11 edio - 2000 21 edio- 2001 3ledio - 2004 41 edio- 2008 sedio -
2009 61 edio - 2011 TUFFI MESSIAS SALIBA
EngenheiroMecAnico;EngenheirodeSeguranadoTrabafho;
Advogado;Ex-professor doscursosdePs-Graduaode
EngenhanadeSeguranaeMedicinadoTrabalho; DtretorTcmcodaASTEC-
AssessoriaeConsultoria em SeguranaeHigiene doTrabalhoLida. , MANUAL
PRATICO DEAVALIAO E CONTROLE DORUDO -PPRA-6!edio L'G 75 {,j tt.
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ILTti EDITORALTOA. Todososdireito" n!>ervados RuaJaguaribc,
571 CEP01224-001 So Paulo,SP- Brasil Fone(11)2167- 1101
ProduoGr.liicaeFdi torao Eletrnica:RLUX ProjetodeCapa:F.JbioGiglio
Impresso:Assahig rfica eeditor.J LTr4482.6 Outubro,2011
Visitenossosite www.ltr.com.br D.1dosde CatalogaonaPublicao (CIP)
(CmaraBrasileiradoI.i vro,SP,Brasil) Saliba,Tuff1 Messias
Manualprticode avaliaoecontroledorudo : PPRA/luffi Mc .... ias
Saliba.- 6.ed.-So Paulo: Llr,2011. Bibl iografia.
ISBN978-85-361-1933-5 1.Ambientl' detrabalho- Rudo2.Medicinado
trabalho3.Poluiosonora4.Rudo- Controle 5.Rudo- Efeitospsicolgicos
6.Rudo- Medi o I. Ttulo. 11-08579CDD-363.746
ndictparaat logo sistemtiC'o: LRudo:Avaliaot'controle:Bem-estar
:.octal363.746 2.Rudo:Controlec.wal iao: Bem-estar O-IAMPLIFICADOR
1-- FILTROS r--- AMPLIFICADOR/ COMPENSAAORETIFICADOR A,8, C EO
MEDIDOR Os medidores de nvelde presso sonorapodem ser encontrados
com circuitos nas curvas de compensao A,B, C e O e resposta lenta e
rpida, podendo os mais simples possuir somente leitura nas curvas A
e C. Outros equipamentosutilizados nas avaliaes de rudosoos
audiodosmetros, que fornecem como leitura final da dose acumulada e
nvel equivalente de rudo a que se exps o trabalhador durante a
jornada de trabalho. Os audiodosmetros so utilizados quando o
trabalhador se expe a diferentes nveis de rudo durante a jornada de
trabalho. Os medidores de nvel de presso sonora podero ser
acoplados a analisadoresdefrequncia,fornecendocomoresultadooNPS
correspondente faixa de frequncia selecionada (espectro sonoro). Os
analisadores de frequncia podem ser encontrados em banda de oitava
(mais utilizada em HigieneIndustrial), tera de oitava,meia de
oitava, faixa de largura constanteetc.Quanto menor a largura da
faixa,mais exata a informao sobre a verdadeira variao do NPS em
funo da frequncia. O microfone parte vital do equipamento, sendo
sua funo principal transformar o sinal mecnico (vibrao sonora) num
sinal eltrico. Nos -26-circuitos dos equipamentos podem ocorrer
respostas lentas e rpidas e
ascurvasdecompensaoA,B,CeO.Conformecomentado as curvas so inseridas
nos circuitos dos equipamentos, VISando a s1mular o ouv1do humano
exposto ao som, ou seja, a resposta subjetiva ao som. Outro aspecto
importante a ser considerado que os instrumentos
demediodevemseguirnormasouespecificaesaceitas
internacionalmente.AsnormasIEC(lnternationalEletrotechnical
Commission)123 e ANSI S1-4-1971estabelecem as especificaes dos
medidores de uso geral (tipo 2), enquanto a IEC R.179, a ANSI
S1-4-1971 e OIN 45.633 fixam especificaes para os medidores de
preciso (type 1). 3.2. Instrumentos Utilizados nas Avaliaes de Rudo
A) Medidores de Nvel de Presso Sonora So instrumentos utilizados
para medir o Nvel de Presso Sonora
(NPS)instantneo.Osmedidoresdenveldepressosonoraso
chamadosdesonmetrosou,popularmente,dedecibelmetros.Os medidores de
NPS podem ser do tipo 1, 2 ou 3, dependendo da preciso. Alm disso,
podem possuir circuitos de compensao "A,8, C eO,ou somente A e C,
ou somente A". A NA-15 e outras normas brasileiras pertinentes no
estabelecem a preciso do medidor, ao contrrio da ACCIH,que
recomenda que os medidores atendam, no mnimo, aos requisitos da
norma S1-4-1983 da ANSI(AmericanNational Standards)para
equipamentosdo tipo2. importante ressaltar tambm que os dosmetros
devem ser configurados de acordo com as normas vigentes de avaliao
ocupacional de rudo: incremento de dose (0=3, 0=5), nvel de critrio
85,0 dB(A) e 90,0 dB(A), nvel de corte 80 a 85, ou 90,0 dB(A),
entre outros. 8) Analisadores de So acessrios que podem ser
acoplados aos medidores de NPS (quando o tipo e o modelo permitem)
para obterem o espectro sonoro, ou seja, NPS x frequncia. A anlise
de frequncia importante na orientao de medidas de controle, uma vez
que a definio de espectro sonoro do local ou da mquina permitem,
desse modo, selecionar e dimensionar
osmateriaisisolanteseabsorventesdosom.Comaanlisedas
-27-frequncias,podemostambmcalcularaatuaodosprotetores auriculares,
como veremos posteriormente. Os analisadores largamente utilizados
em Higiene do Trabalho so os de banda de oitava e tera de oitava.
Atualmente os medidores de Nvel de Presso Sonora possuem analisador
de frequncia integrado ao instrumento. Esses equipamentos fornecem
o espectro sonoro em dB linear e dB(A). Medidor de Nvel de Presso
Sonora Integrado com Analisador de Frequncia C) Audiodosmetros
Osaudiodosmetrossoinstrumentosimportantfssimosparaa caracterizaoda
exposioocupacionalaorudo.Podemosobter atravs desse equipamento
adose derudo ou efeito combinado eo nvel equivalente de
rudo(Leq).Atualmente, existem vrios modelos e
tiposdeaudiodosmetrosno mercadoquefuncionamtambmcomo decibelmetros,
fornecendo, alm da dose, o L"'3e o NPS, dentre outros parmetros
necessrios na avaliao do ru1do.Alm disso, todos os dados medidos
podem ser impressos com histogramas das variaes dos nveis de rudo,
em intervalos de tempo previamente fixados durante toda a jornada
de trabalho. A A CC IH recomenda que os audiodosmetros atendam s
especificaes mnimas das normas da ANSI. -28-Audlodosmetro de rudo
O) Calibrador Acstico
Esseinstrumentoindispensvelsavaliaesderudo,pois permite a aferio
dos medidores, garantindo a preciso das medies. O calibrador um
instrumento porttil de preciso e consiste numa fonte sonora que
emite um tom puro na frequncia de 1.000 Hz. Essa fonte, quando
ajustada ao medidor de som ou audiodosfmetro, emite um som
constante de 114,0dB ou 94,0 dB, dependendo do modelo e marca do
equipamento.Esse instrumento opera combateria de 9,0 volts esua
preciso , em mdia, de 0,5 dB, ou seja, varia de acordo com o tipo
de equipamento. Calibrador acstico -29-Alm da calibrao de campo, os
instrumentos de medies devem ser certificados periodicamente em
laboratrios especializados. Segundo a NBR-10.151/00, omedidor de
nvel de presso sonora e o calibrador
acsticodevemtercertificadodecalibraodaRedeBrasileirade Calibrao
(RBC) ou do Instituto Nac1onal de Metrologia, Normalizao
eQualidadeIndustrial(INMETRO),renovadonomnimo acada dois anos (item
4.3 da NBR 10.151/00). -30-PARTE IV PARMETROSUTILIZADOS
NASAVALIAESDERUDO 4.1. Rudo Contnuo e Intermitente Segundo a NR-15
da Portaria n. 3.214 e a norma da FUNDACENTRO, o rudo contnuo ou
intermitente aquele no classificado como impacto. Do ponto de vista
tcnico, rudo contnuo aquele cujo NPS varia at 3 dB durante um
perodo longo (mais de 15 minutos} de observao. Exemplo: orudo
dentro de uma tecelagem. J o rudo intermitente aquele cujo NPS
varia at 3 dB em perodos curtos (menor que 15 minutos e superior a
0,2 segundo). Entretanto, as normas sobre o assunto no diferenciam
o rudo contnuo do intermitente para fins de avaliao quantitativa
desse agente. 4.2. Rudo de Impacto ou Impulsivo ANR-15, anexo 2,da
Portarian.3.214 define rudode impacto como picos de energia acstica
de durao inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1
(um) segundo. QuandoseutilizaainstrumentaoespecficapelanormaANSI
S1.4, S1.25 ou IEC 804, o rudo impulsivo ou de impacto
automaticamente includo na medio. A nica exigncia que a faixa de
medio seja de 80 a 140 dB(A), e que a faixa de deteco de pulso seja
de no mnimo 63 dB(A) .Nodeveserpermitidanenhumaexposioparaouvidos
desprotegidos a nveis de pico acima de 140 dB,medidos no circuito
de compensao C. Se a instrumentao no permite a medio de p1co no
circuito C, uma medio linear com o nvel de pico abaixo de 140 dB
pode ser usada para implicar que o nvel de pico ponderado no
circuito C est abaixo de 140 dB. -31-4.3. Dose Equivalente de Rudo
ou Efeitos Combinados Quando a exposio ao rudo composta de dois ou
mais perodos de exposio a diferentes nveis. devem ser considerados
seus efeitos combinados,emvez dos efeitos individuais (NR-15,
anexo1, itemc). Esse efeito combinado ou dose equivalente calculado
atravs da soma das seguintes fraes: O resultado obtido no pode
exceder a 1 (um). cn=tempo totalde exposio a um nvel especfico.
T"=aduraototalpermitidanessenvel,conformelimites estabelecidos no
anexo 1 da NR-15. Osefeitoscombinadospodemserobtidoscommaiorpreciso
utilizando-seoaudiodosfmetro.Esteinstrumentoindicaadoseem
percentual.Assim,olimiteserexcedido quandoeste for superior a 100%.
Adoseouefeitocombinado podem ser obtidostambmcomo
medidordeNPS.Entretanto,nessecaso,oprocedimentobem trabalhoso,po1s
necessrio estimar ou cronometrar com exatido os tempos de exposio a
cada nvelA A CC IH recomenda o uso de medidor de NPS para obteno da
dose somente para nveis estveis de rudo, com durao menor de 3 (trs)
segundos. 4.4. Nvel Equivalente de Rudo O nvel equivalente de rudo
chamado de Leq (Equivalent Sound L e v e ~ .Para fator de duplicao
5, a literatura costuma denominar como Lavg (Levei Average).
