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EDITORIAL Informativo Semanal Páginas 01 e 02 EDITORIAL FIQUE SABENDO CNA defende construção de eclusas em usinas hidrelétricas para facilitar navegabilidade em hidrovias Gestão territorial Páginas 03 e 04 NOTÍCIA DA CNA Página 04 PEQUENAS NOTAS AGRICULTURA COM MAIS CRÉDITO Informativo Semanal 18 anos Embarques de frango de setembro mantiveram o mesmo nível de agosto ESPAÇO DO AGROPACTO Resumo da reunião do dia 09/10/2012 Páginas 05 e 06 Página 05 Gestão territorial (*) EVENTOS Página 02 Ano 18 - Nº 679 - 10 a 16/10/2012 Os ambientalistas querem aumentar as áreas preservadas do País. Indígenas lutam para demarcar mais terras exclusivas. Quilombolas tentam dominar seus espaços históricos. Agricultores precisam expandir a exploração do solo. E as cidades continuam crescendo. Haverá como acomodar tantas demandas sobre o espaço nacional? Evaristo de Miranda, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), estuda há anos a ocupação do território e o uso das terras no Brasil. Especialista em monitoramento sensorial por satélite, com doutorado em Ecologia na França, o renomado agrônomo comprova que anda sobrando pedido e faltando lugar para apaziguar tantos interesses. Mágica não resolve. O resumo das informações da Embrapa mostra séria problemática. Atenção aos números. Na atividade agropecuária, somando as pastagens e as lavouras, exploram-se 2,15 milhões de quilômetros quadrados, representando uma fatia de 25% do território nacional. Essa superfície de produção, mantida nas propriedades rurais, pouco se tem alterado, conforme atestam os últimos três Censos Agropecuários do IBGE. Regra geral, as lavouras avançam sobre as pastagens extensivas, reduzindo-as, indicando intensificação no uso das terras. Eleva-se a produtividade por hectare ocupado. Boa agronomia, melhor zootecnia. Expandem-se fortemente, por sua vez, as unidades de conservação ambiental. Os parques e reservas florestais constituem locais delimitados de preservação, mantidos sob responsabilidade do poder público. Geridos tanto pelo governo federal quanto pelos Estados, eles abrangem 14% do território nacional. Acrescendo-se a eles os parques municipais e certos domínios preservados pelas Forças Armadas, a fatia estatal de proteção da biodiversidade beira os 17% do País. Identificadas e demarcadas, as terras indígenas ocupam 1,25 milhão de quilômetros quadrados, notadamente distribuídos pela Amazônia. Reservadas para o extrativismo dos arborícolas, essas imensas glebas recheadas de vegetação nativa representam próximo de 15% do Brasil. Adicionadas, as unidades de proteção da biodiversidade e as reservas indígenas, juntas, ocupam 32% do território nacional. Tal volume de terras ultrapassa o de qualquer outra nação, sendo de 10% a média mundial de áreas protegidas. Além das áreas públicas, os estabelecimentos rurais declararam ao IBGE, por ocasião do último Censo Agropecuário (2006), manter um total de 50 milhões de hectares formando suas reservas legais e suas áreas de preservação permanente, localizadas dentro das propriedades. Isso significa que 5,9% do território nacional, apropriados por particulares, está sendo preservado para a fauna e a flora nativas, em especial nas faixas próximas dos cursos d’água. Matas ciliares. Existem, ainda, os quilombolas. Asseguradas pela Constituição, as áreas remanescentes de quilombos têm sido progressivamente tituladas, já atingindo cerca de 1% do País. Por fim, as zonas urbanas expandem-se, por ora, sobre 0,25% do território. Considerando essas várias situações - agricultura, reservas florestais, indígenas, quilombolas e cidades -, chega-se ao índice de 64% do território nacional que apresenta ocupação definida e restrita. Uai, diria o caboclo, cadê o resto? Embora o catastrofismo ecológico leve a opinião pública do Sul-Sudeste a imaginar o caos, excita a mente imaginar que um terço do território nacional ainda está praticamente desconhecido da sociedade. O incerto Existem, ainda, os quilombolas. Asseguradas pela Constituição, as áreas remanescentes de quilombos têm sido progressivamente tituladas, já atingindo cerca de 1% do País. Por fim, as zonas urbanas expandem-se, por ora, sobre 0,25% do território. Simental é destaque no Nordeste Frango, ovo, milho e inflação Exportações diárias de carne aumentam em outubro
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INFORMATIVO SEMANAL - AGROPACTO

