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METODOLOGIA DO ENSINO DE GEOGRAFIA
SUMRIO
PLANO DE CURSO/ANUAL
..............................................................................................................
2
PROGRAMA DO 1 BIMESTRE DE DISCIPLINA
.................................................................................
7
O QUE GEOGRAFIA? O QUE ESTUDA?QUAL A IMPORTNCIA TERICA E POLTICA
DESTE SABER? .... 8
DIRETRIZES CURRICULARES DE GEOGRAFIA PARA A EDUCAO BSICA
................................................ 10
ORIENTAES PEDAGGICAS PARA OS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
DE NOVE ANOS .... 14
No princpio a Geografia fomentava o amor pela Ptria...
.................................................. 14
Por que ensinar Geografia hoje?
..........................................................................................
14
O que e como ensinar: consideraes metodolgicas
......................................................... 15
Consideraes sobre a avaliao
.........................................................................................
18
O QUE ENSINAR EM GEOGRAFIA DO PARAN
.........................................................................................
19
ALGUMAS CONSIDERAES SOBRE AS LINGUAGENS DA GEOGRAFIA
................................................... 20
Avaliao
...............................................................................................................................
22
ALFABETIZAO CARTOGRFICA: O USO DE MAPAS
..............................................................................
23
1. Desenvolvimento das primeiras noes de referncia espacial
(lateralidade) ....................... 24
2. Construo das primeiras representaes espaciais (o corpo)
............................................... 25
3. Representando espaos conhecidos
.......................................................................................
26
4. Construo de mapas bsicos
.................................................................................................
28
5. Elaborao de mapas temticos
..............................................................................................
30
6. Trabalhando com escalas
........................................................................................................
31
7. Orientao atravs de pontos cardeais
..................................................................................
32
ATIVIDADES
...............................................................................................................................................
34
PROGRAMA DO 2 BIMESTRE DE DISCIPLINA
..................................................................................
37
ASPECTOS TERICOS-METODOLGICOS DE ENSINO DA GEOGRAFIA: A
METODOLOGIA DO ENSINO DE
HISTRIA E GEOGRAFIA NO ENSINO FUNDAMENTAL
.............................................................................
38
Condies de aprendizagem e nveis de ensino
...................................................................
39
Proposta programtica: contedo e conceitos
.....................................................................
40
Objetivos e contedos por srie
...........................................................................................
42 CADERNO PEDAGGICO DO ENSINO FUNDAMENTAL SRIES INICIAIS
................................................. 46
Estudos da natureza e sociedade no ensino fundamental
................................................... 46
Procedimentos da natureza e sociedade
..............................................................................
47
Contedos por ano e ciclo
....................................................................................................
49
FORMAS DE UTILIZAO DO MAPA COMO INSTRUMENTAL BSICO PARA O ESTUDO
DA GEOGRAFIA 57
I Como trabalhar com o mapa na escola
..............................................................................
57
II A construo de um mapa com significado
.......................................................................
64
http://educar.sc.usp.br/maomassa/cartografia.htm#1#1http://educar.sc.usp.br/maomassa/cartografia.htm#2#2http://educar.sc.usp.br/maomassa/cartografia.htm#3#3http://educar.sc.usp.br/maomassa/cartografia.htm#4#4http://educar.sc.usp.br/maomassa/cartografia.htm#5#5http://educar.sc.usp.br/maomassa/cartografia.htm#6#6http://educar.sc.usp.br/maomassa/cartografia.htm#7#7
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Disciplina: METODOLOGIA DO ENSINO DE GEOGRAFIA Srie: 4 (2
Aulas)
APRESENTAO DA DISCIPLINA
A clareza terico-metodolgica fundamental para que o estudante da
Formao de docentes possa contextualizar os seus saberes, os dos
seus alunos, e os de todo o mundo sua volta. O estudante da Formao
de docentes precisa estar consciente de que, para ser um sujeito
ativo, criativo e consequnte em seu meio, como ser social, e em seu
campo de trabalho, como profissional, preciso estar sensvel aos
processos histricos e geogrficos em curso no meio em que vive. Sem
o embasamento dos conhecimentos das Cincias Humanas, esse futuro
professor pode tomar as condicionantes determinaes do meio como
obstculo intransponveis para a ao pretendida. Desta forma ao tomar
as determinantes do meio como problema, questes colocadas,
matria-prima desafiadora para a ao que pretende desencadear. O
aluno-mestre precisa estar em condies de avaliar as observaes na
Prtica de Formao, de refletir sobre o profissional que deseja ser,
saber lidar com a indisciplina, com os pais, com a comunidade e os
problemas sociais de sua localidade. A instrumentalizao nas
metodologias e recursos didticos/tecnolgicos e demais temas
selecionados podem possibilitar uma prtica docente produtiva. A
disciplina de Metodologia de Geografia deve criar nos alunos a
capacidade de identificar e analisar, as diferentes escalas, as
alteraes que as diversas sociedades humanas estabelecerem com os
seus territrios, quer na utilizao do espao, quer no aproveitamento
dos recursos naturais, quer na valorizao dos resultados de tipo
econmico, social, poltico e ambiental destas mesmas mudanas.
EMENTA
1. Concepes de Geografia A geografia como Cincia; 2. Compreenso
do Espao produzido pela sociedade (espao relacional); 3. Aspectos
tericos metodolgicos de ensino da geografia; 4. Objetivos e
finalidades do Ensino da Geografia na Proposta Curricular do Curso
de Formao de
Docentes da Educao infantil e Anos Iniciais do ensino
fundamental, atendendo as especificidades do estado do Paran
(quilombolas , indgenas, campo e ilhas)
5. Relao entre contedos, Mtodo e Avaliao; 6. Os contedos bsicos
de Geografia na Educao infantil e Anos iniciais; 7. Diferentes
Tendncias da Geografia, 8. Bibliografia e concepo de Geografia como
cincia; 9. Anlise Crtica e elaborao de recursos didticos para
Educao infantil e Anos Iniciais; 10. Anlise Crtica dos livros
didticos dos Anos Iniciais.
OBJETIVOS 1. Instrumentalizar as alunas do Curso de Formao de
Docentes para o exerccio da ao docente; 2. Estudar as concepes de
geografia, diferentes tendncias, a dimenso histrica da disciplina;
3. Analisar os fundamentos histricos metodolgicos da Geografia; 4.
Revisar os contedos estruturantes de Geografia de sries iniciais e
na Educao Infantil, verificando
quais as metodologias, tcnicas pedaggicas mas adequadas a cada
tema, seus recursos tecnolgicos e formas de avaliao.
5. Desenvolver oficinas temticas, com a construo e anlise dos
recursos tecnolgicos; 6. Levantamento, seleo e leitura de acervo
bibliogrfico disponvel para as sries iniciais e de educao
infantil, inclusive na rede municipal de ensino.
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7. Conhecer as especificidades do espao geogrfico paranaense e
municpio, inclusive a cultura negra, indgena, do campo e ilhas.
8. Encaminhar os alunos para a iniciao pesquisa e explorao dos
meios em que vive utilizando diversos mtodos de pesquisa e registro
das atividades.
CONTEDOS
1 BIMESTRE:
Concepes de Geografia.
A Geografia como Cincia. Diferentes Tendncias da Geografia.
O que geografia? O que estuda? Qual a sua importncia terica e
poltica deste saber?
Diretrizes curriculares de geografia para a educao bsica breve
histrico
Orientaes pedaggicas para os anos iniciais do Ensino Fundamental
de nove anos SEED/PR
Por que ensinar Geografia hoje?
O que e como ensinar: consideraes metodolgicas
O que ensinar em Geografia do Paran
Algumas consideraes sobre as linguagens da Geografia
Oficina:
Alfabetizao cartogrfica: o uso de mapas 2 BIMESTRE:
Aspectos tericos - metodolgicos de ensino da geografia.
Condies de aprendizagem e nveis de ensino.
Proposta programtica: contedo e conceitos.
Caderno pedaggico do ensino fundamental sries iniciais
Estudos da natureza e sociedade no ensino fundamental
Procedimentos da natureza e sociedade
Contedos por ano e ciclo
Formas de Utilizao do mapa como instrumental bsico para o Estudo
da Geografia.
Como trabalhar com o mapa na escola
A construo de um mapa com significado 3 BIMESTRE:
Orientao em um mapa pelos pontos cardeais e colaterais
Bssolas e meios de orientao
Orientao em um mapa por linhas coordenadas
Aplicao das noes de escala, legenda e orientao por pontos
cardeais e por linhas coordenadas
O plano de trabalho docente e seus recursos.
Explicao dos termos cartogrficos mais usuais, em linguagem
adequada s Sries Iniciais do Ensino Fundamental.
Sugestes de atividades prticas
A cartografia: elementos para produzir um mapa
Do plano ao tridimensional: a maquete como recurso didtico
Construo de maquetes
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Estudo do meio
O bairro e a cidade
Entrevista
Leitura da Paisagem
Fichas, relatrios, e demais instrumentos.
O registro dos estudos atravs da construo do livro virtual
Maquetes das salas de aulas, frequntadas pelos alunos
deficientes visuais 4 BIMESTRE:
Jogos, Brincadeiras e resoluo de problemas
O uso de diferentes linguagens na sala de aula
Refletindo sobre o planejamento, os encaminhamentos metodolgicos
e material didtico
Recursos pedaggicos no ensino da Geografia
lbuns, dirios...
rvore genealgica e o braso da famlia, mural didtico.
Imagens, fotografias, desenhos, TV, vdeo, DVD, rdio. (observar
as mudanas ocorridas ao longo do tempo).
Planejamento e organizao do estudo do meio: excurso.
Recursos naturais
Bibliografia e Anlise Crtica dos livros didticos dos Anos
Iniciais.
Softwares, sites e recursos on-line no ensino da Geografia.
Oficina - Ensino da Geografia, atendendo as especificidades do
estado do Paran (quilombolas, indgenas, campo e ilhas).
