UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA PROGRAMA DE RESIDÊNCIA PROGRAMA DE RESIDÊNCIA DISCIPLINA: EPIDEMIOLOGIA DISCIPLINA: EPIDEMIOLOGIA Indicadores Indicadores epidemiológicos epidemiológicos Carolina Kist Traesel Santa Maria, 18 de setembro de 2012
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIAUNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIAPROGRAMA DE RESIDÊNCIAPROGRAMA DE RESIDÊNCIA
“Estudo da distribuição e determinantes de estados ou eventos ligados à saúde (incluindo doença), e a aplicação desse estudo para o controle de doenças
Número de casos de Número de casos de aidsaids registrado por ano de diagnóstico segundo gênero (1990registrado por ano de diagnóstico segundo gênero (1990--2007), Santa 2007), Santa MariaMaria--RSRS..Fonte Ministério da Saúde - DATASUS
POPULAÇÃOPOPULAÇÃO
-- CONHECIDA OU DESCONHECIDACONHECIDA OU DESCONHECIDA
-- POPULAÇÕES CONTÍGUAS x SEPARADASPOPULAÇÕES CONTÍGUAS x SEPARADAS
-- POPULAÇÕES LOCAIS X METAPOPULAÇÃO POPULAÇÕES LOCAIS X METAPOPULAÇÃO
IgnazIgnaz SemmelweissSemmelweiss (1818(1818--1865)1865)FebreFebre puerperalpuerperalMaternidadeMaternidade médicosmédicos X X parteirasparteiras18471847CadáveresCadáveres →→parturientesparturientes ((mãosmãosmédicosmédicos))LavarLavar as as mãosmãos!!!!!!
IgnazIgnaz SemmelweissSemmelweiss (1818(1818--1865)1865)FebreFebre puerperalpuerperalMaternidadeMaternidade médicosmédicos X X parteirasparteiras18471847CadáveresCadáveres →→parturientesparturientes ((mãosmãosmédicosmédicos))LavarLavar as as mãosmãos!!!!!!
–– Capacidade de revelar um determinado aspecto Capacidade de revelar um determinado aspecto da situação não aparente de saúdeda situação não aparente de saúde--doençadoença
–– São construídos a partir de observações São construídos a partir de observações principalmente quantitativasprincipalmente quantitativas
QuantificaçãoQuantificação eventoseventos relacionadosrelacionados à à saúdesaúde//doençadoença
PorPor queque quantificarquantificar as as doençasdoenças emem umaumapopulaçãopopulação??populaçãopopulação??
1.1. FavoreceFavorece o o estudoestudo dada dinâmicadinâmica dada doençadoença ((presençapresençaouou ausênciaausência, , aumentaaumenta ouou diminuidiminui) )
2.2. OndeOnde o o agenteagente estáestá e e parapara ondeonde eleele prefereprefere irir
3.3. Informa sobre possível origem/causasInforma sobre possível origem/causas
4.4. InformaInforma sobresobre o o estadoestado de de saúdesaúde dada populaçãopopulação4.4. InformaInforma sobresobre o o estadoestado de de saúdesaúde dada populaçãopopulação
5.5. Determina e direciona medidas de combateDetermina e direciona medidas de combate
6.6. Permite estimar o impacto econômicoPermite estimar o impacto econômico
• Podem ser expressos em números absolutos– Ex.: contagem do nº de casos novos (incidência) de febre
amarela silvestre no RS, em 2009
– Ex.: contagem do nº de pessoas expostas a um risco (prevalência), em função de um hábito
1.1. Macroindicadores Macroindicadores –– aqueles cujos aqueles cujos denominadores se referem à base denominadores se referem à base populacional plena populacional plena P. P.
2.2. Microindicadores Microindicadores –– aqueles que aqueles que tomam como denominador qualquer tomam como denominador qualquer dos subconjuntos hierarquicamente dos subconjuntos hierarquicamente inferiores a inferiores a P. P.
