Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 1 de 83
Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. Sociedade aberta ao investimento do público
Sede Social: Rua de Santos Pousada, 220, 4000-478 Porto
Capital social 160.000.000 Euros
NIPC 500 265 763, Matriculada na CRC do Porto
CONTACTOS: Geral [email protected] 228 342 200 Comunicação social, Relações públicas [email protected] 228 342 692 Apoio ao investidor [email protected] 228 342 534 Web http://www.soaresdacosta.pt
Relatório de Gestão
Exercício de 2007
0 – INTRODUÇÃO
O Conselho de Administração do Grupo Soares da Costa, SGPS, SA, no cumprimento do preceituado
no artigo 65º do Código das Sociedades Comerciais, normas estatutárias e outras disposições legais e
regulamentares aplicáveis às sociedades abertas ao investimento do público, apresenta e submete à
apreciação da Assembleia Geral de Accionistas, o Relatório de Gestão, o Balanço, a Demonstração de
Resultados e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de
Dezembro de 2007.
Este documento visa dar público conhecimento sobre a evolução dos negócios, a situação económico-
financeira e os aspectos mais relevantes da vida da sociedade «Grupo Soares da Costa, SGPS, SA» e
do respectivo Grupo Empresarial que lidera.
Os dados contabilísticos apresentados quando reportados a contas individuais devem ser interpretados
à luz dos princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal (Plano Oficial de Contabilidade e
directrizes contabilísticas dimanadas pela Comissão de Normalização Contabilística), enquanto num
contexto consolidado, devem ser lidos e analisados à luz das normas internacionais (IAS/IFRS: Normas
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Internacionais de Contabilidade / Normas Internacionais de Relato Financeiro), tal como adoptadas na
União Europeia.
A informação financeira relativa a cada empresa participada individualmente referida neste relatório deve
ser entendida no contexto do seu interesse para a compreensão da actividade e «performance» do
Grupo e não visa substituir nem substitui as demonstrações financeiras que cada sociedade elabora e
apresenta nos termos da legislação vigente.
O relatório anual sobre as práticas de governo da sociedade e apoio ao investidor («Corporate
Governance»), elaborado nos termos do Regulamento da CMVM nº. 7/2001), a lista dos accionistas com
participações qualificadas e bem assim as participações na sociedade detidas pelos membros dos
órgãos sociais, são apresentados como anexos a este Relatório de Gestão, dele fazendo parte
integrante.
Neste Relatório e por simplicidade são usadas abreviaturas e expressões que, têm o seguinte
significado:
• ABDR A nexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados individuais
• PC&NE “Políticas Contabilísticas e Notas Explicativas” que integra as Demonstrações Financeiras
consolidadas.
• EBIT Resultado Operacional
• EBITDA Meios libertos operacionais
• AN Área de Negócios
• VN Volume de Negócios, correspondente à soma de “Vendas", Prestações de Serviços”
“Proveitos Suplementares” (contas POC 71, 72 e 73)
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I – DESTAQUE. PRINCIPAIS INDICADORES 2007
• Resultado consolidado atribuível ao grupo atinge 12 ,040 milhões e mais do que
duplica o resultado do ano anterior;
• EBITDA evolui positivamente +4,7%, para um total de 36,2 milhões de euros;
• Margem EBITDA / Volume de negócios progride consist entemente passando para
6,6% (+0,4 pontos percentuais);
• Volume de negócios consolidado de 550,5 milhões de euros, valor ligeiramente
inferior ao do ano anterior (-2,1%).
• Volume de negócios no mercado externo cresceu +7,0% atingindo 371,6 milhões
de euros, o que representa 67,5% do total consolida do;
• Plano de Negócios: Ambição Sustentável 2007 - 2012, define linhas de orientação
estratégica para o Grupo;
• Assinatura do contrato de adjudicação do metro de T elavive e pré-qualificação
para o metro de Dublin;
• Entrada do título Soares da Costa na composição do PSI 20;
• Investimentos na área das Concessões: aquisição da CPE – Companhia de
Parques de Estacionamento, SA e negociação com vist a ao aumento da
participação na Scutvias 1;
• Volume de negócios em carteira ascende a 1.314 milh ões de euros, crescendo
53,1% face a um ano antes (858 milhões um ano antes );
• Já em 2008, aquisição da Contacto – Sociedade de Co nstruções, SA;
• Resultados líquidos individuais cifraram-se em 5,38 1 milhões de euros (+ 192%);
1 A concretização formal e definitiva está pendente de autorizações externas às partes.
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Principais Indicadores Consolidados
Valores monetários em milhões de euros
Rubricas 2007 2006 Variação
Volume de Negócios 550,5 562,3 -2,1%
Portugal 178,9 214,9 -16,7%
Mercado Externo 371,6 347,4 +7,0%
EBITDA 36,2 34,5 +4,7%
Margem EBITDA / Volume de Negócios 6,57% 6,14% +0,43 p.p.
Resultados Operacionais 23,5 27,6 -14,8%
Resultados Financeiros -10,9 -11,8 -6,9%
Resultado Líquido Atribuível ao Grupo 12,0 5,8 +106,5%
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II - A IDENTIDADE DA SOARES DA COSTA
Quem somos
O Grupo Soares da Costa é um dos maiores grupos económicos do sector da construção e obras
públicas em Portugal.
A Soares da Costa tem uma forte componente internacional, mantendo presença permanente na Florida
(EUA), Angola e Moçambique e pontual noutros países. Em termos mundiais, posiciona-se em 81º.
Lugar, como «international contractor» (volume de negócios fora do país de origem), na classificação da
revista norte-americana ENR (2007).
A sua estrutura empresarial encontra-se alicerçada em quatro sub-holdings, correspondentes a quatro
áreas de negócios: Construção, Concessões, Indústria e Imobiliária.
A forte capacidade técnica, os recursos humanos altamente qualificados e a orientação para o mercado
internacional, têm sido a chave de sucesso do grupo.
- Visão e Objectivos Estratégicos
Ser um Grupo económico de construção e serviços/concessões de projecção internacional com níveis de
rentabilidade e de criação de valor accionistas em linha com as melhores referências mundiais do sector.
- Missão
Corresponder às exigências do mercado e dos seus clientes através de um modelo de negócio
sustentado, recursos qualificados e motivados, geradores de valor económico, social e ambiental, de
modo a proporcionar um retorno atractivo aos Accionistas, é a missão do Grupo.
As pessoas, o respeito pelo ambiente e o crescimento económico são os pilares da Soares da Costa.
Actuando sempre com sentido ético, responsável e íntegro o Grupo Soares da Costa rege-se pelos
seguintes valores:
- Manter a orientação permanente para o mercado e a satisfação do cliente;
- Procurar o crescimento pela eficiência e eficácia da gestão;
- Cultura empresarial assente em princípios de equidade e isenção;
- Conduta socialmente responsável;
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- Criação de relações duradouras com parceiros a nível nacional e internacional;
- Promoção do respeito pelo ambiente;
«O que fazemos e a forma como fazemos define o que somos»
- Referências Históricas
As origens do Grupo Soares da Costa, SGPS remontam a 1918, ano em que, com apenas 10 operários,
foi fundada no Porto, por José Soares da Costa, uma pequena empresa que se dedicava à execução de
acabamentos de alta qualidade e pinturas a ouro fino, cuja técnica aprendera em França. O primeiro
registo comercial foi feito em 1925, na Conservatória do Registo Comercial do Porto, sob o nome
individual do fundador.
De pequena empresa em nome individual, passou a grande Grupo Económico, cotado em Bolsa; de 10
operários chegou a atingir 7.500 colaboradores; de empresa de execução de acabamentos passou a
grupo pluri - disciplinar, com ramificações em todas as áreas ligadas ao negócio de construção; de
empresa regional passou a empresa internacional, com obras feita em quatro continentes e dezenas de
países.
A estrutura actual do Grupo foi desenhada em 2002 e implementada em finais desse ano e baseia-se na
formação de uma sociedade gestora de participações sociais, a Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S,A.,
com capital social de 160.000.000 de Euros, ramificada segundo as diferentes áreas de actividade em 4
outras SGPS, cujos capitais sociais detém na totalidade:
Soares da Costa Construções, S.G.P.S., SA, com capital social de 90.000.000 de Euros, que detém as
participações das empresas vocacionadas para a actividade de Empreiteiro Geral (construção,
engenharia civil e obras públicas);
Soares da Costa Indústria, S.G.P.S., com capital social de 40.000.000 de Euros, que detém as
participações sociais das empresas que se dedicam a actividades industriais auxiliares ou de suporte à
construção, nomeadamente nas áreas da carpintaria, serralharia e metalo-mecânica, instalações
eléctricas e mecânicas, instalações hidráulicas e infra-estruturas ferroviárias;
Soares da Costa Concessões, S. G. P. S., S. A., com capital social de 20.000.000 de Euros, actuando na
área das concessões de serviço e infra-estruturas públicas;
Soares da Costa Imobiliária, S.G.P.S., com capital social de 80.000.000 de Euros, que integra o conjunto
de empresas com actividade na área de promoção e gestão imobiliária.
