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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA SANTA ROSA• Outubro de 2012 Ano 3 • Edição 31 Entrevista Nova visão empresarial 3 Oktoberfest Festividade começa dia 10 6 Ecologia Projetos do Pré-Território Fronteira Noroeste 8 Geral Pesquisa com transgênicos aponta riscos para a saúde 11 4 Geral Técnicos visitam Embrapa Pelotas
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Jornal Cruzeiro Outubro de 2012

Mar 11, 2016

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Page 1: Jornal Cruzeiro Outubro de 2012

DISTRIBUIÇÃO GRATUITASANTA ROSA• Outubro de 2012 Ano 3 • Edição 31

EntrevistaNova visão empresarial

3

OktoberfestFestividade começa dia 10

6

EcologiaProjetos do Pré-Território Fronteira Noroeste

8

GeralPesquisa com transgênicos aponta riscos para a saúde

11

4 GeralTécnicos visitam Embrapa Pelotas

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SANTA ROSA • Outubro de 20122 Geral

Em Brasília, 24 horas Carlos Leite de Oliveira (Zé)[email protected], trabalha em Brasília.

Chegamos ao final de mais uma campanha eleitoral em todo o Brasil. Uma oportunidade única para aperfeiçoarmos o nosso gos-to pela política. Uma reverência à democracia, conquistada no país à custa de muito “sangue, suor e lágrimas”. E alegrias, também.

No domingo, dia 7, elegere-mos os nossos vereadores e pre-feito. Momento de depositarmos nas urnas as nossas esperanças, os nossos sonhos e as nossas ex-pectativas.

Quando escolhemos em quem confiar o nosso voto faze-mos um opção pelo projeto, pelo programa, pela ideologia que acreditamos... Será mesmo assim?

O voto tem sido objeto de muitas controvérsias. Existem vários tipos de eleitores e candi-datos a cargos públicos. Mas sem-pre em época de eleição tem um tipo de candidato e de eleitor que sempre aparece e deturpa a de-mocracia. Falamos do candidato e do eleitor corrupto.

É lamentável saber que ainda existem candidatos que fazem de tudo para comprar a consciência do cidadão. Inescrupulosos são os postulantes a cargos eletivos que se usam de recursos financeiros para conseguir voto. As práticas são as mais diversas: pagamento em dinheiro; churrascadas; denta-duras; cesta básica; terno de cami-seta para time de futebol; cerveja etc. Mas o problema é que se existe o corruptor é porque existe ainda quem se deixa corromper. E este é o problema. A (in) digni-dade de quem vende seu voto é repugnante. Quem compra o voto a gente sabe que será um políti-co que irá roubar aos montes do erário público. É aquele político

que se elege e vai desviar recursos para o seu próprio uso. Então, o eleitor que vende o seu voto, além de burro e sem vergonha, depois não terá nem como querer cobrar alguma coisa de qualquer político que seja, afinal, ele também é cor-rupto.

Por isso é preciso estar aten-to nestas eleições. Nesta reta final de campanha, tudo é possível. E o que diferencia um cidadão de verdade dos outros que se deixam corromper, é denunciar e fiscalizar qualquer ação suspeita de compra de votos.

Santa Rosa, por exemplo, mudou muito nos últimos anos. E para melhor. É importante que todos estejam atentos nestes dias finais de campanha, porque voto não se vende, vota-se consciente, acreditando nos projetos, nas ide-ologias, no passado e no presente dos candidatos.

Opte pelo melhor projeto, por quem faz mais, por quem pratica a política com seriedade, dedicação, paixão e emoção. Não escolha aqueles que você descon-fia que sejam corruptos. Vote com consciência de um cidadão que deseja o melhor daqui pra frente ao seu município.

A democracia foi um bem conquistado às duras penas. A di-tadura militar não queria que vo-tássemos, mas nós conseguimos vencer a batalha. Por isso, valorize conscientemente o seu voto no dia 7 de outubro.

Boas escolhas!-----------------------

“Quem compra o voto a gente sabe que será um político que irá roubar aos montes do erário público”.

Viva a democracia!

Alexandre Luis Thiele dos SantosAdvogado. Especialista em Direito Civil Lato SensuOAB/RS [email protected] 

PLANOS DE SÁUDE: Dos Danos Morais Provenientes da Negativa

de Cobertura de Procedimentos Médicos

Não raro é ouvir de segurados de diferentes planos de saúde a famige-rada expressão que “a gente paga e no momento em que mais precisa, negam a cobertura”. Nos dias atuais, parece a negativa de cobertura ser procedi-mento-padrão adotado pelos mais diversos planos de saúde. Muitos deles, indeferindo o custeio mesmo com cobertura prevista no contrato e, em certas tratativas, visando com que o segurado assine um termo para ressarcimento futuro das despesas ao próprio plano. Em casos em que o segurado é exposto a sofrimento exa-cerbado, risco de sequelas e/ou risco de vida pelo atraso de atendimento em razão de negativas de coberturas, passível é a indenização por danos morais, por consubstanciarem-se tais fatos em pressuposto gerador de responsabilidade civil.

A responsabilidade civil, nestes casos, tem sido reconhecida por di-versas turmas, em vários tribunais do país. Em muitos casos, o segura-do tem seu quadro de saúde bastan-te debilitado no intervalo de tempo em que, após muita insistência de familiares ou de quem pelo segurado está procedendo, seja concedida a co-bertura pelo plano de saúde. Muitas vezes, o tempo levado nesta “queda de braço” pode conduzir o quadro clí-nico do segurado ao estabelecimento de sequelas ou à morte (quando os procedimentos médicos necessários chegam tarde demais).