Qualquer que seja a denominao, importante que o leitor compreenda o
conceito. Vamos denominar o nvel Equivalente de Rudo de Leq e seu
clculo feito a partir da equao da dose. Assim, teremos: O = ~x2(
L:q - 17) Onde: D = Dose eqUivalente em frao decimal, ou seJa, o
valor obtido no audiodosfmetro deve ser dividido por 100. -32-T =
Tempo de medio q = Fator de duplicao igual a 5 (incremento); a cada
aumento de 5 dB, a energia sonora duplicar. Para resoluo da equao,
aplica-se o logaritmo na base 1 o aos dois membros: logx 0;8
=log2x( L:q -17) Considerando o log 2 igual a 0,301, teremos: 1og=
0;8 =0,301x( L:q -17) Dx8 log=T =0,0602xLeq -5,117 Explicitando o
Leq na equao, teremos: Dx8 Leq = log _I_ + 5, 117 0,06 Separando os
membros da frao, teremos: Leq _1IDx85,117 ---x og--+--0,06T0,06 Dx8
Leq=16,61 xlogT+85 Quando o fator de duplicao for 3,0, aplicando o
mesmo procedi-mento, o clculo de Leq ser igual a: Dx8 Leq =
10xlog--+85 T O valor do nvel equivalente de rudo para 8 (oito)
horas denominado TWA ( weighted average sound l e v e ~e obtido
pela seguinte equao: Leq =16,61x logO + 85,fator de duplicao igual
a 5. Leq =1O x logO + 85, fato r de duplicao igual a 3. -33-Exemplo
1 Um trabalhador fica exposto a rudo durante a jornada de trabalho,
conforme a tabela a seguir: Nvel de RudoTempo de
ExposioMximaExposio dB(A)(horas)Diria (horas) 9014 8548 8637 A dose
de rudo ou efeito combtnado para o fato r de duplicao 5 iguala:
c1c2cn -+-+-7;T2Tn 143 -+-+-=117 487' Leq=16,61x log 1,17 + 85 Leq
= 86,13 dB(A) 4.5. Nvel de Corte onvelderudomnimoconsiderado no
clculo dadosede rudo. Normalmente, esse nvel de 80 dB(A), em razo
do nvel de ao estabelecido pela NR-9. O clculo do tempo mximo de
exposio para os nveis de rudo abaixo de 85, conforme anexo 1 da
NR-15, dado pela seguinte equao: 8 T=(L) =16 horas --17 25 Onde: T
=Tempo em horas L= Nvel de Rudo -34-Exemplo: para o nvel de rudo
igual a 80 dB(A), o tempo mximo de exposio diria : 8 T =(80 )= 16
horas --17 25 Exemplo 1 Um trabalhador fica exposto a rudo durante
a jornada de trabalho, conforme a tabela a seguir: Nvel de Rudo
Tempo de Exposio MximaExposio dB(A) (horas) Diria (horas) 951,0 2,0
84 4,0 9,1 863,0 7,0 A dose de rudo ou efeito combinado para o
fator de duplicao 5 e nvel de corte de 85 dB(A) igual a: 13 -+-=0
67 47' Leq =16,61xlog 0,67 + 85 Leq = 82,11dB(A) A dose igual a
0,67 corresponde a um nvel equivalente derudo de 82.' 1 dB(A), ou
seja,uma exposio constante a 82,1dB(A) durante toda, JOrnada de
trabalho. ,A dose de rudo ou efeito combinado para o fator de
duplicao 5 e nrvel de corte de 80 dB(A) igual a: 143 --l-+-=110
49,17' Leq = 16,61xlog 1,10 + 85 Leq =85,68 dB(A) -35-4.6. Nivel de
Exposio Normalizado (NEN) Segundo a NH0-01da FUNDACENTRO. onvel de
exposio convertido para uma JOrnada padro de (oito) horas dirias,
para fins de comparao com o limite de exposio. A NH0-01 define para
q =3 o NEN por meio da seguinte equao: TE NEN =NE + 10 log 480 dB
Onde: NE =Nlvel mdio de exposio ocupacional diria TE= Tempo de
durao, em minutos, da jornada diria de trabalho. Para q = 5, a
equao a seguinte: TE NEN = NE + 16,61log 480 dB Exemplo: o nvel
mdio de exposio diria igual a 90,0 dB. Para jornada de 6 (seis)
horas, o NEN igual a: 6x60 NEN = 90,0 + 16,61log 480 dB NEN = 87,92
dB Asnormas da Previdncia determinam a utilizao do NENpara fins de
comprovao do possvel direito aposentadoria especial. 4.7. Anlise de
Frequncia Como vimos na parte I a faixa de frequncia audvel para um
som ser ouvido est compreendida entre 20 a 20000Hz. Nessa faixa o
Nvel dePressoSonoradistribuicomintensidadesdiferentesemcada
frequncia,noentanto,normalmenteexistemaquelasfrequncias
predominantes (maior de nvel de presso sonora) . O ouvido humano
responde subjetivamente de maneira diferente nas diversas
frequncias, razo pela qual o conhecimento da distribuio dos nveis
de rudo nas mesmas importante na definio do risco de perda
auditiva. Contudo, na adoo de medidas de controle coletivas
fundamentala anlise de frequncia. No mesmo sentido o clculo da
atenuao dos protetores -36-pelo mtodo tambm exige anlise de
frequncia. Outra h1poteseemque enecessria essa anlise na avaliao do
rudo nas cabines audiomtricas e conforto acstico. Portanto, a
avaliao dos nveis de rudo com anlise de frequncia tem vrias
aplicaes na Higiene Ocupacional e na Acstica. a) Filtros de
frequncia anlise nveis de presso sonora nas diversas frequncias,
osmed1doressaoacopladosouintegradoscomfiltros.Essesfiltros deixam
passar o sinal cortado em determinada banda de frequncia. A
larguradessabandapodeserlargaouestreita.Os filtrosconsistem num
sistema que permite a passagem apenas dos componentes dentro da
largura da banda, atenuando consideravelmente os demais. Exemplo:
90 dB em SOOHz em banda de oitava, o valor filtrado na faixa de 355
a 71OHz, enquanto na tera de oitava de 447 a 562Hz (ver Tabela 1).
A largura da banda pode ser constanteou percentual constante. A
largura da banda constante permite aanlise
maisrefinada.Exem-plo:largura da banda igual a 1 Hz, 10Hz ou at
1000Hz. Esses filtros tmindependente da frequncia central,ou
seja,em qualquer frequenc1a central , a largura da banda a mesma.
Nos filtros de percen-tual constante, a largura da banda sempre ao
percentual da frequncia central e padronizadas em 1/ 1 oitava ou
banda de oitava, 1/3 de oitava ou tera de oitava ou at 1/24 oitava.
Na Higiene Ocupacional, os filtrosmais utilizados so1/ 1 oitava
oubandadeoitavae1/3deoitavaouteradeoitava.Essesfiltros devem
atender as normas internacionais e nacionais para cada classe em
funo da preciso de sua resposta de frequncia. Na de oitava, a faixa
de frequncia dividida da seguinte forma: a relaao de uma frequncia
central e sua consecutiva igual a 2, ouseja,fi/fi+ 1 = 2.
Exemplo:16 Hz,31,5Hz, 500Hz,1.000Hz.Na tera de oitava, essa relao
igual a 21f3.Exemplo: 16 Hz, 20Hz, 25 Hz, 31 ,5Hz,40 Hz,50 Hz,63
Hz. .. Com relao largura da banda,a faixa aseguinte:frequncias
1nfenores, centrais e superiores. Exemplo: na frequncia central de
1.000 Hz, teremos na banda de oitava os limites inferior e superior
de 71 o Hz a 1.420 Hz, enquanto na tera de oitava, de 891Hz a 1.122
Hz. A Tabela 1 mostra os limites e frequncia centrais dos filtros
de banda e tera de oitava. -37-TABELA1 Bandade1/1oitava(Hz)
Bandade1/3oitava(Hz) F, I FC I FzF,Fr o TABELA 1 SL INTERVALO
DECONFIANA = T. Jii OP D,9 11,1 1.2 1,3 1,41.5 1,61,71,81.9 22,1
2.22,3 2,42,52,6 66 212,3313i 344445555616 121222231313333444414
I122 -2-2122212 333333 1111222121222223 3'3 I111 122212 222222
111112122222222 2,7 2,82,877 445 334 33 23;j 22 11111 ' 1
12:"2222222 -60-33,1 3.2 818 1555 444 3 3-3 333 333 222
DPNTo.siO.&lo.7 0,8 lo,911,1 1.21,3M1.51,8 1,71.1 1,9 22,1 2.2
2,32,4 2,52,62,7 2.82,933,1 3.2 10 2.252ooI11111I1I12121222222212
22 11 = o lOo1111111111112222222222 12 12..201 O i O
lO111111111122222212 212 13 2179010lO:o11I1111111122222222 14
216oooo11111111fT1111122222 212 15 2.145oooo I
O111IIIII111111122222 162.131 ooooo111II1111111111222-2 17
2.12ooooo1111111111111111222 18 2,11 oooooo1I1I11I111111111122'
192.101 ooooo o11IIII1 I111111112 2)2.033oooo -(f
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I;;Jl2.05oo l Oo lOoo 01111I11111111111 127 12.056 ooo :oro 1010111
11111111111i 282,052oooo 10o lOo1111111111T 292,048oooo lOoOI
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olOI oO111111111 4lj2.014 ooooooooo111111111111
52.009ooooooooooooo111I1111111111 S1 2oooollooouuo11I1111111111
DPNT3,33,43,53,6 3,7 3,8 3,944,1 4.,2 4,34,4 4,54,64,74,8 4,555,1
5,25,35,45,55.65,75,85,96 3881919 [919 10 11C llU111112 1I12 13
1313 131414 1414 155 43,18255166666677a a
llJ8889999991052.776444415-s- -s--s- 55:.66666677777777 62,STI
341444444144555555555566666666 72,44733333444444444445555555555T6
82,36533J3334444444444445555555 93333333333333444444444444455 10
2,252 22333333;s ;s 33333344..444444444 11 2.228222223333333333
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2.179222222223333333333333333444 14 2.16221222'22 '222 2'33313333
3333333333 152.145222i22222! 2:22231331333333333333 16 2.131 212
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'Z/2,056111112222222222 -2 2'22222222222 262,0011112rT2222
22222222222 2-2- 2 1292.1Wl 1111222122z21222122222222222
302,045111I111221222212 -2 2222222221222 31 2,042111111!
2zz2222222222222 2-2 352.031111222 -2 ['2'2222222222
4111I111112222222222222 462.014111I11111I11112222222222 51
2.00911I111I11111222z222 S1 21I1I11T11T111111112I 2 -61-6) Se o
erro superar 2dB (A), o nmero de medies insuficiente para seobter
amdia com intervalo de confiana de 95% de certeza,
devendo,nessecaso,realizarnovasamostragenstambmemdias aleatrios.
Aplicao prtica: Num determinado Grupo Homogneo de Exposio- GHE,
foram realizadas avaliaes de rudo em dias aleatrios, obtendo-se os
seguintes dados: Nmero medio(N)Leq em dB(A) 0191 0294 0393 0489
0588 a) Clculo da mdia Mdia= 91 + 94 + 9:+ 89 + 88 = 91,0 dB(A) b)
Clculo do Desvio Padro- DP DP = l91- 91)2 + (94 - 91)2 + (93- 91)2
+ (89- 91)2 + (88 - 91)2 _ 5_1 - 2,5dB Consultando a Tabela 1, para
o Desvio Padro (DP) = 2,5 e N= 5, olimitede
confiabilidadecom95%iguala3,0dB(A).Comoesse
intervalosuperiora2,0dB(A),necessriorealizarmedies
sucessivas.Assim,por exemplo,numa sexta medio,realizadaem dia
aleatrio, o valor obtido foiigual a 90 dB(A). Com esse dado,
efetua-se os novos clculos da mdia e do Desvio Padro (DP): a)
Clculo da mdia Mdia =91 + 94 + 93 89 + 88 + 90 = 910 dB(A) -62-b)
Clculo do Desvio Padro- DP DP _(91- 91)2 + (94 - 91)2 + (93 - 91?+
(89 - 91)2 + (88 - 91)2 + (90- 91)2 -6_1 =2,3dB Consultando a
Tabela 1, para o desvio padro (DP) =2,3 e N= 6, olimitede
confiabilidadecom95% iguala2,0dB(A).Portanto,o nvel equivalente de
rudo com limite de confiana de 95% de certeza igual a Leqm= 91 2
dB{A). Se as medidas forem efetuadas com um
medidordotipo2,aincertezadesseinstrumentode1dB(A), resultando num
intervalo global de 3,0 dB(A). Desse modo, o valor L ser igual a 91
3 dB(A).eqm Convm ressaltar que, em medies onde os valores do
Lpossuem grande variao,necessrio analisar osdados de cada amostra,
de forma a consider-lo ou no no clculo da mdia. 5.2. Avaliao do
Rudo para Caracterizao da Insalubridade OsAnexos1 e2da NR-15 da
Portaria n.3.214 estabelecemo critrio quantitativo para a verificao
da insalubridade por rudo. Conforme
comentadonoitemanterior,anormafixaoquadro,oNPSeoseu respectivo
tempo mximo dirio de exposio. Para o rudo de impacto, os limites so
120 dB(C) ou 130 dB(Iinear). A) Caracterizao A caracterizao da
Insalubridade por rudo s ocorrer quando o NPS superar os limites
previstos nos Anexos 1 e 2 da NR-15. Embora os limites
estabelecidos por essa norma encontrem-se defasados em relao aos
limites da ACGIH, j que o incremento da NR-15 ainda de 5 dB (no h
nmero de impactos dirios estabelecidos no Anexo 2 da referida
norma, dentre outros) , a verificao da insalubridade dever ser
baseada nos limites e procedimentos ali previstos, uma vez que a
competncia para estabelecer asregrasusadas na caracterizao da
insalubridade do Ministrio do Trabalho e Emprego, nos termos do
art. 190 da CL T. 8) Procedimentos de avaliao A NR-15, Anexo 1,
estabelece que a medio dos nveis de rudo, contnuo ou intermitente,
deve ser feita com o Instrumento de Nvel de -63-Presso Sonora,
operando no circuito de compensao "A" e circuito de resposta lenta
(s/ow),sendo que as leituras devem ser feitas prximas ao ouvido do
trabalhador. Quando na jornada de tr'abalho ocorrem dois ou mais
perodos de exposio a diferentes nveis de rudo, devem ser
considerados os seus efeitos combinados (dose equivalente), de
forma que o somatrio de C/ Tn seja inferior a 1 (item 6 do Anexo 1
da NR-15). A determinao da dose de rudo pode ser obtida com o
medidor de nvel de presso sonora ou com o audiodosmetro.