Mar 22, 2016

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Principais Notícias do Agronegócio no Brasil.
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EDITORIAL

Informativo Semanal

Páginas 01 e 02

EDITORIAL FIQUE SABENDO CNA defende construção de eclusas emusinas hidrelétr icas para facilitarnavegabilidade em hidrovias

Gestão territorial

Páginas 03 e 04

NOTÍCIA DA CNA

Página 04

PEQUENAS NOTAS

AGRICULTURA COM MAIS CRÉDITO

Informativo Semanal18 anos

Embarques de frango de setembromantiveram o mesmo nível de agosto

ESPAÇO DO AGROPACTOResumo da reunião do dia 09/10/2012

Páginas 05 e 06Página 05

Gestão territorial (*)

EVENTOSPágina 02

Ano 18 - Nº 679 - 10 a 16/10/2012

Os ambientalistas querem aumentar as áreaspreservadas do País. Indígenas lutam para demarcar maisterras exclusivas. Quilombolas tentam dominar seusespaços históricos. Agricultores precisam expandir aexploração do solo. E as cidades continuam crescendo.Haverá como acomodar tantas demandas sobre o espaçonacional?

Evaristo de Miranda, pesquisador da EmpresaBrasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa),estuda há anos a ocupação do território e o usodas terras no Brasi l. Especial ista emmonitoramento sensorial por satélite, comdoutorado em Ecologia na França, o renomadoagrônomo comprova que anda sobrando pedido efaltando lugar para apaziguar tantos interesses.Mágica não resolve.

O resumo das informações da Embrapa mostraséria problemática. Atenção aos números. Naatividade agropecuária, somando as pastagens eas lavouras, exploram-se 2,15 milhões dequilômetros quadrados, representando uma fatiade 25% do território nacional. Essa superfície deprodução, mantida nas propriedades rurais, poucose tem alterado, conforme atestam os últimos trêsCensos Agropecuários do IBGE. Regra geral, aslavouras avançam sobre as pastagens extensivas,reduzindo-as, indicando intensificação no uso dasterras. Eleva-se a produtividade por hectareocupado. Boa agronomia, melhor zootecnia.

Expandem-se fortemente, por sua vez, asunidades de conservação ambiental. Os parquese reservas f lorestais const ituem locaisdelimitados de preservação, mantidos sobresponsabilidade do poder público. Geridos tanto pelogoverno federal quanto pelos Estados, eles abrangem14% do território nacional. Acrescendo-se a eles osparques municipais e certos domínios preservados pelasForças Armadas, a fatia estatal de proteção dabiodiversidade beira os 17% do País.

Identificadas e demarcadas, as terras indígenasocupam 1,25 milhão de quilômetros quadrados,notadamente distribuídos pela Amazônia. Reservadas parao extrativismo dos arborícolas, essas imensas glebasrecheadas de vegetação nativa representam próximo de15% do Brasil. Adicionadas, as unidades de proteção dabiodiversidade e as reservas indígenas, juntas, ocupam32% do território nacional. Tal volume de terras ultrapassa

o de qualquer outra nação, sendo de 10% amédia mundial de áreas protegidas.

Além das áreas públicas, osestabelecimentos rurais declararam aoIBGE, por ocasião do últ imo CensoAgropecuário (2006), manter um total de50 milhões de hectares formando suasreservas legais e suas áreas depreservação permanente, localizadasdentro das propriedades. Isso significa que5,9% do território nacional, apropriados porparticulares, está sendo preservado paraa fauna e a flora nativas, em especial nasfaixas próximas dos cursos d’água. Matasciliares.

Existem, ainda, os quilombolas.Asseguradas pela Constituição, as áreasremanescentes de quilombos têm sidoprogressivamente tituladas, já atingindocerca de 1% do País. Por fim, as zonasurbanas expandem-se, por ora, sobre0,25% do território. Considerando essasvárias situações - agricultura, reservasflorestais, indígenas, quilombolas e cidades

-, chega-se ao índice de 64% do territórionacional que apresenta ocupação definida e restrita. Uai,diria o caboclo, cadê o resto?

Embora o catastrofismo ecológico leve a opiniãopública do Sul-Sudeste a imaginar o caos, excita a menteimaginar que um terço do território nacional ainda estápraticamente desconhecido da sociedade. O incerto

Existem,ainda, os

quilombolas.Asseguradas

pelaConstituição,

as áreasremanescentesde quilombos

têm sidoprogressivamente

tituladas, jáatingindo

cerca de 1%do País. Por

fim, as zonasurbanas

expandem-se,por ora, sobre

0,25% doterritório.

