APRESENTAÇÃO PLANO DE ENSINO-APRENDIZAGEM CIÊNCIA E CONHECIMENTO A LEITURA E A PRODUÇÃO DE TEXTOS FORMAS DE ELABORAR CITAÇÕES E REFERÊNCIAS DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE TRABALHOS REFERÊNCIAS RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DE AUTOAVALIAÇÃO ESTRUTURA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS SUMÁRIO RÁPIDO 5 30 8 98 102 80 6 66 18 Metodologia científica
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
PLANO DE ENSINO-APRENDIZAGEM ...........................................................6
UNIDADE 1 CIêNCIA E CONhECIMENTO .....................................................8SEçãO 1 A NATUREZA DO CONhECIMENTO .................................................................................9
SEçãO 2 MÉTODO E TÉCNICA ................................................................................................. 14
UNIDADE 2 A LEITURA E A PRODUçãO DE TExTOS ......................................18SEçãO 1 DIRETRIZES PARA LEITURA, ANáLISE E INTERPRETAçãO DE TExTOS ................................. 19
SEçãO 2 TÉCNICAS PARA REDIGIR TExTOS ................................................................................ 23
UNIDADE 3 FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS .......................30SEçãO 1 ELABORAçãO DE CITAçõES ........................................................................................ 31
SEçãO 2 NORMA GERAL PARA INDICAçãO DE AUTORES NAS CITAçõES ........................................... 36
SEçãO 3 FORMAS DE APRESENTAçãO DAS REFERêNCIAS .............................................................. 45
SEçãO 4 OUTRAS NORMAS PARA INDICAçãO DE AUTORIA NAS REFERêNCIAS .................................. 60
UNIDADE 4 DIRETRIZES PARA ELABORAçãO DE TRABALhOS ........................66SEçãO 1 PRáTICA DA DOCUMENTAçãO .................................................................................... 67
SEçãO 2 DIRETRIZES PARA ELABORAçãO DE TRABALhOS ........................................................... 71
UNIDADE 5 ESTRUTURA DE TRABALhOS CIENTíFICOS ..................................80SEçãO 1 ESTRUTURA E APRESENTAçãO DE TRABALhOS CIENTíFICOS ............................................. 81
SEçãO 2 ELEMENTOS PRÉ-TExTUAIS ........................................................................................ 85
SEçãO 3 ELEMENTOS TExTUAIS .............................................................................................. 91
SEçãO 4 ELEMENTOS PóS-TExTUAIS ........................................................................................ 94
RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DE AUTOAVALIAçãO ...................................... 102
SEJA BEM-VINDO à DISCIPLINA METODOLOGIA CIENTíFICA!
Este material didático corresponde à disciplina de Metodologia Científica. Ele foi elaborado visando a uma aprendizagem autônoma; os conteúdos foram cuidadosamente selecionados, e a linguagem utilizada facilitará seus estudos a distância.
AdisciplinadeMetodologiaCientíficaéimportantíssimaparaasuavidaacadêmica; os conteúdos apresentados servirão de base para todo o curso e,também,paraasuaatuaçãoprofissional.Portanto,énecessárioquevocê dedique um tempo para a leitura do material e realize as atividades de autoavaliação,queseencontramaofinaldecadaunidade.Asatividadesdeautoavaliação não devem ser encaminhadas ao professor tutor, elas foram elaboradasafimdefacilitarseusestudosetestarseusconhecimentosapósotérminodaleituradecadaunidade.Aofinaldomaterial,vocêencontraráogabaritoparaverificarassuasrespostas.
Quando falamos em Educação a Distância, não quer dizer que você estará sozinho nos seus estudos; lembre-se de que poderá contar, sempre que precisar, com a ajuda do professor tutor.
Desejamos que tenha muito sucesso nessa disciplina e em todo o curso.
Bons estudos!
APRESENTAÇÃO
5
PLANO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
Ciência e tipos de conhecimento. Métodos de estudo.
Métodos e técnicas de elaboração e apresentação de
trabalhos científicos (projetos, relatórios e artigos), de
acordo com as normas da ABNT.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
OBJETIVO GERAL
EMEN
TÁR
IO
FORMAS DE AVALIAÇÃO
Avaliação G1, composta por atividades realizadas a distância,
com peso 4. As atividades, que se encontram descritas no Guia do Aluno,
A avaliação será composta por:
6
LEVAR o aluno a compreender os conceitos básicos sobre ciência e método científicoparaaelaboraçãodetextosdepesquisa,obedecendoàsnormasda ABNT.
DESPERTAR no aluno, desde o começo de seu curso, o interesse pela pesquisa e, assim, educá-lo a pensar e raciocinar de forma crítica.
hABILITAR o aluno para a leitura crítica da realidade e a construção do conhecimento.
INSTRUMENTALIZAR o aluno para que, a partir do estudo, possa elaborar trabalhos acadêmicos de acordo com as normas técnicas.
OPORTUNIZARaoalunoassumirumcomportamentocientífico,paraqueseja capaz de construir textos por meio da pesquisa.
É fundamental que você leia as unidades de estudo desta disciplina para realizar as atividades avaliativas!
serão desenvolvidas por meio do Portal de Ensino, na opção Aula on-line; poderão constituir atividades de interação,pesquisae/ouavaliação.
Avaliação G2, que compreende uma prova presencial sobre todo o conteúdo da disciplina, com peso 6.
PLANO DE ENSINO-APRENDIZAGEM 7
PLA
NO
DE
EN
SIN
O-A
PR
EN
DIZ
AG
EM
ASSOCIAçãO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, várias normas.
FAChIN, Odília. Fundamentos da metodologia. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas,
2003. 311 p.
LÜCKMANN, Luiz Carlos; ROVER, Ardinete; VARGAS, Marisa. Diretrizes para elaboração de trabalhos científicos: apresentação,elaboraçãodecitaçõesereferênciasdetrabalhoscientíficos.3.ed.rev.eatual.Joaçaba:Ed.Unoesc,
2009.104p.(Metodologiadotrabalhocientífico).
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. rev. e ampl. São Paulo: Cortez, 2006. 279 p.
EVENTO ATIVIDADE DATA
Início da disciplina Leroplanodeensino-aprendizagem.Verificarorientações iniciais do professor tutor
___/___
Unidades de estudo
Estudar a Unidade 1 ___/___
___/___
___/___
___/___
___/___
___/___
Estudar a Unidade 2
Estudar a Unidade 3
Estudar a Unidade 4
Estudar a Unidade 5
Realizar as atividades de autoavaliação
Aulas virtuaisParticipar do encontro virtual: discussão dos conteúdos e orientações para o desenvolvimento das atividades da disciplina
___/___
___/___
Atividades de avaliação
___/___
___/___
___/___
Término da disciplina Encerramento das atividades da disciplina ___/___
Avaliaçãopresencial−G2 ___/___
Avaliação presencial de 2ª chamada ___/___
Avaliaçãopresencial−G3 ___/___
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
CRO
NO
GRA
MA
DE
ESTU
DO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
ROTEIRO DE ESTUDO
Ao terminar a leitura desta unidade, você deverá ser capaz de:
COMPREENDER a importância dos diferentes níveis de conhecimento e saber diferenciá-los;
De diversas maneiras, o ser humano toma conhecimento do mundo,
pois, constantemente, sente a necessidade de compreender e explicar os fatos, e a relação do homem com a realidade passa a ser de curiosidade.
A situação de desconhecimento deixa o homem em um estado desconfortável; por isso, ele busca frequentemente a verdade das coisas e do mundo como um meioessencialparaasuaprópriaexistência. Sendo um ser racional, o homem utiliza-se da razão para seu crescimento intelectual e material, sempre conquistando novas verdades fundamentais à continuidade da vida, superando os desafiosquesurgem.
Mas como o ser humano busca o conhecimento?
Muitas vezes, não temos clareza sobre os tipos de conhecimento que utilizamos para resolver determinados problemas; por isso, é importante conhecer os quatro tipos de conhecimento que são fundamentais: senso comum, científico, filosófico e teológico.
Ohomempré-históricotinhamedoporquenãoconseguiaentenderosfenômenos da natureza. Durante algumas gerações foi assim, mas, no decorrer do tempo, o homem passou do medo à tentativa de encontrar explicações para os fenômenos da natureza, buscando respostas em suas crenças e magias.
Ascrençasemagiasnãoforamsuficientes.Ossereshumanosevoluírampara a busca de respostas por caminhos que pudessem ser comprovados, nosquaispudessemrefletirsobreasexperiênciasetransmitiraoutros.
A necessidade de saber o porquê dos acontecimentos foi o impulso para a evolução do homem e o surgimento da ciência.
Nesta unidade, você estudará o surgimento da ciência e os diferentes níveis de conhecimento, o que lhe possibilitará entender como o ser humano aprende e utiliza o conhecimento. Você irá perceber a importância do métodoedastécnicasparaarealizaçãodeumapesquisacientífica.
Então, vamos lá?!
Conhecimento do senso comum
VOCê Já TOMOU chá de macela para curar dor de estômago ou fígado? Conforme a crença, a erva deve ser colhida na Sexta-Feira Santa, antes do Sol nascer, para ocorrer a cura.
Suamãeouavójálheproibiucomeruva e melancia ao mesmo tempo por causar dor de estômago?
Esse conhecimento está relacionado às crenças e aos valores, faz parte de antigas tradições; é um conhecimento assistemático, isto é, que não segue um sistema, não é ordenado, não segue métodos, é adquirido independentemente de estudos, pesquisas ou aplicações de métodos de estudos e investigações; é um conhecimento acumulado, durante a existência, de coisas que o homem viu pessoalmente ou ouviu de terceiros e que foi absorvendo e interiorizando (CERVO; BERVIAN, 2002, p. 8-12).
Também chamado de conhecimento empírico ou vulgar, segundo Lückmann, Rover e Vargas (2009, p. 15), o senso comum é caracterizado como um tipo de conhecimento:
superficial- não se preocupa em levantar as causas que originam o fenômeno;
sensitivo - ligado à vivência, às crenças e aos valores das pessoas;
subjetivo - baseia-se nas opiniões/impressõespessoais;
assistemático - não se preocupa em dar explicações fundamentadas na realidade;
ametódico- interpreta a realidade de forma direta e espontânea, sem aplicação de um método;
acrítico - fundamenta-se em opiniões individuais.
O conhecimento do senso comum é guiado pelo que adquirimos na vida cotidiana ou ao acaso, servindo-nos da experiência do outro; às vezes ensinando, às vezes aprendendo, em um processo intenso de interação humana e social.
Caso você conheça outros exemplos de conhecimento empírico, descreva-os.
Para qualquer ser humano, a proporção maior de conhecimentos pertence ao nível do conhecimento empírico, oriundo do senso comum. LakatoseMarconi(2003)definemsenso comum como algo que vem da experiência do dia a dia, os conhecimentos que se desenvolvem a partir do cotidiano ou da necessidade.
No empirismo, portanto, o conhecimento provém da experiência vivida, não comprovada cientificamente.Ocientíficoéoquevem a provar, comprovar, descobrir e, também, solucionar muitos problemas que o empirismo não conseguiu resolver.
METODOLOGIA CIENTíFICA10
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
Conhecimento científico
QUAL É A SUA percepção sobre a expressão “comprovado cientificamente”?
É provável que você acredite na eficáciadoprodutocomessaafirmação,porconsiderarqueeletenha sido testado, analisado e verificadopormeiodemétodosetécnicascientíficas.
Lembra-se do chá de macela que é usado para curar dor de estômago?
Paraafirmarqueaingestãodessechá determina o desaparecimento do sintoma dor de estômago, é precisoestudar,verificararelaçãode causa e efeito e o princípio ativo do chá de macela que cura a dor de estômago, ou seja, comprovar cientificamente.
Diferente do conhecimento do senso comum,oconhecimentocientíficoéo conhecimento real e sistemático, isto é, que segue um sistema, é ordenado, provém de métodos, épróximoaoexato,procurandoconhecer, além do fenômeno em si, as causas e leis. De acordo com Lückmann, Rover e Vargas (2009, p. 16), esse conhecimento opõe-se às característcas do senso comum porque:
é factual - estuda a natureza dos fatos como acontecem;
émetódico- é elaborado a partir da aplicação de um método;
é analítico - analisa os fenômenos em partes e suas relações;
é sistemático - busca compreender a realidade;
partedosfatosespecíficospara compreender a sua universalização;
éverificável- submete-se à comprovação;
é explicativo e interpretative - busca a origem dos fatos;
é falível e aberto - suas conclusõesnãosãodefinitivas,podem ser refutadas ou revistas.
Oconhecimentocientíficobusca,demaneiraorganizadaemetódica,descrever e explicar um fato ou acontecimento; faz questionamentos e procura explicações sobre os fatos, por meio de procedimentos que possam levar ao resultado com comprovação; não é considerado como algo pronto, acabado e definitivo,buscaconstantementeexplicações, soluções, revisões e reavaliações de seus resultados, pois, segundo Cervo e Bervian (2002), a ciência é um processo em construção.
Ciênciasignificaconhecimento.Cervo e Bervian (2002, p. 16) afirmamque“Aciênciaéummodode compreender e analisar o mundo empírico, envolvendo o conjunto
de procedimentos e a busca do conhecimentocientíficoatravésdousodaconsciênciacrítica[...]”
CIêNCIA E CONhECIMENTO 11
CIê
NC
IA E
CO
Nh
EC
IME
NTO
Mas o que é ciência?
Conhecimento filosóficoQUANTAS VEZES VOCê já parou para refletirsobreoseucomportamentodiante de uma situação? Você está filosofando,quandofazreflexõessobre a vida, sobre a ética, sobre a moral, sobre princípios!
Afilosofiaprocuracompreenderarealidade em seu contexto universal. Nãohásoluçõesdefinitivasparaum grande número de questões, mas habilita o ser humano a fazer uso de suas faculdades para entender melhor o sentido
METODOLOGIA CIENTíFICA12
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
Oliveira (2002, p.-47)defineaciência como o estudo, com critérios metodológicosdasrelaçõesexistentesentre causa e efeito de um fenômeno qualquer, no qual o estudioso se propõe a demonstrar a verdade dos fatos e suas aplicações práticas. É uma forma de conhecimento sistemático dos fenômenos da natureza, fenômenos sociais, biológicos,matemáticos,físicose químicos, para se chegar a um conjunto de conclusões verdadeiras, lógicas,exatas,demonstráveis,pormeio da pesquisa e dos testes.
Você conseguiu entender que a ciência é justamente o conjunto de conhecimentos que se desenvolve, que se acumula, transforma-se e reorganiza-seemrazãodeumalógicaprópriadocomportamentohumano?
Oconhecimentocientíficopromoveuo desenvolvimento da humanidade, proporcionou conforto às pessoas e a cura da maioria das doenças.
Você conseguiria imaginar o mundo sem a eletricidade? De quantas coisas nósseríamosprivados?Detudooquehá à sua volta, o que não existiria se não houvesse a eletricidade?
Foram conhecimentos adquiridos por meiodaexperimentaçãocientíficaque levaram o homem a descobrir a eletricidade e, a partir dela, criar a instalação elétrica, aparelhos, motores, máquinas, etc.
Quanto o homem evoluiu com essa descoberta ou conhecimento científico!
há alguns anos, as pessoas morriam em virtude de doenças, cujas causas eram desconhecidas e, consequentemente, não havia prevenção nem tratamento adequado. Utilizavam-se do conhecimento empírico na tentativa de cura.
hoje, muitas dessas doenças são curáveis (gripe, sarampo, tuberculose, alguns tipos de câncer, etc.) ou até erradicadas (poliomielite – paralisia infantil), em muitos países como o Brasil, graças ao conhecimento científico.
há, no ser humano, a incessante busca de respostas que resolvam seus problemas. Nessa busca, nem sempre a procura é por soluções materiais. às vezes, o homem procura respostas para as inquietações que o incomodam,queolevamàreflexãosobre a vida, sobre o comportamento humano; não é uma questão de encontrar a solução no conhecimento empíricoounocientífico,poisestáprocurando compreender por que as coisas são como são, compreender o sentido do mundo, da vida, das coisas ao seu redor.
Nesse caso, é o conhecimento filosóficoqueajudaohomemachegara um entendimento, já que, às vezes, nossas dúvidas permanecem diante do inexplicável.
da vida concretamente; busca constantemente o sentido da justificação,possibilidadedeinterpretação a respeito do homem e sua existência concreta.
Cervo e Bervian (2002) apresentam algumas questões que ajudam acompreenderasreflexõesdafilosofia.
A máquina substituirá o homem?
As conquistas espaciais comprovam o poder ilimitado do homem?
O que é valor hoje?
Quandofazemosalgumasreflexões,às vezes, as dúvidas não são esclarecidas e permanecemos diante do mistério. A ciência, com todo o seu avanço, não consegue explicar determinadas situações, acontecimentos inesperados; nemafilosofia,comseusgrandespensadores, consegue esclarecer.
Tudo isso que a inteligência humana é incapaz de explicar ou compreender é objeto da fé ou do dogma, ou seja, do conhecimento teológico.
Conhecimento teológico
VOCê TEM FÉ? Em que você acredita, mesmo sem provas, mesmo sem ver? Explique.
Oconhecimentoteológico,deacordo com Silva (2003, p. 36), é produto da fé humana, entendendo fé como uma crença nos fatos sem esperar por provas dos acontecimentos, sem que possamos vê-los. É o estudo de questões referentes ao conhecimento da divindade, implicando sempre uma atitude de fé diante das revelações de um mistério ou sobrenatural, interpretado como mensagem ou manifestação divina.
É um tipo de conhecimento sistematizado, infalível e indiscutível, mas que não pode serverificadocomoconhecimentocientífico,poissãoatosdefé.
Esse conhecimento também está relacionado com um Deus, seja por meio de Jesus Cristo, Buda, Maomé, um Ser invisível, seja qualquer entidade atribuída como ser supremo, dependendo da cultura de cada povo, com quem o ser humano se relaciona por intermédio da fé religiosa.
Agora que você já estudou sobre os tipos de conhecimento, é importante que perceba que oconhecimentocientíficoé empregado durante a vida acadêmica e faz parte da formação científicadoestudante,levaoaluno a desenvolver uma atitude investigativa, em conhecimentos já
DOGMA
caráter de certeza absoluta, indiscutível
em uma doutrina religiosa.
MISTéRIO
tudo o que é oculto, que provoca curiosidade
e busca, pode estar ligado a dados da natureza, da
vida futura, da existência do absoluto, entre
outros.
CIêNCIA E CONhECIMENTO 13
CIê
NC
IA E
CO
Nh
EC
IME
NTO
comprovados, acumulados por outros estudiosos, buscando elementos que darão suporte à análise de sua pesquisa. Assim, além de ampliar
seus conhecimentos, você terá condições de iniciar pesquisas, produzindo novos conhecimentos.
SEÇÃO 2 MéTODO E TéCNICA
Quando você vai comer uma laranja, o que você faz primeiro? Você corta a
laranja em pedaços e depois tira a casca?
É provável que você utilize um método mais fácil para comer uma laranja: primeiro descasca e depois tira os pedaços.
De acordo com Galliano (1986, p. 4-5), qualquer pessoa vive, no seu dia a dia, cercada por métodos em todos os lados, ainda que não os perceba. Ao limpar a casa, você não passa antes o pano molhado e depois varre o chão; ao fazer um churrasco, você não assa primeiro a carne e depois coloca o sal e os temperos; precisa usar o método adequado para atingir um objetivo tão simples.
Mas, o que é método?
Lakatos e Marconi (2003, p. 85) definemmétodocomooconjuntodas atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando nas suas decisões. Para
Oliveira (2002, p. 58), método é um conjunto de regras ou critérios que servem de referência no processo de busca da explicação ou da elaboração de previsões em relação a questões ou problemas específicos.
Porém, antes de desenvolver o método, precisamos estabelecer os objetivos que pretendemos atingir, de forma clara, examinando de maneira ordenada as questões:
O que ocorre?
Onde ocorre?
Quando ocorre?
Como ocorre?
Por que ocorre?
Se você for colocar uma meia e calçar seus sapatos, primeiro calçaosapato,depoisverificaque não é possível pôr a meia já calçado o sapato; assim, é preciso descalçar para então colocar a meia e novamente calçá-lo. Observe a importância de seguir a ordem correta das ações.
Segundo Galliano (1986), ao deixar de seguir a ordem correta das
METODOLOGIA CIENTíFICA14
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
Nesta seção, você verificou que o conhecimento científico depende de investigação, verificação e análise, mas depende, também, da aplicação de métodos e técnicas para chegar a um resultado.Então, vamos estudar o que é método e técnica na próxima seção?!
ações no emprego do método, não alcançamos o resultado na primeira tentativa. Para alcançar o resultado esperado, devemos voltar ao início da sequência e fazê-la de forma correta, ou seja, observar o método, pois, quando o método não é observado, gastamos tempo e energia inutilmente. O método nada mais é do que o caminho para chegarmosaumfim.
O método está presente em qualquerpesquisacientífica,poisé
o instrumento que possibilita aos pesquisadores, independentemente da área da pesquisa, orientações que visam facilitar a realização do trabalho. O método pode ser apresentado como um conjunto de normas que determina o traçado das etapas fundamentais da pesquisa.
Você consegue lembrar outros métodos que estão presentes na sua vida cotidiana? Descreva-os.
Como se classificam os métodos científicos?
Ométodocientíficonãoéumapenas; existem diferentes formas de procedermos para obter resultadoscientíficos,deacordocom Miranda Neto (2005, p. 22-26). Você é quem decide qual é o método mais adequado para a sua pesquisa.
Estudaremos, nesta seção, sobre os métodos indutivo e dedutivo.
O método indutivo é um procedimento do raciocínio que, a partir de uma análise de dados particulares, encaminhamos para as noções gerais. Observe o exemplo apresentado por Fachin (2003, p. 29-31).
