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Introduo: A IMPORTNCIA DO APSTOLO PAULOSabe-se muito mais acerca
do apstolo Paulo do que acerca de qualquer outro personagem
apostlico. Nosso conhecimento sobre esse apstolo e seu ministrio
praticamente tudo quanto se sabe acerca do desenvolvimento do
cristianismo, durante aqueles dias.
Os textos bblicos que faz-nos conhecer sobre a vida de Paulo,
so: (Gl 1:10 a 2:10; Fp 3:4-11), alm de (At 9:3-19; 22:6-21 e
26:12-18). Comentamos sobre suas viagens missionrias ao estudarmos
o mdulo anterior, o livro de Atos dos Apstolos.
Paulo nasceu em Tarso, na Cilcia, cidade no insignificante; (At
21:39). Tarso, por essa poca, j tinha histria antiga, e fora cidade
importante por muitos sculos antes da era crist.
Chegou a ser a cidade mais importante da Cilcia. Essa cidade se
tornou uma regio de sntese entre o oriente e o ocidente, entre a
cultura grega, a cultura oriental, e, finalmente, a cultura romana.
Tambm era um centro cultural.
No se sabe quando Paulo nasceu; porm, quando do apedrejamento de
Estevo, lemos que Saulo era um jovem; (At 7:58). Portanto, isso
indica que ele nasceu na primeira dcada do sculo I d.C., sendo,
assim, um contemporneo mais jovem de Jesus.
O nome Paulo significa pequeno. As passagens de (1Co 2:3 e 2 Co
10:10) indicam que a aparncia fsica de Paulo no era impressionante,
e a descrio que h sobre ele, no livro apcrifo Atos de Paulo e
Tecla, concorda com esse ponto de vista: E ele viu Paulo que se
aproximava, um homem de baixa estatura, quase calvo, torto de
pernas, de corpo volumoso, sobrancelhas unidas, um nariz um tanto
adunco, cheio de graa: pois algumas vezes parecia um homem, e de
outras vezes tinha a fisionomia de um anjo.
Atos fala que Paulo tinha uma irm e um sobrinho que viviam em
Jerusalm, (At 23:16). O prprio Paulo aprendera uma profisso,
provavelmente em Tarso, a de fabricante de tendas; (At 18:3).
Paulofoi instrudo no judasmo estrito.
Quando criana saiu de Tarso para estudar em Jerusalm. L, Paulo
estudou sob orientao do grande Rabban Gamaliel, o Velho, que era
altamente respeitado como mestre.
As palavras de (Gl 1:14), mostram-nos que ele era indivduo
intensamente religioso desde a juventude, tendo-se destacado nessa
questo acima dos outros jovens de sua idade. Frequentava
regularmente a sinagoga. Mais tarde seguiu suas tradies farisaicas,
tornando-se membro desta seita judaica.
Antes de sua converso, sendo ainda jovem, Saulo perseguiu a
igreja de Cristo e muniu-se da autoridade de cartas oficiais para
fazer isso.
Portanto, muito provvel que pertencesse a uma famlia
proeminente, ou, pelo menos, que se tenha distinguido
extraordinariamente como lder e zelote religioso, sendo por isso
mesmo encarregado do que se pensava ser uma importante misso. Nas
passagens de (At 9:3-19; 22:6-21 e 26:12-18), o prprio Paulo relata
a sua experincia de converso a Cristo.
Porque vs, irmos, sabeis, pessoalmente, que a nossa estada entre
vs no se tornou infrutfera; mas, apesar de maltratados e ultrajados
em Filipos, como do vosso conhecimento, tivemos ousada confiana em
nosso Deus, para vos anunciar o evangelho de Deus, em meio a muita
luta. Pois a nossa exortao no procede de engano, nem de impureza,
nem se baseia em dolo; pelo contrrio, visto que fomos aprovados por
Deus, a ponto de nos confiar ele o evangelho, assim falamos, no
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para que agrademos a homens, e sim a Deus, que prova o nosso
corao. A verdade que nunca usamos de linguagem de bajulao, como
sabeis, nem de intuitos gananciosos. Deus disto testemunha. Tambm
jamais andamos buscando glria de homens, nem de vs, nem de outros.
(1Ts 2:1-6).
Em sua converso, Paulo foi alcanado pelo evangelho, e pela graa
e misericrdia de Cristo. Por Cristo, ele foi encarregado de pregar
o evangelho. Paulo pregava o evangelho de Cristo com misericrdia,
porque ele mesmo provou a misericrdia divina.
... segundo o evangelho da glria do Deus bendito, do qual fui
encarregado. Sou grato para com aquele que me fortaleceu, Cristo
Jesus, nosso Senhor, que me considerou fiel, designando-me para
oministrio, a mim, que, noutro tempo, era blasfemo, e perseguidor,
e insolente. Mas obtive misericrdia, pois o fiz na ignorncia, na
incredulidade. Transbordou, porm, a graa de nosso Senhor com a f e
o amor que h em Cristo Jesus. Fiel a palavra e digna de toda
aceitao: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores,
dos quais eu sou o principal. Mas, por esta mesma razo, me foi
concedida misericrdia, para que, em mim, o principal, evidenciasse
Jesus Cristo a sua completa longanimidade, e servisse eu de modelo
a quantos ho de crer nele para a vidaeterna. Assim, ao Rei eterno,
imortal, invisvel, Deus nico, honra e glria pelos sculos dos
sculos. Amm! (1Tm 1:11-17).
... e, afinal, depois de todos, foi visto (Cristo, aps sua
ressurreio) tambm por mim, como por um nascido fora de tempo.
Porque eu sou o menor dos apstolos, que mesmo no sou digno de ser
chamado apstolo, pois persegui a igreja de Deus. Mas, pela graa de
Deus, sou o que sou; e a sua graa, que me foi concedida, no se
tornou v; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia,
no eu, mas a graa de Deus comigo. Portanto, seja eu ou sejam eles,
assim pregamos e assim crestes (1Co 15:8-11).
O mesmo Cristo que operou em Pedro e o comissionou para levar o
Evangelho aos Judeus, operou em Paulo para o Evangelho aos gentios;
(At 9:15, 16; Gl 2:7-10).
Paulo recebeu muitas revelaes do Senhor. Mistrios que estavam
encobertos de geraes passadaslhes foram revelados, pelo Esprito.
Veja o texto abaixo:
Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Cristo Jesus, por
amor de vs, gentios, se que tendes ouvido a respeito da dispensao
da graa de Deus a mim confiada para vs outros; pois, segundo uma
revelao, me foi dado conhecer o mistrio, conforme escrevi h pouco,
resumidamente; pelo que, quando ledes, podeis compreender o meu
discernimento do mistrio de Cristo, o qual, em outras geraes, no
foi dado a conhecer aos filhos dos homens, como, agora, foi
revelado aos seus santos apstolos e profetas, no Esprito, a saber,
que os gentios so coerdeiros, membros do mesmo corpo e
co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho;
do qual fui constitudo ministro conforme o dom da graa de Deus a
mim concedida segundo a fora operante do seu poder. A mim, o menor
de todos os santos, me foi dada esta graa de pregar aos gentios o
evangelho das insondveis riquezas de Cristo e manifestar qual seja
a dispensao do mistrio, desde os sculos, oculto em Deus, que criou
todas as coisas, para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de
Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos
lugares celestiais, segundo o eterno propsito que estabeleceu em
Cristo Jesus, nosso Senhor, pelo qual temos ousadia e acesso com
confiana, mediante a f nele. Portanto, vos peo que no desfaleais
nas minhas tribulaes por vs, pois nisso est a vossa glria. (Ef
3:1-13).
Cristo chamou Paulo para aprofundar Sua Igreja numa nova
dispensao, uma nova fase da Igreja de Cristo. Em Paulo, o Senhor
estava pregando a Era da Graa, conforme foi profetizada pelos
profetas e inaugurada por Jesus.
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Paulo, ento, d continuidade ao Evangelho aos gentios, comeado
por Jesus; (Is 42:1, 6; 49:6) (at extremidade da terra, a Palavra;
cf. At 1:8); (Lc 2:32).
Deus sempre chama e comissiona apstolos e profetas, que trazem a
Palavra que cria as novas dispensaes, novas eras. Certamente o
Senhor Deus no far coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo
aos seus servos, os profetas. Rugiu o leo, quem no temer? Falou o
Senhor Deus, quem no profetizar?; (Am 3:7,8).
O Senhor continua falando hoje, atravs de seus santos, apstolos
e profetas. Mais uma vez uma nova dispensao est sobre a terra, a
Era do Reino de Deus que est sobre ns. Quem tem ouvidos para ouvir,
oua o que o Esprito de Deus est falando!...
Um tero do Novo Testamento foi escrito por Paulo. Foi ele quem
mais escreveu sobre a graa de Deus, sobre como ser um servo de
Cristo, a obedincia da f, o propsito da cruz, a verdadeira
circunciso, sobre a ressurreio, a vida ressurreta, os dons e
ministrios do Esprito, pastoreio e alguns outros assuntos que
contribuem para levar a igreja de Cristo maturidade espiritual.
I. A CARREIRA DO APOSTOLO PAULO (1.5).
1. Origem.
. Tarso, na Cilicia (At 22.3).
. Tribo de Benjamim (Fp 3.5).
2. Treinamento.
. Aprendeu a arte de fazer tenda (At 18.3).
. Estudou com Gamaliel (At 22.3).
3. Religio anterior.
. Hebreu e fariseu (Fp 3.5).
. Perseguidor dos cristos ( At 8.1-3; Fp 3.6).
4. Salvao.
. Encontrou o Cristo ressuscitado no caminho para Damasco (At
9.1-8).
. Recebeu o derramamento do Esprito Santo na rua chamada direita
(At 9.17-18; 22.12-16).
5. Chamado para Misses.
. A igreja de Antioquia foi instruda pelo Esprito Santo a enviar
Paulo ao trabalho (At 13.1-3).
. Levou o evangelho paras os gentios (Gl 2.7-10).
6. Papis.
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. Falou em nome da Igreja de Antioquia no conclio de Jerusalm
(At 15.1-4,12).
. Ops-se a Pedro (Gl 2.11-21).
. Discutiu com Barnab por causa de Joo Marcos (At 15.36-41).
7. Realizaes.
. Trs viagens missionrias prolongadas (At 13-20).
. Fundou inmeras igrejas na sia Menor, na Grcia e,
possivelmente, na Espanha (Rm 15.24,28).
. Escreveu cartas para inmeras igrejas e vrios indivduos que
agora compe um quarto do NT.
8. Fim da vida.
. Depois da priso em Jerusalm, foi enviado para Roma (At 21.27;
28.16-31).
. De acordo com a tradio crist, foi libertado da priso, o que
lhe permitiu mais obras missionrias; aprisionado novamente,
permaneceu preso mais uma vez em Roma e foi decapitado fora da
cidade.
Captulo 01: ROMANOSI. AUTOR
Esta epstola a mais longa, e foi escrita por Paulo (1:1,5),
quando se encontrava em Corinto (15:26; 16:1,2). Havia encerrado
sua terceira viagem missionria, s vsperas de partir para Jerusalm,
levando a oferta para os crentes necessitados (15:22-27).
Uma senhora chamada Febe, de Cencria, subrbio de Corinto, estava
de sada para Roma (16:1,2). Paulo aproveitou a oportunidade para
enviar por ela esta carta. No havia servio postal no Imprio Romano,
exceto para a correspondncia oficial.
O servio de correios como conhecemos hoje, de origem recente.
Naquela poca a correspondncia particular tinha de ser conduzida por
amigos ou outros viajantes que por acaso houvesse.
Diferente de todas as outras cartas escritas por Paulo, a de
Romanos foi escrita a uma igreja a qual ele nunca havia visitado
(1:10,11,15). O apstolo s chegou capital do Imprio trs anos depois
dehaver escrito a carta.
O ncleo dessa igreja formara-se, provavelmente, dos romanos que
estiveram em Jerusalm no dia de Pentecostes (At 2:10). Em 28 anos
muitos cristos, de vrias partes do Oriente, por qualquer motivo se
mudaram para a metrpole, alguns deles convertidos pela pregao de
Paulo e por seus amigos.
