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JOBNAL DO BRASIL í£ JORNAL DO BRASIL S A 1993 RIO DE JANEIRO QUINTA-FEIRA II DE NOVEMBRO DE 1993 Preço para o Rio: CR$ 110,00 Brasileiro culpa Justiça por corrupção Revisão tem regimento e Clerot é relator Apesar da forte obstrução dos par- lamentares contrários a mudanças na Constituição, o texto principal do regi- mento interno da revisão constitucio- nal foi aprovado ontem pelo Congresso Nacional, que deixou para hoje o início da votação das centenas de emendas e destaques. O quorum mínimo para a sessão foi ultrapassado em apenas 20 parlamentares. Os contras não vota- ram. Os revisionistas obtiveram 307 votos com apenas quatro contra e duas abstenções e aprovaram tam- bém o nome do substituto de Ibsen Pinheiro na relatoria, o deputado José Luiz Clerot (PMDB-PB). (Página 2) Imposto de Renda de 94 é simplificado A Receita Federal anunciou simpli- ficações no Imposto de Renda de 1994 para pessoas físicas c jurídicas. Os con- tribuintes pessoas físicas não precisa- rão repetir a relação dos bens declara- dos no ano passado. Deverão apenas anotar as mudanças ocorridas no pa- trimônio ao longo de-1993. As empre- sas terão o número de anexos reduzi- do de 12 para quatro e a possibilidade de apresentar a declaração em disque- tes. (Negócios e Finanças, página 6) Plano deve ir ao Congresso ainda este mês O diretor da Área Internacional do Banco Central, Gustavo Franco, dis- se que as medidas do novo pacote econômico poderão ser enviadas ao Congresso até o final do mês, junto com a mini-reforma tributária c o novo Orçamento de 1994. Segundo ele, o governo deve enviar também as propostas da nova política salarial pa- ra o funcionalismo e de mudança nos reajustes dos benefícios da Previdên- cia. {Negócios e Finanças, página 1) No Rio c em Niterói, céu nublado, claro em alguns períodos. Tem- perutura estável. Má- xima em Bangu e mi- nima no Alto da Boa Vista. Mar calmo, com visibilidade boa. I MiN. Fotos do satento e mapas do tompo, página 22. POUAH Comorcial (compra) Comercial (venda) Paralelo (compra) Paralelo (venda) Turismo (compra) Turismo (venda) . CRS 196.69 . CRS 196.70 . CRS 188.00 æCRS 194.00 . CRS 182.00 æCRS 190 80 TAXAS REFERENCIAIS De Juros (TR) dia 11.10 38,53% ' UWIF P/IPTU residencial P/IPTU comercial e territorial, ISS e Alvará i Taxa de Expediente «CRS 2.625,41 . CRS 2.916,48 ....CRS 583.29 SALÁRIO mínimo Novembro. ...CRS 15.021,00 UFERJ NovembroCRS 4.537,14 ÍNDICE Coisas da Política2 Política e Governo2 a 8, 12 e 13 Informe JB6 Editoriais e Ique10 Opinião11 Brasil14 Ciôncia e Ecologia15 Internacional16 e 17 Cidade18 a 21 Registro22 Esportes23 a 26 Sérgio Noronha25 Cadernos/Péfllna» Classificados22 Negócios e Finanças8 %8 Ano CHI N" 217 Assinatura JB (novas)Rio 585-4321 Outros estados/cidades (DDG) .(£(021) 800-4€13 Atendimento ao assinanteÇ?(0*21) 589-5000 ClassificadosRio 580-5522 Outras praças (DDG)Ç?(021) 800-4613 Aluguéis vão subir de 217% a 2.212% Os aluguéis que vencem es- te mês terão reajuste entre 217,77% para os contratos quadrimestrais regidos pelo INPC e 2.212.86%. nos con- tratos anuais pelo 1GP. Os au- mentos dos aluguéis com cor- reçào semestral vão variar en- tre 464,02% (1GP) e 425,22% (INPC). Os reajustes incidem so- bre o valor de outubro e serão pagos no início de dezembro. Embora ainda continuem em pa- tamares muito elevados, o INPC e o IPCA dois dos indexadores mais ¦ usados para corrigir os aluguéis tiveram pequena queda em outu- bro,em relação a setembro. O INPC caiu de 35,63% para 34,12%, en- quanto o IPCA baixou de 35,69% para 33,92% no mesmo período. No acumulado do ano, o INPC chega a 1.282,24% e o IPCA, a 1.289,30%. (Negócios e Finanças, pág. 3) CIDADE Gaviões atacam Um casal de gaviões do tipo Carijó incomoda três meses os moradores da Rua Miguel de Resende, em Santa Tereza. O gavião macho (foto), marrom. 30 centímetros de altura, vôos rasantes e bica a cabeça das pessoas. Uma equipe do Rio Zôo vai hoje ao local.(PágJ 9) Carlos Mesquita José Rohorto Serra Guardas do 1 ° socorro O prefeito Ccsar Maia, que saiu da solenidade com marcas de batom no rosto (foto), diplomou no Sambódromo a primeira turma de paramédicos da Guarda Municipal. Aptos a prestar primeiros socorros, os diplomados atuarão no Aterro do Flamengo, na Lagoa e na Barra da Tijuca. (Pág. 20) B Oficina revisto José Celso Martinez Corrêa (foto) monta, em São Paulo, uma versão livre de Hamlet, fazendo a retrospectiva de sua carreira no Oficina. O 'chef' do ano Sem falar francês, o paraibano Antônio Costa (foto), eleito chef do ano pelo Guia Quatro Rodas. deu três estrelas a Claude Troisgros. Pesquisa do Ibope realizada en- tre 29 de outubro e 3 de novembro em todo o país revela que 56% dos brasileiros estão descrentes da poli- tica e acreditam que a corrupção existe porque a Justiça não pune ninguém; 41% dos entrevistados disseram que os políticos corruptos existem porque a maioria dos elei- tores não tem condições de votar de forma consciente. Os empresários são a terceira causa da corrupção: 30% acham que eles pensam em lucrar à custa dos cofres públicos. Se pudesse decidir os rumos da revisão constitucional, a população optaria pelo voto não-obrigatório e escolheria um presidente da Repú- blica forte, que não sofresse in- fluência do Congresso. A pesquisa do Ibope mediu ainda a credibilida- de das instituições e classes. Os po- líticos lideram a lista negativa: 82% não confiam na classe, 76% não acreditam nos partidos e 60% não crêem no Congresso. As instituições mais respeitadas são a Igreja (77%) e os meios de comunicação (62%). Ibsen explica depósitos O deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) disse ontem à CPI do Orçamento que os depósitos perió- dicos descobertos em três contas bancárias do parlamentar no Bra- desço, Banrisul e Banco do Brasil eram resultado de rendimento da poupança, em 1991. Documentos entregues à CPI pela Caixa Econô- mica comprovam que ele tinha o equivalente a USS 160 mil em ca- dernetas, cujo rendimento, de USS 10 mil, era depositado periódica- mente em conta corrente da pró- pria CEF, a partir do desbloqueio dos cruzados novos em agosto de 1991. "Ele deu sua versão, com muita elegância, mas por enquan- to ainda precisamnos fazer uma ampla investigação", disse o rela- tor da CPI, Roberto Magalhães. Alegando que a informação está sob sigilo bancário, a CPI não desmentiu a notícia dos depósitos periódicos encontrados em três contas nos anos de 1988 e 1989. Roseana defende Costa A deputada Roseana Sarney foi ao Palácio do Planalto defender os interesses do pai. Em reunião com o presidente Itamar Franco, ela pediu a permanência do minis- tro da Integração Regional, Ale- xandre Costa. Roseana disse que Costa é aliado político de seu pai, José Sarney, 40, anos. Da reu- nião com a deputada participa- ram o ministro da Fazenda, Fer- nando Henrique Cardoso, e o líder do governo no Senado, Pe- dro Simon (PMDB-RS). Citado no escândalo do Orçamento, Costa se recusa a deixar o cargo e, para afastálo, Itamar deverá extinguir seu ministério. (Páginas 3, 4 e 7) Marcelo Tlmobald Criminalidade faz Nilo discutir com delegado O delegado Afonso Costa, da 12'1 DP, irritou o secretário de Polícia Ci- vil, Nilo Batista, ao afirmar, em reu- nião do Conselho de Segurança Tu- rística. que a criminalidade cm Copacabana cresceu 80% este ano. A noite o delegado disse que nào dispu- nha de dados que comprovassem a afirmação. A reunião ia traçar plano de policiamento no verão. (Pág. 21) ? O São Cristóvão, que ga- nhou seu único título carioca no distante 1926, decidiu apostar muna novidade. Contratou os atores Nuno Leal Maia (E) e Romeu Evaristo, que Jéz pa- pel de Saci na televisão, para dirigir o time durante o Cam- peonato Estadual da segunda di- visão em 1994. Durante o chur- vasco de apresentação da dupla, o técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, que também começou no clube ca- dete, foi levar seu apoio aos novos treinadores. (Página 24) mrnm João Alves esvazia contas bancárias Página 6 Banco Mundial ajuda na luta contra a Aids O Banco Mundial vai emprestar ao Ministério da Saúde USS 160 milhões para serem aplicados, durante os pró- ximos quatro anos. no fortalecimento do Programa Nacional dc Controle de Doenças Sexualmente Transmissíveis c da Aids. Com 500 mil infectados pelo H1V. o Brasil é o país no mundo em casos de Aids. (Página 15) Uma guilhotina na CPI do Orçamento Caderno B, pág. 8 Produtividade da indústria terá recorde Dados divulgados pelo IBGE reve- Iam que a produtividade da indústria brasileira deverá ser recorde este ano. De janeiro a julho, o crescimento foi de 18.2% cm relação ao mesmo período cie 1992. A pesquisa observa, no entan- to, que esse aumento não está se refle- tindo na expansão do nível dc empre- go. (Negócios e Finanças, pág. 7) Brasilia Josemar Qonf alves ill,4s ¦AW ¦ jjr ,0m B mm Ibsen (E) esteve com Mercadante na CPI do Orqamento Brasília —1 Josemar Gonçalves Ibsen (E) esteve com Mercadante na CPI do Orçamento OI
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JOBNAL DO BRASIL í£ JORNAL DO BRASIL S A 1993 RIO ...

Jan 18, 2023

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JOBNAL DO BRASIL

í£ JORNAL DO BRASIL S A 1993 RIO DE JANEIRO • QUINTA-FEIRA • II DE NOVEMBRO DE 1993 Preço para o Rio: CR$ 110,00

Brasileiro culpa Justiça por

corrupção

Revisão já tem

regimento e

Clerot é relator

Apesar da forte obstrução dos par-lamentares contrários a mudanças naConstituição, o texto principal do regi-mento interno da revisão constitucio-nal foi aprovado ontem pelo CongressoNacional, que deixou para hoje o inícioda votação das centenas de emendas edestaques. O quorum mínimo para asessão foi ultrapassado em apenas 20parlamentares. Os contras não vota-ram. Os revisionistas obtiveram 307votos — com apenas quatro contra eduas abstenções — e aprovaram tam-bém o nome do substituto de IbsenPinheiro na relatoria, o deputado JoséLuiz Clerot (PMDB-PB). (Página 2)

Imposto de

Renda de 94 é

simplificado

A Receita Federal anunciou simpli-ficações no Imposto de Renda de 1994para pessoas físicas c jurídicas. Os con-tribuintes pessoas físicas não precisa-rão repetir a relação dos bens declara-dos no ano passado. Deverão apenasanotar as mudanças ocorridas no pa-trimônio ao longo de-1993. As empre-sas terão o número de anexos reduzi-do de 12 para quatro e a possibilidadede apresentar a declaração em disque-tes. (Negócios e Finanças, página 6)

Plano deve ir

ao Congresso

ainda este mês

O diretor da Área Internacional doBanco Central, Gustavo Franco, dis-se que as medidas do novo pacoteeconômico poderão ser enviadas aoCongresso até o final do mês, juntocom a mini-reforma tributária c onovo Orçamento de 1994. Segundoele, o governo deve enviar também aspropostas da nova política salarial pa-ra o funcionalismo e de mudança nosreajustes dos benefícios da Previdên-cia. {Negócios e Finanças, página 1)

No Rio c em Niterói,céu nublado, claro emalguns períodos. Tem-perutura estável. Má-xima em Bangu e mi-nima no Alto da BoaVista. Mar calmo,com visibilidade boa.

I MiN.

Fotos do satento e mapas do tompo, página 22.

POUAHComorcial (compra)Comercial (venda)Paralelo (compra)Paralelo (venda)Turismo (compra)Turismo (venda)

. CRS 196.69. CRS 196.70. CRS 188.00

CRS 194.00. CRS 182.00

CRS 190 80TAXAS REFERENCIAISDe Juros (TR) dia 11.10 38,53%

' UWIFP/IPTU residencialP/IPTU comercial e territorial,ISS e Alvará

i Taxa de Expediente

«CRS 2.625,41. CRS 2.916,48....CRS 583.29

SALÁRIO mínimoNovembro. ...CRS 15.021,00UFERJNovembro CRS 4.537,14

ÍNDICECoisas da Política 2Política e Governo 2 a 8, 12 e 13Informe JB 6Editoriais e Ique 10Opinião 11Brasil 14Ciôncia e Ecologia 15Internacional 16 e 17Cidade 18 a 21Registro 22Esportes 23 a 26Sérgio Noronha 25

Cadernos/Péfllna»Classificados 22Negócios e Finanças 8

8Ano CHI — N" 217

Assinatura JB (novas) Rio 585-4321Outros estados/cidades (DDG) .(£ (021) 800-4€13Atendimento ao assinante Ç? (0*21) 589-5000Classificados Rio 580-5522Outras praças (DDG) Ç? (021) 800-4613

Aluguéis vão subir

de 217% a 2.212%

Os aluguéis que vencem es-te mês terão reajuste entre217,77% — para os contratosquadrimestrais regidos peloINPC — e 2.212.86%. nos con-tratos anuais pelo 1GP. Os au-mentos dos aluguéis com cor-reçào semestral vão variar en-tre 464,02% (1GP) e 425,22%(INPC). Os reajustes incidem so-bre o valor de outubro e serãopagos no início de dezembro.

Embora ainda continuem em pa-tamares muito elevados, o INPC e oIPCA — dois dos indexadores mais ¦usados para corrigir os aluguéis —tiveram pequena queda em outu-bro,em relação a setembro. O INPCcaiu de 35,63% para 34,12%, en-quanto o IPCA baixou de 35,69%para 33,92% no mesmo período. Noacumulado do ano, o INPC chega a1.282,24% e o IPCA, a 1.289,30%.(Negócios e Finanças, pág. 3)

CIDADEGaviõesatacamUm casal de gaviõesdo tipo Carijó incomodahá três meses osmoradores da RuaMiguel de Resende, emSanta Tereza. O gaviãomacho (foto), marrom.30 centímetros de altura,dà vôos rasantes e bica acabeça das pessoas.Uma equipe do Rio Zôovai hoje ao local.(PágJ 9)

Carlos Mesquita

José Rohorto SerraGuardas do1 ° socorroO prefeito Ccsar Maia,que saiu da solenidadecom marcas de batom norosto (foto), diplomouno Sambódromo aprimeira turma deparamédicos da GuardaMunicipal. Aptos aprestar primeirossocorros, os diplomadosatuarão no Aterro doFlamengo, na Lagoa e naBarra da Tijuca. (Pág. 20)

B

OficinarevistoJosé CelsoMartinezCorrêa (foto)monta, em SãoPaulo, umaversão livre deHamlet,fazendo aretrospectivade sua carreirano Oficina.

O 'chef'

do anoSem falarfrancês, oparaibanoAntônio Costa(foto), eleitochef do anopelo GuiaQuatro Rodas.deu três estrelasa ClaudeTroisgros.

Pesquisa do Ibope realizada en-tre 29 de outubro e 3 de novembroem todo o país revela que 56% dosbrasileiros estão descrentes da poli-tica e acreditam que a corrupçãoexiste porque a Justiça não puneninguém; 41% dos entrevistadosdisseram que os políticos corruptosexistem porque a maioria dos elei-tores não tem condições de votar deforma consciente. Os empresáriossão a terceira causa da corrupção:30% acham que eles só pensam emlucrar à custa dos cofres públicos.

Se pudesse decidir os rumos darevisão constitucional, a populaçãooptaria pelo voto não-obrigatório eescolheria um presidente da Repú-blica forte, que não sofresse in-fluência do Congresso. A pesquisado Ibope mediu ainda a credibilida-de das instituições e classes. Os po-líticos lideram a lista negativa: 82%não confiam na classe, 76% nãoacreditam nos partidos e 60% nãocrêem no Congresso. As instituiçõesmais respeitadas são a Igreja (77%)e os meios de comunicação (62%).

Ibsen explica depósitos

O deputado Ibsen Pinheiro(PMDB-RS) disse ontem à CPI doOrçamento que os depósitos perió-dicos descobertos em três contasbancárias do parlamentar no Bra-desço, Banrisul e Banco do Brasileram resultado de rendimento dapoupança, em 1991. Documentosentregues à CPI pela Caixa Econô-mica comprovam que ele tinha oequivalente a USS 160 mil em ca-dernetas, cujo rendimento, de USS10 mil, era depositado periódica-

mente em conta corrente da pró-pria CEF, a partir do desbloqueiodos cruzados novos em agosto de1991. "Ele deu lá sua versão, commuita elegância, mas por enquan-to ainda precisamnos fazer umaampla investigação", disse o rela-tor da CPI, Roberto Magalhães.Alegando que a informação estásob sigilo bancário, a CPI nãodesmentiu a notícia dos depósitosperiódicos encontrados em trêscontas nos anos de 1988 e 1989.

Roseana defende CostaA deputada Roseana Sarney foi

ao Palácio do Planalto defenderos interesses do pai. Em reuniãocom o presidente Itamar Franco,ela pediu a permanência do minis-tro da Integração Regional, Ale-xandre Costa. Roseana disse queCosta é aliado político de seu pai,José Sarney, há 40, anos. Da reu-

nião com a deputada participa-ram o ministro da Fazenda, Fer-nando Henrique Cardoso, e olíder do governo no Senado, Pe-dro Simon (PMDB-RS). Citadono escândalo do Orçamento, Costase recusa a deixar o cargo e, paraafastálo, Itamar deverá extinguirseu ministério. (Páginas 3, 4 e 7)

Marcelo Tlmobald

Criminalidade

faz Nilo discutir

com delegado

O delegado Afonso Costa, da 12'1DP, irritou o secretário de Polícia Ci-vil, Nilo Batista, ao afirmar, em reu-nião do Conselho de Segurança Tu-rística. que a criminalidade cmCopacabana cresceu 80% este ano. Anoite o delegado disse que nào dispu-nha de dados que comprovassem aafirmação. A reunião ia traçar planode policiamento no verão. (Pág. 21)

? O São Cristóvão, que ga-nhou seu único título carioca nodistante 1926, decidiu apostarmuna novidade. Contratou osatores Nuno Leal Maia (E) eRomeu Evaristo, que já Jéz pa-pel de Saci na televisão, paradirigir o time durante o Cam-

peonato Estadual da segunda di-visão em 1994. Durante o chur-vasco de apresentação da dupla,o técnico da seleção brasileira,Carlos Alberto Parreira, quetambém começou no clube ca-dete, foi levar seu apoio aosnovos treinadores. (Página 24)

mrnm

João Alves esvazia

contas bancáriasPágina 6

Banco Mundial

ajuda na luta

contra a Aids

O Banco Mundial vai emprestar aoMinistério da Saúde USS 160 milhõespara serem aplicados, durante os pró-ximos quatro anos. no fortalecimentodo Programa Nacional dc Controle deDoenças Sexualmente Transmissíveisc da Aids. Com 500 mil infectados

pelo H1V. o Brasil é o 4° país nomundo em casos de Aids. (Página 15)

Uma guilhotina na

CPI do OrçamentoCaderno B, pág. 8

Produtividade

da indústria

terá recorde

Dados divulgados pelo IBGE reve-Iam que a produtividade da indústriabrasileira deverá ser recorde este ano.De janeiro a julho, o crescimento foi de18.2% cm relação ao mesmo períodocie 1992. A pesquisa observa, no entan-to, que esse aumento não está se refle-tindo na expansão do nível dc empre-go. (Negócios e Finanças, pág. 7)

Brasilia — Josemar Qonf alves

ill,4s

¦A W ¦ jjr ,0m

B mm

Ibsen (E) esteve com Mercadante na CPI do Orqamento

Brasília —1 Josemar Gonçalves

Ibsen (E) esteve com Mercadante na CPI do Orçamento

OI

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JORNAL DO BRASIL

fe JORNAL DO BRASIL SA 1993 RIO DE JANEIRO • QUINTA-FEIRA • 11 DE NOVEMBRO DE 1993 2" Edição Preço para o Rio: CR$ 110,00

Brasileiro culpa Justiça por

corrupção

Revisão já tem

regimento e

Clerot é relator

Apesar da forte obstrução dos par-lamentares contrários a mudanças naConstituição, o texto principal do regi-mento interno da revisão constitucio-nal foi aprovado ontem pelo CongressoNacional, que deixou para hoje o inícioda votação das centenas de emendas edestaques. O quorum mínimo para asessão foi ultrapassado em apenas 20parlamentares. Os contras não vota-ram. Os revisionistas obtiveram 307votos — com apenas quatro contra eduas abstenções — e aprovaram tam-bém o nome do substituto de IbsenPinheiro na relatoria, o deputado JoséLuiz Clerot (PMDB-PB). (Página 2)

Imposto de

Renda de 94 é

simplificado

A Receita Federal anunciou simpli-ficaçòes no Imposto de Renda dc 1994para pessoas físicas e jurídicas. Os con-tribuintes pessoas físicas não precisa-rão repetir a relação dos bens declara-dos no ano passado. Deverão apenasanotar as mudanças ocorridas no pa-trimònio ao lonuo de 1993. As empre-sas terão o número de anexos reduzi-do de 12 para quatro e a possibilidadede apresentar a declaração em disque-tes. (Negócios e Fina/nas, página 6)

Plano deve ir

ao Congresso

ainda este mês

O diretor da Área Internacional doBanco Central. Gustavo Franco, dis-se que as medidas do novo pacoteeconômico poderão ser enviadas aoCongresso até o final do mês, juntocom a minirreforma tributária e onovo Orçamento de 1994. Segundoele. o governo deve enviar também aspropostas da nova política salarial pa-ra o funcionalismo e de mudança nosreajustes dos benefícios da Previdèn-cia. (Negócios e Finanças, página 1)

Brasília — Josemar Qonçalvos

No Rio e em Niterói,céu nublado, claro emalguns períodos. Tem-peratura estável. Má-xinia em Bangu e mi-nima no Alio da BoaVista. Mar calmo,com visibilidade boa.

I MiN.

Fotos do satélite e mapas do tempo, página 22.

DÓLARComercial (compra)Comercial (venda)Paralelo (compra)Paralelo (venda)Turismo (compra)Turismo (venda)

. CRS 196.69

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TAXAS REFERENCIAISDe Juros (TR) dia 11.10 38.53%UNIFP/IPTU residencialP/IPTU comercial e territorial,ISS e AlvaráTaxa de Expediente

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SALÁRIO MÍNIMONovembro CRS 15 021,00UFERJNovembro..

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Coisas da Política 2Política e Governo 2 a 8, 12 e 13Informe JB 6Editoriais e Ique 10Opinião 11BrasilCiência e Ecologia 15Internacional 16 e 17Cidade 18 a 21Registro 22Esportes 23 a 26S6rgio Noronha 25

Cademos/P6ginasClassificados 22Negbcios e Finan^as 8 ZZ.8

Ano Clll — N" 217Assinatura JB (novas) Rio 585-4321Outros estados/cidades (DDG) .® (021) 800-4613Atendimento ao assinante (021) 589-5000Classificados Rio 580-5522Outras praças (DDG) (021) 800-4613

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Ibsen (E) esteve com Mercadante na CPI do Orçamento

Aluguéis

de 217%

Os aluguéis que vencem este mêsterào reajuste entre 217,77% — para oscontratos quadrimestrais regidos peloINPC — e 2.212,86%, nos contratosanuais pelo IGP. Os aumentos dosaluguéis com correção semestral vãovariar entre 464.02% (IGP) c 425.22%(INPC). Os reajustes incidem sobre ovalor de outubro e serão pagos noinício de dezembro.

Embora ainda continuem em pata-

vão subir

a 2.212%

mares muito elevados, o INPC e oIPCA — dois dos indexadores maisusados para corrigir os aluguéis —tiveram pequena queda em outubro,em relação a setembro. O INPC caiudc 35,63% para 34,12%, enquanto oIPCA baixou de 35,69% para33,92% no mesmo período. No acu-mulado do ano, o INPC chega a1.282.24%, e o IPCA, a 1.289.30%.(Negócios e Finanças, página 3)

CIDADEGaviõesatacamUm casal de gaviõesdo tipo Carijó incomodahá três meses osmoradores da RuaMiguel de Resende, emSanta Teresa. O gaviãomacho (foto), marrom,30 centímetros de altura,dá vôos rasantes e bica acabeça das pessoas.Uma equipe do Rio Zôovai hoje ao local.(PágJ9)

Carlos Mesquita

José Roberto SerraGuardas do1 ° socorroO prefeito César Maia.que saiu da solenidadecom marcas de batom norosto (foto), diplomouno Sambódromo aprimeira turma deparamédicos da GuardaMunicipal. Aptos aprestar primeirossocorros, os diplomadosatuarão no Aterro doFlamengo, na Lagoa e naBarra da Tijuca. (Pág. 20)

OficinarevistoJosé CelsoMartinezCorrêa (foto)monta, em SãoPaulo, umaversão livre deHamict,fazendo aretrospectivade sua carreirano Oficina.

O 'chef'

do anoSem falarfrancês, oparaibanoAntônio Costa(foto), eleitochef do anopelo GuiaQuatro Radas,deu três estrelasa ClaudeTroisgros.

Pesquisa do Ibope realizada en-tre 29 dc outubro e 3 de novembroem todo o país revela que 56% dosbrasileiros estào descrentes da poli-tica e acreditam que a corrupçãoexiste porque a Justiça não puneninguém; 41% dos entrevistadosdisseram que os políticos corruptosexistem porque a maioria dos elei-tores não tem condições de votar delorma consciente. Os empresáriossão a terceira causa da corrupção:30% acham que eles só pensam emlucrar à custa dos cofres públicos.

Se pudesse decidir os rumos darevisão constitucional, a populaçãooptaria pelo voto não-obrigatório eescolheria um presidente da Repú-blica forte, que não sofresse in-fluência do Congresso. A pesquisado Ibope mediu ainda a credibilida-de das instituições e classes. Os po-líticos lideram a lista negativa: 82%não confiam na classe, 76% nãoacreditam nos partidos e 60%) nãocrêem no Congresso. As instituiçõesmais respeitadas são a Igreja (77%)e os meios de comunicação (62%).

Ibsen explica depósitos

O deputado Ibsen Pinheiro(PMDB-RS) disse ontem à CPI doOrçamento que os depósitos perió-dicos descobertos em três contasbancárias do parlamentar no Bra-desço. Banrisul e Banco do Brasileram resultado de rendimento dapoupança, em 1991. Documentosentregues á CPI pela Caixa Econô-mica comprovam que ele tinha oequivalente a USS 160 mil em ca-dernetas. cujo rendimento, de USS10 mil, era depositado periódica-

mente em conta corrente da pró-pria CEF, a partir do desbloqueiodos cruzados novos em agosto de1991. "Ele deu lá sua versão, commuita elegância, mas por enquan-to ainda precisamos fazer umaampla investigação", disse o rela-tor da CPI, Roberto Magalhães.Alegando que a informação estásob sigilo bancário, a CPI nãodesmentiu a noticia dos depósitosperiódicos encontrados cm trêscontas nos anos de-1988 e 1989.

Roseana defende Costa

A deputada Roseana Sarney foiao Palácio do Planalto defenderos interesses do pai. Em reuniãocom o presidente Itamar Franco,ela pediu a permanência do minis-tro da Integração Regional, Ale-xandre Costa. Roseana disse queCosta é aliado político de seu pai,José Sarney, há 40 anos. Da reu-

nião com a deputada participa-ram o ministro da Fazenda, Fer-nando Henrique Cardoso, e olíder do governo no Senado, Pe-dro Simon (PMDB-RS). Citadono escândalo do Orçamento, Costase recusa a deixar o cargo e, paraafastá-lo, Itamar deverá extinguirseu ministério. (Páginas 3, 4 e 7)

Marcelo ThfíohaId

Flamengo vence

e está na final

da Supercopa

O Flamengo venceu o Nacionalpor 3 a 0, ontem à noite, no EstádioCentenário de Montevidéu, e elassifi-cou-se para as finais da Supercopa daLibertadores. Os gols foram dc Nélio(2) e Renato Gaúcho. Amanhã o ru-bro-negro volta a campo, no Maraca-nà. para enfrentar o Botafogo, peloBrasileiro, com a obrigação de vencerpara continuar na competição. (Pág. 25)

Informe JB

João Alves esvazia

contas bancáriasPágina 6

Banco Mundial

ajuda na luta

contra a Aids

O Banco Mundial vai emprestar aoMinistério da Saúde USS 160 milhõespara serem aplicados, durante os pró-ximos quatro anos, no fortalecimentodo Programa Nacional de Controle deDoenças Sexualmente Transmissíveise da Aids. Com 500 mil infectadospelo HIV, o Brasil é o 4o país nomundo em casos de Aids. (Página 15)

? O São Cristóvão, que ga-nliou seu único título carioca nodistante 1926, decidiu apostarnuma novidade. Contratou osatores Nuno Leal Maia (E) eRomeu Evaristo, que já fez pa-pel de Saci na televisão, paradirigir o time durante o Cam-

peonato Estadual da segunda di-visão em 1994. Durante o cliur-rasco de apresentação da dupla,o técnico da seleção brasileira,Carlos Alberto Parreira, quetambém começou no clube ca-dete, foi levar seu apoio aosnovos treinadores. (Página 24)

Mauro Rasi

Uma guilhotina na

CPI do OrçamentoCaderno B, pág. 8

Criminalidade

faz Nilo discutir

com delegado

O delegado Afonso Costa, da 12''DP. irritou o secretário de Polícia Ci-vil, Nilo Batista, ao afirmar, cm reu-niào do Conselho de Segurança Tu-rística. que a criminalidade emCopacabana cresceu 80% este ano. Ânoite o delegado disse que não dispu-nha de dados que comprovassem aafirmação. A reunião ia traçar planode policiamento no verão. (Pág. 21)

*

... t*rr-

OI

Page 3: JOBNAL DO BRASIL í£ JORNAL DO BRASIL S A 1993 RIO ...

quinta-feira, 11/11/93POLÍTICA E GOVERNO JORNAL DO BRASIL

COISAS DA

POLÍTICADORA KRAMER

H

O panorama visto

da Esplanadaá um certo gabinete passou impávido por umana Esplanada dos Mi- CPI da corrupção, devida-

mente engavetada pelocompadrio corporativo quetanto faria falta ao suces-sor. Fernando Collor pe-gou o mote e, valendo-seda mesma estrutura coro-nelista — apesar do discur-

nistérios onde habita umcerto ministro que faz doBrasil uma análise certeira:"Estamos vivendo agoraum momento nào apenasde combate à corrupção,ela é um problema menor.A questão central é que ini- so de ataque ao "tradicio-ciou-se um processo sem nal" elegeu-se montadovolta de quebra da estrutu- no tema, mas acabou afo-ra de mando, um corte gado na mesma lama. Nes-drástico no sistema de po- se scntido< 0 proccsso dcder. Pela primeira vez, as impeachment foi o primeiroelites oligarquicas foram capitu|0 da ruptura que jáferidas dc morte.'" Trata-sede uma autoridade que, pordever dc oficio, sofre com acrise.

Mas trata-se também deum cidadão e daqueles quepensam o Brasil com raraclareza. E c nessa condiçãoque, da Esplanada, come-mora satisfeito o início deuma ruptura entre doisBrasis: o da servidão doEstado aos interesses clien-telistas e outro, que aindaninguém sabe que rumo to-mará, mas onde a equaçãosocial e política certamenteserá montada em basesbem menos perversas. Peloque conhece do mundo,nossa autoridade imaginaaté que podemos sonharcom a civilização.

"I: o melhor que pode-ria nos acontecer", diz oministro que chega a duvi-dar da hipótese de o C011-gresso sobreviver incólumeao turbilhão investigatórioda CPI do Orçamento. Osmortos e feridos que fica-rem pelo caminho farãoparte do custo natural dasmudanças profundas. Oimportante é a sobrevivên-cia da sociedade que muitoem breve será obrigada aver que ela também preci-sará passar por um proces-so de autocrítica e depura-

se pode enxergar ao longe,embora ainda sem um cál-culo preciso da distância.

O segundo vivemos ago-ra. quando a coisa transfe-riu-se do Palácio do Planai-to e plantou-se bem nomeio do Congresso. Háquem já enxergue um pró-ximo fasciculo a ser escritocm outra ponta da Praçados Três Poderes, e aindavários outros enredos se-melhantes a se espalharempelos estados e municípios.Já há uma CPI no RioGrande do Sul, outra a seengendrar no Distrito Fe-deral. No próprio Congres-so Nacional tornam-se ca-da dia mais freqüentes aspropostas que da CPI doOrçamento seriam necessá-rias sair mais três: a dosbancos, a das empreiteirase ainda uma para fiscalizaras aplicações dc dinheirosubsidiado por entidadescomo Sudene, Sudam, Su-frama etc.

O presidente ItamarFranco sabe de tudo isso. Sedesconhecia, foi-lhe dito on-tem de manhã com todas asletras numa conversa reser-vada sobre análise da crise.Como também tocou-se, du-rante essa troca de idéias, emnomes importantes — mas

ção de seus valores algo já não tão respeitáveis desdedistorcidos.

Sim, porque — com alicença do deputado Fer-nando Lyra pelo uso do ra-ciocínio — o cidadão quetanto ataca a "classe

políti-ca" não hesita um minutoantes de ceder à propostado dentista, dermatologistaou gastroenterologista queoferece abatimentos emconsultas nào declaradasao Imposto de Renda. Issoé roubo, espoliação do di-nheiro público, apropria-çào indébita. Difere deJoão Alves e PC Farias nasquantias e nos métodos,mas o objetivo é o mesmo.O princípio, idêntico.

Embora exista dentroda própria Comissão Par-lamentar de Inquérito ummovimento subterrâneo —quase clandestino, sem ros-to. anônimo, silencioso,mas presente e com poderde comando — para cir-cunscrever os limites da in-vestigação aos já previa-mente condenados, não háquem acredite mais numacochambro geral.

"Isso

não pára mais. não háquem controle o processo",analisa o ministro e xpertdo social. Processo que nàocomeçou hoje nem na CPIdo PC, muito embora se-jam esses os marcos impor-tantes da sacudidela cívicana malandragem brasileira.

Para limitar a memóriaao fim do regime militar,podemos nos remeter aogoverno José Sarney. Cha-coalhado por denúncias

f

que começou a CPI — daRepública, como os verda-deiros mentores de um es-quema de garantia de poderque vai muito além dc Joõese Manuéis. Independente-mente de quem recebeu di-nheiro ou deixou de receberpara incluir emendas no Or-çamento ou favorecer umaou outra empreiteira, o im-portante é detectar os donosdos dedos que manipulamas cordas das marionetes.

É possível que para issoseja necessária ainda umaoutra CPI, desta vez paraexaminar certos partidosque — de novo para limitaro raciocínio à rendição dosgenerais — dividem há umadécada o grosso do poder.Quem o almejou precisousempre render-se aos méto-dos impostos por seus co-mandantes — aliados demo-craticamcnte a partir de1984 — que, necessariamen-te. não são corruptos. Isso seconsiderarmos aqui corrup-çào apenas como troca ope-racional dc dinheiro, feitofaziam João Alves, JoséCarlos Santos, Paulo CésarFarias e Fernando Collor.Mas. no caso de se examinara questão pelo lado do ma-nejo das estruturas de acessoao poder, talvez seja possívelse chegar aos verdadeirosmandantes do crime e con-vencer a sociedade de quedois ou três corruptos na ca-deia nào devem bastar paraaliviar a consciência de nin-guém.

Regimento da revisão é aprovado

Contras não votaram no projeto, que passou por 307 votosBRASÍLIA — O Congresso Na-

cional aprovou o texto principaldo regimento interno da revisãoconstitucional, deixando para ho-je a votação de emendas e desta-quês. Centenas de destaques serãovotados para que o projeto sejatotalmente aprovado, dando iní-cio formal à revisão. Os revisio-nistas conseguiram 307 votos. Ape-nas quatro parlamentares foramcontra e dois se abstiveram. Oscontras não votaram. O quorumminimo exigido foi ultrapassadoem apenas 20 votos.

Apesar da pesada obstrução dosparlamentares contrários à revisão,os grandes partidos conseguiramreunir número suficiente de parla-mentares para aprovar o substituti-vo do deputado Ibsen Pinheiro(PMDB-RS), que se afastou da re-latoria devido as denúncias que en-volvem seu nome na corrupção doOrçamento. O novo relator, depu-lado José Luiz Clerot (PMDB-PB),adotou integralmente o projeto an-terior.

CPI — As denúncias que es-tão sendo apuradas pela CPI do

Orçamento foram utilizadas comoarma pelos contras durante toda adiscussão do projeto dc regimento.O deputado Haroldo Lima (PC doB-BA), em tom debochado, chegoua indagar do presidente da Mesa,senador Humberto Lucena(PMDB-PB), se "os corruptos vãopoder votar" na revisão. Sem seaprofundar, Lucena respondeu quesim: "Não

podemos pré-julgar nin-guém", explicou o senador. Limadisparou: "Então, vai ser umaConstituição corrupta".

Instantes depois, os deputadosReditário Cassol (PSD-RO) e Jú-lio Cabral (PP-RR) partiram agres-sivamente para cima de Lima, masforam impedidos por outros parla-mentares. Cassol está no grupo sus-peito dc receber dólares para in-gressar no PSD.

Depois de aprovado o textoprincipal, o deputado Aldo Rebe-Io (PC do B-SP) anunciou que vairecorrer ao STF para que anule avotação. Para o deputado, a vota-ção não poderia se realizar emsessão unicamerul (deputados e se-

Brasília — Josemar Gonçalves

i ^iwHnrMr

Clerot usou o projeto dc Ibsen

a quatro e 2 abstençõesnadores, juntos). "Seriam necessá-rias duas votações. Uma na Câma-ra e outra no Senado", reclamouRabelo.

Pelo texto aprovado, antes davotaçao dos destaques, a revisãoserá realizada cm sessões única-merais. As votações serão todasem dois turnos e, para ser apro-vada, uma emenda precisa- damaioria absoluta dos votos (293,entre deputados e senadores). Arevisão terminará a 15 de marçode 1994. A apresentação de emen-das será livre por parlamentar,que terá 20 dias depois da publi-cação do texto do regimento, paraapresentá-las.

Para entrar em vigor imediata-mente após a aprovação, sem es-perar o fim da revisão, uma emen-da precisará ser novamenteaprovada por maioria absoluta. Osrequerimentos em plenário poderãoser feitos por í9 parlamentares. Osdestaques, dependendo dc requeri-mento, poderão ser votados cmbloco, acelerando o proccsso revi-sional. Mas estes dispositivos aindapodem ser alterados.

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"Feio e burro, desonesto não"

I UM ÔNIBUS IIbrasileiro NA I

AFRICAj

do sui

O presidente do Congresso, se-nador Humberto Lucena(PMDB-PB). disse ontem que é"um homem digno, acima dequalquer suspeita". Ele presidiaontem a sessão do Congresso pa-ra votar o regimento da revisãoconstitucional, quando foi critica-do pelo deputado Vivaldo Barbo-sa (PDT-RJ), que questionou asua permanência no cargo. "Pos-so ser considerado feio e burro,mas nunca desonesto", reagiu osenador, dizendo que não tem ne-nhum envolvimento com as falcá-

truas cometidas na Comissão deOrçamento.

Lucena foi citado pelo econo-mista José Carlos Alves dos San-tos em seu depoimento á CPI co-mo um dos beneficiários doesquema de corrupção montadoem tomo do deputado João Alves(PPR-BA). Ao contrário do depu-tado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS),que renunciou à relatoria do pro-jeto de regimento, Humberto Lu-cena insiste em se manter no car-go. mesmo com todas as pressões

cm contrário. "Meu nome foi ci-tado levianamente", disse.

O senador Humberto Lucenaafirmou ter enviado suas declara-ções de renda dos últimos cincoanos para todos os senadores,abrindo também seus extratosbancários ao exame da CPI. antesmesmo de ser decretada a quebrade seu sigilo bancário. O presi-dente do Senado reclamou qué odeputado Vivaldo Barbosa apro-veitou a situação para atacá-loinjustamente. "Não tenho ne-nhum envolvimento com esse Ia-maçai", concluiu.

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Page 4: JOBNAL DO BRASIL í£ JORNAL DO BRASIL S A 1993 RIO ...

JORNAL DO BRASI1 CPI DA CORRUPÇÃO quinta-feira. I l/l I/';.? • 3

Situação pode sealterar se CPI

convocar Costam

Briga com Jutahy Jr

pode resultar nasaída dos dois

Roseana vai ao Planalto interceder por

Costa

Ministro da Integração finca pé e insisteBRASÍLIA — A deputada Rosca-' • 'na Sarney (PMDB-MA) tentou on-

-""¦fòm sensibilizar o presidente Itamar-' •' Franco para manter no cargo o

ministro Alexandre Costa, da Inte-'' gtação Regional. "O Alexandre 6" tím homem de 76 anos. ele está

muito tenso", afirmou a deputada,"üm uma reunião realizada no Palá-^ cio do Planalto para discutir a for-

ma de afastar Costa.O encontro reuniu o presidente

.-Jtamar Franco, o ministro Fernan-- do Henrique Cardoso, da Fazenda,• o .líder do governo, senador Pedro

;;jSimon (PMDB-RS). Roseana e o•¦•t,ex-chanceler José Aparecido. De-•-» >pois do encontro. Aparecido almo-

¦ rçou com Alexandre Costa, mas nãoconseguiu sua adesão à idéia de se

-'¦'demitir. Mais tarde, fontes do go-• '•verno revelaram que a única forma

que o presidente Itamar Franco te-rá para afastar o ministro será ex-tinguir o Ministério da Integração.

Só que o faria, agora, e aprovei-taria para extinguir também o Mi-

; :'r-ríistério do Bem Estar Social, umprojeto previsto para o fim do ano.

Sti.Com isso. o presidente penalisariar~da mesma forma o ministro JutahyJúnior, com quem Alexandre Costa

. -manteve uma discussão por fax estasemana.

O fax foi enviado pelo ministro...da Integração a seu colega do Bem-

Estar Social. Jutahy Júnior, contes-tando as declarações deste a um

•^jornal paulista. Na reportagem, Ju-' taliy criticava Costa por ter abriga-

-do cm seu ministério funcionários"suspeitos, dispensados por ele. Ale-

xandre Costa ficou irritadíssimoquando leu o jornal e não hesitouem contestar o ministro.

Roseana Sarney disse, após o- encontro, que não foi pedir nada.* mas garantiu que Sarney e Alexan-, .dre são aliados políticos há 40 anos

e que o ministro terá toda solidarie-dade no ministério ou fora dele."Ela falou como amiga", disse umdos presentes, rejeitando qualquertentativa de chantagem emocional.

O presidente Itamar Francocontinua querendo

"demais" que o

ministro Alexandre Costa deixe ocargo. Mas como este não toma ainiciativa de fazê-lo, Itamar conti-nua tentando soluções. Este quadrosomente se altera mediante umaconvocação para que o ministro de-ponha na CPI que apura corrupçãono Orçamento. O ministro mantémsua posição, de que não aceita dei-xar o governo sob suspeita. Suaavaliação é de que isto o fragilizariapoliticamente e representaria umaadmissão de culpa.

No Palácio, durante o encontro,foi discutido o fato do governoaproveitar a briga entre Costa eJutahy Júnior para afastar os dois.

[~1 Mais 14 parlamentares eslãoenvolvidos nas irregularidades naComissão de Orçamento. A revela-ção está no primeiro relatório parcialda subcomissão de emendas da CPIdo Orçamento, entregue ontem aorelator Roberto Magalhães. Os 14novos nomes serão divulgados hoje,na reunião administrativa da CPI.Eles foram descobertos durante aconfrontação dos dados através dosistema Siafi. Foram deputados queconseguiram aprovar emendas consi-deradas improváveis, usando presti-gio político. A subcomissão cruzou asemendas acima de 200 mil dólares enomes das empresas que elas benefí-ciaram. Identificadas as empresas, eos ministérios que autori/ou asemendas, foram apontados os depu-tados, que tinham prestígio não sócom o relator como também com ogoverno federal.

Gilberto Alvos —28/10/92que não vai se demitir. Saída de Itamar Franco poderá ser extinguir seu ministério

Congressista

elogia gesto

de ItamarBRASÍLIA— Vários parlamenta-

res, ao comentar entrevista do pre-sidente Itamar Franco ao JOR-NAL DO BRASIL, l amentaram ofato de o presidente da Repúblicater demorado a se manifestar sobrea crise moral que alcta o PoderLegislativo. Tanto o senador MárioCovas (PSDB-SP) como o depu-tado Aloizio Mercadante (PT-SP)disseram considerar correta a atitu-de de Itamar de se manter equidis-tante dos trabalhos da CPI do Or-çamento. "Ê legitima a discrição dopresidente, sobre um assunto quecompete apenas ao Legislativo",disse Mário Covas. Mercadanteacrescentou que

"o presidente pre-

cisa governar para enfrentar a criseeconômica".

Quanto à revelação feita por Ita-mar, de que recebe por dia umamédia de 20 cartas com sugestõespara o fechamento do Congresso, odeputado Delfim Neto (PPR-SP)reagiu: "Espero

que ele (Itamar)continue resistindo a essa tenta-ção". Delfim disse estar convicto deque Itamar, " um homem saído doCongresso, sabe sua importância".

Já o líder da bancada do PT naCâmara, Vladimir Palmeira (RJ),foi mais critico em relação à entre-vista de Itamar Franco: "Ele é umomisso; não consegue intervir nemno governo dele". Já o líder dabancada do PDT na Câmara, depu-tado Luiz Alfredo Salomão (PDT-RJ) destacou que o presidente Ita-mar "tem

que assumir uma posturapró-ativa e mandar investigar aponta das denúncias que levam aoExecutivo".

Alexandre Costa: 76 anos e vivendo sob tensão oseana: Sarney e Costa são aliados há 40 anos

Aparecido não convence ministro

RICARDO MIRANDAApontado pelo ex-assessor do

Senado José Carlos Alves dos San-tos como um dos que sabiam dasirregularidades no orçamento, oministro da Integração Regional,Alexandre Costa, que vem se recu-sando a deixar o cargo, negou on-tem mais um pedido nesse sentido,feito durante almoço pelo ex-chan-celer José Aparecido de Oliveira.Aparecido havia participado dareunião pela manhã, no Planalto,em que se discutiu a permanênciado ministro.

O almoço, mantido sob sigilo econfirmado por um assessor do mi-nistro. ocorreu entre as I3|\30 e15h, logo após uma reuniãq entre opresidente, o ministro da Fazenda,Fernando Henrique Cardoso, a de-putada Roseana Sarney, o líder do

governo, senador Pedro Simon. eAparecido, no Palácio do Planalto."Se o presidente quiser, que medemita", disse Alexandre.

O ministro está convencido deque Fernando Henrique, Simon e olíder do governo, deputado Rober-to Freire (PPS-PE), têm intrigado opresidente contra ele. Ainda assim,garantiu a Aparecido que não vaisair atirando. "Ele não vai atirarem ninguém", disse um amigo,acrescentando que Costa não temdossiês "porque não é nenhum ara-ponga". Segundo ele. Costa não vairepetir a saída pirotécnica da minis-tra Luiza Erundina. O»mesmo ami-go faz, no entanto, uma ressalva."Se alguém falar contra a Jionra da&*ministro, ai ninguém sabe do' queele é «apaz". No encontro, definido

por um assessor como "uma con-versa de dois amigos", Alexandrevoltou a garantir que não deixa ocargo. "Ele tem que ser demitidopelo presidente, porque foi convi-dado pelo presidente. Disso ele nãoabre mão", disse o assessor, paraquem Alexandre Costa vai ter amesma resposta para cada novo en-viado palaciano."O ministro não é um conhecidodo presidente. É amigo do Itamar",frisou um assessor. "O

presidentemantém o ministro no cargo por-que sabe qti.e ele não é culpado decoisa nenhuma." Costa acha queestá sendo visado porque se tornoualvo de quem quer atacar a candi-datura presidencial do amigo JoséSarney. "Não vou apanhar peloSarney", disse.

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4 • quinta-feira, I l/l 1/93 CPI DA CORRUPÇÃO JORNAL DO BRASIL—

Metade dos^P j i 1^7* A Igreja Catolica 6 aentrevistados qucr 11 J*4d institui^ao mais

urn pacote ja confiavel

Brasileiro culpa a Justiça pela

corrupção

¦ Ibope mostra descrença na política: 70% querem fim do voto obrigatório e 67% preferem um governo forte sem o Congresso

Os brasileiros estão descrentesda política e acreditam que a cor-rupçào existe porque a Justiça nãopune ninguém. Se pudesse decidiros rumos da revisão constitucional,o povo mudaria a lei, optando pelovoto não-obrigatório, e escolheriaum presidente da República forte,que não sofresse influência do Con-gresso Nacional. Esses são os resul-tados da última pesquisa do Ibope,que ouviu duas mil pessoas entre osdias 29 de outubro e 3 novembro,em todas as regiões do país.

De acordo com a pesquisa, asegunda causa da corrupção — de-pois da ineficiência da Justiça,apontada por 56% dos entrevista-dos — 6 o próprio eleitorado. Qua-renta e um por cento responderamque os políticos corruptos existemporque a maioria dos eleitores nãotem condições de votar de formaconsciente. Os empresários vêm emterceiro lugar: 30% acham que elessó pensam em lucrar à custa dodinheiro público e por isso corrom-pem os políticos. Mas os entrevista-dos fazem uma espécie de mea cul-pa: 29% acreditam que a maioriados brasileiros agiria como os poli-ticos se tivesse chance.

A burocracia do governo e a

necessidade de ganhar eleições cm-patam como quinta causa da cor-rupção: 25% acham que a burocra-cia obriga empresários a dardinheiro por fora para conseguir o'que precisam e outros 25% acredi-tam que para serem eleitos os poli-ticos são obrigados a participar deesquemas de corrupção.

Mais desiludido a cada escânda-lo político, o brasileiro tem umaforte plataforma para a revisãoconstitucional: 70% querem que ovoto deixe de ser obrigatório. Emrelação à revisão constitucional,outro item tem votação semelhante:73% desaprovam a extinção doFundo de Garantia e do adicionalde um terço do salário nas férias.Cinqüenta e oito por cento achamque os governos estaduais e as pre-feituras deveriam ser os únicos res-ponsáveis pelos serviços públicoscm suas regiões e 55% aprovam aquebra do monopólio estatal nastelecomunicações. O fim da apo-sentadoria por tempo de serviçotem a desaprovação de 53%.

O descrédito dos políticos é detal ordem que 67% dos entrevista-dos responderam que o país estáprecisando de um presidente forte.

. que governe sozinho, sem interfe-

rência do Congresso. Em contra-partida, 62% concordam que dizerque todos os congressistas são cor-ruptos é uma injustiça. E outros54% acham que o trabalho dossenadores e deputados é essencialpara o funcionamento da democra-cia. O Ibope explica que em muitastabelas a soma dos percentuais ul-trapassa 100%, porque muitos en-trevistados deram mais de uma res-posta.

A pesquisa confirma ainda o quetodo brasileiro já sabia. Em matériade credibilidade, os políticos estãoem último lugar: 82% não confiamna classe, 76% não confiam nospartidos e 60% têm a mesma postu-ra cm relação ao Congresso Nacio-nal. Só os empresários merecemtanto descrédito: 65% declararamque não confiam neles. As institui-çòes mais confiáveis para os brasi-Iciros são a Igreja Católica, respei-tada por 77%.

O descaso pela política tambémé grande: 45% disseram não lernenhum interesse pelo tema. Mas adescrença dos brasileiros parece terdeixado uma instituição de fora: ospacotes econômicos. Metade dosentrevistados acredita que o melhorpara o pais é baixar um pacotejá.

Arto/JB

RAZÃO DA CORRUPÇÃO POLÍTICA

%Políticos corruptos existem porque a Justiça brasileira não puno ninçjuém 56Políticos corruptos existem porque a maioria dos eleitores brasileiros não tem condições de votar de lormaconsciente 41Políticos corruptos existem por causa de empreâârios que só sabem ganhar dinheiro às custas do dinheiropúblicoA maioria dos brasileiros que tivessem uma chance de ganhar dinheiro sem ser punidos fariam o mesmoque os políticosPolíticos corruptos existem por causa da burocracia do governo que obriga os empresários a daremdinheiro por (ora para conseguir o que precisamPolíticos corruptos existem porque é impossível ganhar uma eleição no Brasil sem participar do nenhumesquema de corrupçãoNenhuma delasNão sabe/nào opinou

Fonto: Ibope

30

29

25

251

15

ATITUDES EM RELAÇÃO AO CONGRESSOConcorda Discorda Indif

% %0 pais esta precisando um presidente forte que governe sozinho sem interlerSncia doCongresso 67 24Dizer que todos os congressistas estao envolvidos com corrupcSo e uma injustipa comos que s&o honestos e senos 62 25 13A politica brasileira e mais corrupts do que a de outros paises 58 21 210 Congresso que tirou Fernando Collor do governo e t3o corrupto quanto oex-presidente 57 27 170 trabalho do deputados e senadores 6 essencial para o funcionamento da Democracia 54 26 20

Arto JB

INSTITUIÇÕES MAIS CONFIÁVEIS

InrèlaCatólicaConfiaNâo confiaiNâo sabe/nfio opinou ¦

77%20%;mm

Meio» de ComunlcaçÃoConfiaNão confia;Mo8a^nao opinou <

62%34%mm

Sindicato»<!• trabalhador»». Confia .

;Nap confia ÍSNâosabe/nâo opinou

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POLÍTICA economica

Como o governo deve combater a inflação

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Fazer um pacoteeconômico |á

I I Apesar dos sucessivos fracassos, os pacotes econômicos parecemnão ter caído no descrédito da população. Metade dos entrevistados

pelo Ibope acha que a inflação só vai cair se o governo baixar um

pacote já. Trinta e quatro por cento preferem que o governo continuea combater a inflação sem pacotes e 16% não sabem ou não opinaram.

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A grande

comadre

Carlos Heitor Cony

RIO DE JANEIRO — O episódioque envolve Fernando Henrique Car-doso me deixou aterrado. Não pelo fatoem si, que parece inconsistente e nãodeverá abalar a credibilidade pessoaldo ministro, que já perdeu parte dacredibilidade política e técnica. O quepie aterrou foi o comentário de umafonte que os jornais se limitam ainformar que é "ligada ao círculo dopoder". Não sei bem (ou sei demais) oque é e o que não é esse círculo depoder, mas deixa pra lá. O comentáriode tão augusta fonte é o seguinte: ocaso FHC depende da repercussão quetiver na imprensa.

Honesto ou não, demônio ou arcan-jo, a imagem do cidadão depende da1'repercussão na imprensa". Não setrata de uma variante da célebre máxi-ma segundo a qual o fato não interessae sim a versão. Agora, fato ou versãonão importam e sim o espaço obtido namídia.

A situação do ministro da Fazenda,se não é confortável, não é dramática:ele tem bastante espaço em todos osveículos de informação e a maioria éainda a favor. Fosse ele um desprote-gido da mídia e estaria amargando ocalvário que outros amargaram.

Lembro o caso do ex-ministro Abi-Ackel, que foi atacado com cruelpersistência por interesses contrariadosde um grupo de comunicação. Nem apolícia nem a Justiça descobriram nadacontra ele, mas a reparação nunca foidada. Parece que o ex-ministro AlceniGuerra está na mesma situação. O idealseria que a lisura pessoal, a honorabili-dade do cidadão FHC ficassem acimade qualquer suspeita pela própria evi-dência dos fatos. Infelizmente, não seráassim. Se tiver boa mídia, tudo bempara ele, independentemente de ser ounão culpado.

Essa me parece uma deformação decritérios instalada na consciência na-cional. Como as fofoqueiras de anti-gamente, eternizadas por Machado deAssis e Manuel Antônio de Almeida, amídia se transformou numa imensa eincontrolável comadre.

(TRANSCRITO DO JORNAL "FOLHA DE SÁO PAULO" DE 10/11(1993)

Caderno de m

Esportes 2a-feira. no seu JB

Alves fazia

aplicações

milionáriasBRASÍLIA — Nem só dos pre-

mios de loterias vivia o deputadoJoão Alves (PPR-BA). "O negóeiodele são as grandes aplicações", re-sume o deputado José Dirceu (PT-SP). As investigações da CPI doOrçamento identificaram ontemque Alves fazia aplicações milioná-rias. especialmente nos fundos deeommodities. No dia 2 de fevereirode 1992, o deputado investiu USS3.968 milhões na agência da CaixaEconômica Federal no Congresso,o que lhe rendeu USS 100 mil emapenas dois dias.

O que mais impressionou os ti-tulares da Subcomissão de Bancosque examinam os extratos de Alvesfoi a constatação de que ele lidavacom quantias muito altas em di-nheiro vivo, e não em cheques.Exatos 51 dias depois da aplicaçãoem eommodities — em 25 de marçode I992 — João Alves fez dois de-pósitos de CrS 792 milhões cadaum. cm dinheiro, na mesma agenciada CEF no Congresso.

"O que intriga é o tamanho da

mala que Alves deve ter usado paracarregar o volume de cédulas decruzeiros em valor equivalente aUSS 400 mil", comentava ontem odeputado Fernando Freire (PPR-RN). Somando os dois depósitos econsiderando que a cédula demaior valor em circulação na épocaera a de CrS 50.000, o deputadoteve que transportar até o Congres-so 31.680 notas.

Quando estourou o escândalodo orçamento, Alves tinha deposi-tados o equivalente a USS 3 mi-lhões no Banco Cidade e outro mi-lhão de dólar em uma de suascontas na CEF, quantias que man-teve intocáveis, segundo apurou aCPI. Ontem, a Subcomissão deBancos começou a analisar os ex-tratos do parlamentar no BancoHolandês e descobriu que Alveschegou a movimentar USS 17 mi-lhões em um só dia. Dirceu calculaque o esquema do orçamento per-mitiu que Alves botasse as mãos emcerca de USS 40 milhões.

No exame dos cheques emitidospelo deputado nos últimos cincoanos, a CPI encontrou diversos de-les destinados a Antônio CarlosOsório, hoje advogado de Alves.

I I A Caixa Econômica Federaideve instalar um sistema de segu-rança nos pagamentos de prêmioslotéricos para evitar lavagem de di-nheiro. Um ofício com esta reco-mendação foi enviado ontem à CEFpelo presidente da Comissão de Lo-terias, deputado Miro Teixeira(PDT-RJ). "Tem que haver ummecanismo de controle para quenão se trate com normalidade ofato de um único cidadão receber24 mii premiações", justifica Mironuma referência á sorte do depu-tado João Alves (PPR-BA).

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6 • quintu-feira, 11/11/93 CPI DA CORRUPÇÃO JORNAL DO BRASIL

INFORME JB

TEODOMIRO BRAGA, com sucursals

Um dramático impasse político começou a desenhar-se

ontem com o aviso de líderes partidários a um impor-tante ministro de Itamar de que o Congresso não aceitará aapresentação de emendas à Constituição fora do processo derevisão constitucional.

Isto significa a implosão da reforma tributária que ogoverno pretende aprovar até dezembro, para entrar em vigorem 1994, caso o Congresso não consiga levar adiante a revisãoconstitucional.

Sem as medidas previstas na reforma tributária, como afusão dos impostos sociais, o governo não conseguirá criar asbases para a implantação de um plano de estabilização econô-mica.

A hipótese de fracasso da reforma tributária alarmouimportantes auxiliares de Itamar, que se mostraram inconfor-mados com o seu atrelamento à reforma constitucional.

— Esse não é o momento para o Congresso criar novasdificuldades ao governo — queixou-se um assessor palaciano.

O governo quer contar com a possibilidade de submeteras emendas do ajuste fiscal ao Congresso independentementeda revisão, o que exigiria uma mudança no regimento darevisão que foi aprovado ontem.

Por poucoO primeiro impulso do

presidente Itamar Franco aosaber ontem de manhã da tro-ca de insultos entre os minis-tros Jutahy Magalhães, daAção Social, e Alexandre Cos-ta. da Integração Social, foi de-mitir os dois e extinguir seusministérios.

Itamar recuou depoisque políticos entraram em ce-na, propondo gestões paraque Alexandre Costa, envol-vido no escândalo do Orça-mento, se demitisse volunta-riamente.

ApelidosO deputado José Geraldo

(PMDB-MG), apelidado deQuinzinho por causa das infalí-veis comissões de 15%, está ul-trapassado.

O filho do governadorEdison Lobão é conhecido noMaranhão como Edinho Trin-ta.

Musa no GordoHoje tem sexo, corrupção

e vingança do programa de JôSoares.

A principal entrevistadada noite é a musa da CPI doOrçamento, Marinalva Soares,ex-mulher do anão ManoelMoreira.

MuniçãoUm dos motivos que entu-

siasmavam ontem a CPI doOrçamento a antecipar o de-poimento de Genebaldo Cor-reia para amanhã era a fartadocumentação sobre suas fal-catruas, reunidas nas subco-missões.

O relator da CPI. RobertoMagalhães (PFL-PE), está combala suficiente para apontar ametralhadora giratória na dire-ção do homenzinho.

Reforma parcialO Congresso está refor-

mandò a parte externa do seuprédio.

Devia era reformar pordentro.

Papando tudoAnão-cliefe da má fia do

Orçamento, João Alves (PPR-BA) tem mandado um empre-gado freqüentemente à agênciada CEF, no Congresso.

O intermediário faz, háuma semana, saques diários,da ordem de CRS 1,5 milhão.

Vai ver o João da sorteestá juntando uma caixinha pa-ra ir visitar PC.

An0 1Antes mesmo de começar

a inspeção do Tribunal deContas da União nas entidadesque receberam subvenções so-ciais do Orçamento, uma delasjá entrou oficialmente no roldas que operam irregularmen-te: a Associação Eva Cândido,da mãe da deputada RaquelCândido (PTB-RO).

A informação consta doresultado preliminar da audi-toria feita pelo Ministério daAção Social esta semana.'Made in Japan'

Piada que circula no Riodiz que a Scotland Yard en-controu PC no Japão com osolhos apertadinhos e novaidentidade.

Agora se chama Fugiam-tudoPara senador

O líder do governo no Se-nado. Pedro Simon (PMDB-RS), já tem seu candidato paraconcorrer ao Senado pelo par-tido em Minas. É o ministro daEducação, Murílio Hingel.

Hingel ainda não deu seuveredicto.

Para a EmbraturA assessora especial da

Presidência, Ruth Hargreaves,irmã do ex-ministro da CasaCivil Henrique Hargreaves, sónão será presidente da Embra-tur se não quiser.

Ela é a candidata preferidade Itamar para o posto, vagodesde o mês passado.Susto no ar

Quem estava pálido ontemnos corredores do Congressonão era nenhum anão do Orça-mento, mas o deputado VictorFaccioni (PPR-RS).

Na volta a Brasília de umareunião de plantadores de soja,em Goiás, o teco-teco que otransportava subiu, embicou ese espatifou no chão.

Ninguém saiu ferido.Auscultando

Empresários cariocas en-contraram um bom pretextopara medir a pulsação dos mi-litares diante da crise moralque assola o país.

Promovem hoje, na Asso-ciação Comercial do Rio, al-moço em homenagem ao Ter-ceiro Comando AéreoRegional.

Toda a alta cúpula do Co-mar e do Comando Militar doLeste, inclusive o general BaymaDenys, confirmou presença.

LANCE-LIVRE

A CPI decidirá hoje, às llh, quemserá o próximo parlamentar a depor.

O ministro Fernando Henrique se pre-para para viajar a Toronto, no Canadá,para discutir a dívida externa.

Do deputado Onaireves Moura, líderda gangue que comprou deputados parao PSD. sobre os escândalos no Orça-mento: "A coisa tá ruim para o Ibsen,hein..."

Itamar está feliz da vida com o Corm-thians, seu time em São Paulo. Sobre oAtlético e o Fluminense ele prefere nemfalar.

Uma dobradinha de peso discutiu on-tem soluções para a crise brasileira emBrasília: o procurador-geral da Repúbli-ca. Aristidcs Junqueira, e o presidente daCNBB. Dom Luciano Mendes de Almei-da.

A deputada Rose de Freitas (PSDB-ES) dii. que não possui um Mercedes con-versivel, como denunciaram seus adversa-rios, mas um Santana 92.

A presidente da CBIA. Alda MarcoAntônio, recebe hoje a Ordem Nacional

do Mérito Educativo, às 1 Ih. em cerimô-nia no MEC.

O deputado Carlos Mine, que denunciouesquema de corrupção na Assembléia Le-

gedativa do Rio, está andando de um lado aoutro com três seguranças fortemente anna-dos.

O Conselho Estadual de Entorpecentesterá stand na Feira da Providência, comvídeos, livros e atendimento ao públicosobre o assunto.

A CUT está organizando para amanhã oEncontro Nacional de Negros Urbanitários

com a participação da D. Zka da Manguei-ra e do vereador Antônio Pitanga (PT),entre outros.

A Brahma resolveu se unir à sua rival, aCoca-Cola, para promover em Natal (RN),de 9 a 12 de dezembro, o maior Carnavalfora de época do país, o Camatal.

Dia 25 de novembro, uma cerimônia às 9hno Hospital Pedro Ernesto vai comemorar oDia Nacional e Internacional da Doação deSangue, com a participação de LucinhaAraújo e Betinho.

Ibsensaída.

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No orçamento de 1994, que atinge a soma deUS$ 183,4 bilhfes, há USS 18 bilhões quepodem ser remanejados.

Governo controlará repasse de verbas

¦ Convênios permitirão controle sobre os recursos transferidos a estados e municípios

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Imenm

em Universidades

DURAÇÃO: 15 DIAS

Califórnia State University Northridge

^International Business? O Sistema Pré-Escolar Americano^ Condicionamento Físico e Saúde

Florida International University^ Marketing

^ Nutrição nos anos 90

BRASÍLIA — O presidente Ita-mar Franco deverá publicar nospróximos dias uma medida provi-sória, determinando que todutransferência de recursos feita aestados e municípios seja precedi-da da assinatura de um convênio,que permita um controle sobre aaplicação dos recursos. No orça-mento de 1993 há previsão de re-passes de USS 8,5 bilhões semnecessidade de convênios. "Esta éuma das medidas para fechar osralos da República", comentou oministro do Planejamento, AlexisStepanenko, que já assinou a mi-nuta da medida e a encaminhouao Ministério da Fazenda.

A MP irá alterar as Leis deDiretrizes Orçamentárias (LDO)dos anos de 1993 e de 1994, nasquais permite-se que as verbas desubvenções sociais, contribuiçõese auxílios sejam repassadas sem anecessidade de convênio ou com-provação de aplicação. Esta libe-ralidade começou a vigorar naLDO para 1992, permitindo aocorrência das fraudes hoje invés-tigadas pela CPI do Orçamento,

quando recursos foram repassa-dos a entidades inexistentes.

Após a publicação da medidaprovisória, haverá a edição de umDecreto suspendendo formalmen-te a liberação de qualquer auxílio,contribuição ou convênio até queseja verificada a normalidade daaplicação dos recursos. Em segui-da, o assunto será rediscutido.

A medida deverá aumentar avigilância sobre os recursos trans-feridos voluntariamente pelo go-verno federal às outras duas esle-ras de governo. No orçamento de1994, que atinge USS 183,4 bi-lhões, há USS 18 bilhões que po-dem ser remanejados pelos parla-mentares. Deste total, USS 4.Sbilhões são transferências volun-tárias (contribuições, USS 3,4 bi-lhões; auxílios, USS 824 milhões esobvenções sociais, USS 63 mi-lhões). No ano de 1993, os USS8,5 bilhões previstos para essastransferências livres têm a se-guuinte distribuição: contribui-ções, USS 3,3 bilhões; auxílios.USS 5,1 bilhões e subvenções so-ciais, USS 107 milhões).

^fCUBAUniversidad de La Habana

Entidades mineiras vão

ter contas devassadas

Sistema de Saúde Pública Cubano^Traumato-Ortopedia

?O Sistema Educacional Cubano^-Sistema Universitário Cubano

^rARGENTIHAUniversidad de Buenos Aires

^Arquitetura

Instituto Cultural de História, Artee Arqueologia Americana (Ushuaia)

? Ecologia na Terra do Fogo

^ PERUPontifícia Universidad Católica do Peru

Lima/Cuzco/Machu-Picchu^História e Arqueologia Peruana

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BRASÍLIA — Técnicos do Tri-bunal de Contas da União(TCU) e da Receita Federal vãohoje para Minas Gerais, ondeinvestigarão a liberação de sub-venções federais a entidades li-gadas ao deputado José Geraldo(PMDB-MG). um dos principaisenvolvidos no escândalo do or-çamento. A deputada SandraStarling (PT-MG), que já levan-tou boa parte dos dados, acom-panhará a investigação.

Segundo o deputado PauloBernardo (PR), representante doPT na subcomissão da CPI doOrçamento que trata das sub-venções sociais, disse que objeti-vo é levantar elementos para ointerrogatório de José Geraldona CPI do Orçamento, previstopara terça-feira às I8h. O traba-lho começará pelas associaçõesculturais Porto Velho, Pampu-lha e Caldas da Rainha.

A deputada Sandra Starling le-vantou documentos que provamque as pessoas que respondem poressas entidades são ou foram só-cias de José Geraldo em negócios.As três entidades receberam, em1992, um montante de USS 265mil liberados pelo Ministério daAção Social — hoje Ministério doBem-Estar Social —, mas há sus-peitas de que não passem de enti-dades fantasmas.

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José Geraldo é o alvo da CPI

O vice-presidente da Trates,Elos José Eli, citado por Sandracomo sócio de José Geraldo naConstrutora Engebrás, esclare-ceu ontem que não é presidentedo Banco Rural. Segundo infor-mou, ele possui 40% das açõesda Engrebrás, Carlos Alberto daSilva Fonseca outros 40% e aRLMG Participações e Em-preendimentos — da qual JoséGeraldo detém metade do capi-tal — possui os 20% restantes.

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Ós cadernos de Classificados circulam diariamente noEstado do Rio de Janeiro. Aos sábados e domingos emtodos os estados. A revista Programa, que sai às sex-tas-feiras, circula no Estado do Rio de Janeiro©JORNAL DO BRASIL S. A. 1993Os textos, fotografias e demais criações intelectuais publicados neste exemplar não podem sei utilizados, reproduzidos,apropriados ou estocados em sistema de banco de dados ouprocosso similar, em qualquer forma ou moio — mecânico,elotrônico, mtcrofilmagem, fotocópia, gravação etc —. semautorização escrita dos titulares dos direitos autorais

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JORNAL DO BRASIL CPI DA CORRUPÇÃO quinta-feira, I l/l 1/93 • 7 -

"Fui acusado sem ^fonte aparente, sem

provas99£

"A origem da

poupança é a vendade uma fazendola"

Ibsen diz que

recebeu cruzados desbloqueados

Deputado nega que tenham entrado depósitos

porto ALEGRE — Ao manifestar suaindignação e negar a existência de depósi-tos periódicos de origem desconhecidaem suas contas bancárias, o deputadoIbsen Pinheiro atribuiu ontem as denún-cias a adversários e criticou a mídia poraceitar acusações "sem fonte aparente,sem provas". Ele garantiu que os únicosdepósitos periódicos em suas contasocorreram a partir de outubro de 1991,com a liberação mensal dos cruzados blo-queados, cerca de US$ 150 mil (em valo-res dolarizados c atualizados).

"Esses USS 150 mi! bloqueados são apoupança de uma vida. É o meu patrimô-nio, com dois imóveis e a poupança, e quechegavam no total a USS 200 mil/250 mil.A origem da poupança é a venda de umafazendola de 100 hectares (mil dólares ohectare) que tinha no município de Butiáe que vendi à Riocell (fábrica de celulose).Eu tinha comprado a fazendola a longoprazo, pagando mensalmente como faztodo mundo na vida, comprando aospoucos. Depois a fazendola e a poupançaforam usadas para comprar o apartamen-to em que moro", informou.

Ele disse que está sendo vítima de"uma armação, de ódios políticos, seqiie-Ias de lutas internas do PMDB e revan-chismos da crise de 92 (iinpeaelunent deCoilor)" e prometeu que irá "enfrentar edesmascarar" os inimigos. "Nunca fuihomem assustado e coragem não me fal-tará para denunciar os que. como répteis,se escondem. Os trarei à luz do sol",afirmou.

'Armação' — "Estou sendo objetonão de uma injustiça, como achava, e queme deixou amargurado, mas de uma ar-mação de inimigos. Antes desse episódio,cogitava de encerrar a minha vida públi-ca. Mas estou conseguindo forças paracontinuar e vou desmascarar os adversa-rios", prometeu Ibsen, lembrando suacarreira "de menino pobre que chegou àPresidência da Câmara e interinamente àPresidência da República".

As declarações, quando também deuuma lista de seus bens. foram feitas em

entrevista telefônica à Rádio Guaíba des-ta capital, no segundo desabafo, pelo se-gundo dia consecutivo, á opinião públicado Rio Grande do Sul.

Ao reclamar contra as manchetes dosjornais do centro do país, que ontemdenunciaram os depósitos periódicos,ele questionou:

"É isso que chamamjornalismo investigativo? Investigar éapenas ouvir a plantação de um adver-sário político, inimigo pessoal ou inimi-go político ?" Ele contou que, a partirde outubro de 1991, sabe que recebeudepósitos periódicos em suas contas porse tratarem da liberação mensal doscruzados bloqueados.

"Uma pessoa, como eu, pode poupar

um terço do que ganha e fiz isso. Comopresidente da Câmara, não tinha despe-sas, sequer de lavanderia, com todas asdespesas pagas pela União. Não possocom meus 50 anos ter uma movimentaçãode USS 10 mil num determinado mês?Mas meu patrimônio não chega a umdécimo do que estava escondido embaixodo colchão do assessorzinho da Comissãodo Orçamento."

Ibsen diz que, com seu trabalho e sem, heranças, conseguiu "um modesto patri-mônio. Isso está nas minhas declaraçõesde imposto de renda e tenho contas daCaixa Econômica Federal em Brasília euma conta no Banrisul. Tirava da CEF edepositava no Banrisul para, através dosistema on Une, transferir para Porto Ale-gre para pagar despesas de minha casa emeu escritório".

Ao criticar os meios de comunicaçãosocial. Ibsen contou ter sido procurado,pelo telefone, sábado, por um repórter deuma revista nacional que lhe perguntouse fez a viagem à Grécia em 1991 comuma amante.

"Era uma viagem particular, interessaa uma publicação nacional? perguntei.Ele me disse que ia usar a informação quetinha e pedi que falasse, antes, com minhamulher, que foi quem me acompanhou naviagem".

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11 de novembro de 1993.

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periódicos em sua conta antes de 1991 e acusa jornais de acusá-lo sem provas12/4/92

'Anões' em alto mar

¦ Marinalva conta

no Jô peripécias

nas Ilhas Gregas

SÃO PAULO - Marinalva

Soares da Silva, ex-mulherdo deputado Manoel Moreira(PMDB-SP), assumiu com de-senvoltura a repentina notorie-dade. Ela gravou na terça-feira oprograma Jô Soares Onze cMeia — que irá ao ar hoje— e conseguiu dar risadas com aperplexidade de Jô ao detalhar ocruzeiro pela Ilhas Gregas pio-tagonizado por quatro anões daComissão de Orçamento, suas

mulheres e o deputado Ibsen Pi-nheiro, em julho de 91.

"Enquanto o barquinho na-vegava, o Brasil afundava", iro-nizou Jô Soares. Depois dos pas-,seios pela cidade, os deputadosManoel Moreira. GenebaldoCorreia, Ciei Carvalho e JoséGeraldo partiram para um cru-zeiro de uma semana pelas ilhas.Marinalva lembrou outra via-gem que Cid, Moreira, Genebal-do e Ibsen fizeram em dezembrode 91 a Nova Iorque, onde pas-saram Natal e Ano Novo. Se-gundo ela. o repentino enrique-cimento do marido a assustou."Politicamente ele sempre teveum comportamento duvidoso".

Ibsen: "Os USS 150 mil são a poupança de ama vúlu"

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se satisfaz com explicações de Ibsen

Emitente de cheques que alimentavam as cadernetas de poupança do deputado e procedência do dinheiro são pontos obscurosBRASÍLIA — As explicações do depu-

tado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) sobre osvalores encontrados em seus extratos não' convenceram os integrantes da Subco-' missão de Bancos da CPI do Orçamento."As informações que ele prestou foramnecessárias mas não suficientes para se•' fazer um juizo de valor", disse o coorde-nador da subcomissão, deputado BenitoGama (PFL-BA). "Ele deu lá sua versão,

¦ com muita elegância, mas por enquantoainda precisamos fazer uma ampla invés-tigação", acrescentou o relator da CPI,

- deputado Roberto Magalhães (PFL-PE).Ibsen garante que seu dinheiro é resulta-do de rendimentos da poupança.

Documentos entregues ontem á CPIpela Caixa Econômica Federal (CEF)' comprovam que Ibsen tinha de fato ca-dernetas de poupança que somavam oequivalente a USS 160 mil e rendiam osUSS 10 mil dólares que foram deposita-dos periodicamente em sua conta naagência do Congresso, a partir do des-bloqueio dos cruzados retidos no BancoCentral, em agosto de 1991. Ocorre, po-rém, que a CPI não desmentiu a notíciados depósitos periódicos durante osdois anos anteriores, I9S9 e 1990. ale-gando t|iie a informação está sob sigilobancário. As informações foram presta-das na terça-feira por integrantes dasubcomissão.

"Meu patrimônio está todo declarado

ao Imposto de Renda e os recursos têmorigem no meu trabalho como advogadoe jornalista", afirmou Ibsen. salientandoque a soma de seus bens não ultrapassaUSS 300 mil. Os documentos da CEFmencionam que cada uma das seis cader-netas abertas na véspera do bloqueio doPlano Collor foi alimentada por chequesdo Banrisul. O problema é que a CPI nãosabe quem emitiu os cheques e de ondeveio o dinheiro.

Ibsen diz que esses depósitos periódi-cos tinham duas origens. Primeiro, o lan-çamento em suas sete cadernetas de pou-pança na CEF e duas no Banrisul dosrendimentos da aplicação bloqueada. Há.

também, a partir de outubro de 1991. oslançamentos da liberação em 12 parcelasdo dinheiro retido. Sobre os depósitos esaques efetuados no mesmo dia, disse quese tratavam de lançamentos de cruzadosnovos após o desbloqueio de agosto de1991. Quem mantivesse os cruzados no-vos em poupança, tinha a garantia dogoverno de rendimentos extras. A retira-da seria meramente contábil: o dinheiroentrava em suas contas em cruzados, mascomo a moeda fora extinta, a baixa eradada em cruzeiros."O

que está cm xeque agora é a origemdos recursos poupados que permitiram osrendimentos periódicos de USS 10 mildólares", disse um membro da CPI. Esseparlamentar acha suspeito o fato de Ibsenretirar em dinheiro os rendimentos daaplicação, porque eles não aparecem maisem suas contas bancárias. Isso, acrescen-tou. pode significar a ausência desses ren-dimentos nas declarações de Imposto deRenda.

A CPI considerou comprometedor ofato de que Ibsen abriu suas cadernetasem março, mas não as incluiu na declara-ção de patrimônio apresentada á JustiçaEleitoral três meses depois. Resta avaliarse omissão, que Ibsen atribui a uma dis-

. tração de seus contadores, pode ser consi-derada ou não falta de decoro parlamen-lar. Ibsen afirmou ontem á noite que amenção às cadernetas pode não constardo documento entregue à Justiça Eleito-ral. mas está na declaração de renda.

O "Esses USS 150 mil bloqueados são apoupança de uma vida. É o meu patrimônio,com dois imóveis e a poupança", defendeu-se o deputado Ibsen Pinheiro, em entrevistadada por telefone à Rádio Guaíba, de PortoAlegre. Ele disse que a origem da poupança"é a venda de uma fazendola de 101) heeta-res (mil dólares o hectare) que tinha nomunicípio de Butiá à Rioeell (fábrica decelulose)". E continuou: "Comprei a fazen-dola a longo prazo, pagando mensalmentecomo faz todo mundo na vida. Depois afazendola e a poupança foram usadas paracomprar o apartamento onde moro".

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mulheres e o deputado Ibsen Pi-nheiro, em julho de 91."Enquanto o barquinho na-vegava, o Brasil afundava", iro-nizou Jô Soares. Depois dos pas-seios pela cidade, os deputadosManoel Moreira, GenebaldoCorreia, Cid Carvalho e JoséGemido partiram para um cru-zeiro de uma semana pelas ilhas.Marinalva lembrou outra via-gem que Cid. Moreira, Genebal-do e Ibsen fizeram em dezembrode 91 a Nova Iorque, onde pas-saram Natal e Ano Novo. Se-gundo ela. o repentino enrique-cimento do marido a assustou."Politicamente ele sempre teveum comportamento duvidoso".

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8 • quinta-feira, 11/11/93 CPI DA CORRUPÇÃO JORNAL DO BRASIL

Bcnevides demitiu ^assessor que

denunciou fraude

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i #11

José Carlos indicou osucessor do diretordemitido no Senado

Ilísen e Benevides não reprimiram

¦ Em 91, assessores

FRANKLIN MARTINS*BRASÍLIA — Os ex-presidentes

do Senado, Mauro Benevides, e daCâmara. Ibsen Pinheiro, foram in-formados nos primeiros dias deabril do ano passado pelos direto-res das assessorias técnicas de Or-çamento do Senado, Orlando JoséLeite de Castro, e da Câmara, JoséRoberto Nasser. que o texto da leiorçamentária de 1992 publicado noDiário Oficial continha várias e-mendas-lantasmas, ou seja. proje-tos e dotações que não haviam sidoaprovados pelo Congresso.

Ibsen e Benevides receberam dosdois diretores um relatório queapontava a inclusão irregular noOrçamento de obras do setor elétri-co, mas não tomaram qualquerprovidência. Embora evite dar en-trevistas ã imprensa. Leite de Cas-tro confirmou as audiências comIbsen e Benevides. "Dada a gravi-dade do assunto, fizemos questãode entregar uma cópia do pareceraos dois presidentes", disse Leite deCastro.

"As divergências entre dadosconsiderados definitivos pelo Con-gresso Nacional e aqueles constan-tes da lei não têm explicação plausí-vel dentro do processo legislativo eresultam de inserções a ele estra-nhas. ocorridas após o encerramen-to dos trabalhos e antes da sançãopresidencial", advertia o documen-to.

Confirmação — Três mesesdepois, os senadores Pedro Simon(PMDB-RS) e Eduardo Suplicy(PT-SP), diante dos indícios de irre-gularidades. solicitaram à assesso-ria técnica do Senado parecer

"arespeito das alterações introduzidasno Orçamento Geral da União parao exercício de 1992". Durante doismeses os técnicos do Senado, comapoio do Prodasen. prepararam umdetalhado relatório sobre o assun-to, com aproximadamente 350 pá-ginas. onde estão descritas cadauma das emendas-lantasmas e seusvalores, não apenas no setor elétri-co. mas também nos transportesurbanos, portos, trens, desenvolvi-mento regional e no Inamps. O nú-mero de emendas-lantasmas incluí-das criminosamente foi de 40. comdotações equivalentes a quase USS26? milhões.

O relatório foi entregue a Simone Suplicy no dia 3 de setembro.

corrupção

denunciaram aos ex-presidentes da Câmara e do Senado a inclusão de emendas fantasmas no Orçamento

Fiúza fez 40Nessa mesma data, Leite de Castroteve uma audiência com Benevides,a quem passou uma cópia do docu-mento e alertou para a gravidadedo problema. O presidente do Se-nado, mais uma vez, não tomouprovidências. Era uma quinta-feira,véspera do feriadão do Sete de Se-tembro.

Demissão — No primeiro diaútil depois dos feriados, o dia 8.Benevides começou a agir, mas emsentido inverso do esperado, assi-nando a exoneração de Leite deCastro. Na mesma data, nomeoupara o cargo Antônio Cipriano Li-ra, assessor legislativo bastante vin-culado a José Carlos Alves dosSantos, autor das denúncias quelevaram á abertura da CPI do Or-çamento. Quando José Carlos, emnovembro deste ano, denunciou oseqüestro de sua mulher, Ana Eli-zabeth. Lira foi seu porta-voz. Atroca do comando da assessoria pa-ra assuntos orçamentários, imedia-lamente depois da entrega do rela-tório, deixou claro mais uma vez ograu de influência do esquemamontado por José Carlos sobre asdecisões do presidente do Senado.

