s bc informativo Comissões conquistam avanços importantes para sócios da SBC Élcio Landim Entrevista Motociclismo não é pecado para cirurgião de coluna ortopedista Mens Sana Participe da discussão do fórum interativo Caso Clínico A força da colaboração associativa Regionais 01 SBC Sociedade Brasileira de Coluna JUL-AGO-SET 2011
Informativo Sociedade Brasileira de Coluna nº 1 JULHO/AGOSTO/SETEMBRO - 2011
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sbcinformativo
Comissões conquistam avanços importantes para sócios da SBC
Élcio Landim
Entrevista
Motociclismo não é pecado para cirurgião de coluna ortopedista
Mens Sana
Participe da discussão do fórum interativo
Caso Clínico
A força da colaboração associativa
Regionais
01
SBCSociedade Brasileira de Coluna
JUL-AGO-SET2011
02
Publicação científica da Sociedade Brasileira de Coluna • Artigos originais Versão online • Indexada nas bases Lilacs e Scopus/Elsevier Distribuição gratuita para sócios com anuidade em diaEditor: Dr. Helton Defino • Editor Executivo: Dr. Sérgio Daher
REVISTA COLUNA /COLUMNASurpreenda-se com a qualidade da produção científica brasileira na área da coluna vertebral.
Assinatura para não sócios:
R$ 80,00
SBCSociedade Brasileira de Coluna
03
Revista SBC JUL/AGO/SET 2011
Resposta positiva
É com grande orgulho e
satisfação que posso
dizer o quanto é bom
ter amigos. Tenho que dar crédito
aos colegas Sergio Zylbersztejn,
meu assessor, e Eduardo Gil, meu
companheiro da Comissão de
Capacitação Profissional desde
o Congresso da Costa do Sauípe,
que foram arrojados em elaborar
este nosso “novo” jornal, para
que quando chegarmos em casa
possamos desfrutar de uma leitura
informativa, atual e agradável.
O Congresso Brasileiro de Coluna,
em Campos do Jordão, foi um
sucesso. Na edição 2011, tivemos
cerca de 900 congressistas, e o Dr.
Marcelo Wajchenberg e sua equipe
realizaram um grande evento, que
primou pela alta qualidade científica.
Os nossos associados têm
demonstrado amadurecimento e
grande interesse no rumo e futuro
da Sociedade: foram duas as chapas
que se candidataram para a gestão
2013/2014 e quatro as cidades
para sediar o próximo Congresso
em 2013. Todos se envolveram de
tal forma que foi o quórum mais
representativo de uma Assembleia
da SBC, com 300 votantes.
Agradeço, especialmente, ao meu
irmão Edson Pudles e sua equipe
pela sua disposição em conduzir
os trabalhos da Comissão Eleitoral
com lisura, rapidez e precisão, bem
como ao Dr. Waldemar de Souza Jr.
e a Roberto Nadier, pela realização
das modificações prioritárias no
Estatuto. Estamos cientes de
que outras normas deverão ser
realizadas, porém discutidas com
maior profundidade.
Finalizando, parabenizo o Dr.
Carlos Henrique Ribeiro, presidente
eleito para 2013/2014, e o Dr.
Andre Luiz F. Andujar, presidente do
próximo Congresso, a ser realizado
em Florianópolis.
Luis Eduardo Munhoz da Rocha
Presidente
da Sociedade
Brasileira de Coluna
presidentep a l a v r a d o
04
De cara nova
opinião
Ao longo dos 14 anos de
existência do Informativo,
sempre iniciei a coluna
Opinião com uma frase de efeito. Em todas
as ocasiões, elas traduziam um momento
especial em minha vida e também de que
modo estava sentindo a nossa SBC.
O conteúdo editorial do boletim vem sendo
recebido pelos seus leitores de inúmeras
maneiras; alguns aproveitaram para utilizar
em seu trabalho médico, outros
se identificaram com a essência
do boletim e muitos outros
tinham nas mãos, de modo
materializado, o que é a nossa
Sociedade.
Agora estamos vivenciando
um novo momento. E os
bons ventos estão trazendo
novidades promissoras para a
SBC, que está desenvolvendo
um grande trabalho em nível científico e
político.
O resultado disso é uma atuação
profissional concreta e objetiva no
cenário médico brasileiro em benefício do
ortopedista de coluna.
O presidente, Luis Eduardo Munhoz
da Rocha, está imprimindo mudanças
que visam dar transparência às suas
ações, assim como ampliar o elenco de
colaboradores para cumprir a extensa
pauta do nosso Informativo.
Para esse upgrade editorial, a partir desta
edição, contaremos com a participação do
colega Eduardo Gil F. Gomes, no cargo de
Coordenador Editorial do Informativo SBC.