• Taxa: restringe-se o uso à ocorrência de eventos incidentes por pessoa-tempo
– Numerador: n˚ pessoas que desenvolvem um evento incidente (uma dimensão)
– Expressa a magnitude da mudança/tempo, tendência de evento incidente em um período
• Ex.: "as taxas de mortalidade por acidentes de trânsito estão aumentando nos últimos anos"; "na última década, houve um decréscimo na taxa de incidência de sarampo"
• Razão: relação entre duas magnitudes da mesma natureza e unidade de mensuração (dimensão) que pertencem a categorias mutuamente excludentes
Número de novos casosNúmero de novos casosPopulação de risco x tempo População de risco x tempo
x 10x 10nn = = TAXA deTAXA deINCIDÊNCIA (I)INCIDÊNCIA (I)
Ex:(I da infecção pelo HIV em SLP ano seguinte)Ex:(I da infecção pelo HIV em SLP ano seguinte)
10 / ANO10 / ANO
99909990x 100 = 0,1% ou 1/1000 novos x 100 = 0,1% ou 1/1000 novos
casos ao ano casos ao ano
INCIDÊNCIAINCIDÊNCIA
•• % de % de indivíduosindivíduos queque adquiriramadquiriram a ‘a ‘doençadoença’ ’ emem um um determinadodeterminado espaçoespaço de tempo (ex. de tempo (ex. hábitohábito de de fumarfumar))
•• TaxaTaxa//coeficientecoeficiente de de ataqueataque ouou morbidademorbidade incidenteincidente
•• IdéiaIdéia dada DINÂMICADINÂMICA
–– Saber se Saber se estáestá aumentandoaumentando ouou diminuindodiminuindo
–– Saber se Saber se estáestá aumentandoaumentando ouou diminuindodiminuindo
Saber Saber dinâmicadinâmica de de infecçõesinfecções agudasagudas emem queque o o númeronúmero de de novosnovos casoscasos aumentaaumenta rapidamenterapidamente com o com o decorrerdecorrer do tempodo tempo
Para Para quantificarquantificar doentesdoentes, , portadoresportadores (Ac), (Ac), novosnovos fumantesfumantes, etc., etc.
•• IndicadorIndicador de de morbidademorbidade ((coeficientecoeficiente))•• RelaçãoRelação entre entre indivíduosindivíduos sãossãos e e doentesdoentes
• Expressam a relação entre o subconjunto de doentes (ou óbitos por uma dada doença, ou sujeitos portadores de uma condição relacionada à saúde) e o conjunto de membros da população
NÚMERO DE NOVOS CASOS NÚMERO DE NOVOS CASOS ---------------------------------------------------------------------------------- x 100 = % (ex. ao mês) x 100 = % (ex. ao mês) –– Taxa de Incidência (I)Taxa de Incidência (I)POP. de RISCO x TEMPO POP. de RISCO x TEMPO
OUTROS ÍNDICADORESOUTROS ÍNDICADORES
-- MORBIDADE: MORBIDADE: Doentes/Total de indivíduos potencialmente expostosDoentes/Total de indivíduos potencialmente expostos
• Foi realizado um estudo para determinar a soroprevalência de cinomose em uma população de caninos não vacinados de um bairro de SM, estimada em 1000 animais. Dessa forma, 470 amostras de soro tiveram títulos de Ac para o vírus. Após as coletas, foi feito um acompanhamento durante um ano, e os pesquisadores constataram que 100 animais do bairro apresentaram sinais clínicos e 47 destes animais do bairro apresentaram sinais clínicos e 47 destes morreram comprovadamente de cinomose.
1. Qual a soroprevalência para cinomose detectada pelo estudo nessa população?
2. Calcule a incidência de cinomose no ano após as coletas.
3. Qual a morbidade, mortalidade e a letalidade?
100100------------------------------------ x 100 = % ao anox 100 = % ao ano
1000 1000 --470 x ano470 x ano
100100
470470------------------------------------ x 100 = % x 100 = %
1000 1000
100100------------------------------------ x 100 = % x 100 = %
10001000--470 470
4747------------------------------------ x 100 = % x 100 = %
10001000--470 470
4747------------------------------------ x 100 = % x 100 = %
100 100
ExemploExemplo 22• Em uma propriedade de terminação do Frigorífico Silva,
1000 bovinos foram colocados em confinamento a 30 diasatrás. No dia zero, dois animais apresentavam sinaisrespiratórios. No último mês, apareceram outros 8 casos de distúrbio respiratório (dados hipotéticos).
1. Calcule o coeficiente de prevalência no dia zero e no dia 30.
22 1010
2. Qual a CI e a I mensal?
22------------------------------------ x 100 = 0,2% x 100 = 0,2%
1000 1000
1010------------------------------------ x 100 = 1% x 100 = 1%
1000 1000 -- 2 2
88------------------------------------ x 100 = 0,8% ao mêsx 100 = 0,8% ao mês
1000 1000 -- 10 x mês10 x mês
88------------------------------------ x 100 = 0,8% ao mêsx 100 = 0,8% ao mês
1000 x mês1000 x mês
• MERCHÁN-HAMANN, E. et al. Terminologia das medidas e indicadores em epidemiologia: subsídios para uma possível padronização da nomenclatura. Informe Epidemiológico do SUS, v.9, n.4, p.273-284, 2000. http://dx.doi.org/10.5123/S0104-16732000000400006
• THRUSFIELD, M. Epidemiologia Veterinária. 2.ed., São Paulo : Roca, 2004.
• FLORES, E.F. Epidemiologia das infecções víricas. In.___Virologia
• PIGOZZO, M.N. et al. A importância dos índices em pesquisa clínica odontológica: uma revisão da literatura. Revista de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo, v.20, n.3, 0.280-287, 2008.