Inegável que nestas condições, o sofrimento experimentado pelo se-gurado vá muito além do tolerável e, por muitos julgadores, dependendo do caso concreto, entendido como insuportável. De fato, o abalo psico-lógico e o medo de perder a vida ou de ficar sequelado (em casos mais ex-tremos) desgarram as raias do mero incômodo do cotidiano.

E a indenização, em muitos casos, não se restringe tão somente ao se-gurado, mas pode, inclusive, esten-der ao familiar intimamente ligado àquele, dado o injusto sofrimento de vivenciar o agravamento da doença ou a possível sequela ou perda do fi-lho, filha, marido, esposa, etc.

No ato de impor à pessoa o injus-to sofrimento, não tolerável, é que se configura o ilícito previsto pelo

art. 186 do Código Civil, que expõe: �aquele que, por ação ou omissão, voluntária, negligência ou imperí-cia, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito�. Com-plementado pela regra do art. 927 do mesmo código, “(naquele que) por ato ilícito (arts. 186 e 187), cau-sar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo�.

Lembrando que o respaldo legal maior sempre advém da Constitui-ção Federal, segundo a qual o acesso à saúde e a dignidade da pessoa hu-mana devem ser garantidos a qual-quer custo. Ou seja, o plano de saú-de não pode deixar de encaminhar o segurado em risco (ou pô-lo em ris-co) por discussões contratuais pré-vias. O intento maior deve ser o de salvá-lo ou de prestar o atendimento adequado/necessário (Lei Federal nº 9.656/1998). Não cabe a restrição de coberturas em atendimentos de risco iminente e que tenha o médico responsável atestado a necessidade de procedimentos hábeis a salvar o segurado.

Com valores sempre arbitrados pelo magistrado julgador da causa (variáveis de acordo com cada caso), a indenização de danos morais não afasta o ressarcimento dos prejuízos materiais comprovados, estes muitas vezes despendidos pelo fato de obri-gar-se a família a buscar alheiamente recursos que não possui para custear os procedimentos de urgência.

Experimentando o segurado situ-ação semelhante, imprescindível é a análise do contrato de plano de saú-de a fim de certificar as respectivas coberturas e se abusos estão sendo cometidos. Possuindo o segurado contrato com cobertura para proce-dimento ao qual deverá se submeter, deve o plano de saúde fazê-lo, caso contrário, perfaz-se inadimplemento contratual, com quebra dos deveres anexos de boa-fé, lealdade, informa-ção, entre outros. Isto sem prejuízo dos danos morais provenientes do sofrimento experimentado por conta da negativa de cobertura contratual. E o valor do dano moral será fixado de acordo com a extensão dos danos causados ao ofendido.

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SANTA ROSA • Outubro de 2012 3Entrevista

O reconhecimento da Schuster após meio século de trabalho

Poltrona Mali no programa Mais Você

A inovação da ges-tão é um dos pontos cruciais e motivadores do sucesso de muitas empresas. Novas reali-dades exigem e possi-bilitam novos recursos gerenciais e empre-sariais. Em um mun-do progressivamente inovador, as empre-sas terão que ser tão e s t r a t e g i c a m e n t e adaptáveis como ope-racionalmente efi-cientes. As mudanças acontecem o tempo todo, cada sociedade está sendo desafiada a mudar num ritmo sem precedentes. A inovação precisa estar no DNA das empresa, o conhecimento está se transformando em commodity e as vanta-gens acabam desapa-recendo muito rápido. Daí a necessidade de gerar a diferenciação.

Neste ponto a Schus-ter inova com sucesso, trabalhando em parce-ria com designers es-tabelecidos nos mais diversos locais como Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro.

Conheça um pouco da história desta em-presa.

Na década de 50 a fa-mília Schuster iniciou uma trajetória boni-ta, não fácil, em Santo Cristo. Naquela época eles nem faziam ideia da dimensão que a fábrica e a marca al-cançariam, mas des-de sempre lutaram por um ideal. Visio-naram um processo bem contemporâneo para a época, o De-sign do móvel deveria ser algo sagrado. Sua criação deveria partir de profissionais da área, os designers, e estes assinarem de

fato o projeto. Assim consolidaram-se as parcerias com concei-tuados escritórios de Design pelo Brasil.

A premissa foi a par-ceria com um lojista de Porto Alegre no ano de 1998. Hou-ve, na verdade, uma espécie de fusão de marcas. Situada na capital, a loja tinha a função de expandir mercados, reforçar a marca e selecionar designers. A Schus-ter, estabelecida no interior, onde a mão de obra fabril é mais forte e comprometi-da, pensava e colo-cava em prática com perfeição as ideias e os sonhos idealiza-dos. Findada a parce-ria, alguns designers permaneceram e até que se encontrasse novas estratégias, a empresa atravessou certa crise.

Faz cerca de cinco anos que a Schuster estruturou-se nova-mente. Novos ho-rizontes foram vis-lumbrados e novas parcerias estabeleci-das. Através de uma diretora de arte, com sede em São Pau-lo, novos designers são constantemente contratados. Hoje a empresa conta com uma equipe de apro-ximadamente 30 es-túdios, e, por critério, predominantemente brasileiros, alguns ca-riocas, outros curiti-banos, gaúchos, entre outros. Atualmente a Schuster também é representada por ótimos profissionais, que levam sua filoso-fia a todos os cantos do país. Estes selecio-nam lojas com o perfil da empresa, todos fo-

cados no consumidor da classe A.

