JTM 29-03-2012

EMBAIXADOR DE PORTUGAL EM PEQUIM AO JTM

Director José rocha Dinis | Director eDitorial executivo sérgio Terra | Nº 3997 | quiNta-feira, 29 De março De 2012

澳門論壇日報 10 PaTacas

Kiang Wu recebe um milhãopara melhorar apoio a idosos Pág 3

“Factor histórico não serve para vender”As relações históricas entre Portugal e a China são importantes mas em termos económicos de pouco valem. “O factor histórico não é um argumento que sirva para vender vinho ou calçado”, afirmou ao JTM o embaixador de Portugal em Pequim, José

Tadeu Soares, em declarações à margem da 7ª reunião ordinária do Secretariado Permanente do Fórum Macau. Regras para acesso ao fundo de mil milhões de dólares americanos vão agora ser definidas em Pequim. Pág 5

Melco voltou aos lucrosa melco international Development, empresa detentora de uma parti-cipação de 33,7% na operadora de jogo melco crown, registou lucros líquidos de 280,1 milhões de dólares de Hong Kong no exercício financeiro de 2011, invertendo assim os prejuízos no valor de 209,5 milhões contabilizados no ano anterior. face aos bons resultados, o conselho de adminis-tração da empresa liderada por lawrence Ho recomendou o pagamento de dividendos de 1,5 dólares de Hong Kong por acção. os resultados foram impulsionados pelo crescimento de 45% das receitas encaixadas pelos casinos operados pela melco crown. a melco international Development adiantou ainda que a entertainment Gaming asia, empresa onde possui uma quota de 38,5%, está a expandir a sua presença no mercado do jogo do cambodja, designadamente através de projectos localizados junto às fronteiras com a tailândia e o vietname, esperando-se que essa aposta venha a contribuir para o aumento das receitas a longo prazo.

Rangel defende que Portugal tem de se virar para o marJorge rangel defendeu ontem, na “conferência do mar - as oportunidades de Portugal e da china no Século xxi”, o regresso ao mar como “uma via” de desenvolvimento do país. “eu queixo-me muito da forma como Portugal abandonou o mar. o mar é fundamental para Portugal não só por razões históricas”, considerou à margem da conferência que decorreu no instituto internacional de macau. “tínhamos uma marinha de recreio que hoje não temos, tínhamos uma frota pesqueira enorme que hoje não temos, e tínhamos uma indústria conserveira que se mantém, mas podia estar muito mais desenvolvida”, lembrou. Para rangel, se os portugueses quiserem “repensar” o modelo económico do país, devem olhar para as oportunidades do mar “em todas as vertentes”.

Aceite candidatura única da MTELpara a instalação de rede fixaa Direcção dos Serviços de regulação de telecomunicações (DSrt) aceitou ontem a proposta da empresa mtel que concorreu a uma das duas licenças para a instalação e operação de redes públicas de telecomunicações fixas. a empresa foi a única a concorrer. a DSrt vai agora avaliar os documentos que instruem a proposta nos termos do regulamento específico em causa. o Governo decidiu abrir este concurso para reforçar a construção de redes públicas de telecomunicações em macau e a prestação de serviços. a mtel foi a concurso num consórcio com outras empresas, uma das quais é a multinacional chinesa Zte corporation. em fevereiro, a DSrt tinha recebido seis pedidos de informação de empresas que queriam saber pormenores sobre o regulamento do concurso público.

Morreu o cartoonista brasileiro Millôr Fernandeso escritor, cartoonista e humorista brasileiro millôr fernandes morreu na noite de terça-feira, aos 88 anos, de doença, no seu apartamento, na zona sul do rio de Janeiro. millôr fernandes tinha múltiplos talentos: era escritor, tradutor, autor de banda desenhada, humorista, dramaturgo e artista. começou a carreira na revista ‘o cruzeiro’, com apenas 14 anos. mas ficou conhecido no final dos anos 1960, com a fundação do jornal ‘o Pasquim’ que combatia o regime militar brasileiro com textos de humor. mais recentemente, o escritor mantinha um site pessoal e uma conta no twitter, com mais de 280 mil seguidores. Seu último post, feito na terça-feira, diz: “filoSofia milloriaNa: antes de freud o sexo era um pecado maravilhoso. agora é um enrolo tedioso”.

pág 02 quinta-feira, 29 de março de 2012 jornal tribuna de macau

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helder almeida

aMcM vai subscrever títulos em renminbisO Banco Popular da China aceitou uma proposta da Autoridade Monetária de Macau visando a aquisição de títulos de investimento denominados em renminbis

A Autoridade Monetária de Macau (AMCM) e o Banco Popular da China celebraram ontem em Pequim um acordo que permitirá ao organismo

local a aquisição de activos denominados em renminbis. Segundo a AMCM, esta é uma medida que “promove os objectivos de longo prazo de uma apropriada diversifi-cação da carteira de activos de investimento”.

Ao abrigo do acordo, a AMCM refere que, “em conformidade com a definição das suas estratégias con-cretas, através da plataforma de negócio de títulos do Banco Popular da China, baseada numa quota de títulos em renminbis, no valor máximo aprovado de 10 biliões, pode efectuar aplicações de fundos para a sua carteira da reserva, directamente e no momento oportuno, no mercado de títulos interbancários do Continente”.

Adiantando que os procedimentos operacionais subjacentes ao acordo serão concretizados “em breve”, a AMCM diz ainda acreditar que, por um lado, tal inicia-tiva “favorece o alargamento das vias de investimento de fundos” e, por outro, permite “agarrar as oportuni-dades” derivadas do aparecimento no mercado de ca-pitais do Continente de “diversos produtos financeiros, estáveis e seguros, denominados em renminbis”.OS “PREJUÍZOS” DA INDEXAÇÃO. Entretanto, a AMCM vai voltar a ser confrontada por Pereira Cou-tinho relativamente à questão da indexação da pataca. Depois do Governo ter defendido que “a manutenção do regime cambial tem um profundo significado para a estabilidade do sistema financeiro de Macau”, o deputa-do insiste na tese de que o Governo poderia considerar uma indexação da pataca ao renminbi ou a um cabaz de moedas que incluísse o renminbi, o euro, o dólar de Hong Kong e o dólar norte-americano.

Referindo que, “na perspectiva da AMCM a desin-dexação da pataca do dólar de Hong Kong, e por via deste ao dólar americano, e a eventual valorização da pataca em relação ao dólar de Hong Kong acarretariam

prejuízos para a banca”, Coutinho contesta a posição do organismo, ao defender que, “quando os bancos resol-veram fazer empréstimos titulados em dólares de Hong Kong em vez de patacas, assumiram um risco pelo qual se devem obviamente responsabilizar”. “Não havia nem podia haver nenhuma garantia absoluta e eterna de que o dólar de Hong Kong nunca se iria desvalori-zar em relação à pataca. Os bancos tomaram essa opção, porque, muito antigamente, temiam que fosse a pataca a desvalorizar-se em relação ao dólar de Hong Kong e quiseram acautelar os seus interesses sem se importa-rem com as dificuldades de reembolso que os residentes de Macau teriam de enfrentar nessa situação, prova-velmente, também o fizeram porque se refinanciam no mercado externo, mas isso é um problema dos bancos”, diz o deputado numa interpelação escrita.

Por isso, Coutinho quer saber se “o Governo fez ou vai fazer alguma estimativa dos prejuízos que, segun-do a AMCM, os depositantes e os bancos sofreriam na hipótese de a pataca ser desindexada do dólar de Hong Kong” e indexada ao renminbi ou ao referido cabaz de moedas.

REPRESENTANTES DA INDÚSTRIA, COMÉRCIO, FINANÇAS E TRABALHO NA CONSULTA PÚBLICA

Revisão do sufrágio indirecto só com tempoO consenso tem pautado praticamente todas as sessões de auscultação sobre a reforma do sistema político de Macau. Ontem não foi excepção e quase todos os que conseguiram falar defenderam o 2+2 para a AL e mais 100 membros para a Comissão Eleitoral. Mas houve opiniões no sentido de se estudar uma revisão das eleições indirectas após 2013

A criação de um mecanismo regu-lar para rever o desenvolvimen-to do sistema político, a revisão

do sufrágio indirecto após as eleições de 2013 e a redução do número de de-putados nomeados para cinco foram as opiniões que pautaram a diferença na sessão de auscultação de ontem sobre a reforma política.

Não fossem três participantes e a sessão de consulta pública teria sido apenas uma confirmação do documen-to que o Governo publicou, e no qual é sugerida, entre outra, a fórmula 2+2 (mais dois assentos na Assembleia Le-gislativa (AL) para as eleições directas e outros dois para as eleições indirec-tas) e mais 100 membros para a Comis-são Eleitoral (CE) que escolhe o Chefe do Executivo.

Lei Ching Cheng, que se apresen-tou como representante da Associação dos Advogados, até concordou com o aumento dos quatros lugares na AL para o sufrágio directo e indirecto e mais 100 elementos na CE. E defendeu que “an-tes de haver um consenso na sociedade não vale a pena precipitar a revisão do

sufrágio indirecto” que só deverá acon-tecer “depois de 2013 e após estudos”. Mas chamou a atenção que “a AL e a CE não devem ser alargadas de forma incessante”. Na sua opinião, “deve ha-ver um mecanismo regular para rever o desenvolvimento do sistema político”, sendo que “as autoridades centrais de-vem ser informadas”.

Já um membro da Associação de Construtores Civis de Macau, Mok Chi Wai, referiu que neste momento “o tempo para rever sufrágio indirecto é muito curto” sugerindo que se faça isso “só depois das eleições de 2013”.

Um outro participante, Lei Kun Sang (que não referiu de que associação faz parte), propôs uma alternativa di-ferente às duas soluções apresentadas pelo Governo. “Mais três assentos na

AL para o sufrágio directo e outros três para o indirecto e reduzir os deputados nomeados para cinco”. No documento de consulta sobre o desenvolvimento do sistema político, são propostos dois modelos para a AL: o 2+2 ou o 1+1 (um deputado para o sufrágio directo e in-directo).

Toda a restante hora e meia, que serviu para ouvir os representantes das associações comerciais, financeiras e do trabalho, bem como membros dos ór-gãos consultivos na área da economia e finanças, foi uma aprovação às inten-ções governamentais. AS REFERÊNCIAS NEGATIVAS À DEMOCRACIA. Mas também houve várias referências à democracia, nor-malmente para chamar a atenção para os problemas que alguns países demo-

cráticos têm. “É necessário não copiar o que se

faz no ocidente. Qual a diferença en-tre Macau e esses países?” questionou Hong Weng Kuan, para alertar que “se houver um desenvolvimento acelerado pode haver convulsões sociais”. E não duvida que os defensores da demo-cracia “só estão a ver o lado positivo, porque os deputados são eleitos pelos cidadãos e mesmo que sejam corrup-tos”. Defendeu “um desenvolvimento político gradual”, em que primeiro seja elevada a formação dos residentes.

Outro dos participantes admitiu até que “a democracia é uma boa ide-ologia” mas que para ser concretizada no território “tem de se ter em conta a conjuntura de Macau”, pedindo “prag-matismo” e não “uma reforma pela re-forma”, de modo a que “os interesses colectivos não sejam postos em causa”. Por isso, apenas “quando for o momen-to se deve aumentar os assentos na AL e na CE”.

Um membro de uma associação dos operários, Fong Ka Kin, utilizou uma comparação para argumentar que escolher o Chefe do executivo por meio de sufrágio universal pode não ser bom. “Um Chefe do Executivo é como um CEO de uma empresa, e se for eleito um chefe que não seja bom? Pode afectar a imagem de toda uma companhia!”.

O último participante, a propósito de quais os sectores a beneficiar com os lugares a ser criados, foi o mais directo. “Todos querem uma fatia do bolo para comer mas os sectores que têm contri-buído para as receitas são o turismo e as convenções e exposições, por isso os dois assentos na AL para o sufrágio indirecto deveriam ir essas áreas”, afir-mou Kuan Ian Chi.

19 pessoas deram ontem a opinião sobre a reforma do sistema político

“Mais três assentos na AL para o sufrágio directo e outros três para o indirecto e reduzir os deputados nomeados para cinco” - Lei Kun Sang

“Antes de haver um consenso na sociedade não vale a pena precipitar a revisão do sufrágio indirecto [que só deverá acontecer] depois de 2013 e após estudos” - Lei Ching Cheng, Associação de Advogados

jornal tribuna de macau quinta-feira, 29 de março de 2012 pág 03

Plano do Kiang Wu assenta na formação, serviço comunitário e instrução de académicos

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fátima almeida

PROGRAMA DE CINCO ANOS PRETENDE PROPORCIONAR SERVIÇOS MAIS ADEQUADOS

Um milhão para Kiang Wu apoiar idososO plano do Instituto de Enfermagem Kiang Wu para fazer face à problemática do envelhecimento vai contar com um apoio superior a um milhão de patacas do Instituto de Acção Social. O Governo investirá assim num projecto do hospital privado confiante de que os serviços prestados aos idosos serão mais “adequados”. Estão previstos programas de formação para académicos e voluntários em áreas como a demência senil

O Chefe do Executivo foi claro: os idosos são uma prioridade das suas políticas. E o Instituto de Ac-

ção Social (IAS) não descura esse aspecto. O organismo vai contribuir com mais de um milhão de patacas (orçamento prelimi-nar) para um projecto desenvolvido pelo Instituto de Enfermagem Kiang Wu. Alar-gar o âmbito da investigação, melhorar os serviços prestados e promover a formação de profissionais e voluntários são alguns dos objectivos deste programa que deverá ficar concluído em cinco anos e cujos res-tantes custos deverão ser suportados pelos fundos do hospital privado.

O programa “Amor e carinho para a terceira idade” visa fazer “face à problemá-tica do envelhecimento”, frisou o chefe do Departamento de Solidariedade Social. “O IAS irá dar um apoio pecuniário [ou seja um subsídio] para a criação de um novo serviço”, disse Choi Siu Un, descrevendo o projecto ontem apresentado pelo represen-tante do Instituto de Enfermagem Kiang Wu na sessão plenária da Comissão para os Assuntos do Cidadão Sénior.

O programa composto por três partes – formação, serviço comunitário e instru-ção de académicos - irá proporcionar “mais investigação sobre os idosos para que seja criado um serviço mais adequado”, referiu Choi Siu Un. “É necessário investir na for-mação. Não só para os profissionais, mas também para os voluntários”, vincou o res-ponsável ao dizer que o Governo já “tem dado apoio aos três centros de cuidados especiais”.

Neste sentido serão abordadas atra-vés de acções de formação matérias no âmbito do tratamento de doenças crónicas, da prevenção da demência senil, dos cui-dados de saúde prestados na fase terminal, da promoção do envelhecimento saudável

e de serviços às pessoas idosas que estão em lares. Além disso pretende-se promo-ver o estreitamento das relações entre ge-rações. Ao nível académico estão previstos cursos de aperfeiçoamento ministrados em instituições da Austrália, Inglaterra, Hong Kong e Taiwan.

Por cá, a prestação de cuidados ten-derá a melhorar, acredita o IAS. Através do serviço comunitário, o programa pro-põe serviços clínicos para os problemas relacionados com a perda de memória, actividades para os idosos com demên-cia senil, bem como uma linha telefónica de apoio. Em vista está também a elabo-ração de estudos sobre este fenómeno que está crescer a nível mundial e afecta a memória e capacidade de raciocínio de uma pessoa, sendo o Alzheimer uma das suas representações.

APRESENTAÇÃO DE LEI DOS IDO-SOS ADIADA. A Lei de Base dos Di-reitos e Garantias dos Idosos também esteve em discussão na reunião, mas o diploma só chegará às mãos do Conse-lho Executivo no segundo semestre ao invés de avançar na primeira metade do ano, tal como tinha sido assegurado pelo IAS. “Ainda temos de retificar alguns artigos. No segundo semestre haverá uma revisão final e espero que dentro deste ano haja um aval do Executivo”, disse o responsável do Departamento de Solidariedade Social. “É difícil defi-nir uma data para a entrada em vigor”, adicionou.

O texto irá ser submetido a uma nova consulta pública. O Governo con-sidera que apesar de a lei não poder ser pormenorizada “é importante” reco-

lher mais informações. Por outro lado, Choi Siu Un salientou a necessidade de desenvolver um trabalho para que as informações sejam sistematizadas. “O importante é definir as opiniões da Lei de Base. Não foi possível pormenorizar, porque esta é uma lei de bases, pelo que uma definição implica um grande traba-lho”, mencionou.

Depois de uma apresentação das opiniões até agora recolhidas e ontem divulgadas à Comissão ficou patente que o diploma deverá ser elaborado de acordo com quatro fundamentos: ampa-ro, sustento, capacidade e possibilidade de trabalho dos idosos. “Os membros não esquecem os quatro princípios refe-ridos na lei”, disse Choi Siu Un.

Neste sentido continua a dominar a opinião que “a família deve cuidar bem dos seniores”. Embora o Governo admi-ta que a sociedade é responsável, Choi Siu Un frisa que “o principal” suporte do idoso deve ser a família, sempre que possível. É “esta a ideia que o Governo quer criar”.