Quantoaoaparelhodemedio,anormanomencionaa
especificaodoequipamentoaserutilizado(tipo1,2ou3).nem menciona
expressamente o uso de audiodosmetro. A NH0-01 recomenda o uso de
dosmetros que tenham a classificao mnima do tipo 2. Quanto ao uso
de audiodosmetros na avaliao para fins de insalubridade, o item 6,
Anexo 1 da NR-15, ao estabelecer os efeitos combinados ou
doseequivalente(C,/T ,),indiretamenteautorizouousodo
audiodosmetro.Alis,ouso do audiodosmetro tecnicamente mais correto,
vez que a obteno da dose e Leq com o uso desse instrumento
bemmaisprecisa.Almdisso,oaudiodosmetro ummedidor de nvel de presso
sonora. Desse modo, o eventual questionamento dos profissionais da
rea jurdica sobre o uso desse instrumento, em percias judiciais, no
tem nenhum fundamento tcnico. Deve-se tambm salientar que o
audiodosmetro auxilia o perito a determinar com maior exatido a
real exposio do trabalhador ao rudo
contnuoouintermitente,quandoosnveisderudoforemvariveis durante a
jornada de trabalho.
Analisandooquadrodoslimitesdetolerncia,observa-seque, para
cadanvelderudo,humtempomximodeexposiodiria permitido sem o uso de
protetor auricular. A insalubridade ser caracterizada quando os
tempos de exposio
aosnveisderudosuperaremoslimitesestabelecidosnoreferido quadro eo
trabalhador nofizer usoetetivodo protetor auricular,ou quando esse
equipamentono for capazdereduzir aintensidade do rudo abaixo do
Limite de Tolerncta (art. 191, li da CLT).
Quandoseutilizaomedidordenveldepressosonora
(decibelmetro),operitoobtmnamedioumntvelderudo instantneo, a partir
do qual dever ser verificado o tempo de exposto -64-do
trabalhador.Assim,por exemplo,no caso deumempregado que trabalha
semoprotetor auricular,emlocalcomnvel de rudo de90
dB(A),ainsalubridade ser caracterizadaseotempode exposio dirio for
superior a 4 (quatro) horas. No entanto, ocorrem,na maioria dos
casos,exposies anveis
derudosvariveis,emsituaescomo:trabalhadoresitinerantes (mecnicos de
manuteno, encarregados etc.); operaes em que os nveis de rudo so
variveis,como,por exemplo, lixadeiras manuais tratores,
empilhadeiras, entre outros. Nesses casos, o perito dever medir o
nvel de rudo instantneo, determinar o tempo de exposio para cada
nvel e, em seguida, efetuar o clculo dos efeitos combinados,
conforme o item 6 do Anexo 1.Todavia, a medio realizada com o
audiodosmetro menos trabalhosa e mais precisa. EXEMPLO: Um
trabalhador se expe, sem proteo adequada, durante uma jornada de
trabalho de 8 (oito) horas, aos seguintes nveis de rudo: 90 dB(A) -
4 horas. 95 dB(A) - 2 horas. 80 dB(A) - 2 horas. Segundo oquadro do
Anexo1,paraos nveis de 90dB(A)e 95 dB(A), a mxima exposio diria
permitida de 4 (quatro) horas e de 2
(duas)horas,respectivamente.Calculandoaequaodosefeitos combinados,
teremos: ..42 Dose ou efetto combJnado:4 + 2 = 2
Portanto,emboraisoladamentecadatempodeexposroseja compatvel com o
respectivo nvel de rudo, quando combinados, a soma das fraes
superior a 1, e a atividade, consequentemente, insalubre. Obs.: na
equao dos efeitos combinados no necessrio utilizar nveis de rudo
abaixo de 85 dB(A), nvel de corte, conforme o quadro do Anexo 1. Do
resultado da soma dessas fraes podemos obter tambmo nvel
eqUivalente de rudo (LeQ),que igual a 90 dB(A), significando que o
empregado ficouexposto aum nvel de rudo contnuo de 90 dB(A)
-65-durante a sua jornada. Para se obter o valor do nvel
equivalente, a partir da equao dos efeitos combinados. usa-se a
seguinte frmula: Dx8 Leq =16,61x LogT+ 85 Onde: D o resultado da
soma das fraes (dose em efeitos combinados) T o tempo de exposio em
horas L o nvel equivalente em dB(A) eq Como pode ser observado,
quando a avaliao for realizada somente comoMedidor de Nvel de
PressoSonora(Decbelmetro},operito dever determinar o tempo de
exposio para cada nvel de rudo,de modoaobter
adoseeoLeq.Noentanto,pode-serecorrerao
audodosmetroparaessafinalidade.Esseaparelho,quedeuso individual,
durante a medio colocado no bolso do trabalhador com seu microfone
o mais prximo possvel da zona de audio. Ao trmino da medio,
fornec1do di reta ou ndretamente- dependendo do tipo de
audodosmetro- o nvel equivalente de rudo e a dose referente ao
tempode medio. Caso a medio no tenha sido realizada durante
todaajornadadetrabalho,comoocorrenormalmenteempercias judiciais, o
perito deve projetar a dose e calcular o Leq representativo da
jornada. Ressalte-se que, para um trabalhador exposto a nvel de
rudo de 90dB(A) - obtidocomodecbelmetro - semproteoadequada, nada
se pode afirmar sobre insalubridade sem que seja mencionado o tempo
de exposio, pois sob tal nvel de rudo lhe permitido trabalhar
at4(quatro}horaspordia.Todavia,quandoseafirmaqueonvel equivalente
de rudo de 90 dB(A). conclu-se que a atvdade insalubre, pois os
tempos de exposio j foram computados na soma das fraes dos efeitos
combinados. Outro aspecto importante a ser comentado a exposio a
nveis de rudo acima de115 dB (A).Oitem 5 do Anexo1 estabelece que
no permitida a exposio a nveis superiores a 115 dB(A) sem proteo
adequada. J o item 7 reafirma o item 5 e acrescenta que tal exposio
ofereceriscograveeiminente,podendoaDelegaciaRegionaldo Trabalho o
embargar ou Interditar a obra ou estabelecimento, rea atingida,
posto de trabalho, mquina ou equipamento. Porm, a norma no define
-66-qual a proteo adequada nesse caso.Logo,um trabalhador exposto 8
(oito) horas a 115 dB(A), mesmo utilizando protetor auricular,
naoestaradequadamenteprotegido,poisamaioriadosprotelares
auriculares atenua em mdia 20 dB, conforme especificado nos
Certificados de Aprovao do MTE. C) Laudo tecnico
Combasenosdadosobtidosnasavaliaes,otcnico dever emitir o seu
parecer sobre o possvel risco da exposio ocupacional ao rudo..
devese o protetor auricular fornecido capaz de reduzir a
1ntens1dade aba1xo do limite de tolerncia, conforme determina o
art.191, ll, da CLT,bem como o gerenciamento do seu uso efetivo. No
Apndice 11 encontra-se um modelo de laudo de avaliao de rUJdo
caracterizaodeinsalubridade.Lembramosqueesse e
apenasumasugesto,pois estamos sempre procurando aperfeio-lo;
acreditamos que os leitores que lidam com amatria tambm o faro.
5.3. Avaliao para Fins de Aposentadoria Especial A) Limites de
tolerncia/critrio de avaliao
Oagenterudopossuilimitedetolerncianasnormas previdencirias.
ODecreto n. 53.831/64 (revogado em maro de 1997)
estabeleceolimitede 80,0dB,enquantonoDecreton.83.080/79 (tambm
revogado) e, Decreto n. 3.048/99 (vigente}, o limite para fins
deconcessodeaposentadoriade90,0dB.Em19.11.2003o Decreto n. 4.882
alterou o item 2.0 do quadro do anexo IV do Decreto n.3.048/99,
estabelecendo a concesso de aposentadoria especial exposio a nveis
de exposio normalizados superiores a 85,0 dB(A). Portanto,
dependendo da poca de prestao de servio do segurado, os limites
sero diferentesisto , podem ser 80,0 dB(A); 90,0 dB(A) ou 85,0
dB(A). O Decreto n. 4.882/03 evoluiu no sent1do de uniformizar o
limite de tolerncia com a NR-15 da Portaria n. 3.214/78, evitando o
conflito entre os critrios. Alis, essa uniformizao foi explicada e
sugerida nas edies antenores dessa obra -67-8) Avaliao do
rudo/caracterizao Como vimos,oDecreto n.3.048/99 uniformizou
comaNR-15 o limite de tolerncia para rudo, estabelecendo o direito
aposentadoria especial quando o Nvel de Exposio Normalizado- NEN
for superior a85dB{A).Almdisso,essaalteraodefiniutambmacurvade
compensao "A" para avaliao do rudo. O termo exposio permanente
mencionado nos regulamentos da Previdncia gera bastante controvrsia
entre os intrpretes. Sendo assim, passamos a analisar essa expresso
de forma a esclarecer os leitores.
Primeiramente,nosepodeconfundiraexposioarudo permanente com a
exposio permanente no local onde h fonte geradora
derudo.Assim,umgerentepodeexporeventualmentenumarea ruidosa
e,dependendo do nvel de rudo desse local, sua exposio a esse agente
poder ser permanente. Exemplo 1 LOCAL NVELDERUDOTEMPODETEMPOMXIMO
dB(A)EXPOSIO- DIRIOPERMITIDO HORAS Sala do oerente62,07,0-Casa
demquinas100,01,01,0 Aplicando-se os clculos de dose e Leq
explicados anteriormente, teremos: 1,0 a) Dose equivalente:10 =1 ,O
' b) Nvel equivalente de rudo= 85,0 dB(A)
Portanto,aexposiodessetrabalhadornesselocalruidoso eventual, porm a
exposio ocupacional ao rudo permanente. Exemplo 2 LOCAL NVELDE
RUDOTEMPODETEMPOMXIMO dB(A)EXPOSIO- DIRIOPERMITIDO HORAS
Oficma75.03,0-realndustnal90,02,04.0 Saladecompressor95,03,02,0
-68-a) Dose equivalente:~+ ~=2, O 42 b) Nvel equivalente de rudo=
90,0 dB(A) Nesse caso, o trabalhador ficou exposto de forma
intermitente no local ruidoso, porm a exposio ocupacional ao rudo
foi permanente pois o Leq igual a 90,0 dB(A) corresponde expos1o
contnua a e s s ~ nvel durante um perodo de 8 (oito) horas.
Atualmente as Instrues Normativas do INSS evoluram no sentido de
adotarem o critrio cientfico na interpretao da exposio ocupacional
dorudo.Segundoessasnormas,naexpostoanveisderudo variveis,somente
caber o enquadramento como especial quando a dosimetria for
superior ao limite de tolerncia, devendo ser anexada a memria dos
valores em tabelas ou grficos, constando otempo de permanncia do
trabalho em cada nvel de medio efetuado. Com essa regra,evita-se
quenolaudo tcnrcoconstesomenteoLeqoudose, dificultando a
anlisequanto exposio diria do trabalhador,fontes geradoras e outros
fatores que justifiquem o Leq obtido. Cabe destacarque atualmente
existem diversos Audiodosfmetros comercializados no Brasil que
fornecem a evoluo dos nveis de rudo durantea JOrnada e
h1stogramasdurante o perodo de medio, devendo omemorial, sempreque
possvel, ser baseado nos dados fornecidos pelo aparelho.
Acrescente-se ainda que o memorial ou histograma deve representar a
jornada de trabalho do empregado. C) Eliminao ou neutralizao
Asnormasprev1denciriasvigentesestabelecemqueolaudo
tcnicodeveconstatarainformaode queousodoequipamento individual ou
colativo elimina ou neutraliza a presena do agente nocivo. Nesse
caso, no caber o enquadramento da atividade como especial. Para o
agente rudo, sua eliminao pode ser feita por meio do controle na
fonteena trajetria,enquanto aneutralizao pode ser alcanada pelo uso
de EPI. Entretanto, as medidas adotadas devem ser capazes de
reduzir aintensidade do rudo abaixo do limite de tolerncia, sendo
necessno, portanto, o clculo de atenuao do EPIou nova medio dos
nveis de rudo quando adotadas medidas coletivas (fonte na
trajetria). Na ParteVIl,asmedidasde
controle,especialmenteosclculosde atenuao de EPI. sero explicadas
ma1s detalhadamente. -69-O) Laudo tcnico As normas v1gentes do INSS
estabelecem que a comprovao da exposio aos agentes ambientais, para
fins de aposentadoria especial, deve ser feita com base nas
demonstraesambientais (PPRA, PGR, PCMSO, entre outros), desde que
contenham os elementos informativos bsicos constitutivos do LTCAT
(Laudo Tcnico de Condies Ambientais do Trabalho). O INSS,na anlise
desse documento, de acordo com a Instruo Normativa vigente, dever
observar os seguintes itens: I - se individual ou colativo; 11 -
identificao da empresa; III - identificao do setor e da funo; IV
-descrio da atividade; V-identificao de agente nocivo capaz de
causar dano sade e integridade fsica, arrolado na Legislao
Previdenciria; VI- localizao das possveis fontes geradoras; Vll -
via e periodicidade de exposio ao agente nocivo; VIII- metodologia
e procedimentos de avaliao do agente nocivo; IX - descrio das
medidas de controle existentes; X - concluso do LTCAT;
XI-assinatura do mdico do trabalho ou engenheiro de segurana; e Xll
- data da realizao da avaliao ambiental. O laudo tcnico para
comprovao da exposio ao rudo dever ser expedido por mdico do
trabalho ou engenheiro de segurana do trabalho (art.58, 11lda Lei
n.8.213/91).Deacordo comaInstruo Normativa vigente, OL TCAT dever
ser assinado por engenheiro desegurana do trabalho,com
orespectivonmero da Anotaode Responsabilidade T c n ~ c a - ART
junto ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura- CREA, ou
por mdico do trabalho, indicando os registras profissionais para
ambos. No Apndice 111 encontra-se um modelo de laudo de avaliao de
rudo para concesso de aposentadoria especial. Lembramos que esse
modelo apenas uma sugesto, cabendo aos leitores que lidam com a
matria aperfeio-lo. -70-5.4. Avaliao para Fins de Conforto e
Jncmodo A) Limite de tolerncia A NR-17 da Portaria n. 3.214, em seu
subitem 17.5.2, estabelece que nos locais de trabalho onde so
executadas atividades que exijam solicitao intelectual e ateno
constantes, tais como escritrios, salas
dedesenvolvimentoouanlisedeprojetas,dentreoutros,so recomendados
para as condies de conforto: -Os nveis de rudo de acordo com o
estabelecido na NBA 10.152, norma brasileira registrada no INMETRO.
