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Avaliao Ortopdica
COLUNA LOMBOSSACRA
Hugo Leonardo Miranda CoelhoOrtopedista
Mdico do Trabalho
Perito Mdico
Diferenas de abordagens
Anatomia
Reviso de conceitos
Epidemiologia
Biomecnica
Exame fsico
Exames complementares
Diagnstico
Tratamento
Preveno / Ergonomia
NTEP
Lombalgia
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Diferenas de Abordagens
Dr. Hugo Leonardo Miranda Coelho
Mdico Assistente
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Clnico geral
Ortopedista
Reumatologista
Fisiatra
Neurocirurgio
Fisioterapeuta
Osteopata
Quiropata
Lombalgia
Mdico do Trabalho
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Resoluo 1488/98 CFM
Smula 282/TST Atestados Mdicos
Decreto 3.048/99, art. 75 / 1 Atestados Mdicos
Pronturio mdico: protocolo para avaliao clnicaocupacional
Controle do absentesmo
Lombalgia
Resoluo 1488/98 CFM
Art. 2 - Para o estabelecimento do nexo causal entre os
transtornos de sade e as atividades do trabalhador, alm do exame
clnico (fsico e mental) e os exames complementares, quando
necessrios, deve o mdico considerar:
I - a histria clnica e ocupacional, decisiva emqualquer
diagnstico e/ou investigao de nexocausal;
Lombalgia
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II - o estudo do local de trabalho;
III - o estudo da organizao do trabalho;IV - os dados
epidemiolgicos;V - a literatura atualizada;VI - a ocorrncia de
quadro clnico ou subclnico emtrabalhador exposto a condies
agressivas;VII - a identificao de riscos fsicos, qumicos,
biolgicos, mecnicos, estressantes e outros;VIII - o depoimento e a
experincia dos trabalhadores;IX - os conhecimentos e as prticas de
outrasdisciplinas e de seus profissionais, sejam ou no da rea da
sade.
Lombalgia
Smula 282 / TST (Tribunal Superior do Trabalho)
ABONO DE FALTAS. SERVIO MDICO DA EMPRESA:
ao servio mdico da empresa ou ao mantidopor esta ltima mediante
convnio compete abonaros primeiros 15 (quinze) dias de ausncia
aotrabalho.
Art. 75 / Decreto 3.048/99
1: cabe empresa que dispuser de servio mdico prprio ou em
convnio o exame mdico e o abono das faltas correspondentes aos
primeiros quinze dias de afastamento.
Lombalgia
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Controle do absentesmo
(sugestao de normatizao interna)
Todo atestado mdico, independentemente do nmero de dias
concedidos pelo mdico assistente, deve ser avaliado pelo mdico
coordenador do PCMSO;
Todo empregado que apresentar durante o msatestado mdico com
perda de dias maior do quedez dias, ou dois ou mais atestados com
abono total maior que dez dias, deve ser encaminhado aoCoordenador
do PCMSO para avaliao;
Lombalgia
O mdico responsvel pelo PCMSO dever ficaratento alta incidncia
de atestados emitidos pelomesmo mdico / dentista e deve tomar as
providncias necessrias;
Lombalgia
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Atestados mdicos com solicitao de desvio de funo sero
considerados, somente depois de avaliados pelo mdico coordenador do
PCMSO. O empregado dever ser encaminhado para o mdicocoordenador,
com prvio agendamento. O coordenador avaliar cada caso e decidir
sobre a necessidade de encaminhamento para o setor de Percia Mdica
do INSS. O desvio de funo umadeciso administrativa, que deve ser
discutida entre o gerente administrativo e o
coordenadoradministrativo, caso a caso aps posio do Mdico
Coordenador do PCMSO
Lombalgia
Mdico Perito do INSS
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Lei 8.213/91 - Benefcios da Previdncia
Art. 59. O auxlio-doena ser devido aoseguradoque,havendo
cumprido, quando for o caso, o perodo de carncia exigido nesta Lei,
ficarincapacitado para o seu trabalho ou para a suaatividade
habitual por mais de 15 (quinze) diasconsecutivos.
Lombalgia
Art. 89. A habilitao e a reabilitao profissional e social devero
proporcionar ao beneficirio incapacitado parcial ou totalmente para
o trabalho, e s pessoas portadoras de deficincia, os meios para a
(re)educao e de (re)adaptao profissional e social indicados para
participar do mercado de trabalho e do contexto em que vive.
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Art. 92. Concludo o processo de habilitao ou reabilitao social e
profissional, a Previdncia Social emitir certificado individual,
indicando as atividades que podero ser exercidas pelo beneficirio,
nada impedindo que este exera outra atividade para a qual se
capacitar.
Lombalgia
Decreto 3.048 / 99 Regulamento da Previdncia
IN 77/15 21/01/2015 (rotinas para agilizar e uniformizar o
reconhecimento de direitos dos segurados)
IN 31 10/9/2008 (procedimentos e rotinas referentes ao Nexo
Tcnico Previdencirio)
OI 200 25/9/08
IN 98 05/12/2003 (norma tcnica sobre LER-DORT)
NTEP/FAP
Lombalgia
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A Incapacidade decorrente de Doena Profissional ou do Trabalho?
Art. 20 Lei 8.213/91
A Incapacidade decorrente de Acidente de Trabalho
(tpico/trajeto)? Art. 20 e 21 Lei 8.213/91
A Incapacidade decorrente da doena equiparada a Acidente de
Trabalho? Art. 21 Lei 8.213/91
H elementos mdico-pericias para a no aplicao do NTEP? Art. 21A
Lei 8.213/91 (recurso no prazo: cabe efeito suspensivo)
Obs.: respostas a serem respondidas por todos os Mdicos Peritos
Previdencirios, em programa de computador especfico SABI , a cada
percia realizada por eles no INSS, antes de consider-la ou no
lombalgia ocupacional, ou seja, B91 (atualmente so realizadas cerca
de 37.500 a 45.000
percias percias por dia no INSS)
Lombalgia
Lombalgia
Art. 21. Equiparam-se tambm ao acidente do trabalho, para
efeitos desta Lei:
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora no tenha sido a
causa nica, haja contribudo diretamente para a morte do segurado,
para reduao ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou
produzido leso que exija ateno mdica para a sua recuperao;
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horrio do
trabalho, em conseqncia de:
a) ato de agresso, sabotagem ou terrorismo praticado por
terceiro ou companheiro de trabalho;b) ofensa fsica intencional,
inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao
trabalho;c) ato de imprudncia, de negligncia ou de impercia de
terceiro ou de companheiro de trabalho;d) ato de pessoa privada do
uso da razo;e) desabamento, inundao, incndio e outros casos
fortuitos ou decorrentes de fora maior;
III - a doena proveniente de contaminao acidental do empregado
no exerccio de sua atividade;
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Lombalgia
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e
horrio de trabalho:
a) na execuo de ordem ou na realizao de servio sob a autoridade
da empresa;b) na prestao espontnea de qualquer servio empresa para
lhe evitar prejuzo ou proporcionar proveito;c) em viagem a servio
da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro
de seus planos para melhor capacitao da mo-de-obra,
independentemente do meio de locomoo utilizado, inclusive veculo de
propriedade do segurado;d) no percurso da residncia para o local de
trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoo,
inclusive veculo de propriedade do segurado.