Entretanto, pelo percurso transcorrido de 90 anos, já marcou a sua presença em mais de duas dezenas
de países, enfrentou múltiplos desafios, obteve êxitos e registou também alguns insucessos, que
consolidaram a experiência e contribuíram para a dimensão actual do Grupo Soares da Costa.
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Nesta pequena súmula histórica, merece destaque ainda, algumas datas de referência:
Em 2 de Junho de 1944 constitui-se a sociedade por quotas “Soares da Costa, Lda.” , com o capital de
8 milhões de escudos.
Em 1 de Maio de 1968 a sociedade por quotas transforma-se em sociedade anónima, passando a
denominar-se “Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A.R.L. ”, com o capital de 9 milhões de
escudos.
Em finais de 1986 a sociedade passa a ter as suas acções admitidas a cotação na Bolsa.
Como se disse acima, em 30 de Dezembro de 2002 o Grupo Económico Soares da Costa passou a ter a
conformação actual, liderado pela sociedade Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A., com o capital
social de 160.000.000 €.
A partir de meados de 2006 altera-se a estrutura accionista da sociedade e com a concretização da OPA
em Janeiro de 2007 a "Investifino - Investimentos e Participações, SGPS, SA", passa a deter uma
participação de domínio.
Órgãos Sociais
A composição social dos órgãos sociais, após as deliberações da Assembleia Geral de Accionistas de
22 de Maio de 2007, é a seguinte:
Conselho de Administração :
• Manuel Roseta Fino (Presidente) • Pedro Manuel de Almeida Gonçalves (Vogal) • Maria Angelina Martins Caetano Ramos (Vogal) • António Pereira da Silva Neves (Vogal) • António Manuel Sousa Barbosa da Frada (Vogal) • Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade Santos (Vogal)
Já posteriormente ao encerramento do exercício em reunião do Conselho de Administração de 31 de
Janeiro de 2008 foi deliberado propor à próxima Assembleia Geral da Sociedade o alargamento do
Conselho de Administração para nove membros, com a eleição de três membros não executivos, sendo,
pelo menos dois independentes.
Comissão Executiva:
• Pedro Manuel de Almeida Gonçalves (Presidente) • António Pereira da Silva Neves (Vogal) • António Manuel Sousa Barbosa da Frada (Vogal)
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Na reunião do Conselho de Administração de 31 de Janeiro de 2008, já acima referida, foi deliberado
alargar o âmbito da Comissão Executiva com a integração de Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de
Andrade Santos (Vogal).
Mesa da Assembleia Geral
• José Manuel de Almeida Archer (Presidente) • João Pessoa e Costa (Secretário)
Conselho Fiscal
• José Luís de Barros Soares Barbosa (Presidente) • Augusto Gaspar Teixeira Ferreira (Vogal) • Joaquim Augusto Soares da Silva (Vogal) • Júlio de Jesus Pinto (Suplente)
Revisor Oficial de Contas
• Moreira, Valente & Associados, SROC, representada por Jorge Bento Martins Ledo, ROC nº 591.
• Carlos de Jesus Pinto de Carvalho, ROC nº. 622 (suplente)
Comissão de Remunerações
• Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade Santos • João Pessoa e Costa • António Jorge Gonçalves Afonso
Secretário e Secretário Suplente da Sociedade
• Jorge Manuel Oliveira Alves (Secretário) • Pedro Miguel Tigre Falcão Queirós (Secretário Suplente)
Accionistas
À data do fecho do exercício (31 de Dezembro de 2007) os accionistas com participações qualificadas
no capital da sociedade (participações superiores a 2%) são os seguintes:
Manuel Fino SGPS, S.A. Num. Acções% Direitos
Voto Indirectamente através da Investifino – Investimentos e Participações, SGPS, SA 113.302.682 70,8142 Total imputável 113.302.682 70,8142
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Caetano – SGPS, S.A. Num. Acções% Direitos
Voto Directamente 17.600.000 11 Através da Administradora da Caetano – SGPS, S.A. 9.000 0,0057 Total imputável 17.609.000 11,0057
Millennium bcp – Gestão de Fundos de Investimento, S.A. Num. Acções% Direitos
Voto Através de vários Fundos de Investimento 10.557.092 6,60 Total imputável 10.557.092 6,60
Santander Gestão de Activos, S.A. Num. Acções% Direitos
Voto Através de vários Fundos de Investimento 4.584.941 2,87 Total imputável 4.584.941 2,87
Governo do Grupo
Organograma da Sociedade
Abaixo apresenta-se o organograma da Sociedade «Grupo Soares da Costa, SGPS, SA, ilustrando o
modelo organizativo e identificando os responsáveis pelas diversas funções.
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Organograma do Grupo
A estrutura de participações financeiras que compõem o Grupo Soares da Costa pode ser representado
pelo seguinte organograma:
REVIAREVIA
GRUPO SOARES DA COSTA, SGPS, SAContas consolidadas – 31 de Dezembro de 2007
Perímetro e métodos de consolidação
100%100% 100%100%
100%
100%
100%
100%
100%
SDC Imobiliária,SGPS, SA
SOARTA, SASOARTA, SA
MZI, LDAMZI, LDA
Mercados Novos, LDAMercados Novos, LDA
CIAGEST, SACIAGEST, SA
SODEL, SASODEL, SA
HABITOP, SAHABITOP, SA
IMOBAL, LDAIMOBAL, LDA
100%
100%
SDC Indústria, SGPS, SA
NAVEGAIA, SANAVEGAIA, SA
SOCOMETAL, SASOCOMETAL, SA
CLEAR, SACLEAR, SA
MAXBELA, SAMAXBELA, SA
OFM, SAOFM, SA
SOMAFEL, SASOMAFEL, SA
Somafel e Ferrovias,ACE
Somafel e Ferrovias,ACE
100%
100%
100%
100%
40%
100%
60%
SDC Concessões, SGPS, SA
20%
25%
Métod
o Integral
Método Proporcional
Eq. Patrimonial
SDC Construção,SGPS, SA
SDC América, INCSDC América, INC
Três ponto doisTGCCVCMLN, ACE
Três ponto doisTGCCVCMLN, ACE
RRC & SC, ACERRC & SC, ACE
Estádio de Coimbra, ACEEstádio de Coimbra, ACE
ASSOC-Estádio deBraga, ACE
ASSOC-Estádio deBraga, ACE
TRANSMETRO, ACETRANSMETRO, ACE
FCC & SC, ACEFCC & SC, ACE
GCF, ACEGCF, ACE
ACESTRADA, ACEACESTRADA, ACE
NORMETRO, ACENORMETRO, ACE
Soc. ConstruçõesSoares da Costa, SA
Soc. ConstruçõesSoares da Costa, SA
Grupul Portughez de Constructii
Grupul Portughez de Constructii
17,9%
20%
50%
40%
60%
50%
50%
28,57%
50%
50%
80%
100%
100%
Grupo Soares da Costa, SGPS, SA
SCSP - Soares da CostaServiços Partilhados, SA
SCSP - Soares da CostaServiços Partilhados, SA
100%
Custo de aquisição
28,6%
8,04%
INDÁQUA, SAINDÁQUA, SA
SCUTVIAS, SASCUTVIAS, SA
GAYAEXPLOR, LDAGAYAEXPLOR, LDA
11,3%
Somague-SDC, ACESomague-SDC, ACE
40%
Porto ConstructionGroup, LLC
Porto ConstructionGroup, LLC
SDC ConstructionServices, LLC
SDC ConstructionServices, LLC
60%
80%
SDC CONCESIONESCOSTA RICA, SA
SDC CONCESIONESCOSTA RICA, SA
100%
CLEAR ANGOLA, SACLEAR ANGOLA, SA95%
COSTAPARQUES, SACOSTAPARQUES, SA
100%
SDC Contractor, INCSDC Contractor, INC100%
SDC Moçambique, SARLSDC Moçambique, SARL
Estádio de BragaAcabamentos, ACE
Estádio de BragaAcabamentos, ACE
100%
SDC S. Tomé e Príncipe,Construções, Lda.
SDC S. Tomé e Príncipe,Construções, Lda.
100%
Construtora - S.José-S.Ramon, SA
Construtora - S.José-S.Ramon, SA
Remodelação do TeatroCirco, ACE
Remodelação do TeatroCirco, ACE
CARTA, LDACARTA, LDA
100%
17%
SDC Serviços Técnicos e de Gestão, SA
SDC Serviços Técnicos e de Gestão, SA
100%
50%
50%
GAIA, CCMS, LLCGAIA, CCMS, LLC
CARTA ANGOLACARTA ANGOLA100%
VSL, SAVSL, SA
VORTAL, SAVORTAL, SA
Autopistas del ValleAutopistas del Valle
17%
22%
INFRAESTRUCT. SDCCOSTA RICA, SA
INFRAESTRUCT. SDCCOSTA RICA, SA
100%
SDC ConstruccionesCentro Americanas, SA
SDC ConstruccionesCentro Americanas, SA
100%
Autopistas del SolAutopistas del Sol
17%
Soares da CostaDesenvolvimento, SA
Soares da CostaDesenvolvimento, SA
100%
ALSOMA, AEIEALSOMA, AEIE45%
Construtora - S.José-Caldera, SA
Construtora - S.José-Caldera, SA
17%
SDC Civil, LLCSDC Civil, LLC80%
IndáquaMatosinhos, S.A.