A legislação poderá ainda vir a de-fender os idosos dos maus tratos físicos e psicológicos, bem como ajudar na reso-lução de conflitos resultantes da partilha de bens, “através da tentativa de uma reconciliação antes do recurso à justiça”. “Queremos criar um ambiente harmo-nioso”, salientou.

Além das garantias e direitos dos idosos, o diploma deverá mencionar os deveres daqueles cidadãos. Os membros sugeriram ainda a introdução de melho-rias no diploma no âmbito da sua redac-ção. Já por definir continua a faixa etá-ria que a lei irá abranger, uma vez que ainda não ficou decidida a idade limite para se considerar uma pessoa idosa.

No entanto, o Governo mostrou-se disposto a desenvolver medidas de incentivo a políticas de emprego para os seniores. “Ao nível do emprego o Governo está a fazer alguma coisa para encorajar os idosos com capacidade a continuarem activos. Para conseguir este objectivo vamos mais além e pro-movemos acções de formação sobre os idosos”, referiu o responsável do IAS. “O mais importante é evitar a discrimi-nação. Tentaremos combater essa exclu-são tendo por base a idade”, prometeu ainda.

PLANO SOBRE CASAS PÚBLICAS DESVENDADO EM ABRIL. o executivo irá definir em meados do próximo mês as percentagens de casas que se destinam a venda e arrendamento, respectivamente, no âmbito do plano de construção de 19 mil habitações públicas, adiantou o Secretário para os transportes e obras Públicas, lau Si io.

SIMON CHAN RECONDUZIDO NA AVIAÇÃO. o Governo renovou a nomeação de Simon chan para o cargo de presidente da autoridade de aviação civil. o novo mandato é válido por um ano a partir de 31 de março.

REPRESENTANTES DA INDÚSTRIA, COMÉRCIO, FINANÇAS E TRABALHO NA CONSULTA PÚBLICA

Revisão do sufrágio indirecto só com tempo

Membro sénior poderá integrar comissãoainda não se chegou a conclusões, mas as opiniões já recolhidas no âmbito da consulta da lei de Bases e Garantias dos idosos são claras: é necessário incluir um representante idoso na comissão para os assuntos do cidadão Sénior”. “o público foi amplamente ouvido, portanto, o resultado será mais um membro para a comissão”, avançou choi Siu un. Segundo explicou o responsável do iaS, a escolha deverá recair sobre um cidadão sénior “com mérito social reconhecido”. actualmente fazem parte desta comissão 11 membros, entre representantes de várias associações e deputados. a constituição de uma nova lista ou a recondução da mesma deverá acontecer este ano, uma vez que os actuais membros foram nomeados para um mandato de dois anos pelo Secretário para os assuntos Sociais e cultura, cheong u, em Junho de 2010.

Proposta sobre Lei de Base dos Direitos e Garantias dos Idosos só chegará ao Conselho Executivo no segundo semestre


localNOMEADO CHEFE DO TURISMO DE NEGÓCIOS. o Secretário cheong u nomeou Poon Weng Hong para exercer o cargo de chefe da Divisão do turismo de Negócios e eventos da Direcção dos Serviços de turismo, pelo período de um ano. a nomeação é válida desde o dia 9 deste mês.

POLÍTICA SOBRE FIXAÇÃO DE RESIDÊNCIA NÃO MUDA. o Governo não tem a intenção de levantar a suspensão imposta em 2007 à política de fixação de residência por aquisição de bens imóveis, reiterou o Secretário para a economia e finanças. francis tam disse também que ainda é muito cedo para falar sobre políticas demográficas, por estar a decorrer um estudo sobre essa questão.

Promoção turísticaainda necessita de“muito trabalho”Apesar de Macau ser já um destino turístico, ainda é necessário “muito trabalho” ao nível da promoção, sublinhou o Chefe do Execu-tivo, durante um encontro com os membros nomeados para o Conselho para o Desenvol-vimento Turístico. De acordo com uma nota oficial, Chui Sai On manifestou-se mesmo as-sim convicto de que, com as bases já estabe-lecidas, será “possível ir ainda mais longe” e fazer melhor, “articulando o desenvolvimen-to do sector com a diversificação adequada da economia, a cooperação regional integrada, incremento do desenvolvimento sustentável e melhoria da vida da população”. Durante o encontro, o mesmo responsável sustentou, aliás, que Macau, com o apoio do Governo Central, “caminha na direcção de se transfor-mar num centro internacional de turismo e lazer, bem como de desempenhar um papel reforçado de plataforma de serviços de co-mércio para os países de língua portuguesa”. Nesse contexto, Chui Sai On apelou ao apoio e empenho dos membros do Conselho, espe-rando que possam apresentar “mais ideias sobre as políticas de turismo”.

NOVAS LICENÇAS VÃO TER DE SEGUIR NORMA EUROPEIA

DSaT contraria taxistasDepois de terem gerado o descontentamento dos taxistas, as autoridades frisaram que a “Norma Euro 4” para a emissão de gases já está em vigor em Macau e os novos carros importados terão de obedecer aos padrões definidos por Bruxelas

A Direcção dos Serviços para os Assuntos de Trá-fego (DSAT) recusou um pedido para a revisão das exigências definidas no âmbito do concurso

para a atribuição de licenças de oito anos para 200 novos táxis, sublinhando que a “Norma Euro 4”, que regula a emissão de gases dos veículos, já está em vigor no terri-tório há quase um mês. Por isso, o organismo defende que é razoável exigir que os futuros táxis respeitem os padrões definidos pela União Europeia e adoptados pela RAEM.

A posição da DSAT foi manifestada depois de al-guns interessados nas novas licenças de táxis se terem re-velado desapontados por alegadamente não terem sido informados com antecedência sobre o facto de terem de respeitar a norma europeia no processo de aquisição de viaturas. Os taxistas asseguraram ainda que cerca de 90% dos importadores locais dizem que não vendem táxis de acordo com os padrões da “Norma Euro 4” e advertiram para os elevados custos de manutenção de viaturas des-se tipo.

Segundo a imprensa de língua chinesa, o chefe do Departamento de Gestão de Tráfego, Lo Seng Chi, e o chefe do Departamento de Assuntos de Veículos e Con-dutores da DSAT, Luís Gageiro, salientaram que a emis-são de gases dos escapes dos veículos é o maior factor de poluição no território, frisando ainda que o Interior da China e Hong Kong já implementaram as regras eu-ropeias há anos.

Por isso, a DSAT considera que a aplicação das nor-mas europeias no caso concreto dos novos táxis enqua-dra-se na estratégia de protecção ambiental, tanto em Macau como na zona do Delta do Rio das Pérolas.

Por outro lado, os responsáveis da DSAT garantem que, na altura da definição dos requisitos do concurso público, consultaram os importadores de carros acaban-do por constatar que estão disponíveis no mercado local 14 ou 15 tipos de veículos a preços médios.

As directivas de Bruxelas indicam que os veículos ligeiros a gasolina não podem emitir mais do que um grama por quilómetro de monóxido de carbono, deven-do a emissão de partículas ser restringida a 0,025 gramas por quilómetro. Para o caso dos automóveis a gasóleo, o monóxido de carbono expelido não pode ir além das 0,50 gramas.

V.C.

ViViaNa ChaN

CHAN MENG KAM ADVERTE QUE HÁ DEMASIADOS PROCEDIMENTOS MAL FEITOS

Exigido rigor nos concursos públicosChan Meng Kam considera que os concursos públicos lançados pela Administração possuem demasiadas lacunas e têm causado danos financeiros ao Governo, ao interesse público e às empresas concorrentes. O deputado exige normas mais estritas na selecção de concessionários para obras ou serviços públicos

O deputado Chan Meng Kam apontou o dedo ao Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-es-truturas (GDI), à Direcção dos Serviços para os

Assuntos de Tráfego (DSAT) e ao Centro de Ciência de Macau. As três entidades estão envolvidas em concur-sos públicos que acabaram nas instâncias judiciais. Em interpelação escrita, o tribuno pede mais transparência nos procedimentos da Administração.

Usando exemplos concretos, Chan Meng Kam refe-re a obra de modernização, operação e manutenção da estação de tratamento de águas residuais da Península de Macau. O concurso, conduzido pelo GDI, e que se-leccionou uma empresa, encontra-se em instâncias judi-ciais. Nesse processo, o tribunal acabou por dar razão à empresa recorrente, deixando a descoberto um erro do Executivo, salienta o deputado.

“Além deste caso, o GDI gerou outra disputa quan-do cancelou, no último dia, o processo de recrutamento para a obra de aterros da Zona A.” O caso, segundo re-

corda o deputado, ocorreu no ano passado, tendo ocor-rido mais de 10 meses até agora, sem que as autoridades apresentem explicações ao público. “Ao mesmo tempo, a decisão tomada pelas autoridades fez com que muitas empresas sofressem prejuízos financeiros, tendo preju-dicado também o prestígio do Governo.”

Chan Meng Kam também recordou o concurso para o “Serviço Público de Transportes Colectivos Ro-doviários de Passageiros de Macau”, realizado pela DSAT. Devido à polémica à volta da hora limite para a apresentação de propostas, uma empresa envolvida acusou judicialmente aquela Direcção de Serviços, com o tribunal a dar razão à entidade privada.

Na perspectiva do deputado, os vários erros come-tidos e repetidos pelas autoridades mostram “falta de conhecimentos profissionais e jurídicos”. Além disso, considera, “a comissão de júris que avalia as propostas tem demasiada liberdade, faltando também um critério uniformizado para avançar com todo o processo de con-curso público”. Chan Meng Kam defende, assim, que os critérios de avaliação devem ser revistos e comple-mentados.

O deputado lembrou ainda que nos concursos para obras públicas estão envolvidos os interesses públicos. Portanto, “estes processos têm que ser rigorosos e uni-formes”. Em caso de acusação, “as autoridades passam a assumir uma posição passiva, tornando-se necessário estabelecer um mecanismo de reacção nesses casos”. Por outro lado, o deputado voltou a questionar o Go-verno sobre os problemas que surgem na renovação de contratos com empresas concessionárias.

Chan Meng Kam diz que “a comissão de júris que avaliaas propostas tem demasiada liberdade”


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Embaixador de Portugal em Pequim, José Tadeu Soares, esteve ontem numa reunião do Fórum Macau

AS VANTAGENS DE EMPRESAS PORTUGUESAS NA CHINA VISTAS PELO EMBAIXADOR EM PEQUIM

“Factor histórico não é argumento para vender”

Fórum internacional atrai 800 participantes

Ao JTM, o embaixador de Portugal em Pequim, José Tadeu Soares, explica o que espera a China dos seus investidores e quais são as áreas nas quais as empresas portuguesas podem ter vantagens. Relativamente ao fundo de mil milhões de dólares americanos, refere que o próximo passo será dado já em Pequim, para definição das regras de aprovação de projectos

As relações históricas entre Por-tugal e a China são importantes mas em termos económicos de

pouco valem. “O factor histórico não é um argumento que sirva para vender vinho ou calçado, temos a vantagem de há muito tempo termos contactos com a China, mas não é por termos um laço histórico que se facilitam as actividades económicas”, afirmou ao JTM o embaixa-dor de Portugal em Pequim, José Tadeu Soares.

Em declarações feitas à margem da 7ª reunião ordinária do Secretariado Per-manente do Fórum Macau, que decorreu ontem, e na qual foi aprovado o plano de actividades para 2012, José Tadeu Soares explicou que as novas oportunidades que se abrem na China para as empresas portuguesas passam pela venda de “pro-dutos de consumo de alta qualidade” e empresas que fornecem “serviços e tec-nologia para melhorar a qualidade de vida, bem como ao nível do restauro de cidades antigas”.

Neste sentido, há um “conjunto de empresas do sector do tratamento de águas, de lixo e resíduos, seguros e ser-viços de saúde” que podem apostar com segurança no país. “O mesmo se passa com produtos portugueses de qualidade: há 300 a 350 milhões de pessoas na Chi-na que têm um nível de vida equiparado ao da Europa e que, portanto, têm uma capacidade de consumo extraordinário”, refere o embaixador. Mas para correr bem, para além da qualidade, “é preciso

fazer boa publicidade desses produtos, e é isso que muitas vezes não se toma em consideração em Portugal”. Segundo diz, “tem de haver uma adaptação ao merca-do chinês, como haver produtos com no-mes fáceis de pronunciar, ter boas etique-tas nos vinhos, cuja venda subiu mais de 200%, e nos azeites”. É essencial capaci-dade de “adaptação e persistência”.

Que Portugal não conhece a realida-de da China é uma certeza de José Tadeu Soares. “A China está a mudar muito de-pressa, há um crescimento rápido e cons-tante da economia, e o tipo de crescimen-to está a mudar”. Como explica, antes “o crescimento era baseado essencialmente nas exportações, na contratação de mão-de-obra barata e produtos de qualidade relativa” mas esta realidade alterou-se e “a orientação agora é para produtos de melhor qualidade, dar melhor qualidade de vida aos cidadãos chineses, [promo-ção da] protecção ambiental [de forma

a desenvolver] melhores cidades e [pro-porcionar] melhor saúde.PRÓXIMO PASSO É DEFINIR AS RE-GRAS EM PEQUIM. Relativamente ao fundo de mil milhões de dólares ameri-canos, refere que o próximo passo será dado já em Pequim, através de “reuniões ao nível de embaixadores, com o Minis-tério dos Negócios Estrangeiros chinês, para tentar estabelecer as linhas de orien-tação para aprovação dos projectos que serão financiados pelo fundo” de apoio.

O fundo, destinado a desenvolver a cooperação entre a China e os países lu-sófonos, será instituído formalmente nos próximos meses. E apesar das regras para os empréstimos ainda estarem por defi-nir, o embaixador aponta que o fundo “é bastante aberto a possibilidades”. Pode-rá ajudar empresas chinesas a entrar no mercado lusófono, empresas dos vários países participantes a entrar no mercado chinês e até “por exemplo, empresas por-

tuguesas a concretizar projectos em Áfri-ca”. A seu tempo, acredita que o fundo “será divulgado em Portugal”.

Já o secretário-geral do Secretariado Permanente do Fórum de Macau, Chang Hexi, explica que para 2012 o programa de actividades vai “seguir a linha ante-rior”, com destaque para “a área dos re-cursos humanos, na área do turismo e das exposições e convenções, com a organi-zação de sete colóquios”. A participação em “feiras internacionais no Interior da China e em Macau vai continuar”. Este ano há ainda um encontro empresarial em Cabo Verde, em Junho, e em Outubro mantém-se a feira cultural, em Macau.

Sobre as viagens que efectuou a vá-rias províncias chinesas refere ter havido “contactos com empresários chineses, a maior parte dos quais não conhecem bem a situação dos países lusófonos, e querem saber as áreas prioritárias de in-vestimento”.

Macau vai acolher em Abril o 3º Fórum Internacional sobre Investimento e Construção de Infra-estruturas, no âmbito da diversificação da economia do território e promoção da plataforma de cooperação entre a China e os países de língua portuguesa

Fundado em 2010 pela Associação dos Empreiteiros Internacionais da China, o Fórum Internacional so-bre Investimento e Construção de Infra-estruturas

(IIICF, na sigla inglesa) é uma organização conjunta da-quele organismo com os Serviços de Economia de Ma-cau, e a terceira edição vai decorrer em 24 e 25 de Abril.

A organização prevê a participação de cerca de 800 participantes, incluindo 300 estrangeiros, entre os quais mais de 30 responsáveis governamentais pela área das

infra-estruturas de mais de 20 países.“Há duas vertentes: uma é o sector das convenções,

que é uma actividade importante para a diversificação da economia de Macau. Outra é a plataforma entre a China e os países de língua portuguesa”, disse ontem o director dos Serviços de Economia de Macau, Sou Tim Peng, ao justificar a realização do fórum no território, após duas primeiras rondas decorridas em Pequim.

O fórum poderá vir a contemplar projectos de in-vestimento nos países de língua portuguesa ao abrigo do Fundo de Desenvolvimento para a Cooperação entre a China e os Países de Língua Portuguesa - no valor de mil milhões de dólares -, mas isso vai depender da acti-vação do mesmo, explicou Sou Tim Peng.

O evento inclui três fóruns: um sobre o investimen-to e construção de infra-estruturas de recursos de ener-gia; outro sobre infra-estruturas ferroviárias e trânsito ferroviário urbano; e um terceiro dedicado ao investi-

mento e financiamento de projectos de infra-estruturas internacionais.FUNDO “ACELERA” PLATAFORMA. Entretanto, o Chefe do Executivo defendeu ontem, num encontro com o vice-ministro do Comércio da China, que a con-cretização do Fundo de Cooperação para o Desenvolvi-mento entre a China e os Países de Língua Portuguesa contribui para a RAEM “acelerar o processo de fomento da plataforma de serviços” e desenvolver ainda mais as relações com os parceiros lusófonos.

Por sua vez, o vice-ministro Jiang Zengwei, que se deslocou à RAEM precisamente para apresentar o refe-rido Fundo reiterou que este mecanismo poderá fortale-cer as relações económico-comerciais bilaterais.

