1 JB NEWS Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal www.radiosintonia33 – [email protected]Informativo Nr. 1.072 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Loja Templários da Nova Era nr. 91 Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC Florianópolis (SC) - sábado, 10 de agosto de 2013 Índice: Bloco 1 - Almanaque Bloco 2 - Opinião: Maçonaria Brasileira é reconhecida nos EUA Bloco 3 - IrKennyo Ismail - Entendendo o termo Maçons "Antigos, Livres e Aceitos" Bloco 4 - IrJoão Anatalino - Enoque a lenda da palavra perdida Bloco 5 - IrMarco Antônio Nunes - Mestre Aprendiz Bloco 6 - IrPedro Juk - Perguntas e Respostas - ( Estrelas e a circulação) Bloco 7 - Destaques JB Informativo Virtual JB News: pesquisas e artigos com responsabilidade de seus respectivos autores - Acervo JB News - Internet – Colaboradores – Blogs - Imagens: próprias - http:pt.wikipedia.org e www.google.com.br Hoje, 10 de agosto de 2013, 222º dia do calendário gregoriano. Faltam 143 para acabar o ano. Dia do Vidreiro Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos
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Transcript
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JB NEWS Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal
1a Edição Eletrônica Confederação Maçônica Brasileira Grande Oriente de Santa Catarina
ARLS Lysis Brandão da Rocha nº104 - GOSC Florianópolis
Este trabalho visa tornar um pouco mais conhecido o Rito Brasileiro, atualmente o 2o rito mais difundido no Brasil depois do Rito Escocês. Para isto aproveitamos o trabalho efetuado principalmente na ARLS Lysis Brandão da Rocha no104, GOSC. Para isto o documento está dividido em três partes. A primeira apresenta a criação do rito, sua instalação em Santa Catarina e os Altos Graus do rito, diferentes dos outros e voltados à pátria. A segunda contém trabalhos apresentados em Loja visando principalmente alargar a cultura dos maçons. A terceira contém trabalhos apresentados por aprendizes do Rito. Ao final encontra-se uma lista de referências constituindo uma "Bibliografia" aconselhada para leitura. Respeitando o juramento de sigilo, palavras, toques e gestos são omitidos, sendo substituidos, quando for o caso por asteriscos (*). Respeita-se a liberdade de opinião de todos e por esta razão o conteúdo dos trabalhos assinados _e de inteira responsabilidade dos autores.
O Editor
1 - almanaque
Livro Eletrônico Indicado:
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612 a. C. - Sinsharishkun, imperador assírio, é morto, e sua capital, Nínive, é arrasada. 654 - É eleito o Papa Eugénio I.
1492 - É eleito o Papa Alexandre VI.
1500 - Após ter dobrado o cabo da Boa Esperança, Diogo Dias descobre uma ilha que deu o nome de São Lourenço, mais tarde designada Madagáscar.
1519 - Fernão de Magalhães parte de Sevilha para a sua viagem de circum-navegação.
1653 - Novo empate entre as frotas na Batalha de Scheveningen que seria a última batalha da Primeira Guerra Anglo-Holandesa.
1809 - Quito, agora capital do Equador, declara independência da Espanha.
1821 - Missouri torna-se o 24º estado norte-americano.
1846 - Elias Howe patenteia a máquina de costura. 1854 - Foi criada a Polícia Militar do Estado do Paraná (Lei n° 07, de 10 de agosto de 1854).
1913 - A segunda guerra dos Bálcãs termina com a assinatura do Tratado de Bucareste, entre
Grécia, Sérvia, Montenegro e Romênia. 1954 -Em uma de suas primeiras apresentações profissionais, Elvis Presley canta a música That’s
all right (Mamma).
1966 - A nave Orbiter I é lançada ao espaço nos Estados Unidos. É o primeiro satélite a orbitar a Lua.
1979 - Michael Jackson lança o aclamado álbum Off The Wall.
1994 - É lançado o satélite brasileiro BrasilSat B1.
1995 - Timothy McVeigh e Terry Nichols são indiciados pelo atentado em Oklahoma, nos Estados Unidos. 168 morreram na explosão de uma bomba.