II. DATA
mais provvel que Paulo tenha escrito Romanos enquanto estava em
Corinto, em 56 dC, fazendo uma coleta para ajudar os cristos
necessitados de Jerusalm (15.25-28,31; 2Co 8-9). Ele planejou ira
Jerusalm com essa coleta, depois visitar a igreja em Roma (1.10-11;
15.22-24).
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Depois de ser revigorado e apoiado pelos cristos de Roma,
planejou viajar para a Espanha para pregar o evangelho (15.24). Ele
escreveu para dizer aos Romanos sobre sua visita iminente. A
carta,provavelmente tenha sido entregue por Febe (16.1-2).
III. CONTEXTO HISTRICO
Quando Paulo escreveu Rm, por volta de 56 dC, ele ainda no tinha
estado em Roma, mas vinha pregando o evangelho desde sua converso
em 35 dC. Durante os dez anos anteriores, ele tinha fundado igreja
atravs de todo o mundo mediterrneo. Agora, estava chegando ao fim
de sua terceira viagem missionria.
Esta epstola , portanto, uma declarao madura de sua compreenso
do evangelho. Em Roma, a igreja havia sido fundada por outros
cristos; e Paulo, atravs de suas viagens, conheceu muito a respeito
dos crentes de l (16.3-15).
IV. PROPSITO
O propsito era o de fazer saber aos irmos de Roma que ele estava
de partida para l. Alis, foi antes de Deus dizer a Paulo que o
queria em Roma (At 23:11), de modo que ele ainda no estava certo se
escaparia com vida de Jerusalm (Rm 15:31).
Neste caso, parecia conveniente que ele, apstolo dos gentios,
tivesse arquivada na capital do mundo gentlico uma explicao de seu
modo de compreender a natureza da obra de Cristo.
V. TEMA
Justificao pela f (1:16,17), esta epstola a explicao mais
completa que Paulo d do seu modo de compreender a natureza de todo
o conjunto de verdades da redeno, chamado nas Escrituras de "o
Evangelho". a mais completa histria da necessidade, do remdio e dos
resultados da morte de Cristo.
Romanos a alma da coerncia. Comea com condenao, e prossegue
atravs da salvao, justificao, santificao (e depois uma seo a
respeito da verdade dispensacional, conciliando as promessas de
Deus Igreja), terminando com a glorificao.
Por ser uma carta, Romanos, escrita mui cuidadosamente. Parece
apresentar uma cena de tribunal com a humanidade sendo julgada
diante do Deus Todo-Poderoso. Repetidas vezes Paulo apresenta as
tremendas interrogaes da vida, e prossegue respondendo-as dentro da
verdade de Deus.
Toda a verdade traada comeando com o homem num estado de
completa desesperana e desamparo, e terminando com ele na qualidade
de filho do Deus Vivo, absolutamente justo e possuindo a vida
eterna.
VI. CONTEDO
O tema doutrinal global que Paulo procura demonstrar que Deus
Justo. Apesar de tudo que aconteceu neste mundo: todos os seres
humanos so pecadores (1.18-3.20), mesmo que Deus no puna, mas
perdoe os pecadores culpados (3.21-5.21), mesmo que os crentes
possam no viver completamente de uma maneira coerente com a justia
de Deus (6.1-8.17), mesmo que os crentes sofram e a redeno final
retarde (8.18-39), mesmo que os muitos judeus no creiam
(9.1-11.36).
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Ainda assim Deus perfeitamente Justo e nos perdoou atravs de sua
graa. Devido a essa grande misericrdia de um Deus to justo, devemos
seguir um modelo de vida coerente com a prpria justia de Deus
(12.1-16.27).
A Epstola de Paulo aos Romanos pode ser dividida da seguinte
maneira.
1. Saudao (1:1-7). Aqui o apstolo apresenta um resumo rpido de
sua vida. Mostra tambm que Jesus foi predito nas profecias do
Antigo Testamento, que ressuscitou dentre os mortos, e o
comissionou para preg-Lo a todas as naes.
2. Ao de graas (1:8-15). A gratido e a intercesso se mostram
presentes na vida de Paulo. Ele no deixa de mencionar sua splica
Deus por uma chance de visitar a igreja de Roma, onde poderia ser
abenoado pelos irmos e tambm abeno-los.
3. Justificao pela f (1:16,17). No se envergonhava do evangelho
mesmo em Roma, o dourado e altivo bero de toda coisa ruim.
Entretanto, o que tivesse f no Senhor, seria considerado justo e
justificado por ela.
4. A necessidade do evangelho (1:18-3:20).
A. A condenao dos gentios (1:18-20). A terrvel depravao do
homem, principalmente no tocantes prticas sexuais, reprovada e
passvel de morte os que tais coisas praticam. Os gentios so
considerados culpados e apesar de toda a manifestao do poder de
Deus at mesmo atravs da natureza, eles no reconhecem a Deus.
B. A condenao dos judeus (2:1-3:8). O quadro aqui pintado da
pecaminosidade do homem inclui os judeus, embora seja o povo de
Deus, visto praticarem a maioria dos pecados comuns da raa
humana.
Aos judeus foram confiados os orculos de Deus, apesar de em
matria de pecaminosidade ocuparem eles a mesma posio de outras
naes. Sob a direo divina, ela foi fundada para servir aum propsito
especial na execuo do plano de Deus de redimir ao homem (Gn 12). Um
dos propsitos da lei foi fazer o homem compreender que pecador
(3:20), necessitando de um Salvador.
Este o retrato da raa humana em sua generalidade. Lemos em (Rm
2:16) que nesse dia, no a raa, seja judaica ou gentlica, mas a
natureza ntima do corao e sua atitude para com a prtica do pecado
que condena o homem perdio.
5. Breve declarao do plano da salvao. Justificao pela f
(3:21-31), pela natureza eterna das coisas, visto que pecado
pecado, retido retido, e Deus justo, ento no pode haver misericrdia
separada da justia. O pecado deve ser punido. O prprio Deus tomou
sobre Si a punio do pecado do homem, na pessoa de Cristo. Por
conseguinte, pode perdoar esse pecado e considerar que os que, em
gratido aceitam o sacrifcio do Salvador, esto de posse da prpria
justia dEle, justia imputada.
6. Abrao, uma confirmao da justificao (4:1-25). Os defensores da
circunciso mencionaram Abrao, para requerer dos gentios que estes
se circuncidassem e guardassem a lei, pois se algum no fosse da
descendncia de Abrao, s atravs da circunciso se tornaria.
Paulo explica que a promessa foi feita na base da f exercida por
Abrao, quando este ainda era incircunciso, e que seus herdeiros so
os que tm a mesma f, e no os que so circuncidados. O
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grande fato da vida de Abrao foi sua f, no sua circunciso.
7. Os resultados da justificao (5:1-21). Paulo baseia o
argumento da eficcia da morte de Cristo para resgate do pecado
humano na unidade da raa em Ado.
O homem no merece censura por ser pecador, todavia diz Paulo o
fundador da raa humana, Ado no surgiu assim. No teve uma natureza
pecaminosa no princpio de sua existncia.
O apstolo explica a doutrina da expiao do pecado, no contrapondo
Cristo a cada um de ns em particular, mas contrapondo-O ao cabea de
nossa raa.
Ado, cabea natural da raa. Cristo, cabea espiritual. O que um
cabea fez, o outro desfez. O pecado de um levou a raa humana a essa
condio.
Portanto, a morte de um suficiente para tornar possvel aos
membros da raa sarem desta mesma condio.
8. Resposta primeira objeo justificao.
A. Promove o pecado (6:1-8:39). A justificao produz a santificao
(6:1-23); Se Cristo perdoa os pecados podemos viver pecando? Paulo
diz que isto inconcebvel. Cristo morreu para perdoar o nosso pecado
e fazer-nos odi-lo.
No podemos servir a Cristo e ao pecado. No possvel agradar a
Cristo e pecar ao mesmo tempo.
Cristo nos d o incentivo e prov para ns a fora de lutar at
alcanarmos aquela perfeita santidade, que mediante Sua graa, j
nossa.
B. Lei e graa (7:1-25). Se no mais estamos debaixo da lei,
porque, pois ela foi dada? No para ser um programa de salvao, mas
como medida preparatria, para educar o homem a ver a necessidade
que ele tem de um Salvador.
Para fazer-nos ver a diferena que h entre retido e a iniquidade.
Enquanto o ser humano se sente autossuficiente ele no busca o
Salvador.
C. Certeza de salvao (8:1-39).
i. O Esprito no ntimo (8:1-11). Em Cristo no s temos os pecados
perdoados, mas tambm uma nova vida. Nossa vida impregnada pelo
Esprito de Deus, e nasce uma natureza divina. Aceitamos pela f que
esta nova vida, nascida de Deus opera em ns almejando dominar todo
o nosso ser.
ii. Nosso dever para com o Esprito (8:12-17). Andar no Esprito
quer dizer que dependemos totalmente de Cristo para nossa salvao.
Paulo claro em afirmar que a graa de Cristo no nos exime de fazer
tudo quanto est em ns para vivermos retamente. Andar na carne
significa entregarmo-nos satisfao de nossos desejos carnais que
habitam em nossa natureza admica.
iii. A criao que sofre (8:18-25). Toda a criao natural,
inclusive ns mesmos, gememos por uma ordem melhor de existncia a
ser revelada no dia da completa redeno, por Deus operada, quando o
"corpo desta morte", (7:24), receber a liberdade da glria celeste.
esta uma grandiosa concepo da obra de Cristo.
iv. A intercesso do Esprito (8:26-30). No somente o Esprito no
ntimo nosso penhor de
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ressurreio e glria, mas tambm, por Suas splicas, em nosso favor.
Somos assegurados de que Deus far redundar em nosso bem tudo quanto
nos acontea. Podemos nos esquecer de orar, Ele nunca se esquece.
Olhar por ns. Nunca nos esqueamos de confiar nEle.
v. O infalvel amor de Cristo (8:31-39). Ele morreu por ns, para
nos perdoar e nos dar vida. Se somos Seus, nenhum poder na terra,
no cu ou no inferno pode impedir que Ele nos tome para Si. Somos
propriedade exclusiva dEle.
9. Resposta segunda objeo. Anula as promessas de Deus
(9:1-11:36).
A. A soberana escolha de Deus (9:1-33). Aqui, Paulo no discute a
predestinao de indivduos paraa salvao ou a condenao, mas afirma a
soberania absoluta de Deus, na escolha e governo das naes com
vistas a funes mundiais, de modo a trazer, por fim, todos sujeitos
a Si. Mostra tambm que a rejeio de Israel e a adoo dos povos
gentlicos foram preditas nas Escrituras.
B. Zelo e desobedincia dos judeus (10:1-21). Deus no levou os
judeus a rejeitar a Cristo. Eles agiram por si mesmos. simplesmente
uma questo de ouvir (10:8-17). Os judeus ouviram e voluntariamente
desobedeceram (10:18-21).
C. O futuro de Israel (11:1-36). A rejeio deles temporria, e
resultou na salvao dos gentios. Mas um dia vir quando todo o Israel
ser salvo (Rm 11:26). Um dos pontos mais obscuros no panorama da
histria humana o sofrimento desse povo aflito e desobediente.
Um dia, porm, isto ter fim. Israel voltar arrependido ao Senhor,
a quem crucificou. Haver perdo e alegria. E toda a criao dar graas
a Deus pela Sua sabedoria insondvel e Sua providncia.
10. Exortaes prticas (12:1-16:27).
A. O servio na Igreja e outros deveres (12:1-21)1 Paulo encerra
aqui qualquer discusso teolgica com uma ardente exortao sobre a
maneira crist de vida.
Em captulos anteriores, ele insistiu em que nossa posio diante
de Deus depende inteiramente da misericrdia, que perdoa
graciosamente, que nos estimula para as boas obras, e transforma
toda a nossa maneira de encarar a vida.
i. A humildade de Esprito (12:3-8). Todos devem ser humildes no
Corpo de Cristo. No raro, um lugar de liderana, que nos deve tornar
humildes, nos faz inchados de vanglria. E muitas vezes sucede que
uma pessoa dotada de certo talento se inclua a depreciar o valor
dos talentos dos outros.
ii. Qualidades celestiais (12:9-21). Amor fraternal, averso ao
mal, especialmente o que est em nosso ntimo, diligncia, alegria,
pacincia, orao, hospitalidade, compaixo, interesse pelo que
honroso, esprito pacfico, falta de ressentimentos.