Em outras oportunidades. JoséCarlos já havia demonstrado seupoder sobre a caneta de Benevides eIbsen. Em 25 de novembro de 1991.os dois assinaram ato, a pedido deFiúza e do então presidente da Co-missão de Orçamento, senador Ro-naldo Aragào (PMDB-RO), crian-do um grupo de trabalho especialpara o assessoramento do relator eafastando as assessorias especiali-zadas da Câmara e do Senado dastarefas de apoio ao Orçamento de92. A decisão, na prática, entregoua José Carlos o controle absolutodo processo de elaboração do Or-çamento naquele ano, já que, exer-cendo a direção do DOU, ele segu-rava pessoalmente uma ponta noExecutivo, enquanto a outra, noLegislativo, estava em mãos de pes-soas escolhidas a dedo por ele.

Depois da demissão de Leite deCastro, o passo seguinte foi a des-qualificação do relatório preparadopor ele e sua equipe. José Carlospreparou um parecer contrário aodocumento, que foi assinado poste-riormente pelo senador Magno Ba-cellar (PTB-MA).

* Colaborou Vera Araújo

AS EMENDAS INCLUÍDAS FORA DO PRAZO

Siflla da Deacrifao do iubproj«to ValorUnktade (US$)SDR Apoio para pavimentapSo

do acesso ao Colegio Agri-cola de Janu&ria-MG 1.150.616

SDR RecuperapSo de estradasvivinais trecho via Clemen-tina-ltacarambi-MG a cargo 1.150.616

CBTU Complementapao da im-plantagao do sistema deBelo Horizonte - trecho en-tre estacas 56 + 88 e129 + 00 eviaduto 25.106.432

CBTU Complementapao da im-plantaqao do sistema deBelo Horizonte - trecho en-tre estacas 7+00 e 56 + 88 eviaduto 3 658.958

CBTU Modernizagao do sistemade Natal 1.877.697

CDC Obras de infra-estrutura erecuperagao do porto deMucuripe-CE 3.068.308

CODESA Ampliacao do cais do portode Praia Mole-ES 2 684 770

CODEBA Alargamento do cais co-mercial do porto de Salva-dor-BA 4 123039

CODEBA Ampliacao e equipamentodo terminal de Graneis Soli-dos/ Porlo de Aratu-BA 2.550.531

CODESP Ampliagao e recuperapaodo cais de Valongo/Paquetdno Porlo de Santos-SP 1.917.693

CODOMAR Aquisipao de equipamentose materials permanentes -Porto de llaqui-MA 1 821 808

CDRJ Construcao do terminal deMin&rio gusa e produtos si-derurgicos no Porto de Se-petiba-RJ 3.835.385

CODERN Recuperapao do Porto deCabedelo 6.903.693

CODERN Reforma e ampliagao dasinstalapoes do Porto de Re-cile 1 917 693

CODERN Ampliagao do terminal degraneis liquidos do Porto deMaceib 6.980401

RFFSA Construpao de terminal fer-roviario de cargas em VoltaRedonda 575308

RFFSA Ferrovia Transnordestina -Petrolina/Salgueiro • im-plantagao. melhoria e modi-licapao 767077

Sigla da Descrlpao do subprojeto ValorUnidade (US$)RFFSA Variante do Rio Paraguagu 8.821.386RFFSA Trecho Senhor do Bonfim/

lacu-BA 958 846

RFFSA Contorno Ferrovterlo deItauna-MG 383.539

RFFSA Contorno lerroviario dePatrocinio-MG 383 539

RFFSA Recuperacao ferroviSriaJuazeiro/Salvador 1 917 693

RFFSA Restauracao da ferrovia EF404 — Luiz Correa-Piripiri-PI 383.539

ELETRONORTE Usina Hidreletrica Manso —com 04 unidades geradorasde 52 5 MW 26 364 032

ELETRONORTE Implantacao da subestacaode Porto Franco-MA 3.693 476

ELETRONORTE Usinas termicas de Santa-na-AP e Rio Acre-AC 1 917.693

ELETRONORTE Usinas termeletricas —diversas 7223883

ELETRONORTE Usina termeletrica deSantana-AP 3 693 476

ELETRONORTE Usina termeletrica de RioBranco-AC 3693476

ELETRONORTE Linha de transmissao com138 KM Barra do Garcas/Torixoreu-MT 1.846 738

CHESF UHE Salto da Divisa/RioJequitinhonha 191 769

CHESF Reassentamento rural Bri-gidas/Caraibas 10 163 771

CHESF Reassentamenlo rural Bor-dadoLago-BA 1 917 693

CHESF Construpao do sistema detransmissao da UHE LuizGonzaga —etapall 3.835.385

CHESF Linha transmissao Piripin aParnaiba-PI 3.693476

CHESF Eletrobras — Linha trans¬missao Picos/divisa frontei-ra Pio IX (Itapessuna)-PI 3 758.678

FURNAS Usina hidreletricaCorumba 14.073 831

FURNAS Usina nuclear de Angra II 88.650.151FURNAS Sistema de transmissao de

Itaipu a Foz do Iguapu —trecho lvaipor&-PR 6.520.155

INAMPS Conclusao do Hospital Mu¬nicipal de Jaguariuna-SP 767 077

emendas em 92

O deputado Ricardo Fiúza(PFL-PE), como relator da Comis-são de Orçamento, e o ex-diretor doDepartamento de Orçamento da ,União (DOU) José Carlos Alves .dos Santos incluíram 40 emendas •no orçamento de 1992, depois desua aprovação pelo Congresso, se-gundo levantamento, com cerca de •350 páginas, concluído em setem-bro do ano passado pela assessoriatécnica do Senado e ao qual oJORNAL DO BRASIL teve aees-so. Os recursos repassados ilegal-mente por Fiúza e José Carlos paraobras totalizaram CrS 69 bilhões 78milhões 673 mil (valores em abril de1991), o equivalente a USS 264 mi-lhòes 943 mil 327.

As maiores dotações foram paraa usina nuclear de Angra II (USS88 milhões 650 mil), usina hidrelé-trica de Manso (USS 26 milhões364 mil) e Companhia Brasileira deTrens Urbanos, no projeto de im-plantação do sistema de Belo Hori-zonte (USS 25 milhões 106 mil).

Essas dotações não constam daproposta orçamentária do Executi-vo nem da lista de emendas apre-sentadas no Congresso. Aparece-ram no trajeto do orçamento entreo Prodasen, centro de processa-mento de dados do Senado, e aImprensa Nacional. Segundo JoséCarlos revelou á CPI do Orçamen-to, as emendas foram redigidas noDOU.

Por exemplo, o orçamento pu-blieado no Diário Oficial destinaCrS 300 milhões (USS I milhão 150mil 616) para pavimentação doacesso ao Colégio Agrícola de Ja-nuária (MG). Sua funcional pro-gramática (no jargão do orçamen-to. o número de código de cadaprojeto ou emenda apresentada)era 070400183-55010105. Na pro-posta do Executivo, a última fun-cional programática referente aosubprograma 070400183 é a55010014, não havendo referência ápavimentação da estrada. Tambémnão existe no Prodasen — que re-gistra as emendas apresentadas aoorçamento, inclusive as rejeitadas— nenhum sinal da funcional pro-gramática desta obra. A respostado computador é: "Projeto com cs-te código não cadastrado".

Corrupção tem esquema

comum aqui e na Itália

Quem ouviu ontem a palestra dojuiz italiano Vittorio Paraggio, inte-grante da Operação Mãos Limpas,sobre Administração Pública e Ma-gistratura, no encontro entre juizesitalianos e brasileiros, saiu conven-cido de que há muito mais coisa emcomum entre os dois países do quea paixão por futebol e o sanguelatino. Ele falou da importância dasconsultorias no esquema de corrup-ção italiana; da participação de as-sessores próximos dos políticos en-volvidos; do financiamento ilícitodos partidos políticos; do dinheiroda corrupção proveniente de caixa-dois das empresas; e da expatriaçãode capital.

Foram tantas as situações seme-lhantes nas formas de corrupçãopraticadas nos dois países, quehouve até quem aproveitasse a dei-xa. "Nós não só nos inspiramos noDireito italiano, mas também na

corrupção italiana", ironizou o juizSérgio Cavallieri, para gargalhadada audiência, que ontem assistiu aoúltimo dia do encontro. Paraggiotambém revelou que uma das for-mas de corrupção é entregar o di-nlieiro em mãos. "É consideradaquase arcaica, mas é difusamentepraticada até hoje", disse, para di-versão dos presentes.

Como no Brasil, as empresas deconsultoria italianas têm um papelfundamental no sistema de corrup-ção. Paraggio lembrou que muitasvezes elas são fictícias, e só existempara criar um canal contábil quejustifique o pagamento de propina."Elas merecem a máxima atençãodo investigador", alertou. Paraggiolembrou que, na corrupção, nor-malmente é utilizado o dinheiroproveniente de gestões fora do ba-lanço das empresas, no que podeser definido como caixa-dois.

Defesa de Cid alega que

relator induziu resposta

BRASÍLIA — Os advogados dodeputado Cid Carvalho (PMDB-MA) apresentaram ontem a defesaprévia de seu cliente. O principalargumento dos advogados é "a for-ma ardilosa" com que o relator daCPI. deputado Roberto Magalhães(PFL-PE), teria induzido Cid a ad-mitir que havia recebido dinheirodo deputado João Alves (PPR-BA).

A defesa alega que João Alvespediu dinheiro "emprestado" a CidCarvalho e, em pagamento, entre-gou dois cheques emitidos com da-

„,,ta de 31 de março de 1991. "Seria

uma estultice imaginar-se corrup-

ção mediante cheque nominal, cru-zado e pré-datado", afirmam os ad-vogados. Para sustentar a tese. oparlamentar informa que no mes-mo mês do "empréstimo" recebeuda Câmara o valor líquido de CrS1.325.436,75, que ele considera per-feitamente compatível com o valordos cheques, que totalizam CrS1.041.600,00. Com base nestes da-dos, porém. Cid Carvalho teria"emprestado" a João Alves a quasetotalidade de sua remuneração co-mo parlamentar no mês anterior,observou um integrante da CPI doOrçamento.

Passarinho é vaiado em manifestação

BRASÍLIA— Depois de receberuma longa vaia, na saida do Sena-do Federal, o presidente da CPIdo Orçamento, senador Jarbas Pas-sarinho (PPR-PA), saltou do carrooficial e enfrentou ontem um grupoque queria manifestar-se contra acorrupção fazendo a a lavagemsimbólica da rampa do Congresso.Impedidos pela segurança, os ma-nifestantes foram em passeata até agaragem do Senado.

Promovida pelo Sindicato dosBancários do Distrito Federal —filiado à CUT — o protesto reu-niu cerca de 500 pessoas, com ro-dos, vassouras e baldes, no inicioda noite de ontem. Quando osmanifestantes Gritavam "no Con-

gresso tem ladrão, abaixo a revi-são", o senador Jarbas Passari-nho apareceu, a caminho dagaragem. Depois de vaiar o presi-dente da CPI do Orçamento, ogrupo ficou â espera de que elepassasse em seu carro. Novamen-te vaiado e até xingado, Passari-nho mandou o motorista parar epartiu para cima dos manifestan-tes, mas foi contido pelos cerca de20 seguranças. "Até comigo! Atécomigo", gritou Passarinho.

Em Salvador e no Rio tambémhouve manifestações contra a cor-rupçào e a revisão. Na capitalbaiana. 5 mil pessoas saíram empasseata da Praça Campo Grandeaté a Praça Castro Alves. Sete

anões, representando os membrosda Comissão de Orçamento, esta-vam fantasiados de presidiários.Um deles, caracterizado como odeputado João Alves, ensinavacomo ganhar na loteria. Os mani-festantes foram saudados dos edi-ficios com palmas e papel picado.A passeata foi promovida peloMovimento Cívico Nacional.

No Rio, um grupo de 500 sin-dicalistas e militantes partidáriossaiu em passeata da Candelária àCinelándia. As atrações foram abandeira brasileira de plásticousada na passeata de domingopassado e os sete anões do orça-mento — acompanhados de Noel-ma, a empregada do João Alves.

"Qualquer USS 750 mil e eu façoa faxina", dizia o ator Marco Au-rélio Hamellin, de 28 anos, quenão se furtava em esfregar comum pano todos os que passavam.

Os trabalhadores filiados àForça Sindical, de Luiz Antôniode Medeiros, vão voltar às ruas deSão Paulo no dia 18 para protes-tar contra a corrupção na Comis-são de Orçamento do Congresso eexigir o início imediato da revisãoconstitucional. "Vamos mobilizarnossos sindicatos em todas as ca-pitais e fazer uma grande carreataem São Paulo", anunciou o secrc-tário-geral da central, Enilson Si-mòes de Moura, o Alemão.

Marcolo RociuaMarcelo Roçiua

Sucesso na manifestação de domingo passado, a bandeira de plástico reapareceu na passeata que saiu da Cant lana e terminou na Cmelandia

Page 11: JOBNAL DO BRASIL í£ JORNAL DO BRASIL S A 1993 RIO ...

8 • quinta-feira, 11/11/93 n 2" Edição CPI DA CORRUPÇÃO JORNAL DO BRASIL

Benevides demitiuassessor que

denunciou fraude91

José Carlos indicou osucessor do diretordemitido no Senado

Ibsen e Benevides não reprimiram cprrupção

¦ Em 91, assessores denunciaram aos ex-presidentes da Câmara e do Senado a inclusão de emendas fantasmas no Orçamento

Fiúza fez 40FRANKUN MARTINS*BRASÍLIA — Os ex-presidentes

do Senado, Mauro Benevides, e daCâmara, Ibsen Pinheiro, foram in-formados nos primeiros dias deabril do ano passado pelos direto-res das assessorias técnicas de Or-çamcnto do Senado, Orlando JoséLeite de Castro, e da Câmara, JoséRoberto Nasser, que o texto da leiorçamentária de 1992 publicado noDiário Oficial continha várias e-mendas-fantasmas, ou seja, proje-tos e dotações que não haviam sidoaprovados pelo Congresso.

Ibsen e Benevides receberam dosdois diretores um relatório queapontava a inclusão irregular noOrçamento de obras do setor elétri-co, mas não tomaram qualquerprovidência. Embora evite dar en-trevistas â imprensa. Leite de Cas-tro confirmou as audiências comIbsen e Benevides. "Dada a gravi-dade do assunto, fizemos questãode entregar uma cópia do pareceraos dois presidentes", disse Leite deCastro.

"As divergências entre dadosconsiderados definitivos pelo Con-gresso Nacional e aqueles constan-tes da lei não têm explicação plausi-vel dentro do processo legislativo eresultam de inserções a ele estra-nhas, ocorridas após o encerramen-to dos trabalhos e antes da sançãopresidencial", advertia o documen-to.

Confirmação — Três mesesdepois, os senadores Pedro Simon(PMDB-RS) e Eduardo Suplicy(PT-SP), diante dos indícios de irre-gularidades, solicitaram à assesso-ria técnica do Senado parecer

"arespeito das alterações introduzidas110 Orçamento Geral da União parao exercício de 1992". Durante doismeses os técnicos do Senado, comapoio do Prodasen, prepararam umdetalhado relatório sobre o assun-to, com aproximadamente 350 pá-ginas, onde estão descritas cadauma das emendas-fantasmas e seusvalores, não apenas no setor elétri-co, mas também nos transportesurbanos, portos, trens, desenvolvi-mento regional e no Inamps. O nú-mero de emendas-fantasmas inclui-das criminosamente foi de 40, comdotações equivalentes a quase USS265 milhões.

O relatório foi entregue a Simone Suplicy no dia 3 de setembro.

Nessa mesma data, Leite de Castroteve uma audiência com Benevides,a quem passou uma cópia do docu-mento e alertou para a gravidadedo problema. O presidente do Se-nado, mais uma vez, não tomouprovidências. Era uma quinta-feira,véspera do feriadão do Sete de Se-tembro.

Demissão — No primeiro diaútil depois dos feriados, o dia 8,Benevides começou a agir, mas emsentido inverso do esperado, assi-nando a exoneração de Leite deCastro. Na mesma data, nomeoupara o cargo Antônio Cipriano Li-ra, assessor legislativo bastante vin-culado a José Carlos Alves dosSantos, autor das denúncias quelevaram á abertura da CPI do Or-çamento. Quando José Carlos, emnovembro deste ano, denunciou oseqüestro de sua mulher, Ana Eli-zabeth. Lira foi seu porta-voz. Atroca do comando da assessoria pa-ra assuntos orçamentários, imedia-lamente depois da entrega do rela-tório, deixou claro mais uma vez ograu de influência do esquemamontado por José Carlos sobre asdecisões do presidente do Senado.

Em outras oportunidades. JoséCarlos já havia demonstrado seupoder sobre a caneta de Benevides eIbsen. Em 25 de novembro de 1991.os dois assinaram ato, a pedido deFiúza e do então presidente da Co-missão de Orçamento, senador Ro-naldo Aragão (PMDB-RO), crian-do um grupo de trabalho especialpara o assessoramento do relator eafastando as assessorias especiali-zadas da Câmara e do Senado dastarefas de apoio ao Orçamento de92. A decisão, na prática, entregoua José Carlos o controle absolutodo processo de elaboração do Or-çamento naquele ano, já que, exer-cendo a direção do DOU, ele segu-rava pessoalmente uma ponta noExecutivo, enquanto a outra, noLegislativo, estava em mãos de pes-soas escolhidas a dedo por ele.

Depois da demissão de Leite deCastro, o passo seguinte foi a des-qualificação do relatório preparadopor ele e sua equipe. José Carlospreparou um parecer contrário aodocumento, que foi assinado poste-riormente pelo senador Magno Ba-ccllar (PTB-MA).

* Colaborou Vera Araújo

AS EMENDAS INCLUÍDAS FORA DO PRAZO

Família de José Carlos

crê que

Ana está viva

BRASÍLIA — A médica AdrianaLofrano, 25 anos. acha que há 50%de chances de sua mãe estar viva emNova Iorque. A informação foipassada ontem à tarde por ela pró-pria ao advogado de seu pai. JoséGerardo Grossi. O defensor do e.x-assessor da Comissão do Orçamen-to, José Carlos Alves dos Santos,falou com clareza ontem à tarde aseu cliente sobre a possibilidade desua mulher, Ana Elisabeth Lofranodos Santos, estar em Nova Iorque."Ele chorou copiosamente, dcscon-troladamente", descreveu o defen-sor."Ela me deu traços gerais. Háindicações instigantes. Pessoas quejuram tê-la visto descrevem, dãodetalhes", declarou Grossi. Em se-guida, ele pediu que ela fizesse umcálculo frio sobre a viabilidade desua mãe estar viva. Para ele, Adria-na está apreensiva, mas "temos

que

nos munir de racionalidade carte-siana". E questiona:

"O que hoje

não é absurdo?". Segundo o advo-gado, primeiro é preciso aprofun-dar a procura para ver se Ana Eli-sabeth está realmente em NovaIorque, para depois tomar outrasatitudes. Grossi ligou para a filhade seu cliente ás 18h 15, horário doBrasil — 15h 15. nos Estados Uni-dos—, justamente o momento emque o senador Eduardo Suplicyconcedia detalhada entrevista cole-tiva â imprensa. Por este motivo,não falou com o parlamentar queteria descoberto a chave de uma dasmaiores charadas de Brasília dosúltimos tempos.

Para o diretor-geral da PolíciaCivil, Eurípedes Barbosa, a novaversão sobre o paradeiro de Eliza-beth é falsa, com base nas informa-çòes que recebeu ontem da Secreta-ria de Segurança.

TCU decide investigar

obras de 8 empreiteiras

BRASÍLIA — O Tribunal deContas da União (TCU) lará umadevassa na atuação junto ao gover-no das oito empreiteiras envolvidasno escândalo do orçamento. A de-cisão, tomada ontem pelo tribunal,foi baseada em relatório do minis-tro Luciano Brandão, que acolheuum pedido feito pelo deputado Vi-valdo Barbosa (PDT-RJ). O TCUirá fazer um levantamento de todasas obras custeadas com recursos daUnião, dos estados e municípiosfeitas pelas construtoras OAS, Co-vvan, Servaz, CBPO, NorbertoOdebrecht. Andrade Gutierrez, CRAlmeida, Queiroz Galvào e Tratex.

Se forem encontrados indíciosde corrupção, as empreiteiras pode-rào ser declaradas inidôneas. Lu-ciano Brandão explicou que, nessecaso, as empreiteiras serão suspen-sas por até cinco anos de licitaçõespúblicas e impedidas de fazer con-tratos com o governo.

As1 diligências incluirão o levan-tamento dos processos em curso noTCU que envolvam as oito emprei-teiras e a exigência de que as Secre-tarias de Controle Interno dos mi-nistérios entreguem em 15 diaspareceres sobre as obras.

Siglada Deacti^o do subprojeto ValorUnMade (US*)SDR Apoio para pavimentapiio

do acesso ao Colegio Agri-cola de JanuSria-MG 1.150.616

SDR Recuperagao de estradasvivinais trecho via Clemen-tina-ltacarambi-MG a cargo 1.150.616

CBTU Complementapao da im-plantapao do sistema deBelo Horizonte - trecho en-tre estacas 56 + 88 e129+00 eviaduto 25.106.432

CBTU Complementapao da im-plantapao do sistema deBelo Horizonte - trecho en-tre estacas 7 + 00 e 56 + 88 eviaduto 3.658958

CBTU Modernizapao do sistemade Natal 1.877.697

CDC Obras de inlra-estrutura erecuperapao do porto deMucuripe-CE 3.068.308

CODESA Ampliacao do cais do portode Praia Mole-ES 2 684 770

CODEBA Alargamento do cais co-mercial do porto de Salva-dor-BA 4 123.039

CODEBA Ampliapao e equipamentodo terminal de Graneis Soli-dos/Porto de Aratu-BA 2.550.531

CODESP Ampliapao e recuperapaodo cais de Valongo/PaqueUtno Porto de Santos-SP 1.917.693

CODOMAR Aquisipao de equipamentose materiais permanentes -Porto de llaqui-MA 1 821 808

CDRJ Construpao do terminal deMinerio gusa e produtos si-derurgicos no Porto de Se-petiba-RJ 3835.385

CODERN Recuperapao do Porto deCabedelo 6903693

CODERN Retorma e ampliapao dasinstalapoes do Porto de Re¬cife 1 917 693

CODERN Ampliapao do terminal degraneis liquidos do Porto deMaceio 6.980.401

RFFSA Construpao de terminal ler-roviario de cargas em VoltaRedonda 575.308

RFFSA Ferrovia Transnordestina -Petrolina/Salgueiro - im-plantapao, melhoria e modi-ficapao 767077

Siglada Descritaodosubprojeto ValorUnidade (US$)RFFSA Variante do Rio Paraguapu 8.821.386RFFSA Trecho Senhor do Bonfim/

lacu-BA 958.846

RFFSA Contorno Fei roviirio deItauna-MG 383.539

RFFSA Contorno ferrovi6rio dePatrocinio-MG 383.539

RFFSA Recuperapao ferroviariaJuazeiro/Salvador 1.917.693

RFFSA Restaurapao da lerrovia EF404 — Luiz Correa-Piripiri-PI 383.539

ELETRONORTE Usina Hidrel6trica Manso —com 04 unidades geradorasde 52.5 MW 26 364 032

ELETRONORTE Implantapao da subestapaode Porto Franco-MA 3 693.476

ELETRONORTE Usinas termicas de Santa-na-AP e Rio Acre-AC 1.917.693

ELETRONORTE Usinas termelStricas —diversas 7.223.883

ELETRONORTE Usina termeletrica deSantana-AP 3693476

ELETRONORTE Usina termeletrica do RioBranco-AC 3.693 476

ELETRONORTE Linha de transmissao com138 KM Barra do Garpas/Torixoreu-MT 1 846.738

CHESF UHE Salto da Divisa/RioJequitinhonha 191 769

CHESF Reassenlamento rural Bri-gidas/Caraibas 10 163 771

CHESF Reassenlamento rural Bor-dadoLago-BA 1 917 693

CHESF Construpao do sistema detransmissao da UHE LuizGonzaga — etapa II 3 835 385

CHESF Linha transmissao Piripiri aParnaiba-PI 3693.476

CHESF Eletrobras — Linha trans¬missao Picos/divisa Irontei-ra Pio IX (Itapessuna)-PI 3.758 678

FURNAS Usina hidreletricaCorumba 14.073831

FURNAS Usina nuclear deAngra II 88 650 151FURNAS Sistema de transmissao de

Itaipu a Foz do Iguapu —trecho Ivaipora-PR 6 520.155

INAMPS Conclusao do Hospital Mu¬nicipal de Jaguariuna-SP 767 077

emendas em 92 r

O deputado Ricardo Fiúza"(PFL-PE), como relator da Comis-*;são de Orçamento, e o ex-diretor dovDepartamento de Orçamento daUnião (DOU) José Carlos Alvesdos Santos incluíram 40 emendasno orçamento de I992, depois desua aprovação pelo Congresso, se->gundo levantamento, com cerca de350 páginas, concluído em setem-'bro do ano passado pela assessoriatécnica do Senado e ao qual oJORNAL DO BRASIL teve aces-so. Os recursos repassados ilegal-;,mente por Fiúza e José Carlos paraobras totalizaram CrS 69 bilhões 78-milhões 673 mil (valores em abril de1991), o equivalente a USS 264 mi-lhôes 943 mil 327.

As maiores dotações foram paraa usina nuclear de Angra II (USS'88 milhões 650 mil), usina hidrelé-trica de Manso (USS 26 milhões364 mil) e Companhia Brasileira deTrens Urbanos, no projeto de im-plantação do sistema de Belo Hori-zonte (USS 25 milhões 106 mil).

Essas dotações não constam daproposta orçamentária do Executi-vo nem da lista de emendas apre-sentadas no Congresso. Aparece-ram no trajeto do orçamento entreo Prodasen, centro de processa-mento de dados do Senado, e aImprensa Nacional. Segundo José.Carlos revelou á CPI do Orçamen-to. as emendas foram redigidas noDOU.

Por exemplo, o orçamento pu-blicado 110 Diário Oficial destinaCrS 300 milhões (USS 1 milhão 150mil 616) para pavimentação doacesso ao Colégio Agrícola de Ja-nuária (MG). Sua funcional pro-gramática (no jargão do orçamen-to. o número de código de cadaprojeto ou emenda apresentada)era 070400183-55010105. Na pro-posta do Executivo, a última fun-cional programática referente aosubprograma 070400183 é a55010014, não havendo referência ápavimentação da estrada. Tambémnão existe no Prodasen — que re-gistra as emendas apresentadas aoorçamento, inclusive as rejeitadas— nenhum sinal da funcional pro-gramática desta obra. A respostadi) computador é: "Projeto com es-te código não cadastrado".

Marcelo Regua

Sucesso na mamfestaçao de domingo passado, a bandeira de plástico reapareceu na passeata que saiu da Canc Maria e terminou na Cmelandia

Passarinho é vaiado em manifestação

BRASÍLIA— Depois de receberuma longa vaia, na saida do Sena-do Federal, o presidente da CPIdo Orçamento, senador Jarbas Pas-sarinho (PPR-PA), saltou do carrooficial e enfrentou ontem um grupoque queria manifestar-se contra acorrupção fazendo a a lavagemsimbólica da rampa do Congresso.Impedidos pela segurança, os ma-nifestantes foram em passeata até agaragem do Senado.

Promovida pelo Sindicato dosBancários do Distrito Federal —filiado à CUT — o protesto reu-niu cerca de 500 pessoas, com ro-dos, vassouras e baldes, no inícioda noite de ontem. Quando osmanifestantes gritavam

"no Con-

gresso tem ladrão, abaixo a revi-são", o senador Jarbas Passari-nho apareceu, a caminho dagaragem. Depois de vaiar o presi-dente da CPI do Orçamento, ogrupo ficou à espera de que elepassasse em seu carro. Novamen-te vaiado e até xingado. Passari-nho mandou o motorista parar epartiu para cima dos manifestan-tes, mas foi contido pelos cerca de20 seguranças. "Até comigo! Atécomigo", gritou Passarinho.

Em Salvador e no Rio tambémhouve manifestações contra a cor-rupção e a revisão. Na capitalbaiana, 5 mil pessoas saíram empasseata da Praça Campo Grandeaté a Praça Castro Alves. Sete

anões, representando os membrosda Comissão de Orçamento, esta-vam fantasiados de presidiários.Um deles, caracterizado como odeputado João Alves, ensinavacomo ganhar na loteria. Os mani-festantes foram saudados dos edi-fícios com palmas e papel picado.A passeata foi promovida peloMovimento Cívico Nacional.

No Rio, um grupo de 500 sin-dicalistas e militantes partidáriossaiu em passeata da Candelária âCinelândia. As atrações foram abandeira brasileira de plásticousada na passeata de domingopassado e os sete anões do orça-mento — acompanhados de Noel-ma, a empregada do João Alves.

"Qualquer USS 750 mil e eu façoa faxina", dizia o ator Marco Au-rélio Hamellin, de 28 anos, quenão se furtava em esfregar comum pano todos os que passavam.

Os trabalhadores filiados âForça Sindical, de Luiz Antôniode Medeiros, vão voltar às ruas deSão Paulo no dia 18 para protes-tar contra a corrupção na Comis-são de Orçamento do Congresso eexigir o início imediato da revisãoconstitucional. "Vamos mobilizarnossos sindicatos em todas as ca-pitais e fazer uma grande carreataem São Paulo", anunciou o secre-tário-geral da central, Enilson Si-mòes de Moura, o Alemão.

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Page 13: JOBNAL DO BRASIL í£ JORNAL DO BRASIL S A 1993 RIO ...

10 • quinta-feira, H/ll/93

JORNAL DO BRASILFundudoum 1801

M. F. DO NASCIMENTO BRITO — Presidente do Conselho

MANOEL FRANCISCO BRITO — Diretor Presidente

ROSKNTAL CALMON ALVES— Diretor

WILSON FIGUEIREDO — Diretor de Redação

DACIO MALTA — Editor

MERVAL PEREIRA — Editor Executivo

ORIVALPO PERIN — Secretário de Redação

IQUE

Palavras Certas

Valeram pelo teor e pela oportunidade as

declarações do presidente Itamar Franco aoJORNAL DO BRASIL. A nação está aturdida eperplexa com os escândalos que jorram da CPIdo Orçamento e o envolvimento de figuras ex-pressivas do Congresso, mas o presidente mos-trou que a nau do Estado não está à deriva. Acrise de autoridade não chega à presidência daRepública.

O diagnóstico presidencial para a crise énítido: as falcatruas à sombra do Orçamentojogaram o pais numa situação moral mais graveque a crise econômica. "Para a crise econômicatemos solução, enquanto para essa crise moraltemos de encontrar as saídas."

Contrastando com a referência atribuída a"amigos

próximos" — de um "presidente inertee abatido com a situação"— o próprio ItamarFranco decidiu apresentar-se como homem deEstado consciente da gravidade da situação mo-ral do país e da responsabilidade do Executivo,do Legislativo e do Judiciário.

Em rebate às insinuações que falam de riscosde fujimorização, o presidente não apenas des-cartou a hipótese de qualquer ato contra o Con-gres»so. como ressaltou a neutralidade do Exccu-tivo em relação ao que se passa na Câmara e noSenado. Mantendo a noção exata da harmonia einterindependência entre os três Podcres, o pre-sidente respondeu aos que o acusam de emocio-nalmente instável: "Já imaginaram o que estariaacontecendo se eu não tivesse um certo equilí-brio emocional e agora estivesse interferindo noLegislativo? Estaria criando uma confusão depoderes e agravando a crise. E eu não possoagravá-la porque estaria complicando a situaçãodemocrática do país."

Parodiando a frase preferida do presidente Euri-co Dutra ao repelir insinuações para adotar medidasduras — "sigo o que está no livrinho". a Constitui-

çâo de 1946 — 0 presidente Itamar Franco avivou alinha da legalidade constitucional adotada no seugoverno:

"Não posso contrariar a Constituição. Não

posso quebrar o juramento que fiz de respeitar aConstituição. Não posso jogar a Constituição nagaveta e deixá-la lá. Não posso fazer isto. Pode seraté que tenha outro que o fizesse no meu lugar. Podeser que não seja no momento o presidente adequado.Talvez outro tivesse atitudes mais fortes."Por formação democrática e sensibilidade poli-

tica, Itamar Franco se mostra o homem certopara o momento difícil. Como ele próprio lem-bra. ao repelir propostas supeitas, "no

períodoautoritário os problemas brasileiros não foramresolvidos". O saudável ânimo e a firme determi-nação de conduzir o processo político levam opresidente a comentar também as perspectivascurtas da revisão constitucional, com a qualcontava para viabilizar importantes medidas deurgência econômica. Tudo depende, de certa for-ma, das medidas saneadoras do Congresso parase depurar dos que incorreram em falta de deco-ro e se corromperam. O presidente declara aber-tas "as

portas do Executivo" para qualquer in-vestigação parlamentar.

O presidente também apontou o rumo certoao informar que espera até o final de novembroas propostas do ministro da Fazenda, FernandoHenrique Cardoso, para enfrentar a crise econô-mica. "Quero ter algo forte para dizer (...), mas opresidente não pode falar coisas sem profundi-dade, sem soluções. Quando o presidente falar ànação, precisa ter soluções para apresentar."

Para os que vivem pedindo medidas urgentese a palavra presidencial, as declarações de Ita-mar Franco reforçam a confiança na Presidênciacomo a maior fonte de poder político no regimepresidencialista. Vale como lição para empresá-rios, economistas e políticos na eterna expectati-va de mágicas. Palavras certas, na hora certa.

Feitiço contra Feiticeiro

O debate Gore-Perot, na televisão, na madru-

gada de ontem, foi a pedra de toque dagrande polêmica existente hoje nos EUA, a apenasseis dias da votação no Congresso, sobre o Nafta -tratado que elimina barreiras comerciais entreEUA, Canadá e México. Este tratado, ardente-mente desejado pelo México, mas refutado noCanadá na recente eleição que varreu o partidoconservador do governo, pode criar um gigantescobloco econômico de 360 milhões de consumidorese produção anual de riqueza igual a 6 trilhões dedólares, ou se transformar num agrupamento defeudos nacionais capaz de suscitar mais animosi-dades do que amizades.

O debate descambou para o baixo nível emvários momentos, ao sabor de argumentos cortan-tes, sem se saber, ao final, mesmo depois da pes-quisa de opinião pública que registrou maior sim-patia ao vice-presidente, se será capaz de influir noânimo dos congressistas. Segundo o WashingtonPost, ainda faltam 20 votos decisivos para Clintonobter aprovação no Congresso, notadamente vo-tos dos próprios democratas, ameaçados por viru-lenta oposição dos sindicatos.

O próprio Gore teve de reconhecer que oMéxico ainda não é uma democracia, nem res-peita os direitos humanos, na sua já longa histó-ria de domínio de um partido único. O PartidoRevolucionário Institucional (PR1) é o partidohá mais tempo no poder no mundo, depois docolapso da URSS. E. pela primeira vez, perdeu ainiciativa política para a oposição consentida,razão pela qual precisa do empurrão da uniãoeconômica com os EUA e o Canadá para sair desuas dificuldades.

Mais uma vez, a oposição toca nesta tecla, deapoio a um regime que em tudo nega os princípiosdemocráticos e se agarra ao Nafta para resistir aosadversários políticos. E, afinal, a quem o tratadoserve, se os sindicatos americanos o combatemencamiçadamente e os canadenses derrubaram, naúltima eleição, o governo que o apoiava? O Nafta éum dos capítulos mais difíceis da idéia recente deque os países do mundo precisam criar blocoseconômicos para sair de suas recessões. Talvez sejaa idéia certa. Mas a perspectiva de derrota doNafta no Congresso americano, as enormes difi-culdades da Comunidade Econômica Européia e ofuturo incerto do Mercosul (Brasil, Argentina,Uruguai e Paraguai) prejudica a assertiva.

Os adversários do Nafta dentro dos EUA

afirmam que cada bilhão de dólares investidos emterritório mexicano deixa de criar 30 mil empregosnos EUA. Mais do que isto, o mercado comumnorte-americano visivelmente se destina a calçarprodutos americanos na sua concorrência quaseletal com os produtos asiáticos, neste momento emque o presidente Clinton se prepara para, dois diasdepois da votação no Congresso, encontrar-se comos líderes do Pacífico Asiático, em Seattle.

Este tratado abala os parceiros comerciais his-tóricos dos EUA ao sul do continente. O Brasilpraticamente fica de costas ao Nafta, enquanto osEUA estão de olho no Pacífico, com a agravantede que os produtos brasileiros perdem capacidadede concorrência no Mercado Comum Europeu.Tudo se passa, nesta oportunidade, como se osEUA prejudicassem suas relações com os parceirosao sul para resolver os problemas do México,atolado em recessão econômica, com altas taxas dejuros, o peso supervalorizado em 30%, totalmentedependente de um tratado que miraculosamente oempurraria para o Primeiro Mundo.

Para piorar a situação do Brasil, neste jogo decadeiras de fortíssimos lobbics, a Argentina come-çou a reclamar da invasão dos produtos brasilei-ros. E, assim, com dificuldades do Nafta, as incer-tezas do Mercosul e problemas do MercadoComum Europeu, a fórmula de formação de blo-cos econômicos como solução para o crescimentoda economia mundial começa a enfrentar dificul-dades que só com muita paciência poderão serresolvidas.

Curiosamente o mais importante argumentousado por Perot, de que os EUA fecharão empre-sas em casa para abrir empresas no México, é omesmo usado pelo então candidato Clinton nasua campanha vitoriosa contra o presidente Bush.O feitiço virou contra o feiticeiro. Três quartosdos democratas na Câmara se colocaram contra oNafta, pressionados pelas bases. No final de agos-to, 75 mil membros de organizações negras mar-charam até o Monumento a Lincoln, em Was-hington, com cartazes em que se lia: "Não aoNafta!" Fechou-se assim rara convergência oposi-cionista de empresários pequenos e médios, traba-lhadores sindicalizados, políticos direitistas e mili-tantes do movimento negro que abalou a baseparlamentar governista.

Se todos acham que vão perder, por quecontinuar com o jogo?

O senador Humberto Lucena (PMDB-PB) per-

deu a noção de compostura que a condição deparlamentar impõe. Como pode o presidente doSenado elogiar um ato criminoso — o atentadolevado a termo pelo governador Ronaldo CunhaLima (PMDB-PB), que, na semana passada, desfe-chou três tiros no rosto de seu adversário político,Tarcísio Burity (PFL-PB)? "O

governador teveuma postura digna porque foi ele mesmo quematirou, em vez de mandar matar", declarou osenador, demonstrando não ter dimensão da res-ponsabilidade de suas declarações.

Como pode o presidente do Senado defenderum governador que demonstrou acreditar quediferença política se resolve à bala? Quem elogiaato delituoso faz apologia do desrespeito à lei. Osenador, porém, não parece preocupado comisso. Brada em suposta defesa da honra alheiacom a energia que lhe falta na prestação decontas de seus atos.

Elogio do Crime

As idéias do senador sobre honra são pecu-liares. Contrastam com todas as noções básicasde direitos humanos e dignidade parlamentar.Honra não se lava com sangue. Quem pensaassim são políticos nordestinos acostumados a sevaler de imunidades para acobertamento de cri-mes. É o que faz agora o governador da Paraíba,recusando-se a prestar depoimento sobre o crimeque cometeu. Quem não deve não teme.

O senador deveria se preocupar em respon-der às acusações de nepotismo e corrupção, so-bretudo diante das suspeitas em torno do seunome levantadas pela CPI do Orçamento. Taisacusações e suspeitas não inadmissíveis paraquem ocupa o cargo de presidente do Senado eda Assembléia Revisora. O senador Lucena fariamelhor se reconsiderasse a decisão de se manterno cargo que ocupa.

A OPINIÃO DOS LEITORES

JORNAL DO BRASIL, Opinião dos Leitores. Av. Brasil, 500, 6o andar. CEP 20949-900. Rio de Janeiro, RJ. FAX-021-580.3349.

IPTUNosso prefeito poderia estar conipreensivelmente querendo

que o valor do IPTU de qualquer imóvel (residencial ou comer-ciai) fosse igual ao de um fixo número de Unils, inalterável, des-de o primeiro ao último dia de cada mês. Pois já seria umacomplicação a menos para o obediente municipe que hoje tem deestar prestando atenção para o dia no qual, dentro do mesmis-simo mês, o número delas aumenta. E semelhantemente, ainda emnome da descomplicação, poderia S. Exa. estar inventando umaUnif até um pouco mais cara para o IPTU dos imóveiscomerciais — contanto que com um mesmo c inalterável valordurante, pelo menos, um mês. Diz não obstante a imprensa queele estaria é resolvido a manter o arbitrário aumento atualdo número de Unils, de um qualquer para outro qualquer dia,dentro de cada mês. e mais, além disso, sadieamente desejoso dever o valor da Unif variar todo santo dia não só para osimóveis comerciais, como até agora, mas também para os residen-ciais: esperam os cordatos municipes. no entanto, que a imprensaesteja enganada. Ayrton Dieguez — Ri» de Janeiro.

Retificação

(...) Quando presidente da Repú-blica, José Sarncy, cm cumprimentoao Art. 63, do Ato das DisposiçõesConstitucionais Transitórias daConstituição de 1988. (...) instituiu,por decreto, um projeto relativo ámemória republicana, com o objeti-vo de reunir e sistematizar os acer-vos documentais, bibliográficos e fo-tográficos de todos os ex-presidentesda República. (...)

Para evitar solução de continui-dade neste empreendimento de inte-resse nacional, (...) com o apoio dogoverno do Maranhão, foi instituídae sediada uma fundação cm SãoLuís, com denominação de MemóriaRepublicana, objetivando guardar eabrigar este importante acervo queinclui, naturalmente, a documenta-ção do governo Sarncy, mas quetambém comporta o acervo de seusantecessores e sucessores.

Conhecendo o projeto e os objc-tivos do Art. 63 (...), atendendo apedido, assinei uma emenda, cm 17/11/92, para o exercício de 1993, nosubprojeto Apoio a PreservaçãoCultural na Região Nordeste, no va-lor de CrS 500 milhões de cruzeirosantigos, correspondentes, na oca-sião, a menos de mil salários mini-mos, o que daria hoje cerca de CRS15 milhões de cruzeiros reais, a pre-ços do salário mínimo de hoje.

Como estas emendas indicativasnão são aprovadas nos valores pro-postos, a dotação aprovada foi deCrS 50 milhões de cruzeiros antigos,o que representava, na época, menosde 100 salários mínimos. (...)

Em valores correspondentes, as-sinei novamente este ano uma outraemenda, no valor de CRS 15 milhõesde cruzeiros reais, menos de mil sa-lários mínimos de outubro, sujeita aser aprovada ou não, e com o mes-mo nível de redução de valores parao exercício de 1994. (...) SenadorLourival Baptista — Brasília.

?Em 27/10/93, após infrutífera

tentativa da minoria do ConselhoAdministrativo da Bolsa de ValoresBahia-Sergipe-Alagoas em destituirseu superintendente geral, foi noti-ciado no Informe JB que o superin-tendente era o presidente da Bolsa;que o conselho pretendia demiti-lopor corrupção; que ele havia corta-do a luz do auditório da entidade edesligado o ar condicionado, alémde ter sumido com os livros da con-tabilidade. Finalmente, que os inte-grantes do Conselho prometiam vol-tar à carga. (...)

Esclarecemos que o Dr. EvvaldoM. Moreira não é o presidente; atentativa de reunião não se deu por

determinação judicial; a Coelba foi acausadora da falta de energia elétri-ca; e, finalmente, a aludida Bolsapossui disquetes de contabilidade.

Infelizmente, ao que tudo indica,a informação tendenciosa vem bus-eando proteger os desesperados dis-sidentes. (...)

A Comissão dc Valores Mobiliá-rios, órgão fiscalizador das Bolsas deValores, por determinação legal, jáfoi cientificada dos fatos, inclusiveda publicação danosa para o merca-do, publicada nesse jornal, e já oprovamos através de documentos.(...) Buscamos o restabelecimento daverdade e a reparação dos danoscausados à Bolsa e ao Mercado.(...)Any Rosy Peitl Silva, DeJur da Bolsade Valores Bahia-Sergipe-Alagoas —Salvador.

?No dia 8/11/93 constatamos,

através dc reportagem publicadanesse jornal, que a EBEC-EmpresaBrasileira de Engenharia e ComércioS.A. — empresa particular, en gaja-da no ramo da construção civil, hámais de trinta anos — foi. através deseu nome e sua marca, falsamcn teenvolvida em corrupção passiva noestado do maranhão, em obra a fa-vor da família Sarncy, numa draga-gem dc canal.

Esta empresa mineira, nunca cmtempo algum realizou obras naqueleestado do Nordeste, nem tão poucotem relacionamento com membrosda família Sarncy.

Tudo isto se explica através devasta documentação em anexo, ondeconstata-se que existe uma empresaque denominava-se Empresa Brasi-leira dc Engenhar ia e Comércio S/A. e hoje é chamada simplesmenteEmpresa Brasileira de Dragagem S/A, do Grupo Scrvaz, atualmente se-diada em São Paulo, à Rua JoséGaldino de Lucena, n" 10, VilaPiauí, Capital, que usou e usa daartimanha de lançar mão do nomede nossa empresa, bem como danossa marca EBEC. devidamente re-gistrada no INPI. (...)

Todas as medidas judiciais cabí-veis em oposição a tal atitude, jáforam tomadas contra a empresa emquestão, no sentido da mudança deseu nome comercial, bem como, obs-truindo-a de utilizar a marca EBEC,de nossa propriedade exclusiva, exis-tindo até mesmo sentença judicialcom trânsito em julgado, ordenandoque a referida empresa abstenha-sede utilizar a expressão EBEC, o queconclui-se que esta não vem cum-prindo. (...) Márcio Raso MoreiraAndrade, Empresa Brasileira de En-genharia e Comércio S/A-EBEC —Belo Horizonte.

Petróleo

(...) A Argentina tem a metadedas reservas brasileiras de petróleo,mas, em compensação, tem mais dcdez vezes as nossas reservas de gásnatural, para uma população cincovezes menor. Até 1990, tanto as ati-vidades de produção como de refinoe distribuição dc petróleo argentinosestiveram monopolizadas ou contro-ladas pelo governo, que permitia apresença de refinarias e produtoresprivados, inclusive nacionais, respei-tando as concessões anteriores a1935. mas fixava cotas dc produção:apesar de prever a celebração decontratos de risco e associações daYPF com empresas privadas, a par-tir de 1967, nenhuma permissão ouconcessão foi outorgada até 1990,permanecendo todas as atividadesde exploração e produção, pratica-mente, sendo executadas apenas pelaestatal YPF. Com os investimentosprivados os argentinos esperam re-petir o sucesso da Colômbia, queabriu sua indústria petrolífera em1974 e passou de importadora a ex-portadora em menos de vinte anos.Cabe salientar que as empresas par-ticulares investiram durante mais dcdez anos nos campos colombianos,sem nenhum ônus para a populaçãoe que a própria Petrobrás, através daBraspetro, realizou pesquisas nopaís vizinho durante cerca de seteanos.

Tanto o México como a Vene-zuela estão abrindo sua indústria dopetróleo setorialmentc; nenhum des-ses dois países, todavia, conseguiugarantirá sua população odesenvol-vimento e o bem estar enquantomantiveram o regime de monopólio.(...) lanando A. Grandinetti — Riode Janeiro.

Inflação

A paulada na inflação anuncia-da pelo ministro Fernando HenriqueCardoso saiu com endereço errado.Acertou em cheio as cabeças dosassalariados, pequ enos e médiosempresários e prefeitos dos peque-nos municípios, enquanto que a bur-ra dos especuladores a cada dia maisse enche. Benedito Passarinho da Sil-va Gomes — São Fidélis (RJ).

Profilaxia

A profilaxia é a ciência c a técni-ca de prevenir os contágios. Hospi-tais usam-nas para evitar os riscosdc contágio. (...) Dizem que em pai-ses do Primeiro Mundo. (...) quandoo contágio é freqüente em um hospi-tal, este é simplesmente desativado econstruído em outro local. (...)

Espera-se que. começando pelaConstituição, as leis penais sejamcumpridas cm toda plenitude, paralevar mais ladrões de colarinhosbrancos aos cárceres a eles destina-dos, sem nunca esquecer do ressarci-mento, corrigido, do patrimônio 11-nanceiro nacional, transferidoacintosamente para os cofres e con-tas dos virtuais representantes dopovo.

A profilaxia moral deve ser in-tensa a fim de banir por completo ocontágio da corrupção administrati-va. (...) Jairo Barbosa Pessoa — Re-cife.

As cartas serão selecionadas para publicaçãono todo ou em parte entre as que tiveremassinatura, nome completo e legível e endere-ço que permita confirmação prôvia

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- JORNAL DO BRASIL OPINIÃO quinta-feira, I l/l 1/93 • 11

Nafta e laços latino-americanos

WARREN CMRISTOPHER *

O Nafta (Acordo de Livre Comércio da Améri-ca do Norte) é mais do que um acordo sobre

tarifas e comércio, crescimento econômico e em-pregos. Trata-se do símbolo de um novo relaciona-mento e de uma nova estrutura de cooperaçãoentre os EUA e a América Latina. Mais especifica-mente, a aprovação do Nafta, e dos importantesacordos paralelos que o complementam, irá am-pliar a capacidade do México de cooperar com osEUA, de modo direto e tangível, em uma amplagama de aspectos vitais. Três desses aspectos são:imigração ilegal, meio ambiente e narcóticos.

Os Estados Unidos continuarão a encontrarforças na diversidade de povos de todo o mundoque escolheram viver aqui, e contribuir para anossa vitalidade. Ao mesmo tempo, o governoClinton está empenhado na redução da imigraçãoilegal, e o Nafta é um elemento de suma importân-cia para a realização desse esforço. A procurado-ra-geral, Janet Reno, disse, em San Diego, háalgumas semanas, que

"o Nafta representa a me-lhor esperança de reduzir a imigração ilegal, alongo prazo".

O Nafta irá ajudar-nos a tratar de outra ques-tão que transcende as fronteiras políticas — oproblema da poluição. O governo Clinton fez domeio ambiente uma prioridade de política externa,uma vez que somente poderemos tratar das preo-cupações ambientais contando com a cooperaçãode outros países, especialmente de nossos vizinhos.

O México reconhece seus problemas de polui-ção e está tratando deles, seja por seu próprioempenho, seja em cooperação com os Estados

RUY CARLOS DE BARROS MONTEIRO *

A 24 de agosto último, o Congresso Nacionalaprovou tratado internacional celebrado entre

o Brasil e o Canadá, que edita regra permissiva da'transferência do condenado para o seu pais de origem— onde será executada a pena.

O debate que sucedeu à aprovação parlamentar foiveemente. Ao negar a plena correspondência do tra-tado aos interesses nacionais, o senador HumbertoLucena. presidente do Congresso Nacional, chegou aponderar:

"Quem sabe não seria melhor o Brasilpropor uma nova negociação, com vistas à assinaturade um aditivo a esse tratado, para que se tornasseexplicito que. em nenhuma hipótese, a transferênciade presos poderia beneficiar os condenados pela prá-tica dos chamados crimes hediondos?"

A par do caráter polêmico da aprovação parla-mentar, é fato certo que, até o presente momento, o.presidente da República não se animou a manifestara sua vontade — nem em relação à válida lembrançade eventual "nova negociação" —, o que dá ensejo à.retomada do debate, agora sobre o encaminhamentodo desfecho procedimental do tratado em causa.

Decorridos quase três meses do advento do Deere-to Legislativo n° 22, não será demasia supor que acausa cia delonga pode ter resultado das criticasdirigidas ao mérito da aprovação parlamentar, asquais, provavelmente, levaram o presidente da Repú-.blica a determinar, no âmbito do Poder Executivo,estudos suplementares.

É amplamente sabido, porém, que a assunção decompromisso externo — a incorporação, vale dizer,do tratado internacional ao direito interno — deman-da a integração das vontades do Congresso Nacionale do presidente da República.

NELSON MACULAN *

A Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ) cada vez mais procura responder á

sociedade com a qualidade dos profissionais queforma e com a pertinência das pesquisas e ações deextensão que desenvolve.

Nos últimos três anos, a atual Reitoria da UFRJconseguiu um aumento de 11.000 alunos matricula-dos. passando de 23.000 para 34.000 estudantes. E,com o objetivo de garantir o ensino público acessívelao segmento da sociedade que depende da opçãonoturna para estudar, a UFRJ abriu os cursos notur-nos em Química. Matemática, Fisica, Serviço Social,Fonoaudiologia. Fisioterapia. Biologia, Dança, Edu-cação Fisica, Direção Teatral, Radialismo e Televi-são. oferecendo um total de 6.051 vagas para osingressantes em 1994.

Na área da pesquisa, além das teses em prepara-ção, somam-se mais de 2.000 projetos em andamento,muitos em cooperação internacional. Citem-se ainda,as pesquisas em Lingüística, Antropologia, e as de-senvolvidas no Laboratório de Ciências Sociais e noCentro Internacional de Estudos Contemporâneos.

As pesquisas de ponta e de impacto social em anda-mento nas áreas de doenças infecto-contagiosas do tipoAids: na área de Robótica, na área de Engenharia Civilpropiciando a exploração de petróleo em águas profun-das; na área de Informática, visando ao desenvolvimen-to de hardware e software em computação paralelademonstram a complexidade da produção do saber emdesenvolvimento na UFRJ. Sobressaem ainda o estudoda poluição ambiental provocada pelo mercúrio no Rio

.Tapajós e um novo modelo experimental para a com-

.preensào da epilepsia.Na area de extensão, a UFRJ, além de manter

com orgulho projetos como a orquestra da sua Escolade Música ou como os dois grupos de ballet da suaEscola de Educação Fisica. com apresentação siste-mática no Brasil e no exterior, vem atuando nocenário social do pais.

Ao mesmo tempo a UFRJ participa, com maissete instituições públicas de ensino superior e maisoito empresas privadas, do Conselho Administrativodo Uniemp (Instituto Universidade Empresa) desde asua criação, sob a presidência do Dr. Edson Musa(presidente da Rhodia). Esta participação tem propi-

Unidos da América. O Nafta fortalece essa coope-ração. Ao contrário de qualquer acordo anterior,-ele vincula abertamente o comércio ao investimen-to. Com o acordo paralelo ao NAFTA, sobre omeio ambiente — e com nossos esforços no sentidode encontrar financiamento confiável e inovadorpara a limpeza ambiental das fronteiras —, esta-mos adotando medidas destinadas a combater apoluição ao longo da fronteira.

O Nafta irá também ajudar-nos a progredir nocombate aos narcóticos. O México re-conhece que as drogas ilegais consti-tuem um problema comum de todos ospaíses, o qual somente poderá ser solu-cionado com a cooperação em toda afronteira. O presidente Salinas triplicouo orçamento do México para o comba-te aos narcóticos, e demonstrou o dese-jo de punir funcionários corruptos dogoverno e os barões das drogas. Algunsdos mais conhecidos traficantes de dro-gas do México encontram-se atualmen-te na prisão. Isso representa um pro-gresso no combate aos narcóticos — eesse esforço tem que ser mantido.

Estamos também trabalhando juntoao México no sentido de eliminar os conflitos ecrises em outras partes do hemisfério. Nossas na-çòes atuaram juntas na busca de uma solução parao conflito civil em El Salvador, bem como nadefesa da democracia na Guatemala.

Durante muitos anos, Estados Unidos e Méxicoforam, como afirmou um observador, "vizinhosdistantes". Até recentemente, os mexicanos viam opoder norte-americano como uma fonte de pres-

Sob a égide da Carta revogada, o ministro Celsode Mello, do STF, salientava, em sede doutrinária,as conseqüências da adoção da concepção dualista:"O decreto presidencial, que formaliza a ratifica-ção, sucede â aprovação definitiva pelo CongressoNacional e gera três efeitos básicos: a) promulga-ção do tratado internacional; b) publicação de seutexto; e c) executoriedade do ato internacional, quepassa então a vincular e a obrigar no plano dodireito positivo interno. Constata-se daí que a apli-cabilidade dos tratados internacionais e a sua in-corporação à ordem jurídica interna decorrem deum ato complexo, resultante da conjugação de duasvontades — a do presidente da República e a doCongresso Nacional."

Vigente a Constituição de 1988, o ministroFrancisco Rezek. também do STF, realçou, doutri-nariamente, a implicação jurídica das manifesta-çòes dos dois poderes políticos:

"A vontade indivi-dualizada de cada um deles é necessária, porém nãosuficiente."

Como acentuado, a necessidade da conjugaçãodas vontades políticas não é recente. Ela vem-serepetindo ao longo do tempo. Mas, para bem com-preender a solução que ora se apresenta, é preciso ter,de modo muito claro, os seus dois momentos: aaprovação parlamentar assume nítido valor relativo,por não vincular o chefe de Estado â ratificação dotexto, e somente a decisão presidencial consolida aincorporação do tratado ao direito interno.

No caso, o que existe de concreto é a isoladaaprovação do Congresso Nacional (primeiro momen-to), pois o presidente da República não emprestou aotratado o seu consentimento definitivo, nem conside-rou, ao que se sabe, a possibilidade de reabertura de"nova negociação".

Prestando contas

ciado a realização de projetos de atualização deprofissionais, a celebração de convênios técnico-aca-dèmicos, que buscam otimizar o papel de cada insti-tuição no mercado de trabalho do pais.

Todo o patrimônio físico da UFRJ è mantido comseus recursos humanos e financeiros. São dois cumptprincipais, o da Ilha do Fundão, com cinco milhõesde metros quadrados, e o da Praia Vermelha; oMuseu Nacional da Quinta da Boa Vista, com seusacervos, grupos de pesquisa e cursos de pós-gradua-ção, servindo também de atração turística da nossacidade; a Faculdade de Direito, a Escola de Música, oInstituto de Filosofia e Ciências Sociais e o Observa-tório de Valongo, todos no centro da cidade, e maisseus oito hospitais que. além de locus de formação deprofissionais de saúde, colocam quase mil leitos âdisposição da sociedade do Rio de Janeiro.

Em 1992 o orçamento executado na UFRJ (exce-tuando parte das despesas com remédios e com equi-pamentos nos hospitais de responsabilidade do con-vênio MPS e as bolsas de pós-graduação do CNPq)foi de US$ 193 milhões distribuídos da seguinteforma: 110 milhões para pagamento de pessoal ativo,47 milhões para pagamento de pessoal inativo epensionistas e 36 milhões para custeio e capital (Pa-sep, bolsas de pós-graduação da Capes, bolsas deresidência médica, bolsa de estudo, de iniciação artís-tica, de iniciação cientifica, de extensão, de jovempesquisador, ajuda de alimentação a estudantes, ma-nutenção do patrimônio físico, vigilância, limpeza,compras de livros e assinaturas de periódicos, refor-mas e construção civil, apoio à renovação da gradua-ção, apoio aos programas de pós-graduação etc.). Ototal de despesas com pessoal ativo e com custeio ecapital chegou a 146 milhões de dólares que divididospor 35.100 estudantes resultaria no custo de 4.160dólares por aluno no ano.

A dedicação dos docentes e técnico-administrati-vos e a participação responsável dos estudantes notrabalho que vem sendo desenvolvido na UFRJ,digno de comparação com outras instituições simila-res internacionais com o mesmo orçamento ou maior,possibilitaram a UFRJ. outorgar, em 1992. 4.620diplomas: 2.700 de graduação. 500 de especialização.1.200 de mestrado e 220 de doutorado, sem contar osestágios para graduados, residência médica e cursosde extensão e as inúmeras publicações de pesquisa em

são, e até mesmo uma ameaça, enquanto os norte-americanos viam a pobreza mexicana como urnafonte de instabilidade.

Mas o México vem crescendo e mudando, mo-dernizando-se e desenvolvendo uma classe média.Nos últimos anos, o México tem feito esforços semprecedentes para abrir sua economia e reformarsuas instituições políticas, inclusive os sistemasjudiciário e eleitoral. As atitudes do México emrelação aos Estados Unidos e ao mundo também

mudaram consideravelmente.Agora, com o Nafta, poderemos supe-

rar velhas suspeições e suposições anti-quadas. O Nafta significará um marcoimportante na história de nossas relaçõesem toda a América Latina. O acordo iráestimular a todos os governos democráti-cos do hemisfério que hajam promovidoa abertura de suas economias ao comér-cio e aos investimentos norte-americanos.Conforme escreveu o presidente Gaviria,da Colômbia, ao presidente Clinton: "ONafta... é um veículo a serviço da mudan-ça política, do fortalecimento da demo-cracia e do respeito aos direitos humanosem toda a região."

Em muitos aspectos, a América Latina estáindicando o caminho em direção a um futuromais promissor, na era pós-Guerra Fria. A de-mocracia encontra-se em ascensão. Abrem-se osmercados. Conflitos estão sendo solucionadospacificamente. O Nafta pode enviar um podero-so sinal de respeito a essas conquistas.

' Sucrolârio de Estada dos EUA

Ora, essa peculiaridade está a revelar elementoseguro, o qual permite se acene com a perspectiva daretratação parlamentar, pois é inequívoco que a po-tencialidade de intervenção do Congresso Nacionalno procedimento ainda não se exauriu, pendentecomo se encontra a manifestação do presidente daRepública (segundo momento).

Afigura-se inevitável citar, mais uma vez, a liçãoespecializada de Francisco Rezek, quando aborda,especificamente, o ponto:

"A aprovação parlamentaré retratável? Pode o Congresso Nacional, por decretolegislativo, revogar o igual diploma com que tenhaantes abonado certo compromisso internacional? Seo tratado já foi ratificado, ou seja, se o consentimentodefinitivo desta república já se exprimiu no planointernacional, é evidente que não. Caso contrário,seria difícil fundamentar a tese da impossibilidadejurídica de tal gesto. Temos, de resto, um precedente:o Decreto Legislativo n° 20, de 15 de dezembro de1962, que revogou o de n° 13, de 6 de outubro de1959."

A exemplo do sucedido com o Acordo de Resgateentre os governos do Brasil e da França, creio que,em tese, o deslinde do aparente impasse está narevogação do Decreto Legislativo n° 22, de 24 deagosto de 1993 — proposta, frise-se, juridicamentepossível enquanto o presidente da República nãodecidir sobre a incorporação do tratado —, como aopção mais adequada a dar sentido útil e demonstraras óbvias inspirações éticas da manifestação do Con-gresso Nacional, oportunidade ímpar, ela sim, a per-mitir a desejada e ampla renegociação do tratadoBrasil-Canadá.

• Advogado

edições nacionais e internacionais. Em setembro de1993, foram apresentadas mais de 1.500 comunica-çòes por estudantes de graduação na Jornada deIniciação Científica e Artistica-Cultural.

As dificuldades da UFRJ começam com os pro-blemas salariais. As ações judiciais terminaram com aisonomia. Servidores (docentes e técnico-administra-ti vos, ativos ou inativos), num total de 1.353, reeupe-raram perdas salariais da seguinte maneira: 29 os26,05% (Plano Verão, fevereiro 89), 31 os 45% (au-mento de servidores militares em 1991) e 1.293 os84,32% (Plano Collor). Administrar este conflito semperder de vista a posição de vanguarda da UFRJ noensino superior público no Brasil é tarefa árdua.

Os Três Poderes devem rapidamente encontar asolução que devolva a quem de direito a definição dapolítica salarial, que ás vezes, está sendo regulamen-tada pelas ações judiciais e por expediente internoadministrativo das instituições públicas. As injustiçassão flagrantes.

A falta de recursos para a pesquisa, provenientes doMinistério da Ciência e Tecnologia (MCT), e a poucaatuação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio deJaneiro (Fapeij), obrigam a UFRJ a socorrer suas áreasque tradicionalmente recebiam dotações razoáveis des-ses órgãos, comprometendo assim sua capacidade depromover satisfatoriamente a melhoria de sua infra-es-trutura e a sua modernização. O atual ministro daEducação, professor Murílio Hingel, implantou o vale-refeição nas Instituições Federais de Ensino Superior em1993, melhorando a situação desesperadora dos servi-dores universitários de mais baixo salário. Tem demons-trado coragem e sensibilidade na defesa do ensinosuperior público, gratuito e de qualidade. No entanto oMEC não deve substituir o MCT e as fundações esta-duais de amparo à pesquisa no financiamento da pes-quisa nas universidades.

Por isso, a UFRJ vem requerer dos órgãos oficiaisde fomento á pesquisa e das instituições responsáveispela definição de política salarial e dos recursoscondizentes com o faazer universitário a sua contra-partida para que o ensino superior público e gratuitopossa modernizar-se e contribuir para o desenvolvi-mento cientifico, tecnológico e cultural do pais.

* Reitor da U-iiversidade Federal do Rio de Janeiro

Os índios na

Constituição

MARCO ANTÔNIO ÕONí, ALVES*

Neste momento de revisão constitucional, retor-

nam à cena política interesses e tomadas deposições que propõem mudanças significativas nasdisposições aprovadas pelos constituintes e promul-gadas pela Constituição Federal de 1988. Há quemchegue a propor a revogação do capítulo dos índiosda Constituição.

O capítulo dos índios, aprovado pela Constituiçãode 88, foi uma conquista dos povos indígenas que,durante as votações no Congresso Nac ional, tiveramuma ampla participação política. Apoiados por orga-nizações civis e eclesiásticas e respaldados pela opi-nião pública nacional e internacional conseguiramgarantir, pela primeira vez na história, um capítuloespecial que insere os seus direitos formais na CartaConstitucional da Federação.

No Brasil, existem aproximadamente 250 mil indios e 200 sociedades indígenas espalhadas portodo o território nacional, do interior de São Pauloaos confins da Amazônia. Quando falamos emsociedades indígenas, grupos indígenas, estamosnos referindo a coletividades que têm língua pró-pria, sistema de pensamento particular, estilo devida e visão de mundo que caracterizam um jeito deser. O que toma um povo singular, único, o que faza diferença entre ele e os demais povos espalhadospelo globo, são seus valores, suas crenças, enfim,seu ponto de vista e sua tomada de posição diantedo mundo. Esta diferença de ser e pensar de cadauma das sociedades indígenas é um valor, um bem,um patrimônio da humanidade, pois cada socieda-de é o resultado possível daengenhosidade e da criati-vidade humana. A diferen-ça que cada sociedadeapresenta é uma lição con-tundente de que não existeuma única forma de agir epensar, tida como a maiscorreta, e serve, também,para relativizarmos nossaexistência sobre a Terra, epara tomarmos consciên-cia da pluralidade de solu-ções que os homens podemdar a problemas semelhan-tes com que se defrontam.

A Constituição de 88 pareceu entender, e quisressaltar, o fato de o Brasil ter 200 sociedadesindígenas, em todo o território nacional, e nãoapenas 250 mil pessoas genericamente designadasíndios. Quando se di/ que os Índios brasileirospossuem terras equivalentes a 26 "Bèlgicas", vale apena perguntar se em 26 "Bèlgicas" cabem 200sociedades distintas, que dependem, para sobreviver, do ambiente à sua volta, e que necessitam d'áreas de caça, pesca e coleta, assim como de faixade terra agriculturaveis.

E uma falácia relacionar número de pessoas,sejam indígenas ou não, à quantidade de hectaresde terra que possuem. O uso da terra é por defini-ção um uso social, ditado pelas concepções quecada sociedade particular formula sobre a lógica dotrabalho e sobre a apropriação do ambiente, soma-do. ainda, aos recursos tecnológicos de que dispõe,permitindo-lhe intervir e produzir no ambiente emque se encontra. Uma das justificativas do pedidode revogação do capítulo dos índios da Constitui-ção quer fazer crer que esta loi demasiadamentegenerosa para com os índios, atribuindo-lhes direi-tos a grandes quantidades de terra, e mesquinha emexcesso para com os trabalhadores rurais sem terra.Este raciocínio parece querer opor indios a traba-lhadores sem terra, numa tentativa de deslocar oproblema. A questão deveria ser formulada daseguinte forma: quantas

"Bèlgicas", muitas vezesimprodutivas, estão nas mãos, não de coletivida-des, de sociedades, mas de indivíduos particularescom fins puramente especulativos.

Outra questão que se costuma levantar refere-seao fato de a Constituição reconhecer o "direitooriginário" dos indios sobre as terras que ocupamtradicionalmente. Procura-se caracterizar este "di-reito originário"como uma grave ameaça à sobera-nia nacional, á sua integridade e ao desenvolvimen-to da nação. O "direito originário" às terras ,conferido às sociedades indígenas, não è uma con-cessão do Estado. É o reconhecimento deste fatohistórico: os indios foram os primeiros habitantesdeste território, hoje designado Brasil. Este "direi-to originário" é, literalmente, um re-conhecimento,visto que a ocupação originária indígena do terri-tório nacional é um fato na consciência de milhõesde brasileiros, que dele se utilizaram para construira identidade da nação onde a figura do índio,somada à do branco e a do negro, passa a significarbrasilidade - aquilo que Ia/., do Brasil. Brasil. Seeste dado histórico foi sempre, de fato. conhecido,agora, por esta Constituição de 88, ele passa a ser,de direito, reconhecido.

Pensar este reconhecimento como perigoso paraa soberania da nação é mais uma tentativa desolapar a democracia e de cometer novo atentadocontra os direitos conquistados pelos índios. Comoo "direito originário" sobre as terras indígenaspode ser uma ameaça se as terras que os índiosocupam continuam a ser inalienáveis e patrimônioda União?

O capítulo dos índios deu um grande passo nadireção do estabelecimento de novos marcos nasrelações entre as sociedades indígenas e a socieda-de-Estado. Admite que existem coletividades indí-genas e, por isso, usa os termos "comunidade" e"grupos" indígenas. Existindo coletividades, exis-tem direitos coletivos. Isto é, os índios podemingressar, em juizo, em defesa de seus direitos, nãodependendo, para tanto, de um tutor, muitas vezesinfiel, que o Estado lhe atribui. O que parece maissignificativo, neste capítulo dos indios. é a recusade uma visão assimilacionista. que percebe a cultu-ra e a sociedade indígena como fenômenos transi-tórios, destinadas a desaparecer. Os índios não sãoseres do pretérito. Estão no presente e estarão nofuturo da sociedade brasileira.

'Professor do Antropologia do Üupartamento de Ciòncias Sociaisdo IFCS-UFRJ Publicou, rocontemontu, O Sigmhcjdo do nomu:cosmotogiJ o nomtnjçdo ontra oí> Pirufià. pela Lditora Solte Lu- )

trai. '

O Tratado Brasil-Canadá

O NAFTA é o

símbolo de, . * •.«: .. .. '•/ .• v-• '•uma nova

cooperação

entre 06 EUA

ea Américay/' >:•. tf.: ;V. v:;;. / - > ••.. >..:Latina.

Os índios

não são seres

pretéritos. |

Estão no

presente e

estarão no

futuro.

Page 15: JOBNAL DO BRASIL í£ JORNAL DO BRASIL S A 1993 RIO ...

12 • quinta-feira, 11/11/93 CPI DA CORRUPÇÃO JORNAL DO BRASIL

Estudo conclui que vai r/V Fiesp encomcndouhaver uma retalia^ao analise para nao ser

nunca vista ^ CI surpreendida

CPI será divisor de águas nas eleições de 94

¦ Estudo encomendado pela Fiesp mostra como ficou a situação

AMAZONAS

0 senador Gilberto Miranda (PMDB), membro daCPI, faz enorme esforço para brilhar nas telas, tentan-do defender as estrelas de seu partido — HumbertoLucena, Mauro Benevides e Ibsen Pinheiro. O gover-nador Gilberto Mestrinho tem força própria e, sejaqual for o resultado das investigações, deverá sairileso.

PARA

O grande beneficiado é o senador Jarbas Passarinho(PPR). Dependendo da evolução dos acontecimentos,poderá ser candidato à presidência da República, nolugar de Paulo Maluf. O governador Jader Barbalholeva as rebarbas da carga negativa de Orestes Quércia,de quem é aliado inseparável. PSDB e PT podemganhar pontos no Pará.

OCEARA

O PMDB leva um tombo, com o envolvimento dafamília Benevides — o senador Mauro Benevides e odeputado Carlos Benevides. O grande beneficiário seráo PSDB, que poderá reeleger para o governo do estadoo ex-governador Tasso Jereissati. presidente do parti-do.

PIAUÍ

As acusações contra o líder do PPR, deputado JoséLuiz Maia, atingirão de alguma forma a candidaturaMaluf. Pelas peculiaridades locais, os prejuízos afeta-rão apenas os acusados. Não deverão atrapalhar aeventual candidatura ao governo do ministro HugoNapoleào (PFL) ou do prefeito de Teresina, WallFerraz (PSDB).

¦ MIIIIIII —

O governador Jaime Campos sai chamuscado como episódio, pois sempre transitou com desenvolturapelos gabinetes dos principais acusados do PFL. Deixao caminho aberto para a tentativa de eleição de umcandidato do PDT, que conseguiu fazer o prefeito em1992 e tem em Dante de Oliveira seu carro-chefe.

OGOIÁS

Aliado de Quércia e, depois, de Fleury, o governa-dor íris Rezende pode ter de pagar duas vezes pelamaré de escândalos financiada pelos dois amigos, sejapelo envolvimento nas denúncias do Orçamento ou dacompra de deputados pelo PSD. Deixará margem decrescimento para o PT, que provou sua força, anopassado, com a eleição de Darci Accorsi para a prefei-tura de Goiânia.

Mesmo que saia absolvido, o senador HumbertoLucena (PMDB) fica com sua candidatura ao governomuito abalada. Sai fortalecida a candidatura da depu-tada Lúcia Braga (PDT), ex-prefeita de João Pessoa. OPMDB do governador Cunha Lima, já enfraquecidocom as criticas feitas a seu filho Cássio na direção daSudene. complicou-se ainda mais depois do atentadocontra o ex-governador Tarcísio Burity.

BAHIA

*^4

JOSÉ MARIA MAYRINK

SÃO PAULO — As denúncias de cor-

rupção na Comissão de Orçamentoestão causando estragos gerais na ima-

gem de parlamentares e governadores,em todos os estados. Mesmo que nãosejam culpados, os envolvidos nas acusa-ções terão dificuldades nas eleições do

próximo ano, porque serão apresentadoscomo corruptos ou comprometidos comos esquemas de propinas. Candidatos de-clarados poderão ser atingidos por tabe-la, devido ao envolvimento de seus alia-dos. Em compensação, políticos quepassam ilesos pela CPI estão conquistan-do prestígio e poderão apresentar-se co-mo alternativas nos palanques.

o

nos estados depois das denúncias de corrupção no Orçamento

Essas são as principais conclusões de

um levantamento feito pelo analista poli-tico Gaudêncio Torquato, professor daUniversidade de São Paulo e diretor daGT Marketing e Comunicação, para aFederação das Indústrias do Estado deSão Paulo. Com base nesse estudo, queestá sendo analisado, a portas fechadas,

pela Coordenadoria de Ação Política daentidade, os empresários vão traçar suaestratégia política para as eleições de1994. A Fiesp se prepara para enfrentar

grandes surpresas. "Vai haver uma reta-liação como nunca se viu na nossa histó-ria", adverte Torquato na apresentaçãodo seu mapa político-eleitoral.

MINAS GERAIS

O PMDB de José Geraldo Ribeiro, o Quinzinho dos15% de comissão, sofre muito. O deputado foi um dossete anões e comprometerá a candidatos de seu partido.Os tucanos e os petistas saem ganhando em Minas. Oministro Paulino Cícero é um pré-candidato forte edisputa, dentro do PSDB, com Eduardo Azeredo,ex-prefeito de Belo Horizonte. Paulino costura alian-ças com PFL e PDT. usando sua influência no gover-no.

ESPIRITO SANTO

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Jader Barbalho(Governador PMDB)RoseanaSamey(deputada PFL-MA)José Luis Maia(deputado PPR-PI)Mauro Benevides(senador PMDB-CE)Carios Benevides(deputado PMDB-CE)Flávk) Rocha(deputado PL-RN)

Humberto Lucena(senador PMDB-PB)Ronaldo CunhaLima(governador PMDB-PB)

Cássio CunhaUma(superintendente Sudene)

Miguel An-aes(deputado PSB-PE)Sérgio Guerra(deputado PSB-PE)Ricardo Fiúza(deputado PFL-PE)

Marco Maciel(senador PFL-PE)

JarbasVasconcelos(prefeito PMDB)

JoséCariosVasconcelos

i (deputado PRN-PE)

Geraldo BulMes(governador PSC)

Genebaldo Correia(deputado PMDB-BA)

João Alves(deputado PPR-BA)

José GeraldoRibeiro(deputado PMDB-MG)

Rose de Freitas(deputada PSDB-ES)

Fábio Raunheftti(deputado PTB-RJ)

Amaral Neto(deputado PPR-RJ)

Joaquim Roriz(governador PP)Orestes Quércia(PMDB-SP)Luiz AntônioFleury(governador PMDB)Ibsen Pinheiro(deputado PMDB-RS)

Iris Resende(governador PMDB)

Jaime Campos(governador PPR)

Saldanha Derzi(senador PRN-MS)

*

Flávio Derzi(deputado PP-MS)

Gilberto Miranda(senador PMDB-AM)Jarbas Passarinho(senador PPR-PA)Jaime Santana(deputado PSDB-MA)Epitácio Cafeteira(senador PDC-MA)Hugo Napoleão(ministro PFL)Wall Ferraz(prefeito PSDB)Tasso Jereissati(PSDB-CE)Garibaldi Alves(senador PMDB-RN)Lúcia Braga(deputada PDT-PB)Roberto Freire(deputado PPS-PE)Renan Calheiros(deputado PMDB-AL)Ronaldo Lessa(deputado PSB-AL)Antônio CarlosMagalhães(governador PFL)Benito Gama(deputado PFL-BA)Waldyr Pires(deputado PSDB-BA)Paulino Cícero(ministro PSDB)Albuíno Azeredo(governador PDT)Leonel Brizola(governador PDT)

Marceüo Alencar(PSDB-RJ)Sigmaringa Seixas(deputado PSDB-DF)Maurício Corrêa(ministro sem partido)Mário Covas(senador PSDB-SP)Luís Inácio Lula daSilva(PT)José Dirceu(deputado PT-SP)AloizioMercadante(deputado PT-SP)Roberto Requião(governador PMDB)Álvaro Dias(PP)José EduardoAndrade Vieira(ministro PTB)Jaime Lemer(PDT-PR)Esperidião Amin(senador PPR-SC)Antônio Britto(ministro PMDB)Pedro Simon(senador PMDB-RS)José Bisot(senador PSB-RS)Siqueira Campos(PDC-TO)Dante de Oliveira(prefeito PDT)

3S¦

RIO DE JANEIRO

O deputado Genebaldo Correia (PMDB) perde aschances de se candidatar ao governo. O governadorAntônio Carlos Magalhães (PFL) se beneficia muito,pois vem denunciando assaltos às verbas públicas. Odeputado Benito Gama (PFL), envolvido de maneiramuito leve no início, conseguiu tirar seu nome da lista eé hoje um dos nomes mais importantes da CPI. Poderáse beneficiar e colocar sua candidatura na rua. O nomedo deputdo Waldyr Pires (PSDB) começa a despontarcomo favorito. Será um dos beneficiados pela CPI. OPFL da Bahia não porá a mão no fogo por Fiúza. Obaiano anãa-mor, João Alves (PPR) deu muita muni-ção ao PT, contra Maluf. ACM trabalha para minar acandidatura do ministro Jutahy Magalhães (PSDB),do Bem-Estar Social, ao governo do estado, envolven-do-o no escândalo de desvio de verbas. Os tucanosfizeram a prefeitura de Salvador nas barbas do gover-nador, que por isso tenta barrá-los agora no caminhoao Palácio de Ondina.

ALAGOAS

Depois da hecatombe Collor, a estrutura política doestado está sendo reestruturada pelo prefeito RonaldoLessa, do PSB, igualando as chances com o PMDB deRenan Calheiros. Embora pequeno, o PSB não deixoude ter nomes envolvidos no escândalo do Orçamento— deputados Uldurico Pinto (BA) e Sérgio Guerra(PE). Pelas conexões entre o Orçamento e o EsquemaPC, o governador Geraldo Bulhões não tem chances defazer o sucessor, pois está com lama até o pescoço.

Embora sem grandes alianças, o PTB sofre grandecarga negativa, com o envolvimento dos petebistasFábio Raunheitti (que despejou quase USS 4 milhõesem Nova Iguaçu) e Feres Nader (que jogou cerca deUSS 5 milhões, só em 91/92). O governador LeonelBrizola, que sabe atirar com palavras, poderá sairganhando no episódio, na medida em que seu PDT nãoestá, até agora, envolvido na malha das propinas.Brizola poderá fazer o sucessor. O deputado AmaralNeto (PPR) foi lembrado pelo ex-assessor do SenadoJosé Carlos Alves dos Santos como envolvido noescândalo e poderá ter sua candidatura ao governo doestado comprometida. A situação do PSDB, cujo can-didato deverá ser o ex-prefeito Marcello Alencar, ficaainda melhor.

TOCANTINS

O escândalo pode levar o PDC dos Siqueira Cam-pos a decolar, fazendo o governador, embora as chan-ces do governador Moisés Avelino (PMDB) de eleger osucessor não deva ser descartada. Mesmo com osrespingos do escândalo da Comissão de Orçamentosobre os peemedebistas.

MARANHAO

O envolvimento do ex-presidente José Sarney, doministro Alexandre Costa, do governador Édison Lo-bão e do deputado Cid Carvalho repercutirá na candi-datura da deputada Roseane Sarney ao governo doestado. Mas a força da família Sarney poderá preser-var a candidatura da musa do impeachment. Serãobeneficiados com a CPI o deputado Jaime Santana(PSDB) e o senador Epitácio Cafeteira (PDC), rival deSarney.

kS

Apesar do impacto negativo sobre o PMDB, épouco provável que a CPI enfraqueça a candidaturado principal candidato ao governo, senador GaribaldiAlves, considerado político sério e muito popular. OPFL não tira vantagem, porque deputados da legenda,a começar por Ricardo Fiúza (PE), foram arroladospor José Carlos Alves dos Santos na CPI. O deputadoFlávio Rocha (PL) também sai um pouco chamusca-do.

¦C RIO GRANDE DO SUL

SERGIPE

O envolvimento do governador João Alves poderárespingar na candidatura da situação, seja ela a dosenador Albano Franco ou outra. O PFL abriga tam-bém o nome de Messias Góes, um dos sete anões daComissão de Orçamento.

MATO GROSSO DO SUL

A influência dos Derzi — senador Saldanha Derzi edeputado Flávio Derzi — na política do estado ficacomprometida pelo envolvimento de ambos no escân-dalo. Sua proximidade com Sarney pode fechar asportas, dentro do PFL, PMDB ou do PTB, aos candi-datos ligados ao ex-presidente^,.

A deputada Rose de Freitas (PSDB) sai prejudica-da, principalmente porque no ano passado foi aponta-da como a Branca de Neve dos Sete Anões da Comissãode Orçamento, vínculo que poderá vir à tona nova-mente na CPI. O PDT, do governador Albuíno Azere-do, poderá ganhar com as repercussões da CPI.

PERNAMBUCO

O envolvimento do deputado Sérgio Guerra (PSB).ligado a Miguel Arraes. compromete a candidatura doex-governador. Mas o PFL, de Fiúza, também com-promete o nome do senador Marco Maciel, apesar deser muito difícil estabelecer uma projeção de impactosobre os dois. Fiúza garantiu muito poder de fogo doPT, pelo gatilho do senador Eduardo Suplicy, comquem tem uma antiga pendenga. O PMDB, do prefeitoJarbas Vasconcelos, também perde, embora ele devacontinuar mantendo a preferência do eleitorado per-nambucano. O PRN, de José Carlos Vasconcelos, estáem extinção desde o Collorgate. A situação em Per-nambuco aponta para um empate entre os partidos, àmedida que o PT vem crescendo. O PT poderá serbeneficiado com a formação de uma frente de esquer-da, ao lado do PPS de Roberto Freire.

*0

DISTRITO FEDERAL

O governador Joaquim Roriz (PP), envolvido, pre-judica seu candidato, o engenheiro José Roberto Arru-da. Quem se beneficia muito é o tucano SigmaringaSeixas. O ministro Maurício Corrêa continua no pá-reo, embora não descarte sua chance de ir para oSupremo Tribunal Federal pelas mãos de Itamar Fran-co. Impulsionado pelo resultado da CPI, o PT temboas chances de eleger o sucessor de Roriz.

SAO PAULO

Maluf perde, e muito. Quércia, que estava se recu-perando, também perde muito, pois seus grandes alia-dos no PMDB — os deputados Genebaldo Correia(BA) e Manoel Moreira (SP) — estão no olho dofuracão. O senador Mário Covas se beneficia muito,porque o PSDB passa quase incólume pelo furacão.Mas o grande beneficiado em São Paulo, como aliásem todo o país, é Luiz Inácio Lula da Silva. Com seus"300

picaretas", ele lançou mais um emblema de cam-panha. Contudo, seu candidato ao governo do estado,deputado José Dirceu, ainda não provou ter carismapopular. O governador Fleury Filho, envolvido comoum dos beneficiários das propinas das empreiteiras,perdeu o eixo político. O deputado Aloizio Mercadan-te poderá ser candidato ao Senado pelo PT. A derrotaem São Paulo pende mais para o PMDB, que tem duasalternativas — aliança com o PPR de Maluf, maisprovável, ou com o PSDB de Covas, com menoreschances.