2010 - Margaret Chan, diretora-geral do organismo da Organização Mundial da Saúde, anunciou o
fim da pandemia de gripe A (H1N1).
Dia do Vidreiro
Roma Antiga - Opália, em homenagem à deusa da fertilidade Opis, esposa de Saturno.
Eventos Históricos
Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas.
ENTENDENDO O TERMO "MAÇONS ANTIGOS, LIVRES & ACEITOS"
Por Kennyo Ismail
O termo “Maçons Antigos, Livres & Aceitos” que, utilizando a abreviação
maçônica do REAA, fica “MM AA LL & AA” talvez seja, depois de “GADU”, o termo mais usado na Maçonaria. Apesar disso, parece que poucos são os
maçons que sabem seu verdadeiro significado e o que se vê são muitos
maçons experientes inventando significados mirabolantes e profundamente
filosóficos para um termo que teve caráter político na história da Maçonaria. O termo geralmente é utilizado após o nome da Obediência ou, muitas vezes,
faz oficialmente parte do nome. Em inglês a sigla é AF&AM (Ancient, Free
and Accepted Masons), cujo significado é o mesmo do termo em português:
Maçons Antigos, Livres & Aceitos. Porém, os Irmãos também podem em muitas Obediências se depararem com termo diferente, sem o uso do
“Antigo”, apenas: “Maçons Livres & Aceitos” ou “F&AM – Free and Accepted
Masons”.
Afinal de contas, o que significa esse termo e qual o motivo da variação?
Em primeiro lugar, ao contrário do que muitos possam pensar, o termo nada
tem com o Rito Escocês. Pelo contrário, foram os fundadores do Supremo
Conselho do Rito Escocês em Charleston que, influenciados pelo termo,
resolveram pegar emprestado o “Antigo” e o “Aceito”.
Na verdade, o termo e sua variável surgiram do nome oficial das duas
Grandes Lojas inglesas rivais, historicamente conhecidas por “Antigos” e
“Modernos”. O nome da 1ª Grande Loja (1717) era “Grande Loja dos Maçons Livres e Aceitos da Inglaterra”. Já sua rival (1751) foi fundada com o nome
de “Grande Loja dos Maçons Livres e Aceitos da Inglaterra de acordo com as
Antigas Constituições” e por isso costumava ser chamada de “Antiga Grande
Loja da Inglaterra”. Dessa forma, a mais nova se proclamava “Antiga” e chamava a primeira, que era mais velha, de “Moderna”. A partir daí, nos 60
anos de rivalidade entre essas duas Grandes Lojas, os maçons da Grande
Loja dos “Modernos” ou daquelas fundadas por essa usavam o termo “Maçons
Livres e Aceitos”, enquanto que os da Grande Loja dos “Antigos” ou daquelas
fundadas por essa eram tidos como “Maçons Antigos, Livres e Aceitos”. Nesse período, a Grande Loja da Irlanda (1725) e a Grande Loja da Escócia (1736)
se aproximaram dos “Antigos” e de certa forma aderiram ao termo. As duas
Grandes Lojas inglesas resolveram se unir em 1813, porém, os termos
permaneceram nas Grandes Lojas constituídas por essas, que consequentemente passaram àquelas que constituíram depois.
3 - entendendo o termo "maçons antigos, livres & aceitos" Ir Kennyo Ismail
grande parte de dois escritos cabalísticos encontrados entre os chamados
evangelhos apócrifos – conjunto de livros antigos censurados pela Igreja e excluídos da literatura cristã acreditada – chamados, “O Livro de Enoque” e o
“Livro dos Segredos de Enoque”.
Esses livros, escritos provavelmente por um judeu de Alexandria em fins do
século I, apresentam uma visão apocalíptica do mundo e do destino da
humanidade. No Livro dos Segredos, Enoque passeia pelos dez céus da arquitetura celeste e vê o sofrimento a que são submetidos os que não
alcançaram a salvação de Jesus Cristo. É uma visão semelhante á de Dante
na Divina Comédia. No Livro de Enoque ele descreve a arquitetura cósmica,
com seus anjos e toda a simbologia a eles associada. Mostra também, de forma apocalíptica, a escatologia do universo físico e da humanidade, numa
visão semelhante á do Apocalipse de João.