B. Deveres polticos (13:1-14). O governo civil ordenado por
Deus; os cristos devem ser cidados cumpridores das leis do governo
sob o qual vivem em todas as relaes da vida diria.
i. Tudo se resume no amor (13:8-10). Uma devida considerao aos
direitos do prximo, como se fossem nossos, serve-nos de
disciplina.
ii. O dia j vem (13:11-14). Refere-se a era crist que se dirige
para a consumao.
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C. A responsabilidade pessoal (14:1-23). Esse captulo se dedica
questo dos cristos se condenarem a propsito de comidas e guarda de
dias. As comidas eram as que eram sacrificadas aosdolos.
Quanto aos dias parecem ser o sbado que os judeus insistiam em
guardar, alm dos dias de festas. Se algum quisesse guardar o sbado,
era um direito, entretanto no devia insistir que os outros o
fizessem tambm.
D. Ambies missionrias de Paulo (15:1-33). Aqui h uma continuao
das exortaes do captulo anterior. A inteno maior do apstolo de ir
at Roma, pois o evangelho j havia sido pregado na sia Menor e na
Grcia, e agora ele est pronto para avanar at a Espanha, parando em
Roma no caminho (15:24).
E. Saudaes pessoais (16:1-27). um captulo de saudaes. Vinte e
seis nomes de lderes de igreja, amigos particulares de Paulo so
mencionados aqui. Dentre os nomes cita o apstolo alguns parentes
seus que j so velhos, pois se tornaram cristos muito antes dele, e
que com ele estiveram presos.
VII. CRISTO REVELADO
Romanos a histria do plano de redeno de Deus em Cristo: a
necessidade dele (1.18-3.20), a descrio detalhada da obra de Cristo
e suas implicaes para os cristos (3.21-11.36) e a aplicao do
evangelho vida cotidiana (12.1-16.27).
VIII. O ESPRITO SANTO EM AO
O Esprito Santo confere poder na pregao do evangelho e na
realizao de milagres (15.19), habita em todos que pertencem a
Cristo (8.9-11) e nos d vida (8.11).
Ele tambm nos torna, progressivamente, mais santo na vida diria,
nos dando poder para obedecermos a Deus e superarmos o pecado
(2.29; 7.6; 8.2,13; 15.13,16), fornecendo-nos um modelo de
santidade a seguir (8.4), nos guiando nele (8.14) e purificando
nossa conscincia para prestar testemunho verdadeiro (9.1).
O Esprito Santo derrama o amor de Deus em nosso corao (5.5;
15.30), junto com alegria, paz e esperana atravs de seu poder
(14.17; 15.13).
Ele nos permite orar adequadamente (8.26) e a chamar Deus de
nosso Pai, concedendo desse modo, uma segurana espiritual interior
de que somos filhos de Deus (8.16).
Devemos centrar a nossa mente nas coisas do Esprito, se
desejamos agradar a Deus (8.5,6). Embora Paulo descreva brevemente
os dons espirituais em Rm (12.3-8), ele no faz meno explicita do
Esprito Santo em conexo com esses dons, exceto para referir-se a
eles como espirituais em (1.11). A obra atual do Esprito Santo em
ns apenas um antegozo de sua futura obra celeste em ns (8.23).
IX. ESBOO DE ROMANOS.
Introduo 1.1-17.
. Identificao de Paulo 1.1-7.
. Desejo de Paulo de visitar Roma 1.8-15.
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. Resumo do evangelho 1.18-3.20.
1. Todos pecaram 1.18-3.20.
2. Justificao apenas pela f 3.21-5.21.
3. Praticando Justia na vida Crist 6.1-8.39.
4. Deus e Israel 9.1-11.36.
5. Aplicaes prticas 12.1-15.13.
6. A prpria situao de Paulo 15.14-33.
7. Recomendaes pessoais 16.1-24.
8. Bno 16.25-27.
Captulo 02: 1 CORNTIOSI. AUTOR
A Primeira Epstola aos Corntios um dos escritos clssicos do
apstolo Paulo; acima de tudo ela preserva para ns tanto a doutrina
apostlica da Igreja Primitiva, como a doutrina crist
cristalina.
Nesta epstola encontramos os problemas enfrentados pelos
primeiros cristos gentios, e como Paulo moveu-se, com um corao de
pastor, para ajudar aquela comunidade crist.
A autenticidade de 1 Corntios nunca foi seriamente desafiada. Em
estilo e filosofia, a epstola pertence ao Apstolo Paulo.
II. DATA
Paulo estabeleceu a Igreja em Corinto por volta de 50-51 dC,
quando passou dezoito meses l em sua segunda viagem missionria (At
17.1-17). Ele continuou a levar a correspondncia adiante e a cuidar
da igreja depois de sua partida (5.9; 2Co 12.14).
Durante o ministrio de trs anos em feso, em sua terceira viagem
missionria (At 19), ele recebeurelatrios perturbadores sobre a
complacncia moral existente entre os crentes de Corinto. Para
remediar a situao, ele enviou uma carta igreja (5.9-11), que depois
se perdeu.
Pouco depois, uma delegao enviada por Cloe, membro da igreja em
Corinto fez um relato a Paulosobre a existncia de faces divisrias
na igreja. Antes que pudesse escrever uma carta corretiva, chegou
outra delegao de Corinto com uma carta fazendo-lhe certas perguntas
(7.1; 16.17).
Paulo enviou imediatamente Timteo a Corinto (4.17). Ento, ele
escreveu a carta que conhecemos como 1 Corinto, esperando que a
mesma chegasse a Corinto antes de Timteo (16.10).
Visto que Paulo, aparentemente, escreveu a carta prximo ao fim
do seu ministrio em feso (16.8) ela pode ser datada cerca de 56
dC.
-
III. CONTEXTO HISTRICO
A carta revela alguns problemas culturais gregos tpicos dos dias
de Paulo, incluindo a grande imoralidade sexual da cidade de
Corinto. Os gregos eram conhecidos por sua idolatria, filosofias
divisrias, esprito de litgio e rejeio de uma ressurreio fsica.
Corinto era uma das cidades comerciais mais importantes da poca
e controlava grande parte das navegaes entre o Oriente e o
Ocidente. Situava-se na parte da Grcia e a pennsula de Peloponeso.A
cidade era infame pela sua sensualidade e prostituio sagrada.
Corinto possua dois grandes portos, agindo como ponte terrestre
entre o fluxo do comrcio martimo do oriente com o ocidente.
Por isso dispunha de todas as vantagens de um comrcio fcil, com
o acompanhamento do luxo, da vida fcil e dos vcios que geralmente
surgem nesses casos.
Foi por essa razo que o vocbulo corintianizar, ou seja, viver
como um Corinto, chegou a entrar no idioma grego e,
consequentemente, ser usado por todo o imprio romano. Esse termo
indicava uma vida moralmente depravada, entregue devassido.
No Antigo Testamento, vemos que Sodoma e Gomorra tambm eram
cidades onde havia grande depravao e o termo sodomia era utilizado
para classificar as pessoas que praticavam a impiedade.
A cidade se tornou conhecida por seus vcios de concupiscncia e
cobia, promovida por seu comrcio. Havia muitos cultos pagos, que
consistiam em muitas centenas de prostbulos, promoviam a
concupiscncia, atravs de atos profanos com sacerdotisas
prostitutas.
O termo corintianizar, tambm inclua o sentido de iniciar-se em
prticas imorais; tambm a donzela corntia, que simbolizava essa
iniciao; e ainda enfermidade corntia, que indicava os resultados
venreos desses pecados de imoralidade.
A populao corntia era extremamente cosmopolita e sua vida
religiosa refletia a grande mistura depovos e costumes, exibindo
aspectos altamente sincretistas.
Contava com diversos cultos misteriosos como da adorao imoral a
Afrodite. Este ltimo culto se caracterizava, sobretudo pela
imoralidade e pela prostituio religiosa.
Essa cidade tinha um local chamado Acrocorinto onde ficava um
templo de Afrodite (Vnus), a principal divindade da cidade e deusa
do amor licencioso, onde havia mil prostitutas cultuais.
Ora, isso atraa um grande nmero de peregrinos, ainda mais com o
fluxo que havia em seus portos,vindos do exterior, com o propsito
declarado de se dedicarem adorao religiosa.
E assim, viver como um corntio passou a significar uma vida
entregue a imoralidade e prostituio.As principais divindades eram:
a Me Suprema, Melcarte, Serpis, sis e Afrodite.
Os trechos de 1 Ts 4:3-7 e Rm 1:18-27, ambos escritos por Paulo
enquanto estava morando em Corinto, revelam o ensinamento apostlico
a respeito destas prticas pags. O esprito da cidade apareceu na
igreja e explica o tipo de problemas que as pessoas
enfrentavam.
IV. A IGREJA EM CORINTO
-
Paulo foi o primeiro apstolo cristo a chegar Grcia. Chegou em
Corinto proveniente de Atenas (At 18:1-18). Ficou em companhia de
um casal de judeus, quila e Priscila, que eram cristos e tinham
vindo de Roma, em face da expulso dos judeus da capital do
imprio.
A igreja de Corinto, por conseguinte, teve incio na casa deles;
e Silas e Timteo no se demoraram de vir reunir-se a Paulo em
Corinto, liberando o apstolo para trabalhar em prol do Evangelho,
com grande intensidade em Corinto.
Depois da partida do apstolo Paulo, chegaram a Corinto outros
mestre do evangelho, entre os quaisse destacava um rabino judeu
convertido, de nome Apolo. Priscila e quila instruram-no com maior
preciso acerca da doutrina de Cristo (cf. At 18:24 e ss.).
Todavia, depois do afastamento do apstolo Paulo, a igreja de
Corinto desceu de forma alarmante quanto do seu nvel moral e
espiritual.
Estouraram divises amargas; permitiram os vcios mais baixos
entre eles; abusaram da liberdade crist; deixaram-se influenciar
por mestres legalistas, que ensinavam de modo contrrio a Paulo;
corromperam as formas crists de adorao, agindo de forma ultrajante,
at mesmo quando da participao da Ceia do Senhor, comendo e bebendo
em excesso, e negligenciando os pobres da igreja, que ficavam
famintos e esquecidos.
Tambm surgiram falsas doutrinas entre eles, sendo tolerados os
falsos mestres, sobretudo aqueles que pervertiam o ensino acerca da
ressurreio.
Esses se tornaram os graves vcios da igreja em Corinto, condies
que impeliram o apstolo a escrever esta e a Segunda epstola
comunidade de Corntios.
V. CONTEDO
A carta consiste na resposta de Paulo a dez problemas separados:
Sectarismo, incesto, processos, fornicao, casamento e divrcio,
ingesto de alimentos oferecidos a dolos, uso do vu, a Ceia do
Senhor, dons espirituais e a ressurreio do corpo.
A primeira Epstola de Paulo aos Corntios pode ser dividida da
seguinte maneira.
1. Introduo, saudaes e ao de graas (1:1-9). Ao usar a expresso
chamado, Paulo deixa bemclaro, desde o comeo, que o seu apostolado
no era obra sua, como tambm no era idealizao humana, e, sim, uma
chamada divina.
A defesa do seu ministrio era necessria, desde o incio, pois na
igreja local de Corinto tinham surgido dvidas quanto autoridade
apostlica de Paulo.
2. Causas de diviso e falta de unidade na igreja
(1:10-4:21).
i. Exaltao do ego e posio do homem, em detrimento de Cristo
(1:10-17).
ii. As divises surgem por causa das preferncias da alma, onde
reside o orgulho e a sabedoria humana. A sabedoria humana uma
loucura para Deus. A cruz a sabedoria de Deus apresentada aos
homens (1:18-25).
iii. A comunidade crist dos corntios no fora chamada dentre os
sbios (1:26-31).