IndáquaMatosinhos, S.A.
0,5%
Mini Price Hotels, SAMini Price Hotels, SA
33%
100%
97,5%
CPE, SACPE, SA100%
HidroequadorS. Tomense
HidroequadorS. Tomense
75%
IMOBILIÁRIAANGOLA
IMOBILIÁRIAANGOLA
99%
INTEVIAS, SAINTEVIAS, SA100%
IndáquaVila do Conde, S.A.
IndáquaVila do Conde, S.A.
98%
Hidroeléctrica STPHidroeléctrica STP
60%
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Relatório de Governo da Sociedade
Em anexo a este Relatório de Gestão e dele fazendo parte integrante, é apresentado o relatório anual
sobre as práticas de governo da sociedade e apoio ao investidor («Corporate Governance»)
Sustentabilidade e Responsabilidade Social
O respeito pelo ambiente e a prossecução da sua missão através de uma conduta socialmente
responsável são valores que historicamente a Soares da Costa prossegue e que assumem, no contexto
actual, uma importância acrescida e de interesse estratégico.
Em 2007 a Soares da Costa deu início ao desenvolvimento e implementação de um Projecto de
Sustentabilidade. Consciente dos diversos impactes positivos e negativos (reais e potenciais) que
resultam das suas actividades, a concepção deste projecto resultou da iniciativa da empresa em
formalizar algumas práticas já existentes ao nível da gestão destes impactes e no desenvolvimento de
outros procedimentos internos que permitam a incorporação da sustentabilidade nessas actividades.
Este Projecto envolve a gestão de aspectos de ordem económica, social, ambiental e de governo da
empresa cuja coordenação é da responsabilidade do recém-criado Conselho de Sustentabilidade, um
grupo multidisciplinar que envolve vários departamentos da empresa, como Recursos Humanos,
Comunicação Institucional e Marketing, Qualidade, Ambiente e Segurança, Desenvolvimento de
Projectos (Mercado Nacional e Mercados Externos) e Gabinete do Investidor.
O compromisso do Grupo Soares da Costa para com a sustentabilidade decorre da ambição em
desenvolver as suas actividades económicas - nacional e internacionalmente – aspirando,
simultaneamente à rentabilidade e criação de valor accionista, à protecção e bem-estar dos seus
colaboradores e comunidades com quem interactua, à preservação do meio ambiente através da
minimização de impactes ambientais negativos e potenciação de impactes ambientais positivos e à
melhoria contínua do valor criado para os grupos de interesse prioritários, através do seu envolvimento
no processo de implementação da estratégia do grupo.
No quadro das linhas estratégicas definidas para o crescimento do Grupo, a sustentabilidade terá
especial importância:
• Na definição de um modelo de governo que integre, nas responsabilidades dos órgãos de
gestão, a gestão dos aspectos ambientais e sociais relacionados com os negócios da
construção e das concessões/serviços;
• Na incorporação das expectativas dos grupos de interesse estratégicos para a empresa
relativamente ao que deve ser a abordagem da empresa aos aspectos ambientais e sociais do
seu negócio;
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 12 de 83
• Na transversalidade dos compromissos assumidos na política de sustentabilidade, que deverão
ser aplicados aos diferentes negócios do Grupo.
• Na focalização, em cada um dos negócios, nos factores identificados como os drivers
susceptíveis de criarem vantagens competitivas
• No nivelamento de boas práticas ambientais e sociais em mercados internacionais
caracterizados por enquadramentos legislativos bastante diversos, susceptíveis de
representarem riscos de reputação para o Grupo;
A estratégia de sustentabilidade elaborada em 2007 tem o objectivo de dotar o Grupo Soares da Costa
dos instrumentos de gestão necessários para efectivar o compromisso assumido. Dado o peso
representativo do negócio da construção, quer em termos de volume de negócio, quer em número de
colaboradores, a estratégia de sustentabilidade foi iniciada na Soares da Costa Construção SGPS,
tendo, como objectivo, a sua disseminação nos restantes negócios do Grupo entre 2008 e 2012.
Alguns dos itens que envolvem este projecto já se encontram em fase de desenvolvimento e / ou
implementação, comprometendo-se a empresa a atingir já no próximo ano grandes objectivos no que
respeita a esta matéria, dos quais se destacam:
• O alargamento da abrangência do Sistema de Gestão Ambiental a todas as obras iniciadas
pela empresa em 2008;
• A implementação de medidas de aumento da eficiência energética nas unidades de trabalho
(estaleiros e instalações administrativas);
• A implementação das boas práticas em obra em matéria de Higiene, Saúde e Segurança para
as actividades que decorram no mercado Angolano;
• A implementação e certificação do Sistema de Gestão da Qualidade para as actividades que
decorram no mercado Angolano;
• O desenvolvimento do Manual de Compras Sustentáveis, com a identificação de Princípios de
Sustentabilidade a serem integrados e Avaliação de Fornecedores Estratégicos;
• O desenvolvimento e implementação do Manual de Gestão Sustentável e respectiva Política de
Sustentabilidade;
• A continuação do Envolvimento e Diálogo com Grupos de Interesse;
• O desenvolvimento dos Princípios de Negócio da Soares da Costa Construção
• A implementação da Política Estratégica de Responsabilidade Social Corporativa, já definida
em 2007.
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 13 de 83
Valores, Visão e Missão
Política ambiental
Através da política ambiental a Soares da Costa assume o compromisso de proteger o ambiente através
da gestão dos impactes ambientais mais significativos decorrentes da sua actividade. A gestão eficiente
dos recursos efectuada pela empresa, e reflectida na melhoria do desempenho ambiental, permite,
simultaneamente, a redução de custos operacionais no negócio e a criação de um factor de
diferenciação junto dos clientes.
A Sociedade de Construções Soares da Costa, SA, acaba de ver reconhecido o seu Sistema de Gestão
Ambiental pela Certicon, Associação para a Qualificação e Certificação na Construção, segundo a norma
NP EN ISO 14001:2004 ultrapassando, à semelhança de outros domínios, as dificuldades inerentes à
especificidade da indústria de construção. A par deste importante reconhecimento, a empresa viu
renovada a Certificação do Sistema de Gestão da Qualidade, segundo a NP EN ISO 9001:2000.
Política da Qualidade Política Ambiental Política de Prevenção, Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Política Estratégica de Responsabilidade Social Corporativa Política de Igualdade e Diversidade de Oportunidades
Valores, Visão e Missão
Código CondutaPrincípios de Negócio
O Código de Conduta Empresarial reflecte os princípios basilares que estruturam a actividade do Grupo Soares da Costa.
Os Princípios de Negócio da Soares da Costa estabelecem a forma de actuação da empresa com os diferentes grupos de interesse, de acordo com os impactes deste negócio.
A Política de Sustentabilidade incorpora o compromisso da empresa com a sustentabilidade. Agrega os princípios presentes nas diferentes políticas existentes na empresa.
Normas da
Sociedade
Política de
Sustentabili dade
Sistemas de Gestão: SGA, SGQ, SGS Procedimentos dos Sistemas
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Valor Humano
O sucesso da Soares da Costa depende da qualidade e empenho de todos os seus colaboradores. A
gestão orientada para a valorização do capital humano, captação e retenção de talento, assume, por
isso, uma importância central.
Como forma de gestão do seu capital humano, em matéria de direitos humanos e condições laborais, a
empresa rege-se fundamentalmente pela adopção das Directrizes da O.I.T., da Declaração Universal
dos Direitos do Homem e pela sua própria Política de Igualdade e Diversidade de Oportunidades.
O sistema de normas internas da Soares da Costa permite alinhar o comportamento dos colaboradores
em relação a aspectos como a confidencialidade e o sigilo profissional, o respeito por todas as normas
de segurança, higiene e saúde no trabalho, qualidade e ambiente, conduta pessoal e profissional,
igualdade e diversidade de oportunidades, entre outros.
A cultura empresarial proporciona oportunidades de crescimento profissional aos seus colaboradores,
através de avaliação contínua do seu desempenho, baseando-se numa ferramenta de gestão de
recursos humanos, o SAF – Sistema de Avaliação de Desempenho (actualmente em revisão da
empresa), que pretende incrementar os desempenhos e resultados, com base em duas dimensões: (1)
os objectivos de desempenho e (2) as competências culturais dos colaboradores. Este sistema está
focado na partilha de objectivos e co-responsabilização (performance do Grupo, da Empresa, da Equipa)
e é baseado numa avaliação objectiva de indicadores definidos por equipas de trabalho.
Ao nível da Saúde e Segurança a Soares da Costa tem implementado o Sistema de Gestão de
Segurança e Saúde no Trabalho, de acordo com a norma NP 4379:2001 (OHSAS 18001:1999),
devidamente certificado, e procura envolver todos os colaboradores nos seus princípios e procedimentos
de actuação com o objectivo de anualmente reduzir os índices e gravidade da sinistralidade ocorrida.
Em 2007, a Soares da Costa foi reconhecida com um distinto 2º. lugar no Prémio Henrique Salgado,
uma distinção que visa premiar as empresas que desenvolvam de forma relevante actividades na área
da promoção de políticas de prevenção, segurança e higiene no trabalho.