O engajamento do Gil, desde a elaboração
da pauta até o acompanhamento da
finalização da edição, é bem-vindo. Aliás,
é de autoria dele o projeto de reformular o
boletim para o formato revista,
por meio de um projeto de
comunicação mais dinâmico e
diversificado dentro da nossa
estratégia de mídia escrita.
O nome Informativo
permanecerá, porém agora com
mais força nas suas 20 páginas,
que irão tratar de assuntos além
da medicina, com a redação da
nossa jornalista, Gilmara Gil.
O novo Informativo é a nossa cara e
ninguém melhor do que você, sócio leitor,
para enviar a sua opinião, sugerir pautas e
fazer críticas.
Por fim, a frase do presidente norte-americano
Barack Obama serve de incentivo para alçarmos
voos em grupo e mais altos. Sim, nós podemos.
Juntamente com o Eduardo Gil,
desejamos uma boa leitura ao sabor da
nova fase de sucesso do Informativo.
Sergio Zylbersztejn
Editor
“Yes, we can.
”Barack Obama
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Revista SBC JUL/AGO/SET 2011
nestae d i ç ã o
Ex-presidente Élcio Landim destaca a importância da Sociedade para a ciência da Coluna
Rodando o mundo pilotando uma motocicleta
Entrevista
Mens Sana
/08
/12
ResenhaCientífi ca/16Trabalho mostra a formação dos osteófitos vertebrais – classificação ornitológica
CasoClínico/11Compartilhe experiências no fórum interativo
Seu Olhar/18O flagrante de uma experiência de vida traduzida na emoção de fazer o bem
Comissões/06Novas ações criam instrumentos que trazem benefícios para os sócios
Artigo/14O excesso de informação no processo da tomada de decisão
Regionais/10Atuação em sintonia com a realidade da prática profissional
06
Todos por um para o crescimento da SBC
“Acredito que estamos em meio a um momento em
que, finalmente, a Comissão de Educação Continuada da
SBC (CEC) começará a fazer o seu papel melhor, papel
que, tenho certeza, todos sabem que é extremamente
importante para a nossa Sociedade.” A afirmação é do
coordenador da comissão, Mauro Volpi, ao divulgar o
trabalho que vem sendo desenvolvido pela Sociedade na
área da educação continuada.
Um dos pontos altos das ações da CEC é o anúncio do
novo site da SBC (www.coluna.com.br), desenvolvido pela
empresa Web TV Interativa, de São Paulo. Embora na rede
ainda em fase inicial de funcionamento e organização,
já é possível observar o potencial desse importante
instrumento de tecnologia a serviço da informação.
“Acreditamos que essa ferramenta disponibilizará
o acesso a informações, discussões online, cursos a
distância e realização de teleconferências, além do
acesso a bibliotecas virtuais e uma infinidade de outras
opções que iremos conhecendo aos poucos”, destaca Volpi.
No campo da educação continuada, Volpi diz que, desde
2010, uma antiga reivindicação da Comissão, que era de
participar e opinar mais efetivamente sobre as programações
dos Congressos oficiais, como, por exemplo, o CBOT, tem
sido atendida com a presença de membros da
comissão em vários eventos, como aconteceu
recentemente no congresso da SBC em Campos de
Jordão. “Espero que os colegas organizadores dos
diversos eventos continuem contando com a nossa
participação, e inclusive exigindo isso”, salienta.
Outra questão importante, e sobre a qual o
estatuto antigo da SBC tinha impedimentos
negativos que foram sanados com o novo, diz
respeito aos cursos organizados em conjunto
com as Regionais.
A Comissão espera anunciar em breve alguns
cursos cuja organização está em andamento.
Segundo Volpi, os colegas das Regionais que
tenham interesse na realização dos eventos
devem entrar em contato com a Comissão.
Em conjunto com a diretoria executiva,
várias atividades de educação continuada estão
sendo planejadas em parceria com sociedades
internacionais, como a Eurospine, NASS, SRS,
SILACO e Sociedade Argentina de Coluna, para
citar algumas de grande representatividade no
cenário da coluna vertebral.
comissões
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Revista SBC JUL/AGO/SET 2011
Comissão Estatutária
No Congresso da SBC de Campos do Jordão,
a assembleia extraordinária alterou o Art. 36,
passando a Comissão de Finanças e Fiscal a ser eleita
Macnab, em 1971, descreveu a ocorrência dos esporões
que surgem à medida que a degeneração discal progride,
caracterizando a instabilidade que ocorre no local. Ao
passo em que essa degeneração discal progride, ocorrem
também movimentos anormais com escorregamentos
vertebrais. Os esporões, chamados de osteófitos de
tração, devem ser diferenciados dos osteófitos em garra,
já que os primeiros se mantêm horizontais e nunca se
curvam buscando o contato entre eles, o que caracteriza
os osteófitos em garra.