Jiang Zengwei assegurou ainda que as autoridades vão seguir as instruções do Primeiro-Ministro Wen Jia-bao, para “tirar proveito das potencialidades da RAEM no desempenho do papel de plataforma”.

(...) “Tem de haver uma adaptação ao mercado chinês, como haver produtos com nomes fáceis de pronunciar, ter boas etiquetas nos vinhos, cuja venda subiu mais de 200%, e nos azeites” (...) - idem

(...) “É preciso fazer boa publicidade desses produtos, e é isso que muitas vezes não se toma em consideração em Portugal” (...) - Embaixador de Portugal em Pequim, José Tadeu Soares


localCOMISSÃO DAS MULHERES VISITOU PRISÃO. a comissão dos assuntos das mulheres visitou o estabelecimento Prisional para ficar a conhecer melhor a vida das reclusas, bem como as instalações e o modo de funcionamento da prisão. a visita da cam decorreu durante o período comemorativo do Dia internacional da mulher.

RENOVAÇÕES NA REFORMA JURÍDICA. o Governo decidiu manter lok Wai Kin, vong Hin fai, viriato lima, frederico rato, xu chang, ieong Wan chong, tong io cheng, Zhao Guoqiang, Kan Ka chong e Sam chan io no conselho consultivo da reforma Jurídica. Para o órgão foram ainda designados chan Hin chi, Song man lei, antónio Dias azedo e u man fong, este como secretário-geral.

Breves

Ponte na Rua do Campo vai ter dois elevadoreso concurso para a obra de melhoramento das instalações electromecânicas da passagem superior para peões na rua do campo atraiu nove propostas, sete das quais foram aceites, com valores que variam entre 5,9 e 7,4 milhões de patacas. Segundo a DSSoPt, a empreitada inclui a construção de dois elevadores junto à ponte para peões instalada próximo do edifício da administração Pública. os elevadores serão equipados com corrimãos e instalações sem barreiras para facilitar a sua utilização por pessoas portadoras de deficiência, bem como sistemas inteligentes para lidar com situações de emergência. as obras deverão começar no segundo trimestre deste ano e têm um prazo máximo de 180 dias. a empreitada deverá criar 40 postos de trabalho.

Insatisfeito com motosassume autoria de incêndioas autoridades policiais detiveram um suspeito da autoria de um incêndio criminoso que queimou seis motociclos estacionados à entrada do edifício residencial “Sun city”. Segundo a polícia, o indivíduo terá admitido que se tratou de um caso de fogo posto, assumindo que estava insatisfeito pelo facto dos motociclos impedirem o normal acesso ao prédio. o incêndio obrigou uma residente grávida a ser assistida no hospital devido à inalação de fumos. o director do centro de recursos de administração de edifícios da união Geral das associações dos moradores de macau, chan Pou Sam, já exortou o Governo a rever os regulamentos anti-incêndios e alertou que cerca de 90% dos prédios enfrentam o problema do estacionamento desorganizado de motociclos.

Proposta sobre Ensino Superior prestes a chegar a Cheong Ua anteproposta da futura lei de bases do ensino Superior deve chegar em abril ao gabinete do Secretário para os assuntos Sociais e cultura, revelou à rádio macau o Gabinete de apoio ao ensino Superior (GaeS). assegurar a qualidade é, segundo o GaeS, uma das metas para o desenvolvimento a longo prazo do sector do ensino superior. Segundo a rádio, o gabinete promete ainda ter em conta a experiência de países com um sistema de acreditação reconhecido e adaptar essas referências ao contexto local.

DST realiza périplopor cidades indonésias

através da sua representação na indonésia, os Serviços de turismo de macau estão a promover o território na “ttc travel mart”, uma feira de turismo vocacionada para profissionais do sector que percorre três das principais cidades daquele país: Jacarta, Surabaya e Denpasar (Bali). a DSt garante que vai continuar a mover esforços para atrair mais visitantes indonésios, mercado que cresceu 5,7% no ano passado e 6,9% nos primeiros dois meses de 2012.

HOMEM APANHOU MULTA E INIBIÇÃO DE CONDUZIR

Tramado pela ida ao hospital

É certo que nenhum acidente de viação vem por bem, mas um residente de Macau acabou por

ter duplo azar já que uma queda de moto levou-o para o hospital onde acabou por se descobrir que tinha uma taxa de alcoolemia com valores acima do limite.

A polícia recebeu uma chamada na madrugada de ontem alertando para um acidente de viação perto do Aeroporto. No local, os agentes en-contraram um motociclo no chão e uma ambulância, com os devidos pro-fissionais a assistirem um homem que tinha perdido a consciência.

Ainda no local e aparentemente já recuperado, terá dito que perdeu o controlo do veículo por causa de areia no chão, acabando por se des-pistar. Foi levado para o hospital por

uma questão de precaução, tendo sido descoberto que tinha 1,64 gramas por litro no sangue.

Foi-lhe aplicada uma pena de prisão de cinco meses, com execução da pena suspensa por dois anos, para além de uma multa de nove mil pata-cas. Ficou ainda inibido de conduzir durante o período de dois anos.

Noutro caso que também envol-veu condução sob o efeito de álcool, dois residentes, de 47 e 52 anos, foram detidos durante operações “stop”. No primeiro, na zona das Portas do Cer-co, o teste de alcoolemia acusou 2,02 gramas de álcool, enquanto que no segundo caso, perto do New Yaohan, o teste acusou 1,86 gramas.

Em nenhum dos casos houve multa, tendo ambos ficado inibidos de conduzir durante um ano.

FURTO EM CASA. A Polícia Judiciá-ria (PJ) recebeu uma queixa alertando para um furto num apartamento situ-ado no Beco da Baía onde vivem sete empregados de uma companhia. A ví-tima, segundo contou à polícia, saiu de manhã para correr, tendo consta-tado quando regressou que alguém tinha roubado a carteira, telemóvel e salvo-conduto, averbando um prejuí-zo que ronda as seis mil patacas.

A PJ não encontrou quaisquer si-nais de arrombamento mas constatou que a varanda do apartamento tem ligação para a rua, estimando-se que terá sido por aí que o ladrão entrou. Na altura do assalto, estavam mais dois colegas na casa, que suposta-mente não deram por nada.

P.a.S.

Um residente de Macau teve um acidente que o deixou inconsciente, vindo os médicos do hospital a descobrir que tinha uma taxa de álcool acima do permitido. Acabou por levar uma multa e suspensão de conduzir durante dois anos

Suspeito usava uma lata de Coca-Cola para consumir “ice”

POLÍCIA ENCONTROU SETE EMBALAGENS DE DROGA

coca-cola com “ice”Um homem foi detido por alegado consumo de droga, tendo sido encontrado no apartamento onde vive sete embalagens com “ice”, bem como uma lata de coca-cola e palhinhas que seriam utilizados para o consumo daquela substância estupefaciente

As latas de Coca-Cola pelos vistos servem para outras coisas para além de consumir o refrigerante ou para a reciclagem, havendo quem, alegadamente, as utilize

para o consumo de drogas, neste caso de “ice”.Os contornos deste caso começaram a ser conhecidos

quando uma patrulha de agentes policiais encontrou, na ma-drugada de ontem, um homem com atitudes suspeitas na zona da Areia Preta. Pediram que se identificasse e tudo estaria em ordem, excepto o comportamento do indivíduo, que continua-va a mostrar-se algo nervoso perante os polícias.

Os agentes decidiram então efectuar uma revista ao aparta-mento onde vive o indivíduo, igualmente na Areia Preta, tendo encontrado no local sete pacotes de “ice”, totalizando 3,59 gra-mas, junto a uma lata de Coca-Cola, palhinhas e um isqueiro. Um pequeno “arsenal” que utilizado em conjunto servia para o consumo da droga, indicaram as autoridades.

Segundo terá confessado, o residente de Macau de 50 anos tinha adquirido a droga uns dias antes em Zhuhai a troco de 3.500 renminbis. Garantiu ainda que os estupefacientes seriam destinados apenas a consumo próprio.

Pedro aNdré SaNtoS

O indivíduo, de etnia chinesa, foi visto no lago da Praia Gran-

de por um transeunte, pelas 17h40, que alertou às auto-ridades para o caso, levan-do a uma mobilização de diversas viaturas e elemen-tos da Polícia de Segurança

Pública e do Corpo de Bom-beiros.

Já no local os agen-tes encontraram o homem inconsciente, tendo sido transportado para o Centro Hospitalar Conde de São Januário, onde acabaria por falecer por volta das 18h15.

Contactada pelo JTM, fonte da Polícia de Segu-rança Pública revelou que a vítima não tinha quaisquer documentos na sua posse e que apenas se sabia que era um “homem de etnia chine-sa”, desconhecendo-se ain-da a sua identidade.

Os motivos que leva-ram à queda fatal do ho-mem são igualmente desco-nhecidos, estando a Polícia Judiciária em investigações para averiguar se foi um caso de suicídio ou aciden-te.

P.a.S.

IDENTIDADE DA VÍTIMA AINDA POR DESCOBRIR

Queda fatal na PonteUm homem faleceu ontem após uma queda da Ponte Nobre de Carvalho para o lago da Praia Grande. As autoridades desconhecem ainda a identidade da vítima, tal como os motivos que levaram à queda fatal


Está a pisar pela primeira vez o Oriente. Aquele Oriente que se diz português, mas que já pouco fala. Aquele Oriente que não é só longe, mas que

abarca também uma realidade de heranças e diferenças. A directora do curso de Jornalismo da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC) e co-autora da obra “Acordo Ortográfico - O que mudou no português euro-peu”, Ana Teresa Peixinho, está no território a convite do Instituto Politécnico de Macau (IPM). Conduziu ontem uma palestra e uma aula. Conversou ainda com o JTM so-bre a falta de uma política de língua por parte do Governo português, algumas soluções que podem remediar lacunas e a inevitabilidade que é a implementação do novo Acordo Ortográfico no território.

Com poucos dias para digerir a realidade “tão distinta”, lida com uma “experiência ainda curta e fresca.” No entanto, as primeiras impressões já desenham uma imagem pouco animadora sobre a situação do idioma luso na RAEM. “Pelo que eu percebo, a língua portuguesa em Macau é residual. A população não sabe falar e não entende português.” A topo-nímia até pode estar em bilingue, os avisos nas repartições públicas também, até podem existir órgãos de comunicação social em português e uma escola portuguesa. Porém, “não me parece que tenha havido nunca, por parte do Governo de Portugal, qualquer atenção à dimensão da língua portu-guesa dentro de um espaço que poderia ser um lusófono e que não é um espaço lusófono.”

Olhando para a estratégia de transformar Macau numa ponte entre a China e os países lusófonos, “Portugal já podia ter dado cartas e não deu.” Enquanto o interesse se mantém e o tempo não se esgota, Ana Teresa Peixinho defende que se devia “investir seriamente na formação de leitores e no envio de leitores, através do Instituto Camões, para as universidade chinesas e para as instituições de en-sino superior em Macau.”

Por outro lado, é importante “investir em mais tra-duções para português,” bem como na organização de “eventos culturais, como teatro ou cinema, também em português.” Nada disto, alerta, funcionará de modo isola-do. “Tem de ser feito dentro de uma estratégia concertada. Obrigar muito provavelmente as pessoas no primeiro ci-clo a terem a aprendizagem do português como um das línguas,” acrescenta a docente. Uma iniciativa que terá de partir de Portugal, “porque somos nós que temos interesse em difundir a língua.”

No contexto da projecção e internacionalização do idioma luso, a rede de escolas portuguesas no estrangeiro

“é incontornável e fundamental.” Não só porque “a apren-dizagem da língua é muito mais fácil nos primeiros anos de vida, como também porque atrás da língua vem a história, a cultura e a literatura.” Embora não conheça bem a situa-ção da Escola Portuguesa de Macau, Ana Teresa Peixinho agarra na ideia de estarmos no território mais densamente povoado do mundo para lançar uma sugestão: “penso que seria importante a existência de duas escolas portuguesas ou uma escola-mãe com vários pólos afectos.” E isso devia partir, mais uma vez, “do Governo português, do Institu-to Camões, do Instituto Português do Oriente” e de outras instituições lusófonas.É TEMPO DE ACORDAR. Se é do crescimento da língua portuguesa no mundo que se fala, o novo Acordo Orto-gráfico surge como um importante passo nesse sentido, defende Ana Teresa Peixinho, co-autora da obra “Acordo Ortográfico - O que mudou no português europeu” (2011). “Uma das motivações desse novo acordo foi precisamente a internacionalização da língua, porque uma língua para ser forte internacionalmente não pode ter duas ou três nor-mas ortográficas. Facilita e simplifica as coisas se tiver ape-nas uma norma.”

Na opinião da académica, “o novo Acordo Ortográfi-co já devia ter sido implementado em Macau.” Aliás, “não sei porque não foi.” Até porque a polémica em torno do assunto não tem margem para dar frutos. “É uma falsa polémica. A fase da discussão pública já passou há muito tempo. Quer se goste ou não, pelos mais diversos motivos e talvez por boas razões, a verdade é que ele está em vigor,” realça a docente que tem vindo a dar formações em Portu-gal sobre o tema.JORNALISMO EM PORTUGUÊS. Mestrada em Litera-tura Portuguesa e doutorada em História da Comunicação, Ana Teresa Peixinho falou ontem com os alunos do cur-so de Tradução e Interpretação do IPM sobre as relações entre literatura e jornalismo, partindo da crise dos jornais em papel um pouco por todo mundo. “Tentei perceber os motivos que levam a essa crise, em parte tem a ver com um jornalismo hiper-concorrencial, com lógicas de novo capitalismo, mas também tem naturalmente a ver com a concorrência dos novos media. Hoje em dia, pouca gente lê jornais em papel,” observa a directora do Departamento de Filosofia, Comunicação e Informação e líder do curso de

Jornalismo da FLUC. Apesar da consciência, ficam de lado vaticínios de ca-

tástrofe. “Não considero que os jornais em papel vão mor-rer. Acho que vão ter que se alterar, repensar os conteúdos, nomeadamente investindo na opinião, matérias de fundo, grandes reportagens.” Essa aposta deve passar pelo “jor-nalismo narrativo”, aponta Ana Teresa Peixinho, um jor-nalismo “a que algumas pessoas chamarão de jornalismo literário, mas que não tem nada de ficcional, muito pelo contrário, é um jornalismo de profundidade, que convida os leitores a imersões narrativas e que passa as múltiplas facetas dos acontecimentos e realidades.”

Também em conversa com os alunos do 4º ano, que serão futuros tradutores e intérpretes de chinês e portu-guês, a docente abordou a importância da tradução no jornalismo. “O tradutor que trabalhe em jornalismo tem de saber traduzir não só o texto, mas também o contexto e toda a realidade que suporta esse mesmo texto,” sa-lienta. Ana Teresa Peixinho esteve ainda no território a propósito da ideia do IPM vir a receber o mestrado em Comunicação e Jornalismo da FLUC. “Como professo-ra desse mestrado, tenho todo o interesse em contactar com os alunos, em perceber o interesse deles, para além de saber que muitos ex-alunos nossos, estão a trabalhar como jornalistas em Macau.”

O mestrado, que ainda não tem uma data precisa para avançar, “será, em princípio, em ‘b-learning’, ou seja, parte das aulas são dadas à distância e depois al-guns professores portugueses vêm até Macau para lec-cionar sessões intensivas durante 15 dias. Já o segundo ano, de estágio ou tese, é feito à distância.” Um mercado de trabalho dinâmico reforça a importância de uma for-mação do género. “Segundo julgo saber, aqui ainda há muita oportunidade de emprego para jornalistas e acho que nós [Universidade de Coimbra], até pela questão da lusofonia, daríamos cartas mais uma vez.”

O IPM tem vindo a convidar mensalmente docentes da FLUC para visitarem a instituição. Já passaram pelo território o professor e historiador José Pedro Paiva, bem como Carlos André, director da FLUC, classicista e latinis-ta. Nos próximos meses, Macau receberá o historiador Fer-nando Catroga e o especialista em Teoria da Literatura José Carlos Seabra Pereira.

raquel CarValho

localPortugal devia “investir seriamente na formação de leitores e no envio de leitores, através do Instituto Camões, para as universidade chinesas e para as instituições de ensino superior em Macau” - idem

“O novo Acordo Ortográfico já devia ter sido implementado em Macau” - Ana Teresa Peixinho, directora do Departamento de Filosofia, Comunicação e Informação da Universidade de Coimbra

“Não me parece que tenha havido nunca, por parte do Governo de Portugal, qualquer atenção à dimensão da língua portuguesa dentro de um espaço

que poderia ser um lusófono e que não é um espaço lusófono.”