A aplicabilidade e eficiência deste sistema de gestão são visíveis através da análise do número de
sinistros registados durante as actividades da empresa ao longo dos últimos anos. Desde 2005 que o
número de sinistros tem vindo a decrescer, tendo-se registado no ano a que se reporta este relatório,
153 sinistros, menos 18% que no ano anterior e quase menos 40% do que em 2005. Alem disso,
porventura de maior importância ainda, os índices de gravidade e frequência destes sinistros reduziram-
se substancialmente face ao ano anterior.
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 15 de 83
A par destas preocupações, é objectivo da empresa gerir o seu capital humano da melhor forma
possível, considerando que é vital atrair e motivar os melhores talentos para assegurar o sucesso da
empresa. Neste âmbito, a empresa tem procedido a um rejuvenescimento de quadros, ao aumento do
número de horas de formação e ao reforço de condições de trabalho promotoras de maior produtividade,
saúde e bem-estar.
Valor para a Sociedade
Em 2007 a Soares da Costa aprovou a política estratégica de responsabilidade social corporativa,
mediante a qual a sociedade pretende dar continuidade ao exercício de cidadania. Uma dimensão que
atravessa a história da empresa que tem apoiado a sociedade portuguesa e a comunidade dos países
africanos onde actua, estimulando o progresso das condições sociais, educação e cultura. Em 2007, os
apoios dados a acções de mecenato, patrocínio e protocolos de cooperação foram de 270 mil euros.
Entre as actividades desenvolvidas em 2007 merece referência a realização em 2007 do I Simpósio de
Escultura Soares da Costa , uma iniciativa que resultou de uma parceria com a Cooperativa Árvore e a
Câmara Municipal do Porto, que proporcionou um, período de revitalização do espaço envolvente ao
Jardim do Campo 24 de Agosto e que constituiu igualmente uma oportunidade para o Grupo Soares da
Costa promover a proximidade à comunidade envolvente.
A Soares da Costa, no âmbito da sua política de responsabilidade social, integrou o movimento ECO,
revelando, igualmente estar consciente de que as empresas podem e devem ser um suporte na
disponibilização de Maios para o combate aos fogos, bem como para o bem-estar da sociedade em
geral. O Protocolo firmado com os Bombeiros e Protecção Civil estabeleceu o apoio da empresa através
da compra e doação de equipamento de comunicação telefónica por satélite.
Uma última referência, porquanto, como se disse acima, não se pretende ser aqui exaustivo, ao apoio do
Grupo Soares da Costa em 2007 à Fundação da Criança e da Juventude (FCJ) de S. Tomé e Príncipe,
no âmbito do protocolo de cooperação assinado entre o Grupo e esta instituição que apoia e acompanha
menores carenciados, jovens e respectivas famílias.
O Relatório de Sustentabilidade da Soares da Costa Construção SGPS pode ser consultado em www.soaresdacosta.pt
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 16 de 83
Principais Acontecimentos corporativos
• Realização em 29 de Janeiro de 2007 da sessão especial de bolsa relativa à Oferta Pública de
Aquisição de acções representativas do capital social da Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A.,
pela "Investifino – Investimentos e Participações, S.G.P.S., S. A.".
• Em 22 de Maio de 2007 realizou-se a Assembleia Geral Anual da Sociedade que aprovou o
Relatório e Contas do exercício de 2006 a proposta de aplicação de resultados e procedeu à
alteração parcial dos estatutos da sociedade. Relativamente à composição dos órgãos sociais
(já acima apresentados) resultou:
i. A ratificação da cooptação de Manuel Roseta Fino e Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de
Andrade Santos, para Presidente e Vogal, respectivamente do Conselho de
Administração;
ii. A nova composição da Assembleia Geral:
Presidente: José Manuel de Almeida Archer
Secretário: João Pessoa e Costa
iii. A nova composição da Comissão de Remunerações:
Presidente: Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade Santos
Vogal: João Pessoa e Costa
Vogal: António Jorge Gonçalves Afonso
iv. A nomeação de Jorge Bento Martins Ledo, ROC nº. 591, como representante da
Sociedade Revisora Oficial de Contas "Moreira, Valente & Associados, SROC"
• Out. 2007 - Apresentação do Plano de Negócios: Ambição Sustentável 2007/2012. Neste
âmbito, a sociedade definiu como visão e objectivos estratégicos tornar-se um grupo económico
de construção e serviços/concessões de projecção internacional com níveis de rentabilidade e
de criação de valor accionista em linha com as melhores referências mundiais do sector. No
horizonte temporal do plano (ano de 2012) é objectivo atingir 1.000 milhões de euros de volume
de negócios, com um EBITDA correspondente a 13% e uma rentabilidade dos capitais próprios
de 15%. Adiante neste relatório, este tema será objecto de desenvolvimento específico.
• Constituição e registo da sucursal da Sociedade de Construções Soares da Costa SA em Israel.
• Já no início de 2008, verificou-se a constituição e registo da sucursal da Sociedade de
Construções Soares da Costa, SA, em Cabo Verde.
• Na reunião de 31 de Janeiro de 2008 o Conselho de Administração deliberou propor à próxima
Assembleia Geral o alargamento do Conselho de Administração para nove membros, com a
eleição de três membros não executivos, sendo, pelo menos dois independentes e bem assim
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 17 de 83
ampliar a composição da comissão executiva que passa a integrar, como vogal, o Administrador
Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade Santos.
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 18 de 83
III - ACTIVIDADE
Principais Acontecimentos
Em complemento dos principais acontecimentos corporativos já acima expostos, faz-se aqui uma súmula
dos principais acontecimentos relevantes da vida da sociedade e do Grupo durante o ano findo. Assim, a
par de factos já oportunamente divulgados ao mercado nomeadamente nas demonstrações financeiras
intercalares e no âmbito dos deveres de informação ao mercado, outros surgem ocorridos bem mais
recentemente:
i. Recebimento em Janeiro de 2007 nos termos já acordados no exercício anterior, por parte
da nossa subsidiária Sociedade de Construções Soares da Costa, SA, dos montantes
referentes à dívida externa angolana;
ii. Assinatura, em 28 de Maio de 2007, entre o Estado de Israel e a MTS, sociedade
concessionária de que é accionista com uma participação de 20% a participada do Grupo,
"Soares da Costa Concessões, SGPS, SA", do contrato de Concessão para a Linha
Vermelha do Metro de Telavive";
iii. As acções da Soares da Costa passam a integrar, desde o início do 2º. Semestre, a carteira
do PSI 20 principal indicador do mercado accionista da Euronext Lisbon.
iv. Aquisição de uma participação de domínio na sociedade Hidroequador Santomense –
Exploração de Centrais Hidroeléctricas, Lda, que detém por sua vez uma participação de
controlo numa empresa de São Tomé e Príncipe dedicada à produção de energia hídrica;
v. Celebração de contratos tendentes ao aumento da participação da Soares da Costa
Concessões, SGPS, SA, no capital da Scutvias - Auto Estradas da Beira Interior, S.A.. Esta
transacção está sujeita a autorizações e consentimentos de entidades exteriores às partes,
pelo que a consumação e o seu conteúdo final dependem do teor desses actos;
vi. Pré-qualificação do Agrupamento em que a empresa se integra para o Concurso do Metro
de Dublin;
vii. Aquisição, pela Soares da Costa Concessões, SGPS, SA ao Grupo Teixeira Duarte, de 60%
do capital da sociedade CPE – Companhia de Parques de Estacionamentos, SA, passando
o Grupo a deter a totalidade do capital social;
viii. Já posteriormente ao encerramento do exercício a Soares da Costa Construção, SGPS,
adquiriu a uma empresa do Grupo Sonae, a totalidade do capital social da «Contacto –
Sociedade de Construções, SA».
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 19 de 83
Plano Estratégico "Ambição Sustentável 2007 – 2012"
O Grupo Soares da Costa depois de estudos internos profundos realizados com assessoria de uma
empresa internacional de reconhecida competência neste domínio aprovou o seu Plano de Negócios de
médio prazo até ao horizonte temporal de 2012 e que denominou de "Ambição Sustentável 2007 –
2012".
O referido Plano de Negócios divulgado externamente em Outubro findo assenta na definição da visão e
do objectivo estratégico do Grupo Soares da Costa em tornar-se um grupo económico de construção e
concessões/serviços de projecção internacional com níveis de rentabilidade e de criação de valor
accionista em linha com as melhores referências mundiais do sector. Para atingir esse objectivo, foram
seleccionadas as seguintes linhas de desenvolvimento estratégico:
i. Crescimento inorgânico
ii. Duas áreas estratégicas de negócio: Construção e Concessões/Serviços
iii. Adequação de portfolio de negócios
iv. Selecção de três mercados geográficos «core»
v. Angariação de Concessões
vi. Alinhamento de Processos e sistemas de Gestão
e identificados os seguintes requisitos:
i. Adequação do modelo de governo
ii. Adequação do modelo organizacional e dos processos de gestão
iii. Fortalecimento da presença em Lisboa
iv. Reforço da imagem institucional
v. Negociação de apoios preferenciais / parcerias
vi. Implementação de processo de «change management»
O plano de negócios assume um forte investimento / crescimento na área de concessões e uma
actividade da construção cada vez mais internacional, mas com crescimento significativo no mercado
nacional. A selecção de três mercados «core» com presença física suportada na construção – Portugal,
Angola e EUA (Florida) – deve ser complementada com uma nova plataforma de crescimento a
seleccionar nos próximos 2/3 anos, a que acresce a presença em diversos outros espaços geográficos
em função da localização de projectos específicos de interesse relevante.