PARANA

O ministro da Previdência Social, Antônio Britto,vai acentuando seu nome na moldura de um PMDBcombalido. Individualmente, ele não será atingido pelomar de lama. Britto poderá consolidar sua candidaturapara o governo estadual ou mesmo fincar as estacas desua candidatura presidencial. O deputado Ibsen Pi-nheiro sairá arranhado, apesar do paredão de defesaem torno de seu nome. O senador Pedro Simon, comseu discurso moralista e antiquercista, deverá ser umdos vencedores do episódio, mesmo com seu PMDBabalado. O perfil de Simon, a essa altura, combinamais com o PSDB. Também ganha o PT gaúcho, quepode fazer decolar o nome de Olívio Dutra para ogoverno do estado. O senador Paulo Bisol (PSB) tam-bém está entre os beneficiados, mas não tem fôlegopolítico para chegar sozinho ao Palácio Piratini.

Há uma situação de empate. O governador RobertoRequião poderá se beneficiar com o refluxo de Quér-cia. Álvaro Dias (PP) pegará a corrente da CPI paratrombetear a cooptação de deputados de seu partidopelo PSD, linha auxiliar de Fleury em São Paulo. Oministro José Eduardo de Andrade Vieira (PTB), nãodeverá ser atingido, porque seu trabalho técnico nogoverno está sendo reconhecido. O episódio do escân-dalo favorece ainda mais o ex-prefeito Jaime Lemer(PDT), que tinha uma situação de dianteira invejável.Lemer está sendo atraído para o PSDB.

SANTA CATARINA

Tudo indica que os reflexos da CPI da corrupçãonão cheguem a afetar o quadro estadual. O governadorVilson Kleinubing aparece como um dos beneficiadosdas contas do Orçamento, mas sua imagem públicapoderá cobrir os efeitos danosos. O senador EspiridiãoAmin (PPR) é muito forte no estado.

*0 AMAPÁ'

Nestes quatro estados do Norte, a tendência é decrescimento do PSDB e do PT, que fizeram as prefeitu-ras de Macapá, Porto Velho e Rio Branco. Os doispartidos devem ser beneficiados pelo envolvimento doPFL, PTB, PPR e PP na máfia do Orçamento. NoAmapá, Sarney ainda conseguirá ser peso forte nasucessão, embora combalido com as denúncias deenvolvimento no esquema de corrupção.

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Page 16: JOBNAL DO BRASIL í£ JORNAL DO BRASIL S A 1993 RIO ...

JORNAL DO BRASIL POLÍTICA E GOVERNO quinta-lciru, I l/l 1/93 • 1 3

Josomar Gonçalves —13/10/93

1 WÊÈm

_I_l__T__ _ _ á?Í"? I ilobel escapou do processo por tentativa de homicídio, embora crime tenha ocorria

Comissão da Câmara rejeita 2

pedidos para processar Nobel

¦ Deputado defende voto aberto para evitar corporativismo

BRASÍLIA — Uma mostra docorporativismo que ainda imperano Congresso foi dada ontem naComissão de Constituição e Justi-ça (CCJ) da Câmara. Por 21 votosa favor e 14 contra, a comissãorejeitou pedido do Supremo Tri-bunal Federal para processar odeputado Nobel Moura (PSD-RO) por ter xingado em 1989 umjuiz eleitoral de Porto Velho. Por24 votos a favor e 11 contra, ou-tro pedido do STF também foinegado, este para processar omesmo deputado por tentativa dehomicídio, em 1988, na mesmacidade. Por causa da imunidade

parlamentar, deputados e senado-res só podem ser processados me-diante autorização de pelo menos29 dos 56 membros da comissão."Isso é só uma prévia do quepoderá acontecer na sessão quevai julgar a cassação dos manda-tos dos deputados envolvidos noescândalo do Orçamento", recla-mou o deputado Luiz Máximo(PSDB-SP), que integra há umano a Comissão de Constituição eJustiça. Essa foi a primeira vez,cm 1993, que a comissão julgouuma matéria dessa natureza.

Luiz Máximo está elaborandoemenda constitucional para queos parlamentares tenham de de-

clarar seu voto abertamente nassessões de cassação de mandatopor falta de decoro parlamentar.Quer também que, cm caso derenúncia, o parlamentar se torneinelegível por um período a serestabelecido cm plenário.

Um dos maiores defensores demanutenção da imunidade parla-mentar de Nobel foi o líder doPTB na Câmara, deputado Gas-tone Righi (SP). "A imunidade éfundamental para a independên-cia parlamentar", argumentavaRighi, embora os processos emquestão fossem anteriores â elei-çâo de Nobel.

Burity fala na televisão e nega

que tenha atacado

governadorJoflo Pessoa — Jamil Blttor

JOSÉ DE ARIMATÉIAJOÃO PESSOA — Comunican-

do-se com familiares apenas porbilhetes, desde que levou um tirona boca, disparado por RonaldoCunha Lima, ontem o ex-gover-nador Tarcísio Burity gravou umcurto depoimento para a televi-são, durante o qual disse que ogovernador atirou nele "de sope-tão". Sào suas primeiras declara-çòes públicas sobre o incidente noRestaurante Gulliver. Falandocom dificuldade, com sonda naboca e curativos fechando o localda traqueotomia (por onde recebealimentação liquida), ele negouque estivesse armado ou tivesseatacado a honra de Cunha Lima,motivo alegado pelo adversáriopara justificar os tiros. O depoi-mento, na integra:"O

governador Ronaldo Cu-nha Lima entrou no restauranteapenas para me matar. Eu estavacom amigos, tranqüilamente. Elechega, de sopetão, e atira para mematar. Eu estava desarmado, euestava apenas me distraindo comamigos, almoçando, nada mais doque isso. Isso não se faz. Isso éuma violência inumana. Eu nãosou inimigo pessoal de ninguém.Eu nunca ataquei a honorabilida-de de ninguém. Sempre fiz a mi-nha ação política com correção.Me desculpe, mas estou cansa-do".

Por sua vez, o governador Ro-naldo Cunha Lima ainda nãoprestou qualquer depoimento ofi-ciai sobre sua tentativa de matarBurity. Ele recusa-se a depor noinquérito aberto pela Polícia Fe-deral (que já ouviu 20 testemu-nhas) e até ontem, seis dias após o

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. ""Wv V.W.V... NV v. *"* f"jIJ^

Burity já deu entrevista Jbra do CTI

atentado, não demonstrava empe-nho em depor no que mandou aprópria polícia que ele comandaabrir. O delegado Ronaldo César,da polícia civil paraibana, admitiuque ainda não sabe quando convi-dará Cunha Lima para prestardeclarações, limitando-se a dizerque o fará "o mais breve possí-vel". Pelas prerrogativas do car-go, ao receber o convite o gover-nador tem o direito de marcar dia,hora e local para depoimento.

O Partido dos Trabalhadorespromoveu, ontem à tarde, umapasseata nas ruas centrais de JoãoPessoa, para protestar contra ocrime. Cerca de 100 pessoas parti-ciparam da manifestação, exibin-do faixas como "Governador pis-toleiro envergonha a Paraíba" e"povo aguarda resultados dasCPls dos Açudes e do Detran".As CPls foram criadas para apu-rar irregularidades no governo,mas a oposição denuncia que abancada que é fiel a Cunha Lima"engavetou" as investigações.

f~~l O ministério da Justiça refu-tou ontem as acusações do depu-tado Ivan Burity, sobrinho do cx-governador da Paraíba TarcísioBurity, de que o ministro MaurícioCorrêa teria negado segurança àsua família. Em carta enviada aodeputado, o secretário executivo doMinistério, Théo Pereira da Silva,afirmou que a Policia Federal vemdando segurança à família Buritydesde o último dia 8. Acamado ecom 40 graus de febre em função deuma amigdalite, o ministro não foitrabalhar ontem.

Informante acusa ministro

¦ Alcagiiete diz

que Corrêa levou

dinheiro de PC

BRASÍLIA — O ministro da

Justiça. Maurício Corrêa,o ex-diretor da Polícia Federal,Amaury Galdino. e seu chefe degabinete, Luís Carlos, foramacusados pelo informante daPF, Valdemir José da Silva, ementrevista ontem a uma emissorade rádio, de receberem juntosUSS 1 milhão como prêmio pelafuga do empresário Paulo CésarFarias, o PC, ocorrida cm 30 dejunho. Em entrevista concedida

ontem ao repórter Silvio Linha-res, da Rádio CBN, o informan-te, que se infiltrou na casa de PCem Maceió (AL) em setembro,conta que o tesoureiro de cam-panha do ex-presidente Fernan-do Collor foi avisado por Corrêada decretação de sua prisão pre-ventiva, no mesmo dia da fuga, esaiu de casa a bordo de um carroda Polícia Federal rumo a umcampo de pouso de Maceió.

A direção da Policia Federalnão quis se manifestar sobre asdeclarações de Valdemir Joséda Silva que contou ter sidocontratado como informantesobre a fuga de Paulo César

Farias. Delegados ligados à cú-pula do DPF confirmaram, noentanto, que o ex-funcionáriodo Hotel Bristol, de Brasília,foi colocado dentro da casa dePC para passar informaçõessobre o paradeiro do foragido.Um delegado que trabalhounas buscas chegou a admitirque a Polícia Federal pagou apassagem para Valdemir viajarde Brasília para Maceió.

O ministro da Justiça, Maurí-cio Corrêa, negou-se a comentara denúncia. "O ministro não vaifalar sobre esse assunto que éalgo absurdo e irresponsável",aleuou o assessor Jair de Farias.

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Page 17: JOBNAL DO BRASIL í£ JORNAL DO BRASIL S A 1993 RIO ...

Deputado é

suspenso por

extorsão

¦ VANDIQUE MAGALHÃESVITÓRIA — O deputado

Ulisses Anders (PSDB) teve seuI mandato suspenso por 30 dias e; perdeu o cargo de primeiro-se-: cretário da Mesa Diretora da

Assembléia Legislativa. O afas-tamento foi decidido em vota-

!ção secreta por 19 votos a fa-ivor, seis contra e dois embranco, mas a cassação do de-putado foi rejeitada pelo plena-

; rio. A sessão durou das 10h às15h, em clima de muita tensão ecom as galerias lotadas.

A punição foi conseqüênciade denúncia feita pelo deputado

Cabo Camata (PST), que acusouUlisses Anders de extorquir em-

. presários para fazer emendas queos beneficiavam. Uma das acusa-

' ções era de que Ulisses recebeuUS$ 30 mil para suspender, atra-

, vés de emenda, a importação de' cimento pelo sistema Fundap(Fundo de Desenvolvimento deAtividades Portuárias), que bai-xa o valor do produto em pelo

menos 50%. Ulisses foi também' acusado de chantagear importa-! doras de veículos.

Sigilo — Para apurar as de-' núncias. foi formada uma Co-j missão Especial de Inquérito nofinal de setembro, que pediu a

•quebra de sigilo bancário deUlisses. O levantamento feito até'

agora aponta que o deputadomovimentou mais de CRS 12 mi-

. lhões de fonte desconhecida, já' que ele mesmo afirmou que sua

! única fonte de renda era a As-; sembléia Legislativa. O rastrea-

mento nas contas do deputadomostrou que foi movimentado,

de fevereiro de 91 a setembro de93, cerca de USS 218 mil, en-quanto seus vencimentos chega-ram a USS 122 mil, deduzindo-se

I as aplicações.De acordo com os relatórios,

vários depósitos eram feitos nas; contas do deputado em cinco. bancos — Ba nestes. Nacional,

Bandeirantes. Banco do Brasil e; Caixa Econômica Federal — por

pessoas ligadas a empresários.O relator da CPI, deputado

Teteco Queiroz, disse que a As-sembléia. ao negar a cassação de

< Ulisses, perdeu a grande oportu-nidade de resgatar a credibilida-' de. Para o presidente da Assem-

Ibléia. deputado Marcos. Madureira. a sessão de ontem foi' a "cara do Brasil".

Mineradorai

multada por

escravidão

SÃO PAULO — A apenas 40quilômetros de São Paulo, a De-legacia Regional do Trabalho in-

. terditou ontem duas frentes detrabalho da Mineradora Mamo-

ré. uma das maiores do pais. que' mantinha 40 operários traba-' lhando em regime de semi-escra-vidão em uma fazenda de euca-liptos em Pirupora do BomJesus. A Mamoré, foi multada

. em CRS 1,5 milhão e vai respon-der processo na Justiça.

Apurando denúncia do Sindi-cato dos Metalúrgicos de Osas-co, a DRT foi á fazenda e encon-trou, em condições subumanas,40 pessoas que trabalhavam no' corte de eucaliptos e na fabrica-ção de carvão em fomos de bar-ro. "Elas não eram registradas,

; não tinham direito a folgas, fé-, rias ou horas extras, trabalha-' vam mais de 10 horas por dia e; pouco restava do salário prome-,iido depois de descontados os" 'alimentos fornecidos", constatou| a delegada Lúcia Jayme.¦- Os trabalhadores moravam'

em barracos de terra batida eteto de folhas de zinco. As camas

eram improvisadas com galhos_ de eucaliptos no chão, e o ba-

ttheiro, no próprio barraco, umafossa com um caixote de madeira'servindo de vaso sanitário. Os

¦ alimentos — arroz, feijão e lári-; nlia — eram fornecidos crus para

serem cozidos em fogo de lenhaJ pelos próprios trabalhadores,. que pagavam entre CRS 12 mil a. CRS 15 mil por mês. Samuel Ha-

dan, diretor da Mamoré, disse' que a mineradora não é respon-: sável pela situação dos trabalha-| dores, porque arrendara a fazen-i da para a empresária Oracélia; Flórida Rodricues, em abril. "Já

rompemos o contrato", disse.

Porto Alegre — Amomo vargagffgLg_ggI!L

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Low trouxe apoio de editores de todo o mundo às denúncias da imprensa brasileira: "Estamos juntos nisso

Jornalista alerta que

combate

à corrupção testa democracia

¦ Encontro da ANJ enaltece o papel investigador da imprensa

PORTO ALEGRE — O presidenteda Federação Internacional de Edi-tores de Jornais (FIEJ), PrescottLow, afirmou ontem que o escân-dalo do orçamento no Congressobrasileiro é um "teste

para o Brasile para sua midia", alertando que

"o

que está em jogo aqui é o futuro dademocracia no Brasil". Ele acres-centou que

"todos nós, da impren-sa livre, estamos juntos nisso e te-mos muito a perder, se as coisasnão forem bem para a imprensalivre aqui".

Low fez a palestra de aberturado 3o Encontro Nacional de Jorna-lismo. no hotel Plaza São Rafael.Ele disse que a situação enfrentadapelo Brasil não é isolada, já quecasos de corrupção no governoocorrem também na Alemanha, Ja-pão. Itália, Inglaterra, Espanha eRússia, entre outros países."A FIEJ oferece seu apoio e ex-periência, assim como sua rede glo-bal de informações, para ajudar vo-cês a ver esse desafio num contextodiferente e ajudar vocês a se defen-derem deles", afirmou. "A unidadeda mídia impressa e de suas asso-

ciações nessa luta global pode seruma das suas armas mais poderosaspara vencer sua presente batalhaaqui no pais".

O encontro foi aberto com apresença do governador Alceu Col-lares. Low. do presidente da Socie-dade Interamericana de Imprensa(SIP). Alejandro Junco. e do presi-dente da Associação Nacional deJornais (ANJ), Jayme Sirotsky. Aspalestras prosseguirão até amanhã,abordando entre outros assuntosfuturo do mercado jornalísticomundial, ética no jornalismo e pro-paganda e midia imprensa.

Independência — Low rela-tou os trabalhos realizados pelaFIEJ. sediada em Paris, que repre-senta mais de 15 mil jornais de todoo mundo. Ao lembrar que o princi-pai objetivo da FIEJ é a defesa daliberdade de imprensa, ressaltouque

"a independência econômicados jornais como condição essen-ciai dessa liberdade".

O presidente da FIEJ disse que aentidade lidera uma campanhamundial para derrubar a imposiçãode impostos agregados sobre a mi-

dia, que "representam uma ameaça

para a viabilidade econômica demuitas empresas jornalísticas e re-sultam em menores índices de leitu-ra nos países onde existem".

Em sua palestra. Jayme Sirotskydisse que

"não se pode regular aatividade da imprensa pela imposi-ção de sistemas codificados porquenão há lei que possa suprir a carên-cia de ética. Nossa postura tem deser definida pela ação, com profis-sionalismo, nunca por leis supér-fluas que cerceiam a liberdade deimprensa".

O presidente da ANJ destacou opapel investigador da imprensa noescândalo do orçamento e disse queos casos escabrosos denunciadossão "em boa parte entulhos de pro-cedimentos que se fortaleceram nosanos de autoritarismo, onde a in-formação foi amordaçada, inclusi-ve com a presença de censores den-tro de nossas redações".

Para Jayme Sirotsky, se a im-prensa, ao longo da história dopaís. não tivesse sofrido o cercea-mento das ditaduras a corrupção "

jamais teria atingido patamares queenvergonham a nacionalidade".

Collares recebe apoio de 3 mil

partidários na Praça da MatrizMauro Mattos — 22M0/90

PORTO ALEGRE — Cerca de trêsmil pedetistas fizeram uma concen-tração na Praça da Matriz, em fren-te ao Palácio Piratini, sede do go-verno gaúcho, em apoio aogovernador Alceu Collares (PDT),o que abortou, na metade do cami-nho, a passeata de 300 estudantessecundaristas favoráveis á CPI daPropina, pelo temor dos alunos deum confronto. Mas não impediuoutro fato de grande impacto poli-tico: por fax, o vice-governadorJoão Gilberto (PSDB) comunicou aCollares a sua renúncia ao cargo desecretário de Ciência e Tecnologiapara permitir a reavaliação da coli-gação que os dois partidos e mais oPC do B mantêm no estado.

Os estudantes fizeram a passeataaté o Colégio de Educação, próxi-mo ao Centro, quando souberamda concentração dos pedetistas,convocados pela direção do partidopara apoiar Collares diante da su-cessão de denúncias contra seu go-verno. Para evitar um confronto, osalunos decidiram enviar apenasuma comissão até a Assembléia, en-tregar o documento de apoio á CPIda Propina.

Nos jornais de ontem saiu a con-vocação do presidente do PDT re-gional, Sereno Chaise, para o atopúblico, mas tudo indica que a mo-bilização já era anterior, com a vin-da de dezenas de ônibus do interior,com prefeitos, vereadores e lideran-ças do PDT. Funcionários com car-

gos de confiança teriam sido dis-

pensados do serviço paracomparecerem à Praça, como cons-tataram repórteres de rádios locais.

Na Praça, Collares desafiou seusadversários para que tenham maiscoragem e que não usem a "pobre

Neuza" para atacá-lo. porque ela, etodos os secretários, fazem o queele, governador, determina. Apoiou

ItH!

O vice João Gilberto renunciou à Secretaria de Ciência e Tecnologia

a CPI da Propina e garantiu a puni-ção dos eventuais corruptos, masvoltou a exigir a apresentação deprovas materiais sobre a existênciade uma rede de corrupção de fun-cionários públicos e lobistas.

A concentração esvaziou a re-percussão política da passeata estu-dantil, mas não evitou uma crise nacoligação partidária: no fax em queo vice-governador João Gilbertopediu demissão da secretaria queacumulava, de Ciência e Tecnolo-gia, elogiou o relacionamento éticocom Collares, mas saiu do cargopara permitir o reexame da coliga-ção PDT/PSDB/PC do B. JoãoGilberto disse ter enviado fax pelo"acúmulo de trabalho" nas duasfunções.

Lobista deporámais uma vez

I | Os membros da CPI da Pro-pina decidiram ontem que a lo-bista Eufrázia Covalski será rein-quirida hoje. A quebra de seusigilo bancário revelou na contada Caixa Econômica Estadualum cheque equivalente a USS 4mil, emitido por Roberto Lee eendossado pelo advogado Rober-to Telhada. Antes. Eufrázia ne-gou ler recebido comissões numaoperação em que Lee teria rece-bido um financiamento de USS|l) mil Outras 10 pessoas terãoí,eu siyiK» bancário quebrado pelaCPI da Propina.

Um autêntico sortudo

¦ Deputado sai

arranhado de

acidente aéreo

PORTO ALEGRE — O

deputado Victor JoséFaccioni (PPR-RS) agradeceuontem a Deus e atribuiu a SãoJosé, origem do seu próprionome, ter escapado vivo, comapenas um arranhão na mão, àqueda um avião monomotor,modelo Carioca, da Embraer,no município de Posse, noNorte de Goiás, próximo à ci-dade de Barreiras, na divisacom a Bahia. O avião ficoutotalmente destruído. Os ou-tros dois ocupantes do mono-motor—o piloto Luís Girmane o assessor parlamentar JaimeHaynec — também sobrevive-ram.

Ainda emocionado com oacidente, numa entrevista tele-fônica à Rádio Gaúcha de ma-nhã cedo, falando de Goiás,Faccioni disse que o aparelho

estava tentando sair do acro-*»porto para voltar a Brasília,quando o piloto foi obrigado a_fazer um pouso forçado. . -

"Houve pane no motor cvazamento de gasolina. Os foi-.,tes ventos impediam o pilpip^,de direcionar o avião para umaestrada e havia o risco de bater „contra uma árvore. Para evitaro risco, foi feito o pouso. Sai-mos todos os três na corrida,.",com medo de uma explosão, e„todo mundo se salvou", con-tou ,o deputado. O monomotorhavia sido emprestado ao d£-^putado por um amigo.

"Minha sorte é melhor do,que a do João Alves. Estanjd^,prontos para outra jornada.,,Estou aqui conversando e nao •sou alma de outro mundo",'''brincou o deputado gaúcho,,que já sofreu vários acidentqsde carro durante campanhaseleitorais, mas nunca tinhapassado pela experiência deuma pane num avião..

INSS paga

diferença a

aposentados em 1994Jamil Bittar — 26/10/93

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BRASÍLIA — O ministro daPrevidência Social, Antônio Brit-to, afirmou ontem que a diferençaa que cerca de 7 milhões de apo-sentados têm direito começará aser paga no próximo ano. Essesaposentados ganhavam menos deum salário mínimo entre outubrode 1988 e abril de 1991, o quecontraria a Constituição de 88,que tornou obrigatório o paga-mento ck pelo menos um mínimoa ativos e inativos. O anúncio foifeito ontem na Comissão de Agri-cultura da Câmara.

Britto não disse quando o pa-gamento será iniciado, mas, se-gundo assessores do ministro, aprimeira parcela deverá ser pagaaté abril. Os valores a serem pa-gos a cada aposentado variam en-tre um e meio salário mínimo(CRS 22.5 mil) e quinze mínimos(CRS 225 mil).

O valor total da diferença devi-da aos aposentados, que a Previ-dência terá de pagar por determi-nação do Supremo TribunalFederal (STF), chega a USS 3,9bilhões, de acordo com Britto. ouseja. mais de duas vezes o que foidesembolsado para o pagamentodos 147%. encerrado este mês.

Britto: prazo não está dejmiifo

Conforme assessores do ministro,esta diferença deverá ser quitadaem até 36 meses, mas quem tempouco a receber poderá retirar oque lhe é devido de uma vez.','Sé-gundo Britto. a data do início dopagamento depende do julgamen-to pelo STF da constitucionalida-de da Cofins.

Na sua exposição na Comissãode Agricultura da Câmara, o mi-nistro levou dados que demotls-tram que nos últimos nove mesesos benefícios rurais consumiramUSS 3,6 bilhões, mas a arrecada-ção no setor contribuiu apenascom USS 567 mil.

"Suicídio"

Preso no domingo sob a acusa-ção de roubar gado no norte deRoraima, o índio macuxi Demó-clides Albuquerque Carreira, de23 anos, foi encontrado morto nacadeia com um tiro na testa. Odelegado de Alto Alegre garantiuque o macuxi não estava armadoquando foi preso. O assessor daFunai em Boa Vista, Wilk CélioFernandes, disse que a policia estáderrubando os currais de gado na

"Tr N V i

em Roraimareserva indígena Raposa-Serra doSol. A Funai pediu ontem à Poli-cia Federal que investigue as cir-cunstâncias da morte de Demócli-des — mais um episódio da lutaentre índios e fazendeiros da re-gião. O assessor Wilk Fernandesnão tem dúvidas: "Ele foi suicida-do". A Funai entrou com umaação para cobrar do estadp. deRoraima o pagamento de indeni-zação à família do índio.

Dólares falsosInvestigadores da 2J Delegacia

de Roubo, do Departamento Es-tadual de Investigações Criminais(Deic), de São Paulo, apreende-ram, na noite de anteontem, USS570 mil falsos nas zonas Norte eLeste da capital. Quatro pessoasforam presas. Os falsários tenta-vam trocar cinco dólares falsospor um verdadeiro. Edson Santi,delegado-adjunto do Deic, acredi-ta que foi desbaratada uma redeinternacional de falsificação dedinheiro. Um dos presos disse queos dólares de araque tinham saídoda gráfica San Manuel, em PedroJuan Caballero, no Paraguai. Os

policiais do Deic ficaram sabendoda falcatrua por uma denúnciaanônima. A pena por crime defalsificação e tentativa de introdu-zir moeda falsa no mercado variade trêã a 12 anos de prisão.

Ônibus paramCerca de 300 mil pessoas„.r-

moradoras na Região Metròpoli-tana de Curitiba — ficaramnse;ntransporte no primeiro dia da gre-ve de motoristas e cobradores dasempresas de ônibus que atendema região. Houve tumulto e depre-dações no município dc Almiran-te Tamandaré. onde nove ônibustiveram vidros quebrados, incluí-ve a tiros de revólver. O governodo estado, que gerencia o trans-porte na Região Metropolitana,acusou os empresários de estarempromovendo um locaute. Há-maisde um mês o governo autorizou, acirculação de ônibus de autôno-mos em protesto contra uma deçi-são judicial que deu um aumentode 51% nas passagens. De acordocom a versão do governo, somen-te os ônibus alternativos te ri a Insido depredados.

Fotógrafo ganha Io prêmio , ;

Entre quase 300 trabalhos quedisputaram o 4U Prêmio OK deJornalismo deste ano, em novecategorias, o trabalho Ruídos, dofotógrafo Jamil Bittar, do JOR-NAL DO BRASIL, foi um dosvencedores, recebendo o primeiroprêmio da categoria. A divulga-ção dos premiados foi feita ontempelo júri que teve dois meses paraavaliar os trabalhos enviados àsede da Fundação Lui/ Estêvão;Grupo OK. Do júri participaram

os jornalistas Carlos Monfortt,Eliane Cantanhede. Cléber Praxe-des e Luiz Adolfo Pinheiro.-quepremiaram, na categoria polítidi,Andraus é Fogo, de Policarpo Jr: eLeonel Rocha, da revista Veja. Arevista IstoÊ venceu o prêmio deeconomia com a reportagem /' /•/-gaçào, de Sylvio Romero e R.ia\r-do Noblat. Os vencedores do 4"Prêmio OK de Jornalismo réccWe-rão diplomas e prêmios em, (Ji-nheiro.

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Page 18: JOBNAL DO BRASIL í£ JORNAL DO BRASIL S A 1993 RIO ...

14 • quinta-feira, l l/l I/93 ? 2o Edição BRASILJORNAL DO BRASIL

Cleto Falcão

denunciado

ipor extorsão

1 BRASÍLIA — Os deputados fe-;derais Cleto Falcão (sem parti-;do-AL) e Luiz Dantas (PSD-AL)¦foram denunciado ontem à Poli-jeia Federal de Alagoas pelo de-,'putado Talvanes Albuquerque,por tentativa de extorsão. Ele en-

¦tregou à polícia uma fita gravada'de uma conversa com Cleto, em*6

de novembro último, onde odeputado federal — dono do jor-'nal O Diário, em sociedade comiDantas — propõe a Talvanes umtratamento especial no noticiá-'rio, em troca de USS 200 mil.• Segundo Talvanes, no dia 25de outubro a diretora-financeirado jornal o procurou para infor-mar que a partir do dia seguinteseria iniciada contra ele uma"campanha difamatória" noDiário, por determinação deDantas. As notícias começarama ser publicadas no dia determi-.nado e, em 3 de novembro, Tal-vanes foi convidado a ir à casa deCleto, que lhe disse: "Talvanes, a[única forma de deter essa campa-nha é você pagar ao Luiz Dantas

valor atribuído a 25% do valordas cotas do jornal, ou seja. USS200 mil".1

Talvanes garante ter ido em-'bora sem responder se aceitava,ou não e decidiu gravar, a partirdai. todos os telefonemas de Cie-'to, até que em 6 de novembroobteve a prova que enviou ontemà policia. A fita reproduz todo o¦diálogo da negociação que. porfim. baixou de USS 200 paraUSS 150 mil a serem pagos no

•próximo dia 15. Na fita. ouve-se,claramente Talvanes perguntar:•"Cleto. com isso você garanteque os ataques vão parar?

". Aresposta: "Garanto ainda mais:você pode. discretamente, colo-car uma pessoa sua no jornal".

Deputado é

suspenso

VANDIQUU MAGALIIÃUS

VITÓRIA — O deputado¦Ulisses Anders (PSDB) teve seu[mandato suspenso por 30 dias e'perdeu

o cargo de primeiro-se-•cretário da Mesa Diretora da¦Assembléia Legislativa. O alas-'tamento foi decidido em vota-ição secreta por 19 votos a fa-,vor, seis contra e dois em¦branco, mas a cassação do de-jputado foi rejeitada pelo plená-rio. A sessão durou das lOh às

¦ 15h, em clima de muita tensão e¦com as galerias lotadas.

A punição foi conseqüência•de denúncia feita pelo deputadojCabo Camata (PST). que acusou.Ulisses Anders de extorquir em-•presários para fazer emendas queos beneficiavam. Uma das acusa-ções era de que Ulisses recebeu.USS 30 mil para suspender, atra-•vés de emenda, a importação de'cimento

pelo sistema Fundap[(Fundo de Desenvolvimento de:Atividades Portuárias), que bai-¦xa o valor do produto em pelomenos 50%. Ulisses foi tambémacusado de chantagear importa-doras de veículos.

Sigilo — Para apurar as de-:núncias. foi formada uma Co-missão Especial de Inquérito nofinal de setembro, que pediu a¦quebra de sigilo bancário deUlisses. O levantamento feito atéagora aponta que o deputado

[movimentou mais de CRS 12 mi-lhões de fonte desconhecida, jáque ele mesmo afirmou que sua

; única fonte de renda era a As-sembléia Legislativa. O rastrea-

-mento nas contas do deputadomostrou que foi movimentado,'de fevereiro de 91 a setembro de

[§3, cerca de USS 218 mil, en-.quanto seus vencimentos chega-'iam a USS 122 mil, deduzindo-se;|s aplicações..De acordo com os relatórios,'vários depósitos eram feitos nascpntas do deputado em cinco

:bancos — Banestes. Nacional,! Bandeirantes, Banco do Brasil e: Caixa Econômica Federal — por: pessoas ligadas a empresários.: O relator da CPI, deputado. Teteco Queiroz, disse que a As-t sembléia, ao negar a cassação de: Ulisses, perdeu a grande oportu-: nidade de resgatar a credibilida-

de. Para o presidente da Assem-•bléia. deputado MarcosMadureira, a sessão de ontem foi

Porto Alogre — Antônio Vargas/Zero Hora

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^^ * M SP'' <Mv W m JHF ést:W //í J&EBR ' .:<#»?• ¦••? >v .... jy í&. ..«si.» s&ét LíLow trouxe apoio de editores de lodo o mundo às denúncias da imprensa brasileira: "Estamos

juntos nisso

Jornalista alerta que

eombate

à corrupção testa democracia

¦ Encontro da ANJ enaltece o papel investigador da imprensaPORTO ALEGRE — O presidente

da Federação Internacional de Edi-tores de Jornais (FIEJ), PrescottLow, afirmou ontem que o escân-dalo do orçamento no Congressobrasileiro é um "teste

para o Brasile para sua mídia", alertando que

"o

que está em jogo aqui é o futuro dademocracia no Brasil". Ele acres-centou que

"todos nós. da impren-sa livre, estamos juntos nisso e te-mos muito a perder, se as coisasnão forem bem para a imprensalivre aqui".

Low fez a palestra de aberturado 3o Encontro Nacional de Jorna-lismo, no hotel Plaza São Rafael.Ele disse que a situação enfrentadapelo Brasil não é isolada, já quecasos de corrupção no governoocorrem também na Alemanha, Ja-pão, Itália, Inglaterra. Espanha eRússia, entre outros países."A FIEJ oferece seu apoio e e.x-periência. assim como sua rede glo-bal de informações, para ajudar vo-cês a ver esse desafio num contextodiferente e ajudar vocês a se defen-derem deles", afirmou. "A unidadeda mídia impressa e de suas asso-

ciações nessa luta global pode seruma das suas armas mais poderosaspara vencer sua presente batalhaaqui no país".

O encontro foi aberto com apresença do governador Alceu Col-lares, Low, do presidente da Socie-dade Interamericana de Imprensa(SIP), Alejandro Junco. e do presi-dente da Associação Nacional deJornais (ANJ), Jayme Sirotsky. Aspalestras prosseguirão até amanhã,abordando entre outros assuntosfuturo do mercado jornalísticomundial, ética no jornalismo e pro-paganda e midia imprensa.

Independência — Low rela-tou os trabalhos realizados pelaFIEJ. sediada em Paris, que repre-senta mais de 15 mil jornais de todoo mundo. Ao lembrar que o princi-pai objetivo da FIEJ é a defesa daliberdade de imprensa, ressaltouque

"a independência econômicados jornais como condição essen-ciai dessa liberdade".

O presidente cia FIEJ disse que aentidade lidera uma campanhamundial para derrubar a imposiçãode impostos agregados sobre a mi-

dia, que "representam uma ameaça

para a viabilidade econômica demuitas empresas jornalísticas e re-sultam em menores índices de leitu-ra nos países onde existem".

Em sua palestra. Jayme Sirotskydisse que

"não se pode regular aatividade da imprensa pela imposi-çào de sistemas codificados porquenão há lei que possa suprir a carên-cia de ética. Nossa postura tem deser definida pela ação, com proljs-sionalismo, nunca por leis supér-fluas que cerceiam a liberdade deimprensa".

O presidente da ANJ destacou opapel investigador da imprensa noescândalo do orçamento e disse queos casos escabrosos denunciadossão "em boa parte entulhos de pro-cedimentos que se fortaleceram nosanos de autoritarismo, onde a in-formação foi amordaçada, inclusi-ve com a presença de censores den-tro de nossas redações".

Para Jayme Sirotsky, se a im-prensa, ao longo da história dopaís, não tivesse sofrido o cercea-mento da> ditaduras a corrupção "

jamais teria atingido patamares queenvergonham a nacionalidade".

Collares recebe apoio de 3 mil

partidários na Praça da MatrizJL ¦* Mauro Mattos — 22/10/90

PORTO ALEGRE — Cerca de trêsmil pedetistas fizeram uma concen-tração na Praça da Matriz, em fren-te ao Palácio Piratini, sede do go-verno gaúcho, em apoio aogovernador Alceu Collares (PDT),o que abortou, na metade do cami-nho, a passeata de 300 estudantessecundaristas favoráveis à CPI daPropina, pelo temor dos alunos deum confronto. Mas não impediuoutro fato de grande impacto poli-tico: por fax, o vice-governadorJoão Gilberto (PSDB) comunicou aCollares a sua renúncia ao cargo desecretário de Ciência e Tecnologiapara permitir a reavaliação da coli-gação que os dois partidos e mais oPC do B mantêm no estado.

Os estudantes fizeram a passeataaté o Colégio de Educação, próxi-mo ao Centro, quando souberamda concentração dos pedetistas,convocados pela direção do partidopara apoiar Collares diante da su-cessão de denúncias contra seu go-verno. Para evitar um confronto, osalunos decidiram enviar apenasuma comissão até a Assembléia, en-tregar o documento de apoio à CPIda Propina.

Nos jornais de ontem saiu a con-vocação do presidente do PDT re-gional, Sereno Chaise, para o atopúblico, mas tudo indica que a mo-bilização já era anterior, com a vin-da de dezenas de ônibus do interior,com prefeitos, vereadores e lideran-ças do PDT. Funcionários com car-gos de confiança teriam sido dis-pensados do serviço paracomparecerem à Praça, como cons-tataram repórteres de rádios locais.

Na Praça, Collares desafiou seusadversários para que tenham maiscoragem e que não usem a "pobre

Neuza" para atacá-lo, porque ela, etodos os secretários, fazem o queele, governador, determina. Apoiou

ilfPIO vice João Gilberto renunciou à Secretaria de Ciência e Tecnologia

a CPI da Propina e garantiu a puni-ção dos eventuais corruptos, masvoltou a exigir a apresentação deprovas materiais sobre a existênciade uma rede de corrupção de fun-cionários públicos e lobistas.

A concentração esvaziou a re-percussão política da passeata estu-dantil, mas não evitou uma crise nacoligação partidária: no fax em queo vice-governador João Gilbertopediu demissão da secretaria queacumulava, de Ciência e Tecnolo-gia, elogiou o relacionamento éticocom Collares, mas saiu do cargopara permitir o reexame da coliga-ção PDT/PSDB/PC do B. JoãoGilberto disse ter enviado fax pelo• "acúmulo de trabalho" nas duasfunções.

Lobista deporámais uma vez

I I Os membros da CPI da Pro-pina decidiram ontem que a lo-bistu Eufrázia Covalski será rein-quirida hoje. A quebra de seusigilo bancário revelou na contada Caixa Econômica Estadualum cheque equivalente a USS 4mil, emitido por Roberto Lee eendossado pelo advogado Rober-to Telhada. Antes, Eufrázia ne-gou ter recebido comissões numaoperação em que Lee teria rece-bido um financiamento de USS19 mil. Outras 10 pessoas terãoseu sigilo bancário quebrado pelaCPI da Propina.

Um autêntico sortudo

¦ Deputado sai

arranhado de

acidente aéreo

PORTO ALEGRE — O

deputado Victor JoséFaccioni (PPR-RS) agradeceuontem a Deus e atribuiu a SãoJosé, origem do seu próprionome, ter escapado vivo, comapenas um arranhão na mão, àqueda um avião monomotor,modelo Carioca, da Embraer,no município de Posse, noNorte de Goiás, próximo à ci-dade de Barreiras, na divisacom a Bahia. O avião ficoutotalmente destruído. Os ou-tros dois ocupantes do mono-motor—o piloto Luís Girmane o assessor parlamentar JaimeHaynec — também sobrevive-ram.

Ainda emocionado com oacidente, numa entrevista tele-fônica à Rádio Gaúcha de ma-nhã cedo, falando de Goiás,Faccioni disse que o aparelho

estava tentando sair do aero-porto para voltar a Brasília,quando o piloto foi obrigado afazer um pouso forçado.

"Houve pane no motor cvazamento de gasolina. Os fdf-'"tes ventos impediam o piloto'"de direcionar o avião para uma '"estrada e havia o risco de bater1''contra uma árvore. Para evitai"-o risco, foi feito o pouso. Sai—*mos todos os três na corrida,'"'com medo de uma explosão,^"1"todo mundo se salvou", con- -tou o deputado. O monomotorhavia sido emprestado ao dé-putado por um amigo.

"Minha sorte é melhor do, sque a do João Alves. Estamos"''prontos para outra jornada;Estou aqui conversando e não—sou alma de outro mundo")'-r>brincou o deputado gaúchOyque já sofreu vários acidentesde carro durante campanhaseleitorais, mas nunca tinhapassado pela experiência deuma pane num avião..

Justiça manda prender

112 devedores do INSS

BRASÍLIA — O Instituto Na-cional de Seguro Nacional (INSS)vai anunciar hoje á tarde em SãoPaulo, através do secretário-geralSérgio Cutolo, que a Justiça Fe-deral está decretando a prisão de112 devedores da Previdência So-ciai — todos empresários paulis-tas. Em Brasília, o ministro daPrevidência Social, Antônio Brit-to, disse ontem que a diferença aque cerca de 7 milhões de aposen-tados têm direito começará a serpaga no próximo ano. Esses apo-sentados ganhavam menos de umsalário mínimo entre outubro de1988 e abril de 1991, o que con-traria a Constituição de 88, quetornou obrigatório o pagamentode pelo menos um mínimo a ati-vos e inativos. O anúncio foi feitoontem na Comissão de Agricultu-ra da Câmara.

Britto não disse quando o pa-gamento será iniciado, mas, se-gundo assessores do ministro, aprimeira parcela devera ser pagaaté abril. Os valores a serem pa-gos a cada aposentado variam en-tre um e meio salário minimo(CRS 22,5 mil) e quinze mínimos(CRS 225 mil).

O valor total da diferença devi-

Jamil Bittar — 26/10/93

Britto: prazo não está definidoda aos aposentados, que a Pre.vi-dência terá de pagar por determi-nação do Supremo TribunalFederal (STF), chega a USS 3.9bilhões, de acordo com Britto, ouseja. mais de duas vezes o que íbidesembolsado para o pagamentodos 147%, encerrado este mês.Conforme assessores do ministro,esta diferença deverá ser quitadaem até 36 meses, mas quem tempouco a receber poderá retirar oque lhe é devido de uma vez. Se-gundo Britto. a data do inicio dopagamento depende do julgamen-to pelo STF da constitucionalida-de da Cofins.

"Suicídio" em Roraima

reserva indígena Raposa-Serra doSol. A Funai pediu ontem á Poli-cia Federal que investigue as eir-cunstâncias da morte de Demócíi-des — mais um episódio da lutaentre índios e fazendeiros da té-gião. O assessor Wilk Fernandesnão tem dúvidas: "Ele foi suicida-do". A Funai entrou com umaação para cobrar do estado deRoraima o pagamento de indeni-zação à família do índio.

Preso no domingo sob a acusa-ção de roubar gado no norte deRoraima, o indio macuxi Demo-clides Albuquerque Carreira, de23 anos, foi encontrado morto nacadeia com um tiro na testa. Odelegado de Alto Alegre garantiuque o macuxi não estava armadoquando foi preso. O assessor daFunai em Boa Vista, Wilk CélioFernandes, disse que a polícia estáderrubando os currais de gado na

Dólares falsosInvestigadores da 2a Delegacia

de Roubo, do Departamento Es-tadual de Investigações Criminais(Deic), de São Paulo, apreende-ram, na noite de anteontem, USS570 mil falsos nas zonas Norte eLeste da capital. Quatro pessoasforam presas. Os falsários tenta-vam trocar cinco dólares falsospor um verdadeiro. Edson Santi,delegado-adjunto do Deic, acredi-ta que foi desbaratada uma redeinternacional de falsificação dedinheiro. Um dos presos disse queos dólares de araque tinham saídoda gráfica San Manuel, em PedroJuan Caballero, no Paraguai. Os

policiais do Deic ficaram sabendoda falcatrua por uma denúnciaanônima. A pena por crime defalsificação e tentativa de introdu-zir moeda falsa no mercado variade três a 12 anos de prisão.

Fotógrafo ganha Io prêmioEntre quase 300 trabalhos que

disputaram o 4o Prêmio OK deJornalismo deste ano, em novecategorias, o trabalho Ruídos, dofotógrafo Jamil Bittar, do JOR-NAL DO BRASIL, foi um dosvencedores, recebendo o primeiroprêmio da categoria. A divulga-ção dos premiados foi feita ontempelo júri que teve dois meses paraavaliar os trabalhos enviados àsede da Fundação Luiz Estêvão/Grupo OK. Do júri participaram

V":l

Ônibus paramCerca de 300 mil pessoas —

moradoras na Região Metropoli-tana de Curitiba — ficaram Sefntransporte no primeiro dia da gre-ve de motoristas e cobradores dasempresas de ônibus que atendema região. Houve tumulto e deprií-dações no município de Almirarj-te Tamandaré, onde nove ônibustiveram vidros quebrados, inclusi-ve a tiros de revólver. O governpdo estado, que gerencia o trans-porte na Região Metropolitana,acusou os empresários de estarempromovendo um locaute. Há maisde um mês o governo autorizou Jacirculação de ônibus de autôno-mos em protesto contra uma'deçj-são judicial que deu um aumentode 51% nas passagens. De acordocom a versão do governo, someij-te os ônibus alternativos teriafasido depredados. i

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os jornalistas Carlos MonfOrtfc,Eliane Cantanhede, Cléber Praxe-des e Luiz Adolfo Pinheiro,.quepremiaram, na categoria política,Andrausê Fogo, de Policarpo Jr.|eLeonel Rocha, da revista Veja. Arevista IstoÉ venceu o prêmio deeconomia com a reportagem In'i-gação, de Sylvio Romero e Rica}--do Noblat. Os vencedores do 4°Prêmio OK. de Jornalismo recebe-rão diplomas e prêmios em' di-nheiro.

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JORNAL DO BRASIL CIÊNCIA/ECOLOGIA quinta-feira, I l/l 1/93 «15

Bird financia combate à Aidsi

¦ Técnicos do Banco advertem que país poderá ter 1,4 milhão de infectados em 2001

ANÁ MARIA MANDIM' Correspondente

WASHINGTON — O BatlCOMundial (Bird) anunciou ontem

1 que vai emprestar ao Ministério daSaúde US$ 160 milhões para seremaplicados, nos próximos quatroariòs, no fortalecimento e expansão

| do Programa Nacional de Controlede Doenças Sexualmente Trans-missíveis (DST) e da Aids. O custo

global do projeto será de US$ 250milhões, dos quais US$ 90 milhõesserão investidos pelo governo bra-

; sileiro. Segundo dados da Organi-zaçao Mundial da Saúde, até mar-ço de 1992 havia 24.704 aidéticosno Brasil, o quarto país em número

I de casos, depois dos Estados Uni-dos, Uganda e Tanzânia. A taxa de

; Aids em relação à população glo-bár('l53,2 milhões) é de 0,02%.

' "Existem 500 mil infectados pe-lo HIV atualmente no Brasil, mas

Ratos bissexuaisCientistas da Universidade

Erasmo, na Holanda, consegui-ram induzir comportamentobissexual em ratos albinos, inje-tando nas cobaias, logo apósseu nascimento, a substânciaATD, similar a hormônio. Osratos passaram a apresentarcomportamento ambíguo, aomesmo tempo ejaculando e fa-zendo meneios com as orelhas,atitude típica da fêmea. Ao atin-girem a maturidade sexual, os

-animais procuraram parceiros"dos dois sexos para cruzar. Se-gundo os pesquisadores, não sesabe se o mesmo ocorreria emseres humanos.

Medo de doenças

Por medo de contrair doen-ças. cada vez mais pessoas senegam a fazer respiração boca-á-boca para salvar pessoas àmorte, segundo pesquisa feitapela Universidade do Arizona.A pesquisa revelou que 45% de9,75 entrevistados se negariam aprestar esse tipo de ajuda a umdesconhecido. Sete por cento re-Jataram já terem realmente senegado, apesar de haver risco deo paciente morrer. A médicaNisha Chandra lembrou quenão há registro de transmissãodo vírus da Aids — um dos maistemidos — através de contatoboca-a-boca.

Morte por tabaco

O tabaco foi a principal cau-sa de morte nos Estados Unidosem 1990. segundo artigo na re-vista da Associação Médica dosEstados Unidos. Segundo o in-forme, o hábito de fumar e ou-tros usos do tabaco Ibram acansa de 400 mil mortes em1990. número superior ao totalde mortes causadas por drogas,armas de fogo, doenças sexuaise acidentes de carro. O estudodeterminou, ainda, que o per-centual de mortes relacionadasao cigarro foi de 19% nas mor-tes por câncer, doenças cardía-cas, apoplegias, baixo peso embebês e queimaduras.

tanto este número quanto o de ca-sos de Aids poderão aumentar dra-maticamente nos próximos anos seo governo não atuar com rapidez eeficiência", advertiu o chefe da di-visão de Recursos Humanos doBird, Alain Colliou. "Por isso esseprojeto é tão importante e oportu-no", acrescentou, explicando que asituação do Brasil está longe de serigual à da Asia e, especialmente, daÁfrica, onde estão sete dos 11 mi-lhões de portadores de HIV domundo. Em países como Ruanda,na África Central, um em cadaquatro adultos é portador do HIVe uma em cada três mulheres jo-vens está infectada.

Quadro dramático — NoBrasil, segundo o Bird, se não fo-rem tomadas providências, haverá1,4 milhão de portadores do HIVpor volta do ano 2001. As formasdé transmissão mais comuns atual-mente são as relações sexuais

(66%); drogas injetáveis (27%);transfusão de sangue (5%) e pré-natal (1%).

Tanto Colliou quanto MaureenLewis, coordenadora do projeto echefe de duas missões que visita-ram o Brasil em outubro de 1992 eem janeiro deste ano para levantaros dados necessários á sustentaçãoe justificativa do empréstimo, elo-giaram o Programa Nacional deControle de DST/AIDS - "foi amelhor coisa que vimos na Améri-ca Latina", afirmou Lewis - desen-volvido pelo Ministério da Saúde, ea capacidade dos profissionais bra-sileiros do setor.

O projeto financiado pelo Bird epelo governo brasileiro vai concen-trar esforços na prevenção - "é aprincipal área a ser atacada", co-mentou Colliou — através de umtrabalho em cooperação com asOrganizações Não-Govemamen-

tais (ONGs) e junto aos grupos derisco; no tratamento da doença,mediante a ampliação e melhorados serviços médicos já existentes,direcionando-os para a diagnose eo tratamento de doenças sexual-mente transmissíveis e a prevençãoe orientação de pacientes comAids; no desenvolvimento institu-cional, com o estabelecimento deprogramas estaduais e municipais,treinamento de pessoal e estruturasde laboratórios e assistência médi-ca; e na criação de sistemas demonitoramento da epidemia, alémda realização de estudos especiaisque dêem informações mais preci-sas sobre a Aids no Brasil. O proje-to espera salvar 300 mil vidas emtrês anos e poupar USS 1,2 bilhãoem custos diretos e indiretos para ogoverno. O empréstimo é de 15anos, com cinco de carência, e taxade 7,43% ao ano.Adelaide, Austrália — Trevor Collens (AP)

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? Engenheiros da Honda se-guram o corpo do carro solar daempresa enquanto alguns cole-gas trabalhavam para repararum defeito ocorrido durante oquarto dia da Corrida Mundial

de Carros Solares, na Austrália.O carro custou USS 6,6 milhõese alcançou velocidades acima de110 lún/lt. O defeito fez o veí-culo parar a apenas 50 quilôme-tros da linha de chegada — e da

vitória. Após o conserto, o carroestava pronto para quebrar o

recorde da corrida, com cercade um dia de vantagem em rela-

ção aos demais concorrentes.

Espermatozóide dita sexo

¦ Os maiores têm

o cromossomo X

que gera meninas

LONDRES — Especialistas

em reprodução humanadescobriram que os espermato-zóides que carregam o cromosso-mo X — que geram meninas —são maiores e mais longos do queos que carregam o cromossomoY — que geram meninos. A des-coberta ajudará no desenvolvi-mento de novos métodos de sele-ção sexual.

Os espermatozóides são res-ponsáveis pela determinação dosexo de um embrião ao carrega-ram cromossomos X ou Y. quecontêm respectivamente, os genessexuais que formam o organismofeminino e masculino."Nossos métodos de observa-ção direta mostraram pela pri-

meira vez que os espermatozói-des que carregam o cromossomoX são maiores e mais longos doque os espermatozóides Y", dis-seram os cientistas Ke-Hui Cui eColin Matthews, em carta publi-cada na revista Nature.

Os dois cientistas, que traba-lham no Departamento de Obs-tetrícia e Ginecologia da Uni ver-sidade de Adelaide, na Austrália,fotografaram o esperma de doa-dores e ampliaram as imagenspara poder medir os tamanhos decada tipo de espermatozóide."A diferença de tamanho é uma-das características (além do pesoe da velocidade) que distinguemos dois tipos de espermatozóide",relatam os cientistas na carta."Medir o tamanho dos esperma-tozóides poderia ser útil para fu-turas análises visando a seleçãosexual em programas de insemi-nação artificial", completaram.

Atualmente já são usadas téc-nicas de seleção sexual que usama proteína albumina e um sistemaespecial de filtragem baseado namaior velocidade dos espermato-zóides masculinos para separaros dois tipos.

Este tipo de seleção ajuda oscasais a evitar gerar filhos quepodem nascer com doenças rela-cionadas ao cromossomo X. co-mo um tipo de retardo mental e adistrofia muscular de Duchenne.

O uso destas técnicas vemprovocando discussões sobre apossibilidade de causarem dese-quilíbrio no número de nasci-mentos, particularmente nos pai-ses onde a cultura favorece aescolha de meninos. No início doano, por exemplo, a AssociaçãoMédica Britânica votou contraautorizar a escolha do sexo dosbebês pelos casais.

•A 0/ BRASIL \ ^/ UWIiOCM TOCXX \ ^^

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TOMADA DE PREÇOS DPSE N° 136.98.1631/93Objeto: Aquisição de 50 Un. tubo de fibra de vidro e 800 Un. tampa defibra de vidro.Endereço para consulta e/ou obtenção do Edital: Av. Elias Agostinho nfi

"665, Imbetiba/Macaé/RJ - DPSE/SECOM.Data para abertura das propostas: Dia 29/11/93 no endereço acimacitado.

A O/ BRASIL \ */ UWUOtM TOOO« \ _________

PETROBRASPETROLEO BRASILEIRO S.A.

MINISTÉRIO DE MINA8 E ENERGIAAVISO DE LICITAÇÃO

TOMADA DE PREÇOS DEPRO-101.1.008.93-4Objeto: Prestação de serviços de manutenção preventiva e corretiva de4 estações IBM RISC 600 modelo 550, no âmbito da sede do DEPRO.Poderão participar empresas cadastradas na PETROBRÁS no item2.10.5.2, Grupo B, ou que atenderem a todas as condições exigidas paracadastramento até o 3a (terceiro) dia anterior à data do recebimento daspropostas, observada a necessária qualificação para esta Tomada dePreços.Consulta ou obtenção do Edital: A partir de 11/11/93, na Av. Repúblicado Chile, 65, sala 1413, Rio de Janeiro, mediante apresentação decomprovante de depósito da taxa de CR$ 1.300,00 e carta contendodados da empresa.Recebimento das propostas: 29/11/93 às 9h.Informações adicionais pelos telefones 534-1383 ou 534-3730.

PREFEITURA MUNICIPAL DA SERRA

AVISO DE LICITAÇÃOEDITAL DE CONCORRÊNCIA INTERNACIONAL N<> Cl 003/93 - PMS

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASILMINISTÉRIO DO BEM-ESTAR SOCIAL

PROGRAMA DE AÇÃO SOCIAL EM SANEAMENTO - PR0SEGEESTADO DO ESPÍRITO SANTO

MUNICÍPIO DA SERRAPREFEITURA MUNICIPAL DA SERRA

A PREFEITURA MUNICIPAL DA SERRA — ES torna público queàs 09:00 horas do dia 05 de Janeiro de 1994, na sala de reuniões daCâmara Municipal da Serra, situada na Av. Getúlio Vargas, n° 69 — Serra— ES, o Presidente da Comissão de Licitação receberá documentos dehabilitação e proposta para execução das obras: Sistema de Esgoto Sanitá-rio do Bairro das Laranjeiras —Jacaraipe, neste Município, composto de30.994m de rede coletora, 5.000 ligações domiciliares, 3 estações elevató-rias e 3.871 m de linhas de recalque, descritos no Edital.Poderão participar deste certame licitatório empresas brasileiras e estran-geiras que sejam originárias dos países membros do Banco Interamericanode Desenvolvimento — BID.As obras objeto deste Edital correrão à conta dos recursos do Programa deAção Social em Saneamento — PROSEGE, do Ministério do Bem-EstarSocial — MBES, o qual é parcialmente financiado com recursos docontrato de empréstimo 622/OC-BR, celebrado entre o BID e o Governodo Brasil, recursos do Orçamento Geral da União e contrapartida financeiracorrespondente da Prefeitura Municipal da Serra, conforme lei/resoluçãoorçamentária n° 1654/92 de 09/12/92.

A documentação completa do Edital poderá ser examinada e adquirida,mediante o pagamento de CR$ 20.000,00 (Vinte Mil Cruzeiros Reais), naAv. Getúlio Vargas, n° 121 — Serra — ES, a partir da primeira publicaçãodeste aviso, no horário comercial, até 10 (dez) dias anteriores ao daapresentação dos documentos e Propostas.

(a) RÔMULO LOPES DE FARIASPresidente da Comissão de Licitação

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16-* quinta-feira, H/ll/93 INTERNACIONAL JORNAL DO BRASIL

Rússia legaliza 13 partidos políticos

Acordo entre Jordânia

*:Oito grupos ficam fora das eleições, o que pode levar comunistas a liderar oposição e Israel deve sair logo

I^OSCOU — A campanha paraas Sleições parlamentares de 12 dede2embro na Rússia começou ofi-cialtnente ontem, quando 13 par-tidjijs e coligações garantiram odireito de apresentar candidatos.Oifo partidos que não consegui-ram reunir as 100 mil assinaturasexigidas foram desqualificados,entre eles um importante grupooposicionista, o que pode polari-zar;a oposição no futuro parla-mento em torno dos comunistas.

"Podem iniciar a campanha",declarou o presidente da comissãoeleitoral, Nikolai Riabov, ao daros documentos oficiais de registroaos representantes dos 13 grupose partidos autorizados a concor-rer.

Estão inscritos, entre outros,cinco grupos reformistas queapoiam o presidente Boris Yelt-sin*-o Partido Comunista Russo, acentrista União Cívica, ligada aosetor industrial estatal, e o ultra-direitista Partido Liberal Demo-crata.

Entre os excluídos, destaca-sea União Nacional Russa, do li-nha-dura Serguei Baburin, quedenunciou que abaixo-assinadoscom 22 mil assinaturas foramroubados de sua sede e poderá serreadmitida se a acusação for com-provada. Trata-se de uma uniãode nacionalistas e comunistas queestavam no centro da oposição aYeltsin no parlamento dissolvidoem 21 de setembro e bombardea-do em 4 de outubro. A tendênciado seu eleitorado é votar no Parti-do Comunista, liderado por Gue-nadi Ziuganov. que teve bom de-sempenho num debate natelevisão no mês passado e podetornar-se líder de um dos princi-pais grupos de oposição.

Moscou — AP

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Um moscovita lê o jornal com o texto do projeto de Constituição

Os 13 partidos vão apresentarlistas de candidatos para disputara metade das 450 cadeiras da Du-ma do Estado (Câmara) a seremeleitos por votação proporcional.Outros 225 deputados serão elei-tos pelo voto distrital.

A exclusão de mais de um ter-ço dos partidos em formação pro-vocou novas acusações da oposi-ção de que será uma eleiçãomanipulada para garantir maioriaparlamentar a Yeltsin.

Líderes da poderosa coligaçãoEscolha da Rússia, que apóiaYeltsin, sugeriram que uma possí-vel aliança entre partidos refor-mistas evitaria a divisão do votoliberal: "Nos

próximos dias, tal-vez os lideres dos partidos comidéias semelhantes discutam suasperspectivas", previu o vice-pri-meiro-ministro Vladimir Chumei-ko. "Penso

que blocos de orienta-

ção democrática devem se ajudarem vez de competir nas eleições."

Chumeiko citou como possi-veis aliados da Escolha da Rússiao grupo liderado pelo economistaGrigori Yavlinsk e o Partido daUnidade e Acordo, liderado porSergei Chakhrai, principal asses-sor jurídico de Yeltsin. Chumei-ko, que também é ministro daImprensa e da Informação, acre-dita que não haverá grandes alte-rações no governo do primeiro-ministro Victor Chernomirdinapós as eleições, mas não exclui apossibilidade de que Yeltsin indi-que outro primeiro-ministro.

Ontem, o presidente demitiupor abuso de poder o governadorEduard Rossel, da região rebeldede Sverdlovsk, cujo parlamentoproclamou no mês passado a so-berania da República dos Urais,rejeitada por Yeltsin.

QUEM QUER O QUE

¦scolha da Rússia (212 candida-tos): liderado pelo vice-primeiro-minis-tro Yegor Gaidar, defende transiçãoeconômica rápida, moeda estável, pri-vatismo e os direitos humanos.Partido da Unidads e Aoordo(193): do vice-primeiro-ministro SergeiChakhrai, quer descentralização e re-forma gradual.União Cfvlca (184): liderado pelopresidente da Associação Industrial eEmpresarial, Arkadi Volski, favorávela reformas graduais e proteção à in-dústria.Bloco Yavllnsk-Boldirev-Lu-kln (172): do economista Grigori Ya-vlinsk, cientista Iuri Boldirev e ex-em-baixador russo em Moscou VladimirLukin, apóia reforma lenta e autono-mia às regiões.Partido Democrático da Rús-sia (167): liderado por Nikolai Trav-kin, o ex-ministro da Justiça NikolaiFiodorov e Oleg Bogomolov, quercriar uma economia de mercado atra-vés da privatização.Partido Liberal Domocrata(156): ultradireitista, de Alexander Jiri-novsky, que faz campanha jurando"proteger os russos em qualquer lu-gar".Movimento de ReformasDemocráticas (153): do prefeitode São Petersburgo, Anatoli Sobchak,e do ex-prefeito de Moscou Gavriil Po-pov; reformas sem terapia de choque.Partido Comunista da Rússia(151): liderado por Vladimir Zuganov,propõe maior proteção social e se opõeà privatização.Partido Agrário (145): lideradopor Alexander Zaveriukha, vice-pri-meiro-ministro do desenvolvimentoagrícola, quer reforma gradual e prote-ção à agricultura.

JERUSALÉM — O esperadoacordo de paz entre Israel e Jor-dânia pode ser anunciado aqualquer momento. Segundo oministro do Exterior de Israel,Shimon Peres, o rei Hussein daJordânia estaria decidido a assi-nar a paz com o Estado judeu. Olíder da Organização para a Li-bertação da Palestina (OLP),Yasser Arafat, também afirmouque os dois países assinariam um"acordo amigável" nos próxi-mos dias. A Jordânia, no entan-to, disse desconhecer o assunto."Esta notícia é uma surpresa pa-ra nós", afirmou em Amà o mi-nistro jordaniano da Informa-ção, Ma'an Abu Nowar.

Peres assegurou que o acordoestá bem próximo, mas desmen-tiu as especulações de que Hus-sein se reuniria amanhã na CasaBranca com o primeiro-ministrode Israel, Yitzhak Rabin. "Isto éuma dessas coisas que necessi-tam preparações mais detalha-das. Tudo acontece na sua hora,mas a hora ainda não chegou",declarou Peres à Rádio Israel.Rabin inicia hoje uma viagemoficial aos Estados Unidos e Ca-nadá, uma visita cujo tema prin-cipal será a paz entre Israel epalestinos.

Peres negou ainda que Israeltenha concordado em propor-cionar um "guarda-chuva mili-tar" para defender a Jordânia deataques de um terceiro país. Masconfirmou acordos de coopera-ção em áreas como a de energia."Está claro que se conectarmosa rede de energia da Jordânia, doEgito e de Israel, vamos econo-mizar cerca de USS 6 bilhõespara os três países", disse o mi-nistro do Exterior. Ele sugeriu

que uma oferta dos EstadosUnidos para facilitar o paga- '.'mento da dívida externa da Jor-dânia poderia estar vinculada à -assinatura da paz com Israel. "

• 11*' 1Síria — O ministro do Exte-

rior acredita que a Jordânia as-sinará o acordo sem esperar pela.,.Síria, ao contrário de declara-ções feitas esta semana pelo reiHussein. Entre os países árabes,a Síria é o principal obstáculo àpaz no Oriente Médio. O gover-no de Damasco tem ameaçado!"boicotar a próxima rodada de.conversações de paz em Was*hington, reivindicando a retira1- ?da completa de Israel das Coli-..nas do Golã.

No próprio pais, a Jordâniaenfrenta a oposição da Frente deAção Islâmica, partido funda-mentalista que prometeu se opora qualquer tipo de normalizaçãonas relações com o vizinho ju-deu. A Frente perdeu posiçãonas eleições desta semana —

caiu de 22 para 16 cadeiras, mas **continua a ser a maior bancadada Câmara. A maioria, no en-tanto, é composta por centristase tradicionalistas, o que está -

sendo visto como a aprovaçãopopular à política pacifista deHussein.

i . ' J -I I Fontes ligadas às negociações depa/ entre israelenses e palestinos dis-seram que Israel concordou ontem .cm retirar seus soldados das colôniasjudias cm Gaza. O acordo põe fim adois dias de impasse nas negociações— a OLP reivindicava a retiradacompleta dos militares, enquanto ís-rael insistia em mantO-los para ga-rantir a segurança dos colonos.

ESCLARECIMENTO PUBLICO

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Seita ucraniana

Cerca de 60 fanáticos da seitaIrmandade Branca, que prevê achegada do fim do mundo no pró-ximo dia 24, usaram extintores deincêndio contra a polícia na cate-dral de Santa Sofia, em Kiev,Ucrânia. No final do confronto,numerosas estátuas religiosas, al-gumas de enorme valor, ficaramdanificadas. Em todo o país, apolícia reforçou a vigilância paratentar impedir a vinda maciça deadeptos da seita, que supostamen-

ameaça suicídiote pretenderiam promover hojeum suicídio em massa de 144 miladeptos, entre eles a líder da seita,Maria Devi, ex-dirigente doKomsomol, a juventude comunis-ta. Eles acreditam que os melho-res adeptos da Irmandade ressus-citarão três dias depois, a tempode presenciar o fim do mundo.Para evitar uma tragédia, a poli-cia mantém presos mais de 600fanáticos.

Choques entre fraque e Kuwait

O Kuwait denunciou ontemque forças iraquianas abriram fo-go contra um posto de observa-ção kuwaitiano em al-Abdali.Houve troca de tiros mas nin-guém ficou ferido, no segundo in-cidente militar em uma semana.Em Bagdá, o governo iraquianonegou que o choque tivesse ocor-rido, chamando a noticia de "for-

jada." O ministério do Interiorkuwaitiano afirmou que o inci-dente foi informado à Missão de

Observação cia Onu para o Iraquee Kuwait (Unikoni) mas o porta-voz da Unikom. Abdelatif Kab-baj, disse que não podia confir-mar a informação. O posto deAbdali fica no setor norte, umaárea onde fazendeiros iraquianosbrevemente serão obrigados a dei-xar várias propriedades que pas-saram a ser território do Kuwaitnuma demarcação feita pelaONU depois da guerra.

Governo ilegal Marido mutilado

A Suprema Corte da Nigériadeclarou ontem ilegal o governoprovisório nomeado pelo ditadorIbrahim Babangida. A decisão le-vou às ruas de Lagos milhares departidários de Moshood Abiola,provável vencedor das eleiçõespresidenciais de 12 de junho, anu-ladas pelo general Babangida. Ajuíza Dolapo Akinsanya afirmouque Babangida, que renunciou em26 de agosto, não tinha autorida-de para instalar um governo inte-rino em substituição ao seu. Ogoverno pediu calma à popula-ção, c anunciou que estava ape-lando contra a decisão da Corte.

Um júri popular absolveu on-tem em Manassas, Virginia,EUA, John Wayne Bobbitt, acu-sado de estupro por sua mulher,Lorena, que cortou-lhe com umafaca o pênis, posteriormente reim-plantado. Os jurados, nove mu-lheres e três homens, aceitaram aalegação do réu de que só mante-ve relações sexuais consentidascom sua mulher. Lorena voltaráao tribunal como ré no fim domês para ser julgada por cortar CP^;órgão sexual de John Wayne Bob»—-bitt. Ele e seus advogados não«^-revelaram se estão negociando a '.7

venda dos direitos da história áa.,wrádio e à televisão.

Morte na estrada EUA advertem

Pelo menos 10 pessoas morre-ram e 30 ficaram feridas quandoum ônibus que transportava turis-tas americanos e canadenses caiunum barranco no condado deKent. ao sul de Londres. Não sesabem ainda as causas do aciden-te, mas possivelmente influíram adensa neblina e as condições detempo adversas. Na França, umcaminhão que transportava cargainflamâvel atravessou o canteirocentral da autopista Paris-Bor-deaux e atingiu vários carros, ex-plodindo em seguida. Doze pes-soas morreram e outras 28ficaram feridas. As chamas difi-cultaram a chegada dos socorros.

Os EUA advertiram a Coréiado Norte de que sua "paciência

está chegando ao limite" face àrecusa de Pyongyang de permitira vistoria de suas instalações nu-cleares e desistir de fabricar arnwiã &atômicas. No domingo, os EUAjá haviam advertido os norte-co-reanos sobre a concentração detropas na fronteira com a Coréiado Sul. Ontem Pyongyang acusou 1

Seul de disparar contra suas tro- "

pas na fronteira e anunciou o en-vio de novos reforços. Seul decre-tou um alerta e novas manobrasconjuntas com os EUA foramanunciadas para o período de 15 a25 de novembro.

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JORNAL DO BRASIL INTERNACIONAL quinta-feira, 11/11/93 • 17*"

Miami elege o primeiro

anglo-saxão em 20 anos

MJAMI, EUA — Pela primeiravez em duas décadas, um candi-dato de origem não-hispânica ga-nhç>ii(as eleições para a prefeiturade Miami: o democrata SteveClark, 69 anos, obteve 59% dosvotos no segundo turno, contra41% dados à cubano-americanaMirktm Alonso, do Partido Repu-blicano.

"(Os eleitores escolheram umapessoa que representará todos osgrupqs étnicos da cidade", decla-rou- Clark na terça-feira à noite,logo! após ser divulgada sua gran-de vantagem sobre a adversária.A dbclaração era uma alfinetadaem Alonso, cuja campanha foibaseada em conceitos étnicos —ela "insistiu cm que o eleitoradomajòritariamente hispânico deMiami deveria manter no poderum prefeito dessa comunidade.

O feitiço acabou virando con-tra a feiticeira. A posição da can-didata provocou não só a rejeição

dos anglo-saxões (27% dos eleito-res inscritos) e dos negros (29%)como também dos hispânicos(43%), que se dividiram ao votar:60% escolheram a colega, en-quanto 40% votaram em Clark,um anglo-saxão que prometeu go-vernar para todos."Pessoas de todos os setoresétnicos se uniram para virar orosto à divisão e ao ódio", disseClark ao se proclamar vitoriosodepois de uma campanha descritapor observadores como "suja emal-intencionada", chamando aatenção de todo o país.

Clark já foi prefeito de Miamientre 1967 e 1970, quando a cida-de ainda não havia recebido ogrande influxo de refugiados cu-banos e hispânicos em geral. Elesubstitui Xavier Suárez, que ocu-pou o cargo em três mandatosconsecutivos e não se candidatoua uma nova reeleição, preferindoapoiar seu sucessor.

Escândalo pode

abalar

novo governo japonês

TÓQUIO — Os escândalos decorrupção que derrubaram o regi-me do Partido Liberal Democráti-co (PLD) japonês já ameaçammatlchar o governo do primeiro-miníStro Morihiro Hosokawa.eleito precisamente para acabareomeste tipo de problema. O li-der do PLD, hoje na oposição,Yohfij Kono, anunciou ontem quepoderá interpelar uma das princi-pais figuras da atual coligação go-verríamental, Ichiro Ozawa, secre-tá rio geral de um dos partidos dacoalizão, para que se explique noparlamento sobre acusações decorrupção.

Numa demonstração de que ocaso pode vir a tomar dimensõesimportantes e até abalar o presti-gio de Hosokawa, o presidente doPartido Socialista, Koken Nosa-ka, qüe participa do governo, dis-se qiie apoiará a interpelação.

Ozawa foi acusado de receberpropinas da construtora Kajima,a segunda mais importante dopais; e um dos pivôs tio escândalode corrupção que já levou á ca-dcia.,20 executivos de seis empre-sas, dois governadores e dois pre-leitos. Ele reconheceu ter recebido5 milhões de ienes (USS 46 mil) deuma construtora, em uma oca-sião, mas garante que tudo foifeito ao abrigo da lei.

Mas o vice-presidente da Kaji-ma, um dos presos do escândalode corrupção, teria dito a investi-gadores que Ozawa foi beneficia-do por.pagamentos regulares daempresa durante vários anos.

A possibilidade de ler quecomparecer ao parlamento nãoagradou muito a Ozawa, que res-pondeu com o tradicional "cadê

os outros?": "Se dizem que eutenho que dar explicações, entãotodo mundo deveria fazer o mes-mo." A verdade é que ele temdemonstrado grande habilidadepara flutuar nas tormentas quevêm abalando o país e já afoga-ram muita gente. Como secretá-rio-geral do PLD, era considera-do um fiel escudeiro de ShinKanemaru, o maior cacique dopartido, hoje sofrendo vários pro-cessos por corrupção. Quando seumentor caiu em desgraça, Ozawacriou uma dissidência que deu ori-gem ao Sinsheito, o Partido daRenovação, um dos que contri-buiram para a derrota do PLD.Como secretário-geral da novaagremiação, uma das sete da atualcoligação de governo, ele é consi-derado um dos principais repre-sentantes do atual establislinwntjaponês.

As acusações contra Ozawapodem atrasar a reforma políticaque o governo pretende aprovarno parlamento antes da próximasexta-feira. Entre outras medidas,ela estabelece novas barreiras pa-ra coibir a promiscuidade entrepolíticos, empresários e burocra-cia estatal. Também modifica osistema eleitoral, que atualmentedá um peso desproporcional aovoto rural sobre o urbano.

f~1 O ministro da Economia daAlbânia, Gents Ruli, considerado opui das reformas pró-economia dcmercado, renunciou ontem devido adenúncias de corrupção feitas pelaoposição socialista. Ele afirmouque as acusações não têm funda-mento.

barajevo — AP

Bombardeio a Sarajevo

Duas crianças feridas (foto) numa expio-são são atendidas numa maca no HospitalKo^evo, na capital da Bósnia-Herzegovina.Nov.çs ataques com morteiros mataram oitopessoas ontem, inclusive três crianças, e feri-ram,'outras 25. Um dia antes, nove pessoas,entre..elas quatro crianças e sua professora,foram mortas. A retirada dos sérvios de Sara-jevo deveria recomeçar ontem, mas foi adiadaporque forças sérvias ainda detêm dois guar-da-costas do governo capturados quando an-davam em um veículo da ONU.

O rosário

eletrônico

A tecnologia che-gou ao mundo da reli-gião e os devotos deNossa Senhora já po-dem abandonar o tra-dicional rosário decontas. No Santuáriodo Amor Divino, emRoma, está â venda(USS 42) o rosárioeletrônico, uma caixi-nha de 14cm x 8cm x2cm movida a pilhas,que ensina a rezar oterço católico.

Execução

no TexasAnthony Cook, 32

anos, que em 1988 se-qüestrou e matou umhomem para roubarseu carro, foi executa-do ontem com umainjeção letal no Texas,EUA, depois de terpedido para ser casti-gado pelo crime. É a70a pessoa executadano Texas e a 233a nosEUA, desde que a Su-prema Corte restab-beleceu a pena capitalem 1976.

Washington — AP

Clinton acompanhou o debate entre Al Gore e Ross Perot da ala residencial da Casa Branca, nervoso e torcendo pelo sucesso do vice-presidente

Nafta ganha pontos

com Gore na TV

¦ Perot não convence em debate com o vice americano a dias do voto no Congresso

WASHINGTON — O acirrado de-bate entre o vice-presidente dosEUA, Al Gore, e o bilionário texa-no Ross Perot terminou com a vitó-ria do governo a favor do AcordoNorte-Americano de Livre Comér-cio (Nafta). Uma pesquisa Gallup/CNN mostrou que 59% dos teles-pectadores ficaram do lado dc Go-re, contra 32% para Perot.

O debate, terça-feira á noite noprograma Larry King Live, daCNN, foi um lance arriscado daCasa Branca na guerra pela apro-vaçâo do tratado, que será votadodia 17 pelo Congresso americano.Apesar dc não ser considerado umbom debatedor. Gore venceu umPerot que atirou para todos os la-dos e não acertou em nada.

De quebra, Perot irritou os me-xicanos ao dizer que eles não têmdinheiro para comprar produtos

americanos e que o "sonho na vi-da" dos mexicanos é agua encana-da ou um banheiro com privada.Gore deu alfinetadas mais suavesnos futuros parceiros do Nafta, quereúne México, EUA e Canadá, di-zendo que ainda não há democraciae respeito aos direitos humanos noMéxico, mas a situação no país vemmelhorando sensivelmente.

Logo depois do debate, o depu-tado James Bacchus (democrata-Flórida) anunciou que o programao ajudara a vencer a indecisão eagora ia votar a favor do Nafta."Perot falou dos medos, frustra-ções e ressentimentos do povo ame-ricano. Gore falou das esperanças,aspirações e do futuro disse. Oanúncio de seu voto foi cuidadosa-mente orquestrado pela Casa Bran-ca para ajudar a intensa campanha

que está sendo realizada pelo go-verno, que ainda precisa dc aproxi-madamente 20 votos para eonse-guir os 218 necessários na Câmara.Na votação posterior, no Senado, aaprovação é tida como certa. Oacordo acabará com todas as restri-ções ao intercâmbio comercial entreos três países por 15 anos a partirde Io de janeiro de 1994.

Gado — Gore caracterizou oacordo como uma opção entre "a

política do medo e a política daesperança" e garantiu que o Nafta éessencial na estratégia para um fu-turo melhor. Perot alegou que otratado provocará o êxodo de in-dústrias americanas para o México,causando o desemprego de 5.9 mi-lhões de americanos e perpetuandoa exploração de trabalhadores me-xicanos "que vivem pior do quegado."

Nos 90 minutos do programa,sentados lado a lado. Gore e Perot ¦debateram livremente, interrom- "pendo frases do outro com freqüên-cia e partindo para ataques pes-.,,soais. Quando Perot afirmou que oNafta era produto da pressão delobistas estrangeiros. Gore respon- hdeu que não conhecia um adversa-rio dos lobhies que praticasse maiso que condena do que Perot. Ele

*

disse que Perot fez intenso lohhynos anos 70 para conseguir na Câ-mara uma isenção de impostos parasuas empresas. "Você está mentin-do." disse Perot. (Mas Al Hunt.hoje editor do Walt Street .Journalconfirmou a versão de Gore, dizen-

'

do que fez a reportagem em 1975 c—que Perot contratou lobistas paratentar conseguir a isenção fiscal de-USS 15 milhões.)

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Page 22: JOBNAL DO BRASIL í£ JORNAL DO BRASIL S A 1993 RIO ...

18 • quinta-feira, I l/l 1/93 BRASÍLIA

DF é o campeão em desastres

¦ Campanha já começa a reduzir recorde da cidade que tem mais carro por habitante

A . capital federal tem o maiornúmero de automóveis por habitan-

"te no Brasil. Existe um veículo para:;:cada três e meio moradores da cida-de. São, ao todo, 600 mil automó-veis que circulam pelas ruas largas

' do Plano Piloto e das cidades-satéli-" 'ates.

Com o crescimento acelerado do

n número de carros e da populaçao —""Í,7

milhão de habitantes, atualmen-ie — o trânsito tornou-se um dosmais violentos do país.

Ocorrem aproximadamente 100acidentes por dia, a maioria (60%)por imprudência do motorista. Oexcesso de velocidade é responsável

¦ por 30% dos acidentes. Só este ano249 pessoas morreram no trânsito.

" Campanha oficial — Alar-mado, o governo intensificou ascampanhas de conscientização jun-to à população. Os primeiros resul-tados começam a aparecer, com aqueda no número de acidentes.

No ano passado, foram registra-" dos 31.419 acidentes contra 24.255

verificados este ano até o mês deoutubro, segundo dados da Secreta-

' ria de Segurança Pública.

Causan Ano1992 1993

Acidenles com morte J®1},,Atropelamentos com morteAcidentes com vltima, sem mortos — colisoes ontre carros 4.036Atropelamentos sem morto — colisoes carro/pedestre 1 -858 775 ^Acidentes sem vltimas 25.051 19.285Total "IIIII

' Dado* da Secrataria da Seauranpa Publics do DF.

Em dois anos. o índice caiu cercade 30%, diz Miguel Ramires, geren-te do Departamento de Educaçãode Trânsito do Detran.

Os acidentes mais freqüentes sãoos que não fazem vítimas — 19.285até outubro desse ano. comparadosa 25.051 no ano passado. Em segun-do lugar vêm os acidentes que la-zem vítima, mas não matam —

4.036 registrados em 1992 e 3.848esse ano.

Desde o ano passado, uma equi-

pe do Detran instrui professores darede pública e privada de ensino

sobre noções de trânsito. As infor-maçòes são repassadas aos estudan-tes de 1° e 2o graus.

O curso para os professores, rea-lizado através de convênios, tem du-ração de 15 dias. Ao todo já foraminstruídos 1.050 professores.

A Escola Pública de Trânsito doDetran. criada em agosto do ano

passado, responsável pela formaçãoteórica dos candidatos a carteiras dehabilitação, vai receber o PrêmioNacional de Segurança no Trânsito,instituído por uma empresa multi-nacional.

Atendimento hospitalar —É no setor de emergência do Hospi-tal de Base, que se encontra a maio-ria das vítimas de acidentes graves.

Segundo o chefe do Pronto So-corro. Celso Rodrigues, 80% dosleitos do setores de politraumatiza-dos e de ortopedia são ocupadospor acidentados, muitos deles para-plégicos e tetraplégicos.

Até esse mês, 3.683 vítimas deacidentes de trânsito deram entradano hospital.

Segundo os dados do Hospitalde Base. a colisão de veículos é tra-dicionalmente responsável pelomaior número de acidentados. Emsegundo lugar estão os atropela-mentos.

Custo elevado — Celso Ro-drigues afirma que o custo dessespacientes é bastante alto para o hos-pitai. Nas primeiras quatro horas, ocusto de um paciente instalado nosetor de poli traumatizados é deCRS 50 mil. preço que acaba onera-do pelos serviços especializados co-mo tomografia, gesso e radiogra-fias. Após cinco dias. o custo baixapara CRS 30 mil.

Banco de sementes no cerrado^ Luiz Antonio'• 'AAV/j/aa.: >Sí' ~ I —... «mi »i* lni^/1

Um banco de germoplasma —sementes e mudas para preservarespécies vegetais — esta sendo im-

• > plantado pelo Jardim Botânico doDistrito Federal, para preservar oecossistema de cerrado, que abrigauma das mais ricas e desconhecidascoberturas vegetais do país. A des-truiçào sistemática das áreas de cer-rado. especialmente na região Cen-tro-Oeste. com o ayanço damonocultura, preocupa a diretora

,do Jardim Botânico, Ana Júlia Sal-,,,les. Ela afirma que menos de 1%

das áreas de cerrado originais . que, atingiam uma área de 200 milhõesde hectares, ainda estão preserva-das. "É muito pouco para se garan-tir a preservação da biodiversida-"de",

lamenta Ana.O projeto prevê a coleta intensi-

va. nos próximos três anos, de espé-cies em áreas ameaçadas, seja pelautilização do solo para agricultura .construção de hidrelétricas ou pelaexpansão urbana. Os recursos para

^'implantação do programa, estima-dos em USS 281) mil (cerca de CRS50 milhões), estão sendo buscadosna iniciativa privada. Para Ana Jú-lia. a conservação do cerrado podesignificar retorno financeiro para opais a longo prazo. Apesar de oBrasil possuir a maior biodiversida-

cernido abrigo uma rica cobertura vegetal, ainda pouco pesquisada

de do mundo, esses recursos natu-rais. até agora, não foram utilizadospara trazer divisas.

A diretora explica que as plantasornamentais mais cultivadas noDistrito Federal, a exemplo da rosae do cravo, são importadas. Contu-do. no exterior, espécies nacionaiscomo a alstroemeria. amarilis e bro-mélias. são muito procuradas. JúliaSalles acredita que o melhoramento

genético dessas espécies pode renderdividendos ao país. Ela cita. ainda,as 252 variações das orquídeas cata-logadas pelo Jardim Botânico, res-saltando a necessidade de recursospara melhorar sua competição nomercado. Os padrões mais impor-tantes referem-se ao tamanho e àdurabilidade da planta.

Com o comprometimento dabiodiversidade, perde-se também

elementos que podem ser funda-mentais para a sobrevivência do ho-mem, argumenta Ana Júlia. Esterisco ocorre em função da falta deconhecimento sobre as plantas me-dicinais, também ameaçadas de ex-tinção. A diretora cita o caso dofaveiro. que acompanhado de vita-mina C se transforma num anticoa-gulante, ojaborandi, usado em cos-méticos.

Trilha Ecológica — As crian-ças da rede escolar estão aprendeu-do, desde cedo. a conviver de formaharmônica com a natureza. Apósuma palestra, onde recebem inlor-maçòes sobre o meio ambiente e orecolhimento do lixo. cerca de 50crianças percorrem uma trilha eco-lógica de SOO metros, e têm a opor-tunidade de conhecer quatro tiposde vegetação diferentes: campo lim-po. cerrado, mata ciliar e camposujo.