DOCENTE SUGERE ACÇÃO CONCERTADA DE DIVULGAÇÃO DO IDIOMA LUSO

Escola Portuguesaespalhada pela cidade

A língua portuguesa tem passado à margem da internacionalização por falta de uma política concertada. Formação de leitores e envio

desses profissionais para universidades do Continente e do território, mais traduções para português e eventos culturais no idioma

luso são sugestões deixadas por Ana Teresa Peixinho. A directora do Departamento de Filosofia, Comunicação e Informação da

Universidade de Coimbra sublinha ainda a importância da rede de escolas portuguesas no estrangeiro. Em Macau, por ser a região mais

densamente povoada do mundo, podia existir não uma, mas duas, ou talvez pólos em diferentes pontos da cidade


PUBliciDaDE


fátima almeida

localUFC NO VENETIAN. macau irá acolher este ano, no venetian, aquele que será o seu primeiro evento de mixed martial arts (mma) do “ultimate fighting championship” (ufc). a notícia foi avançada pelo presidente da ufc, Dana White. os combates para o evento ainda não estão definidos.

CONCERTO NO DIA DO TRABALHADOR. Para comemorar o Dia do trabalhador, o iacm organizará um concerto especial com os cantores Wu Bai e chen Sheng. Não há marcação de lugares e os bilhetes serão vendidos por ordem de chegada a partir de domingo. o concerto terá lugar no dia 1 de maio, às 15 horas, no fórum macau.

couto inicia nona época no JapãoO piloto português André Couto inicia este fim de semana, na pista japonesa de Okayama, mais uma temporada do campeonato de GT500 aos comandos de um Lexus SC430 da Lexus Team Bandoh, fazendo equipa com o japonês Seiji Ara

Em declarações à agência Lusa, André Couto falou da sua nova equipa e da estreia em provas japo-nesas com os pneus Yokohama que equipam tam-

bém uma formação da Nissan no mesmo campeonato.“Fizemos alguns testes de inverno e fomos muito

rápidos à chuva, rápidos ao ponto de podermos discutir a vitória numa prova, mas em piso seco estávamos mais lentos, entre os sexto e 11.º tempos”, explicou o piloto residente em Macau.

A poucos dias dos primeiros treinos a sério e da primeira prova, André Couto lembra também que os testes “são excelentes momentos” para testar afinações e vários tipos de pneus, mas quando se vai para a pista numa prova “é tudo diferente”.

“Podemos fazer uma excelente volta nos treinos e ficar na frente, mas o tipo de borracha que escolhemos para a qualificação tem de ser a mesma que usamos no primeiro turno da prova e fazer 150 quilómetros - me-tade da corrida - não é o mesmo que uma volta”, recor-

dou.Pelo nono ano a competir nos Turismos japoneses,

André Couto - que já foi vice-campeão da prova em 2004 - salienta que “há que escolher bem a mistura de borra-cha para poder ganhar posições logo no primeiro turno e perceber que tipo de pneu usar no segundo turno”.

“Pode ganhar a corrida quem souber gerir melhor estas opções ou tiver pneus mais adaptados para as con-dições do tempo na altura, mesmo que não se tenha o melhor carro ou não se seja o piloto mais rápido em pro-va”, explicou.

Para 2012 e muitos quilómetros de treinos feitos, André Couto que “tentar evoluir” a cada prova e “aju-dar a equipa” a conquistar o maior número de pontos possível.

“Vamos pensar corrida a corrida. Conhecemos as pistas e os carros, mas é um campeonato muito compe-titivo e temos de tentar ser constantes, potenciar os cir-cuitos onde podemos arrecadar mais pontos e lutar para

andar mais na frente e conquistar o melhor lugar com aquilo que vamos conseguindo em cada prova”.

O GT500 japonês integra nove corridas, uma das quais em Sepang, na Malásia.

Para a temporada 2012, André Couto foi já contac-tado pela organização que pretende continuar a promo-ver, prova a prova e com o apoio de pilotos e marcas - Honda, Nissan e Toyota - a angariação de medula óssea nos circuitos e junto do público, uma causa que abraçou quando o filho Afonso - que não venceu a doença - foi diagnosticado com leucemia.

“Vamos continuar a promover e se dentro da pista somos adversários, nesta causa trabalhamos todos para o mesmo lado e com o mesmo objectivo e por isso pilo-tos e marcas vão dar as mãos e visitar hospitais próxi-mos das pistas para proporcionar um dia diferente às crianças ali internadas, especialmente aquelas que estão na área de oncologia”, concluiu.

JTM/Lusa

Victor chan diz que dinheiro foi bem empregueNo processo de auscultação, com recurso a uma sondagem deliberativa, o Governo investiu 3,5 milhões de patacas, mas não se arrepende. “este relatório conseguiu atingir os nossos objectivos, foi muito científico e pormenorizado, obtivemos muitas opiniões da população e consideramos que a companhia erS fez um bom trabalho”, salientou victor chan. recorde-se que o Governo recebeu duas propostas para o processo de auscultação, tendo escolhido a mais cara. De fora ficou a proposta da universidade de macau orçada em 497 mil patacas. a erS, de macau, apresentou uma equipa com profissionais dos eua e Portugal.

Segundo os resultados preliminares do processo de auscultação sobre as Leis de Imprensa e de Radiodifusão a opinião dominante é a favor da revisão das duas legislações. Já quanto à necessidade da criação dos conselhos as opiniões divergem. No entanto, todos rejeitam que tais mecanismos tenham representantes do Governo devendo ser constituídos pelo sector fora do âmbit da revisão

Meio ano depois de ter sido apresentado o método da Consulta Deliberativa para a

revisão das Leis de Imprensa e de Ra-diodifusão surgem os primeiros resul-tados. A “opinião dominante” indica que é “necessário estudar e ajustar” ambas as legislações, em vigor há 20 anos. Já quanto à necessidade de criar dois Conselhos (de Imprensa e Radio-difusão), “as opiniões divergem”, mas todos rejeitam a participação de mem-bros do Governo.

“Todas as opiniões, contra ou a favor, têm um ponto comum: os Conse-lhos não devem ter qualquer represen-tante do Governo, ou matizes oficiais, sendo esta uma questão que deverá ser discutida e organizada pelo próprio sec-tor, assim como o Estatuto do Jornalis-

ta”, evidenciou o director do Gabinete de Comunicação Social na apresentação dos dados preliminares.

Victor Chan garantiu que a revisão do diploma terá por base as opiniões apresentadas, mas tal só se poderá con-firmar após o parecer dos técnicos do Serviços de Justiça, que terão por missão ver como será possível espelhar na lei os pareceres recolhidos. O relatório final só estará pronto em Agosto. “Vamos ver os relatórios e falar com os juristas sobre este aspecto e claro que iremos alterar al-gumas coisas porque há artigos com mais de 20 anos que não foram aplicados e talvez tenham de ser cancelados”, disse, referindo-se aos conselhos de imprensa e radiodifusão previstos na lei actual mas que não chegaram a ser implementados.

Os inquiridos – população em geral e profissionais do sector – “vêem [ainda] como importante a ideia de que se deve criar um Estatuto do Jornalista”, mas tam-bém neste campo as opiniões “variam” na maneira como deve ser instituído este mecanismo. Também o futuro da Internet esteve em discussão, sendo que a maioria “tende a apoiar a ideia de que se deve re-gular a Internet no âmbito da lei, mas não com a interferência da Lei de Imprensa ou qualquer Conselho de Imprensa”, lê-se nas conclusões da consulta.

Depois do debate em grupo, as opiniões foram mudando. Se antes os inquiridos mostravam uma vontade de revisão em média de 6,41% após o de-bate registou-se uma subida para 7,12%. O mesmo aconteceu com os pareceres sobre os Conselhos de Imprensa e de

Radiodifusão. Isto porque depois da de-liberação diminuiu drasticamente a per-centagem de pessoas que concordavam que o Governo devia dominar o Conse-lho de Imprensa - de 59,1 para 24,9%. Por outro lado, verificou-se um aumento do número dos que consideravam que os Conselhos deviam incluir cidadãos e ju-ristas. Visão semelhante foi apresentada para a Lei de Radiodifusão.REVISÕES DIFERENTES. As opiniões a favor da revisão das referidas leis jus-tificaram essa necessidade pelo facto de haver artigos “obsoletos”, mas as suges-tões quanto às operações legislativas, divergem entre os órgãos de comunica-ção chineses e os de língua portuguesa e inglesa. Enquanto que a maioria dos média chineses entende “que os artigos sem consenso e não regulamentados devem ser revogados” e alguns apelam ainda à junção das duas legislações, os de língua portuguesa e inglesa consi-deram que “é necessário apenas alguns ajustamentos pontuais no texto”.

A maior divergência verifica-se, no entanto, quanto à formação dos dois Conselhos e do Estatuto do Jornalista.

Por um lado, as opiniões a favor defen-dem que aqueles mecanismos podem servir como canal de fiscalização do pú-blico actuando sobretudo ao nível dos deveres e direitos dos jornalistas e da responsabilização através de um códi-go deontológico. Por outro, as opiniões contrárias entendem que as vantagens e desvantagens dos conselhos carecem ainda de um debate profundo e alegam que numa sociedade sem sufrágio uni-versal pleno e com grande mobilidade social poderão tornar-se num instru-mento de limitação de liberdade.

Durante o processo de auscultação conduzido pela Companhia ERS Solu-ções, foram realizados 2.036 inquéritos telefónicos para o público em geral e 67 para profissionais. Daquele universo chegaram a participar no Dia Delibe-rativo 277 (das 320 pessoas convidadas do público) e 29 (dos 67 convidados dos profissionais). Houve ainda 23 encontros com associações da comunicação social e representantes do sector e foram recebi-das seis opiniões por escrito. Ontem, Vic-tor Chan voltou a frisar que o parecer do sector iria “pesar” mais neste processo.

REJEITADA PARTICIPAÇÃO DO GOVERNO NAS ESTRUTURAS DE IMPRENSA E DE RADIODIFUSÃO

conselhos e Estatuto fora da revisão


Associação “Eurovegas No” não tem poupado críticas ao projectoda Las Vegas Sands e, em particular, ao magnata Sheldon Adelson

A Las Vegas Sands vai decidir em Abril ou Maio se vai construir uma “strip” com casinos em Madrid ou Barcelona,

disse Michael Leven, presidente do grupo, em entrevista ao jornal “El Mundo”. A empresa controlada por Sheldon Adelson continua em negociações com os Governos das duas maio-res cidades de Espanha tendo em vista a cons-trução de um complexo com seis casinos, 12 hotéis, nove anfiteatros e três campos de golfe.

Baptizado de “Eurovegas”, o projecto pre-tende criar 261.000 postos de trabalho, directos e indirectos, num país onde a taxa de desem-prego atingiu em Fevereiro um novo recorde, com 4,7 milhões de desempregados, mais 112 mil pessoas do que em Janeiro. Com o Governo a prever que a taxa de desemprego chegue aos 24,3 por cento em 2012, o plano de Adelson foi aplaudido por políticos de ambas as cidades, mas também está a gerar crescente oposição na sociedade espanhola.

Um grupo de cidadãos denominado “Euro-vegas No” lançou mesmo uma campanha con-tra o complexo, argumentando que o projecto assinalaria o retorno a um modelo económico baseado na construção excessiva que levou à crise económica espanhola de 2008, marcada pelo colapso da bolha imobiliária.

Para os contestatários, a ideia de criar em Espanha uma espécie de “Cidade Europeia do Pecado” poderia fomentar a prostituição e a criminalidade organizada, sem esquecer os ris-cos inerentes ao vício do jogo para muitos es-panhóis já por si desesperados com o fantasma da recessão económica.

Durante um protesto realizado na se-mana passada em Madrid, a associação anti-“Eurovegas” não hesitou mesmo em ridicula-rizar Sheldon Adelson, apresentando-o como um “Messias económico”, com os bolsos a transbordar de dólares.

Para a associação, um paraíso do jogo não é uma resposta adequada à crise espanhola. “Acho que um casino seria um desperdício do poder criativo e do trabalho, pois contribui para uma actividade que tem pouco a ver com a investi-gação, a inovação e o desenvolvimento”, frisou Juan Garcia, porta-voz da “Eurovegas No”.

Os críticos consideram ainda que, embora os jovens de Espanha sintam uma extrema ne-cessidade de emprego, a oferta de vagas para empregadas de hotel ou “croupiers” não cons-titui uma receita para o sucesso.

“Daqui a dez anos, a minha filha vai ter 24 e eu não gostaria que ela vivesse numa cidade com este tipo de negócio”, disse Pilar Torres, uma desempregada de 44 anos que reside em Alcorcon, no município de Madrid, em decla-rações à agência AP.

As supostas exigências da Las Vegas Sands para obter incentivos fiscais e um tratamento especial também estão a provocar controvérsia, até porque, entre as questões suscitadas, po-derão estar eventuais ajustamentos à lei anti-tabaco e a regulamentos relativos à altura dos edifícios.MADRID À FRENTE NA CORRIDA. Porém, apesar da contestação social, o interesse dos Governos de Madrid e Barcelona pelo projecto parece não ter esmorecido, até porque a Las Ve-

gas Sands parece disposta a investir até 15 mil milhões de euros no prazo de 10 anos e tem feito questão de salientar o impacto positivo que os seus projectos tiveram em Las Vegas, Macau e Singapura.

“Numa altura como esta, com tão pouco para impulsionar a economia, algo parecido com isto é como um maná que cai do céu”, co-mentou Gayle Allard, um economista da capi-tal espanhola.

Embora ainda não tenha tomado uma de-cisão sobre a cidade onde pretende investir, a Las Vegas Sands parece para já mais inclina-da a optar por Madrid. “Economicamente são duas cidades muito semelhantes”, disse Mi-

PROJECTO PARA MADRID OU BARCELONA PODERÁ SER DEFINIDO EM ABRIL OU MAIO

“Eurovegas” de Sheldon adelsonestá a dividir espanhóisO projecto “Eurovegas” que a Las Vegas Sands pretende desenvolver em Madrid ou Barcelona está a dividir a Espanha. Enquanto que uns encaram o plano como uma “dádiva dos céus” num país com quase cinco milhões de desempregados, outros temem que se traduza num “acordo com o diabo”, passível de causar uma bolha no imobiliário e aumentar o crime organizado. Os cépticos já criaram mesmo uma associação que não poupa críticas a Sheldon Adelson

ESPEcial

quinta-feira, 29 de março de 2012 jornal tribuna de macau pág 11

Associação “Eurovegas No” não tem poupado críticas ao projectoda Las Vegas Sands e, em particular, ao magnata Sheldon Adelson

gas Sands parece disposta a investir até 15 mil milhões de euros no prazo de 10 anos e tem feito questão de salientar o impacto positivo que os seus projectos tiveram em Las Vegas, Macau e Singapura.

“Numa altura como esta, com tão pouco para impulsionar a economia, algo parecido com isto é como um maná que cai do céu”, co-mentou Gayle Allard, um economista da capi-tal espanhola.

Embora ainda não tenha tomado uma de-cisão sobre a cidade onde pretende investir, a Las Vegas Sands parece para já mais inclina-da a optar por Madrid. “Economicamente são duas cidades muito semelhantes”, disse Mi-

chael Leven ao “El Mundo”, confessando, no entanto, que “Barcelona está um pouco atrás porque nós começamos a estudar o projecto com Madrid”.

A primeira fase do projecto envolve a construção de 12.000 quartos de hotel e outras infra-estruturas, com um orçamento total esti-mado entre 6,8 e 7,6 mil milhões de euros. O desenvolvimento da segunda etapa do projecto dependerá do sucesso da primeira fase, sendo que uma decisão sobre essa matéria poderá ser tomada no prazo de cinco ou seis anos, disse Leven.

“Nós não queremos uma cidade vazia”, sublinhou.

PROJECTO PARA MADRID OU BARCELONA PODERÁ SER DEFINIDO EM ABRIL OU MAIO

“Eurovegas” de Sheldon adelsonestá a dividir espanhóisO projecto “Eurovegas” que a Las Vegas Sands pretende desenvolver em Madrid ou Barcelona está a dividir a Espanha. Enquanto que uns encaram o plano como uma “dádiva dos céus” num país com quase cinco milhões de desempregados, outros temem que se traduza num “acordo com o diabo”, passível de causar uma bolha no imobiliário e aumentar o crime organizado. Os cépticos já criaram mesmo uma associação que não poupa críticas a Sheldon Adelson

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VOLTA AOMUNDAUSTRÁLIAo Governo de canberra disse ontem que pode autorizar Washington a usar o seu território para operar aviões de espionagem de longo alcance, como parte do reforço da presença dos eua na região Ásia-Pacífico. os estados unidos e canberra planeiam a expan-são dos laços militares, com a chega-da no próximo mês de uma força de 2500 marines ao norte da austrália.

MYANMARa partir de 1 de abril, a moeda de myanmar (o “kyat”) abre-se aos mer-cados internacionais como parte das reformas económicas do governo. “o valor externo da moeda nacional será apenas determinado pela oferta e procura das condições no mercado de câmbio” anunciou o Governo.

NEPALum sismo moderado de nível 5 na escala de ritcher sacudiu o leste do Nepal, fronteiriço com a Índia, na madrugada de ontem, informaram sismólogos norte-americanos. Não há, de momento, notícia de desas-tres pessoais

FIJIo regime militar de fiji anunciou on-tem ter assumido a transportadora nacional air Pacific, argumentando não querer estrangeiros a contro-larem companhias aéreas locais. a Junta, que tomou o poder num gol-pe em 2006, negou que se trate de uma nacionalização, assumindo que a medida resolve uma anomalia que dera o controlo da empresa à qan-tas, apesar de ter apenas uma parti-cipação de 46,3%.