O negócio da indústria deixa de ser prioridade estratégica e passa a integrar a construção, enquanto o
negócio imobiliário deixa de ser core na estratégia e foca-se em oportunidades selectivas de risco
reduzido (com imobilização reduzida de capital) em Angola e Portugal.
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 20 de 83
Este Plano de Negócios é um instrumento essencial na determinação do enquadramento orientador da
actividade do grupo e já no exercício ora findo foram dados importantes avanços na implementação
desta estratégia, nela se integrando nomeadamente as recentes aquisições ou/e reforço de posições em
empresas das áreas de construção e de concessões/serviços.
São objectivos a atingir no ano horizonte (2012):
Volume de Negócios ≥ 1000 milhões de euros
Margem EBITDA ≥ 13%
Peso das Concessões e Serviços no EBITDA ≥ 50%
Rentabilidade dos capitais próprios ≥ 15%
Enquadramento da Actividade
Enquadramento Macro - Económico internacional
A actividade económica mundial manteve um crescimento significativo em 2007, tendo-se desenhado
uma redução de diferenciais de crescimento nas principais economias avançadas dada a desaceleração
nos Estados Unidos e o fortalecimento da actividade na área do euro, enquanto, por sua vez a economia
britânica evidenciou alguma perda de robustez.
Por outro lado, nas economias de mercado emergentes e em desenvolvimento o crescimento da
actividade continuou a registar um elevado dinamismo, com destaque, nomeadamente, para a China e a
Índia nas economias emergentes asiáticas, e para os países produtores de petróleo.
A crise no crédito hipotecário norte-americano no sector de risco mais elevado (subprime) induziu
alguma turbulência nos mercados financeiros internacionais a partir de Agosto. Mais do que ter
influenciado a actividade económica em 2007, cujos dados evidenciaram ainda robusta actividade, o que
parecia revelar certa «imunidade» ou pelo menos resiliência da economia real àqueles factores, foi já em
2008 que essa «crise» arrastou os mercados financeiros para uma queda acentuada, avolumando-se os
receios ou mesmo já os sinais de contágio à economia real com previsões generalizadas de
desaceleração do crescimento no ano em curso. Aliás, nos Estados Unidos da América os recentes
dados aumentaram drasticamente a percepção sobre uma eventual recessão que só uma política
orçamental e monetária expansionista2 parece susceptível de contrariar.
Os preços das matérias-primas nos mercados internacionais voltaram a registar no ano findo subidas
significativas, reflectindo uma elevada procura ao nível mundial e a limitada capacidade produtiva em
termos globais, o que pressionando a inflação retira margem de manobra aos bancos centrais para 2 Já posta em marcha pelas autoridades norte-americanas em cujo enquadramento se insere os cortes cumulativos por parte do Fed, no mês de Janeiro de 0,75 pontos percentuais e de 0,50 pontos percentuais nas taxas de juro de referência.
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 21 de 83
através de uma suavização da política monetária acomodarem os já referidos riscos descendentes para
o crescimento.
Na zona euro o PIB terá crescido 2,7% (praticamente ao nível de 2006) mas também já se verificam
sinais de abrandamento de actividade, prevendo o FMI uma redução de 0,5 pontos percentuais no
crescimento para 2008. Pela negativa, surpreende a inflação que terá atingido máximos históricos em
resultado da pressão das componentes de energia e de alimentação. As taxas de juro mais altas e a
força da moeda europeia face ao dólar reforçam a antevisão de uma baixa no crescimento.
A Economia Portuguesa
Com a taxa de inflação a situar-se em 2,5%3 (3,1% em 2006), ligeiramente acima das previsões, a
economia portuguesa terá apresentado uma taxa de crescimento do PIB em volume de + 1,9%4 superior
em mais 0,6 pontos percentuais do que no ano anterior baseada ainda num forte crescimento das
exportações, mas com a procura interna a revelar um comportamento mais interessante que no ano
transacto.
A linha de rumo da política orçamental continua a ser determinada pela situação orçamental de défice
excessivo. O ano de 2007 constituiu o segundo ano consecutivo de significativa redução deste deficit,
objectivo feito de novo e ainda, porém, por via do aumento da carga fiscal5 e de retracção do
investimento público.
A taxa de desemprego situou-se em 2007 em 8% em termos de média anual, a mais alta dos últimos
vinte anos, ainda que se tenha registado no último trimestre do ano uma melhoria.
Em comparação com o ano de 2006 os indicadores de crescimento e de inflação denotam uma melhoria
mas insuficiente para readquirir o realinhamento na estratégia de convergência europeia, e os desafios
que se deparam à economia portuguesa são ainda de grande envergadura.
Mercado Interno: O Sector No ano de 2007 o sector de construção em Portugal verificou uma nova quebra de produção, ainda que inferior à ocorrida um ano antes, situando-se a variação média dos últimos doze meses aferida em Novembro de 2007 em -4,7% (contra -6,6% em Dez. 2006), com o segmento de construção de edifícios (-5,0%) ainda mais penalizado que o segmento das obras de engenharia (-4,1%)6.
3 Taxa de variação média anual do Índice de Preços no Consumidor (IPC); Quanto ao Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) teve em 2007 um aumento de 2,4% (3,0% em 2006). Fonte: Índice de Preços no Consumidor – Dezembro de 2007, INE em 15 de Janeiro de 2008. 4 Contas Nacionais Trimestrais – Estimativa Rápida do 4º. Trimestre de 2007 – INE , 14.Fev.2008. 5 A Apresentação pública da síntese da Execução Orçamental relativa ao ano de 2007 deu conta de um aumento das receitas fiscais de 9,2% 6 INE – Índices de Produção, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas na Construção e Obras Públicas, Nov. 2007, 11 Jan. 2008
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Este ciclo negativo da produção, inusitadamente longo, arrasta-se desde o IV trimestre de 2002, com os índices de produção a apresentarem um padrão sistemático de valores inferiores aos homólogos anteriores, como o mapa que abaixo se apresenta é demonstrativo. No entanto, como as variações relativas demonstram a partir de Maio de 2007 o decréscimo de produção é menos acentuado que um ano antes, perspectivando-se para 2008, finalmente, uma inversão do comportamento com expectativas de aumento em volume da produção do sector.
Índice Bruto de Produção na Construção e Obras Públi cas
Base 2000 = 100 Variações relativas (*)
Meses/anos 2003 2004 2005 2006 2007 Var. 07/06 Var. 06/05
Janeiro 98,7 90,4 87,0 84,7 78,9 -6,85% -2,64%
Fevereiro 97,9 90,7 85,1 81,3 75,8 -6,77% -4,47%
Março 96,3 98,7 91,5 88,1 81,3 -7,72% -3,72%
Abril 98,8 93,9 87,2 77,8 75,2 -3,34% -10,78%
Maio 97,5 95,1 89,0 85,1 81,0 -4,82% -4,38%
Junho 92,9 92,7 88,0 81,2 77,2 -4,93% -7,73%
Julho 98,4 91,5 85,9 79,7 79,5 -0,25% -7,22%
Agosto 77,2 76,1 75,5 69,7 68,4 -1,87% -7,68%
Setembro 94,9 89,0 86,8 78,8 74,8 -5,08% -9,22%
Outubro 99,1 87,1 84,5 80,5 80,8 0,37% -4,73%
Novembro 93,9 89,7 86,5 81,0 78,6 -2,96% -6,36%
Dezembro 87,1 84,1 79,3 70,7 -10,84%Índice Bruto Total: Fonte: Instituto Nacional de Estatística - Índices de Produção na Construção e Obras Públicas (*) Obtidas através de (Índice Mensal do Ano n – Índice Mensal do Ano n-1) / Índice Mensal do Ano n-1.
O índice de emprego no sector revela também o ambiente deprimido situando-se a variação média dos
últimos doze meses7 em -4,0% (-5,8% em finais de 2006) sofrendo a variação das horas trabalhadas,
compreensivelmente, uma redução ainda mais acentuada (-5,2%).
Do lado da procura o nível de promoções e adjudicações de obras públicas ainda não permite antecipar,
com sustentabilidade, o fim deste ciclo. Durante 2007 em termos acumulados a Administração Pública
terá lançado mais 9,7% do número de concursos abertos em 2006, mas o valor envolvido está mais de
21% abaixo do observado no período homólogo anterior8. Em contrapartida, no mesmo período o valor
das adjudicações em 2007 situou-se cerca de 20% acima do valor de 2006, revelando um esforço por
parte da Administração de realização de obras lançadas em anos anteriores e que propiciou a melhoria
sentida no 2º. Semestre deste ano9 no nível de actividade e o aumento geral das carteiras de
encomendas.