-
iv. Paulo lhes dera exemplo de conduta humilde (2:1-5).
v. As divises, cimes e contendas que havia na comunidade era
evidncia de infantilidade espiritual dos crentes, e revelavam que
eles eram carnais. Eles estavam seguindo a homens e sua sabedoria,
e no a revelao de Deus (2:6-3:4).
vi. Os apstolos verdadeiros no so rivais, mas trabalharam na
mesma lavoura, de onde todo o mrito de Deus (3:5-23).
vii. Como o verdadeiro apstolo deve ser julgado: O apstolo Paulo
fala que no devemos ultrapassar o que est escrito, porque esta
atitude provoca preferncia por parte das pessoas e, como
consequncia, a diviso no Corpo (4:1-21).
3. Imoralidade e os padres morais do cristianismo
(5:1-7:40).
i. Paulo condena a imoralidade grosseira e seus frutos. A
soberba e jactncia. Esses elementos na natureza humana
constituem-se um velho fermento, que deve ser lanado fora. No se
deve comemorar a Festa com fermento. A vida crist deve ser
caracterizada por uma pureza real, tal como durante a semana da
festividade dos Pes Asmos era ordenado remover de cada casa todo o
vestgio de fermento (5:1-13).
ii. Paulo censura os processos legais entre irmos (6:1-8).
iii. O padro do reino de Deus exclui os que se corintianizaram
(6:9-11).
iv. A liberdade crist deve ser vivida com equilbrio e cada um
deve manter-se puro, pois nossos corpos so membros de Cristo
(6:12-20).
v. Orientao apostlica a respeito do casamento e celibato
(7:1-40): O casamento uma ordenana divina que, dentre outras
coisas, protege os crentes contra a impureza.
Paulo comenta que o casamento uma fonte de prazer para o homem e
a mulher (7:3-6, cf. Dt 24:5). O cristo deve esforar-se para
santificar o seu parceiro incrdulo; tambm deve levar em considerao
a situao e santificao de seus filhos.
O divrcio, quando uma das partes no cristo, permitido quando a
parte incrdula no deseja mais viver com o cristo e por isso o(a)
cristo no se deve autocondenar pois: ... como sabes se salvars teu
marido? ou tua mulher?.
O divrcio entre cristos no concedido, foi permitido apenas por
causa da dureza do corao humano e em casos de pecado grave (Mt
19:6-9). A unidade algo que deve ser buscado com grande esforo e
dedicao. O celibato, ou ficar solteiro para servir ao Reino, um dom
de Deus (Mt 19:10-12).
4. A liberdade crist (8:1 a 11:1).
i. Alimentos oferecidos a dolos e a utilizao dos mesmos pelo
cristo (8:1-13).
ii. Paulo deu o exemplo, renunciando a seus direitos
(9:1-23).
iii. Os perigos da obstinao (9:24 a 10:22).
-
. A necessidade de autodisciplina, ante as advertncias dadas no
deserto. O domnio prprio faz-nos ficar em p, diante das tentaes
(10:1-13).
. O carter destruidor da idolatria (10:14-22).
. Declaraes finais (10:23-11:1).
5. Regulamentos sobre a adorao (11:24 a 14:40).
i. O vu das mulheres sinal de autoridade, e enfatiza a
necessidade delas participarem do culto sobre cobertura espiritual
(11:2-16).
ii. A Ceia do Senhor era originariamente uma festividade, uma
refeio, semelhante celebrao da Pscoa. Paulo repreende os corintos
por causa da glutonaria e bebedeira. Havia basicamente trs prticas
realizadas por eles: A festividade (tambm chamada de gape, que
significa festa do amor); o lava-ps e a Ceia do Senhor
(11:17-34).
6. O uso dos dons espirituais (12:1 a 14:40).
i. Os dons esto associados ao Esprito Santo, os servios (ou
comissionamento) no Corpo ao Cabea Cristo (12:1-6).
ii. O propsito e a classificao dos dons do Esprito
(12:7-11).
iii. Os dons so as ferramentas dadas para capacitar o cristo a
exercer seu comissionamento e edificar o Corpo de Cristo
(12:12-31).
iv. Os dons devem operar pelo amor, que a maior realizao do Pai
atravs dos membros do Corpo. Devemos andar no amor, e manifestar os
dons sobre este fundamento (cap. 13).
v. Vivendo o amor, devemos procurar os melhores dons, sobretudo
o de profecia. Corrigindo os desequilbrios quanto ao falar em
lnguas e a ordem no culto de adorao (cap. 14).
7. A ressurreio dos mortos (15:1-58).
i. A tradio e o fato (o evangelho) (15:1-11).
ii. O significado da ressurreio (15:12-19).
iii. A ressurreio e a sua ordem (15:20-34).
iv. A natureza da ressurreio. Os que ressuscitarem tero um corpo
adaptado nova realidade de vida, corpo glorificado e um esprito
vivificado (15:35-50).
v. A transformao (15:51-58).
8. Questes pessoais (16:1-24).
i. Coleta para os santos pobres de Jerusalm (16:1-4).
ii. Os planos de Paulo sobre o futuro (16:5-12).
-
iii. Exortaes finais, saudaes e bno (16:13-24).
VI. CRISTO REVELADO
A epstola contm uma revelao inigualvel sobre a cruz de Cristo
como uma oposio a todas as jactncias humanas (caps 1-4) Paulo cita
Cristo como nosso exemplo em todo comportamento (1.11) e descreve a
igreja como seu Corpo (cap 12).
De especial importncia so as poderosas consequncias da
ressurreio de cristo para toda a criao (cap 15).
VII. O ESPRITO SANTO EM AO
As manifestaes ou dons do Esprito formam as passagens mais
conhecidas sobre o Esprito Santo (caps 12-14). Mas no devemos fazer
vista grossa ao papel do Esprito Santo em revelar as coisas de Deus
ao esprito humano de uma maneira que impede todas as bases para o
orgulho (2.1-13).
Talvez o mais iluminador entre o debate atual da igreja em geral
seja a maneira como o apstolo direciona os corntios a um
equilibrado emprego de falar lnguas, afirmando essa prtica e
recusando qualquer direito de proibi-la (cap 14).
VIII. ESBOO DE 1 CORNTIOS
Introduo com saudao e ao de graas (1.1-9)
1. Sectarismo: O problema de um esprito sectrio que surgiu de
uma preferncia por lderes religiosos devido sua suposta sabedoria
superior (1.10-4.21).
. O contraste entre a sabedoria divina e a humana sobre a cruz
mostra o erro de um esprito sectrio que se origina da sabedoria
humana (1.10-3.4).
. O papel dos lderes religiosos mostra que eles so importantes,
mas nunca motivo para jactncia (3.5-4.5).
. Uma repreenso aberta por comparao irnica do orgulho corntio
com a loucura de Paulo (4.6-21).
2. O problema da disciplina da Igreja interna ocorrida devido a
um caso de incesto (5.1-13).
3. O problema de processos entre os cristos perante cortes
pblicas (6.1-11).
4. O problema de abuso sexual do corpo oriundo de uma aplicao
errnea do ensinamento tico de Paulo (6.12-20).
5. O problema do relacionamento entre a esfera secular e a vida
espiritual do crente, especialmente nas reas de sexo, casamento e
escravido. (7.1-40).
6. O problema de diferena tica entre irmos causados pela ingesto
de alimentos oferecidos aos dolos (8.1-11.1).
. O princpio bsico do amor versus conhecimento (8.1-13).
-
. O exemplo pessoa de Paulo antecede a seus direitos
(9.1-27).
. A aplicao do princpio em comportamento e ao (10.1-11.1).
7. O problema do papel dos sexos luz da retirada do vu
(11.2-16).
8. O problema de profanar a Ceia do Senhor (11.17-34).
9. O problema de manifestaes espirituais que se originaram de um
abuso do dom de lnguas (12.1-14.40).
. A necessidade de diversidade (12.1-31).
. A necessidade de amor (13.1-13).
. A necessidade de controle (14. 1-40).
10. O problema da ressurreio dos mortos (15.1-58).
11. Concluindo observaes pessoais (16.1-24).
Captulo 03: 2 CORNTIOSI. AUTOR
Supe-se que antes de Paulo haver escrito esta Segunda Epstola
aos Corntios, j havia sido escritaspelo menos duas outras epstolas
queles irmos. Uma dessas epstolas aludida no trecho de 1 Co 5:9, da
qual uma parte mui provavelmente preservada em 2 Co 6:14 a 7:4.
A maioria dos estudiosos acredita que a primeira epstola aos
Corntios forma, essencialmente, uma unidade slida; mas que esta
Segunda epstola aos Corntios representa uma srie de cartas, que
eventualmente foram reunidas, formando uma unidade.
A segunda epstola, portanto, contm uma coleo de cartas separadas
do apstolo. Eles acreditam que houve pelo menos quatro dessas
cartas.
Parece no haver qualquer sombra de dvida sobre o fato que houve
uma epstola severa, enviadapelo apstolo Paulo igreja de Corinto, e
que precedeu escrita do trecho de 2 Co 1 a 9. Isso transparece de
modo claro na passagem de (2 Co 7:5-9), que menciona tal
correspondncia anterior.
Paulo expressa sua tristeza por ter enviando aquela carta; mas,
tambm diz que, a mesma se mostrara eficaz (10:10), no mais se
entristecia por causa dela, j que a mesma havia contribudo para a
sua reconciliao com os irmos.
Essa epstola severa aceita atualmente, pelos estudiosos, como
certas pores ou mesmo a totalidade do trecho de (2 Co 10 a 13),
aonde repentinamente, a linguagem suave que Paulo vinha usando nos
captulos primeiro ao nono, evidenciando o seu alvio devido melhoria
das condies entre os crentes daquela cidade, se modifica.
Nos captulos 10 a 13 aparecem autodefesas inflexveis, repetidas
insistentemente. Pelo menos
-
podemos supor que esses captulos apresentam uma parte daquela
epstola severa.
2Co 2:3,4 revela que Paulo escreveu aquela epstola severa triste
e lacrimejante. Tambm escreveu com a determinao firme de renovar a
lealdade dos irmos de Corinto para com ele, e de faz-los repelirem
os adversrios (2Co 2:9).
Sua prpria severidade servira to-somente para assegurar-lhes o
quanto amava e zelava por eles. No obstante, exigiu alguma forma de
punio para o lder que se opunha a ele (2:6).
Foi Tito quem levou essa carta, pois Paulo lhe assegurara que os
crentes de Corinto seriam novamente conquistados amizade de Paulo,
e vice-versa.
Em vista das notcias favorveis trazidas por Tito, que Paulo
escreveu a chamada epstola de agradecimento, a poro essencial do
trecho de 2Co 1 a 9.
Portanto, esta carta contm pelo menos duas pores, a epstola de
agradecimento (captulos 1 a 9), e a epstola severa (captulos 10 a
13).
II. DATA
2Co reflete, de vrias maneiras, o tratamento de Paulo com a
Igreja de Corinto durante o perodo da fundao, por volta de 50 ou 51
dC, at a redao desta epstola, em 55 ou 56 dC. Os vrios episdios nas
interaes entre Paulo e os corntios podem ser resumidos conforme a
seguir:
1. A visita de Fundao a Corinto durou cerca de dezoito meses (At
18).
2. Paulo escreveu uma epstola anterior a 1Co (1Co 5.9).
3. Paulo escreveu 1Co em feso por volta de 55 ou 56 dC.4. Uma
breve porm dolorosa visita a Corinto causou tristeza a Paulo e
igreja (2Co 2.1; 13.2)
5. Depois dessa dolorosa visita, Paulo escreveu uma epstola
severa, entregue por Tito (2Co 2.4; 7.6-8)
6. Paulo escreveu 2Co da Macednia, durante seu caminho de volta
a Corinto, em 56 ou 57 dC, cerca de um ano aps ter escrito 1Co
segundo Scofield.
7. A visita final de Paulo a Corinto (At 20), provavelmente,
tenha ocorrido quando ele escreveu Rm,pouco antes de voltar a
Jerusalm.
8. A visita dolorosa, que Atos no registra, e a carta severa
fornecem pano de fundo imediato para a redao de 2Co.
III. APRESENTAO E RESUMO
Aps as orientaes de Paulo na sua primeira carta (epstola), e nas
demais que ele enviou dirigida igreja em Corinto, inclusive a
epstola severa, conforme explicamos anteriormente (2Co 10 a 13),
percebe-se que alguns (ou todos) problemas foram resolvidos por
causa do arrependimento (cf. 7:9,10). Os problemas enfrentados pela
comunidade de Corinto foram grandes. A situao resumida a
seguir.
