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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA SANTA ROSA• Fevereiro de 2013 Ano 3 • Edição 34 Saúde Ronco, apneia. A polissonografia e o estudo do seu sono. 6 Entrevista Secretário José Aurélio fala do planejamento inicial de sua pasta 3 Ecologia Como fazer suco de frutas integral 8 ACICRUZ O elo que precisa ser fortalecido 11 7 Desrespeito com a natureza Ainda se ateia fogo em lixo?
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Jornal Cruzeiro Fevereiro de 2013

Mar 09, 2016

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Jornal Cruzeiro Fevereiro de 2013
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Page 1: Jornal Cruzeiro Fevereiro de 2013

DISTRIBUIÇÃO GRATUITASANTA ROSA• Fevereiro de 2013 Ano 3 • Edição 34

SaúdeRonco, apneia. A polissonografia e o estudo do seu sono.

6

EntrevistaSecretário José Aurélio fala do planejamento inicial de sua pasta

3 EcologiaComo fazer suco de frutas integral

8

ACICRUZO elo que precisa ser fortalecido

11

7 Desrespeito com a naturezaAinda se ateia fogo em lixo?

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SANTA ROSA • Fevereiro de 20132 Geral

Em Brasília, 24 horas Carlos Leite de Oliveira (Zé)[email protected], trabalha em Brasília.

Alexandre Luis Thiele dos SantosAdvogado. Especialista em Direito Civil Lato SensuOAB/RS 71.791Professor das Faculdades Integradas machado de [email protected] 

Acidente de trânsito em estrada pedagiada

A Responsabilidade Civil das Concessionárias de Pedágio pela Omissão e Má Prestação de Serviços

É de conhecimento geral o alto índi-ce de acidentes automobilísticos nas estradas brasileiras. Mas as causas não se tratam somente de imprudência, negligência ou imperícia dos conduto-res. Em muitos casos, estão atreladas, também, às péssimas condições das estradas em que se roda. Ainda que co-bradas extorsivas tarifas de pedágio em trechos concedidos pela Administração, periclitante é a situação das rodovias, que apresentam defeitos de toda forma: buracos, adensamentos, saliências e de-pressões, falta de acostamentos, falta de sinalização, projeto e execução errôneas - com curvas e inclinações defeituosas (ex: curva para a direita com inclinação para a direita) - falta de escoamento de águas, sem impermeabilização adequa-da da malha asfáltica, entre outros.

A responsabilidade por danos decor-rentes de acidentes nestas estradas não se limita ao Estado ou União, mas também à concessionária de pedágio, nos trechos em que por estas é admi-nistrado. Trata-se da responsabilidade objetiva ordenada pela constituição fe-deral (art. 37, parágrafo 6º), ao igualar a empresa privada prestadora de servi-ço à administração pública, assumindo solidariamente seus ônus. Sobretudo, a responsabilidade pela omissão (falta de conservação das estradas) ou má presta-ção de serviço (quando presta o serviço defeituosamente) pela concessionária de pedágio, emana da relação de pres-tação de serviço para com o transeunte, pois cobra (e caro) para disponibilizar conservação e outros serviços no trecho que lhe é concedido.

Já dispõe o Código de Defesa do Con-sumidor, em seu art. 22 que “os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empre-endimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, se-guros e, quanto aos essenciais, con-tínuos”. E complementa em seu pará-grafo único, aferindo: “Nos casos de descumprimento, total ou parcial, das obrigações referidas neste arti-go, serão as pessoas jurídicas com-pelidas a cumpri-las e a reparar os danos causados, na forma prevista neste código”. Veja-se que a lei fala que a prestação do serviço deve ser seguro, o que, justamente, não se tem nestes ca-

sos. O motorista sai para a estrada para enfrentar uma situação totalmente con-trária.

Neste viés, quando as causas do aci-dente estão relacionadas à omissão ou à má prestação do serviço, a concessio-nária pode ser responsabilizada pelos danos materiais (veículo, despesas mé-dicas, outros prejuízos patrimoniais/econômicos) e morais (dor/sofrimen-to pela convalescença ou perda de al-guém). Havendo perda permanente da capacidade laborativa do sinistrado, lhe cabe, inclusive, pensionamento vitalí-cio, de acordo com o caso concreto.

A responsabilização da concessio-nária vem a viabilizar uma satisfação mais rápida do direito, uma vez que o sinistrado, no caso de procedência da ação judicial, não fica à mercê da inter-minável fila de precatórios do Estado ou União (cuja espera, atualmente, fica em torno de 10 anos).

Importante frisar que, para que haja a responsabilização da concessionária, as causas do acidente devem estar re-lacionadas aos defeitos da estrada ou, pelo menos, concorrerem para o acon-tecimento do mesmo. Defeitos exclusi-vamente do veículo ou na condução do motorista, por si só, não bastam para tanto.

Embora poucos cidadãos procuram responsabilizar as concessionárias de pedágio pelos seus prejuízos, os tribu-nais superiores sempre decidiram as de-mandas responsabilizadoras favoráveis, quando as provas trazidas ao processo demonstraram a correlação do acidente com os problemas da estrada pedagia-da - boletim de ocorrência da polícia rodoviária, fotos do local do sinistro, testemunhas, histórico de acidentes em determinado ponto da estrada, etc, são hábeis a comprovar os fatos.

O valor das indenizações variam de acordo com cada caso, pois o intuito é reparar o dano experimentado, sem proporcionar o enriquecimento sem causa da parte. Contudo, em casos de morte, já houveram indenizações fixa-das acima de um milhão de reais.

Por fim, impende salientar que a pre-tensão de cobrar os prejuízos decorren-tes, neste casos, prescreve em 5 (cinco) anos, contados da data do fato, confor-me art. 27 do Código de Defesa do Con-sumidor.

Santa Maria, do sonho ao amor...

O trevo de Santa Rosa desde há muitos anos serve de partida para caroneiros que partem rumo a Santa Maria. A rodoviária de Santa Rosa embarca jovens para o centro do Rio Grande: para Santa Maria. Pais aju-dam a fazer as malas de seus filhos que partem para Santa Maria... Falar da cidade que atrai mi-lhares de gaúchos, de todos os cantos, é pronunciar palavras que movem sonhos de jovens que almejam “fazer uma faculdade em Santa Maria”. As-sim é desde a década de 60. Quantos cruzeirenses tomaram carona no tre-vo, embarcaram em ônibus ou foram levados pelos seus pais ao município que foi palco da maior tragédia vivida até hoje no Rio Grande do Sul? Quando se acaba o ensino médio, ou mesmo durante este perí-odo, estudar em Santa Maria sempre foi um sonho. Que logo se transforma em amor. Sonho e amor são senti-mentos que entorpecem a gurizada gaúcha. Muitos sonham em morar e estudar em Santa Maria. Lá, apaixo-nam-se, amarram-se na cidade. Santa Maria é amor à primeira vista. Sem-pre foi assim. Assim sempre será. Vou citar, em homenagem às centenas de vítimas santa-marienses, os inúmeros amigos, de nosso querido bairro Cruzeiro, que estudaram em Santa Maria. Certamente esquecerei muitos. Mas sintam-se todos incluí-dos. Lembro-me de José Valci de Var-gas, o Mango, formado em Medicina e de seu irmão, Pipa, em direito; Lúcio e Fábio Siliprandi, ambos médicos; Carminha e Jaqueline Siliprandi, fisioterapeutas; Júlio e Paulo Sérgio Franco, graduados em educação física e direito, respectivamente. Gilmar e Tarcísio (Nino) Vione, que cursaram agronomia e veterinária, respectiva-mente; Gilmar Siqueira, o Giba, edu-cação física; Miguel Lazzaretti, filoso-fia; Humberto Ritt, engenharia civil; enfim, a fila é grande, e como disse, esqueci muitos. Mas todos, com certe-za, amam a querida “Boca do Monte”. E novas gerações de santa-ro-senses, de cruzeirenses, se sucedem nas viagens rumo ao sonho e ao amor. E, por certo, as viagens continuarão ao longo dos anos. Quando morei em Santa Maria, no ano de 1983, cursei o se-gundo ano do ensino médio na Escola Marista. À época, nosso point era a boate do Diretório Central dos Estu-