Estes osteófitos de tração evoluem para os osteófitos
em garra, e à medida que se tocam podem se juntar,
diminuindo a mobilidade e nos estágios mais avançados
anquilosando o segmento, estabilizando o segmento
inicialmente instável.
Kirkaldy-Willis, em 1985, observou que nos estágios
iniciais da degeneração discal o segmento vertebral se
torna instável, e que nos estágios mais avançados, com
a formação osteofitária reativa, o segmento se torna mais
rígido que o normal. Descreveu três estágios de evolução da
doença degenerativa lombar, sendo na fase 1, onde ocorrem
alterações morfológicas mínimas, na fase 2, quando ocorrem
movimentos anormais caracterizando a instabilidade, e na
fase 3, em que ocorre rigidez do segmento devido à fibrose
capsular e discal, com o desenvolvimento dos osteófitos
Osteófi tos Vertebrais – Classifi cação ornitológica
resenhac i e n t í f i c a
1º grau 2º grau 3º grau 4º grau
Classificação de Nathan dos osteófitos vertebrais, dividindo em 4 graus.
Revista SBC JUL/AGO/SET 2011
17
resultando em movimento mínimo entre as vértebras, sendo
que a rigidez é progressiva e relacionada à evolução da
degeneração discal.
Segundo Nathan, osteófitos posteriores são raros e mais
tardios e em nenhum caso foi encontrado osteófito posterior
de quarto grau, portanto nunca chegarão à caracterização
de arara. Não se desenvolveram onde a aorta estava
presente. Nas escolioses acontecem na concavidade e não
na convexidade. Os osteófitos têm relação com o tamanho
da vértebra, portando são maiores na região lombar.
Esporadicamente, na região anterior da coluna cervical
podem levar à compressão do esôfago com desfaria, seriam
os do tipo papagaio ou arara.
Conforme Nathan, os osteófitos têm início ao redor dos
20 anos de idade e ao redor dos 40 anos 100% das colunas
estudadas tinham algum osteófito, ao redor dos 50 anos
todos os casos tinham pelo menos um osteófito de segundo
grau, maritaca, e ao redor dos 80 todos os esqueletos tinham
osteófitos de terceiro e quarto graus, papagaio e arara.
Osteófitos ocorrem em resposta à carga (anterior maior
que posterior na vértebra), osteófitos torácicos maiores na
parte anterior e na cervical na parte posterior e o mesmo
nas escolioses maiores na concavidade. Osteófitos mais
frequentes em C5, T8 e L4 maior carga devido ao ápice das
curvaturas fisiológicas, e onde a linha da gravidade cruza a
coluna temos a menor incidência T1, T12 e L5.
Osteófitode garra
Osteófitode tração
Imagem demonstrando os osteófitos em garra
e de tração segundo classificação de MacNab.
Imagem dos pássaros com os osteófitos correspondentes
Periquito Maritaca Papagaio Arara
Nathan cita que os osteófitos são de osso cortical
mais forte que o da própria vértebra e que os graus
mais avançados de anquilose correspondem à
artrodese vertebral.
Conclusão
A classificação proposta, relacionando o tamanho
dos osteófitos vertebrais ao tamanho do bico das aves,
em periquitos para osteófitos menores, maritacas
para os levemente maiores, os papagaios para
maiores ainda e arara para aqueles que praticamente
se unem, tem aplicação prática na apresentação do
problema para o paciente, pois caracteriza bem o
que realmente o paciente apresenta e não somente o
tipo papagaio, que é conhecido tanto na linguagem
leiga como especializada.
Autores:
Dr. Jair Ortiz Ortopedista da Clínica Orthos - Campinas / SPDr. Rafael Tormin Ortiz Residente de Ortopedia – R3 – Instituto Jundiaiense de Ortopedia e Traumatologia – Jundiaí / SPDr. Rodrigo Tormin Ortiz
Ortopedista da Clínica Orthos - Campinas / SP
Mais informações sobre o artigo, contatar os autores: [email protected]
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“Esta imagem foi realizada no dia 31 de maio de 2011,
meu último dia de missão com Médicos Sem Fronteiras
(MSF), em Abidjan, a capital econômica da Costa do Marfim.
A foto mostra uma das tendas-enfermaria da organização,
que trabalha há meses no país devido aos conflitos gerados
pela sucessão presidencial. Eu registrei esse momento
porque foi a despedida de um dos pacientes que me
marcou. Ele estava muito feliz com o tratamento proposto
e com o resultado, pois quando cheguei tinha indicação de
amputação do braço.
É emocionante sentir a gratidão dessas pessoas com
nosso trabalho. É forte o sentimento do ser médico e de
poder ajudar sem esperar nada em troca. É recompensador
cada sorriso recebido. É uma experiência de vida que sugiro
a todos os colegas que, um dia, já pensaram em realizar
ajuda humanitária. Vale muito a pena!“
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