Durante o percurso, os alunosprocuram identificar as arvoresmais importantes, e ao final chegamà mata, onde estão as nascentes doCórrego Cabeça de Veado, queabastece o Lago Sul com água potá-vel. Este programa será ampliadono próximo ano, através de convê-nio com ;i Uniccf.

Festival de cinema começa dia 24

¦ Evento enfrenta

mesmos problemasde anos anteriores

Em meio a boatos sobre a a u-

sência de dois filmes progra-mados. A TI' que virou Estrelo, deYanko Del Pino e Márcio Curi eAlma Corsária, Alma Gêmea, deCfirios Reichenbach, a FundaçãoCultural do DF confirmou o início

do 26" Festival de Brasília do Ci-nema Brasileiro para o dia 24.

Repetindo as dificuldades re-gistradas nos últimos anos, os or-ganizadores do evento acabaramdesistindo de incluir um dos filmesmais esperados, que não ficoupronto: A terceira margem do rio.de Nelson Pereira dos Santos, pro-duzido no Pólo de Cinema de Bra-silia. A exemplo dos filmes de Pinoe Curi e Reichenbach. Nelson Pe-reira dos Santos aguarda apoio do

Prêmio de Finalização, do Minis-tério da Cultura.

Reichenbach esteve esta sema-na em Brasília para tentar agilizara liberação dos recursos necessá-rios para finalizar Alma Corsária,Alma Gêmea, e já avisou que. semo apoio, será impossível concluir otrabalho. Os organizadores achamque este ano o festival já mostraráos reflexos positivos do estímuloque recomeça a ser dado ao cine-ma brasileiro.

A lista de filmes de longa-me-tragem que concorrem no festivalinclui Oceano Atlaittis, de Chicode Paula, A dívida da vida. de Ota-vio Bezerra , Capitalismo Selva-gem. de André Klotzel, Vagas pa-ra moças (le Jino trato, de PauloTiago, além dos dois filmes quetalvez não sejam concluídos. Paraa mostra competitiva em curta-metragem, 35 mm, foram selecio-nados 14 produções.

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maioria dos casamentos serão con-tadas por dois estrangeiros numacomédia hilariante que será apre-sentada hoje na Cultura Hispânica.O espanhol Ignácio Garcia e o vene-zuelano Jaime Valderrama interpre-tarào a peça El Cepillo dc Dientcs. Oespetáculo começa ás 21h30.

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Eu Estive em Marte — Cultura Ingle-sa _ 708/709 Sul (Fone: 244-5650). Desegunda a sexta-feira, às 19h e 21 h.Sábado e domingo, às 16h, 18h, 20h e22h.Na Linha de Fogo — Cine Park 1. às14h30,16h50, 19h10 e 21h30. Ação.O Fugitivo — Cine Park 2 (Fone: 234-3336), às 14h, 16h20, 18h40 e 21h.Drama.Sol Nascente — Cine Park 3 (Fone:234-3336) às 16h30, 18h50, 21h10. Dra-ma.Muito Barulho por Nada — CinePark 4 (Fone: 234-3336) às 15h, 17h,19h e 21h. Drama.O Alvo — Cine Park 5, às 14h10, 16h,17h50,19h40 e 21h30. Ação.Top Gang 2 — A Missão — Cine Park6 (fone 234-3336), ás 15h50, 17h40.19h30 e21h20. Comédia.Como Água Para Chocolate — CinePark 7 (Fone: 234-3336) às 16h40,18h50, 21h. Drama (12 anos).

Exigência de passaporte

Já deixando a

reitoria daUnB. o professorAntônio Ibanez (fo-to) criticou as acu-sações generaliza-das contra Brasíliaa partir das denún-cias de corrupçãoque surgiram naCPI do Orçamento.Ibanez afirma queos grandes corrup-tos são "importa-

dos" de outros esta-dos e que a grandemassa da popula-ção enfrenta o dia-a-dia de uma cidade (| ,com um custo de vida altíssimo, recebendo salarios irrisórios. ,

Para Ibanez estigmatizar agora a cidade, como centro da cor-,rupçào é injusto, não só porque as acusações atingem parcela]infima da população, como a corrupção detectada nao é somente;um fenômeno brasiliense

Mais do que debitar aos brasilienses o ônus de um quadro,político que preocupa a nação, Ibanez acha que cabe aos eleitores,cobrarem dos políticos que elegeram uma postura mais ética. E,recomenda para superar a situação atual a agilizaçao das investiga-!ções para desmantelar a corrupção.

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Presos sem comida

O deputado Agnelo Quei-roz (PC do B), presidente daComissão de Direitos Huma-nos da Câmara Legislativa, en-viou correspondência ao Secre-tário de Segurança, coronelJoão Brochado, pedindo expli-cações sobre irregularidades nadistribuição de alimentos aospresos das delegacias e docomplexo penitenciário da Pa-puila. Os advogados e parentesdos presos informaram ao par-lamentar que a Secretaria deSegurança está distribuindo deforma irregular os alimentosdesrespeitando, inclusive, o di-reito dos detentos receberemtrês refeições diárias.

Expectativa

Os empresários do comércio1estão na expectativa quanto ao!comportamento das vendas,neste final de ano. Os números ]de outubro, ainda cm fase final;de avaliação, indicam uma per-,formance abaixo das expectati-vas, fato surpreendente para'os'lojistas da capital federal. No;entanto, os empresários ainda >não perderam a esperança e ¦acreditam num crescimentoreal das vendas natalinas najfaixa dos 30%. Se tal índice vir'a ser confirmado, o Natal can--dango não será tão ruim quan-,to imaginam os mais pessiijjis-tas. É aguardar para \er.

Comércio fechado

O desapontamento com asvendas do comércio no últimoferiadão. especialmente no dia definados, parece ter tirado o àni-mo do empresariado brasiliense.É que. nesta segunda-feira, 15 denovembro, dia da Prodamaçãoda República, o comércio fecha-

rá suas portas. Oficialmente..contudo, segundo informa Lá/a-ro Marques, do Sindiyarejista. anão abertura do comércio nestasegunda-feira é apenas uma.questão de planejamento. Em94. garante ele. "abriremos.as.

portas com certeza .

Motoristas deônibus de Brasíliacircularam ontemcom os faróis aces-sos em protestocontra o desvio dosrecursos do Orça-

Farol ligado

mento da União epara exigir a insta-laçào de uma CPIna Câmara Legisla-tiva para apurar asdenúncias envol-vendo o governa-

dor Joaquim Roriz.Os rodoviários já'marcaram uma as-sembléia geral, nodia IS. e prometempressionar os depu-tados distritais.

Saúde em debateA situação atual da saúde

no DF e as medidas necessá-rias para melhorar o sistema deatendimento ao público será otema central do debate promo-vido pela Ordem dos Advoga-dos do Brasil (OAB), seção deBrasília, a partir das 15h. noauditório da entidade. Outrotema a ser discutido é o trata-mento dado aos presidiáriosaidéticos, que, mesmo em esta-do terminal, são mantidos al-gemados pela Secretaria de Se-gurança. Entre os debatedoresestarão o diretor do Hospitalde Base, Lairson Rabelo e adiretora do Departamento deSaúde Pública, Rosely Cer-queira, e o presidente da OAB-DF. Esdras do Nascimento.

Poluição ambientalO Detran resolveu convocar

todos os donos de veieulostte-nunciados pelo telefone 156,da Secretaria do Meio A'mTbiente, por estarem expelindofumaça em excesso e poluindoo ar da cidade. A gerência dcPoliciamento e Fiscalização cioTrânsito já iniciou o trabalhode fiscalização dos veículos V'das vistorias.

Se for confirmada qualquertipo de irregularidade, o donodo carro será enquadrado nalei c obrigado a providenciar oconserto do veículo. Excesso,dc fumaça e pane na parte eléjitrica dos veículos foram asprincipais irregularidades en-contradas. ,

Cobrança aos políticosO movimento Ação Empre-

sarial. criado pela Confederaçãodas Associações Comerciais doBrasil, fez uma reunião ontemna cidade e decidiu acompanharos trabalhos da CPI da Corrup-ção c cobrar dos políticos umaação rápida c saneadora contraos políticos corruptos de forma

a preservar a imagem do Legis^lativo. Na opinião do prcsidetllíí*da Associação Comercial doDF. Josezito Nascimento, a "irt1;

dústria está sem produzir, o ciVmércio está parado e a inflaçãoestá aumentando". 1: hora dereasiir. alerta.

PELA CAPITAL

Ate o próximo dia 24estará aberta na galeria daAliança Francesa a exposi-ção Li' Hors-lú (Além Da-

qne reune-artistaspernambucanos, paraíba-nos. alagoanos e francesesda cidade de Marselha. Amostra já foi apresentadaem Paris, nas principaiscapitais do Nordeste e emBelém.

O telefone 156 da Se-matec funcionará a partirde agora para receber de-

náncias de poluição do meioambiente por veículos queexpelem fumaça em exces-so. O dono do veículo seráchamado ao Detran e teráque providenciar o conccr-to.¦ A Telebrasilia investiuUSS 1,5 milhão para me-lltorar a qualidade das li-gaçòes dos telefones celu-lares que circulam nasmãos de parlamentares eassessores no CongressoNacional. Unia Estação

Radio Base (I KHl c->láfuncionando desde ornem-no Congresso. Hoje jaexistem 14 mil linhas,.noDl¦ Na madrugada de lK>je-

já se saberá o nome do pjifii,comodoro e dos menibrqydo Conselho Deliberativodo late Clube. O atual ci>-,modoro, Paulo Quinlella li-dera a chapa I 'nu União eenfrenta Knnius Marcus deMorais Muni*, da chapa,Rvmmn th Trampanwe,

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Page 23: JOBNAL DO BRASIL í£ JORNAL DO BRASIL S A 1993 RIO ...

18 • quinta-feira, ll/M/93 1 2a Ediçín CIDADEJORNAL DO BRASlI.

Diplomas falsos geram

briga entre vereadores

Andrô Arruda

A divulgação da relação dos 16' funcionários portadores de diplo-mas de nível superior falsos es-quentou o clima no plenário da'Câmara dos Vereadores ontem. O"

Io secretário, Adilson Pires (PT),que divulgou a lista na terça-feira,' Tôi acusado por vários vereadores

' de ter ferido a ética e de ter tenta-do capitalizar ganhos políticos"para seu partido ao revelar à im-

.'prensa o resultado da consulta so-bre a validade dos diplomas feitaao Ministério da Educação pelaMesa Diretora.•- Os outros integrantes da Mesa

-acusaram o secretário de ter agido,precipitadamente. Adilson res-

pondeu as acusações dizendo queos vereadores estavam invertendo

tMNNttc "*v

os valores éticos: "Não fui euquem cometeu uma falha éticamas os servidores que se utiliza-ram de diplomas falsos."

A defesa dos funcionários par-tiu do vereador Maurício Azedo(PDT), que acusou Adilson de es-tar usando "carniça barata" parase promover. Ele prometeu aindaretaliações contra o vereador eseus colegas de bancada, dizendoque

"os funcionários não mere-ciam ser expostos dessa formabrutal pelo secretário".

Vários funcionários prome-tiam fiscalizar a atuação do PT. Asecretária de Sami Jorge, SôniaMaria Monteiro Rios, uma dasque usou diplomas falsos, sofreuuma crise nervosa.

Paulo Nicolella

O caminhão de frutas e legumes tombou ao ser rebocado na Ponte

Acidente tumultua por

5 horas Avenida Brasil

Um acidente envolvendo dois.caminhões, na altura do últimoacesso á Via Dutra, causou umengarrafamento de 10 quilòme-tios ontem de manhã na Avenida

• Brasil, em direção á Zona Norte.O acidente foi às 7h30 e meia horadepois todos os acessos à pistalateral foram fechados pela Patru-lha Rodoviária Estadual, perto deParada de Lucas. Os carros ti-nliam de desviar por Jardim Amé-rica e o trânsito só normalizou-secinco horas mais tarde.

O desastre ocorreu próximo aoKm 17. quando o caminhão Mer-cedes placa NL 4360. transpor-tando oito toneladas de ossos deanimais para a fábrica de raçãoZimbra Comércio e Indústria 1.1-

-da., foi fechado por outro cami-

nhâo. placa MH 4489. O motoris-ta João Paulo Cândido, de 52anos, perdeu a direção, subiu namureta da pista lateral e tombou.

A carga ficou espalhada nochão por mais de quatro horas. Apista central foi interditada daslOh âs I0h30, para que um rebo-que pudesse desvirar o caminhão.João Paulo e o motorista do ou-tro caminhão, Jorge dos Santos.52. não ficaram feridos. O transi-to foi liberado às I3h.

Um outro acidente, às 5h30.com o caminhão de Rio Bonito^placa GD 2353, no acesso à Ave-ilida Brasil da Ponte Rio-Niterói.causou congestionamento de duashoras em direção ao Rio. O Mer-cedes transportava legumes etombou ao ser rebocado.

Festa do 'Rio

Bikers'

reúne 5 mil ciclistas

São 2()h de terça-feira. No finalda Avenida Delfim Moreira, no¦Leblon. um grupo de ciclistasaguarda ansioso os fogos do Ho-tel Marina que. às 21h30, anun-ciarão a largada do passeio come-morativo do I" aniversário do.passeio Rio Bikers. Eufóricos, elesposam para fotos, dão entrevistas,sorteiam camisetas e tentam orga-nizar a saída da pedalada, quereúne cerca de cinco mil partiei-pantes e há um ano encanta curió-sos de toda a cidade, moradoresda Zona Sul e turistas do mundo

. inteiro.Antônio Carlos Santos, 49

anos. diretor do Unibanco, peda-Ia nas noites de terça-feira ao ladodo filho Guilherme, 15. "E lindover a enseada de Botafogo comcéu estrelado", contou. Ele é maisum adepto da tribo dos bikers,que une artistas, empresários epolíticos.

Morador de Jacarepaguâ, o ar-quiteto Vitorino Moura PortugalAraújo, 42 anos. sai de casa sozi-nho às 18h30 e chega em casa seishoras depois. Crianças e adoles-centes engrossam o bloco de ei-

Os carros recuperados estão apodrecendo no depósito do Caju e nunca foram procurados pelos donos

Governo estuda leilão de 3 mil

carros roubados e recuperados

¦ Veículos estão virando sucata no depósito da Polícia Civil

O governo do estado decidiuleiloar os cerca de três mil carros esucatas de veículos que hoje apo-drccem no depósito da secretariaestadual de Polícia Civil, no Caju.A medida — que visa arrecadarrecursos para a própria policia —foi tomada pelo vice-governador esecretário de Polícia Civil NiloBatista, que ontem criou uma co-missão encarregada de estudar asregras do leilão.

O grupo é formado pelo presi-dente do Detran Luiz AntônioFerreira de Araújo: a diretora doDepartamento Geral de PoliciaEspecializada (DGPE) MarthaRocha: o diretor da Divisão deRoubos e Furtos de Veículos Au-tomotores Terrestres (DRFVAT)Osmar Saraiva: o subsecretário dePolícia Civil Eberhard FredericoHenning: o chefe de gabinete dasecretaria João Carlos Castelar

Pinto e o diretor-geral de Admi-nistraçào Dilermando Amaro.

No encontro, a comissão dis-cutiu a abertura dos cadastros doRenavan (Registro Nacional deVeículos Automotores) para a po-lícia do Rio. que terá. através deuma rede de computadores, aces-so aos registros de carros rouba-dos e furtados em todo país. Paraviabilizar esse projeto, ficarammarcadas trés reuniões para quar-ta. quinta e sexta-feiras próximasna Central de Polícia (Cepol). Daprimeira, participarão os delega-dos da capital. Na quinta-leira. éa vez das delegacias do interior e.110 dia seguinte, das especializadase da Baixada Fluminense.

Sem ferros-velhos — Oscarros a serem leiloados foramroubados e recuperados e estão hávários anos no depósito da Policiaporque seus donos não foram lo-calizadosou não apareceram para

apanhá-los. O diretor da DRF-VAT Osmar Saraiva acredita queo material possa interessar a side-rúrgieas. "Não sabemos ainda oscritérios do leilão, mas acho difícilque ele seja aberto a ferros-ve-llios". disse o delegado.

O assunto foi discutido emuma reunião ontem de manhã, naPolícia Civil, da qual participa-ram Nilo Batista. Osmar Saraiva,a diretora do Departamento Ge-ral de Policia Especializada (DG-PE). Martha Rocha, e dirigentesde órgãos técnicos da Policia. Deacordo com Martha Rocha, umnúcleo de digitação para agilizaros registros de roubos e furtos deveículos será instalado na DRF-VAT. Os policiais que trabalha-rào nesse setor terão seu trabalhofacilitado por um novo modelo deformulário de ocorrência. Nilonão estabeleceu prazo para a con-clusâo dos estudos.

Orçamento para

a saúde vai

ser discutido hoje na Câmara

As verbas destinadas à área desaúde pelo projeto da prefeiturapara o Orçamento Municipal pa-ra 1994 serão conhecidas hoje. às9h. pelos os usuários e profissio-nais de saúde. A iniciativa de de-bater com representantes da so-ciedade. antes de o projeto doOrçamento ser votado pelos ve-readores, é inédita e partiu dopresidente da Comissão de Saúdeda Câmara, vereador Milton Na-houn (PP). que espera fortalecerassim o movimento social.

Ele acredita que facilitando oacesso aos dados do Orçamento,as reivindicações da sociedade ga-nharão força, já que serão basea-das cm possibilidades reais. Tam-

bém è objetivo do vereador — queé médico e integra o ConselhoMunicipal de Saúde — compro-meter o movimento social no con-trole da aplicação dos recursos dasaúde com a democratização dasinformações orçamentárias.

Sugestões — Durante a au-diência pública, integrantes doconselho de saúde, de sindicatos econselhos de profissionais de saú-de e de associações de moradorespoderão conhecer as prioridadesda secretaria de Saúde para asunidades de atentimento médico,e sugerir aos vereadores emendasque atendam âs suas reinvicações.

Para facilitar os debates, Na-houn preparou uma lista dos in-

vestimentos para cada uma dasÁreas Programátieas (AP) tia ci-dade e das revindieaçòes dos Con-selhos Distritais de Saúde, queatuam nas dez A Ps. Cruzando es-ses dados, os debatedores pode-rào saber se os investimentos pro-postos pela secretaria coincidemcom os desejados pelos usuários eprofissionais.

Como o debate entre os prolls-sionais de saúde è antigo e bemorganizado, apesar de os Conse-llios Distritais de Saúde serem re-centes. todos eles apresentaramprogramas para a recuperação doatendimento médico-hospitalarda cidade no 2" Congresso Muni-cipal de Saúde, que foi realizadodias 6.7 e 8 deste mês. na Uerj.

distas que chega. João Velutini. 9anos. aluno da Escola Britânica,sai da Lagoa para pedalar na orla.O analista de sistemas CarlosSampaio, 48. pedala ao lado dosfilhos Rafael. 13, e Camila. 15. Oestudante Fábio Góis, 21. preten-de ir de bicicleta até Brasília emdezembro e participa do passeiocomo forma de exercício.

Por volta das 21h, os bikers játomam o final do Leblon, entre oPosto 12 e a Avenida Niemeyer eos organizadores abrem umchampanhe. Motivos têm paracomemorar. Eles são até tema damonografia de Patrícia Vasques,21, aluna do curso de Marketingna Faculdade da Cidade.

Um carro de som anima o pas-seio. Faltam poucos minutos e osorganizadores pedem para os ci-clistas aguardarem os fogos queanunciam a largada. Às 21 h 15 co-meça uma chuva fina que nãochega a desanimar os ciclistas,mas requer cuidados. 21h30. Osfogos pipocam no céu. Um heli-cóptero com letreiros luminososdá dicas para os bikers. Uma sal-va de palmas dá início ao passeio.

.._remnndoj^abeki

Ônibus terão

5 janelas de .

emergência

Os ônibus urbanos que circulamsomente no município do Rio vãoganhar roletas que poderão ginírno sentido horário e anti-horáritj.Esta e outras medidas, como a adq-ção de três janelas de emergênciano lado esquerdo do coletivo é oil-tras duas no lado direito, já' sãoconsenso entre os integrantes dogrupo de trabalho criado pela Se-cretaria Municipal de Transportesencarregado de estudar mudançasna padronização dos ônibus. O tra-balho resultará na publicação deum novo decreto de padronização,provavelmente no próximo mês. i

Até 20 de dezembro, o gfupbdeve terminar os estudos e fornecersubsídios para o novo decreto, masno próximo dia 6 um relatório seráentregue ao secretário de Transpoi1-tes. Márcio Queiroz. Ainda, nàphouve acordo entre pontos polémi-cos — como adoção de duas roleujse currais ou a utilização de ônibuscom degrau mais baixo (tipo-2)vretirada de janelas fixas — mas olcoordenador do grupo, o engenhei-ro e chefe de gabinete da CET-Rio.Ivan de La Rocque. espera que alea data marcada o trabalho — ini-ciado cm agosto, após o acidentecom um ônibus da Viação Tijuquj-nha — esteja concluído. Em reu-niào ontem, o grupo — com repro-sentantes da secretaria,"do',ssindicatos das empresas de ônibus edos condutores de veículos, além djefabricantes de carroceria — diíôidi(jformular um documento com ospontos já de comum acordo. 1

I | A Secretaria Municipal de Sai]-de inicia na próxima semana um tra-balho de prevenção e esclarecimentosobre a meningite na Favela do Jaca-rezinho. O trabalho inclui a distri-huição de cartilhas numa área emque, nos últimos 40 dias, surgiramquatro casos de meningite meningil-cócica tipo B, com três vitimas l;i-tais. A Defesa Civil participará dotrabalho, que permitirá a identifica-ção de casos com rapidez. Desde ja-neiro, a Secretaria registrou 334 ca-sos da doença, com 77 óbitos.

Assembléia

homenageia

dom Eugênio

O cardeal arcebispo do Riò t(cJaneiro. Eugênio Sales, foi honie-nageado ontem na Assembléia Le-gislativa pela passagem de seu Jubi-leu de Ouro no sacerdócio. Áiniciativa para a celebração foi dadeputada Iara Vargas, que faz*paf-te do Conselho Cultural da Afquí-diocese, e recebeu aprovação unà-nime dos parlamentares.

Representantes da Igreja Catoli-ca. das diversas pastorais da Arquj-diocese e da sociedade em geralprestigiaram a solenidade. A depu-tada Iara Vargas lembrou a impor-tância do trabalho social dcsejjvgl-vido pelo cardeal. Dom Eugêniorespondeu que a homenagem é"ílfnestímulo para que possa trabalharcada vez mais e melhor.

Começa hoje

a Feira da

Providência

ílSFEiM M HWrUaiOA

''^•ONIWO . . j t

No Leblon. os organizadores abriram um champanhe para comemorar o primeiro aniversário do passeio

Uma questãode solidariedade.com este slogancomeça às 12h dehoje a XXXIIIFeira da Provi-dência, no Rio-centro. A soleni-dade de abertura, com o hateamén-to de bandeiras, apresentação daBanda do Corpo de Fuzileiros Na-vais e do coro da Faculdade SoífóiMarques, terá a presença do govçr-nador Leonel Brizola. do prefeitoCésar Maia e do cardeal arcetfispodo Rio, Eugênio Sales. A feira vaiaté domingo, das 12h âs 23h. v-oingresso custa CRS 300.

A estimativa é de que um milHàode pessoas passe pelo Riocentronos quatro dias e o objetivo é arre-cadar USS 1.5 milhão. No ano pite-sado, a feira bateu seu recorde depúblico, com 1,3 milhão de visittuj-tes. Os 72 mil metros quadrados doRiocentro estão ocupados por cer-ca de 600 estandes com produtos de35 países. 27 estados e 25 mi)nicj-pios. O estado de Tocantins partia-pa pela primeira vez.

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JORNAL DO BRASIL CIDADE quinta-feira, I l/l 1/93 • 19

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A lent da alegria com o premio, Adriana passou a ser tratada na Rocinha como 'uma artista (la telcvisao

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Meninas pobres já

vivem dias de 'Cinderela'

•*¦ Folos de Isabola KassowNem a carruagem, ou melhor,

o avião, é problema para a peque-na Gisele. "É

que nem um ônibusgrandão, só que anda no céu.Ninguém precisa ficar com medo,porque não cai, não", explica, de-sinibida, enquanto olha para oalto e estica os braços como asasas da aeronave. Filha do lava-dor de carros Jair e da dona decasa Irene, Gisele sabe inclusiveonde fica o Disneyworld. "Nos

Estados Unidos", revela. Mastem uma dúvida: se Mickey, "a

pessoa que mais quero conhecer,vai entender o que eu falo".

"O Mickey fala portugês, sim.Eu vi na televisão", garanteAdriana da Silva, 11 anos, maisuma Cinderela da Rocinha. Nomorro ela também passou a sertratada como "artista de televi-são". "Todo mundo quer saberseu eu vou mesmo. É claro que euvou", diz Adriana.

¦ Viagem para o

Disneyworld deixa

garotas ansiosas

ROLLAND GIANOTTI

As cinco galinhas borralheiras

cariocas já estão vivendoseus dias de Cinderela. E não épor menos. Afinal, para meninasque até serem sorteadas com pas-sagens para o Disneyworld, naFlórida, só conheciam o mundoencantado de Walt Disney pelatelevisão, ficar lado a lado comMickey Mouse e companhia é umpresente de fada madrinha quedeve ser desfrutado do início aofim. "Já nem durmo direito. Eununca pensei que um dia iria lá",conta Mércia Gonzale de Brito,:dcllanos.

Desde que soube que foi umadas sorteadas para a visita ao Dis-neyworld em comemoração aoDia Nacional das Crianças nosEstados Uni-dos, Mércia nãopára quieta nopequeno apar-tamento aluga-do de quatrocômodos, ondevive com os paise a irmã maisnova, Márcia,de 8 anos, naFavela da Roci-nha, em SãoConrado. Amãe, a costurei-ra Mabel, já an-da preocupadacom o encanta-mento de Mér-cia. "Ela nemcome direito",resmunga. Opai, o garçomPedro, tambémestranha o com-portamento da q castelo da Cinderela simboliza o mundo Disneyfilha.

Fã dos esquilos Tico e Teco,Mércia não se cansa de contar àsamigas a viagem que fará no pró-ximo dia 17. "Minhas colegas di-zem que lô mentindo", diz a me-nina, que até então consideravauma surrada boneca de pano seumelhor presente. E confessa: "775

muito nervosa".Nervosismo é o que menos fal-

ta á menor das Cinderelas, Giseledos Santos Moraes, de 9 anos. NoEducandário da Misericórdia —onde desde os quatro anos elapassa nove horas do dia e atual-mente cursa a segunda série —,em Botafogo, Gisele se comportacomo uma expert quando fala naviagem, embora não se lembre dejá ter se distanciado muito doMorro Dona Marta, onde moracom os pais e três irmãos maisvelhos. "Vou

passear com o Mie-kev e comer muito doce", repetiaás amiguinhas.

Aluna da quarta série do Colé-gio Jorge Pfisterer, no Leblon,Adriana já sente saudade dosamigos da Rocinha. "O mais lon-ge que eu fui foi pra Angra e aDisney deve ficar mais pra lá", dizAdriana, que sabe o que esperarda viagem. "Uma maravilha cheiade brinquedos".

Nos cinco dias que passará nosEstados Unidos, Maryland deSouza Martins, de 10 anos, esperaencontrar Branca de Neve, PatoDonald e outros personagens quesó conhece dos desenhos anima-dos. "Vou ficar amiga de todoseles pra poder voltar lá", revelaMaryland, filha de um mecânico euma empregada doméstica doMorro Dona Marta. Quem deu aviagem? "Só

pode ser uma tiamuito rica e muito boa", aposta.Tia, não. Fada madrinha.

Delfin pára

o despejo de I

uma crecher

Noventa crianças da CrecheLar Paulo de Tarso, que atende jmenores pobres dos morros doPavão-Pavãozinho e Cantagalo,cm Copacabana, correm o riscode se tornarem meninos de rua.Na sexta-feira passada, uma or-dem de despejo foi entregue àcoordenadora da creche, lsabellaMaltaroli de Moraes Rêgo, com oprazo de dez dias para a desocu-pação do imóvel na Rua SaintRoman, 142, em favor da DelllnRio S.A. Crédito Imobiliário.

O gerente da área de créditoimobiliário da Delfin, Sérgio Viei-ra, mostrou-se surpreso com aexistência da creche. "Estou sa-bendo neste momento. Pensei quelá funcionava uma editora", disse.Segundo ele, a ordem de despejoserá suspensa até que haja umareunião com o presidente da Del-fin, Ronald Levinsohn. "Não co-locaremos crianças na rua", ga-rantiu.

Direito da empresa — Se-gundo o advogado da Delfin, JoséCarlos de Mello, depois de 11anos de processo, no dia 15 dejunho passado, o juiz titular da15a Vara Cível, José Carlos Va-randa dos Santos, deu ganho decausa à empresa. "Não sabia quelá funcionava uma creche. Dessaparticularidade, eu não me recor-do. Mas se o imóvel é da Delfin.ela não terá o direito vetado sóporque se trata de uma creche",contou o juiz.

Hipoteca — Na época, aDelfin financiou a compra do n"142 para a Codecri, editora dojornal O Pasquim. Segundo lsa-bella. a casa estava abandonadaquando foi assinado o contrato decomodato entre a Codecri e Yo-landa Maltaroli de Moraes Rêgo,presidente do Lar Paulo de Tarso— Instituição Espírita de Estudose Assistência Social—, que man-têm 60% do custo total da creche."Sabíamos que a casa estava hi-potecada pela Delfin mas precisa-vamos colocar o projeto em práti-ca", contou lsabella.

Prevenção — De acordocom lsabella, Ronald Levinsohn.que chegou de viagem ontem, nãorecebeu muito bem a noticia."Mas marcou uma reunião co-nosco", disse. Inaugurada em ju-lho de 91 e considerada modelopela Secretaria Municipal de De-senvolvimento Social, a crecheabriga atualmente 90 crianças de3 meses a 5 anos, em tempo inte-gral. e cobra 10% do salário-mi-nimo. "Cuidamos destas criançasdesde pequenas, quando a perso-nalidade está sendo formada. Onosso objetivo principal é a pre-venção. Tentamos evitar um futu-ro desequilibrado para estascrianças", explicou lsabella.

Freguesia

ganhará 34

mangueiras

A Fundação Parques e Jardinscomeçou ontem a transplantar 34mangueiras das margens da Es-trada do Gabinal para o interiordo Parque Municipal do Bosqueda Freguesia, com 85 mil metrosquadrados, em Jacarepaguá, emfase de implantação. A delicadaoperação envolveu 10 engenheirosagrônomos e um caminhão comguincho, que retirou as árvores dosolo mantendo os torreões ao re-dor das raízes.

Os trabalhos começaram como rebaixamento do terreno emtorno das árvores deslocadas. Pa-ra cada uma das 34 árvores serãoplantadas cinco mudas — ao todosão 170. De acordo com a Secre-taria Municipal de Meio Ambien-te, que participou do processo, otransplante das mangueiras foium consenso entre a associaçãode moradores e os proprietáriosdos terrenos envolvidos. A áreaonde estavam as árvores será ocu-pada por uma concessionária deveículos e um shopping center.

As mangueiras foram replanta-das perto de um campo de fute-boi. A Dirija — proprietária doterreno do parque, que assinou oacordo de viabilização da área delazer com a prefeitura — se res-ponsabilizará pela instalação deequipamentos de ginástica e debrinquedos junto ao portão azul,na Estrada Moniz Aragão, queterá ainda uma guarita.

Gaviões

Os moradores da Rua Miguelde Resende, em Santa Teresa, têmuma preocupação a mais quandosaem de suas casas, além da inse-gurança causada pela violência.Um casal de gaviões do tipo Cari-jó vem incomodando a vizinhançahá três meses. O gavião macho,que é marrom e tem 30 centíme-tros de altura, dá vôos rasantes ecostuma bicar a cabeça das pes-soas. "Ele deve estar fazendo issopara proteger seus ovos ou filho-tes", acredita o diretor executivoda Fundação Rio-Zôo, VicenteCantini.

Vários moradores já foram vi-timas dos ataques do pai super-protetor, que chega a provocarcortes nas cabeças de suas víti-

j mas. "Meu medo é que alguémmais impaciente resolva matar obicho", diz a pesquisadora Marí-lia Taffarel. moradora da rua. Re-centemente, um operário que tra-balhava no quintal da casa da

i pesquisadora foi atacado pelo bi-cho.

Proteção — Marília, então,, ligou para a Sociedade de Prote-| çâo aos Animais, onde pediram5 que ela telefonasse para o Ibama.

"Lá, uma funcionária me dissef que, no nicho ecológico urbano, a

preferência é do homem e se op gavião tiver que ser morto nada£ poderá ser feito", conta, preocu-• pada.

Não é o que pensa o diretorf executivo da Rio-Zôo. Ele prome-

teu mandar hoje uma equipe aolocal para estudar uma solução

| para o problema. Enquanto isso.

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O gavido se esconde no pe de scipoti de uma casa de Vila na Rua Miguel de Reseiule

de Santa TeresaCarlos Mesquita

atacam moradores

o gari Valtecir Domingos ficabem longe da lage de sua casaonde, junto com o enteado, foiatacado pelo gavião.

"O bichovem pelas costas e se você nãoestiver atento ele machuca mes-mo", conta ele, lembrando queum vizinho teve a testa cortadapelo pássaro.

"Meu maior medosão os olhos", se assusta ele, in-formando que os ataques pirora-ram bastante nas últimas três se-manas.

Ninho — O casal de gaviõesvive em um pé de sapoti, localiza-do no quintal na casa 3, de umavila da Rua Miguel de Resende. Ocaseiro Nestor da Conceição, quetrabalha na casa onde os gaviõesfizeram o ninho, já foi atacadoquatro vezes e jura que não vaimais para lugares altos e visíveis,onde o bicho sempre busca suasvítimas.

Pablo Kaschner, 11 anos, mo-rador da casa, ficou preocupadocom a possibilidade de que reti-rassem os animais de lá. Ele nun-ca foi atacado. Já seu amigo Au-gusto Maximino, também de 11anos, não achou a idéia tão ruimassim. Ele recebeu uma pancadaquando andava de bicicleta e pen-sou que fosse uma pedrada. Era ogavião.

Segundo a Rio-Zôo, só esseano já foram registrados mais decinco casos de gaviões que ataca-ram homens em toda a cidade. Omais recente aconteceu no Méier enão é a primeira vez que SantaTeresa tem esse tipo de problema.

v„ ^• .O gavião se esconde no pé de sapoti de uma casa de vila na Rua Miguel de Resende

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20 • quintu-leira, 11/11/93 CIDADE JORNAL DO BRASIL

Requinte e decadência Brasil lança o primeiro submarino

projeto assinado pelo ar- "Quando vim para ca. aos ^Com projeto assinado pelo ar-quiteto Oscar Niemeyer e jardinsdo paisagista Burle Marx, quandofoi inaugurado, há 31 anos, o Hos-pitai da Lagoa oferecia melhoresserviços do que hoje. Desde então,o chefe do serviço de clínica médi-ca. Hélio Nunes, acompanha a de-cadência da instituição. "Abri asportas do hospital e espero não vê-Ias fechadas", disse ele, ontem, emum discurso emocionado, de quemnão abandonou três décadas de tra-balho. apesar de estar aposentado.

Hélio lembra do tempo em que ohospital era um dos mais procura-dos por médicos em busca de espe-cialização. Mas, tanto quanto osfuncionários, os pacientes habituaisestão desesperados com o fim doatendimento de emergência.

"Quando vim para cá. aos 7anos, eu estava muito ruim de saúde. Os médicos e enfermeiras metrataram com carinho e estou bemmelhor. Agora é o hospital que pe-de socorro", apelou Elaisa, de 14anos, metade deles internada paratratar do entupimento de uma arté-ria do coração. "Estamos desgasta-dos. Com a crise no Hospital daLagoa, que sempre nos atendeu, oMorro Dona Marta está na fila damorte", disse, revoltada, a morado-ra Regina Silva Rocha, que é agen-te de saúde naquela favela. "O fimda emergência prejudicou gente de-mais. Lá na favela morrem até duaspessoas por mês com problemascardíacos e respiratórios", revelouela.

A 0/ BRASIL \/ ^OMTDOM \

PETROBRASPETROLEO BRASILEIRO S.A.

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIAAVISO DE LICITAÇÃO

TOMADA DE PREÇOS RPSE 160.1.091.93-4Objeto: serviços de recuperação de válvulas e conexões de aço carbonodo almoxarifado de materiais recuperáveis, por um prazo de 365(trezentos e sessenta e cinco) dias corridos. (Cadastro Petrobrás item5.8, grupo B).Edital encontra-se à disposição para consulta e/ou obtenção no Setor deContratos da Região de Produção do Sudeste (RPSE) - Av. EliasAgostinho, 665, sala 102, bloco B, em Macaé/RJ. A aquisição dadocumentação será mediante apresentação de comprovante depagamento no valor de CR$ 1.350,00 (um mil trezentos e cinqüentacruzeiros reais).Recebimento das documentações e propostas: Dia 1/12/93 às 14h, naRPSE, ocasião em que será iniciada a abertura dos envelopes dedocumentação.

AVISO DE ALTERAÇÃOCONCORRÊNCIA RPSE 160.0.008.93-2

Informamos que o Aviso de Edital de Concorrência RPSE 160.0.008.93-2, quefoi publicado no Diário Oficial da União • Seção III, no dia 6/10/93, tem suadata de recebimento das documentações propostas alterada para 17/11/93,às 15:30h na RPSE.

O presidente Itamar Franco es-tará no Rio. no próximo dia 18,para o lançamento ao mar dosubmarino Tamoio — o primeirode fabricação nacional — peloArsenal de Marinha. O Tamoio éo primeiro de uma série de trêssubmarinos da classe Tupi que aMarinha brasileira vai lançar até96. Durante a cerimônia, que co-meçará às 10h30 no Dique Almi-rante Régis, a Empresa Brasileirade Correios e Telégrafos (ECT)lançará um selo comemorativo.Tatiana de Faro Orlando, neta docapitão de corveta Mário de FaroOrlando, será a madrinha. O ca-pitão-de-fragata Flávio de Mo-raes Leme será o comandante do

submarino, que deverá ser incor-porado à esquadra brasileira nopróximo ano.

Ao final da cerimônia de batis-mo, as bombas de água serãoacionadas para encher o DiqueAlmirante Régis. Somente seishoras depois, o Tamoio, que esta-rá no Dique flutuante AlmiranteSchieck, será afundado e flutuaráem seguida. Coni 61,2 metros decomprimento e diâmetro de 6,2metros, o Tamoio é o menor sub-marino da esquadra, porém omais sofisticado. Possui velocida-de submersa acima de 20 nós,profundidade de operação abaixode 200 metros e armamento defabricação inglesa, com oito tubos

lançadores de torpedos. A tripu-lação terá sete oficiais e 29 pra-ças.

O Tamoio foi construído emquatro anos por técnicos e enge-nheiros brasileiros que passarampor um longo treinamento no es-taleiro Howaldtswerke DeutscheWerft (HDW), em Kiel, na Ale-manha. Em 1977, a Marinha bra-sileira, que até então dominavaapenas a tecnologia de reparos enão a de construção de embarca-ções, encomendou ao estaleiroalemão a construção do primeirosubmarino da classe Tupi, que re-cebeu o mesmo nome.

Na ocasião, cerca de 70 técni-

José Roberto Serra

cos e engenheiros navais brasilei- '

ros foram enviados para acortl|M-nhar o trabalho. Eles voltaram da -Alemanha com especialização1 stHficiente para garantir a indepen-déncia do Brasil na construção desubmarinos. Além do Tamoio, se-rão construídos mais dois subhlít-ri nos da classe Tupi: o Timbira e oTapajós. Também participaramdo curso de especialização na Àle-manha técnicos da Nuclep (Nu-clebrás Equipamentos Pesados'S.A) e, desde então, a emprpa',"',que estava funcionando coni.ça- ,pacidade ociosa, ficou responsá:vel pela construção e forneciniqj-..,to à Marinha brasileira dos cascosresistentes.

? Quem passou ontem na hortido almoço na esquina cia A veiju^t"Rio Branco com Rua do Ouvidor

pôde se divertir com um painetíjue.,funcionava como corruptômetroe mentirômetro. Idealizado ,pfíL,deputados estaduais que integramo chamado grupo ético da Assem-bléia — entre outros, Heloneidae Carlos Mine, o painel marca o"índice de mentiras e de corrupçãodos denunciados na CPI do Orçü-mento, em Brasília. Entre as'pi-,rolas registradas pelo mentirò-metro estão a resposta do atorque se fantasiou de anão Soneca,representando o deputado Ricar-do Fiúza (PFL-PE):

"Minlias.

fazendas foram compradas semmaracutaia, só com meu salíifiode deputado". Na vez do deputadoJoão Alves (PPR-BA), o Mes;t,rè„o painel estourou.

Diplomada

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Fotos do Josó Roberto

Protegidos por policiais do Bope, paramédicos fazem treinamento para socorrer feridos em tiroteio em favela

1

turma de paramédicos

O grupo também está apto a atender pessoas feridas em assaltos

Guardas vão ser

responsáveis por

primeiros socorros

A primeira turma de para-médicos da Guarda Muni-

cipal, responsáveis pelos primei-ros socorros a acidentados nacidade, foi diplomada ontem pe-lo prefeito César Maia, no Sam-bódromo. Os Anjos da Guarda.como são conhecidos, fazemparte do Grupo de Ações Espe-ciais da Guarda Municipal eatuarão em postos volantes noAterro do Flamengo e nas ave-nidas Epitácio Pessoa (Lagoa) edas Américas (Barra), locais demaior número de acidentes, deacordo com estatísticas colhidasnos hospitais pelo tenente-coro-nel Paulo César Amêndola, su-perintendente da guarda.

De acordo com ele, os dezparamédicos estão aptos ;i pres-tar primeiros socorros mesmoem casos graves, de forma maisrápida que os bombeiros, que

demoram em média oito minu-tos para chegar aos locais deacidentes. Os guardas munici-pais foram treinados duranteseis semanas pelo tenenteAboueh Krymchantowsky, mé-dico do Batalhão de Operações _Especiais (Bope) da PM e dele-gado da Associação de Médicosde Emergência dos EUA.

" _

Os paramédicos devem come-çar a trabalhar em um mês, as-sim que receberem os carrosadaptados para o serviço, comequipamentos que incluem ma-terial para imobilizar colunas éfraturas. Segundo Aboueh, poli-ciais do Bope receberam treina-mento em maio para atuar comoparamédicos, mas estão inativosporque o equipamento prometi-do pela PM não foi entregue.

Ontem, a primeira turma fezdemonstrações de técnicas de as-sistência médica em situações*que envolviam tiroteio com ttJa-ficantes em favelas e socorro aum casal assaltado.

Barra ganha

o mais moderno hospital-geral

¦ Unidade que será inaugurada hoje atenderá mil pacientes e fará 40 cirurgias por dia, utilizando equipamentos de última geração.

Hospital da Lagoa tem

sua 'morte'

anunciada

O Hospital da Lagoa está doentee a saúde do Rio de luto. Expostoem painéis negros na fachada doprédio modernista, na Lagoa Ro-drigo de Freitas, o slogan anunciouontem a morte simbólica da insti-tuição. que ameaça parar de vezpor falta de funcionários e equipa-mentos. Na avaliação do Sindicatodos Médicos. 400 auxiliares de en-fermagem e 110 enfermeiros seriamnecessários para completar o qua-dro do hospital, que paralisou ascontratações após a extinção doInamps. Em todo o hospital, traba-lliam atualmente 85 enfermeiros e198 auxiliares de enfermagem.

Até os moradores do MorroDona Marta, em Botafogo, aderi-ram ontem ao protesto de médicos,enfermeiros e pacientes contra alentidão do processo de municipali-zaçào. O diretor do Sindicato dosMédicos. Jairo Coutinho, que tra-balhou 10 anos no Hospital da La-goa. lembrou que há uma década ogoverno gastou USS 2 milhões emuma reforma do Centro de Cirurgia

Cardíaca. "Mas equipamentos ob-soletos e deficiência de pessoal fize-ram o número mensal de cirurgiascardíacas cair de 60 para seis. Ago-ra, ou a pessoa viaja para outroestado e se opera ou morre de tantoesperar", disse.

Nos ambulatórios ainda sãoatendidas cerca de 20 mil pessoaspor mês. Mas o setor de emergênciadeixou dê funcionar há nove meses.Na Unidade de Terapia Intensiva(UTI) a situação também é grave:apenas um paciente pode ser aten-dido por vez. pois há um único leitodisponível. Na sala de pós-cirurgiacardíaca, ficam dois pacientes masapenas um tem monitor para acom-panhamento da pressão.

Na UTI pediátrica, com dois lei-tos em uso, há dez aparelhos derespiração danificados, esperandoconserto desde março. Na UTI deadultos, o respirador é emprestadoda Unidade Coronariana, que ficousem nenhum. Um equipamento deraios X exibe um aviso: "Este apa-rellio não funciona há três anos".

LÍVIA KROSSARDOs moradores da Barra da Tiju-

ca ganham hoje o maior e maismoderno hospital-geral da região,com capacidade para atender dia-riamente mil pacientes c realizar 40cirurgias. Equipamentos de últimageração, heliporto, CTls móveis eum centro informatizado de estu-dos e pesquisas com acesso ao ban-co de dados do Hospital de Cleve-land, nos Estados Unidos, sãoalguns dos recursos do HospitalRio-Mar, que fica no quilômetro10,5 da Avenida das Américas.

Segundo o administrador dohospital. Roberto Mauro, o investi-mento inicial do empresário daconstrução civil Pascoale Maurofoi de USS 10 milhões (cerca deCRS 2 bilhões). Pascoale resolveuconstruir o hospital para realizarum sonho do amigo, o cardiologis-ta Acrysio Peixoto de Souza Filho,ex-diretor dos hospitais SouzaAguiar e Pedro Ernesto. O médicopretendia se aposentar e ter umaclinica particular de alto nível. Oempresário reuniu ainda o oftamo-logista Antônio Capella, do Hospi-taí Souza Aguiar e o pneumologistaCarlos Alberto de Barros Franco,da UFRJ, na sociedade do em-preendimento.

Cardiologia — O hospital sedestaca por ter um dos mais avan-çados centros de cardiologia do

país. O responsável por este setor éo professor Stans Murad Neto,membro do Colégio Americano deCardiologia. De acordo com a car-diologista Olga Ferreira de Souza,o hospital terá ainda um modernoserviço de prevenção de doenças docoração, com avançado programade check-up.

Entre os equipamentos mais mo-demos do hospital está o aparelhode hemodinâmica, que permite arealização de pequenas cirurgiasatravés de catéteres especiais semque seja necessário cortar o corpodo paciente.

Cirurgias — O hospital tam-bém conta com o Cibex, que fazuma avaliação geral sobre o estadomuscular do paciente e é usadoprincipalmente pela medicina es-portiva. Para as cirurgias, os medi-cos dispõem também de um arcocirúrgico: acoplado a dois projeto-res de imagens com ampla memó-ria, ele permite ao médico compa-rar o início e o término da cirurgia.

A equipe médica acredita quedurante os primeiros 15 dias esta-rão funcionando apenas ambulató-rio e exames complementares, e orestante entrará em funcionamentoaos poucos. O hospital irá inovartambém no tratamento do esgotohospitalar através de ozônio, o queo transforma em esgoto esteriliza-do.

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^20 • quinta-lcira, 11/11/93 2J Ediçflo CIDADE JORNAL DO BRASII

Barra ganha

o mais moderno hospital-gerãl

¦ Unidade que será inaugurada hoje atenderá mil pacientes e fará 40 cirurgias por dia, utilizando equipamentos de última geraçãoLÍVIA FROSSARD

Os moradores da Barra da Tiju-'ca ganham hoje o maior e mais

moderno hospital-geral da região,-com capacidade para atender dia-riamente mil pacientes e realizar 40

¦íírurgias. Equipamentos de últimageração, heliporto, CTls móveis eum centro informatizado de estu-dos c pesquisas com acesso ao ban-co de dados do Hospital de Cleve-

' land, nos Estados Unidos, são al-' guns dos recursos do Hospital Rio-Mar, que fica no quilômetro 10,5

-da Avenida das Américas.Segundo o administrador do

hospital, Roberto Mauro, o investi-mento inicial do empresário daconstrução civil Pascoale Maurofoi de USS 10 milhões (cerca deCRS 2 bilhões). Pascoale resolveu

t construir o hospital para realizarum sonho do amigo, o cardiologis-ta Acrysio Peixoto de Souza Filho,ex-diretor dos hospitais SouzaAguiar e Pedro Ernesto. O médicopretendia se aposentar e ter umaclinica particular de alto nível. Oempresário reuniu ainda o oftamo-

"logista Antônio Capella, do Hospi-tal Souza Aguiar c o pneumologistaCarlos Alberto de Barros Franco,

"da UFRJ. na sociedade do em-preendimento.

Cardiologia — O hospital sedestaca por ter um dos mais avan-

Hospital da

sua 'morte'

O llospilal tia Lagoa está doentee a saúde do Rio de luto. Expostoem painéis negros na fachada doprédio modernista, na Lagoa Ro-drigo de Freitas, o slogan anunciouontem a morte simbólica da insti-tuiçào, que ameaça parar de vezpor falta de funcionários e equipa-mentos. Na avaliação do Sindicatodos Médicos. 400 auxiliares de en-fermagem e 110 enfermeiros seriamnecessários para completar o qua-dro do hospital, que paralisou ascontratações após a extinção doInamps. Em todo o hospital, traba-lham atualmente <S5 enfermeiros e"'198 auxiliares de enfermagem.

Até os moradores do MorroDona Marta, em Botafogo, aderi-'iam ontem ao protesto de médicos,enfermeiros e pacientes contra alentidão do processo de municipali-/ação. O diretor do Sindicato dos

,.Médicos, Jairo Coutinho. que tia-balhou IO anos no Hospital da La-goa. lembrou que há uma década o'governo gastou USS 2 milhões emuma reforma do Centro de Ciruiraia

Requinte eCom projeto assinado pelo ar-

¦quiteio Oscar Niemeyer e jardinsdo paisagista Burle Marx. quandofoi inaugurado, há 31 anos, o Hos-

-pitai da Lagoa oferecia melhoresserviços do que hoje. Desde então,o chefe do serviço de clinica médi-çy. Hélio Nunes, acompanha a de-cadência da instituição. "Abri asportas do hospital e espero não vê-l;ts fechadas", disse ele, ontem, emum discurso emocionado, de quem" não abandonou três décadas de tra-balho. apesar de estar aposentado.

Hélio lembra do tempo em que ohospital era um dos mais procura-dos por médicos em busca de espe-cialização. Mas. tanto quanto osfuncionários, os pacientes habituaisestão desesperados com o fim doatendimento de emeruência.

çados centros de cardiologia dopaís. O responsável por este setor éo professor Stans Murad Neto,membro do Colégio Americano deCardiologia. De acordo com a car-diologista Olga Ferreira de Souza,o hospital terá ainda um modernoserviço de prevenção de doenças docoração, com avançado programade check-up.

Entre os equipamentos mais mo-demos do hospital está o aparelhode hemodinâmica, que permite arealização de pequenas cirurgiasatravés de catéteres especiais semque seja necessário cortar o corpodo paciente.

Italiano — Nascido na Calá-bria, região sul da Itália, PasqualeMauro tem 63 anos, é brasileironaturalizado e chegou ao Brasilcom cinco anos, acompanhado dospais, Francisco e Teresa, e mais seisirmãos. Empresário com investi-mentos nos ramos da mineração,construção civil c agropecuária, re-solveu inaugurar o hospital Rio-Mar "para

prestigiar uma amizadede muitos anos com o ginecologistae obstetra Acrysio Peixoto", agorasócio e diretor-técnico do hospital.

Casado com a brasileira There-zinha Fico Mauro, de 55 anos, Pas-quale Mauro teve quatro filhos —Roseana. 42: Maria, 40: João, 38: eRoberto. 33 — que trabalham emsuas empresas.

Lagoa tem

anunciada

Cardíaca. "Mas equipamentos ob-soletos e deficiência de pessoal fize-ram o número mensal de cirurgiascardíacas cair de 60 para seis. Ago-ra. ou a pessoa viaja para outroestado e se opera ou morre de tantoesperar", disse.

Nos ambulatórios ainda sãoatendidas cerca de 20 mil pessoaspor mês. Mas o setor de emergênciadeixou de funcionar há nove meses.Na Unidade de Terapia Intensiva(UTI) a situação também é grave:apenas um paciente pode ser aten-dido por vez, pois há um único leitodisponível. Na sala de pós-cirurgiacardíaca, ficam dois pacientes masapenas um tem monitor para aconi-panhamento da pressão.

Na UTI pediátrica, com dois lei-tos em uso. há dez aparelhos derespiração danificados, esperandoconserto desde março. Na UTI deadultos, o respirador é emprestadoda Unidade Coronariana, que ficousem nenhum. Um equipamento deraios X exibe um aviso: "Este apa-relho não funciona há três anos".

decadência"Quando vim para cá. aos 7

anos. eu estava muito ruim de saú-de. Os médicos e enfermeiras metrataram com carinho e estou bemmelhor. Agora é o hospital que pe-de socorro", apelou Elaisa, de 14anos. metade deles internada paratratar do entupimento de uma arté-ria do coração. "Estamos desgasta-dos. Com a crise no Hospital daLagoa, que sempre nos atendeu, oMorro Dona Marta está na fila damorte", disse, revoltada, a morado-ra Regina Silva Rocha, que é agen-te de saúde naquela favela. "O fimda emergência prejudicou gente de-mais. Lá na favela morrem até duaspessoas por mês com problemascardíacos e respiratórios", revelouela.

Fotos do Josó Roberto Serra

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•Protegidos por policiais do Bope, paramédicos fazem treinamento para socorrer feridos em tirotenio em favela

Diplomada turma de paramédicos

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O grupo também está apto a atender pessoas feridas em assaltos

¦ Guardas vão ser

responsáveis por

primeiros socorros

A primeira turma de para-médicos da Guarda Muni-

cipal, responsáveis pelos primei-ros socorros a acidentados nacidade, foi diplomada ontem pe-lo prefeito César Maia, no Sam-bódromo. Os Anjos da Guarda.como são conhecidos, fazemparte do Grupo de Ações Espe-ciais da Guarda Municipal eatuarão em postos volantes 110Aterro do Flamengo e nas ave-nidas Epitácio Pessoa (Lagoa) edas Américas (Barra), locais demaior número de acidentes se-gundo estatísticas colhidas noshospitais pelo tenente-coronelPaulo César Amêndola. superin-tendente da guarda.

De acordo com ele. os 10 pa-ramédicos estão aptos a prestarprimeiros socorros, mesmo emcasos graves, com mais rapidezque os bombeiros, que demoram

em média oito minutos parachegar aos locais de acidentes.Os guardas foram treinados du-rante seis semanas pelo tenenteAbouch krymclumtowsky. mé-dico do Batalhão de OperaçõesEspeciais (Bope) da PM e dele- _gado da Associação de Médicosde Emergência dos EUA.

Os paramédicos devem come-çar a trabalhar em um mês, as-sim que receberem os carrosadaptados para o serviço, comequipamentos de emergência .Segundo Abouch. policiais doBope receberam treinamento emmaio para atuar como paramé-dicos. mas estão inativos porqueo equipamento prometido pelaPM não foi entregue.

Ontem, os paramédicos fize-ram demonstrações de assistên-cia médica em situações de peri-go - como tiroteio em favelas eassaltos. Após a solenidade, oprefeito César Maia Ibi cumpri-mentado por crianças e recebeuum beijo de uma lã.

Brasil lança o primeiro

submarinor\ ... ... ... ...O presidente Itamar Franco es-

tará 110 Rio, no próximo dia 18.para o lançamento ao mar dosubmarino Tamoio — o primeirode fabricação nacional — peloArsenal de Marinha. O Tamoio éo primeiro de uma série de trêssubmarinos da ciasse Tupi que aMarinha brasileira vai lançar até96. Durante a cerimônia, que co-meçará ás 10h30 110 Dique Almi-rante Régis, a Empresa Brasileirade Correios e Telégrafos (ECT)lançará 11111 selo comemorativo.Tatiana de Faro Orlando, neta docapitão de corveta Mário de FaroOrlando, será a madrinha. O ca-pitão-de-fragata Flávio de Mo-raes Leme será o comandante do

submarino, que deverá ser incor-porado á esquadra brasileira 110próximo ano.

Ao final da cerimônia de batis-1110, as bombas de água serãoacionadas para encher o DiqueAlmirante Régis. Somente seishoras depois, o Tamoio, que esta-rá 110 Dique flutuante AlmiranteSchieck. será afundado e flutuaráem seguida. Com 61,2 metros decomprimento e diâmetro de 6.2metros, o Tamoio é o menor sub-marino da esquadra, porém omais sofisticado. Possui velocida-de submersa acima de 20 nós,profundidade de operação abaixode 200 metros e armamento defabricação inglesa, com oito tubos

lançadores de torpedos. A tripu-lação terá sete oficiais e 29 pra-ças.

O Tamoio foi construído emquatro anos por técnicos e enge-nheiros brasileiros que passarampor um longo treinamento no es-taleiro Howaldtsvverke DeutscheWerft (HDW), em Kiel, na Ale-manha. Em 1977, a Marinha bra-sileira, que até então dominavaapenas a tecnologia de reparos enão a de construção de embarca-çòes, encomendou ao estaleiroalemão a construção do primeirosubmarino da classe Tupi. que re-cebeu o mesmo nome.

Na ocasião, cerca de 70 técni-

cos e engenheiros navais brasilei-ros foram enviados para acompa-nhar o trabalho. Eles voltaram daAlemanha com especialização su-ficiente para garantir a indepeu-ciência do Brasil 11a construção desubmarinos. Além do Tamoio', se-rão construídos mais dois subma-rinos da classe Tupi: o Timbira e oTapajós. Também participaramdo curso de especialização na Ale-manha técnicos da Nuclep (Nu-clcbrás Equipamentos Pesadoí,S.A) e. desde então, a empresa,que estava funcionando com ca-pacidade ociosa, ficou responsa-vel pela construção e fornecimen-to à Marinha brasileira dos cascosresistentes.

tu OirasilX/ BRASILÜNlAOO* TOPO»

PETROBRASPETROLEO BRASILEIRO S.A.

José Roberto Serra

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIAAVISO DE LICITAÇÃO

TOMADA DE PREÇOS RPSE 160.1.091.93-4Objeto: serviços de recuperação de válvulas e conexões de aço carbonodo almoxarifado de materiais recuperáveis, por um prazo de 365(trezentos e sessenta e cinco) dias corridos. (Cadastro Petrobrás item5.8, grupo B).Edital encontra-se à disposição para consulta e/ou obtenção no Setor deContratos da Região de Produção do Sudeste (RPSE) - Av EliasAgostinho, 665, sala 102, bloco B, em Macaé/RJ. A aquisição dadocumentação será mediante apresentação de comprovante depagamento no valor de CR$ 1.350,00 (um mil trezentos e cinqüentacruzeiros reais).Recebimento das documentações e propostas: Dia 1/12/93 às 14h, naRPSE, ocasião em que será iniciada a abertura dos envelopes dedocumentação.

AVISO DE ALTERAÇÃOCONCORRÊNCIA RPSE 160.0.008.93-2

Informamos que o Aviso de Edital de Concorrência RPSE 160.0.008.93-2, quefoi publicado no Diário Oficial da União - Seção III, no dia 6/10/93, tem suadata de recebimento das documentações propostas alterada para 17/11/93às 15:30h na RPSE.

? Oitem passou ontem na horado almoço na esquina da A venidaRio Branco com Rua do Ouvidorpôde se divertir com um painel quefuncionava como corruptômetroe mentirômetro. Idealizado pordeputados estaduais (pie integramo chamado grupo ético da Assem-bléia — entre outros, ileloncidae Carlos Mine, o painel marca oíndice de mentiras e de corrupçãodos denunciados na CPI do Orça-mento, em Brasília. Entre as pórrolas registradas pelo mentirô-metro estão a resposta do atorque se fantasiou de anão Soneca,representando o deputado Ricar-do Fiúza (PFL-PE): "Minhas

fazendas foram compradas semmaracutaia, só com meu saláriode deputado ". Na vez do deputadoJoão Alves (PPR-BA).o Mestre^o painel estourou.

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Page 27: JOBNAL DO BRASIL í£ JORNAL DO BRASIL S A 1993 RIO ...

JORNAL DO BRASIL CIDADE quinta-feira, I l/l 1/93 • 21

Nilo censura delegado que

fez críticas à PM

¦ Secretário ameaça exonerar titular da 12a DP, que acusou Polícia Militar de só se preocupar em multar carros em Copacabana -

Aí afirmação feita ontem pelodelefjadfr da 12' DP (Copacaba-na), Afonso Alves Gomes da Cos-ta, de que a criminalidade nobairto teria crescido 80% esteano,!pro|ocou irritação no vice-governador e secretário de PoliciaCivil. Nilo Batista, que o amea-çou de Exoneração, caso não seretratasse" A declaração foi feitadurante*a reunião, pela manhã,do Çonselho Municipal de Segu-rança Turística, no Palácio da Ci-dado, cujo objetivo era traçar oplanb d£policiamento do verão.! V

Em togar de propostas paragarantirá segurança dos turistas,a reúnilft descambou para acusa-ções mútuas entre o delegado e orepresentante do 19° BPM (res-ponsável pelo policiamento deCopacabana), major PM Ronal-do. O delegado acusou o coman-dantp do 19° BPM, tenente-coro-nel Paulo Afonso Cunha, de"ficar mais preocupado em mui-tar carros". A afirmação gerouconstrangimento entre os partici-pantes da reunião.

Leviandade — "É preciso

acabar com a leviandade no trata-men(o desse assunto", reagiu ovicergovemador Nilo Batista,censurando o delegado. Ele expli-cou que Afonso Costa, candidatoderrotado a deputado, está erradoporque os dados estatísticos daprópria policia indicam queda nacriminalidade em Copacabana."Não é o delegado quem totalizaos números. Ele é obrigado a nosmandar os boletins de ocorrência,que o nosso departamento de es-tatistica totaliza mês a mês. Ou eleestá nos informando errado ou ele

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Afonso Costa disse que criminalidade cresceu com omissão da PM

é um irresponsável de falar que oscrimes estão aumentando", disseo vice-governador.

A noite, reconhecendo o erro,o delegado Afonso Costa voltouatrás e disse que fora mal inter-pretado.

"porque eu não tenhodados estatísticos que comprovemesse percentual". Manteve, entre-tanto, as acusações ao comandan-te do 19a BPM. "Eu busco entro-samento, mas a reciproca não éverdadeira entre a delegacia e o

batalhão", afirmou o delegado.No encontro no Palácio da Ci-

dade, o major Ronaldo, represen-tante do 19;1 BPM chegou a baterboca com o delegado, respondcn-do que todas as prisões em Copa-cabana tinham sido feitas pelaPM e não pelos policiais civis dasduas delegacias do bairro. O bate-boca deixou constrangidos os pre-sentes, que preferiram voltar aotema central do encontro: a segu-rança dos turistas no verão.

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ajor Ronaldo lembrou que só a PM faz prisões em Copacabana

Policiamento reforçado

capitão, até a barca Rio-Paquetáterá um esquema especial de poli-ciamento a partir de Io de dezem-bro.

O comandante do Grupamen-to Especial de Turismo da PM,capitão Carlos Rodrigues, garan-tiu ontem na reunião do ConselhoMunicipal de Segurança Turísticaque os turistas que costumam in-vadir a orla a cada Verão poderãopassear tranqüilos em 94. Cadaatração da cidade terá pelo menosum PM de plantão. Segundo o

No dia 29, a Secretaria de Tu-rismo do município inicia um cur-so de iniciação turística, voltadopara para policiais militares e ci-vis, guardas municipais c funcio-nários da Defesa Civil.

Processo de

Larangeira

chega à Alerj

O presidente da Assembléia Le-gislativa do Rio de Janeiro, depu-tado José Nader (sem partido), re-cebeu ontem das mãos de doisoficiais do Tribunal de Justiça ooficio do desembargador do ÓrgãoEspecial Newton Doreste Baptistapedindo licença para processar odeputado Emir Larangeira (sempartido) por crime de formação dequadrilha. O documento foi entre-gue junto com os oito volumes doinquérito da Polícia Civil que origi-nou o pedido da denúncia de outras70 pessoas pelo mesmo crime doqual é acusado o deputado. A de-núncia foi feita a partir do depoi-mento do X-9 Ivan Custódio Bar-bosa de Lima, testemunha-chave dachacina de Vigário Geral.

O envolvimento do deputadoLarangeira, ex-comandante do 9°BPM (Rocha Miranda) e acusadode liderar o grupo de extermínioCavalos Corredores, deu inicio auma polêmica na Alerj. José Nader— que já se manifestou contra opedido, por considerar Larangeira"um homem integro" — disse quevai ler todo o inquérito e encami-nhá-lo à comissão de justiça da as-sembléia. Depois disso, o pedido éencaminhado ao plenário para queseja votado.

Vários deputados do grupo ético,composto por 18 parlamentares departidos da oposição, acusaramNader de querer deixar a votaçãopara o ano que vem, depois dorecesso dos deputados.

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Arquivo secreto em exibição

¦ Museu de Belas

Artes mostra 200

fotos do DopsMÀRCtíLO MORK1RA

CTie Guevara, quem diria,

na hora do sufoco refres-cava a garganta com uma Coca-Cola geladinha. Pelo menos é oque revela uma das fotos que atépouco tempo eram secretas e fa-ziám parte do arquivo do De-parlamento de Ordem Política eSociaí (Dops). Esta e outras fo-tot> vão estar na exposição mon-ta(ia pelo Arquivo Público Esta-dual para comemorar o primeiroano -em que o acervo deixou osporões da Polícia Federal e foiaberto ao público e a pesquisa-doçes, cm Niterói.

% Exposição — com 200 fotose documentos sigilosos produzi-dos, Apreendidos e recebidos pe-Io Dpps nos seus 50 anos deexistência — se chamará De ad-versaria político a inimigo da na-ção;-.a lógica da desconfiança.l93JJ,a 1983. A abertura será noproximo dia 23, no Museu Na-cionaLde Belas Artes, no Cen-tro.TVentrada será franca.

Vídeos — Do dia 24 a 26vão. acontecer um seminário, olançajnento da revista Dops. alógica da desconfiança e a exibi-çào de três vídeos sobre a dita-dura: Um deles, Corpo em delito,de Nürto César Abreu, conta odrama dos médicos-legistas,obrigados a necropsiar os perse-guíâos políticos assassinados. Ofilme é estrelado por LimaDuarte e Regina Dourado.

Segundo o coordenador depesquisa e informação do Arqui-vo Publico, Henrique Samet, afotò de Guevara foi tirada pro-vaVélmente no Brasil, quandoele tttèbeu do presidente JânioQuadros, em 1961, a Ordem doCrtraeiro do Sul. Entre as fotosque. serão expostas está a do li-deruçpmunista Luís Carlos Pres-tes, e outra de seu cão, o pastoralcmch Príncipe que, em 1936,foi usado pela polícia de FilintoMüilcr para localizar seu donopelo faro. Príncipe encontrouPrestc,s" escondido numa casa nosubúrbio de Cachambi.

/^retora Eliana Furtado es-pera com o evento conseguir di-vulgar a existência do arquivo."Tem

gente que foi procurar emMoscou respostas para pergun-tas que podem estar aqui mesmoem Niterói", lembrou.

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¦fimi HIda Esperança, Luiz arlos Prestes, em foto de 46

Reprodução

nadasecreto, Che Guevara bebe CocaNum flagrante agora

Bandidos assassinam Três homens

2 motoristas de táxiDois motoristas de táxi foram

assassinados no final da noite deanteontem. Wiliam Jório Martins,de 32 anos, foi morto com um tirona nuca em um matagal da RuaPrefeito João Felipe, cm SantaTeresa, por volta de 23h, após terseu táxi Chevette de placa TN0317 roubado por três homens.Pouco depois, o veículo foi aban-donado em frente ao número 331da Rua das Laranjeiras, por faltade combustível. Os criminosos fu-giram e o caso foi registrado na TDP (Santa Tereza).

O outro taxista foi Carlos Ma-noel de Castro Manta, assassina-do com quatro tiros na cabeça naRua Ismael da Rocha, em Ramos,

por volta de 23h30. Seu corpo foiencontrado por policiais do 22°BPM (Benfica) ao lado do táxiChevette placa TQ 3389. A 21"DP(Bonsucesso) registrou o caso.

O presidente do sindicato dostaxistas do Rio, Wilson Cunhados Santos, estima que entre 30 e40 motoristas de táxi tenham sidoassassinados este ano na cidade.No Rio trabalham cerca de 23 milmotoristas e, segundo ele, a áreamais perigosa fica entre Santa Te-reza e Méier. Wilson pede que apolícia faça batidas diariamentepara diminuir o número de assai-tos que, segundo ele, aumentamnos meses próximos ao Natal.

Medidas de proteção

Grandes cidades no resto domundo também enfrentam o pro-blema de violência contra moto-ristas de táxi. Cães amestradosque viajam ao lado do motorista,choque elétrico no passageiro sus-peito ou cabines isolantes foramalgumas das soluções experimen-tadas em Paris e Nova York, comdiferentes resultados.O presidente do sindicato dos ta-xistas do Rio, Wilson Cunha dosSantos, aprova apenas a adoçãode cabines à prova de bala, queseparam o motorista do passagei-

ro e já são utilizadas no RioGrande^do Sul. Em Nova Yor-que, entretanto, as cabines nãoimpediram que 25 motoristas fos-sem assassinados este ano.

Cadeira elétrica era o nome deum sistema, adotado em Paris,pelo qual o passageiro instaladono banco traseiro do táxi recebiauma descarga elétrica de 52 milvolts, acionada por dois botões aolado do motorista. Além do susto,o assaltante ficava momentanea-mente atordoado, dando tempopara que o motorista fugisse.

roubam hotel

em Ipanema

Três homens armados de revól-veres invadiram na madrugada deontem o Hotel Ipanema Inn, naRua Maria Quitéria, 27. e, apósrenderem funcionários, invadiramtrês apartamentos ocupados por tu-ristas— um italiano, um espanhol eum canadense. Nenhum deles esta-va no hotel. Os assaltantes queriamretirar os cofres dos quartos, massó tiveram tempo de levar um deles.Um segundo foi arrombado, de 011-de foram roubados passaporte e di-nheiro. Antes de fugir, levaramCRS 300 mil da recepção.

Os ladrões — dois morenos e umbranco — chegaram ao hotel porvolta de meia-noite e meia no San-tana placa LV 5479, roubado pou-co antes na Rua Barata Ribeiro, emCopacabana. Vestidos de paletó egravata e carregando malas, elesanunciaram o assalto.

Í~~1 Policiais da 50a DP (Itaguai)prenderam, na manhã dc ontem, Ro-mildo Cardoso, de 25 anos, que ma-tou o alemão Hans Jurgen WernerKraus, de 30 anos, no dia 23 de maiodeste ano. Ele passava em frente àdelegacia, em direção à Justiça doTrabalho — a cem metros dali —,quando foi reconhecido pelos poli-ciais. Romildo matou Hans, que eradono de um bar na estrada Rio-San-tos, durante uma discussão.

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ISIS DE OLIVEIRA

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NELSON FREITAS JOÃO SIGNORELLIRONEY VILELA

Tradução e Adaptação FLÁVIO MARINHODireção ELIANA FONSECA

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'JÓkNAL DO BRASIL CIDADE 2" Edição n quinta-feira, 11/11/93 • 21

Afonso Costa disse que criminalidade cresa-u com omissao da I'M

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Nilo censura delegado que

fez críticas à PM

Secretário ameaça exonerar titular da 12a DP, que acusou Polícia Militar de só se preocupar em multar carros em Copacabana_

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'X-9' poderá

ter sua prisão

pedida em SP

A afirmação feita ontem pelo: delegado da 12° DP (Copacaba-| ná), Afonso Alves Gomes da Cos-i tu, de que a criminalidade no| bâirro teria crescido 80% este\ ano, provocou irritação no vice-i governador e secretário de Polícia

Civil, Nilo Batista, que o amea-¦ çqijL de exoneração, caso não seretratasse. A declaração foi feitadurante a reunião, pela manhã,do Conselho Municipal de Segu-rança Turística, no Palácio da Ci-dade, cujo objetivo era traçar o

tio de policiamento do verão.MEm lugar de propostas para

garantir a segurança dos turistas,a ieunião descambou para acusa-ções mútuas entre o delegado e orepresentante do 19° BPM (res-ponsável pelo policiamento deCopacabana), major PM Ronal-do. O delegado acusou o coman-dante do 19° BPM, tenente-coro-nel Paulo Afonso Cunha, de"ficar mais preocupado em mui-tar carros". A afirmação gerouconstrangimento entre os partici-pantes da reunião.

Leviandade — "É preciso

acabar com a leviandade no trata-mento desse assunto", reagiu ovice-governador Nilo Batista,censurando o delegado. Ele expli-cou que Afonso Costa, candidatoderrotado a deputado, está erradoporque os dados estatísticos daprópria polícia indicam queda nacriminalidade em Copacabana."Não é o delegado quem totalizaos números. Ele é obrigado a nosmandar os boletins de ocorrência,que o nosso departamento de es-tatística totaliza mês a mês. Ou eleestá nos informando errado ou ele

Afonso Cosia disse que criminalidade cresceu com omissão da PM

é um irresponsável de falar que oscrimes estão aumentando", disseo vice-governador.

À noite, reconhecendo o erro,o delegado Afonso Costa voltouatrás e disse que fora mal inter-pretado,

"porque eu não tenhodados estatísticos que comprovemesse percentual". Manteve, entre-tanto, as acusações ao comandan-te do 19a BPM. "Eu busco entro-samento, mas a recíproca não éverdadeira entre a delegacia e o

batalhão", afirmou o delegado.No encontro no Palácio da Ci-

dade, o major Ronaldo, represen-tante do 19a BPM chegou a baterboca com o delegado, responden-do que todas as prisões em Copa-cabana tinham sido feitas pelaPM c não pelos policiais civis dasduas delegacias do bairro. O bate-boca deixou constrangidos os pre-sentes, que preferiram voltar aotema central do encontro: a segu-rança dos turistas no verão.

Criminalidade caiuEstatística da Polícia Civil mos- banco também caiu: em julho foi

tra que diminuiu o número de cri-mes em Copacabana, de julho aoutubro deste ano. Em julho foramroubados 90 veículos; em agosto,91; em setembro, 98; e em outubro,86. O número de residências assai-tadas foi de 66 em julho, 62 emagosto, 52 em setembro e 54 emoutubro. O número de assaltos a

assaltado um banco; em agosto,nenhum; em setembro, um, e emoutubro, nenhum. Em julho, 134pessoas foram assaltadas; em agos-to, 109; em setembro, 97, e emoutubro, 115. Apenas dois crimesde morte foram registrados desdejulho em Copacabana.

MARCELO LEITEO X-9 Ivan Custódio Barbosa de

Lima, principal testemunha sobre achacina de Vigário Geral, poderáter sua prisão pedida pelo juiz Hei-tor Donizete de Oliveira, titular daP Vara Criminal de Diadema (SãoPaulo), em cumprimento a ummandado de prisão contra ele exfe-tente desde 15 de dezembro de1987, após sofrer condenação portráfico de drogas.

Uma equipe do DepartamentoEspecial de Investigações (Deic) daPolícia Civil de São Paulo poderávir ao Rio para prender Ivan, queestá em local sigiloso sob a guardada Polícia Militar. A petição pelaprisão e transferência de estado doX-9 Ivan foi feita por um dos advo-gados dos 71 policiais denunciadospelo Ministério Público do Rio porformação de quadrilha.

Sem informar o nome do advo-gado e o teor da petição, a chefe docartório da Ia Vara Criminal, Vil-ma de Fátima da Silva, disse ontemque o juiz Heitor de Oliveira pode-rá decidir se acata a petição hoje. Omandado de prisão contra Ivan foiexpedido depois que o juiz Ivo deAlmeida o condenou a três anos eseis meses de reclusão por tráficoiledrogas. A sentença foi anunciadano dia 6 de novembro de 1987. Deacordo com o flagrante número228, de 11 de julho de 1983, o X-9foi preso por agentes do 1" DistritoPolicial de Diadema.

Arquivo secreto em exibição

¦ Museu de Belas

Artes mostra 200

fotos do DopsMARCELO MOREIRA

Che Guevara, quem diria,

na hora do sufoco refres-cava a garganta com uma Coca-Cola geladinha. Pelo menos é oque revela uma das fotos que atépouco tempo eram secretas e fa-ziam parte do arquivo do De-parlamento de Ordem Política eSocial (Dops). Esta e outras fo-tos vão estar na exposição mon-tada pelo Arquivo Público Esta-dual para comemorar o primeiro

- -ano em que o acervo deixou osporões da Polícia Federal e foiaberto ao público e a pesquisa-dores, em Niterói.

[ J? A exposição — com 200 fotose documentos sigilosos produzi-dos, apreendidos e recebidos pe-|o Dops nos seus 50 anos de

h existência — se chamará De ad-versaria político a inimigo da na-ção: a lógica da desconfiança.1930 a I9S3. A abertura será nopróximo dia 23, no Museu Na-cional de Belas Artes, no Cen-tro. A entrada será franca.

Vídeos — Do dia 24 a 26vão acontecer um seminário, olançamento da revista Dops, a''" lógica da desconfiança e a exibi-ção de três vídeos sobre a dita-dura. Um deles, Corpo em delito,' 'de Nuno César Abreu, conta odrama dos médicos-legistas,

"-obrigados a necropsiar os perse-• -guidos políticos assassinados. Ofilme é estrelado por LimaDuarte e Regina Dourado.

Segundo o coordenador depesquisa e informação do Arqui-lU,vo Público, Henrique Samet, afoto de Guevara foi tirada pro-"'vavelmente no Brasil, quando" ele recebeu do presidente Jânio

«...Quadros, em 1961, a Ordem do'...Cruzeiro do Sul. Entre as fotos

que serão expostas está a do lí-lM4er comunista Luís Carlos Pres-

tes, e outra de seu cão, o pastoralemão Príncipe que, em 1936,u ?oi usado pela polícia de Filinto

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Prestes escondido numa casa nosubúrbio de Cachambi.

A diretora Eliana Furtado es-,pera com o evento conseguir di-

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Num flagrante agora nada secreto, Che Guevara <

Bandidos assassinam

2 motoristas de táxi

Dois motoristas de táxi foramassassinados no final da noite deanteontem. Wiliam Jório Martins,de 32 anos, foi morto com um tirona nuca em um matagal da RuaPrefeito João Felipe, em SantaTeresa, por volta de 23h, após terseu táxi Chevette de placa TN0317 roubado por três homens.Pouco depois, o veículo foi aban-donado em frente ao número 331da Rua das Laranjeiras, por faltade combustível. Os criminosos fu-giram e o caso foi registrado na TDP (Santa Tereza).

O outro taxista foi Carlos Ma-noel de Castro Manta, assassina-do com quatro tiros na cabeça naRua Ismael da Rocha, em Ramos,

por volta de 23h30. Seu corpo foiencontrado por policiais do 22°BPM (Benfica) ao lado do táxiChevette placa TQ 3389. A 21aDP(Bonsucesso) registrou o caso.

O presidente do sindicato dostaxistas do Rio, Wilson Cunhados Santos, estima que entre 30 e40 motoristas de táxi tenham sidoassassinados este ano na cidade.No Rio trabalham cerca de 23 milmotoristas e, segundo ele, a áreamais perigosa fica entre Santa Te-reza e Méier. Wilson pede que apolícia faça batidas diariamentepara diminuir o número de assai-tos que, segundo ele, aumentamnos meses próximos ao Natal.

Pai de Rohson Caetano

é assassinado a facadasO biscateiro Jardel Caetano da

Silva, de 52 anos, pai do corredorRobson Caetano, recordista sul-americano de 100 metros rasos,foi assassinado ontem à tarde comuma facada no peito por um bis-cateiro na Rua Barão de Itapagi-pe, no Rio Comprido. Testemu-nhas afirmam que Jardel brigoupor causa de bebida. Separado damãe de Robson desde que o atletaera criança, Jardel morava sozi-nho em uma casa no Morro do

Turano, também no Rio Compri-do. Ele casou-se com Jacira, mo-radora do Turano, com quem tevequatro filhos — três meninas e ummenino — de quem também seseparou.

Há cinco anos, Robson Caeta-no não vê seu pai, segundo osvizinhos. Nenhuma testemunha seapresentou á 18a DP (Praça daBandeira) e o corredor não foilocalizado até a noite de ontem.

Processo de

Larangeira

chega à AlerjO presidente da Assembléia Le-

gisiativa, deputado José Nader(sem partido), recebeu de dois ofi-ciais do Tribunal de Justiça o oficiodo desembargador do Órgão Espe-ciai Newton Doreste Baptista pe-dindo licença para processar o de-putado Emir Larangeira (sempartido) por crime de formação dequadrilha. Junto foram entreguesos oito volumes do inquérito daPolícia Civil que originou o pedidoda denúncia de mais 70 pessoaspelo mesmo crime do qual é acusa-do o deputado. A denúncia foi feitaa partir do depoimento do X-9 IvanCustódio Barbosa de Lima, princi-pai testemunha sobre a chacina deVigário Geral.

O envolvimento do deputadoLarangeira, ex-comandante do 9"BPM (Rocha Miranda) e acusadode liderar o grupo de extermínioCavalos Corredores, deu início auma polêmica na Alerj. José Nader— que já se manifestou contra opedido — disse que vai ler todo oinquérito e encaminhá-lo à comis-são de justiça da Assembléia. De-pois disso, o pedido é encaminhadoao plenário. Vários deputados dogrupo ético, composto por 18 parla-mentares de partidos da oposição,acusaram Nader de querer deixar avotação para o ano que vem, depoisdo recesso dos deputados.

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Tradug:So e AdaptagSo FLAVIO MARINHO

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22 • quinta-feira, 11/11/93 CIDADE JORNAL DO BRASIL

TEMPO REGISTRO

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O Rio tem mais um dia de sol e calor. Segundo o Instituto Nacional de

Meteorologia, o eleito da circulação marítima ainda pode trazer umpouco de nebulosidade para o continente, principalmente pela manhã. Atorrnação de uma (rente Iria no sul do pais pode provocar aumento detemperatura no estado nos próximos dias, embora ainda não esteja previstamudança nas condições do tempo. Para hoje, a variação é de de 17 a 28 grausnas serras, do 24 a 29 graus na Região dos Lagos e de 18 a 29 graus nacapital. Taxa de umidade relativa do ar em torno de 70%.

AMERICA DO SULnasconto 06h23minpounto 19h11min

nascente 03h54minpoonte 16h55min

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Fotos: Inpo

13 ?Nova Crascants15 a 22/10 22 a 30/10

??Chaia Minguanta30/10 a 7/11 7 a 13/11

Fonto: ObsorvatórioNacionalONDAS

A previsão da Marinhapara hoje na orla do Rio 6de cóu nublado com pan-codas do chuva, passan-do a parcialmento nubla-do. Os ventos passam donordosto a norto, com vo-locidado de 10 a 15 nós.Mar do nordeste com on-das do 1m a 1.5m, om in-torvalos de 4 a 5 sogun-dos. A visibilidade variade 10km a 20km. Em Nite-rói. temperatura da águaom torno do 23 graus.

Motoosat • 21h (09/10) A formação do uma Ironto Iria hoiono sul do pais podo mudar as condiçõos do tempo na regiAo.provocando chuvas no Rio Orando do Sul o Santa Catarina NoSudeste, o tempo fica nublado com chuvas no Espirito Santo e emalgumas áreas do Minas Gerais. Pode chover ú tarde em SãoPaulo

proamar02h06min 1.0m14h24min 1.0m

baixamar08h58min 0.3m20h45min 0.2m

Manga rati ba PropriaGrumau PtopriaRecreio PropriaBarra PropriaPepino PropriaSaoConrado PropriaLeWon ImprbpriaIpanema PropriaCopacabana PropriaLfime PropriaUrea ImpropnaIcarai ImpropnaPiralininga PropriaItaipu PropriaItacoatiara PropriaManca PropriaItauna PropriaJacone PropriaAraruama ImpropnaCaboFrio PropriaArraial do Cabo PropriaBu;ios PropriaRio das Ostras PropriaFonts: Fundatfo Estadual do MeioAmbionto (Boletim do 29110193)

Motoosat -15h (10/11) Podem ocorrer chuvas ocasionaisna maioria dos estados do Norte e no litoral nordestino No Centro-Oeste, hâ previsão de pancadas de chuvas no Mato Grosso e. atarde, nos demais estados. Temperaturas. 12" a 35" Sul; 15" a 33"Sudeste. 19° a 37° Centro-Oeste; 17° a 37° Nordeste e 20" a 35°Norte.CAPITAIS

Presidenta Dutra (BR 11O)Serviços de conservação doKm t63 oo Km 251 e nos Kms264, 275, 314 e 316. Obras naponte sobro o rio da Prata, nokfifl74. Meio pista no Km 225(6P-RJ) e no Km 311. ambos ossentidos. Obras no acostamen-to nos Kms 243 (RJ-SP) e noKffl 298 (SP-RJ). Pintura doRio- Juiz da Fora (BR 040)Meia pista no Kms 75 e 82 (JF-RJ) o no Km 97 (RJ-JF). Faixadâ"direlta interditada do Km 86áb*Km 88 (JF-RJ). Desvio noMa- Santos (BR 101)Obras no Km 34. Pista com on-dulaçôes no Km 35. Meia pistano Km 63 (Santos-Rio). Trânsitopor variante pavimentada entreo.. Km 80 e o Km 92, próximo aAngra dos Reis.Rio - Campos (BR 101)Trânsito nprmaj.Rio - Taraaópolla (BR 110)Obras no acostamento do Km93.Nltaroi - Raçlfio doa Lagoa(RJ lOO)Obras do construção do cantoi-ro central o dos acostamentosno Km 5.Itaboral - Friburgo (RJ 110)Obras no acostamento entroPapucaia e Japuiba. Recapea- ^mento do Km 30 ao Km 32Pista com passagem para umsó yeieulo. em MacucoFontai DNER! DER.