dantes (DCE). A ratoeira – mas não pensávamos nisso – fica no subsolo da casa do estudante. Um prédio de oito andares na rua professor Braga, no centro da cidade. Agora, passada a tragédia que levou ao desencarne de 237 jovens, recordo-me que se naquele local pegasse fogo ou algo do gênero, dificilmente sairíamos vivos lá do subsolo. Não lembro haver saída de emergência – o que é um problema em locais debaixo da terra. Mas quan-do somos jovens não cogitamos essas possibilidades. Somos “superiores e infalíveis”. O momento é de muita dor. A jovem de Santa Rosa - que fale-ceu na tragédia - é uma das vítimas do descaso com a vida das pessoas. Falta de segurança, jogo de empurra--empurra sobre quem são os (ir) res-ponsáveis, ganância pelo pagamento de comandas na hora de sair do local, espuma inflamável, uso de fogos de artifício em locais fechados (absur-do!), entre outras irresponsabilidades, demonstram o quão necessário é pen-sarmos e agirmos, todos, para que se evitem novas catástrofes como a da boate Kiss. As baladas há muito são para os jovens, ao que parece, a única alternativa de diversão, de festa, de lazer... Será que não está faltando algo mais para motivar os jovens que não seja festa, festa e festa? Sou pai de um jovem, portanto, são questões que me preocupam e para as quais busco respostas. Arrisco e percebo que existe um va-zio, uma falta de perspectiva, algo que a juventude procura e não encontra. Daí a ânsia e o êxtase em buscar algo com muito barulho, poucos diálogos, som muito alto, relações efêmeras, rápidas, curtições que não compro-metam nada de sério... Sei, sei, estou sendo “careta”... Mas estou incomoda-do – não só com a tragédia que ceifou a vida de dezenas – mas com os cami-nhos que a gurizada está perseguindo. Considero que podem estar um pou-co perdidos no trevo da vida. Não no trevo que leva a Santa Maria, pra deixar claro, pois lá, ainda, vai-se em busca do sonho... Que logo vira amor. E pra sempre...· Esta coluna é dedicada, com amor, a todas as vítimas da Kiss. Que nossas preces e orações alcan-cem a todos. Deus proteja e nossa juventude.

Page 3: Jornal Cruzeiro Fevereiro de 2013

SANTA ROSA • Fevereiro de 2013 3Geral

O planejamento da Secretaria de Obras

José Aurélio, Secretá-rio de Obras Urbanas e Rurais no novo governo municipal fala ao Cruzei-ro sobre o planejamento de sua pasta, as obras em andamentos para os pri-meiros meses da Secreta-ria de Obras, e a filosofia de trabalho de sua pasta.

Avenida Expedicioná-rio Weber.

A Avenida Expedicioná-rio Weber deverá ter sa-nada o problema crônico de água que corre sobre o leito do asfalto no tre-cho entre a prefeitura e o pórtico de entrada da vila Oliveira.

Serão colocadas tubu-lações para recolher e ca-nalizar a água das chuvas ainda no primeiro semes-

Em dias de chuva a água acumula na Av. Expedicionário Weber.

tre deste ano.Esta é uma reivindica-

ção antiga das pessoas que transitam quase que diariamente por aquela vi, diz o secretário.

Avenida América.A Avenida América,

que deverá unir o centro

ao bairro Cruzeiro como alternativa à Expedicio-nário Weber que já con-gestiona em horários de pico, foi iniciada no go-verno Vicini anterior. No governo da última gestão foram asfaltados cerca de 600m, segundo José Au-rélio, e as primeiras ações para continuar as obras devem as desapropriações das últimas áreas que ain-da não haviam sido desa-propriadas. “São quatro áreas que deverão ser desapropriadas para con-tinuarmos os trabalhos”, diz José Aurélio.

Feito isto a idéia é de abrir inicialmente ao me-nos uma via da avenida, já possibilitando o trânsi-to, que deverá encurtar o caminho a Cruzeiro e de-

safogar a Expedicionário Weber.

“Esta avenida irá valori-zar a área o seu entorno, e a cidade passará a ocupar um espaço nobre dentro do município. É muito provável que ela tem um perfil comercial, assim

como a Expedicionário Weber, e venha a abrigar várias empresas ao longo de seu trajeto”, explica José Aurélio.

Cemitérios.Segundo secretário, a

capacidade do cemitério municipal está pratica-

José Aurélio, Secretário de Obras Urbanas e Rurais

mente esgotada. Em vista disto já estão avaliando novas áreas para implan-tação de um novo cemité-rio.

“Havia uma prática de aluguel de carneiras”, diz José Aurélio, “mas esta-mos vendo que as pessoas não estão renovando os aluguéis, que era de cinco anos, então estamos pen-sando em uma forma de resgatar estas carneiras, ou vendê-las”.

Para o cemitério do bair-ro Cruzeiro a prefeitura busca ampliar sua área.

A prefeitura também irá ajardinar os arredores do cemitério municipal e melhorar as calçadas em seu entorno. Segundo José Aurélio, há também uma idéia de fazer um mapeamento do cemité-rio para identificação dos túmulos, principalmente daqueles que marcaram a história da cidade.

O interior.Até o final de Janeiro

foram limpos cerca de 120 Km de estradas no interior do município, melhorando as valetas e

os valões onde deságuam as chuvas.

Até o final de abril a pre-feitura deverá ter cerca de 5 cascalheiras em ativida-de e outras 10 à disposição para poder recuperar de toda a malha viária do in-terior do município. “Com a bacia leiteira, os ônibus escolares e o escoamen-to da safra, o trânsito no interior é muito alto, com caminhões pesados e que exigem estradas em boas condições. Nosso plano é deixar as estradas em per-feitas condições de uso, e recuperá-las de tal modo que elas exijam pouca manutenção” relata José Aurélio.

As entradas para as propriedades também deverão ser recuperadas. “Existem várias proprie-dades cujas entradas estão em péssimas con-dições. Serão todas recu-peradas juntamente com as estradas, assim que tivermos o cascalho à dis-posição, diz o Secretário, e enfatiza “esta é a linha de trabalho que adotamos”.

O atendimento aos agri-cultores que necessitam de máquinas para abrir esterqueiras ou uma ter-raplanagem em sua pro-priedade deverá estar regularizado até 2014. Este serviço está atrasa-do e será usado o ano de 2013 para cadastramento das necessidades e orga-nização destas atividades. Segundo o Secretario “Já neste ano vamos atender a todos que pudermos, mas somente no ano que vem conseguiremos colo-car em dia todas as neces-sidades dos agricultores. É a Secretaria de Obras que fornece as máquinas, mas os projetos vêm da Secretaria da Agricultura. Vamos trabalhar juntos para atender essa deman-da.”