1. O engano espiritual comeou a penetrar na comunidade (11:1-6).
O engano abriu a porta para que
-
os falsos apstolos, como lobos devoradores, tivessem acesso vida
dos irmos. Os captulos 10 a 12 contm uma das mais completas
orientaes bblicas com referncia ao engano espiritual.
2. O engano veio porque os irmos comearam a duvidar da
autenticidade do ministrio apostlico de Paulo. Por isso o apstolo,
desde o incio e durante toda esta epstola, procura mostrar as
credenciais do seu apostolado (12:12), atravs de suas atitudes
justas, no com palavras bonitas como faziam os tais apstolos
(11:28).
A dvida levou os crentes a fecharem seus coraes para o apstolo
(7:2), rebelando-se contra a ordem divina. Sem cobertura
espiritual, o cncer do engano foi se alastrando no ceio da igreja
em Corinto.
3. O apstolo Paulo no ficou passivo diante da situao em que se
encontrava a igreja em Corinto. Ele se move com grande zelo (11:1,
2) e severidade, porm coberto de amor, ministrao da GRAA (1:1;
3:17) e compaixo (7:2-4).
Paulo, como um pastor, manifestou o esprito do ministrio
apostlico de reconciliao (5:18-21), esforando-se sobremaneira para
trazer os irmos sensatez e reconciliao com Deus.
4. A passagem de (10:1-5) revela a ousadia, autoridade, firmeza
e percepo espiritual do apstolo, que se moveu em esprito para
destruir as fortalezas espirituais que se formaram na mente dos
irmos de Corinto, a fim de anular sofismas (pensamentos
fundamentados por ensinamentos dos falsos apstolos, mestres e
profetas) e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de
Deus.
5. Os versculos seguintes, (10:6-9), mostram que a autoridade
apostlica para julgar as fortalezas e anular os sofismas, s ser
eficaz caso os irmos manifestassem uma submisso completa e corao
aberto ao apstolo, que a condio bsica para que os princpios da
ordem divina possam atuar.
6. Qual foi a reao da igreja em Corinto? Tito traz boas notcias
para o apstolo Paulo, que se tranquiliza e alegra com o
arrependimento e concerto da igreja: Porque Deus que conforta os
abatidos, nos consolou com a chegada de Tito... (7:6).
IV. MOTIVOS DE PAULO
O propsito de Paulo era reconciliar-se com a igreja crist de
Corinto, o que envolvia o restabelecimento de sua autoridade
apostlica ali; a correo das falhas e o fim das faces.
Portanto, ele enviou Timteo como seu representante (1 Co 16:10,
11 e 17). Mas Timteo obteve resultados inadequados ou negativos,
como tambm nos mostra o trecho de 2 Co 7:5 e ss.
Por conseguinte, Paulo enviou Tito em misso similar; e dessa vez
com positivos resultados (2 Co 7:6, 7, 14 e 15). Tito parece ter
permanecido em Corinto mais do que o tempo esperado, evidentemente
para ajudar Paulo em sua inteno de recolher uma oferta entre as
igrejas gentlicas, para o benefcio dos crentes pobres de
Jerusalm.
V. CARACTERSTICAS
2Co a mais autobiogrfica das epstolas de Paulo, contendo inmeras
referncias s dificuldades que ele enfrentou no curso de seu
ministrio (11.23-33). Paulo as menciona para estabelecer a
legitimidade de seu ministrio e para ilustrar a natureza de
verdadeira espiritualidade.
-
Ao defender seu ministrio, Paulo abre seu corao, mostrando sua
profunda emoo. Ele revela o seu forte amor pelos corntios, seu zelo
ardente pela glria de Deus, sua lealdade inflexvel verdade do
evangelho e sua indignao implacvel ao confrontar aqueles que rompem
o companheirismo da igreja.
Sua vida estava inseparavelmente ligada de seus convertidos, e
ele no era profissionalmente frio em seu ministrio (1.6; 5.13;
7.3-7;11.2; 12.14-15).
VI. CONTEDO
2Co consiste de trs partes principais. Os primeiros sete
captulos contm a defesa de Paulo sobre a sua conduta e o seu
Ministrio. A segunda parte, caps. 8-9, trata da oferta sendo
levantada por Paulopara os santos pobres da Judia e a Terceira
parte, os captulos 10-13, contm uma mensagem de reprimenda aos
caluniadores existentes na igreja.
A segunda Epstola de Paulo aos Corntios pode ser dividida da
seguinte maneira.
1. Introduo, saudaes e ao de graas (1:1-11). Paulo comea
declarando que ele era apstolo pela vontade de Deus, ao escrever
novamente aos crentes de Corinto, porque esse fato fora posto
emdvida naquela comunidade crist.
Alguns membros daquela comunidade negavam inteiramente que ele
fosse um apstolo de Jesus Cristo. Por isso que, tanto na primeira
com nesta segunda epstola aos Corntios, Paulo defende
inflexivelmente suas reivindicaes apostlicas e ao de graas por seu
livramento do perigo da morte.
2. Paulo em relao igreja de Corinto (1:12 a 2:13).
i. Mudana de seus planos de visita, no por falta de sinceridade
ou por volubilidade, mas para evitar outra visita dolorosa (1:12 a
2:4).
ii. Paulo perdoa o ofensor, contra quem escreve em 1 Co 5, e
exorta aos crentes de Corinto (2:5-11).
iii. Ansiedade de Paulo por ver a Tito, para saber qual o seu
conceito entre os irmos da igreja em Corinto (2:12, 13).
3. O ministrio apostlico de Paulo (2:14 a 3:3).
i. Paulo agradece a Deus por seu ministrio (2:14-17).
ii. Os prprios irmos de Corinto autenticavam o seu ministrio
apostlico (3:1-3).
4. A superioridade da nova aliana (3:4 a 4:6).
i. Conta com ministrios qualificados por Deus (3:4-6).
ii. Ultrapassa o esplendor do antigo pacto da Lei (3:7-11).
iii. Seus ministros podem ser mais ousados (3:12-18).
iv. Consiste da Luz contra as trevas (4:1-6).
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5. Poder sustentador de Deus em favor de seus ministros
(4:7-18).
i. A vida de Cristo se manifesta em seus corpos (4:7-15).
ii. A f na ressurreio e na glria final os sustenta
(4:16-18).
6. A imortalidade o alvo de toda a existncia (5:1-10).
i. Mesmo se morrermos, temos a certeza da ressurreio
(5:1-3).
ii. Porm, nosso gemido o revestimento da imortalidade
(5:4-8).
iii. Seja qual for a vontade do Pai, sempre precisamos Lhe
agradar, fazendo sua vontade (5:9, 10).
7. O ministrio apostlico da reconciliao (5:11 a 6:10).
i. Paulo desejava agradar a Deus em seu servio concernente
reconciliao (5:11-13).
ii. Os homens so reconciliados por meio de Cristo (5:14-19).
iii. O ministrio da reconciliao urgente (5:20 a 6:2).
iv. Paulo era dedicado nesse ministrio (6:3-10).
8. O amor de Paulo para com a igreja de Corinto (6:11 a 7:16).
Aqui temos uma carta que Paulo enviou aos irmos de Corinto,
procurando restabelecer a comunho com eles.
i. Apelo de Paulo pelo amor cristo mtuo. Os irmos de Corinto
estavam com barreiras para com o apstolo Paulo (6:11-13).
ii. Deve-se evitar a comunho com os incrdulos de modo
comprometedor (6:14 a 7:1).
iii. Paulo convida os irmos reconciliao (7:2-4).
iv. A certeza da reconciliao produz alegria (7:5-16): A chegada
de Tito emissrio de Paulo a levar a carta igreja em Corintos com
boas notcias trouxe alvio ao apstolo Paulo; sinal que os irmos de
Corinto foram contristados com o arrependimento, restabelecendo a
comunho com o apstolo.
9. As doaes crists. Coleta para os santos necessitados de
Jerusalm (8:1 a 6:15).
i. Que seguissem o exemplo dos macednios (8:1-6).
ii. Que seguissem o exemplo da generosidade de Cristo
(8:7-15).
iii. Tito os encorajaria quanto a isso (8:16-24).
iv. Que contribussem bem, e Deus os recompensaria liberalmente
(9:1-11).
v. Dar uma obra espiritual como forma de adorao a Deus
(9:12-15).
10. A Epstola Severa (10:1 a 13:10). Os captulos 11, 12 e 13
falam dos problemas e do engano,
-
que entram em uma comunidade crist e afrontam um apstolo.
Estes captulos mostram como o engano entra em uma comunidade
crist. Uma das tticas de Satans, atravs dos falsos profetas, cortar
a fonte de suprimento espiritual da igreja, anulando a comunho com
a Equipe Apostlica (11:1-6).
Os falsos profetas vm para continuamente beliscar os santos,
tanto financeira como espiritualmente. Num tempo em que os falsos
apstolos estavam atrs do dinheiro dos corntios, Paulo provou que
estava preocupado somente com as pessoas, no tomando nenhum
dinheiro deles.Paulo no queria lhes dar nenhuma ocasio para crtica
(11:7-12).
Um verdadeiro apstolo sofre dificuldades e fica muitas vezes
debaixo de reprovao e perseguio. A perseguio contra o ministrio
apostlico hoje sutil e num nvel psquico altamente refinado. Devemos
rodear e cobrir uns aos outros com a bno do Senhor para que o
engano no penetre (JRS) (11:13-34).
i. Paulo mostra a grandiosidade de seus labores, demonstrando
seu autntico apostolado (11:16-34).
ii. Seus labores, revelaes e vises mereciam a apreciao e a
confiana por parte dos irmos de Corinto (12:1-10).
iii. Paulo desejava a mudana de sentimentos para com sua pessoa,
antes que fosse forado a fazer uma visita pessoal para cuidar das
questes (12:11 a 13:10).
11. Concluso (13:11-14). Exortaes, saudaes e bno final
(13:11-14).
VII. CRISTO REVELADO
Jesus o foco de nosso relacionamento com Deus. Todas as
promessas de Deus para ns so sim em Jesus, e dizemos amm estas
promessas (1.9-20). Jesus o sim de Deus para ns e nosso sim para
Deus. Ns vemos a glria de Deus somente em Jesus e s nele somos
transformados por essa glria (3.14,18), pois Cristo a prpria imagem
de Deus (4.4-6).
Deus veio at ns em Cristo, reconciliando o mundo consigo (5.19).
Portanto, em Cristo que nos tornamos novas criaturas (5.17). Essa
mudana foi realizada atravs do maravilhoso ato de graa de Deus, no
qual Cristo, que no conheceu pecado, tornou-se pecado por ns, para
que, nele, fossemos feitos justia de Deus (5.21).
Ele tambm o foco de nosso servio a Deus. Proclamamos a Jesus
como Senhor e ns mesmos como servos por seu amor a ele (4.5).
Ns compartilhamos no apenas a vida e a glria de Cristo, mas
tambm sua morte (4.10-12), sua disposio de ser fraco de modo que os
outros pudessem experimentar o poder de Deus (13.3-4,9), ea sua
disposio de empobrecer, de modo que os outros pudessem enriquecer
(8.9).
Ns experimentamos sua fraqueza, mas tambm sua fora, medida que
procuramos levar cativo todo entendimento obedincia de Cristo
(10.5).
Mais uma vez, Ele o foco de nossa presente vida neste mundo,
onde experimentamos simultaneamente em nosso corpo mortal a
mortificao do Senhor Jesus tanto quanto sua vida (4.10-11).
-
Por fim, Jesus o foco de nossa vida futura, pois seremos
ressuscitados com Jesus (4.14), que o marido da igreja (11.2) e o
juiz de todos os homens (5.10).
VIII. O ESPRITO SANTO EM AO
O Esprito Santo o poder do NT (3.6), pois ele torna real para ns
as provises presentes e futuras de nossa salvao em Cristo, atravs
do dom do penhor do Esprito em nossos coraes, nos asseguramos que
todas as promessas de Deus so em Cristo e que somos ungidos e
selados como pertencendo a Ele (1.20-22).
A experincia presente do Esprito especificamente um penhor do
corpo glorificado que receberemos um dia (5.1-5).
