na estradapara Jatal, Serra do Caiap6, 23-X-1964, H.S.
Irwin &T.R. Soderstrom 7248 (SP); 50 km S de Caiaponia,
Figuras 1-8. £pidendrtll/1 addae Pabst. 1. Aspecto geral da
planta.2. Flor vista lateralmeJlle. 3. Flor vista frontalmente. 4.
Pet;:as doperig6nio. 5. Coluna e ovario em corte longitudinal
dorsi-ventral.6. Col una vista ventral mente, ap6s retirada do
labelo. 7. Antera.8. Polfnias.
-
Sena do Caiapo, 9-XI-1983, pe. Hutchinson 8526 A
(UBC); Mineiros, 20-VII-1974, G. Hatschbach 34638(HB). MATO
GROSSO: Santana da Chapada, Boca daSerra, 15-VIII-1902, G.O.A.
Malme 2266 (HB).MINAS GERAIS: a 40 km de Belo Horizonte,
estradapara Ouro Preto, Jardim Nossa Senhora das
Gra~as,13-VIII-1965 (fl. cult. 23-VIII-1987), J. Correa-Gomes
(SP175114); Belo Horizonte, Morro doChapeu, 2-VIII-1976, A. Pires
(HB 63562);Brumadinho, Sena da Cal~ada, 200 8'S e 44°13'W,IX-1989,
L.A. Martens 102 (SPF); Brumadinho,arredores do condominio Retiro
das Pedras,14-VII-1999, l.R. Stehmann & M. Gon~alves 2550(BHCB,
SP); Brumadinho, Sena do Rola Mo~a,E.L.Borba 553 (UEC); Estrada de
Ouro Preto,13-IX-1964, E. Pereira 9219 (HB); Jaboticatubas,Serra do
Cipo, 26-VII-1974, R. Wels-Windisch &A. GhilJanyi 138 (HB);
Moeda, Serra da Moeda,estrada para a BR-040, 15-VIII-1998, A.
Rapini et al.651 (SPF); Ouro Branco, Serra do Ouro
Branco,24-VII-1987, D.e. Zappi et al. CFCR 11219 (SPF);
lcm[
Figuras 9-11. Epidendrum campeslre Lind!. 9 Aspecto geral
daplanta. 10. Flor. II. Detalhe da regiao do calo do labelo.
F. Barros: NOlas laxonomicas em Epidendnllll e I-Iereroraxis
III
Ouro Preto, 14-VI-1975, A. Seidel 1105 (HB); Sabara,
X-1916, E. Kuhlmann ex Fe. Hoehne 230, (SP);Sabara, Fe. Hoehne
(SP28083); Sena da Chapada,18-IX-1990, R.J.v. Alves 1511 (RB -
paratipo dePseudolaelia Iymansmithii); 40 km SE de BeloHorizonte,
Jardim Nossa Senhora da Gra~a,13-VII-1965, S.F Glassman & J. C.
Gomes Jr. (SP).SAo PAULO: Iguape, Rio Vermelho e Rio
Peroupava,X-1918, A.e. Brade 7778 (HB).
A observa~ao do tipo de PseudolaeliaIymansmithii mostrou que se
trata, na verdade, deurn exemplar de Epidendrum campestre. Esta e
umaespecie brasileira tipica de regi6es com vegeta~aoaberta,
especialmente dos campos rupestres. Possuia base do caule
engrossada numa estrutura semelhantea um pseudobulbo, 0 que toma
sua aparencia vegetativamuito peculiar entre as especies do
generoEpidendrul1l L., lembrando, real mente, umaPseudolaelia Porto
& Brade. As flores tambem saomuito semelhantes as da maioria
das especies dePseudolaelia: roseo-lilases com a regiao do calo
dolabelo branca. Estes fatos devem ter levado Alves(1992) a
considera-Ia como pertencente ao generoPseudolaelia. No entanto, 0
labelo com ungulculoadnato as bordas laterais da coluna e 0 rostelo
fendidoe quase paralelo a col una, justificam 0 enquadramentoda
especie no genero Epidendrum.
Epidendrum secundum forma albescens (Pabst) FBarros, comb. et
stat. nov.