1 Nos perodos destinados a refeio ou descanso, ou por ocasio da
satisfao de outras necessidades fisiolgicas, no local do trabalho
ou durante este, o empregado considerado no exerccio do
trabalho.
2 No considerada agravao ou complicao de acidente do trabalho a
leso que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se
superponha s consequncias do anterior.
Schilling / 1984
I. doenas que tm o trabalho como causa necessria, como
os acidentes de trabalho e as doenas profissionais
legalmente
reconhecidas (listas A e B do Anexo II, Decreto 3.048/99)
trabalho como causa necessria (intoxicao por chumbo, silicose e
outras)
II. doenas que tm o trabalho como um dos fatores contribuintes
trabalho como fator contributivo, mas no necessrio (doenas do
aparelho locomotor, doena coronariana, cncer, varizes de membros
inferiores e outras)
III. doenas que tm o trabalho como agravante ou provocador de
distrbios latentes ou pr-existentes trabalho como provocador de um
distrbio latente ou agravador de doena j estabelecida (bronquite
crnica, dermatite de contato alrgica, asma, doenas mentais e
outras)
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Anatomia
Dr. Hugo Leonardo Miranda Coelho
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Lombalgia
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Lombalgia
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Lombalgia
espondilolistese
Reviso de Conceitos
Biomecnica
Epidemiologia
Dr. Hugo Leonardo Miranda Coelho
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A dor lombar representa a doena mais freqente no homem, aps o
resfriado (Kelsey JL, White AA III. Epidemiology and impact of low
back pain. Spine. 1980;5: 133-42);
A dor lombar constitui uma causa freqente de morbidade e
incapacidade, sendo sobrepujada apenas pela celafia na escala dos
distrbios dolorosos que afetam o homem (Borestein D.G:
Epidemiology, etiology, diagnostic evaluation and treatment of low
back pain Curr. Opin. Rheumatol:
12; 143-49 2000);
Lombalgia
o motivo mais comum de falta ao trabalho em indivduos na faixa
de 45 anos e o maior gerador de despesas de reabilitao e de
medicina do trabalho (New England Journal of Medicine 344:363-370
February 1, 2001 Number5);
Nos Estados Unidos, onde estima-se 12 milhes de pacientes com
dor lombar crnica, h um custo de 16 a 60 bilhes de dlares por ano
em custo social, 10 bilhes anuais em custo mdio direto; destes 2
bilhes s em exames de ressonncia magntica (Modic J. MRI Clinics of
North America Spine 1999; 7 (3));
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Em mdia 65% a 80% da populao mundial desenvolve lombalgia em
algum momento de sua vida. Os altos custos associados ao tratamento
da lombalgia relacionam-se aos pacientes com dor crnica ausncia de
melhora dos sintomas em 06 a 08 semanas do incio do tratamento
(Borestein D.G: Epidemiology, etiology, diagnostic evaluation and
treatment of low back pain Curr. Opin. Rheumatol: 12;143-49
2000);
Lombalgia
Horal, em 1969, num inqurito realizado na cidadede Gotemburgo,
Sucia, constatou que 65% da populao adulta teve, antes da
aposentadoria, pelomenos um episdio de dor na regio lombar.
Nachemson, em 1976, analisando essa mesmacidade, j num perodo de
maior industrializao, afirma que a incidncia subiu para 80% (Horal,
J. The clinical appearance of low-back pain disorders in city de
Gotemburg, Sweden, Acta. Orthop. Scand. Supp. 188,1869. Nachemson,
A.L. The lumbar Spine: na orthopedic challenge. Spine
1:59,1976);
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Fatores genticos tm um papel muito mais forte na degenerao do
disco do que se suspeitava anteriormente (Genes play primary role
disc degeneration physical risk factors much less
important.BackLetter 1995;10(9):97);
Lombalgia
O risco de ciatalgia aumentou significativamente
com o aumento do peso em homens com idadeentre 50 e 64 anos
(Heliovaara J. Occupational stress, previous injury increase risk
of low back syndromes. Journal of Musculoskeletal Medicine
1991;December:45);
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... a fumaa do cigarro afeta significativamente o
sistema circulatrio externo ao disco intervertebral (Holm S,
Nachemson A. Nutricion of the intervertebral disc: acute effects of
cigarette smoking: na experimental animal study. OrthopTrans
8:415,1984);
Lombalgia
Em um estudo de mais 11.000 pacientes, a dorlombar geralmente no
foi precipitada por umaleso claramente definida. Somente um tero
dos pacientes que no esto envolvidos em indenizaotrabalhista,
reivindicaes de seguro ou processopendente podem identificar o
evento que disparouseus problemas de coluna. O incio espontneo a
histria natural da maior parte da dor na coluna(Back pain
attributed to back injury far too often according to new Canadian
study of 11.000 patients. BackLetter 1995; 10(7):73);
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Estudos oficiais americanos mostram queempregados com mais de
seis meses de ausncia aoservio por problemas de coluna s tm 50% de
probabilidade de voltar ao emprego e ter o seurendimento completo
anterior. Depois de um anoesse percentual cai para 25% e depois de
dois anos, quase nulo (Wood, P.H.N.; Bdley B.M. Back pain in the
community. Clin. Rheum. Dis. 6:3,1980);
Lombalgia
A hrnia de disco geralmente precedida por um ou
mais ataques de dor lombar. Rupturas irradiando-se
patoanatomicamente so conhecidas por ocorrer na parte posterior do
anel, indo em direo a reas nas quais as terminaes nervosas
descobertas esto localizadas (Nachemson A.L. The lumbar spine, an
arthopaedic challenge. Spine, 1976; 1(1):59-69);
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Um relato de 144 pacientes de cirurgia estudados sob anestesia
regional progressiva, observou que o anel do disco era
primorosamente sensvel em um tero, moderadamente sensvel em um tero
e insensvel em um tero dos pacientes (Cavanaugh JM, Kallakuri S,
Ozaktay AC. Innervation of the rabbit lumbar intervertebral disc
and posterior longitudinal ligament. Spine
1995;20(19):2080-2085);
Lombalgia
Helfet e Gruebel-Lee mostraram que quando umalacerao penetra no
anel externo, uma tentativa de cura feita pelo crescimento interno
do tecido de granulao. Extremidades descobertas do
NervoSinovertebral tm sido identificadas neste tecido de granulao.