Nasatividadesquepossuamascaractersticasmencionadas
anteriormente,masnoapresentemequivalnciaoucorrelaocom
aquelasrelacionadasnaNBA10.152,onvel derudoaceitvelpara efeito de
confortoser de 65dB (A),ea curva de avaliao derudo (NC) de valor no
superior a 60 dB. AnormaNBA10.152 fixaos nve1sde rudo compatveis
com o conforto acstico em amb1entesdiversos. Os valoresem dB(A)eNC
(curva de avaliao de rudo) so os seguintes: LOCAISdB(A)NC Hospitais
Apartamentos,Enfermarias,Berrios,CentrosCirrgicos35-4530-40
Laboratrios,reasparausode pblico40-5035-45 Servios45-5540-50
Escolas Bibliotecas,Salasdemsica,Saladedesenho35-4530-40 Salasde
aula,Laboratrios40-5035-45 Circulao45-5540-50 Hotis
Apartamentos35-4530-40 Restaurantes.Salade estar40-5035-45
Portaria,Recepo,Circulao45-5540-50 Residncias Dormttnos35-4530-40
Sala deestar40-5035-45 -71-LOCAISdB(A)NC Auditrios Salasde
concertos.Teatros 30 - 4025 - 30 Salasde Conferncia,Cinemas,Salas
de usomltiplo 35 - 4530 - 35 Restaurantes 40-5035 - 45 Escritrios
Salasdereunio 30-4025-35
Salasdegerncia,Salasdeprojetosedeadministrao35-4530 - 40 Salasde
computadores 45-6540 - 60 Salasde mecanografia 50-6045 - 55
IgrejaseTemplos(CultosMeditativos)40-5035 - 45 LocaisParaEsporte
Pavilhesfechadosparaespetculoseatividadesesportivas45-6040 - 55
Notas: a)O valor inferior dafaixarepresenta o nvel sonoro para
conforto. enquanto o
valorsuperiorsignificaonvelsonoroaceitvelparaafinalidade.
b)NveissupenoresaosestabelecidosnestaTabelasoconsiderados
desconfortveissem,necessariamente, implicarriscodedanosade.
AscurvasdeavaliaoNCforamdesenvolvidasparaavaliaro conforto nos
locais de trabalho, tendo sido adotada pela NBR 10.152 da ABNT. As
curvas so determinadas para cada atividade em funo das frequncias
do rudo em banda de oitava, conforme figura a seguir:
-72-4.0008.000 Frequnciascentraisdasbandasdeoitava(Hz)
Osvaloresnumricosdas curvasNCemfunoda frequncia esto na tabela a
seguir: Curva NC 15 20 25 30 35 40 Nveis de presso sonora
correspondentes s curvas de avaliao (NC) 63Hz125Hz250Hz
500Hz1kHz2kHz4kHz dBdBdBdBdBdBdB 47362922171412 50413326221917
54443731272422 57484136312928 60524540363433 64575045413938
-73-8kHz dB 11 16 21 27 32 37 Curva63Hz125Hz250Hz
500Hz1kHz2kHz4kHz8kHz NCdBdBdBdBdBdBdBdB 456760544946444342
507164585451494847 557467625856545352 607771676361595857
658075716866646362 708379757271706968
Portanto,nadeterminaodoconfortonosambientesde trabalho, necessrio
mediros nveis de rudo em cada frequncia de banda de oitava
ecompar-los aos valores estabelecidospara
asrespectivascurvas.Exemplo:aNR-17determinaque,nas atividades que
no apresentam eqUivalncia ou correlao com os
valoresdaNBA10.152,onvelderudoaceitvelparaefeitode conforto ser de
65,0 dB(A), ea curva de avaliao de rudo NC, no superior a60,0
dB.Dessemodo,aestatabela mostra os valoresem cada frequncia
referentes curva NC60,0. Curva NC 60 Nveis de presso sonora
correspondentes s curvas de avaliao NC60 63Hz125Hz
250Hz500Hz1kHz2kHz4kHz dBdBdBdBdBdBdB 77716763615958 8kHz dB 57
Desse modo, os valores dos Nveis de Presso Sonora medidos em cada
frequncia devem ser comparados com os valores da tabela acima. 8)
Procedimentos de avaliao A avaliao dos nveis de rudo deve ser
realizada no ambiente do local analisado. As leituras devem ser
tomadas na curva de compensao A(NR-17).Almdodispositivo da
NR-17,devemser observadasas recomendaes da NBA10.152 da ABNT. Para
se obter o NC, devem ser analisadas as frequncias do rudo. -74-C)
Laudo tcnico Combasenosdados obtidosnasavaliaes.otcnico dever
emitir o seu parecer sobre o possvel risco da exposio ocupacional
ao rudo,bem comoas medidas coletivas,administrativas ouno homem que
devem ser adotadas para eliminar ou neutralizar o risco. No Apndice
IV encontra-se um modelo de laudo de avaliao de rudo para conforto.
Lembramos sempre que esse modelo apenas uma sugesto, podendo ser
aperfeioado. 5.5. Avaliao do Conforto da Comunidade e Perturbao do
Sossego Pblico A poluio sonora constitui-se em grave problema,
especialmente nosgrandescentrosurbanos,poispodeprovocarnacomunidade
distrbios no sono, estresse, dor de cabea, irritao, entre outros.
Esse tipodepoluioresponsvelpor vriosconflitosnas comunidades
principalmente naquelas localizadas prximas a aeroportos, centros
de diverses, indstrias, construes,alm de desavenas entre vizinhos
e,em alguns casos.constitui-se na vil por desencadear conflitos no
resolvidos entre as pessoas. Por esses motivos e em razo da grande
ocorrncia desse tipo de poluio no mundo moderno, o Governo Federal
atravs do IBAMA criou o Programa de Educao e Controle de Poluio
Sonora- Silnc1o, editando diversasResolues sobre a matria.
AConstituio da Repblica de1988 determina, em seu art.23, que de
competncia comum da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municpios proteger o meio ambiente e combater a poluio em qualquer
de suas formas. A grande maioria dos Municpios no estabelece
Valores de nve1s deRudomximospermissveisnemmetodologiadeavaliao,
provavelmente por se tratar de matria especfica e tcnica. Assim,na
avaliao do rudo para fins de conforto e perturbao do sossego
pblico. quandonohouver limites de rudona legislaomunicipal,deve-se
basear na NBA 1.051/00, conforme determina a Resoluo n. 01de
08.03.90 do CONAMA, bem como legislao estadual ou federal, se
houver. AResoluo n.01de 08.03.90 do CONAMA (Conselho Nacional de
Meio Ambiente) determina que o critrio de avaliao, bem como os
nveisaceitveisparafinsdeperturbaodesossegopblicosero aqueles
estabelecidos na NBA 1 O 151dRABNT -75-Essa norma estabelece tambm
que, nos projetas de construo e reforma de edificaes para
atividades heterogneas, o nvel de som produzido por uma delas no
pode ultrapassar os n!veispela norma NBA 10.152 da ABNT. A referida
Resoluao determ1na, a1nda,
queentidadesergospblicos(federais,estaduaisemunicipais)
competentes, no uso do respectivo poder de poltica, disporo de
acordo com oestabelecido nesta Resoluo, sobre a emisso ou proibio
da emissoderudosproduzidospor quaisquermeiosoudequalquer
espcie,considerandosempreoslocais,horrioseanaturezadas
atividadesemissoras,comvistasacompatibilizaroexercciodas atividades
com a preservao da sade e do sossego pblico. Aemisso de
rudosproduzidos por veculosautomotoras eos produzidos no interior
dos ambientes de trabalho obedecero s normas
expedidas,respectivamente,peloConselhoNacionaldeTrnsito -:-CONTRAN,
e pelo rgo competente do Ministrio do Trabalho (Resoluao 01/90,
item V). a) Norma NBR 10.151/00 da ABNT A norma NBA 10.151/00 da
ABNT fixa as condies exigveis para avaliao da aceitabilidade do
rudo em comunidades, independente da existncia de reclamaes. Dentre
as regras estabelecidas nessa norma, destacam-se: -Equipamentos de
medio Segundo a NBA 10.151/00, o med1dor de nvel de presso sonora
ou o sistema de medio deve atender s especificaes da IEC 60.651
para o tipo o,tipo 1 ou tipo 2.Alm disso, a referida norma
recomenda que o equipamento possua recursos para medio de nvel de
presso sonora equivalente ponderado em 'A" (LAE0), conforme IEC
60.804. OcalibradoracsticodeveatendersespecificaesdaIEC 60.942,
devendo ser de classe 2, ou melhor. Anorma determina tambm que
omedidor de nvel de presso sonora eocalibrador acstico
devemtercertificadode calibrao da Rede Brasileira de Calibrao (ABC)
ou do Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade
Industrial (INMETRO), renovado no mnimo por 2 (dois) anos. Ademais,
o medidor de nvel de presso sonora deve ser calibrado antes e aps a
med1o, ou conjunto de medies relativas ao mesmo evento, utilizando
calibrador acstico porttil. -76--Procedimentos de medio A avaliao
dos nveis de rudo deve ser feita externamente aos limites da
propriedade que contm a fonte; no entanto, na ocorrncia de
reclamaes,asmediesdevemserfeitasnascondieselocais indicadas pelo
reclamante (suposto incmodo). No exterior das
edificaes,aNBA10.151/00 determina que as medies devem ser efetuadas
em pontos afastados aproximadamente 1 ,20m do piso e pelo menos 2 m
do limite da propriedade e de quaisquer outras superfcies
refletoras, como muros, paredes etc. Nointerior de edificaes,as
mediesdevemser efetuadasa uma distncia de no mnimo 1 m de quaisquer
superfcies, como paredes,
teto,pisoetc.Asmediesdevemserefetuadasnascondiesde utilizao normal
do ambiente, isto , com as janelas abertas ou fechadas de acordo
com a indicao do reclamante. - Correes dos nveis de rudo- Lc
Segundo aNBA10.151/00.oNvel Corrigido Lc para rudo sem carter
impulsivo e sem componentes tonais determinado pelo Nvel de Presso
Sonora Equivalente, LAeq. Caso o equipamento no execute medio
automtica do LAeq,deve ser utilizado oclculopor meio de equao
contida na referida norma. No entanto, deve-se preferencialmente
utilizar medidores que forneam o valor LAeq, pois mais preciso.