Basi6nimo: Epidendrum crassifolium Lind!. var.albescens Pabst,
Bradea 2(11): 64. 1976. ==Epidendrum secundum Jacq. var. albescens
(Pabst)F. Barros, Acta Bot. Bras. 10(1): 142. 1996.
Tipo: Brasil. Sao Paulo: Paranapiacaba, Linha SaoPaulo-Santos,
Esta~aoBiologica, XII-1975, O. Handro2227, fl. cult. (holotipo HB
!; isotipo SP !).
Material adicional examinado: BRASIL. PARANA: SaoJose dos
Pinhais, Alto da Serra, estrada Curitiba-Joinville, 29-VI-1978, A.
Seidel 1204 (HB).
Esta forma caracteriza-se, principal mente, pelacor branca das
flores, que possuem apenas umamancha amarela no calo. Varia~6es de
colorido emflores costumam ter grande importancia emhorticultura.
Em orquideas, tais varia~6es tern sido,desde 0 seculo XIX,
descritas como variedades, oumesmo tratadas como "variedades" sem
descri~aoformal. Sem duvida e mais desejavel 0 estabelecimentode um
epiteto nomenclatural mente correto para essas
-
112 Hoehnea 29(2). 2002
situac;oes do que simplesmente ignoni-Ias, 0 que terncausado uma
proliferac;ao indiscriminada de"variedades" albas, niveas, ebumeas,
etc. entre osorquid6filos e orquidicultores. Como justificado
porChristenson (1991), e preferfvel considerar asvariac;oes de
colorido das flores, as quais muitas vezesaparecem apenas como
mutac;oes espora,dicas dentrode populac;oes com flores de colorido
normal, comoformas, reservando 0 uso da categoria vari~dadeparaos
cas os em que haja variac;oes morfol6gicasdetectaveis em nfvel
populaciona!. Esse e exatamenteo caso de Epidendrwn secundum f
albescens.
Heterotaxis brasiliensis (Brieger & Illg) F. Barros,comb.
nov.
Basionimo: Maxillaria brasiliensis Brieger & Illg,Trab. XXVI
Congr. Nac. Bot. p. 240. fig. 1 A-F, 2, 3A-G. 1977.
Tipo: Brasi!. Sao Paulo: Guaratuba, Alto da Serra, F.G. Brieger
508, fl. cult. (HB !).
Material adicional examinado: BRASIL. PARANA:Guaraquec;aba,
Reserva Natural Saito Morato,20-XII-1999, A.L.S. Gatti & G.
Gatti 332 (SP);Paranagua, Ilha do Mel, 3-IX-1988, S.M. Silva &
W.S.Souza 24623 (VEC). RIO GRANDE DO SUL: Taquara,Gramado,
16-XII-1941, R. Sturmhoeffel3 (SP). SANTACATARINA: Blumenau,
15-IV-1941,1. F. da Silva 5 (SP).SAo PAULO: Cananeia, Ilha do
Cardoso, 22-II-1979,D.A. De Grande et al. 262 (SP); 1O-III-1982,F.
Barros 679 (SP); restinga do Pereirinha, 29-IV-1982,L.S.R. Duarte
39 (SP).