As duas obras (de Enoque e João) contém visões tão semelhantes que é
difícil saber quem influenciou quem. Possivelmente ambas devem ter sido influenciadas pelos escritos essênios, já que tais visões eram próprias dos
membros daquela seita.
Os escritos de Enoque são essencialmente cabalísticos, abusando de
símbolos e metáforas muito a gosto dos cultores dessa tradição. Tanto é que
na Cabala, Enoque tornou-se o arcanjo conhecido como Metraton. É também na Cabala que encontraremos boa parte da inspiração maçônica
para a sua visão da arquitetura celeste, que se funda na idéia de que o
universo é uma estrutura pensada por Deus (que atua como se fosse o seu
mestre arquiteto) e é construída por anjos e homens atuando como mestres e pedreiros. Essa cosmovisão encontra certa confirmação nas obras do
personagem Enoque e vai de encontro ás visões dos filósofos gnósticos e
cabalistas que forneceram a base da mística que se encontra na Maçonaria.
A Lenda de Enoque
A lenda de Enoque, tal como é desenvolvida pela Maçonaria, é uma
alegoria sobre a qual se assentam os ensinamentos dos graus doze a quatorze do Rito Escocês Antigo e Aceito e também é cultivada em outros
ritos, com algumas variantes. Sua melhor performance ocorre no Rito do Arco
Real, que tem em Enoque um dos seus mais importantes arquétipos.
No Rito Escocês Antigo e Aceito essa lenda aparece no ritual do grau treze.
Em resumo ela diz o seguinte:
“Enoque, durante um sonho que teve, foi informado que Deus tinha um
Nome Verdadeiro que aos homens não era lícito saber, porque se tratava de
uma palavra de grande poder. Esse Nome, Deus comunicou aos seus ouvidos, mas proibiu que o divulgasse a qualquer outro homem. Deus lhe informou
também sobre o castigo que iria ser lançado sobre a humanidade pecadora,
através do dilúvio.
O Inefável Nome de Deus era a chave que poderia proporcionar aos homens todo o conhecimento secreto, e um dia, quando fossem merecedores,
ele seria revelado. Mas para que o Inefável Nome de Deus não fosse perdido
após a catástrofe que destruiria a humanidade inteira através do dilúvio,
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Enoque gravou-o numa pedra triangular, numa língua só inteligível aos anjos
e a ele próprio. Portanto, mesmo que alguém descobrisse um dia a grafia do Nome de Deus, isso de pouco adiantaria, pois a pronúncia dessa Palavra
Sagrada somente ele, entre os homens, seria capaz de dar.
Antes do dilúvio havia sobre a terra civilizações bastante desenvolvidas em
termos de artes e ciências. Entre essas havia um povo de gigantes, filhos dos
anjos caídos (os nefilins) com as filhas dos homens. Essa civilização era má, arrogante e descrente. Por isso Deus anunciou a Enoque que iria destruí-la.
Para preservar os conhecimentos dessas antigas civilizações (a Atlântida,
segundo a Doutrina Secreta, ou a civilização dos anunnakis segundo a
literatura suméria), Enoque fez com que vários textos, contendo conhecimentos científicos fossem gravados em duas colunas, e em cada uma
delas esculpiu o nome sagrado.
Uma delas era feita de mármore, a outra fundida em bronze. Essas colunas
ele as pôs como sustentáculo em um suntuoso templo que mandou construir em um lugar subterrâneo, só dele e de alguns eleitos, conhecidos. Esse
templo tinha nove abóbadas, sustentadas por nove arcos. No último arco
Enoque mandou gravar um Delta Luminoso, que simbolizava o Nome
Inefável, e fez um alçapão onde guardou a pedra onde ele havia gravado esse
nome sagrado.