METODOLOGIA
As atividades sero desenvolvidas atravs da construo dialtica do
conhecimento, com atividades
de pesquisa de campo e bibliogrfica, aulas prticas, oficinas e
construo de materiais didticos. Durante o curso pretende-se que o
aluno aplique todos os mtodos estudados, com apresentao
de trabalho coletivos, independentes e aes docentes. O aluno
dever fazer leituras complementares dos contedos propostos,
desenvolvendo o gosto
pela pesquisa cientfica. Desenvolver projetos pedaggicos
relacionados com a diversidade cultural e temas
contemporneos. Sero utilizados os seguintes recursos:
A aula de campo como prtica de ensino de Geografia
A cartografia como linguagem para o ensino da Geografia
lbuns, dirios...
rvore genealgica e o braso da famlia, mural didtico.
Brincadeiras
Bssolas e meios de orientao
Confeco de encartes de Educao Ambiental.
Entrevista
Estudo do meio. Leitura da Paisagem
Fichas, relatrios, e demais instrumentos.
Imagens, fotografias, desenhos, TV, vdeo, dvd, rdio. (observar
as mudanas ocorridas ao longo do tempo).
Jogos pedaggicos
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Leitura de livros e textos de autores locais e estaduais
Linha do tempo, calendrio.
Maquetes
Observao, descrio e excurso.
Plantas, Mapas, Globos.
Recursos naturais
Slides, transparncias, cartazes...
Softwares, sites e recursos on-line no ensino da Geografia.
AVALIAO Atendidos os critrios exigidos no Regimento Escolar e no
PPP, ser considerado aprovado o aluno que obtiver mdia final, igual
ou superior a 6,0 (seis) na Disciplina e frequncia mnima de 75%. A
avaliao concebida a servio da aprendizagem dos alunos, de modo que
permeia o conjunto de todas as aes pedaggicas. Ser realizada em
funo dos objetivos propostos, atravs da apresentao das atividades
solicitadas e da participao em todas as propostas de trabalho. A
avaliao ser diagnstica, formativa e contnua, acontecer durante todo
o processo de ensino-aprendizagem. Sero aplicadas provas com
questes subjetivas e/ou objetivas. Sendo avaliado no decorrer do
processo as produes dos estudantes, as atividades realizadas e a
participao dos alunos durante as aulas. Sempre considerando os
aspectos cognitivos, afetivos e psicomotores dos alunos. A avaliao
no ter carter seletivo ou classificatrio, fundamentar-se- em
aprendizagens significativas e aplicadas em diversos contextos da
prtica de formao. Todos os alunos que no se apropriarem do mnimo
necessrio tero oportunidade de reviso dos contedos trabalhados e
fazer novas atividades avaliativas em prazo estipulado.
BIBLIOGRAFIA 1. ALMEIDA, Rosngela Doin de. O espao geogrfico:
ensino e representao. So Paulo: Contexto,
2005. 2. ANTUNES, Celso. Jogos para a estimulao das mltiplas
inteligncias. Petrpolis: Vozes, 2000. 3. ________. A sala de aula
de Geografia e Histria: inteligncias mltiplas, aprendizagem
significativa e
competncias no dia-adia. Campinas: Papirus, 2001. 4. APIESP.
Seminrio reas do Conhecimento. Faxinal do Cu: Universidade do
Professor, 1998. 5. CARAS. Retrato do Brasil: 500 anos de Histria e
Cultura. 6 fitas de vdeo e manual com os itinerrios. 6. DITZEL,
Carmencita de Helleben Mello; SAHR, Cicilian Luiza Lowen. Espao e
Cultura Ponta Grossa e
os Campos Gerais. Ponta Grossa: UEPG, 2001. 7. GOVERNO DO ESTADO
DO PARAN. Coleo Histria do Paran Curitiba,: Universidade Federal
do
paran, 2002. 5 v 8. ________. Diretrizes Curriculares de
Geografia par a Educao Bsica. Curitiba, apostila, 2006. 9.
________. Orientaes curriculares para o Curso de Formao de Docentes
da educao infantil e
Anos iniciais do Ensino Fundamental, em nvel Mdio, na modalidade
Normal. Curitiba: apostila, 2006.
10. KLABIN. Projeto Caiubi Educao Ambiental. Telmaco Borba:
apostila e CD, 2002. MEDEIROS, Paulo Csar. Fundamentos tericos das
cincias humanas: Geografia Curitiba: IESDE, 2004.
11. MATINELLI, Marcelo. Mapas da Geografia e cartografia
temtica. So Paulo: Contexto, 2009 12. MICHAELIS, John. Estudos
Sociais. Porto Alegre: Globo, s.d. 13. MINISTRIO DA EDUCAO E
CULTURA. Referencial curricular nacional para a educao
Infantil.
Braslia:MEC/SEF, 1998. v. 3 p. 163-206. 14. ________. Parmetros
Curriculares: Histria e Geografia. Ensino Fundamental. Braslia:
MEC/SEF,
1997. p.99-164.
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15. OLIVEIRA, Maria Helena Cozzolino de. Didtica de Esctudos
Sociais: como aprender, como ensinar para o ensino de 2 Grau. So
paulo: Saraiva, 1984.
16. PALHARES, Jos Mauro. Paran: Aspectos da Geografia. Foz do
Iguau: o autor, 2001. 17. PANNUTI, Maria Regina Viana (coord.).
Estudos Sociais: uma proposta para o professor. Petropolis:
Vozes, 1985. 18. PILETTI, Claudino (org.). Didtica Especial. So
Paulo: tica , 1987 19. PREFEITURA MUNICIPAL DE TELMACO BORBA.
Perfil scio econmico do municpio de Telmaco
Borba . Apostila. 20. RUA, Joo et. All. Para ensinar geografia.
Rio de Janeiro: Access, 2005. 21. SIMELLI, Maria Elena. Primeiros
mapas: como entender e construir. So paulo: tica, 2004. 04
cadernos de atividades. 22. UNIVERSIDADE LIVRE DO MEIO AMBIENTE.
Histria e Geografia do Paran: textos e metodologias de
mapas e maquetes. Curitiba: Governo do Estado do Paran, 2002. 2
v, e jogo de transparncias do Paran.
23. VESENTINI, Jos William (org,) Geografia e ensino: textos
crticos. Campinas: Papirus, 1989. 24. WONS, Iaroslaw. Geografia do
Paran. Curitiba: Ed. Ensino Renovado,1985.
INDICAO DE LEITURA COMPLEMENTAR 1. ACZEL, Amir D. Bssola: a
inveno que mudou o mundo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2002. 2.
ANJOS, Luiz dos. Gralha-azul: biologia e conservao. Curitiba:
Companhia de Seguros Gralha Azul,
1995. 3. BENTO, Maria Aparecida Silva. Cidadania em preto e
branco. So Paulo: tica, 2005. 4. BORBA, Oney Barbosa. Telmaco manda
matar e outras crnicas. Curitiba: Ed. Ltero-Tcnica. s.d. 5.
CARVALHO, Dinizar Ribas de. Telmaco Borba o municpio: Histria
poltica da capital do papel e da
madeira. Curitiba: o autor, 2006. 6. COLGIO ESTADUAL DR. LUIZ
VIEIRA. A Fazenda Monte Alegre conta seu Conto. So Paulo: Klick
Ed.,
1998. 7. CORAIOLA, Andr Miguel. Capital do Papel: a histria do
municpio de Telmaco Borba. Curitiba, o
autor, 2003. 8. ESCOLA MUNICIPAL CONSELHEIRO ZACARIAS. Tributo
ao Caiubi. Telmaco Borba: Grfica Executiva,
2003. 9. FUNDAO VCTOR CIVITA. Meio ambiente: conhecer para
preservar. 2003. (Encarte da revista Nova
Escola) 10. GUIA QUATRO RODAS TERRA. Turismo ecolgico no Brasil.
So Paulo: Ed. Abril, s.d. 11. IAROCHINSKI, Ulisses. Saga dos
Polacos: a Polnia e seus emigrantes no Brasil. Curitiba: O autor,
2000. 12. PEIXOTO, Ilka Rocha. O mapa do tesouro e outros mapas.
Rio de Janeiro: Ao livro tcnico, 1988. 13. ISTO . Paran. Srie Guias
Empresa das Artes de Turismo Ecolgico do Brasil. So Paulo: Empresa
das
Artes, 2005. 14. JUSTINO, Maria Jos (org.). Passeio pela pintura
paranaense. Curitiba: Ed. UFPR, 2002. 15. LANGE, Francisco Lothar
Paulo. Campos Gerais: vises do paraso. Curitiba: o autor, 2002. 16.
MERCER, Jos Carlos Quarentei. Sol da vida. Ponta Grossa: Indstria
Pontagrossense de Artes Grfica,
1986. p.40-42. 17. MERCER, Luiz Leopoldo. ltima aventura no
garimpo. Separata do 14 v. da Estante Paranista. 1981. 18.
PREFEITURA MUNICIPAL DE TIBAGI. O turismo est transformando a nossa
histria. Livreto. 19. SEMA SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E
RECURSOS HDRICOS. Rio Limpo. Curitiba:
PETROBRS, s.d. 20. VARGAS, Tlio. Indomvel Republicano. Curitiba:
o autor, 1970. 21. WESTPHALEN, Ceclia Maria. Atlas Histrico do
Paran. Curitiba: Chain, 1986.
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PROGRAMA BIMESTRAL DE DISCIPLINA CARGA HORRIA DO 1 BIMESTRE: 22
horas/aula OBJETIVOS: Instrumentalizar os estudantes do Curso de
Formao de Docentes para
o exerccio da ao docente; Estudar as concepes de geografia,
diferentes tendncias, a dimenso
histrica da disciplina; Analisar os fundamentos histricos
metodolgicos da Geografia; Revisar os contedos estruturantes de
Geografia de sries iniciais e na
Educao Infantil, verificando quais as metodologias, tcnicas
pedaggicas mais adequadas a cada tema, seus recursos tecnolgicos
e
formas de avaliao. Desenvolver oficinas temticas, com a construo
e anlise dos recursos
tecnolgicos; Encaminhar os alunos para a iniciao pesquisa e
explorao dos meios
em que vive utilizando diversos mtodos de pesquisa e registro
das atividades.
CONTEDOS BSICOS
CONTEDOS ESPECFICOS PROCEDIMENTOS METODOLGICOS
RECURSOS AVALIAO
CRITRIOS INSTRU-MENTOS
Concepes de Geografia. A Geografia como Cincia.