Cidodo Condi^fos max min Cidade Condk?dca max minPorto Velho s/dados Salvador nub/chuvas 31 ?0RioBranco par/nublado - Cuiab.1 s/dadosManaus nub/chuvas - Campo Grande par/nublado 30 20Boa Vista nub'chuvas - GoiSma s/dadosBelem nub/chuvas 33 22 Brasilia claro 31 19Macapa par/nublado - Belo Horizonto nub/chuvas 24 18Palmas par/nublado - Vitoria nub/chuvas 27 22SaoLuiz par/nublado 33 23 Sao Paulo par/nublado 23 16Torosina par/nublado - - Curitiba par/nublado 28 14Foitaleza nublado - - Florianopoiis nublado 33 18Natal nublado - - Porto Alegre nublado 34 15J°a° ~ Devido a problcmas tocnicos no INMET.^I,c. ,^.'^0 2.2 cm Brasilia, nio loram divulgadas as

provisoes do tempo e temperaturas em^!H 21....?! algumas capitals do paisMUNDO

Cidade Cwdn^ rw min Cidade Condipoes max minAmsterdS chuvas 11 07 Mexico nublado ' 24 i*iAtenas nublado 22 15 Miami chuvas ^ 28 26Barcelona claro 18 07 Montevid&u claro 31 19Berlim nublado 07 02 Moscou claro -09 -16Bruxelas chuvas 10 06 Novalorquo nublado 11 05Buenos Aires claro 31 20 Paris chuvas 12 10Chicago nublado 12 -04 Roma chuvas 19 13Frankfurt nublado 08 04 Santiago claro 27 12Johanesburgo claro 27 13 Sao Francisco nublado 17 12Lima claro 20 16 Sydney claro 19 14Lisboa claro 20 11 Toquio claro 16 11Londres chuvas 13 09 Toronto claro 10 -03Los; Angeles nublado 26 14 Viena claro 07 04Madri claro 17 07 Washington claro 12 01

Galoao j if?.®^.° ^9.?Santos Dumonj Tempo bom. Visibilidado boaCumbica (SP) Tompo bqnr N6yqa pela manhaCongonhas (SP) Tempo bom. N6voa pola manhaViracopos (SP) Te.m.RR ?!?m; Visibilidado boa.Conlins(BH) .I?.!nP.9.l}.9n];.y.'.?!.^!!l^3.^?..^.9.?.Brasilia Tempo bom. Trovoadas a tarde.Manaus Par/nublado. Possiveis chuvasFortaloza .7.?™?°HI; y.'Sibilidado boa.Recife Tempo bom. Visibilidado boaSalvador Tempo bom. Visibilidado boaCuritiba Tempo bom Nevoa pela manhaPorto Alegre Tempo bom. Visibilidado boaFonto: Tasa

NATURALINA SOARES CORDEIROMISSA DE 7° DIA

tGil

e Therezinha. filhos, genros e netos, José Marm e Suely,sobrinhos e demais parentes, convidam para ;i Missa de 7U Dia desua querida mãe. sogra, avó. bisavó e tia NATURALINA que seiácelebrada 6 1 - feira as 1 1:00hs do dia 12/11 na Igreja de S.

Francisco de Paula, no Largo de S, Francisco

MARIA HELENA BORGES GREB0T

t

MISSA DE 7• DIASua família agradece as manifestações de carinho e pesar econvida para a Missa que será realizada Hoje, às 19:00 horasna Igreja da Ressurreição, Rua Francisco Otaviano - Posto 6.

NELSON PEREIRA BORGES(MISSA DE 7- DIA)

tSua

esposa Cecília, filhos, genro, nora, netos ebisnetos comunicam seu falecimento e convi-dam para a Missa de 7o Dia, às 1 8:30 horas dodia 12/11/93, 6a-feira, na Paróquia de Santa

Mônica, à Rua José Linhares, 88 - Leblon.

MANOEL DARCY

LOUREIRO DE FREITASMISSA DE 7° DIA

Tuska, Sueli (filhas), Marcelo, Daniela, Alessandra e Isa-bela (netos) convidam para a Missa de 7o Dia, a realizar-se no dia 12/11/93, sexta-feira, às 18:00 horas na IgrejaSanta Margarida Maria — Fonte da Saudade — Lagoa.

JOÃO MARCOS DIAS

CAPITÃO DE MAR E GUERRA REF.

(COMTE MARCOS DIAS)

t

Gloria, Eduardo, Tania e filhos, Cláudio, Ma-ria Ignez e filhos, Maria Regina e filhos con-vidam para a Missa de 7° Dia em homena-

gem a seu adorado JOÃO MARCOS arealizar-se no dia 1 2 de novembro às 18:30 naIgreja São José da Lagoa. Agradecemos o com-parecimento e o carinho de familiares e amigos.

^Hp-:HBS • >'

Divulgada: a capa da revistaVcinity Foir de dezembro, na qual aatriz americana Demi Moore (foto),aparecerá pela primeira vez vestida.Ela já havia posado duas vezes paraa publicação, porém, despida.Moore, que fotografara grávida ecom o corpo pintado, aparece ago-ra enrolada num enorme laçarotevermelho de Natal, sentada no colodo comediante David Lctterman.caracterizado de Papai Noel. Narevista, a atriz — grávida do tercei-ro filho — nega uma crise em seucasamento com o ator Bruce Willis.

Morreu: o desenhista uruguaio-argentino Alberto Breccia, aos 74anos, de câncer, no Hospital Fran-cês de Buenos Aires. Considerado opai do fantástico, Breccia fez váriasadaptações de obras literárias parahistórias em quadrinhos. Amigo deErnesto Sábato, Jorge Luis Borges*"e Umberto teco. expunha com l're-Zqüência na Europa.

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HEBER CARNEIRO JARDBMllka G.G. Jardim e família convidam para Missa de 30" Diapela alma de seu INESQUECÍVEL HEBER amanhã, dia 12/11às 18:30hs. na Igreja de Sta. Cruz, à Rua Siqueira Campos143/3" Piso - Shoping Center de Copacabana.

LUIS PETTIN

(MISSA DE 7° DIA)

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Maria Helena e família agradecem as ma-nifestações de pesar e convidam para a

missa de seu inesquecível LUIS a realizar-seHOJE (Quinta-feira), às 12 horas, na Igrejade Nossa Senhora do Carmo - Centro.

JORNAL DO BRASIL

PREÇOS PARA AVISOSRELIGIOSOS E FÚNEBRES

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5,1 cm 3 cm 14.139,00 19.446,00 HI T mi 7 cm 65.982,00 90.748,005,1cm 4 cm 16.852,00 25.928,00 IU 7 tin aim 75.4011,00 103.712,005,1cm 5 cm 23.565,00 32.410,00 HUcm -lim 56.556,00 77.784,00

10,7 cm 3 cm 28.278,00 38.892,00 lb. i tm 5 un 70.695,00 97.230,0010,7 cm -Idii 37.704,00 51.856,00 Id. km Dim 84.834,00 116.676,00111,7cm 5cm 47.130,00 64.820,00 16 km 71m 98.973,00 136.122,0010,7 cm 6 cm 54.556,00 77.784,00

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Pedido: pela atrizGiulictta Masina (fo-to), de 73 anos, res-peito

"à profunda

dor" e a seu silêncio,através de mensagemdivulgada por sua ir-mã. A viúva do ci-neasta Fcdcrico Fclli-ni, que morreu noúltimo dia 31, foi in-ternada anteontem naClínica Columbus, emRoma. Ela já havia si-do hospitalizada

quando o marido so-freu um derrame e de-verá permanecer emrepouso por pelo me-nos duas semanas. Oprofessor Paolo Polo,que dirige o setor deAngiologia da clínica,disse que ela "exage-rou no fumo e se ali-mentou muito maldurante a enfermida-de de Fellini. mas de-ve recuperar-se breve-mente".

Confflrmadata estréia no teatrode Luíza Brunet(foto). A modelo eempresária, queiniciou a carreirade atriz na televi-são, pisará numpalco pela primeiravez interpretandoum dos papéisprincipais da peçaLisistrata, do gre-go Aristófanes, aolado de DesiréeVignoli, Ana MariaNascimento Silva eRosa Maria Murti-nho. Luís FernandoVeríssimo está fa-zendo a adaptaçãodo texto, enquantoTom Jobim se dc-bruça sobre as par-tituras. A data e olocal da estréiaainda não foramdefinidos.

Revelada: a verdadeiraconstituição física do sedu-tor vampiro Lesteit — perso-nagem da escritora Annc Ri-ce no livro Entrevista com ovampiro, que será levado aocinema com Tom Cruise nopapel principal. Os leitoresencontrarão um vampirolouro, bonitão, de 1,80 me-tro de altura e cabelos lon-gos nas páginas do próximolivro de Anne Rice com omesmo personagem, A liis-tória do ladrão de corpos,uma continuação do roman-ce, que a Editora Rocco lan-ça no final do mês. Ou seja,nada a ver com o bonito,porém nanico, Tom Cruise.

Confiscadas: caixas de foto-grafias e objetos pessoais, pela poli-cia de Los Angeles, na casa do can-tor Michael Jackson (foto) ondemoram seus pais. A apreensão fazparte das investigações sobre as de-núncias de que o cantor teria mo-lestado sexualmente um menino de13 anos. Segundo fontes próximas áfamília, a revista foi feita na segun-da-feira, quando Jackson estava no

México com aturnê mundialdo show Dange-rous. O ranchode Santa YnezValley, onde elemora, foi revis-tado 110 iniciodas investiga-

infantil Cafutc & Pena de Prata, dia20, no Teatro Gonzaguinha. O tex-to é uma adaptação de Jorge Ruypara o livro homônimo.

Milton Nascimento (foto) estréiahoje, no Scala 1, o show Angellus,para lançar seu novo LP. Tom Jo-bim é presença esperada na platéia.

Neste fim de semana, o Hotel doFrade, cm Angra dos Reis, estaráinaugurando novas quadras de pad-dle, com o Io Torneio de Paddle. Otenista Carlos Alberto Kirmayr jáconfirmou participação.

Os músicos Amaury Tristão, Fer-nando Leporaee e José Renato Filho— vencedores, com o Grupo Mani-festo, do 11 Festival Internacionald;i Canção, em 1967. com a músicaMargarida, de Gutembcrg Guarahi-

ra — são as atrações do show que oShopping Vilarejo, em I taipava.promove no dia 20, às 201i.

W ilson Vieira dos Santos, repre-sentando a Organização Interna-cional do Trabalho e Odeil Gragew.da Fundação Abrinq para os Direi-tos da Criança, discutirão soluçõespara acabar com a exploração damão-de-obra infantil hoje, às2()h30. no Centro Cultural Bancodo Brasil, após exibição do vídeoProfissão: criança, de Sandra Wer-neek, que participará do debate.

O jornalista Liticrc Oliviere nu-tografa hoje, às l%3(). no ClubePiraquê. seu livro Operação Agnila.que aborda a Guerra do Golfo emforma de romance policial, mistu-rando realidade e ficção.

O Grupo Tápias estréia hoje. noTeatro Ziembinski, o musical dejazz Elton Jolw — coletânea e ceie-hraçào, dirigido por Gisele Tápias.O espetáculo intercala a narrativade fatos com trechos de entrevistase coreografias das músicas mais co-nhecidas do astro pop.

Será inaugurada hoje, às 18h30,no Museu de Arte Moderna, a es-posição Colaborações: artistas e im-pressores, com 49 litogravuras de 28artistas.

No dia 13, às 19h3ü, o tenorPaulo Queiroz e o pianista e niacs-tro Larry Fountain apresentarão,no Museu Imperial, em Petrópolis,árias de óperas e canções de câmara

de Haendel, Mozart, Tchaikovsky eBizet.• O Grupo Cambalhota faz umahomenagem à escritora Rachel dcQueiroz — que aniversaria no dia17 — durante a estréia da peça

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Page 30: JOBNAL DO BRASIL í£ JORNAL DO BRASIL S A 1993 RIO ...

JORNAL DO HRASILESPORTES quinta-feira, I l/l 1/93 • 23

Brasileiras são

*¦0»VÔLEIDE PRAIA

ROBERTO BASCCI IF.RASÃO PAULO —

Com a presença de16 duplas, de dezpaíses, começa ho-je. na Praia doGonzaga, em San-los. o 2° Mundialfeminino de vôleide praia. O torneiodistribuirá USS 50mil em prêmios, sendo que a duplacampeã levará USS 11 mil. As bra-sileiras Isabel/Roseli e Mônica/A-driana são favoritas, ao lado dasnorte-americanas Karolyn Kirby/Liz Masakayan c Barbra Fontana/Lori Rotas.

As duplas Mônica/Adriana (ca-beça-de-chave número 1). Karolyn/Liz (2). Isabel/Roseli (3) e as aus-tralianas Anita Palm/Natalic Cook(4) lideram os grupos de quatro

duplas cada, que jogarão no siste-ma de eliminatória dupla em parti-das de um set de 15 pontos. Apenasquatro duplas passarão à semifinal,sábado. A final está marcada paradomingo, cm melhor de três sets de12 pontos.

Depois do vice-campeonato noI" Mundial, em fevereiro, no Rio,Mônica/Adriana Samuel (irmã deTande) são consideradas favoritasaté pelas adversárias. "Procuramosnão criar muita ansiedade em rela-ção a este Mundial porque a com-petição promete ser muito difícil",afirma Adriana. Em pouco mais deum ano e meio de dedicação aovôlei de praia. Adriana já conquis-tou os títulos de campeã brasileira,sul-americana e do World Games,além do vice-campeonato mundial.

>Ç*?\Y§

AS 16 DUPLAS

•v. Arte/JB

if smtmrnxwiAnila Palm/Natalie Cook (Austrália)Isabel/Roseli (Brasil)Mónica/Adriana Samuel (Brasil)Magda/Adriana Behar (Brasil)Karirm/Sandra Pires (Brasil)Sheila/Sandra Moraes (Brasil)Patricia Lopez/Cecllia Fillol (Chile)Lazara Gonzalez/Mayra Ferrer (Cuba)Karolyn Kirby/Liz Masakayan (EUA)Barbra Fontana/Lori Kotas (EUA)Simone Kooy/Claire Peterson (Holanda)Heleen Crielaard/Liliane Crielaard (Holanda)Audrey Cooper/Amanda Glover (Inglaterra)Maya Hashimoto/Ryoko Kirinoe (Japão)Laura Amaral/Velia Eguiluz (México)Loigh Cockerill/Claire Stewart (Nova Zelândia)

Weber exibe na NBA

talento universitário

NOVA IORQUE. EUA — Em SCUprimeiro ano como profissionalna NBA. o ala-pivò Chris We-ber, considerado o melhor joga-dor universitário da última tem-porada, está comprovando tudoo que falam a seu respeito. Ape-sar da derrota de sua equipe, oGoldcn State Warriors para oHouston Rockets por 102 a 93,terça-feira. Weber teve umagrande atuação, marcando 15pontos e conseguindo 7 rebotes,justificando os USS 70 milhõesque receberá por dez anos decontrato. Apesar da presença deWeber, o grande destaque dapartida foi o pivô Hakeem Ola-juwon, de Houston, ccstinha dapartida com 32 pontos.

Em Orlando, o time do Or-lando Magic realizou um antigosonho, conseguindo pela primei-ra vez em sua história vencer trêspartidas consecutivas no começo

de uma temporada. A última vi-tima foi o Indiana Pacers, derro-tado por 104 a 98, com mais umagrande atuação do pivô Shaquil-le 0'Neal, marcando 39 pontos cconquistando 9 rebotes. O arma-dor Scott Skilcs, com 18 pontos,lbi outro jogador fundamentalna façanha do Orlando Magic.cncestando quatro bolas de trêspontos nos momentos mais equi-librados da partida.

Em Nova Iorque, o grandefavorito ao título, o New YorkKnicks, confirmou sua forçaderrotando o Philadclphia 76erspor 95 a 86, mantendo a lideran-ça na Divisão do Atlântico. Ou-tros resultados: Cleveland Cava-liers 113 x 108 Charlote Horncts,Washington Bullcts 118 x 112Detroit Pistons, New Jersey 86 x80 Dallas Mavcricks e San Anto-nio Spurs 110 x 95 MinnesotaTimberwolves.

MAS//

Lessa — 20/12/91

É

iMfflÉ

Nalbert é convocado para

a seleção de ouro

Sem Tande, com problemas de saúde, Zé Roberto dá a primeira chance entre os adultos a um dos destaques da eauioe iuvenilSÃO PAULO - A geração que Em 1991, Nalbert passou de um uipc juvenilconquistou o título mundial juvenil ilustre desconhecido a melhor joga-de vôlei, na Argentina, em agosto,começa a ganhar sua chance na

-seleção adulta campeã olímpica.Sem poder contar com Tande, queenfrenta problemas de saúde, o téc-nico José Roberto Guimarães con-vocou ontem, para a Copa dosCampeões, o atacante Nalbert, de19anose l,95m.

Carioca, revelado pelo Flamen-go e atualmente jogando no Fiat/Minas, Nalbert Bitencourt vinhasendo observado pelo técnico daseleção brasileira adulta desde quefoi eleito o melhor jogador doMundial infanto-juvenil há doisanos, em Portugal.

Como a Copa dos Campeões, noJapão, será uma competição rápidae desgastante — cinco jogos cm seisdias. a partir do dia 23 —, Nalbertdeverá ganhar uma chance na equi-pe titular. "O Nalbert tem as carac-teristicas que estamos precisandopara a posição: tem espírito de luta,passa e ataca bem, como Tande.Estamos com uma expectativa mui-to positiva cm relação a ele", elogiao técnico José Roberto Guimarães,que entrou em contato com o atletaontem por telefone, de seu sítio, emBarucri. A delegação viaja domin-go para o Japão.

Carreira rápida — Na car-reira do jovem atleta tudo sempreaconteceu de forma muito rápida.

dor do mundo num piscar de olhos,logo cm sua primeira participaçãona seleção. Foi apenas quando sou-be de sua convocação para a equipeque disputaria o Mundial infanto-juvenil, em Portugal, que Nalbertresolveu encarar o vôlei como umaprofissão e não apenas como diver-são. Terminou o segundo grau, masacabou desistindo de fazer o vesti-bular, preferindo ir ao Mundial,onde se consagraria como um dosfuturos craques do vôlei nacional.

Muito sensível, Nalbert semprese emocionava com as façanhas queconseguia. Chorou muito após aju-dar o Brasil a conquistar o bicam-peonato, na vitória de 3 a 1 sobre aUnião Soviética e mais ainda quan-do soube que tinha sido eleito omelhor jogador da categoria. Aindaem Portugal, recusou uma bolsa deestudos na Universidade de Utah,nos Estados Unidos, alegando queainda era cedo para sair do pais eque para chegar à seleção adultateria que permanecer mais algumtempo jogando no Brasil.

Em sua volta, Nalbert tinha pia-nos de continuar jogando pelo Fia-mengo, mas pelo atraso no paga-mento de sua ajuda de custo, acei-tou o convite do Fiat Minas, ondese juntou a vários outros jogadorescampeões infanto-juvenis. Eleito o melhor jogador do Mundial infanto-juvenil há dois anos, Nalbert é uma das esperanças do técnico Zé Roberto na Copa dos Campeões

mais vitoriosas do volei de praia, a favorita do torncio

as favoritas no vôlei de praia«... , ... Marcelo Theobald —18/04/93 JL

iXWtó: •, ímSKVX. " .vav>S"*VV">' • .- fii -f •• '•?A dupla Mônica/Adriana c das mais vitoriosas do vôlei de praia, sendo considerada a favorita do torneio

Mônica fala em

condições iguaisAs brasileiras não gostaram de

saber que as atletas norte-ameri-canas criticaram o piso duro daPraia do Gonzaga, afirmando queaquelas que atuam em quadraslevarão vantagem no Mundial. Naopinião de Mônica, companheirade Adriana, "as condições dapraia serão iguais para todo mun-do e as brasileiras também estãoacostumadas a jogar na areia fofase for preciso". Anteontem, aochegar a São Paulo, as jogadorasdos Estados Unidos chegaram adizer que

"precisariam jogar de

tênis" no Gonzaga.A maturidade adquirida du-

rante a disputa de 10 etapas doBanco do Brasil Open e do WorldGames, na Holanda, deverá pesarem favor das brasileiras Mônica/Adriana, que esperam um desem-penho melhor em relação à finaldo Io Mundial, em fevereiro. "Pe-lo menos em termos técnicos de-veremos fazer um papel bem me-lhor", acredita Mônica. Emfevereiro, a dupla brasileira, vice-campeã, chegou a vencer as norte-americanas Liz Masakayan e Lin-da Carrillo.

O Brasil estará representadopor seis duplas no Mundial. Alémde Adriana Samuel/Mônica, par-ticiparão Isabel/Roseli, Magda/Adriana Behar, Karina/SandraPires, Sheila/Sandra Moraes eCláudia/Gerusa. A dupla Cláu-dia/Gerusa foi convidada com adesistência das chilenas PatríciaEcheverria e Cecília Haggstrom,que estão disputando o campeo-nato indoor do Chile.

Em busca de um recorde

¦ Tempo é maior

ultramaratona

de Valmir Nunes

SÃO PAULO — O ultrama-

ratonista de Santos. ValmirNunes, campeão mundial damodalidade em 91, será a grandeatração da prova de lOOkm. queserá disputada dia 21 na CidadeUniversitária da USP. Sem ad-versários de seu nível na prova,Valmir correrá com o objetivode quebrar o recorde mundial dadistância para provas de rua(6h20m59), pertencente ao russoAlexander Masaringuin.

Vencedor da Ultramaratonade Nova Iorque em fevereiro,Valmir tem como melhor marcao tempo de 6h27m20, estabeleci-do ano passado em Cantabria,na Espanha. "Não estou emcondições de prometer recorde,mas como vou correr em casapretendo fazer uma grande cor-

Na vitória de Madri, Valmir bateu o recorde do russo San talou

rida", afirma o atleta, patrocina-do por um cemitério vertical deSantos.

A marca de 6h27m20 foi aquarta melhor do mundo anopassado. Desde que começou acorrer os lOOkm, há três anos,

Valmir já disputou 14 provas evenceu 11, sendo oito no exte-rior. Das 14 corridas, Valmir, de29 anos, só não chegou ao finalde duas competições e, por isso,é um dos quatro melhores atle-tas do mundo na atualidade.

Schumacher

é operado

nos joelhos

1'RANK-FURT, ALE-MANHA —O piloto deFórmula 1M i chae 1S c h u m a -c h er fo ioperadoontem deuma infla-mação nosdois joe-lhos. Segundo um porta-voz doHospital Spezialklinik, de Frank-furt, a cirurgia foi necessária pelodesgaste do excesso de trabalho.O representante de Schumacher,Willi Weber, garantiu que a ope-ração de duas horas "transcorreusem qualquer problema".

O piloto alemão permanecerátrês semanas em recuperação cpoderá voltar aos treinamentosem dezembro.

I

LC

Page 31: JOBNAL DO BRASIL í£ JORNAL DO BRASIL S A 1993 RIO ...

24 • quinta-feira. 11/11 93 ESPORTES JORNAL ÍX) BRASIL

'Futebol-arte'

volta ao São Cristóvão

¦ Dupla de

atores vai

dirigir o time

Para quem acha que está fal-

tando arte no futebol cario-ca. o São Cristóvão apresentouuma grande surpresa. Assumiramontem o comando técnico daequipe cadete, durante um anima-do churrasco na sede do clube quedisputará a segunda divisão doCampeonato Estadual, os atoresRomeu Evaristo e Nuno LealMaia. "É como se tivéssemos umelenco de artistas para ensaiar umespetáculo", arrisca Nuno. con-fesso apaixonado pelo futebol.Ambos garantem que o jogadorde hoje está dando atenção exage-rada aos exercícios de muscula-çào.

"Vamos desmuscular umpouco e deixar o corpo deles maiselástico", explica Nuno. que jáinterpretou jogadores de futebolem novelas de TV.

Para assumir a direção técnicado time, Romeu — que ficou la-moso na TV interpretando o Sacido Sítio do Pica-pau Amarelo —garante que. por não terem expe-riência anterior como treinadoresprofissionais, ele e o amigo tive-ram algumas dificuldades paraconvencer os dirigentes. Os atoresentregaram ao diretor de futeboldo clube. Carlos Alberto Bris, umprojeto orçado em USS 10 mil. doqual constam, além dos custos,todos os objetivos pretendidos pe-los dois artistas. Mesmo um pou-co temeroso, o diretor aceitou.Romeu explica por que decidiraminvestir nessa nova aventura:"Até hoje sei matar uma bola co-

mo o Pelé. O jogador de futebolprecisa treinar como se estivesseinterpretando um personagem. Éisso que vamos fazer", justifica ovex-saci,

que pelo visto só era per-neta na TV, tendo jogado inclusi-ve, no dente-de-leite do América,em 68.

Da verba pretendida, os novostécnicos já conseguiram cerca deUSS 6 mil com a firma Lahja,uma distribuidora de materiais delimpeza, e com a Viação Fábio's.que ficará responsável pelas via-gens da equipe. Mas, além dasinovações, o projeto prevê tam-bém atividades convencionais, co-mo treinos diários pela manhã e átarde. Nenhum dos dois atores,porém, sabe ainda se a nova car-reira irá interferir na antiga. Ro-meu começa a gravar a novelaGuerra sem fim. na TV Manchete,no mês que vem. para quandotambém estão marcadas as pri-meiras filmagens de seu persona-gem em Carlota Joaquim, filmedirigido por Carla Camurati. Nu-no também tem estréia programa-da para o próximo mês no SBT.emissora que o contratou emagosto. "Acho

que vou conseguirconciliar. Vai ser como se estives-se fazendo TV e teatro ao mesmotempo", garante o ator.

O sonho de Romeu c Nuno éantigo. Em 88, eles chegaram aenviar uma proposta para treinaro time de profissionais do Ba nau.mas receberam a direção do timede juniores como contra-propos-ta. Não aceitaram. Hoje. com apossibilidade de por em práticasuas táticas e métodos pouco or-todoxos. os dois pretendem for-mar basicamente uma equipe dejovens talentos.

Vidal dn Trindndo/O Dia

5^^? O atual técnico da seleçãobrasileira, Carlos AlbertoParreira, que também entroupara o futebol através do SãoCristóvão, foi a Figueira deMelo desejar boa sorte a NunoLeal Maia. que vai dirigir oclube cadete ao lado de RomeuEvaristo (D). A dupla deatores, que vai preparar aequipe para a segunda divisãodo Estadual de 94. quer revivero futebol-espetáculo

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NA TVGlobo12h30 — Globo EsporteManchete12h — Manchete Esportiva20h — Manchete EsportivaBandeirantes12h30 — Esporto Total13h 15 — Esporte Total Rio17h45 — Futebol: Corinthians x Cru-zeiro. Campeonato Brasileiro (VT)21h30 — Futebol: Palmeiras x San-

tos. Campeonato Brasileiro (ao vivo)CNT12h45 — Mapa da AçãoTV Rio19h50 — Record na JogadaGlobosat10h20 — Basquete Feminino12h — Automobilismo15h — Futebol Americano20h — Basquete Masculino23h — Hóquei no gelo

Maradona -'<•<«

preocupa ar

Argentina =

BUENOS AIRES — A seleçãoargentina reiniciou ontertíWitreinamentos para a segundapartida contra a Austrália, pelarepescagem das eliminatóriaspara a Copa 94, prevista para apróxima quarta-feira em BuenosAires. A maior preocupação écom o estado físico de DiegoMaradona, que sente dores nascostas."Dieguito está se recuptfáh-do. Esperamos poder contarcom ele", disse o técnico Basile,confiante, após conversar corii ?>preparador físico Ricardo Eche"rvarria.

O técnico mostrava-se espe1cialmente satisfeito pelo fato deMaradona e o zagueiro OscarRuggeri, que joga no Américatio México, terem feito as pazes,depois de um breve desentendi-mento. O Pihe de Oro disse quenão houve problema para a re-conciliação. .,ui.

Basile anunciou também queo time sofrerá algumas modiíi-cações em relação ao jogo doúltimo dia 31, disputado em Sid-nei, e que terminou com o empa-te de I a 1. Na zaga, Ruggeri,que esteve ausente na Austráliapor suspensão, ocupará a vagade Sérgio Vasquez, que passarápara o lugar de Borelli. DiegoSimeone, que também estavasuspenso, é outro que regressa'aequipe, em substituição a Medi-na Bello.

O time deve jogar com Goy-cochea. Chamot, Vasquez, Rug-geri e McAllister; Hugo Perèz,Redondo, Simeone e Maradona;Balbo e Batistutta.

Ausência — O capitão daAustrália. Paul Wade. confir-mou presença 110 jogo do próxi-1110 dia 17. Wade, que marcouMaradona em Sidnei. é o joga-dor mais importante da equipede Eddie Thomson. 0 técnico',no entanto, está preocupado,porque o zagueiro Ned Zelic, doBorussia Dortmund (Alemã-nha). sofreu uma contusão 110joelho, e estará fora da revanchede Buenos Aires. A Austrália jo-ga partida amistosa hoje, emSantiago do Chile, contra o Uni-versidad Católica.

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JORNAL DO BRASIL ESPORTESrrr

quinta-feira, I l/l 1/93 • 26

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>V//; c /I tf av/a# cscalados para a partida desta noite contra o

OanrlolGrotloPaulâoAgnaldo

BrancoJúniorJamlr

Dias 10(Carlos Miguel) Adll 11

Fabinho 7Charlos 9Técnico

Luís Follpo

Carlos GermanoPimontelTorresAlôCAsstoLeandroBernardo10 Yan

11 OlanValdirJúnior

TéonicoAlclr Portela

Local: Estádio Olímpico Hoférto: 51h Juiz:Josó Mocellin As rádios Globo (1220khz). Tupi

(1280khz) o Nacional (1130khz) transmito™ apartida

Uma partida que

não anima

¦ Vasco enfrenta o Grêmio mas só pensa no Estadual 94 e na semifinal da Copa Rio

nfirvQs mais diversos assuntos domi-naram as rodinhas de jogadores,.çpinissão técnica, cartolas e conse-loiros, ontem, em São Januário.Menos um: o jogo de hoje à noitecontra o Grêmio, em Porto Alegre.Já,sem qualquer aspiração no Bra-sileiro, o Vasco sequer se preocu-pçji em viajar na véspera, praxe nosplebes de futebol — segue hoje demanhã para a capital gaúcha. Osdirigentes só pensam dentro dos li-ijútes estaduais, tanto que defini-raro ontem que as semifinais e fi-najs da Copa Rio — que classificapaj-a a Copa do Brasil, onde o Vas-cõ já está por causa do título esta-dual — serão disputadas pelo timeprincipal do Vasco.

Para a campanha do tricampeo-nato estadual, o vice de futebol,Eurico Miranda, foi claro quanto areforços. "A chance de aconteceressa troca com o William que an-dam falando (por Ézio, do Flumi-nense) é zero. Zero. Se antes podiahaver uma hipótese, agora a possi-bilidade acabou", disse o cartola,referindo-se à informação de que oprocurador de William tentou sereunir com Alcides Antunes, dire-tor-de futebol tricolor.'{''Eurico

já definiu que os ilílicosjogadores do elenco disponíveis pa-ra. pegociações após o Brasileirosão Jorge Luís, Torres, Geovani eWilliam, cujos passes serão estipu-lados entre USS 400 mil e USS 500

mil. "Mas só por pagamento à vis-ta. Troca em hipótese alguma."

O Vasco disputará as semifinaisda Copa Rio contra o Americano(a outra será entre Flamengo e En-trerriense) nos dias 18 (em São Ja-nuário) e 21 (em Campos), e asfinais nos dias 24 e 28. Paralela-mente, o time B do clube fará amis-tosos no interior do Estado. As fé-rias dos jogadores serãoantecipadas para 2 de dezembropara que no início de janeiro todosse reapresentem e sigam para a pré-temporada (de três semanas) numacidade do interior.

Para o jogo de hoje, Alcir Porte-la definiu a escalaçâo de Bernardono lugar de França, suspenso.

Botafogo vibra com prêmio-extra

• Sem qualquer pretensão no gCampeonato Brasileiro, o Botafogo |qcabou ganhando uma enorme im- Sp.orlãncia nestes últimos dias de J,primeira fase do torneio. Adversa- frio do Flamengo na noite de ama- \8nfia, no Maracanã, o Botafogo po- |Hde. receber um prêmio-extra, vindode São Paulo, Cruzeiro e Interna-Cional, para derrotar o rubro-negro— para alegria de seus jogadores,que só receberam dois bichos porvitória até agora, por derrotaremBahia e Internacional.

"Na atual situação, qualquer di-nheiro representa muito. Eu já esta- jlva bastante motivado para enfren-lar o Flamengo e, se a oferta for ||:confirmada, ai então é que vou en- A

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trar com tudo", comemora o arti-lheiro Sinval. Embora procure ficarlonge das negociações, o técnicoCarlos Alberto Torres disse que ou-viu comentários sobre o assunto:"Eu não me meto nessa história,mas não vejo nada de anormal naoferta nessas circunstâncias".

Sem reforços orçamentários ex-ternos, a diretoria tenta encontraramistosos para cobrir a folha depagamento do final do ano — ter-ça-feira foram colocados em dia to-dos os pagamentos em atraso, sen-do que Carlos Alberto foi o únicoque não recebeu. Já estão confir-mados dois amistosos no Peru. comcota de USS 15 mil cada, segundoos dirigentes.

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1

SÉRGIO

NORONHA

Os mediadores

AFifa tem dois proble-

mas que se agravamcom a proximidade de qual-quer Copa do Mundo: a sedede alguns neófitos em alteraras regras do futebol e a quali-dade das arbitragens.

A Copa do Mundo agitaquem gosta normalmente dofutebol e tem o poder deatrair aqueles que não lhedão muita importância, ouaté praticamente o dcsconhe-cem. Gente que c ligada emoutros esportes, ou que pensaapenas na folia de depois dosjogos, começa a dar palpitestentando tornar o esportemais interessante, mais com-petitivo e com mais gols.

Existe uma santa resistên-cia quanto às mudanças, por-que, dizem, a controvérsia é agrande atração do futebol. Aarbitragem, porém, é um pa-vor eterno e, convenhamos,vem piorando dia a dia.

Agora mesmo a Fifa estárecomendando aos árbitrosrigor na punição aos joga-dores que simularem contu-sões durante os jogos daCopa do Mundo, mandandopuni-los com o cartão ama-relo. Pode parecer uma re-comendação nova. mas nãoé. A punição para quem fin-ge sofrer uma falta ou simu-la contusão sempre foi ocartão amarelo, mas raríssi-mos são os árbitros que ad-vertem os simuladores.

Ainda no passado, quan-do regulamentou a proibiçãodo uso das mãos pelo goleiro,se a bola lhe vier chutada porum companheiro de equipe, aFifa reiterou suas recomen-dações a respeito do sobre-passo. Se um goleiro der maisde quatro passos com a bolanas mãos, ou depois disso co-locá-la no chão e agarrá-la denovo, deverá ser punido comum tiro livre indireto, do lo-cal em que cometeu a falta.

Você se lembra de ter vis-

to algum goleiro ser punidopor esta falta em campeona-tos no Brasil?

Pelo mesmo caminho vai arecomendação de mostrarcartão amarelo ao jogadorque tocar a bola depois demarcada uma falta, afastan-do-a do local da infração, oua mesma punição para o jo-gador que permanecer à fren-te da bola, impedindo a co-brança da falta.

São pequenos exemplospara mostrar que as regraspodem não ser perfeitas massão boas. Os árbitros é quesão ou ruins ou covardes, epreferem ignorá-las de acor-do com suas conveniências.

?E já que falamos em arbi-

tragem, onde estão a Fede-ração e a CBF. que não rea-gem às acusações de CarlosAlberto Torres, que pela se-gunda vez levantou suspei-tas contra árbitros do Rioem particular e a arbitragemem geral?

O Botafogo já se apres-sou em dizer que as acusa-ções são pessoalmente dotécnico, e o clube não se en-volve no assunto. Falta ape-nas a reação dos ofendidos.Ou reagem ou enfiam a ca-rapuça até os tornozelos.

? _Vasco e Grêmio jogam es-ta noite, em Porto Alegre,uma partida que em nada in-fluencia o Campeonato Bra-sileiro. Nas primeiras coloca-ções já são conhecidos osclassificados do grupo, e nasúltimas não existe a ameaçado descenso, tornando o jogoabsolutamente inútil.

Nossos dirigentes real-mente sabem como fazer umcampeonato atraente.

?A vida perdeu um pouco de

graça e de brilho com a mortede meu amigo Hedyl Valle Jr.Adeus, companheiro.

Palmeiras e

Santos jogam

classificadosClassificados por antecipação,

Palmeiras e Santos prometem umgrande jogo esta noite (21h40). noParque Antártica. Como no turnoo Santos venceu por 3 a 1, o cam-peão paulista quer vingar aqueladerrota — a única do time até ago-ra no Brasileiro.

Para aumentar-ainda mais a ex-pcctativa, as duas torcidas prome-tem lotar o estádio.

Vanderlei Luxemburgo, técnicodo Palmeiras, exige a vitória e nãopretende poupar ninguém. AntônioCarlos e Cléber, que cumpriramsuspensão, e Evair, recuperado dedores lombares, voltam. Na equipesantista, que não perdeu desde quetrocou de treinador — saiu Antô-nio Lopes e entrou o ex-ponta Pepe— Ricardo Rocha pediu para jo-gar, enquanto Almir, ainda em re-cuperação, será poupado.

Copa Shell em Interlagos

Com 21 pontos de desvan-tagem para o líder Cláudio Gi-rotto. os cariocas AndrcasMattheis e Paulo Judice. atuaiscampeões da Copa Shell deMarcas e Pilotos, necessitamda vitória na penúltima etapada temporada, domingo, emInterlagos. Os treinos come-

çam amanhã, junto com a Fór-mula Ford — cujo titulo jápertence ao mineiro Christianoda Matta. Os cariocas GugaRibas e Silvio Crema, em nonono campeonato, com 33 pon-tos (30 a menos que Girotto),também ainda têm chances deserem campeões.

Pólo aquático Portugal vence

Com a apertada vitória de 5 a4 sobre o Guanabara, na últimaterça-feira à noite, em sua piscina,o Flamengo é o único invicto noCampeonato Brasileiro de póloaquático. A partida só foi defini-da nos últimos 12 segundos,quando Fernando Carsalade, quejogou seis anos na França, mar-cou o gol da vitória. Flamengo eGuanabara voltam a se enfrentarhoje, já pelo returno, às 20 horas,na piscina do Guanabara.

Portugal venceu a Estônia, on-tem, por 3 a 0, e alcançou a Itáliana primeira colocação do grupo 1das eliminatórias da Europa paraa Copa de 1994. Apesar disso,para se classificar ao Mundial osportugueses precisam da vitóriana próxima semana, sobre os ita-lianos, em Milão — o empate basta aos donos da casa. A Suiça,que está em terceiro lugar, recebea fraca Estônia e uma vitória ga-rantirá sua classificação.

CLUBE DE REGATAS DO FLAMENGO

CAMPEÃO DO MUNDOFundado em 15 de novembro de 1895

CONSELHO DELIBERATIVO

SESSÃO ORDINÁRIAFicam convocados os Senhores Membros do Conselho Deliberativo do CLUBE DEREGATAS DO FLAMENGO, para a Sessão Ordinária Solene, a realizar-ee nopróximo dia 18 de novembro de 1993, quinta-feira, no Ginásio Hélio Maurício, Sededa GAvea, A Praça Nossa Senhora Auxiliadora s/n°, às 19:30 horas em primeira e às20:00 horas em segunda e última convocação, para o fim de participarem das'homenagens que serão prestadas aos novos sócios que foram agraciados com títuloshonoríficos, aos sócios que completaram cinqüenta anos do vida associativa noFLAMENGO e aos funcionários que completaram trinta anos de relevantes serviços^prestados ao FLAMENGO.O traje obrigatório será o de passeio completo.O Livro de Presenças estará á disposição dos Senhores Conselheiros a partir das19:00 horas do dia da Sessão.

Rio de Janeiro. 8 de novembro de 1993Walter Clark

Presidente do Conselho DeliberativoUMA VEZ FLAMENGO SEMPRE FLAMENGO

BO

caderno que faz parteda cultura do país

JORNAL DO BRASIL

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II1 de Edu, Uelerson (E) joga hoje. Nci (C) fica fora dois jogos. Paulo Sérgio entra domingo

Edu faz nova experiência para

94 e testa o goleiro

Uelerson

• Encerrar de forma honrosa aparticipação no Brasileiro, combons resultados nos jogos que fal-tam. Assim, sem qualquer preten-são maior, o Fluminense faz estanoite (21h), contra o Sport, sua úl-tima partida oficial do ano em seuèstádio — domingo, no Palestrajtália, enfrenta o Palmeiras na des-pedida da competição. Edu, pen-sando em 1994, pretende fazer mais(nna experiência com um ex-junior:Uelerson, goleiro, de 21 anos.1 A entrada de Uélerson com acamisa 1, porém, não é a únicanovidade tricolor para a partida.Sem esconder sua insatisfação comò rendimento do time no jogo con-jra o Guarani, segunda-feira, quan-do foi derrotado e, ainda por cima,'íliminou o Vasco, Edu resolveu es-

calar Marcelo Barreto na lateralesquerda, substituindo Wallace, eCelinho no lugar de Serginho.

De acordo com o treinador, comas modificações o time deverá ficar"menos vulnerável na defesa". "Es-tamos cometendo falhas incríveisnaquele setor", disse Edu. Sem An-drei. suspenso, ele pode utilizar Jú-nior Mineiro. No Sport, tambémeliminado, o técnico Nereu Pinhei-ro também vai aproveitar para fa-zer alterações na equipe: o lateral-esquerdo Vado, ex-Náutico, o ca-beça-de-área Marco Antônio,ex-Treze de Campina Grande, e oapoiador Juninho, ex-junior do clu-be, devem ser escalados.

Fluminense: Uélerson, Júlio Cé-sar. Márcio, Júnior Mineiro e Mar-

l

ceio Barreto: André, Celinho, JoãoCarlos e Edinho; Ézio e Nilson.Sport: Jéfferson, Givaldo. Adriano,Chico Monte Alegre e Vado; Mar-co Antônio. Ataíde e Acácio; Mou-ra, Bizu e Zinho.

[3] Não bastasse o desânimo pelapéssima campanha que o time vemrealizando até o momento, o técnicoEdu ainda sofre com os desfalquespara escalar o Fluminense. O Tribu-nal Lspecial da CBF, em julgamentorealizado na noite de terça-feira, sus-pendeu Andrei por duas partidas.Como Andrei já cumpriu um jogo,não enfrenta o Sport esta noite. Namesma noite, o Tribunal suspendeu oroupeiro tricolor Ximbica, por 20dias. O zagueiro Luis Eduardo foicontratado ontem à noite.

Copa Rio

recomeça

na 2a feiraA fase semifinal da Copa Rio,

que define o segundo representantedo estado na Copa do Brasil de 94— o Vasco, campeão estadual, jáestá certo —, começa nesta segun-da-feira, com o Entrerriense, vice-campeão do interior, recebendo oFlamengo (campeão da capital), emTrês Rios. Serão dois cruzamentosem ida e volta, com os vencedoresdecidindo o titulo. Se o Vasco ven-cer a Copa Rio, a segunda vaga doRio de Janeiro ficará com o Flumi-nense, vice-campeão estadual. Osjogos: 15/11 — Entrerriense x Fia-mengo (Três Rios);17/11 — Vasco x Americano (SãoJanuário):18/11 — Flamengo x Entrerriense(Gávea); e21/11 — Americano x Vasco

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Page 33: JOBNAL DO BRASIL í£ JORNAL DO BRASIL S A 1993 RIO ...

JORNAL DO BRASIL ESPORTES 2' Ediçiio ii quinta-feira, I l/l 1/93 • 25

Flamengo na final da Supercopa

¦ Time vence Nacional por 3 a 0 no Centenário e garante faturamento de US$ 200 milMONTEVIDÉU — Na primeira

njpja hora, o Flamengo tomou umuifoco. Mas quando resolveu co-locar a bola no chào, para expio-rar a fragilidade do adversário,venceu como quis. E o placar de 3a 0'imposto ao Nacional, ontemem pleno Estádio Centenário, queclassificou o time para as finais daSqpercopa, acabou sendo um re-sultado justo.

O jogo sequer chegou ao fim.Foi suspenso aos 3lm do segundotempo pelo juiz argentino JuanQrlos Lostau porque os torcedo-rp$,pruguaios atiravam pedras nocampo.

Com a classificação, o Flamen-gp pode aliviar as suas finanças,pois garante uma cota minima deUSS 200 mil pelas duas partidas.ítJ O Flamengo iniciou o jogo ex-cessivamente recuado, dando es-paço ao adversário, que criou pe-1,0,, menos duas boasoportunidades. Mas atendendoaos insistentes pedidos de Júnior,o time começou a tocar a bola,passando a levar perigo. Depoisde. perder dois gols feitos, comNélio e Casagrande, o Flamengomarcoiv Marcelinho cobrou ochamado córner de mangas curtaspela esquerda, e Nélio, de peixi-nho, fez 1 a 0, aos 45m.., Veio o segundo tempo, e o ti-

me carioca manteve o ritmo. Aos6m Marcos Adriano avançou pelaesquerda, dividiu com Sere e abola sobrou para Renato concluirlivre, de cabeça. Aos lOm, Mar-quinhos lançou Nélio, que dri-blou Sere e tocou com o gol va-zio.

; ;;A partir daí a equipe passou aadministrar o resultado, exploran-do os contra-ataques. O Nacionalfez pressão, desordenado, masnão teve tempo sequer para mar-car o gol de honra. As pedras desua torcida não deixaram.

Nacional: Sere, Mendez, Ca-najs, Saravia e Pinto Saldana;Gutierrez, Larre e Olivera (Fa-bian 0'Neill); Morales, VidalGonzalez e Suarez (Pereyra). Téc-nico: Miguel Piazza. Flamengo:Cíjimar, Charles, Júnior Baiano,Rogério e Marcos Adriano; Fabi-nho, Marquinhos e Nélio (JúlioÇçsar); Marcelinho (Éder Lopes),Renato e Casagrande. Técnico:Júnior. Juiz: Juan Carlos Lostau.Cartões amarelos: Mendez, Fa-bian 0'Neill, Vidal Gonzalez eRogério. Público: cerca de 40 mil.

Renato (D), com jogadas de efeito Joi um dos principais nomes do Flamengo na vitória sobre o

Corinthians vence e vem ao

Maracanã sem sete titulares

SÃO PAULO — Diante de 27.960torcedores, o Corinthians venceu oCruzeiro por 2 a 1 ontem à noite,no Pacaembu, resultado que aca-bou beneficiando duplamente oFlamengo: além de eliminar um dosrivais flamenguistas por uma dasvagas à semifinal do Campeonato

Brasileiro, o Corinthians vai en-frentar o Flamengo, domingo, noMaracanã, sem sete jogadores: Ro-naldo, Baré, Leandro Silva, Eze-

quiel e Simão, que forçaram o ter-ceiro cartão para entrar limpos napróxima fase; e Válber e Tupãzi-nho, que foram expulsos ontem.

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Válber abriu o placar aos 21 minu-tos do primeiro tempo. O Cruzeiroempatou aos 29 minutos do segun-do, gol de Edenílson, e Rivaldo deua vitória ao Corinthians aos 45 mi-nutos da segunda etapa.

Corinthians: Ronaldo, Leandro,Baré, Embu e Elias; Zé Elias, Si-mão (Tupãzinho), Ezequiel e Vál-ber; Viola (Leto) e Rivaldo. Técni-co: Eduardo Amorim. Cruzeiro:Sérgio, Paulo Roberto, Toninho,Róbson e Nonato; Ademir, MarcoAntonio Boiadeiro e Rogério Lage(Luís Fernando); Macalé, Ronaldoc Zelào (Edenílson). Técnico: Car-los Alberto Silva. Juiz: Wilson Sou-za Mendonça, auxiliado por MariaEdilene Siqueira e Valdomiro SilvaFilho. Renda: CRS 15.616.800,00,para 27.960 pagantes.

©

SÉRGIO

NORONHA

Os mediadores

AFifa tem dois proble-

mas que se agravamcom a proximidade de qual-quer Copa do Mundo; a sedede alguns neófitos em alteraras regras do futebol e a quali-dade das arbitragens.

A Copa do Mundo agitaquem gosta normalmente dofutebol e tem o poder deatrair aqueles que não lhedão muita importância, ouaté praticamente o desconhe-cem. Gente que é ligada emoutros esportes, ou que pensaapenas na folia de depois dosjogos, começa a dar palpitestentando tornar o esportemais interessante, mais com-petitivo e com mais gols.

Existe uma santa resistên-cia quanto às mudanças, por-que, dizem, a controvérsia é agrande atração do futebol. Aarbitragem, porém, é um pa-vor eterno e, convenhamos,vem piorando dia a dia.

Agora mesmo a Fifa estárecomendando aos árbitrosrigor na punição aos joga-dores que simularem contu-soes durante os jogos daCopa do Mundo, mandandopuni-los com o cartão ama-relo. Pode parecer uma re-comendação nova, mas nãoé. A punição para quem fin-ge sofrer uma falta ou simu-la contusão sempre foi ocartão amarelo, mas raríssi-mos são os árbitros que ad-vertem os simuladores.

Ainda no passado, quan-do regulamentou a proibiçãodo uso das mãos pelo goleiro,se a bola lhe vier chutada porum companheiro de equipe, aFifa reiterou suas recomen-dações a respeito do sobre-passo. Se um goleiro der maisde quatro passos com a bolanas mãos, ou depois disso co-locá-la no chão e agarrá-la denovo, deverá ser punido comum tiro livre indireto, do lo-cal em que cometeu a falta.

Você se lembra de ter vis-

to algum goleiro ser punidopor esta falta em campeona-tos no Brasil?

Pelo mesmo caminho vai arecomendação de mostrarcartão amarelo ao jogadorque tocar a bola depois demarcada uma falta, afastan-do-a do local da infração, oua mesma punição para o jo-gador que permanecer à fren-te da bola, impedindo a co-brança da falta.

São pequenos exemplospara mostrar que as regraspodem não ser perfeitas massão boas. Os árbitros é quesão ou ruins ou covardes, epreferem ignorá-las de acor-do com suas conveniências.

?E já que falamos em arbi-

tragem, onde estão a Fede-ração e a CBF, que não rea-gem às acusações de CarlosAlberto Torres, que pela se-gunda vez levantou suspei-tas contra árbitros do Rioem particular e a arbitragemem geral?

O Botafogo já se apres-sou em dizer que as acusa-çòes são pessoalmente dotécnico, e o clube não se en-volve no assunto. Falta ape-nas a reação dos ofendidos.Ou reagem ou enfiam a ca-rapuça até os tornozelos.

?Vasco c Grêmio jogam es-

ta noite, em Porto Alegre,uma partida que em nada in-fluencia o Campeonato Bra-sileiro. Nas primeiras coloca-çòes já são conhecidos osclassificados do grupo, e nasúltimas não existe a ameaçado descenso, tornando o jogoabsolutamente inútil.

Nossos dirigentes real-mente sabem como fazer umcampeonato atraente.

?A vida perdeu um pouco de

graça e de brilho com a mortede meu amigo Hcdyl Valle Jr.Adeus, companheiro.

Nem parece

que o Vasco

joga à noite

' .Os mais diversos assuntos do-

minaram as rodinhas de jogado-rçs, ontem, em São Ja-nuário. Menos um: o jogo de ho-je, às 21h, contra o Grêmio. Jásem qualquer chance no Brasilei-ro. o Vasco segue só hoje de ma-nhà para a capital gaúcha.

\ O Vasco decidiu jogar com otime principal as semifinais daCopa Rio — que classifica para aCopa do Brasil, onde o Vasco jáestá por causa do título estadual.A diretoria já decidiu também queijão há possibilidade de troca dejogadores. Grêmio: Danrlei,Grotto, Paulão, Agnaldo e Bran-Co; Júnior, Jamir, Dias e Adil;Fabinho e Charles. Vasco: CarlosGermano, Pimentel, Torres, Alô eCássio; Leandro, Bernardo. Yan eGian; Valdir e Júnior.

Dinheiro de

fora motiva

o Botafogo

< Sem qualquer pretensão noCampeonato Brasileiro, o Botafo-go acabou ganhando uma enormeimportância nestes últimos dias.Adversário do Flamengo ama-lihã, no Maracanã, o Botafogopode receber um prêmio-extra,vindo de São Paulo e Internado-ijal, para derrotar o rubro-negro."Eu

já estava bastante motivadopara enfrentar o Flamengo e, se aoferta for confirmada, aí então éque vou entrar com tudo", come-mora o artilheiro Sinval.

| A diretoria tenta amistosos pa-r|a cobrir a folha de pagamento dofinal do ano — terça-feira foramcolocados em dia todos os paga-riientos em atraso, exceção deCjfTlos Alberto.

Mlchel Filho - 24/09/93

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No revezamento de goleiros, Uelerson (E) tem vez hoje e Nei jica jora

Fluminense faz a sua

despedida da torcida

Encerrar de forma honrosa aparticipação no Brasileiro, combons resultados nos jogos que fal-tam. Assim, sem qualquer preten-são maior, o Fluminense faz estanoite (21h), contra o Sport, sua úl-tima partida oficial do ano nas La-ranjeiras, já que domingo enfrebntao Palmeiras, no Palestra Itália.Edu, pensando em 1994, pretendefazer mais uma experiência com umex-júnior: Uélerson, goleiro, de 21anos.

A entrada de Uélerson com acamisa 1 não é a única novidade.Insatisfeito com o rendimento dotime no jogo contra o Guarani, se-gunda-feira, quando foi derrotadoe, ainda por cima, eliminou o Vas-co, Edu resolveu escalar MarceloBarreto na lateral esquerda, no lu-

gar de Wallace, e Celinho no lugarde Serginho.

De acordo com o treinador, comas modificações o time deverá ficar"menos vulnerável na defesa". "Es-tamos cometendo falhas incríveisnaquele setor", disse Edu. Sem An-drei. suspenso, ele pode utilizar Jú-nior Mineiro, já que Luís Eduardo,contratado ontem, não pode jogar.No Sport, também eliminado, otécnico Nereu Pinheiro vai aprovei-tar para fazer alterações na equipe.

Fluminense: Uélerson, Júlio Cé-sar, Márcio, Júnior Mineiro e Mar-ceio Barreto; André, Celinho, JoãoCarlos e Edinho; Ézio e Nilson.Sport: Jéfferson, Givaldo, Adriano,Chico Monte Alegre e Vado; Mar-¦ co Antônio, Ataíde e Acácio; Mou-ra, Bizu e Zinho.

Palmeiras e

Santos jogam

classificadosClassificados por antecipação,

Palmeiras e Santos prometem umgrande jogo esta noite (2lh40), noParque Antártica. Como no turnoo Santos venceu por 3 a 1, o cam-peão paulista quer vingar aqueladerrota — a única do time até ago-ra no Brasileiro.

Para aumentar ainda mais a ex-pectativa, as duas torcidas prome-tem lotar o estádio.

Vanderlei Luxemburgo, técnicodo Palmeiras, exige a vitória e nãopretende poupar ninguém. AntônioCarlos e Cléber, que cumpriramsuspensão, e Evair, recuperado dedores lombares, voltam. Na equipesantista, que não perdeu desde quetrocou de treinador — saiu Antô-nio Lopes e entrou o ex-ponta Pepe

Ricardo Rocha pediu para jo-gar, enquanto Almir, ainda em re-cuperação, será poupado.

Copa Rio

recomeça

na 2a feiraA fase semifinal da Copa Rio,

que define o segundo representantedo estado na Copa do Brasil de 94

o Vasco, campeão estadual, jáestá certo —, começa nesta segun-da-feira, com o Entrerriense, vice-campeão do interior, recebendo oFlamengo (campeão da capital), emTrês Rios. Serão dois cruzamentosem ida e volta, com os vencedoresdecidindo o título. Se o Vasco ven-cer a Copa Rio, a segunda vaga doRio de Janeiro ficará com o Flumi-nense, vice-campeão estadual. Osjogos: 15/11 — Entrerriense x Fia-mengo (Três Rios);17/11 — Vasco x Americano (SãoJanuário);18/11 — Flamengo x Entrerriense(Gávea); e21/11 — Americano x Vasco

Copa Shell em Interlagos

Com 21 pontos de desvan-tagem para o líder Cláudio Gi-rotto, os cariocas AndreasMattheis e Paulo Judice, atuaiscampeões da Copa Shell deMarcas e Pilotos, necessitamda vitória na penúltima etapada temporada, domingo, emInterlagos. Os treinos come-

çam amanhã, junto com a Fór-mula Ford — cujo título jápertence ao mineiro Christianoda Matta. Os cariocas GugaRibas e Sílvio Crema, em nonono campeonato, com 33 pon-tos (30 a menos que Girotto),também ainda têm chances deserem campeões.

Pólo aquático

Com a apertada vitória de 5 a4 sobre o Guanabara, na últimaterça-feira à noite, em sua piscina,o Flamengo é o único invicto noCampeonato Brasileiro de póloaquático. A partida só foi defini-da nos últimos 12 segundos,quando Fernando Carsalade, quejogou seis anos na França, mar-cou o gol da vitória. Flamengo eGuanabara voltam a se enfrentarhoje, já pelo returno, às 20 horas,na piscina do Guanabara.

Portugal vencePortugal venceu a Estônia, on-

tem, por 3 a 0, e alcançou a Itáliana primeira colocação do grupo 1das eliminatórias da Europa paraa Copa de 1994. Apesar disso,para se classificar ao Mundial osportugueses precisam da vitóriana próxima semana, sobre os ita-lianos, em Milão — o empate bas-ta aos donos da casa. A Suíça,que está em terceiro lugar, recebea fraca Estônia e uma vitória ga-rantirá sua classificação.

CLUBE DE REGATAS DO FLAMENGOCAMPEÃO DO MUNDOFundado em 15 de novembro de 1895

CONSELHO DELIBERATIVO

SESSÃO ORDINÁRIAFicam convocados os Senhores Membros do Conselho Deliberativo do CLUBE DEREGATAS DO FLAMENGO, para a Sessão Ordinária Solene, a realizar-se nopróximo dia 18 de novembro de 1993, quinta-feira, no Ginásio Hélio Maurício, Sededa Gávea, i Praça Nossa Senhora Auxiliadora s/n°, ás 19:30 horas em primeira e ás20:00 horas em segunda e última convocação, para o fim de participarem dashomenagens que serão prestadas aos novos sócios que foram agraciados com tituloshonoríficos, aos sócios que completaram cinqüenta anos de vida associativa noFLAMENGO e aos funcionários que completaram trinta anos de relevantes serviçosprestados ao FLAMENGO.O traje obrigatório será o de passeio completo.O Livro de Presenças estará â disposição dos Senhores Conselheiros a partir das'19:00 horas do dia da Sessão. '

Rio de Janeiro, 8 de novembro de 1993Waltar Clark

Presidente do Conselho Deliberativo 'UMA VEZ FLAMENGO SEMPRE FLAMENGO

B

O caderno que faz parteda cultura do país

JORNAL DO BRASIL

Page 34: JOBNAL DO BRASIL í£ JORNAL DO BRASIL S A 1993 RIO ...

I

Os novos

'matadores'

de Parreira f

s

Sem Bebeto e Romário, técnico aposta em

OLDEMÁRIO TOUGUINHÓComo será a seleção sem os seus

matadores'] O técnico Carlos Alber-to Parreira acha que a dupla Bebe-to e Romário iria assustar a Alemã-nha dia 17 em Colônia. No entanto,acredita que o adversário terá quetomar muito cuidado na defesa"porque vamos de Edmundo eMüller, jogadores de velocidade etalento, que fazem gols com a mes-ma regularidade que os titulares".

Parreira lamenta não poder es-calar contra a Alemanha a mesmaequipe que venceu o Uruguai por 2a 0. na llnal das eliminatórias noMaracanã. Além de Bebeto, quepediu dispensa, e Romário, que se-rá operado da vista esquerda hoje,Taffarel sentiu o tornozelo e tam-bém desfalcará o time. Ronaldo, doCoríntians, será convocado hoje epode ser o novo titular da seleção.Na vaga de Romário, entra Edil-son, do Palmeiras, mais entrosadocom Edmundo e Zinho.

Como o Flamengo é finalista daSupercopa, Gilmar será dispensadohoje. Parreira vai chamar Carlos-Germano, do Vasco da Gama.

A verdade é que Parreira está

encontrando muitas dificuldadespara definir a equipe. A comis-são técnica decidiu que se tambémo São Paulo ficar para a final daSupercopa, vai dispensar seus joga-dores. Para a vaga de Cafu, Parrei-ra chamará Luis Carlos Winck, doCorinthians e para a de Müller,Ronaldo, do Cruzeiro.

Outra preocupação é Mauro Sil-va. O jogador voltou a conversarcom Parreira sobre o seu desejo deenfrentar a Alemanha. O problemaé que a CBF não tem condições deexigir a sua liberação. O jogo emColônia é amistoso e Mauro já par-ticipou dos sete jogos que o Estatu-to do Jogador (norma da Fifa) au-toriza. Se o Deportivo La Corunavetar sua viagem segunda-feira pa-ra a Alemanha, a CBF tem queaceitar. Caso isso aconteça, o maisprovável é que Edilson seja deslo-cado para o meio-campo, abrindomais uma vaga no ataque. Valdir,do Vasco, ou Clóvis, do Guarani,seria chamado. Mesmo assim, Par-reira continua tentando manterMauro Silva na delegação. Se elenão se apresentar, jogam Luisinhoe Dunga, a dupla da US Cup.

Treinador procura opções

-R9SS

"Fomos obrigados a mudar até oesquema tático. A seleção só acer-tou quando passamos a trabalharcom dois cabeças de área, MauroSilva e Dunga. O time cresceu napartida em Montevidéu e foi aindamelhor na decisão do Maracanã".

Ciente de que não se pode ga-rantir que os 11 titulares mante-nham o mesmo ritmo daqui parafrente. Parreira quer fazer testescom novos jogadores,

"para umaemergência". Na Alemanha, Par-reira vai lançar Edmundo e Müller.Está deixando Evair de fora paradar oportunidade a Edmundo, omelhor atacante do Brasileiro emsua opinião. "A lista para a Copaestá aberta. Quem mostrar no cam-po que merece vaga. terá sua chan-ce. Tomara que apareça muita gen-te assim".

Arte/JB

Mesmo lamentando a ausênciados titulares, principalmente Bebe-to e Romário. Parreira acha que ojogo em Colônia será excelente pa-ra fazer novos testes." O importan-te é que já temos um time base.Mesmo assim não se pode garantirque até junho de 94 todos os joga-dores mantenham a forma". Parrei-ra cita o exemplo das eliminatórias:"A seleção tinha feito grandes jo-gos ano passado contra a Inglaterra(1 a 1), Milan (1 a 0). França (2 a 0)e Alemanha (3 a 1) e. quando pen-sei que o time estava definido, fuiobrigado e fazer mudanças", lem-brou.

Naquela ocasião, segundo Par-reira. Luís Henrique. Valdo e Care-

•ca caíram de produção. O meio-campo passou a falhar na marca-ção e custar a chegar no ataque.

OS CONVOCADOS DE PARREIRA.-T.*--,:' V'.;.". i-- 'ir-.va*<:<

Idade Convocações Jogos24..

Qols12O

Rai 28 12Mauro Silva 25 11 21.Zinho 26 12 20 1Branco 29 16 3Caiu 23 15 0Müller 27 14 5Jorginho 29 14 1Roberto Carlos 20 11 13 OTaffarel 27 13Márcio Santos 24 13 1Paulo Sérgio 23 12 12 2Dunga 30 12 1Romário 27 2Edmundo 22 2Gilmar 34Luisinho 28 1Evair 28 1Ricardo Rocha 31 0Ricardo Gomes 29 3Mozer 33 0Rivaldo 21 0Válber 21 0Só convocados na segunda passagem de Parreira pela seleção, inicia-da em outubro de 1991

1

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Calendário 94A CBF já tem um projeto paracalendário de 94, ano da Copa

do Mundo nos Estados Unidos,que será de 17 de junho a 17 dejulho: campeonatos estaduais. 29/

a 15/5; Libertadores, fevereiro amaio; Copa do Brasil. 16/5 a 15/6;convocação da seleção, 13/5; ex-cursào dos clubes, agosto; Cam-peonato Brasileiro (Primeira Di-visão. 24 clubes), 28/8 a 11/12.

Luisinho recupera a confiança

A convocação para o amistosocontra a Alemanha aconteceu nahora certa para o cabeça-de-áreaLuisinho, do Celta de Vigo. Aadaptação ao futebol espanholnão está fácil e a convocação lhedevolveu a confiança. Luisinhovolta à seleção disposto a darcontinuidade ao trabalho realiza-do na US Cup, nos Estados Uni-

dos. "Estava torcendo para queisso acontecesse", confessa. Luisi-nho explicou que pediu para ficarna reserva do Celta, pois o timenão está bem entrosado. "Parece

até futebol inglês. Os jogadores demeio-campo quase não pegam nabola e pedi para ficar na reserva",disse Luisinho, que ontem reto-mou a condição de titular.

Pré-olímpicoA Argentina sediará, cm 1995,

o Pré-Olimpico que definirá osdois países da América do Sul queirão à Olimpíada de Atlanta, em1996. A informação foi dada porAbílio de Almeida, do ComitêExecutivo da Fifa e ConfederaçãoSul-Americana. Ele afastou a pos-sibilidade de os representantessul-americanos saírem do Pan-A-mericano de Mar dei Plata.

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'11A habilickuk' de Edmundo aliadci <) velocidade dc Mtiller fazeni o tecnico Parreira con/uir que a sek'^ao manierci podcr ofensivo em C olouia

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Edmundo e Müller para liqüidar a Alemanha. Mas a seleção pode ter mais desfalques

Sérpio Moraes Sôrgio Moraes — 27/06/03

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A habilidade de Edmundo aliada à velocidade de Müller fazem o íéenico Parreira confiar que a seleção manterá poder ofensivo em C olônia

Romário

¦ Ele lamenta não

formar dupla com

amigo Edmundo

ANF.LISE INFANTECorrespondente

TENERIFE, ESPANHA-

Não será desta vez que aseleção brasileira terá uma duplade ataque formada por Romárioe Edmundo, como sonha o arti-lheiro do Campeonato Espa-nhol. Romário, que opera oolho esquerdo na manhã de ho-je. ficará sete ou oito dias emrepouso antes de voltar aos trei-nos e. por isso. não poderá par-ticipar do amistoso da seleção110 dia 17. O jogador lamentounão só a ausência no jogo, mas aperda da possibilidade de atuarao lado de Edmundo, "o melhoratacante do Brasil entre os quejogam no pais".

O artilheiro do Barcelona, noentanto, garantiu que não deveficar de fora das próximas parti-

é obrigado a adiar um sonho

Luiz Morler — 13/09/93

Operação tira Romário do jogo

das da seleção. Ainda não con-versou com o técnico JohannCruylT, mas acredita que se nãohouver coincidência de datas, oclube "não tem motivos paraimpedir a liberação". Até lá Ro-mário espera manter as boascondições, e continuar na listade Parreira. E. se possível, levarEdmundo, com quem esperaformar um grande ataque.

"Tenho feito mesmo algunselogios, dou a maior força por-que ele (Edmundo) merece umaoportunidade no time. Nestemomento não tem atacante me-lhor atuando no Brasil. E tam-bém quero jogar com ele".

Ontem Romário marcou doisgols na vitória de 3 a 2 do Barce-lona sobre o Tenerife, pela l Prodada do Campeonato Espa-nhol. Com o resultado, o Barçavoltou a liderança, ao lado doSevilla, com 16 pontos. O LaCoruna de Bebeto perdeu de 3 a

1 para o Atlético de Bilbao, lora.

e permaneceu na segunda colo-cação.

Justificativa — Romárionão justificou a ausência junto áCBF. Não ligou para dirigentes,nem para Parreira, porque achaque os acordos, pedidos e libera-çòes devem ser tratados direta-mente entre a direção da entida-de e o Barcelona. "A CBF pedeao Barcelona que me deixe ir,não a mim. E é o clube quemtem que dizer que eu não vou".

A operação para retirar umapele que impede a visão normaldo jogador é considerada muitosimples, e. ainda hoje, o atacantedeverá estar em casa.

Se a recuperação for boa,Romário voltará aos treinos napróxima quinta-feira. Caso con-trário, acredita que. no máximo,dia 22 estará em campo. Esteafastamento o deixaria de forade uma rodada do CampeonatoEspanhol, do qual é o artilheiroisolado com 12 gols.

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Page 35: JOBNAL DO BRASIL í£ JORNAL DO BRASIL S A 1993 RIO ...

JORNAL DO BRASIL

RIM 0\XSEU BANCO NAPONTA DOS DEDOS

RURAL

Indice

Negocios

o &Rio de Janoiro — Quinta-leira, 11 de novembro de 1993 F INANÇAS

Prejuízo da Disney francesa 2Informe Econômico 3Preços de aluguel 3lacocca na bolsa 4Bolsas em alta 5Mudanças no IR 6Produtividade industrial 7Negócios 8

Não pode sor vendido separadamente

Pacote chega ao Congresso este mês

Medidas vão ser enviadas junto com a minirreforma tributária e o orçamento de 94 e funcionalismo terá nova política salarialJosemar Gonçalves — 18/06/93 __

Dólar poderá ser referência

BRASÍLIA — O diretor da ÁreaInternacional do Banco Central,Gustavo Franco, disse ontem queas medidas do pacote econômicopreparado para derrubar a inflaçãopoderão ser enviadas ao Congressoaté o final deste mês, juntamentecom a minirreforma tributária e onovo orçamento de 1994. "É umaquestão de estratégia política. Oajuste fiscal é uma pré-condiçào pa-ra a estabilização econômica, masisso não significa uma antecedênciade vários meses", explicou. Segun-do ele, o governo deve enviar tam-bém este mês ao Congresso propos-tas de uma nova política salarialpara o funcionalismo e de uma no-va sistemática de reajuste dos bene-fícios da Previdência Social.

Franco deixou claro que a cqui-pe econômica espera apenas um si-nal claro dos parlamentares paradetonar ações efetivas contra a in-fiação. Este sinal será a garantia deque as medidas fiscais — destinadasa eliminar o déficit de USS 26,3bilhões nas contas públicas projeta-do para o próximo ano — serãoaprovadas nos próximos meses.

No caso das medidas tributárias,assinalou Franco, é necessário a-prová-las até dezembro para quepossam vigorar em janeiro, respei-tando-se o principio constitucionalda anualidade. "Li

preciso havermuita segurança de que o ajustefiscal será feito, consumado c com-pletado. Vamos avaliar: se isto esti-ver garantido, aí a gente se mexe",afirmou.

Politicamente, os integrantes daequipe econômica consideram com-plicado o governo propor ao Con-gresso apenas as medidas drásticasde cortes nas despesas, estimadosem USS 13 bilhões, e de aumentode imposto. Por isso. ganhou forçao argumento de que a equipe eco-nômica deve mostrar logo ao paisque estratégia adotará para dar a"paulada" na inflação. Esta seriauma maneira de minimizar as rea-çòes da sociedade e dos própriospolíticos ao ajuste fiscal.

Numa palestra proferida ontema uma platéia de investidores es-trangeiros. o diretor do BC disseque as causas do desequilíbrio fiscalremontam ao fato da democraciabrasileira ser muito recente.

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/ranço: ajuste fiscal é pré-condição para estabilização economica

Ministro fala dos cortes

Brasília — O diretor daÁrea Internacional do BancoCentral, Gustavo Franco, ad-mitiu ontem a utilização do dó-lar como "uma referência im-portante" num processoindutor para a redução dospreços. A idéia da equipe eco-nômica, segundo um interlocu-tor do ministro da Fazenda,Fernando Henrique Cardoso, cevitar que o Banco Centralanuncie qual será a diferençaentre o câmbio e a inflação nomês. Isso dará flexibilidade aoMinistério da Fazenda paradosar com cuidado a desvalori-zaçào cambial.

O uso do câmbio para puxarpara baixo os preços da econo-mia eqüivale, na prática, a apli-car um redutor no câmbio, co-mo é feito hoje com os saláriosmais baixos. Se a diferença en-Ire a desvalorização cambial c ainflação fosse anunciada no iní-cio de cada mês, seria uma pre-fixação cambial. O anúncio daestratégia deve acontecer no fi-nal do mês ou início de dezem-

bro, logo após a divulgaçãodo novo Orçamento de 94.

Esses cortes, junto com doisnovos impostos c o combate àsonegação, devem eliminar odéficit das contas públicas doano que vem, projetado cmUSS 26,3 bilhões pela equipeeconômica.

Integrantes da equipe econô-mica acreditam que o governopode derrubar a inflação cmpoucos meses se fizer o ajustefiscal e usar o câmbio comoprincipal âncora para seguraros preços. Ontem, o ministroFernando Henrique Cardosoreafirmou que fará o ajustefiscaj, com ou sem revisãoconstitucional, mas insistiu que"o Brasil precisa das mudançasconstitucionais para resolvervários problemas".

"Se insis-tem em chamar o ajuste fiscalde âncora fiscal, tudo bem. Issoserá feito. O resto é imagina-ção", desconversou o ministro.

A equipe econômica mudousua estratégia desde a semanapassada, depois que o ministro

sda Fazenda foi questionadopor seis horas no plenário doSenado. Para alguns parlamen-tares que apoiam o governo,desde a quinta-feira passada aequipe econômica passou a ad-mitir que fará este ano tudo quepretende apresentar para cqui-librar as contas públicas e der-rubar a inflação.

O Os municípios não estão dis-postos a abrir mão da sua autono-mia financeira na reforma tributa-ria e prometem reagir a tentativasde redução das transferências dereceita da União às prefeituras. Emreunião ontem com o ministro daFazenda, integrantes da AssociaçãoBrasileira dos Secretários de Fi-nanças das Capitais apresentaramproposta de reforma que prevê oaumento das receitas dos munici-pios. O setor quer a transferênciapara as prefeituras da competênciapara arrecadar um maior númerode tributos.

Reação do mercadona página 5

Brasilia — Luiz Antonioi 1

BRASÍLIA — O ministro daFazenda. Fernando HenriqueCardoso, comprometeu-se on-tem com doze senadores da Co-missão de Assuntos Econômi-cos. a apresentar ao Congressoaté 20 de novembro todos oscortes do Orçamento de 1994 eas propostas de ajuste fiscal quedependem de aprovação porparte dos parlamentares. Entreos cortes de despesas, está a ex-tinçào dos Ministérios dos Bem-listar Social e da Integração Re-gional tão logo os atuais niinis-tros deixem o cargo. "OFernando está preocupado commedidas que possam aliviar o

I e.souro ainda este ano", contouo lider do governo no Senado.Pedro Simon (RS). Para que asmedidas possam ter efeito em1994. Simon disse que elas de-vem ser aprovadas pelo Con-gresso até 31 de dezembro.

O encontro entre o ministro

da Fazenda e a Comissão deAssuntos Econômicos do Sena-do ocorreu durante almoço mar-cado a pedido dos próprios se-nadores. Conforme um dossenadores. Fernando Henriquefez uma sondagem sobre a possi-bilidade de aprovação de tiniasérie de providências antes darevisão constitucional. "Nós noscolocamos à disposição paraaprovar medidas que possamdeixar o governo cm condiçõesde enfrentar os problemas nacio-nais", disse o senador Beni Ve-ras (PSDB-CE).

Fernando Henrique fez ini-cialmente um relato sobre as ne-gociaçòes da dívida externa. Pe-diu também aos senadores queapressem a definição sobre oslimites de endividamento dos es-lados e municípios. A legislaçãoatual estabelece o percentual de15% da receita líquida real. Ivrnando Henrique (D) com Simon: cotnpromisso com medidas para aliviar o Tesouro ainda este ano

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Page 36: JOBNAL DO BRASIL í£ JORNAL DO BRASIL S A 1993 RIO ...

2 a quinta-feira. 11/11/93 c NEGÓCIOS & FINANÇAS JORNAL IX) BRASIL

Eurodisney tem perdas

no

1° ano de funcionamento

¦ Filial européia contabiliza um prejuízo de US$ 921 milhões

PARIS — A Eurodisney, filialeuropéia da Disney americana,anunciou ontem prejuízos de 5,34bilhões de francos, o equivalente aUSS 921 milhões, em seu primeiroano de atividades. O presidente daEurodisney, Philippc Bourguig-non. informou que, a despeito dosprejuízos, 17 milhões de pessoasvisitaram o gigantesco parque dediversões cm 18 meses.

As causas para os prejuízos

podem ser encontradas na reces-sào européia e nas altas taxas dejuros cobradas pelas instituiçõesfinanceiras. Bourguignon disseque o grupo Walt Disney ajudaráa financiar o parque até o fim doprimeiro semestre de 1994. Nãohá informações sobre o volume derecursos que a Disney americanarepassará à filial européia.

Bourguignon anunciou planos

para reduzir 950 postos de traba-lho do total de 11.100, assim co-mo outras medidas destinadas aconverter o parque, situado emMarne-La-Valléc, 30 quilômetrosa leste de Paris, cm um lugar me-nos caro e mais atrativo. O anún-cio dos prejuízos fez com que asações da Eurodisney desabassemna Bolsa de Paris e tivessem suanegociação suspensa ontem.

Aeroporto com preços

altos

¦ Aterrissagem em

Osaka será a mais

cara do mundo

TÓQUIO — O novo aero-

porto internacional deKansai, construído sobre umailha artificial na Baía de Osaka aum custo de USS 9,5 bilhões eque será inaugurado em setem-bro de 1994, deverá ser o maiscaro do mundo, com todos ospreços, desde a tarifa para ater-rissagem até o copo de refrige-rante. com preços astronômicos.

O Ministério dos Transportesinformou recentemente à Asso-ciação Internacional de Trans-porte Aéreo (lata), que o Boeing747 (jumbo), terá que pagar oequivalente a 980.000 ienes, ouUSS 9.074, para aterrissar. Istosignifica 16% mais que a tarifaaplicada no aeroporto de Nari-ta. em Tóquio, que já é o deten-tor de recordes pela cobrança depreços elevados.

Ós 27 restaurantes do aero-porto e um sem número de lojasocuparão um espaço de 5.800m: e também cobrarão preçosno mínimo extravagantes para

poderem pagar os aluguéis, querepresentarão entre 8% e 13%de seus lucros. A tarifa para uti-lizaçào da ponte de 3,75 quilò-metros que une a ilha artificialonde está o aeroporto e a cidadecosteira de Izumisano custaráUSS 12.

A construção do aeroportoloi uma obra faraônica. Paracriar a ilha artificial de 511 hec-tares onde está situado, sobreum fundo marinho de 18 metros,foi gasto um volume de materialequivalente ao de 70 grande pi-râmides egípcias.

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O O mercado internacional dcações funcionou ontem meio confusoe sem um rumo definido. A únicabolsa em que houve um movimentobem claro, de queda, no caso, foi a deParis, devido ao prejuízo com asações da Eurodisney e à aproximaçãodo feriado do Dia do Armistício, hoje.Km Londres os investidores aguarda-rum nervosos notícias sobre o orça-mento britânico, enquanto em NovaIorque uma inesperada alta nos pre-ços ao consumidor medidos em outu-bro levou o mercado à expectativa.Tóquio manteve o movimento de bai-xa, mas ainda acima do nível psicoló-gico de 18.000 pontos.

Bolsas

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Julho CrS4 6398.'.O.COAgosto CRS 5 534 00Sotembro CRS 960600Outubro CRS 1202400Novembro CRS 15 02100

||'CA" Sal Out.Anual* 18 3057 20,00731'corngido sobro o valor pagono môs em 1992)

Semestral 4.6930 5.0430Quadrimestral P.BÔ67 30675** Substitui o ISN índices

arumulados ato |ulho, validospaia contratos com clausulade reaiuste em agosto)

ComorcinlIGP IGPM

Nov. Nov.Anual 23.1286 21,6668Semestral 5,6402 5,3690Quadrimestral 3.2621 3 1599Trimestral 2.4720 £4076Bimestral 1.8513 1,0266

Bolsa de Mercadorias e Futuros

Volume Geral. VSi'i Contratos I Numerosdal Contratos I Volume I Participagioomaborlo | nngAcios negociados | (CRJ) I (%)

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Veto. Contr. Negócios Abe ri.Cotações em cruzeiros reate por grama

Mínimo | Máximo | Últ. j Oscilaçioj

17 308

Ouro/Mercado de opções sobre disponívelValor <lo contraio: 2SOg.

Veto. Exerc. Contr. Neg.Cote^òai «m cruzeiros rttiaporçtfcma

Abert. I Mínimo I Máximo I Últ. I

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Mercado Futuro/ÍndiceValor do contrato: CR$50,00 p/pontes ;; Còlaçôw am númaro» da ponto*

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Mercado Futuro/Café CambialValor do contrato! lOOaacaadeSOkgJfq.

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Mercado de O pç de s/Café CambialValor do contrato: 100 sacas da 60 kg líq.

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Mercado Futuro/CâmbioftWar- Valor do contrato: USS 5.000

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Mercado Futuro/Dl • Depósito Interfinanceiro de 1 dia :Valor do contrato: 8a»JOut./Nov. a CR* 3 mShôea Cotac4«» am pontoa de P.Ü.Dezembro em diante « CU5 S milhões :

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Mercado Futuro/Boi GordoValor do contrato: 330 arrobaa líquidas

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Cotações em pontos por arroba22.20 22,20 ^....22.2021.40 21 48 21.40

Autônomos, Empresários e Facultativos

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SaláriobasoCRí

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10 Mais do 264 135 t 20.49 20.00 27.024,10

Assalariados, Pomesticos e Trabalhadores Avulsos

Salário de contribuição (CRt) Alíquota (%)

8,00900

10.00..atô 40.536,13

do 40 536,14 alô 67 560.2?d« 67.560,23 ató 135.120.49Obr. Percentuais incidentes de forma não cumulativaContribuição do ompregador doméstico: 12% do salário paqo, respeitando o teto acima.As contribuições da empresa, inclusive a rural, não estão sujeitas a limite de incidòncia.Prazos para p*gam«nto: atò 01/12, sem corroçáo. ató 07/12 convertor em quantidades do Utrr do dia 01/12 omutrpiicA-las poia Utif do dia do pagamento; após 07/12 acrescontar multa o juros. • Autônomos, Domésticos.Empresários a Facultativos: aplicar o môtodoacma. muda apenas a data do 07/12 para 16/11.

Junho [ Julho Agoato | Sotombro | Outubro [ Novombro'

jjnij 656.22^7,91'. *851 Vi7sJb6|^' 1-|Vl9..12 1.470,00 .i;wi.'i.2™^" 2 625,41

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Rendimentos da poupançaMds de Nouembro 16.11.OB II 34.6909 17.11.09 11 34.8107 18 11.10 11 36.9915 19 11.'1 11 39.2226 20.11.12" 39.2126 21 11.13" 41,4638 22.11.14 11 39,1221 23 11..15-11 36,9111 24.11..

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Base da cilculo (CR$) Parcala a deduzir (CR$) j; Allquota % JAt6 102.590.00 isontoDo 102.590.01 a 200.050.00 102 590.00 1b i;Acima do 200 050.01 141.574.20 25Deduçõesa) CRS 4 103.60 por dopondonto (som limite) ü) Faixa adicional do CRS 102 590 para aposontados. pensionistaso transferidos para a reserva romuneradacom mais do 65 anos c) Pensdo alimentícia valor determinado pordecfsáo ludicial. d) Contribuição Providenciaria otrcial valor integral

Fonte: Secretaria do ftaooita Fntíoml

If *a®1Et?in?od° Taxa ovor Root- Ront- Proi.(por um dil <%a m dia-(%) ^ m6s(%) m(*(%)

LBC/LFT/BBC/NTN 49,08 1,64 4,99 12,05 38,36HOT MONEY 49,15 1.64 5,00 12.06 38,42Dl-Over 49,13 1.64 4,99 12,05 38,39LFTE 49.43 1,65 5,03 12,12 38,66

Mercado Futurode Dl (3)

P U emCRS

Taxa ovor(% a.m.)