Com a vinda do dilúvio, todas as antigas civilizações foram destruídas e
seus conhecimentos científicos e artísticos foram perdidos. Noé e sua família,
os únicos sobreviventes dessa catástrofe, nada sabiam das antigas ciências. Das colunas gravadas por Enoque, somente a de bronze pode ser recuperada
pelos descendentes de Noé. Nela constava o Verdadeiro Nome de Deus, mas
não a forma de pronunciá-lo, pois essa sabedoria estava escrita na coluna de
mármore. Assim, essa pronúncia permaneceu desconhecida por muitos séculos, até que Deus a revelou a Moisés em sua aparição no Monte Sinai.
Mas Moisés foi proibido de divulgá-la, a não ser ao seu irmão Aarão, que
seria, futuramente, o principal sacerdote do povo hebreu.
Deus prometeu a Moisés, todavia, que mais tarde o poder desse Nome seria recuperado e transmitido a todo o povo de Israel. Segundo a tradição
cabalística isso só aconteceu nos tempos de Shimon Ben Iohai, o codificador
da Cabala, mas nem todo o povo de Israel compartilhou dessa sabedoria,
uma vez que ela continuou sendo transmitida apenas aos rabinos que
atingiam os graus mais altos na chamada Assembléia Sagrada. Moisés, no entanto, conforme a lenda, havia mandado que o Nome
Inefável, com a pronúncia correta, fosse gravado em uma medalha de ouro e
guardado na arca da Santa Aliança juntamente com as tábuas da lei. Dessa
forma, o Sumo Sacerdote, em qualquer tempo, poderia compartilhar dessa sabedoria e invocar o Grande Arquiteto do Universo na forma correta. Porém,
a Arca da Aliança foi perdida numa batalha que os israelitas travaram contra
os sírios. Mas, guardada por leões ferozes, os sírios nunca conseguiram abri-
la e mais tarde ela foi recuperada pelos sacerdotes levitas. Durante as batalhas que o povo de Israel travou contra os filisteus pela posse da
Palestina, a Arca foi perdida mais uma vez, sendo capturada pelo
exército inimigo. Os filisteus, que não sabiam do poder que tinham nas mãos,
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fundiram a medalha de ouro com o Nome Inefável e a transformaram num
ídolo dedicado ao Deus Dagon. Esse foi um dos motivos pelos quais O Grande Arquiteto do Universo instruiu Sansão para que este praticasse seu último ato
de força no Templo dos filisteus em Gaza, matando um grande número deles.
Entretanto, de tempos em tempos, Deus comunicava a algum profeta o
segredo dessa pronúncia, com a condição de que ele o mantivesse em segredo. Assim, durante longo tempo, a forma de pronunciar o Nome Inefável
ficou oculta, até que Deus o revelou a Samuel e este o transmitiu aos reis de
Israel, Davi e depois a Salomão.
Após construir o Templo de Jerusalém, (que reproduzia a forma e a estrutura do templo construído por Enoque, inclusive com os nove arcos,
onde, no nono se erguia o Altar do Santo dos Santos, no qual a Arca da
Aliança estava depositada), Salomão determinou a Adoniran, Stolkin e Joaben
a construção de um templo dedicado á Justiça. Estes, após escolher e preparar o terreno, verificaram que aquele era exatamente o lugar onde
Enoque havia construído o antigo templo. Após demoradas pesquisas e
árduos trabalhos escavando as ruínas do antigo templo, descendo a diversos
níveis subterrâneos, os mestres destacados por Salomão, sob o comando de
Adoniran, descobriram a coluna onde o sagrado Delta estava gravado. Dessa forma, o Verdadeiro Nome de Deus foi recuperado e pode ser
transmitido ao povo de Israel na sua forma escrita, mas a forma de
pronunciá-lo permaneceu um segredo compartilhado por poucas pessoas,
pois a coluna de mármore, onde estava essa sabedoria estava inscrita, foi destruída pelo dilúvio. Somente Salomão, o Rei de Tiro e os três mestres que
desceram ao subterrâneo detinham esse conhecimento. Com o
desaparecimento daqueles personagens, ficou perdida novamente a
pronúncia da Palavra Sagrada.[1]
Esse é o conteúdo da lenda maçônica, que revela um conhecimento
iniciático de grande relevância, pois o personagem Enoque não é exclusivo da
tradição hebraica. Ele, na verdade, é um arquétipo presente na mitologia de vários povos antigos e cultuado como “mensageiro dos deuses” e arauto do
conhecimento divino, transmitido aos homens na terra.