ÍNDIAo jovem tibetano que se imolou pelo fogo na segunda-feira em Nova Deli em protesto contra a visita à Índia do presidente chinês, Hu Jintao, morreu ontem no hospital, informou um ac-tivista. Jamyang Yeshi, de 26 anos, estava hospitalizado com queimadu-ras em 90 por cento do corpo.

TIMOR-LESTEo governo de timor-leste convidou as empresas do sector das teleco-municações a entrar no mercado timorense e anunciou que vai abrir concurso público nos próximos dias, segundo um comunicado divulgado na sequência da assinatura de um acordo, na terça-feira, entre o go-verno timorense e a timor telecom, que termina com a exclusividade da empresa no fornecimento de comu-nicações fixas e móveis.

IÉMENo vice-cônsul saudita em aden, prin-cipal cidade do Sul do iémen onde a rede da al-qaida está a fortalecer a sua presença, foi raptado na manhã de ontem quando saía da sua casa, no distrito de mansoura, perto de aden, por homens armados não iden-tificados, disse uma fonte policial.

PORTUGALum iate, 14 automóveis de luxo, qua-dros valiosos e jóias foram apreendi-dos numa operação integrada numa investigação de fraude lesiva do Servi-ço Nacional de Saúde e concretizada através de farmácias, revelou a PJ.

acTUal RAMOS-HORTA E LA SAMA DÃO LIBERDADE DE VOTO. o Presidente ramos-Horta, e o líder do Partido Democrático, la Sama araújo, não vão dar indicação de voto na segunda volta das presidenciais, foi ontem revelado.

COREIA DO SUL

cimeira evita referênciaa arsenais nuclearesTerrorismo com bomba “rústica” de potência equivalente à detonada sobre Hiroxima identificada como principal ameaça

A existência de um “excesso de ma-teriais perigosos”, vulneráveis a um golpe de mão de grupos ter-

roristas, acabou por constituir a principal preocupação dos 53 Chefes de Estado e de Governo presentes na Cimeira de Seoul, que se comprometeram a adoptar “me-didas vigorosas” para neutralizar a “séria ameaça de terrorismo nuclear”.

O segundo aspecto das suas preocu-pações – a redução dos arsenais nucleares – acabou por não merecer sequer uma re-ferência no comunicado final da cimeira, que findou ontem na capital da Coreia do Sul. Isto apesar de ele constar na sua for-mulação inicial, referiu a AFP.

Para Ken Luongo, um especialis-ta que participou no grupo de trabalho sobre materiais fósseis, “as negociações produziram o menor denominador co-mum”.

Um terceiro tema abordado em Seul correspondia às condições de armazena-

mento e segurança dos stocks de urânio altamente enriquecido e de plutónio. Estas substâncias podem ser utilizadas para construir “uma arma nuclear rústi-ca que possa ser transportada num veí-culo”, explicou Matthew Bunn, professor de História e Segurança na Universidade de Harvard, numa entrevista à AP citada por vários jornais americanos. A potência de uma bomba desta natureza, afirmou Bunn, seria equivalente à da que explo-diu em Hiroshima.

Neste ponto, as recomendações da cimeira sugerem a conversão dos reac-tores dependentes do urânio altamente enriquecido em reactores capazes de ope-rarem com urânio empobrecido – des-provido de qualquer utilidade para fins militares.

A cimeira ficou ainda marcada pelo anúncio do lançamento de um foguetão norte-coreano, iniciativa de Pyongyang criticada de forma clara pelos EUA, pela Coreia do Sul e pelo Japão.

JTM/DN

Um tribunal de Hong Kong revogou uma decisão histórica sobre um pedido de residência permanente de uma filipina que abria a porta a que milhares de empregadas domésticas estrangeiras pedissem o mesmo estatuto

Compete à autoridade de Governo decidir se a extensão do estatuto de residente permanente deve ser concedida a es-trangeiros”, escreveu o juiz Andrew Cheung na sentença

de 66 páginas, aceitando o recurso do governo contra a decisão ju-dicial anterior.

A 30 de Setembro, um outro tribunal determinou que a em-pregada doméstica de origem filipina Evangeline Banao Vallejos tinha o direito de requerer o estatuto de residente permanente, algo negado às empregadas estrangeiras até então.

O governo de Hong Kong contestou a decisão, invocando que as autoridades tinham poder para decidir quem era elegível para obter o estatuto de residente, rejeitando os argumentos que as res-trições sobre as empregadas domésticas eram inconstitucionais e discriminatórias.

Um painel de três juízes do Tribunal de Recurso aceitou agora o argumento por unanimidade, invocando que a primeira decisão judicial não pode substituir a autoridade do governo para deci-dir quem pode ter o estatuto de residente na cidade e quem não pode.

A decisão constitui um revés para dezenas de milhares de em-pregadas domésticas estrangeiras que poderiam ser consideradas elegíveis para o estatuto de residente se o ‘caso Vallejos’ terminasse favoravelmente para a empregada.

“É um princípio fundamental no direito internacional que um Estado soberano tem o poder de admitir, excluir e expulsar os es-trangeiros”, escreveu o juiz Cheung.

O juiz considerou que “a estada das empregadas domésticas estrangeiras em Hong Kong cumpre um propósito muito especial e limitado, que é o de executarem um trabalho que não pode ser preenchido por trabalhadores locais”.

Os advogados de Evangeline Banao Vallejos não estavam pre-sentes na leitura da sentença, mas já indicaram que irão levar o caso ao mais alto tribunal de Hong Kong, o Tribunal de Última Instância, se necessário.

De acordo com a Lei Básica de Hong Kong, qualquer estran-geiro a “residir regularmente” e durante sete anos consecutivos em Hong Kong pode pedir o estatuto de residente permanente.

As leis de imigração excluem, no entanto, deste artigo as 292 mil empregadas domésticas estrangeiras, argumentando que não podem ser reconhecidas como “residentes regulares”, disposição contestada pelos advogados de Vallejos.

Evangeline Banao Vallejos começou a trabalhar em Hong Kong em 1986, tendo interposto uma ação em tribunal depois de o seu pedido de residente permanente ter sido rejeitado.

Em Hong Kong, tal como em Macau, a maioria das emprega-das domésticas é oriunda das Filipinas e Indonésia.

Na antiga colónia britânica, com uma população de 7,1 mi-lhões de habitantes, trabalham 120 mil naturais das Filipinas num universo de 290 mil empregadas estrangeiras.

JTM/Lusa

HONG KONG

Filipinas na “estaca zero”

aBel Coelho de moraiS


hugo filiPe Coelho

acTUal57% DAS FAMÍLIAS PORTUGUESAS NÃO PAGAM IRS. mais de metade das famílias portuguesas não paga o irS, revelou ontem o correio da manhã, adiantando que, do total de famílias com rendimentos declarados em 2010, mais de 57% não pagaram o irS.

NEWT GINGRINCH DESPEDE PESSOAL. o candidato à nomeação republicana, Newt Gingrich, “despediu” um terço do pessoal de apoio como forma de prosseguir a sua campanha eleitoral, adiantou ontem a aBc.

PORTUGAL

Maioria só avança para revisão com acordo do PS Os partidos da maioria vão sentar-se à mesa com o PS para discutir uma fórmula de “blindar” o travão ao défice e à dívida através da Constituição. Mas se os socialistas não cederem, o PSD, apurou o DN, nem deverá tirar da gaveta o projeto de revisão da lei fundamental

Por enquanto, o primeiro-ministro insiste no braço de ferro político, que começou no fim de semana, no Congresso do PSD, quando desafiou o líder da

oposição a aceitar que a regra de ouro seja consagrada da “forma mais dourada possível”, ou seja, que só possa ser alterada com uma maioria de dois terços.

A resposta foi “não”. Para que Portugal continue no euro, explicou Seguro, o PS aceita inscrever a norma numa lei reforçada como a Lei de Enquadramento Orçamental. Mas recusa – mexendo na Constituição – que esta mesma lei deixe de ser aprovada por maioria e passe a exigir dois terços. Na prática, faz que um futuro Governo de maioria PS não possa mexer na lei sem o PSD.

Ontem, Passos disse esperar que “o PS possa pensar melhor e considerar melhor a sua posição”. O primeiro-ministro argumentou que o travão ao défice e à dívida é para “os próximos 15 ou 20 anos e não para os próximos quatro”. “Como é um mecanismo que vai demorar muitos anos, convém que a própria lei esteja protegida das flutua-ções de cada maioria em qualquer altura.”

O finca-pé do Governo na regra de ouro faz parte

do plano para mostrar Portugal como o “país disciplina-do”. A maioria agendou em tempo recorde a discussão no Parlamento do acordo da governação económica – de onde decorre a lei travão – para daqui a duas semanas. Enquanto a Irlanda ameaça o tratado com um referendo – marcado para 31 de Maio –, Portugal corre para ser primeiro a ratificar.

A pressa da maioria também se justifica com as eleições presidenciais em França. O candidato socialista, François Hollande, avisou que não aceita um pacto de disciplina financeira sem medidas para o crescimento.

Se vencer, o tratado pode passar à história antes de ter entrado em vigor.

Seguro também aposta forte na viragem política em França. Até porque a reeleição de Nicolas Sarkozy pode re-forçar a linha de austeridade na Europa e dar novo fôlego à regra de ouro.

Ainda para mais, estando a última palavra sobre o travão ao défice com Bruxelas e os parceiros europeus. O pacto orçamental dá à Comissão Europeia e aos países do euro o poder de proporem uma acção no Tribunal de Justiça da União Europeia contra um país como Portu-gal, caso considerem que a norma adoptada não cumpre com o acordado. No limite, um Estado pode ser multado em uma décima percentual do seu PIB – 170 milhões no caso de Portugal.

Neste ponto entra a interpretação jurídica do texto. Berlim queria que a regra de ouro ficasse na Constitui-ção ou a “um nível equivalente”. Mas na versão final, que levou meses a negociar, ficou uma formulação vaga que não dá uma resposta clara sobre o método de apro-vação da norma: “Disposição vinculativa e de carácter permanente, de preferência de nível constitucional, ou cujos respeito e cumprimento possam ser de outro modo plenamente assegurados ao longo dos processos orça-mentais nacionais.”

Além da Alemanha, também a Espanha avançou com a lei travão antes da Europa. Mas Madrid, ainda no Governo de Zapatero, chegou a uma solução a meio ca-minho. Na Constituição pôs uma norma vaga a compro-meter-se com as metas europeias. Na lei ficou a norma com os limites.

JTM/DN

luíS reiS riBeiro

Exame da 4. ªclasse faz ‘ temer’regresso ao tempodo Estado NovoO anúncio do regresso dos exames de aprovação no final do 4. º ano do ensino básico fez disparar vários alarmes. O presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) diz que é “o regresso ao antigamente”. O PS, pela voz de Odete João, rotula a revisão da estrutura curricular de medidas de “cariz ideológico”. A coordenadora do Observatório das Políticas de Educação e Formação, Ana Benavente, sublinhou que a escola pública volta a ser “uma es-cola pobre, centrada no Português e na Matemática, com avaliação como existia antes do 25 de Abril, com exame da 4. ª classe”. Ana Benavente diz ser toda a concepção de escola que está em causa: “Precisamos de uma escola com suportes de saberes, em que os alunos aprendam a pensar e ganhem autonomia no seu trabalho.” Já Albino Almeida, da Confap, consi-dera que “era importante que os exames servissem para melhorar a qualidade de ensino, mas, ao dizer que não está preocupado com as retenções, o minis-tro está a optar pela selecção dos melhores alunos”. Odete João, dirigente do Grupo Parlamentar do PS que considera que as medidas significam “um retro-cesso”, mostra-se igualmente apreensiva com o tem-po para implementar as medidas. “Estamos no final do segundo período e queremos saber como isso vai ser feito em tempo útil para o início do ano”, refe-re. Ao DN, o gabinete de imprensa do Ministério da Educação esclarece que “a forma final da Revisão da Estrutura Curricular sempre esteve prevista para ser apresentada em Março”. “Esta data foi decidida em função das indicações dadas por diversos directores ao MEC, justamente para que pudessem preparar atempadamente o próximo ano lectivo”, salienta. Estes exames entram em vigor no final do ano lec-tivo 2012/ 13. Segundo a tutela, “há um ano lectivo inteiro para preparar os alunos”.

JTM/DN

Estado só cobrou 0,2%pelo empréstimo ao BPNO Estado Português apenas cobrou uma comissão de 0,2% ao ano no aval de quase cinco mil milhões de euros que deu ao Banco Português de Negócios (BPN). Os outros bancos tiveram de pagar mais do dobro pelas garantias.

Na semana em que se encerra mais um capítulo da história do banco que foi liderado por

José Oliveira Costa – a venda do BPN ao Banco BIC Portugal ( BIC) por 40 mi-lhões de euros –, continua tudo em aber-to sobre qual será o custo final para os contribuintes.

Segundo a Comissão Europeia, no Jornal Oficial da UE, “a remuneração relativa à garantia estatal sobre o papel comercial foi fixada em 0,2% ao ano para todas as emissões, o que deverá ser con-firmado”. Isto é: a Caixa Geral de De-pósitos emprestou e o Estado garantiu. Caso tudo corresse mal, pagaria a dívida em nome do BPN. Em Junho de 2010, “o total das garantias estatais sobre o papel comercial emitido pelo BPN e subscrito pela CGD ascendia a quatro mil milhões de euros”, referiu Bruxelas. “Além dis-so, a fim de cobrir as necessidade de liquidez do BPN, foi-lhe concedida em Julho de 2011 uma garantia estatal su-plementar de mil milhões de euros re-lativa à subscrição de papel comercial

pela CGD. Não é claro se esta garantia veio substituir uma das garantias an-teriores”, acrescenta a Comissão. Em Setembro, boa parte dos empréstimos foram pagos sem problemas, mas res-tavam ainda 1,4 mil milhões de euros em garantias públicas.

Todos estes empréstimos terão sido avalizados a uma taxa (comissão) reduzida por decisão do anterior mi-nistro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos. A comissão do Estado foi de 20 pontos base (0,2%), que compa-ram com 50 pontos (mínimo) previstos na portaria assinada pelo ex-ministro das Finanças, de Outubro de 2008. Este último é o preço aplicado aos outros bancos. Vários usaram a garantia esta-tal para ir aos mercados. Os casos mais recentes são o BES e o BCP. Segundo vários entendidos, o caso do BPN foi “especial” porque se tratou de uma “nacionalização”. O custo (taxa de juro) final resulta da soma da dita comissão

à taxa de juro de mercado e ao spread definido pela CGD.

O Ministério das Finanças não este-ve disponível para prestar esclarecimen-tos sobre este assunto. O buraco do BPN propriamente dito é que está longe de ser conhecido. Em 2010, Portugal teve de suportar perdas irreversíveis de 1,8 mil milhões de euros geradas pelos activos lixo transferidos para fora da instituição; em 2011, o Estado injectou mais 600 mi-lhões para capitalizar o banco antes de o vender ao único interessado (BIC). João Semedo, do BE, recorda que “ainda há muito lixo”. “O Estado tirou do BPN 3900 milhões de activos problemáticos que passou para três veículos financeiros”. “Sabemos que 1800 milhões foram per-didos. Falta saber o resto”. “Quem paga os 160 milhões de malparado que está no BPN, os 300 milhões de um empréstimo de liquidez , as custas dos processos em tribunal e os outros compromissos assu-midos”, questiona. JTM/DN

Mira AmaralTeixeira dos SantosOliveira Costa


goNçalo loPeS

BENFICA PONDERA RECORRER DA SUSPENSÃO DE AIMAR. o Benfica “pondera recorrer para o conselho de Justiça da federação Portuguesa de futebol” da suspensão de dois jogos imposta ao médio argentino aimar, disse à lusa fonte do clube.

TOTTENHAM E EVERTON NAS MEIAS-FINAIS. o tottenham garantiu o apuramento para as meias-finais da taça de inglaterra, depois de derrotar o Bolton, por 3-1, num encontro que tinha sido interrompido devido à paragem cardíaca de muamba. Na outra partida de desempate o everton venceu o Sunderland, por 2-0. DESPoRToLIGA DOS CAMPEÕES

Benfica obrigado a fazer história

Treinador leu bem o jogo e mexeu na equipa a tempo de vencer o APOEL (3- 0). Ronaldo foi assobiado e ficou em branco

O APOEL-Real Madrid (0- 3) foi um jogo ganho por José Mourinho. O domínio merengue não se materializava em golos até que o treinador por-

tuguês mexeu na equipa, aos 63 minutos. Foi então que retirou os apagados Higuaín e Fábio Coentrão e colocou Kaká e Marcelo em campo. O resultado foi 3-0 para o Real, com dois golos de Benzema e um de Kaká.