o subgenero Heterotaxis Lind!. do generoMaxillaria Ruiz &
Pay. foi estudado, de maneiraaprofundada, por Brieger & Illg
(1972) e por Illg(1977). Brieger & Illg (1972) apontaram 0 fato
dopossfvel estabelecimento deste grupo como urn generoaparte, mas
na ocasiao, preferiram mante-Io comourn subgenero de Maxillaria. As
diferenc;as emrelac;ao a Maxillaria "sensu stricto", no entanto,
saovisfveis: as plantas possuem pseudobulbos fortementecompressos e
densamente agregados, devido aorizoma curtfssimo, e possuem base
encoberta porbainhas foliaceas, as flores sao escassas,
geralmenteisoladas na base dos pseudobulbos, eretas,
carnosas,cerosas e com labelo apenas obscuramente trilobado.No
tratamento das especies brasileiras, Cogniaux(1904-1906) manteve os
generos Camaridium Lind!.e Ornithidium R. Br. segregados de
Maxi/laria.Hoehne (1947, 1953), por sua vez, fez uma crftica a
manutenc;ao de Maxillaria como urn genera amploque agrupa
elementos vegetativamente muito distintos.Hoehne (1947) tentou
solucionar essa questaoaceitando 0 genero Camaridiwn Lind!. e
criando osdois novos generos Marsupiaria Hoehne ePseudomaxillaria
Hoehne. A mesma delimitac;ao foiseguida por Hoehne (1953) em sua
revisao dasMaxillariinae brasileiras. A concepc;ao de Hoehne(1947)
para os generos da subtribo nem sempre sejustifica completamente:
Marsupiaria, por exemplo,abriga especies aparentemente mais
pr6ximas deHeterotaxis [M. iridifolia (Batem. ex Rchb. f)Hoehne =
Maxillaria valenzuelana (A. Rich.) Nash]e outras mais relacionadas
com Camaridium Lind!.[por exemplo Marsupiaria equitans
(Schltr.)Hoehne). E incontestavel, no entanto, que 0
generoMaxillaria "sensu lato" alberga grupos de elementosmuito
discrepantes e que sua manutenc;ao dentra deMaxillaria tende a
tornar 0 genera muito heterogeneo,conforme ja havia sido observado
por Hoehne (1947).A manutenc;ao desses grupos como parte
deMaxillaria e mais uma questao de tradic;ao,alicerc;ada em
especial nos tratamentos empregadospor alguns taxonomistas
norte-americanos, como porexemplo Schweinfurth (1960) e Hawkes
(1965), doque uma questao tecnicamente justificave!. EmboraLindley
(1830-1840) tenha argumentado a favor damanutenc;ao do nome
Dicrypta, sob a alegac;ao deque a descric;ao de Heterotaxis
incluiria algunscaracteres erroneos, 0 nome Heterotaxis, por ser
maisantigo, deve prevalecer. Algumas outras especiesbrasileiras
hoje tratadas dentra de Maxillaria, e que,assim como Maxillaria
brasiliensis, devem sertransferidas para 0 genero Heterotaxis, sao
as queseguem:
Heterotaxis sessilis (Sw.) F. BalTos, comb. nov.
Basionimo: Epidendrum sessile Sw., Prodr. Veg.Ind. Occ. p. 22.
1788. (non Epidendrwn sessileJ. Konig, in Retz. Observ. Bot. 6: 60.
1791, nom,illeg. = Bulbophyllum clandestinum Lind!., Bot.Reg. 27
(misc.): 77. 1841). == Maxillaria sessilis(Sw.) Fawc. & Rendle,
F. Jam. 1: 120. 1910 (nonMaxillaria sessilis Lind!., in Benth. PI.
Hartw.p.155.1845.Tipo: Jamaica. Swartz (U).Sinonimo: Dicrypta
discolor Lodd. ex Lind!., Bot.Reg. 25 (misc.): 91. 1839. ==
Maxillaria discolor(Lodd. ex Lind!.) Rchb. f, Walp. An. 6: 529.
1861.Tipo: Suriname (Demerara). Loddiges (K).
-
Heterotaxis proboscidea (Rchb. f.) F. Barros, comb.nov.
Basionimo: Maxillaria proboscidea Rchb. f.,Bonplandia 2: 16.
1854.Tipo: VENEZUELA. Caracas (hol6tipo W).
Heterotaxis superflua (Rchb. f.) F. BalTos, comb. nov.
Basionimo: Maxillaria superflua Rchb. f.,Bonplandia 4: 323.
1856.Tipo: (hol6tipo W).Sinonimos: Dicrypta longifolia Barb. Rodr.,
Orch.Nov. 1: 125. 1877. == Maxillaria longifolia (Barb.Rodr.)
Cogn., in Mart. Fl. Bras. 3(6): 33. 1904, nom.illeg. (non
Maxillaria longifolia Lindl., Gen. et Sp.Orch. p.150. 1832). ==
Maxillaria tarumaensisHoehne, Arq. Bot. Estado Sao Paulo nov. ser.