Ront.dia. (%)

Pro|.môo (%)

01 OVER FUT.dczombro/93janeiro/93

80.02557.790

48,1342,76

1,601,43

37,7538,48

A partir de 17/10/91. a Circular n 2063 do Banco Onttal oermitea 1e.1l7.1c.10 de op«!facõfS cornpiomtHsidas com pessoas físicase jurídicas naò financeiras apt;nas coni títulos públicos de 3U dias

IndicadoresTR(2) 06/11TR 07/11UFIR díaria 11/11IGP-M Futuro novcmbro/93

¦ CÂMBIOUSS Comercial (2)

Preço CRS/índice

113,951.919,000

Var. Var. Vnr. Proj.Dia(%) Sem(%) Mos(%) Mes(%)

32,9734,83

1.51 6,19 12,75 34,%35,52

compra 196,692venda 196,696 1,55 6,32 13,WUSS Flutuante(2)compra 197,600venda 197,800 1.96 6,34 11,44USS Parnlelo-RJ (1)compra 189,00venda 192,00 2,13 4,35 10,34USS BM&F - Comercial (3)dc2embro/93 239,50 35,55janeiro/93 325,64

¦ APOESISENN (4) 80 014 7,30 13,03 22,26IBVRJ (4) 8.234 7,16 12,89 22,&1IBOVESPA (5) 22.828 6,96 13,31 23,83IBOVESPA Furturo de^bro/93 32.100 •: •• 48,94

B OURO SPOT PrecoCRs/ Var. Vor. Var. US*/Grama dia(%) w>m(%) mos(%) On^a

SINO • Foch.(1) 2.345,00 1,52 4,18 12.20BM81F • Fech. 2.345,00 1,52 4,18 12,20COMEX-MespresontoC) 2 :196,23 376,80COMEX • dazembro/93 (') 2.400,W 377,40

(*)Fator do conversão 31,103487 gramas/onça troyFonte: (l)ANDIMA(2|Banco Central; (3IBM&F; (4IBURJ; (5JBOVESPA

Câmbio Turismo M Ouro

Compra(CRÍ)

Venda(CRS)

(CRS-lingote por gramas)

Compra

OMar 182,00 190,80Escudo 1»00 1,20Franco Suíço !ü.®.'.9®...Franco Francês 29,00 32,50lono 1»50 2,00Libra 253,00 279,50Lira 0,10 0,15Marco Alemão 102.00 113,00Poseta 1,20 1,50

Fonta: Bonco do Brasil

Venda

Cindum (2B0g) 2.344,00 2.344,00Ourinvost (250g) nd ndSatro (1000g) 2.340,00 2.345,00BoranoSimonson (lOOOg) 2.340,00 2.345,00

Fundidoras fornocodoras o custodiantos credon- /ciados na Bolsa Mercantil o do Futuros

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Page 37: JOBNAL DO BRASIL í£ JORNAL DO BRASIL S A 1993 RIO ...

JORNAL DO BRASIL NEGÓCIOS & FINANÇAS quinta-lcira, I l/l 1/93 * 3

INFORME ECONÔMICO

MÍRIAM LAGE, com sucursois

Déficit real

Em palestra feita ontem para investidores estrangeiros, o dire-

tor da Area Internacional do Banco Central, Gustavo Fran-co, explicou que o déficit "real" das contas públicas não temaparecido nos últimos anos porque, enquanto as receitas do gover-no estão perfeitamente indexadas à inflação, as despesas têm sidocorroídas por ela. "No Brasil, o déficit é de apenas 3% do PIB e ainflação bate 35% ao mês; na Itália, com um déficit de 6% do PIB,a inflação anual é menor do que a nossa mensal. O paradoxo sópode ser explicado pela indexação das receitas públicas", explicou.

?Franco acredita que reside aí a razão do casamento do governocom a inflação. Ele acha que se a estabilização viesse num passe de

mágica, o déficit real apareceria porque, sem inflação, as despesasseriam feitas pelo valor integral. "Temos

que abolir mágicas eprovocar o divórcio do governo com a inflação, equilibrando osgastos", afirmou.

Alvo certoToda vez que o ministro Fcr-

nando Henrique Cardoso con-sulta os técnicos da Receita I:e-dcral para saber em que setor daeconomia há espaço para se au-mentar a tributação, eles respon-dem, em coro: o financeiro.Dentro do sistema, destacam osbancos.

Na última consulta, os técni-cos mostraram ao ministro pes-

Rédeas curtas

Ao decidir, ontem, reduzir de30% para 15"/) as margens queos bancos privados tem paramovimentar seus depósitos com-pulsórios no Banco Central eestreitar de 15 dias para umasemana o prazo dessas movi-mentações, o governo deu umsinal bem claro de que quer 11-car, cada vez mais, com as ré-deas da política monetária.

Francisco Pinto, diretor dePolítica Monetária do BC. nãotem dúvidas: "Está diminuídoem pelo menos 90% o poder dearbitragem dos bancos contrado Banco Central."

Em bom português, o BCfica mais senhor das taxas dejuros.

LiberdadeGustavo Franco garante:

está descartada a abertura decontas em dólar. A medida édefendida por aqueles que con-sideram inflacionária a comprapelo BC de todos os dólaresdos exportadores, importado-res e investidores estrangeiros."A tendência de liberaliza-çào cambial continua, mas eladependerá, para se tornarcompleta, do ajuste fiscal",comentou.

quisa indicando que o sistemabancário paga apenas 0,25% deimposto sobre o seu gordo fatu-ramento. Só pagam mais que osetor segurador.

Comparando com os setoresprodutivos, os bancos somem napoeira da estrada. Alguns exem-pios: cimento (8,87%), indús-trias metalúrgica (1,63%) e me-cá nica (0,79%).

ZeroA roleta em que se aposta

em um pacote econômico paraos próximos dias rodou maisuma vez. Circulava, ontem, naárea financeira do Rio e de SãoPaulo uma aposta de que ofericidinlw de segunda-feira es-tava sob medida para abrigar oanúncio de um plano econômi-co, daqueles de de peso. Umassessor — dos íntimos — doministro Fernando Henriquecolocou suas fichas na mesa: aschances são 0,000"/).

Muitos voltsDefensor da privatização de

empresas que pesem no bolso dogoverno, o presidente de Furnas,Marcello Siqueira, não poupamunição aos privatistas da áreaelétrica: "Empresas

que estãoenxutas, garantindo um sistemaestratégico para o pais. não témque ser privatizadas. Seria umgesto impatriótico e, se queremir a esse extremo de torrar ati-vos para pagar dívida, por quenão vendem um pedaço daAmazônia?"

Furnas prepara um estudodetalhado sobre o setor paraapresentar ao BNDES e ao Mi-nistério da Fazenda.

LanteriiiiihaA indústria têxtil ainda está

bem longe — pelo menos namédia — de recuperar seu maisque conhecido atraso tecnoló-gico.

Periquito verde

Os sorrisos largos do ministroFernando Henrique e de seu se-cretário de Política Econômica.Winston Fritsch. em uma soleni-dade na tarde de ontem em Brasi-lia deixou muita gente curiosa.

Exatamente de que riam tan-to?

À pergunta, não responde-ram.

Jogo duro

O presidente do Banco doBrasil, Alcir Calliari, está ten-tando jogar duro com os ina-dimplentes do setor rural: aosgerentes avisou que, se não co-brarem, não poderão empres-tar.

E que no balancete de julho .isetembro, essa inadimplência te-ve um bom peso sobre o prejuízode CR$ 7,6 bilhões do banco.Uma pesquisa mostra que, de1981 a 1988, a média de calotedos empréstimos para a área ru-ral ficou em 2,5%. A partir daíchegou a 30% e, hoje, está acimade 20% das operações.

Sua produtividade cresceu5.1% de janeiro a julho desteano. É o menor aumento entreos 17 setores pesquisados peloIBGE.

Campeã

Depois da inflação do ma-mão, que chegou a repre-sentar um ponto no IGP-Mhá dois meses, está chegandoa inflação da laranja-pêra.Na primeira prévia de no-vembro, ela teve alta de63.49%.

E líder isolada no cam-peonato dos preços.

Ousadia à francesaA campanha publicitária

que o Grupo Peugeot dá parti-da na segunda-feira prometesurpresas. Os carros da Peu-geot poderão ser vistos, porexemplo, aterrissando em umapista de aeroporto — o que fazuma volta no tempo: o 14 Bisde Santos Dumont tinha a im-pulsioná-lo um motor Peugeot,o primeiro a entrar no Brasil.

A criação tem a assinaturada Pier 7, agência recém-criadapelo publicitário Nélson Porto,ex-Young & Rubicam. Os in-vestimentos são de cerca deUSS 4 milhões.

PELO MERCADOPela primeira vez um

brasileiro é eleito presi-dente do júri do FestivalPublicitário de Cannes:Nizan Guanaes, donoda agência DM/9. vaipresidir o júri do Press& Pôster Festival deCannes de 1994.

O Natal já chegou noedifício da Credicard, lo-calizado na esquina maisfamosa de São Paulo, aIpiranga com a São João.Começa hoje, entre os

funcionários da empresa,uma campanha dc coletade no mínimo 1,2 milbrinquedos — novos ouusados. Os presentes se-rão distribuídos paracrianças carentes manti-das por entidades assis-fenciais, a serem escolhi-das pela Credicard.• O Banco do Estado deGoiás — BEG — leiloahoje. em Goiânia. 198imóveis urbanos e ru-rais. O governador írisRezende promete que

este será apenas o pri-meiro lote de imóveis doBEG: "Não há sentidotransformar o banco emuma imobiliária. Vende-remos os imóveis dis-pensáveis."• A tradicional cadeiade lojas As Pernambuca-nas vai abrir sua primei-ra loja em shopping: seráno Plaza Shopping, cmNiterói. Investiu USS300 mil e esta será sua20" loja no Rio.

Aluguel sobe no mínimo 217,7%

¦ Menor alta é a do quadrimestral (INPC) e a maior, a do anual, de 2.212% (IGP)Os aluguéis que vencem este

mês serào reajustados entre217,77% (quadrimestrais peloINPC) e 2.212,86% (anuais peloIGP). Isto significa que os valoresserão quase triplicados, podendochegar a ser multiplicados por 23.No caso dos inquilinos cujos con-tratos prevêem reajuste semestral,o maior reajuste será de 464,02%(IGP) e o menor de 425,22%(INPC).

Estes percentuais incidem so-bre o aluguel referente a outubroe determinam o valor deste mês, aser pago no início de dezembro.Para fazer o cálculo, é precisomultiplicar o último aluguel pelofator correspondente na tabela.Quem pagou CR$ 10 mil e temcontrato com cláusula de reajustesemestral pelo INPC, por exem-pio, deve multiplicar por 5,2522.O novo valor será de CRS52.522.

Reajuste em

novembro já

chega a 61%

De um dia para outro os preçosdos aluguéis novos sobem assusta-doramente, sem nenhum parârne-Iro, deixando desnorteados tantoos candidatos a inquilinos como osadministradores de imóveis. Ospreços de mercado hoje estão até40% mais altos do que os aluguéisque estão tendo seus contratos cor-rígidos. Já são também maiores doque os valores praticados em outu-bro, há menos de 15 dias. Um apar-lamento de dois quartos, na RuaIpiranga, em Laranjeiras, porexemplo, vale hoje CRS 60 mil con-tra CRS 37,1 no mês passado. Adiferença, neste caso, é de 61,5%.

Os preços altos são certamente arazão direta da queda no volume delocações no Rio. Em outubro lo-ram fechados 1.131 contratos con-tra 1.291 no mês anterior. Essesnúmeros são inferiores cm mais de100% aos contratos firmados em

julho do ano passado — 2.431.Proteção — Na tentativa de se

protegerem da inflação e obter lu-cro com a locação, os proprietáriospedem preços absurdos, geralmentetomando o dólar como parâmetro,alegando que a lei só permite corre-ção a cada seis meses para os imó-veis residenciais. O próprio presi-dente da A b a d i. R ô m u 1 oCavalcante, se assustou com os pre-ços dos aluguéis em oferta ao voltarde uma viagem a Fortaleza.

Segundo ele, esses preços são de-correntes da pouca oferta de imó-veis e a falta de imóveis para alugaré conseqüência da lei que só permi-te o reajuste a cada seis meses. Opresidente da Abadi alerta que a leiproi- be os contratos em dólar. Ca-so o proprietário queira firmar umcontrato desse tipo, o inquilino nãoé obrigado a pagar e tem a causaganha se recorrer á Justiça.

IGP-M deste

mês mostra

estabilidade

A primeira prévia da inflação denovembro medida pelo índice Ge-ral de Preços do Mercado (IGP-M)indica estabilidade em relação a ou-tubro: 12,62% contra 12,6%. Omesmo acontece quando analisadosos três índices que compõem oIGP-M. Os preços por atacado,medidos pelo IPA, subiram 12,62%(contra 12,6% em outubro), os dovarejo, acompanhados pelo IPC,variaram 25,86% (25,53% no pe-ríodo anterior) e os preços ligados àconstrução civil subiram 15,36%(contra 16,73%).

A maior influência no IPA foida carne bovina: alta de 21,07%,representando 1,04 ponto no resul-tado final. No IPC, o café em pósubiu 27,36%, com influência de0,62 ponto. Já o índice do Custo deVida (1CV) medido pelo Dieese re-ferente a outubro ficou em 34,61%para quem recebe entre um e 30

¦ salários mínimos, 1,09 ponto per-centual inferior ao mês passado.

fndice Quadrimestral Semestral Anual(%) Fator (%) Fator (%) Fator

INPC 217,77 3,1777 425,22 5,2522 2.033,14 21,3314

IPC A 215,83 3,1583 424,55 5,2455 2.031,27 21,3127

IGP 226,21 3,2621 464,02 5,6402 2.212,86 23,1286

IOP-M 215,99 3,1599 438,90 5,3890 2.086,67 21,8667

Rpe 218,04 3,1804 436,11 5,3611 2.002,85 21,0285

Obs: Para contratos com renovaqao em novembro

Inflação — Esses percentuaisestratosféricos são resultado dainflação acumulada de julho aoutubro (quadrimestral), de maioa outubro (semestral) e de no-vembro do ano passado a outu-bro deste ano (anual). Ontem, oIBGE divulgou os dois índices de

preços ao consumidor mais usa-dos nos contratos de aluguel: oINPC e o IPCA. Ambos apresen-taram queda em relação a setem-bro, embora continuem em pata-mares muito elevados. O INPCficou em 34.12% (queda de 1.51ponto) c o IPCA em 33.92%(queda de 1.77 ponto).

Reduções— No IPCA, a re-duçào pode ser atribuída ao gru-po Transporte e Comunicação,que foi influenciado pela menoralta dos transportes públicos (de35,62% para 33,70%), dos com-bustíveis (de 44,49% para31,69%) e das tarifas de telefoneresidencial (de 33,64% para20,44%). A maior variação foinovamente do grupo Saúde eCuidados Pessoais (38,17%), co-mo os dutos farmacêuticos(41,07%) e produtos de higiene elimpeza (37,13%).

NO INPC, a menor variaçãofoi do grupo Despesas Pessoais(31.20%) e a maior, mais umavez, do grupo Saúde e CuidadosPessoais. No acumulado do ano,ambos os índices ultrapassaram,em outubro, a marca dos 1.000%:o INPC chega a 1.282.24% e oIPCA. a 1.289.30%.

Arte/JB

Bairro N°qtos Maio Out Mercado VariapaoCr$ Cr$ Hoje CR$ %

Centro 4.000 21.556 23.000 0.06

Tijuca/R.Comprido 9.000 48.501 60.000 23,712.000 64.668 80.000 23.7

M6ier/Lins 7.000 37.723 45.000 19,212.000 64.668 60.000 (0.7)

Jacarepagua 8.000 43.112 40.000 (0.7)10.000 53.890 60.000 11.3

Barra/Recreio 15.000 80.83530.000 161.670

Flamengo/Botafogo 6.000 32.334 35 000 0.810.000 53.890 54.000 0.02

20.000 107.780 90 000Ipanema/Leblon 20.000 107.780 148.000 37.3

36.000 194.004 277.500 43

Lagoa 23.000 123.94737.000 199.393

Leme/Copacabana 7.000 37.723 50.000 32,518.000 97.002 100.000 0.320.000 107.780 148.000 37.3

Fonte: Classiticados do JORNAL DO BRASIL. *

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Page 38: JOBNAL DO BRASIL í£ JORNAL DO BRASIL S A 1993 RIO ...

A a quinta-leira, 11/11/93 NEGÓCIOS & FINANÇAS JORNAL DO BRASIL

Iacocca acha inflação brasileira

'imoral'

¦ Em visita à Bolsa de São Paulo, empresário diz que baixa do índice transformará Brasil num grande país

SÀO PAULO — Apesar de toda aconfiança revelada no Brasil, o em-presário Lee Iacocca afirmou on-tem que considera "imoral" a infla-çâo de 35% ao mês. "Fica impossí-vel planejar os negócios assim",disse para um grupo de homens denegócios reunidos em almoço emsua homenagem na sede do Moi-nho São Jorge. "No momento emque o Brasil conseguir controlar es-sa inflação, não digo de 7% ao ano,mas um número mais compatível,teremos um grande país." Ele se-guiu ontem para a Argentina e nasexta desembarca de volta no Rio.

Iacocca participou, pela manhã,de uma visita de cortesia à sede daBolsa de São Paulo. O pregão foiinterrompido por alguns minutos e

Iacocca garantiu que confia nomercado acionário como instru-mento de financiamento à produ-ção. Lembrou que ainda mantémem suas mãos US$ 56 milhões emações da Chrysler e não as vende dejeito nenhum. Álvaro Augusto Vi-digal, presidente da Bovespa, lem-brou a Iacocca que os fundos deinvestimento americanos têm 16%do volume de ações negociado nopregão da bolsa.

Iacocca chegou à sede da Boves-pa no Dodge Imperial, cor vinho, oúnico do Brasil, pertencente ao em-presário Jorge Chammas. Da Boi-sa, seguiu para o almoço e preocu-pou-se em dar toda a atenção pararevendedores dos veículos Chryslerque voltarão ao país.

Sflo Paulo — Ana Carollna Fernandes

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V^lga^^^conipanhoiuacocc^auranU^isitaa^rvga^^estacoiuufnporUincia dos jundos(inter icanos

Paraguai vai

inaugurar 1°

banco em SPO Mcrcosul começa dar seus

primeiros frutos no setor financei-ro. O terceiro maior banco para-guaio, o Banco Comercial Para-guayo S/A (Bancopar), é oprimeiro a abrir uma agência noexterior, começando pelo Brasil,na Aveninda Paulista, em SãoPaulo. A inauguração será nopróximo dia 16. O banco operaráfundamentalmente com linhas decrédito para importação de soja ealgodão. Em 1994, o Bancoparabre uma agência em Nova lor-que, depois em Miami e outra noUruguai, revelou o diretor geralda filial brasileira, José Franciscoda Silva Filho, ex-diretor do Ban-co Nacional. O Brasil importa lio-je USS 1,3 bilhão do Paraguai.

Resumo das operações•fr.M ¦ Qtd* Vd. tm

Cft$MNLote 31.117.881 5.150.249Mercado de OpçOes 9.129.530 506.219Mercado à Vista 21.988.351 4.644,029Das 50 ações compomentes do l-Senn, 31 subiram, nove caíram, setepermaneceram estáveis e três não (oram negociadas.¦Um Máxima Média Última OtcUaçio Dia Há um Há um

Anterior Mét Ano74.709 80.114 78.581 80 014 7,3% 74 569 63270 15 657

Tttuk» tipo DBSBOLSA DE VALORES DO RIO DE JANEIRO

Tttuk» tipo DBS Qtd. Fech. Mâx. NQtd. F*ch. Más. O «c. I.L% Ano Mèd. 0»c. I.L.% Ano

IçAiido Senni mm—m——Maiores Altas

Paulista Força e Luz on 15.28%Petrobrâs pn 14.67%Telar| pn 14.50%Sld Tubarão bn 14,29%Llght on 11.55%Maioros BaixosBelgo Mlnolra on 5.02%Bradesco pne 5,00%Brohma pn 4.14%Belgo Mineira pn 3.87%Banco Nacional pne 3.25%

Ações Fora do SennMaiores Altas

Nogam bn 40.00%Tolerj on 27.66%Hering Brinquedos pn 26,44%Bemgo on 24,14%Acesita pn 20.19%Maiores BaixasBarbará on 18.52%Catô Brasília pn 15.65%Corroa Ribeiro pn 10,00%Ferro Ligas pne 6.74%FNV-Volculos pn 6.25%

Mercado à vista ? LoteTítulos tipo DBS Qtd. Fech. MA*. Min. MM. Otc. I.L.% Ano

Preço om CRS Por Mil Ação1 Adubos Trevo PN 1000Amadeo Rossi PN E-.... 165000Arttiur Lang<» PN -E 40 00U4 B Amazônia ON... 2000B Brasil ON 74 686 000B Brasil ON -D 49 2W000B Brasil PN 59 233000B Brasil PN -D 16.429.000

B Ecooomico PN 1900G0B Est Amazonas ON 15 000B Est Amazonas PN 4 00)B Nordesto ON 16000B Progresso PN 41 326000Bar»er|ON 700000Bane'| PN 812 400000Banespa PN 2.552 000

1200,00 1200.00 120000 1200.00 909 63157826500 26b 00 26500 26500 -12/834047.00 47.00 47,CO 47.00 4,07- 2883.435200 00 5200 00 5200 00 5200 00 5.44- 5714 282200 00 2300 00 2185.01 224825 1.16- 185228GOO 00 610.00 54200 568362430.00 250000 2400.00 2447.34 1,25 1857.56820.00 820.00 77000 786 842940 00 3000 00 2880 00 2924.32 1.38 3316.08200 P0 200.00 200.00 20000 - 5000200 00 20000 20000 200.00 - 5000350,00 350.00 350.00 350.00 - 2295,6810.63 11.00 10,60 10 74 0.28 1336.15500 5.00 5.00 500 • 1351.355,82 6 00 5,50 5,86 1.22 1395,231480 00 1520.00 1480.00 1488.48 1,96- 1812.72

BanestadoPN 61300000 158.80Banrisul PN 38648000 330.06Barbara ON 6000000 220.00Barbara PN 537 000 215.00BelpratoPN 1105000 59.99BomgeON 419000 180.00BomqoPN 162000 160,00Bic Caloi BN 120 000 540.00BombnlPN 40000 530000BrumadinhoPN 5000 36 00Cat Leopoldina AN-E- 2190879000 7.00Cedro AN 711000 2600 00CodroON 500000 3410.00CemigON-E 144 390000 300 00CemigPN-D 98 000 15,00ComigPN-E 363 763 000 317.00Cof| ON 1953 100000 17.90CevalON 32202 000 1250 00CevalPN 296000 1320,00Correa RiDetroPN 2000 000 2 70.00Dijon PN 1999000 90 00Eborle PN 127 833 000 5 90ElebraPN 17 000 600 00ElumaPN 19000 1750.00Estrola PN 17 000 000 430.00Ferro ligas PN »E 1 000 83.00Fortisul PN 3585000 110.00Fnv-Vdculos PN 111 000 300 00Foslertil PN 100 000 250 00Fras-LoAN 569000 370.00Fngobras PN 500000 800 00Habitasul AN 41 000 1050,00

Binds RomiPN 19315000 300000InoparPN 1853000 160,00Inepar Nov PN-R 100 000 141.00Ipiranga Pot PN-D 46213 000 180.00Ipirnnga Pol PN -E 22 384 000 1300.00Ipiranga R«< PN 3010000 1324,00J B Dunne PN 20000 49999Lam.Nac Metais PN .. 325 000 410.00Maio Gallo PN 500 000 90.00Mondes Jr AN 50000 2400.00Mendos Jr BN 69000 2950,00Nova America PN 2000 000 140.00OsaPN 1000 1700.00Papel Simao PN --E ... 162000 3900.00Paranaparwrnn PN 1153 000 260000PerdigaoPN 2064CMOOO 91.00Pettenati PN 160 000 1800 00Pirelli Cabos PN 11000 5000 00Promotol PN 25 000 65.00

Refripar PN 100000000 172.00Samitri ON 12 000 760100Samitri PN 4 000 5000 00SorgenPN 474 000 15600Sharp PN-E 2182 000 220.00S«d Nac.Lotlao ON 57065000 390000SidTubaraoAN 858920 000 71.51S*dTubaraoBN 3491798 000 76 00SidTubaraoON 768640000 66.00Sondotecnica AN 760 000 74,90

158,81330,07220.00220.0065.00180.00160.00540.005300 0036.007.002700 003750.00300 001500322,0018.201250.001320.00298.9990,005.M600001750 00450 0083.00110.00321.00250.00370.00800.001050.C03000.01160 00141.00195 001320.001324 00500 00430.0090,002500 002950.00140001700.003900.002690 0091.001900.005000.006500172.007601.005500,00155.00226.003900.0073.0076.9068,0074 90

158.80330.06220.00200.0059.99150.00149,00540,005300 0036.006,202400,503400,00281.0011,70315,0017601150.001320.002500180 005,70600 001/50,00430 0083 00105 00300 00250.00370.00800 001050.003000,00145.00141,00180,001290,001324 00499 99410.0090.002400,002/50,00140 001700.003900.002600.0082.001800.005000.0065,00172.007601.005000 00155.00220.003400.0069.0068.9062.0066.00

156.90330,07220.00214.3860.01175.56152.09540,005300 0036006.462613.263441.79290611308318.3117961242.891320.00268.858500581600,001750,00447.6583 0010865318,92250.00370.00800.001050,003000 001526114100187.411297,711324.00500 00422 3190,002460002894,93140.001700.003900.002632 2885.001865.635000.0065.00172.007601005237.50155.00225,043738.4471.4572.4867,0669.04

1.62 1968.752864.4418.51- 1294.112.26- 1191.668.87 1428.8024.14 4445.687.38 2269.661.50 3014,901892.57

2.95- 1292.1713,82 5007,754.00 2230011277.797.14 14692.112.92 10797.483.47 13014,491599 621932,96

9,99-134425013 921089/433.51 2848.032500.002.94 1206893315 926.73- 928.411980,85

624- 1747.212.04 847,451,37 490.42133333•4200.00EST 666,6611.50 3819.06

3.178.52 4632.4411.11 9139,092111,552608,693,99- 2338.425.36 2128.57EST 700 003.03 850.001480.866.12 2143.6/2,25 3556.4818W5.022380.954333.331.16 5131,000,01 1322.951521.02

2.51- 3978.432,33 1395.168,94 300.755.15 1333.0214,10 1352.2310.00 1251.117,00 7391.86

Sondotocnica BN 500 000SuttopaPN 5 000Supergasbras PN 41 000Taurus PN 101 110000Teka Tecelaqom PN 3 097 000TelobrasON 24 614 000Telobras PN 11 761000TolebrasPN-R 6 100000Tolomig BN.. 90000Tolomig ON 73000Transbrasil PN 180000Trombini PN 1000 000Ucar Carbon ON 4 724 000Unipar AN 408 000UniparBN 3592 132 000Unipar ON 34 000000Usiminas PN 339 210000VacchiPN 1920 132 000VotecPN 1292000White Martins ON 243CM6000Preço om CRS Por AçãoAcesitaON 4 218000Acosita PN 38 000Acesita Prt ON 800000Acesita Prt PN 3 379000Aracruz BN 20000B Bandeirantes PN.... 11000B Real PN 1000Bamenndus ON E 230000

Bamerindus Par ON E-.. 860000Bam«»nndus Seg ON E-. 290000Bandoirantes C PN 2 000Belgo Mineira ON 20 000Belgo Mineira PN 9000Bradesco PN E-- 1 436 000BrahmaON 2 000BrahmaPN 52 000Brahma PU PN-R 1000BrasililON 50 000Ciiemi Mineraca PN 156000Ceiesc AN 2 000CespON 83000Copent* AN 5 000CosiguaPN 43000Duratnx PN 8 000Elntrobrns BN 2 955000EletrobrasON 17 644 000Enorsul BN -R 16-18000Ficap/marvin ON 100U00Itaubanco PN EE- 5 000João Fortes ON 20000LightON 7 59Q0U0Mannesmann ON 105 000Mannosmann PN 10 000Moinho Santist ON 190 000Nacional ON E- 100000Nacional PNE- 134000Paulista F.LuzON 7 695000PetrobrasON 3 2/0000Putrobras PN 9 144 000Potrolle* ON E- 51000

6600 66.00 66.00 66.00330000 3300.00 3300,00 3300.00104.95 110.00 98.00 104.4676,00 76 00 69,00 70,0619999 199,99 180 00 180,265550,00 5600 00 5450 00 5656 977000 00 7000 00 6600.00 6794.213050,00 3050,00 2800.00 2956 027000.00 7000.00 6560.00 6864 66710000 7100.00 6300,99 6854.52500 00 500.00 440,00 476,11500 00 500.00 500 00 500.00205.11 215.00 201.00 205.0212.00 12.00 11.60 11.8711,90 12,00 11.60 11.8613.40 13.40 13,00 13.16131,00 13500 130 00 131.070.29 0 32 0.29 0,3111,90 11.90 8 00 9.5146.50 47.10 44.50 458/60,00 60.00 59 99 600062.50 63 00 5400 5/915500 55 00 5000 527546.99 49 00 45.00 46 45365,00 365 00 360 00 364/56 08 6,08 6 08 6 0855.00 55.00 5500 55003.50 3.50 3 50 3.502.00 2.00 2.00 2.00I.85 1.85 1.85 1.852/.20 27.20 27.20 27.2026 50 28 00 2601 2/.1522.11 23.00 22.11 22.605.70 6.02 5/0 5./84550 45.50 45 50 455034 50 35.00 34.50 34.7230.60 30.60 3060 3060343.50 343.50 343.50 343 5015.60 16.00 15.41 15869000 90 00 90.00 90 00309.00 309.00 305 00 30505•1600 4/.00 46.00 46.403.91 391 362 3 84960 9/0 9.60 9 6830,90 3100 29.60 30,4031.00 31.30 2980 306741.50 42.00 38 00 396/29.50 2950 29.50 29.504400 44.00 44.00 44.0040.00 40.00 40.00 40005/00 57.00 53,00 54 35180.00 195,00 1/6.10 1/6.62148.00 148.00 140 00 141,05510.00 510.00 510.00 510 0012.00 12.00 12.00 12.00II,90 11,99 11.50 11.878 30 8.40 7.60 7.7710.00 10.00 8.80 9.4417.20 17 20 15 50 16.1126.51 2/.60 26.51 2/.15

5,70- 7073.9582/2.128.16 1965.93I.33 2800.1511./3 30/6.632.78 5250.479.41 3273.227.33 10230,401.43 1/334.3413,64 2/25.303703.700 05 2250 494.35 1823.343.48 1/36,455 51 2469.010./7 2643.0715500 004/55.004,97 2181.16001- 1/910420.1/ 2824,8/2110 00II,85 347.961617.t»11125.923052.162.64 1912.56I.52 1265 821697.24394.03

5 04- 1557,65390- 1345.235.15- 3321,832277.274.16- 1942,92

3616552.56 1982.502/6.921694.721668.46

83 1438 202805./98.38 38/2.6110 28 7966.238 82 106 592,30 2534 562366 86II.52 10391.561257.97

11,27 1606.491436 614.07- 4/05.883.32- 50/2.6415.12 15235.2910.99 5363.6314,59 4/94,641.14 2903./4

Thulos tipo DBS Qtd. Fech. MA*. Min. M6d. 0»c. I L% AnoPotrotlo* PN E- 150/000 19.50 19.50 19 11 19.50 8.27 790 /5

RheomPN 2 000 8.50 8,50 8 50 8 50 -1416 66Riograndonse PN 25000 6.80 6 80 6 49 8/9 4.45 1644 06Souza Cruz ON 1000 142000 1420 00 1420 00 142000 - 1V»1 42TeleparON--E 1/1000 51.50 51 50 50 00 51.11 2.901297208Telopar PN -E 219 000 5/ 99 59.50 56 01 5/12 523 9153 84

Tolor) ON 125000 12,00 12.00 9 50 1106 2/.52 98/5 00ToloriPN 70000 1200 12 00 10 50 11.59 14.39 7525.97TelospON 7 000 54.00 WOO 54 00 54 00 - 7552 44TelospPN 2048 000 6/00 6/ 00 66 00 66 02 -712958Textil Karslon PN 2000 000 8.30 8.30 8 30 8 30 14/4 24Unibanco BN 9 000 9.50 9 50 9 50 9 50 2 04 28/0 09Vale Rio Doce ON 225 000 14 90 14 00 14 90 14 00 /,89 2491 63Valo Rio Doce PN 48 313000 15.00 1 520 14 35 14./1 /84 20f>022VamjPN 32 000 2500 25 00 25 00 2500 4.12 1M4 /3VidS Marina ON 2000 85000 850 00 830.00 84000 - 3012 91

Emprosas om situa^do ospocialCaloBrasilia PN 1000 3800 38.00 38 00 3800 7 31 1266.66Curl PN 200 000 25000 250 00 250.00 25000 EST 140-149Henng Brinq PN 3985000000 110 1 15 0 90 1.01 26.441V6666NogarnBN 7000000 3850 38 50 34<W 36 13 40 00 9032 50TeleinvfSl ON 641000 450 00 4W.00 450 00 450 00 - 100 00TeleinveslPN 4 804 000 4^ 00 450 00 45-0 00 45000 12.50 1285 71Vorotme PN 2 060 000 290.00 290 00 2/0 00 289.44 - 2192 /2Total,../. 198/882 000

Mercado de opçõesOperações

Procodn PrAmio ValorTitulos S&riei Eiorc. Quant. Uh. M/u. Min. MM. (CRS)CemigPN-E ClT 399 58 19 000 69 00 69 00 67 00 60 10 1 293Cetntg PN -E CLW 4/9 58 230 000 29.99 31 00 2 / 00 2905 6 682Cerj ON CLG 16 00 491 000 7 40 7 99 / 40 7 /4 3 802Cer|0N CI* ?4 CO 410 000 3 90 4 20 3 60 3 91 1 6C6Sid 'ubarao BN Cll 60 CO 76 000 35 00 35 00 30 00 32 03 2 439S:<1 TuUraoBN CLM 80C0 2481000 2500 25 00 1/00 20.2C 50 139Sitf TJD.IMOON ClJ 100.00 4 265 600 12.50 12 /0 6 C0 10 38 14 2d9UmoarbN Cll 13 CO 600 000 3 39 3.39 3.39 3.39 2 /12EU'troDusON VLG 44 00 6 500 0 10 0 10 0 10 010 650ElelroDnsON ClF 40.00 3 /50 6 30 7 50 6 00 7 33 2.'6-3Eletrobras ON CLG 44 00 6 500 2.50 2.50 2 50 2.50 16 2C0Eii'irobiasON Cll 5200 1 310 1 90 1 90 1 30 1 36 1 /«3Elelrobras ON CLJ 56.00 8 2S0 0.91 ICO 0 /9 0 86 7 163Vale Hio Doce PN CLC 16 00 100 3 00 3 00 3 00 3 00 300VatellioOorePN Cir 20 00 16 900 2 25 2.30 1 95 2 12 35 970ValeHio Doce PN CIM 22 00 133 /20 1 33 1 40 1.15 1.27 170 406ValeH'ODoce PN CLJ 24 00 1/82/0 0./5 0.85 0.63 0 74 132 /17Va'e Rio Doce PN CLM 28 00 300 0 35 0.35 0 35 0 35 105Vale Rio Doce PN CLN 30.00 1 300 0.20 0,20 0.16 0,17 225

Total 9 129530 506 219

II 1$

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BOLSA DE VALORES DE SAO PAULO

Resumo das operaçõesTítulos Qtd. * Abt. Min. Mèd. Màx. Fech. Osc. Títulos Qtd. Abt. Min. Mód. M«ix Fecli Osc. Qtd Abt

Qtd*. Tlt.Valor em CRS

Lote Padrão 28.976.938.342 28.179.040.467,27Concordatárias 1.619.305 000 6.057.712,13Direitos e Recibos 76.892.000 108.967.941,20Fundos e Certificados 6.126 1.884.802,60Exercício de Opções de Compra .... 3.000.000 300.000,00Leilões não cotados 70.000 18.313.858.500,00Mercado a Termo 31.000 7.715.280,00Opções de Compra 10.140.100.000 4.505.458.640,00Opções de Venda 305.200 000 209.068.900,00Fracionário 12.696.418 92.856.902,63Total Geral 41.134.238 886 51.425.209.145,83índice Bovespa Médio 22.417índice Bovespa Fechamento 22.828 ( + 6,9%)índice Bovespa Máximo 22.864índice Bovespa Minimo 21.346Das 48 ações do BOVESPA, 36 subiram, sete caíram, quatro permane-ceiam estáveis e uma não loi negociada.

Oscilações do Mercado Oscilações do Bovespa0«c. Pre^o 0»c. Pre^o(1) <*>Mnlores Altai Malorot Altai

Agrimisa pn 81 200 00 PetrobMspn 16.6 17.50Cromer on 42 12.11 Souza Crui on 12.3 1 500.00Ficap'Marvin on 36 30 00 Covalpn 10,2 1 400,00Habitasul pna 33.3 2 000 00 Telesppn 9.6 67 99SidTubarfloon 32 66 00 Light on 6.0 55 50Milorei Balxu Milorn BalmVang dir pro 88 0 30 Metal Leve pn 4.0 8.16Qulmic Gerai pn 12.1 562.00 Nactonal pn 4,0 12 00Vacchipn 12,1 0,29 Estrola pn 2.3 420 00Gurgcl pn 10.0 18 00 Bolgo Minelra on 1.6 29.50Olmapn 9,1 Z90.00 Vidr Smanna on 0,7 824.00

Mercado à vistaTitulos Qtd Abt. Min. MM. Mbx. Fech. Osc.Acesitii ON INT 390000 65,00 59,00 59,72 65.00 60,00Acesita PN INT 460 000 60.00 60,00 60,71 65,00 63,50 ? 19.5Acosita ON P 100000 53,00 53,00 54,00 55.00 55.00^19.5Acositn PN 820 000 46.60 46,60 46.91 47,50 46.80 + 11.4AcosVillPN 1 130000 41.50 41.50 42.70 43.99 43.99 + 8.6Adubos TrevoPN * 40000 1 190.00 1.130,00 1.147,00 1 190.00 1.130.00 ^3.6Agrale PN' 115000 420,00 420,00 424.70 480,00 400,00 ? 14,2Agrimisa PN' 100 000 200,00 200,00 200.00 200.00 200,00 ? 81.8Agrocoros PN' 900 000 2 850.00 2 850,00 2 894,44 2.900.00 2 900,00 *Alpargatas ON 60 000 32,80 32.80 33,30 35,00 35.00 ? 6.0Alpargatas PN 2940 000 27.20 27.20 28.24 29,00 28,70 +5.5Amadeo Rossi PN'ED... 7 169 000 270,00 270,00 270.00 270.00 270,00 +1.8Amorlca Sul PN 193 0 000 57,00 57,00 57.00 57.00 57.00 -1.7Antarc Piaui PNA 7 000 170.00 170,00 171.43 175,00 175.00+16.6Antarctic Mg PN 25 4 500,00 4 500,00 4.500.00 4 500.00 4.500,00+12.5Antarctic Pb PNA 9812000 37.90 37.90 38.32 40,00 38,00 * 1.3Antarctica ON 27.260.01 27260.01 27.26001 27 260.01 27.260,01 -0.5luatoc PN * 286000 485.00 485,00 489,51 499,99 499,99 + 3,0acruz PNB 315 000 360,00 360.00 360.22 365,00 365,00 ? 1.3rtox PN * 4 100000 560.00 560,00 502.44 570,00 560,00 ¦+ 0.9vipal ON * 9000000 215.00 215.00 217.37 220,00 215.00 + 2,3jevedo PN' 5000 5200,00 5200.00 5.200.00 5.200,00 5.200.00 =3ahia Sul PNA 14 000 64,00 64,00 64,00 64,00 64.00 -0,0Bamorind Br ON 130 000 3.50 3.50 3,50 3.50 3,>50 t-1.4Bamorlnd Par ON 800 000 2,00 2,00 2.00 2.00 2.00 + 2.0Bamorind SogON 17000 1.85 1,85 1.85 1,85 1,85 + 2.7Bamorind Seg PN 371000 1.85 1.85 1.85 1.85 1.85 + 2.7Bandeirantos PN INT .... 123000 7.70 7.40 7.65 7.70 7.40 -2.6Bandeirnntos PN P 37 000 7.15 7.15 7.15 7.15 7.15 +0.2Banur) ON * 14 000 000 5.79 5.79 5.00 5,60 5,00 -0.3Banorj PN * 25 300000 5.65 5.65 5,65 5.65 5.65 -5,6Banespa PN 13 800 000 1.490,01 1.475.00 1 489,24 1.500,00 1.485,00 -0.3Baptista Sil PN 1000 42.00 42.00 42.00 42.00 42.00 + 5.0Bardella PN 1020 14 500,00 14 500,00 14 500,02 14 501.00 14.500.00 + 0.1Barretto PNB* 10000 799.99 799,99 799,99 799.99 799,99 -0.0Bolgo Mlnelr ON INT .... 250.000 28,00 27,00 29,06 29.50 29,50 -1.6Bolgo Mineir PN INT 510.000 23.00 23,00 23,25 23.50 23,01 +0.0Bolgo Mlnelr PNP 10.000 21.00 21,00 21,00 21.00 21,00Jolprato PN * 100 000 65.00 65.00 65,00 65,00 65,00BomgeON* B51000 100.00 175,00 177.94 180.00 175.00 -2.7BoscPNA* 139000 580,00 580,00 580.00 580,00 580,00 * 2.6BescPNB* 306000 581.00 580.01 580.33 581.00 580,01 f-6.4

BicCalOtPNB* 4400000 520.00 520.00 546.14B*c Monark ON 300 12200,01 12.200.00 12200.01 1Bjobras ON 2000 19.00 19.00 19,00BiobrasPNA 85000 14.00 14.00 14,29BombnlPN* 75100000 5100,00 5 100.00 5 249.80BradescoONED 4950 000 5,20 5,20 521BradoscoPNED 35460 000 5 80 5.70 5.76Brahma PN 10600 000 34,99 34,00 34,58Brasil ON * 13240000 2 180.00 2 180,00 2199.92Brasil PN 97500000 2 500.00 2 410,00 2458.27Brasilit ON 50000 344,00 344.00 344.00Brasmotor PN 5080 000 35,40 35.00 35.22Brinq Mimo PN * 179000 000 1.69 1.69 1.71Brumadinho PN * 40000 000 39.00 38.01 38,51Cacique PN 503 000 53.00 53,00 53.01Caemi Metal PN 10520000 16,00 15,31 15.65Caetano Bran PN 40 000 1 700.00 1 700,00 1.700,00Coiua ON * 135 000 500,00 500.00 500.00Cambuci PN 50 000 15.00 15.00 15.00Casa Anglo PN 9647.000 22.00 21.99 22,00Casa J Silva PN 1152 000 40,00 40.00 40,00Celesc ON 56 000 98.10 98.10 103.77Celosc PNB 266 000 104.00 104,00 104.83Celul Irani PN 90 000 80.00 80,00 80.00Cen:«po PN * 6 000 600,00 600,00 600.00Cemig ON * 34600 000 280.00 280.00 286. t3Comig PN 2.371000 000 320.00 310.00 318.07Cer| ON * 384600 000 18.50 17.52 17,60CespON 152000 320,00 295,02 306.32CeapPN 174 000 300.00 300,00 314,77Coval PN 123800 000 1350.00 1 300.00 1391.02Chapeco PN' 500 000 74.00 72.00 72 80Cia Hering PN * 1750 000 1 600.00 1 599.99 1 633.55CimltauPN M0 000 5099 50.99 51.00CotapPN *EO 19700000 3 2/0,00 3 049.99 3 061.12Confab ON 20 000 130.00 130,00 130,00Confab PN 1000 135,00 135.00 135.00Consul ON 3000 350 00 350.00 350.00Copene PNA 180 000 48./0 48./0 48,86Cor Rlboiro PN * 50 000 299.00 299,00 299.00Corbotta PN' 29365 000 33.00 33 00 33,98Cosigua PN 100 000 4,40 4,40 4,40Cotominas ON 3562000 27,99 27,50 27.94Coteminas PN 496 000 32,00 32.00 32.00Credito Nac PN 1300 000 2.82 2.80 2,81CremorON 5977000 12,10 12.10 12.11Cromer PN 3279 000 6,00 6.00 6.00DHBPN* 2734000 3250.00 3200,00 3355.23Duratex PN 480 000 9,60 9,60 9 69Eberle PN 515500 000 5./0 5.70 5.93Econotnico PN * 540 000 2.900,04 2.900.04 2940.28Elobra PN 5 000 700,00 700.00 700.00Elotrobras ON INT 74 790 000 29,60 29,60 30.51Elotrobras PNB INT 47350.000 30.01 29,50 30,53ElumaPN* 700 000 1 800 00 1.750.00 1 650,00EmbracoON 5 000 270.00 270.00 270.00EmbraorPNANT 40 000 10.50 10.00 10.38Enxuta PN' 2 000 1.150.05 1 150.05 1 200.03Ericsson PN* 13500000 1.180.00 1 180,00 1 180,74Estrola PN * 21900 000 430.00 420,00 447.23EtormtON 20 000 74,00 74,00 74.00F Cataguazes PWA'EB1693000 000 6.20 6.15 6,35FabC RenauxPN 1000 25,00 25.00 25.00Ferro Ligas PN * 17 500 000 90,01 90,00 90.71Fortibras PN * 65250 000 54,00 54,00 54,69Forlisul ON* 1000 000 130,00 130.00 130.00Fortisul PN* 15000 000 100,00 100,00 110.50Ficap/marvin ON 50.000 29,50 29,50 29.90Ficap'marvm PN 40 000 22,49 22.49 22.49For|a Taurus PN 67500000 73,00 70,50 72.93Foslertil PN * 1000 000 250,00 250.00 250.00Fras-le PNA* 6500 000 390,00 390,00 414,15Frigobras PN 100 000 820,00 820.00 820,00Gazola PN 2000 30,00 30,00 30.00Gradionto PN * 113.000 4.800,00 4.800.00 5 065.49QranolooON* 2 000 4 500.00 4.500.00 4 500,00Guararapes PN 40 000 115,00 115,00 116.25GurgelPN 13 000 17.05 17.05 17.75Habitasul PNA* 2 000 2 000.00 2.000.00 2 000,00lap PN 3.500 000 4 550,00 4 550.00 4605.71Inds Rornl ON 40.000 4.400.00 4 400,00 4.400.00Inds Romi PN * 1 900 000 3 050,00 3 020.00 3.030.47InoparPN* 67800 000 149,00 148,01 155.24lochp-maxion PN INT .... 60.000 31.00 30.95 31.00Ipiranga Pet ON *ES 500.000 1.000,00 1.000.00 1.000,00Ipiranga Pet PN *ES 82.000 000 1.271.00 1.271.00 1.297.29Ipiranga Rot PN * 35.641 000 1 300,00 1.300,00 1.339.50Itacolomy PNA 2.000 52,00 52.00 52.00Itap PN * 110000 4 150.00 4 150.00 4 192.37Itaubanco ON EDB 120 000 38.01 38,00 38.01Itaubanco PN EDB 600 000 43,00 42,00 42,57ItausaPN 597 000 90,00 90.00 92.11ttautec PN 5.900 000 345.00 340,00 345.B5Karsten PN 2310000 0.29 8.00 8.00Klabin PN 554.000 220,00 215.00 220,98La Fonte Fee PN 1.149 000 22,99 22.99 22.99La Fonto Par PN 5.000 72,00 72.00 72.00Lacesa PN 100 000 5 500,00 5.500.00 5.500,00Lam Nactonal PN * .100.000 441.00 441.00 441,00Loco PN ED 50.000 9,00 9,00 9.00Light ON 2250.000 51,0Q 51,00 54.29Lirnasa PN * 946 000 1240,00 1.231.00 1.232.90

550.0112.200.0119.0015.005250.015,305.9035.502250.002.500.00344.0035.501.7339,0056.0016.001 700,00500,0015,0022.2540,00105,00105.0000,00000.00290.00323.0018,50320.00335,001 400,0174.001650,0051.0032/0.00130.00135.00350,0050,00299,0035.004.4027.9932.002.8212,116,00500,009.706,053000.00700.0031.0031.101900,002700010,501250.001200,00470,0074.007,0025.0093.0055.00130.00120.0030,0022.4974,90250,00430,00820.0030,005100,00500,00119,9918.50

2000,004/00,004.400,003050,00170.0031.001000.001.310,001.350,0052.004.200,0038.0143.0095,00350.018.29225,0022.9972.005500,00441.009.0055,501.240,00

550.0012200.0019,0015005250,005,2057035,502 250 002430.00344,0035.501.7338.5056.0015.981.700.00500,0015.0022.2540.0098.10105.0080,00600,00290.00316,0017.60306,50335.001400,0072,001639,0051,003060.00130,00135,00350.0050,00299,0035,004.402/5032.002.8012.116.003400.019.706.002915.00700.0031,0031.001900.00270.0010.001250,001.200,00420,0074,00

+ 3.5+ 1.6/+ 7.1+ 0,9+ 0.9

+ 0.8-0.2-0,5

12.0+ 4.4I

/-4,7+ 5.0

+ 3.5+ 3.2•1.1+ 3.111,610.2-4,0+ 2.4+ 2.0+ 2.0+ 3,0+ 2.94 2,9+ 9.70.03.2-4,742.4

27.2* 6.8+ 6.810,4» 8.011.1f 8.6+ 1.2-2.3-6.37.00 + 14.725.00 /93,00 + 5.655.00 *-3,7130.00120.00 * 20.030.00 + 36.322.49 -0.074,90 +4,025000 +2.0

430,00 + 17.8820,00 +5.130.00 + 20.05100,00 /4500,00 /115,0018.00 -10.02.000.00 + 33.34 700,00 -+ 6,84 400,00 +1.93041,00 + 0.3157.51 +8.430,95 -0.11000.001.310.00 +3.11.335.00 +2.652.00 + 4,0200,0038,00 =

42.5095,00 + 7.3340,00 +4.58,00225.00 +4,622,99 /72.00 + 2.8500.00 +10.0441,00 +1.39,0055,50 +8,81231.00 -5.3

•0.8?5.5-4.1•0.0-2.0

-3.2+ 0,7

Llx Da Cunha PN * 10 100 000 500,03 500.00 500.03 500,03 500.00 -0.0Lo|as Americ ON INT .... 1000 205.00 205.00 205.00 205.00 20500 * 2.5Loias Americ PN INT .... 60/000 205 00 198.00 198.13 205.00 198.00 + 4.2Lojas Rennor PN 1 194 000 800.00 800,00 800.00 800.00 800.00Magnesita ON 100000 1 420.00 1 420.00 1 420,00 1 420.00 1 420 00 * 9 2Magnositn PNA* 19 400 000 950 00 800.00 912.63 950.00 8/5.00 -2.7MaioGaHoPN* 5 350 000 99,98 98 00 100 81 105 00 10500 '16 6ManahON* 100000 3 800.00 3 800,00 3 800.00 3 800.00 3 800 00- 15.1ManahPN* 200000 2 400.00 2 400.00 2 400.00 2 400 00 2 400,00Mangols Indl PN 1600 000 7,61 /40 7.74 7.95 .'.60MannosmannON 3/000 180.00 180 00 101.46 190 00 190 00Marcopolo ON 31000 25.00 25,00 29,06 29.20 29.20Marcopolo PNB 119000 28.00 28.00 26 00 28,00 28.00Matec ON * £0.000 499.59 499 99 50U.IAJ 5U).uU 5»Xi.úüMatecPN* 140000 490.00 490,00 490 00 490 00 490,00Mondes Jr PNA* 192 420000 2 400.00 2 400.00 2 542.86 2 550.00 2 550.00Mondtts Jr PNB'192 300000 2/00.00 2.620.00 2 /26.67 2/80.00 2 620 00 -4.7More Invest PN * 292 000 2 750.00 2 750.00 2 750.00 2 750.00 2 750 00 ? 10.0Merc S Paulo PN INT .... 36000 7.80 7.80 7 80 7 80 /.80 '2.4MesblaPN 38000 60 00 60.00 60,38 61.00 60.50 * 2.5Mot Barbara ON * 1000000 420.00 420.00 420.00 420.00 420.00 «5.0Mot Barbam PN 124 900 000 215 00 210.00 212.40 215.00 213.00 -0,4Mot Duquo PN 8 000 5.00 5,00 5.00 5,00 5,00 /Mot Gerdau PN 200000 19.00 19.00 19.00 19.00 19,00 + 5.5Metal Levo PN 7.240.000 9.10 7.80 8.20 9.10 8.16 -1.0Motisa PN * 50000 290,00 290,00 290.00 290.00 290.00 -3.3Minupar PN * 21 000 000 27.00 27,00 2 7.09 20.99 20.99 M 1.5Moinho Sanl ON 2000 500,00 500.00 500.00 500.00 500 00Moinho Sant PN 1000 530.00 530.00 530,00 530.00 530.00 • 9.2Monlreal PN * 495000 620,00 620 00 620.00 620,00 620.00 - 3.3Moto Pecas PN* 2 165000 400,00 400,00 422.91 425.00 410,00 -3.5Multitúxtil PN 108 000 235.00 235,00 235.00 235.00 235,00 ? 3.0Nacional PN ED 2010000 12.00 11.99 12.00 12.00 1200 -4.0Nord Brasil PN * 1100000 400.00 400 00 400.00 400 00 400.00Nordon MetON 3307000 21.00 21.00 21.10 21.50 21.50 '3.8Noroeste PN 1000 61,00 61.00 61.00 61.00 61,00 - 24.4Olma PN * 230000 930,00 790.00 796.09 930,00 790,00 -9,1Oivobra PN * 6600 000 62.00 58,01 59.01 62.00 50.81 -3.5Orion PN 380 000 70.00 70.00 /0.00 70 00 70.00 + 2.9OsaPNMNT 2 760000 1 590,00 1 590 00 1 599.64 1 600.00 1 600.00 * 3.2Osa PN *P 8 500000 1 610,00 1 610.00 1 610,00 1 610.00 1 610,00 /Oxiteno PN * 12 400 000 5/0.00 570.00 622,32 650.0-3 650.00 ? 16.0Panvel ON 5 000 000 45.00 45.00 45 00 45.00 45.00Papol SimaoPN *ES 17.300000 3 950.00 3 900.00 3 91B.73 3 950.00 3 930.00Para Dominas PN * 7 000 570,00 570.00 570,00 5/0,00 5/0,00Parnibuna PN' 200000 1150.00 1100.00 1.125.00 1150,00 1100.00 -0,0Paranapanerna PN * 67 500 000 2.650.00 2 550.00 2 640,63 2 700,00 2 /00.00 »8,0PauÍF Luz ON 40 980 000 8.20 8.00 0.17 8,49 8,49* 11.7Paul F Luz PN 10000 5.00 5 00 5 00 5.00 5,00 '4.1Pordigao ON * 800 000 80,00 80,00 B0.00 80,00 80.00 ? 6,6Perdigão PN * 84 500 000 86,00 83,50 84.69 8/.00 8/.00 * 6,0Pordigao Agr PN 400000 159,00 159,00 159.74 159.99 159,99 -0.0Perdigão Alm ON * 610 000 330.00 330.00 330,00 330.00 330.00 /PotrobrasON 10960000 9,22 921 9,71 10,00 1000 *9,8Potrobras PN 149 568000 16,00 15.60 16.43 17,50 17.50+ 16.6Petrotlex ON ED 731000 28.00 2760 27,95 28,00 2800 * 3,7Potrotlox PN ED 1828000 19,00 19,00 19.49 21,00 21,00*13.5Potlonati PN 13.700 000 1.900.00 1 800 00 1 858,56 1 901.00 1.850.00 -2.6Povo Pari ON 6.000 17.00 17,00 18 00 19,99 19.99 *17.5Polialdon PN * 1000 4.100.00 4 100.00 4 100.00 4 100.00 4 100,00 * 7.8Produtores ON 5000 6.00 6,00 6.00 6,00 6.00ProgressoPN* 216000000 11,00 10,80 10,99 11.00 11.00Promotal PN * 20.703000 64.90 64,90 65.07 70,00 64,90 -4,5PronorPNA* 300000 17.00 17,00 17.00 17.00 17.00 * 21.4Quimlc Geral PN • .... 1.004000 562.00 562.00 562.00 562.00 562.00 -12.1Randon Part PN • 43 010000 30.01 88,00 89.33 90 01 89.00RealON 30.000 184,04 184.04 184,04 184.04 184,04RoalPN 30000 58,00 57,11 57.41 58.00 57.11Real Cia Inv ON 4 000 50,00 50,00 58,00 50.00 58 00Real Cons ON 1000 143,00 143,00 143,00 143 00 143,00*10.0Roal De Inv ON 2 000 220,01 220,01 220.01 220.01 220,01 * 5,3Real De Inv PN 1.000 191.02 191.02 191.02 191.02 191.02 ? 1.3Roal Part ON 1000 100,00 100,00 100,00 100,00 10000 -69Roal Part PNA 7000 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 * 11.1Roal Part PNB 7000 100,00 100,00 100.00 100.00 100.00 ? 11.1Rocrusul PN 10 000 750.00 750,00 750 00 750.00 750.00 + 7.1Rnlnpar PN'INT 73 800000 168,00 168,00 169.80 180.00 180.00 >5.8RipasaPN 20000 35,50 35.50 36,65 35,60 35,60 t 0,2Sadia Concor PN 82.500.000 1.300.00 1.300,00 1 321.85 1.350,00 1.350,00 +3,8Sadia Oosto PN * 81000 460,00 460,00 460,00 460.00 460.00Salgema PNA* 1.000 000 430,00 430,00 430.00 430,00 430,00Salgoma PNB* 3.100000 930,00 930.00 942.90 960.00 960.00 * 2.6SamitriON' 20000 7 600,00 7.600,00 7 600.00 7 600,00 7.600,00 M.3Samltri PN 1.470000 5.600,00 5.300,00 5.497.96 5.600.00 5.300,00 -3.6Schlosser PN * 4.630 000 35,00 35,00 35,00 35,00 35,00Sharp PN *ES 5.000 000 225.00 220,00 225.72 228.90 220,00Sid Informal PN * 6900 000 800,00 700,00 794.06 800,00 792,00 -7.9Sid.Aconorto PNA 26.000 5,10 5,10 5,10 5.10 5.10Sld.Guaira PN 2.540 000 7.00 7.00 7.10 7.10 7.10 +1.4Sld.Naclonal ON *SOF... 299 930 000 3.700,00 3.600,00 3 792.12 3.900,00 3300,00 * 9,5Sid Palns PN * 10 000 2.200,00 2200,00 2.200.00 2200,00 2 200,00 +2,3Sid Riogrand PN 14.700.000 6,90 6,90 7.03 7.20 7.20 ? 6.8Sid Tubarao ON * 810 000 000 63.00 63,00 64.97 67.00 66.00 » 32.0Sid Tubarao PNA* 817990000 70,00 70.00 71.53 73,00 7300 * 8.9Sld Tubarao PNB* 4.141.611000 69,50 69,20 72.29 76.80 76,00+ 142SifcoON* 107 000 7 000.00 7.000.00 7 000,00 7 000 00 7 000.00 /SilcoPN- 801000 6,900,00 6 500.00 6.647, BI IMBUO 6 590,00 + 4.6Simosc PN 123.400 000 20,00 19,70 19£0 20,50 20.50 + 7.8Solorrico ON 3.000 220,00 220,00 220.00 220,00 220,00 /Soiorrico PN 211.000 260,00 260,00 268.13 270,00 266,00 + 6,8Souza Cruz ON 36.989 1.400.00 1.400.00 1 451.56 1.500.00 1.500.00 » 12.3SpringorPN 1.000 7,«"ü 7..0 7.70., 7.70 7.70 + 10.0

/+ 3,7

+ 0.7-1,5+ 05

Sudamoris ON 30 000Supergasbras PN 2.600000SuzanoPN 25000Tum PN * 5500 000Tcchnos Rei ON 50 000Tectoy PN * 5500 000Teka PN * 36 500 000Tel B Campo ON INT 78 000Tpl B Campo PN INT 91 000Telebahia ON ES 9/000Teiobras ON " 53 500 (XX)Telobras PN *INT 1 /20900000Telebrasilia PN 1 000TolemigON 'INT 193000Telomig PNB"lNT 130 000Tolopar ON 190000TeleparPN 179 000Tolor| ON INT 250 000Telur| PN INT 6550 000Tolosp ON INT 440 000TolespPNINT 6610000Tox Renaux PN 1 000libras PNA 11000Trato PN* 10 700 000Transbrasil PN " 600 000Transparann PN 3 000Trovisa PN * 30 000Trombini PN * 5200 000TupyPN* 1100 000Ucar Carbon ON *. ... 5 709 000Unitianco ON . 10 000Unibanco PNA ...... 6 330 000Unibanco PNB 10000Unipar ON * 4 600 000Unipar PNA' 500 000Unipar PNB* 5 458 400 000Us.mmasPN* 3 421900 000Vucchi PN * 2411000 000Vale R Doce ON 1 320 000Valo R Doce PN 39680 000Varga Freios PN 12 910 000Vfltig PN 80 000Vidr Smannn ON 2H000Vigor PN 40 000Vilejack PNB' 100 000Wetzol Fund PN * 22 300 000Wtítzet Met PN * 4 6/0 000Whit Martins ON * 2 115 100 000

ConcordatáriasAliperti PN * 2 000Cal Brasília PN 2281000Cobrasma PN 1 000Contori» PN * 5 500 000CurtPN * 100 000Edn PNA* 105 000Farol PN* 10 000Horlng Bnnq ON * 1 100 000Hormg Bnnq PN 1541500 000Jaragua Fabr PN 3/ 000LumsPN* 63219000Madeirlt PN * 1450000Porsico PN * 2 000 000Vorolmo PN * 2000 000

700108.00499 091 150 004 /00.0012500190,0030.003«i 019005440 006 550,0031.89/ 000.00/ 080 00510056 1010,/010,5054 00610039/.00100.90300.00500.0010.00780.00531001050.00210.0095010981100130011./211./5132.0003214,40143011.1625.99830.0015,3310.0068,00330,0044,50

5500.0045,00/.00115.00155.001200.00100.0010.400.8837.9945.9968,0072.00285,00

7 0010500499.941 150 00/00 00125 00183 002/0132 509.00440.005500031 89OUO.OO7 080.0051.00bi.io10 /o105054,0003,9039/.00100,00300.00500,001000780,00510001010,00210,009.5010.9011.00130011./211.61130 000.291440143011.1625.0082400153310,0067.99330.0044.50

5 500.0045.00700115,00155001200,001000010.400.8837.9943,5067,5072,00285,00

7.00105 12506,781 151.274 /00.00128.18190./628 9433.529.0156/9/4663/3531.89/ 021.717 080.6251.9257.5011.69558066.43397.00100 82301.59500.0010.00/80.00523,081 046.36210009,5011.1411.0013.0011/211.81131.660.3114 4114/411.1625,62828 1115.5710.0068.32331.8246.22

5750 0045 0070011500155.001200.00100.0010.451,0337.9943,5-167.8473.20285.00

7.00106.00520001 164 004 /00.00130 001%0031 ÜO36 029 505850007 0000031897 060.007 100,0052.0058,5012.5012,505/0068.0039/00100.90310,00500.001000700.00540.001 050.00210.009.5011 /01100130011./211,95134 000.3214.8015,0011.5026 00030.0016301000/1.50335004/.01

6000.0045.00/.0011500155,001200 00100 0010.451.103Z.9945,9960.0076.00285,00

Fech Osc7 00 * 1 4105 CO '8 2520,00 * 6 11 164,00 • 12/00 00 • 3 8130 00 -07195 00 «6431.00 • 13 933.60 b 6950 /800 00 ? / 469/0.00 *60

31.89 • 99/ 060 00 * 0// 100 00 * 1. 451 50 • 0,95/,50 +2612.50 * 25 01250 ? 21 356,00 ? 5 667,99 t 9 6397,00 /100.00310 00 * 3.3500 00 + 10 810.00 /780 00540.00 * 181010.00210,00 • 0 49.50 -1 111. /0 *651100 ? 4,813.00 - 2 311.72 • 16 811,95 • 4,8133 99 • 4.6029 -12.114 60 -4815 00 • 8 ,611.50 • 7 425.60 ? 2,4824.00 -0,716.30 • 15.610 00 /68.00 -14335.00 • 1 54/01 • b •>

000.0045.007.00 /115.00 -4.1155001200.00 /100 00 ' 0 010,45 » 0,91.09 ? 26.737.99 /43.50 -6,467.50 -3.575,00

Termo 30 diasQtd. Abt. Min. Mòd. Máx. Fech. Osc.

Mannosmann ON . 31 000 248.88 248,88 248,88 248,88 248,88 0,0

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JORNAL DO BRASIL NEGÓCIOS & FINANÇAS quinta-feira, I l/l 1/93 a 5

Mercado recusa de novo

juro oferecido

por BBC

O Banco Central surpreendeuo mercado ontem ao não vender,novamente, os BBCs de 28 diasque já não tinham sido negocia-dos no leilão da véspera. O BCofereceu uma taxa de 47,15% masa proposta não foi aceita pelomercado. O mercado ficou emfunção disso bastante líquido, e astaxas cederam. O Banco Centralteve que tirar o excesso de dinhei-ro em circulação através de ope-rações de overnight. O BC foi to-mador de dinheiro três vezesdurante a manhã, mas pagou ju-ros mais baixos pelo papel —49%, 48,98% e 48,90%. Mas nofinal do dia sinalizou a taxa doover para hoje em 49,15%.

O mercado agora aguarda comexpectativa qual será o comporta-mento da autoridade monetária.Se o BC não fizer o leilão de

BBCs hoje, o que se especula éque a instituição quer punir omercado por não ter aceito as ta-xas oferecidas pelo papel na terça-feira. Agora, quem precisar dostítulos terá que aceitar as taxasque o BC pagar. Os CDBs de 30dias foram negociados a 4.700%na média, o que corresponde auma taxa over de 46,70%, bemmais baixa que a da véspera.

O dólar no paralelo foi cotadoa CR$ 188 para a compra e a CR$194 para a venda. O comercialcontinuou acima do black e foicotado a CR$ 196,695 (compra) ea CRS 196,700 (venda), e o BC fezdois leilões de compra nesse mer-cado. O flutuante fechou a CRS197,10 para a compra e a CRS197,20 para venda, um poucopressionado em razão de uma saí-da de dólares do país.

Uma queda de braço à vista

SÃO PAULO — O BancoCentral e as instituições finan-ceiras iniciaram uma fase derusgas, quase uma queda debraço. O BC não aceitou pagaras taxas de juros que os bancosquiseram cobrar para comprartítulos federais, anteontem,por considerá-las muito altas.

Ontem, o BC deixou os ju-ros do mercado caírem, semparticipar das operações deovernight, de manhã, e depoisrecomprou dinheiro a termo auma taxa maior, o que foi in-terpretado como uma puniçãoàs instituições financeiras.

Esses fatos preocupam al-guns banqueiros que, reunidosem almoço em São Paulo, nasede de um banco, decidiramdescaracterizar qualquer climade confronto.

"Queremos descaracterizarqualquer conflito entre o BC eos bancos", afirmou um dosparticipantes do encontro."Pedimos taxas mais altas emvirtude da instabilidade econô-mica e para garantirmos prê-mio suficiente em relação a es-se quadro. Nada mais queisso."

União recebe menos do

que fundos de

pensãoBRASÍLIA— O governo federal

recebeu das estatais, em 1992. di-videndos inferiores aos repassesfeitos por estas empresas aos fim-dos de pensão de seus funciona-rios. Foram apenas USS 233 mi-Ihôes repassados pela CompanhiaVale do Rio Doce, Eletrobrás, Pe-trobrás, Tclebrás e Banco do Bra-sil, que pagaram no mesmo perio-do USS 736 milhões aos fundosde previdência privada.

Técnicos cio Ministério do Pia-nejamento calculam que seriaaceitável a geração de dividendosde USS 2 bilhões para essas em-presas.

Preocupado com esta situação,o governo exigirá no próximo anoum ajuste extra das empresas, pa-ra que estas possam realizar seusinvestimentos sem depender demais recursos do Tesouro nem di-minuir os repasses de dividendos.

O principal ajuste deverá serna folha de pagamentos, que nãodeverá ultrapassar os USS 25 bi-Ihòes previstos para 1993. O dire-tor do Departamento de Controledas Empresas Estatais (Dest), Ar-lindo Santana, diz que se nada forfeito, só com a aplicação da leisalarial os gastos com pessoal dasestatais em 1994 irão para USS

27,7 bilhões, e se a indexação forfeita para todas as faixas de salá-rios, os gastos subirão para USS30 bilhões.

Ontem o Comitê de Coordena-ção das Estatais (CCE) aprovouos primeiros acordos salariais,com as novas regras restritivas,para as empresas Conab, BN-DES, Caraíba Mineração e subsi-diárias da Pctrobrás. Na próximasemana serão analisados os acor-dos do Banco do Brasil. CEP,Basa, BNB e Enasa. Os acordosprevêem que a política salarial se-rá mantida até a faixa de seissalários mínimos.

O As participações minoritáriasque as empresas estatais possuemem empresas públicas e privadasserão incluídas formalmente noProgama Nacional de Desestatiza-ção (PND). Segundo o ministro doPlanejamento, Alexis Stepanenko,todas as empresas terão que cnca-minhar as ações ao BNDES atédezembro. "O Banco é o que estámelhor aparelhado para efetuar asvendas", informou o ministro, queprevê uma arrecadação de USS 750milhões com as vendas das ações,que possuem um valor patrimonialavaliado em USS 11,8 bilhões.

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Com forte atuação de investido-res estrangeiros, as bolsas de valo-res voltaram a subir ontem e fecha-ram o pregão com altas expressivasc aumento no volume financeiro. Oboato de que o governo iria iniciara aplicação de um indutor na eco-nomia baseado na correção do dó-lar, neste final de semana prolonga-do, tomou conta dos mercadosontem. Alguns analistas afirmaramque o mercado voltou à expectativade que o governo vá adotar medi-das eficazes contra a inflação.

"Neste processo as bolsas já re-

cupcraram quase 70% da queda vc-rificada com o estopim da crise noCongresso", afirmou o diretor daCorretora Itaú, Renato Ornclas.Na Bolsa de Valores do Rio, o IBVfechou em alta de 7,1% nos 8.234pontos, movimentando CRS 4,3 bi-ihões. No geral, o setor de teleco-municações subiu 11,2% e o deenergia, 10,6% no pregão carioca.O Ibovespa teve valorização de6,95% nos 22.828 pontos. O volu-me de negócios chegou a CRS 51,4bilhões, levando-se em conta que oBamerindus Leasing realizou leilãode 70 mil debêntures no pregãopaulista. Todos os papéis foramvendidos e o volume financeiro des-sa operação chegou a CRS 18,3bilhões. Já o índice Senn (pregãonacional) fechou em alta de 7,3%nos 80.014 pontos. Os negócios noSenn totalizaram CRS 5,1 bilhões.

Foi um dia quente, comemorouum diretor de uma corretora doRio. O pregão carioca abriu firmecom alta de 3,1%, com pequenarealização de lucros antes das 13h eoutra por volta das 15h30, mas de-

Boatos de plano

elevam bolsas

¦ Alta é de 7,1% no Rio e 6,95% em SP, com expectativa de medidas contra inflação

Telebrás é a

Ia em valor

de mercado

OSCILAÇOES DO IBV

(Èni pontos)!

«

i$ íii i

pois se recuperou. Segundo especia-listas, houve forte pressão compra-dora nas bolsas e a presença deinvestidores estrangeiros. Não só asações blue-cliips como as de segun-da linha foram procuradas.

Os destaques foram os papéisdas estatais, principalmente Petro-brás PN que, no Senn, teve valori-zação de 14,67%. Entre as ações dosetor elétrico, a maior alta ficoucom a Companhia Paulista de For-ça e Luz com variação de 15,28%.Os papéis BN da Companhia Side-rúrgica de Tubarão, recentementeprivatizada, também tiveram desta-que nas bolsas, com valorização de14,29%.

Choque — O consultor PauloYokota. que trabalha no escritóriodo deputado Delfim Netto. em SãoPaulo, foi um dos que telefonouinsistentemente para seus clientesanunciando o início do programaeconômico para o final de semana.

Os investidores cm bolsa acatarama informação e detonaram ordensde compra. Segundo Eduardo Ro-cha Azevedo, presidente da Corre-tora Convenção, o mercado nãoacredita em um choque, mas natomada de medidas necessárias pa-ra estabilizar a economia."Esse conjunto de medidas queo governo parece estar preparandoé bom", afirmou Rocha Azevedo."Não será um choque, mas umaprefixação via câmbio que pode le-var a inflação para algo como 15%ao mês."

Para Nathan Blanche, presiden-te da Associação Nacional do Ouro(Anoro), não há outra saída. "O

governo está num mato sem ca-chorro", comparou. "A inflaçãopassou de 24% para 36% em umano por falta de credibilidade namoeda nacional e agora não temjeito, o navio Brasil só tem ancora-gem possível no dólar mesmo."

O A atuação do Banco Centralno overnight e os boatos de ado-ção de um indutor na economianeste final de semana fizeramcrescer mais dc 40% as negocia-ções na Bolsa dc Mercadorias &Futuros (BM&F). A bolsa regis-trou volume de CRS 557,9 bilhões,com 273.139 contratos. O índicede ações apresentou alta de6,29% e o mercado futuro de taxade juros fechou em 37,76% estemês e em 38,47% para dezembro.Somente nesse mercado a BM&Fmovimentou CRS 343,8 bilhões.O grama do ouro atingiu CRS2.345,00, com alta de 1,52%.

Dentre as cinco empresascom maiores volumes negocia-dos na Bolsa de Valores do Riode Janeiro, a Telebrás manteve aliderança, em outubro, como ade maior valor de mercado, comUSS 9,624 bilhões. Na segundaposição aparece a Eletrobrás,com USS 7,265 bilhões e, a se-guir, a Companhia Energéticade São Paulo (Cesp), com USS4,945 bilhões. A Petrobrás pas-sou para a quarta colocaçãocom USS 4,568 bilhões e Telesp,com USS 4,558 bilhões, ocupaquinta posição.Em outubro, o valor de mercadodas 580 empresas registradas naBolsa do Rio apresentou quedade 5,25% cm relação ao mêsanterior. Esse valor atingiu aUSS 87,9 bilhões, enquanto emsetembro totalizava USS 92,8 bi-lliões.

O volume médio diário nego-ciado no pregão carioca tambémteve queda no mês passado. C)mercado de ações caiu 21,54%em relação a setembro, com vo-lume médio diário de CRS 4.9bilhões ante CRS 6,3 bilhões nomês anterior. Já o IBV (índice delucratividade ds ações negocia-das na bolsa do Rio) mostroualta de 27.06% em relação aofechamento de setembro.

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O a quinta-feira, 11/11/93 NEGÓCIOS & FINANÇAS JORNAL DO BRASIL

Votorantim quer

adquirir

estatais do setor elétrico

¦ Grupo, grande consumidor de energia, vai disputar os leilões

SÃO PAULO — Antonio Ermiriode Moraes, diretor-superintendentedo grupo Votorantim. admitiu on-tem na Fiesp que está interessadoem participar de lorma incisiva nosleilões de privatização do setor elé-tricô. A afirmação foi feita duranteum seminário que reuniu durantetodo o dia de ontem na Federaçãodas Indústrias do Estado de SãoPaulo (Fiesp) cerca de 100 repre-sentantes do setor elétrico. O obje-tivo era propor alternativas para osegmento, que. segundo o presiden-te da Fiesp, e também empresárioda área elétrica, Carlos EduardoMoreira Ferreira, precisa dessas so-luçòes para impedir a crise energèti-ca anunciada para os próximosanos.

Para o presidente em exercício daEletrobrás. Marcos José Marques, apreocupação do empresário é real."De fato há vulnerabilidade das na-çòes para atender á demanda proje-tada. Uma das alternativas propos-tas para captar investimentos para osetor e que recebeu grande apoio foidestacada por um potencial partici-pante dos leilões de privatização. Oempresário Antônio Ermirio deMoraes, admitiu seu interesse comogrande consumidor em comprar asempresas estatais. "Acho

que a pri-vatização do setor elétrico deve serfeita com muito cuidado, não pode-mos acelerá-la simplesmente. Espe-ro que o governo faça sua proposta

para poder avaliar se quero ou nãoo negócio."

Desmembramento — Se-gundo Antonio Ermirio. uma dassoluções poderia ser o desmembra-mento das empresas estatais emunidades isoladas por atividadesque seriam então transformadas emnovas empresas menores com capi-tal aberto. "Essas companhias co-locariam ações no mercado e comisso captariam recursos da inieiati-va privada, que por sua vez recebe-ria em serviços os seus dividendos",disse o empresário. Para o presi-dente em exercício da Eletrobrás,essa alternativa já aparece na cons-tituiçào do Sistema Interligado deTransmissão de Enereia Elétrica.

Fiesp volta a criticar imposto

SÃO PAULO — O presidente daFederação das Indústrias do Esta-do de São Paulo (Fiesp), CarlosEduardo Moreira Ferreira, voltoua reclamar do aumento da cargatributária imposto pela MedidaProvisória 368. Segundo ele. muitasempresas deixarão de honrar seuscompromissos até mesmo com osfuncionários, já que novembro èmês de 13" salário, o que aumenta afolha de pagamento. Outro pontodestacado pelo presidente como

paulada do governo na produçãoloi a abertura do mercado com aredução das alíquotas de importa-ção.

"O governo tem de estar atento

para a entrada predatória de ini-portaçáo a partir da abertura daeconomia. Para determinados seto-res essa competição trará gravesconseqüências", afirmou.

Moreira Ferreira, que abriu oseminário sobre alternativas para o

setor elétrico, realizado na Fiesp.destacou a crise energética queameaça o pais.

"Se forem conclui-das no prazo as obras em andamen-to e se houver um crescimento de5% ao ano no parque gerador e seos investimentos de USS 5 bilhõesao ano forem mantidos, assim mes-mo corremos riscos de um déficit de7"i. em 1995 e de 15"., em 1997. Osetor produtivo não poderá supor-lar isso", disse.

Empresário é contra a MPSÃO PAULO — O direlor-supe-

rintendente do grupo Votorantim.Antonio Ermirio de Moraes, disseque considera um abuso a MedidaProvisória 368, que reduz o prazode recolhimento de alguns impostosaumentando a carga fiscal. "O

go-verno aumenta a carga para quempaga e mantém 110 paraíso os sone-gadores. Meu grupo pagou no anopassado USS 568 milhões em im-postos e ainda vai pagar mais. Eupeço a Deus que possa pagar o 13"

como sempre fiz e acho que vouconseguir, mas muitos não pode-rào", avaliou.

CPI — Antônio Ermirio mos-trou-se especialmente irônico ao fa-lar da CPI do Orçamento e dosanões. "Acho

que o João Alves estácolocando Deus em uma situaçãomuito difícil ao revelar tanta intimi-dade entre os dois. Isso parece coisade prímo-irmão". alfinetou. Muitobem humorado, Ermirio seguiu naironia dizendo que a CPI deve pu-

nir e colocar todos os culpados nacadeia "mesmo

que para isso tenhadc construir uma cadeia agrícola 11aAmazônia para caber todo mun-do", disse.

O empresário lamentou tambémo atraso na revisão constitucional."Acho muito ruim atrasar um pro-cesso como esse que deixa o paísparado, ainda por cima quando aalegação é de falta de quorum. Issopara mim é falta de decoro", alfine-tou.

Receita propõe

simplificar

a declaração do IR em 94

PORTO ALEGRE — O secretá-rio da Receita Federal, Osiris Lo-pes Filho, anunciou ontem a sim-plificação do Imposto de Rendade 1994 para pessoas físicas e jurí-dicas: os contribuintes não preci-sarão mais repetir a relação dosbens que possuem, mas apenas asmudanças ocorridas neste ano,com aumento ou redução do pa-triniônio. Para as empresas, seráreduzido o número de anexos de12 para quatro, e poderão apre-sentar suas declarações em dis-quetes.

"O governo está sinalizando

na direção de não modificar o IRde 1994 em relação a 1993, ouseja, manter-se o sistema tributá-rio atual. Nos últimos anos, a ca-da fim de ano se estabelecia umanova legislação com dezenas oucentenas de modificações, o queera muito complicado. Sou favo-rável à tese de que imposto bom éimposto velho. Meu desejo é quenão se mude novamente a legisla-ção da declaração do Imposto de

Renda", disse Osiris, que veio ácapital gaúcha proferir palestrapara a Federasul.

Pioneirism» — Mas Osirisdisse que uma das preocupaçõesda Receita Federal é não compli-car a vida do contribuinte, pessoafísica ou jurídica, e facilitar cadavez mais as declarações anuais doIR. Para 1994, ele está encami-nhando proposta de reduzir pelomenos uma dessas obrigações, ada declaração de bens. Assim. 110formulário o contribuinte não te-rá de relacionar, de novo, os bensque já apresentou na declaraçãode 1993. Só deverá incluir as mu-danças, como a aquisição de 110-vos bens ou a redução desse patri-mònio durante 1993.

Ele contou ter voltado de umareunião mundial na Itália de re-presentantes de órgãos similares áReceita Federal de inúmeros pai-ses. quando se comprovou o pio-neirismo brasileiro da adoção douso de disquetes para pessoas llsi-eas. "O Brasil foi o único país do

mundo em que 780 mil pessoasfísicas apresentaram suas declara-çòes em disquetes."

Osiris Lopes Filho acrescentouque o programa de combate ásonegação de impostos já permi-tiu arrecadação de USS 122 mi-lliões junto a 13 mil empresas de369 cidades. "Num setor tradicio-nalmente corrupto, como o dasempreiteiras, as 22 maiores delasestão sendo fiscalizadas neste mo-mento. Em 1.009 empresas deconstrução civil, que incluem asempreiteiras, a fiscalização co-brou 600 milhões de Ufir, cerca deUSS 400 milhões", disse.

Houve um aumento de 28% naarrecadação da Receita Federalnos primeiros nove meses do ano.e o acréscimo até dezembro devese situar entre 23% e 26%. Issosignificará um incremento de USS8 bilhões na arredação total pre-vista pela Receita, de USS 47 bi-lliões. Para 1994, a previsão é dese chegar a USS 50 bilhões.

Alaor Filho

? O Prefeito César Metia e 11Secretária Municipal de Cttliu-ra, Helena Severo, foram rece-bidos ontem pelo Presidente doConselho do JORNAL DO

BRASIL, M.F.do NascimentoBrito. Durante almoço, Maiafez um balanço de seus dez me-ses de gestão e informou (pielodo o planejamento de investi-

mentos para 1994 está pago.Atualmente a Prefeitura estácom USS 400 milhões em cai-xa, sendo USS 300 milhõesaplicados em títulos municipais eUSS 1110 milhões na Previ-Rio.

Projeto de US$ 700 milhões na

Amazônia incentiva consórcio

Unisys,Westinuhou-se. NEC e aHughes Air-eraft a 11 tin-ciaram on-t e m aformação dop r i m e i r oconsórcio in-ternacionapara partici-

L 1

\WEJBmRobcrt Cook

par da concorrência do programaSivam (Sistema de Vigilância daAmazônia). O projeto exigirá in-vestimenlos de USS 700 milhões,que serão captados no mercadoexterno. O Sivam foi criado pelaSecretaria de Assuntos Estratégi-cos. ligada à Presidência da Repú-blica, para monitorar a região emcasos de agressões ao meio am-biente, tráfego aéreo, condiçõesmeteorológicas, reservas indige-nas. estradas e o tráfico de dro-gas, entre outros. Como se trata

de área muito extensa, o projetoprevê a instalação de radares esistemas informatizados de comu-nicaçâo.

A Unisys. que \ai liderar oconsórcio, já participou de proje-tos de grande porte antes em as-sociações com a Hughes e a Wes-tinghouse. informou o presidenteda empresa no Brasil, RobertCook. Mas a Unisys também uli-lizará a experiência da matriz, nosEstados Unidos, especialmente nocomplexo setor de integração desistemas, informou o vice-presi-dente da área de governo daUnisys Corporation. Clyde Allen.

Radares — A Wcstinghouseficará responsável pelos radaresde observação, segmento ondetem sido o fornecedor oficial dogoverno norte-americano há maisde 25 anos. segundo Harry Gold-berg, vice-presidente para a Amé-

rica Latina. Já a Hughes, subsi-diária da General Motors,fornecerá o sistema de controle detráfego aéreo. A empresa já insia-loa mais de 25 desses sistemas nomundo, segundo o vice-presidentepara a América Latina. SamuelPrum.

A NEC se encarregará da in-fra-estrutura de comunicações. Odiretor-técnico. Sérvio Túlio Pra-do. informou que serão instaladasquatro estaçòes-màes (Belém.Manaus. Porto Velho e Brasília)e. a partir delas, pequenas esta-çòes terrenas que vão captar in-formações, através de sensorea-mento remoto, e transmiti-las aosórgãos governamentais. O diretorde Projetos Especiais da Unisys,José Roberto Santos, revelou quetrês outras empresas de menorporte participarão do consórcio: anorte-americana Erim. Hobeco(do Rio) e a paulista Teenasa.