Iluminação Pública.A prefeitura fará uma

revisão de toda a rede de iluminação da cidade. Após isto, o atendimento às reclamações com pro-blemas em luminárias de-verá ser feito em até 48h, ou, se o serviço não for efetuado, o cidadão terá uma satisfação da prefei-tura sobre o fato reclama-do, com informação dos motivos pelos quais não efetuaram o conserto, também teremos a aquisi-ção de um caminhão novo e equipado com as mais recentes normas (legisla-ção) juntamente com um ferramental de ponta.

Protocolo.A Secretaria de obras irá

instalar uma agência para pagamento dos valores referentes aos serviços pagos e protocolo dos não pagos (serviços prestados sem ônus). Assim, não haverá mais a necessidade de o cidadão ter que des-locar-se até a prefeitura para efetuar o pagamento dos serviços e retornar à Secretaria para dar con-tinuidade ao processo. São pequenas melhorias que avultam em um me-lhor conforto ao cidadão e atende melhor suas ne-cessidades.

“Estamos trabalhando forte e em equipe” diz o secretário ressaltando a qualidade de sua equipe. “O grupo de colaborado-res que temos aqui é unís-sono em dizer que o foco é o atendimento ao cida-dão, é prestar serviço à co-munidade Santarosense. Em função disto eu preci-so agradecer a todo o gru-po da Secretária de obras (diretores, coordenadores e principalmente a todos do grupo funcional do obras, que estão dedican-do-se com todo empenho para prestar os melhores serviços à cidade.

Page 4: Jornal Cruzeiro Fevereiro de 2013

SANTA ROSA • Fevereiro de 20134 Geral/Saúde

Agenda da SaúdeIntemperança, o mal do século

Victória Nardes Trofologa CRT: 44565

Não existiria no mundo moderno em que vivemos, a imensa e degradante miséria que há, se tão somente a humanidade vivesse em harmonia alimentar, conforme o plano divino do Criador. A temperança é o mais eficiente remédio para a cura de centenas de enfermidades. A relação íntima com as leis da saúde é a maior fonte de inestimável felicidade e saúde. A relação existente entre o corpo e a mente é muito íntima. Quando um é afetado, o outro também o é. O estado da mente afeta a saúde do sistema físico. Se a mente se acha despreocupada e feliz, em virtude da consciência de estar agindo corretamente e do senso de satisfação por estar feliz, isso cria uma disposição que agirá em todo o organismo produzindo uma circulação mais livre do sangue e da uma maior energia a todo o corpo. A temperança é uma benção de Deus com um poder salutar imenso que se resulta em alegria e saúde tanto para o coração como para toda a vida.

Quando deixamos de lado os cuidados com o nosso mais precioso patrimônio, a saúde, deixamos também de exercer a nossa comunhão com o nosso pai celeste e uma febre de males e agonias começam a consumir a nossa corrente vital. Em suas preciosas lições de amor e cuidado com o mundo, Deus nos ensinou que a intemperança é a maior transmissora de doenças e também a violação da lei de Deus, tanto natural como espiritual. Quando negligenciamos esses preceitos perdemos automaticamente a corrente de energia vitalizante que vem da natureza divina. Quando deixamos nosso corpo a mercê de cuidados danosos, roubamos parte da glória de Deus.

Quando deixamos a intemperança tomar conta do nosso comer e beber, não demora a aparecer as conseqüências dos nossos erros pois são causadores das mais cruéis e degradantes situações de tragédias e desgraças, mortes, choros, lágrimas e tormentos.

O mundo seria diferente se tão somente tivéssemos o cuidado no comer e no beber diligentemente.

Quando a boca sabe comer o corpo é saudável.Quando a mente sabe pensar a alma é feliz.Quando as mãos sabem ajudar o coração é alegre.Quando a humanidade aprender a comer e beber, verdadeiramente

conquistará a tão sonhada saúde plena.Que no raiar do novo ano, possamos ser mais cuidadosos com o nosso

mais precioso patrimônio, o nosso corpo, e lembre-se que:A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma.O testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos simples.Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração.O mandamento do Senhor é puro e ilumina os olhos.O temor do Senhor é limpo e permanece eternamente.Os juízos do Senhor são verdadeiros e justos igualmente. Mais

desejáveis são do que o ouro, sim e mais doces do que o mel e o licor dos favos. Salmo 19

. “TROFOLOGIA- Preservando a saúde em harmonia com a natureza!”

Avaliação Psicológica para a Cirurgia Bariátrica: para que serve?Paula FeltracoPsicóloga

A obesidade é conside-rada uma doença crônica, de etiologia multifato-rial, isto é, sua causa de-pende de vários fatores e,devido aos seus riscos associados,tornou-se um problema de saúde públi-ca. A obesidade pode ser classificada, de acordo com a Organização Mun-dial de Saúde, com base noÍndice de Massa Cor-poral (IMC) e no risco de mortalidade associada. Você pode conhecer seu IMC dividindo seu peso pela sua altura ao quadra-do, ou seja, peso/altura² (kg/m²). Quando o IMC está situado entre 30 e 34,9 kg/m², define-se obe-sidade grau I; no caso de obesidade grau II, o IMC está entre 35 e 39,9 kg/m² e, por fim, obesidade grau III (ou mórbida) quando o IMC ultrapassa 40 kg/m². O tratamento envolve várias abordagens, como nutricional, medicamen-tosa e prática de exercí-cios físicos, entretanto, vários pacientes não res-pondem a estas tentativas e necessitam de uma in-tervenção mais eficaz. A cirurgia bariátrica tem se mostrado uma técnica de grande auxílio e sua indi-cação é baseada em uma análise abrangente de vá-

rios aspectos do paciente. A avaliação psicológica e o trabalho de preparação no pré-operatório, além do acompanhamento no pós-operatório são de fundamental importância. O paciente, na maioria das vezes, resiste ao aten-dimento pré-cirúrgico, pois já chega decidido a se submeter à cirurgia e por isso acredita que não há necessidade deste acompanhamento, além de temer ser impedido ou “barrado” de realizar o seu desejo. Ao contrário disto tudo, o Psicólogo visa conhecer, preparar, orientar e informar o pa-ciente, pelo o tempo que ele necessitar sobre tudo o que está implicado na realização deste grande passo. Deixar de ser obe-so envolve modificações em todos os aspectos da vida: novos hábitos alimentares, diferentes escolhas, outras manei-ras de agir. Além disso,

novas situações surgem, oportunidades e até tare-fas e responsabilidades que antes era poupado por limitações decorridas da obesidade. A cirurgia faz com que o paciente mude completamente seu comportamento alimen-tar, provocando a perda de peso de forma muito rápida. E nem sempre o lado psicológico acom-panha essa velocidade. A “ficha” demora a cair e perceber as mudanças que o corpo vem sofrendo. E é aí que entra o Psicólogo, para auxiliar o paciente desde antes (e também depois) da realização da cirurgia a entender essas mudanças e saber lidar com elas. Sendo assim, éde extrema importância o auxílio psicoterápico e o acompanhamento com uma equipe multidisci-plinar, podendo ajudá-lo a reorganizar sua vida e trabalhar alguns aspectos desta nova identidade.