Partindo da observação empírica de que a prata é minério condutor de eletricidade e que se inclui no grupo dos metais, ela faz, por sua vez, parte dos minérios. Assim, inferimos por análise indutiva que a prata é condutor de eletricidade.
A prata é um metal; logo, a prata é condutor de eletricidade. Pelo raciocínio dedutivo, se os metais pertencem ao grupo dos condutores de eletricidade, e se a prata conduz eletricidade, necessariamente, entendemos que a prata é um metal.
CIêNCIA E CONhECIMENTO 15
CIê
NC
IA E
CO
Nh
EC
IME
NTO
O método dedutivo parte do geral para o particular. Conforme o mesmoexemplo,aautoraafirmaque
todos os metais são condutores de eletricidade.
METODOLOGIA CIENTíFICA16
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
É importante destacar que os métodos indutivo e dedutivo não se opõem, pois, segundo Fachin (2003,
p. 31), constituem uma única cadeia de raciocínio.
Até o momento, falamos sobre método de pesquisa; agora, vamos falar sobre técnica.
No método de pesquisa, existem as técnicas quepodemserdefinidascomo os diversos procedimentos ou recursos peculiares a cada objeto de pesquisa, dentro das mais variadas etapas do método.
Podemos dizer que a técnica é uma instruçãoespecíficadaação,seuprogresso e alteração ocorrem de acordocomoprogressotecnológicoecientífico;atécnicaespecificacomo fazer (OLIVEIRA, 2002, p. 58).
A técnica da pesquisa trata dos procedimentos práticos que devem ser adotados para realizar um trabalhocientífico,qualquerqueseja o método que se aplique; é o que escreve Miranda Neto (2005, p. 39). A técnica serve para registrar equantificarosdadosobservados,ordená-loseclassificá-los.
Para a realização de uma pesquisa, é necessário o uso de técnicas adequadas capazes de coletar dadossuficientesdemodoquecontemplem os objetivos traçados, conforme foram projetados. há, também, a necessidade de se observar o que vai ser estudado, a quem irá se reportar, quais instrumentos vai utilizar, que podem ser: questionários, entrevistas, observação, formulários, discussão em grupo, entre outros.
E, então, como podemos diferenciar método e técnica?
Método, segundo Galliano (1986, p. 6), é um conjunto de etapas, ordenadamente dispostas, que devem ser vencidas, na investigação da verdade, para se alcançar determinado objetivo. Já a técnica é o modo de fazer de forma hábil, mais segura e correta algum tipo de atividade.
Para entender melhor, leia um exemplo muito interessante que utiliza o método de indução, no livro Aprendendo a aprender: uma introdução à metodologia científica, de Bastos et al. (2002, p. 87-90).
Autoavaliação 1
1 Assinale (V) verdadeiro ou (F) falso para as questões seguintes que tratam do conhecimento científico.
) ( É sistemático, refere-se ao conhecimento controlado por registros e observações.
) ( É assistemático, está relacionado às crenças e aos valores, faz parte de antigas tradições.
) ( São feitos questionamentos e procuradas explicações sobre os fatos, por meio de procedimentos que possam levar ao resultado com comprovação.
CIêNCIA E CONhECIMENTO 17
CIê
NC
IA E
CO
Nh
EC
IME
NTO
2 Relacione a primeira coluna com a segunda.
a) Método
b) Técnica
c) Método indutivo
d) Método dedutivo
) ( parte de uma análise de dados particulares, devidamente constatados, a partir dos quais podemos inferir verdades universais.
) ( parte do geral para chegar à realidade de casos específicos.
) ( conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo – conhecimentos válidos e verdadeiros.
) ( são diversos procedimentos ou recursos peculiares a cada objeto de pesquisa, nas mais variadas etapas do método.
Você consegue diferenciar os tipos de conhecimento? Conseguiu perceber a importância do método para a realização de pesquisa científica? Se necessário, faça uma nova leitura, registre suas dúvidas e encaminhe-as ao professor tutor. Na próxima unidade, vamos verificar as etapas referentes à realização de uma leitura e à importância da leitura para a sua formação acadêmica.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
ROTEIRO DE ESTUDO
UNIDADE 2
A LEITURA E A PRODUÇÃO DE TEXTOS
Aofinaldestaunidade,vocêdeverásercapazde:
DESTACAR a relevância da leitura para o processo de formação do aluno;
COMPREENDER as etapas referentes à realização de uma leitura;
SEÇÃO 1 DIRETRIZES PARA LEITURA, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
Você tem o hábito de ler?
Pode começar a desenvolver esse hábito fazendo uma
leitura sobre assuntos que lhe agradem: ler uma revista de moda, de esportes, um gibi, um jornal, um livro policial, um romance, uma aventura,enfim,qualquerleituraque seja agradável para você!
Na universidade, você será convidadoalertextoscientíficosoufilosóficosqueexigemdisciplinaintelectual para compreender, com proveito, os assuntos abordados. Uma leitura mais aprofundada favorece o seu desempenho na vida acadêmica,profissionale,também,na vida pessoal, aumentando o seu vocabulário e conhecimento sobreascoisas,afinal,vocêpoderáestar em contato com pessoas de conhecimentos e culturas diferentes.Profissionalmente,vocêpode ser prejudicado ou favorecido, dependendo dos conhecimentos adquiridos.Umbomprofissional
precisasabermuitodesuaprofissão,mas também deve ter cultura.
Quem não possui o hábito da leitura precisa desenvolvê-lo, precisa perceber a importância dela para sua vida, pois é difícil uma formação de qualidade sem muita leitura. Para adquirir esse hábito, devemos reservar um tempo diário para ler, selecionar material e local apropriados.
Como você costuma selecionar seu material de leitura?
Seu amigo lhe indica um livro para leitura, você localiza a obra e começa a leitura imediatamente. Apósleralgumaspáginas,vocêpercebe que o texto não é tão agradável, que a linguagem é muito difícil, então desiste da leitura. Isso acontece porque você precisa saber selecionar o texto para a leitura.
Conforme Medeiros (2007, p. 18-20), o rendimento nos estudos depende de organização, ambiente adequado,
PARA INíCIO DO ESTUDO
Quando optamos por um curso superior, aumenta o nosso compromisso de nos tornarmos leitores assíduos dos temas que são tratados em sala de aula e dos acontecimentos que envolvem a sociedade em que vivemos.
Precisamos reservar tempo para a leitura, pois o ato de ler constitui uma atitude fundamental para a nossa formação; é por meio da leitura que podemos obter informações necessárias sobre qualquer área do saber.
Nesta unidade, você estudará sobre as diretrizes para a leitura. É isso que permite a você compreender melhor o conteúdo no momento de fazer a análise e interpretação de textos. Você vai aprender as técnicas de sublinhareesquematizar,umprocessoquepossibilitaidentificarasideiasprincipais das leituras, requisito fundamental para a compreensão do assunto e para a produção de textos.
Então, vamos conhecer algumas técnicas para redigir textos?
METODOLOGIA CIENTíFICA20
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
utilização de técnicas de leitura paramaioreficiência:
é preciso motivação para o estudo - indivíduo desmotivado dificilmenteaprende;
a organização do estudo é fundamental – reservar horas do dia para o estudo e revisão da matéria é prática relevante paraestudoeficaz.Quemempurra o estudo para mais tarde ou outro dia talvez não estejasuficientementemotivadopara estudar; assim, seu aproveitamento é quase nulo;
dispor de material de consulta e pesquisa – ter sempre em mãos bons dicionários, livros de consulta, livros-textos;
analisar a veracidade dos documentos (livros, revistas, jornais, sites, etc.).
Para selecionar um material de leitura, você precisa:
terumobjetivodefinido.Paraque você está lendo? Qual o propósito?;
buscar saber a autenticidade dotexto,verificandoaautoria,época, local, se é documento originaloucópia,porqualviachegou até você. Analise a autoridade dos autores citados;
procurar saber um pouco sobre a biografiadoautorparapercebera visão dele sobre o assunto (geralmente, encontramos na
apresentação ou prefácio do livro);
fazerumatriagem,verificandoa aplicabilidade do conteúdo no momento.
Antes de ler o material que você selecionou, de acordo com Medeiros (2007, p. 19), Cervo e Bervian (2002, p.91),NascimentoePóvoas(2002,p. 29-30) e Galliano (1986, p. 74), primeiro você precisa:
fazer uma leitura de reconhecimento;
olhar a capa e a contracapa;
observar o autor e a orelha do livro (se houver, geralmente apresenta síntese da obra e biografiadoautor);
analisar o sumário, observando os títulos e subtítulos;
verificarasreferênciasindicadaspelo autor para ter uma noção mais precisa sobre as bases nas quais o autor se apoiou;
fazer a leitura do prefácio e da introdução dos livros;
olhar o verso da capa do livro, para depois ler.
No livro, os dados para elaborar uma referência estão contemplados em uma ficha catalográfica, na segunda ou terceira folha; nas revistas, estão nacapa.Façaumacópiadessesdados ou anote, para referenciar aofinaldotexto,quandofazerosapontamentos.
Observe que, tratando-se de um livro, você deve percorrer o capítulo introdutório; no caso de leitura de um capítulo, ler o primeiro parágrafo. Em um artigo de revista ou jornal, geralmente, a ideia estará no título do artigo e nos subtítulos que se apresentarem. Lembre-se de que os primeiros parágrafos, em geral, tratam dos dados mais importantes.
Aficha
catalográficaapresenta todos os
dados de referência da obra,obedecendoaoCódigo
de Catalogação Anglo Americana em vigor.
(PRESTES , 2003, p. 147).
Tipos de análise de textos para leitura
COM CERTEZA, você já sabe que, mesmo com todo o avanço tecnológico,aleituraéamelhorforma para a aquisição do conhecimento. Por intermédio da leitura, podemos ampliar e aprofundar nosso conhecimento sobre determinado campo culturaloucientífico,aumentaro vocabulário pessoal e, por consequência, comunicar nossas ideiasdeformamaiseficiente.
Os maiores obstáculos na aprendizagem, de acordo com Severino (2006, p. 47), estão diretamente relacionados com a dificuldadeencontradapeloalunonacompreensãodetextosteóricos.
Ao fazer uma leitura, que medidas você toma quanto à análise do conteúdo pesquisado?
Os autores Medeiros (2007, p. 99-102), Severino (2006, p. 51-61) e Silva (2003, p. 20-21) assim escrevem sobre os tipos de análise que devemos fazer para facilitar nossa leitura:
a) análise textual – é a leitura de reconhecimento para termos uma visão global do conteúdo, do vocabulário utilizado pelo autor, dos fatos abordados no texto, dos autores citados. Nessa primeira leitura, evite sublinhar o texto. Procure fazer a leitura em etapas, cada capítulo ou unidade de forma separada,afimdecompreendera organização das partes e, depois, do todo, pois nem sempre o título apresenta uma ideiafieldotema.Noentanto,evite um espaçamento de tempo muito grande entre a leitura
das unidades, porque isso pode prejudicar a compreensão da relação entre elas;
b) análise temática – nessa etapa,procuramos“ouvir”oautor para compreender o que o texto fala, pois quando lemos um texto é como se o autor estivesse falando conosco. Avançando um pouco mais, levante a problematização do tema. Pergunte-se: como o assunto está sendo problematizado? Qual o problema a ser resolvido? Essa não é uma tarefa fácil, em geral, essas respostasficamsubentendidas,cabeavocêidentificá-las.Para assimilar e apreender as ideias do autor, preste atenção nas palavras-chave, na ideia principal contida no texto. O autor pode abordar ideias secundárias associadas ao tema central, que você deve perceber na leitura do texto, justamente para saber diferenciar a ideia principal das secundárias; estas poderiam ser eliminadas sem comprometerasequêncialógicado texto. Isso não quer dizer que elas não deveriam estar notexto,significaquesãoinformações complementares que enriquecem o conteúdo, facilitam a compreensão e nos passam conhecimentos. Depois da análise temática, você já pode realizar o resumo do texto com base na síntese das ideias do raciocínio (e não da mera redução de parágrafos) e, também, esquematizar o roteiro lógicoparaaelaboraçãodeseutrabalho;
A LEITURA E A PRODUçãO DE TExTOS 21
A L
EIT
UR
A E
A P
RO
DU
çã
O D
E T
Ex
TOS
METODOLOGIA CIENTíFICA22
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
c) análise interpretativa – nesse momento, buscamos uma compreensão interpretativa do pensamento expresso no texto. Agora, você já é capaz de se apropriar do conhecimento emitido pelo autor, captando, além das ideias enunciadas, as entrelinhas do texto, explorando toda a fecundidade das ideias expostas, percebendo a posição assumida pelo autor referente à temática e estabelecendo comparações com ideias de
outrosautores.Opróximopasso a seguir é a interpretação crítica, a tomada de posição a respeito do texto lido, observando a coerência e a validade dos termos empregados, a profundidade da análise, a relevância e a contribuição do tema abordado e o alcance de suas conclusões.
Observenofluxogramaumasíntesedas etapas de leitura abordadas nessetópico.
LEITURA
ANáLISE TEMáTICA
Determinação do tema-problema
Sequência das ideias do autor
Ideias secundárias
ANáLISE TExTUAL
Leitura de reconhecimento
Definiçãodaunidadedo texto
Vocabulário, crenças do autor, fatos,
esquematização do texto
ANáLISE INTERPRETATIVA
Interpretação das ideias do autor
Leitura das entrelinhas
Associação de ideias e crítica do texto
lido
Fluxograma1–LeituraeficazFonte: adaptado de Silva (2003, p. 21).
Depois das análises dos textos lidos, você será capaz de debater a temática e organizar um novo texto, comredaçãoprópria,discussãoeconsiderações pessoais.
Na universidade, você fará muitas leituras para a realização de trabalhoscientíficos.Paraadquiriro hábito da leitura, devemos selecionar material e local apropriados e reservar um tempo
diário para ler. Visite a Biblioteca da Universidade, observe o acervo de materiais para leitura, tanto impressos quanto digitais e o caminho ideal para localizar livros e demais materiais, para a realização de seus trabalhos. Além disso, na internet, há diversos sites de busca porconteúdosespecíficosquepodem ajudar.
SEÇÃO 2 TéCNICAS PARA REDIGIR TEXTOS
Naredaçãodotextocientífico,Fachin (2003, p. 188) determina que as informações
devemobedeceràordemlógicadoraciocínio, passando para o papel uma linguagem clara e precisa, sem verbalismo inconsistente, podendo seguir estas orientações:
usar frases completas e curtas;
evitar repetições do título na primeira frase;
empregar verbos em terceira pessoa;
coletardadosbibliográficosobedecendo à ordem das informações;
preferir palavras familiares e termos de fácil compreensão;
no rascunho, escrever o que lhe
vier à cabeça; depois, eliminar as partes desnecessárias e dar continuidade à construção do texto;
recorrer à leitura de um amigo, as reações dele poderão ser de grande utilidade;
usar clareza ao expressar as ideias, pois um trabalho científicotemporobjetivoexpressar, e não impressionar;
ter sempre em mãos um dicionário de língua portuguesa;
ter cuidado com termos que expressem qualidade, quantidade, frequência, por exemplo,“bom”,“muito”,“àsvezes”;essestermospodemdar margem a diferentes interpretações.
A LEITURA E A PRODUçãO DE TExTOS 23
A L
EIT
UR
A E
A P
RO
DU
çã
O D
E T
Ex
TOS
Seguem algumas dicas de sites que podem auxiliá-lo na busca de conteúdo na internet:www.google.com.brscholar.google.com.brwww.scielo.brwww.dominiopublico.gov.brwww.periodicos.capes.gov.brIndexação Compartilhada de Artigos e Periódicos (ICAP) disponível no site da biblioteca Unoesc
Essas orientações são muito úteis para que você possa realizar melhor suas leituras, entretanto, é muito importante que você anote todas as informações das obras consultadas e
todos os dados das publicações para fazer a referência de suas fontes de pesquisa.
Muito bem, agora que você já sabe como alcançar os resultados desejados com a leitura, vamos conhecer algumas técnicas para redigir e analisar os textos. Vamos em frente!
O rigor nas regras apresentadas faz dotrabalhoumaatividadecientíficaque deve atender os leitores em
geral, porém a linguagem escrita deveconsiderarseuestiloprópriode escrever.
Anotações
Técnica de sublinhar
QUANDO VOCê REALIZA uma leitura tem o hábito de fazer anotações nos textos selecionados para a realização de suas pesquisas? Faz isso logo na primeira leitura para ganhar tempo? Medeiros (2007, p. 20)define“[...]anotaçõescomooprocesso de seleção de informações para posterior aproveitamento. As anotações devem permitir a redação apartirdelas[...]”Porisso,paramelhor aproveitamento, devemos:
elaborar anotações apenas depois de uma leitura completa do texto;
na releitura, levantar palavras desconhecidas, localizar no
dicionário e anotar à margem do textoosignificado;
destacaraspalavras-chaveapóster compreendido o conteúdo; com essas palavras, é possível construir um texto (MEDEIROS, 2007, p. 20).
A leitura atenta do texto é o primeiro passo para a sua compreensão, e as anotações a partir disso evitam perda de tempo futuro, pois os apontamentos feitos podem servir de base para várias pesquisas.
O USO DESSA TÉCNICA, segundo Salomon (2001, p. 103-104), Oliveira (2003, p. 153) e Medeiros (2004, p. 25), possibilita destacar as ideias principais, as palavras-chave e as passagens importantes de um texto. Em geral, a ideia principal encontra-se na primeira frase. É preciso ler o texto e formular perguntas sobre ele, procurando respondê-las à medida que se lê.
Paraaeficácianousodessatécnica,você poderá seguir alguns passos:
fazer a primeira leitura integral do texto, sem sublinhá-lo;
em uma segunda leitura, sublinhar apenas o que é realmente importante – ideias principais, destaque às palavras-chave. As palavras sublinhadas devem permitir uma releitura do texto, semelhante à leitura de um telegrama;
reconstruir o parágrafo com base nas palavras e expressões sublinhadas;
METODOLOGIA CIENTíFICA24
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
AM
ETO
DO
LOG
IA C
IEN
TíFI
CA
Vamos conhecer algumas técnicas na elaboração de trabalhos para facilitar seus estudos.
Quatro funções básicas têm sido convencionalmente atribuídas aos meios de comunicação de massa: informar, divertir, persuadir e ensinar. A primeira diz respeito à difusão de notícias, relatos e comentários, etc. sobre a realidade acompanhada ou não de interpretações ou explicações. A segunda função atende à procura da distração, de evasão, de divertimento, por parte do público. Uma terceira função é persuadir o indivíduo – convencê-lo a adquirir certo produto, a votar em certo candidato, a se comportar de acordo com o desejo do anunciante. A quarta função – ensinar – é realizada de modo direto ou indireto, intencional ou não, por meio de material que contribui para a formação do indivíduo ou para ampliar seu acervo de conhecimentos, planos, destrezas,etc.(PFROMMNETO,[19--]apudSOARES;CAMPOS,1978,p.111).
Técnica de esquema
SEGUNDO MEDEIROS (2007, p. 22), o esquema deve ser produzido somenteapósanotaçõesdotexto. Nessa técnica, listamos tópicosessenciaisdotexto,comafinalidadedepermitirumavisualização completa do texto. Essa alternativa é uma das melhores formas de estudar. É indispensável uma boa leitura do material para compreendermos o texto e estabelecermos hierarquia em relação às ideias.
O esquema deve conter as ideias do autor, a ideia principal e detalhes
importantes. Para elaborar um esquema, você deverá respeitar algumas características:
não é permitido alterar as ideias do autor, você deve manter fidelidadeaotextooriginal;
parta sempre das ideias mais importantes para construir a estruturalógica;
deveserfuncionaleflexível,mas você pode elaborá-lo de acordo com suas habilidades.
Não existem normas quanto à elaboração de
esquema!Vocêdefineamaneiraparaestruturá-lo.
A LEITURA E A PRODUçãO DE TExTOS 25
A L
EIT
UR
A E
A P
RO
DU
çã
O D
E T
Ex
TOS
não interromper a leitura ao encontrar palavras desconhecidas.Seapósaleituracompleta do texto, as dúvidas persistirem, você deve anotá-las para buscar esclarecimentos (mantenha à vista um dicionário).
A técnica de sublinhar é usada para marcar apenas o texto estritamente necessário, para melhor entender veja o exemplo:
METODOLOGIA CIENTíFICA26
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
Veja algumas dicas úteis para a elaboração de um esquema, segundo hühne (2000):
apósaleituradotexto,atribuir títulos e subtítulos às ideiasidentificadasnotexto,anotando-os às margens;
colocar esses itens no papel como uma sequência ordenada por números (1, 1.1, 1.2, 2, etc.) para indicar suas divisões;
utilizar símbolos para relacionar as ideias esquematizadas, como
setas para indicar que uma ideia leva a outra, sinais de igual para indicar semelhança ou cruzes para indicar oposição, etc.;
é igualmente útil utilizar chaves ou círculos para agrupar ideias semelhantes.
Você pode usar a criatividade para a elaboração do esquema, mas deve sempre obedecer a uma ordem hierárquica para apresentar as parte do conteúdo. Veja os exemplos:
Renascimento
Idade Moderna
Europa
Inspirado na cultura Greco-Romana
Esquema 1: Idade Média (1453-1789) RenascimentoFonte: Colégio Rainha da Paz (1999).
Desenvolvimento comercial urbano-
burguês e centralização do poder
Nova mentalidade
homem ideal
Questionador
Estudioso
Renascimentocientífico Renascimento artístico
Novos métodos:
• Pesquisa
• Observação
• Experiência
• Novas teorias
• Racionalismo
• Otimismo
• Busca da verdade
• Busca da perfeição
• Perspectiva
• Naturalismo
• Representação da realidade
• humanismo
A LEITURA E A PRODUçãO DE TExTOS 27
A L
EIT
UR
A E
A P
RO
DU
çã
O D
E T
Ex
TOS
Esquema 2: Esquema estrutural e dinâmicoFonte:Carneiro([1999?]).
