INFECTOLOGIA VETERINÁRIA V Plano de ensino
INFECTOLOGIA VETERINÁRIA V Plano de ensino
INFECTOLOGIA VETERINÁRIA V Plano de ensino
INFECTOLOGIA VETERINÁRIA V Calendário de provas
Disciplina 1⁰ Bim. 2⁰ Bim. 2ª
Cham. P. Final
Infectologia Veterinária V 26/09 28/11 12/12 M 19/12 M
Infectologia Veterinária VI 07/10 02/12 12/12/T 19/12 T
Produção animal I 06/10 01/12 13/12/M 22/12 M
Produção animal II 04/10 29/11 13/12 T 20/12 T
Produção animal III 30/09 02/12 14/12 T 20/12 M
Produção de monogástricos II 28/09 30/11 14/12 M 21/12 M
Produção de monogástricos I* Disciplina Interativa
Avaliação oficial Disciplinas Interativas 21 a 25 de novembro
2ª Chamada Interativas 07 a 09 de dezembro
INFECTOLOGIA VETERINÁRIA V
• Cronograma
• Regularizar a matrícula
• Monitoria e estágio
• Pré-aula e Pós-aula – atividade parcial
• Composição das notas
DEFINIÇÃO
As sarnas são afecções cutâneas causadas por ácaros que se
multiplicam na superfície da pele, derme e folículos pilosos,
determinando uma dermatite pruriginosa com queda de pêlos
SARCOPTÍDEOS
PSOROPTÍDEOS
DEMODICÍDEOS
Patas curtas
Gênero Espécie Var. biológica
Sarcoptes Sarcoptes scabei suis, canis, bovis,
ovis, cunicullis,
caprae, equi,e
hominis
Knemidokoptes K. mutans
K. laevis
K. pilae
Notoedres N. cati cuniculli
Gênero Espécie Var. biológica
Psoroptes P. equi bovis, ovis,
cuniculli, caprae
Chorioptes C. bovis bovis e ovis
Otodectes O. cynotis Patas longas
Demodex D. canis
D. bovis
D. caprae
D. phylloides
D. equi
Gênero Espécie
Contato direto
Movimentação dos
ácaros
Contato indireto
Portador são
Alimentação dos ácaros
Espinhos e escamas
Saliva
Ácaros mortos
Ação mecânica
Ação irritante
Auto agressão
(atrito, lambedura e
mordedura
Reação do
hospedeiro
Sarcoptes Scabiei
Sarcoptes Scabiei – ciclo de vida
Escabiose ou sarna vermelha
1-3 ovo/dia
3-4 s de longevidades
17 dias de ciclo
evolutivo
•Sarcoptes scabiei var. hominis – homem
• Sarcoptes scabiei var. suis – suínos
• Sarcoptes scabiei var. bovis – bovinos
• Sarcoptes scabiei var. ovis – ovinos
Contágio
Perda de pêlos
Vesículas Prurido
Exsudato
Crostas
Enrrugamento e
Espessamento da pele
ESPÉCIES ATACADAS
Suínos, caninos, coelhos, bovinos,
caprinos, equinos, homem e outros
Sarna por Sarcoptes em cão Sarna por Sarcoptes em suíno
AG-ICB-USP
Sarna por Sarcoptes em bovino
AG-ICB-USP
Sarna por Sarcoptes em suíno
Fonte: http://www.edicionestecnicasreunidas.com
Fonte: http://www.merckvetmanual.com/
Sarna por Sarcoptes em suíno
AG-ICB-USP
Reações em 24 horas e
regressão em 12-14 dias
AG-ICB-USP
AG-ICB-USP
• Cuidado com a introdução de animais quarentena e tratamento
acaricida (se necessário)
• Ficar atento em relação aos animais que retornam de feiras e
exposições agropecuárias.
• Separar os animais infestados.
• Por ser altamente contagiosa, deve-se tratar todos os animais.
Controle
Knemidokoptes mutans
Sarna das patas das
galinhas, perus e pombos
Knemidokoptes pilae
Sarna dos bicos dos
psitacídeos
Knemidokoptes laevis
Sarna das penas dos
pombos
• K. pilae: causa lesões no bico, cera, pálpebras, ao redor dos olhos e cloaca (acomete principalmente periquitos). Pouco pruriginosa
• Evolução: minúscula verruga na comissura do bico ou na cera
hiperqueratose, tecido rugoso com aspecto de “favo de mel”.
• O bico pode ficar retorcido, bizarro, ter crescimento exagerado, poroso, podendo ocorrer fraturas de bico.
• Conseqüências: dificuldade em se alimentar.
• Knemidocoptes mutans: ácaro da sarna podal dos galiformes
• Evolução: hiperqueratose das pernas e patas.
• Pode ocorrer crescimento anormal das unhas, descamação da pele.
• Conseqüências: dificuldade de locomoção, pode apresentar artrite
Tarsos com longos pré-tarsos nas pernas I e II
Prurido Vesículas
ESPÉCIES ATACADAS
Felinos e coelhos
Contágio
Pele dura, espessa e rugosa
Perda de pêlos
Crostas
Exsudato
•P. cuniculi (sarna de orelhas de coelhos) • P. ovis (sarna do corpo de ovinos e bovinos)
Exsudato Prurido
Contágio Crostas
Perda de pêlos
ESPÉCIES ATACADAS
Ovinos, coelhos, equinos, caprinos e
bovinos
10-12 d de ciclo
4 s longevidade
•P. cuniculi : sarna de orelhas de coelhos, podendo também ocorrer em cabra,
ovelha, equinos, búfalos.