O que geografia? O que estuda? Qual a sua importncia terica e
poltica deste saber?
Diretrizes curriculares de geografia para a educao bsica breve
histrico.
Diferentes Tendncias da Geografia.
Orientaes pedaggicas para os anos iniciais do Ensino Fundamental
de nove anos SEED/PR
Por que ensinar Geografia hoje?
O que e como ensinar: consideraes metodolgicas
O que ensinar em Geografia do Paran
Algumas consideraes sobre as linguagens da Geografia
Oficina:
Alfabetizao cartogrfica: o uso de mapas
Apresentao do programa. Construo de mapa conceitual. Leitura e
interpretao do texto. Anotaes de atividades no caderno. Apresentao
de esquema na TV Multimdia. Aula prtica. Oficinas
Textos Imagens Apostila Vdeos TV Multimdia Barbante Papel em
metro
Compreenda o objeto de estudo da Geografia e sua importncia para
o Ensino de Nove Anos. Analise os temas importantes para a formao
do pensamento geogrfico no estudante. Posicionar-se pedagogicamente
diante das vrias vertentes no ensino da Geografia. Aproprie-se da
linguagem geogrficas no ensino de 9 anos. Alfabetize-se
geograficamente.
Prova bimestral Valor 4,0 Trabalho escrito Valor 3,0 Aulas
prticas e atividades Valor 3,0
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O QUE GEOGRAFIA? O QUE ESTUDA? QUAL A IMPORTNCIA TERICA E
POLTICA DESTE SABER?
Segundo Cavalcanti apud Fantin, 2005, devemos iniciar
respondendo as perguntas: o que e por que nesse lugar? Demonstra
uma perspectiva particular da disciplina, que a localizao, a
necessidade de justific-la, ou seja, ir alm da descrio dos aspectos
(da estrutura padro) dos lugares e buscar sua significao para isso
so necessrias referncias tericas, conceituais. Para entender o
significado dos lugares necessria outra questo: como este lugar?
Desta forma podemos dizer que o contedo geogrfico tambm deve
considerar em conjunto os convencionais aspectos fsicos, humanos,
econmicos, que poderiam ser recolocados sob formas mais complexas e
globalizantes, como aspectos culturais, ambientais, geopolticos...
Partindo desta reflexo, em duplas, escreva em seu caderno sua
opinio sobre:
Onde e como o lugar (bairro, distrito, municpio, rea rural...)
onde mora?
Por que ele e est desta maneira?
Que relaes este lugar estabelece com lugares distantes (outros
municpios, estados, pases...)? Por que ele estabelece estas relaes
e no outras?
Observe que a primeira das questes propostas acima exige a
capacidade de localizao e descrio do lugar. A segunda envolve
aspectos culturais e histricos do lugar. Finalmente, a terceira
questo requisita reflexes acerca das relaes econmicas e polticas do
lugar com o mundo e exige pesquisa para ser respondida. Questes
como estas convidam o leitor a exercitar o pensamento geogrfico. A
geografia estuda o espao geogrfico, em qualquer escala (local,
regional, nacional, global) e numa perspectiva relacional. De
acordo com Santos apud Fantin, 2005, p. 22, este espao geogrfico
composto de materialidade (natural e construda) e de relaes
sociais, polticas, econmicas, culturais. O autor define o espao
geogrfico como sistemas de objetos mais sistemas de aes. Para ele,
os objetos so a materialidade, tudo que existe na superfcie da
Terra, toda herana histrica natural e da ao humana que se objetivou
[...] isso que se cria fora do homem e se torna instrumento
material de sua vida, em ambos os casos uma exterioridade. Ainda em
suas palavras:
As aes resultam de necessidades, naturais ou criadas. Essas
necessidades: materiais, imateriais, econmicas, sociais, culturais,
morais, afetivas que conduzem os homens a agir e levam a funo
[que], vo desembocar nos objetos. Realizadas atravs das formas
sociais, elas prprias conduzem a criao e ao uso de objetos, formas
geogrficas.
Nesse sentido, impossvel pensar a geografia apenas como a cincia
da localizao e da descrio dos fenmenos. Muito mais que isso, ela
investiga a ao humana (em suas relaes complexas), modelando a
superfcie terrestre em parceria e/ou oposio natureza,
materializando tempos histricos sobrepostos. Por essas
caractersticas, o pensar geogrfico requer treinamento, ateno e
investigao.
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Se voc quiser pensar geograficamente o lugar onde mora, dever
refletir sobre as construes (objetos tcnicos) como prdios, casas,
pontes, usinas, fbricas, rodovias, praas, escolas, entre outras. So
todas da mesma idade? Ou foram construdas em perodos histricos
diferentes? A que funes serviam inicialmente? Que relaes sociais
possibilitavam? E hoje, para que servem? Quem os ocupa/usa? Quem
excludo deles? Ser preciso refletir tambm sobre que base natural
esses objetos tcnicos foram construdos (plancie, planalto, vale,
depresso, morro) e que tipo de influncia essa base exerceu na
paisagem desse lugar? Havia alguma cobertura vegetal anterior
ocupao desse lugar? O que aconteceu com ela? Essas e outras
consideraes tipo clima, origem tnica dos habitantes, motivaes
histricas para a ocupao do lugar, atividade produtiva ali
desenvolvida, relaes econmicas e culturais que estabelece com
outros lugares so fundamentais para a compreenso do espao geogrfico
de qualquer lugar. A partir desse tipo de raciocnio, fica mais fcil
pensar sobre para que serve o saber geogrfico? A anlise geogrfica
do lugar onde moramos pressupe (para alm da observao e da descrio)
investigaes histricas, sociais, econmicas, polticas, culturais,
etc. Melhor ainda, para entender geograficamente o seu lugar, voc
precisa estabelecer relaes entre a materialidade que o constitui e
a dinmica social que a produziu e faz uso dela. Na escola,
sobretudo no Ensino Fundamental, o objetivo geral da Geografia
alfabetizar o aluno para leitura do espao geogrfico, compreendendo
a sociedade/realidade atravs do estudo de seus aspectos fsicos,
humanos, econmicos, considerando que uma construo social e
histrica, desta forma este o objeto de conhecimento da disciplina.
Para organizar o pensamento pedaggico necessrio estabelecer os
objetivos do ensino da geografia, os contedos e a metodologia,
considerando seus aspectos ideolgicos e polticos. Os contedos so os
meios de se desenvolver o raciocnio geogrfico, organizado em dois
eixos: a formao de conceitos e a alfabetizao geogrfica. No
encaminhamento metodolgico ficar explcito a linha ideolgica adota e
a que tipo de cidado e sociedade se deseja construir, portanto
imprescindvel que o professor conhea as posturas tericas-prticas
das escolas pedaggicas. O nosso desejo que o aluno seja capaz de
ler o espao geogrfico e compreend-lo com criticidade,
instrumentalizando-o para interferir na construo consciente desse
espao. Uma maneira interessante para se efetivar esta prtica
apresentar situaes-problemas. Durante as atividades de Prtica de
Formao (estgio), o aluno-mestre vivenciar vrias situaes no ensino
da geografia, que devero ser apresentadas e discutidas com a turma,
pesquisando referenciais tericos sobre o tema e
propostas/alternativas para um trabalho mais eficiente, no caindo
em situaes simplistas ou a atuaes muito complexas para os educandos
da educao infantil e sries iniciais do Ensino Fundamental.
REFERENCIAL TERICO: 1. FATI N, Maria Eneida; TAUSCHECK, Neusa
Maria. Metodologia do Ensino de Geografia.
Curitiba: IBPEX, 2005. 2. PENTEADO, Helosa Dupas. Metodologia do
ensino de Histria e Geografia. So Paulo:
Cortez, 2008.
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DIRETRIZES CURRICULARES DE GEOGRAFIA PARA
A EDUCAO BSICA
DIMENSO HISTRICA DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
As relaes com a natureza e com o espao geogrfico fazem parte das
estratgias de sobrevivncia dos grupos humanos desde suas primeiras
formas de organizao. Na Antigidade clssica:
Ampliaram-se os conhecimentos sobre as relaes
sociedade-natureza, extenso e caractersticas fsicas e humanas dos
territrios imperiais. Estudos descritivos.
Desenvolveram-se conhecimentos como os relativos elaborao de
mapas; discusses a respeito da forma e do tamanho da Terra, da
distribuio de terras e guas...
Na Idade Mdia:
A idia de que a Terra era um disco se generalizou e tornou-se
para a Igreja de ento uma verdade que no podia ser contrariada,
conforme os ensinamentos dos sbios e santos.
Sculo XVI:
Os saberes geogrficos, nesse processo histrico, passaram a ser
evidenciados nas discusses filosficas, econmicas e polticas, que
buscavam explicar questes referentes ao espao e sociedade.
Sculo XIX:
Foram criadas diversas sociedades geogrficas, que tinham apoio
dos Estados colonizadores como Inglaterra, Frana e Prssia que, mais
tarde, viria a ser a atual Alemanha. Estas sociedades organizavam
expedies cientficas para a frica, sia e Amrica do Sul.
O pensamento geogrfico, da escola alem, teve como
precursores:
Humboldt (1769-1859)
Ritter (1779-1859)
Ratzel (1844-1904) fundador da geografia sistematizada,
institucionalizada e considerada cientfica.
O pensamento geogrfico da escola francesa, por sua vez, teve
como principal representante Vidal de La Blache (1845-1918).
Para Ratzel e a escola alem, a relao sociedade-natureza
influenciava o que ele denominava conquistas cultas de um povo, ou
seja, as condies naturais do meio, onde vivia determinado povo,
estabeleciam uma relao direta com seu nvel de vida, seu domnio
tcnico, sua forma de organizao social etc.
Quanto mais culto um povo, maior o domnio sobre a natureza, o
que proporcionaria melhores condies de vida, conseqente aumento da
populao e necessidade de mais espao (territrio) para continuar seu
processo evolutivo.
Para Vidal de La Blache e a escola francesa, a relao
sociedade-natureza criava um gnero de vida, prprio de uma
determinada sociedade.