Exemplos dos mais diversos tipos de esquema estão no livro de Salomon (2001, p. 109-113).
O vocabulário caminha paralelamente ao desempenho da leitura; quem pouco lê tem vocabulário reduzido. Assim, faça sempre uma leitura atenta e esteja sempre com lápis à mão para anotar palavras desconhecidas, consultando no dicionário o significado e, sempre que tiver oportunidade, utilize essas palavras em seus textos para incorporar ao seu vocabulário.
1. Grupo
1.1 Estrutura
1.1.2 Essência
1.2.1 Pré-tarefa
1.2.2 Tarefa
1.2.3 Projeto
1.2 Dinâmica
1.2.1.1 Dependência
1.2.1.2 Luta-Fuga
1.2.1.3 Acasalamento
1.1.2.1 Amor 1.1.2.1.1 Tele
1.1.1.1 Individualidade
1.1.1.2 Díade
1.1.1.3 Grupalidade
1.1.1.4 Serialidade
1.1.1.5 Multidão ou Público
1.1.1 Existência
METODOLOGIA CIENTíFICA28
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
Autoavaliação 2
Nestaunidade,verificamosaimportânciadaleituraealgumastécnicasparamelhoraproveitarosestudos, facilitando a assimilação, a memorização e o registro das informações.
Ser líder é diferente de ser administrador, gerente ou chefe. Liderar é lidar com pessoas, administrar é lidar com recursos, papéis, coisas, processos. Um chefe pode ser nomeado numa hierarquia, independentemente de possuir ou não as qualidades necessárias. Você pode ser um gerente e não conseguir ser o líder da equipeepodeserolíderdaequipesemserochefe.[...]Umbomlíderprecisapossuirváriasvirtudes,entreelas:competência(conhecimento,habilidadeseatitude/ação),ética(integridadeehonestidade),entusiasmo,empatia,autoconfiança,sensibilidade,humildade,imparcialidade,saúde,autoconhecimento,motivaçãoeinteligênciaacimadamédia.[...]Éfundamentalquegostedeserelacionarcompessoas,que saiba ouvir e que seja observador. Para se tornar um bom líder é preciso procurar estar preparado, serproativoeserreflexivo.Éimportanteaindaseauto-avaliar,procurarmelhorarcontinuamenteeterentusiasmo e otimismo. (JORDãO, 2004).
Referência:
JORDãO, Sonia. Empreendedorismo e liderança nas empresas. João Pessoa: Portal Administradores NegóciosDigitais, 18mar.2004.Disponívelem:<http://www.administradores.com.br/artigos/empreendedorismo_e_lideranca_nas_empresas/22/>.Acessoem:7jun.2008.
Ideia principal
Ideias secundárias
Palavras-chave
A LEITURA E A PRODUçãO DE TExTOS 29
A L
EIT
UR
A E
A P
RO
DU
çã
O D
E T
Ex
TOS
Nesta unidade, você pôde identificar as características indispensáveis para a realização de uma boa leitura. Atente para elas quando desenvolver uma leitura e para melhor entender os textos. Na próxima unidade, vamos conhecer as normas utilizadas na elaboração de citações e referências, de modo que você possa indicar as fontes de pesquisas quando da elaboração dos seus trabalhos.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
ROTEIRO DE ESTUDO
UNIDADE 3
FORMAS DE ELABORAR CITAÇÕES E REFERÊNCIAS
Aofinaldestaunidade,vocêdeverásercapazde:
CONhECER as normas que norteiam a elaboração de citações e referências;
ELABORAR a citação de informações extraídas de textos publicados por outros autores;
ELABORAR a referência dos conteúdos citados no decorrer de um texto.
Paraaelaboraçãodetrabalhoscientíficos,vocêprecisaconsultarnaliteraturainformaçõessobreoseutemadeestudo,afimdeproporcionarcientificidadeaotexto.Nessaetapa,segundoLückmann,RovereVargas(2009, p. 53), é fundamental fazer citações e a referência da literatura utilizadas na pesquisa, de acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas(ABNT),órgãoquenormatiza,entreoutrosdocumentos,arealizaçãodetrabalhoscientíficos.
Nestaunidade,vamosidentificarasdiferentesformasdesefazerumacitação e de referenciar corretamente os autores que foram citados na elaboraçãodeumtrabalhocientífico.Parafacilitarasuacompreensão,utilizamos exemplos ilustrativos.
Então, vamos à primeira seção sobre elaboração de citações?!
SEÇÃO 1 ELABORAÇÃO DE CITAÇÕES
Conforme a NBR 10520, as citações são informações extraídas de textos publicados
por autores da área investigada e que são utilizadas como fonte de referência (ASSOCIAçãO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002). Citações bem escolhidas enriquecem o trabalho.
Outro aspecto muito importante para o registro das leituras é que
todo conteúdo copiado ou baseado em algum texto ou informação de outro autor deverá referenciar obrigatoriamente a fonte, respeitando-se, dessa forma, os direitos autorais; caso contrário, caracteriza-se o plágio.
há duas formas de se fazer citação: direta ou indireta; em casos eventuais, pode ocorrer uma citação de citação.
Citação direta
CITAÇÃO DIRETA CURTA
AS CITAçõES DIRETAS, também chamadas de literais, textuais ou de transcrição, são aquelas que transcrevem exatamente as palavras do autor. Em alguns casos, você pode suprimir palavras
ou trechos do texto citado. Você vai utilizar uma citação direta quando for absolutamente essencial transcrever as palavras do autor.
As citações diretas podem ser curtas ou longas.
Compreende trechos de até três linhas, mantendo-se exatamente as palavras do autor. A citação direta
curta é usada no corpo do trabalho, apresentada entre aspas duplas.
FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS 31
FOR
MA
S D
E E
LAB
OR
AR
CIT
Aç
õE
S E
RE
FER
êN
CIA
S
Plagiar
significaassinarou apresentar como sua obra artística ou científicadeoutrem.(FERREIRA, 2004).
CITAÇÃO DIRETA LONGA
Se a citação apresentar mais de três linhas, chamamos de citação direta longa. Da mesma forma que nas citações diretas curtas, você deverá manter exatamente as palavras do autor. A citação direta
longa deve ser destacada com recuo de 4 cm a partir da margem esquerda, com letra menor que a utilizada no texto, sem aspas, com espaço simples entrelinhas.
CITAÇÃO DE CITAÇÃO
Compreende a menção de um trecho de documento já citado em outra obra à qual não tivemos acesso e que tomamos conhecimento apenas por citação de outro autor. Deve ser usada somente na total impossibilidade de acesso ao documento original.
Nesse caso, a autoria deve ser referenciada pelo sobrenome do autor original e, na sequência, entre parênteses, ano e página em
que o autor original escreveu (se houver), seguida da expressão latina apud(quesignificacitadopor)paraindicar a obra da qual foi retirada a citação, depois o sobrenome do autor que fez a citação, em CAIxA-ALTA, ano e página do documento do qual retiramos a citação.
METODOLOGIA CIENTíFICA32
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
A escolha do tema da pesquisa é fundamental, conforme Azevedo (2004, p. 41), “O resultado de uma pesquisa depende da adequada escolha do assunto (tema, objeto, problema) a ser investigado.”
Para explicar a importância do meio ambiente ao se referir sobre o custo social na produção do agrocombustível, cita-se o seguinte trecho de Valero (2008):
Os impactos ao meio ambiente estão sendo ignorados pelos que defendem a substituição do petróleo peloálcool combustível como medida para reduzir o aquecimento global. Um dos processos de produção mais comuns é a queima da palha do canavial, para facilitar o corte manual e aumentar a produtividade do cortador de cana. Essa prática reduz custos de transporte e aumenta aeficiênciadasmoendasnasusinas.
Com aspasno início Com aspas
aofinal
Sem aspasLetra menor
Recuo 4cm
Espaço entrelinhas
simples
Sem aspas
CITAÇÕES DIRETAS COM OMISSÃO DE PALAVRAS
Algumas palavras podem ser omitidas sem a necessidade de se modificarosentidodacitação.Essas palavras podem ser suprimidas noinício,meiooufinaldotextoe devem ser substituídas por reticênciasentrecolchetes[...]Essasituação pode ocorrer tanto em
citações diretas curtas quanto em citações diretas longas.
FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS 33
FOR
MA
S D
E E
LAB
OR
AR
CIT
Aç
õE
S E
RE
FER
êN
CIA
S
Sobre gestão por competências, Brandão e Aquino (2001 apud BITENCOURT; BARBOSA, 2004, p. 246) assim se posicionam:
Deve fazer parte das políticas que recaem sobre as pessoas e para o sucesso organizacional direcionada ao recrutamento, seleção, treinamento, entre outros, fazendo parte das competências necessárias para atingir os objetivos da organização, lembrando sempre que devem estar alinhadas à estratégia organizacional.
Para explicar o surgimento da propriedade privada, recorre-se ao seguinte trecho:
[...] os avanços recentes em clonagem reprodutivapermitem quatro conclusões importantes: 1) a maioria dos clones morre no início da gestação; 2) os animais clonados têm defeitos e anormalidades semelhantes, independentemente da célula doadora ou da espécie; 3) essas anormalidades provavelmente ocorrem por falhas nareprogramaçãodogenoma;4)aeficiênciadaclonagemdepende do estágio de diferenciação da célula doadora. (hOChEDLINGER; JAENISCh, 2003 apud ZATZ, 2004).
Autores e ano do texto original
Indicação de uma citação de citação
Autores e ano de onde foi referida a
citação
Também podemos citar a autoria apósotexto,indicandosobrenomedos dois autores (do texto original e do que citado) em CAIxA-ALTA,
entre parênteses, com as demais informações.
Observe que, no caso de citação de citação, na lista de referências, você deve mencionar somente a obra consultada, apontando o autor da obra citada, e não o autor original da citação.
METODOLOGIA CIENTíFICA34
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
Descrevendosobreoprofissionalqueomundomodernoexigeparaatuarno mercado de trabalho, Moura e Silva (2003, p. 5) colocam que ele deve “[...] ter iniciativa, ética, visão de futuro, habilidade de negociação, agilidade, segurança para resolver os problemas que surgem, capacidade deaprenderalidarcommudanças,flexibilidade.”
O líder exerce papel fundamental na organização:
O papel do líder é ser útil. Ele está constantemente procurando formas de ajudar todos os funcionários a se realizar no trabalho ou como indivíduos. Parte disso é o esforço do líder para identificar e remover fatoresdesmotivadores sistematicamente [...] Outra parte é encorajar as pessoas a colocar em prática o melhor do que são capazes. (RAO, 2009, p. 80).
Aimportânciadoestudodafilosofianoensinomédioparaqueojovemse sinta mais seguro sobre o que fazer em sua vida é a temática que Surdi(2006,p.224)chamaasociedadepararefletir:
O jovem está numa situação de desconforto em função das decisões que precisam ser tomadas, pois não é mais criança e nem mesmo um adulto maduro. Essas decisões implicam em responsabilidade e no exercício da liberdade e que serão cruciais na sua existência [...]
Citação com omissão no início do texto
Citação com omissão no meio do texto
Citação com omissão nofinaldotexto
é aconselhável apresentar uma citação direta, curta ou longa, em uma mesma página; você não deve dispor uma mesma citação em páginas diferentes. Caso isso aconteça, deixe um espaço em branco e apresente a citação inteira na página seguinte. Agora que já conhecemos o tipo de citação direta, vamos conhecer outro tipo de citação: a citação indireta.
Citação indireta
A CITAçãO INDIRETA é também chamada de paráfrase ou sintética.
Deve ser usada no corpo do trabalho de maneira corrente, sem o uso de aspas; deve-se indicar o autor da mesma forma que na citação direta.
Quandofizerpartedotexto,deveráconstar o sobrenome do autor, com primeira letra maiúscula e, entre parênteses, o ano da publicação e a(s) página(s) pesquisada(s).
CITAÇÃO INDIRETA DE DIVERSOS DOCUMENTOS DE MESMA AUTORIA PUBLICADOS EM ANOS DIFERENTES
Nesse caso, se mencionados simultaneamente no trabalho, têm seus respectivos anos separados por vírgula e colocados em ordem cronológica.
FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS 35
FOR
MA
S D
E E
LAB
OR
AR
CIT
Aç
õE
S E
RE
FER
êN
CIA
S
Conforme Ferreira Filho, Nunomura e Tsukamoto (2006, p. 28), a ginástica brasileira vem conquistando títulos expressivos no meio internacional, igualando-se aos melhores países do mundo. Assim, a Ginástica Artística destaca-se na mídia, mas muitas pessoas questionam se o fato da estatura baixa estaria relacionado aos treinamentos da modalidade das ginastas.
Sobre uma pessoa que viveu muitos anos sem nunca ter o privilégio de ser letrada,pode-sedizerque suacontribuiçãode formacientíficanãohouve.Parecequea identificaçãoeavalorizaçãodohomemnãoestãovinculadas à questão da experiência, mas sim à relação da conquista de títulos (BOAVENTURA, 2004, p. 785).
Observe a indicação dos autores
Quando o sobrenome do autor for mencionadoapósacitaçãoindireta,deveráficarentreparênteses,emCAIxA-ALTA, seguido do ano e número da(s) página(s).
Obs.: quanto ao número da(s) página(s), essa informação é facultativa.
As citações indiretas resultam da análise e interpretação das leituras que você faz; à medida que ler mais, poderá fazer citações de diversos documentos que
expressam as mesmas ideias da temática pesquisada. Nesses casos, verifique a seguir como apresentar as citações.
É opcional
apresentar o número da página nas citações
indiretas, mas é aconselhável mencioná-las para facilitar a
localização da fonte original e também para publicação de artigosemperiódicosque
fazem essa exigência.
CITAÇÕES INDIRETAS DE VÁRIOS AUTORES
Quando forem citados vários autores na formulação de uma citação indireta, estes devem ser mencionados simultaneamente
nos trabalhos, separando-se o sobrenome do autor por ponto e vírgula, em ordem alfabética e, após,oanodepublicação.
SEÇÃO 2 NORMA GERAL PARA INDICAÇÃO DE AUTORES NAS CITAÇÕES
Agora você vai conhecer mais algumas normas para situações que poderão
acontecer no decorrer da construção de uma citação para umtextocientífico.
METODOLOGIA CIENTíFICA36
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
A Administração de Recursos humanos consiste no planejamento, na organização, no desenvolvimento, na coordenação e no controle de técnicas capazes de promover o desenvolvimento eficiente do pessoaledaprópriaorganização.Aomesmo tempoqueo indivíduoalcançaosobjetivos individuais, mantém-se na organização, trabalhando e dando o máximo de si, com uma atitude positiva e favorável (ChIAVENATO, 1999, 2003, 2005).
A Administração de Recursos humanos (ARh) representa todas aquelas coisas muito pequenas e muito numerosas que frustram ou impacientam, ou que alegram e satisfazem, mas que levam as pessoas a desejarem permanecernaorganização.Emais,cuidadavidaprofissional,doambienteempresarial o qual proporciona mais qualidade de vida ao empregado; é uma equipe comprometida com os objetivos da empresa (ChIAVENATO, 2000; GIL, 2001; TOLEDO, 1992).
Agora que você já conhece a classificação das citações: citação direta curta, citação direta longa, citação de citação, citação com omissão de palavras e citação indireta, vamos conhecer a normatização geral para a indicação dos autores nas citações.
Você percebeu que existe diferença na maneira de apontar o autor no momento de fazer a citação?
INDICAÇÃO DO AUTOR NO TEXTO
INDICAÇÃO DO AUTOR ENTRE PARÊNTESES
Nesse caso, iniciamos a transcrição com o sobrenome do autor ou autores (até três autores), com a primeira letra maiúscula e demais
minúsculas e, na sequência, entre parênteses, ano da publicação e página.
Mencionamos o SOBRENOME do(s) autor(es), entre parênteses, em CAIxA-ALTA, isto é, com todas as letras MAIÚSCULAS, separado(s)
por ponto-e-vírgula, quando houver mais de um autor, ano e página.
FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS 37
FOR
MA
S D
E E
LAB
OR
AR
CIT
Aç
õE
S E
RE
FER
êN
CIA
S
A indicação de autores nas citações (direta ou indireta), independentemente do tipo de documentação consultada para a
pesquisa(livro,periódico,materialda internet, entre outros), pode ser apresentada de duas formas: no decorrerouaofinaldacitação.
Ao se referirem às apresentações em seminário, Lakatos e Marconi (2001, p. 35) apontam que “Seminário é uma técnica de estudo que inclui pesquisa, discussãoedebate;suafinalidadeépesquisareensinarapesquisar.”
“Seminário é uma técnica de estudo que inclui pesquisa, discussão e debate; sua finalidade é pesquisar e ensinar a pesquisar.” (LAKATOS; MARCONI, 2001, p. 35).
Observe a indicação do(s) autor(es)
Observe a indicação do(s) autor(es)
Observe que você determina, de acordo com o texto, se vai indicar o autor no decorrer ou ao final da citação, mas deve seguir a norma. é importante destacar que, de modo geral, a apresentação da citação independe do tipo de obra, com exceção das citações de apostilas e de material avulso. Agora que você já sabe como indicar o(s) autor(es) em uma citação, vamos verificar alguns exemplos de quando houver citações de textos sem autor, com um autor, com dois autores, com três autores e com mais de três autores.
METODOLOGIA CIENTíFICA38
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
AM
ETO
DO
LOG
IA C
IEN
TíFI
CA
CITAÇÃO SEM AUTOR
Nas citações sem autor ou responsabilidade,aidentificaçãoéfeita pela primeira palavra do título
seguida de reticências, da data de publicação do documento e da página.
No texto:
“Cada vez mais, empresas e pessoas percebem que o verdadeiro valor deumprodutoestánoqueelepodepromoveràsociedade.”(VALOR..., 2005, p. 5).
No texto:
A prática empresarial tem demonstrado que a eficáciado poder pessoal transcende, e muito, o poder organizacional. O primeiro depende das habilidades e capacidades humanas inerentes à pessoa do líder. Enquanto que o segundo, independente do ocupante da função gerencial, é determinado pela estrutura hierárquica da empresa. Eventualmente, qualquer pessoa que vá ocupá-lo já encontra. (UMA NOVA...,[2009?]).
Na referência:
VALOR Brasil: marca de responsabilidade social. FAE Business, Curitiba: Unifae, n.13,p.5-6,nov.2005.Disponívelem:<http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/revista_fae_business/n13/valor_pigmento.pdf>. Acessoem: 16 fev. 2010.
Na referência:
UMA NOVA liderança em busca de excelência. Rio de Janeiro: Educação Empresarial.[2009?].Disponívelem:<http://www.afgoms.com.br/artigos/index5.htm>.Acessoem:24dez.2009.
Se o título iniciar por artigo ou monossílabo, este deve ser incluído na indicação da fonte.
CITAÇÃO COM UM AUTOR
Sobrenome do autor, apenas com primeira letra maiúscula e, entre parênteses, ano e página.
FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS 39
FOR
MA
S D
E E
LAB
OR
AR
CIT
Aç
õE
S E
RE
FER
êN
CIA
S
Ao dar início a sua vida universitária, o estudante precisa começar a formar sua biblioteca pessoal, adquirindo paulatinamente, mas de maneira sistemática, os livros fundamentais para o desenvolvimento de seu estudo. [...] O estudante precisa munir-se de textos básicospara o estudo de sua área específica, tais como umdicionário,umtextointrodutório,umtextodehistória,algum possível tratado mais amplo, algumas revistas especializadas, todas obras específicas à sua área deestudoseáreasafins.
Quando se fala de consumo de produtos de origem animal, há uma exigência do consumidor, cada vez maior, no controle da qualidade desses produtos, é o que indicam Silva e Nääs (2006). Os métodos manuais de controle existentes, aplicáveis à produção animal, começam a se mostrar ineficientesparagarantirpercentualcrescentedessaqualidade,poisessagarantia somentepode ser efetiva sehouver rastreamentoconfiáveldoanimal desde o seu nascimento até o abate.
Ao dar início à sua vida universitária, o estudante precisa começar a formar sua biblioteca pessoal, adquirindo paulatinamente, mas de maneira sistemática, os livros fundamentais para o desenvolvimento de seu estudo. [...] O estudante precisa munir-se de textos básicospara o estudo de sua área específica, tais como umdicionário,umtextointrodutório,umtextodehistória,algum possível tratado mais amplo, algumas revistas especializadas, todas obras específicas à sua área deestudoseáreasafins.(SEVERINO, 2006, p. 24-25).
Também podemos indicar a referência, entre parênteses, com o sobrenome do autor em CAIxA-ALTA, ano e página.
CITAÇÃO COM DOIS AUTORES
Quando dois autores fazem parte do texto, escrevemos os sobrenomes dos autores com a primeira letra maiúscula, separados pela conjunção
“e”entreeles,oanoepáginaentreparênteses.
Considerando que, na formação universitária, o aluno necessita fundamentalmente de um bom embasamentoteóricopara
a realização das atividades práticas,delaboratóriooudecampo, Severino (2006, p. 24-25) recomenda:
Você percebeu que essa é uma citação indireta? Lembra que
comentamos anteriormente que as regras são as mesmas para
a indicação de autores, tanto direta quanto indireta? Outra
observação é que, nessa citação, não consta a página; você
sabe por quê? Essa é uma citação de um artigo publicado na
internet; logo, indicamos apenas autor e ano.