Simental é destaque no Nordeste

Frango, ovo, milho e inflação

Exportações diárias de carne aumentamem outubro

Page 2: INFORMATIVO SEMANAL - AGROPACTO

CONSULTAPara maiores esclarecimentos sobre as infor-mações aqui divulgadas, favor comunicar-secom a SECRETARIA EXECUTIVA DO PAC-TO DE COOPERAÇÃO DA AGROPECUÁRIACEARENSE.Endereço: Rua Edite Braga, 50 -Jardim América - 60.410-436 Fortaleza - CETelefones: (0xx85) 3535-8006 Fax: (0xx85) 3535-8001E-mail: [email protected]: www.agropacto-ce.org.br

Órgão de divulgação de assuntos deinteresse do Setor Agropecuário e do Pactode Cooperação da Agropecuária Cearense.

Coordenação e Elaboração: GerardoAngelim de Abuquerque - Chefe de Gabineteda FAECCoordenador Geral do Agropacto:FLÁVIO VIRIATO DE SABOYA NETO(Presidente da FAEC) Membros do Comitê Consultivo: Setor PúblicoEvandro Vasconcelos Holanda Júnior - EmbrapaCaprinos e OvinosJoão Hélio Torres D'Ávila - UFCJosé Alves Teixeira - BNBLucas Antonio de Sousa Leite - EmbrapaAgroindustria TropicalPaulo Almicar Proença Sucupira - BBRaimundo Reginaldo Braga Lobo - ADECE

Setor PrivadoAlderito Raimundo de Oliveira - CS da CajuculturaÁlvaro Carneiro Júnior - CS de LeiteCristiano Peixoto Maia - CS do CamarãoEdgar Gadelha Pereira Filho - CS da CarnaúbaEuvaldo Bringel Olinda - Instituto FrutalJoão Teixeira Júnior - CS da Fruticultura e UNIVALEPaulo Roque Selbach - CS. FloresVinícius Araújo de Carvalho - CS do MelCarlos Prado - Itaueira AgropecuáriaFrancisco Férrer Bezerra - FIECJoão Nicédio Alves Nogueira - OCB/CELuiz Prata Girão - BETÂNIAPaulo Jorge Mendes Leitão - SEBRAE-CE

Secretária:Teresa Lenice Nogueira da Gama MotaKamylla Costa De Andrade Editoração Digital:Brunno CarvalhoHelena Monte LimaTaquigrafia:Irlana GurgelPatrocínio:BANCO DO BRASIL S/ABANCO DO NORDESTE DO BRASIL S/ASEBRAE/CE

Nº 679

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PRODUTOR RURAL: Pague a Contribuição Sindical Rural em benefício da

manutenção do Sistema Sindical Rural

18 anos

Eventos

distribui-se, basicamente, nas imensas áreas devolutas e nos alagadosda Região Norte. Basta saber que o bioma da Amazônia representa, sozinho,metade do Brasil e se mantém intacto em 81,2% nos lugares inóspitos,quase impenetráveis à exploração humana. Floresta virgem.

Quer dizer, em pleno século 21 existem 36% do território nacional semuso definido. E sobre essa fatia, principalmente, recaem todas as demandascontemporâneas sobre a ocupação do território. Quais são elas?

Primeiro, a criação de novas unidades de proteção ambiental. Definidaspelo Ministério do Meio Ambiente, o mapa das áreas prioritárias paraconservação da biodiversidade sugerem, no mínimo, dobrar a salvaguardaecológica atual.

Segundo, as exigências do Código Florestal. Qualquer que seja o capítulofinal dessa longa novela, com certeza haverá uma duplicação das zonaspreservadas dentro das propriedades rurais, especialmente nas margensdos rios.

Terceiro, os reclamos dos indígenas e, quarto, dos quilombolas. Nãocessam os pedidos dessas populações tradicionais, indicando que seavançará nas demarcações existentes.

Quinto, resta a agricultura. Impelida pela demanda mundial dealimentos, e suportada pela biotecnologia, mesmo ganhando produtividadea produção rural deverá expandir as suas áreas cultivadas e pastoreadas.Perderia o bonde da História se o Brasil deixasse de aproveitar a chance dese tornar o celeiro do mundo.