Flexibilização no monopólio de Produtor de leite critica

petróleo já tem maior consenso

importação subsidiada

SÃO PAULO — A idéia dcuma "flexibilização

gradual e pro-gressiva" na quebra do monopólioestatal do petróleo começa a tomarcorpo junto ao empresariado. Otermo foi utilizado ontem pelo ex-ministro da Indústria e Comércio,João Camilo Penna. ao comentarpara um grupo de pesos-pesados daeconomia os primeiros resultadosde um estudo sobre a competitivi-dade da indústria brasileira, na sededa Fiat. O estudo, que ouviu maisde 500 empresários e milhares derepresentantes dos setores governa-mentais, políticos, acadêmicos esindicais, concluiu que ainda nãoexiste consenso no pais sobre a con-tinuidade ou não do monopólio.

"Por isso, o estudo aponta parauma solução intermediária e nãoradical", informou Camilo Penna,que preside a comissão de supervi-

são do estudo iniciado ha mais deum ano e que é realizado por umconsórcio de instituições coordena-do pelo Instituto de Economia In-dustrial da Universidade Federaldo Rio de Janeiro (IEI/UFRJ), en-tre outras. O trabalho está em fasefinal e será divulgado na íntegra nodia 3 de dezembro durante seminá-rio no Parlamento Latino America-no, em São Paulo.

O presidente da Shell Brasil,Ornar Carneiro da Cunha, disseque, em princípio, é favorável áeliminação completa do monopóliodo petróleo mas, apesar de não co-nhecer detalhes das conclusões doestudo, considera a flexibilizaçãoum avanço, "porque

já muda algu-ma coisa". Para ele, o fim de qual-quer monopólio é uma tendênciamundial. "O mais interessante, aqui110 Brasil, é ijue as pessoas considc-

ram natural privatizar o setor detelecomunicações, que em algunsanos será muito mais vital, e que-rem manter o monopólio de umproduto que vai acabar um dia",comentou Ornar Carneiro.

O empresário acha que, no pro-cesso de flexibilização do monopó-lio, os setores de exploração, pro-duçâo, exportação e importaçãopoderiam ser os primeiros a passarao controle privado.

"Especialmen-te no caso das importações, a çriva-tização traria uma concorrênciasaudável, acabando com fixaçõesirreais de preços", disse. Ornar Car-neiro acredita que a tendência é aopinião pública ir aderindo â tesedo fim do monopólio, exemplifi-cando com o comportamento dosjovens. "Eles

já estão acostumadosa ter acesso a tecnologias interna-cionais e não vão aceitar uma situa-ção monopolista", afirmou.

BRASÍLIA — Os produtores deleitetobraram ontem do ministroda Agricultura, Dejandir Dalpas-quale, uma nova política para osetor. Segundo o presidente daComissão de Pecuária Leiteira daConfederação Nacional da Agri-cultura (CNA), Paulo RobertoBernardes, que se reuniu ontemcom o ministro, as importações deleite em pó subsidiado a preçosinferiores aos do mercado internoameaçam criar uma crise entre osprodutores no próximo ano, comrisco de comprometer o abasteci-mento. "Neste momento, o mer-cado está plenamente abastecidopela produção nacional. As im-portações desenfreadas na entra-da da safra poderão prejudicar acolocação do produto brasileiro",prevê Bernardes.

Segundo ele. o Brasil importou

até setembro, principalmente daComunidade Européia, 70 mil to-neladas de leite em pó, correspon-dentes a 700 milhões de litros ecerca de 5% da produção interna.O volume alcança o total de im-portações feitas ao longo de 1992.Segundo ele. o impacto das com-pras neste ano é maior devido àretração do consumo.

Na reunião com Dalpasquale,os produtores de leite pediramque o governo adote um sistemade tarifas específicas e variáveissobre produtos lácteos importa-dos para equipará-los ao preço decusto do mercado interno. A me-dida dificultaria as importações.

O setor também quer o retornodo programa de distribuição detíquetes à população carente paracompra de leite.

Ministros

fazem apelo

sobre Cofins

BRASÍLIA — O ministro daPrevidência Social, Antônio Brit-to, e o ministro da Saúde, Henri-que Santillo, fizeram ontem umapelo ao procurador-geral da Re-pública, Aristides Junqueira, paraque a Procuradoria se manifeste omais rápido possível sobre a cons-titucionalidade da Cofins.

Segundo Britto. Aristides in-formou que o parecer do vice-procurador, Moacir Antônio Ma-,chado da Silva, deverá chegar ao-Supremo Tribunal Federal (STF)no início da próxima semana, oque possibilitará o julgamento davalidade da cobrança ainda esteano. Estimativas iniciais dão con-ta de que estão depositados emjuízo cerca de USS 7.5 bilhões.

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Marques: há hoje em dia uma vulnerabilidade para se atender a demanda projetada pura os próximas anos

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6< quinta-feira, 11/! 1/93 n 2" Edição NEGÓCIOS & FINANÇAS JORNAL DO BRASIL

São Paulo — Luiz Paulo Lima

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Marques: há hoje em dia uma vulnerabilidade para se atendera demanda projetada para os proximos anos

Votorantim quer

adquirir

estatais do setor elétrico

¦ Grupo, grande consumidor de energia, vai disputar os leilões

SÃO PAULO — Anlonio Ermiriode Moraes, diretor-superintendenledo grupo Votorantim. admitiu on-tem na Fiesp que está interessadoem participar de forma incisiva nosleilões de privatização do setor ele-tricô. A afirmação foi leita duranteum seminário que reuniu durantetodo o dia de ontem na Federaçãodas Indústrias do Estado de SãoPaulo (Fiesp) cerca de 100 repre-sentantes do setor elétrico. O obje-tivo era propor alternativas para osegmento, que, segundo o presiden-te da Fiesp, e também empresárioda área elétrica. Carlos EduardoMoreira Ferreira, precisa dessas so-//jçòes para impedir a crise energéti-

a anunciada para os próximosnos.

Para o presidente em exercício daEletrobrás. Marcos José Marques, apreocupação do empresário é real."De fato há vulnerabilidade das na-çòes para atender á demanda proje-tada. Uma das alternativas propos-ias para captar investimentos para osetor e que recebeu grande apoio foidestacada por um potencial partici-pante dos leilões de privatização. Oempresário Antônio Ermirio deMoraes, admitiu seu interesse comogrande consumidor em comprar asempresas estatais. "Acho

que a pri-vatização do setor elétrico deve serfeita com muito cuidado, não pode-mos acelerá-la simplesmente. Espe-ro que o governo faça sua proposta

para poder avaliar se quero ou nãoo negócio."

Desmembramento — Se-gundo Antonio Ermirio, uma dassoluções poderia ser o desmembra-mento das empresas estatais emunidades isoladas por atividadesque seriam então transformadas emnovas empresas menores com capi-tal aberto. "Essas companhias co-locariam ações no mercado e comisso captariam recursos da iniciati-va privada, que por sua vez recebe-ria em serviços os seus dividendos",disse o empresário. Para o presi-dente em exercício da Eletrobrás.essa alternativa já aparece na cons-tituiçào do Sistema Interligado deTransmissão de Encima Elétrica.

Fiesp volta a criticar imposto

SAO PAULO — O presidente daFederação das Indústrias do Esta-do de São Paulo (Fiesp). CarlosEduardo Moreira Ferreira, voltoua reclamar do aumento da cargatributária imposto pela MedidaProvisória 368. Segundo ele. muitasempresas deixarão de honrar seuscompromissos até mesmo com osfuncionários, já que novembro émês de 13" salário, o que aumenta afolha de pagamento. Outro pontodestacado pelo presidente como

paulada do governo na produçãofoi a abertura do mercado com aredução das alíquotas de importa-ção.

"O governo tem de estar atento

para a entrada predatória de im-portação a partir da abertura daeconomia. Para determinados seto-res essa competição trará gravesconseqüências", afirmou.

Moreira Ferreira, que abriu oseminário sobre alternativas para o

setor elétrico, realizado na Fiesp.destacou a crise energética queameaça o pais.

"Se forem conclui-das no prazo as obras em andamen-to e se houver um crescimento de5% ao ano no parque gerador e seos investimentos de USS 5 bilhõesao ano forem mantidos, assim mes-mo corremos riscos de um déficit de7" o em 1995 e de 15% em 1997. Osetor produtivo não poderá supor-lar isso", disse.

Empresário é contra a MPSAO PAULO — O diretor-supe-

rintendente do grupo Votorantim.Antonio Ermirio de Moraes, disseque considera um abuso a MedidaProvisória 368, que reduz o prazode recolhimento de alguns impostosaumentando a carga fiscal. "O

go-verno aumenta a carga para quempaga e mantém no paraíso os sone-gadores. Meu grupo pagou no anopassado USS 568 milhões em im-postos e ainda vai pagar mais. Eupeço a Deus que possa pagar o 13"

como sempre fiz e acho que vouconseguir, mas muitos não pode-rão". avaliou.

CPI — Antônio Ermirio mos-trou-se especialmente irônico ao la-lar da CPI do Orçamento e dosanões. "Acho

que o João Alves estácolocando Deus em uma situaçãomuito difícil ao revelar tanta intimi-dade entre os dois. Isso parece coisade pnmo-irmão". alfinetou. Muitobem humorado, Ermirio seguiu naironia dizendo que a CPI deve pu-

nir e colocar todos os culpados nacadeia "mesmo

que para isso tenhade construir uma cadeia agrícola naAmazônia para caber todo mim-do", disse.

O empresário lamentou tambémo atraso na revisão constitucional."Acho muito ruim atrasar um pro-cesso como esse que deixa o paisparado, ainda por cima quando aalegação é de falta de quorum. Issopara mim é falta de decoro", alfine-tou.

Banco Central altera as regras

para o compulsório dos bancos

BRASÍLIA — O Banco Centralbaixou ontem circular alterando asregras de recolhimento compulsó-rio sobre depósitos á vista dos ban-cos. Além de facilitar a vida do BCna condução da política monetáriadiariamente, as novas normas im-põem um novo aperto ás institui-çòes financeiras. A circular reduz amenos da metade a margem que osbancos tinham para girar o dinhei-ro sujeito ao recolhimento. O cortetambém implicará na diminuiçãodas possibilidades de ganho dosbancos com o giro desses recursos.

O recolhimento compulsório éum dos principais instrumentos decontrole da quantidade de dinheirofim circulação. Os bancos são obri-

gados a transferir ao BC 40% ou50% dos depósitos á vista (dinheiroparado em contas correntes, recur-sos em trânsito e cheques adminis-trativos, entre outros), dependendodo banco.

Nova regra — Pela regra an-terior. o valor sujeito ao recolhi-mento era calculado com base namédia dos saldos de depósitos ávista ao longo de duas semanas. Osbancos tinham prazo idêntico paraajustar suas posições, depositandoou sacando dinheiro junto ao BC,conforme o resultado do cálculo. Acircular reduziu para apenas umasemana os períodos de cálculo erecolhimento.

Além disso, a nova regra elevou

de 70% para 85% do valor total aser depositado o recolhimento mi-nimo que os bancos podiam manterao longo do período de ajustamen-to. A redução desta margem de to-lerância estreita as disponibilidasque os bancos tinham para aplicaro dinheiro em títulos públicos fede-rais.

Oscilações — A redução dosprazos e da margem também evita-rá grandes oscilações nos saldosmantidos sob recolhimento com-pulsório. Com isto, o impacto dosajustes feitos pelos bancos no cum-primento do compulsório, despe-jando ou retirnado dinheiro da eco-nomia, ficará menor, tornando o

' trabalho do Banco Central mais fá-cil.

Receita propõe

simplificar

a declaração do IR em 94

PORTO ALEGRE — O secrctá-rjo da Receita Federal, Osiris Lo-pes Filho, anunciou ontem a sim-plificação do Imposto de Rendade 1994 para pessoas físicas ejuri-dicas: os contribuintes não preci-sarão mais repetir a relação dosbens que possuem, mas apenas asmudanças ocorridas neste ano,com aumento ou redução do pa-trimônio. Para as empresas, seráreduzido o número de anexos de12 para quatro, e poderão apre-sentar suas declarações em dis-quetes.

"O governo está sinalizando

na direção de não modificar o IRde 1994 em relação a 1993, ouseja, manter-se o sistema tributá-rio atual. Nos últimos anos. a ca-da fim de ano se estabelecia umanova legislação com dezenas oucentenas de modificações, o queera muito complicado. Sou favo-rável á tese de que imposto bom éimposto velho. Meu desejo é quenão se mude novamente a legisla-ção da declaração do Imposto de

Renda", disse Osiris, que veio ácapital gaúcha proferir palestrapara a Federasul.

Pioncirismo — Mas Osirisdisse que uma das preocupaçõesda Receita Federal é não compli-car a vida do contribuinte, pessoallsica ou jurídica, e facilitar cadavez mais as declarações anuais doIR. Para 1994, ele está encami-nhando proposta de reduzir pelomenos uma dessas obrigações, ada declaração de bens. Assim, 110formulário o contribuinte não te-rá de relacionar, de novo, os bensque já apresentou na declaraçãode 1993. Só deverá incluir as mu-danças, como a aquisição de no-vos bens ou a redução desse patri-mônio durante 1993.

Ele contou ter voltado de umareunião mundial na Itália de re-presentantes de órgãos similares áReceita Federal de inúmeros pai-ses, quando se comprovou o pio-neirismo brasileiro da adoção douso de disquetes para pessoas llsi-cas. "O Brasil foi o único país do

mundo em que 780 mil pessoasfísicas apresentaram suas declara-çòes em disquetes."

Osiris Lopes Filho acrescentouque o programa de combate ásonegação de impostos já permi-tiu arrecadação de USÜÍ 122 mi-Ihòes junto a 13 mil empresas de369 cidades. "Num setor tradicio-nalmente corrupto, como o dasempreiteiras, as 22 maiores delasestão sendo fiscalizadas neste mo-mento. Em 1.009 empresas deconstrução civil, que incluem asempreiteiras, a fiscalização co-brou 600 milhões de Ufir, cerca deUSS 400 milhões", disse.

Houve 11111 aumento de 28% 11aarrecadação da Receita Federalnos primeiros nove meses do ano,e o acréscimo até dezembro devese situar entre 23% e 26%. Issosignificará um incremento de USS8 bilhões na arredação total pré-vista pela Receita, de USS 47 bi-lhòes. Para 1994, a previsão é dese chegar a USS 50 bilhões.

Alaor Filho

? O Prefeito César Maia e 11Secretária Municipal dc Citltu-ra. Helena Severo, foram rece-bidos ontem pelo Presidente doConselho do JORNAL DO

BRASIL. M.F .do NascimentoBrito. Durante almoço, Maia

fez um balanço de seus dez me-ses de gestão e informou quetodo o planejamento de investi-

mentos para 1994 está pago.Atualmente a Prefeitura estácom USS 400 milhões em cai-xa, sendo USS 300 milhõesaplicados em títulos municipais eUSS 100 milhões na Prcvi-Rio.

Projeto de US$ 700 milhões na

Amazônia incentiva consórcio

Unisys,Westinghou-sc. NEC e aHughes Air-craft anun-ciaram"'on-t e m uformação dop r i m e i r oconsórcio in-ternacional para partici- RobertCookpar da concorrência do programaSivam (Sistema de Vigilância daAmazônia). O projeto exigirá in-vestimentos de USS 700 milhões,que serão captados no mercadoexterno. O Sivam foi criado pelaSecretaria de Assuntos Estratégi-cos, ligada à Presidência da Repú-blica, para monitorar a região emcasos de agressões ao meio um-biente, tráfego aéreo, condiçõesmeteorológicas, reservas indige-nas, estradas e o tráfico de dro-tias. entre outros. Como sc trata

de área muito extensa, o projetoprevê a instalação de radares esistemas informatizados de conui-nicaçáo.

A liiisw que \ai liderar oconsórcio, já participou dc proje-tos de grande porte antes cm as-sociaçòes com a Hughes e a Wes-tinghouse. informou o presidenteda empresa no Brasil. RobertCook. Mas a Unisys também uti-lizará a experiência da matriz, nosEstados Unidos, especialmente nocomplexo setor de integração desistemas, informou o vice-presi-dente da área de governo daUnisys Corporation, Clyde Allen.

Radares — A Westinghouseficará responsável pelos radaresde observação, segmento ondetem sido o fornecedor oficial dogoverno norte-americano há maisde 25 anos. segundo Harry Gold-berg. vice-presidente para a Amé-

rica Latina. Já a lluglies. subsi-diária da General Motors,fornecerá o sistema de controle detráfego aéreo. A empresa já insta-lou mais de 25 desses sistemas nomundo, segundo o vice-presidentepara a América Latina. SamuelPrum.

A NEC sc encarregará da in-fra-estrutura de comunicações. Odiretor-técnico. Sérvio Túlio Pra-do, informou que serão instaladasquatro estaçòes-mâes (Belém.Manaus, Porto Velho e Brasília)e. a partir delas, pequenas esta-çòes terrenas que vão captar in-formações, através de sensorea-mento remoto, e transmiti-las aosórgãos governamentais. O diretorde Projetos Especiais da Unisys.José Roberto Santos, revelou quetrês outras empresas de menorporte participarão do consórcio: anorte-americana Erim. Hobeco(do Rio) e a paulista Tecnasa.

Produtor de leite critica Ministros

importação subsidiada

BRASÍLIA — Os produtores deleite-cobraram ontem do ministroda Agricultura, Dejandir Dalpas-quale, uma nova política para osetor. Segundo o presidente daComissão de Pecuária Leiteira daConfederação Nacional da Agri-cultura (CNA), Paulo RobertoBernardes, que se reuniu ontemcom o ministro, as importações deleite em pó subsidiado a preçosinferiores aos do mercado internoameaçam criar uma crise entre osprodutores no próximo ano, comrisco de comprometer o abasteci-mento. "Neste momento, o mer-cado está plenamente abastecidopela produção nacional. As im-portações desenfreadas na entra-da da safra poderão prejudicar acolocação do produto brasileiro",prevê Bernardes.

Segundo ele. o Brasil importou

até setembro, principalmente daComunidade Européia, 70 mil to-neladas de leite em pó, correspon-dentes a 700 milhões de litros ecerca de 5% da produção interna.O volume alcança o total de im-portações feitas ao longo dc 1992.Segundo ele, o impacto das com-pias neste ano é maior devido áretração do consumo.

Na reunião com Dalpasquale,os produtores de leite pediramque o governo adote um sistemade tarifas específicas e variáveissobre produtos lácteos importa-dos para equipará-los ao preço decusto do mercado interno. A me-dida dificultaria as importações.

O setor também quer o retornodo programa de distribuição detíquetes á população carente paracompra de leite.

fazem apelo

sobre Cofins

BRASÍLIA — O ministro daPrevidência Social, Antônio Brit-to. e o ministro da Saúde, Henri-que Santillo, fizeram ontem umapelo ao procurador-geral da Re-pública, Aristides Junqueira, paraque a Procuradoria se manifeste omais rápido possível sobre a cons-titucionalidade da Cofins.

Segundo Britto, Aristides in-formou que o parecer do vice-procurador, Moacir Antônio Ma-,chado da Silva, deverá chegar ao*Supremo Tribunal Federal (STF)no início da próxima semana, oque possibilitará o julgamento davalidade da cobrança ainda esteano. Estimativas iniciais dão con-ta dc que estão depositados emjuízo cerca de USS 7.5 bilhões.

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JORNAL. DO BRASIL NEGÓCIOS & FINANÇAS quinta-feira, I l/l 1/93 a 7

Indústria terá produtividade

recorde em 93

¦ Levantamento do IBGE revela uma expansão de 18,2% de janeiro a julho em 17 setores em comparação com o ano passado

A produtividade da indústriabrasileira deverá ser recorde esteano. De acordo com dados divul-gados ontem pelo Instituto Brasi-leiro de Geografia e Estatística(IBGE), até julho o crescimentoera de 18,2% na comparação como mesmo período do ano passado.Ainda que a desaceleração daprodução industrial se confirme,o aumento será pouco inferior aesse percentual.

Na avaliação do Instituto, esseresultado já não pode ser atribuí-do apenas a um movimento dedefesa contra a recessão, que re-duz o número de empregados eportanto, a não ser que a produ-ção caia drasticamente, eleva arti-ficialmente a produtividade.

"Os

fatores estruturais, como a aber-tura da economia e a generaliza-ção de novas técnicas gerenciaisganham peso", diz o economistaPaulo Gonzaga Carvalho.

O Departamento de Indústriado IBGE baseia-se em algumasevidências para ter essa visão, quecontradiz análises mais pessimis-tas. Em primeiro lugar, a melho-ria da produtividade foi generali-zada, atingindo os 17 setoresindustriais acompanhados. Mas omotivo principal é que a produ-çãõ industrial cresceu 10.2% nopaís entre janeiro e julho e a jor-nada média de trabalho caiu

MAIORES PRODUTIVIDADES

Setor ProdutividadeMaterial el6trico e de comunicapao + 40,33%(inclui eletroeletrdnicos)Material de transporte (inclui autombveis) + 37,15% ^MecSnica (inclui eletrodom6sticos) +32,36% ^Perfumaria, sabdes e velas + 31,37%

Papel e papelao + 20,09%.

IndCistria geral ,.,+,18.20%,* Janalro/Jtritio vwiui mosmo período de 1992.FonteilBQE

4,3%. Se confrontado o mês demaio deste ano — auge da recu-peração da produção — com se-tembro do ano passado — mêsque antecedeu o início da retoma-da —, os números são ainda maisexpressivos: aumento de 20,1%na produção, com queda de 0,1 %110 emprego e elevação de apenas0.2% na jornada.

Custo — Evidentemente, es-ses números mostram que o au-mento da produtividade tem co-mo contrapartida a estagnação doemprego. Para se ter uma idéia,no período de 1985 a 1989. a pro-dução cresceu 11,5% e o empre-go, só 9.9%. Entre setembro de

1992 e maio de 1993, o crescimen-to de 20,1% na produção nãoalterou em nada a situação doemprego.

No curto prazo, é um proble-ma para o Brasil, que tem desem-prego alto e mão-de-obra poucoqualificada. Mas para Gonzaga, amédio prazo, a maior produtivi-dade deverá aumentar a competi-tividade da indústria, permitir aconquista de novos mercados emelhorar o nível de emprego.Desde que — e essa é uma teclana qual economistas de todas astendências vêm batendo — hajainvestimento em retreinamento demão-de-obra.

Gomes da Costa na Bahia

¦ Marca vai ser

utilizada pelaSerra da Pipoca

SALVADOR — A Serra da

Pipoca Agropecuária Ltda.comprou a marca Gomes daCosta Conservas Alimentos S/A para rotular o pescado bene-ficiado na fábrica que vai inau-gurar na Bahia, no próximoano. O negócio foi fechado hácerca de um mês, mantendo afábrica de Niterói (RJ) em no-me da família Mansur, que játem a licença para continuar ex-piorando a mesma marca. "Foiuma espécie de franchising".

disse André Barachisio, mem-bro do Conselho Administrati-vo da Serra da Pipoca, uma em-presa originária da KieppeAlimentos do grupo Odebreclu.Ele não quis adiantar o valor donegócio, afirmando apenas quea Gomes da Costa já recebeu aprimeira parcela da dívida.

A fábrica da Bahia vai colo-ear no mercado o pescado innu tura a preço competitivo,abrindo 150 empregos diretos.O processo de industrializaçãotambém será adquirido pelaSerra da Pipoca para comple-mentar a produção da fábricaGomes da Costa, em Niterói.Um dos projeto futuros é tentar

economizar no frete, aprovei-tando o transporte da sardinhaenlatada para a Bahia, retor-nando com produtos da novaunidade.

Definições — A direçãoda Serra da Pipoca ainda estádefinindo o local das instala-ções da nova fábrica e, segundoBarachisio, até o primeiro tri-mestre do próximo ano o nego-cio estará mais definido. Os es-tlidos técnicos realizado pelaempresa apontaram que a Ba-liia não é um estado que temtradição de indústria de pesca, anão ser a de camarão, que não ébeneficiado.

Musa sugere otimizar

SÃO PAULO — A competi-

ção empresarial não serámais vencida por quem tem maiscapital, tecnologia ou recursoshumanos. O ganhador seráaquele que melhor souber otimi-zar esses recursos. Essa foi a ba-se da mensagem que o presiden-te da Rhodia, Edson Vaz Mu-sa, passou a quase três dezenasde presidentes e diretores de al-gumas das principais empresasnacionais e multinacionais reu-nidos na sede da Fiat. Eles com-põem a assembléia dos presiden-tes das empresas associadas aoCentro de Tecnologia Empresa-rial (CTE) e tinham como preo-cupação central discutir novasformas de gestão e seus impactossobre as empresas.

Encarregado de falar sobre asnovas filosofias que conduzem áexcelência empresarial, Musaafirmou que as empresas preci-sam aprender a obter a melhorperformance possível dos recur-sos materiais e humanos de quedispõem. "Essa é a chave daquestão, quando se sabe que

duas empresas em condições deigualdade podem ter resultadosdiferentes, dependendo de comoutilizam os instrumentos dispo-níveis", exemplificou. Para is-so, acrescentou, os empresáriosestão estudando e aplicando no-va filosofia e novo estilo geren-ciai.

Segundo Musa, os empresa-rios estão sensíveis para o pro-blema e contam com unia vanta-gem em relação aos parceirosdo exterior: a capacidade dooperário brasileiro que, apesardas deficiências de formação bá-sica, tem uma capacidade ímparpara adaptar-se às novas formasde trabalho. "Temos testemu-nhos bastante ricos nesse sentidocolhidos de multinacionais queoperam no Brasil", disse. Masreconheceu uma preocupaçãocom o desemprego, afirmandoque o sistema capitalista não es-tá sabendo resolver a questão.

O empresário elogiou os seto-res que aproveitaram os últi-mos anos para racionalizar suasoperações e enxugar os custos.

W /Brasil pode

ter por

dia multa milionária

SÃO PAUI.O — Uma decisão ju-dicial inédita no pais pode fazercom que a agência W Brasil colo-que no ar a primeira eontrapropa-ganda da história da publicidadebrasileira. Tudo começou quandoum bando de crianças apareceu natevê estragando seus tênis para pe-dir aos pais aquele com a marca daXuxa. Este filme criado pelaW( Brasil chegou a ser veiculado emmaio do ano passado e foi retiradoilo ar pela própria agência, ao aca-tar a decisão do Conselho de Auto-Regulamentação Publicitária (Co-nar). Agora, está na mira do Pro-con. que foi á Justiça exigir aveiculação de um outro filme com omesmo espaço na tevê. O juiz da TVara da Fazenda Pública de SãoPaulo, Francisco Carlos InouyeShintate, deu um prazo de 60 diaspara o novo comercial ir ao ar. Seisso não ocorrer neste período, aW/Brasil pode ter de pagar umamulta diária de CRS 12,5 milhões.

"Foi uma decisão ainda em pri-meira instância, nós vamos conti-nuar brigando na Justiça pois te-mos razão", di/. GabrielZellmeistcr, um dos sócios daW, Brasil. Segundo ele. o Proconestá utilizando este caso para abrirum precedente devido à notorieda-de da agência e do cliente. "Se forassim os pais não podem mais levarseus filhos ao circo sob o risco de a

criançada sair dando salto mortalpor ai", diz Zellmeistcr.

Argumentação — A decisãodo juiz foi motivada por uma açãocivil pública movida pela Procura-doria Geral do Estado a pedido doProcon — Coordenadoria de Dele-sa do Consumidor da Secretaria deJustiça de São Paulo. A ação alegaque a propaganda do produto esti-mulava as crianças a destruíremseus tênis para comprar um XuperStar. o tênis da Xuxa. da Grendene.Segundo Zellmeistcr, a música e oritmo acelerado das cenas criavamum clima de ficção, que não pode-l ia induzir as crianças.

I 1 A Bic dividiu a sua conta pu-hlicitária deixando a parte de is-queiros com a Rin» Propaganda(que antes atendia todo o grupo) epassando o segmento de canetaspara a Expressão. De acordo com ogerente de Marketing da Bic. JoséW alter Lopes, a partir deste ano ;iempresa está importando novosmodelos de canetas da matriz Iran-cesa. "Como estamos ampliando omercado, decidimos ter duas agên-cias para atuar nas distintasáreas", explica Lopes. O presiden-te da Expressão, Heetor Urener.diz que a conquista da conta da Bicé extremamente importante e grati-íicante para a agência, explicandoser um produto popular que estánas mãos de todos.

Fiat de fériasA Fiat italiana anunciou on-

tem que dará férias coletivas aseus funcionários em dezembroa fim de reduzir sua produçãoem 41.700 unidades. O grupo,com controle de aproximada-mente 45% do mercado daquelepaís, através das marcas Fiat,Lancia e Alfa Romeo, comuni-cou ao Sindicato dos Metalúrgi- '

cos que as férias serão intercala- (das: 12.700 trabalhadores naprimeira semana de dezembro,12.600 na segunda, 31.600 naterceira e 42.600 na quarta.

Álcool coloridoPara que o consumidor tenha

certeza de que não está abaste-condo o carro com combustíveladulterado, a Texaco lançou oálcool marcado, com as mesmascaracterísticas carburantes docombustível comum. A diferençaé a cor, entre o azul e o violeta,indicando que o produto é puro,pois qualquer batismo provoca-ria a mudança da tonalidade.Além do corante, foi adicionadoum componente químico no ál-cool — o marcador —. que emcontato com reagente químicofaz com que o álcool volte á cornatural, ou seja, incolor.

Piqijuet investeUma nova associação vai am-

pliar os negócios da bem-succdidacarreira empresarial de Nélson Pi-quet. Sem sair do setor que é suapaixão — o automobilismo —.Piquet agora se juntou á Metal-moro. fabricante de karts no RioCirande do Sul. para produzirchassis Moro-NP em Brasília ePorto Alegre. A meta inicial é deprodução cio 300 chassis, equipa-dos com motores Rotax. da Áus-iria. distribuídos no Brasil pelaMotax do Rio de Janeiro.

Lojas MakroAs lojas Makro da Barra da

Tijuea e da Penha Ibram total-mente remodeladas, com a insta-laçào de fachadas de vidro e deuma área coberta para a retiradade mercadorias. Foi criado tam-hém um espaço reservado para avenda de cigarros, bebidas im-portadas, discos, fitas e CDs. Osrestaurantes das duas lojas rece-beram pintura nova e troca deequipamentos de infra-estrutura

Pizza PizzaA filial Pizza Pizza da Tijuca

(Rua Conde de Bonfim, 397, lojaA) vai oferecer duas niousscs dechocolate para os clientes quecomprarem uma pizza média nopróximo dia 15. O cardápio daloja oferece 21 sabores, entre elesmussarela (CRS 900), calabresa(CRS 1.140) e catupiry (CRS1.370), além de refrigerantes, su-co de laranja, cerveja e sangria.

Venda de carros atinge limite

¦ Fenabrave diz que revendedoras têm estoque para 22 dias

SÃO PAULO — As vendas deveículos atingiram seu limite emoutubro e a tendência é por umaestabilização nos próximos qua-tro ou seis meses, alertou ontemSérgio Reze, presidente da Fede-ração Nacional da Distribuiçãode Veículos Automotores (Fena-brave), que congrega 4.500 con-cessionárias autorizadas no país."Sentimos uma certa fraquezado mercado em setembro e emoutubro e, nos primeiros dias denovembro, ficou mais difícil ven-der", explicou Reze, que estápreocupado com o estoque empoder da rede, de 56.732 veículos,o equivalente a 22 dias de vendas.Nesse número ele considera tam-bém os carros faturados e emtransito das indústrias até as re-vendas.

Enquanto no atacado as indús-trias despejaram, em outubro, nomercado 101.213 veículos, as con-cessionárias venderam 93.908. Aprevisão, segundo Reze. é que arede autorizada venda, nos próxi-mos meses, no varejo, de 90 mil a95 mil unidades.

Reze lembrou que, na prática,houve um crescimento de 45% naprodução de veículos e nas ven-d«s.

DESCONTOS PRATICADOS

Modelo Prepo de Prefocom Descontotabela (CR$) desconto (CR$) medio

Fusca alcool 1,466 milhao 1,392 miltiao 5°cKadettGLS 3,566 milhoes 3,031 milhoes 15%Logus GLS 2000 5.392 milhoes 4,583 milhoes 15%tempra 16V 4p 4,967 milhoes 4,470 miihoes 10%Omega CD 3.0 9,543 milhoes 7,634 milhoes 20%

Fonte: Revendedoras autorizadas

Descontos vão até 30%

SÃO PAULO — Os descontosnos preços dos veículos transforma-ram-se em praxe de mercado. Scnão há desconto fica difícil a venda,reconhecem os revendedores maisexperientes, porque o preço finalpara o consumidor atingiu um nívelmuito elevado em relação ao atualpoder de compra. Os descontos va-riam de 5%, no Fusca a álcool —

que está sendo rejeitado pelos con-sumidores — a até 30%. nos casosdos carros de luxo modelo 1993,que ainda estão disponíveis em al-gumas revendas das autorizadas.Um Santana ou um Versailles mo-

delo 93, por exemplo, cujas versõesmais sofisticadas custam na faixa deCRS 7 milhões, podem ser compra-dos por cerca de CRS 5 milhões. Jáos modelos 94, no entanto, sãoofertados com desconto bem me-nor.

Na rede Fiat, por exemplo,até mesmo o Mille Electronic, ocarro popular da marca, podeser encontrado com descontoentre 5% e 10%, dependendodos opcionais escolhidos. Já oTempra, que ainda não teve alinha 1994 lançada, tem seu pre-ço vigente pela tabela antiga.

CompanhiaEfWfgrtic.iV-lfHV <fe Mvus ..COMPANHIA ABfHTA CGC tMSi : MOOOI AÇMJ

AVISO DE CONCORRÊNCIAPARA ALIENAÇÃO DE IMÓVEL

N° PJ/IM-002/93A Companhia Energética do Minas Go-rais — Cemig — torna público que pro-moverá no dia 14.12.93, às 10:00 horas,na Av. Barbacona, 1.200, no mini audi-tório, localizado no 1" andar, em BoloHorizonte, MG, concorrência públicapara Alienação "ad corpus", dos se-guintes imóveis:— Grupo de Salas 2207, 2208 e2210, do Edifício Rodolpho de Paoli.situado na Av. Nilo Peçanha, 50, nacidade do Rio de Janeiro — RJ.

O respectivo Edital poderá ser obtidoao preço de CRS 300,00, a partir do dia10.11.93. nos seguintes endereços: a)Escritório da Cemtg na Cidade do Rio deJaneiro-RJ, à Av. Nilo Peçanha, 50. sala2209. Telefone (021) 220-8248.

b) Em Belo Horizonte — MG. noDepartamento de Aquisição o ControleImobiliário — PJ/IM, na Av. Barbacenu.1.200, 17" andnr, ala A2, telefone (031)349-2720

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8 a quintu-lciru, 11/11/93 NEGÓCIOS & FINANÇAS JORNAL DO BRASIL

Shoppings investem US$ 4 milhões no Natal

Promoções e decoração são usadas para atrair o consumidor, mas lojistas do Centro só vão promover a chegada de Papai NoelAlaor Filho

iFaltando ainda 45 dias para o

Natal, os shopping centers já invés-'cm milhões cm suas promoções e

ecorações. Cada um se preparaorno pode para atrair a atenção do

consumidor. A soma do custo emdecorações fica em torno de USS Imilhão e nas campanhas promocio-nais chega a USS 3 milhões.

A grande novidade deste ano II-ca por conta do retorno à decora-','ào tradicional de Natal: a maioriados shoppings adotaram a linhasimples das árvores verdes (ou pi-nheiros) enfeitadas com laçarotesvermelhos e com muitas microlâm-padas, festões e guirlandas.

Ale os shoppings menores estãoinvestindo nesta área. O UniShop-ping. único shopping do pais quefica dentro de uma universidade(Estácio de Sá), gastou USS 12 milem sua decoração: uma árvore deNatal composta por orquídeas, mi-crolàmpadus coloridas nos jardins eum chapéu no letreiro como o sim-bolo do Natal.

"Estamos usando de criativida-de e as coisas mais sensíveis paratrazer o melhor para o público nes-te Natal. Todas as nossas lojas esta-rão com enfeites natalinos. O nossocusto total foi rateado entre os lo-jistas", comenta a supervisora Te-resa Cristina Rodrigues.

Este otimismo não faz parte daslojas do Centro do Rio. Segundo opresidente da Sociedade dos Ami-gos da Rua Carioca e Adjacências(Sarca), Roberto Curi, os lojistasdo Centro não vão investir em de-coração, pois para eles isso nãointerfere muito nas vendas.

"Não temos condições de abriraos domingos nem de enfeitar asruas e lojas. Isso não interfere mui-to nos nossos lucros. Só faremos atradicional chegada de Papai Noelno dia 13 de dezembro, às 12h, noLargo da Carioca, quando o prefei-to César Maia entragará a chave dacidade para o bom velhinho", diz. Apesar de simples e tradicional, a decoração de NataI do Rio Sul exigiu investimentos de USS 450 mi!

São Conrado Fashion MallO shopping traz uma decoração

bem tradicional, com árvore de Na-tal na parte externa e muitas micro-lâmpadas e guirlandas nos corredo-res. "A administração do shoppingé nova. Por isso. não vamos fazernada de excepcional ainda", dizMárcio Cardoso, superintendente-geral do Fashion Mall. Segundoele. foram destinados USS 200 milsomente para a campanha de Na-tal. sendo USS 150 mil para decora-çào. que deve ficar pronta no finaldo mês.NurteSliopping

Também segue a linha tradicio-nal. investindo cerca de USS 100mil em decoração. Um grande pre-sépio com 60m- será montado nocentro da Praça Cartola (I" piso).Já na Praça de Eventos, as criançaspoderão se divertir com os brinque-dos auiuantados e duendes anima-

trônicos, além de poderem ser foto-grafadas ao lado do Papai Noel."Nossa campanha promocional es-tá em torno de USS 250 mil", contaPaulo Resende, gerente de Marke-ting.Via Parque

Dos USS 600 mil investidos peloshopping na campanha de Natal,incluindo promoções e mídia, cercade USS 200 mil foram para a deco-ração. O estacionamento contarácom uma árvore de Natal de 20m emuitas microlámpadas. Já a parteinterna será decorada com oito ár-vores de I2m no estilo americano(bico-de-papagaio formado porplantas naturais). Na Praça Infantilterá toda uma decoração especialpara a criançada, onde haverásluiws gratuitos.Ilha Shopping

A decoração de USS 100 milconta com um mande cenário na

k ATRAÇÃO PE CADA UM

entrada do shopping, onde as pes-soas passarão por duas passarelasque estarão entre renas, trenós, ne-ve. árvores de Natal, mierolâmpa-das e muitas guirlandas e festões.Para a criançada, uma árvore deNatal de madeira que tem um rostocaricaturado com movimentos naboca vai animar as tardes contandoestórias. A campanha promocionalficou em torno de USS 300 mil eserá lançada no próximo dia 18.BarraShoppin«í

Para combater a concorrência, oshopping não poupou gastos emsua decoração: USS 350 mil. Tudofoi realizado pela empresa paulistaCipolatti. A campanha natalinachega a USS 1.6 milhão. Segundo agerente de Produto, Adriana Bar-bosa, o BarraShopping também en-troa no rol da tradição natalinausando guirlandas. festões. 32 ár-vores de Natal com laçarotes ver-

melhos, além de árvores austríacas.O estacionamento do BarraFreeS-hopping será decorado com umaárvore de natal branca. Mas agrande novidade ficará mesmo porconta da árvore de Natal de 45mque está sendo montada em frenteao shopping. "É a maior árvore deNatal externa já vista em um shop-ping. Ela tem 406 mil lâmpadas",declara Adriana Barbosa.Rio Sul

Este ano. o Rio Sul também op-tou por fazer uma campanha maissimples e sem grandes novidades.Mesmo assim foi preciso um invés-timento de USS 450 mil para deixaro shopping com o espírito de Natal.Muitos festões, guirlandas, árvoresde Natal, caixas de presentes e mi-crolàmpadas estão espalhados peloshopping. A campanha de Natalterá lançamento em mídia no dia21. "Nós optamos por lazer um

Natal bem tradicional. Estamostentando fazer o shopping ficar bo-nito. oferecendo ao cliente um me-lhor conforto e preço. Acredito quecom essa campanha, as vendas au-mentem 20%", diz Pedro PauloRodrigues de Souza, superinten-dente do condomínio do Rio Sul.Plaza Shopping

Ao todo foram USS 100 mil emdecoração. Seis árvores verdes comlaçarotes e lâmpadas coloridas, fes-tòes e guirlandas estarão espalha-das pelos corredores e farão a festano shopping. Na Praça Central lia-verá a montagem de uma árvore deI6m composta de um túnel em suabase, por onde passará um trenzi-nho. Os prêmios das promoçõesnatalinas completarão o cenário. Opúblico infantil além de se divertirno trenzinho poderá tirar foto comPapai Noel.

Muitos carros

serão sorteados

Assim como na decoração, osshoppings investem alto em suascampanhas promocionais. O Nor-teShopping apresenta a Natal Su-per Legal, onde dois automóveisTipo (último lançamento da Fiat),serão sorteados no dias 30 destemês e de dezembro. Para partici-par basta irocar notas fiscais novalor de CRS 7 mil por um cu-pom.

"A partir do dia lu de de-

zembro, os clientes terão chanceem dobro de saírem premiadosem novas promoções", diz PauloResende, gerente de marketing.

Utilizando também as noti-nlias fiscais no valor de CRS 3 mil(pode ser soma de várias notinhasem dias diferentes, mas dentro doperíodo da promoção), os shop-pins Plaza (Niterói e Ilha) sortea-ram um automóvel Logus CL pa-ra participantes. Os clientes aindaserão surpreendidos pelas perlbr-mances da dupla de mímicos OsSombras, que distribuirá 20 prê-mios (TVs e aparelhos elétricosportáteis) para quem tiver a notafiscal na mão.

O BarraShopping também en-tia na onda das notinhas. Haveráduas premiações: uma de carroimportado (número não definido)e outra surpresa, que será decidi-ila hoje. O Via Parque também sódefinirá suas promoções na sexta-feira, pois está em negociaçãocom o patrocinador. Os shop-pinas Rio Sul e Fashion Malltambém não definiram suas pro-moções, mas prometem inovar.

"O Rio Sul não vai ler nenhu-ma campanha promocional rela-cionada a sorteios, vai ser algodiferente e que será ainda defini-do. Até mesmo nosso filme co-mercial será muito mais institu-cional do que promocional", dizPedro Paulo Rodrigues, superin-tendente do Rio Sul.

Produtos para

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¦ Importados vào

estar à venda

até o fim do mês

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anre mãodos Iradi-eionais pro-dutos im-portadosna ceia deNatal nãoprecisa sepreocupar. Clóber CaminiA maioria dos supermercadosdo Rio promete estar com todoseles à venda até o fim deste mês.Os preços para os consumidoresainda não foram calculados,mas uma coisa é certa: a tradi-cional castanha será mais umavez a grande vilà. liste ano. porcausa da colheita prejudicadapela chuva em Portugal e Espa-nlia. elas chegarão ao Brasil nodia 20 miúdas e caras. O preçoestará cerca de 30% mais alto doque no Natal passado.

Apesar da crise, as grandesredes de supermercados do Riodecidiram manter praticamenteo mesmo percentual de comprasdo ano passado. Muitos ataca-distas vão ficar de fora das im-portaçòes e, por isso. quem trou-xer mercadoria conseguirávendê-la, explica o gerente deimportação das Casas Sendas,Nelson Sendas, que mantém noRio 47 lojas.

O responsável comercial pe-Ias 15 lojas do supermercadoRainha. Francisco Esteves, deci-dia também manter as mesmasencomendas feitas no ano passa-do. "Pode até haver queda deconsumo, mas não há dúvidastiue este ano pouca gente estaráimportando", diz ele.

No Freeway. segundo o ge-rente geral. Cléber Camini. a re-lação de de produtos natalinostambém é a mesma do ano pas-sado. O aumento do estoque II-cará por conta das frutas tropi-cais, cada vez mais consumidasnesta época. Se os produtos im-portados chegarem ao Brasilcom preços altos e a venda nãocorresponder às expectativas,coloca-se a mercadoria a preçode custo e liquida-se o estoquede perecíveis. Esta é a receita dodiretor-superiniendente dos TrêsPoderes, Manuel Fontes.

Consignação — Já os su-permercados de São Paulo estãomais cautelosos em relação ásvendas neste Natal. Pela primei-ra vez na história, vão pressio-nar a indústria de produtos tipi-cos natalinos como nozes,castanhas, avelãs, frutas secas,panetones e até vinhos a deixa-rem seus produtos em consigna-çào nas prateleiras.

O vice-presidente da Associa-çào Paulista de Supermercados(Apas). Firmino Rodrigues Alves,acha que o 13" salário não vaipara o consumo e por isso seusetor não vai investir em estoques.

Alaor Filho Arte/JB

A DIVISÃO DÒ MEftÇADO

MB Morhnam, Green e Uannasch:produto me/hora a saúde dos animais

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Fonto: Instituto Nilson ¦ junho o julho do 1993

Purina aposta no mercado de ração

O mercado brasileiro de petJbod (comidas para animais do-mésticos) movimenta USS 150milhões por ano e tem potencialpara muito mais. Pensando nissoe aproveitando a abertura de mer-cado, a Purina está lançando noBrasil a sua linha de rações Pro-plan — importada da matriz daempresa nos Estados Unidos — ejá vendida em mais de 100 países.Elaborada com carne de frangode primeira qualidade, trigo e glú-ten de milho, as rações Propían,segundo a Purina, melhoram asaúde do animal e têm ótimo sa-bor. A empresa garante que emapenas dez dias já é possível per-ceber os resultados do produto.

Com quatro tipos para cães etrês para gatos, o novo produto éo primeiro do segmento superpre-iiiium a ter distribuição regular 110Brasil. "A ração é perfeitamentebalanceada e garante que o ani-mal vai atingir a plenitude dassuas características genéticas".

afirma o vice-presidente da Puri-na Internacional, Ralph Green.que veio ao Brasil especialmentepara o lançamento. Inicialmenteforam importadas 170 toneladasdas rações Proplan e o lançamen-to do produto no país. com umcusto de USS 500 mil. vai ser dire-eionado especialmente aos veteri-nários. A Purina espera que asvendas de Proplan cheguem aUSS 5 milhões 110 primeiro ano.

Preços— Mas qualidade temseu preço. Um pacote de 20 quilosdas rações Proplan — que serãovendidas apenas em clínicas vete-rinárias e pet shops — vai custarentre USS 50 e USS 60. contra oscerca de USS 30 de uma raçãopremium para cães como o Bonzo,também da Purina. "A carga deimpostos sobre importações faz opreço no Brasil subir muito. Ain-da assim, vamos oferecer ao pú-blico brasileiro um produto deprimeira linha, mantendo um pre-

ço acessível", explica o diretor co-mercial da Purina. José César Ca-razzi. Nos Estados Unidos, umpacote de Proplan do mesmo ta-manho custa cerca de USS 35.

As opções da linha Proplanpara cães e gatos são a GrowthFormula (para animais jovens), aAdult Formula (para cães commais de dois anos e gatos commais de um) e a Lite Formula,uma versão diet para cães e gatosidosos, obesos ou de pouca ativi-dade. Para os cães há ainda aPerformance Formula, destinadaaos animais submetidos a muitaatividade física. As novas raçõesda Purina foram desenvolvidasdepois de dois anos de estudos nocentro de pesquisas da empresaem Saint Louis (EUA).

Pesquisas — "Na verdade,pesquisamos profundamente aqualidade das rações há 60 anos.A Proplan é um resumo de todoeste avanço", diz o diretor inter-nacional de pesquisa da Purina.

Robert Morhnam. que tambémestá no Brasil. Segundo ele. a li-nha de rações Proplan é o queexiste dc mais avançado em ali-meniaçào balanceada para ani-mais no mundo e garante ossos,pelos e músculos saudáveis, alémde evitar problemas provocadospor má nutrição, como cegueira emorte precoce.

O segmento de rações super-premium está em expansão nomundo e cresceu cerca de 30% aoano desde 1991. "Temos muitootimismo em relação ao mercadobrasileiro", afirma Ralph Green.A Purina vai observar as vendasdo produto importado por algunsanos, para decidir se passa a pro-duzi-lo no Brasil. De acordo comRichard Hannasch, diretor co-mercial do setor de pet Jbod daPurina Internacional, o mercadobrasileiro é o terceiro maior con-sumidor. atrás dos EUA e do Ca-nada.

DOCUMENTOS E VALORES ROUBADOSConforme o registro feito na 28;J Delegacia de Polícia, em 1 5de outubro passado, e publicação em jornais, foram rouba-dos do Senhor Cláudio Luiz De Marchi: cartões de crédito dediversas instituições financeiras e talões de cheques dosBancos Itaú e BFB (Banco Francês Brasileiro). Na mesmaocasião também foram roubados talões de cheques daquelesdois bancos, contratos sociais. Notas Fiscais, cartões doCGC, declaração de renda etc. pertencentes às empresasCRDM Consultoria e Participações Ltda. e RCMD Consulto-na e Participações Ltda. Providências já foram tomadas parainvalidar esses valores e documentos, face a que alguns

Previsão é vender USS 600 milliôes

i

Cuderno de ——

Esportes 2a feira no seu JB I

Apenas 15% dos 13 milhões decães e 25% dos 1,5 milhão degatos brasileiros se alimentam derações. O restante, que come so-bras de comida e carne moída,representa um mercado com umpotencial valiosíssimo. "Precisa-mos mostrar aos consumidoresbrasileiros que o uso de raçõesacaba sendo vantajoso em todosos sentidos", diz Ralph Green. daPurina, apoiado na estimativa deque 70% dos animais domésticosdos Estados Unidos se alimentamcom rações. A empresa tem 35%do mercado nacional e espera que

as vendas do setor cheguem aUSS 600 milhões em 1995.

A assistente de marketing daCargill, Amyris Fernandez, desta-ca que o pequeno consumo derações não se justifica nem pelacrise econômica. "O uso de ra-çòes. no final das contas, sai maisbarato. A Cargill — dona dasmarcas Dogui, Super Dogui eRingo — tem hoje 8,5% do mer-cado brasileiro de pet Jbod e pia-neja entrar no mercado de raçõessuperpremium. "Já lançamos umproduto de primeira linha paragatos, a Gatto, e em no máximo

dois meses vamos ter novidades".Opções — Outra das grandes

no setor é a Éffem, que garanteliderar o segmento de alimentospara cães e gatos no Brasil. Aempresa produz as marcas Frolice Pedigree Champ (para cães).Whiskas (gatos) e Trill (pássaros).A empresa atua no Brasil há seisanos e não revelou se pretendelançar produtos no segmento su-perpremiiim. Ligada à americanaMars, a Éffem produz rações de-senvolvidas no Centro de Pesqui-sas Waltham, na Inglaterra. "O

centro é a maior autoridade mun-

dial no cuidado e nutrição de ani-mais de estimação", afirma a ge-rente de Relações Externas daÉffem, Dalva Corrêa.

Ate o lançamento da linhaProplan pela Purina, o único pro-duto do segmento superpremium110 mercado brasileiro era a raçãoamericana Eukanuba. que temdistribuição restrita. O mercadode pci Jbod é dividido ainda nossegmentos premium — com raçõescomo Bonzo, Pedigree Champ eDogui — e econômico, como Ka-nina, da Purina; Ringo. da Car-gill; e Biriba, da Mogiwut.

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JORNAL DO BRASIL

Da carne-de-solaos escargots

Um paraibano, AntônioCosta, c o melhor chefdc cozinha do RioPágina B

Rio de Janeiro — Quinta-feira, 11 de novembro de 1993 B

ÍNDICEintervalo 2Passatempo 2Danuza 3Roteiro 4 o 5Continuação da capa 6Exposiçõos 6Cineastas respondem 1Ves Brazil desfila 7Não node ser vendido separadamente fff

Sao Paulo — Luiz Paulo Llrrm%

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SMACKSEN

LUIZ

ÃO PAULO — José CelsoMartinez Corrêa mudou. Jo-sé Celso Martinez Corrêa é o

mesmo, Ham-let, a sua versão paraa tragédia de Shakespeare que rea-bre depois de 21 anos o TeatroOfieina é um acerto de contas como espaço llsico que ele ajudou atransformar numa referência doteatro brasileiro e uma retomadaefetiva da sua atividade como ence-nador. Se no ano passado esquen-tou suas idéias em /l.v boas — umaadaptação muito livre de Les liou-nes (.-Is criadas), de Jean Genet —somente agora, com Ham-let e afinalização da obra do teatro, ele

pôde mostrar que o que mudou foia forma como incorporou sua pró-pria história na construção do espe-láculo. Em 4h50 de duração, o pú-blico assiste à uma celebraçãoritualistica que tem o Hamlet, deShakespeare, quase como uma su-gestão para que José Celso em-preenda balanço de sua obra comodiretor.

Hamlet é um personagem ator-mentado por dúvidas intimas, quese confronta com a tragédia do as-sussinato do rei. seu pai. a quem olio ursurpa o trono. José Celso nãonc preocupa em destacar a questãohumana do indivíduo perplexodiante daquilo que deve ser feito.Para o encenador que no antigoOficina desnudava atores e jogava

no rosto da platéia a sua passivida-de. usa agora o pretexto da agoniainterior do príncipe da Dinamarcapara mostrar uma corte decadente(quem não se lembrará de cortesmais próximas?) e para citar ritosalros (o fantasma é uma poderosasugestão para que o palco às vezesse transforme em terreiro de um-banda). O homoerotismo em mui-ias cenas funciona como provoca-ção na platéia de 300 espectadores— o público vence com interesse alonga duração do espetáculo.

Sem dúvida, Hamlet fica umpouco mais pobre em sua poesia,na sua fúria e na sua tragicidade,mas recupera seu impacto, na ver-são josécclseanu, em que a trajeto-ria do Oficina e as obsessões do

diretor superpõem-se à peça e sejustificam no temperamento do en-ccnador. Mas Ham-let tem poesia,fúria e tragicidade á maneira deJosé Celso. Há grandiosidade, aomesmo tempo em que algumas in-genuidades lazem parecer que seestá diante de um resmungo contrao mundo, e que nós. espectadores,devemos alguma coisa. O espetácu-lo aponta a platéia como cúmplicedos crimes perpetrados e o acusa deconivência com a decadência dacorte. Há sempre um dedo em risteque às vezes deixa o público umpouco mais desconfortável do queos banquinhos sem encosto dese-nhados por Lina Bo Bardi.

Mas tudo que conspira contra

llam-let se reverte, e as grandescenas se sucedem provocando ver-dadeiro espanto. De repente. JoséCelso surge com os figurinos inspi-rados nos do Rei da vela, e mesmoque não se tenha visto o espetáculode há 26 anos, a referência visual ésuficientemente forte para compora memória teatral. Ou uma pomba-gira que segura um pedaço de carnecrua, recria a cena mais provocati-va de Roda viva. de 1968. I: umverdadeiro mergulho na história doOficina, trazendo no bojo a mesmafúria que José Celso Martinez Cor-rea demonstrou no passado.

A música evocativa, talvez umtanto suave demais, tem pelo me-nos uma canção sensível: Massa-

tração da pninavov. dc José Mi-guel Wisnick. Possesso mesmo estáJosé Celso que desrespeita as regnis

a tradução parece uma fala colo-quial de uma consersa de esquina

e esquece a técnica — os atores,especialmente Marcelo Drummond(Hamlet). que possui uma voz to-talmente inadequada para o teatro,são. na verdade, acólitos de uniacelebração.

O teatro Oficina pretende ser ca-da vez mais dionisíaco, seja em -l.shacanics — o futuro projeto açu-lantado há anos — ou cm llamlct

a marca de uma volta que trazum José Celso diferente, mas quecontinua o mesmo.m Continua na página 6.

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2 o quinta-feira, 1 l/l 1/93 BJORNAL DO BRASIL

¦ INTERVALO/RONALDO MIRANDA

,De Soler a Ravel

; Pianista possuidora de extensa disco-'i grafia, Clara Sverner é a atração de terça-

•feira próxima, às 21 h, no auditório do

jlbam. Paulista radicada no Rio, Clara rea-' lizou, como solista, importantes gravações¦de Glauco Velasquez e Chiquinha Gonza-iga. Como camerista, vem atuando coml freqüência ao lado de dois grandes instru-imentistas, o pianista João Carlos Assis;Brasil e o saxofonista Paulo Moura, com;quem gravou também expressivos títulosida música brasileira, para a EMI-Odeon.

No próximo recital do Ibam, Clara abre

jo programa com sonatas do Padre Soler e:,de Mozart, interpretando em seguida aSonatina e as Valsas nobres e sentimentais,

¦de Ravel; a Prole do bebê tf 1, de Villa-Lo-;bos; e a Primeira balada, de Chopin.

Divulgação/ Wllton Montenegro¦ÍAi

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Agenda cheia

O violoncelista Antônio Menezesque, na última semana, encantou o

público paulista com duas apresenta-

ções ao lado da Camerata Macksoudteve, nos últimos dois meses, uma

agenda de tirar o fôlego, atuando emtrês continentes. Menezes se apresen-tou no festival Mostly Mozart, de No-va Iorque, com o maestro Neeme Yar-vi, e, em seguida, tocou em Berlim eMadrid, sob as batutas de Moshe Atz-mon e Aldo Ceccato. Como recitalistae camerista, flutuou entre a Inglaterra,a Tchecoslováquia, a Suíça e o Japão.

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pianista Clara Sverner: no Ibam

Em LucernaO Festival Internacional de Música de

Lucerna, cuja próxima edição está previstapara o período de 17 de agosto a 10 desetembro de 1994, anuncia uma programaçãode dar água na boca. Serão realizados nadamenos que 16 concertos sinfônicos, entre osquais se destacam a Filarmônica de Viena,com Riccardo Muti; a Pittsburgh SymphonyOrchestra, com Lorin Maazel; a Filarmônicade Berlim, com Cláudio Abbado; e a própriaOrquestra do Festival de Lucerna, que atuarásob a direção de Kurt Sanderling e Yehudi,Menuhim.

O evento reunirá ainda estrelas do quilatede Maurizio Pollini, Anne-Sophie Mutter,Peter Schreier e o Quarteto Alban Berg, apre-sentando também, como compositor residen-te, o suíço Klaus Huber, que estará comemo-rando 70 anos.

Variações

sériasAs Variações sérias, de

Félix Mendeíssohn — obraque representa uma das cul-minâncias da forma temacom variações em toda a his-tória da música—são o des-taque do repertório que apianista Luli Oswald apre-senta, quarta-feira próxima,às 21h, na Vila Riso, em SãoConrado. Credenciada porreferências elogiosas, de PaulHume a Nelson Freire, LuliOswald executa, além deMendeíssohn, peças de Bach,Brahms, Chopin, ProkofiefT,Albeniz e Manuel de Falia.

Compositoras em ação, Françolse Imbrolsi

Termina hoje, na Esco-a de Música da UFRJ, o"estivai Internacional deCompositoras, com inten-

programação. Às lOh,íaverá uma conferência deocy de Oliveira, e, às

i30, depoimentos de vá-autoras, coordenados

>or Maria Helena Rosas'ernandes. Às 18h30, rea-za-se o concerto de encer-

ramento, em que se desta-m obras de Rosane

Almeida, Patrícia Regadasda própria Jocy de Oli-ira, de quem ouviremosolaris, com o oboé de«onardo Fuchs e a voz de

ítveira

Márcia Taborda, emoldu-rados por acompanhamen-to eletroacústico.

Em SantiagoEstá de volta ao Brasil, após uma tempo-

rada dc quase dois meses com a OrquestraSinfônica do Chile, o maestro Henrique Mo-relenbaum. Em Santiago, a repercussão dosconcertos por ele dirigidos foi tão grande quejá está convidado para mais 16 apresenta-ções, no próximo ano.

A versão de Morelenbaum para os doisConcertos para piano, de Brahms — tendocomo solista o pianista Michael Korstick(alemão formado na Juilliard, de Nova Ior-;

que) —, garantiu ao regente brasileiro gran-' des elogios do decano dos críticos chilenos,

Federico Heinlein. Em seu comentário no

jornal El Mercúrio, Heinlein afirma que Mo-relenbaum impregnou a massa orquestral deefetivo brilho, em sua impressionante leituradas obras brahmsianas.

Arquivo

EM PAUTA

O maestro gaúcho JoséPedro Boessio — que estáconcluindo seu doutoradoem regência na Universi-dade de Indiana, em Bloo-mington — acaba de par-ticipar do 3o WorkshopInternacional para Regen-tes, na cidade de Zlin(Tchecoslováquia), paraonde voltará, como maes-tro convidado, na tempo-rada de 1994.

O conjunto vocal Ca-

líope é o cartaz de hoje, às20h, no Solar do Jambei-ro, em Niterói, interpre-tando obras de CláudioMonteverdi.? A série Clássicos emVideolaser, do BancoReal, apresenta quarta-fei-ra, às 18h30, no TeatroJoão Teotônio, o balé Olago dos cisnes, de Tchai-kowsky, com Rudolf Nu-reiev e Margot Fonteyn.Na trilha sonora, John

Lanchbery rege a Sinfôni-ca de Viena.

O violoncelista David.Chew, líder do conjuntoBrasil Consort, vai minis-trar um curso livre sobre oseu instrumento, a partirde terça-feira próxima, naPró-Arte (Rua Alice, 462).

O ciclo O violão na Salacontinua, quarta-feira pró-xima, às 19h30, no Audi-tório Guiomar Novaes. Aatração é o violonista Pau-lo Bellinati.

"v.:

I HORÓSCOPO

Aries* 21/3a20/4Boas possibilidades deascensão profissional ede negócios o farão po- m»sitlvamente motivado. Pessoa ligada à famíliapoderá ser-lhe muito útil em momento de impor-tante decisão. Amor carente de manifestaçõesde maior confiança.

iu

TOURO • 21/4 a 20/5Você deve acautelar-sediante da possibilidadede que os problemas fi-nanceiros venham toldar-lhe o equilíbrio e tirar-lhe tranqüilidade. Procure resolver os problemascom objetividade. Excelente disposição noamor.

GÊMEOS* 21/5a20/6Benéficas influênciasmateriais se materiali-zarão a seu favor. Con- solidação de ganhos. Vantagens em transaçõescom bancos e financeiras. O dia não se mostrafavorável em relação aos seus sentimentos.Controle-se mais.

VMM.

MaxKlim

CÂNCER • 21/6 a 21/7Quinta-feira de boa dis-posição para os nativosque estejam ligados à prática profissional com números e cálculo.Indicações ainda fortes de possível decepçãocom pessoa muito ligada a vocô. Não superesti-me tal influência.

^ ILEÃO • 22/7 a 22/8Indicações de cresci-mento material, em diaque o beneficia em to-dos os seus assuntos relacionados a trabalhoe negócios. Você deve procurar motivações no-

• vas e alterar qualquer influência contrária. Bomdia para o amor.

VIRGEM • 23/8 a 22/9A quinta-feira registra a-seu favor bons aspec-tos materiais, especial-mente quanto ao seu trabalho regular. Uma pes-soa próxima, muito querida, o surpreenderá.Evite confidencias envolvendo problemas de fa-milia.

LIBRA • 23/9 a 22/10Beneficiado por açãode amigos próximos,você terá uma quinta-feira de excelente condicionamento astrológi-co com forte posicionamento positivo da Lua.Sorte que se acentuará com o passar das horas.Procure ser mais dado ao diálogo.

ESCORPIÃO • 23/10 a 21/11Bem motivado, você,escorpiano, terá hojeboa possibilidade deconduzir pessoas e alterar conceitos. Dia quemostra a superação de alguns problemas pes-soais, embora persistam as frágeis influênciasno amor. Saúde debilitada.

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SAGITÁRIO • 22/11 a 21/12"Boa influência astroló-^íoa faz-se presente no

quadro zodiacal. _.Você, impulsivamente e cie forma precipitada,ipoderá colocar isso a perder. Modere seu com-portamento. Satisfação interior e boa vivênciaçfetiva.

m.

CAPRICÓRNIO* 22/12a 20/1Presença de forte moti-vação para que vocêrealize suas aspira- ções mais intimas de vida. Boa influênciaamigos próximos. Em família, podem surgirpequenos problemas que devem ser tratados emsua exata dimensão e importância.

de

AQUÁRIO • 21/1 a 19/2Você terá excelenteoportunidade em rela-ção a sua rotina, nopassar desta quinta-feira, que lhe dará um qua-dro muito bom para os assuntos de traba-lho. Tino comercial apurado. Momento neutronas demais casas. Procure motivar-se.

PEIXES • 20/2 a 20/3Regido por Vènus, emseu trânsito de diretainfluência para Peixes,o dia será favorável aos assuntos que tra-tam da sensibilidade e da afetividade. Busquemotivar-se e deixe que sua intuição lhe dite omelhor caminho a seguir.

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HORIZONTAIS — 1 - apanha de improviso; induz aerro; 10 - árvore das leguminosas, silvestre, porómmuito freqüente na restinga, de folhas com muitosfolioios oblongos, agudos e coriáceos, flores violá-ceas reunidas em vistosas paniculas terminais, ocujos frutos, grandes drupas pardas, contêm umenorme embrião tóxico; 11 - simbolo do Absolutoindolinivel; 12 - plnnta herbácea. das convolvulá-ceas. do raizes tuberosas. largamente usadas naalimentação; 14 - intorjeição quo exprime admira-ção. surpresa; 15 - aceitar, referenciar; 16 - nenhu-ma coisa, coisa alguma; 18 - correia quo cingo opoito do cavalo quo puxa o carro; coisa com que setrava ou prendo; 20 - lingua (ilosôlica universal; 22 -o lado esquerdo o postorior da cena; 23 - calorosintensos; ardentlas; 26 - comunicação antecipa-da; aviso próvio; 27 - apagar, osvanocor. dostnzor;29 - prefixo; contra; 30 - pontos determinados dotempo, que se tomam por base para as contagensdos anos; ópocas históricas; 31 - resina purgativaque se extrai do várias plantas do gônero dasliliàceas; suco condensado da planta também cha-mada azebro ou bobosa.VERTICAIS — 1 - admite mentalmente; supõe; 2 -arco dos Índios; 3 - ninhada de ratos; 4 - formasincopada popular e poôtica da preposição para, 5 -conceito fundamental da geometria, cuja posição sodefine unlvocamente por dois pontos; 6 - emagreci-da, macllenta, extenuada; 7 - sufixo nominal: providade; quo tem forma ou caráter de; 8 - dique paraconstrução ou reparo de navios; armazém de entre-posto, para o comércio marítimo; 9 - planta legumi-nosa; 13 - médico especialista na parte da medicinaconsagrada ao estudo e tratamento das doenças doouvido, do nariz e da garganta; 17 - peixe teleósteo,caraciforme, dos caracideos (pi ); 19 - ter por prová-vel; presumir; 21 - ponto da esfera colesto situado aolado do acaso dos astros, o que ó a interseção doprimeiro vertical com o horizonte real; 24 - qualquercurva plana fechada, duas vezes dorivável, cujovector curvatura esteja sempre dirigido para seuinterior, como, p. exe., a eclipse; 25 - brilhos,esplendores, luzes; 26 - conversa, papo; 28 - desl-nência tônica do infinitivo dos verbos da segundaconjugação. Colaboração do Professor PEDRODEMO - Brasília.

TIRA-TEIMASÓtima publicação particular, suportada paioempenho • força da vontade do confradr uurt-GONHE (Darcy Vigier). É dodicada aos wat» *os.Paça um axamplar telefonando para (02'.) 437-6526. Agradecemos a gentileza do envio donúmero 40.

CORRESPONDÊNCIACELLY (Celly Gonçalves Leite) - Tljuca - A» cartaade 31 de outubro e 1° desto nos ehogaram commultas produçõea. Agradacomo» a gentileza. Écomum na# publicações charadfotlcas homana-gear pessoas, revistas ou seções. A sua Idéia éótima e merece o nosso apoio. A confrelra VIO-LETA CORRÊA ficará multo contente com a ho-mon agem. Nosso agradecimento.CHARADAS METAMORFOSEADAS (troca de uma

letra)O SOFRIMENTO piora na TEMPESTADE. 8(8)

FELIX BARRETO - Santa Teresa

Aquela ATRIZ NOTÁVEL conquistou o públicodesde a PRIMEIRA APRESENTAÇÃO de seu filme.7(6CELLY -PASSATEMPOS BÍBLICOS - Tijuca.3. JUNTO a esta charada, manifesto meu DESEJOde sucesso para a sua Coluna. 5(4)CHICO SILVA - Niterói4. O estudante ficou FURIOSO, VERMELHO de rai-va, quando soube de sua reprovação nos examesvestibulares. 6(2)

ARQOS - CEO - Brasília5. Em nossos estados do Sul, mesmo em PEQUENAVILA, come-se boa CARNE DE NOVILHO. 6(3)PAR DE PARES - Jacarepaguá6. NARIZ MUITO GRANDE também e chamado deNARIGANGA. 7(5)

PRÍNCIPE VALENTE - CTR - RioSOLUÇÕES DO NÚMERO ANTERIOR

HORIZONTAIS — unha; espia; noites; uri; hemo;praia; amêndoas; danou-se; am; eto; rareza; fl-lhos; log; oco; zero; maqia negra; arsenios.VERTICAIS — unha-de-fome; noematica; himenolo-ga; atono; esposas; pias; iri; aia; raer, duroias;azorro; magoas; elegi; ze; ir; ne.METAFORMOSEADA POR SlLABAS; confia/porfia.SINCOPADAS; indiligente/indigente; 3. fulheiros/fu-ros; 4. gastrite/gaste; 5. donoso/doso.

Correspondência para: Rua das Palmeiras, 57 apto. 4 ¦Botafogo - CEP 22.270.070

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Page 46: JOBNAL DO BRASIL í£ JORNAL DO BRASIL S A 1993 RIO ...

JORNAL DO BRASIL B quinta-feira, 11/11/93 o 3

Peixe gordoAo investigar proprieda-

cies dc políticos brasileiros noexterior, a CPI do Orçamen-to encontrou, entre elas, umgrande shopping ccnter noCanadá.

Pertence a importantemembro do Congresso Na-cional e está em nome de suafilha.

Ploft!

Aposta

Conversinha animada:Delfim Netto, Roberto Car-doso Alves e José Lourenço.Alguém perguntou à trinca:"Quantos os senhores achamque vão ser cassados?"

Vinte, disse um deles. Dez,respondeu o segundo. Doze,apostou o terceiro.

O mesmo alguém pergun-tou: "Mas não são só seis osacusados na CPI?"

Todos responderam aomesmo tempo: "Bom, masaté acabar, a gente chegalá..."

ConcorrênciaVem aí a hora da verdade

para as grandes empreiteiras.O governo do Paraná vaiconstruir a hidroelétrica dcCaxias no Rio Iguaçu. Valorda obra: USS 1 bilhão.

Leva quem apresentar omenor preço.

CALÇADÃO

Ontem, pela primeira vez,uma rádio irlandesa veiculouum comercial de camisinhas.Foi considerada uma emissãohistórica.

Pode parecer incrível, masna Irlanda a venda de preser-vativos esteve proibida porlei até o final da década de 70por influência da Igreja Ca-tólica. Depois, passaram apermitir a venda apenas paraos casados e, só este ano, suacomercialização foi liberadatotalmente.

CadeiaAmanhã poderão ser de-

cretadas, em São Paulo, asprimeiras prisões dos devedo-res da Previdência Social.

A diligência já está sendoconhecida como OperaçãoMãos Paulistas.

Pra arrasarAntes de receber o prêmio

Shell, dia 29, no Canecão,Jorge Benjor faz dois megas-hows, dias 26 e 27, no Ibira-puera, em São Paulo, com apresença especial do síndicoTim Maia.

A superprodução marca olançamento de 23, seu novodisco, que traz no título umahomenagem ao dia de SãoJorge, 23 de abril.

£2O professor Ar-

naldo Niskier fazconferência, hoje,no conselho técnicoda ConfederaçãoNacional do Co-mércio, no Rio, so-bre A embriague:da liberdade. às17h30.

O pediatra Car-los Acselrad lançaConfidencias de umrecém-nascido dia25. na Marcabru.Um livro polêmicoe mal-educado quedestrói vários mi-tos.

Tomie Ohtakeassina o painel dafachada do primei-ro prédio inteligen-te de Brasília, oNumber One, queserá inaugurado emdezembro.

João Falcãochegando de Salva-dor para lançar seulivro Giocondo Dias— a vida de um re-volucionário. Dia18, no Palácio Tira-dentes.

O diretor regio-nal do Senai (RJ),

Roberto Boclin, re-ccbe a comenda decomendador, hoje,em Brasília.

O Planetário daGávea abre inseri-ções para sua ofici-na de atores nosdias 12 e 16 das 1 lhàs 14h.

Maria HelenaGuinle chega hojede Paris exibindosua comentadíssi-ma cabeleira ver-melha. Nossa sócia-lite de plantão estácm chamas. Red!Red! Red!

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mAH, BRASÍLIA

Vivicn Bonicclli é uma sensitiva c tanto. Assessora deempresas nacionais e multinacionais, no Brasil e no

exterior. Seu telefone não pára dc receber chamadas.Dc Brasília, naturalmente

Corre cm Brasília que odeputado Sigmaringa Scixasjá nasceu de cabelos brancos.

Aloisio Mercadantc costu-ma dizer que José Carlos Al-ves dos Santos faz o tipo trêsem um: Pedro Collor, Eribcr-to e PC, ao mesmo tempo.

Brasília já tem uma hierar-quia de corrupção: escândalode USS 50 mil ninguém tomao menor conhecimento.

Para a renovação do Con-gresso, nas últimas eleições,68% dos deputados não sereelegeram. De quanto será arejeição na próxima eleição?

Roberto Cardoso Alvesexibie., ontem, no Salão Azul,a sua belissima gravata cheiade canguruzinhos tambémem fundo azul. Hermés, na-turalmente.

De Roberto Magalhães:"A subcomissão dos bancosestá para revelar grandes no-vidades." Vem mais bombapor aí.

Basta que a firmeza dcRoberto Magalhães na presi-dência da CPI tenha 50% daforça dc seu aperto de mãoque não vai sobrar corruptopara contar a história.

Perguntar não ofende: oque fazia Ibsen Pinheiro comtanta freqüência na agênciado Banco Rural, em Brasília?

Moderno

Oscar Niemeyer, Raquelde Queiroz, Armando No-gucira, Autran Dourado eJosué Montello (entre ou-tros) gravaram depoimentossobre o suicídio de GctúlioVargas para o Museu da Re-pública.

Cada uma destas persona-lidades conta como viveu osconturbados dias de agostode 1954, e seus relatos esta-rão disponíveis a todos os vi-sitantes do museu a partir dehoje, num inédito projetomultimídia que faz do Palá-cio do Catetc o primeiro mu-seu informatizado da Améri-ca Latina.

Desperdício

O ator Maurício Mattarbrilhou, absoluto, ontem noFórum, durante a audiênciacontra a Intcrvicw. Ele juraque uma foto sua de bum-bum de fora publicada na re-vista era pura montagem.

Durante as duas horas dcaudiência, juízas, advogadase estagiárias ficaram cnlou-quecidas pelo rapaz. Calça a-zul-marinho, bota dc cowboy,T-shirt branca, paletó preto ecelular na mão.

Que infelizmente não to-cou.

JustiçaJuscelino Kubitschcck se-

rá homenageado, amanhã, naformatura da turma da Esco-Ia Superior dc Guerra. DonaSara estará presente.

Vale lembrar: a ESG foiuma das instituições mais ri-gorosas com a família Ku-bitscheck na época da dita-dura.

Bate coração!A atriz Lumi Cavazos e o

ator Marco Leonard, prota-gonistas do cull filme Comoágua para chocolate, desem-barcam sábado, no Rio, parao lançamento nacional do fil-me. Você ouviu muito bem.Lançamento nacional.

Com apenas três cópias noBrasil, o filme já levou aoscinemas, em três meses, 260mil espectadores. Agora se-rão 28 cópias espalhadas pelopaís.

CorvoAlém de roubar a nação,

João Alves ainda roubava acasa lotérica Camisa 10, ondecostumava fazer seus jogos.O proprietário Homero LimaVieira denunciou que o depu-tado cobrava 5% para fazeras apostas em seu estabeleci-mento.

Metade da comissão ofe-recida pela Caixa EconômicaFederal.

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Page 47: JOBNAL DO BRASIL í£ JORNAL DO BRASIL S A 1993 RIO ...

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4 o quinta-feira, I l/l 1/93 B/ROTEIRO JORNAL DO BRASIL

CRÍTICA I CD/ 'Tommy'/**

Ópera-rock ao estilo Broadway

SMARCUSVERAS

HOWBIZ é showbiz e fim de assun-to. Só mesmo empresários daBroadway poderiam ter fôlego para

ressuscitar um dos dinossauros do finaldos anos 60, a polêmica ópera-rockTommy, transformando-a em sucesso decrítica. Tanto que recebeu os prêmiosTony de 1993 nas categorias de melhordiretor de musical, melhor música origi-nal (dividido com O beijo da mulher ara-nha), melhor coreografia, melhor luz emelhor cenário.

Para relembrar um pouco, Tonwiy foiescrito por Pete Townshend, do finadoThe Who, em 1968, sendo lançado umano depois no impulso do Festival deWoodstock. Em 1971, um concerto com aSinfônica de Londres mostrou durantetrês dias que instrumentos profanos e sa-gradas podiam conviver cm harmonia.Em 1974, Ken Russel filmou a história dogaroto cego, surdo e mudo que era ferano pinball, mas o resultado foi desastroso.Com exceção de Elton John em Pinballwizarde Tina Acidqucen Turner, quem selembra de mais alguma coisa?

Esta quarta versão da ópera-rock, quea BMG acaba de lançar em CD duplo,está inteiramente voltada para o teatro. Ereafirma as qualidades e defeitos do seoreoriginal, realçadas pela sempre mais-que-eficiente produção de George Martin, overdadeiro goldfinger britânico. Apesarda gravação ter acontecido em estúdio, oclima que rola é de ao vivo, com direito afalas dos personagens, interlúdios instru-mentais e por aí afora.

Isto posto, vamos ao elenco. Os doisTommy, Carly Jane Steinborn e MichaelCerveris, mantêm o puncb do persona-gem, ainda que sem maiores destaques. Acoisa começa a esquentar com a apariçãodo debochadissimo Tio Ernie, vivido porPaul Kandel, que apenas com inflexõesvocais desenha uma caricatura esplêndi-da. O Gavião e o Tocador de gaita, queintroduzem Tommy à Cigana, têm umnúmero excelente, cheio de nuances.

O bit Pinball wizard. que Elton John

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/4 quarta versão da ópera-rock Tommy, <7t/crecebeu vários prêmios no ser relançada nosEstados Unidos, sai agora no Brasil cm CD

levou às alturas no filme de Russel. temuma outra configuração vocal, com coroe solistas alternando as frases, devolven-do assim o espirito original da cena. Oefeito é excelente. Já Aeid queen, queacabou virando marca registrada da cin-qüentona Tina, encontrou em CherylFreeman uma sucessora à altura. Suainterpretação, para usar duas palavrinhasda moda carioca pós-Madonna, é poderá-sa e absoluta... O Médico e seu Assistente

Norm Lewis e Alice Ripley, respecti-vãmente — fazem outra boa cena.

Bem, se o elenco é de primeira — 110que não há nenhuma novidade, já que amaioria dos atores e atrizes americanossão totalmente preparados vocal e corpo-ralmente —, se a parte técnica recebeutantos Tony e se a segura direção musicalde George Martin levou tudo a bom ter-mo, por que o resultado não é primoroso?Simples: Pete Townshend não é umGershwin, um Berlin, um Kem.

Por mais que os arranjos e as interpre-

tações sejam de primeira linha, a matéria-prima deixa a desejar. Vendo a peça 110teatro, talvez esses detalhes sejam meno-res diante da produção. Mas, no disco,aparece em toda a sua nudez o curtofôlego do guitarrista do The Who. E.apesar de tudo, é a melhor versão da maisfamosa de todas as óperas-rock. Valedestacar que o libreto incluído na caixacom os dois CDs traz todas as informa-çòes e letras do espetáculo, além de algu-mas fotos coloridas. Ponto para a BMG equem ganha é o consumidor.

Cotações: • ruim * regular * * bom * ? ? ótimo * * ? ? excelente

CINEMA

I ESTRÉIA

OS SAQUEADORES (Trespass). de Walter HillCom Bill Paxton, Ice T. William Sadler e ArtEvans. Largo do Machado 2 (Largo do Machado.29 — 205-6842) 14h. 16h. 18h. 20h. 22h Star-Copacabana (Rua Barata Riboiro. 502/C — 256-4588): 14h40. 16h30. 18h20. 20h10. 22h Art•Casashopping 1 (Av. Alvorada, Via 11. 2.150325 0746) 17h, 19h, 21h. Art-Maduroira 2(Shopping Conter do Madureira — 390-1827):15h, 1 7h, 19h. 21 h Niterói Shopping 2 (Rua daConceição, 188/324 — 717 9655): 15h30.17h20, 19h10, 21 h. (12 anos)

Na procura de um tesouro religioso, dois bombei-ros brancos, são confundidos como policiais poruma gang negra Eles testemunham um crime

praticado pela gang e sao aprisionados numaantiga fábrica: EUA/1992.

I CONTINUAÇÃO? ? ?

O BANQUETE DE CASAMENTO (The weddingbanquete), de Ang Lee Com Ah-leh Gua, SihungLung, May Chin e Winston Chão. Estação Cine•ma-1 (Av Prado Júnior. 281 — 541-2189):15h20, 17h30, 19h40. 21h50. Palácio 2 (Rua doPasseio. 40 — 240-6541): 13h. 15h. 17h. 19h.21 h. Sáb. e dom., a partir de 15h. Cine Gávea(Rua Marquês do São Vicente. 52 — 274-4532):15h30. 17h40. 19h50. 22h Via Parquc-6 (AvAlvorada. 3 000) 15h30, 17h30, 19h30, 21h30.(10 anos)

Wai Tung, próspero imigrante, vivo um relaciona-mento homossexual com Simon Para manter asaparências ele resolve casar-se com a jovem WeiWei. Porôm, Wei Wei engravida de Wai Tung o odesenlace da história torna-se surpreendente paratodos. EUA/1993

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xposições

M.C. ESCHER

LITOGRAFIAS DO TAMARIND INSTITUTENovo México, EUA

"RETRATOS E AUTO-RETRATOS"Gilberto Chatèaubriand

TOMIE OHTAKE"Novas Pinturas"

SERIGRAFIAWorkshop e exposição

Angela FreibergerInício 18/11 às 16:00hs

horário de funcionamentodas exposições:

de terça a domingo,das 13:00 às 19:00hs

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W J\ A museu de arte moderna do rio de janeiroV av. infante dom henrique, 85 aterro

apoio: prefeitura da cidade do rio de janeiro

UM LUGAR NO MUNDO (Un lugar en el mun-do), de Adolfo Aristarain. Com Jose Sacristan,Fodorico Luppi. Leonor Benedetto o Cecília Rolh.Club Cinema-1 (Rua Coronel Moreira César.211/153): 14h30, 16h40, 18h50. 21 h. (Livre).

Ernosto regressa ao povoado de São Luis para'r«Jembrar os tempos de infância. Reencontra suaantiga paixão e também um novo motivo paraseguir sua vida: a luta do uma cooperativa ruralcontra os poderosos grupos econômicos locais.Argentina/1992

SINTONIA DE AMOR (Sleep/ess in Seatt/c). doNora Ephrom. Com Tom Hanks. Meg Ryan. RitaWilson o Bill Nelson Art-Fashion Mall 4 (Estradada Gávea, 899-322-1258): 16h. 18h. 20h. 22h.Novo Jóia (Av. Copacabana, 680), Bruni- Tijuca(Rua Conde de Bonfim. 370 — 254-8975), Art-P/aza 1 (Rua XV de Novembro. 8 — 718-6769):15h, 17h, 19h, 21 h. Art-Casashopping 3 (Av.Alvorada, Via 11.2.150-325-0746). *17h. 19h,21 h. Sáb. e dom., a partir de 15h. (Livre).

Annie é uma repórter que se vê obcecada com aidéia de conhecer o sujeito que acabara de fazeruma declaração de amor à falecida esposa pelorádio. Depois disso suas vidas nunca mais serãoas mesmas EUA/1993.

MUITO BARULHO POR NADA (Much adoabout nothing). de Kenneth Branagh. Com Ken-neth Branagh, Emma Thompson, Denzel Was-hington e Keanu Reeves. Art-Fashion Mall 3 (Es-trada da Gávea, 899 — 322-1258): 15h40.17h50, 20h, 22h10. (Livre).

A história de amor de três militares da armada deDom Pedro, príncipe de Aragão: Cláudio. Hero eBenedick. Adaptado da comédia de William Sha-kespeare. Inglaterra/1993.

SEDUÇÃO (Bellc Êpoque). de Fernando Trueba.Com Fernado Fernan Gomez, Ariadna Gil e Man-bel Verdu. Estação Botafogo/Sa/a-3 (Rua Volun-tários da Pátria, 88-537-1112): 16h. 18h. 20h.22h. (14 anos).