METODOLOGIA CIENTíFICA40
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
Observe que, caso os autores sejam mencionadosapósacitação,vocêdeve citar os sobrenomes dos dois
autores em CAIxA-ALTA, separados por ponto e vírgula, ano e página.
“As sementes de Esenbeckia grandiflora apresentam tricomas pluricelulares no óvulo,sãoclassificadascomomesotestal,comausênciadotégmem,ausênciadeendospermaetipodereservalipo-protéica”(SILVA; PAOLI, 2006, p. 7).
De acordo com Bastos, Souza eCostas(2006),“[...]ofatorhumanopassaa desempenhar papel fundamental para a aquisição das competências organizacionaiscapazesdeagregarvaloraseusproduto/serviços.”
“[...] o fator humano passa a desempenhar papel fundamental para aaquisição das competências organizacionais capazes de agregar valor a seusproduto/serviços.”(BASTOS; SOUZA; COSTA, 2006).
CITAÇÃO COM TRÊS AUTORES
CITAÇÃO COM MAIS DE TRÊS AUTORES
Como parte do texto, indicamos os sobrenomes dos autores com a primeira letra maiúscula, separados por vírgula do primeiro
para o segundo e com a conjunção “e”(minúscula)desteparaoterceiro autor, ano e página entre parênteses.
Indicamos o sobrenome do primeiro autor seguido da expressão et al., ano e página.
Entre parênteses, escrevemos os sobrenomes dos autores em CAIxA-
ALTA, separados por ponto e vírgula, ano e página (se houver).
FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS 41
FOR
MA
S D
E E
LAB
OR
AR
CIT
Aç
õE
S E
RE
FER
êN
CIA
S
A comunicação em redes é a nova tendência na educação; é o que apontam harasim et al. (2005, p. 221): “As redes de aprendizagem proporcionam uma rica oportunidade de intercâmbio de informações e ideias, em que todososalunospodemparticiparativamente.”
“As redes de aprendizagem proporcionam uma rica oportunidade de intercâmbio de informações e idéias, em que todos os alunos podem participarativamente,aprendendounscomosoutrosecomoprofessor.”(hARASIM et al., 2005, p. 221).
Indica que a obra apresenta mais de três autores.
Usado entre parênteses, quando a obra apresenta mais de três autores.
Nesse caso, há quatro autores: Linda harasim, Lucio Teles, Murray Turoff e Starr Roxanne hiltz; observe que o autor citado é o primeiro apresentado na obra.
Entre parênteses, escrevemos o sobrenome do primeiro autor em CAIxA-ALTA seguido da expressão et al., em letras minúsculas, ano e página.
CITAÇÃO DE MATERIAIS NÃO PUBLICADOS
Devemos indicar o autor, a data e o número da página (se houver). Caso não houver nenhuma indicação de data, você deve informar uma
data provável ou aproximada. Observe que na referência você precisa indicar o tipo de material consultado.
No texto:
“Quem não possui o hábito da leitura precisa desenvolvê-la, pois é difícil uma formaçãodequalidadesemmuitaleitura.”(UNOESCVIRTUAL,2006,p.24).
Na referência:
UNOESC VIRTUAL. Metodologia Científica: educação a distância. Joaçaba: Ed. Unoesc, 2008. Material didático.
Indicação do tipo de material consultado
METODOLOGIA CIENTíFICA42
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
CITAÇÕES DE INFORMAÇÕES VERBAIS (PALESTRAS, DEBATES, COMUNICAÇÕES, ETC.)
Uma informação verbal pode ser obtida em uma palestra, um debate ou de qualquer outra forma; entretanto, somente deve ser usada quando for possível comprová-
la. Para tanto, escreva, entre parênteses, a expressão “informação verbal”,mencionandoosdadosdisponíveis em nota de rodapé.
No texto:
O novo medicamento estará disponível até o final deste semestre (informação verbal)1.
1 Notícia fornecida por John A. Smith, no Congresso Internacional de Engenharia Genética, em Londres, em outubro de 2001.
Na nota de rodapé:
Você precisa tomar cuidado com as citações de textos da internet. é necessário analisar cuidadosamente as informações obtidas para avaliar sua fidedignidade, indicando na referência todos os dados que possibilitem sua identificação. Além de citar o endereço eletrônico e a data de acesso, é importante buscar o ano da publicação, geralmente encontrado no copyright ; se não houver ano definido, você deve informar uma data provável ou aproximada.
DESTAQUES NA CITAÇÃO
Conforme NBR 10520 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (2002, p. 3), “Para enfatizar trechos da citação, deve-se destacá-los indicando esta alteração com
a expressão grifo nosso entre parênteses,apósachamadadacitação, ou grifo do autor, caso o destaque já faça parte da obra consultada.”
“Namedidaemqueaatividadeprofissionalconseguecumprirsuafunção,o significado a ela atribuído surge emdecorrência, um sentimento de gratificação e de prazer emrelaçãoàmesma.”(FONSECA;CODA,2004,p.16, grifo nosso).
Para Furasté (2003, p. 50, grifo do autor), “As citações podem ser chamadas pelo sistema numérico ou pelo sistema alfabético (também chamado de autor-data).”
FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS 43
FOR
MA
S D
E E
LAB
OR
AR
CIT
Aç
õE
S E
RE
FER
êN
CIA
S
TRADUÇÃO DE TEXTO
COINCIDÊNCIA DE SOBRENOME
CITAÇÕES DE UM MESMO AUTOR NO MESMO ANO
INDICAÇÃO DE DATA APROXIMADA
Quando a citação incluir texto traduzido pelo pesquisador, devemosapresentar,apósachamada
da citação, a expressão tradução nossa, entre parênteses.
Quando houver coincidência de sobrenome de autores,
acrescentamos as iniciais de seus prenomes nas citações.
As citações de diversos documentos de um mesmo autor, publicados em um mesmo ano, são distinguidas pelo acréscimo de letra
minúscula, em ordem alfabética, apósadataesemespacejamento,conforme a lista de referências.
[2000ou2001] .............................. um ano ou outro
[2002?] ............................................. data provável
[entre1986e1993] .....intervalos menores de 20 anos
[2006] ....................data certa, não indicada no item
[ca.1990] ...................................... data aproximada
[199-] ................................................. década certa
Se, mesmo assim, existir coincidência na primeira letra do
nome, informamos os nomes por extenso.
Tal inferência fundamenta-se na análise das experiências pelas quais tem passado a universidade brasileira nessas últimas décadas e o referencial teóricoquevemsustentandoseusmodelosorganizacionais,especialmenteos modelos profissional, investigativo, funcionalista operacional e omodelo organizacional da Unoesc, ainda hoje vigentes. (LÜCKMANN, 2004, p. 20, tradução nossa).
(OLIVEIRA, S., 2003) e (OLIVEIRA, A., 2003)
(OLIVEIRA, André, 2003) e (OLIVEIRA, Antônio, 2003)
Quando o sobrenome do autor for citado no decorrer da citação:
Quando o sobrenome do autor for citado entre parênteses:
DeacordocomFlorenzano([1993?])
(FLORENZANO,[1993?])
FLORENZANO, E. Dicionário de idéias semelhantes. Rio de Janeiro: Ediouro,[1993?].383p.
Na referência:
Outras formas de citação poderão ser encontradas na NBR 10520 (ASSOCIAçãO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002).
Autoavaliação 3
Escreva V se a alternativa for verdadeira e F se for falsa.
) ( As supressões são utilizadas para omitir palavras de um texto nas citações diretas e podem aparecernoinício,meioouaofinaldacitação.
) ( As citações que transcrevem literalmente o texto original também são chamadas de citação de citação.
) ( As citações chamadas pelo sobrenome do autor, seja o escritor, seja uma instituição responsável, devem ser em letras maiúsculas quando estiverem entre parênteses e em letras minúsculasquandoestiveremnotexto;apenasoanoeapáginaficamentreparênteses.
) ( Todas as citações com mais de três linhas devem ser destacadas com recuo de 4 cm da margem esquerda, com letra menor que a utilizada no texto e sem aspas.
) ( Acitaçãodiretatranscreveexatamenteaspalavrasdoautorcitado,conservandoagrafia,apontuação, o uso de maiúscula e o idioma original.
SEÇÃO 3 FORMAS DE APRESENTAÇÃO DAS REFERÊNCIAS
A referência pode aparecer:
a) nofinaldotexto,emlistasdereferências;
b) nofimdocapítulo;
c) em rodapé;
d) antecedendo resumos, resenhas.
Afinalidadedaindicaçãodeumareferência é informar a origem das ideias apresentadas no decorrer do trabalho, por isso é composta de:
a) elementos essenciais – informações indispensáveis na identificaçãodaobra.Segundoa ABNT, os elementos essenciais são: autoria intelectual, título e subtítulo, edição e imprenta (local, editora e ano da publicação).
b) elementos complementares – complementam os essenciais; são colocados de forma a
caracterizar os documentos. São eles: número total de páginas, ISBN, tipo de obra.
De acordo com NBR 6023 (ASSOCIAçãO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002), na realização de uma lista de referências, devemos observar algumas normas no momento de apresentar as referências:
devemsercolocadasaofinaldotexto;
devemserclassificadasem ordem alfabética, pelo sobrenome do autor. Se houver mais de um autor, apresentar na referência a mesma ordem descrita no documento consultado;
o alinhamento dos elementos é feito à margem esquerda;
o espacejamento entrelinhas é simples, com dois espaços simples entre as referências;
FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS 45
FOR
MA
S D
E E
LAB
OR
AR
CIT
Aç
õE
S E
RE
FER
êN
CIA
S
) ( Parafazerumacitaçãoindireta,vocêdeveutilizarasprópriaspalavrasparaescreverotextocom o mesmo sentido do original.
) ( Separamos com vírgula os nomes dos autores quando compreendem mais de um na referência.
Você já consegue elaborar uma citação?! Além da indicação das informações que foram retiradas de outros autores, é essencial que você faça a referência de todas as citações apresentadas no seu trabalho, em uma lista de referências, mas como elaborar uma referência?
o sobrenome do autor deve estar com todas as letras em CAIxA-ALTA.
Livro
AO ELABORAR UMA referência de livro, você deve obedecer aos seguintes passos:
a) sobrenome do(s) autor(es), em letras maiúsculas, seguido por outros nomes em letras minúsculas, separado por vírgula. Quando não houver autoria, começar pelo título do artigo, com a primeira palavra em letras maiúsculas. O autor poderá ser uma entidade;
b) título da obra em destaque, seguido de ponto;
c) quando houver subtítulo, este deve ser separado do título por dois-pontos ou travessão e estar sem destaque;
d) o número da edição, quando houver, deve aparecer seguido da abreviação (ed.);
e) se houver emendas, atualização, ampliação à edição do livro,
devemconstarlogoapósonúmero da edição;
f) local da publicação, seguido por dois-pontos;
g) editora;
h) ano de publicação (em algarismos arábicos);
i) número de páginas do livro (elemento opcional);
j) se o livro for publicado por meio eletrônico, segue-se a mesma ordem dos elementos, acrescentando-se informações sobre o endereço eletrônico entresinais<>(precedidoda expressão Disponível em:), acrescida a data de acesso à publicação (utilizando a expressão Acesso em:).
Para melhor compreender a forma de apresentação das referências de livros, destacamos alguns exemplos.
METODOLOGIA CIENTíFICA46
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
Para elaborar uma referência, você precisa observar o tipo de documento que consultou, como livro, periódico (revista, jornal ou outros), se está disponível em meio eletrônico. Então, vamos verificar como apresentar a referência de alguns dos principais tipos de documentos.
Com um autor
LIMA, Valquíria de. Ginástica laboral: atividade física no ambiente de trabalho. 2. ed. São Paulo: Phorte, 2005. 240 p.
Destacar o título da obra em negrito
O subtítulo é apresentado sem destaque
FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS 47
FOR
MA
S D
E E
LAB
OR
AR
CIT
Aç
õE
S E
RE
FER
êN
CIA
S
Com dois autores
Quando houver dois autores, ambos devem ser referenciados, começando pelo sobrenome do autor mais
prenome(s), respeitando a ordem que se apresentam no documento pesquisado, separados por ponto e vírgula.
Com três autores
Na referência de três autores, todos também devem ser referenciados pelo sobrenome do autor mais prenome(s),
respeitando a ordem que se apresentam no documento pesquisado, separados por ponto e vírgula.
Com mais de três autores
No caso de o texto apresentar com mais de três autores, indicamos o sobrenome do primeiro mais
prenome(s), seguido da expressão et al.
Livro sem autoria
Se a autoria do livro é desconhecida, a entrada na referência deve ser feita pelo título, com a primeira palavra
em letras maiúsculas; as demais informações seguem as mesmas regras.
JUSTUS, Roberto; ANDRADE, Sérgio Augusto de. O empreendedor: como se tornar um líder de sucesso. São Paulo: Larousse, 2007. 127 p.
ChAMAS, Cláudia Inês; NOGUEIRA, Marylin; SChOLZE, Simone henriqueta Cossetin. Scientia 2000: propriedade intelectual para a academia. Rio deJaneiro:FundaçãoOswaldoCruz,2003.326p.
CARVALhO, Luis Gustavo Grandinetti Castanhos de et al. Justa causa penal-constitucional. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2004. 120 p.
Separados por ponto e vírgula
Separados por ponto e vírgula
Obs.: autores que constam no livro: Luis Gustavo Grandinetti Castanhos de Carvalho, Fernando Cerqueira
Chagas, Flávia Ferrer, Paulo de Oliveira Lanzelotti Baldez.
Oetal.:“et”significa“e”e“al.”éaabreviatura
de“alii”(quesignificaoutros).
METODOLOGIA CIENTíFICA48
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
SISTEMA de qualidade nas cadeias agroindustriais. São Paulo: Qualiagro, 2007. 207 p.
SEBRAE. Análise e planejamento financeiro: para pequenos meios de hospedagem. São Paulo: Ed. do SEBRAE, 2005. 95 p.
GOLDRATT, Eliyahu M.; COx, Jeff. A meta: um processo de melhoria contínua. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: Nobel, 2003. 365 p.
ShANLEY, Patrícia; MEDINA, Gabriel. Frutíferas e Plantas Úteis na Vida Amazônica. Belém: Cifor, 2005. 296 p. Disponível em:<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/et000020.pdf>.Acesso em: 14 fev. 2008.
LUZ, hercílio Pedro da; SGROTT, Emerson Alexandre. Anatomia da cabeça e do pescoço:noçõesparaapráticamédicaeodontológica.Itajaí: Ed. Univali; Joaçaba: Ed. Unoesc, 2003. 155 p.
Com autor-entidade
A entrada é feita pelo nome da entidade por extenso com todas as letras maiúsculas.
Com emendas, atualização, ampliação
Indica que o texto do livro foi revisado,atualizadoe/ouampliado.
Essa emenda é indicada de forma abreviada (rev. atual. amp.).
Em meio eletrônico
Utilizam-se os mesmos elementos da publicação física, acrescentando-se
o endereço eletrônico e a data de acesso.
O que fazer quando o livro apresenta duas ou mais editoras?
De acordo com Cruz, Perota e Mendes (2002, p. 52), quando houver duas editoras, ambas são descritas e precedidas de seus
respectivos locais. Se forem três ou mais editoras, mencionamos a primeira, ou a que estiver em destaque na publicação. Devemos separá-las por ponto-e-vírgula.
Capítulo de livro
PARA CRUZ, RIBEIRO e Furbetta (2003, p. 110), ao elaborar uma referência de capítulo de um livro, você deve obedecer aos seguintes passos:
a) sobrenome do(s) autor(es) do capítulo, em letras maiúsculas, seguido por seu nome, em letras minúsculas, separado por vírgulas. Quando houver mais de
uma autoria, a separação entre um autor e outro é feita por ponto e vírgula;
b) título do capítulo sem destaque e subtítulo, se houver;
c) usaraexpressão“In”,seguidapor dois-pontos;
d) sobrenome do organizador da obra em letras maiúsculas,
FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS 49
FOR
MA
S D
E E
LAB
OR
AR
CIT
Aç
õE
S E
RE
FER
êN
CIA
S
O que fazer quando o livro não apresenta editora?
Quandonãoépossívelidentificara editora, usamos a expressão sine
nomine (sem nome, sem editora), abreviadaentrecolchetes:[s.n.].
O que fazer quando o livro não apresenta o local de publicação?
Quandonãoépossívelidentificaro local de publicação, utilizamos
a expressão sine loco (sem local), abreviadaentrecolchetes[S.l.].
Casovocêidentifiqueolocal,masele não se apresente no documento, deve ser colocado entre colchetes.
Em caso de homônimos de cidade, ou seja, quando o nome da cidade é comum em dois ou mais estados,
adiciona-se o estado para melhor identificação.Porexemplo:Capivari– RS, SP e Catanduvas – PR, SC.
FRANCO, Ilário. Discurso: de outubro de 1992 a agosto de 1993. Brasília, DF: [s.n.], 1993. 107 p.
LARSON, Carlos Eduardo. Curto-teste veterinária: dermatopatias em cães e gatos. [S.l.]: AP, 1996. 33 p.
MONTEIRO, Denys. Promessa é dívida. Comunidade Rh. [SãoPaulo], 2004. Disponível em: <http://carreiras.empregos.com.br/comunidades/rh/artigos/221101-promessa_denys.shtm>.Acessoem:27jul.2006.
FUNDAçãO ARThUR BERNARDES. Estatuto da Fundação Arthur Bernardes. Viçosa, MG: Funarbe, 1994. 12 p.
acompanhado de vírgula; prenome seguido da expressão “(Org.)”,quandooautorforOrganizadorou“(Coord.)”,quando o autor for Coordenador; ponto;
e) título da obra, em destaque, seguido de ponto; se houver subtítulo, este deve estar sem destaque;
f) abreviar o número da edição, a partir da segunda;
g) local da publicação, acompanhado de dois-pontos;
h) editora;
i) ano da publicação (em algarismos arábicos);
j) apresentar o número do capítulo em que se encontra (cap.), bem comoaspáginasinicialefinaldo capítulo (p.);
k) se o livro for publicado por meio eletrônico, deve-se seguir a mesma ordem dos elementos, acrescentando-se informações sobre endereço eletrônico entresinais<>(precedidoda expressão Disponível em:), acrescida a data de acesso (utilizando a expressão Acesso em:).
METODOLOGIA CIENTíFICA50
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
Capítulo de livro em que o autor não é o organizador da obra
Capítulo de livro em que o autor é o organizador da obra
Capítulo de livro disponível na internet
NARDI, herique Caetano. Éticaetrabalho:docódigomoralàreflexãoética no contexto das transformações contemporâneas. In: BITENCOURT, Claudia (Org.). Gestão contemporânea de pessoas. 2 ed. Porto Alegre: Bookman, 2010. cap. 6, p. 395-408.
BITENCOURT, Claudia (Org.). Aprendizagem organizacional: uma estratégia para mudança. In: ______. Gestão contemporânea de pessoas. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010. cap. 1, p. 17-30.
MAKIUChI, Maria de Fátima Rodrigues. Alteridade. In: FERRARO JÚNIOR, Luiz Antônio (Org.). Encontros e Caminhos: Formação de educadoras(es) ambientais e coletivos educadores. Brasília, DF: MMA, Diretoria de Educação Ambiental, 2005. 358 p. Disponível em:<http://www.mma.gov.br/port/sdi/ea/og/pog/arqs/encontros.pdf>.Acesso em: 14 fev. 2008.
Artigo de revista
CONFORME FURASTÉ (2003, p. 97), o artigo publicado em revista deve conter os seguintes elementos:
a) sobrenome do(s) autor(es), em letras maiúsculas, seguido por prenome em letras minúsculas, separado por vírgula. Quando houver mais de uma autoria, a separação entre um autor e outro é feita por ponto e vírgula. Quanto não houver autoria, começar pelo título do artigo, com a primeira palavra em letras maiúsculas. O autor poderá ser uma entidade;
b) título do artigo sem destaque;
c) título da revista em destaque;
d) local de publicação;
e) editor (se houver);
f) ano ou volume (conforme se apresenta na revista) e número do fascículo;
g) páginasiniciaisefinais,antecedidas da abreviatura de página (p.);
h) data da publicação, mês abreviado e ano;
i) acrescentar as informações complementares, quando houver necessidade (edição especial, suplemento, etc.);
j) se o artigo for publicado por meio eletrônico, deve-se seguir a mesma ordem dos elementos, acrescentando-se informações sobre endereço eletrônico entresinais<>(precedidoda expressão Disponível em:), acrescida a data de acesso (utilizando a expressão Acesso em:).
Os artigos, como acontece com os livros e outros documentos, podem ter um ou mais autores; podem ainda ser publicados por entidades e, também, pode ocorrer de não apresentarautoria.Assim,fiqueatento no momento de fazer a referência de um artigo na questão de autoria, adequando a norma conforme a situação; as demais informações são iguais.
FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS 51
FOR
MA
S D
E E
LAB
OR
AR
CIT
Aç
õE
S E
RE
FER
êN
CIA
S
Artigo com um autor
Artigo com dois autores
MENEZES, Débora. Tecnologia ao alcance de todos. Revista Nova Escola, São Paulo: Ed. Abril, ano 20, n. 195, p. 31-37, set. 2006.
EIDT, Paulino; FORMAGINI, Daiane. Colonização do Extremo-Oeste de Santa Catarina: fé, altruísmo e empreendedorismo. Visão Global, Joaçaba, v.9,n.1-2,p.129-144,jan./dez.2006.
Nome da revista em destaque
Artigo com três autores
xAVIER, Paulo André Carvalho; FERREIRA FILhO, Anésio de Leles; OLIVEIRA, Marco Aurélio Gonçalves de. Avaliação técnica e econômica de reatores eletrônicos. Revista Eletricidade Moderna, São Paulo: Técnica e Cultural, v. 34, n. 388, p. 48-64, jul. 2006.