7 Também, por enquanto, aferida a Novembro, dada a ausência de dados reportados ao final do ano. 8 ANEOP – Mercado de Obras Públicas e Particulares, Análise Detalhada da Conjuntura, Dez. 2007 9 Entendida, infelizmente ainda, apenas como uma desaceleração do ritmo de decréscimo de actividade.
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Nos mercados privados é distinto o comportamento entre os segmentos de habitação e o segmento de
edifícios não residenciais, a crer pela área licenciada até Novembro de 2007, com menos 10,3% no
primeiro e uma evolução muito positiva e até surpreendente de 27% no segundo.
Também a evolução do indicador de vendas de cimento que em finais de 2006 se cifrou numa variação
de -6,1% denotou ao longo do ano de 2007 uma melhoria continuada passando para um crescimento
positivo em Novembro e terminando o ano com uma variação homóloga acumulada de +1,0%.
Em jeito de conclusão pode-se dizer que tardam os indicadores sólidos de recuperação dos níveis de
actividade, mas é expectável que 2008 ofereça para o sector uma evolução mais favorável e que possa
constituir um marco na inversão da tendência de evolução da produção do sector.
Mercado Externo:
Dada a vastidão do mercado externo para a dimensão do Grupo Soares da Costa, importa mais do que
ter uma presença permanente em demasiados mercados, ter uma presença contínua e consolidada em
alguns devidamente seleccionados e buscar noutros oportunidades pontuais em obras de alguma
dimensão e complexidade, onde as valências e capacidades de engenharia do grupo possam constituir
uma vantagem competitiva.
É, assim, que conforme acima se referiu, o Plano de Negócios definiu os mercados de Portugal, Angola
e Florida (Estados Unidos) como mercados principais e que devem ser complementados com uma nova
plataforma de crescimento a seleccionar nos próximos 2/3 anos. Tendo já sido atrás analisadas as
perspectivas do sector em Portugal cabe aqui uma pequena referência sobre os mercados de Angola e
da Florida, estratégicos na actividade do grupo.
Em Angola, a par do crescimento contínuo e sustentado do PIB10, verifica-se uma aposta das
autoridades governamentais na consolidação do processo de estabilização macro - económica,
garantindo a estabilidade monetária, cambial e a redução da inflação11 e criando condições favoráveis
para o investimento privado quer nacional quer estrangeiro.
Trata-se de um mercado que já tem um peso muito relevante na actividade do grupo e que apresenta
uma multiplicidade de oportunidades em diferentes áreas desde as infra-estruturas até ao imobiliário.
No Estado da Florida, onde o grupo tem uma presença significativa como os dados económico-
financeiros apresentados neste relatório evidenciam (em 2007 este mercado representou mais de 17%
do volume de negócios), o mercado da construção tem decrescido desde 2006, afectado pela evolução
10 Projecção de crescimento em 2007 de 27,9% para o PIB do sector não petrolífero (in A Economia de Angola – Evolução Recente e Perspectivas – Ministério das Finanças, República de Angola). 11 Taxa de inflação de 10% prevista para 2008 no Orçamento Geral de Estado.
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da crise do «imobiliário», sofrendo no ano findo uma redução global de 21%12 mas em resultado de
comportamentos significativamente diferenciados em termos de segmentos, com o residencial a sofrer
uma abrupta queda de 41%, contra um crescimento favorável do mercado não residencial (+16%). Para
o próximo ano a previsão é de uma redução global de 5%, desagregada em -7% no segmento
residencial e em apenas -1% no segmento não residencial; no entanto, o grupo espera continuar a ter
em 2008 neste mercado uma fatia importante do volume de negócios.
12 Dados extraídos de «Exclusive Report Florida Construction, Outlook 2008 – McGraw-Hill Construction, Jan. 2008.
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Situação Económica e Financeira e Desempenho do Gru po
Dados Globais: Contas Consolidadas
Principais Indicadores Consolidados Valores em milhões de euros
Rubricas 2007 2006 Variação
Volume de Negócios 550,5 562,3 -2,1%
Portugal 178,9 214,9 -16,7%
Mercado Externo 371,6 347,4 +7,0%
EBITDA 36,2 34,5 +4,7%
Margem EBITDA / Volume de Negócios 6,57% 6,14% +0,43 p.p.
Resultados Operacionais 23,5 27,6 -14,8%
Resultados Financeiros -10,9 -11,8 -6,9%
Resultado Líquido 12,0 5,8 +106,5%
Endividamento Bancário Líquido (net-debt) 313,6 167,7 +86,9%
Volume de negócios
O volume de negócios atingiu o valor de 550,541 milhões de euros, valor inferior em 2,1% ao verificado
no exercício anterior, mas denotando no segundo semestre uma importante recuperação face à variação
de -6,2% que se sentia no final do 1º semestre.
O final de grandes obras em 2006 (Metro do Porto e do Aeroporto Sá Carneiro) com reflexo no volume
de negócios do mercado interno e o efeito da valorização do euro face ao dólar (mercado externo), tem
um contributo explicativo muito importante nesta realidade.
O quadro imediatamente abaixo permite transmitir a evolução do VN no ano findo estratificando-o pelas
AN "Construção", "Indústria", "Imobiliária" e "Concessões".
Volume de Negócios Consolidado Desdobramento por áreas de negócios
Valores em milhares de euros
Áreas de Negócios 2007 % 2006 % Variação
GRUPO SDC, SGPS + SERV. PARTILHADOS 89 - 258 - -65,4
AN CONSTRUÇÃO 471.733 85,7 509.730 90,6 -7,5
AN INDÚSTRIA 70.256 12,8 51.438 9,1 36,6
AN IMOBILIÁRIA 6.190 1,1 560 0,1 1005,4
AN CONCESSÕES 2.273 0,4 310 0,1 634,4
VOLUME DE NEGÓCIOS TOTAL 550.541 100 562.296 100 -2,1
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O quadro evidencia o peso decisivo da Área da Construção na actividade do Grupo 85,7%, mas a AN
Indústria apresenta um valor bastante superior ao realizado no ano anterior, crescendo 36,6% e
aumentando o seu peso relativo em 3,7 pontos percentuais. A imobiliária ao encerrar um dos
empreendimentos, reconhecendo as vendas já realizadas, contribuiu com 6,2 milhões de euros para o
VN de 2007 contra apenas 0,6 milhões um ano antes.
Por sua vez a área de Concessões tem ainda um peso no volume de negócios praticamente sem
significado, em função dos métodos de consolidação adoptados nas participadas mais relevantes
(equivalência patrimonial na Scutvias e na Indáqua) que não em função da importância que este
segmento já representa actualmente no grupo.
A distribuição da actividade do Grupo, por zonas geográficas, confirma o reforço da componente
internacional que representou 67,5% o que compara com 61,8% no ano anterior.
Em valor absoluto o Grupo colocou 371,6 milhões de euros do seu volume de negócios no mercado
externo facto que merece ser destacado.
Volume de Negócios Consolidado
Distribuição mercado interno / mercado externo
Valores em milhares de euros
Áreas de Negócios M. INTERNO M. EXTERNO TOTAL
GRUPO SGPS + SERV. PARTIL. 89,4 0,0% 0,0 0,0% 89,4 0,0%
AN CONSTRUÇÃO 142.407,6 79,6% 329.325,5 88,6% 471.733,1 85,7%
AN INDÚSTRIA 29.422,5 16,5% 40.833,1 11,0% 70.255,6 12,8%
AN IMOBILIÁRIA 6.190,1 3,5% 0,0 0,0% 6.190,1 1,1%
AN CONCESSÕES 814,2 0,5% 1.458,5 0,4% 2.272,6 0,4%
Total 178.923,8 100,0% 371.617,1 100,0% 550.540,8 100,0%
Por mercados geográficos o volume de negócios de 2007 teve a seguinte desagregação:
% 32,5% 67,5% 100,0%
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Volume de Negócios 2007Desdobramento por mercados
3,2%
41,5%
2,6%3,0%
17,3%32,5% Portugal
Angola
E.U.A.
Moçambique
S. Tomé e Príncipe
Outros
Valores em milhões de euros
Mercado 2007 % 2006 %
Portugal 178,9 32,5 214,9 38,2Angola 228,2 41,5 195,0 34,7E.U.A. 95,0 17,3 133,5 23,7Moçambique 16,4 3,0 10,1 1,9S. Tomé e Príncipe 14,5 2,6 5,5 0,9Outros* 17,5 3,2 3,3 0,6
Total 550,5 100,0 562,3 100,0
* Guiné, Costa Rica, Israel, Roménia, Argélia e Marrocos
Rendibilidade
Se os quadros acima permitem uma análise da evolução e composição por áreas de negócio dos
«outputs» os que se seguem permitem verificar o andamento da sua rendibilidade.
O quadro que se segue ao expor a formação dos resultados, nas suas principais componentes, para o
último triénio permite uma percepção abrangente sobre a trajectória que o grupo atravessa.
Se o ano de 2005 ao obter um resultado marginalmente positivo constituiu o ano de equilíbrio e de
viragem dos resultados (até então negativos), 2006 possibilitou o arranque para uma estratégia de
crescimento nos indicadores de rendibilidade que o ano de 2007 consolida e sustenta apesar do quadro,
ainda não favorável, que se continua a deparar ao sector de construção civil e obras públicas, no
mercado interno.