As idias geogrficas foram inseridas no currculo escolar
brasileiro no sculo XIX e apareciam de forma indireta nas escolas
de primeiras letras.
Previa, como um dos contedos contemplados, os chamados princpios
de geografia que tinha como objetivo enfatizar a descrio do
territrio, sua dimenso e suas belezas naturais (VLACH, 2004)
A institucionalizao da Geografia no Brasil, no entanto, se
consolidou apenas a partir da dcada de 1930, quando as pesquisas
desenvolvidas buscavam compreender e descrever o ambiente fsico
nacional com o objetivo de servir aos interesses polticos do
Estado, na perspectiva do nacionalismo econmico.
Nas escolas brasileiras, a Geografia tinha um carter decorativo
e enciclopedista, focado na descrio do espao, na formao e no
fortalecimento do nacionalismo, com um papel significativo na
consolidao do Estado Nacional brasileiro.
Essa corrente terica e metodolgica conhecida como geografia
tradicional.
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Ao longo da segunda metade do sculo XX e originaram novos
enfoques para a anlise do espao geogrfico
a) degradao da natureza; b) s desigualdades e injustias; c) s
questes culturais e demogrficas
mundiais . O golpe militar de 1964:
Essas leis tinham por finalidade adequar a educao crescente
necessidade de formao de mo-de-obra para suprir a demanda que o
surto industrial brasileiro, conhecido como milagre econmico,
geraria tanto no campo quanto na cidade.
Nos anos de 1980, ocorreram movimentos pelo desmembramento da
disciplina de Estudos Sociais e o retorno da Geografia e da
Histria.
Com o fim da ditadura militar, a renovao do pensamento
geogrfico, iniciada aps a Segunda Guerra, chegou com fora ao
Brasil. As discusses tericas que ento se sobressaram centraram-se
em torno do movimento da Geografia Crtica.
Esse movimento adotou o mtodo do materialismo histrico dialtico
para os estudos e para a abordagem dos contedos de ensino.
No Paran, as discusses sobre a emergente Geografia Crtica, como
mtodo e contedo de ensino, ocorreram no final da dcada de 1980 em
cursos de formao continuada e discusses sobre reformulao curricular
promovidos pela Secretaria de Estado da Educao, que publicou, em
1990, o Currculo Bsico para a Escola Pblica do Paran.
Tal proposta apresentava uma ruptura no ensino da Geografia em
relao chamada Geografia Tradicional.
Ao propor uma anlise social, poltica e econmica sobre o espao
geogrfico, o movimento da Geografia Crtica entendeu que a superao
da dicotomia natureza-sociedade (Geografia Fsica e Geografia
Humana) e das fragmentaes das
abordagens dos contedos dar-se-iam pelo abandono das pesquisas e
do ensino sobre a dinmica da natureza
Organizaes financeiras internacionais, como o Banco Mundial,
passaram a condicionar seus emprstimos a pases como o Brasil,
implementao de polticas sociais e educacionais que atendessem aos
interesses daquelas mudanas.
Nesse contexto, ocorreram a produo e a aprovao da nova Lei de
Diretrizes e Bases da Educao Nacional (LDB 9394/96), bem como a
construo, a poucas mos, dos PCN (Parmetros Curriculares
Nacionais).
Entre as mudanas provocadas pelos PCN, destacam-se os contedos
de ensino vinculado s discusses ambientais e multiculturais.
preciso lembrar, contudo, que as questes ambientais e culturais
estiveram inseridas no temrio geogrfico desde a institucionalizao
da Geografia e foram abordadas de vrias perspectivas tericas, das
descritivas s crticas. Portanto, apenas inseri-las no currculo,
como contedos de ensino, no garante criticidade disciplina.
Pode-se perceber que essa criticidade no aparece nos PCN, na
medida em que a abordagem socioambiental enfatiza o determinismo
tecnolgico e a sustentabilidade como formas de resolver os
problemas causados pela racionalidade do modo de produo capitalista
e a abordagem cultural destaca a idia de tolerncia e de
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convivncia tranqila dos diferentes grupos sociais e culturais,
mesmo que se apresentem desiguais.
FUNDAMENTOS TERICO-METODOLGICOS DA GEOGRAFIA
O conceito adotado para o objeto de estudo da Geografia o espao
geogrfico, entendido como aquele produzido e apropriado pela
sociedade, composto por objetos naturais, culturais e tcnicos e aes
pertinentes a relaes socioculturais e poltico-econmicas. Objetos e
aes esto inter-relacionados (LEFEBVRE, 1974; SANTOS, 1996b)
A espacializao dos contedos de ensino, bem como a explicao das
localizaes relacionais dos eventos (objetos e aes) em estudo, so
prprios do olhar geogrfico sobre a realidade.
Para situar as construes conceituais das diferentes linhas de
pensamento geogrfico, destaca-se que os conceitos de paisagem e
regio, por exemplo, foram inicialmente tratados pela chamada
Geografia Tradicional, no final do sculo XIX. Da perspectiva terica
dessa linha de pensamento, tinham um significado diverso do que
dado a eles, agora, pela vertente crtica da Geografia.
Atualmente, esse conceito foi ampliado e ressignificado pela
vertente crtica da Geografia que o associa s relaes de poder da
escala micro macro.
O conceito de lugar discutiu-o em sua relao com o processo de
globalizao da economia e, de algum modo, considerou seus aspectos
subjetivos, com a ampliao da abordagem e nfase s potencialidades
polticas dos lugares em suas relaes com outros espaos, prximos e/ou
distantes.
O ensino de Geografia deve assumir o quadro conceitual das
teorias crticas dessa disciplina, que incorporam os conflitos e as
contradies sociais, econmicas, culturais e polticas, constitutivas
de um determinado espao.
PAISAGEM
idia de que aos povos das regies consideradas mais civilizadas
caberia o direito e, ao mesmo tempo, o compromisso de explorar
meios geogrficos distintos, distantes dos seus, beneficiando-se e
levando benefcios aos povos menos civilizados das regies onde o
homem ainda no sabia como fazer o meio revelar-se para si.
O ensino assumiu o mesmo mtodo da pesquisa: estudar o espao
geogrfico compartimentadamente.
No Brasil, a partir da dcada de 1980, com o movimento da
Geografia Crtica, os conceitos de regio e de paisagem foram
retomados, historicizados e ressignificados.
Hoje, as teorias crticas da Geografia reconhecem a dimenso
subjetiva da paisagem, j que o domnio do visvel est ligado percepo
e seletividade, mas acreditam que seu significado real alcanado
pela compreenso de sua objetividade.
A paisagem percebida sensorial e empiricamente, mas no o espao,
, isto sim, a materializao de um momento histrico. Sua observao e
descrio servem como ponto de partida para as anlises do espao
geogrfico, mas so insuficientes para sua compreenso. Por isso, o
tratamento pedaggico a ser dado ao conceito de paisagem, na escola,
deve ser o de par dialtico do espao geogrfico, de materialidade que
no se auto-explica completamente.
REGIO
As regies so o suporte e a condio de relaes globais que de outra
forma no se realizariam.
Ao prosseguir sua argumentao, o mesmo autor afirma que no mundo
globalizado onde as trocas so intensas e constantes, a forma e o
contedo das regies mudam rapidamente.
Cabe escola tratar esse conceito a partir das determinaes
polticas e econmicas que formam e definem a longevidade das regies.
Tal anlise rompe a abordagem tradicional que apresenta aos alunos
uma diviso regional
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cristalizada, muitas vezes ultrapassada, que no corresponde
dinmica atual da constante (re)organizao dos espaos regionais.
LUGAR
O conceito de lugar busca incorporar sua dimenso subjetiva, mas
acrescenta seu potencial poltico, numa abordagem terica e pedaggica
que indica a possibilidade de os lugares assumirem-se como
territrios.
O lugar o espao onde o particular, o histrico, o cultural e a
identidade permanecem presentes.
no lugar que a globalizao acontece, pois, cada vez mais ele
participa das redes e deixa de explicar-se por si mesmo.
Alguns lugares se destacam economicamente por seus objetos e
pelas aes que neles se realizam. Este o olhar sobre o lugar, como
produtividade e rentabilidade oferecidas ao capital.
Essa relao local-global traz, em suas contradies prprias, a
possibilidade tanto de os lugares se tornarem refns dos interesses
hegemnicos quanto de se contraporem a eles, o que organiza e
fortalece a idia de poltica (relaes de poder).
TERRITRIO
Territrio um conceito ligado idia de relaes de espao e
poder.
No territrio, portanto, seja nacional, regional ou local,
acontecer a relao dialtica de associao e confronto entre o lugar e
o mundo (SANTOS, 1996b)
Cabe hoje ao ensino de Geografia abordar as relaes de poder que
constituem territrios nas mais variadas escalas, desde as que
delimitam os microespaos urbanos, como os territrios do trfico, da
prostituio ou da segregao socioeconmica, at os internacionais e
globais.
NATUREZA
Natureza entendida como um conjunto de elementos naturais que
possui em sua origem
uma dinmica prpria que independe da ao humana, mas que, na atual
fase histrica do capitalismo, acaba por ser reduzida apenas idia de
recursos (MENDONA, 2002).
Por sua vez, a idia de natureza como recurso ganha, atualmente,
um elemento complicador: a crescente artificializao do meio, tanto
na cidade quanto no espao rural.
SOCIEDADE
A sociedade em seus aspectos sociais, econmicos, culturais e
polticos e nas relaes que ela estabelece com a natureza para produo
do espao geogrfico. Ou seja, a sociedade produz um intercmbio com a
natureza, de modo que a ltima se transforma em funo dos interesses
econmicos da primeira.
O ensino deve subsidiar os alunos a pensar e agir criticamente,
de modo que se ofeream elementos para que compreendam e expliquem o
mundo (CALLAI, 2001).
Como espao privilegiado de anlise e produo de conhecimentos, a
escola deve subsidiar os alunos no enriquecimento e sistematizao
dos saberes para que se tornem sujeitos capazes de interpretar, com
olhar crtico, o mundo que os cerca. Por isso, tarefa do professor e
dos alunos terem uma atitude investigativa de pesquisa, recusarem a
mera reproduo da interpretao do mundo, feita por outros, e
assumirem seu papel de agentes transformadores da realidade.