No Egito ele era associado ao deus Toth, que teria trazido aos homens o
conhecimento da escrita, da metalurgia e da agricultura. Na Grécia foi
conhecido como Hermes, o Senhor da Magia e da da ciência. Na tradição celta havia um personagem análogo, que ficou conhecido na mitologia daquele
povo como Merlin, o mago, guardião dos portais do conhecimento. Entre os
maias ele foi Quetzacoatal, o civilizador, que trouxe para aquele povo o
conhecimento que ostentava aquela antiga civilização. Provavelmente foi nessa fonte da tradição maia que os autores da literatura mórmon se
inspiraram para compor suas escrituras.
Em todas essas tradições, o personagem aparece como guardião das
chaves do conhecimento, que antigas civilizações ostentaram e perderam em virtude do mau uso que fizeram deles.
denominação de um terceiro grau na Maçonaria. Lembrando que o título de
mestre era usado entre os que trabalhavam na pedra para distinguir o companheiro encarregado da direção do canteiro de obras, sendo que a
Maçonaria Especulativa atribuía ao companheiro que presidia as assembléias
de uma loja, que seria denominado posteriormente Venerável Mestre.
De qualquer forma, para chegarmos onde desejo, a denominação de Mestre que passou a se constituir num terceiro grau, nasceu mais no desejo
de se fazer uma escolha entre os membros das associações que se faziam
cada vez mais numerosos e que se constituíam em elites e em lideranças, do
que propriamente os mais sábios ou experientes. Pelo menos é esta a impressão que os escritos nos passam.
Desejo aqui enfatizar alguns conceitos, reportando-me ao mais antigo documento maçônico que se tem conhecimento que é o Regius Poem, ou
Poema Régius, também conhecido como Manuscrito Halliwell, respeitando
autores que consideram como mais antiga a Carta de Bolonha, mas esta não
é a questão. O que desejo é extrair as idéias contidas nos quinze artigos do
Poema que se referem diretamente ao mestre, com destaque aos termos diretamente relacionados. Aconselho a leitura do Poema como um todo.
Leiam a sinopse que faço dos artigos e tirem suas conclusões:
O Mestre deve ser firme, sincero e verdadeiro para que se possa confiar
inteiramente nele. Deve comparecer sempre aos encontros e compromissos, sendo pontual e sempre pronto a atuar, agindo com prontidão e regularidade.
Com relação aos seus subordinados, ele não deve assumir compromisso
com um aprendiz se não tiver a certeza de poder conduzi-lo ou instruí-lo
durante o tempo necessário para que este seja considerado apto a desenvolver seu ofício e jamais encará-lo como de sua propriedade ou
desviando-o para afazeres outros que não os determinados para o seu
crescimento. Saber escolher seu aprendiz para que ele tenha real aptidão
para o trabalho e jamais ser negligente na escolha a ponto de admitir alguém que não reúna condições de cumprir condições mínimas de aprendizado e
trabalho. Promovê-lo somente quando suas aptidões e tempo de experiências
forem realmente comprovados jamais acobertando fraquezas, negligências ou
vícios. Ter a devida sabedoria e firmeza para substituir aqueles considerados
incapazes por outro mais competente, preservando, acima de tudo, a continuidade da sua obra a bom termo.
Nenhum Mestre deve se colocar em posição superior a outro Mestre,
mas trabalhar e agir em conjunto. Como Maçom, jamais poderá assumir o trabalho de outro, a menos que haja ameaça à continuidade ou a integridade
da obra, enfatizando-se que sempre seria melhor se a obra fosse concluída
por aquele que a iniciou desde as suas fundações.
Muitos dos artigos são repetitivos e redundantes, principalmente do
décimo segundo ao décimo quarto, reproduzindo a relação do Mestre com o
Aprendiz, cujos principais itens foram devidamente reproduzidos.
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O décimo primeiro diz que nenhum Maçom deve trabalhar durante a noite, isto é, fora do seu horário normal de trabalho, a não ser que utilize
esse tempo para estudar e se aperfeiçoar. Mas o artigo décimo quinto e
último, faço questão de reproduzi-lo na íntegra:
“ O MESTRE não deve ter para com os outros homens Um comportamento hipócrita,
Nem seguir os Companheiros no caminho do erro,
Qualquer que seja o benefício que possa ter.