Para o rudocom caractersticas impulsivas ou de impacto, a norma
recomendadeterminar valor mximo medido com o medidor de nvel de
presso sonora ajustado para resposta rapida (fast), acrescido de 5
dB(A). Para rudo com componentes tonais, a norma recomenda tambm
que o LAeq seja acrescido de 5 dB(A). J na presena de rudo e
impacto e com componente tonais, a norma recomenda corrigir o Lc
por meio do procedimento anterior, ou seja, somando 5 dB(A). Em
seguida, adotar o resultado do nvel de rudo de maior valor E
importantedestacarqueorudodeimpactofacilmente
identificado.Exemplos:marteladas,tiroseexploses.J comorudo com
componentes tonais, a norma cita como exemplos os zumbidos e apitos
no entanto. a identificao correta desse tipo de rudo requer estudo
mais detalhado, incluindo anlise de frequncia. -Nvel de critrio de
avaliao- NCA -ambiente externo De acordo com a NBA 1O. 152, o nvel
de cntrio de avaliao NCA para amb1entes externos de acordo com a
tabela a seguir -n-Nfvelde critrio de avaliao NCA, para
ambientesexternos, emdB(A) Tiposde reasDiurno reasdestiosefazendas
40 rea estritamente res1dencial urbana, ou de hospitais50
oudeescolas reamista,predominantementeresidencial55
reamista,comvocao comercialeadministrativa60
reamista,comvocaorecreacional65 reapredominantementeIndustrial70
Noturno 35 45 50 55 55 60 -o horrio noturno e diurno pode ser
definido pelas autoridades, de acordo com os hbitos da populao;
porm, o perodo noturno no devecomear depois das 22 horas eno
deveterminarantes das7 horas do dia seguinte. Se o dia seguinte for
domingo ou feriado, o trmino do perodo noturno no deve ser antes de
9 horas. - Nvel de critrio de avaliao- NCA -ambiente interno Onvel
de critrio de avaliao NCA para ambientes internos o nvel indicado
na tabela acima com a correo de-1 O dB(A), para janela aberta, e
-15 dB(A), para janela fechada. Se o nvel de rudo do ambiente ~ f o
rsuperior ao valor da tabela acima para a rea e o horrio em questo,
o NCA assume o valor do L1w b) Caracterizao da fonte poluidora Na
avaliao do rudo do sossego pblico, necessrio analisar o rudo de
fundo do ambiente, no sentido de caracterizar ou no a fonte
poluidora no local. Essa verificao pode ser feita medindo os nveis
de rudo com a fonte ligada e desligada. A Lei Estadual n.10.100, de
17.01.90, de Minas Gerais e aPortaria n.92 de 19.06.80 do extinto
Ministrio do Interior, dispe: Para os efeitos dessas normas,
consideram-se prejudiciais sade, segurana e ao sossego pblico
quaisquer rufdos que: 1 - atinjam,no ambiente exterior do recintoem
que tmorigem, nvel de som superior a 10 {dez) decibis- dB(A), acima
do rudo de fundo existente no focal,sem trfego; -78-Portanto, com
base nessas normas, a diferena entre o rudo total (fonte+ rudo de
fundo) e o nvel de rudo com fonte desligada (rudo de fundo) deve
ser inferior a 1O dB(A}. Acrescente-se ainda que outras legislaes
estaduais e municipais tambm adotam critrio semelhante para
verificao da fonte poluidora; no entanto, os valores mximos
permissveis podem variar. Desse modo,
necessrioconsultaralegislaoespecficaespecialmentedo Municpio onde
localiza-se a fonte do suposto incmodo. c) Laudo tcnico Aps a
coleta de dados no campo,o tcnico dever emitir laudo tcnico
comparecer sobre a possvel perturbao do sossego pblico provocado
pelo rudo, bem como as fontes poluidoras. A NBA 10.151/00 determina
que no relatrio de ensaio de rudo, devem constar no mnimo as
seguintes informaes: -marca, tipo ou classe e nmero de srie de
todos os equipamentos de medio utilizados; -
dataenmerodoltimocertificadodecalibraodecada equipamento de medio;
- desenho esquemtico e/ou descrio detalhada dos pontos da medio; -
horno e durao das medies do rudo; - nvel de presso sonora corrigido
Lc, indicando as correes aplicadas; - nvel de rudo ambiente; -
valor do nvel de critrio de avaliao (NCA) de rudo aplicado para a
rea e o horrio da medio; - referncia a esta Norma. No Apndice V
encontra-se um modelo de laudo de avaliao de rudo para perturbao do
sossego pblico. Lembramos que esse modelo apenas uma sugesto,
devendo os leitores aperfeio-lo. 5.6. Avaliao de Rudo em Cabines
Audiomtricas O Anexo I,quadro 2,da NR-7 estabelece diretrizes e
parmetros mnimos para a avaliao e o acompanhamento da audio do
trabalhador -79-atravsdarealizaodeexamesaudiolgicosderefernciae
sequenciais.Osub1tem3.6.1 .1determina que oexame audiomtrico ser
realizado em cabina audiomtrica, cujos nveis de presso sonora no
ultrapassem os nveis mximos permitidos, de acordo com a norma
ISO8.253-1.Nasempresasemqueexistir ambienteacusticamente tratado,
que atenda norma ISO 8.253-1, a cabina audiomtrica poder ser
dispensada. A Norma ISO 8.253-1estabelece os nveis de presso sonora
do ambienteemsaladetestesaudiomtricos,quenodevemser
ultrapassadosdeformaaevitar omascaramentodostonsdeteste. Estes
valores so especificados como nveis mximos de presso sonora
Permissveis - Lembandas comfrequncia de terade oitava.A rnax
NormaISO8.253 -1estabelecevaloresLmaxemtera deoitava para
audiometria de conduo area e ssea. Segundo anorma ISO,os valoresdos
nveis de presso sonora para audiometria de conduo area foram
determinados com o teste feitoemfonesde ouvido supra-auricular
tpicos, conformeatenuao mdia constante na Tabela 2. Caso sejam
utilizados fones de outro tipo, a diferena de atenuao desses
aparelhos e os valores fornecidos pela Tabela 2 devem ser somados
aos valores de Lmax A norma ISO 8.253 -1forneceosnveisde presso
sonora para testes em conduo area, conforme tabela a seguir:
Tabela01 Nveis mximos de presso sonora permissveis para orudo
ambiente lm' em bandas de 1/3 de oitava para a audiometria de
conduo por via area, quando fones de ouvido supra-aurais tpicos so
utilizados. Nveismximosdepressosonorapermitidos Frequncia para
orudo ambiente L..,..,_ ...,,"' centralda Faixas de frequnciado
tomdeteste bandade1/3 125Hz- 8.000Hz250Hz - 8.000Hz500 Hz - 8.000Hz
de oitava-ISO Lmox ISOISO Hz 31,556,066,078,0 4052,062,0 73,0
5047,057.0 68,0 6342,052.0 64,0 8038,048,0 59,0
-80-Nveismximosdepressosonorapermitidos Frequncia para orudo
ambiente Lm.,,,.,. ....... 20 ~Pa> centralda
Faixasdefrequnciadotomdeteste bandade1/3 125Hz- 8.000Hz250Hz-
8.000Hz500Hz - 8.000Hz oitava- Hz ISO Lm..ISOISO 10033,043,055,0
12528,039,051,0 16023,030,047,0 20020.020,042,0 25019,019,037,0
31518.018,033,0 40018,018,024,0 50018,018,018,0 63018,018,018,0
80020,020,020,0 1.00023,023,023,0 1.25025,025,025,0
1.60027,027,027,0 2.00030,030,030,0 2.50032,032,032,0
3.15034,034,034,0 4.00036,036,036,0 5.00035,035,035,0
6.30034,034,034,0 8.00033,033,033,0
Nota:utilizando-seosvaloresac1ma,omenor nveldelimiardeaudioaser
medido de O dB, com a incerteza mx1made +2 dB devido ao
rudoambiente. Se umaincertezamx1made+5dBdevida ao
rudoambientepermitida.osvalores podemser incrementadosem8dB.
-81-Tabela02 Atenuao sonora mdia para fones de ouvido supra-aurais
tpicos. Frequnci aHzAtenuaosonoramdiadB 31,5o 40,0o 50,0o 63,01
80,01 1002 1253 1604 2005 2505 3155 4006 5007 6309 80011 1.00015
1.25018 1.60021 2.00026 2.50028 3.15021 4.00032 5.00029 6 30026
8.00024 Nota:osvalores dados estobaseados
emmedies,utilizando-setons puros em
campolivreefonesdeouvidoTDH39comalmofadasMX41/AReBeyerDT48. Dados
de atenuao baseados emrudos de faixa estreita em um campo difuso so
assumidoscomofornecendoumamediomaisrealistadaspropriedadesde
atenuaoValores um pouco menores que estes podem ser esperados com
bandas
derudoemumcampodifuso;todavia,dadosinsuficientesestodisponveis
atualmente - 82 -Tabela03 Nveis mximos de presso sonora permissveis
para orudo ambiente L,..em bandas de 1/3 de oitava para a
audiometria de conduo ssea, quando fones de ouvido supra-aurais
tpicos so utilizados. Frequnci a Nvei
smximosdepressosonorapermitidos centralda para orudo ambiente Lmax
t..-,... ZOpPol bandade1/3Faixasdefrequnci adotomdeteste deoitava
-Hz 125 HZ - 8.000Hz250Hz - 8.000Hz ISOISO 31,555,063,0 4047,056,0
5041,049,0 6335,044,0 8030,039,0 10025,035,0 12520,028,0
16017,021,0 20015,015,0 25013,013,0 31511 ,011,0 4009,09,0
soo8,08,0 6308,08,0 8007,07,0 1.0007,07,0 1.2507,07,0 1.6008,08,0
2.0008,08,0 2.5006,06,0 3.1504,04,0 4.0002,02,0 5.0004,04,0
6.3009,09,0 8.00015,015,0 Notas:1 - Utilizandose os valores acima,
o menor nvel de limiar de audio a ser medido de O dB, com a
Incerteza mxima de +2 dB devido ao rudoambiente.Se umaincerteza
maximade +5dBdevidaaoruldo ambientepermitida,osvalores podemser
incrementadosem8dB. 2 - Como a maioria dos medidores de nlvel
sonoro,difc1lmedir-se nveis abaixo de 5 dB. - 83 --Segundo
anormaISO8.253 -1,asmedies dosNveis de Presso Sonora nas cabines
audiomtricas devem ser realizadas com medidor de nvel sonoro tipo
1, de acordo com a IEC 60.651, ou medidor de nvel sonoro
integrador, de acordo com a IEC 60.804. -Dever ser utilizado tambm
o filtro de banda de 1/3 de oitava, de acordo com a IEC 60.225.
5.7. Avaliao de Rudo em Teleatendimento A avaliao nos Headset deve
ser realizada de acordo com normas Internacionais. Assim, no
recomendado fazer qualquer medio sem estudo profundo esem validao
da metodologia e/ou equipamentos usados. A metodologia dessa
avaliao deve ser feita com base na Norma
ISO/DIS11.904,partes1e2.Aprimeiraestabeleceomtododa colocao do
microfone no ouvido real(tcnica MIRE), ao passo que a segunda
utiliza um manequim simulador (tcnica do Manequim) 1-MTODO DO
OUVIDO REAL -IS0-11.904- PARTE 1 Esse mtodo consiste em colocar o
minimicrofone do Medidor de
NveldePressoSonoranocanalauditivodotrabalhador Quanto posio de
colocao do minimicrotone no canal auditivo para aplicao da tcnica
descrita na parte 1 da norma, esta pode ser de trs maneiras,
conforme ilustram as figuras 1 a 3. Minlmlcrofone Fig. 1 -
Minimicrofone em canal auditivo Fig. 2- Minimicrofone em canal
auditivo aberto bloqueado -84-Tmpano \ Minlmlcrofone Fig. 3-
Microfone posicionado com sonda 11- MTODO DO SIMULADOR COM MANEQUIM
-IS0-01 1.904- PARTE 2 Nessemtodoutiliza-seuma
cabea(padronizada)comorelha (padronizada),sendo que no
canalauditivoexterno da cabea usa-se um Simulador de Ouvido
padronizado, comm1crotonede preciso.A figura a seguir ilustra essa
tcnica: CabeaArtificial construda conforme a Norma ANSI S3.36 e IEC
959 para medio da Dose de Rudo -85-PARTE VI EFEITOS DO RUDONO
ORGANISMO Joo Salvador Reis Menezesf6J Naray Jesimar A. Paulind7!
Neste captulo pretendemos fazer uma pequena abordagem acerca do
tema rudo,sob ongulo mdico.Na verdade,o tema extenso e no
teramosapretenso de esgot-lo empoucas linhas.Preferimos tecer
comentrios breves que pensamos poder ser entendidos sobretudo por
profissionais no mdicos, j que os mdicos (especialmente os do
trabalho) tm nesse tema um campo frequente de estudo. Logo a
princpio, vamos apenas lembrar que rudo, tecnicamente, no sinnimo
de barulho. "Rudo'' uma mistura de sons;"barulho", por sua
vez,osomque incomoda (logo,esteltimo conceitoinclui componentes
subjetivos). "Som" avibraocapazde ser detectada pelo ouvido humano
(entendendo-se "vibrao", grosseiramente, como o
movimento,paraumlado epara outro,das partculasdeumcorpo) Neste
texto usaremos o termo "rudo", j consagrado pelo uso. Mas como se
forma o som no ouvido humano? De modo resumido, o seguinte: a audio
humana se processa graas ao do chamado
"aparelhoauditivo",ouseja,umconjuntodeestruturascomfunes diferentes
e complementares que resultam na capacidade de uma pessoa perceber
eentender um som.Oaparelho auditivodividido emtrs partes:ouvido
externo,ouvido mdio e ouvido interno.Aenergia que produzir o som
recebida no ouvido externo (conhecido popularmente como "orelha") e
se propaga atravs de um pequeno "corredor", ainda pertencente
aoouvido externo,que o "meato acstico externo",at uma membrana
chamada "tmpano". Ao receber a energia que vinha se
propagando,otmpanosemovimenta.Osseusmovimentosso
(6)Mdicodotrabalho. (7)Md1cado trabalho eadvogaoa. -
86-transmitidospor umapequenacadeiadetrsossculos(osmenores ossos do
corpo humano, que compem o ouvido mdio com o tmpano
edoispequenosmsculos)atoouvidointerno.Oouvidointerno
preencheumacavidadesituadanaestruturasseado crnio,tem componentes
distintos e ainda preenchido por um lquido.Dentre os
componentesdoouvidointernodestaca-seaqueleconhecidocomo "cclea". No
interior da cclea h uma estrutura chamada "rgo de Corti". que
contmmilharesde clulassensoriais conhecidascomo "clulas cHiadas".