O Real Madrid entrou em campo à procura da 200ª vitória (em 342 jogos) na Liga dos Campeões e fez por chegar à vantagem desde cedo. Os merengues tiveram quatro claras oportunidades de golo no primeiro tem-po, mas o intervalo chegou com um nulo no marcador. Aos 11 minutos, Ozil rematou forte, com Chiotis a fazer uma grande defesa e a repetir o feito aos 27’, a remate de Cristiano Ronaldo (CR7). Depois, aos 32’, o cipriota agradeceu o falhanço escandaloso de Benzema e ainda viu a bola passar ao lado do poste, aos 42’, após mais um remate de CR7. O português foi assobiado do primeiro ao último minuto e ficou em branco.

O APOEL resistiu 72 estoicos minutos... até que Benzema se redimiu do falhanço da 1ª parte e fez o 1-0. Depois entrou em acção a dupla Marcelo-Kaká e os es-

panhóis ainda fizeram mais dois. O defesa brasileiro seria decisivo a libertar CR7 das funções de extremo e baralhar a organização defensiva dos cipriotas. Marcelo serviu Kaká para o 2-0 e o camisola 10 do Real ajudou o francês a bisar. Benzema já tem sete golos nesta Cham-pions e superou CR7 (6).

O jogo teve sete portugueses em campo: três pelo

Real Madrid – Fábio Coentrão, Pepe e Cristiano Ronal-do – e quatro pelo surpreendente APOEL – Paulo Jorge, Nuno Pinto, Hélio Pinto e Hélder Sousa. E um Kaká para cada lado: o do APOEL entrou aos 13 minutos, enquanto o merengue só entrou aos 63 e acabou por ser decisivo.

JTM/DN

‘Mou’ ganhou com “bis” de Benzema

Após um primeiro tempo lento e demasiado cauteloso, o Benfica entrou empolgado para a segunda

parte. Encostou o Chelsea atrás, cresceu e viu até o golo ficar perto. Mas foi então que Jorge Jesus resolveu mexer na equipa, e o Benfica esfumou-se nas suas substituições.

Os primeiros 45 minutos foram bas-tante lentos, com ambas as equipas a pre-ocuparem- se mais em não sofrer golos do que em marcá-los. Os encarnados, com o apoio do público, tiveram sempre mais bola e iniciativa de jogo, com o Chelsea a jogar no erro do Benfica e sobretudo em contra- ataque.

Com maiores preocupações mais atrás não foi de estranhar que as ocasiões de golo se contassem apenas com um mão. Aliás, foram apenas três antes do intervalo. Pri-meiro para o Benfica e para Cardozo, que acabou por atirar ao lado já dentro da área, e posteriormente para Fernando Torres e Raúl Meireles, ambos do Chelsea, este últi-mo num potente remate fora da área a pro-porcionar a melhor defesa da noite a Artur.

O segundo tempo começou totalmente diferente. Ou melhor, o Benfica foi diferen-te. Os encarnados mostraram mais vontade e velocidade. Logo aos 48’, Cardozo podia ter marcado, mas David Luiz salvou quase em cima da linha de golo. As ocasiões co-meçaram a surgir (aos 59’ fica um penálti

por marcar após mão de Terry), o Chelsea só respondia timidamente, mas quando Jesus mexeu na equipa, aos 69’, entrando Nolito e Matic para os lugares de Aimar e Bruno César, o Benfica desapareceu. Sem merecer, o Chelsea aproveitou um contra-ataque e fez o único golo do jogo, aos 73’, com Torres a servir Kalou. As águias ainda tentaram o empate, mas Cech não mais foi incomodado.

O Benfica terá de conseguir algo iné-dito para seguir em frente na Liga dos Campeões. Depois da derrota, na Luz, os encarnados, que nunca conseguiram dar a volta a um resultado negativo com equipas inglesas, têm de fazer uma reviravolta em Londres, em casa do Chelsea.

Esta foi a quinta derrota dos encarna-dos em casa com equipas inglesas, em jo-gos das competições europeias, depois de duas com o Manchester United e outras tantas com o Liverpool. O clube da Luz não perdia no seu estádio para a UEFA há exa-tamente 476 dias, depois do desaire (1- 2) com o Schalke 04, em Dezembro de 2010, mas Kalou quebrou esse recorde com o úni-co golo da partida, na Luz.

Na sua história, é verdade que o Ben-fica já por uma vez deu a volta a uma eli-minatória após perder em casa, em 1999/ 2000, para a Taça UEFA, diante do Dínamo de Bucareste. Perdeu 1-0 na Luz, e na capi-tal romena venceu por 2-0. Com ingleses, contudo, isso nunca aconteceu. O mais próximo foi em 1991, quando o Benfica

recebeu o Arsenal em casa, num jogo da pré-eliminatória da Liga dos Campeões, e acabou por empatar 1-1. Em Londres o jogo foi resolvido no prolongamento, com as águias a seguirem em frente depois do 3-1 final. Na próxima semana a equipa de Jorge Jesus, que pela primeira vez esta época não marcou na Luz, terá então de fazer história para chegar às meias-finais da Champions.

Esta derrota vem ensombrar ainda mais o último mês e meio dos encarnados, que em dez jogos oficiais só conseguiram três vitórias, todas na Luz. No início de Fe-vereiro o Benfica liderava a Liga com mais 5 pontos do que o FC Porto e continuava em grande na Champions. Neste momento

é terceiro no campeonato, a dois pontos do líder Sporting Braga, e está com um pé fora das competições europeias.

Atendendo ao facto de que, come-çando já no próximo fim-de-semana, se projecta um mês de Abril com jogos de enormes dificuldades – recepção ao Spor-ting Braga (ainda a 31 de Março), depois a viagem a Londres para jogar com o Chelsea (4 de Abril), posteriormente nova deslocação ao terreno do Sporting (9 de Abril) para a Liga, seguindo- se a final da Taça da Liga com o Gil Vicente (14) e fi-nalmente a recepção ao Marítimo (22) –, é urgente que o Benfica demonstre nova atitude.

JTM/DN

“Tropeção” obriga “águias” a vencer em Inglaterra

Encarnados nunca deram a volta a uma eliminatória depois de perderem com equipas inglesas na 1ª mão

Figura do jogo: Ramireso “queniano”, como é conhecido na luz, é daqueles que nunca são a estrela da equipa, mas é sem dúvida o que mais trabalha e provou-o nesta partida o porquê das saudades que os benfiquistas sentem dele. veloz, inteligente, soube explorar as debilidades de emerson. foi ele que iniciou a jogada do golo do chelsea.


Pedro aNdré SaNtoS

CHELSEA NÃO DESISTE DE HULK. o chelsea não desiste da contratação de Hulk, apesar da concorrência dos também milionários do anzhi. Segundo o “Daily mail”, o emblema londrino não vai chegar ao valor da cláusula de rescisão, fixada em 100 milhões de euros, havendo abertura do Porto em negociar o jogador por valores mais baixos.

JUVENTUS INTERESSADA EM RAÚL MEIRELES. a Juventus está interessada em garantir a contratação de raúl meireles, adiantou a imprensa inglesa. o nome do internacional português surge numa lista na qual constam também Sami Khedira ou Kwadwo asamoah. DESPoRToLIGA EUROPA

leão favorito, mas cautelosoO Sporting joga hoje a primeira mão dos quartos de final da Liga Europa frente aos ucranianos do Metalist. Apesar de teoricamente favorita, a equipa verde-e-branca terá que ser bastante cautelosa e abordar o jogo como o fez na última ronda para evitar surpresas que poderão vir a custar caro

Contra todas as probabilidades o Sporting conse-guiu eliminar o Manchester City na última ronda da Liga Europa. Em Alvalade uma grande exibição

valeu uma vitória, embora magra, que garantiu moral para o jogo em Inglaterra, mas uma primeira parte de luxo que colocou os “leões” na frente por 2-0 (3-0 no total da elimi-natória) praticamente carimbou a passagem aos “quartos”, embora com um susto final já que os “citizens” ainda fize-ram três golos.

O adversário que se segue é um desconhecido de grande maioria dos adeptos portugueses, embora contem nas suas fileiras com um jogador que até pertence aos qua-dros do Sporting, o argentino Torsiglieri.

O clube ucraniano conta com dez atletas sul-america-nos no seu plantel, alguns dos quais de grande qualidade, com destaque para o brasileiro Cleiton Xavier (ver peça em baixo) ou do argentino José Sosa, que já representou os alemães do Bayern de Munique. Ambos actuam no mio-lo do terreno e desempenham a função de médio criativo,

sendo particularmente perigosos se tiverem espaço para “pensar” o jogo.

A passagem do Metalist a esta ronda acabou por cau-sar bastante surpresa. Depois de terem perdido em casa

por 0-1 frente ao Olympiacos, os ucranianos conseguiram dar a volta com dois golos nos últimos dez minutos na Grécia, igualando a eliminatória a dois mas com vantagem a seu favor devido aos golos marcados fora. A “armada” sul-americana esteve bem patente nesta última partida que contou com cinco argentinos e três brasileiros no “onze” inicial.

Em Alvalade o Sporting terá que se apresentar “man-dão” tal como o fez contra o City para conseguir uma van-tagem que lhe dê algum confronto para o jogo da segunda mão que será bem mais complicado, até pela temperatura fria que será outro adversário para o leão.

Sá Pinto já alertou para o perigo do adversário, espe-cialmente a jogar fora de portas, contando com jogadores rápidos na frente e médios que sabem tratar bem a bola. A defesa será porventura o “calcanhar de Aquiles” dos ucra-nianos, um factor que a equipa leonina terá que explorar o melhor possível.

Caso venha a qualificar-se para as meias finais, o Sporting irá encontrar o vencedor do confronto entre o Schalke 04 e o Atlético de Bilbao, ambos acessíveis para as pretensões do clube em chegar à final de uma competição que lhe fugiu há cinco temporadas.

Nos restantes encontros dos quartos de final da pro-va, o AZ Alkmaar recebe o Valência, enquanto o Atlético de Madrid irá defrontar no seu campo os alemães do Han-nover 96.

A partida dos “leões” irá contar com transmissão em directo na TDM, a partir das 2h55, enquanto que o encon-tro entre o Schalke 04 e o Atlético de Bilbao poderá ser acompanhada na TDM Sport, às 3h.

Sporting sofreu para levar de vencido o City na última ronda

CarloS Nogueira

Cleiton Xavier é a principal estrela do Metalist Kharkiv, equipa ucraniana que hoje, em Alvalade, disputará

uma vada nas meias-finais da Liga Europa. A maioria dos adeptos leoninos não conhe-cerá este médio brasileiro de 28 anos, mas a verdade é que ele já foi leão... apesar de nunca ter vestido a camisola. “Eu era muito jovem e era um sonho poder jogar na Eu-ropa, num grande clube como o Sporting, mas infelizmente não se concretizou”, re-corda o jogador em conversa com o DN.

A SAD adquiriu 30% do passe de Clei-ton Xavier e os direitos sobre Marcelo La-barthe, por troca com a venda de Tinga ao Internacional de Porto Alegre em 2005. Só que no momento de decidir quem seguia de imediato para Alvalade, a decisão recaiu em Labarthe, médio que esteve empresta-do a Beira-Mar e Vitória de Setúbal. “Foi o Tinga que me contou tudo. Falou-me do clube e eu tinha muita vontade de ir, só que

depois o Sporting optou pelo Marcelo”, la-mentou Cleiton Xavier.

O jogador admite que a sua carreira “teria sido muito diferente” se tivesse ido para Alvalade nessa altura, aos 21 anos, acrescentando que “teria amadurecido mais depressa”, uma vez que o futebol na Europa “é mais rápido e agressivo”.

A 31 de Janeiro de 2008, o Sporting perdeu os direitos que tinha sobre o actual médio do Metalist, que nessa altura termi-nou o contrato com o Internacional, tendo ido para o Palmeiras a custo zero, ontem brilhou e chegou a ser convocado para a selecção brasileira.

Cleiton acabou por emigrar em 2010 para o futebol ucraniano, com o Metalist a pagar 4,5 milhões de euros ao Palmeiras. Hoje é capitão da equipa e, quis o desti-no, que reencontrasse o Sporting. “Vou ter oportunidade de conhecer o estádio e a cidade, mas também matar saudades do clima, porque aqui na Ucrânia está mui-to frio”, afirmou o médio brasileiro, que acompanha o campeonato português pela

televisão: “Costumo ver os jogos do Benfi-ca, do FC Porto e no outro dia vi a primeira parte de um jogo do Sporting.”

A equipa treinada por Sá Pinto não é desconhecida para o Metalist Kharkiv. “O Sporting tem excelentes jogadores, conheço o Xandão e o Polga por ter jogado contra eles no Brasil. E também conheço o Elias, que não poderá jogar”, adiantou Cleiton, que já conversou com Torsiglieri, defesa que está emprestado pelos leões aos ucra-nianos: “Pelo que o Torsi nos tem dito, será um jogo difícil, contra uma equipa muito forte e que tem adeptos que tornam o am-biente terrível para o adversário.”

O Metalist está também de sobreaviso sobretudo depois de os leões terem afastado o Manchester City. “Era uma das equipas mais fortes da prova, por isso o Sporting tornou-se candidato a conquistar o troféu”, afirmou Cleiton Xavier, não escondendo esse desejo. “Sonhamos em ganhar a Liga Europa. Acreditamos que vamos chegar longe”, finalizou.

JTM/DN

Cleiton Xavier acredita que o Sportingé um dos favoritos a ganhar a Liga Europa

Leões tiveram 30% de Cleiton Xavier, estrela do Metalist, mas preferiram Labarthe

“Era um sonho jogar no Sporting, mas infelizmente não aconteceu”

Parece surreal mas aconteceu mesmo. A partida de futebol no Chile, entre o Colo Colo e o Palestino, foi literalmente abalada por um tremor de terra de magnitude 7.1 na escala de Richter, mas o jogo nem chegou a ser interrompido. Os jogadores parece que mal notaram e o árbitro mandou seguir. Centenas

de adeptos, contudo, acabaram por abandonar o estádio com receio, tendo os comentadores ficado igualmen-te assustados. Através do vídeo é possível ver as câmaras a abanarem de forma violenta, mas o jogo nunca parou. É verdade que o Chile está infelizmente habituado a estes truques da Mãe Natureza, mas a prática do “desporto rei” acabou por levar a melhor e a partida prosseguiu como se nada se tivesse passado.

Árbitros e jogadores “ignoram” tremor de terra

ver vídeo na edição online do jtm www.jtm.com.mo


“o autismo tem um espectro enorme. existem casos que parecem tão ligeiros que se confundem com perturbações de comportamento. os pais e professores não têm esse conhecimento”

Carla Silva cit por Alexandra Lajes in “Ponto Final”

Dit

ooPiNião

In “Jornal de Macau”e “Tribuna de Macau”

29/03/1992

Há 20 anos

rangel recebeubolseiros em lisboaO secretário-adjunto Jorge Rangel, apelou ao regresso ao Território dos bolseiros a estudar em Portugal após conclusão dos respectivos cursos. “O governo de Macau está a fazer um grande investimento na forma-ção de quadros para o futuro. O nosso objectivo é fazer com que voltem a Macau, no entanto são livres de escolher”, disse Jorge Rangel, durante um encontro com os 200 bolseiros de Macau que decorreu em Lisboa. “Com 1600 bolseiros espalhados pelo mundo dos quais 200 em Portu-gal, julgo que podemos ter gente suficiente e bem preparada para a transi-ção”, apontou. “O mais importante é criar um corpo de jovens quadros capazes de assumirem a liderança do processo de transição e para isso é preciso que queiram ficar em Macau”, acres-centou. De acordo com Jorge Rangel, os actuais bolseiros em Portugal serão os futuros quadros de Macau.

1. O colesterol, quando elevado, pode con-dicionar o aparecimento de aterosclerose (ou aterotrombose) , facilitando a obstrução das nossas artérias, dificultando a passagem do sangue e provocando as mais graves doen-ças cardiocerebrovasculares: angina de peito, enfarte do miocárdio, acidente vascular cere-bral, etc. Quanto mais altos forem o colesterol total e a fracção LDL (“colesterol mau”) pior, e quanto mais elevado o HDL (“colesterol bom”), melhor.

2. Os níveis de colesterol podem subir com a idade, dependendo de muitos factores: uns genéticos e outros derivados do nosso estilo de vida (erros alimentares, falta de actividade física, etc). É sobre estes últimos que podemos actuar.

3. Todos nós devemos procurar saber o valor do nosso colesterol no sangue.• Se for normal (≤ 190 mg/dl) só é preciso re-petir a análise em novo check-up (cada 3 ou 4 anos);• Entre 190 e 220: adoptar um estilo de vida mais saudável (alimentação equilibrada, sem tabaco e mais exercício) e repetir a análise den-tro de 2 ou 3 meses;• Se > 220 mg., consulte o seu médico de família;• Se < 150 é bom, mas deverá ouvir também o seu médico;• O tratamento deverá trazer o colesterol total para valores ≤190 e o LDL para ≤115. Se já é do-ente cardiocerebrovascular, ou tem doentes pre-coces na família: LDL ≤100. O HDL deverá ser maior que 45 na mulher e 40 no homem.

os nossos conselhos sobre o colesterol

Fernando de Pádua*

4. É importante conhecer o valor do colesterol no sangue, inclusive nas crianças – especialmen-te se tiverem antecedentes familiares de doença ou mortes precoces por patologia ateroscleróti-ca. Em todos os casos, a prevenção activa (dieta e exercício) ajuda a reduzir os riscos.