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Demonstração e Estrutura dos Resultados Consolidado s 2005 – 2007
Valores em milhares de euros; estrutura em % dos proveitos operacionais
Variação %Designação
2007 % VN 2006 % VN 2005 2007-2006
Volume de Negócios 550.541 97,5% 562.296 95,9% 553.773 - 2,1% Variação da Produção 2.401 0,4% 11.911 2,0% -7.411Outros Ganhos Operacionais 11.666 2,1% 12.053 2,1% 8.956Proveitos operacionais 564.607 100,0% 586.260 100,0% 55 5.318 -3,7% Custo Merc. Vend. e Mat. Cons. 148.442 26,3% 148.630 25,4% 126.244Fornecim. E Serviços Externos 249.700 44,2% 281.203 48,0% 303.832Custos c/ Pessoal 109.154 19,3% 101.652 17,3% 93.008Outros Custos Operacionais 18.970 3,4% 14.013 2,4% 10.798Provisões e Ajustam. de Valor 2.756 0,5% 2.476 0,4% 6.905Amort. e Perdas de Imparidade 12.093 2,1% 10.714 1,8% 9.584Resultado Operacional (EBIT) 23.492 4,2% 27.572 4,7% 4. 948 -14,8% Resultado Líq. Oper. Descont. 0 - -1.165 -0,2% -1.215Resultado Financeiro -10.943 -2,0% -11.760 -2,0% -1.351Resultado Antes Impostos 12.548 2,3% 14.647 2,5% 2.382 - 14,3% Impostos s/ Rendimento 187 - 7.907 1,3% 1.800Resultado Líq. do Exercício 12.361 2,2% 6.740 1,1% 581 8 3,4% Resultado Líq. Atrib. ao Grupo 12.040 2,2% 5.831 1,0% 4 13 106,5%
Os meios libertos operacionais (EBITDA)13 evoluíram positivamente atingindo em 2007 o valor de 36,2
milhões de euros face a 34,5 milhões um anos antes, crescendo 4,7% e passando a representar 6,6%
do volume de negócios (+0,4 pontos percentuais que em 2006).
No ano de 2007 verificou-se uma redução do resultado operacional, concentrado na área da construção
e explicado não apenas pelos motivos já referidos ao nível do volume de negócios como
especificamente pela ocorrência de dois factores com influência cumulativa:
a) Um efeito, não recorrente, que afectou positivamente o resultado do ano passado referente à reversão
de ajustamentos relativos à imparidade registada nos créditos abrangidos pelo protocolo de Angola e
que não tem, obviamente, paralelo no ano corrente.
b) Um efeito negativo no ano findo decorrente da conclusão de um processo relacionado com obras
concluídas em exercícios anteriores por parte de uma das subsidiárias dos Estados Unidos e que teve
um desfecho menos favorável do que o que estava antecipado.
13 Resultado Operacional +Amortizações do Exercício + Provisões e ajustamentos de valor líquidos de reversões
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 29 de 83
Em todas as restantes áreas 2007 revelou uma melhoria dos resultados operacionais.
Já o comportamento dos meios libertos operacionais (EBITDA)14, livres que estão do efeito dos
ajustamentos/reversões, evoluíram positivamente atingindo em 2007 o valor de 36,2 milhões de euros
face a 34,5 milhões um anos antes, crescendo 4,7% e passando a representar 6,6% do volume de
negócios (+0,4 pontos percentuais que em 2006).
A PC&NE 23 dá informação importante para a análise dos resultados financeiros consolidados. O custo
líquido de financiamento agravou-se, naturalmente, face ao aumento verificado nas taxas de juro e ao
aumento do nível de endividamento nos últimos meses do ano, passando de -6,5 milhões de euros para
-10,7 milhões. No entanto, um melhor comportamento ao nível dos outros itens financeiros
(designadamente o menor impacto das variações cambiais, por menor exposição, com a resolução da
dívida de Angola), face ao ano anterior e o diferencial entre o valor do investimento e o justo valor dos
activos e passivos na aquisição da CPE, permitiu uma melhoria dos resultados financeiros que ficaram
em -10,9 milhões em 2007 face a -11,8 milhões um ano antes.
Conjugando os resultados anteriores com uma menor incidência tributária a que não é alheio o maior
grau de internacionalização do grupo com fontes geradores de resultados sem tributação (subsidiárias
estrangeiras) e o reconhecimento de impostos diferidos, conduziu à obtenção de resultados
consolidados de 12,361 milhões de euros, dos quais 12,040 atribuíveis ao grupo, o que mais do que
duplica os resultados observados no ano anterior (+5,831).
O quadro seguinte evidencia o contributo de cada área de negócios para a formação dos sucessivos
níveis de resultados: operacionais, financeiros e líquidos:
Resultados Operacionais, Financeiros e Líquidos con solidados por áreas de negócios Valores em milhares de euros
Áreas de Negócios Res. Operac. Res. Financ. Res. Líq.
Grupo SGPS, SA + SERV. PARTILHADOS -3.177 5.690 5.086
AN CONSTRUÇÃO 20.720 -5.012 11.907
AN INDÚSTRIA 6.956 -2.711 3.743
AN IMOBILIÁRIA 51 -832 -622
AN CONCESSÕES -911 4.821 4.973
Ajustamentos de Consolidação/Dividendos -147 -12.900 -13.047
TOTAL 23.492 -10.943 12.040
Destaque-se:
• O contributo determinante da área de Construção e o peso já importante das Concessões, na
formação do resultado líquido do Grupo.
14 Resultado Operacional +Amortizações do Exercício + Provisões e ajustamentos de valor líquidos de reversões
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 30 de 83
• Só a área imobiliária, em nítida recuperação face aos anos anteriores, tem ainda um contributo
negativo para o resultado consolidado do exercício.
• Os resultados financeiros e líquidos do Grupo são positivos em virtude dos rendimentos
auferidos das participações sociais mas, naturalmente, estes são anulados na consolidação.
Evolução dos Activos Consolidados
Como nota prévia importa realçar que o Balanço à data de 31.12.2007 integra pela primeira vez no
perímetro de consolidação do grupo Soares da Costa da agora subsidiária CPE – Companhia de
Parques de Estacionamento, SA, o que afecta de modo significativo a comparabilidade face ao ano
anterior.
Nas notas seguintes, ressalvaremos, portanto, sempre que materialmente relevantes os efeitos desta
alteração.
Na composição do balanço consolidado e no que concerne aos activos podem-se tecer as seguintes
considerações:
i) O Goodwill mantém o mesmo valor do ano anterior 5,962 milhares de euros, respeitando ao
investimento na nossa associada Indáqua, da área das Concessões;
ii) O valor líquido dos activos fixos tangíveis cresce de 181,5 milhões de euros para 273,3
milhões (+ 91,8 milhões dos quais 67,7 milhões respeitam ao efeito CPE). É de registar o
aumento significativo da rubrica de terrenos e edifícios (+78,5 milhões dos quais 65,3
respeitam à CPE). Ao nível do equipamento básico houve um acréscimo significativo de
aproximadamente 15 milhões de euros relacionado fundamentalmente com investimentos
em equipamentos de produção no segmento da construção.
iii) Os Investimentos financeiros sofreram também um incremento significativo, passando de
35,1 para 64,2 milhões de euros. Para este aumento é decisivo o adiantamentos feito no
âmbito dos contratos-promessa de aquisição de acções da Scutvias, tendentes ao aumento
da participação do grupo nesta associada, no valor de 37 milhões de euros, mas cujos
contratos definitivos aguardam ainda decisões e autorizações de terceiros para plena e
formal concretização.
iv) Ao nível do activo corrente verificou-se um aumento substancial de 413,2 para 458,5
milhões de euros. Aqui o efeito CPE é desprezível sendo a variação justificada por um
aumento nos inventários de 12,6 milhões de euros e nos outros activos correntes (vide
PC&NE nº. 14) fundamentalmente relacionados com o princípio da especialização dos
exercícios nas obras em curso.
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 31 de 83
v) O montante de disponibilidades manteve um valor próximo do ano anterior, situando-se na
casa dos 32,2 milhões de euros
A distribuição das respectivas grandes rubricas de activos por áreas geográficas consta da parte final da
PC&NE 7, de que agregadamente se apresenta a seguinte distribuição espacial:
ACTIVOS CONSOLIDADOS 2007 Localização
26%64%
2%4%
4%
Portugal
Angola
E.U.A.
Moçambique
Outros
Evolução dos Capitais Próprios
A "Demonstração das alterações no capital próprio" que faz parte das demonstrações financeiras
evidencia todas as alterações ocorridas durante o exercício nos capitais próprios que passaram de 124,1
milhões em 31.12.2006 para 136,2 milhões em 31.12.2007.
Importa referir o seguinte:
Durante o exercício findo não houve operações de mercado que alterassem o capital social que, por
isso, mantém o valor de 160 milhões de euros (vide PC&NE 16).
A sociedade continua a não deter, directa ou indirectamente, acções próprias.
A evolução ocorrida respeita principalmente ao resultado gerado no exercício (+12,0 milhões de euros)
havendo movimentos em interesses minoritários e diferenças cambiais de transposição de valores
materialmente não significativos.