Ele nunca deverá fazer um falso juramento e Com amor deverá preocupar-se com sua alma,
Sob pena de trazer para o ofício a vergonha
E para si a repreensão.”
Os termos fazem referência direta à Maçonaria de Ofício, mas basta um
pouco de imaginação para incorporarmos as idéias ao nosso dia-a-dia
contemporâneo e no quanto estamos distanciados das concepções da época
em que foram escritas em 1390.
Moral da história? Conclusões? Deixo-as ao livre arbítrio de quem
acompanhou esta leitura. Mas é minha obrigação explicar o que seria um
Mestre Aprendiz na minha concepção. É a resposta à pergunta do segundo
parágrafo deste texto. É aquele Mestre que não se sinta uma pedra totalmente desbastada, que persiga os ditames escritos nesse Poema Régius,
revestindo-se do verdadeiro avental de um mestre que tenha sentimentos de
que o seu verdadeiro avental, jamais teve a sua abeta abaixada desde o
momento em que foi considerado apto à sua elevação a companheiro.
Constatamos uma realidade muito cruel, quando convivemos com uma
maioria ausente e descompromissada de Mestres que abandonam as colunas,
seus compromissos e, o que é bem mais grave, esquecendo-se completamente os seus juramentos feitos com a mão sobre o Livro Sagrado.
Além de mencionar os que se fazem presentes, quer no oriente, quer no
ocidente, mas completamente ausentes nos seus objetivos e nas suas
intenções.
Louvo e aplaudo as exceções que mantém a Maçonaria como um
caminho a seguir.
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O presente bloco é produzido pelo Ir. Pedro Juk.
Loja Estrela de Morretes, 3159
Morretes - PR
estrelas e a circulação O Respeitável Irmão Marcelo Tietböhl Guazzelli, sem declinar o
nome da Loja, Rito e Obediência, apresenta a questão seguinte: [email protected]
Lendo há pouco o JB News 992, deparei-me com um texto sobre o Tronco de Solidariedade. Resumindo a parte que interessa nessa mensagem reproduzo abaixo: “A circulação ritualística da bolsa de solidariedade obedece ao formato de duas estrelas de seis pontas, que por sua vez são compostas cada uma por dois triângulos um dentro do outro, em posição invertida”. “A marcha inicia no ocidente, entre colunas, em direção ao oriente. O irmão hospitaleiro coloca a bolsa colada a sua cintura, ao lado esquerdo do corpo e inicia a marcha. Sem olhar para o que é depositado na bolsa vai passando por todos os obreiros em loja. O venerável mestre, primeiro vigilante e segundo vigilante definem o primeiro triângulo; orador, secretário e guarda do templo definem o segundo triângulo, o que resulta na primeira estrela; depois passa pelos oficiais e obreiros do oriente, pelos mestres e oficiais da coluna do sul e pelos mestres e oficiais da coluna do norte, definindo o terceiro triângulo; companheiros, aprendizes e o cobridor externo formam o quarto triângulo e completam a segunda estrela. E por fim, o cobridor externo segura a bolsa, e o próprio hospitaleiro deposita seu óbolo na bolsa, retoma a bolsa, lacra-a e conclui o giro da bolsa postando-se entre colunas. Comunica ao venerável mestre que a tarefa está cumprida e recebe instruções do que deve fazer em seguida”. Pois bem. Como fica a primeira estrela se o Primeiro Vigilante estiver na Coluna do Norte? (estou falando de uma loja do REAA do GORGS). Saindo do Venerável, o Mestre de Cerimônias vai até ele e, seguindo o sentido horário, cruza pela frente do Oriente para chegar ao Segundo Vigilante na Coluna do Sul. A linha imaginária vira um “nó” e o triângulo não existe. Ou essa estrela é apenas simbólica ou me parece que não há muita lógica. A lógica no meu ponto de vista é seguir a hierarquia dentro da lógica. O que lhe parece?