Estes nervos podem ser receptores de dor, o que explicaria a dor
discognica na ausnciada herniao (Helfet Aj, Gruebel-Lee DM.
Disorders of the Lumbar Spine. Philadelphia:JB Lippincott,
1978:46-47,72);
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Yoshizawa et al. encontraram abundantes
terminaes nervosas livres na metade externa do anel, mas nenhum
teminal deste tipo no ncleo(Yoshizawa H, OBrien J, Smith WT, et al.
The neuropathology of intervertebral discs removed for low-back
pain. J Pathol 1980;132:95-104);
Lombalgia
O complexo pedculo-faceta normalmente carregaapenas 20% da
presso vertical aplicada no interespao (Nachemson A. Lumbar
intradiscalpressure: sperimental studieson port-mortem material
Acta Orthop Scand 1960;43(Suppl):2).
Lombalgia
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medida que o disco perde turgor elasticidade, ele
tambm perde sua capacidade para resistir a forascompressivas e
manter a separao e o alinhamentointervertebral normal. Isso joga um
fardo adicionalda faceta e pode acelerar as alteraes de
artrosedegenerativa (Weinstein PR, Ehni G, Wilson CB. Lumbar
Spondylosis, Diagnosis, Management, and Surgical Treatment.
Chicago: Year Book, 1977;68);
Lombalgia
Naylor e col. comprovaram que, a partir da terceira dcada, o
anel fibroso perde a elasticidade devido ao fato das fibras
colgenas mudarem de direo e mobilidade (Naylor, A.; Happex, T.;
Macrae, The collagenous changes in the intervertebral disk with age
and their effect on elasticity. Brit. Med. J. 4887:570,1954);
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A presso intradiscal dentro do ncleo pulposo mais baixa quando o
paciente est deitado e mais alta quando o paciente est sentado em
uma posio flexionada... essas presses variam entre 25 e 275 medida
que a pessoa move-se da posio deitada para a postura sentada
flexionada (Nachemson et al.,The lumbar spine, an arthopaedic
challenge. Spine, 1976; 1(1):59-69);
Lombalgia
Fahrni estudou a populao de uma floresta na ndiaque se agachava
ao invs de se sentar e dormia no cho ao invs de em camas. Essas
pessoas notinham qualquer conceito de orientao postural, mas tinham
uma incidncia zero de dor lombar. Alm disso, as radiografias da
coluna lombar em450 dessas pessoas, com idades entre 15 e 44 anos,
no mostraram qualquer incidncia de estreitamentodo disco. Dessa
forma, devemos evitar sentardurante o tratamento da dor lombar,
especialmentecom envolvimento intra-discal (Fahrni WH. Conservative
treatment of lumbar disc degeneration: our primary responsibility.
Orthop ClinNorth Am 1975;6(1):93-103);
Lombalgia
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Bogduk afirma que, coletivamente, a dor naarticulao
zigoapofisria lombar, rompimentointerno do disco e a dor na
articulao sacroilacaso responsveis por quase 70% da dor
lombarcrnica. Acredita-se que em mais de 70% dos pacientes com dor
lombar crnica um diagnsticono pode ser feito (Bogduk N. The
anatomical basis for spinal pain syndromes. J Manipulative
PhysiolTher 1995; 18(9): 603-605);
Lombalgia
Apesar do aparecimento de inmeras tcnicassofisticadas de exames
auxiliares, permanece a grande incgnita de se localizar os
fatoresetiolgicos e o local exato em que surge a dor nacoluna
vertebral (Anderson, J.A.D. Back pain in industry. In: Jayson, M.
(ed) The lumbar spine and back pain. N. York, Grune Stratton,
1976).
Lombalgia
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...apesar das dificuldades, fundamental que se procure
esclarecer as causas da lombalgia e da lombociatalgia, pois o
sucesso do tratamentodepende do acerto do diagnstico causal, e um
rtulo meramente sindrmico no satisfatrio. No basta preencher o
pronturio com a sigla e o CID de lombalgia e lombociatalgia,
prescreveranalgsico e/ou AINE e mandar o doente para casa.
Lombalgia
Pior ainda pedir radiografias, tomografias, cintilografias e at
ressonncia nuclear magnticaantes de elaborar um raciocnio clnico
visando a uma etiologia especfica. Mais que isso, precisosaber o
porqu de se pedir, quando pedir e atcomo pedir o exame!
Lombalgia
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Diagnstico
Dr. Hugo Leonardo Miranda Coelho
Lombalgia
36 semana de gestao 86 anos
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Lombalgia
Lombalgia
Devido elevada prevalncia de alteraes presentes
em exames de imagem de pessoas assintomticas,
faz-se imperativa a correlao dos achados
imagenolgicos com as informaes colhidas na
anamnese e no exame fsico do paciente.
Faz-se importante destacar que manobras de
dissimulao devem ser geralmente empregadas. O
diagnstico da lombalgia ocupacional exige tambm
uma minuciosa anamnese ocupacional, bem como
uma anlise cuidadosa da organizao do trabalho e
do ambiente laboral.
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Lombalgia
No basta ao examinador apenas aguardar a comunicao das queixas
por parte do paciente. Elas devem ser perguntadas ativamente. O
mdico deve evitar a postura de dirigir as perguntas apenas para os
sintomas localizados na regio lombar e expandirseu arsenal de
questionamentos a fim de detectar com mais preciso a real origem da
dor lombar e caracterizar a frequente existncia dos sintomas no
orgnicos, no se deixando levar pelos aspectos dos exames de
imagem.
Lombalgia Ocupacional Milton Helfenstein Junior, Marco Aurlio
Goldenfum, Csar Siena
Anamnese
Dr. Hugo Leonardo Miranda Coelho
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Queixas mais freqentes relacionadas coluna:
Dor
Deformidades
Incapacidade funcional
Lombalgia
Idade
Discite: crianas e adultos com mais de 60 anosHrnia de disco: 20
a 50 anos (incomum antes dos 20 aps os 60 anos)Espondilite
anquilosante: acima dos 45 anosClaudicao intermitente: infreqente
abaixo dos 40 anos
Tumores malignos: geralmente aps os 50 anos
Lombalgia
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Sexo
Espondilolistese degenerativa (mais frequenteem mulheres)
Espondilite anquilosante (mais frequente emhomens)
Estado civil
Problemas sexuais, intelectuais, familiares, sociais etc
(alteraes do estado emocional)
Lombalgia
Profisso
Empregado? Desempregado?