Nas contas de Evaristo de Miranda, o somatório das demandas pelaocupação e uso do território nacional, especialmente contando as limitaçõesambientais, alcança 6,45 milhões km2. Isso representa quase 76% doterritório nacional. Conclusão: inexiste possibilidade, física e geográfica,de atender a todas as vontades expressas na sociedade. Como resolveros conflitos? Quem arbitra a disputa?

Sem estratégia definida pelo Estado, a solução depende do brilho namídia e do jogo da política. Por enquanto, em face do preconceito urbanocontra o ruralismo, quem está perdendo é a agropecuária. A necessidadede sua expansão recebe sinais negativos da sociedade, que, ao contrário,apoia que dela se subtraiam áreas de produção. Periga encolher o campo.

Gestão territorial: eis um bom tema para o debate nacional.(*)Xico Graziano, Engenheiro Agrônomo ex-Secretário de

Agricultura do Estado de São Paulo

Evento: Curso – Produção de Mudas NativasData: 26 de outubro de 2012Local: Guarapari-ESContatos: E-mail: [email protected] [email protected] e pelos telefones(43) 3324-7551/ (43) 9923-2892

Evento: Curso Cultivo HidropônicoData: 30 e 31.10. 2012Local: Diplomata Hotel, em Campinas – SPContatos: E-mail: [email protected] etelefones: (19) 3243-0396/ 9112-1952 / 7811-7442

Evento: 7º Congresso Internacional de Bioenergia eBioTech Fair 2012Data: 30.10 a 01.11.2012Local: Centro de Exposições Imigrantes, em SãoPaulo-SPContatos: Telefone: (54) 3226-4113, e-mail:[email protected] site: www.eventobioenergia.com.br

Page 3: INFORMATIVO SEMANAL - AGROPACTO

Fique Sabendo

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Os primeiros dados divulgadospela SECEX/MDIC relativos àsexportações brasileiras de setembropassado apontam que osembarques de carne de frango innatura mantiveram, praticamente, omesmo nível do mês anterior, pois ovolume exportado no período –281.372 toneladas – foi apenas 1,1%inferior ao do mês anterior. Já emrelação ao mesmo mês do anopassado a variação foi positiva, comincremento de 1,3%.

Em termos reais, entretanto, pode-se considerar que o desempenhoregistrado em setembro foi bastantesuperior, só não se registrando melhorresultado devido ao mês mais curto.Pois setembro teve 19 dias úteis e,assim, os embarques médios doperíodo ficaram em 14,8 mil toneladasdiárias. Como em agosto (23 dias úteis)os embarques diários ficaram emcerca de 12,4 mil toneladas diárias,tem-se aí um incremento não muitodistante dos 20% de agosto parasetembro.

Mas o que mais se sobressaiu emsetembro foi a recuperação de preçosem relação ao mês anterior. Pois, pelaprimeira vez em 2012, o preço médioalcançado pelo produto in naturavoltou a superar a casa dos US$2 mil/tonelada. Assim, o valor efetivoalcançado, o mais elevado deste ano

Embarques de frango de setembro mantiveram o mesmonível de agosto

– US$2.012,09 – representou variaçãode 11,5% sobre agosto passado. Detoda forma, continuou negativo (-1,5%) em relação aos US$2.044,07/tde setembro de 2011.

Graças ao melhor preço doproduto e à estabilidade dosembarques a receita cambialapresentou significativa valorizaçãoem relação ao mês anterior.Alcançando o terceiro melhorresultado do ano, somou US$566,147milhões, aumentando mais de 10%no mês. Positivo, por fim, é o fato deessa receita ter-se mantido nomesmo nível registrado um ano atrás,com variação negativa de apenas0,27%. Foi o melhor resultado dosúltimos meses já que, desde junhopassado, a receita cambial do frangoapresentou recuos que variaramdesde 13% até 20%.

Dezoito anos e dois mesesdepois da implantação do real, ainflação brasileira calculada peloÍndice Geral de Preços –Disponibilidade Interna (IGP-DI) daFundação Getúlio Vargas supera pela

primeira vez, ainda que ligeiramente, amarca dos 400%. Mais exatamente,acumulou até setembro passado umavariação de 400,31%, o que, semdúvida, é um grande feito, pois, antesdo real, índices do gênero chegaram ase acumular em poucos meses.

Mesmo assim, os dois principaisprodutos da avicultura, frango vivo eovo, além da principal matéria-prima deambos, o milho, ficaram aquém dessainflação. Aqui, o caso mais gritante é odo ovo que, nesses pouco mais de 18anos, teve seu preço corrigido emapenas 154%. Ou seja: se tivesseacompanhado o IGP-DI teria sido

comercializado em setembro passadopor algo em torno de R$96,00/caixa.Porém, mal alcançou pouco mais dametade desse valor.