Essas parcerias tem sido indispensáveis, e produtos altamen-te inovadores, bem--humorados e moder-nos têm sido criados. O bom design aliado ao perfeccionismo fabril são os ingre-dientes principais da receita bem-sucedida

da Schuster. Nos úl-timos três anos o re-conhecimento desse trabalho tem apare-cido e rendido bons

frutos. Dentre outros prêmios importantes da categoria como o Idea Brasil, Salão Design Casa Brasil e Top Design Brasil, em 2011 a Poltrona Fago, do Em2 Design, foi premiada com o “IF Design Award”, prê-mio internacional tão importante para o Design quanto o Os-

car é para o cinema.Nesse sentido, o

bonito trabalho da Schuster têm apareci-do, inclusive em pro-

gramas televisivos. Recentemente, a tam-bém premiada poltro-na Pantosh, leia-se Lattoog, estreou em dose tripla junto com Fátima Bernardes em seu novo programa na Rede Globo. Mas essa poltrona já é es-trela, em maio estava estampada em um importante Jornal de Londres, onde ci-taram nobremente a Schuster. Outra apa-rição da Pantosh, jun-tamente com a Lumi-nária Lumiére (Amé-lia Tarozzo) foi no último filme lançado da saga Crepúsculo � Amanhecer, onde fez parte da decoração do quarto em que os pro-tagonistas passam a lua de mel.

Outros programas como o Mais Você exibem produtos da marca, dentre eles a Poltrona Malli, e em horário nobre, na no-vela das oito - Aveni-da Brasil. A Estante Arquiteta, assinada por Eduardo Baroni, é destaque da am-bientação da Sauna da personagem prin-cipal da novela, Car-minha, interpretada

por Adriana Esteves. O apreço ao design

brasileiro é o diferen-cial da Schuster, que acredita que produ-zir móveis e objetos com identidade pró-pria faz parte da res-ponsabilidade social da marca para com o Brasil. As coleções são desenvolvidas a partir de pesquisas de comportamento e do que o consumidor prioriza. Olhar e va-lorizar o que o Bra-sil tem, com atenção também aos movi-mentos de tendências mundiais.

Após tudo isso, ficou parecendo um proces-so fácil, mas, garante o diretor da empresa Wilson Schuster que, “estar posicionado no mercado como estamos hoje foi e continuará sendo um trabalho realmente árduo, onde lutamos pelo Design e idea-lizamos dia-dia um mercado valorizando ideias originais e des-cartando as cópias”. Diante deste cenário é preciso concordar que a Schuster está fazendo história no Design Brasileiro.

Poltrona Pantosh, cenário do filme Amanhecer, da saga Crepúsculo

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SANTA ROSA • Outubro de 20124 Geral/Saúde

Agenda da SaúdeFígado Gordo?

Você já ouviu falar sobre isso?Victoria Nardes Trofologa CRT: 44565

Fígado gordo ou Esteatose Hepática conhecida como acúmulo de gordura no fígado, já está inserida entre as doenças do século 21. Em aproximadamente 5% a 7% da população mundial.

O acúmulo anormal de gordura no fígado na maioria das vezes não produzirá nenhuma lesão hepática, porém o fígado sofre lesões pela gordura produzindo níveis elevados nos exames de sangue que testam à função hepática.

Essa condição é chamada de Esteatohepatite não alcoólica. O termo não alcoólica significa que as alterações hepáticas não são produzidas por uso excessivo de bebidas alcoólicas e que a hepatite não tem causa viral. É uma doença inflamatória crônica no fígado com acúmulo de gordura no fígado, células inflamatórias que caracterizam a hepatite fibrose e destruição das células hepáticas.

É potencialmente fatal uma vez que pode evoluir para cirrose e mesmo para câncer do fígado e está cada dia mais se tornando causa mortis ano após ano com grande aumento de sua proporção mundial.

Sabe-se ainda que o problema do fígado gordo está diretamente relacionado à obesidade que a muito tempo já se tornou uma epidemia de dimensão mundial.

Avalia-se ainda que dentro em breve vai superar a principal enfermidade causadora de inflamações no fígado que é a hepatite C.

As causa, quais são?Na maioria das vezes o problema é diagnosticado em pessoas obesas e

diabéticas e em mulheres com uma doença conhecida como Síndrome do ovário polícistico e também em pessoas que usam drogas em tratamento do câncer e em cirurgias de redução de estômago.

Fatores genéticos também podem ser responsáveis por esse acúmulo de gordura. Os sintomas começam a aparecer como fraquezas, fadigas, mal-estar e dor no abdome.

Clinicamente os pacientes apresentam aumento no tamanho do fígado. As pessoas acometidas geralmente são adultos acima de 35 anos e obesos mórbidos, mas pode também acometer crianças acima do peso ou diabéticas.

Entre os tratamentos clínicos para os casos de fígado gordo ou esteatose hepática a trofologia também faz suas recomendações nutricionais: Água morna pela manhã, sucos naturais de folhas verdes como couve, agrião, espinafre e repolho roxo, agregada a frutas como laranja, abacaxi, melão, moranguinhos e melancia.

Alimentação equilibrada com fibras e grãos e preferencialmente uma desintoxicação orgânica de 30 em 30 dias.

Recado: “A saúde é um precioso atributo de origem celestial que exala como uma fragrância para quem lhe dá o valor devido”.

“TROFOLOGIA- Preservando a saúde em harmonia com a natureza!”

Técnicos do Pré-território fronteira Noroeste e Missões na

Embrapa Pelotas.

Nos dias 11-12 e 13 de setembro os técnicos das prefeituras , emater, sin-dicatos, associações, coo-perativas, das universida-des regionais, das escolas técnicas, que fazem parte do pré-Território Frontei-ra Noroeste e Missões visitaram e receberam treinamento na Embrapa Clima Temperado de Pelo-tas –RS, nas áreas de fru-ticultura e produção orgâ-nica de alimentos, visando qualificar a atuação destes técnicos nestas duas re-giões. Além dos cursos mi-nistrados ocorreram vi-sitas as áreas de pesquisa como a Sede da Embrapa Clima Temperado, nas

áreas de frutas de caroço, peras, caquí, a Estação Ex-perimental Cascata, nas áreas dos quintais orgâni-cos, morango e hortaliças de produção orgânica e desenvolvimento da fossa séptica biodigestora para o meio rural e ao Viveiro Frutplan credenciado pela Embrapa, onde os técni-cos adquiriram mudas de frutíferas de alta qualida-de e principalmente com alta confiabilidade.