Contribuinte individual?
Existem pendncias trabalhistas?
Fatores psicolgicos e psicossociais relacionadosao trabalho
Insatisfao com o trabalho
Trabalho sem motivao
Avaliao negativa de chefias
Lombalgia
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Interrogatrio bsico:
Qual a localizao da dor?
Apenas na regio lombar: traumatismo, artrite, espondillise
Na regio lombar e membro inferior: hrnia de disco, estenose do
recesso lateral
Somente no membro inferior: estenose do canal lombar
Lombalgia
Qual o tipo de irradiao da dor?
Para o membro inferior, acompanhando a distribuio dos
dermtomos?
Para a face anterior da coxa, no ultrapassandoo joelho:
neuralgia crural
Iniciando-se na regio inguinal e at o joelho: doenas das
coxofemorais
Lombalgia
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Qual o horrio de aparecimento da dor?
Dor noturna: protruso discal focal, osteoma
osteide, canal raquiano estreito, espondilite(lombalgias de
ritmo inflamatrio)
Rigidez matinal: artrites inflamatrias
Lombalgia
Qual a relao entre a dor, atividade corporal e
repouso?
Surge com o movimento corporal e agrava-se aolongo do dia e/ou
desencadeada por longosperodos de p: distrbios
mecnico-degenerativos (estreitamento de canal, discartrose,
desigualdade de comprimento de MMII); fibromialgia
Melhora com o repouso, quadris e joelhosfletidos: hrnia de
disco
Lombalgia
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Incio aps a deambulao e melhora com a flexo lombar: estenose do
canal (claudicaoneurognica)
Rigidez matinal e piora com a posio ereta porlongo tempo:
artrose facetria
Indiferente realizao dos movimentos: aneurisma de aorta, clculo
renal, pancreatite
Lombalgia
A dor est associada a queixas sistmicas?
Febre: espondilodiscites, tuberculose vertebral,
neoplasias
Lombalgia
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Antecedentes pessoais:
Doenas pregressas
(doenas psiquitricas, particularmente a depresso, podem
contribuir para os sintomas e sinais relacionados dor e
incapacidade)
Cirurgias prvias?
Qual o perodo de melhora aps a cirurgia?
Lombalgia
Antecedentes familiares
No infreqente a ocorrncia de hrnia de disco em pai e irmos
Atividades de lazer
Ginastas e halterofilistas: espondillise e espondilolisteses
Hipismo: hrnia de disco
Lombalgia
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E a Fibromialgia? Como ela se manifesta?
Dor sintoma principal
moderada ou intensa, iniciando-se geralmente em uma regio
(particularmente ombros e pescoo) e, com o tempo, torna-se
generalizada
Distrbios do sono
as pessoas dormem mal, o sono no reparador e acordam
cansadas
Lombalgia
Dor de cabea tensional ou enxaqueca
Bruxismo
Constipao, diarria, dor abdominal ou dificuldade de digesto
Aumento da necessidade de urinar, sem que haja infeco
urinria
Mos plidas, seguidas de vermelhido que pioram no frio; pode
haver ainda sensao de formigamento e inchao em mos e ps
Lombalgia
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Rigidez no corpo, particularmente ao se levantar ou aps perodos
de repouso prolongado
Vertigem, dificuldade de concentrao, boca e olhos secos,
palpitaes, reaes a alguns alimentos e
medicamentos
Depresso (presente de alguma forma em metade dos casos; no
momento do diagnstico, em um a cada quatro pacientes)
Lombalgia
Fatores que podem precipitar ou agravar casos de fibromialgia:
infeces virais, traumas fsicos e psquicos e, ainda, o
sedentarismo
A fibromialgia pode coexistir com outras doenas, como a diabete,
asma brnquica, lcera duodenal, clon irritvel, lpus eritematoso,
sndrome de Sjgren (doena seca), osteoartrose e a artrite reumatide,
entre dezenas de outras
Lombalgia
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Lombalgia
Dolormetro de Fischer
2,6 kg/cm (correto)4,0 Kg/cm
Lombalgia
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Lombalgia
Lombalgia
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41
Lombalgia
Lombalgia
18/03/2018
42
Lombalgia
Lombalgia
18/03/2018
43
Lombalgia
Lombalgia
18/03/2018
44
Exame fsico
Lombalgia
Dr. Hugo Leonardo Miranda Coelho
Inspeo
Sinal do talhe
Manobra de Adams
Encurtamentos de MMII
Palpao
Estudo da mobilidade articular
Coluna
CCF / joelhos / ps
Lombalgia
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Estudo da fora muscular
Testes especiais
Teste de Lasgue
Teste de Bragard
Teste de Bechterew ou teste do trip
Teste de estiramento do nervo femoral
Teste de Patrick
Teste da compresso das sacroilacas
Teste da distrao das sacroilacas
Lombalgia
Testes de simulao
Sinais de Waddel
Teste de Hoover
Teste de Burns
Lombalgia
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46
Lombalgia
Lombalgia
L4
18/03/2018
47
Lombalgia
L5
Lombalgia
S1
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48
Lombalgia
anestesia em sela
cristas Ilacas: nvel L4/L5
Lombalgia
18/03/2018
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espinha Ilaca antero-superior
(local de retirada de enxerto sseo / ponto de referncia para
medir o comprimento dos membros inferiores)
Lombalgia
tuberosidade isquitica: insero proximal dos isquiotibiais
Lombalgia
18/03/2018
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eretores da coluna
Lombalgia
Lombalgia
teste de Adams: escoliose
18/03/2018
51
Lombalgia
doena de Shewermann
Lombalgia
andar na ponta dos ps: nvel S1
18/03/2018
52
Lombalgia
andar nos calcanhares: nvel L5
extensor longo do hlux: L5
Lombalgia
18/03/2018
53
Lombalgia
Isquiotibiais encurtados +/+++
Lombalgia
teste de Shober
18/03/2018
54
Lombalgia
nveis L3L4 / L5 / S1
Lombalgia
extenso do quadril
18/03/2018
55
Lombalgia
extenso do joelho
Lombalgia
flexo dorsal do p
18/03/2018
56
Lombalgia
extenso do hlux
Lombalgia
teste de Lasgue
18/03/2018
57
Lombalgia
teste de Lasgue
Lombalgia
teste de Lasgue / teste de Bragard
18/03/2018
58
Lombalgia
teste de Bragard
Lombalgia