Quandoessasclulassoapropriadamenteestimuladas(pela energia que vem
se propagando pelos ouvidos externo e mdio), geram impulsos
nervosos, que so transmitidos ao crebro pelo chamado "nervo
auditivo". Esses impulsos so "decifrados": a pessoa percebe o som.
Quando a energia (vibrao) que excita as clulas ciliadas da cclea
resultado da cadeia de eventos descrita acima, dizemos que houve a
chamada "conduo area" do som. Quando o som vibra diretamente o
crnio e/ou vibra as paredes do meato acstico externo, que estimulam
a cclea, ocorre a "conduo ssea". O rgo sensitivo final, a cclea, o
mesmo: somente varia o caminho para a sua excitao. No devemos
confundir "conduo area" ou"conduo ssea''
com"hipoacus1acondutiva"e"hipoacusianeurossensorial"(ou
sensorioneural).Ahipoacusia {diminuio da capacidade de audio) pode
ser devida a uma leso ou obstculo no ouvido externo ou mdio nesses
casos,diremos que setratade umahipoacusia condutiva,o ~
seja,osomnoestsendoadequadamenteconduzidoatorgo sensorial que a
cclea (ex.: excesso de cera no ouvido externo, otites etc.). Se a
hipoacusia for decorrente de uma leso no ouvido interno ou do nervo
auditivo, ento ser denominada hipoacusia neurossensorial, ou
seja,no est havendo funcionamento adequado da cclea e/ou do
nervoauditivo.Ahipoacusiatambmpodesermista.isto,tantoa poro
condutiva quanto a poro neurossensorial apresentam-se com
problemas. Como qualquer outrafunodo corpohumano,h umponto de
equilbriopara o funcionamentoadequado do aparelhoauditivo.Como
qualquer outra funo do nosso corpo, tanto o aparelho auditivo
precisa ser exercitado e estimulado para o seu desenvolvimento e
aprimoramento como sofrer exausto se for por demais exigido e
exposto a agentes que possam les-lo. Alm disso, necessrio lembrar
que o aparelho auditivo pode sofrer uma diminuio gradual de sua
acuidade em virtude do prprio
-87-envelhecimentodapessoa(oquesedenomina"presbiacusia").O
aparelhoauditivo ainda podeter comprometimentono seu"conforto"e
mesmono seu funcionamento,em virtudeda prpria poluiosonora,
presentesobretudonosgrandescentrosurbanos(trnsito,discoteca,
competiescomveculosmotorizados,"walkman",aparelhos eletrodomsticos
etc.). Como parte integrante e nada dispensvel do organismo humano
e sendo suscetfvel a leses e perdas, havemos de nos preocupar com a
manutenodaaudioemnveispelomenosadequadosboa
convivnciahumana.Nocasodorudonoambientedetrabalho, especificamente,
inadmissvel haver perdas auditivas gratuitas, j que so conhecidos
alguns elementos que podem impedir o surgimento ou a progresso
dessas perdas (diminuio do tempo de exposio ao rufdo,
reduodorudoambiental,uso efetivodeEPIetc.).Havendo leso, sobretudo
de maior monta, h prejuzo para a economia orgnica e uma funo
previamente normal, ou dentro de certo limiar pode progredir para
um quadro de deficincia auditiva. A existncia de leso j ~ a r a n t
e ,por si s, o direito arguio de indenizao pelo dano sofrido. E
importante lembrar que a diminuio da acuidade auditiva induzida
pelo rudo ainda no reversvel (assim como aquela causada pelo
envelhecimento normal da pessoa).
igualmenteimportante,ento,queapessoanoseja
expostadesnecessariamenteaessepotencialdelesoemsua capacidade
auditiva- h que se prevenir. No devemosperder devistaque
tantoalegislao trabalhista
comoaprevidenciriatratamdotema"rudo"etmprocurado aprimorar-se neste
assunto,inclusive atravsdenormasprprias.O
quetemassustadoasempresas,contudo,apossibilidadede indenizaes
civ1s(em dinheiro), nada irrisrias, que podem pleitear os
empregados e ex-empregados que apresentem alteraes auditivas que
possam ter nexo com o trabalho.Aqui ainda cabe a lembrana de que,
alm de outras implicaes, os prepostos ainda podem ver-se s voltas
comprocessos penais por exposio da sade a risco. Apesar de
aquestoprimeiraparecerserosimplesmedode indenizao pecuniria, muito
mais est implcito nos cuidados auditivos com relao ao rudo: a
prpria integridade humana que est em jogo, o respeito pela condio
humana do trabalhador. Mas qua1sseriam.afinal.osefeitos do
rudosobre o organismo humano?
-88-Apenasdidticaeresumidamente,podemosdividiresses efeitos em
efeitos auditivos e efeitos extra-auditivos do rudo. Os efeitos
auditivos podem ser divididos em traumas acst1cos, efeitos
transitrios eefeitos permanentes.H sons que, de to tnues,nem so
ouvidos pelo ser humano; outros h que so ouvidos dentro de uma
faixaque temos como "normal" e sem potencialde agravos. Outros
sons, ainda, so ouvidos em frequncia e intensidade suficientes para
provocar leses temporriasoupermanentes:essessonspodemestar
presentesno trabalho,nolar,naescola,nasruas,ematividadesdelazeretc.
Trataremos aqui dos efeitos relacionados ao rudo maior que 85
dB(A}, umavezquealegislaobrasileiraest1pulaessevalorcomolimite
mximo permitido para o trabalho, por 8 (oito) horas/dia, sem
proteo. 6.1.Efeitos Auditivos do Ru(do 6.1.1.Trauma Acstico Sons de
curta durao e alta mtensidade (exploses, estampidos de arma de
fogo, detonaes etc.) podem resultar em uma perda auditiva
imediata,severa epermanente,conceituadacomo "trauma acstico". Todas
as estruturas do ouvido podem ser lesadas, em particular o rgo de
Corti, a delicada estrutura sensorial da parte auditiva do ouvido
intemo (cclea). O aparelho auditivo possui sistemticas que procuram
"atenuar" as vibraes que chegam at a cclea e diminuir, com isso, as
chances de leso auditiva. Contudo, em casos de sons como aqueles
necessrios esuficientesparaconfenremtraumaacstico,essas sistemticas
do aparelhoauditivo no tm"tempo para entrar em ao",e,com isso, pode
ocorrer a leso. 6.1.2.Perda Auditiva Temporria
Exposiesmoderadaspodeminicialmentecausarumaperda auditiva
temporria, que a literatura inglesa denominou TTS (temporary
threshol shiff). As alteraes que poderiam estar implicadas nessa
perda temporria(portanto,recupervel)aindanoforamtotalmente
esclarecidas(Edemaintracelular?Alteraesvasculares?Exausto
metablica?). Aps exposio ao rufdo insalubre de qualquer origem
(profissional ou no profissional), pode ocorrer uma
perdatemporriada acUidade auditiva.Contudo. os limiares auditivos
retornamnormalidade aps
-89-umperododerelativosilncio{descansodaatividaderuidosa).A
literatura eas normasinternacionais referemcomosendo de 11a14 horas
o perodo de relativo silncio para a reverso da perda temporria -
da! arecomendao internacional de quedevahaver 14 horas de repouso
acstico antes da realizao do exame audiomtrico. Repetidas expos1es
ao rudo capaz de produzir perdas temporrias
podemgradualmenteoriginarperdaspermanentes(asperdas
permanentessodescritascomoocorrendoaolongodeanosde exposio ao
rudo). Havendo perdas permanentes, ocorrer perda da vitalidade das
clulas implicadas na audio - elas estaro dbeis ou mortas,
destrudas, e as fibras nervosas que existirem na mesma regio
acabarodegeneradas:aaudionoseprocessarnormalmente (diminuio da
capacidade auditiva), ou deixar de se processar (surdez). 6.
1.3.Perda Auditiva Permanente A perda auditiva permanente tem sido
conhecida popularmente em nosso meio como"PAlA" (perdaauditiva
induzida por rudo); seesse rudo sabidamente ocupacional, alguns tm
ento chamado "PAIRO" (perda auditiva induzida por rudo
ocupacional).A norma tcnica mais recente at a elaborao deste texto
(Ordem de Servio n.600, INSS, de 5.8.98, publicada no DOU em
19.8.98) usa a expresso "Perda Auditiva Neurossensorial por Exposio
Continuada a Nveis Elevados de Presso Sonora de Origem
Ocupacional", mas mantm o uso da sigla PAlA, que tambm ser
utilizada neste texto. A perda auditiva mensurada determinando-se
limiares auditivos em vrias frequncias atravs do exame conhecido
como "audiometria" (este tambm o exame usado em programas de
conservao auditiva para determinar se a proteo contra orudo est
sendo adequada -entenda-se proteo comosendo oconjuntodas aes
individuaise coletivas acerca do rudo). A literatura brasileira e
normas internacionais do conta de que 25 dB(A) considerado como o
limite mximo de normalidade (norma ISO 1.999:1990). Expresses
audiomtricas maiores que 25 dB(A) poderiam indicar, ento, uma
anormalidade no exame. Perdas entre 30 e 35 dB(A),
noentanto,aindasoconsideradaspequenas,sobretudoseem frequncia
isolada. Uma perda na audio que possa afetar as atlvidades normais
cotidianas geralmente no motivo de queixa at que os nveis auditivos
nas frequncias que tm importncia na conversao normal (500 a
2.000/3.000 Hz)mostrem perdas maiores que 35 a 40 dB.Por -90-outro
lado, descrito que a PAlA raramente afeta a audio em limtares
maiores que 70 dB(A) nas frequncias agudas e 40 dB (A) nas
frequncias graves.Quando se encontrar perdasmaiores queosltimos
valores citados,ento sedevepensar emoutras possibilidades diagnscas
isoladas ou associadas.
Aperdaauditivapermanentedev1daaorudodescritacomo
ocorrendoprimeiramente entre3.000e6.000Hz(altasfrequncias),
sobretudo em 4.000 Hz,em funoda prpria anatomia eda prpria dinmica
de funcionamento do aparelho auditivo humano. Geralmente a sequncia
de aparecimento das perdas na audiometria est assim listada:
6.000,4.000,3.000,8.000,2.000,1.000,500e250Hz.Orudo
ocupacionalocorregeralmentena faixaentre3.000e6.000Hz,
particularmenteem4.000Hz.Aconversaohumana ocorreem frequncias
menores {SOO a 2.000 Hz).
Osprimeirosachadosaudiomtricosalterados,ento,esto
situadosentre3.000e6.000Hz,emborataisachadosnosejam
patognomnicosdePAlA.precisopesquisardoenasgenticas, doenas
neonatais, diabetes, doenas cardiovasculares, uso de algumas
medicaes,idade,exposioarudonoocupacional,possvel susceptibilidade
individual etc. As perdasproduzidas pelorudoso descritas
comoocorrendo com mais rapidez nos primeiros anos de exposio. "Aps
muitos anos deexposio,asperdasnasaltasfrequnciasprogrediromuito
lentamente.masiniciar-se-umprocessodepioranasbaixas
frequncias."ANorma 600,j citada,lista anecessidade de1O a15 anos de
exposio para haver uma manifestao clara de PAlA.
Enquantoasalteraesnoaparelhoauditivoestiveremapenas restritas s
frequncias entre 4.000 e 6.000 Hz, no h qualquer prejuzo social ou
na vida de relaes para a pessoa implicada. Ou seja, no h
repercussona fala,na escuta ouno entendimentoda conversao, audio
demsicas ouTV.Comoasperdasauditivas comeampor essas frequncias,
alnda h tempo de proteger a audio do empregado (oupelo menos tentar
efetivamente). exatamente em funodessa
sistemticadefuncionamento/lesoqueotrabalhadornotoma
"conscincia"doproblemaquevemsofrendoatqueosnveisque interferem na
conversao estejam tambm afetados significativamente.
Omaiorimpactodahipoacusiaexatamentesobreahabilidadede comunicao, o
que pode afetar a qualidade de vida.
-91-APAIRa1ndanoconsideradacomoreversvelsobnenhum
tratamentocln1cooucirrgico(embora algumastcnicascirrgicas estejam
sendo experimentadas}. Quando a perda se resume s faixas de 3.000 a
6.000 Hz. somente os portadores de ouvidos mais aguados
relataroalgumadificuldadeauditiva(porexemplo,dificuldadena
identificao de tons mais agudos dos instrumentos musicais}. Quando
a frequncia de 3.000 Hz J est acometida mais severamente (35 dB(A)
oumais},entojpodemosteroaparecimentodasprimeirase,a princpio,
discretas dificuldadesparaa compreenso da conversao quandoh
presenaderudodefundo,conversasparalelas,salas reverberantes e/ou a
voz do interlocutor for mais aguda. A logoaudiometria com e sem
mascaramento poder ser importante aqui. Ainda assim, no h
comprometimento to extenso da comunicao e convivncia sociais.