METODOLOGIA CIENTíFICA52
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
Obs.: autores do artigo: Luísa Giselle Boaventura Barros, João Pedro Pedrosa Cruz, Adriano Maia dos Santos, Ana áurea Alécio de Oliveira Rodrigues e Kamilla Freitas Bastos.
Artigo sem autor
Revista considerada no todo
Número especial de revista
Suplemento de revista
Artigo disponível na internet
LUNKES, Rogério João et al. Controladoria: um estudo bibliométrico no Congresso Brasileiro de Contabilidade de 2000, 2004 e 2008. Revista Brasileira de Contabilidade,Brasília,DF,ano38,n.175,p.23-37,jan./fev. 2009.
CRESCE a participação feminina na área de contabilidade. Rio de Janeiro, CGM Publicações,ano11,n.53,set./out.2003.Disponívelem:<http://www2.rio.rj.gov.br/cgm/publicacoes/prestando_contas/53/1.asp>.Acessoem:10mar.2009.
RACE.Joaçaba:Ed.Unoesc,v.8,n.1,jan./jun.2009.
AS MELhORES empresas para você trabalhar. Exame, Rio de Janeiro: Ed. Abril, 2003. Edição especial.
MãO-DE-OBRA e previdência. Pesquisa Nacional por amostra de Domicílios, Rio de Janeiro: Ed. do IBGE, v. 7, 1989. Suplemento.
ROESSING NETO, Ernesto. Perspectivas de um acordo de céus abertos na América do Sul. Revista Jurídica, Brasília, DF: Centro de Estudos daSubchefiaparaAssuntosJurídicosdaCasaCivildaPresidênciadaRepública,v.9,n.86,p.114-133,ago./set.2007.Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/revista/revistajuridica/Artigos/PDF/ErnestoRoessing_rev86.pdf>.Acesso em: 30 out. 2007.
Artigo com mais de três autores
Referencia-se o primeiro autor que aparece no documento pesquisado, acrescentando-se a expressão et al. (quesignificaeoutros).
Artigo de jornal
OS ELEMENTOS APRESENTADOS na referência de um artigo de jornal são:
a) sobrenome do(s) autor(es), em letras maiúsculas, seguido por prenome em letras minúsculas, separado por vírgula. Quando houver mais de uma autoria, a separação entre um autor e outro é feita por ponto e vírgula. Quanto não houver autoria, começar pelo título do artigo, com a primeira palavra em letras maiúsculas. O autor poderá ser uma entidade;
b) título do artigo;
c) nome do jornal em destaque;
d) local e página (p.);
e) data (dia, mês e ano);
f) relacionar, em caso de suplemento ou caderno especial, o título, número do volume e do fascículo antes do número da página;
g) se o jornal for publicado por meio eletrônico, deve-se seguir a mesma ordem dos elementos, acrescentando-se informações sobre endereço eletrônico entresinais<>(precedidoda expressão Disponível em:), acrescida a data de acesso (utilizando a expressão Acesso em:).
Quando o nome do jornal coincidir com o nome da cidade onde é publicado, não é preciso repetir o local de publicação.
FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS 53
FOR
MA
S D
E E
LAB
OR
AR
CIT
Aç
õE
S E
RE
FER
êN
CIA
S
Com autor
Sem autor
Disponível na internet
LIZ, Izabela. O lar em decomposição. A Notícia, Joinville, 12 fev. 2008. Variedades, p. B1.
AS SEQUELAS da crise. Diário Catarinense,Florianópolis,30jul.2009.Editoriais, p. 10.
DINIZ, Weiller. Agentes da Abin usaram cartões para sacar R$ 26,5 milhões. JB On-line, Rio de Janeiro, 13 fev. 2008. Disponível em: <http://jbonline.terra.com.br/editorias/pais/papel/2008/02/13/pais20080213003.html>.Acesso em: 14 fev. 2009.
Com indicação de Suplemento
Trabalhos acadêmicos (TCC, Monografia, Dissertação e Tese)
NESSE CASO, a ordem dos elementos deve ser a seguinte:
a) sobrenome do(s) autor(es), em letras maiúsculas, seguido por prenome em letras minúsculas, separado por vírgula;
b) título do trabalho em destaque; se houver subtítulo, este deve ser referenciado sem destaque;
c) ano da entrega;
d) número de folhas (f.);
e) categoria (grau e área de concentração). Se for um trabalho feito em disciplina,
esta deve ser destacada entre parênteses;
f) instituição;
g) local e ano da defesa;
h) se o trabalho for publicado por meio eletrônico, deve-se seguir a mesma ordem dos elementos, acrescentando-se informações sobre endereço eletrônico entresinais<>(precedidoda expressão Disponível em:), acrescida a data de acesso (utilizando a expressão Acesso em:).
METODOLOGIA CIENTíFICA54
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
Vale lembrar que, para a indicação do mês de publicação de
artigos em revistas, jornais ou meio eletrônico, com exceção
de maio, os meses são abreviados: jan., fev., mar., abr.,
maio, jun., jul., ago., set., out., nov., dez.
Tese
Dissertação
TREVISOL,JovilesVitório.Tecendo a sociedade civil global e ampliando a esfera pública: a articulação dos atores civis ante o Projeto hidrovia Paraguai-Paraná. 2000. 342 f. Tese (Doutorado em Sociologia)–FaculdadedeFilosofia,LetraseCiênciasHumanas,Universidade de São Paulo, São Paulo, 2000.
FERNANDES, Liliane Simara. Associação entre indicadores de assistência odontológica e indicadores de desenvolvimento social e econômico nos 293 municípios de Santa Catarina, Brasil. 2004. 71 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva)–Universidade do Oeste de Santa Catarina, Joaçaba, 2004.
Trabalhos publicados em anais
DE ACORDO COM Cruz, Ribeiro e Furbetta (2003, p. 106-112), as publicações de eventos podem ser referenciadas com autoria, ou pelo nome do evento em sua totalidade. Quando forem trabalhos com autoria, devemos seguir:
a) sobrenome do(s) autor(es), em letras maiúsculas, seguido por
prenome em letras minúsculas, separado por vírgula. Quando houver mais de uma autoria, a separação entre um autor e outro é feita por ponto e vírgula. Quanto não houver autoria, começar pelo título do artigo, com a primeira palavra em letras maiúsculas;
FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS 55
FOR
MA
S D
E E
LAB
OR
AR
CIT
Aç
õE
S E
RE
FER
êN
CIA
S
Monografia
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
Trabalho acadêmico realizado em disciplina
Disponível na internet
ZANCO, Ivanete Rissi. A educação física nas associações de pais e amigos dos excepcionais. 2005. 42 f. Monografia(EspecializaçãoemIniciação Desportiva - Formação para o Magistério) –Universidade do Oeste de Santa Catarina, xanxerê, 2005.
MORO, Gerson. Avaliação de perfil microbiológico em fábrica de ração e desenvolvimento de procedimento para amostragem. 2003. 56 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso Superior de Tecnologia de Alimentos)–Universidade do Oeste de Santa Catarina, Videira, 2003.
LOPES, Ângela. Empregabilidade. 2005. 24 f. TrabalhodePós-graduação(Disciplina Gestão de Pessoas)–Curso de Especialização em Administração de Recursos humanos, área das Ciências Sociais Aplicadas, Universidade do Oeste de Santa Catarina, Joaçaba, 2005.
FRANCISCO, Esdras Jamil Cremer. Estudo do sistema de iluminação do Instituto Central de Ciências (ICC). 2006. 126 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Elétrica)–Faculdade de Tecnologia, Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2006. Disponível em:<http://www.gsep.ene.unb.br/producao/marco/PFinal_EsdrasCremer.pdf>.Acesso em: 30 out. 2007.
b) título do trabalho;
c) In: nome do evento em caixa-alta;
d) número do evento em arábico;
e) ano, cidade onde se realizou o evento;
f) título do documento, conforme sua natureza – Anais..., Resumos..., Atas..., etc.;
g) local da publicação: editora (quando houver), data de publicação;
h) volume (quando houver);
i) páginainicialefinaldotrabalho;
j) quando os anais forem publicados em meio eletrônico, deve-se seguir a mesma ordem dos elementos, acrescentando-se informações sobre endereço eletrônico entre sinais < >(precedidodaexpressãoDisponível em:), acrescida a data de acesso (utilizando a expressão Acesso em:).
Quando forem eventos, em sua totalidade (congressos, seminários, simpósioseoutros),devemconstaros seguintes elementos:
a) nome(s) do(s) evento(s) em letras maiúsculas (pode ocorrer mais de um evento ao menos tempo);
b) número e ano;
c) cidade onde se realizou o evento;
d) título – subtítulo (quando houver);
e) Anais... (em destaque);
f) local de publicação: editora (quando houver);
g) data de publicação;
h) número de volumes (quando houver).
METODOLOGIA CIENTíFICA56
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
Cópia física
Disponível na internet
MORAES, Adriana Mellegari Urbano de; WEBER, Alice; hAChMANN, Marco. Critérios de rateio dos custos indiretos. In: ENCONTRO DE ESTUDOS E PESQUISA EM ORGANIZAçõES, 1., 2005, Joaçaba. Anais... Joaçaba: Ed. Unoesc, 2005. p. 21.
COLUSSO, Larissa et al. A vídeoaula como recurso didático na elaboração detrabalhoscientíficos.In:CONGRESSODECIÊNCIASDACOMUNICAÇÃODA REGIãO SUL, 8., 2007, Passo Fundo. Anais eletrônicos... São Paulo: InterconSul,2007.p.1-15.Disponívelem:<http://intercomsul.upf.br/index.php?option=com_content&task=view&id=46&Itemid=58>.Acessoem: 15 fev. 2008.
Documento jurídico
SEGUNDO FURASTÉ (2003, p. 95), os documentos jurídicos incluem legislação, jurisprudência (decisões judiciais) e doutrina (interpretação dos textos legais). A referência desses documentos deve conter como elementos principais:
a) local de abrangência (país, estado e cidade), em letras maiúsculas;
b) título e subtítulo (quando houver);
c) órgãoquepublicou;
d) local de publicação;
e) data de publicação;
f) se for publicado por meio eletrônico, segue-se a mesma ordem dos elementos, acrescentando-se informações sobre o endereço eletrônico entresinais<>(precedidoda expressão Disponível em:), acrescida a data de acesso (utilizando a expressão Acesso em:).
FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS 57
FOR
MA
S D
E E
LAB
OR
AR
CIT
Aç
õE
S E
RE
FER
êN
CIA
S
Evento em sua totalidade
Dois eventos ao mesmo tempo
FóRUM DE ExTENSãO, CULTURA E AçãO SOCIAL DA UNOESC, 1., 2007, xanxerê. Anais... Joaçaba: Ed. Unoesc, 2007.
SEMINáRIO DE INICIAçãO CIENTíFICA, 6., 2007, São Miguel d’Oeste; SEMINáRIO DE PESQUISA, 5., 2007, São Miguel d’Oeste. Anais... Joaçaba: Ed. Unoesc, 2007.
BRASIL. Código civil. 46. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 1995.
BRASIL. Constituição (1998). Emenda constitucional nº 45, de 30 de dezembro de 2004. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 31 dez. 2004. Disponívelem:<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art5>.Acessoem:4dez.2006.
BRASIL. Portaria nº 267, de 6 de março de 2001. Aprova as normas e diretrizes de inclusão da saúde bucal na estratégia do Programa de Saúde da Família (PSF). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 7 mar. 2001. Disponívelem:<http://www.saudebucalcoletiva.unb.br/oficina/estado/coletivo_amplo/portaria267.htm>.Acessoem:21ago.2006.
Documentos em meio eletrônico
OS ARQUIVOS VIRTUAIS seguem as mesmas regras de outra publicação, dependendo do tipo de documento (livro, revista, artigos, jornal e outros). A referência, nesse caso, deve conter as seguintes informações básicas, quando disponíveis:
a) dados da referência, seguindo normas conforme o tipo de documento(artigodeperiódico
ou jornal, documento jurídico, trabalho acadêmico ou outros tipos de publicações);
b) endereço eletrônico (URL) completo entre os sinais <>(precedidodaexpressãoDisponível em:);
c) data de acesso, dia mês e ano (precedida da expressão Acesso em:).
METODOLOGIA CIENTíFICA58
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
Publicação com autoria
Publicação sem autoria
Publicação com autor-entidade sem identificação do tipo de documento
Publicação de artigo em periódico com autoria
BORGES, Juliana. Reincidência tributária: teoria e prática. São Paulo: QuartierLatin,2005.Disponívelem:<http://dedalus.ups.br>.Acessoem:28 fev. 2009.
QUALIDADE de vida: 56% dos alunos têm cárie oculta. Jornal Piracicaba, Piracicaba, 13 mar. 2006. Disponível em: <http://www.jpjornal.com.br/news.php?news_id=27807>.Acessoem:10nov.2009.
ASSOCIAçãO DENTAL AMERICANA. Vitamina C da dieta pode proteger contra câncer bucal.2007.Disponívelem:<http://www.colgate.com.br/app/Colgate/BR/OC/Information/ADA/Article_2007_04_Vitaminac.cvsp>.Acessoem:27out.2009.
SILVA FILhO,AntônioMendesda.ArquiteturadeSoftware–sobreaimportância do reuso. Revista Espaço Acadêmico, Maringá: Ed. da UEM,ano6,n.68,p.15-20,jan.2007.Disponívelem:<http://www.espacoacademico.com.br/068/68amsf.htm>.Acessoem:17maio2009.
E-mail
AS MENSAGENS OBTIDAS via internet também podem ser referenciadas, porém recomendamos evitá-las, pois constituem caráter informal, impessoal e efêmero, como fonte científicaoutécnicadepesquisa.
Dados para a referência: autor, título da mensagem (quando houver),outítuloatribuído[tipodemensagem].Mensagemrecebidapor<endereçoeletrônico>emdata(dia,mês, ano).
FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS 59
FOR
MA
S D
E E
LAB
OR
AR
CIT
Aç
õE
S E
RE
FER
êN
CIA
S
Periódico como um todo
Monografia em meio eletrônico
Artigo publicado em anais eletrônicos
REVISTA ESPAçO ACADêMICO. Maringá, ano 6, n. 68, jan. 2007. Disponível em:<http://www.espacoacademico.com.br.>.Acessoem:17maio2009.
SILVEIRA, Marcos Antônio. Tratamento de esgoto doméstico para preservação do meio ambiente.2005.102f.Monografia(EspecializaçãoemEngenhariaCivil)–CursodePós-graduaçãoemEngenharia Civil, Universidade Federal de Pernambuco, Pernambuco, 2005.Disponívelem:<http://www.ufrpe.br/>.Acessoem:24jul.2009.
SANTOSNETO,MartinhoGuedesdos.Igreja,EstadoeEducaçãonopós-30:confrontoideológico,rupturaouconivênciapolítica?In:SIMPÓSIOINTERNACIONAL EM CIêNCIAS DA RELIGIãO, 1., 2007, João Pessoa. Anais eletrônicos... João Pessoa: Ed. da UFPB, 2007. Disponível em: <http://www.joaopessoa.pb.gov.br/noticias/?n=6746#>.Acessoem:16fev. 2009.
PASSOS, Maria Joana. Citações diretas[mensagemdetrabalho].Mensagemrecebidapor<[email protected]>em21out.2005.
SEÇÃO 4 OUTRAS NORMAS PARA INDICAÇÃO DE AUTORIA NAS REFERÊNCIAS
Ao fazer a indicação de autores na lista de referências,
independentemente do tipo de documentação consultada para apesquisa(livro,periódico,material da internet, entre outros), devemos observar as normas quanto ao número de
autores da publicação, à indicação de parentesco, quanto ao nome composto do autor e, ainda, como indicar o sobrenome de autor que apresenta partículas (de, da, no nome). Demais informações seguem as mesmas normas, conforme o tipo do documento.
METODOLOGIA CIENTíFICA60
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
Existem, ainda, outras formas de referências menos utilizadas, como lápides, bula de remédio, fax, cartas comerciais, cartões postais, transparências, documentos de arquivos, desenho técnico, CD-ROM, fotos, gravuras, mapas, guias, atas, filmes e vídeos, fita cassete, material cartográfico (atlas e globos), slides e outros. A forma de elaboração dessas referências pode ser encontrada na NBR 6023 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TéCNICAS, 2002), ou ainda, no livro Diretrizes para elaboração de trabalhos científicos, publicado em 2007 pela Ed. Unoesc.
Furasté (2003, p. 79) observa que as indicações de parentesco – Filho, Júnior, Neto, Sobrinho – fazem parte do nome e devem ser mencionadas por extenso, acompanhando o sobrenome do
autor. Entretanto, não devemos incluir indicações de títulos, cargos, graduações, mesmo que apareçam na obra referenciada: Dr., Prof., MM., Pe., Ph.D. e outros.
CERVEIRA FILhO, Mário; DINIZ, Maria helena. Ações renovatórias e revisionais em shopping centers. São Paulo: Saraiva, 2003. 130 p.
FLEURY, Maria Tereza Leme; OLIVEIRA JÚNIOR, Moacir de Miranda. Gestão estratégica do conhecimento: integrando aprendizagem, conhecimento e competências. São Paulo: Atlas, 2001. 349 p.
SILVEIRA NETO, Antônio; CAVALCANTI, Érica Cristina Paiva. O mercado de consumo e a prestação de serviços advocatícios. Revista do Direito do Consumidor, São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, ano 15, n. 59, p. 9-25, jul./set.2006.
Indicação de parentesco
FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS 61
FOR
MA
S D
E E
LAB
OR
AR
CIT
Aç
õE
S E
RE
FER
êN
CIA
S
Se o sobrenome pelo qual o autor é mais conhecido for um termo
composto, devemos citá-lo por inteiro.
Se o sobrenome do autor for precedido de partículas, como de,
da, e, estas permanecem com o prenome.
Quando a partícula faz parte do sobrenome do autor, ela deve anteceder a este. Na dúvida,
observe como o autor assume seu sobrenomenafichacatalográfica.
CóRIA-SABINI, Maria Aparecida; OLIVEIRA, Valdir Kessamiguiemon de. Construindo valores humanos na escola. 2. ed. Campinas: Papirus, 2005. 96 p.
DE MARCO, Benhur. Os oestinos: quem são e como vivem os habitantes do Oeste catarinense. Joaçaba: Ed. Unoesc, 2004. 108 p.
OLIVEIRA, João Manoel de; OLIVEIRA, Célio Alves de. Função social do contrato nos empreendimentos relativos ao sistema hidrelétrico – UhE Campos Novos. 2006. 67 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Direito Público e Novos Direitos)–Universidade do Oeste de Santa Catarina, Joaçaba, 2006.
Nome composto de autor
Com partícula precedendo o sobrenome do autor
Você chegou ao final da unidade que trata de elaboração de citações e referências. Esse conteúdo é muito importante no decorrer de sua vida acadêmica. Assim, para aprofundar seus conhecimentos sobre o assunto, consulte o livro LÜCKMANN, Luiz Carlos; ROVER, Ardinete; VARGAS, Marisa. Diretrizes para elaboração de trabalhos científicos: apresentação, elaboração de citações e referências de trabalhos científicos. 3. ed. rev. e atual. Joaçaba: Ed. Unoesc, 2009. 104 p. (Metodologia do trabalho científico).E, para gravar mais esse ponto importante, vale a pena parar e fazer uma autoavaliação, a fim de verificar como está seu aprendizado quanto à elaboração de referências.
METODOLOGIA CIENTíFICA62
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
Autoavaliação 4
Você leu sobre referências e suas diversas formas de elaboração. Então, vamos fazer uma autoavaliação? Analise e organize uma lista de referências a partir das informações que seguem:
a) Título: O controle externo das contas dos tribunais de conta brasileiros
Subtítulo: o dever de accountability
Autores: Carlos Pedrosa Júnior e Pedro humberto Teixeira Barreto
Site:http://www.tce.ba.gov.br/publicações/T5
Data de acesso: 24 de abril de 2004
b)Títulodaobra:Oprazerdaproduçãocientífica
Subtítulo: descubra como é fácil e agradável elaborar trabalhos acadêmicos
Autor: Israel Belo de Azevedo
Local da publicação: São Paulo
Ano: 2004
Edição: Décima primeira revista e atualizada
Editora: hagnos
c)Título:Viagensàmemóriabrasileira
Autor: artigo sem autor
Revistaeletrônica:NossaHistória
Local de publicação: Rio de Janeiro
Editora: Vera Cruz
Data: setembro de 2005
Ano: 2
Número: 23
FORMAS DE ELABORAR CITAçõES E REFERêNCIAS 63
FOR
MA
S D
E E
LAB
OR
AR
CIT
Aç
õE
S E
RE
FER
êN
CIA
S
Site:http://www.nossahistoria.net
Data de acesso: 23 de fevereiro de 2005
d) Título: Ponto Final para o Engenho
Autor: Fábio Bianchini
Localdapublicação:Florianópolis
Artigo extraído do Jornal Diário Catarinense, de 12 de janeiro de 2006, publicado no caderno de Variedades, na página 2.
e) Título: Análise de modelos de regressão linear com aplicações
Autores: Reinaldo Charnet, Clarice Azevedo De Luna Freire, Eugênia M. Reginato Charnet e heloísa Bonvino
Local de publicação: Campinas
Ano da publicação: 1999
Editora: Unicamp
Quantidade de páginas: 355
f) Título: Infecções emergentes, reemergentes e negligenciadas
Autor: Celso Ferreira Ramos Filho
Local de publicação: Rio de Janeiro
Data: maio e junho de 2005
Revista: Revista Sociedade Moderna em Revista
Páginas 21 a 23.