Já milho e frango vivo tiveramevolução mais próxima do IGP-DI,mas também permanecem abaixo ea relativa distância da inflação porele apontada. Em setembro,acompanhado o índice da FGV, o milhoteria custado cerca de R$38,00/saca.Alcançou 86% desse valor. O frangovivo, por sua vez, teria s idoremunerado por não menos queR$3,00/kg. Obteve 82% de seu valorreal.

Frango, ovo, milho e inflação

A raça Simental foi a grandeatração de recentes exposições noCeará, realizadas nos meses dejunho e julho. Esteve presente noPECNORDESTE, de 18 a 21 de junho,em Fortaleza-CE, com cerca de 60

Simental é destaque no Nordesteanimais dos criadores Marcos EduardoRodrigues, da Fazenda Vita l, deMaranguape-CE e Luiz Carlos MourãoLandim, da Fazenda Umari, de Apiacás-CE.

No torneio leiteiro que contoucom a participação das raçasSimental, Jersey, Holandês,Girolando e Pardo-Suíço, a grandecampeã foi a vaca Simetal “Jarra”,da Fazenda Vital, que produziumédia de 29.050 kg de leite/dia. Napista de julgamento, o jurado RaulPimenta escolheu, como grandecampeã, “Itesse”, também da

Fazenda Vital; como reservada,“Jumunista”, de Luiz Landim.

A Fazenda Vital participou daExponorte, em Sobral-CE, no iníciode julho, com “Itesse”, novamentesendo a grande campeã. Areservada foi “Doutora da SantaAndrea”, de Luiz Mourão Landim. Notorneio leiteiro, a vaca “Labaredada Bonetti”, da Fazenda Vital, foi acampeã, ao produzir a média de31,8 litros/dia. No leilão, a mesmafazenda vendeu tourinhos enovilhas na faixa de R$ 60 mil/R$ 7mil.

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Notícia CNA

A primeira semana de outubroapresentou aumento dasexportações diárias do complexosoja e das carnes in naturabovina, suína e de frango emrelação ao mesmo mês de 2011.Os dados foram divulgados pelo

Fique Sabendo

Exportações diárias de carne aumentam em outubroVendas dos complexos soja e milho também apresentaram altas na primeira semana do mês

Ministério do Desenvolvimento,Indústr ia e Comércio (MDIC) ecompilados pelo Ministér io daAgricultura, Pecuária eAbastecimento (MAPA).

Sobre outubro do ano passado,a primeira semana de vendas dasoja em grão apresentou elevaçõesde 2,1%, atingindo US$ 37,8milhões, e retração de 16% quantoaos embarques (59,4 mil toneladas),o que resultou em um aumento de21,6% no preço médio da tonelada,de US$ 636,6. Para farelo de soja eóleo bruto, aumentos respectivostanto em valor, de 50,6% e 172,5%,como em quantidade, 14,5% e183,5%.

As exportações diárias de carnesin natura também se destacaram.

Os embarques de bovinoschegaram a 4,6 mil toneladas,resultando em US$ 22,6 milhões– altas respectivas de 15% e24,3%. As de frango obtiveramelevações de 9,8% sobre ovolume e 3,8% no valor. Mas osmaiores índices posit ivos dosegmento foram das suínas, de28,3% no valor e 42,6% naquantidade.

O milho também seguetendência de crescimento que vemobtendo desde julho. Com médiasdiárias de US$ 45,8 milhões e169,7 mil toneladas/dia, osaumentos respectivos foram de107,4% e 123,5%. O preço médiodo grão, no entanto, teve quedade 7,2%.

O vice-presidente daConfederação da Agricultura ePecuária do Brasil (CNA), JoséRamos Torres de Melo F ilho,defendeu a aprovação do Projetode Lei (PL) 3009/97, que prevê aconstrução de eclusassimultaneamente às barragensdas usinas hidrelétricas nos riosbrasileiros, durante reunião comrepresentantes do Governo e dosetor de logíst ica, na sede daCNA, em Brasília. No encontro, elepediu o apoio deste grupo detrabalho, que estuda a questãodas hidrovias no País, a estaproposta que aguarda votação naComissão de Meio Ambiente e

CNA defende construção de eclusas em usinas hidrelétricaspara facilitar navegabilidade em hidrovias

Desenvolvimento Sustentável(CMADS), da Câmara dos Deputados.