Este etapa foi voltada aos técnicos, e serão várias outras, algumas voltados aos que já estão na ativida-de bem como aos futuros fruticultores e produtores orgânicos destas regiões.

A definição dessas ativi-dades e a decisão de como usar os recursos recebi-dos pelo pré-território , via MDA, foram definidas pelo colegiado em reunião realizada em Santa Rosa e Três de Maio, recente-mente, onde participou também a Analista da Em-brapa Andréia Noronha. Também ficou acertada a implantação de vitrines demonstrativas, com o objetivo de repassar co-nhecimento aos técnicos e fruticultores, pesquisa e observação, uma no Se-trem em Três de Maio, uma em Porto Vera Cruz e outra na região das mis-sões a ser definida, além disto unidades de ob-servação nas proprieda-des de alguns agriculto-res interessados a cargo das prefeituras, emater, sindicatos, para que haja validação de cultivares e técnicas acertadas para as características locais. Este é o pontapé inicial para o desenvolvimento de fru-ticultura e produção orgâ-nica em nossa região.

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SANTA ROSA • Outubro de 2012 5Geral

O grande benefício do perdão: a Auto Libertação. Querido leitor. Ob-servando a nós mesmos e ao mundo ao nosso re-dor, é possível detectar-mos e classificar, de uma forma bem ampla, dois mundos distintos fazen-do parte de nós. Um é o mundo físico, a nossa ex-periência com tudo que se relaciona com a maté-ria. O outro mundo, mais sutil e difícil de ser obser-vado, é o mundo dos pen-samentos. E é neste uni-verso dos pensamentos que se encontra a chave para tudo o que vemos e experienciamos, inclusi-ve no mundo físico. A física quântica é uma ciência que já com-prova que tudo o que pa-rece ser matéria é pensa-mento projetado, em sua origem. São descobertas fascinantes; entretanto, não é minha intenção aprofundar-me nesta questão, apenas quero sa-lientar o quanto o nosso pensamento é quem defi-ne todas as experiências que temos, inclusive as do mundo físico. Portan-to, vale a pena reservar alguns momentos para a análise de dois grupos de pensamentos distintos e opostos, e verificar o que cada um pode nos trazer. O primeiro pensamento ao qual quero analisar é a mágoa. A mágoa parece ser o resultado natural que surge quando algo de que não gostamos nos é feito. E assim, parece ser justo e natural sentirmos reservas repletas de má-goas contra a pessoa ou situação que nos contra-riou. No entanto, veja-mos mais a fundo o que a mágoa trás junto con-

sigo, para que possamos decidir se ainda deseja-remos dar guarida a ela. O que a mágoa esconde, por detrás de uma bela moldura de justiça, é que ela tem o poder de nos aprisionar, nos obrigan-do a viver dentro de uma forma de pensamento que trai nossa verdadeira vontade, que é ser feliz. A mágoa é como uma do-ença que vai corroendo nosso pensamento, nos atolando cada vez mais em rancores. Ela permite que sintamos os resulta-dos destrutivos da sua utilização, porém boicota o fato de que, ao sermos servos dela, nós mesmos é que estamos nos des-truindo. Faz-se necessário um lampejo na consciência de que tudo o que vemos lá fora é fruto do que pe-dimos inconscientemen-te, para, então, já não

acreditarmos que somos vítimas de algo externo. E se não somos vítimas, a mágoa já não se justifi-ca, pois ela é o resultado da nossa concordância inconsciente em sermos atacados. O pensamento li-bertador, a chave para esvaziar a mágoa e nos colocar na posição de se-nhores do que nos acon-tece, é o segundo tipo de pensamento que quero analisar: o perdão. O ver-dadeiro perdão não olha para o que nos acontece para julgar, e sim para observar o que estamos recebendo, e desta forma podermos escolher se é realmente isso o que de-sejamos colher. O pensamento perdo-ativo não é aquele que olha para o que o mun-do fez e se diz vítima, e sim, aquele que olha para o que o mundo fez e de-

pois escolhe uma forma diferente de olhar para a mesma situação. Já não escolhe ser vítima, e sim, escolhe que não quer mais o tipo de pen-samento que permitiu ver-se como vítima esta situação, pois não gos-ta dos efeitos que este pensamento trás con-sigo. E por isso escolhe por uma nova forma de ver a mesma situação,

agora retirando cons-cientemente o pedido de ser vítima, só acei-tando os testemunhos de amor e união. Desta forma escolhe pela paz, e a paz é o maior tesou-ro que existe. O verdadeiro perdão sempre se justifica, pois coloca em perspectiva certa um mundo que está de cabeça para bai-xo. O perdão verdadeiro

está em alinhamento com a nossa essência divina, e por isso tem o poder de trazer a ex-periência da paz do céu aqui na terra. E isto não é motivação suficiente para largarmos as má-goas e perdoar, sempre? Felizes os que decidem que sim! Que assim seja, estimado leitor. Abraço fraterno, Aprendiz Feliz.

FELIZ DIAS DAS CRIANÇAS

Arceli Wolanin

Todos os dias é dia das crianças, mas dia 12 de outubro é um dia especial, onde nós de-vemos participar com elas e se tornar uma delas.