METODOLOGIA CIENTíFICA64
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
Ano: 4
Número da revista: 16
g) Título do artigo: A influênciadoperfilempreendedornodesempenhodonegócioemumarededefranquia de confecção infantil
Revistaeletrônica:RevistadeNegócios
Autores: Caio Júlio de Souza Fontenelle e Marianne hoeltgebaum
Local de publicação: Blumenau
Data da publicação: outubro a dezembro de 2006
Volume: 11
Número: 4
Editora: Furb
Páginas: 131 a 149
Site:http://campeche.inf.furb.br/siic/rn/
Data de acesso: 26 de fevereiro de 2007
Na próxima unidade, vamos aprender a prática da documentação. O fichamento é um instrumento utilizado para a elaboração de trabalhos durante a sua vida acadêmica.Além disso, vamos conhecer os diferentes tipos de trabalhos que são desenvolvidos na universidade.
Nesta unidade, você vai aprender como documentar textos por meio do fichamento.Esseprocedimentofacilitaaelaboraçãodeumtrabalhocientífico.
Você também irá conhecer os diferentes tipos de trabalhos: resumo, resenha, paper,artigo,projetodepesquisa,informecientíficoerelatório.
SEÇÃO 1 PRÁTICA DA DOCUMENTAÇÃO
Como proceder ao registro das leituras?
Para que você obtenha resultadoseficazesemseusestudos,além de muita leitura, é necessário compreensão e assimilação dos conteúdos. Um recurso que poderá auxiliá-lo nesse sentido é adotar a prática da documentação.
Documentação é a organização e o registro das informações mais importantes, com base nas leituras
feitas; é uma prática que deverá ser desenvolvida, visando facilitar seus estudos.
Outro aspecto essencial para o registro das leituras realizadas é que todo o conteúdo que for copiado ou baseado em algum texto ou informação de outro autor deverá referenciar obrigatoriamente a fonte, respeitando, dessa forma, os direitos autorais; caso contrário, caracteriza-se o plágio.
Existem duas formas de documentação:
a) documentação geral – é a conservação do material em pastas ou caixas. Geralmente, os materiais conservados são textos, apostilas, recortes de jornais e outros, organizados, de preferência, por temas, o que torna a busca pela informação mais demorada;
b) documentação bibliográfica – o material lido deve ser armazenado; as formas de organização e armazenamento
podem variar: organização por meio de citações, resumos, comentários, entre outros, e por meio do fichamento que, além de documentar o texto, registra, também, as informações da obra consultada.
Como fazer o registro das informações por meio do fichamento?
O fichamento constitui um procedimento utilizado na organização de dados da pesquisa dedocumentos;suafinalidadeéarquivar as principais informações
DIRETRIZES PARA ELABORAçãO DE TRABALhOS 67
DIR
ETR
IZE
S P
AR
A E
LAB
OR
Aç
ãO
DE
TR
AB
ALh
OS
Você deve ter respeito pelo trabalho de outros autores e a
consciência e o compromisso de citar a fonte de pesquisa.
das leituras feitas e auxiliar na identificaçãodaobraconsultada.
Asfichascompreendemumdosmaisvaliosos recursos de estudo; são utilizadas pelos pesquisadores para a realização de uma pesquisa.
Você poderá armazenar seu fichamentonocomputador,facilitando o acesso às informações na elaboração dos trabalhos acadêmicos. Se você criar esse hábito desde a primeira fase do curso, certamente facilitará o desenvolvimento e, também, a melhoria da qualidade em futuros trabalhos.
A estrutura mínima sugerida para umfichamentoé:
c) cabeçalho: pode ser dividido em apenas dois campos – o primeiro deve ser o título geral eosegundo,otítuloespecífico.Menciona-se, com este, o número da página;
d) referência: contempla a autoria, o título da obra, local de publicação, editora e ano de publicação;
e) corpo ou texto da ficha: desenvolve o conteúdo por meio de resumo ou citação.
A seguir, apresentamos um exemplo deficha.
Vamos conhecer duas formas para elaborarumfichamento:fichadetranscriçãoefichaderesumo.
Informe o título geral de estudo.
Informe o assunto específico de que trata o documento pesquisado.
Númerodapágina/totaldepáginas
Informe a referência da obra consultada, conforme Unidade 3, seções 3 e 4 do livro didático da disciplina.
Informe o local onde o documento se encontra.
Selecione as partes importantes do texto e elabore as citações, conforme orientações na Unidade 3, seções 1 e 2 do livro didático da disciplina.
Ficha de transcrição
CONSTRUíMOS A ficha de transcrição com a utilização de textos de obras, capítulos ouartigos.Nocorpodaficha,transcrevemos literalmente os textosquejulgamossignificativospara o nosso trabalho.
As transcrições podem ser:
a) citações diretas, com texto na íntegra;
b) citações com omissão de palavras.
Você deve observar todas as normas para elaboração de citações, de acordo com a ABNT. As citações deatétrêslinhasdevemficaremtexto corrido e entre aspas duplas. As citações que ultrapassarem três linhas devem ser destacadas embloco,4cmapósamargemesquerda, letra menor que a utilizada no texto, espaçamento entrelinhas simples, sem aspas.
METODOLOGIA CIENTíFICA68
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A Citação é a indicação de um texto
escrito por outro autor.
Consulte as normas
para a elaboração de citações na
Unidade 3 deste material.
Ficha de resumo
A FICHA DE RESUMO é uma síntese das principais ideias contidas na obra.Nessetipodeficha,vocêdeve elaborar uma síntese com suasprópriaspalavras.SegundoMedeiros (2004), é um dos recursos mais comuns na realização de pesquisasbibliográficas.
DIRETRIZES PARA ELABORAçãO DE TRABALhOS 69
DIR
ETR
IZE
S P
AR
A E
LAB
OR
Aç
ãO
DE
TR
AB
ALh
OS
Veja a seguir um exemplo de fichamentodetranscrição.
Introdução ao Marketing
Mix de Marketing 1
TULESKI, Yumi Mori. Mix de Marketing: 4 P’s (Produto, Preço, Promoção e Praça). Revista CEDET Outsourcing, São Paulo, n. 4, p. 1-9, maio 2009.
Acervo Particular de Luciano PaganiniO mix de marketing, também conhecido como composto de marketing ou 4 P’s, é o conjunto de ferramentas que a empresa utiliza para perseguir seus objetivos de marketing no mercado-alvo. Essas ferramentas são classificadasemquatrogruposamplos,os4P’sdemarketing: preço, produto, praça (ou canal) e promoção (ou comunicação). Esses termos vem do inglês product, price, place and promotion. (TULESKI, 2009, p. 1).
Paramelhordefinição,ChurchillePeter(2000apudTULESKI,2009,p.1)afirmamque“[...]umcompostodemarketingéacombinaçãode ferramentas estratégicas usadas para criar valor para os clientes e alcançarosobjetivosdaorganização.”
Sobrepreço,Tuleski(2009,p.3)definecomo“[...]volumededinheirocobradoporumprodutoe/ouserviço.Preçoéaquantidadededinheiro,bens ou serviços que deve ser dada para se adquirir a propriedade ou uso deumproduto.”
Título geral Títuloespecífico Númerodaficha
Referência
Localização da obra
Citação direta longa, com
indicação de autoria entre parênteses.
Citação de citação curta com omissão
de palavras.
Citação direta curta com omissão de
palavras, indicação de autoria entre
parênteses.
METODOLOGIA CIENTíFICA70
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
METODOLOGIA CIENTíFICA
Observeummodelodefichamentode resumo.
OMétodoCientífico
Maioreficiêncianosestudos 1
GALLIANO, Alfredo Guilherme. O método científico: teoria e prática. São Paulo: harbra, 1986. 200 p.
Biblioteca Unoesc
A obra de Galliano considera que, antes de iniciar o estudo de MetodologiaCientífica,éimportantesaberquenãoéum“bichodesetecabeças”,masquenecessitadeatençãoepersistência.
Énecessárioentenderométodoapartirdasprópriasexperiênciasvivenciadas no dia a dia, que existem métodos e técnicas e uma diferença fundamental entre ambos; o método é um conjunto de etapas a serem vivenciadas, e a técnica é um modo de fazer mais hábil, uma vez que um método permite a utilização de diferentes técnicas.
O autor também faz referência ao processo de acumulação e transmissão de conhecimento como a mola propulsora da ciência e do progresso da humanidade, e que o acúmulo de conhecimentos conduz ao aperfeiçoamento da mentalidade; é o desenvolvimento racional que desperta para a ciência propriamente dita.
Título geral Títuloespecífico Númerodaficha
Referência
Localização da obra
Corpo ou texto daficha
Com a difusão dos microcomputadores e dos processadores de texto, Medeiros (2004, p. 130) observa que hoje se tornou muito fácil armazenar informações em arquivos eletrônicos, com a vantagem de que não há limite de linhas, como o fichamentodepapel.Outragrandevantagem é a possibilidade de copiar textos, transferir informações de um local para outro, facilmente.
Dessa forma, você também podeintercalarofichamentode transcrição e de resumo, construindo parágrafos, resumindo
asideiasdoautorcomsuasprópriaspalavras e incluindo parágrafos com citações curtas e longas. Você determinaotipodefichaquevaiutilizar!
Quandofizerofichamento,lembre-se de utilizar as técnicas de leitura, aproveitando ao máximo o que estálendo,afimdecompreendere separar as partes que interessam àquela temática.
Você percebeu como o trabalho de pesquisa poderá ser facilitado, a partir da compilação dos dados, por meiodofichamento?
Você poderá encontrar mais informações sobre o fichamento no livro de Medeiros (2004, p. 114-130). Também, se você deseja conhecer outros exemplos de fichamento, leia Lakatos e Marconi (2003, p. 48-70).
SEÇÃO 2 DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE TRABALHOS
Muitas vezes, o estudante ou pesquisador, ao ser abordado para fazer um
trabalho,temdificuldadesdediferenciar as características quanto à estrutura, ao conteúdo ou à forma de apresentação inerentes a cada tipo de trabalho.
Segundo Lakatos e Marconi (2003, p. 234),ostrabalhoscientíficosdevemser elaborados de acordo com as normas preestabelecidas e com os finsaquesedestinam;devemserinéditos, e não apenas contribuir para a ampliação de conhecimentos ou à compreensão de certos problemas, mas também servir de
modelo ou oferecer subsídios a outros trabalhos.
Por que escrever um trabalho científico?Aprincipalrazãoé a necessidade de expressar os resultados de pesquisas, de reflexõesedeestudosrealizados,em determinado período, por solicitação dos professores ou espontaneamente; por isso, devemos pensar em comunicar de forma clara, precisa e objetiva. Contudo, segundo Oliveira (2003, p. 97-111), tambéménecessárioidentificarcaracterísticasespecíficasdecadatipodetrabalhocientífico.
Resumo
O RESUMO, independentemente de suaclassificação,deacordocomBernardes e Jovanovic (2005, p. 65), deve passar uma ideia completa do conteúdo do trabalho; por isso, deve informar a natureza do trabalho, o objeto tratado, os objetivos, a fundamentação que subsidiou
o estudo, os procedimentos metodológicosutilizadosparaa realização da pesquisa e as conclusões.
DIRETRIZES PARA ELABORAçãO DE TRABALhOS 71
DIR
ETR
IZE
S P
AR
A E
LAB
OR
Aç
ãO
DE
TR
AB
ALh
OS
Você já sabe escrever textos científicos? Não fique apreensivo, esse é um processo contínuo que você precisa exercitar!Na próxima seção, vamos diferenciar os tipos de trabalhos que, em geral, são solicitados pelos professores na universidade.
Vamos conhecer, nesta seção, as características
e os pré-requisitos de alguns tipos de trabalhos
científicos:resumo,resenha,paper, artigo, projeto
depesquisa,informecientíficoerelatório.
METODOLOGIA CIENTíFICA72
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
Você sabe o que deve conter o resumo?
Salomon (2001, p. 114-115), Medeiros (2004, p. 142-144) e Andrade (2001, p. 57) destacam itens importantes a ser observados na construção do resumo:
introduzir o assunto em poucas linhas, escrever de maneira geral sobre o tema. A primeira frase devesersignificativa,explicandoo tema;
identificaroobjetivoprincipaldo texto;
verificarosprocedimentosmetodológicos(quandohouver)utilizados na elaboração da pesquisa;
levantar os resultados e conclusões do autor;
seguiralógicaexpressapeloautor, valendo-se, para isso, do sumário, e incluir as principais partes do texto consultado, respeitando a ordem de apresentação das ideias ou fatos. De posse desses elementos, elaborar um plano de redação do resumo;
tomar por base o esquema ou plano de redação para fazer um rascunho, resumindo por capítulo ou partes;
fazerumareleituraparaverificarse há possibilidade de resumir mais,ouacrescentartópicosimportantes e refazer a redação;
fazer uso da terceira pessoa do singular e do verbo na voz ativa;
evitar o uso de citações, figuras,tabelas,gráficos,
fórmulas,equaçõesediagramas.
De acordo com Andrade (2001, p. 56-57) e Bernardes e Jovanovic (2005, p. 65-67), há vários tipos de resumo, cada um com características específicas,deacordocomsuasfinalidades.
a) Resumo informativo: deve expor informações do documento de forma que se dispense a consulta ao original.
apresenta as principais ideias contidas no texto, respeitando o posicionamento do autor, sem incluir opiniões ou comentários de quem o redige;
é escrito de forma clara, com indicação de parágrafo em cada ideia principal.
Resumir não é reproduzir frases do texto original, fazendo uma colagem de trechos do texto. No resumo, devemos exprimir, com nossas palavras, as ideias do texto, mantendo a intenção do autor. Para isso, é necessário compreender, antecipadamente, o conteúdo de todo o material.
b) Resumo crítico: como a própriadenominaçãoestabelece,esse tipo de resumo, além de apresentar as características do resumo informativo, mantém as ideias fundamentais, mas permite a manifestação da opinião e comentários por parte do autor do resumo. De acordo com a NBR 6028 (ASSOCIAçãO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2003), é também chamado de resenha.
c) Resumo de trabalhos científicos (descritivos): consiste na apresentação de forma condensada deumtrabalhocientífico(livro,artigo, dissertação, tese, etc.). De acordo com Severino (2006, p. 173), é preciso observar os seguintes itens:
o resumo deve ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões do texto consultado;
otextoéjustificado,em bloco único, sem parágrafos, espaçamento 1,5 entrelinhas;
a extensão recomendada, segundo a NBR 6028 (ASSOCIAçãO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003), é:
d) Sinopse: nesse tipo de resumo, indica-se o tema ou assunto da obra e suas partes principais. É um
resumo curto, elaborado apenas pelo autor da obra ou por seus editores.
Resenha
DE ACORDO COM Machado, Lousada e Abreu-Tradelli (2004, p. 69), a resenha é considerada uma síntese minuciosa ou comentário sobre uma obra. É uma espécie de resumo crítico; constitui um texto que
permite comentários, o que exige profundo conhecimento do assunto do resenhista, bem como capacidade crítica para discutir as ideias nele contidas.
DIRETRIZES PARA ELABORAçãO DE TRABALhOS 73
DIR
ETR
IZE
S P
AR
A E
LAB
OR
Aç
ãO
DE
TR
AB
ALh
OS
de 50 a 100 palavras para trabalhos com menor extensão
de 100 a 250 palavras paraartigosdeperiódicos
de 150 a 500 palavras pararelatóriosdepesquisa,comoTrabalhos de Conclusão de Curso, dissertações, teses e outros
o resumo deve limitar-se a expor objetivamente o conteúdo do texto, sem conter opiniões ou observações avaliativas, nem desdobramentos explicativos;
o resumo conclui-se com a indicação das palavras-chave.
Para saber mais sobre resumos, consulte: MACHADO, Anna Rachel; LOUSADA, Eliane; ABREU-TARDELLI, Lília Santos (Coord.). Resumo. São Paulo: Parábola Editorial, 2004. 69 p.
A estrutura da resenha descreve as propriedades da obra (descrição física da obra), relata credenciais do autor, resume a obra, apresenta as conclusões e a metodologia utilizada, expõe o quadro de referências em que o autor se baseou (narração), apresenta uma avaliação da obra e menciona a quem se destina (dissertação).
NascimentoePóvoas(2002,p.32-33) enfatizam que o resenhista,
além de incluir elementos informativos, acrescenta o seu julgamento; por isso, deve conhecer com profundidade o tema da obra analisada, bem como outras obras sobre o assunto. Segundo os autores, para elaborar uma resenha, devemos observar o seguinte roteiro:
3 Síntese dos principais elementos da obraa) Sobre o que trata a obra? b) Possui alguma característica especial?c) Como foi abordado o assunto?
4 Conclusão do autor da obra
5 Apreciação críticaa) Mérito da obra
– Qual a contribuição dada? – Ideias verdadeiras, originais, criativas? – Conhecimentos novos, amplos, abordagem diferente?
b) Estilo – Conciso, objetivo, simples? Claro, preciso, coerente?
c) Forma – há equilíbrio na disposição das partes?
d) Indicação da obra – A quem é dirigida: grande público, especialistas, estudantes?
Quadro 1: Estrutura de uma resenhaFonte:adaptadodeNascimentoePóvoas(2002,p.33-34).
A resenha pode ser descritiva, quando dispensa a apreciação de quem a elabora, ou crítica, quando exige apreciação de forma justificada;aopiniãopodeserconcordante, convergente ou divergente, parcial ou totalmente. É o que coloca Machado, Lousada e Abreu-Tradelli (2004, p. 69): “[...]oresenhista,deve,alémdeapresentar o resumo da obra a ser resenhada, expor suas considerações sobre aspectos positivos, valores e contribuições oferecidas pelo autor,
[...]indicaraspectosconsideradosnegativos diante da análise critica realizada.”
De modo geral, a resenha não deve ultrapassar quatro folhas, com espaçamento 1,5 entrelinhas.
Paper
O pApEr É uma contestação ou complementação de uma ideia ou obramediantejulgamentopróprio,em que procuramos apresentar, de forma concisa, objetiva e organizada, as ideias principais contidas em um livro, artigo de periódico,dejornal,dainternet,etc.
Ébaseadoempesquisabibliográfica,mas, se apenas compilar
informações sem efetuar avaliações ou interpretações sobre elas, o resultadoseráumrelatório,enãoum paper. Neste, o pesquisador desenvolve seu ponto de vista sobre determinado tema, toma uma posição e a expressa de forma original.
De acordo com Beuren (2003, p. 35-36), para a elaboração de um paper, devemos:
limitar ao máximo o número de citações e transcrições do texto original;
contemplar um título que apresente de forma ampla o assunto a ser tratado;
fazer uma introdução que ofereça visualização sobre o que versa o paper;
explanar as ideias do texto original por meio do desenvolvimento;
concluir o paper em consonância com o que foi contemplado anteriormente;
respeitar um número máximo de páginas, normalmente duas ou três, o que demonstra capacidade de síntese do autor.
Conforme Prestes (2003, p. 35), apresenta-se o paper em texto corrido, sem subdivisões de seções, contendo introdução, desenvolvimento e conclusão. Deve-se, também, apresentar o resumo antes do texto e as referências ao final.
DIRETRIZES PARA ELABORAçãO DE TRABALhOS 75
DIR
ETR
IZE
S P
AR
A E
LAB
OR
Aç
ãO
DE
TR
AB
ALh
OS
Nascimento e Póvoas (2002, p. 34-35) apresentam o exemplo de uma resenha, bem como Machado, Lousada e Abreu-Tardelli (2004). Vale a pena consultar as obras!
Como redigir um paper?
Artigo
SEGUNDO TREVISOL (2009, p. 19), oartigocientífico“[...]éum‘mensageiro’ da ciência; existe para comunicar o conhecimento, preferencialmente um dado novo ou um olhar distinto sobre determinado temaouobjetodeestudos.”
Consiste no resultado de umproblemacientíficooudesenvolvimento de uma pesquisa que pode ser publicado em revistas técnicas, jornais ou boletins. De acordo com a NBR 6023 (ASSOCIAçãO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2003), em sua estrutura, deve conter elementos pré-textuais (título, autoria, resumo e relação de palavras-chave na língua do texto), elementos textuais (introdução, desenvolvimento, conclusão)eelementospós-textuais(título, resumo e palavras-chave em língua estrangeira, nota(s) explicativa(s), referências, glossário, apêndice e anexos).
Quanto ao desenvolvimento, este pode ser organizado em seções e subseções.
Projeto de pesquisa
O PRIMEIRO PASSO a ser dado por aquele que se propõe a desenvolver uma pesquisa é a escolha do assunto, isso dá início ao planejamento. A escolha certa do assunto-tema é fundamental, segundo Martins (2007, p. 19), mas selecionar um tema não é tarefa tão fácil! O assunto de uma pesquisa deve tratar de um tema que necessite de melhores definições,novosrelacionamentosentre variáveis, maior precisão, enfim,umtemaqueexijamaioraprofundamento ou dilatação de suas fronteiras.
A estrutura para elaboração do projeto de pesquisa deve a NBR 15287 (ASSOCIAçãO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2005), contendo as seguintes etapas:
a) apresentação - compreende a capa e a folha de rosto.