A funo da Geografia na escola desenvolver o raciocnio geogrfico,
isto , pensar a realidade geograficamente e despertar uma
conscincia espacial.
CONTEDOS ESTRUTURANTES
Dimenso econmica da produo do/no espao.
Geopoltica
Dimenso socioambiental
Dimenso cultural e demogrfica
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ORIENTAES PEDAGGICAS PARA OS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
DE NOVE ANOS
SEED/DEB - PARAN
GEOGRAFIA Roberto Filizola
No princpio a Geografia fomentava o amor pela Ptria...
A Geografia voltada para os Anos Iniciais pode desempenhar um
importante papel no desenvolvimento das crianas, justificando, uma
vez mais, sua presena e permanncia no currculo escolar. Nunca
demais recordar que a Geografia Escolar, no Brasil ou na Europa,
foi introduzida no currculo das escolas primria e secundria para
desempenhar um papel intimamente associado classe dirigente:
incutir nas novas geraes a ideologia do nacionalismo. No entender
da classe dirigente, era necessria a construo da nao, do sentimento
de pertencimento a um territrio e um povo comuns, que
compartilhassem de um mesmo passado, de uma histria que fosse de
todos. Foi no contexto do projeto de construo da nao, portanto, que
a escola desempenhou um expressivo papel na reproduo da cultura, na
difuso da idia de Ptria.
Quanto aos contedos propriamente ditos, a escola primria lidava
com aqueles saberes que possibilitassem a formao de valores ptrios.
Assim, cabia Geografia desenvolver um trabalho pedaggico que
assegurasse a reproduo de conceitos bsicos dos elementos formadores
da paisagem natural, como os rios e as formas de relevo, alm de
atribuir os nomes geogrficos a esses elementos. Dessa forma, as
denominaes locais foram substitudas por aquelas criadas por
instituies direta ou indiretamente ligadas ao poder. No caso
brasileiro, coube ao Instituto Histrico e Geogrfico Brasileiro
(IHGB) essa atribuio, em especial no sculo XIX; a partir de 1938,
ano de sua criao, o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatstica desempenhou destacado papel nessa jornada.
De outro lado, as aulas de Geografia tratavam de disseminar
imagens e smbolos que reforassem a inculcao do nacionalismo
patritico. o caso da utilizao de mapas, mas sobretudo do mapa do
Brasil, decalcado nos cadernos dos alunos; dependurado nas paredes
das salas de aula. Contedos, imagens e smbolos eram trabalhados de
forma a consolidar a idia e o sentimento de uma ptria una e
indivisvel.
No era toa, portanto, que os alunos deviam memorizar os nomes de
rios, de montes, de capitais estaduais, alm de terem na ponta da
lngua informaes a respeito dos maiores e melhores, isto , dados
estatsticos dos principais produtores industriais, de
matrias-primas, de produtos agropastoris, etc. Os manuais de ensino
de Geografia, com isso, apresentavam um vasto questionrio ao trmino
de cada assunto, quando no eram constitudos to somente de perguntas
e repostas, a serem decoradas e reproduzidas nas avaliaes.
Cumpre recordar que durante os anos 70 e 80, a Geografia e a
Histria integraram a rea de Estudos Sociais, o que representou um
esvaziamento de seus contedos especficos. Ao trmino da dcada de 80
houve o retorno das duas disciplinas com a renovao de seus
contedos, impulsionadas pela abertura democrtica e oxigenadas pelas
respectivas cincias de referncia.
Por que ensinar Geografia hoje?
No passado, a Geografia Escolar serviu, em primeiro lugar, para
a inculcao da ideologia do nacionalismo patritico nas novas geraes.
A bandeira e o hino nacionais acompanham as delegaes e se misturam
em meio aos torcedores onde quer que as competies se desenrolem. Na
vitria ou na derrota, os smbolos nacionais so evocados, reforando
os laos afetivos que parecem unir um a um os brasileiros. Contudo,
essa comunho diz respeito ao campo do nacionalismo. No que tange a
questes scio-econmicas, a sociedade brasileira mostra-se fraturada,
cindida. nesse mbito que a Escola, e mais especificamente a
Geografia Escolar, devem voltar suas atenes.
As questes scio-econmicas de nosso pas so de grande monta, e
retratam graves distores da distribuio da riqueza produzida, seja
no campo ou na cidade. Portanto, as fortes desigualdades sociais
reinantes no Brasil devem ser tomadas como uma espcie de pano de
fundo na definio dos objetivos e finalidades do ensino da
Geografia. s desigualdades sociais devem ser agregadas a
diversidade tnico-cultural, to marcante na realidade do pas, mas to
comumente desprezada e distorcida, gerando preconceitos. Em outras
palavras, a lida com princpios e saberes no ensino da Geografia
devem possibilitar avanos na direo de uma sociedade mais justa e
igualitria, e na valorizao e no respeito s diferenas culturais.
Trata-se de um compromisso tico, a ser
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desenvolvido sem perder de vista o contedo geogrfico e seu
encaminhamento metodolgico. Ou seja, no se trata, em absoluto, de
trabalhar valores em si mesmos, em detrimento dos contedos
escolares. Ao contrrio, no desenvolvimento do trabalho pedaggico
que o professor, sistematizando o conhecimento, possibilita o
enfrentamento das mais variadas questes da sociedade
brasileira.
O desenvolvimento de raciocnios geogrficos e a formao de uma
conscincia espacial dizem respeito ao olhar geogrfico, maneira
particular da Geografia de ler o mundo, de estudar a sociedade. De
fato, a cincia geogrfica uma cincia humana, porm ao estudar a
sociedade, busca compreender sua dimenso espacial. Isso significa
tomar ou considerar o espao como um componente da sociedade. Nesse
sentido, a Geografia no pode mais ser entendida to somente como o
estudo da Terra, e sim como o estudo da organizao do espao pela
sociedade humana. Essa conceituao revela dois aspectos muito
importantes:
que a disciplina escolar e a cincia de referncia guardam uma
relao, mas que no deve, em hiptese alguma, significar uma
superioridade da cincia sobre a disciplina escolar, tampouco uma
subordinao desta ltima em relao primeira;
que a seleo e organizao dos contedos so (ou deveriam ser)
afetados por essa relao. Portanto, contedos, conceitos e temas ao
serem eleitos para compor as
As propostas curriculares de Geografia deveriam considerar os
seguintes questionamentos : Isso que pretendo ensinar colabora para
o desenvolvimento do raciocnio espacial, geogrfico? Ou: O espao
enquanto componente da sociedade est sendo contemplado nesse
estudo? O raciocnio geogrfico refere-se lida com diferentes
tamanhos ou dimenses espaciais, melhor dizendo, ao trnsito e
articulao entre eles. Ou seja, existem trocas e relaes entre o
espao local e outros, mais amplos e mais distantes.
O que e como ensinar: consideraes metodolgicas
Perceber e reconhecer que o espao uma dimenso ou componente da
sociedade, condio e meio para a sociedade ser o que , deve
perpassar os contedos e as atividades escolares da Geografia. Desde
h muito que a organizao e a seleo dos contedos em Geografia seguem
um critrio cada vez mais questionvel e inconsistente. Na realidade,
trata-se de um critrio que tambm uma metodologia, a
metodologia dos crculos concntricos. Essa metodologia ou critrio
determina que os estudos geogrficos devem partir do mais prximo
para o mais distante, do conhecido para o desconhecido. O argumento
o grau de amadurecimento das crianas. De fato, existem temas ou
questes inapropriados para determinadas faixas etrias. Contudo,
essa metodologia acabou gerando distores graves, o que resultou
numa abordagem estanque e linear dos temas e contedos. o caso de
citar os temas comumente desenvolvidos nos anos iniciais do ensino
fundamental: famlia, escola, trajeto casa-escola, profisses, o
entorno da escola... Aparentemente no haveria o que comentar, o que
contrariar. At porque parece que esses temas se aliceram numa
tradio cultural, tal o tempo que eles tm sido tratados nessa srie.
Porm, tais temas ou recortes espaciais ficam fechados em si mesmos,
isto , no so remetidos a outras dimenses espaciais. Esse
procedimento metodolgico resulta em ao menos trs situaes que
desfavorecem o desenvolvimento da criana, visto que:
Os lugares, as localidades, no se explicam por eles mesmos.
Abordagens scio-espaciais estanques impossibilitam o
desenvolvimento do raciocnio espacial, esvaziam as possibilidades
de formar um olhar crtico do e no mundo. Torna-se necessrio
considerar a escolha de temas e problemas geogrficos que
possibilitem, a um s tempo, respeitar o processo de expanso do
horizonte geogrfico da criana e fortalecer seus laos afetivos e
identitrios com o local. Contextualizar de forma problematizada
tais temas deve ser uma prtica cotidiana de professores dos Anos
Iniciais nas aulas de Geografia.
Para uma compreenso mais elaborada do espao geogrfico, necessrio
contemplar os estudos mais gerais, indo alm das abordagens muito
particularizadas.
Considerando que nos Anos Iniciais tambm compete Geografia
promover uma alfabetizao geogrfica , ou seja, criar as condies para
que as crianas leiam e interpretem o espao geogrfico, e desta forma
ler e interpretar a paisagem e o lugar, o territrio e a regio ,
essa considerao sobre o ponto de vista do observador de fundamental
importncia. Feita essas consideraes, resta tratar de sugerir aquilo
que deve ser assegurado nos Anos Iniciais, apontar para os
conhecimentos especficos a serem garantidos por meio da disciplina
escolar em foco. Nesse caso, destacar os objetivos especficos no
ensino da
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Geografia pode representar um comeo de conversa. Ei-los:
Preparar para um agir cotidianamente, de forma consciente,
relacionado ao viajar, ao circular com segurana pelo espao,
compreenso das informaes veiculadas pela mdia e demonstrao de
interesse e preocupao pelo ambiente e pela alteridade.
comum professores comentarem que a Geografia est no dia-a-dia
das pessoas, que uma disciplina concreta e consegue, com muita
facilidade, despertar o interesse dos alunos. Porm, no basta
permanecer no discurso sobre o cotidiano. Faz-se necessrio
organizar e encaminhar os contedos de tal modo que signifiquem um
conjunto de saberes que possibilite agir no espao com conscincia.