Todos temos a res-ponsabilidade e com-promissos de reveren-ciar as crianças que estão chegando ou que já estão neste mun-do, são seres especiais com essência pura com uma inocência divina, transparência e humil-dade. Alerta aos pais, avós, dindos, enfim to-dos, que têm crianças na família, que deve-mos olhar o todo para compreender cada criança e aprender com elas, pois estão chegando em grande

número para nos en-sinar, e devemos ser grato por ter esses  se-res em nossos lar. Aos pais, DEUS confiou, para que essas  crian-ças recebam amor e permanecem íntegras e no bom caráter, os pais se compromete-

ram em educar, amar e respeitar.

Vamos nós adultos acionar dentro dos nossos corações essa essência de uma crian-ça, para sermos felizes e permanecer na paz, pois onde existe amor, tudo se transforma.

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SANTA ROSA • Outubro de 20126 Especial

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SANTA ROSA • Outubro de 2012 7Especial

Um belo aniversárioNo dia 22 de setembro, às 20hrs, reuniram-se no restaurante Ba-

laio amigos e familiares de uma querida senhora cruzeirense, Nor-mélia Melgarejo do Amaral, que nos longos anos de sua vida con-quistou amizades, respeito e simpatia das centenas de alunos aos quais dedicou-se.

A noite era alegria pura e comemoração de etapas vencidas, sem importar a nostalgia de tantas coisas vividas e de pessoas queridas que já não estão mais presentes para esta comemoração de seus 90 anos de vida.

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SANTA ROSA • Outubro de 20128 Ecologia

Ademir Amaral é assessor do Pré-Ter-ritório Fronteira Oeste. Uma de suas funções é organizar os encontros do pré--território e fazer os estudos de viabilida-de dos projetos a se-rem implantados na região.

A constituição de um pré-território possibilita que os municípios busquem recursos de maior volume no Ministé-rio do Desenvolvi-mento Agrário e em outros ministérios, com a apresentação de projetos constru-ídos coletivamente.

Em conversa com Pedro Fabrício, técnico agrícola, Ademir relata as atividades do pré--território Frontei-ra Oeste e seus pro-jetos.

Pedro Fabrício - O que é pré-território e quais seus objetivos?

Ademir - Os pré-ter-ritórios, quando foram lançados pelo governo federal em 2003, fo-ram se constituindo numa região geográfi-ca por afinidade e tive-ram como referência as regiões mais pobres do Estado. Nós estamos em nível de pré-terri-tório e possivelmente neste ano de 2012 pas-saremos a ser um ter-ritório com identidade rural definida.

Como a realidade ru-ral da região fronteira noroeste em geral é bastante parecida, nos-so Pré-Território coin-cidiu com a área dos municípios do Corede

Fronteira Noroeste. A função é basicamente articular políticas de desenvolvimento local a fim de que o meio rural possa evoluir economicamente e ter gestão social e projetos que compõe uma de-manda local.

Cada território vai constituindo um pla-no que se denomina plano territorial de movimento susten-tável, sendo que para 2013 serão 18 planos territoriais no estado que vão ser base para o desenvolvimento do estado como um todo, cada região dando o seu enfoque local.

Pedro Fabrício - Quantos são os muni-cípios que fazem parte do pré-território?

Ademir - são 29 municípios que fazem parte do pré-territó-rio, sendo que cada um tem suas demandas e também afinidades conforme as micro--regiões em que são trabalhados projetos em conjunto, como fruticultura, leite e agroindústrias, sendo que os projetos envol-vem a pesquisa, as es-colas agrotécnicas e as universidades federais. Como estamos pró-ximos das Missões e Região Celeiro, muitas pautas são tratadas em conjunto, por exemplo a cadeia leite onde se procura fortalecê-las, pois existem muitas cooperativas de agri-cultores familiares que são viabilizados por esta atividade.

Pedro Fabrício -

Quais são os projetos que estão em anda-mento, quais os muni-cípios e qual o montan-te aplicado até aqui?

Ademir - Na área do leite vieram primeira-mente R$ 220.000,00 para os Municípios de Alegria e São José do Inhacorá para se-rem empregados com agricultores de bai-xa renda com aquisi-ção de resfriadores de leite coletivos. Pos-teriormente vieram recursos para agroin-dústrias de laticínios para os municípios de Tuparendi e Tucunduva, em um montante em torno de R$ 250.000,00. Para o frigorífico de Santo Cristo foi des-tinado em torno de R$ 270.000,00, mais as contrapartidas das prefeituras, sendo en-tão até o momento estes os recursos rece-bidos.

É importante dizer

que se as prefeituras e as organizações apre-sentarem projetos viáveis, sustentáveis durante o tempo, o pré-território não tem dificuldades em aten-dê-los quando se fala em recursos. A grande dificuldade é que as entidades apresentem bons projetos.

Este ano estamos projetando um grande estudo de viabilida-de da fruticultura na nossa região em con-junto com a Embrapa Clima Temperado de Pelotas. Já em 2012 e até metade de 2013 vai acontecer este estudo de viabilidade e a for-mação de 40 técnicos e agricultores da região em fruticultura.

Num segundo mo-mento vamos pen-sar estratégias para o plantio de frutíferas e agroindústrias para processamento das frutas.

Com o dinheiro re-

passado ao território conseguimos atender algumas demandas pontuais como por exemplo a aquisição de um caminhão para a Unicooper, uma agroindústria para produção de schimier e polpa de frutas para Porto Vera Cruz, algu-mas demandas para Dr. Maurício Cardoso, com o apoio de Minis-tério de Desenvolvi-mento Agrário.

O frigorífico de Santo Cristo, por exemplo, é uma demanda micro regional e pode resol-ver muitos problemas de integração de su-ínos para agricultor familiar que está fora do sistema integrado. O frigorífico terá uma capacidade instalada de abate de 40 suínos/dia, sendo de grande importância para a re-gião e iniciará as ativi-dades entre final deste ano e o início do próxi-mo.