msculos isquiotibiais (avaliao de encurtamento)
18/03/2018
59
Lombalgia
teste de Bechterew ou teste do trip
Lombalgia
teste do estiramento do nervo femoral: nvel L2/L3
18/03/2018
60
Lombalgia
teste do estiramento do nervo femoral
Lombalgia
teste de Patrick: coxofemoral e sacroilacas
18/03/2018
61
Lombalgia
teste de Burns: simulao
teste de Hoover: simulao
Lombalgia
18/03/2018
62
Simulao
Exames de Waddell para sintomatologia no-orgnica
Dr. Hugo Leonardo Miranda Coelho
Hiperalgesia
superficial, generalizada e no-especfica
distribuio no-anatmica
Pontos dolorosos
presso aplicada no vrtex produz dor na regio
lombar baixa
rotao passiva dos ombros e da pelve simultnea
produz dor na regio lombar baixa
Lombalgia
18/03/2018
63
Estiramento
exame de Lasgue positivo na posio supina e negativo na posio
sentada
Sinais locais
reflexos musculares menos intensos durante os exames
musculares
problemas sensoriais no-anatmicos
Respostas exageradas
verbalizao excessiva, expresso de muita dor
Lombalgia
Queixas emocionais associadas s dores na
coluna
Dor que vai da cabea at a coluna
Dor na perna inteira
Sensao de que a perna caiu, que a perna no pertence ao corpo
A dor no pra nunca
Excessiva intolerncia aos medicamentos e fisioterapia
Procura de pronto-socorro hospitalar para simples lombalgia
Lombalgia
18/03/2018
64
Exames Complementares
Dr. Hugo Leonardo Miranda Coelho
Radiografia convencional
Tomografia computadorizada
Ressonncia nuclear magntica
Mielografia
Discografia
Cintilografia ssea
Lombalgia
18/03/2018
65
Radiografia Simples
No devem ser solicitadas nos pacientes com lombalgia aguda
mecnica;
Nas situaes em que ocorrer persistncia das manifestaes clnicas
por mais de quatro semanas realiza-se incidncias de frente e
perfil;
Caso haja suspeita de um processo inflamatrio, infeccioso,
neoplsico ou fratura a radiografia simples de frente e perfil deve
ser solicitada na primeira consulta.
Lombalgia
Alteraes radiolgicas da coluna que podem estar associadas a
sintomatologia clnica (White e col/ Nachemson)
Muito provavelmente
Espondilolistese (moderada ou severa)
Diminuio acentuada de vrios espaos intervertebrais
Cifose congnita Escoliose severa Espondilite anquilosante Cifose
juvenil (doena de Shewermann)
Lombalgia
18/03/2018
66
Muito improvavelmente
Spina bfida oculta ngulo lombossacral agudo Dimimuio discreta de
s um espao intervertebral e
espondilose degenerativa Artrose, subluxao e tropismo das
facetas articulares Calcificao do disco (exceo da coluna torcica)
Vrtebras extranumerrias (tanto na cervical, dorsal
ou lombar) Sacralizao da lombar Hiperlordose moderada Herniao
intervertebral (ndulos de Schmol) Ossculos acessrios em qualquer
regio
Lombalgia
Questionvel
Espondilose severa Espondilolistese Cifose (severa) Escoliose
(discreta e moderada) Retrolistese da cervical, dorsal ou lombar
Escoliose lombar (acima de 80 graus Cobb) Hiperlordose (severa)
Lombalgia
18/03/2018
67
Tomografia Computadorizada
Deve ser solicitada nas lombalgias agudas com evoluo atpica, ou
quando ocorrer evoluo insatisfatria, de causa indeterminada, aps
quatro semanas de tratamento clnico;
Permite avaliar leses discais, alteraes degenerativas dos
planaltos vertebrais e das articulaes interapofisrias
posteriores;
Permite avaliar a forma e dimetro do canal vertebral, recessos
laterais e forames de conjugao intervertebrais;
Lombalgia
A sua principal vantagem permitir a definio dos contornos sseos,
sendo neste aspecto superior a ressonncia nuclear magntica
(fraturas vertebrais, espondillise e leses sseas por neoplasias ou
infeco);
Exame de menor custo financeiro que a ressonncia nuclear
magntica, porm expe o paciente radiao nuclear ionizante.
Lombalgia
18/03/2018
68
Ressonncia Nuclear Magntica
Tambm pode ser solicitada nas lombalgias agudas com evoluo
atpica, ou caso haja evoluo insatisfatria, sem determinao do
diagnstico aps quatro semanas de tratamento clnico;
Permite amplo campo de viso, demonstrando anatomicamente
estruturas no sseas (partes moles), como o disco intervertebral, a
medula espinhal, razes nervosas, ligamentos e o tecido
sinovial;
Lombalgia
um exame de alto custo financeiro, porm no utiliza radiao
ionizante, sendo incuo inclusive para gestantes;
Exame de escolha para o estudo das hrnias de disco e processos
degenerativos;
Demonstra precocemente alteraes estruturais da medula ssea.
Lombalgia
18/03/2018
69
Em quanto tempo devo repetir a Ressonncia de Coluna para ver
como esto as protruses discais?
O seguimento do processo degenerativo da coluna com exames de
imagem no faz sentido. Vai apenas gerar mais ansiedade em uma
situao que cargas emocionais negativas so grandes inimigas da
melhora clnica. Seria como ficar tirando fotos de uma ruga na testa
para ver se est piorando ou melhorando. Ou seja, certamente vai
piorar com o tempo; o importante o quadro clnico. Se estiver
vivendo bem e sem dor, esquea a ressonncia!
Devlin VJ. Spine Secrets. 2003 Hanley & Belfus
Lombalgia
Mielografia dinmica e mielotomografiacomputadorizada
So exames invasivos, que devem ser indicados apenas nos casos em
que as imagens adquiridas pela tomografia computadorizada e a
ressonncia nuclear magntica no forem esclarecedoras, nas situaes de
compresso neural;
A mielografia quando associada a radiografias dinmicas fornece
informaes adicionais na estenose do canal vertebral e foraminal,
quando mais de um nvel e acometido.
Lombalgia
18/03/2018
70
Discografia
um mtodo invasivo de indicao muito restrita, que pode ser
realizado para identificar o provvel disco responsvel pelo processo
lgico, quando a ressonncia nuclear magntica indicar o acometimento
de dois ou mais discos ("black discs").
Lombalgia
Cintilografia ssea
No tem indicao na lombalgia mecnica aguda, porm um exame muito
sensvel para a deteco precoce de espondillise ps-traumtica, leses
tumorais e infecciosas.