Nessa fase, a questão do título é importante, pois devemos deixar claro para quem o lê o que pretendemos estudar; devemos formular uma ideia clara do que o assunto vai tratar e motivar para a continuação da leitura (despertar o interesse). Pode comportar um subtítulo; nesse caso, o título será maisabrangente,ficandoacaracterização para o subtítulo;
b) sumário – apresenta os títulos e subtítulos das seções abordadas no estudo, na mesma sequência egrafiaqueaparecedentrodotexto, seguidos da página de localização;
c) resumo – síntese dos principais pontos abordados no projeto;
d) justificativa- responde o
METODOLOGIA CIENTíFICA76
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
Para saber mais, consulte: TREVISOL, Joviles Vitório. Diretrizes para elaboração de artigos científicos. Joaçaba: Ed. Unoesc, 2009. 79 p. (Metodologia do trabalho científico).
porquê da pesquisa mediante três ideias básicas: atualidade do tema, importância e benefício que poderá trazer. Quando você desenvolverajustificativa,algumasquestõesreflexivaspoderão auxiliá-lo: o tema é relevante? Por quê? Quais os pontos positivos que você percebe na abordagem proposta? Que vantagens e benefícios você pressupõe que sua pesquisa irá proporcionar? A redação da justificativadevecarregarboadose de criatividade e capacidade de convencimento;
e) problema da pesquisa - trabalha com a descrição e delimitação da pesquisa. Conforme Strieder (2009, p. 37), “O problema umavezdefinidoindicaotipodepesquisacientíficaaserrealizada, também, determina aescolhametodológicaeastécnicasadequadas[...]”;
f) objetivos - uma vez caracterizado o problema de pesquisa, cabe deixar claro nos objetivos o que realmente pretendemos com a pesquisa, os objetivos devem iniciarcomverbosnoinfinitivoquesugiramumaaçãoespecífica,para chegar à possível solução do problema;
g) questões de pesquisa - abre o grande problema em questões específicasquepretendepesquisar; estão diretamente ligadasaosobjetivosespecíficos;
h) referencialteóricooulevantamentobibliográfico- etapa fundamental da pesquisa, pois proporciona uma revisão sobre a literatura referente ao assunto. Nessa fase, você deverá responder às seguintes questões: quem já escreveu
e o que já foi publicado sobre o assunto? Que aspectos já foram abordados? Quais as lacunas existentes na literatura? Obtemos, ainda, subsídios para elaborarumhistóricodaquestão,bem como uma avaliação dos trabalhos publicados sobre o tema. É a consulta que fazemos em documentos, textos (livros, revistas, apostilas, internet, etc.).Afundamentaçãocientíficaou revisão de literatura em um projeto não necessita ser longa ou profunda, porém deve constar de citações dos principais autores da área de estudo, aplicando-se, para tanto, as normas ABNT;
i) metodologia - descreve a forma como será executada a pesquisa, os passos que serão dados para atingir o objetivo proposto. A especificaçãodametodologiadoprojeto é a que abrange maior número de itens, pois responde às questões: Como? Com quê? Onde fazer? Quanto? Quando? Os itens a seguir estão contidos na metodologia e devem estar interligados;
j) cronograma - a elaboração do cronograma responde à pergunta quando? O projeto desde a elaboração passa por etapas, e estas devem ser previstas em cronograma, no qual indicamos as atividades e o tempo necessário à sua execução. Paralelo a este, você poderá fazer um plano de trabalho;
k) orçamento - prevê as despesas para a realização da pesquisa;
l) referências - lista as obras utilizadas na pesquisa bibliográficaouemrevisãodeliteratura.
DIRETRIZES PARA ELABORAçãO DE TRABALhOS 77
DIR
ETR
IZE
S P
AR
A E
LAB
OR
Aç
ãO
DE
TR
AB
ALh
OS
Para mais informações sobre o assunto, consulte: STRIEDER, Roque. Diretrizes para elaboração de projetos de pesquisa. Joaçaba: Ed. Unoesc, 2009. 64 p. (Metodologia do trabalho científico).
Informe científico
Relatórios
É O MAIS breve dos trabalhos científicos;restringe-seaorelatoderesultados, parcial ou total, de uma pesquisa, de forma sintetizada, com objetivo de esclarecer ou atualizar informações ao público interessado.
Para Prestes (2003, p. 35), o informe científicoéutilizadoparadarconhecimento de resultados parciais de pesquisas em andamento, ou de
resultadosfinaisdeumaetapadeinvestigaçãocientífica.Éumtextosintético, estruturado em forma de artigocientífico,noqualconstamas primeiras descobertas realizadas, asdificuldadesencontradasouprevistas, os procedimentos utilizados(campo,laboratóriooubibliográfico),adatadarealizaçãodos estudos e os resultados.
NO DECORRER DA vida acadêmica, opesquisadorapresentarelatórios,querfinanciadospelainstituição,quer para cumprir disciplinas, quepodemserclassificadosemrelatórioscientíficos,empresariais,de inquérito administrativo ou policial, contábeis, de estágio, visitas, viagens, etc. Devemos levaremconsideraçãoafinalidade(Relatar o quê? Para quem?).
Apresentamos, a seguir, um resumo dos elementos básicos para a estruturadeumrelatório,conforme norma NBR 14724 (ASSOCIAçãO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2005).
a) capa – nome da entidade, nome doautor,títulodorelatório,local e data;
b) folha de rosto – nome do autor, títulodorelatório,informeem bloco do tipo de trabalho, orientador, local e data;
c) resumo – condensação de pontos mais relevantes do trabalho;
d) sumário – para indicar as principais subdivisões e a paginação;
e) introdução – objetivo do relatório,suascircunstânciaseideia central;
f) desenvolvimento – composto por três partes: a descrição do contexto, do desenvolvimento dos fatos ou de experiências; a análise crítica baseada em argumentos precisos, objetivos; a enumeração dos resultados, apresentação das propostas, entre outros;
g) conclusão – apresenta o resultado. Na conclusão, não devemos introduzir elementos novos, apenas retomar o que já foi explicitado na introdução
METODOLOGIA CIENTíFICA78
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
e no desenvolvimento, acrescentando as conclusões logicamente decorrentes dos fatos observados;
h) referências – além das referências consultadas que
devemosapresentaraofinale de acordo com as normas da ABNT, podemos apresentar as demais referências utilizadas de forma indireta como base do texto.
DIRETRIZES PARA ELABORAçãO DE TRABALhOS 79
DIR
ETR
IZE
S P
AR
A E
LAB
OR
Aç
ãO
DE
TR
AB
ALh
OS
Recomendações úteis ao elaborar um trabalho:
Cite autores, reforçando seu ponto de vista e enriquecendo
alguns argumentos consistentes.
Ilustre o trabalho com dados estatísticos comentados,
gráficosefigurasquemelhoremacompreensãodotexto.
Useumencadeamentológicoecoerentedotema
abordado e organize as referências relacionando todos
osdocumentosconsultados–livros,periódicoseoutros
documentos (MIRANDA NETO, 2005, p. 15-16).
Autoavaliação 5
Assinale V se a alternativa for verdadeira e F se for falsa.
) ( A resenha é um resumo crítico, que permite comentários e juízo de valor, a partir da comparação de um texto com mais obras da mesma área.
) ( O resumo é utilizado para condensar um conteúdo, procurando reproduzir frases do texto original na sua construção.
) ( No paper, o pesquisador pode desenvolver seu ponto de vista sobre determinado tema, uma tomada de posição e a expressão dos pensamentos de forma original.
SegundoDemo(2000,p.161),otrabalhocientíficolevaoalunoaaprendermelhoreatornar-seumprofissionalcapazdeusarapesquisacomoprocesso permanente de aprender, de renovar sua competência.
Nas primeiras unidades, você estudou sobre o método e a técnica, sobre a importância da leitura e a prática da documentação, sobre a elaboração de citações e referências; essas informações serão utilizadas para o desenvolvimentodetrabalhoscientíficos.
Nesta unidade, você conhecerá as etapas, os padrões de apresentação visualeoselementosquecompõemumtrabalhocientífico,normatizadospela ABNT, que visam à universalização dos padrões de editoração de textos impressos.
Éimportantedestacarque,paraaelaboraçãodeumtrabalhocientífico,você deverá ter em mente a ordenação das etapas correspondentes à sequência da investigação, bem como apresentar clareza e qualidade na escrita, linguagem clara, objetiva e direta.
SEÇÃO 1 ESTRUTURA E APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
Como estruturar e apresentar umtrabalhocientífico?
Azevedo (2004, p. 118) compara a estruturação de um trabalho a uma construção, na qual o pedreiro faz com que cada tijolo apoie o que lheépostosequencialmente,afimde que cada um contribua para a harmonia do conjunto; desse modo, na estruturação do texto, devemos observaralógicanaordenaçãodas etapas; assim, estas poderão contribuir para o entendimento do texto em sua totalidade.
Como em toda obra, precisamos planejar a estrutura do nosso trabalho; por isso, sugerimos que, antes de iniciar a digitação
do seu trabalho, abra um novo documento no editor de textos de sua preferência e observe as regras gerais de apresentação e os elementos que farão parte da estrutura do seu trabalho.
É importante destacar que a ABNT estabelece regras de apresentação e faz recomendações de formatação, pois o projeto gráficoéderesponsabilidadedoautor/orientadordotrabalho.Neste material, seguimos as recomendações apresentadas na norma NBR 14724 (ASSOCIAçãO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2005).
Formatação geral
Folha:naconfiguraçãodapágina,escolhemos papel no formato A4 (21 x 29,7 cm). Lembre-se de que, na hora da impressão, devemos utilizar papel na cor branca.
Margens: 3 cm à esquerda, 2 cm à direita, 3 cm na parte superior e 2 cm na parte inferior.
ESTRUTURA DE TRABALhOS CIENTíFICOS 81
ES
TRU
TUR
A D
E T
RA
BA
LhO
S C
IEN
TíFI
CO
S
3 cm
2 cm
3 cm 2 cm
Fonte: a ABNT não determina o tipo de letra a ser utilizada, porém recomendamos as fontes Times New roman ou Arial, na cor preta. O tamanho da fonte é 12 para todo o texto, incluindo títulos de seções e subseções; as exceções são as citações diretas longas, notas de rodapé, paginação e legendas das ilustrações e tabelas, que devem ser digitadas em fonte menor.
Parágrafos: sugerimos que se mantenham as medidas-padrão do editor de textos que você utiliza, em geral de 1,25 cm.
Espaçamento entrelinhas: todo o texto deve apresentar espaçamento entrelinhas de 1,5, com exceção das citações diretas longas, notas de rodapé, referências, legendas das ilustrações e das tabelas, fichacatalográficaeanaturezado trabalho, que devem ser apresentadas em espaço simples.
Formatação dos títulos e subtítulos
Espaçamento de títulos e subtítulos: são separados por dois espaços de 1,5 entrelinhas antes e depois de texto.
Títulos das seções: todos os títulos das seções primárias devem ser digitados em letra maiúscula, em negrito; devem iniciar em nova página, mesmo que haja espaço útil na página anterior.
Os títulos dos elementos pré-textuais e pós-textuais não são
numerados e têm alinhamento centralizado.
Os títulos dos elementos textuais são numerados progressivamente e devem ser alinhados à margem esquerda, com o numeral separado por um único espaço. Observe a numeração e formatação dos títulos e subtítulos indicados no exemplo.
METODOLOGIA CIENTíFICA82
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
Paginação
AS PáGINAS SãO contadas sequencialmente a partir da folha derosto,porémonúmerosódeveaparecer a partir da introdução do trabalho. Numeram-se, inclusive, as folhas que iniciam as seções e todososelementospós-textuaisqueo trabalho apresentar; os números devem ser em algarismos arábicos
(1, 2, 3, 4...), no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda.
Acompanhe, a seguir, um exemplo ilustrativo com os principais elementos para a apresentação de trabalhos acadêmicos.
Exemplo de estruturação de um trabalho acadêmico:
CAPA
1. INTRODUÇÃO
2.2 SUBTíTULO 2
FOLhA
DE
ROSTO
2. TÍTULO PRINCIPAL
2.1 SUBTíTULO 1
RESUMO
Palavras-chave:
3. CONCLUSÃO
SUMáRIO
1 INTRODUÇÃO............42 TÍTULO PRINCIPAL ...52.1 SUBTíTULO 1 ..........52.1.1 Subtítulo ...........72.2 SUBTíTULO 2..........83 CONCLUSÃO ........... 10REFERÊNCIAS ............ 11
2.1.1 Subtítulo
REFERÊNCIAS
ESTRUTURA DE TRABALhOS CIENTíFICOS 83
ES
TRU
TUR
A D
E T
RA
BA
LhO
S C
IEN
TíFI
CO
S
1 INTRODUÇÃO Caixa-alta, em negrito 2 TÍTULO PRINCIPAL 2.1 SUBTíTULO 1 Caixa-alta, sem negrito 2.1.1 Subtítulo Caixa-baixa, com negrito 2.1.1.1 Subtítulo Caixa-baixa, sem negrito 2.1.1.1.1 Subtítulo Caixa-baixa, sem negrito, em itálico 2.2 SUBTíTULO 2 3 CONCLUSÃO REFERÊNCIAS
4
8
5
9
6
10
7
11
METODOLOGIA CIENTíFICA84
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
Observe que a numeração de páginas é contada a partir da folha de rosto, e os números aparecem alinhados à margem superior direita. No exemplo, os títulos centralizados são apenas resumo, sumário e referências; os demais são alinhados à margem esquerda da folha. Sintetizamos os aspectos gráficos de um trabalho científico; por isso, você deve estar se perguntando: o que são elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais?
Os elementos pré-textuais são aqueles que antecedem o corpo do trabalho, apresentam elementos que ajudamnaidentificaçãoeutilizaçãodo seu trabalho; o corpo do trabalho são os elementos textuais, nos quais você faz a exposição do texto queproduziu/pesquisou;aspartesque complementam o trabalho, queaparecemapósocorpo,sãooselementos pós-textuais.
Segundo a NBR 14724 (ASSOCIAçãO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2005), em cada parte da estrutura deumtrabalhocientífico,háelementosobrigatórioseopcionais.Oselementosobrigatóriosdevem ser apresentados em teses, dissertações, trabalhos de especialização, Trabalhos de ConclusãodeCurso(TCC),relatóriosde estágio, conforme o Quadro 1. Entretanto, em outros trabalhos de menor extensão, não é necessário apresentar folha de aprovação e resumo em língua estrangeira.
ELEMENTOS PRé-TEXTUAIS ELEMENTOS TEXTUAISCapa*Lombada Folha de rosto* ErrataFolha de aprovação*Dedicatória(s)Agradecimento(s)EpígrafeResumo em português*Resumo em língua estrangeira* Lista de ilustrações Lista de tabelas Lista de abreviaturas e siglas Lista de símbolos
Introdução* Desenvolvimento* Conclusão*
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAISReferências*GlossárioApêndice(s)Anexo(s) Índice(s)(sóparaAnaisdeeventos)
Quadro 1 – Disposição dos elementosFonte: adaptado da NBR 14724 (ASSOCIAçãO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2005).*DeacordocomaNBR14724(ASSOCIAÇÃOBRASILEIRADENORMASTÉCNICAS,2005),oselementossãoobrigatóriosnaapresentaçãodeumtrabalhoacadêmico,osdemais são opcionais.
Nesta seção, conhecemos a estrutura e as regras gerais para a apresentação dos trabalhos científicos. Você conseguiu compreender o que são os elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais? Na próxima seção, vamos verificar o que representa cada elemento da estrutura e a forma de apresentação dos elementos obrigatórios.
SEÇÃO 2 ELEMENTOS PRé-TEXTUAIS
Os elementos pré-textuais antecedem o texto, conferindo a ele referências
paraasuaidentificaçãoeutilização.
Capa
A CAPA É UMA proteção externa, que reveste o trabalho; deve apresentar somente as informações necessárias àidentificaçãodotrabalho,obedecendo à seguinte ordem:
a) nome da instituição;
b) nome do autor do trabalho;
c) título e subtítulo (se houver);
d) local (cidade da instituição à qual se entrega o trabalho);
e) ano da entrega do trabalho.
UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA – UNOESC
SAMUEL JULIANO RIBEIRO DE SOUZA
BANCO DE DADOS E SUAS APLICAçõES
Videira2005
Nome da instituição
Nome do autor
Título e subtítulo (se houver)
LocalAno
Observe que todos os elementos devem ser centralizados e os textos devem estar em letras MAIÚSCULAS, com exceção do local.
ESTRUTURA DE TRABALhOS CIENTíFICOS 85
ES
TRU
TUR
A D
E T
RA
BA
LhO
S C
IEN
TíFI
CO
S
Vamos conhecer os elementos pré-textuais?Lembre-se de que alguns elementos são obrigatórios e outros são opcionais, dependendo do tipo de trabalho.
Folha de rosto
A FOLhA DE ROSTO deve conter todos os dados necessários à identificaçãodotrabalho.AABNTnão indica as medidas, mas estabelece as informações que devem ser apresentadas:
a) nome do autor;
b) título e subtítulo (se houver);
c) finalidade/naturezadotrabalho
(deve apresentar o objetivo do trabalho);
d) nome do orientador ou professor que solicitou o trabalho;
e) local (cidade da instituição à qual se entrega o trabalho);
f) ano da entrega do trabalho.
SAMUEL JULIANO RIBEIRO DE SOUZA
BANCO DE DADOS E SUAS APLICAçõES
Trabalho de Conclusão de
Curso apresentado ao Curso
de Ciências da Computação
da Universidade do Oeste de
Santa Catarina como requisito
parcial à obtenção do grau de
Bacharel em Computação.
Orientadora: Profa. Maria Tereza Reis Mendes
Videira
2005
Nome do autor
Natureza do trabalho
Fonte menor que a utilizada no texto; espaçamento entrelinhas simples; recuo entre 6 cm e 8
cm, a partir da margem
Nome do professor Alinhamento à esquerda
Título e subtítuloCentralizados
Local CentralizadosAno
A seguir, apresentamos alguns exemplosdetextoparaidentificarafinalidadeounaturezadotrabalho:
Trabalho da disciplina MetodologiaCientífica,Cursode Engenharia Elétrica, área das Ciências Exatas e da Terra, Universidade do Oeste de Santa Catarina Campus de Joaçaba.
Orientador: Prof. xxxxx Yyyyy.
Projeto de pesquisa apresentado à disciplina Sociologia da Educação, Curso de Pedagogia, área das Ciências humanas e Sociais, Universidade do Oeste de Santa Catarina Campus de São Miguel do Oeste.
Orientador: Prof. xxxxx Yyyyy.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para obtenção do título de Bacharel em Administração, área das Ciências Sociais Aplicadas, Curso de Administração, Universidade do Oeste de Santa Catarina Campus de xanxerê.
Orientador: Prof. xxxxx Yyyyy.
86
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
METODOLOGIA CIENTíFICA
Dedicatória
Agradecimentos
Epígrafe
Resumo
É UM ELEMENTO opcional. Você pode registrar uma homenagem para determinadas pessoas ou instituição. Cuide para que o
número de pessoas não seja muito elevado. Você não precisa colocar o títuloDedicatória.
É TAMBÉM UM elemento opcional. Você deve centralizar na parte superior da folha o título AGRADECIMENTOS. Nessa página, você pode mencionar o nome de pessoas ou instituição que
colaboraram de maneira relevante para a elaboração do trabalho, deve ser breve, indicando o motivo da gratidão.
É OUTRO ELEMENTO opcional. Você não precisa indicar o título. Trata-se de uma frase, um pensamento ou mesmo um poema que tenha relação
direta com o assunto do trabalho ou quaisquer fatos relacionados à construção dele, seguidos da autoria.
COM BASE NA NBR 6028 (ASSOCIAçãO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003), destacamos que o resumo apresenta, de forma relevante, os pontos principais do trabalho. É composto por uma sequência de frases claras, afirmativas,enãodeenumeraçãodetópicos.Vocêdeveressaltarclaramente o objetivo, o método, os resultados e as conclusões obtidas no estudo.
No resumo, utilizamos a terceira pessoa do singular, na voz ativa. O espaçamento é 1,5 entrelinhas, redigido em um único parágrafo. A extensão do resumo em trabalhos acadêmicos pode variar de 150 a 500 palavras. O título Resumo
é escrito em letras maiúsculas, negrito e centralizado. Logo abaixo do resumo, apresentamos as palavras-chave do trabalho, também chamadas de unitermos ou descritores, separadas entre si porpontoefinalizadastambémporponto. Essas palavras servem para a catalogação dos trabalhos na biblioteca.
Catalogação é a elaboração préviadaficha
catalográficadeumdocumentobibliográfico,
de forma que ela já venha impressa na obra publicada (FERREIRA,
2004).
ESTRUTURA DE TRABALhOS CIENTíFICOS 87
ES
TRU
TUR
A D
E T
RA
BA
LhO
S C
IEN
TíFI
CO
S
Além de apresentar o resumo em língua portuguesa, você deverá acrescentar, na sequência, a tradução do resumo em um idioma de divulgação internacional (em inglês – Abstract, em espanhol –
resumen, em francês – resumé), com as mesmas características do resumo em língua vernácula. Deve conter as palavras-chave na língua empregada (keywords, no caso do inglês).
Lista de ilustrações
AS ILUSTRAçõES SãO classificadascomo: desenhos, esquemas, fluxogramas,fotografias,gráficos,mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos e outros. É um elemento opcional, depende da relevância e da quantidade de ilustrações que o seu trabalho apresenta. Deve ser elaborada de acordo com a ordem em que aparecem no texto, designando o nome e o número da página em que se encontram.
METODOLOGIA CIENTíFICA88
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
RESUMO
A gestão das competências constitui uma nova abordagem de gerar
melhorias no panorama da competitividade das organizações.
O objetivo deste projeto de pesquisa é desenvolver um estudo
no sentido de avaliar a possível inter-relação entre gestão de
por meio de técnicas interpretativas para as entrevistas e de
ferramentas estatísticas para os questionários. Os resultados são
a geração de conhecimentos aplicáveis à melhoria de processos de
gestão de competências e a checagem do impacto dessa gestão sobre
a qualidade dos serviços prestados.
Palavras-chave: Qualidade. Gestão de competências. Serviços
Educação superior.
Contextualização do assunto
Objetivos
Procedimentosmetodológicos
Resultados
Palavras-chave
Lista de tabelas
ELEMENTO OPCIONAL. A lista de tabelasdeveserinseridaapósalista de ilustrações e está inclusa no grupo dos elementos pré-textuais. De acordo com Prestes (2003, p. 45), apresenta informações de elementos com tratamento estatístico. Deve ser elaborada de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item designado por seu títuloespecífico,acompanhadodorespectivo número da página.