A assessoria do pré--território tem a fun-ção de dar suporte quando um município toma a iniciativa de um debate regional em uma atividade, como no caso de San-ta Rosa que provocou um debate regional de comercialização com o grupo WalMart. Esta comercialização agre-gará renda aos agricul-tores.

Pedro Fabrício – Qual o impacto eco-nômico que o Projeto de Fruticultura poderá proporcionar às pe-quenas propriedades familiares?

Ademir - A agricul-

Pré-Território Fronteira Noroeste, projetos e perspectivas para a região.

tura familiar em geral tem pouca área para trabalhar com grãos, sendo que esta ativida-de exige grandes pro-duções para tornar-se viável.

A fruticultura, em conjunto com gado de leite e a horticultura, são as atividades que tornarão viáveis as pro-priedades da nossa re-gião, pelo tamanho das áreas e pela vocação dos agricultores que já cultivam seus pomares e que têm possibilida-de de comercializar. Grandes partes das frutas comercializadas aqui vêm da serra, da região de Constantina ou mesmo de Santa Catarina.

A maioria dos agri-cultores já tem sua pe-quena área de pomares com cerca de 0,5 a 1,0 hectares, e já são viá-veis.

Há falta de técnicos bem qualificados para trabalhar em fruticul-tura, pois a maioria trabalha bem grãos e leite. Faz-se necessário termos técnicos com boa formação para que haja possibilidades de sucesso nesta área. A estratégia do pré- ter-ritório é começar com a formação dos técni-cos para, num segun-do momento, fazer a formação de base com os agricultores que tenham interesse em produzir para que eles tenham mais certeza de sucesso na produ-ção.

Na comercialização, se nós tivermos pro-dução, os próprios ca-minhões que trazem as frutas da Serra se

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SANTA ROSA • Outubro de 2012 Ecologia 9encarregariam de le-var a nossa fruta para outras regiões, e está se acenando boa opor-tunidade para um co-mércio local.

Estamos em trata-tivas com a Embrapa Pelotas para trabalhar em fruticultura em sistema inovadores como sistemas agro-florestais, que exigem menos mão de obra e são ecologicamente eficientes.

Vamos traçar estra-tégias não apenas para sair da produção de soja e sim para produ-zir frutas ecológicas, com mais qualidade,

diferenciadas, frutas produzidas com valor agregado em base eco-lógica, com produção orgânica, com certifi-cação.

Temos estudos que nos dizem que esta-mos em uma região diferenciada onde o que está consolidado para a serra ou outras regiões não serve para nós, o que se propõe para Pelotas não se aplica aqui, pois nos-sas plantas crescem mais na primavera e verão. Estas diferen-ças precisam ser per-feitamente estudas para acertarmos nos-

sa produção. Pedro Fabrício - A

fruta produzida na região fronteira Noro-este tem qualidade se compararmos com ou-tras regiões para con-sumo in natura, que agrega mais valor?

Ademir - Sim, tem qualidade e são dois os aspectos que dife-renciam nossas frutas de outras regiões: a

produção antecipada em torno de 30 dias, e o fator solar e de solos mais propícios do que outras regiões como a serra, por exemplo, que chegou a ficar fora do zoneamen-to para citros. Nossa região é uma das me-lhores áreas zoneadas pela climatologia para a produção de citros e como temos melhor

condição de solo, nos-sa fruta é mais ama-rela, mais doce e mais atrativa do que as pro-duzidas em outras re-giões.

Se falarmos de pro-dução de uva, entra-mos no mercado de 20 a 30 dias antes do pico de produção de outras regiões.

O que ainda preci-samos são pequenas agroindústrias que fa-zem o polimento das frutas, que produzam as caixas para encai-xotar a produção, que organizem a distribui-ção. Estas demandas, posteriormente, serão pauta no pré-territó-rio para organizar-se um sistema funcional.

Já temos uma pe-quena estrutura como caminhão, câmara fria pois as entidades têm trabalhado nisto. Te-mos possibilidades de fornecer frutas para a merenda escolar, para o PAA – Programa de Aquisição de Alimen-tos do governo federal - sendo mais um seg-mento para comercia-lização e viabilidade deste setor.

A tendência do con-sumidor é de começar a exigir que na prate-leira do supermercado tenha frutas de quali-dade e produzidas na região.

O segmento do vi-nho e suco já está bem organizado em nossa região. Usa alta tecno-logia, os agricultores dominam o processo, têm tradição e trocam experiências.

Tem ainda a produ-ção de frutas tropicais na beira do rio Uru-guai com um bom vo-lume de produção e de qualidade.

Temos um campo muito propício para trabalhar e desenvol-ver a fruticultura da região.

Semana para refletir sobre a Água

Bacia Hidrográfica dos rios Turvo, Santa Rosa e Santo Cristo realiza na região o IX Encontro

pelas Águas

A semana de 29 de setem-bro a 06 de outubro está reserva-da para um debate sobre a Água. Eventos regionais, estaduais e interamericanos refletem sobre esta temática, e apontam soluções de preservação e recuperação da água.

Os eventos são IX Encon-tro pelas Águas, que acontece na região Noroeste do Estado, área de abrangência do Comitê de Bacia Hidrográfica dos rios Turvo, Santa Rosa e Santo Cristo; a XII Semana Estadual da Água, que ocorre em todo o Rio Grande do Sul, e a XIX Semana Interamericana da Água, que ocorre em países de toda a América.

A temática da Semana da Água 2012 também trabalhada na bacia hidrográfica– “Para onde vai a água que usamos?” – dá sequên-cia ao questionamento realizado pela temática do ano passado – “De onde vem a água que usamos?”.