Quando a faixa de 2.000 Hz est comprometida, aqui j temos um
prejuzo social mais significativo.A pessoa apresenta dificuldade
mais evidente para discriminar sons na presena de rudos de fundo.
comum, ento,que apessoa tentecompensar adeficincia auditivafixandoo
olhar nos lbios de quem fala. Sua prpria fala, por outro lado,
comea a ser pronunciada emintensidade efrequnciaaumentadas(a pessoa
comea a falar mais alto). Havendo perdas em 1.000 Hz ou menos, o
comprometimento social
evidenteenopassadespercebido.Acomunicaoverbalestar comprometida e
1sso poder levar a limitaes importantes na sua vida social, nas
suas relaes pessoais e at no trabalho. Havendo perda em 500Hz
(valores 1guais ou menores que 30 ou 35 dB(A}), ento a hipoacusia
severa,eaqualidade de vidado indivduo sofreprejuzoflagrante. Esse
prejuzo poder exclu-lo de atividadesprazerosas eda prpria
convivncia familiar, que poder tomar-se dificultada pela
incompreenso ou impacincia da famlia;o indivduo tende aisolar-se
ouser isolado dos demais.
Asque1xasdoindivduoportadordePAIR,ento,sero
progressivas.Comumenteapercepoinicialdequeaaudiodo indivduo no est
muito boa manifestada pela famlia, que se queixa de um"tom de
voz"mais alto(apessoa temdificuldadepara ouvir a prpria voz, j que
a perda neurossensorial, ao contrrio da surdez de conduo),do volume
elevado do rdio e da televiso e de no haver boa compreenso da
conversao quando em grupo (especialmente se as pessoas do grupo
falam agudamente ou falam mais baixo). Em termos de queixas, a
reclamao mais frequente do trabalhador o zumbido, -92-T que,no
silncio da noite,torna-semuitomaisperceptvel,causando grande
desconforto no trabalhador (mas no patognomnico de PAI R e que pode
ter causas concorrentes para aquele indivduo). Com o tempo, a
dificuldade para a conversao na presena de rudo de fundo se far
notar, assim como uma intolerncia arudosmais altos ( o chamado
"recrutamento"). H relatos de que tanto o zumbido pode ser
progressivo quanto pode regredir espontaneamente. sobretudo com o
comprometimento das frequncias de 2.000 Hz e menores que teremos o
comprometimento social importante.Apesar disso, a capacidade
laborativa do trabalhador, isso fato, costuma no ser grandemente
ounada prejudicada,exceto nas funesem que a audio fundamental (ex.:
afinador de instrumentos musicais). Dessa forma, rarissimamente a
PAI R resulta em incapacidade total e definitiva para o trabalho.
Percebe-se que a frequncia de 3.000 Hz funcionaria quase como
um"divisordeguas":estandoessafrequnciaafetada,suas
repercussesaindasopequenas,epodemmesmopassar despercebidas ou at
ser tidas socialmente como de pouca importncia; contudo, a
progresso para 2.000 Hz e o prejuzo social consequente questo de
tempo. 6.2. Efeitos Extra-auditivos do Rudo Muito se tem procurado
discorrer acerca dos chamados"efeitos extra-auditivos do rudo''.
Lembremos que, do ponto de vista da anatomia e da fisiologia (que
so os que norteiam o estudo mdico-cientfico), os estmulos auditivos
chegaro cclea por meio da conduo ssea e/ ouda conduoarea,
jcitadasnoitemanterior.Nohmgica conhecida at hoje pela Medicina que
permita a afirmao de que esses estmulos penetrariam pela pele ou
por qualquer outro rgo e os afetaria diretamente. Como possvel,
ento, falar em efeitos extra-auditivos do rudo? Tem-setentado
correlacionar uma sriede achadosouqueixas inespecficos, ora mais
vagos, ora mais intensos,comsintomatologia ou conjunto de sinais
que pudessem ser devidos exposio ao rudo. Orudoestaria, assim, de
algumamaneira,afetando oindivduoem outras esferas de sua economia
orgn1ca eno somente no aparelho auditivo. -93-Na verdade, o
somatrio de manifestaes que podem ser atribudas tambm (e no
exclustvamente ou, s vezes, nem mesmo preponderan-temente) exposio
a ambiente ruidoso diz respeito ao cansao fsico e mental decorrente
do trabalho sob condio ruidosa, que pouco con-fortvel. Trata-se,
ento, de manifestaes devidas ao estresse sobre a pessoa e sua
fatigabilidade. Os mecanismos que entrariam em ao parapermitir as
manifestaesdo estressefsicoementalfogemao objetivo deste pequeno
captulo,mas as manifestaes que tmsido descritas sero adiante
citadas.Uma das formas de ao do rudo na gnese dos efeitos
extra-auditivos parece estar relacionada a uma via poli neural, no
especfica, atravs das conexes colaterais na substn-cia reticular do
tronco cerebral:orudo funcionaria como umestfmulo potente para
estabelecer uma conexo com o sistema nervoso no sen-tido de manter
um estresse crnico. Essa hiptese poderia subsidiar ou favorecer
reaes psquicas vrias, manuteno de um estado de hiper-viglia para a
pessoa, aumento do tnus muscular, dificuldade de repou-so do
organismo, dentre outros. Haveria um conjunto de diferentes reaes
no eixo hipotlamo-hipfise-adrenal, incluindo um aumento de liberao
de hormnios que
afetariamnegativamenteosrgos-alvo(glndulas,sistemaimune, rgos
sexuais, sistema cardiovascular etc.). Durante a fase de estresse
crnico por que passa o organismo exposto ao rudo haveria um "perodo
de resistncia": o organismo tentaria habituar-se ao agente agressor
e continuaria mantendo seus sistemas de defesa e acomodao. Com o
passar do tempo, contudo, e no se sabe quanto tempo, ocorrena uma
exausto dos sistemas de defesa e acomodao do organismo, o qual
tenderiaaentraremcolapsoedescompensar:aquisurgiriamas alteraes mais
evidenciadas na cl!nicacomo sinais esintomas ma1s mtensos ou
persistentes. Alguns dos stnais e sintomas que vm sendo
relacionados com a exposio ao rudo so os seguintes: aumento de
batimentos cardacos (alguns autores citam mnima variao dos
batimentos cardacos com o
passardotempodeexposioaorudooumesmobradicardia), hipertenso
arterialleveoumoderada comconsequente aumento do
riscodedoenacardaca,alteraesdigestivas(citadaspor alguns autores
relacionadas exposio muito prolongada- maior que o tempo necessrio
para leso auditiva- a rudos menores que ou iguais a SOO
Hz),irritabilidade,insnia,ansiedade,nervosismo,reduoda libido.
aumento do tnus muscular. dificuldade de repouso do corpo, tendncta
-94-apresentaodeespasmosmuscularesreflexos,aumentoda frequncia
respiratria (tambm h relatos de diminuio da frequncia e aumento da
profundidade respiratria), vertigem, cefaleia. Como se percebe. o
tema no pacfico, e muito ainda haver que ser estudado de forma sna
e sistematizada antes de se afirmar como verdade cientfica atual
uma relao clara e inequvoca para os chamados efeitos
extra-auditivos do rudo (diferentemente dos efeitos auditivos j
mais bem sistematizados, descritos e comprovados). No que tange ao
rendimento dentro do prprio trabalho, j so mais evidenciados uma
dificuldade de concentrao em ambientes ruidosos, maior ndice de
absentesmo, maior nmero de acidentes de trabalho, diminuio da
produtividade geral e aumento do nmero de ocorrncia de erros no
trabalho. Lembremos,contudo,queh atendnciaemquasetodasas sociedades
e pocas de procurar por um "bode expiatrio",que seja o grande
culpado por todas as mazelas do povo como um todo e/ou de
algunsindivduos emparticular e/oudeumdeseusindivduos.Essa
tendnciapordemaisperigosa.eincorre-senoriscodeque ponderaes
subjetivas do indivduo lesado ou do interlocutor asseverem que
somente o rudo, ou preponderantemente ele, estaria envolvido na
gnese ou na manuteno de um quadro de fadiga e/ou estresse fsico e
mental que uma pessoa esteja apresentando. Essa associao pode ser
sobretudo fortalecida ou desejada quando a exposio ao rudo de
origem profissional. importante lembrar quemesmo a NIOSH ainda no
corroborou todos os estudos acerca dos efeitos extra-auditivos do
rudo, no aceitando algumas colocaes seno com muita reserva. As
hipteses aventadas atnda necessitam de estudos mais aprofundados e
sistematizados, de modo a conferir uma base maisreale consistente
aos estudos at agora apresentados ao pblico e citados ou resumidos
nas obras de consulta geral. - Uma observao final
semprerelevantemencionar queacapacidadelaborativado indivduo
submetido ao trabalho em ambiente ruidoso raramente estar
comprometida, mesmo na vigncia de PAlA franca- sua convivncia
social que poder estar sobretudo prejudicada. Igualmente importante
destacar que um portador de PAlA no deve ser alijado de uma
possibilidade de trabalho, mesmo em ambiente ruidoso. apenas em
funo de seu quadro audiomtrico e/ou de seu quadro clnico
-95-Contudo,alguns pontos devero ser mensurados quando da deciso
acercadacapacidadelaborativadotrabalhador,bemcomoda convenincia ou
no de uma nova exposio ao rudo. Cada caso dever ser analisado em
particular. e deve-se ter em mente, pelo menos: a) a histria clnica
e ocupacional do trabalhador;
b)oresultadodaotoscopiaedeoutrostestesaudiolgicos complementares;
c) a idade do trabalhador; d)otempo de exposio pregressa
eatualanveis de presso sonora elevados; e) os nveis de presso
sonora a que o trabalhador estar, est ou esteve exposto no exerccio
do trabalho; f) a demanda auditiva do trabalho ouda funo;
g)aexposionoocupacionalanveisdepressosonora elevados; h) a exposio
ocupacional a outro(s) agente(s) de risco ao sistema auditivo;
i)aexposio no ocupacional aoutro(s)agente(s)deriscoao sistema
auditivo; j) a capacitao profissional do trabalhador examinado;
k)os programas de conservaoauditiva aos quais temouter acesso o
trabalhador. -96 -PARTEVIl MEDIDASDECONTROLE
Asmedidasdecontroledorudopodemser consideradas
basicamentedetrsmaneirasdistintas:na fonte,natrajetriaeno
homem.Asmedidasna fonteenatrajetriadeveroser prioritrias quando
viveis tecnicamente. 7.1. Controle na Fonte ou Trajetria o mtodo
mais recomendado quando h viabilidade tcnica. No
entanto,afasedeplane1amentodasinstalaesomomentomais
apropriadoparaaadoodessamedida,poissepodeescolher equipamentos que
produzam menores nveis de rudo e organizar o /ay-out.Na aplicao
dessa medida, cada caso dever ser cuidadosamente estudado, pois
muitas vezes, determinada a medida, pode-se alterar o princpio de
funcionamento das mquinas e equipamentos. Desse modo, essetipode
controlemaiseficaz quandofeitopelo fabricanteque deveria indicar o
nvel de rudo gerado pela mquina ou equipamento. Alis, essa exigncia
consta no item 4, Anexo I, da NR- 12, que estabelece que
osfabricanteseimportadores de motosserras instaladas no pas
introduziro, nos catlogos e manuais, os nveis de rudo e vibrao e a
metodologia utilizada para referida aferio. Deve-se salientar, no
entanto, que existem inmeras alternativas para esse tipo de
controle: -substituir o equipamento por outro mais silencioso;
-balancear e equilibrar partes mveis; - lubrificar eficazmente
rolamentos,mancais etc.; -reduzir impactos na medida do possvel;
-alterar o processo (substituir sistema pneumtico por hidrulico); -
programarasoperaesdeformaque permaneaomenor nmero de mquinas
funcionando simultaneamente; -97-- aplicar material de modo a
atenuar as vibraes; - regular os motores; - manter as estruturas
bem fixadas de forma a evitar vibraes; -
substituirengrenagensmetalicasporoutrasdeplsticoou celeron;
-diminuir a velocidade de escapamento dos fluidos; - reduzir as
rotaes das mquinas, embora essa medida possa reduzir a capacidade
produtiva; -instalar abafador (silencioso) nos escapamentos; -
absorver os choques por meio de revestimentos de borracha nas
estruturas; -reduzir a altura de queda de materiais nos
receptores,como, por exemplo, queda de minrio em um silo. 7.2.
Controle no Meio ou Trajetria
Nosendopossvelocontrolenafonte,osegundopassoa verificao de possveis
medidas aplicadas no meio ou trajetria. a_u_ando
osomincidesobreumasuperfcie,parteabsorvida,transmitidae refletiva,
conforme ilustra o desenho a seguir: Transmisso Figura1.