Ao defender o projeto, Torresde Melo explicou que estainiciativa permitirá anavegabilidade em trechos ondehá barragens nos cursos d’águapotencialmente navegáveis, o queampliará a exploração dashidrovias, não apenas parafornecer energia elétrica, mastambém para escoar a produçãoagropecuária, barateando o fretedo transporte de cargas. Noentanto, ressaltou que há pontosdentro do projeto que aindaprecisam de consenso paraviabilizar a votação da matéria.Uma das divergências é emrelação às atribuições para aconstrução das eclusas. “Estamosdialogando para esclarecer algunspontos e buscar o entendimento”,afirmou o vice-presidente.

Segundo Torres de Melo, oprojeto atende a todas asexigências previstas na Polít icaNacional de Recursos Hídricos(PNRH), criada pela Lei 9433/97, quedefine a água como um bem de

domínio público e prevê que agestão dos recursos hídricos deveser proporcional ao uso múltiplodas águas. Desta forma, além dofornecimento de energia elétrica,o uso da água deve servir,também, para outras finalidades,como fornecimento, navegação,irrigação piscicultura, pesca, lazer,turismo e abastecimento. Aindano encontro, os partic ipantesf izeram exposições sobre oandamento das obras no RioMadeira.

Participaram da reuniãorepresentantes dos Ministériosdos Transportes; da Agricultura,Pecuária e Abastecimento(Mapa); Departamento Nacionalde Infraestrutura de Transportes(DNIT); Agência Nacional deTransportes Aquaviários (Antaq);Confederação Nacional dosTransportes (CNT); Sindicato dasEmpresas de Travessia eNavegação do Estado deRondônia (Sindfluvial); e doSindicato dos Armadores Fluviaisdo Estado do Amazonas(Sindarma).

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Pequenas NotasApesar do mês mais curto, exportação de carnes teve bom desempenho: O mês mais curto (19 diasúteis, contra 23 dias úteis de agosto) permitia prever que em setembro as exportações de carnesapresentassem desempenho mais modesto que o do mês anterior. Não foi o que ocorreu, pois, tanto

no volume como no preço médio, a maioria dos resultados foi superior e as exceções foram apenas marginais,apontando estabilidade em relação ao mês agosto. Assim, se - ao contrário das carnes bovina e suína - ovolume de carne de frango recuou, a queda não foi muito além de 1%. E, no preço médio, o único retrocessofoi enfrentado pela carne bovina, mas em índice inferior a meio por cento. E o corolário, claro, foi uma receitacambial quase 7,5% superior à de agosto passado e o segundo melhor resultado dos nove primeiros mesesde 2012. Em relação ao mesmo mês do ano passado, cresceu o volume das três carnes, com resultados maisexpressivos para as carnes suína (+55%) e bovina (+22,5%). Mas o preço médio obtido continuou inferiorao de um ano atrás. E isso se refletiu na receita cambial, que registrou expansão anual inferior a 7%.

Aumento de 90,8% no volume de milho exportado em setembro deste ano: O Brasil exportou 3,1milhões de toneladas de milho em setembro deste ano, 14,0% mais que as 2,8 milhões de toneladas

embarcadas no mês anterior. Em relação ao mesmo mês em 2011 o volume foi 90,8% maior, quando foramembarcadas 1,6 milhão de toneladas. O preço médio da tonelada exportada também aumentou, tendopassado de US$261,30 em agosto para US$269,20 em setembro, aumento de 3,0%. Na comparação ano aano houve queda de 11,4% no preço pago por tonelada. Em setembro do ano passado o preço era deUS$303,70. O faturamento passou de US$721,0 milhões em agosto para US$846,6 milhões em setembrodeste ano, alta de 17,4%. Frente ao mesmo mês em 2011 o aumento foi de 69,2%, quando a receita obtidafoi de US$500,5 milhões.

Aumento nas exportações chilenas de lácteos no acumulado de 2012: O Chile exportou 56,9 miltoneladas de produtos lácteos de janeiro a agosto deste ano, segundo dados da Oficina de Estudos e

Políticas Agrárias do Chile (Odepa). Este volume é 17,4% maior frente as 48,5 mil toneladas exportadas nomesmo período de 2011. O faturamento aumentou proporcionalmente menos devido ao menor preço dosprodutos lácteos este ano. Em média, houve queda de 8,5% nos preços na comparação com agosto do anopassado. A receita com os embarques no acumulado de janeiro a agosto de 2012 foi de US$147,4 milhões,7,4% mais frente ao mesmo período de 2011, quando o faturamento foi de US$137,3 milhões.