Lombalgia
18/03/2018
71
Eletroneuromiografia
No deve ser realizada nas lombalgias agudas, crnicas e nas
lombociatalgias agudas;
Pode ser indicada nas afeces do sistema nervoso perifrico,
fornecendo informaes quanto presena de compresses agudas ou crnicas
das razes nervosas, bem como de sua viabilidade
Lombalgia
Exames laboratoriais
Sem importncia nas lombalgias mecnicas, porm necessrios no
diagnstico diferencial de doenas sistmicas
Lombalgia
18/03/2018
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Rx simples / ap: normal
Lombalgia
Rx simples / perfil: normal
Lombalgia
18/03/2018
73
Rx simples / oblqua: normal
Lombalgia
Rx simples: incidncias dinmicas
Lombalgia
18/03/2018
74
Rx simples: esporo de trao
Lombalgia
Rx: espondilolistese stmica
Lombalgia
18/03/2018
75
Rx oblqua: espondillise
Lombalgia
Rx: espondilodiscite
Lombalgia
18/03/2018
76
Rx: osteoblastoma
Lombalgia
Rx: metstase de carcinoma de prstata
(leso blstica)
Lombalgia
18/03/2018
77
mielografia normal
Lombalgia
mielografia: prolapso discal
Lombalgia
18/03/2018
78
Lombalgia
Lombalgia
protruso discal
18/03/2018
79
Lombalgia
extruso discal
Lombalgia
sequestro
18/03/2018
80
TC: protruso intraforaminal
Lombalgia
TC: gnglio de faceta
Lombalgia
18/03/2018
81
TC: estenose de recesso lateral
Lombalgia
TC / Discografia: disco normal
Lombalgia
18/03/2018
82
TC / Discografia: protruso discal
Lombalgia
TC / Discografia: seqestro discal
Lombalgia
18/03/2018
83
TC: tu / cisto sseo aneurismtico
Lombalgia
TC: tu / metstase de melanoma
(leso ltica)
Lombalgia
18/03/2018
84
TC / reconstruo em 3D: hemivrtebra
Lombalgia
RNM: ponderaes T1 a T2
Lombalgia
18/03/2018
85
RNM: discos normais
Lombalgia
RNM: degenerao discal / fendas
Lombalgia
18/03/2018
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RNM / gadolnio: prolapso de disco
Lombalgia
RNM / gadolnio: prolapso de disco
Lombalgia
18/03/2018
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RNM: disco extruso / regresso
Lombalgia
RNM: disco seqestrado
Lombalgia
18/03/2018
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RNM: estenose de canal com ligamento amarelo hipertrofiado
Lombalgia
Estrutura ssea ++ Espondilite ++Artrose facetria +++
Deformidades +++
Prolapso de disco - Tumor +++
Disco sintomtico (sem prolapso)
- Estenose central +
Trauma +++ Estenose lateral (+)
Valor Clnico das Radiografias Simples de Coluna
Lombalgia
18/03/2018
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Estrutura ssea - Espondilite -
Artrose facetria - Deformidades -
Prolapso de disco ++ Tumor +
Disco sintomtico (sem prolapso)
- Estenose central +++
Trauma + Estenose lateral -
Valor Clnico da Mielografia e Coluna
Lombalgia
Estrutura ssea +++ Espondilite ++Artrose facetria +++
Deformidades -
Prolapso de disco +++ Tumor +++Disco sintomtico
(sem prolapso)
- Estenose central +++
Trauma +++ Estenose lateral +++
Valor Clnico da TC de Coluna
Lombalgia
18/03/2018
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Estrutura ssea ++ Espondilite +++Artrose facetria ++
Deformidades -Prolapso de disco +++ Tumor +++Disco sintomtico
(sem prolapso)
(+) Estenose central +++
Trauma +++ Estenose lateral +++
Valor Clnico da RNM de Coluna
Lombalgia
RX Mielografia TC RNM
Estrutura ssea ++ - +++ ++
Artrose facetria +++ - +++ ++Prolapso de disco - ++ +++ +++Disco
sintomtico
(sem prolapso)
- - - (+)
Trauma +++ + +++ +++
Valor Clnico Comparativo dos Exames de Imagem
Lombalgia
18/03/2018
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RX Mielografia TC RNM
Espondilite ++ - ++ +++
Deformidades +++ - - -Tumor +++ + +++ +++Estenose central + +++
+++ +++
Estenose lateral (+) - +++ +++
Valor Clnico Comparativo dos Exames de Imagem
Lombalgia
Tratamento
Dr. Hugo Leonardo Miranda Coelho
18/03/2018
92
A dor lombar no deve ser considerada como
sendo somente um problema mdico.
Lombalgia
Mooney divide as lombalgias em trs grupos, baseado na durao dos
sintomas: aguda (sete dias ou menos); subaguda (uma semana a trs
meses) e crnica (trs meses ou mais);
Bonica ressalta que as lombalgias relacionadas ao aparelho
musculoesqueltico, de origem mecnica, so as mais freqentes, embora
muitas vezes no se consiga determinar com exatido a estrutura
relacionada a dor.
Lombalgia
18/03/2018
93
Mayer et al. afirmam que a lombalgia relacionada
unidade funcional motora da coluna (mecnico-degenerativa)
evoluir para cura em 70% dos casos, com volta s atividades normais
em 4 semanas, independentemente do tratamento realizado; 30% desses
pacientes podem evoluir com quadros de reativao e 5 a 8% podem
evoluir com sndrome incapacitante de dor lombar crnica.
Lombalgia
Nachemson refere que a lombalgia crnicacontinua sendo um grande
desafio na medicina, pela alta prevalncia, dificuldades para o
diagnstico etiolgico, relao com atividadesfuncionais, grande
influncia dos fatores culturais, sociais e psicolgicos de deteco
trabalhosa e um grande nmero de pacientes que ainda evoluemcom
resposta ruim aos vrios tipos de abordagemteraputica, mantendo a
queixa de dorpermanente e progressivamente incapacitante.
Lombalgia
18/03/2018
94
Tratamento Conservador
1 Repouso(tempo mdio: 3 a 4 dias, apenas)
2 Medicamentos
a) analgsicos
paracetamol
(efeitos hepatotxicos)
Lombalgia
dipirona
clonixinato de lisina
fosfato de codeina / Tylex
(sonolncia, dficit de ateno e constipao intestinal)
cloridrato de tramadol
opiceos
b) AINE
(precauo em idosos)
Lombalgia
18/03/2018
95
c) relaxantes musculares(indicao: uso em curto prazo e
associados comanalgsicos e AINE)
carisoprodolciclobenzaprina (Miosan)(sonolncia, tonteiras,
constipao intestinal)
d) corticosterides: (indicao: nas hrnias de disco)
e) antidepressivos tricclicos (amitriptilina /
Tryptanol)(lombalgias crnicas)
f) pregabalina / Lyrica (lombalgias crnicas)
Lombalgia
g) benzodiazepnicos e antidepressivos
(no indicados)
3) Infiltraes com anestsicos e corticoides
(indicados apenas em radiculopatias severas)
4) Fisioterapia
(meros coadjuvantes no processo de reabilitao)
Lombalgia
18/03/2018
96
Tratamento Cirrgico - indicaes
Hrnia de disco c/ dficit neurolgico grave agudo: primeiras 3
semanas
Hrnia de disco que no melhora aps 90 a 120 dias (e svezes at
mais, dependendo do caso) de adequadotratamento conservador
Sndrome da cauda eqina (emergencial)
Estenose do canal (caso a caso: claudicao intermitente)
Espondillise e espondilolistese (que no tem melhora com
tratamento conservador).