Page 5: Jornal Cruzeiro Fevereiro de 2013

Sentimentos

SANTA ROSA • Fevereiro de 2013 5Geral

O que esperar de 2013?

Sem dúvida, gran-des mudanças estão ocorrendo. Nunca, em toda a existência do universo, as mudanças ocorreram com tanta rapidez. É sabido que se fosse possível, hoje, ter o conhecimento de todas as informações existentes, amanhã já estaríamos desatuali-zados; pois milhares de novas descobertas surgem a cada dia. Isto assusta e encanta ao mesmo tempo. Contudo, se estas descobertas são infini-tas, ou seja, nunca ter-minam, então elas, por si só, não são um fim, e sim um meio para um objetivo maior. Per-mita-me, caro leitor, olhar por um instante além do obvio, além das aparências. O que pode estar por detrás de tantas mudanças, desenvolvimentos e também tantas pre-ocupações? Para des-cobrir, é necessário olhar para o propósito deste sistema. Pois o que nos acontece pare-ce claro, mas o porquê disso ainda permanece obscuro. É consenso comum que todos temos pro-

blemas, e que estes pedem soluções. E é justamente na busca destas soluções que nos atarefamos cada vez mais. Desta forma, temos cada vez menos tempo para nos voltar-mos ao que realmente importa, e assim nos distanciamos mais e mais do nosso Ser in-terior, da nossa verda-deira identidade. Não estou dizendo com isso que o progresso é mau ou indesejável. Só estou alertando que por detrás dele facil-mente se esconde um objetivo maior, que é o de esconder a nossa essência Divina de nós mesmos. Pois se nos

voltarmos para dentro de nós mesmos, pode-mos descobrir que so-mos seres espirituais com uma experiência física. Então sabere-mos que a nossa verda-deira identidade não está no físico, que é mortal, e sim no espi-ritual, que é experien-ciado na nossa mente, a qual foi criada por Deus, e por tanto, é eterna. Tudo no mundo reflete o estado inter-no da nossa mente. Retirando o enfoque de cima das coisas do mundo e nos voltando à integridade da nos-sa mente, estaremos nos libertando do po-der que o mundo pa-rece exercer sobre nós. Então, não é preciso fazer planos para me-lhorar o mundo, nem é preciso ninguém ser escravo dos seus dita-mes. Mas é absoluta-mente necessário mu-darmos a nossa mente a respeito do mundo se quisermos vê-lo curado. Está em nosso

poder o que queremos ver lá fora. Isto é o

oposto de tudo que o mundo ensina. No en-tanto, só revertendo o pensamento sobre o mundo, é que tere-mos a chave da libe-ração e da felicidade em nossas mãos. Esta chave se chama per-dão. Perdoar o mundo é liberar o mundo da projeção de culpa dos nossos próprios pen-samentos sobre ele. E a única forma de libe-rar a culpa da nossa mente, é entregando estes pensamentos de culpa a quem tem o poder de desfazê-los,

ou seja, ao Espírito Santo. Para concluir, o que podemos espe-rar deste ano que se inicia é que aconteça lá fora exatamente como está em nossas mentes. Que o dis-cernimento claro dos nossos verdadeiros interesses seja a ma-triz para a nossa con-duta. Muita paz, libera-ção e felicidades a to-dos e um forte abraço fraterno.

Aprendiz Feliz.

Arceli Wolanin

Temos todos os dias tantos sentimentos e não sabemos como lidar com tudo isso, procura-mos em nossos corações o que esta faltando e en-contramos o medo, que nos aprisiona em tantos outros, encontramos perdas e obstáculos,  o vazio,  sem luz, sem amor. Esse vazio é de uma dor imensa dentro de nossos corações, um buraco, uma falta, um machucado, algo inexpli-cável.  

Devemos tomar cons-ciência de não tentar mudar o outro mas a nós mesmos, buscando ati-tudes de transformações de si mesmo e removen-do todos estes sentimen-tos com amor, por que tudo tem solução através

das orações, passando a ter mais fé e aceitação de todas as situações, voltando-se somente para dentro de si. A fé remove montanhas e preenche os corações de amor incondicional, não importa a religião, basta ter fé. Revendo as atitudes ....

As orações vão pre-enchendo o vazio e co-

meçamos a sentir-nos filhos de Deus, filhos da luz, essa luz Divina que cada um de nós é e que começa a brilhar, tomar espaço, ser aquilo que somos, a essência divi-na de Deus.

Essencialmente deve-mos buscar o equilíbrio, ser feliz e amar a nós mesmos para podermos amar o próximo.

Page 6: Jornal Cruzeiro Fevereiro de 2013

SANTA ROSA • Fevereiro de 20136 Especial

Considerações Sobre o Ronco, Apneia do Sono e Polissonografia

Dr. Gustavo Ugerri Rodrigues

CRM: 27585otorrinolaringolo-

gista

O ronco é prejudi-cial?

Sim. Roncar intensa-mente e com freqüên-cia é prejudicial à saúde !!! A pessoa que ronca pode ter má qualidade de sono, acordando can-sada e sonolenta apesar de ter dormido várias horas por noite. Quando o ronco é muito alto e acompanhado de perío-dos de apneia (paradas da respiração por mais de 10 segundos) pode ter sérios prejuízos à saúde. Além disto, expõe o in-divíduo que ronca a um constrangimento social e à problemas matrimo-niais freqüentes.

Você sabia que:24% dos homens e

18% das mulheres de meia-idade roncam?

60% dos homens e 40% das mulheres aci-ma dos 60 anos de idade

roncam?A grande maioria dos

roncadores também apresentam apneias du-rante o sono?

Entendendo um pouco sobre Ronco e Apneia:

O ronco é mais fre-qüente nos homens e em pessoas acima do peso ideal, e geralmente ten-de a piorar com a idade. Situações como cansaço físico intenso e consu-mo de álcool ou medica-mentos sedativos podem eventualmente causar ou exacerbar um quadro de ronco.

O ronco pode manifes-tar-se de forma branda e intermitente ou ser forte e constante. Ainda, pode estar relacionado com o decúbito dorsal (quando só ocorre dormindo de barriga para cima) ou se manifestar em qualquer posição nos casos mais severos.

O ronco nada mais é do que a vibração dos tecidos moles da gargan-ta (faringe), localizadas principalmente entre o

palato (a “campanhia”) e a língua. Surge, durante a respiração enquanto dormimos devido à di-ficuldade que do ar em passar por uma via aé-rea superior pequena, que compreende todo o espaço desde o nariz até as cordas vocais. O es-treitamento da via aérea superior pode ser devi-do ao relaxamento da musculatura ao redor da faringe (o que acontece quando ingerimos álcool ou sedativos, e durante o sono profundo quando ocorre um grande rela-xamento de todo a mus-culatura do corpo, inclu-sive da faringe); excesso de tecido (hipertrofia de adenóide a amígdalas, palato alongado, língua volumosa, e mais rara-mente presença de cistos e tumores na faringe) e obesidade (acúmulo de gordura ao redor da fa-ringe). A síndrome da ap-neia obstrutiva do sono (SAHOS) caracteriza-se por episódios repetidos de obstrução na faringe,

que ocorrem na vigência de um esforço respirató-rio durante o sono. Cada obstrução é chamada de apneia (quando há ausência de fluxo aéreo nasal ou oral por, pelo menos, 10 segundos) ou hipopneia (quando há uma redução no fluxo aé-reo de, no mínimo, 50% por, pelo menos, 10 se-gundos, ou, ainda, uma redução no fluxo aéreo que não atinja 50%, mas que seja acompanhada de uma queda de 3% na saturação do oxigênio ou de um microdespertar, com duração de 10 se-gundos ou mais).