Espaço Agropacto

O Sr. Coordenador FlávioSaboya abriu a reunião, passandoimediatamente a palavra ao Sr.Secretário Nelson Martins, quecumprimentou os presentes einformou que o lançamento dacampanha de vacinação contraaftosa seria no dia 31 de outubro.Iniciou sua exposição sobre osresultados alcançados pelo comitêda seca para o setoragropecuário do Ceará emostrando os mapas dadistr ibuição espacial equant itat ivo das chuvas, a

Resumo da reunião de 09 de outubro de 2012Tema: Resultados alcançados pelo Comitê da Seca para o setor agropecuário

Palestrante: JOSÉ NELSON MARTINS DE SOUSA, Secretário do Desenvolvimento Agrário do Estadodo Ceará – SDA

estação chuvosa de janeiro a maiode 2011/2012 e o desviopercentual das chuvas de janeiroa maio de 2011/2012. Fez umaavaliação da estação chuvosa de2012, denotando que, de fevereiroa maio, a média normal das chuvascaiu em 50%. Sobre a quebra desafra, disse que foi na faixa de80% e mostrou relatór io daFunceme sobre a quadra chuvosa,um resumo por terr itório, emrelação à perda de safra. Passoua analisar o volume dearmazenamento de água noEstado por reservatório e por baciahidrográfica, numa acumulaçãopossível de 18 bilhões de m3, tevequeda de 70% até final de 2011 eestá em 58% atualmente,ressaltando a sua preocupaçãoquanto a esse dado, bem como doComitê da Seca, que se reúnetodas às segundas-feiras na SDA.As ações emergenciais paraatendimento da população em

2012: segurança hídr ica, comrecuperação, instalação eperfuração de poços profundos, oEstado, a FUNASA e o DNOCS,total de 291 poços; construção decisternas de placa, total de134.049, estando 49.000construídas, 33.400 processo deconvênios, 36.500 em negociaçãoe 931 FUNASA; Implantação desistemas de abastecimentod’água, 168 projetos - São José -63 Projetos ao valor de 17milhões de reais e a FUNASA, com105 Projetos a 180 milhões dereais. Abastecimento de águapotável através de carros pipa,sendo que o Exército Brasileiroatende a 93 municípios, com 610carros pipa, a 679.848 pessoas ea Defesa Civil do Ceará, 78municípios, com 360 carros pipa e475.600 pessoas. Em segurançaalimentar: venda através daCONAB de 30 mil ton/mês milho por10 meses, Projetos produtivos

Page 6: INFORMATIVO SEMANAL - AGROPACTO

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(quintais produtivos - cisternasenxurradas, barragenssubterrâneas, cisternas deenxurradas + quintaisprodutivos = 10.700, barragenssubterrâneas + quintaisprodutivos = 2.500- Kits deirrigação; Implantação de 532casas de farinha; Projetoutilização canal do trabalhador p/irrigação de 6 mil ha; Projetocajucultura, recuperação/implantação 6 mil ha. ProjetoLeite Fome Zero - Agricultoresparticipantes, 3.785, com12.890.551 litros; PAA - 1.597agricultores participantes c/entradas sócio assistenciais 823,pessoas beneficiadas 174.667;Projeto Agroecológico esustentável – PAIS - 563unidades, Mandalas – 40atendendo a 160 famílias.Transferência de renda: GarantiaSafra, 239.982 mil agricultoresem 176 municípios em 2012,350.000 agricultores em 181municípios em 2013; - BolsaEstiagem – 209.000 famílias,Bolsa Famíl ia – 1.200.000famílias, Brasil carinhoso; créditoemergencial, crédito paraagricultores familiares de até R$2.500,00, crédito para 50 milagricultores familiares de R$2.501,00 a R$ 12.000,00; créditoFEDAF – R$ 12.500.000,00;crédito emergencial para aFETRAECE – R$ 5.000.000,00;recursos quintais produtivos doMST – R$5.250.000,00; créditoFEDAF projetos normais – R$2.250.000,00; crédito FECOP;FIDA – U$80.000.000,00, paraatender 60 mil famílias em 31municípios. Em seguidaapresentou um estudo feito pelaCOGERH, SOHIDRA e SRH,mostrando as localidades emcolapso ou com risco de crise atéfevereiro de 2013, caso nãochova no período e localidadescujo risco de colapso dependedas chuvas de 2013 ou daconclusão de obrasestruturantes em execução.Final izou dizendo que estavaaproveitando o espaço doAgropacto, que tinha poder dedisseminação, para socializaraquelas importantesinformações.