Considerações: Sem qualquer intenção de crítica ou contestação, eu não compactuo com opiniões de formação de estrelas relacionadas às circulações em Loja. Primeiro porque nos ritos de vertente latina (francesa) e, nesse particular o Rito Escocês Antigo e Aceito, a única estrela abordada na sua doutrina é a Hominal, ou Pitagórica representada pela Estrela Flamejante (cinco pontas) que é objeto de estudo do Grau de Companheiro como Luz intermediária. Segundo, porque estrela de seis pontas é alegoria simbólica do Craft inglês e nos Trabalhos ingleses não existe circulação de bolsas. Terceiro é a carência de um bom exercício de imaginação na interligação de cargos e o desenho, pelo menos lógico, de uma estrela. Quarto é que dos diversos ritos existentes, nem sempre a localização topográfica dos cargos, coincidem uns com os outros. À bem da verdade o primeiro conjunto de circulação resume-se às Luzes da Loja, às Dignidades do Orador e Secretário e por fim ao Cobridor, ou Cobridores conforme o caso. Essa regra é apenas e tão somente aplicada aos cargos principais e nela inclui-se o do Cobridor pela sua importância na constituição de uma Loja (uso, costume e tradição). Assim, nesses primeiros cargos fica difícil se ordenar o símbolo de uma estrela. Mesmo levando-se em conta na disposição das Luzes da Loja conforme os rituais do da COMAB do estado do Rio Grande do Sul que ainda mantém esses cargos posicionados conforme as extintas Lojas Capitulares. Essa constituição vem apenas reforçar a desigualdade de posição em Loja que se contrapõe à tese estelar generalizada não se levando em conta outros rituais e ritos. Muito mais contraditória é a referência a outras estrelas formadas além dos primeiros cargos. Sem qualquer conotação mística ou oculta, a primeira fase da circulação simplesmente obedece à importância dos seis primeiros cargos (às vezes sete dependendo da presença do Guarda Externo). Composta essa primeira etapa, são abordados os do Oriente, os Mestres do Sul, os Mestres do Norte, Companheiros e Aprendizes. O próprio oficial circulante longe de qualquer hierarquia é o último a depositar a proposta ou o óbolo. É bem verdade que esse conceito de formação de estrela povoa o imaginário maçônico de há muito tempo já inserido na própria França por escritores de feição mística e oculta. Deixo aqui os meus respeitos a esses pensadores, todavia não me atenho às convicções contrárias à autenticidade.
ESTAMOS CIRCULANDO "BOLETIM CURIOSIDADES DO MUNDO MAÇÔNICO - ALAGOAS", EM SUA EDIÇÃO TRIMESTRAL DE Nº 122, ABR/MAI/JUN, 2013.
É UMA SÉRIE DE BOLETINS INICIADA, HÁ MAIS DE 20 ANOS EM NOSSO ORIENTE ESTADUAL DE ALAGOAS, POR INICIATIVA DO NOSSO PRECLARO IR:. JOSÉ BILU DA SILVA FILHO, PRESIDENTE DE HONRA DO GREMAÇOM. CASO O O ESTIMADO IRMÃO DESEJE CONTINUAR RECEBENDO ESSE BOLETIM, BASTA SIMPLESMENTE CONFIRMAR O RECEBIMENTO, PARA QUE POSSAMOS ATUALIZAR O ARQUIVO DE E-MAIL E ENCAMINHAR AS PRÓXIMAS EDIÇÕES. POR OPORTUNO, ESCLARECEMOS QUE O SEU CONTEUDO PODE SER UTILIZADO LIVREMENTE EM NOSSO AMBIENTE MAÇÔNICO, COM A DEVIDA CITAÇÃO DE AUTORIA E FONTE DAS MATÉRIAS. ACEITE O MEU FORTE E FRATERNO ABRAÇO. GILVALDAR MONTEIRO - EDITOR.
1 - Interessante e inteligente. Antes da subida ao altar, o pai faz um discurso profundo e cheio de bom humor.
http://www.youtube.com/watch?v=eQwnRnj1u5M
2 - “Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo como vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valei vós muito mais do que as aves?
Portanto não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos?
Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal”.