Ns no apenas lemos a respeito da vontade de Deus na letra das
Escrituras, pois a letra (sozinha) mata. O Esprito que vivifica
(3.6) muda nossa maneira de viver abrindo nossos olhos realidade
viva que lemos.
Portanto, experimentamos progressivamente e incorporamos a
vontade de Deus e ns mesmos nos tornamos epstolas de Cristo,
conhecida e lida por todos os homens (3.2).
Quando nos submetemos obra do Esprito Santo, experimentamos um
milagre. Descobrimos que onde est o Esprito do Senhor, a h
liberdade (3.17).
H liberdade pra contemplar a glria revelada do Senhor e para nos
transformarmos mais e mais de acordo com a imagem que contemplamos.
O Esprito Santo nos d liberdade para vermos e liberdade para sermos
o que Deus quer que sejamos (3.16-18).
A obra do Esprito Santo evidente na renovao interna diria
(4.16), no conflito espiritual (10.3-5) e nos sinais, prodgios e
maravilhas do ministrio de Paulo (12.12). Paulo terminou sua
epstola com uma bno, que inclua a comunho (companheirismo) do
Esprito Santo (13.13).
Isso poderia indicar um sentido da presena do Esprito ou, mais
provavelmente, um deleite de companheirismo que o Esprito nos d com
Cristo e com todas as pessoas que amam a Cristo.
IX. ESBOO DE 2 CORNTIOS.
1. Saudao 1.1-2.2. Explicao do Ministrio de Paulo 1.3-7.16.
. Consolao e sofrimento 1.3-11.
. Mudanas de Planos 1.12-2.4.
. Perdoando o ofensor 2.5-11.
. Perturbao em Trade 2.12-13.
. Natureza do ministrio cristo 2.14-7.4.
. Deleitando-se com o relatrio de Corinto 7.5-16.
3. Generosidade ao dar 8.1-9.15.
. Macednios e Jesus como exemplos 8.1-9.
. Cumprindo as boas intenes 8.10-12.
. Compartilhando recursos 8.13-15.
. Uma delegao honrada 8.16-24.
-
. Preparao conveniente do dom 9.1-5.
. Bno de dar 9.6-16.
4. Defesa e uso da autoridade apostlica 10.1-13.10.
. Repreenso por avaliao superficial 10.1-11.
. Repreenso por comparaes tolas 10.12-18.
. Zelo de Deus pela Igreja 11.1-4.
. Comparao com falsos apstolos 11.5-15.
. Tolerncia mal orientada dos corntios 11.16-21.
. Jactncia relutante de Paulo 11.22-12.13.
. Anncio da terceira visita 12.14-13.10.
5. Saudaes finais 13.11-14.
Captulo 04: GLATASI. AUTOR
No h nenhum questionamento sobre a autoria de Paulo, sendo ele
mesmo o autor da Epstola aos Glatas.
II. DATA
A data tradicional e geralmente aceita da redao desta epstola
cerca de 57 dC, ao fim da terceira viagem, quando Paulo estava em
feso, Macednia ou Corinto, pouco antes de escrever a epstola aos
Romanos. Teria sido dez ou doze anos depois da fundao dessas
igrejas, e nesse intervalo o apstolo teria tornado a visit-las duas
vezes.
III. GALCIA
A Galcia se localizava no centro da sia Menor, regio da primeira
viagem missionria de Paulo. A Galcia no era uma cidade, mas uma
regio da sia Menor, que inclua vrias cidades. Seu nome originou-se
no Sc. III aC, quando uma tribo de pessoas da Glia migrou para o
local.
No sc. I dC, o termo Galcia era usado geograficamente pra
indicar a regio centro-norte da siaMenor, onde os glios tinham se
estabelecido; politicamente, designava a provncia romana na
partecentro-sul da sia Menor.
Paulo enviou esta carta para as igrejas na provncia da Galcia,
uma rea que inclua as cidades de Icnio, Listra, Derbe e,
provavelmente Antioquia da Psdia. Possivelmente nos dias atuais a
Turquia.
A este povo Paulo destinou sua carta que tem sido
tradicionalmente reconhecida como uma das quatro "epstolas
capitais" de Paulo.
De fato, tem sido reputada como padro mediante o qual a autoria
paulina de outros documentos pode ser medida com segurana.
Paulo fundara essas igrejas mais ou menos em 46-47 d.C. Tornou a
visit-las no curso de sua segunda viagem, cerca de 48 d.C., e outra
vez ao partir para a terceira viagem cerca de 53 d.C.
-
A data tradicional e geralmente aceita da redao desta epstola
cerca de 57 dC, ao fim da terceira viagem, quando Paulo estava em
feso, Macednia ou Corinto, pouco antes de escrever a epstola aos
Romanos.
Teria sido dez ou doze anos depois da fundao dessas igrejas, e
nesse intervalo o apstolo teria tornado a visit-las duas vezes.
IV. PROPSITO
A epstola aos glatas foi claramente escrita para convertidos
pelo ministrio de Paulo, que estavam beira de adulterarem o
Evangelho da liberdade crist, que ele lhes teria ensinado, com
elementos do legalismo judaico.
Entre esses elementos a circunciso tomava lugar de destaque;
tambm incluam a observao do calendrio judaico (Gl 4:10), e
possivelmente as leis dietticas dos judeus.
As "igrejas da Galcia" evidentemente haviam sido visitadas por
judaizantes que lanaram dvidas acerca da posio apostlica de Paulo e
insistiam que, em adio f em Cristo que ele inculcava, era necessrio
o crente ser circuncidado e se conformasse com outros pontos com a
lei judaica, a fim de que pudesse alcanar a salvao.
Quando as notcias sobre essas coisas chegaram ao conhecimento de
Paulo, o apstolo escreveu a epstola aos glatas, com grande urgncia,
denunciando esse ensinamento que misturava graa e lei, taxando-o de
evangelho diferente.
De fato, que nem evangelho era, daquele que lhes pregara no
incio em nome de Cristo, e exortandoos seus leitores a se manterem
firmes em sua liberdade crist, no permitindo que seus pescoos
fossem novamente aprisionados sob um jugo de escravido.
Se a anlise lgica da epstola como um todo nos desafia, pelos
menos podemos reconhecer os argumentos principais que Paulo
empregou em defesa da autntica liberdade do Evangelho.
1. O Evangelho pregado por Paulo era o Evangelho que ele recebeu
por comisso direta da parte de Cristo; chegava ao conhecimento de
seus ouvintes com a autoridade de Cristo, e no com a autoridade de
Paulo (1:11 e segs.).
2. Se a aceitao perante Deus pudesse ser obtida mediante a
circunciso e outras observncias da lei judaica, ento a morte de
Cristo foi intil e v (2:21).
3. A vida crist, conforme os convertidos glatas a conheciam por
sua prpria experincia, um dom do Esprito de Deus.
4. Os judaizantes justificavam sua insistncia sobre a circunciso
apelando para o exemplo de Abrao: visto que a circunciso fora para
ele o sinal da aliana firmada com ele, argumentavam, nenhuma pessoa
no circuncidada poderia participar daquele pacto e receber suas
bnos.
Porm, os verdadeiros filhos de Abrao so aqueles que so
justificados pela f em Deus, tal como Abrao o foi e so esses que
desfrutam das bnos prometidas a Abrao.
5. A lei pronuncia uma maldio contra aqueles que no a guardam em
todos os seus detalhes; aqueles que colocam sua confiana na lei,
portanto, ficam debaixo do perigo da maldio.
-
Porm Cristo, mediante Sua morte na cruz, levou sobre Si a
maldio; Seu povo, portanto, no deverecuar para pr-se novamente
debaixo da lei e de sua maldio consequente (3:10-14).
6. O princpio da observncia legal pertence poca da imaturidade
espiritual, agora que Cristo j veio aqueles que confiam nEle
atingiram sua maioridade espiritual como filhos responsveis de
Deus. Aceitar os argumentos dos judaizantes era reverter infncia
espiritual (3:23; 4:7).
7. A lei impunha um jugo de escravido: a f em Cristo traz a
libertao. Aqueles que por Cristo foram emancipados seriam realmente
insensatos se desistissem de sua liberdade e se submetessem
novamente s imposies daqueles poderes elementares por meio de quem
a lei foi mediada (4:8-11; 5:1; 3:19).
8. A liberdade que o Evangelho da graa proclama nada tem a ver
com a anarquia ou com a licenciosidade, a f em Cristo uma f que
opera pelo amor, e que dessa maneira cumpre a lei de Cristo (5:6;
5:13; 6:10).
V. OS JUDAIZANTES
Eram uma seita dentre os cristos judeus que, no querendo aceitar
o ensino apostlico sobre a questo, Atos 15, continuavam a insistir
que os cristos tinham de ir a Deus por meio do judasmo; que para um
gentio ser cristo precisava tornar-se judeu e guardar a lei
judaica.
Tomaram o propsito de visitar, agitar e perturbar as Igrejas
gentlicas. Estavam apenas resolvidos arotular Cristo com a marca da
fbrica judaica. Contra isso Paulo se mostrou inexorvel.
"Se a observncia da lei tivesse sido imposta aos convertidos
gentios, todo o trabalho da vida de Paulo teria sido
arruinado".
A expanso do Cristianismo, rompendo os diques de uma seita
judaica, e tornando-se religio mundial, foi a paixo ardente de
Paulo; para consegui-la, arrebentou todos os obstculos e ps
nissotodo o seu esforo mental e fsico durante mais de trinta
anos.
VI. CONTEDO
Glatas contm divises biogrficas, doutrinrias e prticas de dois
captulos cada. Na primeira seo (caps. 1-2), Paulo defende sua
autoridade apostlica.
Na segunda seo, doutrinria, (captulos 3-4), Paulo apresenta uma
srie de argumentos e ilustraes para provar a inferioridade da lei
em relao ao evangelho e para estabelecer o verdadeiro propsito da
Lei.
Na terceira, aplicao prtica da doutrina (caps.5-6), Paulo exorta
os glatas pra usarem adequadamente sua habilidade crist e para no
abusarem da mesma. Ao invs de dar lugar ao pecado, o evangelho
fornece meios para se obter a justia que a Lei exige.
A Epstola de Paulo aos Glatas pode ser dividida da seguinte
maneira.
1. Introduo (1:1-9).
i. Saudao de Paulo aos glatas (1:1-5). Paulo antes de mais nada
se apresenta como um apstolo que fora escolhido e ensinado
diretamente por Jesus Cristo, e no por homens.
-
ii. O motivo da escrita: O desvio deles do Evangelho (1:6-9). Em
seguida adverte aos seus destinatrios do perigo que eles estavam
incorrendo por estarem dando ouvidos a outro Evangelho, abandonando
as boas novas da graa de Jesus Cristo. A esses, que desta forma
procediam deveriam ser considerados malditos.
2. Autoridade de Paulo e autenticidade de sua mensagem
(1:10-2:21).
I. Paulo pregava o Evangelho que Cristo lhe revelara (1:10-24).
Estava determinado a fazer a vontade de Deus, mesmo que com isso
viesse a desagradar aos homens. Desde seu nascimento o Senhor j o
havia escolhido para revelar-Se nele.
Tudo isso o estimulou a ouvir somente ao Senhor da por diante.
Algum tempo foi necessrio para que a sua converso fosse plenamente
aceita por aqueles que outrora foram perseguidos por ele, mas
quando o fizeram foi de todo o corao e davam glrias a Deus por
isso.
ii. O Evangelho de Paulo reconhecido por outros apstolos
(2:1-10). A submisso de Paulo aqui demonstrada, sem, contudo ser
uma submisso cega e sem revelao de Deus. Os judaizantes tentavam de
forma sutil manchar o ministrio apostlico de Paulo; ele contudo, em
nenhum momento se submeteu a tal legalismo.
At mesmo os apstolos mais experientes se convenceram que o seu
chamamento era genuno, e lheestenderam a destra de comunho,
convencidos de que ele tinha um ministrio a cumprir entre os
gentios.
iii. O Evangelho de Paulo vindicado contra a transigncia de
Pedro (2:11-21). no se diz quando esse fato ocorreu, porm pode-se
fazer uma cronologia: Pedro recebeu o primeiro gentio
convertido,Cornlio, sem circunciso, Atos 10, provavelmente, cerca
de 40 dC., nascia a igreja gentlica, em Antioquia, com aprovao de
Barnab, enviado de Jerusalm (At 11:22-24).