Isso significa dominar os referenciais do espao para nele circular
sem se perder, ou seja, saber orientar-se. Afora isso, o contato
com as diversas mdias, tais como a televiso, a Internet, as
revistas, o jornal, demandam, cada vez mais, um posicionamento mais
crtico a respeito das informaes que por elas circulam. Afinal,
pesados jogos de interesses encontram-se em cena, o que exige um
olhar atento de seus usurios.
Preparar para o entendimento das localizaes, o que significa
saber situar e situar-se no espao, seja por meio de mapas ou usando
referenciais da paisagem e do lugar. Esse trabalho requer o uso da
escala cartogrfica e, sobretudo, da escala geogrfica.
Na primeira, a determinao de distncias e o clculo de reas so
obtidos a partir de um mapa ou planta, envolvendo o conceito de
proporo e a utilizao de meios diversos de orientao (bssola,
astros...). Na segunda, trata-se de perceber a existncia de
diferentes escalas de anlise, desde a local at a planetria, e
reconhecer que elas caminham lado a lado e so de fundamental
importncia para a avaliao das inmeras questes de carter espacial,
como o agravamento do efeito estufa, a presena de uma
transnacional, um deslizamento de encosta, um loteamento
clandestino ou os conflitos envolvendo pases.
Proporcionar a aquisio de conhecimentos bsicos seja da superfcie
terrestre ou das sociedades humanas. Vale recordar que a Geografia
surgiu, no passado remoto, como possibilidade de entendimento das
diferenciaes de lugares, de paisagens, de reas, enfim. Afinal, a
superfcie terrestre marcadamente diversificada, tanto nos seus
aspectos fsicos como humanos.
Cabe Geografia assegurar conhecimentos mnimos, porm
fundamentais, para sua compreenso.
A ttulo de sugesto, apresenta-se um rol de contedos bsicos para
os Anos Iniciais do Ensino Fundamental, aos quais so associados
conceitos imprescindveis no ensino da disciplina.
O conceito de lugar diz respeito aos laos afetivos e identitrios
que unem as pessoas aos seus espaos de vivncia. A casa e a rua, a
escola e o local de trabalho, um templo ou espao religioso, uma
praa, a associao dos moradores, dentre outros casos, podem ser
citados. Como so esses lugares e o que nos une afetiva e
identitariamente a eles so questes que devem mobilizar seus
estudos. Alm disso, o lugar encontra-se no mundo, est ligado a ele
por uma srie de aspectos, sejam eles econmicos, polticos, ou
culturais. Isso refora a idia de que os espaos no se encontram
isolados e devem ser percebidos nas suas relaes, o que eqivale a
afirmar que de meu lugar compreendo o mundo. Embora possa
aparentar, o conceito ou enfoque de lugar no se restringe aos
primeiros dois ou trs anos do Ensino Fundamental, sendo merecedor
de estudos ao longo de toda a escolaridade. Espaos mais prximos, de
dimenso menos ampla, so costumeiramente considerados, mas em
determinadas circunstncias o estado ou o pas so a referncia afetiva
e identitria para toda a classe. Enfim, uma questo de escala de
anlise (local, regional, nacional) e de propsito ou finalidade dos
estudos.
Antes de apresentarmos sugestes de contedos relacionados ao
conceito de lugar, convm tratar do conceito de paisagem.
Contemplar, descrever, analisar so exemplos de operaes mentais
envolvidas com seu estudo. A princpio, a paisagem tudo o que os
nossos sentidos captam, percebem. Da se afirmar que a paisagem
forma e cores, como tambm odores, sons e tudo o mais que sentimos
pelo tato. Contudo, um estudo mais sistemtico da paisagem requer a
compreenso e o entendimento das razes que levaram uma paisagem a
ser o que , envolvendo os estudos de sua construo. Assim, lugar e
paisagem so dois conceitos que se entrelaam e auxiliam na
compreenso de ambos.
Vejamos, ento, alguns exemplos:
As paisagens dos lugares de vivncia. Nesse caso, em geral
voltado para os primeiros
anos, casa, rua, escola, bairro so exemplos de dimenses
espaciais a serem enfocados. O que as pessoas realizam nesses
lugares, como surgiram,
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onde ficam, por que a se localizam, como so e por que so assim
so elementos mobilizadores que auxiliam na seleo e organizao de
contedos mais especficos. Mas os demais anos tambm podem contemplar
esses conceitos e ir alm, avaliando as mudanas e as permanncias das
paisagens dos lugares. Eis novos exemplos: Mudanas e permanncias
nos lugares e nas
paisagens As mudanas e permanncias nas paisagens
rurais paranaenses As paisagens de meu municpio j foram
assim...
Um outro importante conceito o de territrio, o qual possibilita
o trato com as relaes de poder que se estabelecem no e pelo espao
geogrfico. Desde h muito os grupos humanos necessitam exercer um
controle sobre as parcelas do espao onde se encontram
estabelecidos. Desde as mais remotas sociedades tribais at o
moderno Estado nacional, o pas, as mais variadas formas de gesto e
controle do espao existem. Em razo desse controle, limites e
fronteiras sempre foram criados. Ultrapass-los como se fosse uma
transgresso, algo como avanar o sinal vermelho. As fronteiras de um
pas necessitam ser patrulhadas, o que demanda a instalao de postos,
situados em locais estratgicos. Mas no podemos nos limitar apenas
ao territrio nacional. Dentro dele existem muitos outros, nas mais
variadas condies, e sendo controlados por diferentes grupos e
atores sociais. Nesse sentido, uma associao de moradores que luta
pelos interesses de seus associados, uma favela que nasceu a partir
das necessidades de seus moradores, um acampamento de sem-terras so
alguns dentre inmeros exemplos de territrios. Observe, uma vez
mais, que os conceitos se imbricam, isto , lugar, paisagem e
territrio se interpenetram, se sobrepem um ao outro. Assim, uma
favela possui uma paisagem especfica, constitui o lugar das pessoas
que nela vivem e com ela se identificam e um territrio, controlado
e gerido por grupos que a se estabeleceram.
Ao se estudar o territrio, uma srie de outros conceitos so
abordados e sem os quais seu estudo torna-se invivel: poder,
limites e fronteiras, ocupao e formao territoriais, usos do espao,
conflitos, entre outros. Da que os temas e as dimenses espaciais
envolvidas so bastante variadas, por exemplo:
Invaso ou ocupao: a questo da moradia no Brasil
Por que no centro tem e na periferia no? Vila, bairro,
municpio...: as diversas formas de
dividir o espao geogrfico.
Resta comentar brevemente que o espao geogrfico resultado das
maneiras como os grupos humanos se apropriam da natureza. Sendo
assim, o espao , a um s tempo, um conjunto indissocivel de objetos
geogrficos (cidades, plantaes, fbricas, moradias, florestas, rios,
hidreltricas, etc.) e de aes humanas ou prticas sociais. Em outras
palavras, no h espao sem sociedade, assim como no h sociedade sem
espao. Isso significa dizer que a construo ou produo do espao
obedece os interesses e necessidades dos grupos humanos que atuam
nesse processo. Mais do que isso, nesse processo de produo, a
sociedade assegura a sua reproduo, ela se perpetua. da que advm a
idia de organizao do espao, ou seja, os objetos geogrficos so
distribudos, ordenados ou arranjados de uma tal maneira que a vida
possa fluir. Isso significa dizer que os bens materiais e
imateriais, as idias, os valores so permanentemente criados e
recriados em espaos especficos e necessitam de redes igualmente
especficas para circular. nesse contexto que as fbricas se conectam
aos mercados consumidores por meio das vias de transporte; valores
financeiros e idias circulam pela rede mundial de computadores;
matrias-primas partem de suas reas de produo para os locais onde
possam ser processadas; pessoas se deslocam pelas mais variadas
razes pelo espao geogrfico local, nacional e internacional.
Portanto, trabalhar o espao geogrfico e sua produo, buscar
compreender a lgica de sua organizao envolve a lida com conceitos
diversos, como as atividades econmicas dos meios urbanos e rural,
os meios e as vias de transporte e de comunicaes, o comrcio, os
servios, as redes, as cidades e o campo, entre outros. Por outro
lado, essa dinmica que envolve as relaes da sociedade humana e da
natureza gera impactos sobre aquilo que entendemos por ambiente
natural. Isso pressupe trabalhar noes do funcionamento dos
elementos que formam os ambientes naturais. Destarte, clima, solos,
atmosfera, cobertura vegetal, guas, rochas e formaes do relevo
tambm integram os estudos geogrficos. Contudo, tais estudos no
devem se dar por eles mesmos e sim na sua relao com a sociedade. At
porque, uma montanha pode significar um estoque de matrias-primas
ou uma paisagem turstica, assim como representar um smbolo cultural
ou religioso. Alm disso, no enfoque geogrfico busca-se compreender
as razes de sua distribuio pela superfcie terrestre. Afinal, tanto
as montanhas como os tipos climticos ou de vegetao seguem padres
especficos de distribuio. Compreend-los uma forma de ler e pensar
geograficamente o mundo.
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Feitas essas novas observaes, podemos apontar, tambm, como
sugesto, outros temas que se seguem:
Agricultura no Brasil; A produo rural familiar; Educar para o
campo, educar para a cidade; Quem so, onde vivem e como vivem os
brasileiros; As festas e o uso do espao geogrfico pelas pessoas; O
tempo meteorolgico sempre muda; O mundo d voltas: os dias, as
noites e as estaes do ano; nibus ou trem, barco ou avio: os
transportes e a circulao de pessoas e mercadorias; Jornal, rdio e
televiso aproximam povos e lugares; A rede de computadores e a
circulao de informaes; Seja na feira ou no shopping center, as
pessoas vo s compras!; Da plantao mesa, os alimentos percorrem
muitos caminhos; Por que cuidar do ambiente?; Mapas, plantas e
globos mostram a geografia dos lugares; Mapas e caminhos: a
organizao de um roteiro.