A obstrução nasal tam-bém pode ser causa de ronco e apneia. O nariz congestionado e obstru-ído necessita de um es-forço respiratório maior, criando um vácuo na garganta o que aproxi-ma os tecidos frouxos da faringe, favorecendo o aparecimento do ronco. Ainda, com a respiração bucal a língua tende a se deslocar posteriormente

na faringe, dificultando mais ainda a passagem do ar.

O que é a Polissono-grafia?

A polissonografia é o método mais objeti-vo para a avaliação do sono e de suas variáveis fisiológicas. Através do registro de três parâme-tros mínimos que são o eletrencefalograma, o eletro-oculograma e do eletromiograma sub--mentoniano pode-se quantificar e qualificar o sono do indivíduo. O registro de parâmetros acessórios como o fluxo aéreo nasal, a oximetria, o esforço respiratório, o eletrocardiograma, o eletromiograma tibial anterior, dentre outros, são realizados conforme o objetivo do estudo, e contribuem para o diag-nóstico de doenças rela-cionadas ao sono.

Quais são as indicações da Polissonografia?

A polissonografia é útil na investigação, no tratamento e no segui-

mento de pacientes com distúrbios do sono. As principais indicações de polissonografia são: 1-Sonolência Diurna Excessiva (Narcolep-sia, Hipersonias Idio-pática ou Recorrente); 2-Distúrbios respira-tórios durante o sono (Roncos, Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono, Síndrome de Au-mento de Resistência das Vias Aéreas Supe-riores); 3-Instalação de CPAP; 4-Controle pós--tratamento (cirurgia, sonoplastia, aparelhos bucais); 5-Distúrbios do ritmo cardíaco que ocorrem durante o sono; 6-Distúrbios de compor-tamento que ocorrem durante o sono (So-nambulismo, Distúrbio de Comportamento do Sono REM, Epilepsias, Insônia); 7-Síndrome de Pernas Inquietas e Mo-vimentos Periódicos dos Membros; 8-Insônia. Em alguns casos a indicação é absoluta, e em outros é relativa.

Page 7: Jornal Cruzeiro Fevereiro de 2013

de grama que depois são queimados. Os pe-rigos e riscos vão des-de a fumaça, que pode obstruir a visibilidade dos motoristas, até um incêndio incontrolá-vel, principalmente em época de seca.

Dependendo do ta-manho das chamas os veículos têm que tran-sitar na contramão. Sem falar no dano am-biental.

Tal prática além de ser imprudente ainda incorre em crime am-biental.

A conscientização das pessoas é um im-portante passo, e a prevenção pode ser

feita nas escolas, im-prensa e instituições sociais.

Exercite sua cidada-nia:

- Não queime o lixo. Recicle-o.

- Ao notar um incên-dio próximo da rodo-via procure telefonar para uma autoridade, pois fogo até 15m de cada lado de rodovias, estaduais e federais e de ferrovias é conside-rado crime ambiental.

- Nunca jogue restos de cigarros pela janela de seu veículo pois po-lui o ambiente e pode dar início a um incên-dio.

Quem não respeitar

as condições impostas pela lei ficará sujeito às seguintes penalidades:

À obrigação de repa-rar qualquer dano am-biental;

À perda ou restrição de benefícios concedi-dos pelo Poder Públi-co;

Ao pagamento de multas; À perda ou suspensão de linhas de financiamento em es-tabelecimentos oficiais de crédito do Estado;

A processo criminal, com possibilidade de prisão, de acordo com o dispositivo na Lei de Crimes Ambien-tais (Lei Federal nº 6.905/98).

SANTA ROSA •Fevereiro de 2013 7Especial

Fornada de primeira

A Eluir lança ideia de padaria colonial gourmet saindo do forno em meados de março.

A padaria colonial gourmet é um tipo de estabelecimento que tem como ca-recterística prin-cipal a elaboração especial de produ-tos e ainda trazer variedades de uma mesma receita, ou seja, quando se vi-sita uma padaria gourmet é possível experimentar bo-los, tortas e tipos de pães que não são encontrados em uma padaria con-vencional. E é deste modo que este tipo

Acaba de sair do forno da Eluir Alimentos, Espaço Gourmet.Pães exclusivos com receitas tradicionais

de padaria conse-gue se destacar, por oferecer produtos que a clientela não consegue encontrar com facilidade.

Normalmente as padarias coloniais

gourmet ainda ofe-recem outros ser-viços como um óti-mo café da manhã, chá da tarde ou um brunch, além de aceitar encomen-das de seus produ-

tos.A padaria colonial

gourmet tornou--se um verdadeiro centro de gastrono-mia nas cidades de maior porte, onde é possível desfrutar

de um espaço acon-chegante altamen-te personalizado e com ótimo atendi-mento.

O horário de aten-dimento desta nova loja será das 7h até

21h, revezando um Buffet entre café da manhã, lanche, almoço, brunch, chá da tarde e, à tardinha sopas e caldos para acom-panhar as delícias do café colonial. E o melhor de tudo: vendido por peso (quilo), onde o cliente paga so-mente o que consu-mir. Achamos mais justo para o cliente que poderá optar entre uma janta ou um lanche ou ainda uma reunião com clientes ou funcio-nários.

É hora de deliciar-se com sabores gourmets.

Desrespeito com o meio ambiente

O jornal Cruzeiro vem retratar mais um caso de desrespeito à natureza e a seguran-ça dos motoristas que

trafegam em rodovias da nossa região. Os fogos que são ateados nos acostamentos das rodovias.

Os acostamentos es-tão sendo usados para descarte de lixo como restos de podas, ga-lhos secos, e de corte

Lixo queimando junto ao trevo de acesso ao bairro Cruzeiro, no anel rodoviário.

Page 8: Jornal Cruzeiro Fevereiro de 2013

SANTA ROSA • Fevereiro de 20138 Ecologia

Sea Shepherd coloca container com barbatanas de tubarão apreendidas, no centro de Porto Alegre

Conteiner Foto: DCS

Foto: Antony Dickson/AFP

Foto: Antony Dickson/AFP

Como fazer suco de frutas integrais sem adição de água

e açucares.Existem no mercado

suqueiras que extraem os sucos à vapor, onde o sistema permite ex-trair o máximo sabor, aroma e vitaminas das frutas, num processo higiênico e que preser-va as características naturais das frutas. O extrator é constituído de três peças básicas: panela base, depósito de suco e depósito de frutas. Usa-se um foga-reiro a gás para esquen-tar a água e produzir o vapor que vai arrastar

o suco para o depósito que é mantido quente e é engarrafado entre 75 a 90 graus centí-grados em recipientes de vidro previamente esterilizadas em água fervente e lacrado com tampas novas, deven-do assim durar em tor-no de um ano podendo chegar até a dois anos.

Podemos usar vários tipos de frutas para fa-zer nossos sucos, uva, maçã, peras, pêssegos, abacaxis, etc.

As uvas devem ser

bem maduras, lavadas para retirar poeiras, re-síduos, e despencados os grãos dos cachos.