• Menos grave que a sarna notoédrica.
• Geralmente se localiza no conduto auditivo externo inflamação, produção
de cerume. Há formação de espessas crostas que podem preencher
completamente o pavilhão auditivo grande irritação ao animal e hematomas
Chorioptes bovis
Exsudato Prurido
Contágio Crostas
Perda de pêlos
ESPÉCIES ATACADAS
Bovinos, ovinos, equinos
Sarna por Chorioptes em eqüino Sarna por Chorioptes em bovino
Os parasitas sobrevivem até 3 semanas fora do hospedeiro, permitindo a transmissão pelo ambiente e objetos
• Regiões mais atingidas:
• Eqüinos – região inferior das pernas
• Bovinos – base da cauda, períneo
Otodectes cynotis
Prurido Conduto auditivo externos
Pavilhão auricular e arredores
Contágio Aumento da
produção de
cerumem (borra
de café)
Inflamações
Otohemtoma
Inflamações do ouvido médio
Perfuração do tímpano
Surdez
Convulsões
ESPÉCIES ATACADAS
Caninos e felinos
Mallassezia pachydermatis
•A infestação geralmente é bilateral
• Os animais também apresenta vigorosos meneios de cabeça e podem andar em círculo.
• Quando penetra no ouvido interno o animal pode apresentar surdez
• Corpo muito alongado com aspecto de crocodilo
• Presença de anulações transversais
• Infestam os poros da pele de mamíferos
• Medem cerca de 100-400 mm
• 18-35 dias de ciclo
• Em cães podem produzir a sarna demodécica ou “sarna negra” • Vivem como comensais com a cabeça voltada para dentro no interior dos folículos pilosos e glândulas sebáceas • A transmissão mais importante é da fêmea para os filhotes
• Juvenil
• Ocorre em animais com 3 a 15 meses de idade
• Áreas com alopecia focal sem pruridos
• Auto-limitante e com recorrências raras
Localizada Generalizada
•Dilatação dos folículos pilosos
• Alopecia
• Aspecto escamoso e eritematoso
• Região podal
Adulto Tipo escamosa
Tipo furunculosa
Localizada Generalizada
•Invasão bacteriana – pioderma estafilocócico
•Nódulos – pústulas – abscessos
•Sangramento com facilidades
• Hiperpigmentação da pele
Microscopia
(obj. 10 ou 40 x
KOH 20%
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Piodermatites
Hiperqueratose
Picada de pulgas (DDAP)
Dermatomicoses
Raspado de
pele superficial
Bordas da orelhas
Reflexo podálico +
Prurido
Contagioso
Otoscopia
Raspado de pele superficial
Raspado de pele profundo
Drogas utilizadas
Fosforados
Clorfenvifós (Bernical)
DDVP (Bernical)
Diazinon (Sarnicida)
Triclorfon (Neguvon)
Fosmet (Zodilan)
Foxil (Sebatil)
Coumafós (Assuntol)
Piretroídes
Deltametrina (Butox)
Flumetrina (Bayticol)
Permetrina (Sarnak)
Cipermetrina (Ectic)
Formamidinas
Amitraz (Triatox)
Avermectinas
Abamectin (Duotin)
Ivermectin (Ivomec)
Doramectin (Dectomax) Milbemicinas
Milbemicina oxima (Inteceptor)
Moxidectin (Cydectin)
Drogas utilizadas
Grupo Avermectinas:
Ivermectina (Ivomec): potencializa GABA
seguro ( barreira hematoencefálica)
raças Collie
0,2 a 0,4 mg/Kg vo ou sc/ a cd 2 semanas
0,3-0,6 mg/kg – demodicose
suínos, ovinos, caprinos
Drogas utilizadas
Selamectina (Revolution):
6,0 mg/Kg (dose mínima)
Repetir após 30 dias
Milbemicinas:
Moxidectin (Cydectin): 4mg/kg vo 5 meses para demodicose
0,2 mg/kg sc ovinos e bovinos
Milbemicina Oxima (Interceptor):
doses entre 1 a 2 mg/Kg, a cada 24 horas
(SID), durante 90 dias. Não recomendado para raças Collie
Drogas utilizadas
Grupo Formamidinicos:
Amitraz (Triatox): Instável, efeitos colaterais, 4 mL do amitraz em
1000 mL de água – tem ação alfa-adrenérgica
Organofosforados: Diazinon (Fluido Pearson®), Coumafós (Assuntol®),
Fosmet (Zodilan anti-sarna®)), Triclorfon (Neguvon®) - ação
anticolinesterase
Piretroides: Alfametrina (Ultimate Plus®), Cipermetrina (Carrapatox®), e
Deltametrina (Delatacid ®) – atuam íons de Na e K
Fipronil (Frontline) – inibe o fluxo do íons cloro nas células nervosas
• Isolamento e tratamento dos animais
• Higiene das instalações e objetos que entrem em contato
com animais doentes
• Manejo e alimentação adequada
• Cuidado com camas e palhadas
• Seleção genética de animais resistentes (sarna demodécica)
• Pós-aula: atividade no portal
• Pré-aula: Resumo
– Revisar as moscas
– Morfologia
– Tipo de alimentação, se causam miíase;
– Impacto econômico