Um jovem espanhol, desertor do exército, é acolhi-do na casa de um pintor e é envolvido por suasquatro filhas. Espanha/1992.

COMO AGUA PARA CHOCOLATE — De Al-fonso Arau. Com Marco Leonardi, Lumi Cavazos.Regina Torro e Yareli Arizmendi. Ricamar (Av.Copacabana. 360 — 255-4491): 14h30, 16h30,18h30. 20h30. Sãb. e dom., a partir de 16h30.Barra-2 (Av. das Américas, 4.666 — 325-6487):15h. 17h10. 19h20. 21h30. Ôpera-1 (Praia deBotafogo. 340 — 552-4945): 16h40. 18h50.21 h. Sáb. e dom., a partir do 14h30. (12 anos).

Durante a revolução mexicana, casal apaixonado éobrigado a se separar por conta da tradição queimpede o casamento da filha mais nova, que deveceder seu amor à irmã mais velha. México/1992.

ALADDIN — De John Musker e Ron ClemontsEstação Museu da Republica (Rua do Catete. 153245-5477): 15h40. 17h20. (dublado). (Livre).

Versão original do clássico de Mil e Uma Noites.uma das maioros fábulas do todos os tempos.Produção de Walt Disney EUA/1992

? ?SOL NASCENTE (Rising sun). de Philip Kaufman. Com Sean Connery. Wesley Snipes, HarveyKeitel e Cary-Hhiroyuki. Roxy-2 (Av. Copacaba-na. 945 — 236 6245): 14h40. 17h. 19h20.21h40. São Luiz 2 (Rua do Catete. 307 — 285-2296): 14h40, 17h. 19h20. 21h40. Palácio-1(Rua do Passoio. 40 — 240-6541), Via Parque 4(Av Alvorada, 3 000), Barra 3 (Av das Américas,4 666 — 325-6487), Tijuca 2 (Rua Conde deBonfim, 422 — 264-5246). Norte Shopping 2(Av Suburbana, 5.474 — 592-9430), Ilha Plaza1 (Av. Maestro Paulo e Silva. 400/158). Icaraí(Praia de Icaraí, 161 — 717-0120). Madureira 2(Rua Dagmar da Fonseca, 54 — 450-1338):16h20. 18h40. 21 h. Sáb. e dom., a partir de 14h.(14 anos).

O veterano detetive John e o jovem tenente Webinvestigam o assassinato de uma mulher ocorridono escritório de uma poderosa empresa japonesa,em Los Angeles. Neste universo onde quem de-tém a informação detém o poder, nada é comoparece ser. EUA/1993

NA LINHA DE FOGO (In the Une of firc). doWolfgang Petersen. Com Clint Eastwood. JohnMalkovich, Renerusso e Dylan McDermott. Esta-ção Paissandu (Rua Senador Vergueiro, 35 —265-4653): 14h40, 17h, 19h20, 21h40. Art-Co-pacabana (Av. Copacabana. 759 — 235-4895).Art-Fashion Mall 2 (Estrada da Gávoa, 899 —322-1258), Star-lpanema (Rua Visconde de Pi-rajá, 371 — 521 -4690): 15h, 17h20, 19h40, 22h.Art-Casashopping 2 (Av. Alvorada, Via 11, 2.150325-0746): 16h40, 19h, 21 h20. Sáb. o dom., apartir de 14h20. Art-Tijuca (Rua Conde de Bon-fim, 406 — 254-9578), Art-Madureira 1 (Shop-ping Center de Madureira — 390-1827), Art-Pla-za 2 (Rua XV de Novembro, 8 — 718-6769):14h20, 16h40, 19h, 21h20. Pathé (Praça Floria-no, 45 — 220-3135): 12h. 14h15, 16h30, 18h45,21 h. Sáb. e dom., a partir de 14h15. Paratodos(Rua Arquias Cordeiro, 350 — 281 -3628):14h15, 16h30, 18h45. 21 h. Windsor (Rua Coro-nel Moreira César, 26 — 717-6289), Star SãoGonçalo (Rua Dr. Nilo Peçanha, 56/70 — 713-4048), Campo Grande (Rua Campo Grande. 880394-4452): 14h. 161)20. 18h40, 21 h (12anos).

Harrigan é um corajoso agente do serviço secretonorte-amoricano que procura redimir-se de umerro do passado, tentando salvar a vida do Presi-

dente dos Estados Unidos, ainda que isso lhecuste a própria vida. EUA/1992

UM CORAÇÃO NO INVERNO (Un coeur enhiver). de Claude Sautet. Com Daniel Auteuil.Emmanuelle Béart e André Dussollier. Belas-ArtesVeneza (Av. Pasteur, 184 — 295 8349). 15h.16h50, 18h40, 20h30. (14 anos)

Stéphane e Maxime são amigos há muitos anos.até que a própria convivência acaba saparando-os. ê quando surge Camille, que irá se envolvercom Maxime e de certa forma transformará ocoração frio de Stéphane. França/1992.

ESCRITO NAS ESTRELAS (Youngei & Younger), do Percy Adlon Com Donald Sutherland.Lolita Davidovich. Brondan Fraser o Julie DelpyRoxy-3 (Av Copacabana, 945 — 236-6245):16h. 17h50, 19H40. 21h30 Sáb. o dom , a partirde 14h10. (14 anos).

Jonathan, é um executivo bon vivant. porém suaesposa não agüenta mais seus excessos e tem umataque cardíaco fatal. Ele passa a ter visões com amulher morta e não demora muito para que seapaixone de novo pela esposa morta Alemanha/1993

DESPERTAR DE UM HOMEM — (This boyslife), de Michaol Caton-Jones. Com Robort DoNiro. Leonardo Dicnprio e Ellon Barkin Copaca-bana (Av. Copacabana. 801 — 255-0953). ViaParque-1 (Av. Alvorada. 3.000): 15h, 17h10,19h20. 21h30. Central (Rua Visconde do RioBranco. 455 — 717-0367): 16h40. 181)50. 211)(12 anos)

Toby e sua mãe estão sempre indo de cidade emcidade, entrando e saindo de relações desastro-sas. Em Seatle ela conhece Dwight, um homemelegante, mas que esconde sua estranha naturezae apenas Toby percebe. Adaptado da autobiogra-fia de Tobias Wolff: This boy's life. EUA/1993.

O FUGITIVO — De Andrew Davis. Com HerrisonFord, Tommy Lee Jones, Joe Pantoliano e An-dreas Katsulas. Roxy-1 (Av. Copacabana. 945 —236-6245), São Luiz-1 (Rua do Catete, 307 —285-2296), Leblon-J (Av. Ataulfo de Paiva, 391— 239-5048): 16h50, 19h10. 21h30. Sáb edom., a partir de 14h30. Carioca (Rua Conde deBonfim. 338 — 228-81 78), Center (Rua CoronelMoreira César, 265 — 711 -6909): 16h20. 18h40.21 h. Sáb. e dom., a partir de 14h. Via Parque-2(Av. Alvorada. 3.000)- 16h30, 18h50, 21h10Sáb. e dom., a partir de 14h10. (12 anos)

O Dr Kimble, retornando para casa após umacirurgia, surpreende um invasor em sua residên-cia. Momentos depois oncontra sua esposa feridaque acaba morrendo em seus braços. Ele é acusa-do de assassinato e inicia, então, a busca doverdadeiro assassino de sua mulher. EUA/1992.

O PIANO (The piano), de Jane Campion. ComHolly Hunter, Harvev Keitel. Sam Neill. Anna Pa

' quin e Kerry Walkor. Cândido Mendes (Rua Joa-na Anflélica, 63 — 267-7295): 15h30. 17H40.19h50, 22h Estação Botafogo/Sola-2 (Rua Vo-luntários da Pátria, 88 — 637-1112): 15h20,17h30, 19h40, 211)60 Ail-Fashion Mall 1 15h10,17h30, 19h50, 22h10 (14 anos).

Ada não fala dosde os seis anos de idado. No vigorde seus 20 anos vai roalizar um casamento «irran-jado com um homom que nunca viu Em plenoanos de 1870 parto da Inglaterra paru a NovaZelândia, onde aporta na solitária praia com afilha, caixas o o precioso piano, lnglatorra/1992.

AMIGAS DO PEITO (Le amiche doI cuoro). deMichele Plácido. Com Asia Argunto, Carlotta Na-toli, Claudia Pandolfi o Michele Plácido. Belas-Artes Catete (Rua do Catete. 228 — 205-7194):141), 161), 181). (14 anos).

Três amigas, do 15 anos, dividem confidencias osous problomas familiares que incluom drogas,prostituição e incesto Itália/1991.

OS AMANTES DE PONT NEUF (Lesamants riuPont Neuf). do Loos Carax. Com Julietto Bino-che. Donis Lavant o Klaus-Michael Grubor. Cine-clube Laura Alvim (Av. Vieira Souto, 176 — 267-1647): 171), 19h, 21 h (14 anos).

História do dois jovens que passam a viver comomendigos numa das tradicionais pontes do Sena.França/1991.

o ALVO (Harri taryet). du John Woo Com Jean-Claude Van Dammo, Lance Honnksen, Yancy Bu-tlor o Arnold Vosloo. Odeon (Praça MnhatmaGandhi, 2 — 220 3835): 131)40. 15h30. 17h20.19h10. 21 h. Sáb. o dom., o partir de 15h30. MetroBoavista (Rua do Passeio, 62 — 240-1291):131)30. 15h30, 171)30. 19h30. 211)30 CondorCopacabana (Rua Figuoiredo Magalhâos. 286 —255-2610), Largo do Machado 1 (Largo do Mo-chado, 29 - 205 6842): 14h, 16h, 18h. 20h,22h. Leblon-2 (Av. Ataulfo do Paiva, 391 —239-5048), Via Parque-5 (Av. Alvorada, 3 000),Barra-1 (Av das Américas, 4.666 — 325-6487),América (Rua Condo do Bonfim, 334 — 264-4246): 16h. 17h50. 19h40. 21h30. Sáb. e dom , apartir de 14h10. Norte Shopping 1 (Av. Suburba-na. 5 474 — 592-9430), Ilha Plaza 2 (Av. Maes-tio Paulo e Silva, 400/158), Madureira 7 (RuaDagmar da Fonseca, 54 — 450-1338). Niterói(Rua Viscondo do Rio Branco. 375 — 719-9322): 15h50, 17h40. 19h30, 21h20. Sáb edom., a partir do 14h (14 anos).

Um estivador do porto de New Orleans utiliza suatécnica em artes marciais para combater umaquadrilha do sádicos e transforma um lucrativonegócio a organização do safáns. onde as presassão ex-combatentes ou mendigos sem família esem residência. EUA/1992

TOP GANG 2 - A MISSÃO (Hoi shotst 2). duJim Abrahams Com Charlie Sheon, Lloyd Bnd-ges. Valeria Golino e Richard Grenna Via Parque-3 (Av Alvorada, 3 000): 16h. 17h50, 19h40.21h30 Sáb o dom., a partir de 14h10 Madureira3 (Rua João Vicente, 15 — 369-7732), Ti/uca-1(Rua Conde de Bonfim, 422 — 264-5246). Art-Meier (Rua Silva Rabelo. 20 — 249-4544)15h30. 17h20, 19h10. 21h. Olaria (Rua Uranos.1 474 — 230 2666) 15h, 16h50, 18h40. 20h30Niterói Shopping I (Rua da Conceição. 188/324— 717 9655) 14»i20. 16h. 17h40, 19h20. 21h.(Livre)

O presidonte dos Estados Unidos ordena uma mis-são de resgato aos soldados americanos mantidoscomo reféns no Iraque Porém, a missão do resgate cai numa cilada o são também presos comoreféns Uma nova missão é então ordenada EUA/1992.

I REAPRESENTAÇÃO? ? ?

VEM DANÇAR COMIGO (Smctly ballroom). deBaz Luhrmann Com Paul Mercúrio, Tara Morice.Bill Hunter e Barry Otto Estação Museu da Republica (Rua do Catete, 153 — 245-5477): 19h.20h40 (Livre)

Bailarino desafia as regras da companhia cri.indouma coreografia própria, mas sua ousadia podocustar Itm o fim do sonho do conquistar um pró-mio o até o fim da carreira Austraiia/1992

? ?E LA NAVE VA De Federico Fellini ComFreddi Jones. Barbara Jefford. Victor Poletti oPoter Colher Belas Artes Catete (Rua do Catete,228 — 205 7194) 20h (14 anos)

Narra uma viagem pelo Mediterrâneo, na vésperada Primeira Guerra Mundial, em um navio hipor-realista Nesta viagem encontram-se o universofeliniano. Itália/1991

NOSFERATU. O VAMPIRO DA NOITE (Nos-feratu. phamtom der nacht). de Werner Herzog.Com Klaus Kmski. Isabelle Adjani o Bruno Ganz.Estação Botafogo/Sala-1 (Rua Voluntários daPátria. 88 — 537 1112) 151)30, 17h30. 19M30.21 h30 (12 anos)

Apaixonado polo retrato de uma mulher, o CondoDrácula abandona seu castelo e viaja ao seuencontro num caixão repleto de ratos, que espa-lham a peste Refilmagom do clássico de 1922.Alemanha/França/1978

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DIAS 12/13 - 22h00 E 14 - 21 h30 têmpora

Direção Geral: MIGUEL FALABELLA

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MOSTRACENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL -

As 16h30. 18h30. Lançamento do vídeo Profis-são criança, de Sandra Werneck Hoje, no CentroCultural Banco do Brasil. Rua 1" do Março. 66(216 0223)

BUftUEL: OS ÚLTIMOS FILMES (II) — A:.18h30: O estranho caminho de São Tiago (LaVoie Lactóe). de Luís Bunuel Com Pierre Cio-menti. Laurent Terzieff. Delphine Seyrig e AlamCuny Hoje. na Cinemateca do MAM, Av InfanteD Henrique. 85 (210 2188). (14 anos)

Dois homens dirigem-se a Santiago de Camposte-Ia. na Espanha, e encontram pelo caminho umagaleria do personagens bizarros. França/Itália/1968

CICLO DESEJO — Um por dia As17h, 19h. 21 h:O joelho de Cfaire (Le genou de Claire), de EneRohmer. Com Jean-Claude Brialy, Aurora Cornue Béatrice Romand Hoje, no Cine Arte-UFF. RuaMiguel de Frias, 9 (717 8080) (16 anos).

Homem maduro começa a questionar a aproxima-çào da morte, quando se apaixona por uma adolesconte França/1970

CINEMA NA UNIVERSIDADE Um por diaAs 12h: Conterrâneos velhos de guerra (Brasilei-to), documentário de Vladimir Carvalho Hoje, noInstituto de Filosofia e Ciências Sociais — /FCS,Largo de São Francisco, s/n" — 1" andar. (Livro).

Os lances dramáticos da construção do Brasília, apartir do ponto do vista dos operários que cons-truiram a capital. Prêmio especial do júri no Festi-vai de Gramado. Produção de 1990

VÍDEOCENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL —

As 12h30: Festival Tchaikovski-Reprise: Concertopara violino e Abertura Fantasia Romeu e Julieta.As 15h e 18h30: Festival Tchaikovski-Reprise: Adama de Espadas (legendas em mglés/exibição alaser). Hoje. no CCBB. Rua 1o de Março. 66Entrada franca com distribuição de senhas 30minutos antes da sessão.

VlDEO-CINE — A partir do 20h: O enigma deKaspar Hauser. Hoje, no Centro Cultural PaschoalCarlos Magno/Sala Raul Seixas, Campo de SãoBento — Icarai Entrada franca.

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^ CLÁSSICOI FESTIVAL INTERNACIONAL DE COMPOSI-TORAS — Com Lisieux Cosia, Patrícia RegadasNunes e outras. 5", ás 18h30. Salão LeopoldoMiguez, da Escola de Música da UFRJ. Rua doPasseio, 98 (552-2422). Entrada franca.

MUSICA NO SOLAR — Com o grupo vocalCaliope No programa peças sacras. 5", às 20h.Solar do Jambeiro, Rua Presidonto Domiciano.195. CRS500.

PROJETO MONTREAL BANK/MÚSICA NAHORA DO ALMOÇO — 5». às 12h30. Com ossopranos Celinelena leto, Myrna Rubim e NetiSzpilman. No programa obras de Puccini. Liszt eoutros.Papo Imperial. Praça XV. 48. Entrada fran-ca

CONCERTOS DO MEIO-DIA — 5a. às 12h.Com o Coral CEM. No programa obras de Ronal-do Miranda, Camargo Guarnieri o outros. Escolado Música da UFRJ. Rua do Passoio. 98 (240-1641). Entrada franca

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JORNAL DO BRASIL1, B/ROTEIRO

Jj O AltorflpOos do ultima horn na proQramopAo publicada nosta 'se^flo sflo do rosponsabllldado dos orgonizadoros dos ovontos. A

SHOW _

'TEATRO

TRÓIA — Adaptação da Eduardo Wotzlk o Fur-nando Schnoor. Diteçflo de Eduardo Wotzlk. ComComlllo Amado, Crisllano Oliveira e oulros. TeatroIdoCCBB, Rua 1"de Março. 66 (216-0237). De4" a dom., às 19h. Síb.. às 21 h. CRS 400 e CRS200 (ostudontos). Alô 19 do dozombro.OS 7 BROTINHOS — Toxto o diroção do FlávioMarinho. Com Cininha do Paula, Fernando Eiras,Andorson Muller o outros. Teatro Ipanema, RuaPrudento do Morou», 824 (247-9794) De 5" asáb,, às 21 h30. Dom., ás 20h. Ensaio aberto: aCRS 500.MILAGRES — Texto de Paulo Sérgio Pereira.Direçflo do Luiz Mendonça e Naldo Alves. ComLuiz Mendonça, Maria Gladys e oulros. Teatro daCosa de Cultura Lauro Alvim, Av. Vieira Souto176 (267-1647). 6", as 18h e 21h. 6- o sáb., às21 h. Dom., às 19h. CRS 500 (5J. 6" e dom ) oCR$ 600 (sàb ).SEGUNDAS INTENÇÕES - Texto do BorryCreyton. Direção do José Renato. Com MariaZilda Bothlom o Stopan Nercossian. Teatro TeresaRachel, Rua Siquoira Campos, 143 (236-1113).6» o 6". às 21 h. Sáb., ás 18h o 21 h. Dom., às 18ho 20h. CRS 1.000 (5"). CR8 1.200 (6" e dom.) oCRS 1.500 (sAb.). Duração: 1 h40O FIEL CAMAREIRO — Texto de Ronald Har-wood. Direção de Paulo Afonso de Lima, ComFábio Sabag, Leonardo Franco e outros. TeatroVilla Lobos. Av. Princesa Isabel, 440 (275-6695).5", às 17h b 21 h 6» e sàb.. às 21 h. Dom., ás 20h.CRS 650 (5-, 6" edom.), CRS 850 (sáb ). Promo-ção: estudantes da UNE e URBES tem 50% dedesconto em todas as sessões. Maiores de 60anos desconto de 50% nas sessões de 5 >.

O LIVRO DE JÔ — Adaptação do Clara Góes.Direção de Moacyr Góes Com Leon Góes oFloriano Peixoto. Teatro Glória. Rua do Russel,632 (245-5527). De 5'1 a sàb.. ás 21 h Dom . ás20h. CRS 500 (5", 6" e dom ), CRS 700 (sáb )MEUS PREZADOS CANALHAS/O EVANGE-LHO DE TOMAS 8> VERSÃO DE TADEU —Do Joáo Uchôa Cavolcanti Neto. Diroção de Gra-cindo Jr Com Othon Bastos, Edwin Luisi o ou-tros. Teatro dos Quatro. Rua Marquês de SãoVicente, 52/2" (274-9B95). De4J a sáb. ás 21 h odom., ás 20h. CRS 600 (4->), CRS 800 (5- e 6") eCRS 1.000 (sáb. o dom ). Duração: 1 h40 Ingres-sos a domicilio pelo tal. 221-0515. Promoção:quem assistir ao espetáculo essa semana estaráconcorrendo à uma bolsa de estudos, cm qual-quer curso, a ser sorteado no domingo após asessãoNARIZES VERMELHOS — Texto e direção deLuiz Carlos Góes Com Thais Portinho, IsoldaCresta e outros Teatro Posto 6. Rua Francisco Sá,51 (287-7496). De 5' a sáb , ás 21h30 Dom . ás20h CRS 400 (5«). CRS 450 (6") e CRS 500 (sabedom ). Duração: 1h20A MISSÃO — Toxto do Heiner Muller Dir deLuiz Fernando Lobo. Com a Cia. Ensaio Aberto.Paço Imperial. Praça XV dn Novembro. 48 (224-2407) Do 5" a dom , ás 19h30 CRS 500 e 350(classe artística). Até 19 do dozombroTRAIR E COÇAR É SÔ COMEÇAR — De Mnr-COS Caruso. Direçào de Atílio Riccó. Com RenataLaviola, Roberto Frota e outros. Teatro SESC/ Ti-jucá. Rua Barão de Mesquita, 539 (208 5332)5" e dom . às 20h30 6» o sáb.. ás 21 h. CRS 600(5U e 6") e CRS 700 (sàb. e dom ).CÂNDIDO OU O OTIMISMO - Toxto do Voltairo. Adaptação e diroção de Luiz Arthur NunesCom o Núcleo Carioca de Teatro Teatro GlanceRocha. Av Rio Branco. 179 (220-0259) Do 4- a6". ás 19h. Sáb , às 21 h Dom . ás 20h. CRS 500(4". 5-' e 6 ') e CRS 600 (sáb. o dom.). Duração:2h.ED MORT. UM DETETIVE BRASILEIRO —Baseado em texto de Luís Fernando Veríssimo.Adaptação e direção Fernando Lyra Reis. ComNizo Neto. Júlio Levy, Débora Catalani e outros.Teatro da Praia. Rua Francisco Sá, 88 (267-7749). De 5" a sáb. ás 21 h30. Dom., às 20h. CRS500 (5a); CRS 600 (6" e dom.) e CRS 700 (sáb ).ZUMBI — Adaptação do toxto do Augusto Boal,Edu Lobo e Guarnieri. Direção de Bernardo Bel-ford. Com Com Ruth do Souza o outros. EspaçoIII. do Toatro Villa-Lobos. Av. Princesa Isabel,440 (275-6695). De 5- a sáb., às 21 h o dom., ás20h30. CRS 400. Duração: 1h40.

1999 — Toxto o direção de Márcio Vianna. ComCarla Marins, Cláudia Molo o Centro de Exercíciodo Utopias Teatro Gláucio Gil. Praça C.irtfoalArcovorde. s/n» (237-7003). 4-' e dom. às21 h30; 6- o sáb. ás 22h30. CRS 800 o CRS 400(estudantes).AS PRIMlCIAS — De Dias Gomes Com Bem-vindo Sequeira, Beto Mondes o oulros. TeatroJoão Caetano. Praça Tiradentes, s/n° (221 -1223). De 4" a sàb., às 21h o dom., às 19h. CRS400 (4« e 5"). CRS 600 (6*) e CRS 800 (sáb. edom ). Desconto de 50% para estudantes e maio-ros de 60 anos. Preços promocionais para grupopelo tel 269 -4726. Ingressos a domicilio pelo tel.221-0515 Duração: 1h20. Até 21 de novembro.BRASIL. MOSTRA A TUA CRÔNICA - Crôni-c.is. poesias e músicos de Fernando Snbino, Cor-los Eduardo Novoos e Sérgio Cabral. Com Alos-sandra Oliveira, Ricardo Pavão e outros. Casa do jTá Na Rua. Av Mom do Sá. 35 De 5" a sàb.. ás21h30, dom , às 20h30. CRS 400. Estudantescom carteira da UNE e da UBES pagam meia.Duração: 1h15.LUSIDIADA — Textos do Camões e FernandoPessoa Direçào de Marco Justo. Com AngelaMachado, Lu Gondim e Robson Marciano. Mu-seu Histórico Nacional. Praça Marechal Âncora.s/n° (240 2092). 5J e 6-, às 18h e sáb., ás 16h.

CRS 350. Lotação: 80 lugares. Até 20 de novem-bro.A OBSCENA SRA. D — De Hilda Hilst. Direçàode Eid Ribeiro. Com Vera Fajardo, Rubens Araújoo outros. Caso da Gávea, Praça Santos Dumont,116 (Praça doJockei). (239-3511). Lotação: 80lugares. Do 5a a sáb., ás 21 h e dom., às 20h. CRS600. Desconto de 50% poro classe artística.O FUTURO DURA MUITO TEMPO — Basoadono livro do Louis Allhusser. Diroção de MárcioVianna. Com Rubens Corrêa e Vanda Lacerda.Toatro Gláucio Gil. Praça Cardeal Arcovordo, s/n°(237-7003). 5'', ás 21H30; 6,f o sáb., ás 20h odom , ás 19h CRS 800 o CRS 400 (estudantes).Duração: 1 h40. O espetáculo começa rigorosa-monto no horário e não será permitida a entradaapós o seu inicio.QUERIDO MUNDO — De Miguel Falabelta eMaria Carmom Barbosa. Direção de Miguel Fala-bella. Com Joana Fomm e Otávio Augusto. TeatroVannucci. Rua Marquês de Sào Vicente. 52/3°(274-7246). 5" e 6". às 21 h, sáb., ás 20h e 22h edom. ás 20h CRS 800 (5a e 6a) e CRS 900 (sábedom). Ingressos a domicilio pelo tel. 221-0515Duração: 1h40.

CORTIÇO/1" PARTE — De Aluisio Azevedo.Diroção e adaptação de Sérgio Britto. Com Toni-co Pereira, Edyr de Castro o outros. Teatro DelfimRua Humaitá, 275 (286-1497). 5". ás 21 h. CRS500. Duração: 1 h45. Quem assistir aos dois espe-táculos na mesma semana terá um desconto de25% na compra dos dois ingressos.MIMI, UMA ADORÁVEL DOIDIVANAS — DeCamilo Attila. Direção de Odávlas Petti. ComElizabeth Savalla, Renata Fronzi o outros. TeatroClara Nunes. Rua Marquês do São Vicente, 52/3°(274-9696). 6», ás 17h30 e 21 h. 4a e sáb, ás21 h: dom., ás 19h. CRS 700 (4a a 6a) e CRS 900(sáb.. dom. leriado o vesperais de 5o). Menoresde 22 anos têm desconto do 50%. Ingressos adomicilio pelo tel. 221-0515. Duração: 1h30.CHARITY, MEU AMOR — Tradução de FlávioMarinho. Direção de Gene Foote e André Valli.Com Márcia Albuquerque, Sidney Magal e ou-tros. Teatro Ginástico. Rua Graça Aranha, 187(220-8394) De 4a a 6a. ás 19h; sàb , ás 21 h edom . ás 20h. CRS 950 (4a); CRS 1.200 (5a, 6a edom.) e CRS 1.500 (sáb.). Ingressos a domiciliopelo tel. 221-0515. Duração: 2h.AS VIÚVAS DO AZEVEDO - Toxtos de ArturAzovodo. Com Christiane Montoiro o AntonioChamarelli Júnior. Teatro do SESC/Engenho deDentro. Rua Armando Cavalcanti. 1661 (249-1391). S^s, às 20h30. Até 25 do novembro.AMANTES CONFIDENCIAIS — De Jean Clau-de Carriòre. Direção de Gilberto Gawronski. ComCissa Guimarães e Rogério Fabiano. Teatro daUFF. Rua Miguel de Frias. 9 (717-8080 r 300).De 5a a dom . ás 21 h. CRS 700. Duração: 1 h15.ALÉM DA VIDA — Direção de Augusto CésarVanucci. Com Felipe Carone. Renato Prieto ooutros Teatro Galeria. Rua Senador Vergueiro, 93(22 5 8846) De 5a a sáb., ás 21h; dom . às 19h.CRS 400 (5-') o CRS 500 (6J a dom.). Duração:h1 0BANANA SPLIT — Roteiro de Sandro Cardoso.Direção de Desmar e Paula Horta Com VítorHugo, Carolina Dieckman e outros. Teatro Va-nucci. Rua Marquês de São Vicente. 52/3" (274-7246) 5a, às 1 7h o 6a. às 18h CRS 400. Duração1 h15.ENTRE AMIGAS — De Maria Duda. Diroção deCecil Thiró Com Regina Restelli, Clara Garcia ooutras. Teatro de Arena. Rua Siqueira Campos,143 (235 G348) Do 4a a sáb., ás 21h o dom. ás19h CRS 800 (4a), CRS 900 (5a o dom ) o CRS1 000 (6-* e sáb.). Duração: 1h30. Ingressos adomicilio pelo tel. 221 -0515COMO ENCHER UM BIQUÍNI SELVAGEM —Toxto o diioçõo do Miguol Falabollo. Com CláudiaGimenoz. Teatro Casa Grande. Av. Afrânio doMolo Franco. 290 (239-4046). 5a. às 21h30. 6a osàb.. ás 22h o dom., ás 21 h. CRS 1.000 (5a). CRS1 200 (6a o dom.) o CRS 1.500 (sáb.. (oriado ovéspera de foriado). Ingressos a domicilio pelo tel.221-0515. O espetáculo começa rigorosamenteno horário e não será permitida a entrada após oseu inicio. Duração: 1 h30.BEIJO DE HUMOR (TEATRO A DOMICILIO)— Texto e direção de Irene Ravache. Com RaulOrofino. Telefone para contato: 286-8990. Dura-Ção: 1h.Três histórias que acontecem num consultório depskanáliso. ondo o analista ó a platéia.

MILTON NASCIMENTO — Do 5- a dom, ás22h (5J o sáb.) o 20h (dom ). Scala 1, Av Afrrtniodo Mollo Franco, 296 (239-4448) CRS 2 500Até 21 de novembro.ALCIONE — De 4a a sáb, ás 18h30. Cafó-Con-certo Toatro Rival. Rua Álvaro Alvim, 33 (532-4192). CRS 700. Ingressos a domicilio pelos tels221 -0515. A casa abre ás 17h30 com serviço debar e música ambiente. Ate 4 de dezembroMARLENE E CARLINHOS VERGUEIRO — Do2" a 64, ás 18h30. Teatro João Caetano. PraçaTiradontos, s/n" (221 -0305), CrS 500MARISA GATA MANSA/CLARESSÊNCIA —De 4" a sáb. ás 23h. Au Bar. Av. Epitácio Pessoa,684 (259-1041). Couvert CRS 850. (4a o 5a) CRS1 000. (6J e sáb ). Sem consumação. Até 10 dedezembro.

II FESTIVAL NACIONAL DE BLUES — ComVictor Bigliono, Voro Négri in Bluos, Zé da Gaita oVontura 5a, ás 22h30. Circo Voador. Rua dosArcos, s/n» (221 -0405) CRS 600.ROSA MARIA — De 6" a dom., às 23h. People.Av. Bartolomou Mitre, 370 (294-0547). CouvertCRS 900 (5a) CRS 1.100. (6a e sáb.) o consuma-çao a CR5 600. Até 21 de novembro.LEILOCA — De 5» a sáb. ás 22h30 Le StreghoPiano Bar. Rua Prudente do Morais, 129 (287-1369). Couvert CRS 800 e consumação a CRS500RIO JAZZ OEQUESTRA/AS 7 FASES DOJAZZ — Do 5a o sáb. ás 23h. Rio Jazz Clutib.Rua Gustavo Sampaio, s/n" (541 -9046) CouvmtCRS 800. (5o) e CRS 900. (6-' o sáb.) e consuma-çáo a CRS 400.HAPPY HOUR NO BARRASHOPPING — ComAlox Cohen e Roberto Brasil. De dom. o 5\ ás19h. Praça de Alimentação BarraPort. Nível La-goa. Av. das Américas, 4 666 (431-2161) Enlra-da franca. Até 30 de novembro.

MARTHA LEAL — 5". ás 21 h. Lawrence daArábia by Calila de Bagdad. Clube Sirio e Liba-nês. Rua Marquês de Olinda, 38 (553-5251)CRS500JANE THOMÊ/SAMBA IN BERLIM - Do 5' asáb., ás 21 h Febarj, Av. Mom do Sá, 37. CRS 300Ató 18 de dezembro.CARLOS COLLA — 5a a dom., ás 22h30 (5a),23h30 (6" e sab.) e 22h (dom.). Casa Branca. Av.Mom de Sà. 17 (252-0966) CRS 500 (5> edom ) CRS 800. (6-* o sab ). Até 14 de novembro

PEDRO CALHEIROS E RENATA PERSON —Do 5" o sáb., ás 22b. Café Laranjeiras, Rua dasLaranjeiras, 402. (206-0994). Couvert a CrS 450.Consumação a CrS 350.FESTIVAL DA CERVEJA — Com Nàdia Maron(voz) o Aloxnndre Alvim (violão). Do 5a a dom.,ás 18h30. Rond Point, do Hotel Meridion. Av.Atlântica. 1.020 (646-0806 r.8679). CRS 2 000.(com direito a umn tábua do Irios e duas cervejasa escolher).

VIVARA — Diariamente. Happy Hour das 18h30ás 21 h30. Do 2'1 a 6J com a Banda Vivará, ás 22h.Av Copacabana. 1144 (267-1497). Couvert CRS600BANDA BEL — 5-, ás 22h30. Torro de Babel, RuaViscondo de Pirajá. 128 (287-4532). CouvertCRS 400. e consumação a CRS 300.MILTON GUEDES — De 5a o sáb , às 23h.Mistura Fino, Av. Borges de Medeiros, 3.207(266-6844). Couvert CRS 700. (5a) CRS 800. (6ao sáb ) e consumação a CRS 500QUINTAS DE JAZZ — Com Renato Volasco,Oswaldo Carvalho e outros. 5a, ás 21 h. La Cavede Paris. Rua do Oriente, 437 (252-6634). Cou-vert o CRS 250. Única aprosentação.

ALTAMIRO CARRILHO/A MAGIA OA FLAU-TA — De 5*' a dom., às 23h. Vinícius, Rua Vinl-cius de Moraes. 39 (267-5757). Couvert CRS700. (5** e dom.) CRS 900. (6J e sáb ). Até 21 denovombro.RIO QUARTET E FABIOLA DE LA CUBA — Do6" a sáb , ás 22h30. Skylab Bar. Rio Othon Pala-co, Av. Atlântico, 3264 - 30° and. (521-5522)Consumação a CRS 500. Até 27 do novombro.BAR ONE TWENTY ONE — De 51' a sáb., a partirde 21 h. Música para ouvir o dançar com orquestraregida pelos maestros Aloyr Mendes. Vittor San-los o Hélcio Brenha. Sheraton Rio Hotel. AvNiomByer, 121 (274-1122 r 1233). Consumaçãoa CRS 920 estacionamento grátis por quattohoras.WALESKA — Do 5" a sáb, a partir de 22h. PianoBar Moenda, do Trocadoro Othon Av. Atlântica,064 (257-1834). Couvert a CrS 500.

*DANÇAELTON JOHN/COLETÂNEA E CELEBRAÇÃO— Com o grupo Tápias. Do 5a a dom., ás 21 h (5aa sáb ) e 19h (dom ). Teatro Ziembinski. RuaUrbano Duarto, 22 (228-3071) CRS 650

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I OPUS 90 FM 90.3MHz20 horas - Reprodução digital (CDs e DATs):Sinfonia n° 1 - Primavera, em Si bemol maior. op.38. do Schumann (Concertgebouw. Haitink -Grav. 1983 - DDD - 32 24); Cartas Celestes -Sexto Volume. d« Almoida Prado (Fernando Lo-pes - AAD - 23 35); Cinco Danças Alemãs, deSchubert (OS RAI Milano, Celibidache - AAD -7:13). Prelúdio em lá menor e Recuerdos de LaAlambra, de Tárrega (Broam - DDD - 5:30);Abertura da Ópera Os Mártires, de Donizotti (ONMonto Cario. Scimone - AAD - 9:57); Concerton° 3 em si menor, para violino e orquestra, op. 61,do Saint-Saens (Perlman, Barenboim - DDD -27:44); Concorto n° 3. para piano e orquestra, deBartok (Ashkenzy, Fil Londres. Solti - AAD -24:06); Serenata n° 1, em Ré maior, op. 11, deBrahms (Concertgebouw, Haitink - AAD -46 05); Seis Cantos Poloneses, de Chopin-Liszt(Arrou - DDD 18:12); Sinfonia n« 40. em solmenor. K550, do Mozart (OC Europa. Solti - DDD- 26:02)

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Tel. (021) 292-00128h108h158h309h3010h

O Execução do hinonacionalO Telecurao 2o grauO é da manhA. Infor-mativoO Educação para asaúdaO Canta conto Infantilcom Bla Bodran

10h30 o Nós na escola11h o Profeuor alfabsti-zador11h30 o Alias gute12h o Roda Brasil — tar-da12h30 o Rio noticias12h45 o NaçAaa Unidas. In*formativo da ONU13h o Vostibulando14h o In italiano14h30 o ProfMsor alfabeti-zador16h o Educação para asaúda15h30 o Canto conto Inlnnlilcom Bla Bedran16h o Sam cansura. Entro-vistas e debates18h30 o Seis a mala. Infor-mativo nacional19h o Educação para to-dos19h05 o Um salto para o fu-turo/Estudos ao-ciais20h o Minisséries inter-nacionais. Hoje: Es-porto por osporto/Wmdsud20h20 o Jornal vtaual. Dirigi-do aos deficiontes au-ditivos20h25 O Jornal do Congres-so20h30 o Horário político/PRN21 h o Imortais amarica-nos21h30 o Rede Brasil — nol-to22h o Jornal da amanhfl23h30 o A arte de ler. Deba-tes o lançamontos0h30 o Vídeo noticias In-tormativo em vídeo-texto8h o Encerramento

13h3013h3516h17h18h3019h2519h3020 h20h2520h3021 h22h23h

Oh

0h15

0h50

O Esquentando ostnmborinaO Bate boca DobatosO Holenn Novola Ro-prlsoü Clube da criançaInfantilO Corpo aanto Nove-Ia RepriseO Feras do carnavalO Gente famosa Jor-nallsticoO Manchete esporti-

2li50 o Pontos do mundo.Turismo3h50 o Encontro do pazSBTTel (021) 580-0313

O Esquentandotamborins.O HorArioPRN político/O Jornal da Manche-te NoticiárioO Família Brasil. Se-riadoO Gente de expres-sAo. Entrevistas comBruno Lombardi Ho-je: JÔ SoarosO Momento oconô-mico InformativoeconômicoO Jornal da Mancho-te - 2" edição Noti-ciàrioO Bate boca Debato

GloboTel. (021) S29-28576h30 O Telecurao 2° grau7h O Bom dio Brasil7h30 o Bom dia Rio8h O TV Colosso. Infantil12h30 o Globo esporte12M0 o RJ TV13h O Jornal hoje13N30 o Vale a pena ver denovo Reprise da no-vela Diroito do amar14h15 o SeasAo da tardeFilme: Ató quo a vidanos separo16h10 o SessAo aventuraHoje; Ravon/Colhoitaenvononoda17h o Radical chlc. Gameshow17h30 o Escolinha do pro-fessor RoimundoHumorístico18h o Sonho meu Novelade Marcllio Moraes19h o Olho no olho Nove-Ia do Antônio Calmon19h45 O RJ TV20h o Jornal nacional20h30 o HorArio político/PRN21h30 o Renascer. Novela doBenedito Ruy Barbo-saJBhJO o Festival primaveraFilme: Porvorsa ago-ma0h30 o Jornal da Globo1h o Festival de suces-aos. Filme; Amor odor

Manchei»Tel. (021) 285-00337h o SeasAo animada/local7h30 O SeasAo animada8h o Acredite ae quiser9h o Dudalegria. Infantil11 h O Cybercop Série11h30 o Guilherme Tell. Sô-

BandeirantesTel. (021) 542-21325h30 o Igreja da graça7h O Roalidado rural No-liciârio sobre o cam-po7h30 o Flipper Seriado8h o Dia a dia10h30 o Cozinha niaravi-lhosa da Ofólia10h56 ü Vamos falar comDeus Rohgioso11h o Flash/EdiçAo damanhA Entrevistas12h o Acontece12h30 o Esporte total Noti-ciârio esportivo13h15 o Esporto total Rio13h45 O Gonte do Rio En-trovistas e debate14h45 o Rádio/TV Musical15h15 o Silvia PoppovicDebato16h45 O Sogrodos Sòrie17h15 o Supermurket Ga-mo show17h45 O Faixa especial doosporto18h30 O Agrojornal Notici.1-no sobro o campo18h38 O Jornal do Rio Noti-ciàrio19h15 O Jornal Bandoiran-tos Noticiário20h o National Googra-phic DocumonlArio20h30 o Horário político/PRN21h30 o Faixo nobro do os-porte Ho|o Cam•poonalo brasitoiro dofutebol Palmeiras *Santos Ao vivo23h30 O SossAo especial Fil-me Espelho da vida1h15 O Jornol da noito No-ticiâno1h45 O Flash. Entrevistas2h45 O Vamos falar comDous Religioso

6h587h7h308h9h1510h3012h3013h13h30

15h1517h17h3018h18h3019h19h4520h3021 h21h4522h30

23h3023h451h1h201h50

O Pulavra VivoC Aqui Brasil Jorna-llsticoO Agonda. Agotida cul-luralO Sossflo desenhoCom Vovô MafaldaO Bom dia 8< Cia In-fantil com Elianao Show maravilha.O Chapolin. InfantilO Chavos. InfantilO Cinema em casa.Filme: Mohm na os•paçonavoO Casa da AngólicaO TV animalO Elko VariodadesO Donato na TovôO Aqui agora. Jorna-llsticoO TJ Brasil NoticiárioO Aqui agora Jorna-llsticoO Horário político/PRNO Programa livro En-trovistas o musicaisO Mariolona NovulamexicanaO Documento ospo-ciai Hoje O porto duSantosO Jornal do SBT — 1"odiçâo NoticiárioO Jõ Soaros on/o emoia EntrevistasO Jornal do SBT Noti-ciàrioC Perfil EntrovistasO VT Brnsil

TV Rio.Tel. (021) 502-46166h8h8h309h9h30

O O dosportar do féReligiosoO Rocrutu BonjaminO Família HoganO Dosonho showO Note o anoto

11h45 O Chef Lancellotti12h o Rio em noticias.NoticiAno local13h15 O Cino avontura Fil-me Filhos om luta15h Super Vick Sèno1bh30 o Kliptonita Chps16h30 o Carro comandoSerio17h30 o Jílk» 8. McCnllo18h30 o Informo Rio Noli-ciario19h o Jornal dn RocordNoliciòno19h45 O Quustào do opi-niâo19h50 o Rocord na jogada

CNT

20h20h30

23h45Oh1h

Tel. (021) 569-0909

O Googlo fivoHorário político/PRN

O Suportola Filme.Vampiro da moia-noi-toO Fala BrasilO 25" hora DebatesO Palavra do vida He-hgioso

6h206h307h8hlOh

O Um ponto do luzO Vindo a CristoO Espaço vindoO Igroju du graçaO TV Baixada Jorna-

MTVTel (021) 221-2651

rio12h O Manchete eaporti-va — 1° tempo12h25 o Feras do carnaval12h30 O EdiçAo da tarde13h o Genta famosa/Io-cal

llstico10h30 O Sô Rio Noticiário11h30 O Sala de visitas En-trovistas12h O CNT moio-dia Noti-ciano12h45 O Mapa do nçAo Es-

portes de ação13h O Patrulho policialJornalistico14h o Mulheres Varieda-des17h o Cidinha livro Deba-tes18h15 o Manuela Novela19h15 O Era uma voz Sòrie19h30 O Guudolupo Novela20h30 O Horário político/PRN21h30 O CNT Rio Noticiário21h45 O CNT Jornol22h30 O Clodovil abro o jo-go EntrevistasOh O Quinta máxima Fil-me A imagom damorto1h50 O Joflo Klober Entre-vistas

lOh10h3010h4013h13h3016h3016h4017h18h19h19h1519h4520h3021 h22h22h3023 h23h151h

O Clássicos MTVClips do sucossoO Pó da lotro Chpstraduzidos

Rádio vitrola CliosquentesC CEP MTV Clips podidos por cartaO Pix MTVO Pó da letraC Gas total. Rock po-sadoO Paralamas do su-cosso Ao VIVOO Disk MTV Paradanacional do diaO MTV no ar Jornalls-tico

CEP MTVO VidooO Horário político/PRNO VidoosO Cino MTVO Clássicos MTVO MTV no ur Jornalis-moO Rockblocka RockalternativoO Yo! MTV raps

¦ os FILMESFILHOS EM LUTA

TVRio O 13h15mDuração 1hS3m

(Blue). de Silvio Murizza-no. Com Ricardo Montai-ban, Tcrcnce Stamp.Joanna Peitei e Karl Mal-den. UIJA, l%X.Rebelde. Revoluciona- jrio mexicano, líder de juma quadrilha de re- ¦bcldes, luta contra fu- •zendeiros. que tam- •bem se rebelam, para •impor sua revolução. •Haja revoltado. E pro •Montalban, nada? ? j

MOTIM NA ESPApONAVE jSBT O 13li30 jDuração1h30m

(Spacc Mutiny). Dc David :Winlers. Com Reb •Brown, John Phillip Law, iJames Ryan c Cissy Ca- •meron. EUA. 1988. :Ficção. Grupo viaja :em espaçonave com :autonomia para per- :maneccr no espaço :por dez anos. Muitos :já começam a encarar jaquilo como lar, pen- :duram roupa na jane- :la e coisa e tal. Ate |que um dia, sujeito \toma posse do brin- •quedo e resolve viajar •para onde bem enten- •de. O motim é contra •o cara. j

ATÉ QUE A VIDA NOS !SEPARE ;

TVGlobo O 14h15 IDuração 1h55m :

(A new life), dc Alan Alda. •Com Alan Alda, Ann- :Margrct, Hal Lindcn. :EUA, 1988. :Liberdade. Decidido !experimentar nova vi- :da, casal parte à pro- :cura de novos parcei- :

ros c no v a smodalidades de di-versão. Inicio avança-dinho esbarra em mo-ralismo final. ?

VAMPIRO DA MEIA NOITETVRio O 21 h

Duração 1h30m(Vumpirc at nii<lni)<hO DeGregory McCIatchy. ComJason Williams. GustavVintas. LcsIl-v Milnc c

. Jcanic Moorc. EUA.I9XK.Pescoção. Série de as-sassinatos cm LosAngeles em que as vi-timas são encontra-das com o pescoço lc-rido. levando apensar tratar-se deobra dc um vampiro.Policial cético acredi-ta que é coisa dc psi-copata e vai á luta.Seus métodos estãomais para extermina-dor do que para exor-cista. ?

PERVERSA AGONIA

lUiNATO LIMOS

ESPELHO OA VIDABandeirantes O 23li30m

Duração 1h44m(I)eccptions). dc Rtiben1'rcuss. Com llarry liam-litnn, Rohert Davi c Nilo-Ictle Slicriilan. EUA.19X9.Policial. Mulher é acu-sada dc matar maridono que parecia ser umatentado contra ela.Mas ela é mulher, elaé bonita, ela sabe oque quer. ela vai à lu-ta. ?

A IMAGEM DA MORTE

TVGlobo O 22h30Duração 1h34m

(83 huurs til down), dc Do-nald Wyre. Com PeterStrauss, Robert Urich,Kcvin Kilncr e ShanonWilcox. EUA, 1990.Policial. Psicólogo en-trevista na cadeia lio-mem que seqüestroue enterrou viva a fi-lha de um milioná-rio. O filme inicia-seem clima frio, em rit-mo psicológico, paradepois cair no corre-corre policial. Dequalquer forma, temtensão. Refilmagemde A mais tanga <htsnoites, ir *

CNT O OliDuração 1h22m

(IniuKv <>f dcatli) dc K.c\mDohsun. Com CatlicyPaine c Cheryl Watcrs.Austrália. 1978.Suspense, Mulher boni-ta. inteligente, se.xy,totalmente louca pordinheiro e sem escrú-pulo algum, descobreque amiga, que 6 a ca-ra dela. herdou umafortuna. Pronto, a cre-tina vai fazer tudo pa-ra tirar a velha cama-rada da jogada. *

AMOR E DORGlobo O Ih

Duração 2h15m(Lnve and puin and tlicwholc dam lliinus). dcAlan J. Pakula. ComMaggic Smith. TimothyBottonis. BUA, 1972.Romance. Relaciona-mento entre mulherdc meia-idade e estu-dante durante verãona Espanha. Pakulamostra a classe habi-tual em história bemparecida com Sinii-nter oj 42. ? *

¦ Cotações: • ruim * regular * ? bom * ? ? ótimo * ? ? ? excelente

Page 49: JOBNAL DO BRASIL í£ JORNAL DO BRASIL S A 1993 RIO ...

6 o quinta-feira, 11/11/93 B JORNAL DO BRASILContinuação da primeira página

Prédio cenográfico no Bexiga89o Paulo — Luiz Paulo Lima

A

fachada c a mesma de há21 anos, quando o TeatroOficina fechou. José Celso

não queria mais fazer teatro, saiupelo país, tal como um líder mes-siânico à procura de adeptos. Nãoencontrou muitos. Exilou-se emPortugal, tentou o cinema e vol-tou para retomar o Oficina, umprédio em ruínas que pertencia aoGrupo Silvio Santos. Foram pelomenos 15 anos de tentativas dereocupar o espaço na Rua Jace-guai, 520, no bairro do Bexi-ga, tempo em que José Celso en-saiava o desejo de montagem deAs bacantes, de Eurípedes, e pere-grinava pelos gabinetes de prefei-tos e secretários de Cultura parase apossar do terreno e construir onovo teatro.

Há menos de um mês, quandoestreou Ham-let, José Celso inau-gurou o novo Oficina, não maisdenominado teatro, mas um "ter-

reiro eletrônico". Pelo projeto daarquiteta Lina Bo Bardi — umimpressionante corredor em decli-ve, com pé direito correspondentea edifício de cinco andares, comteto de vidro, jardim, fonte e ar-quibancadas — o "terreiro" équase um cenário fixo (ou seriauma instalação permanente?)construído para As bacantes e quepropõe desafios imensos para ou-tro encenador que não Zé Celso.

Esse prédio cenográfico fun-cionaria como uma passarela poronde desfila o espetáculo. EmHam-let, o espaço cênico é ocupa-do integralmente nas suas funçõescarnavalesca (há até a passagemde uma enorme alegoria em formade falo), e de terreiro (os sinais demacumba estão nas plantas e nosrituais de cena). (Macksen Luiz)

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Homocrotismo é um dos elementos de Hamlct, do Oficina

Cem anos de vanguardas

0 Museu Nacional de BelasArtes inaugurou, ontem, a exposi-ção 100 Anos de Arte Moderna noBrasil. São 150 obras da coleçãoSérgio Fadei — entre pinturas,esculturas e desenhos — que sin-tetizam os caminhos por que pas-saram as artes plásticas no país, apartir da influência dos movimen-tos de vanguarda europeus do sé-culo XIX na intelectualidade na-cional.

A exposição começa em umapequena sala da Galeria do Sécu-lo XX, com Visconti, Castagneto,Timótheo Costa e Belmiro de Al-meida. Segundo a diretora doMNBA, Heloísa Lustosa, a inten-ção é valorizar os anos que ante-cederam a Semana de 22.

"Eu destacaria as naturezasmortas de Volpi, as paisagens deGuingnard e Cícero Cias, o retra-to de Mário de Andrade pintadopor Anita Malfatti e o auto-retra-to de Panceti", indica Heloísa.

Ainda fazem parte da coleçãoobras de Segall, Di Cavalcanti,Brechcret, Tarsila do Amaral,lberê Camargo, Scliar, Djanira,

Confirmado

o elenco do'Hollywood'

Conforme antecipado com ex-clusividade pelo JORNAL DOBRASIL no último sábado, a pro-gramação do Hollywood Rock doano que vem vai reunir Aeros-mith, Robert Plant, WhitneyHouston, Poison, Ugly Kid Joe,Live, Jorge Benjor, Skank e Fer-nanda Abreu. O festival acontece-rá a partir das 20h nos dias 14, 15e 16 de janeiro (em São Paulo, noMorumbi) e 21, 22 e 23 de janeiro(no Rio, na Praça da Apoteose).No primeiro dia, tocam Titãs,Poison e Aerosmith. No segundo,Skank, Live, Ugly Kid Joe e Ro-bert Plant. No terceiro, WhitneyHouston, Fernanda Abreu e Jor-ge Benjor. A presença de Whitneynum festival de rock é um exotis-mo difícil de justificar — o quetalvez explique um certa posturadefensiva dos executivos da Pro-moter e da Souza Cruz durante acoletiva que anunciou o evento.Segundo Andrew Colchin, geren-te de marketing da Souza Cruz, oevento custará "mais do que Ma-donna e Michael Jackson jun-tas".

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'Mi>eW»BMIIII»*^y >^8aaasattwia»iimaii»M£^'Sol Poente' de Tarsila do Amaral, em mostra do MNBA

Ivan Serpa, ianelli, Amilcar deCastro, entre outros.

A mostra está dividida em on-ze módulos: Os Precursores ; OsIn tradutores; A Semana de ArteModerna., A consolidação do Mo-dernisnun Núcleo Bernardo/li', Os

Movimentos Paulistas; Os Refu-giados de Guerra, o Grupo SantaTeresa e Os Independentes; Os Ar-listas Ingênuos, de Inspiração Po-pular ou Inconsciente; Arte Abs-trata; Nova Figuração e Os Anos70, O Ecletismo na Arte e Os Con-temporüneos.

Da bigorna

aos escombrosO nome e o logotipo (uma bi-

gorna) não deixavam dúvidas so-bre a origem e ideologia do Ofici-na. No final dos anos 50,estudantes, entre eles José CelsoMartinez Corrêa, ocuparam o ca-sarão no Bexiga, comç extensãoda militância política. É deste pe-ríodo pioneiro a peça de José Cel-so, Vento forte para papagaio su-bir, a que se seguiriam A vidaimpressa em dólar, de CliffordOdetts, e até Um bonde chamadoDesejo, de Tennessee Williams.Mas foi com Os pequenos burgue-ses, de Máximo Górki, em 1963,que o Oficina estabeleceria seuprestígio. Os pequenos burgueses éum dos mais perfeitos espetácu-los, em rigor e uso sutil de seusmeios expressivos, da história doteatro brasileiro contemporâneo.Sempre com José Celso à frente, oOficina explode, em 1967, com Orei da vela, peça de Oswald deAndrade, irretocável pelas quali-dade cênicas e pela revalorizaçãoda questão cultural brasileira.

Roda viva, que Chico Buarqueescreveu e José Celso radicalizou,foi o primeiro espetáculo deagressão nos palcos brasileiros.Mesmo fora do Oficina — erauma produção independente —Roda viva provocou reações vio-lentas de agressão física ao elenco.Galileu Galilei, a metáfora deBrecht para o obscurantismo, ter-mina com o irreverente Banho delua, uma musiquinha boba canta-da por Cely Campeio. Mais umgolpe de teatro de José Celso. Sei-va das cidades, outro Brecht, ante-cipa a demolição do Oficina. Nopalco, ao final do espetáculo, res-tam quase escombros. (M.L.)

Ator de TV

já supera a

pneumoniaSÃO PAULO —O ator Tha-

les Pan Chacon, de 37 anos, in-ternado com pneumonia desde aúltima sexta-feira na UTI doHospital Oswaldo Cruz, em SãoPaulo, está se recuperando e de-ve ter alta em quatro dias. Ainformação é de seu irmão, Pau-lo da Costa Pan Chacon, quedescartou qualquer possibilida-de de uma doença mais grave:"Posso garantir que Thales nãoestá com Aids. Ele fez todos osexames de praxe no hospitalcom resultados negativos." Se-gundo o irmão, o ator sofre debronquite alérgica, e recebeumedicamento errado no Rio, oque provocou uma inflamaçãona base dos pulmões. Thales PanChacon vive atualmente o per-sonagem Patrício Varela na no-vela Olho por olho, da Rede Glo-bo, e deve retornar às gravaçõesem cerca de 20 dias.

MAM tem mostra

de Escher e coletiva

i

CARLOS HELÍ DE ALMEIDA

iNCANSÁVEL, o Museu de ArteModerna renova suas paredes comduas novas exposições. De hoje atéo próximo dia 12 de dezembro, ofoyer do salão de exposições acolhea coletiva Colaboradores — Artistase impressores, uma espécie de catá-logo em três dimensões do acervodo Instituto Tamarind, sediado noNovo México, Estados Unidos,criado em 1960 com o intuito dedifundir e incentivar a produção delitografias. Logo acima, no segun-do andar do Museu, o público ca-rioca vai poder conhecer, até 5 da-quele mês, as extravagânciasgráficas e cromáticas das gravuras eaquarelas do holandês M.C Escher,cujas obras visitam pela primeiravez o país.

M.C. Escher, aliás Mauritz Cor-nelis Escher, nasceu em Leeuwar-den em 1898. Trocou o curso dearquitetura pelo diploma de artistagráfico da Escola de Arquitetura eDesenho Ornamental de Haarlem,em 1922. Escher saiu da faculdademas não perdeu de vista as impres-sões que viu e experimentou nassalas de aula: praticamente toda asua obra foi desenvolvida e infiuen-ciada pela geometria, pelas teoriasmatemáticas e pelas formas arqui-tetônicas das cidades onde morou(Bruxelas, Madri, Roma) até a suamorte, em 1972.

Respeitando o caráter labirínti-co do conjunto da obra de Escher,a escala carioca da exposição dogravurista (que veio de São Paulo edepois parte para Brasília e Curiti-ba) mereceu uma montagem todaespecial, criada por Marcos Lontrae Luis Alberto Zuniga. "A exposi-ção é toda labiríntica. O públicopassa por um corredor fechado, on-de vai ouvir frases da autoria do

artista, e entra num espaço todocompartimentado", antecipa Deni-se Mattar, coordenadora de artesplásticas do MAM.

Dividida em duas partes — 71gravuras originais em lito, xilo, li-nóleo e metal e 34 reproduções fo-tógraficas de aquarelas, empresta-das do acervo da Fundação Escher—, a exposição organizada por JensOlesen deixa entrever um pouco dapersonalidade artística de seu au-tor. "Ele era basicamente um dese-nhista, mas gostava muito da gra-vura", resume Denise Mattar.Escher começou a trabalhar comassimetrias e repetições sistemáticade objetos ainda nos anos 30. Massuas construções só ganharam po-pularidade nos anos 70 porque, atéentão, seu trabalho era visto como"muito científico, matemático e in-telectual". "Ele virou um nome cultna década de 70, quando os seusdesenhos começaram a ser reprodu-zidos em cartas de baralho e pos-ters, porque o trabalho dele tinhatudo a ver com o psicodelismo daépoca", explica a coordenadora doMuseu.

Menos pessoal, a coletiva doColaboradores — Artistas e impres-sores abre o campo de interpreta-ção sobre uma das especialidadesdo artista holandês: a técnica delitogravura. São 49 litogravurasproduzidas por 28 artistas diferen-tes, que meio que mostram os avan-ços conquistados pelo institutoamericano em seus 33 anos de exis-tência. A pequena amostragemagora reunida no MAM exibe pro-cessos e estilos distintos, como asimitações de colagem que ClintonAdams consegue através da utiliza-ção de cores, ou a exuberância dostraços abstratos dos trabalhos deFrank Romero.

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Cartaz da mostra de Escher

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ESTE PRÊMIO

QUE O CADERNO TV

ESTÁ PROMETENDO

É TUDO HISTÓRIA

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Page 50: JOBNAL DO BRASIL í£ JORNAL DO BRASIL S A 1993 RIO ...

JORNALDO BRASIL n" ~~"¦" ___ ___ quinta-fcira, 11/1 1/9377... Arquivo ———————————

¦¦¦¦¦¦¦HHBHBHL. HHHHBBHHHHHHHHHHHHHI • m _ Fotos do Michol Filho

HPBi v _Barreto (esquerda), rnaído Jabor negam as histórias contadas por Saraceni

Lama para

todos os lados

Classe cinematográfica

rebate histórias do livro

de Paulo César Saraceni

M,

HUGOSUKMAN

1TJ.ESM0 antes de ser lançado, olivro Por dentro do cinema novo:minha viagem, do cineasta PauloCésar Saraceni, já está despertandopolêmicas, após a publicação on-tem de alguns trechos pelo JOR-NAL DO BRASIL. Arnaldo Jabor,por exemplo, acusado por Saracenino livro de ter manipulado a esco-lha do diretor-geral da Embrafilme

teria indicado Roberto Parreiraem detrimento de Carlos AugustoCalil, consenso entre os cineastas

não reconhece a acusação. "Ocinema novo começou muito boni-to para terminar desta maneira feia.O Paulo César é um ressentido",retrucou, afirmando que este fato,ocorrido há 15 anos, não tem amenor procedência.

Quando chegar às lojas, no dia 2

de dezembro, as 1.800 pessoas cita-das no livro provavelmente esgota-rão a primeira edição, pois sobramhistórias, polêmicas e acusações auma geração de brasileiros envolvi-dos com o processo cultural. O pro-dutor Luis Carlos Barreto, acusadode manipular a política do cinemabrasileiro, da maneira cordial desempre diverge: "Cada um tem odireito de ter sua visão dos fatos.Eu não concordo, a visão é dele.Tenho apreço pessoal pelo PauloCésar, mas acho que as pessoaspodem livremente ter seus fantas-mas e fantasias. Por causa disso,um mestre do cinema, Kurosawa,fez Rashomon, filme em que o mes-mo fato é contado de maneira dife-rente por várias pessoas".

O mais afetado pelas insinua-ções de Saraceni foi o cineasta .Roberto Farias (de Pra frenteBrasil), diretor-geral da Embrafil-me entre 1974 e 1979. O autordescreve no livro o episódio emque

"bateu na cara" de Farias,porque ele teria suspendido o fi-

nanciamento da estatal ao seu fil-me Anchieta, José do Brasil."Eu só posso rir desse episó-dio. Primeiro porque ele não mebateu — eu sempre fui mais forteque ele —, eu apenas evitei isso.Ele entrou na minha sala visivel-mente abalado e nós rolamos nochão", lembra Farias. Mas paraalém desse suposto boxe nada ci-nematográfico, Farias defende al-gumas razões para a suspensão dofinanciamento do filme que, mes-mo após esse fato, seria concluídopela própria Embrafilme."Eu era a ponte entre o cinemabrasileiro c o governo militar. Meucompromisso era com o cinema emgeral, não com o filme do Saraceni.O ônibus da produção foi presonuma barreira de estrada por cau-sa de drogas. Então, recebi muitaspressões e suspendi temporaria-mente o financiamento do filmepara poupar o cinema brasileiro",explica-se. Por dentro do cinemanovo promete ainda tirar muito ci-neasta do sério.

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Tulipas sobre jornais: uma das estampas Cohircs e tangas: inovações para o verão

Brasília divulga lista de filmes A moda pele-vermelha

| chega ao verão carioca

Sete trabalhos estão

na disputa do troféu

Candango deste ano

D,

CARLOS HELl DE ALMEIDA

EPOIS de um breve suspense,saiu a lista das produções que con-correrão na versão 93 do Festivalde Brasília do Cinema Brasileiro,que acontece entre os dias 24 e 30de novembro. Vagas para moças defino trato, de Paulo Thiago, OceanoAtlantis, de Chico de Paula, A divi-da da vida, de Otávio Bezerra, Ca-pitalismo selvagem, de André Klot-zel, A saga do guerreiro Alumioso,de Rosemberg Cariry, A TV quevirou estrela, de Yanko Del Pino eMárcio Curi e Alma corsária, almagêmea, de Carlos Reichenbach, sãoos candidatos ao Candango de me-lhor filme. A abertura oficial doevento acontece na noite do dia 23,no Teatro Nacional, com a exibi-ção, hors concours, do documentá-rio No pais das amazonas, dirigidopor Silvino Santos em 1922. Umatrilha sonora especialmente criadapara o filme por Wagner Tiso seráexecutada ao vivo pela OrquestraSinfônica do Teatro.

A organização dessa 26° ediçãonão teve muito trabalho para sele-cionar os concorrentes. "Só

preci-samos escolher os curtas — separa-mos 12 dos 32 trabalhos inscritos.Todos os longas que se inscreve-ram, 7 no total, entraram direto

A etiqueta Yes, Brazil lança suasidéias para a próxima estação na

passarela do Fórum de Ipanema

N,

IESA RODRIGUES

Vagas para moças de fino trato:no Festival de Brasília

I ESTE verão, em vez de "olá", vamos dizer"rau". Se o calor aumentar, sairemos sapateando adança da chuva. E provavelmente sentiremos umairresistível vontade de sair pelas ruas, uivando "u-u-u". Tudo por causa da onda índia — inspirada nastribos americanas de sioux, apaches e comanches —que avança no mundo. No Rio, a Yes, Brazilapostou o alto-verão neste estilo, traduzido emvestidos de antílope despontado com cocares pinta-dos, estampas de penas e machadinhas, camisetasem malha Bali com caciques desenhados. O desfilerealizado ontem pela manhã no Fórum de Ipanemaainda teve a maquilagem de tracinhos coloridos porRonald Pimentel.

para a competição", explica Fer-nando Adolfo, um dos coordena-dores. Este ano, o número de pro-duções disponíveis foi do tamanhoexato do Festival. Mas, em nenhummomento, a crise do cinema nacio-nal levou os organizadores a pensarna possibilidade de compactar ofestim ou abrir a competição paraoutras nacionalidades, como acon-teceu com o conterrâneo Festivalde Gramado. "Acompanhamos aprodução brasileira desde o iníciodo ano. Tínhamos certeza que ha-veria obras suficiente para fazer ura

Esta apresentação, além do colorido sioux, trou-xe para a Yes. Brazil o clima dos tempos de SinionAzulay: roupa interessante, gente bonita, como oPaulo Zulu, a Alice, a Carla Burros, a Zilma, ou umtipo como o D. J. Pierre, ótima música mixada pelaXef Sound. O atual diretor, Júlio Abulafia, explicouque o segredo de manter as 11 lojas (a grife contacom oito no Rio, duas em São Paulo e uma emSalvador, e a campeã de vendas ainda é a primeira,no Rio Sul), é a fidelidade à identidade própria."Mas, nesses três anos sem o Simon, tivemos que :atender mais à comercialização, sem tanta força na idivulgação, nos lançamentos com desfile. Agora. ;mudamos até os eabides, que têm pés arredonda- :dos, enferrujados e manequins de arame resinado, !tudo novo, de impacto."

Uma calça jcans da Yes. Brazil custará entre :USS 65 e USS 80, quando a nova linha Saint Tropez •chegar às lojas. E a turma da Yes avisa: a boca-de- jsino já foi, agora chega a cintura baixa, sem cós, :com a perna reta. ;

festival", avisa Fernando Adolfo.Mantendo a tradição, o 26° Fes-

tival de Brasília conta ainda comcompetições para curtas em 35mme longas, médias e curtas realizadosem 16mm, e a reedição do Festival-zinho, com filmes e vídeos dirigidosao público infanto-juvenil. Estãoprogramados também o II FórumNacional do Cinema e do Audiovi-suai, que será coordenado pelo cri-tico José Carlos Avellar, e o lança-mento do livro Bom dia manhã,coletânea de poemas do ator Gran-de Otelo.

I DEOLHONODETALHEA estampa nova tem tulipas sobre jornais. Um

patchwork de florais relembra outras estamparias daetiqueta.

No Réveillon, vai predominar o branco-marfim,no lugar do branco-Omo.

As calças jeans terão tecidos bem leves, peso seteonças; ou mais pesadas, 11 onças. A linha dirty temuma produção trabalhosa, até ficar com o aspectobem sujo.

As camisas de tricoline perdem o excesso deestampas, ganham bordados discretos. Só o tecidovale a compra.

Cores: preto, salmão degradê, pasteis na linhacinco-bolsos. Estampas de lézard sobre jeans.

Para os homens, camisetas sem mangas, bermu-das longas e justas, calças largas e estampadas. E,por mais careta que pareça, a camisa pólo voltafortíssima.

Nos acessórios, nada de radicalismos em cotur-nos. Valem as sandálias altas, de tiras pretas. Umdestaque para os cintos de fivela prateada em formade shorts.

Muita organza amassada e tinturada. Antílope,malha Bali, sedas importadas e 200 bordadeirastrabalhando nas flores que enfeitam jeans. (I.R.)

Uma longa fila para

o cinema

Satisfeito

por ter que enfrentarfila, nenhum deles estava.Muito menos por ainda de-

penderem da boa vontade do go-verno. Ainda assim, os novos evelhos cineastas que foram, on-tem, ao Palácio Gustavo Capane-ma, no Centro do Rio, para ins-crever seus projetos no editalResgate do cinema nacional, doMinistério da Cultura, cantavam,satisfeitos, a ressurreição definiti-va da sétima arte no país.

Trezentos e seis projetos entra-ram na briga por 41 prêmios emdinheiro, que variam de USS 17mil para os curta-metragens aUSS 120 mil para os longas. Os 17longa metragens premiados —quatro deles obrigatoriamente se-rão estreantes — receberão tam-bém verbas para financiamento,limitadas a um máximo de USS640 mil, por filme.

Ao todo, são USS 8 milhõesde dólares em prêmios. O dinhei-ro é o que restou dos USS 40milhões que a Embrafilme deixoude herança. Só depois que a infla-ção reduziu-os à quantia atual, osdólares foram aplicados de modoseguro.

A avaliação dos projetos cabe-rá a uma comissão de dezessetepessoas, entre representasntes daclasse cinematográfica e do Mi-nistério da Cultura e intelectuais.O resultado sai em 60 dias.

"Não dá para comemorar por-que é um dinheiro a que a gentetinha direito e que ficou defasadoem muitos milhões de dólares porcausa da espera", comenta TizukaYamasaki, sem esconder, entre-tanto, a satisfação com a possibi-lidade de voltar a exercer "a

pro-fissão que escolheu". "Não façoum filme há dez anos", conta Ti-zuka, na esperança de conseguir

os 50% que faltam à produção deUm grito de amor.

"Filme não é secos e molhadospara se submeter à licitação", recla-mou Luiz Carlos Barreto, que ba-talha pelo financiamento de O qua-trilho — trocando corações, quedeve custar USS 900 mil. Mas, parao cineasta, o reencontro compensaa formalidade."É uma alegria ver opessoal reunido e ver que há gran-des possibilidades de o cinema bra-sileiro renascer em 1994", disseBarreto, pensando muito menos emfinanciamentos do governo que naLei do Audiovisual, sancionada nasexta-feira passada pelo presidenteItamar Franco.

"Leis semelhantes ajudarammuito o cinema na Alemanha e naFrança, mas a lei brasileira é amais moderna de todas elas. Atra-vés dela, o potencial anual de cap-tação de recursos junto à iniciati-va privada pode chegar a USS 100milhões", festeja Barreto.

O estilo adotado pela Yes, Brazil, baseado nasroupas dos índios sioux, apaches e comanches,ganha cada vez mais espaço em todo o mundo

D

Page 51: JOBNAL DO BRASIL í£ JORNAL DO BRASIL S A 1993 RIO ...

MAURO RASI

Quem é o alvo da

pimentinha?

? Estou muito ansio-so com essa minha idaa Brasília, no próximodia 18. Desde a Revo-lução Francesa eu nãochego perto de umaCPI, digo, de um Tri-bunal Revoluciona-rio. Nossa família

vem reencarnandounida desde antes de 1789 — "Bem an-tes!" — friza tia Norma, enfaticamente —

pra tentar limpar o karma; mas é inútil;continuam se guilhotinando uns aos ou-tros. Será isso a eternidade?

"Fiz muita ceroula pro Robespierre,pro Saint-Just...No meu tempo as CPInão eram como aquelas do Sarney; nemcomo aquela onde a Margarida Procópiofoi depor e saiu alcatifada de flores ofere-cidas pelos inquiridores, lembram? Sintosaudades do Terror — suspira tia Norma,que naquela época chamava-se, tout sim-plement, Marie — Pegava o meu tricot eia cedinho pra Place de Ia Revolution, prapegar lugar logo na primeira fila, quenem vocês hoje correm pra ver o show daMadonna no Maracanã e ficava lá tricô-tando bollons e barretes jacobinos em lãbleu-blanc-rouge, enquanto a guilhotinacaía. "Entre um ponto de arroz e outro,erguia, displicente, a vista em direção aocadafalso — hoje seria em direção à TV— e gritava Mort\ — "Cortei muito pes-coço de desafeto — admite — e isso semperder um ponto. O bom da revolução éque a gente acerta as contas!" C'est a(lhe: pra todo mundo que ela devia, in-ventava uma acusação que acabava le-vando o credor a perder a cabeça, literal-mente. "Infelizmente o Thcrmidor acabouantes que eu aprendesse um ponto muitomacio chamado nwusse. Depois disso otricot saiu de moda — inclusive a revistaMon tricot, onde Marat escrevia seus arti-gos, acabou sendo comprada pela editoraAbril — "Ensinei muito ponto sanfonapra ela. Ele ficava naquela banheira semfazer nada..."

Já tia Brunilde, que no Egito antigo foiCleópatra, em 1789 era madame DuBarry — "Reconheço

que me acostumeicom o luxo. Tentei ser humilde nas encar-nações intermediárias, mas não agüentei.Acabei sendo presa por roubar caixa deesmola de igreja; na Idade Média não

tinha LBA... por isso. quando vi quetinham aberto uma vaguinha em Paris,não pensei duas vezes: pedi emprestadouma roupa de porta-bandeira, meti umaperuca e me mandei pra Versalhes."? Tia Isa admite que foi Madame Rol-land, autora da frase "Revolução,

quan-tos crimes se cometem em seu nome!" Tátodo mundo impressionado até hoje coma sua capacidade de se concentrar pracunhar frases em pleno cadafalso. Nemque fosse o Josué Montello! Mas ela ex-plica:

"Imagina se eu ia deixar pra fazerma hora, com aquela excitação toda, opopulacho gritando, o carrasco já vinhapegando e enfiando a cabeça... Fiz emcasa. Passei a noite toda rascunhando; oque gastei de papel couchèV "Hoje vocêconfessa, né?" — provoca Tia Norma."Não

pude dizer na época porque estavamorta. Pensei inclusive em fazer um dis-curso, mas não dava tempo. Daí resolvi

sintetizar, falar no geral. E ficou nisso. Sebem que dizem que quando a cabeça éseparada do corpo ela ainda fica vendo epensando durante uns 20 segundos. Maseu achei melhor não confiar e ser sucin-ta." Tia Norma pergunta:

"Como é quevocê usou os seus 20 segundos?" "Oihan-do para você, na primeira fila, dando umpoint glissè,com cara de entediada!" Ma-mãe intervém — "Gente,

pelo amor deDeus. vocês não estão na Paraíba. Já faztanto tempo, por que não fazem as pa-zes?"? Impossível! Mas se levarem a ex-pri-meira dama ao Comitê de Saúde Pública,o que não vai aparecer de cidadã-faxinei-ra denunciando: "Um dia, tava prccisan-do chamar a ambulância, que meu paitava morrendo, pedi pra ela, dona Rosa-ne, pelo sangue de Cristo, me emprestauma ficha pra eu ligar pro Hospital? Sabeo que ela respondeu? Quem não tem ore-

llião que use o celular! E deu uma garga-lhada, hó. hó, hó, hóü! Uma vez nocadafalso, que será que ela dirá pra pos-teridade? "Ih, tô sentindo um piriri. Pare-ce até que comi cama..." Tempo! Fim dos20 segundos. Morreu com o camarão naboca.? Tia Isa encerra o devaneio passadista:"Cleópatra, Du Barry! Ainda bem quevocê criou juízo, juízo, Brunilde, senãohoje, quem sabe você não teria sido apobre Elizabeth, a mulher que sumiu láem Brasília? Na melhor das hipóteses,estaria agenciando garotas de programapros prefeitos do interior!" Tia Brunildediz baixinho: "Nessa vida eu tô com oBetinho e não abro; mas na próxima, meaguardem! Vou fazer muito cruzeiro pelaGrécia, denunciar e ainda ficar com otroco; que deputado é como spray: agente agita antes de usar." O correspon-dente da Gazeta de Bauru junto à CPI

informa: "Todo mundo tem avião, pareceaté que carro é coisa do passado; a genteolha para cima, aquele vai-e-vem, parecefilme de ficção japonês; eles espalham queé OVNI pra despistar. Tem mulher desub-assessor de almoxarifado fazendo su-permercado de jatinho; e ainda leva ababá! Pior que ninguém respeita sinal,tem cada batida; o que cai de mala nacabeça da gente! Dá uns gaios, mas pelomenos a indenização vem junto."

Mudemos de assunto. Fui ver O alvo,filme de Jean-Claude Van Damme. Essesfilmes são que nem filme pornô: quandoacende a luz, fica todo mundo constran-gido, com vergonha de ser reconhecido, oque é compreensível, porque essas coisassó se faz na calada da noite, ou nosporões e, de preferência, sem testemu-nhas. Um olha pro outro com hostilida-de, fazendo cara de mercenário amador.A impressão é a de que a platéia está todaarmada; só tem bandido no cinema. Nãoé curioso que certas pessoas entendampor ação justamente o mesmo que des-truição? Agir = destruir é uma equaçãoque fundiria a cuca de Einstein. Noveentre dez motoristas de táxi (a exceção foium evangélico) responderam positivamen-te á enquete: "De

que tipo de filme vocêgosta?"

"Só de violência." "Você gosta

de sofrer violência?" "Lógico que não",

responderam. É como a CPI: boa mesmopara investigar os outros. Naturalmente,o público de O alvo não é o mesmo deMuch a do about notliing: são office-hoys,lúmpens, garotos de família, executivos,dramaturgos... gente que apanha muito,leva muita surra, e que sente-se com aalma lavada na tela, por aquela pimenti-nha musculosa de um metro e sessenta,que se viesse para cá faria misérias noOrçamento! Os freudianos diriam que elequer matar o pai. Eu diria que nem tantoo pai, mas o vizinho. Contanto que nãoseja o tio — isola tio Marcos.

"Que natureza humana, o quê! Isso éfogo no..." A impressão que se tem é queVan Damme, a exemplo de O fugitivo,ainda não encontrou o homem certo. Fa-lar nisso, Zezé Polessa me disse que foiver O fugitivo e achou ótimo, mas, quan-do saiu, deu uma vontade de ir ao cine-ma!P.S. Será que Nathalia Thimberg, ao visi-tar o Congresso, será confundida comMadame Cainille Desmoulins?

Um paraibano

com sotaque francês

Antonio Costa, do Claude

Troigros, foi eleito o kchef

do ano pelo Guia 4 Rodas

Luiz Carlos Oavid

0

sílvio barshtti

paraibano Antonio Costa. 41 anos,não sabia sequer fritar ovos quando come-çou a trabalhar, cm 71. como ajudante decozinha no Rio. Em seu primeiro emprego,tinha que pedir autorização ao chele atépara acender o fogão. Tímido, preferiaobservar a técnica dos mais experientes eacatava as ordens em silêncio. "Aprendi,entre outras coisas, que não deve se darpalpites ao cozinheiro quando a panelaestá no fogo. Ele pode se ofender e sedesconcentrar, com risco para o paladardo cliente", apregoa. Em poucos anos,com a dedicação de um cabra macho dis-posto a enfrentar a vida para ajudar ospais e os 12 irmãos, Antonio adquiriu k-now-how e confiança e passou a ser dispu-tado pelos restaurantes dos principais lio-téis da cidade. Atualmente no comando dacozinha do Claude Troisgros, no JardimBotânico, ele festeja sua escolha como ocluf do ano, no Rio, pelo Guia 4 Rodas."Nasci em Fagundes, próximo a Cam-pina Grande. Na minha terra, a gente nas-ce com duas opções: vencer ou morrer. Eulutei pela primeira e sou vitorioso", diz.Em 74, no hotel Sheraton, Antonio apren-deu a preparar seus primeiros pratos: bife àmilanesa e filé â francesa. Nada a ver como sofisticado noisette d'agneau et son jus auromarin, lyonnayse, hoje, uma de suas espe-cialidades.

Para simplificar: noisette... quer dizercontrafilé de cordeiro. "Quando a pessoanão sabe a pronúncia, ela localiza no menuou faz um gesto típico de cordeiro", elecomenta, sem, no entanto, explicar qual é ogesto que caracteriza o animal.

Do Sheraton, Antonio aportou no hotelIntercontinental e em seguida transferiu-separa o restaurante Le Pré Catelan, no RioPalace. Foi no Le Pré... que conheceu ofrancês Claude Troisgros. que em 83 abri-ria o restaurante no Jardim Botânico e oconvidaria para ajudá-lo na cozinha. "Eletem um toque mágico para lidar com carnevermelha e peixe", elogia Antonio. Em 86.ele viajou para a França, onde fez umcurso de 30 dias, ministrado pelo pai deClaude, tradicional chef no país e lreqüen-temente visitado por François Mitterand.

O paraibano Antonio Costa ganhou o prêmio de Chef do Ano por sua atuação ao lado dc Claude Troigros"Nunca aprendi a falar francês. Mas sei oessencial: nome de pratos, temperos e mo-lhos. Na verdade, a cozinha tem uma lin-guagem universal e não foi difícil entendero que me diziam", conta.

A responsabilidade de Antonio aumen-tou em 92. quando Claude voltou a morarna França. "Desde então, ele só vem aoBrasil a cada três meses. Troca o cardápiocom as novidades que traz da Europa erevê os clientes mais íntimos". Antoniocomanda de segunda-feira à sabado trêscopeiros. dois cozinheiros e um patissew.Nas horas de folga, percorre as feiras esupermercados da zona sul do Rio. "Oúnico problema da profissão é que engor-do com facilidade. Todos os dias tenho que

provar dezenas de molhos e nunca consigoficar elegante".

Como o Claude Troisgros só abre ânoite, Antonio almoça em casa, onde exigedistância da cozinha. "Minha mulher fazuma ótima comida caseira. Ela tem totalliberdade para fazer o prato que desejar. E,seguindo a lei dos cozinheiros, só dou dicasquando sou requisitado".

A eleição de Antonio repercutiu entreos chefs dos restaurantes cariocas. O fran-cês Michel Augier. do Le Saint Honoré,gostou da escolha, mas criticou o Guia 4Rodas por ter dado apenas duas estrelas aseu restaurante. "O Antonio merece o prê-mio. Ele aprendeu tudo que o Claude(Troisgros) sabe fazer, mas ninguém co-

nhece todos os detalhes da culinária fran-cesa. Não entendi por que o Guia conferiutrês estrelas ao restaurante do Claude eduas ao Le Saint", reclama. Outro famosoclief francês radicado no Rio, AlexandreHúgues de Valaurie, do restaurante Mon-seigneur, lamenta não conhecer o trabalhode Antonio, mas afirma que os chefs brasi-leiros têm condições de se projetar na cozi-nha internacional. "Principalmente sendotreinados por clufs franceses", salienta,com entusiasmo ufanista.

Patrick Blancard, dono e chef do Trai-teurs de Trance, reforça a tese de Alexan-dre. "A indicação de Antonio é prova deque o nosso esforço foi compensado. Osbrasileiros já estão no mesmo patamar dosestrangeiros", diz.

I APICIUS

O tamanho

ue nunca é

documentoNão. Tamanho não é documento.

Boa prova disto é que o melhor restau-rante de Claude Troigros foi o Roanne,na Conde de Bcrnadotte. Era uma coisatão mínima que mal permitia a presençade quatro mesas. Mas permitia (por suapequenez) que o dono cuidasse pessoal-mente de cada prato. Cuidou tão bemque cresceu. E instalou-se onde agoraestá o Claude Troigros, na Frei Lean-dro. Manteve-se o nível da cozinha, masesta passou a oscilar, dependendo dasatenções e dis-

ZJd e

atraçõesClaude.

Mas que be-lo restaurante!Nele repira-seum ar de bomtom — ar queanda escassonestas terrasdaqui. É ele-gante, é bemservido, é agra-dável. A louça,o ambiente,mesmo a calmadaquela ruatranqüila,acrescentam ao sabor dos pratos.

Destes, se me perguntarem o que sedeve a Antonio ou a Claude, ficarei nadúvida. Pois, quase sempre que vou lá,dono e chef estão trabalhando em bomentendimento. Mas se falei mais da casaque da mesa é que, da última vez que láestive. Claude pensava em modernizar odécor. Seria extraordinária bobagem.Que. quando se vai a um restaurante,queremos ir àquele restaurante. Se perdea cara, perde um pouco da alma.

É claro que as coisas não podem ficariguais. Mas, como mudam os cardápios,mantendo-se fiéis a um estilo, devem ascasas mudar, ficando as mesmas.

E assim que se envelhece.

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J9

TUDO PRA VER VOCÊ FELIZ.

Promoção válida até 13/1 1/93, limitada ao estoque da loja. Após esta data, as mercadorias voltam aos seus preços normais. Não vendemos por atacado. Quantidade limitada por cliente.Este encarte é parte integrante dos jornais: Estado de Minas. Jornal do Brasil. O Globo. O Estado de S.Paulo. Diário do Grande ABC. Correio Popular, Folha de S.Paulo(Regional Nordeste),Vale Paraibano. A Tribuna. Jornal de Piracicaba. Correio do Povo. Zero Hora. Diário Popular. Gazeta do Povo e Folha de Londrina. Edição de I l/l 1/93.

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