Usando frutas maio-res como abacaxi, pê-ras, maçãs, pêssegos, devemos cortá-los em pedaços menores, reti-rar partes defeituosas, bem como caroços, se-mentes.

Além disto podemos usar o material sólido que sobrou dentro do extrator para fazermos excelentes geléias e schmiers.

No mês de janeiro um container com 3,4 tonela-das de barbatanas foi exi-bido em Porto Alegre, no Mercado Público, e poste-riormente em Torres, no litoral gaúcho. A carga, que simula uma apreen-são feita pelo IBAMA em uma operação realizada em Rio Grande, é uma ação do Instituto Sea She-pherd Brasil (ISSB). O ob-jetivo é alertar a popula-ção e as autoridades para a pesca ilegal de tubarões na costa brasileira.

O finning, como é co-nhecido a pesca de tuba-rões para a retirada das barbatanas, é responsá-vel pela morte de mais de 100 milhões de tubarões por ano no mundo. No Brasil, esta prática já ex-terminou 90% das espé-cies em águas brasileiras, deixando outras dezenas em risco de extinção.

A carga apreendida re-presenta aproximada-mente 40 mil tubarões mortos, cujas barbatanas

serviriam como ingre-diente para sopas servi-das em Hong Kong. Além dos tubarões, as tartaru-gas, arraias, golfinhos e muitos outros animais marinhos são vítimas das técnicas de pesca de arrasto e da pesca com espinheis, praticadas por pesqueiros ilegais.

O Instituto Sea She-pherd Brasil entrou com uma petição no Senado Nacional para proibir a pesca de tubarões na

costa brasileira por 20 anos. Durante esta ação, a população da capital gaúcha teve a oportu-nidade de assinar a pe-tição e ajudar a salvar a vida de milhares de tu-barões.

No dia 14, o container foi levado para Torres, próximo à Praça de Es-portes, na Praia Gran-de, onde a coleta de assinaturas continuou. Neste local, até feverei-ro, acontecerão exposi-

ções, cursos educativos e ações de preservação ambiental.

A ação tem criação da agência DCS e direção de Biel Gomes, da Bloco Filmes.

Page 9: Jornal Cruzeiro Fevereiro de 2013

SANTA ROSA • Fevereiro de 2013 Geral 9A luta em defesa dos animais

O jornal Cruzeiro publi-ca uma compilação de um trabalho de alunos da Es-cola Estadual Fronteira Nororeste Daiane Jéssica da Rosa, Gabriela Antôni Hemsing Avila e Renato Martins.

O trabalho, valoroso e identificado com as mais profundas questões hu-manitárias faz um estu-do sobre os maus-tratos dos animais e um levan-tamento de como a co-munidade Santarosense se comporta frente a esta situação.

Introdução.O assunto que trata-

mos neste trabalho abor-da os Direitos dos Ani-mais, visando que: Todos os animais têm o mesmo direito à vida. Todos os animais têm o direito ao respeito e à proteção do homem. Nenhum animal deve ser maltratado. To-dos os animais selvagens têm o direito de viver livres no seu habitat. O animal que o homem es-colher para companheiro não deve ser nunca aban-donado. Nenhum animal deve ser usado em expe-riências que lhe causem dor. Todo ato que põe em risco a vida de um animal é um crime contra a vida. A poluição e a destrui-ção do meio ambiente são consideradas crimes contra os animais. Os di-reitos dos animais devem ser defendidos por lei. O homem deve ser educado desde a sua infância para observar, respeitar, e compreender os animais. Todo animal tem direito a ter um lar.

Atos de crueldade.O bem estar animal é

um direito dos animais, e um dever da sociedade, já que fazem parte de nos-sas vidas e convivem em

As estudantescom um cão adotado.

nosso meio. Mas hoje em dia obser-

vamos que alguns indiví-duos não respeitam e não tem a consciência de que existem leis que punem, por práticas e atos cruéis.

Como funcionam os maus tratos

A ocorrência de maus--tratos aos animais são muito comuns. Seu his-tórico vai desde o início da história da humanida-de até os dias atuais.

Algumas situações evi-dentes são as lojas que abrigam animais em gaiolas minúsculas e sem qualquer condição de hi-giene. Cães presos em correntes o dia todo, às vezes em corrente mui-to curtas. Proprietários que batem covardemente em seus animais, ou os alimentam de forma pre-cária levando o animal à morrer de fome. Cavalos usados em tração de car-roças, sendo açoitados, e

em estado de subnutri-ção.

Mas também há aque-las situações em que o animal está sofrendo, mas cuja caracterização de maus-tratos é subje-tiva.

Exemplos de maus--tratos

Os maus-tratos de ani-mais incluem uma ex-tensa lista de práticas: O sacrifício de animais em rituais religiosos. Submetê-lo a trabalho excessivo. Experiência dolorosa ou cruel em ani-mal vivo. Ações de ferir, praticar abuso, comércio ilegal, agressões, mutilação, tortura em rinhas, extermínio, aprisionamento, abate ilegal, morte.

Os maus tratos são classificados como cri-me.

Qualquer ato de abuso e maus-tratos, ferir, mu-tilar animais domésticos

e domesticados, nativos ou exóticos também é crime de maus tratos que tem como pena a deten-ção de três meses a um ano e multa. Esta mesma lei prevê que o abando-no do animal também é considerado como maus--tratos, sendo então en-quadrado como crime.

Ao nos depararmos com uma situação de maus-tratos é possível denunciar.

A importância da re-pressão jurídica.

O projeto de Lei nº 4.548/98, propõe a mo-dificação da redação do art. 32 da Lei dos Crimes Ambientais, o qual consi-dera crime as ações de fe-rir, mutilar, praticar abu-so, e maus-tratos contra os animais silvestres, do-mésticos ou domestica-dos, nativos ou exóticos. A modificação deste pro-jeto colocaria em risco algumas tradições exis-tentes em nosso terri-tório, como festividades que envolvem animais domésticos e animais do-mesticados, como a va-quejada, rodeios, etc.

ConclusãoAlém de todas as práti-

cas criminosas de maus--tratos aos animais ci-tadas nesta pesquisa, temos como objetivo informar aos cidadãos de Santa Rosa sobre os Direitos que a legislação garante aos animais.

A nossa sociedade pre-cisa entender que os animais são seres vivos, criados por Deus e que necessitam de nossa pro-teção.

Os animais nos dão muito carinho e são fiéis aos seus donos, por isso temos muito a aprender com eles, pois há casos em que eles são utiliza-dos como instrumentos

de terapias, tais como a equoterapia e a cinotera-pia. Além disso, servem para trabalhos e compa-nhia.

Nos dias de hoje não se admite mais que ani-mais sejam maltratados, assassinados ou abando-nados, para isso existem pessoas bondosas que ajudam a denunciar os abusos cometidos por

algumas pessoas insen-síveis. Também a comu-nidade deve conhecer a legislação para poder de-nunciar e proteger aque-les que não podem falar e dizer o que necessitam, os animais merecem todo o nosso respeito, cari-nho e proteção, pois um mundo sem animais se-ria como um jardim sem flores.