Seguiu-se, em 45 dC, esta viagem de Paulo com Tito a Jerusalm,
onde Pedro juntou sua palavra de apoio ao ato de Paulo em receber
gentios sem circuncid-los. Logo depois disso, cerca de 46 dC deu-se
essa viagem de Pedro a Antioquia, onde ele se separou dos gentios
incircuncisos, e recebeu de Paulo uma veemente repreenso, v.
11.
Mas cinco ou seis anos depois no Conclio de Jerusalm, 48 dC.
Pedro foi o primeiro a manifestar-se em favor da obra de Paulo (At
15:7-11).
3. O caminho da salvao (3:1-4:31).
i. A salvao em Cristo pela f, no pelas obras (3:1-14). A f
apresentada por Paulo como o nico caminho para se obter a
salvao.
Os glatas haviam recebido de bom grado a mensagem de salvao pela
f no incio de seu caminhar, porm a persuaso dos judaizantes os
levou a retroceder e apelar para as obras da lei, paracontinuarem
em sua trajetria. Paulo os adverte at ironicamente do erro que eles
estavam incorrendo se continuassem a dar crdito a outro
Evangelho.
O prprio Abrao mencionado como exemplo de algum que creu nas
promessas, se tornando assim o pai de muitas naes como Deus o havia
prometido, isto , pela f e no pelas obras da lei, pois quem a
observa por ela viver.
-
ii. A salvao em Cristo pela promessa, no pela lei (3:15-22). A f
no Cristo do Calvrio, dessa maneira os libertou para sempre da
necessidade de buscar salvao pelas obras da lei. Essa busca, afinal
de contas, v, pois a lei no traz salvao, nem foi dada com essa
inteno.
A salvao se cumpre pela promessa dada por Deus, e para obt-la
necessrio crer, pois quem prometeu no homem para que minta, mas
cumprir plenamente Suas promessas dadas aos homens.
iii. Os que confiam em Cristo so filhos, no escravos (3:23-4:7).
A lei teve sua importncia, isto , conduzir a todos a Cristo e uma
vez Cristo conhecido, a lei no exerce mais influncia sobre os que
agora so de Cristo.
Aqueles que foram batizados em Cristo fazem parte agora do Seu
Corpo e desfizeram as barreiras da raa e sexo, para dar lugar a
unidade a qual mantm esse Corpo coeso e unificado.
Aqueles que so espiritualmente infantis precisam de algum que os
guie, pois so como escravos, porm a manifestao de Cristo veio para
resgatar os que estavam sob a lei, para que se tornassem filhos e
consequentemente herdeiros de Deus.
4. Splica (4:8-20).
i. Por que se reverter para uma superstio escravizada? (4:8-11).
Os glatas outrora antes do conhecimento da verdade eram idlatras e
supersticiosos, mas a graa de Cristo veio e os libertou, contudo a
insistncia dos judaizantes os estava persuadindo a retornar s
antigas prticas reprovadaspela verdade de Cristo. Paulo temia que
todo o trabalho por ele executado entre eles em todo esse tempo com
dedicao e sacrifcio fosse considerado perdido.
ii. Por que vos voltais contra mim e o meu ensino? (4:12-20). A
acolhida inicial dos glatas feita a Paulo foi comovente, e ele a
revela emocionado, porm os adversrios, os judaizantes, enciumados
com tudo isso, tentam criar animosidades entre o apstolo e seus
filhos na f. Paulo, entretanto os alertas para as "gentilezas" dos
opositores, pois por detrs daquelas atitudes estava a insinceridade
ea inveja. Seu desejo era que Cristo fosse formado plenamente
neles, e no viesse a ser interrompido aquele processo de gerao do
Filho Varo.
iii. Os que confiam na lei so escravos, e no filhos (4:21-31).
Os que observam a lei vivero por ela, ou seja, nunca sero livres,
mas escravos para sempre. Abrao figura largamente neste captulo,
porque o ensino judaico, por eles aceito, baseava-se amplamente na
promessa feita a este patriarca. Interpretavam mal a promessa, como
Paulo bem lhes mostrou nessa prpria narrativa.
5. A vereda da liberdade (5:1-6-10).
i. No se perde a liberdade pelo legalismo (5:1-12). Paulo no
podia aceitar que um ser humano escolheria, deliberadamente,
arriscar sua salvao, baseando-se em suas obras antes que na
misericrdia graciosa de Cristo. Cristo quem nos salva. No nos
salvamos a ns mesmos. essa adiferena que h entre a liberdade e a
servido.
ii. No se abuse da liberdade com a licenciosidade (5:13-26). A
liberdade em Cristo no quer dizer licena para continuar no pecado.
Paulo no deixa de frisar bem isso. A carne continuaria a produziro
que da sua natureza, no entanto o Esprito trar luz o Seu fruto. A
vida no Esprito dever ser confirmada por um andar tambm no
Esprito.
iii. A liberdade se expressa pelo servio (6:1-10). O cuidado
para com os outros se evidencia na
-
hora das provaes. O mais espiritual deve corrigir ao faltoso com
brandura e amor, e se necessrio ajud-lo a suportar sua carga. Uma
das "leis espirituais do mundo natural" que o homem "ceifa o que
semeia" 6:7, lei inevitvel em sua operao, quer se semeie trigo ou
joio.
6. ltimas palavras: Vida de sacrifcio em contraste com o
legalismo (6:1-18): O lugar de se gloriar no outro seno na cruz de
Cristo. Os inimigos diziam que Paulo no era um genuno apstolo de
Cristo. Seu corpo maltratado, contundido e coberto de cicatrizes
era um testemunho a seu favor (2 Co 4:6-11).
VII. CRISTO REVELADO
Paulo ensina que Jesus coloca aqueles que tm f nele (1.16; 3.26)
em uma posio de liberdade (2.4; 5.1), libertando-os da servido ao
legalismo e libertinagem.
A principal nfase do apstolo est na crucificao de Cristo como
base para a libertao do crente da maldio do pecado (1.4; 6.14), do
prprio eu (2.20) e da lei (3.12; 4.5).
Paulo tambm descreve uma dinmica unio de f com Cristo (2.20),
visivelmente retratada no batismo (3.28).
Em relao pessoa de Cristo, Paulo declara tanto sua divindade
(1.1,3,16) quanto sua humanidade (3.16; 4.4), que Ele prprio se
revelou a Paulo (1.12).
VIII. O ESPRITO SANTO EM AO
Os judaizantes estavam errados sobre as formas de santificao,
bem como a forma de justificao. Uma passagem importante (Gl 3.2-3),
em que Paulo pergunta aos Glatas, que prontamente admitiram que
tinham iniciado sua vida crist atravs do Esprito, por que eles
estavam buscando maturidade espiritual realizando obras da lei. O
que ele quer dizer que o mesmo esprito que os regenerou faz com que
a nova vida deles cresa.
Em (Gl 3.5) Paulo faz um pergunta semelhante relacionada ao
Esprito Santo. A linguagem que ele usa indica uma experincia do
Esprito que se estendeu alm da recepo inicial dos glatas.
O verbo d sugere um fornecimento contnuo com generosidade,
enquanto opera indica que Deus continuava a fazer maravilhas atravs
dos crentes cheios do Esprito que no tinha se entregado ao
legalismo.
A palavra maravilhas refere-se s manifestaes carismticas do
Esprito evidenciadas por sinais externos, como os descritos em (1Co
12-14). A frase a promessa do Esprito, em (Gl 3.14), tambm foi
usada por Pedro pra explicar o derramamento do Esprito Santo no
Pentecostes (At 2.33).
Estes versos ensinam que recebemos o Esprito atravs da f e que
Ele continua a se manifestar no poder medida que caminhamos na
f.
Em (Gl 5.16-25), Paulo descreve um conflito feroz e constante
entre a carne, a nossa natureza propensa ao pecado, e o Esprito que
habita em ns.
Somente o Esprito Santo, quando nos submetemos passivamente ao
seu controle e caminhamos ativamente nele, pode nos permitir morrer
pela carne (vs.16-17), nos libertar da tirania da lei (v.18) e
fazer com que o fruto da santidade cresa em nossas vidas
(vs.22-23).
-
Esta seo (5.16-25) faz parte da exortao de Paulo em relao ao uso
adequado da liberdade crist. Separada da obra do Esprito Santo de
controlar e santificar, a liberdade certamente acabar em
libertinagem.
IX. ESBOO DE GLATAS.
1. Introduo 1.1-10.
. Saudao 1.1-5.
. Desero dos glatas 1.6-7.
. Denncia contra os judaizantes 1.8-9.
. Declarao da integridade de Paulo 1.10.
2. Biografia: Paulo defende sua autoridade 1.11-2.21.
. A fonte de sua autoridade 1.11-24.
. O reconhecimento de sua autoridade 2.1-10.
. A manifestao de sua autoridade 2.11-21.
3. Doutrina: Paulo defende seu evangelho 3.1-4.31.
. Com discusso 3.1-4.11.
. Por apelo 4.12-20.
. Por alegoria 4.21-31.
4. Prtica: Paulo exorta os glatas 5.1-6.10.
. Para usar adequadamente sua liberdade crist 5.1-15.
. Para caminhar atravs do Esprito 5.16-26.
. Para carregar os fardos dos outros 6.1-10.
5. Concluso 6.11-18.
. Advertncia contra os legalistas 6.11-13.
. Centralidade da cruz 6.14-16.
. Marcas de um apstolo 6.17.
. Bno 6.18.
Captulo 05: EFSIOSI. AUTOR
Existe evidncia antiga sobre o uso desta epstola, e desde o fim
do segundo sculo de nossa era lemos sobre o fato que era
inquestionavelmente aceita como carta de Paulo, conforme reivindica
ser(1:1; 3:1). Entretanto, surgiram dvidas quanto a legitimidade de
autoria paulina.
O mais significativo de tudo, porm, a semelhana de contedo,
expresso e at mesmo a ordem de assuntos, entre esta epstola e a de
Colossenses. fato quase universalmente aceito que Colossenses
anterior a Efsios, pois Efsios tem as mesmas doutrinas e exortaes
de Colossenses, apenas em forma mais desenvolvida.
-
A interpretao quanto aos destinatrios que esta carta foi enviada
a um grupo de igrejas da sia Menor (dentre as quais a de feso era a
maior). Ou uma cpia foi enviada para cada igreja de cada vez,
quanto ento o nome dos destinatrios era inserido por ocasio da
leitura; ou, por outro lado, talvez tenham sido feitas diversas
cpias enviadas para diferentes lugares ao mesmo tempo.
Tambm bastante provvel, embora no possamos ter certeza alguma a
respeito, que "Efsios" de fato seja a epstola referida em Cl 4:16,
como "a dos de Laodicia" (Cl 4:16).
Paulo parece ter escrito essa epstola na priso em Roma, mais ou
menos no mesmo tempo que escreveu Filemon e Colossenses, e parece
t-la enviado por mo do mesmo antigo amigo, Tquico, que tinha vindo
visit-lo (62 ou 63 d.C.).
II. DATA
Enquanto estava preso em Roma, Paulo escreveu Efsios,
Filipenses, Colossenses e Filemom. Confinado e aguardando
julgamento (3.1; 4.1; 6.20), o apstolo escreve esta carta encclica
para ser lida por vrias congregaes.
Efsios e, provavelmente, a mesma carta mencionada em Cl 4.16
como estando presente em Laodicia ao mesmo tempo em que
circulava.
III. FESO
feso foi uma das grandes cidades dos jnicos na sia Menor,
situada no local onde o rio Cayster desagua no Egeu. Foi fundada
por colonos provenientes principalmente de Atenas.
Ciro, o Grande, incorporou a cidade ao imprio persa e Alexandre
a libertou em 334 aC. Com o surgimento do cristianismo, feso foi
uma das primeiras cidades cuja pregao dos apstolos alcanou.
Atualmente, pertence Turquia.
Uma magnfica estrada com 22 metros de largura, e ladeada por
colinas, atravessava a cidade at o timo porto, que servia tanto
como grande centro exportador, no fim da rota de caravanas vindas
da sia, e tambm como escala natural para quem viajava capital do
imprio.