Quanto ao ltimo tema, convm um ltimo comentrio. Desde h muito
tempo que o ensino de Geografia associado a mapas e globos
terrestres. Criticado pelo seu uso mecnico, hoje proliferam estudos
e obras que apontam para a formao de mapeadores conscientes e
leitores crticos de mapas. Trata-se, portanto, de uma proposta de
alfabetizao cartogrfica, com incio no 1 ano e sem data para se
encerrar, envolvendo em particular a construo de legenda, bem como
o desenvolvimento da lateralidade, uso de referenciais da paisagem
e da orientao, alm do trabalho envolvendo proporo e escala. Embora
esses elementos possam ser tomados como contedos, at porque a
criana necessita apropriar-se desses saberes, a cartografia tida
como uma das linguagens
da Geografia. Isso significa afirmar que os mapas e plantas
devem ser incorporados ao trabalho pedaggico das aulas da
disciplina e utilizados cotidianamente em sala de aula. Cumpre
destacar que o mapa permite que se tenha uma viso de conjunto dos
espaos e que se opere importantes raciocnios geogrficos a partir de
sua leitura e interpretao.
Consideraes sobre a avaliao
Considerando-se que avaliar estabelecer objetivos e viabiliz-los
metodologicamente, no custa lembrar que a avaliao algo muito, mas
muito mais amplo que a simples aplicao desse ou daquele instrumento
de avaliao. Na realidade, trata-se de um processo, de um conjunto
de procedimentos que inclui a escolha ou seleo criteriosa dos
contedos, a organizao
adequada dos recursos e meios didticos, a opo pela metodologia
do ensino que melhor condiz com as peculiaridades da turma e com as
especificidade dos contedos ministrados, a definio dos instrumentos
avaliativos, bem como os critrios de avaliao a serem seguidos.
Contudo, de nada adiantam esses procedimentos, se a unidade escolar
como um todo no tiver clareza de seu projeto, mas de um projeto
pedaggico que aponte para a avaliao da aprendizagem com funes bem
definidas, dentre elas, a de aprofundamento da aprendizagem e de
motivar o crescimento .
Nesse contexto, que o contexto de uma avaliao contnua e
diagnostica, necessrio frisar que a nota ou o conceito no podem ter
um efeito coercitivo ou disciplinador. Ao contrrio, o ensino tem
que apontar para a autonomia intelectual e moral das crianas. Sendo
assim, no encaminhamento dos contedos, necessrio criar situaes que
permitam a troca de pontos de vista entre as crianas e os
professores. Sim ou no e certo ou errado devem ceder lugar a
questionamentos relativamente simples, mas que conduzem a criana a
uma explicao de seu raciocnio, a uma apresentao de seus
argumentos.
Trabalho em duplas
Data de entrega: ___/___/2011 Valor: ______
Faa uma anlise do texto das Diretrizes
curriculares de Geografia para a Educao Bsica, comparando-o com
o texto Orientaes pedaggicas para os anos iniciais do Ensino
Fundamental, no que se refere ao histrico da disciplina.
Por que devemos ensinar Geografia hoje?
Quais as consideraes metodolgicas que devemos conhecer para no
cairmos no tradicionalismo?
Quais os fundamentos da avaliao em Geografia propostos no
texto?
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O que ensinar em Geografia do Paran
Elencar uma lista de contedos, considerados como minimamente
necessrios para que os alunos "conheam" a Geografia do Paran, pode
ser tarefa fcil para o professor que acredita na "educao bancria".
Para aqueles que aceitaram o desafio de refletir sobre sua prtica
de ensino e assumir a pesquisa como princpio educativo, duas
questes colocam-se para discusso:
A compreenso de que no h inocncia na seleo de contedos de um
currculo.
A necessidade de problematizar os contedos escolares, essencial
numa perspectiva de ensino apoiada na pesquisa, onde todos devem se
sentir envolvidos e mobilizados para resolver o problema.
Sobre a primeira questo, extremamente complexa e importante, no
cabe neste estudo detalh-la, pois para isso seria necessrio
discutir teoria do currculo. Apenas lembramos que os contedos
escolares de uma disciplina so construes histricas, e polticas.
A Geografia (escolar e acadmica) j teve posturas polticas
bastante distintas, antagnicas at, manifestadas nos saberes que
disponibilizou sociedade, por meio das publicaes cientficas e da
seleo de contedos presentes nos livros e prticas didtico-escolares.
Ora enfatizando a abordagem da dinmica da natureza, ora quase
ignorando essa abordagem, a Geografia j se apresentou como "cincia
dos lugares", "cincia de contato entre o natural e o social" e como
"cincia humana". Para cada uma dessas auto-imagens e/ou identidade
existe um posicionamento poltico e uma viso de mundo prprios.
Temos, portanto, clareza da impossibilidade de neutralidade
poltica quando organizamos uma seleo de contedos disciplinares e
propomos uma determinada maneira de abordagem terico-metodolgica.
Dessa perspectiva, acreditamos no ensino de uma Geografia que se
prope a alfabetizar o sujeito para a leitura crtica do espao
geogrfico.
Desse ponto de vista e na tentativa de sugerir o que ensinar em
Geografia do Paran, utilizaremos a expresso Contedos Estruturantes
para nos referirmos aos saberes que identificam o campo de estudos
de uma determinada disciplina escolar. A
partir dos desdobramentos desses saberes em contedos escolares
pontuais, fica garantida a abordagem do objeto de estudo daquela
disciplina, em toda sua complexidade.
Esses saberes - contedos estruturantes ou grandes temas - foram
delimitando o campo de estudos da Geografia ao longo da construo
histrica dessa disciplina. O surgimento, o desa-parecimento e/ou a
ressignificao desses saberes esto relacionados com os diferentes
perodos histricos e as transformaes sofridas pelo mundo."1
Por exemplo, a natureza e a sociedade2 sempre foram consideradas
temas fundamentais para a compreenso do objeto da Geografia, o
espao geogrfico. No entanto, as nfases c as diferentes abordagens
terico-metodolgicas dadas a cada um desses temas e relao
estabelecida entre eles ressignificaram-nos mais de uma vez,
permitindo diferentes leituras do espao geogrfico. Se, no incio do
sculo XX, ainda era concebido ensinar a natureza separada do ensino
da sociedade, desdobrando-as em contedos escolares pontuais (como
estudo do relevo, do clima, da vegetao, por um lado, e estudo da
composio populacional da sociedade, dos indicadores produtivos e
econmicos. por outro), nos dias atuais essa abordagem deve ser
superada. A Geografia de hoje fala da problemtica scio-ambiental3.
entendendo que os estudos sobre a relao sociedade natureza devem se
dar de forma no dicotmica. Isso porque, no atual perodo histrico,
as aes humanas sobre a natureza so amplamente questionadas,
discutidas e suas conseqncias podem afetar algumas delas
1 Lembramos que no final dos anos 60 a Geografia
tomou como contedo escolar o tema Universo. Naquele momento
histrico, em que o Homem conquistava a Lua, esse contedo curricular
dava Geografia escolar um vinculo maior com um saber acadmico de
extremo valor cientfico/poltico. 2 Alguns autores consideram-nos
conceitos
estruturantes. Segundo Spsito (2004), na verdade, um contedo
pode tornar-se conceito e vice-versa, de acordo com o olhar
filosfico do momento em que for abordado. 3 Cabe destacar tambm a
perspectiva cultural da
geografia como um olhar para a relao sociedade-natureza.
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imediatamente - todo o planeta.4 Dessa perspectiva,
sugerimos,
arbitrariamente, os seguintes contedos estruturantes para o
trabalho com o ensino da Geografia do Paran.
Relao de contedos estruturantes:
A relao Sociedade-Natureza - explorao econmica - na ocupao do
espao paranaense: a formao das macro-regies;
Processo produtivo na organizao espacial do Paran Rural e
Urbano;
Aspectos demogrficos da organizao espacial do Paran;
A questo scio-ambiental no Paran hoje.
Esses contedos estruturantes devem ser permeados pelos conceitos
de Sociedade e Natureza, Espao e Tempo, enquanto pares dialticos,
numa abordagem que enfatize constan-temente a relao
local-nacional-global.
Algumas consideraes sobre as linguagens da Geografia
A especificidade da Geografia diante das
outras disciplinas o estudo da espacializao dos fenmenos, o que
requer o uso de mais de um tipo de linguagem para apresentar os
dados e expressar suas anlises.
Inicialmente, eram as longas narrativas convivendo com a
cartografia. Hoje, o espao geogrfico analisado em textos com
embasamento filosfico, sociolgico e histrico que convivem com
sofisticadas imagens de satlite. Em resumo, a Geografia sempre fez
uso da linguagem da palavra e da linguagem cartogrfica (desde a
pictrica at as derivadas de tecnologia de satlite).
A questo que essas linguagens estabeleceram uma comunicao muitas
vezes frgil entre si, na academia e, de maneira mais acentuada,
4 Da mesma forma, grandes catstrofes naturais, nos
dias de hoje, podem prejudicar um nmero muito maior de pessoas
do que em tempos remotos. Assim, tanto o respeito para com a
dinmica da natureza no sentido da sustentabilidade, quanto a
preveno e a previso dos fenmenos naturais catastrficos devem estar
na pauta de preocupaes da humanidade e na pauta de discusso do
profissional de Geografia.
na escola. FONSECA e OLIVA (1999) afirmam que h uma "bolha de
incomunicabilidade" entre o profissional de Geografia que se dedica
ao estudo da linguagem cartogrfica (imagem de satlite, fotos areas,
mapas, etc.) e aquele que se dedica ao estudo da palavra, que se
debrua sobre as renovaes tericas da Geografia.
Na escola, essa incomunicabilidade entre as linguagens da
Geografia manifesta-se na prtica pedaggica do professor e nos
livros didticos que, via de regra, apresentam mapas e textos, mas
no os colocam em dilogo. Em geral, os mapas (assim como as figuras,
tabelas, fotos, desenhos) apenas ilustram o texto. Porm, as
possibilidades de trabalho com mapas so muito mais amplas e podem
servir, tambm, como um recurso problematizador de um contedo a ser
desenvolvido.
Como linguagem, os mapas explicitam e escondem coisas, e as
projees cartogrficas portam discursos subliminares. Nem sempre (ou
quase nunca) essa leitura cartogrfica crtica aparece associada ao
texto do livro didtico. A reside a incomunicabilidade mencionada.