Page 10: Jornal Cruzeiro Fevereiro de 2013

SANTA ROSA • Fevereiro de 201310 Geral

Renata Giraldi Repórter da Agência Brasil

Brasília – O governo do Brasil vai intensi-ficar a campanha de combate ao tráfico de pessoas, ampliando o serviço de atendimen-to às denúncias sobre esse mercado. Para obter resultados, a mi-nistra da Secretaria de Políticas para as Mu-lheres, Eleonora Meni-cucci, faz um apelo, em entrevista à Agência Brasil: “A primeira coi-sa a fazer é denunciar e não ter medo. Ser tra-ficada, ser violentada, não é vergonha para ninguém. Podem ter certeza, o governo bra-sileiro está do lado das mulheres e vítimas. O governo não aceita mais conviver com o tráfico”.

A ministra lembrou que o tráfico envolve não só mulheres, mas crianças e homossexuais. “Denun-ciar vale para todos. A pessoa não pode ser dis-criminada nem excluída por causa de sua escolha sexual. Falo isso de alma e coração. O governo não aceita conviver com a homofobia nem com a lesbofobia. Somos todos brasileiros. É uma diretriz de governo, uma posição e uma convicção”, ressal-tou. A seguir, os princi-

pais trechos da entrevista da ministra:

Agência Brasil – O aumento das discus-sões sobre o tráfico de mulheres é provoca-do pela elevação de ca-sos nos últimos meses? Eleonora Menicucci – Não. Isso não significa que aumentou, mas, sim, que o assunto saiu do es-conderijo e só sai de baixo do tapete quando há um governo determinado a resolver a questão. A pre-sidenta Dilma Rousseff é obcecada pelo tema do enfrentamento à violên-cia e ao tráfico de pessoas e por isso há uma política de governo neste sentido. No que se refere ao tráfico de pessoas, historicamen-te as crianças e as mulhe-res são as principais víti-mas.

Agência Brasil – Há uma razão para que mu-lheres e crianças sejam as principais vítimas do tráfico de pessoas? Eleonora Menicuc-ci – As crianças, porque indefesas, e as mulheres porque ainda predomina o sistema do patriarcado, no qual elas são traficadas para fins de negócios e de mercado. As mulheres são objeto de negócios, no caso, do [mercado de] sexo. O que não tem re-lação alguma com pros-tituição, é preciso fazer essa distinção.

Agência Brasil – Qual a diferença entre trá-fico de pessoas para fins de exploração se-xual e prostituição? Eleonora Menicucci – A mulher quando é trafica-da, o objetivo é que ou-tros ganhem dinheiro [à custa dela]. Isso é crime. A prostituição, a pessoa faz programas sexuais para viver – ou não, mas de alguma maneira é [uma iniciativa] espontâ-nea.

Agência Brasil – Há mais de um ano partici-pando da campanha de combate ao tráfico de pes-soas, o que a senhora re-comenda para as famílias das vítimas e até mesmo para quem foi aliciado?   Eleonora Menicucci – Antes de tudo, a primeira coisa é denunciar e não ter medo. Ser traficada, ser violentada não é ver-gonha para ninguém. Po-dem ter certeza, o gover-no brasileiro está do lado das mulheres e vítimas. O governo não aceita mais conviver com o tráfico. Quem fazia isso [traficar pessoas] era a escravidão. Estamos empenhados em

acabar com os resquícios da escravidão.

Agência Brasil – Ho-mossexuais e tran-sexuais também são vítimas das redes de tráfico de pessoas. O governo observa isso? Eleonora Menicucci – Denunciar vale para to-dos. A pessoa não pode ser discriminada nem excluída por causa de sua escolha sexual. Falo isso de alma e coração. O go-verno não aceita conviver com a homofobia nem com a lesbofobia. Somos todos brasileiros. É uma diretriz de governo, uma posição e uma convicção.

Agência Brasil – O governo concentrou--se no combate às redes de tráfico de pessoas em Portugal, na Espanha e na Itália. Há pretensões de ampliar a campa-nha para outros países? Eleonora Menicucci – Sim. Queremos ampliar ainda este ano.Vários acertos estão sendo fei-tos. Mas é um processo. Esses países [Portugal, Espanha e Itália] foram escolhidos devido à faci-

lidade de tráfico existen-te nessas regiões. Além disso, a crise econômica [internacional] acabou aumentando a ação dos traficantes e o idioma [próximo ao português falado no Brasil] também ajuda. Mas há também casos [em investigação] em El Salvador, na Fran-ça, em Luxemburgo e na Suíça.

Agência Brasil – Para a senhora, a atuação da CPI do Tráfico de Pes-soas vai colaborar com a campanha nacional?   Eleonora Menicucci – Acho extraordinário [o trabalho] da CPI. É uma proposta que vem somar ao enfrentamento ao trá-fico de pessoas. Sem dúvi-da, agrega e sensibiliza a atuação do Congresso.

Agência Brasil – O tráfico existe de uma forma geral, então? Eleonora Menicucci – O tráfico existe dentro do próprio país. No Sul, no Sudeste, no Centro--Oeste, no Nordeste e no Norte. Outro dia desba-rataram uma casa em São Paulo e foram encontra-

das meninas de 12 anos.

Agência Brasil – O traficante tem um perfil? Eleonora Menicucci – Os envolvidos com o trá-fico são pessoas do círculo de conhecimento da víti-ma, que vigiam a rotina dela. Em geral, os trafi-cantes fiscalizam e acom-panham a rotina da víti-ma, depois partem para o assédio. Em Salamanca [Espanha], por exem-plo, eles observavam a rotina das mulheres na academia de ginástica. Mas também é bastante frequente fazer isso em bares.

Agência Brasil – A estratégia de assédio é, em geral, a mesma? Eleonora Menicucci – As mulheres são seduzi-das com a promessa de uma vida melhor, de tra-balho com carteira assina-da e de forma mais digna. [Em geral], são mulheres pobres, mas há também casos de classe média. Todas têm sonhos de me-lhorar de vida. Não quer dizer que só as mulheres pobres são vulneráveis. São mulheres bonitas, jo-vens e promissoras.

Agência Brasil – Quando desembarcam no país prometido, a realidade é totalmente diferente da informada nos primeiros contatos... Eleonora Menicucci – As mulheres ganham as passagens e as promes-sas são as mais variadas. Quando chegam [ao país prometido], os documen-tos são retirados e são informadas que têm dí-vidas. Houve uma jovem que a dívida dela era de mais de 5 mil euros [mais de R$15 mil]. [Essas mu-lheres] são confinadas em condições desumanas e sem alimentação. As qua-drilhas as mantêm em lu-gares do tipo boate e não saem para nada. [Tam-bém] são obrigadas a ter relação [sexual] o tempo todo.

Tráfico de pessoas

Eleonora Menicucci, Ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres.

É preciso denunciar e não ter medo,

recomenda ministra sobre tráfico de pessoas.

Page 11: Jornal Cruzeiro Fevereiro de 2013

SANTA ROSA • Fevereiro de 2013 11Geral

Bairro Cruzeiro

O comércio do bairro e a ACICRUZ

O elo que precisa ser fortalecido

Criada em 1997, a Associação Comer-cial, Industrial, Servi-ços e Agropecuária do Bairro Cruzeiro (ACI-CRUZ), em sua cria-ção a Entidade contou com a adesão maciça dos empresários do Bairro, no ano da sua fundação foi realiza-do o Natal Premiado, que teve como objetivo fortalecer o comércio no bairro, cada esta-belecimento comercial distribuía cautelas aos seus clientes que iriam participar de sorteios no evento Natal Pre-miado, na época reuniu mais de mil pessoas na praça, e este movi-mento aconteceu por três anos. A ACICRUZ precisa tomar medidas para readquirir a for-ça que tinha no bairro promovendo seu co-mércio e incentivando que os moradores do bairro consumam no comércio local.