Debates

O Sr. Coordenador FlávioSaboya levantou algumasreflexões e solicitou do

Secretár io que resolvesse aproblemática do setor do leite, queaguardava um reajuste de preços;falou que a partir de uma ideia suaà Abramilho, decorrer ia umseminário em Salvador para discutirprodução de milho no semináridonordest ino e era importante aparticipação das secretarias; emrelação à palma forrageira, disseque poderiam ser desenvolvidasfábricas e produção de mudar, oCeará poderia ser autosuficientenaquela cultura . Agradeceu oesforço despendido pela Secretariae concluiu que era muito importantepensar o que fazer em 2013. OSecretário Nelson Martins pediulicença para se retirar, por conta decompromissos assumidos erespondeu que em relação ao leite,havia recebido os representantesdos laticínios e estava trabalhandopara uma melhoria do valor do leite;que iria conversar a respeito doestímulo à produção de milho; queseria apresentada uma propostapara o PAC do semiárido, queenvolveria a produção de forrageme dessedentação animal. Emseguida, o Coronel Tavarespronunciou-se, que havia assumidoa Defesa Civil há cinco dias e aindaestava tomando conhecimento detudo e passou a palavra ao MajorWagner Alves, que cumprimentoua todos e disse que havia muitasações do Comitê da Seca, que sereunia todas às sextas-feiras às 9horas. Deu uma panorâmica emrelação à Defesa Civil no momentoemergencial no Estado do Ceará efalou da criação do Fundo de DefesaCivil, para transferência de recursosfundo a fundo, com a finalidade dereconstrução ou assistência, comopara recuperar barragens, canais,reconstruir estradas destruídas,atendimento com carro pipa, etc. OSr. Professor Magno relembrouinformação de um estudointeressante feito pelo ProfessorRodrigo Gregório e apresentado noPECNORDESTE, sobre cenários daperspectiva de alimentos pararebanhos do Estado do Ceará e fezdiversas ref lexões, entre elas,sobre a grande perda hídrica queocorria com a evapotranspiração. OSr. Carlos Bezerra fez um desabafoem relação aos entraves daburocracia e sobre a situação domilho, porque estamos vivenciandoos dois lados, como produtor ecomo representante da FAEC e comosecretário de agricultura deIbaretama. O Sr. Mavignier Françadisse que estava fazendo tese de

doutorado relacionada abarragem subterrânea eenumerou suas vantagens,ressaltando que era uma dastecnologias mais importantespara conviver com o semiárido,até mesmo e relação a custos:14 mil reais para implantar umaBarragem Subterrânea de trêshectares. O Sr. João Batista Pontereferiu-se à necessidade de maisverbas para a cajucultura eperguntou como chegar até oMinistério da Saúde para interferirna liberação do produto quecombate ao oídeo. O Sr. PedroJorge referiu-se à gestão daspropriedades como pontofundamental para começarqualquer trabalho e exemplificoucom o Programa Balde Cheio, emque a Embrapa trabalha vinteitens de ação nas propriedadese analisando tudo junto com oprodutor. Propôs a formulação deplano de desenvolvimento paracada município, iniciando com 4ou 5 municípios, início de umpensar a longo prazo. O MajorWagner Alves falou que ao seremresolvidos os problemas, atendência era diminuírem asreuniões do Comitê e que nãoseria interessante a União ficarem serviço assistencialista, queo ideal era ter projetos e logoapós, obras estruturantes paradar soluções. Citou aspopulações difusas como ogrande desafio dos gestores,disse que a discussãopermanecia aberta, mas que oideal era que resolverpermanentemente. O Sr.Ademarzinho falou que o DNOCSe a COGERH administram emtorno de 130 açudes e que oEstado do Ceará tinha mais deum mil quilômetros de filete deágua perenizados, mesmo noperíodo de seca e que faltavaexplorá-los, assim como o Canaldo Trabalhador, que tem 105 kme a área muito pouco utilizada.Falou, ainda, da produção demilho hidropônico, que poucosprocuram a tecnologia e sobre aproblemática do milho, entreoutras considerações. O Sr.Coordenador agradeceu apresença de todos, a deferênciada Defesa Civil em participar dareunião e, dizendo que o espaçosempre estaria aberto paraqualquer esclarecimento aosprodutores rurais, declarouencerrada a reunião.