Lombalgia
Discectomia e fuso lombar
O paciente pode receber alta aps 1-5 dias. Exerccios para a
costas so iniciados logo aps a alta. Aps 2-8 semanas o paciente
pode executar trabalho leve e trabalho pesado aps 12-16 semanas
Recomendaes de atividades para pessoas com dor lombarKishner S.
Degenerative disc disease. eMedicne
(citado por: Dr. Jos Teotnio de Oliveira)
18/03/2018
97
Lombalgia
Medicina Baseada em Evidncias (concluses da ACOEM: colgio
americano de medicina ocupacional e meio ambiente)
A grandes ensaios clnicos aleatorizados e meta-anlises
B estudos clnicos e observacionais bemdesenhados
C relatos e sries de casos clnicos
D publicaes baseadas em consensos e opiniesde especialistas
I evidncias insuficientes
R: recomendado NR: no recomendado
Lombalgia
Exames complementaresRx de rotina em lombalgias no especficas:
NR (C)
RNM nas primeiras seis semanas de dor radicular: NR (C)
Discografia nas lombalgias agudas, subagudas e crnicas: NR
(C)
Mielografia ou TC com mielografia em casos de implantes metlicos
que contra-indicam a RNM, estenose de canal e ocorrncias
ps-cirrgicas especficas: R (I)
18/03/2018
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Lombalgia
Cintilografia ssea de rotina: NR (I)
Ultra-sonografia: NR (I)
ENMG: NR (I)
ENMG de superfcie: NR (I)
Termografia: NR (I)
Lombalgia
Medicamentos
AINE para lombalgia aguda: R (A)
AINE em lombalgia subaguda e crnica e em ps-operatrio: R (B)
AINE em casos de dor radicular: R (C)
18/03/2018
99
Lombalgia
Paracetamol para lombalgia (se h contra-indicao para o uso de
AINE): R (C)
Paracetamol ou aspirina em pacientes com fatores de risco
cardiovascular: R (A)
Inibidores de norepinefrina para lombalgia crnica: R (A)
Inibidores de norepinefrina em dorradicular: R (C)
Inibidores seletivos da serotonina(paroxetinas): lombalgia
crnica: NR (A)
Lombalgia
Relaxantes musculares para lombalgiasleves a moderadas: NR
(I)
Relaxantes musculares para lombalgiasmoderadas a severas: R
(B)
Opiides de rotina: NR (C)
Corticosterides: NR (B)
Cremes e pomadas: NR (I)
18/03/2018
100
Lombalgia
Injeo epidural:
sndromes radiculares severas: R (I)
na ausncia de sndrome radicular significativa (em fases aguda,
subaguda e crnica): NR (C)
Infiltrao de trigger points:
lombalgia aguda: NR (I)
lombalgia crnica: R (C)
Lombalgia
Repouso (em cama)
Na lombalgia aguda: NR (A)
Na lombalgia subaguda e crnica: NR (B)
18/03/2018
101
Lombalgia
Fisioterapia
Calor local: R (C)
Ultra-som: NR (I)
Infra-vermelho: NR (I)
TENS (lombalgia aguda e subaguda): NR (I)
TENS (lombalgia e dor radicular crnica): R (C)
Iontoforese, estimulao galvnica: NR (I)
Massagens para lombalgias subagudas e crnicas: R (C)
Lombalgia
Acupuntura
lombalgia aguda e subaguda: NR (I)
lombalgia crnica: R (C)
Yoga
lombalgia aguda e subaguda: NR (I)
lombalgia com mais de um ano de evoluo, em pacientes altamente
motivados: R (C)
18/03/2018
102
Lombalgia
Tratamento cirrgico
Discectomia (aps 4 a 6 semanas, em casos selecionados de
radiculopatias, se houve falha do tratamento conservador): R
(B)
Obs.: 12 a 16 semanas, em vrios outros estudos
Descompresso (em casos de estenose de canal, se houve falha com
o tratamento conservador): R (B)
Lombalgia
18/03/2018
103
Crawford et al. citam que na prtica clnica diria nose pode
esquecer a modulao individual da dor, dada pelos fatores
psicolgicos (dados comprovados pelasalteraes de neurotransmissores
serotonina e opiides no lquido cerebroespinhal).
Os principais fatores preditivos para evoluo da lombalgia at a
fase crnica so: passividade (rezarpara conseguir se curar),
insatisfaes pessoal e profissional, depresso, comportamento
inadequadoperante a doena, ansiedade, estresse e baixo
nveleducacional (Burton et al. / Psychosocial predictors of outcone
in acute and subchonic low back trouble. Spine,
20:722-728,1995).