O comércio do bair-ro precisa de uma en-tidade gestora forte;

presente e abrangente, que receba e atenda desde o mais humilde comércio até a indús-tria mais forte, sempre atenta às necessidades locais e as tendências de comércio, promo-vendo cursos, palestras e reuniões que incenti-vem seus associados.

O bairro Cruzeiro está adquirindo um status de importância único, só comparável ao centro da cidade. Muitas empresas e in-dústrias, bem como bancos, têm se instala-do no bairro reconhe-cendo seu potencial e tornando-o um segun-do centro comercial de Santa Rosa. Com dezoito mil habitan-tes não é de se surpre-ender que isto esteja acontecendo.

A questão é: Como o comércio do bairro pode inserir-se neste contexto de crescimen-to, e qual a participa-ção da ACICRUZ neste processo.

Já existem vários

exemplos de empresas que se estabeleceram no bairro por terem percebido seu momen-to de crescimento e seu potencial econô-mico e que acabaram por ter que fechar as portas por terem visto frustradas suas expec-tativas. Vê-se todos os dias pessoas tomando seus carros ou até mes-mo ônibus para fazer compras no centro da cidade para adquirir produtos que estão à venda no comércio do bairro.

É verdade que ain-da falta diversidade e variedade de produtos mas o que mais falta é uma campanha maciça de valorização do bair-ro.

A ACICRUZ pode e deve participar deste processo, tomando-lhe a frente, preservando o comércio a indústria e o emprego locais.

A união faz a força, e o comércio do bairro precisa de uma entida-de forte e presente.

SAMU registra redução de atendimentos

nos primeiros mesesLisandra Steffen

Assessoria de Comu-nicação Hospital Vida & Saúde

Janeiro com queda no número de atendimen-tos do SAMU. O serviço que é gerenciado pelo Hospital Vida & Saúde

teve um registro de 246 chamados, número me-nor que em 2012(267) e que em 2011(265). Em todas as Unidades da região, os atendimen-tos diminuíram, nesse primeiro mês, de 2013. Três de Maio que man-tinha uma média acima de 30 chamados regis-trou apenas 17. Em

Santa Rosa, os atendi-mentos também redu-ziram tanto na Unidade de Suporte Básico, quanto na Unidade de Suporte Avançado. De acordo com a coorde-nadora, Enfermeira Juliana Knorst, “Tive-mos uma significativa redução no número de chamados nesse primei-ro mês”. A Enfermeira destaca também que o mês de fevereiro deverá ser de redução, já que não houve nenhum re-gistrou em todo o car-naval, “Em Santa Rosa não tivemos nenhum atendimento, como nos outros anos era de costume, em função das festas”.

Manobra infla PAC em R$ 8,9 bilhões para cumprir meta reduzida de

superávit primário.

Além de saques no Fun-do Soberano e da utili-zação de dividendos de estatais, o governo usou uma manobra para ga-rantir o cumprimento da meta reduzida de supe-rávit primário em 2012. Uma série de medidas ao longo de dezembro re-manejou R$ 8,9 bilhões do orçamento de seis ministérios para o Pro-grama de Aceleração do Crescimento (PAC), faci-litando o esforço fiscal.O valor foi obtido com base em levantamen-to da Agência Brasil de três portarias da Se-cretaria de Orçamento Federal, do Ministério do Planejamento, publi-cadas no Diário Oficial da União nos dias 5, 26 e 28 de dezembro. Com as medidas, despesas de combate à fome, defesa e educação passaram a se enquadrar nos critérios estabelecidos para o PAC, podendo ser incluídas no mecanismo que permite o abatimento dos gastos do programa do cumpri-mento da meta fiscal.O maior volume de des-pesas remanejadas cor-responde ao Ministério da Defesa, que passou a contribuir com R$ 4,670 bilhões para o PAC. Em seguida, vem os Minis-térios da Educação (R$

2,775 bilhões) e da In-tegração Nacional (R$ 1,080 bilhão). Comple-tam a lista os Ministé-rios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (R$ 383,44 milhões), da Cultura (R$ 30,9 mil) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (R$ 11,1 mil).As mudanças inflaram a execução do PAC. Pelos novos critérios, o pro-grama gastou R$ 39,3 bilhões no ano passado. O valor exato da execu-ção sem as dotações re-manejadas não foi divul-gado pelo Tesouro, mas ficaria em torno de R$ 30,4 bilhões, caso toda a verba dos programas te-nha sido consumida em 2012.O superávit primário representa o montan-te economizado para o pagamento dos juros da dívida pública. No ano passado, União, esta-dos, municípios e esta-tais economizaram R$ 104,951 bilhões, abai-xo de meta cheia de R$ 139,8 bilhões estabeleci-da pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).O governo só não des-cumpriu a legislação porque a própria LDO autoriza o abatimento de todas as despesas do PAC da meta cheia. Dos R$ 39,3 bilhões gastos

no PAC em 2012, o go-verno abateu R$ 34,849 bilhões do esforço fiscal. O Tesouro Nacional tam-bém usou outras mano-bras para inflar o caixa, sacando R$ 12,4 bilhões do Fundo Soberano, pou-pança formada pelo ex-cedente do superávit pri-mário de 2008, e usando R$ 28,019 bilhões de dividendos de estatais, parte do lucro devido aos acionistas. No caso das empresas públicas, o Te-souro Nacional é o maior acionista.Segundo o Tesouro Na-cional, o remanejamento de despesas para o PAC é normal e costuma ser feito em todos os anos. Na semana passada, o secretário do Tesouro, Arno Augustin, rejeitou a alegação de que a equi-pe econômica tenha usa-do manobras contábeis. Segundo ele, todas essas operações estão previs-tas na legislação e não entram em conflito com a LDO.Em 2010, o esforço fiscal também ficou abaixo da meta inicialmente esta-belecida. Naquele ano, no entanto, o governo al-terou a LDO no Congres-so Nacional para reduzir a meta e não descumprir a legislação.Fonte: Agência Brasil

Parlamento instala comissões que irão acompanhar investigação e

revisar legislação sobre incêndio

O presidente da As-sembleia Legislati-va gaúcha, deputado Pedro Westphalen (PP)  instala no início da tarde desta quinta--feira (14), no Salão Júlio de Castilhos, uma Comissão Especial e uma Comissão de Re-presentação Externa, propostas após o in-cêndio da boate Kiss.

A Comissão Especial deve analisar as legis-

lações estadual e mu-nicipais de prevenção a incêndios, e as con-dições de fiscalização e aprimoramento dessas regras de segurança. Conforme o art. 76 do Regimento Interno da Casa, deverá assumir a presidência do gru-po técnico o deputado Adão Villaverde (PT), primeiro signatário do requerimento de insta-lação.

Já a Comissão de Re-presentação Externa, proposta pela Mesa Di-retora, irá acompanhar a investigação do in-cêndio ocorrido no dia 27 de janeiro em Santa Maria. A coordenação dos trabalhos foi dele-gada pelo presidente Pedro Westphalen ao deputado Jorge Pozzo-bom (PSDB).Fonte: Agência de No-tícias ALRS

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SANTA ROSA •Fevereiro de 2013Geral