2: 73.1947.Tipo: Brasil. Amazonas: Rio Taruma, afluente do
RioNegro, J.B. Rodrigues, III (hol6tipo RB, perdido;lect6tipo, hie
designatus, tab. 307 do vol. 6 daIconographie des Orchidees du
Bresil, cujas ilustra~6esoriginais encontram-se depositadas em RB
!).
Heterotaxis villosa (Barb. Rodr.) F. Barros, comb. nov.
Basionimo: Dicrypta villosa Barb. Rodr., Orch. Nov.1: 125. 1877.
== Maxillaria villosa (Barb. Rodr.)Cogn., in Mart. FI. Bras. 3(6):
34. 1904.Tipo: Brasil. Amazonas: Manaus, J.B. Rodrigues,
III(hol6tipo RB, perdido; lect6tipo, hie designatus, tab.279 do
vol. 6 da Iconographie des Orchidees du Bresil,cujas ilustra~6es
originais encontram-se depositadasem RB !).
Heterotaxis violaceopunctata (Rchb. f.) F. Barros,comb. nov.
Basionimo: Maxillaria violaceopunctata Rchb. f.,Bonplandia 3:
216. 1855.Tipo: Suriname (Demerara). Jenish ex Kramer (W ?).
Agradecimentos
A Carmen S. Z. Fidalgo pela execu~ao das figuras1-8 e a Rogerio
Lupo pela execu~ao das figuras 9-11.
F. Barros: Notas taxonomicas em EpidelldrwlI e Heterotaxis
113
Literatura citada
Alves, R.j.V. 1992. A new species of Pseudalaelia(Orchidaceae)
from Minas Gerais, Brazil. FoliaGeobotanica et Phytotaxonomica 27:
189-191.
Barros, F. 1996. Notas taxonomicas para especies brasileirasdos
generos EpidelldrwlI, Platystele, Pleurathallis eScaphyglottis
(Orchidaceae). Acta Botanica Brasilica10: 139-151.
Brieger, F.G. & IIIg, R.D. 1972.0 grupo Heterotaxis dogenero
Maxillaria Ruiz et Pavon (Orchidaceae). In:Anais da Sociedade
Botanica do Brasil - XXIIICongresso Nacional de Botanica, Recife,
pp. 93-99.
Christenson. E.A. 1991. On color variation in orchids andthe
white phase of Encyclia tampensis. AmericanOrchid Society Bulletin
60: 548-549.
Cogniaux, A. 1904-1906. Orchidaceae. In: e.F.P. Martius,A.G.
Eichler & I. Urban (eds.) Flora Brasiliensis v. 3, pt.6, R.
Oldenbourg, Monachii, pp. 1-604, tab. 1-120.
Dressler, R.L. 1993. Phylogeny and classification of theorchid
family. Cambridge University Press, Cambridge,313 p.
Hawkes, A.D. 1965. Encyclopaedia of Cultivated Orchids.Faber
& Faber, London, 602 p.
Hoehne, F.C. 1947. Reajustamento de algumas especies
deMaxillarieas do Brasil, com a cria\=ao de dois novosgeneros para
elas. Arquivos de Botanica do Estado deSao Paulo n.s. 2: 65-73.
Hoehne, F.e. 1953. Orchidaceas. In: F.e. Hoehne (ed.).
FloraBrasilica. Instituto de Botanica, Sao Paulo, v. 12, pt.
7,397p.
IIIg, R.D. 1977. Maxillaria brasiliensis Brieg. & IIlg,
umaespecie nova de orqufdeas da sec\=ao Heterotaxis. In:Trabalhos
do XXVI Congresso Nacional de Botanica,Rio de Janeiro, pp.
239-245.
Lindley, j. 1826. Heterotaxis crassifolia -
thick-leavedHeterotaxis. Botanical Register 12: t. 1028.
Lindley, j. 1830-1840. The genera and species oforchidaceous
plants. Ridgways, London, 553 p.
Pabst, G.F.j. 1972. Additamenta ad orchideologiambrasiliensem -
XIII. Bradea 1: 267-271.
Pabst, G.F.j. 1976. Duas formas albinas de orqufdeas
muitoconhecidas. Bradea 2: 63-64.
Schweinfurth, e. 1960. Orchids of Peru. Fieldiana Botany30:
533-786.