Lombalgia
Preveno
Dr. Hugo Leonardo Miranda Coelho
18/03/2018
104
1 Mudana de estilo de vida em relao a:
Posturas
Sedentarismo
Obesidade
Tabagismo
2 Correo de ambientes inseguros
3 Adequaes ergonmicas
Lombalgia
Ergonomia
Dr. Hudson Couto
18/03/2018
105
O ser humano no filho de empilhadeira com
guindaste
Dr. Hudson Couto
Lombalgia
A Ergonomia se constitui na principal forma de se
evitar as lombalgias no trabalho. A rigor, pode-se estimar, sem
qualquer medo de erro, que a adoo de medidas de Ergonomia capaz de
reduzir em pelo menos 80% a incidncia das dores lombares. Mais
surpreendente que a grande maioria das medidas de baixssimo
custo
Lombalgia
18/03/2018
106
Principais situaes de sobrecarga para a colunavertebral no
trabalho
1 Levantar, manusear e carregar cargas pesadas oumuito pesadas
(acima de 40kg)
Limites de peso (independentemente da tcnica de
levantamento):
Se as mos tiverem que atingir o nvel do cho: 14 kg;
Se as mos tiverem que atingir o nvel das canelas: 18 kg;
Nas melhores condies: 23 kg (carga elevada, prxima do corpo, com
boa pega, sem rotao lateral do tronco, pequena distncia vertical
entre a origem e o destino, menos que uma vez a cada 5 minutos e
menos de umahora durante a jornada; no entanto h fundamentao
cientfica para se aceitar que pessoas bem preparadas poderiam
levantar at 32 Kg nessascondies);
Lombalgia
2 Levantar cargas freqentemente, mesmo aquelas no to
pesadas;
3 Levantar e manusear cargas distante do corpo;
4 Levantar e manusear cargas em toro e flexo do tronco
(com rotao da coluna lombar);
5 Carregar cargas na cabea (leva degenerao especialmente dos
discos da regio cervical);
Lombalgia
18/03/2018
107
6 Trabalhar com o tronco encurvado ou torcido (levam a fadiga
por contrao muscular esttica dos msculos do tronco e podem levar a
acometimentos mais graves dos discos intervertebrais);
7 Alcanar e pegar objetos acima da cabea;
8 Empurrar ou puxar carrinhos ou paleteiras manuais pesados ou
em situao de difcil mobilidade;
9 Movimentos imprevisveis de cargas;
Lombalgia
10 Levantar e manusear pacientes;
11 Pegar ou manusear cargas volumosas, de difcilmanejo, de pega
difcil, instveis, imprevisveis ouintrinsicamente perigosas (por
exemplo: com quinasvivas, quentes, etc);
12 Trabalhar sentado mais que 4 horas por dia;
13 Trabalhar sentado em situao em que o corpo ficainclinado para
frente ou que a coluna vertebral ficaencurvada;
14 Vibrao de corpo inteiro (especialmente trabalharsentado em
equipamentos de altos nveis de vibrao).
Lombalgia
18/03/2018
108
Os 10 princpios de ergonomia visando a prevenodas lombalgias no
trabalho
1 Posio vertical (adequar a altura das bancadas de
trabalho);
2 Boa situao mesa-cadeira-computador (toimportante quanto a
pessoa sentar-se bem);
3 Ser humano: adaptado para movimentos de grandevelocidade, de
grande amplitude, de enorme preciso, porm somente contra pequenas
resistncias
Lombalgia
4 Reduo do peso dos objetos a serem levantados ou
carregados;
5 Organizar a condio de trabalho para que as peas somente sejam
manuseadas pelo princpio PEPLOSP
P perto do corpo
E elevadas
P pequena distncia vertical entre a origem e o destino da
carga
L leves
O ocasionalmente
S simetricamente,sem ngulo de rotao do tronco
P pega adequada para as mos.
Lombalgia
18/03/2018
109
6 Esforos dinmicos, sim; esforos estticos, no(eliminar ou
reduzir a freqncia das seguintes situaesde trabalho: tronco
encurvado, sustentao de cargaspesadas, apertar pedais freqentemente
estando de p, braos acima do nvel dos ombros etc);
7 Melhorar a alavanca do movimento: aumentar o braode potncia e
diminuir o brao de resistncia (melhoria de projeto de ferramentas
manuais aumento do cabo das ferramenteas, etc);
Lombalgia
8 Os instrumentos de controle e peas devem estardentro da rea de
alcance das mos (rea de alcancenormal, para ferramentas e controles
a serempegos/operados freqentemente; rea de alcance mximo, para
objetos, ferramentas e controles a serem pegosoperados
ocasionalmente);
9 Evitar torcer e flexionar o tronco ao mesmo tempo (eliminar
obstculos s cargas que tenham que sermanuseadas, evitar que peas
pesadas estejam nasprateleiras baixas ou muito no alto, colocar
peas pesadasem caixas rasas e estas sobre bancadas ou
cavaletes);
Lombalgia
18/03/2018
110
10 Criar facilidades mecnicas no trabalho (carrinhos, talhas com
corrente e sistema desmultiplicador de fora, gancho com corrente,
talhas mecnicas, talhas com ventosas ou prendedores laterais,
dispositivos auxiliares para transportar tambores e outros
dispositivos de fcil utilizao para pegar as peas a serem
mobilizadas).
Lombalgia
01O trabalho envolve posicionamento esttico do troncoem posio
encurvada para frente, mesmo que empequeno grau de flexo?
No (0) Sim (1)
02O trabalhador tem que, frequentemente, atingir o chocom as
mos, independente de carga?
No (0) Sim (1)
03O trabalho envolve pegar cargas mais pesadas que 10 kg em
freqncia maior que uma vez a cada 5 minutos?
No (0) Sim (1)
04O trabalho envolve pegar cargas do cho, independente
de peso, em freqncia maior que uma vez por minuto?No (0) Sim
(1)
CHECKLIST para Avaliao Simplificada do Risco de Lombalgia
Lombalgia
18/03/2018
111
05O trabalho envolve fazer esforo com as mos longe do
corpo?No (0) Sim (1)
06O trabalho envolve a necessidade de manusear (levantar ou
puxar) cargas que estejam longe do corpo?
No (0) Sim (1)
07
O trabalho envolve a necessidade de manusear cargas (levantar,
puxar ou empurrar) com o tronco em posio
assimtrica?No (0) Sim (1)
08O trabalho envolve a necessidade de carregar cargas
mais pesadas que 20 kg mesmo ocasionalmenteNo (0) Sim (1)
CHECKLIST para Avaliao Simplificada do Risco de Lombalgia
Lombalgia
09O trabalho envolve a necessidade de carregar cargas mais
pesadas que 10 kg frequentemente?No (0) Sim (1)
10O trabalho envolve a necessidade de carregar cargas na
cabea?No (0) Sim (1)
11O trabalho envolve a necessidade de ficar constantemente
com os braos longe do corpo em posio suspensa?No (0) Sim (1)
12O trabalho exige que o trabalhador fique com o tronco em
posio esttica, sem apoio?No (0) Sim (1)
CHECKLIST para Avaliao Simplificada do Risco de Lombalgia
Lombalgia
18/03/2018
112
CHECKLIST para Avaliao Simplificada do Risco de Lombalgia
Critrio de interpretao:
0 ou 1 ponto baixssimo risco de lombalgia2 ou 4 pontos baixo
risco de lombalgia5 a 6 pontos risco moderado de lombalgia7 a 9
pontos alto risco de lombalgia10 a 12 pontos altssimo risco de
lombalgia
* no aplicar esse checklist quando o trabalhador executar a
atividade sentado
Lombalgia
Diamantina / MG
18/03/2018
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Obrigado
Dr. Hugo Leonardo Miranda CoelhoOrtopedista
Mdico do Trabalho
Perito Mdico Previdencirio(aposentado / INSS / Diamantina
MG)
Perito Judicial
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