O objetivo é sensibilizar a sociedade e deixar claro que a água que se utiliza retorna para o ambiente, gerando, muitas vezes, impactos negativos. E demonstrar que – além da implantação das po-líticas públicas que tratam da ges-tão de recursos hídricos – é funda-mental que cada cidadão incorpore ao seu cotidiano o dever de reduzir esses impactos. As ações visam a instigar a reflexão sobre os impac-tos, orientando a população a bus-car caminhos para minimizá-los.

A campanha deste ano tem

seu foco nos principais usos da água, definidos pelo Enquadra-mento das Águas e Plano Estadual de Recursos Hídricos: uso domés-tico, uso na criação de animais, uso na irrigação, geração de energia e uso industrial. O uso doméstico foi destacado como tema porque, em-bora não produza o maior volume de retorno, é o que tem o maior nú-mero de usuários.

É fundamental que, além da implantação das políticas públicas sobre a gestão de recursos hídricos, cada cidadão faça a sua parte, ajudando a assegurar que os recursos hídricos tenham qualidade adequada e quantidade suficiente ao longo do tempo.

Na Bacia Hidrográfica dos rios Turvo, Santa Rosa e Santo Cristo, neste período, é realizado o IX Encontro pelas Águas. As ati-vidades na bacia hidrográfica ini-ciam no dia 1º de outubro com a Mostra de Recursos Hídricos que fica aberta a visitação até o dia 08 de outubro, no Centro Cívico de Santa Rosa. No dia 04 de outu-bro teremos o IX Encontro pelas Águas ponto do rio Buricá, a se realizar junto a Usina Buricá I da Certhil na cidade de Inhacorá. Dia 16 de outubro acontece um dia de campo sobre o uso da água na agri-cultura em Porto Vera Cruz. E, em Três Passos, acontecem as ativi-dades de encerramento do IX En-contro pelas Águas, no dia 23 de outubro, no Santuário dos Beatos Mártires - Padre Gonzales.

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SANTA ROSA • Outubro de 201210 Geral

Identificação automática de veículos começa em janeiro

Seis anos depois da criação do Sistema Na-cional de Identificação Automática de Veícu-los (Siniav), por uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), a iniciativa deve entrar em funcio-namento em janeiro do próximo ano. A data é prevista pelo Depar-tamento Nacional de Trânsito (Denatran) para que se comece a instalar, em toda a fro-ta rodoviária do país, os dispositivos eletrô-nicos que armazenarão dados dos veículos. O objetivo é facilitar o controle e a fiscalização do tráfego no territó-rio brasileiro por meio de monitoramento em tempo real. A implan-tação do sistema deve ser concluída até 30 de junho de 2014. Segun-do o coordenador de Microinformática do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inova-ção, Henrique Miguel,

o mecanismo funciona a partir de um sistema de radiofrequência, que prevê a emissão de si-nais por antenas espa-lhadas pelas cidades e rodovias. A frequência é captada por um pe-queno chip que integra a placa eletrônica a ser instalada no parabrisa dos veículos de pas-seio e em outros locais específicos, no caso de motocicletas e carretas. “É uma espécie de tag eletrônico, que vai per-

mitir o controle do trá-fego em tempo real. Ao ser acionado, o chip en-viará dados do veículo às antenas que, por sua vez, enviarão as infor-mações para as centrais de processamento, que verificarão a situação do veículo analisado. A tecnologia desenvolvi-da é bastante complexa e representa uma solu-ção segura e barata, que pode ser reproduzida”, disse. Com informa-ções da Agência Brasil.

Votação de domingo usará meio milhão de urnas eletrônicas

A Justiça Eleitoral dis-ponibilizou para as elei-ções locais do próximo domingo (7) o contingen-te de 501.923 de urnas eletrônicas para os 5.568 municípios do país, cujos eleitores vão escolher prefeito, vice-prefeito e vereadores. A distribui-ção das máquinas para os locais de votação é de

responsabilidade dos tri-bunais regionais eleito-rais (TREs).

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cerca de 140 milhões de pessoas deverão ir às urnas no próximo do-mingo. Apenas no Dis-trito Federal - que elege governador e deputados,

como os estados - e em Fernando de Noronha (PE) - distrito estadual de Pernambuco, sem au-tonomia administrativa - não haverá eleição. Além disso, os brasileiros que vivem no exterior tam-bém não participarão do pleito, porque votam apenas para escolher o presidente da República.

ENEM - Cartões de confirmação de inscrição começam a ser distribuí-

dos a partir do dia 10Os cartões de confirma-

ção de inscrição no Exa-me Nacional do Ensino Médio (Enem) começam a ser entregues a partir da próxima quarta-feira (10). O documento contém o número de inscrição, data, hora e local das provas e a opção de língua estrangei-ra. A previsão é que, até o dia 25 de outubro, todos os inscritos recebam os seus

cartões pelos Correios.Em 2012, o Enem conta-

rá com o número recorde de 6,5 milhões de inscri-tos. As provas serão feitas nos dias 3 e 4 de novembro e serão aplicadas em todas as unidades da Federação. Os candidatos farão qua-tro provas objetivas, cada uma com 45 questões de múltipla escolha e uma re-dação. Elas começarão às

13h.As provas de ciências hu-

manas e suas tecnologias e de ciências da natureza e suas tecnologias ocorre-rão no dia 3 de novembro, com término às 17h30. No dia 4 serão feitas as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias, redação e matemática e suas tecno-logias, que terminarão às 18h30.

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SANTA ROSA • Outubro de 2012 11Geral

Concurso

AVISO DE SELEÇÃO DE OFICIAIS E SARGENTOS DO SERVIÇO TÉCNICO TEMPORÁRIO/2013

A 3ª Região Militar (3ª RM) divul-ga a abertura das inscrições para a realização do processo seletivo para a convocação de profissionais de ní-vel superior e médio para o exercício de atividades técnicas especializadas no âmbito do Exército Brasileiro. De acordo com a formação do profissio-nal, os mesmos serão incorporados na situação de Aspirante-a-Oficial (nível superior, para o candidato ao Estágio de Serviço Técnico – EST) ou Terceiro--Sargento (nível médio, para o can-didato ao Estágio Básico de Sargento Temporário – EBST).