5. Devem vigiar o colesterol com particular cui-dado todos os fumadores, os doentes diabéticos (ou com intolerância à glicose) e todos os que te-nham hipertensão arterial, ou doença vascular.

6. A principal arma para prevenir o aumento do colesterol é a alimentação. Uma alimentação saudável implica:• Pouca gordura total;• Eliminar o mais possível as gorduras “satura-das” (gorduras da carne, manteiga, queijo e leite gordos, ovos, miolos e vísceras, etc.);• Preferir gorduras vegetais, mono ou polinsa-turadas (azeite e outros óleos vegetais);• Preferir carnes brancas (como frango ou peru, tirando-lhes a pele);• Consumir peixe 3 ou 4 vezes/semana;• Aumentar o consumo de vegetais: sopas de hortaliças, todos os legumes, saladas, fruta;• Optar por um maior consumo de cereais;• Consumir leite e outros produtos lácteos (io-gurtes, queijo, etc.) magros;• Evitar bebidas alcoólicas; se já tiver esse há-bito e não tiver contra-indicações, consuma de forma moderada (2 ou 3dl de vinho tinto/dia ou 2 cervejas).

7. A correcção dos seguintes comportamentos e factores de risco contribui também para reduzir os efeitos do colesterol aumentado:

• Reduzir o excesso de peso e a obesidade. Re-duzir o perímetro abdominal para menos que 82 cm (mulheres) ou menos que 94 cm (homens);• Vigiar a glicemia (< 126 mg em jejum ou he-moglobina glicada <6%) e prevenir ou tratar a diabetes;• Controlar a hipertrigliceridémia (para menos que 150 mg/dl após 12h de jejum);• Reduzir o stress excessivo;• Diminuir o sedentarismo – passeio a pé de 30 a 60 min/dia todos os dias, ou iniciar mes-mo uma actividade desportiva (após exame médico).

8. Existem outros factores de risco que de-vem ser controlados, pois podem agravar muito os efeitos prejudiciais da hipercoles-terolémia:• Tabaco: parar já!• Hipertensão arterial: normalizar!

9. Quando a hipercolesterolémia não normaliza com dieta rigorosa e com o incremento da acti-vidade física pode ter de recorrer a terapêutica farmacológica.

10. Todas as recomendações anteriormente fei-tas são particularmente importantes se se tratar de pessoas que já tiveram qualquer manifesta-ção clínica de: • Insuficiência vascular cerebral;• Doença das artérias coronárias; • Insuficiência arterial periférica.

*Professor Catedrático. Fundador do MOSCEP - Movimento Mundial Saúde

e Coração em Português

2ª Vez

Processo: Acção Ordinária CV3-12-0003-CAO 3° Juízo Cível

AUTOR: CHOI HONG KAI, residente em Hong Kong 九龍新蒲崗爵祿街86號康景樓19樓F座.RÉUS: SOCIEDADE DE TURISMO E DIVERSÕES DE MACAU, S.A.R.L., com sede em Macau na Ala Nova do Hotel Lisboa, 2° andar e os INTERESSADOS INCERTOS.

FAZ-SE SABER que pelo Tribunal, Juízo e processo acima referidos, correm éditos de TRINTA DIAS, contados da segunda e última publicação do anúncio, citando os INTERESSADOS INCERTOS, para no prazo de TRINTA DIAS, findo o dos éditos, contestar, querendo, a Acção Ordinária acima indicada, cujo pedido consiste em que deve a presente acção ser julgada procedente, por provada, devendo o Autor ser declarado possuidor do imóvel “P3”, descrito na Conservatória do Registo Predial de Macau sob o n° 21981-I em modo de posse pública, pacífica e de boa fé, desde 1982, pelo que deverá ser declarado o Autor, único e legítimo proprietário do imóvel “P3”, descrito na Conservatória do Registo Predial de Macau sob o n° 21981-1; devendo ser ordenado à Conservatória do Registo Predial de Macau o registo da aquisição da propriedade do imóvel referido através da posse.

Tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial, que se encontra nesta Secretaria do 3° Juízo Cível à disposição do citando.

A intervenção do citando nos autos implica a constituição de advogado - artº 74° do Código Processo Civil de Macau.

RAEM, 12 de Março de 2012..

A Juiz de Direito,Ip Sio Fan

O Escrivão Judicial Principal,Vong Pak Kai

“JTM” - 29 de Março de 2012

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUízO CíVEL

ANÚNCIO

2ª Vez

Execução Ordinária CV1-10-0026-CEO 1° Juízo CívelExequente: Banco Nacional Ultramarino, S.A., com sede em Macau, na Avenida Almeida Ribeiro, n.° 22.Executado:1) IP UN HOU, casado com Tai Ka I no regime da participação nos adquiridos, de nacionalidade chinesa, residente em Macau, na Avenida Kwong Tung, Edf. Hong Ip, R/C, Loja “E”, Taipa. 2) IP CHENG I, solteira, maior, natural da Macau, de nacionalidade chinesa, residente em Macau na Praça das Orquídeas n.º 124, Edf. Wan Son San Chun, Bloco B, l6.º andar “Z”.

FAZ-SE SABER que nos autos supra referenciados, pendentes no 1º Juízo Cível deste Tribunal, foi decretada a venda por meio de propostas em carta fechada, do seguinte:

ImóvelDenominação da fracção autónoma: FRACÇÃO AUTÓNOMA DESIGNADA POR “ZR/C” DO Rés do chão “Z”. Situação: do Prédio sito em Macau, com os números 11 a 101 do Pátio da Prosperidade.Fim: Habitação. Número de matriz: 071641. Número de descrição na Conservatória do Registo Predial: n.º 21792, a fls. 71v, do Livro B91. Número de inscrição da propriedade horizontal: n.°4068, a fls. 56, do Livro F19K.O valor base da venda é de: Um Milhão, Quinhentas e Cinquenta Mil Patacas (MOP$1.550.000,00).

São convidados todos os interessados na compra daquele bem a entregarem na Secretaria deste Tribunal as suas propostas até ao dia 2 Maio de 2012, pelas 14.30 horas, devendo o envelope da proposta conter a indicação “Proposta em Carta Fechada”, bem como o número do respectivo processo.

A abertura das propostas realizar-se-á neste Tribunal na data e hora acima mencionadas, podendo os proponentes assistir ao acto.

É fiel depositário do imóvel o Sr. Paulo Nunes, com domicílio profissional na sede do exequente, que está obrigado, durante o prazo dos editais e anúncios, a mostrar o bem a quem pretenda examiná-lo, podendo fixar as horas em que, durante o dia, facultará a inspecção.

Quaisquer titulares de direito de preferência na alienação dos bens supra referidos, podem, querendo, exercerem o seu direito no próprio acto da abertura das propostas, se alguma for aceite, nos termos do art. 787º do Código de Processo Civil.

Tribunal Judicial de Base da R.A.E.M., aos 16 de Março de 2012.

A Juiz de Direito,Ana Meireles

A Escrivã Judicial Auxiliar,Tou Ka Pou

“JTM” - 29 de Março de 2012

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUízO CíVEL

ANÚNCIO

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car

toon

JTM/DN

oPiNião(...) “Tanto Edmund Ho como Chui Sai On são claramente melhores do que CY Leung ou Henry Tang, sobretudo este, razão pela qual não se coloca, para já, um cenário de candidatos a CE na RAEM do nível do que ocorreu em Hong Kong” (...) - Jorge Silva

“Na Luz, não pudemos ver o resultado porque o que estava em jogo, Drogba, não alinhou.” – Ferreira Fernandes

Ontem não cumpri uma das leis do jorna-lismo, a da proximidade, e não me inte-

ressei pela transmissão da Champions onde jogavam seis ou sete portugueses.

Em vez desse jogo em Chipre, Apoel-Real Madrid, estive a ver o Benfica-Chelsea, apesar de só terem aparecido três portugueses e, es-ses, morando no Oeste de Londres.

Decidi-me pelo jogo da Luz por questões morais. Infelizmente, acabou por não se rea-lizar.

Como se sabe, no dia do sorteio, ao anún-cio do adversário para os londrinos, um dos

Para a semana é que valeseus mais talentosos jogadores pôs-se a gozar com o clube que lhe calhou: Drogba fez de con-ta que tremia, mimando todo o desprezo que lhe merecia o Benfica.

Desde aí, adeus transições e situações de um para um, adeus todo a ciência dos compêndios futebolísticos.

Era necessário ir ao básico, onde as coisas simples são ensinadas: urgia reler A História do Declínio e Queda do Império Romano, do inglês (mas não caseiro) Edward Gibbon.

Sobretudo aquela página em que ele conta que todo o general romano regressado com vi-

tórias e troféus, entrando em Roma, nunca ia sozinho no carro triunfal.

Acompanhava-o um escravo que lhe se-gredava, entre as aclamações do povo: “Lem-bra-te, és um simples mortal!”.

Soberba, a palavra de que todos os gran-des devem fugir.

Na Luz, não pudemos ver o resultado porque o que estava em jogo, Drogba, não ali-nhou.

Fica tudo adiado para Londres e espera-se que, dessa vez, Drogba não falte.

JTM/DN

1 . A escolha do novo Chefe do Executivo em Hong Kong ser-

viu para comprovar que o siste-ma está esgotado, tal como o co-nhecemos.

Por mais voltas que o gover-no central dê, o sistema de es-colha de um CE, tal como está, serve para todo o tipo de inter-ferências à revelia dos interesses das populações.

Um pequeno círculo de ilu-minados, totalmente manipulá-veis e proibidos de pensar pela sua própria cabeça, coloca o voto no candidato recomendado por Pequim que, neste caso, até à últi-ma hora, praticamente não sabia em quem recomendar o voto.

Pelo menos uma coisa o go-verno central aprendeu - a opção pelo mais popular, segundo as sondagens de opinião.

E é, neste quadro, que sur-ge como vitorioso CY Leung, mais uma grande empresário do imobiliário, pertencente aque-

credibilidade do sistema

la clique que tem governado Hong Kong, juntamente com os burocratas e Pequim. Uma das primeiras medidas de Leung, se quer ter algum apoio genui-namente popular, deveria ser a aposta em habitações sociais e públicas condignas para os mais desfavorecidos ou classe média baixa, completamente alienada ainda pelo poder colonial e os dirigentes da RAEHK.

Com a promessa de uma esco-lha directa para Chefe do Executi-vo em 2017, em Hong Kong, é mais intrigante a resposta do governo central às pretensões de Macau.

Numa primeira análise, tanto Ed-mund Ho como Chui Sai On são claramente melhores do que CY Leung ou Henry Tang, sobretudo este, razão pela qual não se coloca, para já, um cenário de candidatos a CE na RAEM do nível do que ocorreu em Hong Kong.

Mas, para todos os efeitos, o sistema de escolha actual de um Chefe de Executivo está esgota-do, tanto para Hong Kong como em Macau.

2 . Boas notícias para o Fórum China-Países de Língua Por-

tuguesa com a atribuição, final-

mente, de um fundo financeiro que permitirá aquele organismo crescer e diversificar a carteira de investimentos e formação.

O Fórum foi uma excelente decisão do governo central que demorou a arrancar. Com o fun-do activado, a cooperação entre a China, Macau e os países de Lín-gua Portuguesa está alavancada, podendo nós dizer que está tudo tratado, até há o dinheiro, de-pendendo, agora, dos governos a aplicação correcta dos investi-mentos.

3. Ambrose So, da Sociedade de Jogos de Macau, tem toda

a razão quando invoca a neces-sidade de um lugar de deputado para a área do jogo. Se a prin-cipal indústria do território é, precisamente, o jogo, faz sentido que haja uma representatividade efectiva do sector.

*Jornalista

UM oUTRo olHaR jorge silva*

UM PoNTo é TUDo Ferreira Fernandes

“O Fórum foi uma excelente decisão do governo central que demorou a arrancar. Com o fundo activado, a

cooperação entre a China, Macau e os países de Língua Portuguesa está alavancada, podendo nós dizer que está tudo tratado, até há o dinheiro, dependendo, agora, dos

governos a aplicação correcta dos investimentos.”


lazERJET TERMINAM CARREIRA. os australianos Jet acabaram, após 11 anos de carreira. a banda editou três álbuns, dos quais se destacou “Get Born”, onde se encontrava “are You Gonna Be my Girl?”. a canção popularizou-se por ter sido escolhida para a campanha de uma operadora móvel.

EX-MARIDO DE WHITNEY PRESO POR EXCESSO DE ÁLCOOL. Bobby Brown foi detido por excesso de álcool enquanto conduzia. Segundo o tmZ, o cantor foi mandado parar pelas autoridades por estar ao telemóvel enquanto conduzia.

Casal Beckham vende bens para se fixar em Los AngelesOs Beckham entraram em fase de liquidação total e puseram à venda as mansões de Londres e Paris, bem como a colecção de carros. Por tudo, pedem mais de 24 milhões de euros

David e Victoria Beckham estão a promover uma liquidação total, que inclui alguns dos seus maiores

luxos. O casal britânico, junto há 14 anos, pôs à venda duas mansões, uma no Reino Unido e outra em França, e ainda a cole-ção de carros do futebolista. Tudo porque o jogador dos LA Galaxy e a “Posh Spice” querem fixar-se definitivamente em Los Angeles, EUA, onde já vivem a maior par-te do tempo desde 2007, aquando da con-tratação de David pelo clube.

A mansão onde o casal residia nas suas visitas a Londres, em Hertfordshire, intitulada pela comunicação social britâni-ca como “Beckingham Palace”, e que Da-vid e Victoria compraram em 1999, logo após o casamento, está agora à venda por

21 milhões de euros. Segundo avança a imprensa internacional, a socialite norte-americana Kim Kardashian poderá ser a nova proprietária da mansão, que inclui um helicóptero, várias piscinas e um estú-dio de gravação de música. Em 2003, o ca-sal comprou uma mansão em França, com

sete quartos e na qual raramente ficam hospedados, sendo essa uma das razões pelas quais David e Victoria a puseram à venda por três milhões de euros.

“David e Victoria já queriam pôr as duas casas à venda há algum tempo, mas o timing nunca foi o certo, até agora. Eles não queriam perder dinheiro ao pôr à ven-da as propriedades quando o mercado imobiliário esteve muito difícil. Mesmo assim, infelizmente, já perderam uma boa quantia de dinheiro, com obras e remo-delações”, contou ao jornal Daily Mirror uma fonte próxima do casal.

Amante das duas e quatro rodas, Da-vid Beckham também quer vender a co-lecção de carros e motas, avaliada, na sua totalidade, em 600 mil euros. JTM/DN

“A WAG é ele”chechu Bonelli, apresentadora argentina e namorada de Dario cvitanich, avançado do Boca Juniors, é a prova de que a beleza e o humor andam muitas vezes de mãos dadas. questionada pelo diário “olé” sobre se a incomodava ser vista como uma WaG (sigla usada para as mulheres e namoradas de desportistas), chechu retorquiu que a “WaG é ele” e admitiu que é louca por futebol. “agora ando com problemas nos joelhos, mas jogo sempre ao fim de semana”, revelou, acrescentando que em casa é o namorado que lhe diz: “muda de canal, chega de futebol”.

Jessica Biel reforçaelenco de “Psycho”Jessica Biel está confirmada para o filme “alfred Hitchcock and the making of Psycho”, uma biografia do famoso realizador centrada na obra de 1960. Segundo o “Deadline”, Jessica Biel vai interpretar vera miles, a actriz que desempenhou a personagem de lila crane neste clássico de suspense da história do cinema. o elenco integra ainda Scarlett Johansson, James D’arcy, anthony Hopkins e Helen mirren, entre outros.

Justin Bieber processadoapós brincar com telefoneo cantor Justin Bieber colocou no twitter o seu número de telefone sem os últimos dois dígitos e pediu aos fãs para ligarem. Porém, o número pertencia a dois habitantes do texas que receberam milhares de chamadas e exigem agora uma compensação pelos problemas originados. e a recompensa exigida não passa só por dinheiro. os dois querem bilhetes para concertos de Bieber e um pedido de desculpas.

Lady Gaga mostra fotoao “natural”lady Gaga colocou uma fotografia na sua página de twitter para que os fãs possam ver o seu rosto sem qualquer tipo de maquilhagem. lady Gaga alcançou a fama muito devido às roupas e maquilhagens extravagantes, mas agora para surpreender decidiu mostrar-se natural. os fãs estranharam, mas gostaram e um deles escreveu: “Não importa se tens maquilhagem ou não, continuas linda, maravilhosa”.