Absoro,reflexo e transmisso de som de uma superfcie Portanto, no
controle na trajetria, o som j foi gerado e a finalidade das
medidas ev1tar sua transmisso para outro ambiente ou absorv--lo de
mane1ra a ev1tar as reflexesSendo assim, esse tipo de controle pode
ser alcanado por meio da absoro e/ou isolamento do som. -98-a)
Absoro do som A energia sonora absorvida quando o som encontra uma
superfcie, sendo que os materiais porosos e fibrosos,como,por
exemplo,lde vidro e cortia, so os melhores absorventes. Os
coeficientes de absoro dos materiais variam de acordo com as
frequncias do som; portanto, na escolha desse tipo de material,
importante analis-lo por meio de uma avaliao adequada. A finalidade
dessa medida evitar as reflexes
mltiplasdosom,quedoorigemaofenmenodareverberao, amplificando o som.
Assim, uma determinada fonte de rudo produz maior nvel de rudo em
recinto fechado do que em campo livre, onde no h reflexo. Ademais,
quanto mais refletoras as superfcies, maior o tempo de reverberao,
isto , o tempo necessrio para o nvel de rudo cair de 60dB,apartir
doinstanteemque cessar afontesonora.Portanto, o tratamento acstico
das superfcies consiste em revesti-las com material absorvente de
som. Ocampoacstico emtornode uma fonte pode serdividido em prximo e
afastado (livre e reverberante). O campo prximo a regio perto da
fonteeestende-se auma distncia da ordemda metade do comprimento de
onda da menor frequncia emitida pela mquina, ou
dodobrodadimensocaractersticadamquina,prevalecendoa distncia que
for maior. O campo afastado subdivide-se em campo livre e
reverberante.No campo livre, h pouca contribuio do som refletido
pelas superfcies do recinto, prevalecendo o som direto. Nesse
campo, o nvel de rudo reduz 6 dB a cada vez que a distncia entre o
receptor e a fonte dobrada. No campo reverberante, as reflexes das
paredes e outrassuperfcies so significativas,podendo ser igual
aosom direto {BISTAFA,2006).Portanto,no campo prximo fonte,areduodo
rudo pelo tratamento acstico pequena, enquanto no campo afastado
(reverberante), essa medida pode trazer bons resultados.
SegundoGeorges(2000),deve-setercuidadonatentativade
atenuaodorudopormeiodasimplescolocaodemateriais absorventes dentro
do amb1ente.Dobrando-se a rea revestida S ouo coeficiente de absoro
das superfcies, a reduo do rudo de 3 dB.
Naescolhadomaterialabsorvente,necessrioconhecero espectro sonoro do
local e o Nvel de Presso Sonora em cada frequncia,
umavezqueoscoeficientesdeabsorovariamemfunodas frequncias. A tabela
a seguir 1 exemplifica os coeficientes de absoro de som de dois
materiais. -99-TABELA.1 Coeficientes de absoro de som Material
Coeficientede absoro 0/o 125Hz250Hz500Hz1KHz2KHz L de rocha 80
kg100mm3653597385 Tijolosbrutos33345 Fonte:Nepomuceno( 1977). 4KHz
93 7 Observa-se que a l de rocha absorve o som bem mais que o
tijolo bruto. Os valores dos coeficientes dos materiais podem ser
obtidos em tabelas de livros de acstica (vide bibliografia) ou
JUnto aos fabricantes. b) Isolamento Oisolamento acstico consiste
em evitar atransmisso do som deumambientepara ooutro,devendo,para
essa finalidade,utilizar materiais isolantes de som. O parmetro que
caracteriza a capacidade de uma parede transmitir ou isolar som o
coeficiente de transmisso (T). Quanto menor o valor do coeficiente,
menor ser aintensidade sonora transmitida e, portanto, mais
isolante. Ao contrrio da absoro sonora,
ondeoparmetrocaractersticoocoeficientedeabsoro,no isolamentodeuma
paredenoocoeficientedetransmisso Tque determina o isolamento, mas
sim a grandeza dele derivada denominada perda na transmisso
(BISTAFA, 2006). A perda na transmisso (PT) dada pela equao a
seguir 1 PT= 1o1ogr Quanto menor for o coeficiente de transmisso,
mais isolante ser aparede.Exemplo: em uma divisria com
coeficiented.e igual a 0,005. na frequncia de 500 Hz, a perda de
transm1ssao e 1gual a: PT= 10iog-1- =23,0 dB 0,005 A Perda de
Transmisso (PT) de parties de diversos materiais podem ser obtidos
em livros de acstica (verno recomenda-se utilizar os valores
fornecidos pelo fabncante. Asstm,os materiais densos e compactos,
como, por exemplo, paredes de alvenaria, apresentam maior perda de
transmisso que uma divisria de madeira. - 100 -Aperda detransmisso
dosmateriaisusados emisolamento fornecida nas bandas de frequnc1as.
Na prtica melhor determinar a perda de transmisso de uma partio
(parede ou divisria) por meio de um nmero nico, pois favorece de
maneira mais simples a comparao
doisolamentodediferentesttposdeparties.Dessemodo,foi desenvolvido e
normalizado pela ASTM E413-04 um ndice chamado de Classe de
Transmisso Acstica ou Sound Transmission Class- STC. Esse valor
determinado pela comparao da perda de transmisso da partiomedida
emteradeoitava,nas frequnciasde125a4.000 Hz,com a curva STC
padron1zada (BISTAFA, 2006). Quanto maior o valor de STC em
decibis, maior oisolamento. Assim,o vidro de 6mm de espessura
possui STC de 26, enquanto na parede do bloco de cimento de 15 cmde
espessura,oSTCde 42. Portanto, nesse caso,a parede de bloco de
cimento mais isolante. Nos projetas acsticos, para conseguir alta
perda de transmisso, sem emprego de grandes massas, recomenda-se o
uso de paredes duplas ou triplas. Segundo Georges (2000}, num
isolamento por meio de paredes duplas. aincorporao de um espao de
ar de 15 a 200 mm entre elas, resulta num aumento de
aproximadamente 6 dB acima da soma artmt1ca das perdas de
transmisso de cada uma das duas paredes.
Noisolamentoacstico,deve-seevitarfrestasouqualquer
descontinuidadenas superfciesquepermitamapassagemdear.A
presenadefrestaspodereduzirsignificativamenteaperdade
transmisso,influenciandonaeficinciadoisolamento.Portanto,as
portas,janelasefrestasdevemserconsideradasnoprojetode
isolamento,podendo,inclusive,ser estimada aperda de transmisso por
meios grficos normalizados (consultar bibliografia). Portanto, a
capacidade do material em absorver e isolar o som so os principais
fatores a serem observados num projeto acstico. No en-tanto,
importante deixar claro a distino entre materiais absorventes e
isolantes de som. A absoro do som tem como finalidade principal o
controle do tempo de reverberao de determinado recinto.A reduo do
rudo com a aplicao dessa medida pequena. Todavia, o aumen-to da
absoro das superffcies no recinto passa asensao de dimi-nuio do
barulho, pois melhora bastante a inteligibilidade da conversao
eoconforto acstico do local. O isolamento obtido pela perda de
transmisso (Pl). sendo utilizada para impedir a propagao do som
para outro ambiente. O material denso - 101 -reflexivo,como,por
exemplo,paredede bloco.Todavia,acaracterstica reflexiva de uma
parede isolante pode ser melhorada com revestimento de material
absorvente, ou seja, fibroso ou poroso (BISTAFA, 2006).
Acrescente-se,ainda,que oisolamento pode ser da fonte ou do
receptor: Isolar a fonte- Significa construir uma barreira que
separe a fonte derudo do meio que o rodeia,para evitar que esse som
se propague. Exemplos: parede separando dois locais de trabalho ou
enclausuramento de mquina; Isolar oreceptor- Significa construir
barreiras queseparema fonte e o meio do indivduo exposto ao rudo.
Exemplos: cabine de um equipamento mvel, cabine de controle de um
britador. Convmsalientar ainda queoisolamentodeuma fontemais
eficiente utilizando-separedesisolantes(materialdenso ecompacto)
revestidas internamente com material absorvente (l de vidro, espuma
etc.),ou seja, materiais porosos ou fibrosos. importante destacar a
diferena entre os materiais isolantes e os absorventes de som.
Outras medidas de controle na trajetria podem ser adotadas, tais
como: aumentar a distncia entre a fonte e o receptor e reduzir o
nmero de mquinas num mesmo recinto. As figuras 2 a 4 ilustram o
isolamento de uma fonte e a reduo do rudo em relao instalao
original. I ESPECTRO SONORO NPS too r------------------------. 90
"----.-------1 80 70 60 50 1 .22...a.Hz75150300600 Figura 2-
Espectro sonoro original da fonte de rudo -102-II Encfausuramento
com material isolante de som ,...., .. - NPS ESPECTRO SONORO MEDIDO
NOPONTOP tooiO 80 70 eo so
TS ISO3006001,2k 4,8kHz Figura 3 - Espectro sonoro com
enclausuramento da fonte com material isolante de som II
Enctausuramento com material isolante e absorvente de som ........
- NPS ESPECTRO SONORO MEDIDO NOPONTOP 100 Figura 4- Espectro sonoro
em funo com enclausuramento da fonte com material isolante e
revestimento Interno com absorvente de som Conforme citado
anteriormente, o uso de paredes duplas ou triplas
revestidasinternamente commaterialabsorvente de somaumenta a
eficincia do isolamento. - 103-7.3. Controle no Homem No
sendopossvelocontroledo rudona fontee natrajetria,
deve-seadotarmedidasdecontrolenotrabalhador,deformaa
complementarasmedidasanteriores,ouquandonoforemelas suficientes
para corrigir o problema. As medidas de controle no trabalhador
podem ser: 7.3.1.LIMITAO DO TEMPO DE EXPOSIO
Consisteemreduzirotempodeexposioaosnveisderudo superiores aos
limites de tolerncia, tomando cuidado para que o valor-limite para
exposio a dois ou mais nveis de rudo diferentes no seja superior a1
(um).A limitao pode ser conseguida atravs do rodzio
dosempregadosnasativdadesouoperaesruidosas.Todavia,na prtica, h
dificuldade na aplicao e, se esta no for cuidadosamente
estudada,seuobjetivopodenoseralcanado.Assim,oestudo
sistemticodotempodastarefas,mtodosdetrabalho,como monitoramento do
rudo,so procedimentos necessrios para oxito dessas medidas. 7.3.2.
EQUIPAMENTO DE PROTEO INDIVIDUAL- PROTETORES AURICULARES O controle
do rudopor meio de protetoresauricularesdeve ser feito observando
procedimentos mnimos, visando a obter maior ef1ccia
nessetipodeproteo.Dentreosfatoresaseremconsiderados, destacam-se os
seguintes: - Seleo de protetores auriculares; - Uso efetivo durante
a exposio; - Fator de proteo- atenuao; -Vida til. 7.3.2.1. Seleo de
protetores auriculares Os protetores auriculares so equipamentos
colocados no ouvido do trabalhador, devendo ser utilizados quando
no for possvel o controle nafonteena trajetria,ouquando
estenoreduzirorudoanveis satisfatrios. -104-Existem dois tipos de
protetores: de insero e concha (circum--auriculares). Os protetores
de insero podem ser descartveis e no descartveiS, pr-moldados ou
moldveis. Figuras dos protetores auriculares Protetor concha
oucircum-auricular Protetor de insero ou p/ug
Aescolhadoprotetorauricularfundamental,devendoser observadas as
vantagens e desvantagens de cada tipo, fator de proteo, entre
outros. O quadro a seguir, elaborado pela Associao Americana de
Higienistas Industriais, mostra a comparao entre os dois tipos de
protetores: CONCHAINSERO EliminamajustescomplexosdeDevem ser
adequados a cada dime-colocao.Podemsercolocadostroelongitudedo
canalauditivoex-perfeitamenteporqualquer pessoa.terno. So grandes e
no podem ser levadosSo fceisde carregar,mastambm facilmente nos
bolsos das roupas. Nosofceisde seremesquecidosou podem ser
guardados com ferramentas.perdidos esimem lugaresapropriados.
-105-CONCHA INSERO Podemserobservadosagrandes Nao so vistos
ounotados facilmente distncias,permitindotomarprovi-e criam
dificuldades na comunicao dncias para realizar a
comunicaooralnormal. oral. Interferemnousodoscul osNo dificultam
ouso dos culos pes-pessoaisouEPis. soais ouEPis. Podemajustar-se
mesmo quando se Deve-setirarasluvasparapoder usamluvas. coloc-los.
Podem acarretar problemas de espao
Noproduzemproblemasporlimita-emlocaispequenose confinados. o de
espao. Podemproduzircontgiosomente Podem infectar ou lesar ouvidos
sos. quandousadoscoletlvamente. Podem ser confortveis em ambientes
Nosoafetadospelatemperatura frios,masmuitodesagradveisem
doambiente. ambientesquentes. Sua limpeza deve ser feita emlocais
Devemseresterilizadosfrequente-apropriados. mente.
Podemserusadosporquaisquer Devemserinseridossomenteem pessoas de
ouvidos sos ou enfermos. ouvidossos. Ocustoinicialalto,massuavida O
custo inicial baixo, mas sua vida til longa. til curta. 7.3.2.2.Uso
efetivo durante a exposio A