Essa questo pode ser enfrentada pelo professor com o uso da
cartografia como outra linguagem geogrfica - e no como uma mera
habilidade tcnica da qual os alunos devem apropriar-se.
Sabemos das dificuldades que se colocam para esse tipo de
metodologia de ensino e duas merecem detaque: a formao inicial
precria do professor nesse saber cientfico e pedaggico e o fato de
os alunos chegarem s sries finais do Ensino Fundamental (6a a 9a
sries) no alfabetizados para a leitura cartogrfica. Assim, o ensino
de Geografia enfrenta dois tipos de entrave no que se refere a um
trabalho significativo com a linguagem cartogrfica: primeiro, o
aluno no sabe ler o mapa; segundo, o mapa no colocado em dilogo com
o texto.
Simielli (1999, p.95-97) nos orienta quanto ao que esperar da
leitura cartogrfica dos alunos da Educao Bsica. Para a autora, com
alunos de 1 a 5 sries inicia-se a alfabetizao cartogrfica. Nesse
momento o aluno comear seu contato com a simbologia e com as
tcnicas da elaborao de mapas (simples) para comear a l-los:
Na 5 e 6 sries, o aluno vai trabalhar com alfabetizao
cartogrfica e eventualmente na 6 srie ele j ter condies de estar
trabalhando com anlise/localizao e com
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a correlao. No ensino mdio, teoricamente o aluno tem condies
para trabalhar com anlise/localizao, com a correlao e com a sntese.
[ ... ] 1) Localizao e anlise - cartas de anlise, distribuio ou
repartio, que analisam o fenmeno isoladamente. 2) Correlao -
permite a combinao de duas ou mais cartas de anlise.
3) Sntese - mostra as relaes entre vrias cartas de anlise,
apresentando-se em uma carta-sntese.
No quadro seguinte, a autora detalha de quais saberes o aluno
deve apropriar-se, gradativamente, para que ao final da Educao
Bsica seja um bom leitor de mapas. Observa-se que as aquisies a que
a autora se refere so especficas da linguagem cartogrfica.
Aquisies Simples Aquisies Mdias Aquisies Complexas
Conhecer os pontos cardeais
Medir uma distncia sobre uma carta com uma escala numrica
Estimar uma altitude entre suas curvas hipsomtricas
Saber se orientar com uma carta
Estimar um ponto da curva hipsomtrica
Saber utilizar uma bssola
Encontrar um ponto sobre uma carta com as coordenadas ou com o
ndice remissivo
Analisar a disposio de formas topogrficas
Correlacionar duas cartas simples
Encontrar as coordenadas de um ponto
Analisar uma carta temtica representando um s fenmeno (densidade
populacional, relevo, etc.)
Ler uma carta regional simples
Saber se conduzir com uma planta simples
Reconhecer e situar as formas de relevo e de utilizao do
solo
Explicar a localizao de um fenmeno por correlao entre duas
cartas
Extrair de plantas e cartas simples uma s srie de fatos
Saber diferenciar declives Elaborar uma carta simples a partir
de uma carta complexa
Saber calcular altitude e distncia
Saber reconhecer e situar tipos de clima, massas de ar, formaes
vegetais, distribuio populacional, centros industriais e urbanos e
outros
Elaborar uma carta regional com os smbolos precisos
Saber se conduzir com um mapa rodovirio ou com uma carta
topogrfica.
Saber elaborar um croqui regional simples (com legenda fornecida
pelo professor)
Saber levantar hipteses reais sobre a origem de uma paisagem
Analisar uma carta temtica que apresenta vrios fenmenos
Saber extrair de uma carta complexa os elementos
fundamentais
Fonte: SIMIELlI, M. E. A Cartografia no Ensino Fundamental e
Mdio. In CARLOS, A. F. A. A Geografia na Sala de Aula. So Paulo:
Contexto, 1999 (modificado).
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Nossa proposta que o professor-pesquisador aproxime a linguagem
cartogrfica da linguagem textual, terica, utilizando o mapa como
instrumento de problematizao de um contedo. Sabemos que para isso o
aluno dever estar alfabetizado para a cartografia. Mas, ainda que
esse aluno s tenha se apropriado dos saberes (aquisies) simples,
ser possvel ao professor elaborar um problema, a partir de uma
determinada leitura cartogrfica, que o mobilize para a pesquisa de
um determinado contedo.
Quanto mais complexa for a capacidade de leitura cartogrfica dos
alunos, mais poderemos pensar na utilizao da linguagem cartogrfica
para alm da problematizao inicial do contedo, mas como forma final
de apresentao dos resultados da pesquisa. Sendo assim, a
alfabetizao/interpretao cartogrfica merece uma ateno especfica e
constante no ensino da Geografia.
Avaliao
Historicamente, a avaliao vista por grande parte dos
profissionais da educao como um momento delicado do processo
ensino-aprendizagem. Porm, temos autores que fizeram belos
trabalhos nos quais mostram, com clareza, a relao entre a avaliao e
o autoritarismo.
Cabe a ns trazermos para nossa prtica pedaggica reflexes daquela
ordem e aproxim-la de
nossos objetivos de ensino-aprendizagem como professores de
Geografia.
Destacaremos, neste tpico, apenas quatro reflexes iniciais sobre
a avaliao:
realizar a avaliao do aluno no conjunto da classe, mas valorizar
tambm a prpria trajetria do aluno, considerando a diversidade de
contextos sociais, familiares e individuais:
ler resultados de desempenhos dos alunos, nas avaliaes, como
ponto de partida para avaliar escola e o professor:
valorizar vrios instrumentos de avaliao:
ser coerente nos critrios de avaliao, relevncia dos contedos
estruturantes e das categorias analticas.
A partir de agora, apresentaremos uma tentativa de estabelecer
relaes entre contedos estruturantes e critrios de avaliao para o
ensino da Geografia do Paran. Nessas relaes pretendemos explicitar
o que o aluno deve apreender cognitivamenre dos conceitos
geogrficos presentes naquele contedo estruturante.
Relao de contedos estruturantes e seus critrios de avaliao -
Geografia do Paran
Contedos estruturantes Critrios de avaliao
Natureza e explorao econmica na ocupao do espao paranaense: a
formao das macro-regies;
- Entende como ocorreu, no processo de ocupao do territrio
paranaense, a apropriao dos recursos naturais. - Compreende que a
forma como a "primeira natureza" foi apropriada resultou em
configuraes espaciais diferenciadas (macro-regies).
Processo produtivo na organizao espacial do Paran Rural e
Urbano;
- Reconhece que os aspectos econmicos de uma sociedade
capitalista influenciam a organizao do espao urbano e rural. -
Identifica as diferenas, semelhanas e interdependncias na organizao
dos espaos urbanos e rurais.
Aspectos demogrficos da organizao espacial do Paran;
- Entende que a mobilidade populacional reflexo de diferentes
questes socioeconmicas e histricas. - Relaciona a mobilidade
populacional com as tenses entre cidade-campo. - Identifica a
diversidade tnico-cultural na organizao do espao.
A questo scio-ambiental do Paran
- Reconhece as interferncias econmicas e polticas nas aes
ambientais positivas e negativas. - localiza, diferencia e analisa
criticamente os espaos de preservao, conservao e degradao no Estado
do Paran.
Fonte: Tabela elaborada pelas autoras, baseadas na proposta do
Currculo Bsico de Curitiba, 1991.
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Lembramos que os contedos estruturantes podem ser desmembrados
em muitos outros contedos especficos e Iocacionais, e que todos
exigem critrios de avaliao correspondentes. Para tanto, cada regio
do Estado pode dar, a partir desta tabela-sugesto, nfases
diferenciadas aos contedos escolares que so mais significativos
para abordagem da geografia local. Destacamos a importncia de que,
ao elaborar uma tabela especfica, o professor deve ter como meta
garantir a relao entre o local (sua regio, municpio. bairro) com
espaos mais amplos (do estadual ao global) REFERENCIA: SCORTEGAGNA,
Adalberto (org.) Paran: espao e memria. Curitiba: Ed. Bagozzi,
2005. P. 369-372; 386-391.
ALFABETIZAO CARTOGRFICA: O USO DE MAPAS
Adaptado por: Sandra Fagionato Ruffino, Slvia Martins e Andr
Salvador
Tpicos
Introduo 1. Desenvolvimento das primeiras noes de referncia
espacial (lateralidade) 2. Construo das primeiras representaes
espaciais (o corpo) 3. Representando espaos conhecidos; 4. Construo
de mapas bsicos 5. Elaborao de mapas temticos 6. Trabalhando com
escalas 7. Orientao atravs de pontos cardeais
Introduo
Os mapas so representaes grficas do espao constitudas por 3
elementos bsicos:
escala, projeo simbologia
Resultam de um conhecimento acumulado de informaes e tcnicas
desenvolvidas por uma sociedade. Esto presentes em Atlas, revistas,
jornais e noticirios de TV, gabinetes de polticos e empresrios. So
usados por economistas, urbanistas, engenheiros, militares e outros
profissionais, bem como por turistas. So, portanto recursos
bastante importantes para localizar, informar ou orientar-se no
espao, desde que o indivduo saiba interpret-lo.
A utilizao de mapas pressupe, por parte dos alunos, capacidade
de abstrao, pois representam realidade atravs de smbolos. No uma
tarefa simples, sendo necessrio desenvolver algumas habilidades e
conhecimentos; atividades como pintar estados, pases e municpios,
copiar mapas ou colocar nomes em rios so tarefas mecanicistas que
no levam formao de conceitos da linguagem cartogrfica. Segundo
Almeida (1994) esse trabalho de interpretao deve iniciar pela
construo de seu prprio mapa com a codificao dos elementos do espao
ao seu redor para, posteriormente ler os mapas feitos por outras
pessoas.
Dessa forma, para este mdulo propomos um trabalho a ser
desenvolvido de forma lenta e gradual a fim de que os alunos
construam as relaes espaciais, tomando conscincia do mundo fsico e
social. No incio o aluno age como mapeador: representa a realidade
fsica e social atravs de smbolos convencionados por ele e pela
classe. Quando adquire a conscincia da representao, torna-se um
usurio, aquele que l e inte