Fátima Almeida

COCHES NA RUA... E O RESTO

O PESCADOR qUE SONHASER JORNALISTANunca se deve rasgar uma folha de um livro, a menos que seja para a oferecer a alguém, assim como quem tem nas mãos um malmequer de memórias, emprestado por grandes narradores de histórias que arregaçam as letras até cabermos lá dentro, longe, da casa que sempre habitamos. Fi-lo porque sempre acreditei que fosse possível encontrar precisamente esse ser, sem fron-teiras. Ainda me lembro que estava escrito que o autocarro só partia depois de encher, enquanto troncos humanos, quase sufoca-vam à espera que não sobrasse um lugar. Faltava sempre um lugar, pensava. Conti-nua sempre a faltar um lugar, ainda penso. Mesmo que frisassem no livro que o auto-carro partia sempre horas depois, às vezes muitas horas depois, sem pressa. Agarrou-me pelo braço e finalmente tinha chegado, após duas semanas, a enfrentar o trânsito desgovernado, os camiões de lama pela cintura. E não me disse que o autocar-ro partiu, mesmo que soubesse que havia lido aquela página inteira e tudo lá descrito ao pormenor, até o som da respiração. Nas mãos trazia mais do que poderia esperar – as bailarinas do Gana continuavam a dançar mesmo no chão da desgraça e não tive coragem de chorar. Era bonita de mais. Vestida de verde, só pensava sobre os seus pés, há-de sempre faltar um lugar até par-tir.Foi assim que conheci África, além dos livros, por uma fotografia, entregue em mãos, por um mensageiro e nunca mais pararam de chegar ao correio estas histó-rias. A última, era de Gabriel Ashong. Sou-be-lhe o nome pela Sofia, mas sobretudo por ele. Perder os pais é das maiores fatali-dades. Mesmo nos lares em que ajudei era evidente, apesar dos sonhos. Gabriel deci-diu tornar-se pescador e pensa o que será o futuro do irmão, mas é tão grande que quer pensar como será o futuro de todos os órfãos. Porém, apesar da escola lhe ser querida, não há dinheiro. Vê-se, no vídeo transmitido pela UNICEF, a puxar o bar-co, sem desistir. “Mesmo com este desafio continuo com o desejo de me tornar um jornalista. Gostava de usar esta profissão para que os outros soubessem a situação dos órfãos... gostaria que todos os órfãos pudessem ter melhores cuidados”, diz como se conhecesse o ofício, sem técnicas desnecessárias, e já não temos a coragem de perder a fé, nas letras. Por isso não me arrependo de ter dado uma folha de um livro, porque continua a sobrar um lugar, até partir, mesmo que frisassem que o au-tocarro seguia horas depois, às vezes mui-tas horas depois, sem pressa.


28822866www.macaucabletv.comRoTEiRo Schalke04 vs

Atlético de Bilbao

02:55 03:00Sporting vsMetalist Kharkiv

TDM TDM sPorT

TDM 13:00 TDM News (Rep.)13:30 Jornal das 24h14:30 RTPi DIRECTO18:20 Lost Sr 519:00 Montra do Lilau (Rep.)19:30 Amanhecer20:30 Telejornal21:00 TDM Talk Show21:30 Castle22:15 Passione23:00 TDM News23:35 Resumo Liga dos Campeões23:45 Herman 201200:40 Reportagem Sic01:15 Telejornal (Rep.)01:45 RTPi DIRECTO02:55 Sporting - Metalist Kharkiv (Directo)05:00 RTPi DIRECTO

30 esPn14:00 US Open 9-Ball C’ship 201116:30 Sec Women’s Gymnastics Championship18:00 2012 Winter X Games19:30 (LIVE) Sportscenter Asia 201220:00 ABL 2012 Weekly H/L20:30 Global Football 201121:00 Inside WTCC21:30 Smash 201222:00 Sportscenter Asia 201222:30 ABL 2012 Weekly H/L23:00 Global Football 201123:30 Mundialito De Clubes - Corinthians vs V. De Gama 31 sTar sPorTs 13:30 Smash 201214:00 Max Power 2012/13 15:00 European Mixed Team Champ.17:00 Sports Max 2011/12 17:55 Isle Of Man Tt 201118:55 FA Classics - Stevenage vs Newcastle United19:55 (LIVE) Asian Olympic Qualifiers Oman vs. Uzbekistan22:00 Global Football 2011

22:30 Inside WTCC23:00 (Delay) Score Tonight 23:30 Total Rugby

40 FoX Movies12:05 The Incredibles14:05 Sniper 215:40 Sniper 317:15 The Way Back19:30 Surf’s Up21:00 127 Hours22:35 Perfect Catch00:15 The Walking Dead

41 hBo12:00 Anger Management13:40 Green Lantern15:00 Luck16:15 Lottery Ticket18:00 Apollo 1320:25 Ice Twisters22:00 Boardwalk Empire00:00 Up In The Air 42 cineMaX12:10 Blown Away14:10 Bird On A Wire16:00 The Werewolf17:30 Charade19:30 Starsky & Hutch 21:15 XIII22:00 The Book Of Eli00:00 Painkiller Jane

43 MgM12:45 Love and Death14:15 The Favor16:00 Impromptu17:45 Meatballs 419:15 Code of Silence21:00 Thunderbolt and Lightfoot23:00 Sketch Artist00:30 Romeo is Bleeding

50 Discovery13:00 I (Almost) Got Away With It14:00 Air Jaws15:00 Man, Woman, Wild

16:00 Auction Hunters17:00 Deadliest Catch18:00 How It’s Made 1118:30 How Do They Do It?19:00 Man Made Marvels20:00 Deadliest Catch 21:00 Best In The Business22:00 American Chopper23:00 Sons Of Guns

51 ngc12:30 Dog Whisperer13:25 Through Their Eyes13:50 Megacities14:20 Locked Up Abroad15:15 Mega Factories16:10 Seconds From Disaster 17:05 Inside18:00 Dog Whisperer19:00 Secrets Of The Viking Warriors20:00 Inside21:00 Mega Factories22:00 Seconds From Disaster 23:00 Air Crash Investigation

54 hisTory13:00 Modern Marvels14:00 After Armageddon16:00 Ancient Aliens17:00 The Universe18:00 Pawn Stars18:30 Kings Of Restoration19:00 The Pickers20:00 Big Shrimpin’21:00 Ice Road Truckers23:00 Top Shot00:00 Pawn Stars

55 BiograPhy channel13:00 Hoarders14:00 Psychic Kids15:00 One Born Every Minute17:00 The Secret Life Of A Soccer Mom18:00 Storage Wars18:30 Airline USA19:00 Psychic Kids20:00 The Quon Dynasty

21:00 Celebrity Close Calls

23:00 Psychic Kids

62 aXn13:00 Justified

13:55 Wipeout

14:50 Ncis: Los Angeles

15:45 Wipeout Australia

16:40 Csi: Miami

17:30 Leverage

18:20 Wipeout

19:15 Csi: Ny

20:10 Wipeout Canada

21:05 Leverage

22:00 Chaos

22:55 The Firm

23:50 Csi: Miami

63 sTar WorlD12:10 Parenthood

13:05 Beauty and the Geek Australia

14:55 Friends With Benefits

15:25 Ugly Betty

17:10 Best of How I Met Your Mother

18:00 American Idol

21:50 Model Specials

22:45 Parenthood

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cineTeaTros1 The Hunger Games14:15 • 16:45 • 19:15 • 21:45

s2 Wrath of the Titans 3D14:30 • 16:30 • 19:30 • 21:30

Torre De MacauJohn Carter 3D14:30 • 16:45 • 19:15 • 21:30

galaXyTheaTer Dir. cluB 1 (6*, 8**)John Carter in 3D 13:20** • 19:00 • 21:30 • 00:15*

TheaTer 9 (8*)The Hunger Games13:40 • 15:45* • 16:20 • 19:00 • 21:40 • 00:20

TheaTer Dir. cluB 1* (6)A Simple Life13:00 • 15:15 • 16:45* • 17:30 • 19:45 • 22:00

TheaTer 7Beauty and the Beast 3D (dia 31)16:00

TheaTer DirecTors cl 2* (7)Love in the Buff 13:30 • 15:15 • 17:20 • 18:10* • 19:30 • 20:20* • 23:50

TheaTer granD TheaTerWrath of the Titans 3D14:30 • 16:30 • 18:30 • 20:30 • 22:30 • 00:30

TheaTer Dir. cluB 2* (8)Nightfall - 14:10* • 18:25 • 20:30 • 22:35 • 00:40

TheaTer DirecTors cl 1Hugo in 3D - 14:20

TheaTer DirecTors cluB 23d Sex & Zen: Exteme Ecstasy00:05

RELOCATION ANNOUNCEMENT

Effective from 1st April 2012, our clinic will be relocating to the following address:

Rm. 1907, 19/F, AIA Tower, Nºs. 251A-301, Avenida Commercial de Macau (opposite to New Yaohan and Grand Emperor Hotel)

Tel: (853)28373266 Fax: (853)28356483 Website: www.icqoral.com E-mail: [email protected] Facebook: www.facebook.com/icqoral

Consultation by Appointment Office hour: Mon to Sun 10:30 - 19:30

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ANÚNCIO

Anuncia-se, para os devidos efeitos, que conforme deliberação dos sócios de 2 de Janeiro de 2012, foi deliberada a dissolução e extinção pelo encerramento de liquidação, sem qualquer passivo ou activo a partilhar, da sociedade comercial com a firma ORIENTAL RAFFLES MACAU, S.A. (EM LIQUIDAÇÃO), com sede em Macau, na Avenida do Infante D. Henrique, n.ºs 47-53, The Macau Square, 8.º andar "I", registada na Conservatória dos Registos Comercial e de Bens Móveis sob o n.º 28858(SO).

O acto supra mencionado foi devidamente registado na aludida Conservatória pela inscrição a que se refere a apresentação n.º 9/15032012 e os títulos em que se baseou a mesma encontram-se arquivados na respectiva pasta, pelo que a referida sociedade é considerada extinta, para todos os efeitos legais.

Macau, 29 de Março de 2012

Pela Administração,Wee Chorng Kien

pág 20 quinta-feira, 29 de março de 2012 jornal tribuna de macau feCHo deSta edição Jtm - 01:00HoraS

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ute lemper protagoniZa cabaret concerto em macauA cantora e actriz alemã Ute Lemper actuará no Grande Auditório do Centro Cultural de Macau (CCM) a 7 de Junho, protagonizando um cabaret concerto com recreações de canções de Jacques Brel, Édith Piaf, Bertolt Brecht e Kurt Weill, bem como uma passagem pelo tango com a música de Ástor Piazzolla. Entre vários galardões, Ute Lemper, que canta em cinco línguas e compõe os seus próprios temas, já foi distinguida como Artista do Ano pela revista “Billboard” e com o prémio Laurence Oli-vier pelo seu desempenho no musical Chicago. Para além do concerto, o CCM organizará um tertúlia conduzida em cantonense pelo músico Humphrey Cheong tendo como tópicos o estilo vocal e o pro-grama do concerto. Esta sessão de entrada livre de-correrá na sala de conferências do CCM, uma hora antes do espectáculo. Os bilhetes para o espectáculo estarão à venda a partir de domingo nas bilheteiras do CCM e balcões da rede Kong Seng.

cHina importou mais94 por cento de vinHoAs importações chinesas de vinho engarrafado aumentaram 94 por cento em 2011, para um montante recorde de 127 mil milhões de dóla-res, segundo dados difundidos ontem num fo-rum internacional do sector, no Leste da China. A China importa também vinho a granel, mas neste caso, o volume diminuiu 20 por cento em relação ao ano anterior, somando apenas 120 mi-lhões de dólares. “Em dois anos, as vendas de vinho engarrafado importado duplicaram as do vinho a granel, mostrando que a qualidade do mercado está a evoluir”, disse um perito, citado pela agência noticiosa oficial chinesa. As vendas de vinho chinês também tem vindo a subir (18 por cento ao ano desde 2006), factu-rando no ano passado 34,2 mil milhões de yuan, mais 36,3 por cento do que em 2010. Para os vinhos portugueses, a China é igualmente um dos mercados que mais cresce. Não contando com o Porto e Madeira, as exportações de vinhos portugueses para a China cresceram 91,7 por cento em 2011, para 8,23 milhões de euros, fazendo daquele país o quinto maior mercado de Portugal fora da Europa. “As perspectivas são muito boas. Até 2015, a China vai ser um dos maiores consumidores mundiais de vinho”, disse na semana passada à agência Lusa em Pequim a gestora da ViniPortugal para a Ásia e África, Sónia Fernandes.

“melHores amigos das mulHeres”atraem consumidores cHinesesAs importações chinesas de diamantes, de Angola e outros países, excederam os dois mil milhões de dólares em 2011, informou ontem o jornal “China Daily”. “A produção de diamantes em Angola é promissora e o comércio com a China está a subir”, disse o embaixador de Angola na China, João Garcia Bires, citado por aquele jornal. “Há muitas áreas à espera de serem exploradas e Angola está aberta aos investidores chineses que queiram criar empresas mistas”, acrescen-tou o diplomata, sem precisar números. Os diamantes são das principais im-portações chinesas de Angola, a seguir ao petróleo. “O rápido desenvolvimento económico da China nas últimas décadas aumentou os rendimentos e as pessoas começaram a virar-se para os diamantes, sobretudo os de muitos carates, para contornar o aumento da inflacção”, afirmou o secretário-geral da Associação de Gemologia da China, Liu Jianhua. As exportações angolanas para a China au-mentaram 9,1 por cento em 2011, para 24,89 mil milhões de dólares, e, segundo o “China Daily”, aquele país é já o maior parceiro comercial de Angola.

portuguesa cria piano de caiXa de cartÃoCatarina Mota, uma portuguesa a viver em Nova Iorque, está a fascinar os norte-america-nos com o piano que construiu a partir de uma simples caixa de cartão. Na caixa de cartão in-cluem-se as 12 teclas do piano, feitas a partir de fita de cobre e sensíveis ao toque. Esta não é a primeira criação de Catarina Mota. A 31 de Ou-tubro de 2011, no dia de Halloween, apresentou uma abóbora com sensores que, com um toque da mão, se ilumina. Trata-se de dois projectos da OpenMaterials, um grupo dedicado à inves-tigação experimental com materiais construídos, modificados e reparados sem a ajuda de profissionais. Além da construção de novos materiais, o grupo tem como objectivo a parti-lha dos conhecimentos, técnicas e aplicações relacionadas com as ciências dos materiais.

WYnn macau já pagou ao governo500 milHÕes por terreno no cotaiA Wynn Macau entregou, em Dezembro do ano passado, 500 milhões de patacas ao Go-verno da RAEM a título de pagamento ini-cial do prémio de concessão de um terreno no COTAI, revelou a empresa num docu-mento envido à Bolsa de Valores de Hong Kong. Em Setembro de 2011, a Wynn Ma-cau anunciou ter chegado a um acordo com o Executivo da RAEM visando a concessão por 25 anos de um terreno com 20,6 hecta-res, localizado entre a Universidade de Ci-ência e Tecnologia e a Nave Desportiva dos Quartos Jogos da Ásia Oriental. Porém, na altura, a Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes ressalvou que o processo continua em fase de apreciação. O prémio da concessão do lote, segundo clarifica agora a operadora, foi fixado em 1,4 mil milhões de patacas, montante que compreende os 500 milhões já liquidados e oito pagamentos semi-anuais no montante unitário de 130,9 milhões de patacas, incluindo uma taxa de juros de cinco por cento exigida pelo Executivo. O primeiro dos oito pagamentos semestrais deverá ser realizado seis meses após a publicação da concessão do terreno no Boletim Oficial da RAEM. No mesmo comunicado, o Conselho de Administração da Wynn Macau indicou ainda que a empresa registou lucros líquidos de 5,92 mil milhões de dólares de Hong Kong em 2011, o que representa um acréscimo de 33,9 por cento face aos 4,42 mil milhões apurados no ano anterior. Ao longo do ano passado, a operadora beneficiou de um crescimento homólogo de 31 por cento para 27,8 mil milhões de dólares de Hong Kong nas receitas deri-vadas do jogo e de uma subida de 26 por cento para 1,74 mil milhões nas receitas dos restantes sectores, incluindo a hotelaria. Em 2011, a taxa de ocupação hoteleira do conjunto formado pelo Wynn e Encore atingiu 91,8 por cento, superando os 87,8 por cento do ano anterior.

EN PaSSaNT

De acordo com as últimas notícias, no ano passado houve um aumento de 17 por cento de acidentes nas “zebras” de Macau, no ano passado. Em 2010 tinha havido 276, em 2011 houve 323.Embora sabendo que a policia só contabiliza os casos que che-gam ao seu conhecimento, o numero até nem é muito signifi-cativo face às multidões que diariamente passam pelas ruas da cidade.O que se vê, no dia a dia é que ninguém respeita a sinalização das “zebras”. Os peões passam por onde lhes apetece (mesmo na movimentada Almeida Ribeiro) e os condutores não conhe-cem essa regra de trânsito. Há razões que explicam estes factos. A maioria dos peões e condutores é estranha à vida em cidade, e o seu nível de cida-dania é muito reduzido.As autoridades, por seu turno, também têm muito que fazer.A entrada em vigor da nova Lei do Tabaco teve bons resulta-dos porque foi feita uma massiva campanha promocional. Al-guém se lembra quando a população foi “bombardeada” com alguma campanha de divulgação das regras de trânsito?

josé rocha dinis

trânsito

JTM 29-03-2012

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