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Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) Disciplina: Patologia Enfermagem 5º Período Setembro 2011
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Infarto A..

Nov 30, 2015

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Felipe Coutinho
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Infarto Agudo do Miocárdio

(IAM)

Disciplina: Patologia

Enfermagem 5º Período

Setembro 2011

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IntroduçãoO infarto agudo do miocárdio (IAM), conhecido popularmente como infarto do coração, enfarte ou ataque cardíaco, é uma doença que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.

Muitas morrem ou têm problemas cardiológicos permanentes por não buscarem socorro médico de forma rápida. Atualmente existem excelentes tratamentos para o infarto agudo do miocárdio, que podem salvar vidas e prevenir incapacidades físicas. No entanto, o tratamento é mais efetivo quando iniciado dentro da primeira hora de início dos sintomas. Por isto, é tão importante reconhecer um episódio de infarto.

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Conceito

Infarto agudo do miocárdio se refere à morte de parte do músculo cardíaco (miocárdio), que ocorre de forma rápida (ou aguda) devido à obstrução do fluxo sanguíneo das artérias coronárias para o coração.

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Etiologia

Existem dois tipos de infarto do miocárdio , cada qual exibindo morfologia e significado clínico distinto.

•Infartos Transmurais•Infartos Subendocárdicos

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Infartos Transmurais

Neste infarto a necrose isquêmica envolve a totalidade ou quase-totalidade da espessura da parede ventricular no trajeto de uma única parede coronária.Este padrão de infarto está usualmente associado a aterosclerose coronário , ruptura de placa e trombose superposta.

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Infartos Subendocárdicos Este consiste em um área de necrose isquêmica limitada ao terço interno, ou, no máximo, metade da parede ventricular, estendendo-se, com frequência, lateralmente, além do território de perfusão de uma artério coronária. A zona subendocárdica é normalmente a região menos bem perfurada do miorcárdio e, por conseguinte, a mais vulnerável a qualquer redução do fluxo coronariano. Na maioria dos infartos subendocárdicos, existem aterosclerose cornariana estenosante difusa e redução global do fluxo coronariano, mas sem ruptura da placa, nem trombose superposto.

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MorfologiaOs IMs sofrem uma conseqüência característica de alterações macro e microscópicas:

•Alterações Macroscópicas

•Alterações microscópicas

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Alterações MacroscópicasAntes de 6 a 12 horas, usualmente os IMs são inaparentes; entretanto, alterações que ocorrem tão cedo quanto a 3 a 6 horas após a lesão podem ser realçadas por técnicas histoquímicas;

Por volta de 18 a 24 horas, o tecido infartado, em geral, é facilmente aparente sob a forma de áreas individualizadas claras a cianóticas;

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Alterações MacroscópicasNa primeira semana, as lesões tornam-se progressivamente mais definidas, amarelas e amolecidas;

Tecido de granulação hiperêmico aparece em 7 a 10 dias nas bordas do infarto;

Cicatriz fibrosa branca está usualmente bem estabelecida em 6 semanas;

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Alterações MicroscópicasDentro de 1 hora de um IM, há edema intercelular, e os miócitos na borda do infarto tornam-se ondulados e recurvados. Necrose coagulativa ainda não é evidente;

De 12 a 72 horasdepois do IM, os miócitos mortos tornam-se hipereosinofílicos com perda de núcleos (necrose coagulativa); neutrófilos também infiltram progressivamente o tecido necrótico;

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Alterações MicroscópicasDe 3 a 7 dias após a lesão, os miócitos mortos são digeridos por macrófagos invasivos;

Depois de 7 a 10 dias, o tecido de granulação substitui progressivamente o tecido necrótico, gerando uma cicatriz fibrosa densa.

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Características ClínicasO diagnostico de um Im é baseado principalmente em sintomas (dor torácica, náusea, diaforese, dispnéia), alterações eletrocardiográficas e elevação nas proteínas séricas cardiomiócito-específicas liberadas nas células mortas. Angiografia, ecocardiografia e cintilografia de perfusão são adjuntos diagnósticos.

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Complicações•Arritmias;• ICC;•Choque cardiogenico;•Ruptura ventricular;•Pericardite fibrinosa;•Trombose mural adjacente a uma área não-contratil, com risco de embolização periférica;•Estiramento de uma grande área de infarto transmural (expansão);•Infarto repetitivo (extensão).

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Intervenções de Enfermagem•Manter o paciente em decúbito elevado no leito;•Manter o paciente monitorizado;•Promover ambiente calmo e seguro para o paciente;•Dar apoio emocional ao paciente;•Assegurar a permeabilidade das vias venosas (puncionar 2 acessos venosos – sendo um para administração de drogas e outro para soro);•Identificar o tipo de dor e comunicar ao enfermeiro (se ausente ao médico);

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Intervenções de Enfermagem•Aliviar a dor, administrando a medicação prescrita;•Manter vigilância contínua quanto as possíveis complicações: arritmias, choque cardiogênico ...;•Verificar SSVV;•Observar resposta ao tratamento medicamentoso;•Administrar oxigênio;•Manter material de urgência próximo ao leito;•Observar e orientar quanto ao repouso absoluto;•Orientar o paciente quanto aos hábitos de vida adequados.

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Referências•BRAUNWALD, E. et al. Braunwald Tratado de Doenças Cardiovasculares. 8 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. v.1. 1166 p.

•CECIL: Tratado de Medicina Interna; VA, e1, 1997. 41:334 e 336

•CELMO, CELENO, Porto: Doenças do coração - Prevenção e Tratamento; e1, 1998. 120: 608-610

•CELSO FERREIRA E RUI PÓVOA: Cardiologia para o Clínico Geral; e9, 1999. 21: 425-428

•MITCHELL, Richard N. et al. Fundamentos de Patologia: Bases patológicas das doenças. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. 829 p.

•ROBBINS, Cotran, Kumar: Patologia estrutural e funcional; e1, 1996. 12:467

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Infarto agudo do Miocárdio, predominante no ventrículo esquerdo póstero-lateral.

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A- Necrose de Coagulação;

B- Área de IAM de três a quatro dias de duração;

C- Remoção quase completa dos miócitos necróticos por fagocitose (aproximadamente sete a dez dias) ;

D- Tecido de granulação com deposição precoce de colágeno;

E- Infarto bem cicatrizado com substituição das fibras necróticas por uma cicatriz colágena densa;

F- Necrose miocárdica com hemorragias e bandas de concentração.;