Existem vagas em diferentes cidades do Estado em diversas áreas e habili-tações. Em Santa Rosa há vagas nas áreas de Técnico em Manutenção Au-tomotiva e Técnico em Alimentos.

Seção de Comunicação Social e Rela-ções Públicas

Chefe: 1º Ten Leonir Roque ZorzoAssessores: 2º Sgt Orsni, 3º Sgt Ka-

mchen e Cb Engelmann INSCRIÇÕES: No site da 3ª RM (www.3rm.eb.mil.

br). As inscrições encerrar-se-ão em 07 Out 12, às 24horas.

Pesquisa comprova mortes entre ratos alimentados com transgênicos

A pesquisadora russa Irina Ermakova publicou os resultados de uma ex-periência com produtos geneticamente modifi-cados no jornal inglês The Independent. Ela alimentou por duas se-manas um grupo de ra-tas com farinha de soja transgênica resistente a um herbicida. Os ani-mais foram monitorados antes, durante e após a gestação. Paralelamen-te, a cientista alimentou outros dois grupos de ra-tas: um deles comeu soja não-transgênica e o ou-tro não recebeu soja de nenhum tipo. A pesqui-sa concluiu que 55,6% dos filhotes do grupo alimentado com soja modificada morreram nas primeiras três sema-nas de vida. Nos outros grupos foram menos mortes: 9% dos filhotes do grupo alimentado com a versão normal do produto e 6,8% do grupo que não recebeu soja.

Alguns meses antes de publicar a pesquisa, a pesquisadora tam-bém emitiu ao público um informe no qual de-monstrava que ratos ali-mentados com sementes transgênicas sofreram mudanças em seus ór-gãos internos, indicando possíveis danos ao siste-ma imunológico.

Estas e outras pesqui-sas já começam a pre-judicar os negócios da multinacional. No final de 2005, o centro cien-tífico mais importante da Austrália abandonou, assim que saíram os re-

sultados do experimen-to em ratos, um projeto com criação de ervilhas transgênicas de custos que beiravam os dois mi-lhões de dólares, finan-ciado durante dez anos pelos australianos.

Segundo João Diniz, do movimento social português Confederação Nacional da Agricultura, a população não tem ga-rantia de que a produção de transgênicos não irá causar catástrofes ali-mentares pelo mundo. “Há muitos interesses em jogo. As multinacio-nais agroalimentares ligadas ao agronegócio têm grande poder polí-tico e econômico sobre os governos em pratica-mente todos os países. Elas mandam, domi-nam, impõem sua von-tade em uma espécie de ditadura biogenética através das produções transgênicas”, afirma Diniz.

Além de manobrarem governos pela não rotu-lagem de produtos con-taminados, as empresas não se preocupam em comprovar suas expe-riências já que a regu-lamentação do consu-mo não exige nenhum tipo de prova ou estudo científico. “Os grandes grupos multinacionais se recusam a fazer uma fiança bancária caso haja algum problema e elas tenham que indenizar os prejuízos. Portanto, por aí se vê que eles próprios não têm confiança no que fazem. Mas mesmo assim vêm com a propa-

ganda de que os trans-gênicos não causam mal nenhum”, alerta o por-tuguês.

A organização não--governamental estadu-nidense Friends of the Earth (Amigos da Terra, em português) divulgou o resultado de uma pes-quisa em que durante 10 anos analisou plantas transgênicas. O relató-rio aponta que, apesar das promessas das mul-tinacionais produtoras de transgênicos, os pro-dutos geneticamente modificados não apre-sentam benefícios para o meio ambiente ou para os consumidores, da mesma forma que não contribuem para comba-ter a fome ou a pobreza no mundo.

O estudo também mostra que as produ-toras tem planos de substituir todo o milho europeu por sementes transgênicas nos próxi-mos quatro anos. Não é à toa que estas empresas trabalham insistente-mente para flexibilizar

as leis européias de pro-teção aos consumidores, ao meio ambiente e aos agricultores. As perspec-tivas incluem a intro-dução de 18 milhões de hectares de milho mo-dificado em solos euro-peus.

Por enquanto estes es-forços estão sendo bar-

rados. O estudo divulga-do pela ONG atesta que o cultivo comercial de transgênicos na União Européia está restrito às terras espanholas. Mes-mo assim, a Espanha já está reduzindo os núme-ros de experiências de modificação genética.

Em novembro, os suí-ços votaram um referen-do aprovando uma mo-ratória de cinco anos aos produtos transgênicos. De forma geral, o povo europeu os rejeita: 70% não querem comer ali-mentos transgênicos e as maiores empresas ali-mentícias do continente proíbem o uso deste tipo de produto.

Em todo mundo, o número de países que proíbe produtos gene-ticamente modificados subiu para 165, com

4.500 localidades se de-clarando áreas livres de transgênicos.

Safra transgênica perde 30% mais que tradicional na seca

O Mato Grosso do Sul, que tem cerca de 1,9 milhão de hectares cultivados com plantio transgênico, sofreu per-das de 70% na produção por causa da seca. Nos estados onde a safra foi tradicional, sem uso de transgênicos, as perdas não ultrapassaram 40% da produção.

O mesmo pode ser observado no Paraguai, onde a lavoura trans-gênica foi considerada desastrosa. O grão ge-neticamente modificado é cultivado nas regiões de Canindeyú e Alto Pa-raná.

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SANTA ROSA • Outubro de 2012Geral

Voto Consciente