É importante destacar que a construção da(s) tabela(s) deve obedecer às Normas de Apresentação Tabular, publicadas pelo IBGE (1993).
Observe o exemplo de indicação da tabela no texto e também na referência.
ESTRUTURA DE TRABALhOS CIENTíFICOS 89
ES
TRU
TUR
A D
E T
RA
BA
LhO
S C
IEN
TíFI
CO
S
Observe o exemplo de indicação da ilustração no texto e também na referência.
Mapa 1: Dinâmica da vegetação na bacia do sul da AmazôniaFonte: Embrapa (2006).
Na referência:
EMBRAPA. Dinâmica da vegetação na bacia do Sul da Amazônia, 2006.Disponívelem:<http://www.spot4.cnpm.embrapa.br/fotos/areaspot.gif>.Acessoem:5dez.2006.
Lista de abreviaturas, siglas e símbolos
Sumário
É UM ELEMENTO opcional. Conforme Cruz, Perota e Mendes (2004, p. 14), relacionamos, em ordem alfabética, as abreviaturas e siglas utilizadas no texto, acompanhadas das palavras ou expressões
correspondentes destacadas no texto. É aconselhável elaborar listas separadas para cada um dos elementos (abreviaturas, siglas e símbolos), em virtude da quantidade.
SEGUNDO PRESTES (2003, p. 45),osumáriotemafinalidadede atribuir uma visão geral do trabalho, localizando o assunto procurado. De acordo com a NBR 6027 (ASSOCIAçãO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003), ele deve ser apresentado da seguinte forma:
o título Sumário deve ser indicado na forma centralizada, em letras maiúsculas e negrito;
os elementos pré-textuais não devem ser apresentados;
os números das seções e subseções devem ser alinhados à margem esquerda, sem nenhum destaque independentemente da hierarquia;
os títulos e subtítulos devem ser apresentados da mesma forma que aparecem no corpo do trabalho;
apóstítulosousubtítulos,alinha deve ser pontilhada até a indicação do número da página; para esse pontilhado não se usa negrito;
o número da primeira página em que se inicia o título ou o subtítulodeveserjustificadoàdireita,apóspontilhado,depoisdo título ou subtítulo;
o espaçamento entrelinhas é 1,5.
METODOLOGIA CIENTíFICA90
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
Tabela 1: Financiamento tabela price
ANO SALDO INICIAL PRESTAÇÃO JUROS AMORTIZAÇÃO SALDO FINAL
2001 1.230,00 494,60 123,00 371,60 858,40
2002 858,40 494,60 85,84 408,76 449,64
2003 449,64 494,60 44,96 449,64 0,00
Total 1.483,80 253,80 1.230,00
Fonte: Novello, Menegat e Rover (2004, p. 89).
Na referência:
NOVELLO, Aliciane; MENEGAT, Valdenir; ROVER, Ardinete. Operações de leasing como fator de competitividade. Revista de Administração, Contabilidade e Economia (RACE), Joaçaba: Ed. Unoesc, v. 3, n. 1, p. 79-92, 2004.
Os títulos devem ser formatados da mesma forma em que aparecem no
texto.
SEÇÃO 3 ELEMENTOS TEXTUAIS
Um trabalho acadêmico pode ser um documento que representa o resultado
de um esforço intelectual voltado tanto ao aprendizado de determinado conteúdo quanto ao desenvolvimento da capacidade de análise, desenvolvimento e síntese.
O que devo fazer antes de começar a escrever um texto?!
Para elaborar um trabalho, você devedefinirotemadeestudo,as principais questões de que irá tratar; mas, para isso, é essencial umbomembasamentoteórico.Pesquiseemlivros,periódicos,recursos eletrônicos e em outros
meios informações sobre a temática que pretende desenvolver em sua pesquisa. Com essas informações, você já pode começar a escrever o texto. Procure acrescentar suasprópriasideias,alinhadasaos autores os quais pesquisou, seguindo, é claro, a estrutura para a elaboração do trabalho.
Vamosverificaroselementostextuais que compõem a parte fundamental de um trabalho: introdução, desenvolvimento e conclusão.
ESTRUTURA DE TRABALhOS CIENTíFICOS 91
ES
TRU
TUR
A D
E T
RA
BA
LhO
S C
IEN
TíFI
CO
S
Você compreendeu o que são elementos pré-textuais e como estruturá-los para a elaboração do seu trabalho?Na próxima seção, vamos falar sobre os elementos textuais: introdução, desenvolvimento e conclusão. Vamos lá?!
Introdução
É A PARTE INICIAL do texto, na qual o assunto é apresentado em sua totalidade de maneira clara, precisa e sintética e tem a função de situar o leitor no contexto do tema pesquisado. Deve descrever, sucintamente, os objetivos e as razões que o levaram a realizar o estudo.
Introduzir é convidar o leitor a conhecer o que escrevemos; para tanto,éprecisorefletirsobreoassuntoabordado,afimdeconstruirideias de forma convincente.
De acordo com Bastos et al. (2002, p. 64), a introdução é a primeira impressão que o leitor tem do trabalho; por isso, é importante estar claro o que já foi escrito a respeito do assunto abordado, a relevância do assunto, os objetivos do trabalho, a apresentação dos
procedimentos adotados no decorrer da pesquisa. Segundo Beuren (2003, p. 171), para facilitar a leitura e o entendimento do assunto, a introdução pode ser estruturada por subtítulos.
A redação do texto, na introdução, deve conter quatro ideias básicas – respostas às perguntas:
Que fazer? O que será tematizado?
Por que fazer? Por que foi escolhido o tema?
Quais são as contribuições esperadas?
Como fazer? Qual será a trajetóriadesenvolvidaparaa construção do trabalho empreendido?
Observe que a leitura é muito importante nessa fase, pois é a partir das informações coletadas dos textos lidos que você poderá redigir seu próprio texto.
Comece a escrever. Mesmo com vocabulário mais simples, escreva! é um exercício! Você verá que redigir textos não é tão difícil; entretanto, é preciso ler para enriquecer seu vocabulário e aumentar seus conhecimentos. Quanto mais você ler, mais subsídios terá para escrever!
E o desenvolvimento? O que fazer?!
Desenvolvimento
É NO DESENVOLVIMENTO do trabalho que reunimos, analisamos e discutimos as ideias de vários autores sobre o tema de estudo; porém, para a realização dessa etapa, o acadêmico já deve ter compilado alguns textos, por
meio de anotações, comentários, resenhas,citaçõesemfichasdeleitura. É muito oportuno que você retome algumas orientações para a leitura e produção de textos, apresentadas na Unidade 2, pois a
METODOLOGIA CIENTíFICA92
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
qualidade de seu trabalho depende da riqueza de seus apontamentos.
No desenvolvimento do trabalho, concentra-se a fundamentação teórica,consideradaaparteprincipal do texto que promove a discussãocientíficaecomprovaideias enunciadas na pesquisa. Para redigir o desenvolvimento do texto, você precisa recorrer às citações que, com as suas inferências e deduções a partir das ideias dos autores citados, promovem a cientificidadedoseutrabalho.
De acordo com Salomon (2001, p. 351), é preciso que o trabalho siga umalógicanaexposição;então,paraelaborarumtextocientífico,procure escrever com objetividade, clareza e simplicidade.
Mas como estruturar o desenvolvimento do trabalho?
De acordo com a extensão do trabalho, é conveniente que
você faça divisões entre títulos e subtítulos, conforme vimos na Seção 1 deste material. O bom senso, segundo Bastos et al. (2002, p. 65), indica que o trabalho deve ser dividido, ao menos, em duas partes, pois não dividir é considerar tudo dentro da mesma hierarquia – questões principais iguais às questões secundárias. A divisão em partes, portanto, comporta subdivisões, uma vez que as questões principais estão constituídas em partes; assim, é preciso, em seguida, esmiuçar, isto é, escrever com detalhes. Toda e qualquer parte da divisão e subdivisão deve ser anunciada (introduzida) com um encadeamento no assunto abordado no trabalho.
Na elaboração de textos, quando houver uma palavra em outro idioma, devemos destacá-la em itálico,afimdediferenciá-la.
Conclusão
É O ÚLTIMO elemento textual, é a síntese dos resultados do trabalho, uma recapitulação sintética dos resultados oriundos da discussão apresentada no desenvolvimento, ressaltando o alcance e as consequências de suas contribuições.
Sua função é destacar essas deduções de modo que respondam
às questões apresentadas na introdução.
Deve ser um texto breve, baseado em dados comprovados e sem o uso de citações.
ESTRUTURA DE TRABALhOS CIENTíFICOS 93
ES
TRU
TUR
A D
E T
RA
BA
LhO
S C
IEN
TíFI
CO
S
Lembre-se de que os autores citados no corpo do trabalho
Complementam o trabalho e sãoapresentadoslogoapósoselementos textuais, como:
referências;
glossário;
apêndices;
anexos;
índice.
Referências
AS REFERêNCIAS SãO elemento obrigatório.Otítulodeveserapresentado em letras maiúsculas, em negrito, com alinhamento centralizado.
As referências devem ser apresentadas em ordem alfabética do sobrenome do primeiro autor responsável pela obra, alinhadas à margem esquerda da página, com espaçamento entrelinhas simples, separadas entre si por dois espaços simples.
Na lista de referências, você deve apresentar a referência de todas as fontes citadas no texto. Para elaborar as referências, consulte a unidadeespecífica.
METODOLOGIA CIENTíFICA94
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
Certamente, você vai precisar de certo tempo para ler, reler, documentar, analisar, escrever, reescrever, a fim de elaborar a introdução, o desenvolvimento e a conclusão do seu trabalho. Para finalizar a estrutura do seu trabalho, falta somente conhecermos o que compõe os elementos pós-textuais. Vamos à próxima seção?
Vamos conhecer os elementos pós-textuais ?Lembre-se de que alguns elementos são obrigatórios e outros são opcionais, dependendo do tipo de trabalho.
REFERêNCIAS
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologiadotrabalhocientífico:elaboraçãodetrabalhos de graduação. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2001. 174 p.
ASSOCIAçãO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: informação e documentação: artigo em publicaçãoperiódicacientíficaimpressa:apresen-tação. Rio de Janeiro, 2003.
AZEVEDO, Israel Belo de. O prazer da produção científica:descubracomoéfácileagradávelelaborar trabalhos acadêmicos. 11. ed. rev. e atual. São Paulo: hagnos, 2004. 205 p.
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. MetodologiaCientífica:parausodosestudantesuniversitários. 3. ed. São Paulo: MCCRAW-hILL do Brasil, 1983.
FURASTÉ, Pedro Augusto. Normas técnicas para otrabalhocientífico:explicitaçãodasnormasdaABNT.12.ed.PortoAlegre:[s.n.],2003.147p.
Observe que o espaçamento entrelinhas é simples, e o
alinhamento é à esquerda.
Glossário
Apêndices
É UM DOS elementos opcionais, utilizadologoapósalistadereferências. Apresenta, em ordem alfabética, as expressões ou palavras explicativas de termos de uso restrito, técnicos ou de sentido
obscuro, pouco usuais. Elaboramos o glossário com a expectativa de que o leitor consiga compreender melhor osignificadodasexpressõesqueforam utilizadas no texto.
É UM ELEMENTO elaborado pelo autor para melhor compreensão do documento, ou seja, destinam-se a complementar as ideias desenvolvidas no decorrer do trabalho.
Você deve apresentar a numeração de páginas na mesma sequência do texto. De acordo com a NBR
14724 (ASSOCIAçãO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2005), os apêndicessãoidentificadosporletras maiúsculas consecutivas, seguidas de travessão e do respectivo título. Observe o exemplo apresentado por Beuren (2003, p. 176).
ESTRUTURA DE TRABALhOS CIENTíFICOS 95
ES
TRU
TUR
A D
E T
RA
BA
LhO
S C
IEN
TíFI
CO
S
Observe o exemplo de elaboração de uma lista de referências.
APêNDICE A – Questionário
APêNDICE B – Roteiro de entrevistas
Anexos
Índices
SERVEM DE FUNDAMENTAçãO, comprovação e ilustração e não são elaborados pelo autor. É, também, um elemento opcional. Você deve apresentar a numeração de páginas
na mesma sequência do texto. Tal qualnosapêndices,aidentificaçãodeve ser feita com letras maiúsculas, e não com números, seguida de travessão e título.
ELEMENTO NãO OBRIGATóRIO. Conforme Prestes (2003, p. 47), o índice é o detalhamento dos assuntos, títulos, nomes, datas e outros elementos que o autor queira
destacar, em ordem alfabética; indica a página onde podem ser localizados no texto os elementos destacados.
ANExO A – Estatuto da Instituição
ANEXOB–ProjetoPolítico-pedagógico
Para a elaboração de trabalhos científicos, você deve observar quais elementos são obrigatórios e quais são opcionais.
METODOLOGIA CIENTíFICA96
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
é importante que você esteja atento para, em toda a produção científica, atender às normas que norteiam os trabalhos científicos, observando, ainda, se houve alterações nas normas para manter-se atualizado.
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de trabalhos de graduação. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2001. 174 p.
ASSOCIAçãO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: informação edocumentação:artigoempublicaçãoperiódicacientíficaimpressa:apresentação. Rio de Janeiro, 2003.
______. NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
______. NBR 6024: numeração progressiva das seções de um documento. Rio de Janeiro, 2003.
______. NBR 6027: sumário. Rio de Janeiro, 2003.
______. NBR 6028: informação e documentação: resumos: apresentação. Rio de Janeiro, 2003.
______. NBR 10520: apresentação de citações em documentos. Rio de Janeiro, 2002.
______. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro, 2005.
______. 15287: informação e documentação: projeto de pesquisa: apresentação. Rio de Janeiro, 2005.
AZEVEDO, Israel Belo de. O prazer da produção científica: descubra como é fácil e agradável elaborar trabalhos acadêmicos. 11. ed. rev. e atual. São Paulo: hagnos, 2004. 205 p.
BASTOS, Cleverson Leite et al. Aprendendo a aprender: introdução à metodologiacientífica.16.ed.Petrópolis:Vozes,2002.104p.
BERNARDES, Maria Eliza Mattosinho; JOVANOVIC, Maria Luiza. A produção de relatórios de pesquisa: redação e normalização. Jundiaí, SP: Fontoura, 2005. 192 p.
BEUREN, Ilse Maria. Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade. São Paulo: Atlas, 2003. 189 p.
REFERÊNCIAS
98
BORGES, Jorge Luis. Humanidades, Brasília, DF: Ed. da UnB, v. 1, p. 15, out./dez.1982.
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Prentice hall, 2002. 242 p.
______. Metodologia Científica: para uso dos estudantes universitários. 3. ed. São Paulo: MCCRAW-hILL do Brasil, 1983.
CRUZ, Anamaria da Costa; PEROTA, Maria Luiza Rocha; MENDES, Maria Tereza Reis. Elaboração de referências(NBR6023/2002).2.ed.RiodeJaneiro:Interciências;Niterói:Intertexto,2002.89p.
______. Trabalhos acadêmicos, dissertações e teses: estrutura e apresentação(NBR14724/2002).2.ed.RiodeJaneiro:Interciências;Niterói:Intertexto,2004.134p.
CRUZ, Carla; RIBEIRO, Uirá; FURBETTA, Nelly. Metodologia científica: teoria e prática. Rio de Janeiro: Axcel Books, 2003. 218 p.
DEMO, Pedro. Introdução à metodologia da ciência. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1987. 120 p.
______. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2000. 216 p.
FAChIN, Odília. Fundamentos de metodologia. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2003. 195 p.
FERREIRA, Aurélio Buarque de holanda. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa. 3. ed. rev. e atual. Curitiba: Positivo, 2004.
FURASTÉ, Pedro Augusto. Normas técnicas para o trabalho científico: explicitaçãodasnormasdaABNT.12.ed.PortoAlegre:[s.n.],2003.147p.
GALLIANO, Alfredo Guilherme. O método científico: teoria e prática. São Paulo: harbra, 1986. 200 p.
hÜhNE, Leda Miranda. Metodologia científica: caderno de textos e técnicas. 7. ed. Rio de Janeiro: Agir, 2000.
IBGE. Normas de apresentação tabular. 3. ed. Rio de Janeiro, 1993.
99REFERêNCIAS
RE
FER
êN
CIA
S
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003. 311 p.
LIPMAN,Matthew.O pensar na educação. Tradução Ann Mary Fighiera Perpétuo.Petrópolis:Vozes,1995.
LÜCKMANN, Luiz Carlos; ROVER, Ardinete; VARGAS, Marisa. Diretrizes para elaboração de trabalhos científicos: apresentação, elaboração decitaçõesereferênciasdetrabalhoscientíficos.3.ed.rev.eatual.Joaçaba:Ed.Unoesc,2009.104p.(Metodologiadotrabalhocientífico).
MAChADO, Anna Rachel; LOUSADA, Eliane; ABREU-TARDELLI, Lília Santos (Coord.). Resenhas. São Paulo: Parábola Editorial, 2004. 123 p.
MARTINS, Gilberto de Andrade. Manual para elaboração de monografias e dissertações. São Paulo: Atlas, 2000. 116 p.
______. ______. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2007. 134 p.
MEDEIROS, João Bosco. Redação científica:apráticadefichamentos,resumos, resenhas. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2004. 323 p.
______. ______. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2007. 306 p.
MIRANDA NETO, Manoel José de. Pesquisa para o planejamento: métodos e técnicas. Rio de Janeiro: Ed. da FGV, 2005. 84 p.
NASCIMENTO, Dinalva Melo do; PóVOAS, Ruy do Carmo. Metodologia do trabalho científico: teoria e prática. Rio de Janeiro: Forense, 2002. 184 p.
OLIVEIRA, Antônio Benedito Silva (Coord.). Métodos e técnicas de pesquisa em contabilidade. São Paulo: Saraiva, 2003. 177 p.
OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de metodologia científica: projetos depesquisa,TGI,TCC,monografias,dissertaçõeseteses.SãoPaulo:Pioneira Thomson Learning, 2002. 320 p.
PRESTES, Maria Luci de Mesquita. A pesquisa e a construção do conhecimento científico: do planejamento aos textos, da escola à academia. 2. ed. rev. atual e ampl. São Paulo: Rêspel, 2003. 256 p.
RAUEN, Fábio José. Roteiros de investigação científica. Tubarão: Ed. da Unisul, 2002. 268 p.
100 METODOLOGIA CIENTíFICA
ME
TOD
OLO
GIA
CIE
NTí
FIC
A
ROESCh, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de Estágio e de pesquisa em administração: guia para estágios, trabalhos de conclusão, dissertações e estudos de caso. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999. 301 p.
SALOMON, Délcio Vieira. Como fazer uma monografia. 10. ed. rev. São Paulo: Martins Fontes, 2001. 412 p.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. rev. e ampl. São Paulo: Cortez, 2006. 279 p.
SILVA, Antonio Carlos Ribeiro da. Metodologia da pesquisa aplicada à contabilidade: orientaçõesdeestudos,projetos,artigos,relatórios,monografias,dissertações,teses.SãoPaulo:Atlas,2003.181p.
SOARES, Maria do Carmo Silva. Redação de trabalhos científicos. São Paulo: Cabral, 1995. 167 p.
STRIEDER, Roque. Diretrizes para elaboração de projetos de pesquisa. Joaçaba:Ed.Unoesc,2009.64p.(Metodologiadotrabalhocientífico).
TREVISOL,JovilesVitório.Diretrizes para elaboração de artigos científicos. Joaçaba: Ed. Unoesc, 2009. 79 p. (Metodologia do trabalho científico).
101REFERêNCIAS
RE
FER
êN
CIA
S
Autoavaliação 1
1 V – F – V
2 C – D – A – B
Autoavaliação 2
1 Ideia principal: críticas e ironias de Lacan ao existencialismo.
2 Ideias secundárias: o existencialismo desemboca na subjetividade como versão moderna do cartesianismo.
a) PEDROSA JUNIOR, Carlos; BARRETO, Pedro humberto Teixeira. O controle externo das contas dos tribunais de conta brasileiros: o dever de accountability.Disponívelem:<http://www.tce.ba.gov.br/publicações/T5>.Acesso em: 24 abr. 2004.
b) AZEVEDO, Israel Belo de. O prazer da produção científica: descubra como é fácil e agradável elaborar trabalhos acadêmicos. 11. ed. rev. e atual. São Paulo: hagnos, 2004.
c) VIAGENSàmemóriabrasileira.Nossa História, Rio de Janeiro: Vera Cruz, ano2,n.23,set.2005.Disponívelem:<http://www.nossahistoria.net>.Acesso em: 23 fev. 2006.
d) BIANChINI, Fábio. Ponto Final para o Engenho. Diário Catarinense, Florianópolis,12jan.2006.Variedades,p.2.
e) ChARNET, Reinaldo et al. Análise de modelos de regressão linear com aplicações. Campinas: Ed. da Unicamp, 1999. 355 p.
RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DE AUTOAVALIAÇÃO
102
f) RAMOS FILhO, Celso Ferreira. Infecções emergentes, reemergentes e negligenciadas. Sociedade Moderna em Revista, Rio de Janeiro, ano 4, n. 16,p.21-23,maio/jun.2005.
g) FONTENELLE, Caio Júlio de Souza; hOELTGEBAUM, Marianne. A influênciadoperfilempreendedornodesempenhodonegócioemumarededefranquiadeconfecção infantil. Revista de Negócios, Blumenau: Ed. da FURB, v. 11, n. 4,p.131-149,out./dez.2006.Disponívelem:<http://campeche.inf.furb.br/siic/rn/>.Acessoem:26fev.2007.