Tratava-se de uma das sete igrejas a quem Jesus endereou suas
cartas em Ap 2-3, um fato relevantepara estudar esta epstola, uma
vez que ela circulou originalmente para quase o mesmo grupo de
igrejas.
Embora Paulo j tivesse estado em feso antes (At 18.21), ele foi
ministrar l pela primeira vez no inverno de 55 dC. L ele ministrou
por dois anos inteiros (At 19.8-10), desenvolvendo um
relacionamento to profundo com os efsios que sua mensagem de
despedida a eles uma das passagens mais emocionantes da Bblia (At
20.17-38).
IV. PROPSITO
A epstola aos Efsios apresenta duas partes distintas em seu
contedo. A primeira de doutrina que motivada pela situao prtica; a
outra parte, exortao que est repleta de verdades preciosas.
Em seu incio o louvor que ali se evidencia se transforma em
exultao por causa do plano maravilhoso de Deus em favor dos Seus
santos, no que se refere redeno por Jesus Cristo e a obra do
Esprito Santo.
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Na segunda metade, as questes ticas envolvidas so apresentadas
em termos da unidade crist, da nova maneira de andar, do amor, da
humildade, das relaes humanas construtivas, e da guerra vitoriosa
contra o mal mediante plena dependncia das realidades
espirituais.
V. CONTEDO
A mensagem pulsante de Efsios para louvor de sua (Cristo) glria
(1.6,12,14). A palavra glria ocorre oito vezes e refere-se grande
excelncia de Deus, sua sabedoria e seu poder.
O objetivo magnfico est na publicao do compromisso de Jesus de
construir uma igreja gloriosa, madura e de um ministrio sem mcula,
nem ruga (5.27).
Efsios revela o processo pelo qual Deus est trazendo a igreja
para seu objetivo destinado em Cristo. Os passos bsicos de
amadurecimento so dados na direo do compromisso da igreja de lutar
conta os poderes do mal. Antes da igreja ir para a guerra, ela deve
andar e antes de andar, a igreja aprende onde ela est.
A Epstola de Paulo aos Efsios pode ser dividida da seguinte
maneira.
1. Saudao (1:1,2). O apstolo faz questo de ressaltar, como o faz
em todas as suas cartas, que seucomissionamento foi dado por Deus,
e que seu corao almejava que seus destinatrios estivessem em paz,
paz vinda da parte de Deus.
2. Ao de graas pelo glorioso plano de salvao (1:3-14). Magnfico
resumo dos planos de Deus: redeno, adoo, perdo e selagem de um povo
para ser propriedade Sua, o que foi resolvido desdea eternidade,
agora realizado pelo exerccio eficaz da vontade divina por obra do
Esprito Santo.
3. Orao para que a vida crist corresponda proviso divina
(1:15-23). A orao de Paulo por aqueles irmos a sua maneira usual de
comear suas cartas.
Ele pede a Deus que a sabedoria e a revelao no lhes falte, a fim
de que eles tenham a certeza e a convico do seu chamamento.
4. A unidade de todos os cristos (2:1-3:21).
i. O livramento da morte e do pecado, e a unio com Cristo
(2:1-10). A vida no passado sem Cristo era o mesmo que morte, porm
Ele veio para dar vida a todos os que O recebessem. Essa salvao ato
originrio de Deus, que pela Sua graa oferece transformao a todos
que pela f aceitem o Seu favor.
ii. Privilgios do Evangelho compartilhados pelos gentios
(2:11-22). Outrora uma s nao, agora todas as naes. "Circunciso"
veio a ser usado como termo designativo dos judeus, distintos das
outras naes denominadas incircuncisas".
Por um tempo os judeus constituam o corpo do povo de Deus, cujo
sinal fsico era a circunciso, e do qual as outras naes estavam
excludas. Agora, porm, o apelo de Deus soava claro e forte a TODOS,
chamando-os de toda tribo e nao, para vir juntar-se Sua famlia.
iii. O mistrio da unio de todos os santos em Cristo, revelado a
Paulo (3:1-13). O "mistrio" de Cristo oculto em Deus durante
sculos, v. 9, nesta passagem, quer dizer claramente que as demais
naes so herdeiras das promessas (Gn 12) que Deus fez aos judeus,
mas promessas que esses judeus at a pensavam erroneamente que lhes
pertenciam com exclusividade.
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Essa fase do plano de Deus estivera oculta, se bem que estivesse
no Seu propsito desde o princpio(1:5), at que veio Cristo, mas
agora est plenamente revelado, a saber: que o futuro glorioso do
povo de Deus ser constitudo, no somente da nao judaica, mas de
todos os convertidos a Cristo (Judeus e Gentios) filhos de
Deus.
E atravs da igreja, Deus unifica os elementos hostis da raa
humana em UM corpo, e mostra Sua sabedoria s ordens supra-humanas
de seres celestiais, resumindo de fato todas as coisas em
Cristo.
iv. Orao que essa realidade seja verdadeira e plenamente
experimentada (3:14-19). A orao era em favor de todos os membros do
corpo de Cristo espalhados pela terra, a fim de que o conhecimento
de Cristo e o Seu amor fosse por todos entendido.
v. Doxologia a Deus pela graa abundante (3:20,21). O poder de
Deus supera at mesmo os anseios do nosso corao, e Ele est pronto a
nos dar muito alm do que pedimos ou pensamos, e a Ele deveser dada
toda glria, honra e louvor.
5. Exortao para andar-se como cristo (4:1-6:9).
i. Andando na unidade do Esprito (4:1-16). Um corpo, um
organismo complexo, com muitas funes, cada uma em seu prprio lugar,
operando harmoniosamente, sendo o amor o seu princpio bsico, v. 16,
e Cristo sua Cabea e fora diretiva.
Sendo composto de muitos membros, de talentos e temperamentos
diversos, o requisito fundamental para seu funcionamento adequado
um esprito de humildade e de tolerncia mtua dos membros entre si
(vs 2).
Seu objetivo o nutrimento de cada um dos seus membros, para que
se tornem a imagem perfeita de Cristo (vs 12-15). A ideia de
crescimento, como vem expressa nestes versculos, parece aplicar-se
tanto a indivduos quanto Igreja como um todo. A infncia da Igreja
passar. Sua maturidade est s portas.
ii. Andando em novidade de vida (4:17-32). O conhecimento da
verdade e a revelao da pessoa de Cristo levam uma mudana de vida em
todos os sentidos e o melhor exemplo a ser seguido o de Cristo em
Sua conduta e procedimento perante os homens.
O velho homem deve ser esquecido, bem como o seu procedimento, e
deve ser dado lugar a uma nova maneira de ser e de viver.
iii. Andando em amor (5:1-21). Aqui mais uma vez o apstolo
continua a recomendar aos efsios danecessidade de viverem
diferentemente da sua vida passada.
A imoralidade, pecado comum nos dias de Paulo, sendo que, em
muitos lugares fazia parte do culto pago exigido por ele que tais
prticas sejam abandonadas, e que a maneira de procederem e andarem
deveria demonstrar prudncia e sabedoria.
E que a prtica espiritual os levaria a serem cheios do Esprito e
serem cheios de gratido pelo Senhor.
iv. Procedimento conjugal, entre pais e filhos, senhores e
servos deve ser exemplar (5:22-6:9): Cristos devem demonstrar de
forma exemplar suas relaes nos negcios, na sociedade, no lar.
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As relaes entre marido de mulher so aqui representadas como
figura das que existem entre Cristo e a Igreja. Cada um depende do
outro, devido s funes diferentes que tm na sociedade humana.
Cada qual, servindo ao outro, serve melhor possvel aos seus
prprios interesses (vs 28). "Quem ama a sua mulher, a si mesmo se
ama".
Quando honram aos pais os filhos tero vida longa, pois esta a
promessa feita no mandamento, e os pais so advertidos a que no
sejam demasiado rigorosos com os filhos.
A autoridade era geralmente austera naquele tempo, o que no
ocorre em nossos dias. Outrora criar filhos era mais fcil, as
influncias exteriores ao lar no exerciam tanta influncia como
hoje.
Aos servos ordenado que seu servio deve ser fiel ao seu senhor,
pois requisito primordial de suaf crist. Eis um ensinamento notvel:
no desempenho de nossas tarefas dirias, ainda que humildes, sempre
somos vistos pelo Senhor, que nos aprovar ou reprovar. O mesmo se d
com os senhores, no modo de tratarem seus escravos.
6. Exortao a tornar-se forte no senhor (6:10-17).
i. Firmeza contra o inimigo (6:10-13). A nica proteo que se pode
obter est em Deus ao se revestir da armadura que Ele nos oferece. O
inimigo ser derrotado no pela nossa sabedoria, mas porque estamos
em Deus, s assim resistiremos ao dia mal.
ii. Pleno equipamento para defesa e ataque (6:14-17). colocado
nossa disposio todo o equipamento para vencermos os poderes do
mundo invisvel, contra os quais somos impotentes, a no ser que nos
apeguemos ao Senhor, e utilizemos com sabedoria aquilo que Ele nos
oferece, para que nos tornemos mais que vencedores e
inabalveis.
7. Exortao orao (6:18-24). Verdade, justia, f, salvao, Palavra,
orao so armas que desviam de ns os dardos do inimigo de nossas
vidas.
VI. CRISTO REVELADO
Efsios foi chamado de Os Alpes do NT, O grande Cnon da Escritura
e O pice real das Epstolas, no somente por seu grande tema, mas
devido majestade do Cristo revelado aqui.
Cap. 1. Ele o redentor (1.7), aquele em quem e por quem a
histria ser definitivamente consumada (1.10); e ele o Senhor
ressuscitado que no apenas ressuscitou dos mortos e do inferno, mas
que reina como Rei, derramando sua vida atravs de seu corpo, a
igreja - a expresso atual dele mesmo na Terra (1.15-23).
Cap. 2. Ele o pacificador que reconciliou o homem com Deus e que
tambm torna possvel a reconciliao entre os homens (2.11-18); e ele
a principal pedra da esquina do novo templo, queconsiste de seu
prprio povo sendo habitado pelo prprio Deus (2.19-22).
Cap. 3. Ele o tesouro em que so encontradas as riquezas
inescrutveis da vida (3.8); e ele o que habita nos coraes humanos,
garantindo-nos o amor de Deus (3.17-19).
Cap. 4. Ele o vencedor que acabou com a capacidade do inferno de
manter a humanidade cativa (4.8-19).
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Cap. 5. Ele o marido modelo, dando-se sem egosmo para realar sua
noiva sua igreja (5.25-27, 32).
Cap. 6. Ele o Senhor, poderoso na batalha, o recurso de fora
para seu povo enquanto eles se armam para a batalha espiritual
(6.10).
VII. ESPRITO SANTO EM AO
Como com Cristo, o Esprito Santo revelado em um ministrio
bastante amplo e atravs do crente.
1. Em 1.13, ele o selador, autorizando o crente a representar
Cristo.
2. Em 1.17 e 3.5, ele o revelador, iluminando o corao para
aprender o propsito de Deus.
3. Em 3.16, ele o doador, a quem Cristo d fora.
4. Em 4.3, ele o Esprito da unidade, desejando sustentar a ligao
de paz no corpo de Cristo.
5. Em 4.30, ele o Esprito de santidade, que pode se entristecer
por insistncia de ocupaes carnais.
6. Em 5.18, ele a fonte atravs da qual todos devem ser
continuamente cheios.
7. Em 6.17-18. Ele que d a Palavra como espada para uma batalha
e o assistente celeste que nos foi concedido para nos ajudar a orar
e a intervir at que obtenhamos a vitria.
VIII. ESBOO DE EFSIOS.
Saudao de abertura 1.1-2.
1. A posio do crente em Cristo 1.3-14.
. Bnos de total redeno 1.3-8.
. Parceria no propsito de Deus 1.9-14.
2. A orao do apstolo por discernimento 1.15-23.
. Para coraes que veem com esperana 1.15-23.
. Para a experincia que compartilha da vitria de Cristo
1.19-21.
. A igreja: o copo de Cristo 1.22-23.
3. O passado, presente e futuro do crente 2.1-22.
. A ordem passada dos mortos que vivem 2.1-3.
. A nova o