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 32 de 83
Evolução do Passivo Consolidado
O total do passivo aumentou de 519,9 milhões para 676,6 (+ 156,7 milhões de euros), tendo o efeito da
integração pela primeira vez da CPE contribuído com 29,9 milhões de euros.
No entanto, verificou-se uma melhor estrutura de exigibilidade ao situar-se esse aumento no passivo não
corrente (+ 176,6) contra uma redução no passivo corrente (-20,0).
Ao nível do passivo não corrente há a registar o seguinte:
• O valor de 100 milhões de euros nos empréstimos obrigacionistas correspondente à emissão, já
no final do exercício, por parte da sociedade de dois empréstimos obrigacionistas, sendo um de
20 milhões a uma maturidade de oito anos e o outro a dez anos, ambos com remuneração
variável indexada à EURIBOR.
• Um aumento nos empréstimos bancários (+66,7 milhões de euros) localizado fundamentalmente
na área das concessões.
• O valor das outras dívidas a terceiros em 31.12.2007 assume o valor de 8,7 milhões de euros,
que respeita na totalidade à nova subsidiária CPE.
Ao nível do passivo corrente a redução já referida acima (-20,0) é praticamente derivada da redução dos
empréstimos não obstante existir um efeito CPE, na ordem dos 15,7 milhões de euros que, caso
contrário, teria permitido uma diminuição bem mais acentuada.
O Net-debt no final de 2007 situa-se em 313,6 milhões de euros, face ao valor de 167,7 milhões de
euros do ano anterior, reflectindo o financiamento dos investimentos já referidos.
O quadro seguinte evidencia a evolução do «Net-debt» ao longo de 2007 tornando visível a localização
temporal deste aumento nos 3º e 4º trimestres.
0
50
100
150
200
250
300
350
2006-12 2007-03 2007-06 2007-09 2007-12
Evolução do Net-debt
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 33 de 83
É de salientar que o valor em Dezembro sofre o efeito da consolidação pela primeira vez, pelo método
integral, da CPE (+15,3 milhões).
Este aumento no endividamento é indissociável dos investimentos já realizados em 2007, relacionados
nomeadamente com o início da concretização das linhas de desenvolvimento estratégicas definidas no
âmbito do "Plano de Negócios 2007-2012, Ambição Sustentável", mas cujo contributo ao nível do EBIT e
EBITDA só se fará sentir nos exercícios futuros.
Podem-se identificar, sem dificuldade, os seguintes factores e aplicações para este aumento do
endividamento:
a) A consolidação pela primeira vez da CPE pelo método integral +15,3 milhões;
b) O valor do investimento necessário à aquisição da CPE e dos adiantamentos feitos por conta do
aumento da participação na Scutvias (+69,5 milhões de euros);
c) Aumento dos terrenos e edifícios (para além do efeito CPE) em 13,1 milhões de euros;
d) Aumento do Equipamento básico (para além do efeito CPE) em 14,5 milhões de euros;
e) Aumento de Outros activos fixos tangíveis (+3,8 milhões de euros);
O remanescente, cerca de 28,7 milhões de euros, resultou das necessidades de aumento do fundo de
maneio verificadas. Neste ponto cabe uma referência para as alterações legais ao nível do
funcionamento do IVA no sector da construção civil, as quais obrigaram as empresas a um esforço
adicional de tesouraria no financiamento de IVA. Em consequência, no balanço de 31.12.2007 o saldo
nas contas do Estado referente ao IVA a recuperar assumiu o valor de 17,3 milhões de euros.
Decomposição da Variação do Net-Debt
Consolidação da CPE
Invest. Financeiros
Edifícios
Equipamento básico
Outros activos fixostangíveis
Fundo de maneio
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 34 de 83
Evolução de alguns rácios e indicadores
O quadro abaixo exprime a evolução dos principais rácios e indicadores económico-financeiros
reportados às contas consolidadas do grupo:
Rácio /indicador 2007 2006 Variação
Liquidez Reduzida [(Activo Corrente – Invent.) / Passivo Corrente] 0,912 0,781 +16,7%
Liquidez Geral (Activo Corrente / Passivo Corrente) 1,238 1,058 +17,0%
Solvabilidade (Activo Líquido / Passivo Total) 1,201 1,239 -3,1%
Autonomia Financeira (Capitais Próprios / Activo Líquido) 16,76% 19,28% -2,52 p.p.
Margem EBITDA (EBITDA / Volume de Negócios) 6,57% 6,14% +0,43 p.p.
Net-debt / EBITDA 8,67 4,86 ---
Estes indicadores devem ser analisados no contexto global das demonstrações financeiras e da
actividade do grupo.
Os indicadores de liquidez e rendibilidade evoluem favoravelmente.
Os indicadores que envolvem o nível de endividamento são influenciados pela integração pela primeira
vez no Balanço consolidado de Dezembro de 2007 da CPE e pelo financiamento dos investimentos que
ao longo deste relatório já se fez referência, sem que, no entanto, a influência destes se tenha feito
sentir ainda em termos de contributo para o EBITDA, o que acontecerá a partir de 2008.
Análise das diversas Áreas de Negócio
Não obstante, não ser legalmente obrigada a elaborar e apresentar contas consolidadas, uma vez que
sendo detida integralmente pela Grupo Soares da Costa, SGPS, SA, entidade cotada e líder do Grupo, é
a esta que incumbe fazê-lo, as demonstrações financeiras consolidadas de cada uma das sub-holdings
dão informação de tal modo relevante sobre a evolução e «performance» dos respectivos segmentos do
negócio, que não se prescinde de apresentar neste documento alguns indicadores delas extraídos,
importantes para a compreensão da vida do grupo como um todo e das respectivas demonstrações
financeiras globais.
Por isso desenvolve-se em seguida uma análise ao comportamento das diferentes áreas de negócios,
com base na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas de cada uma das sub-holdings.
(Vide ainda PC&NE nº. 7 - Informação por segmentos).
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 35 de 83
Área de Negócio Construção
Considerações gerais; Indicadores consolidados
A execução de empreitadas gerais de construção e de engenharia civil, no país e no estrangeiro,
mantém-se como a actividade nuclear do Grupo.
A Soares da Costa Construção, SGPS, SA, é a sociedade que detém a titularidade das participações
sociais nesta área de negócios.
Durante o exercício em análise assistiu-se ao nível da área da construção a um reforço da actividade no
sul do país, à concretização do avanço do negócio do Metro de Telavive, ao desbloqueamento do
contrato de financiamento numa das concessões na Costa Rica e à confirmação da manutenção de altos
níveis de actividade em Angola.
Após o encerramento do exercício é de assinalar a aquisição ao grupo Sonae, da totalidade do capital
social da Contacto - Sociedade de Construções, SA. Esta aquisição é deveras significativa não apenas
pelo aumento do volume de negócios, mas também, especificamente, pela complementaridade e
integração de conhecimentos de outras vertentes do negócio de construção que aportará.
Volume de Negócios:
O quadro seguinte apresenta a discriminação do volume de negócios em 2007 da área de construção,
por empresas, comparando com o ano anterior.
Uma nota prévia para auxílio à compreensão e coerência da informação produzida. Aqui ao analisar a
área de negócios da construção, ou seja a este nível de consolidação, são de considerar apenas os
ajustamentos de consolidação inerentes às relações internas ao próprio segmento. No entanto, ao nível
consolidado do Grupo Soares da Costa, SGPS, há que proceder também às anulações inter-segmentos.
Daí que embora o VN da área da Construção, em 2007 seja de 479,8 milhares de euros, a influência
para o consolidado do grupo seja apenas de 471,7 milhões por haver contributos para os outros
segmentos.
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 36 de 83
AN CONSTRUÇÃO – VOLUME DE NEGÓCIOS valores em milhares de euros
2007 2006 Empresa Bruto Ajustam. Consol. Consol.
Variação %
SDC Construção, SGPS, SA 0 0 0 0 -
Soc. Constr. Soares da Costa, SA 355.599 -14.475 341.124 317.536 +7,4
Normetro ACE (17,9% do total) 15.899 -151 15.748 35.481 -55,6
Transmetro ACE (50% do total) 10.365 -1.334 9.030 11.497 -21,5
Outros ACE 2.364 -81 2.283 5.532 -58,7
SDC Contractor Inc 1.091 0 1.091 1.960 -44,4
Gaia CCMS 1.924 -1.924 0 12 --
SDC Construction Services 84.708 0 84.708 110.028 -23,0
Porto Construction Group 10.006 -788 9.218 21.450 -57,0
SDC Moçambique, SARL 4.624 -25 4.599 5.154 -10,8
SDC S. Tomé e Príncipe 10.340 0 10.340 5.478 +88,8
Carta 714 -236 478 564 -15,3
Carta Angola 6.623 -5.567 1.055 928 +13,7
SDC Const. Centroamericanas 172 0 172 139 +23,6
Total 504.428 24.581 479.847 515.760 -7,0
Como se vê pelo quadro acima a redução do volume de negócios é explicada pela redução ocorrida nas
subsidiárias dos Estados Unidos e nos agrupamentos complementares de empresas, tendo por outro
lado a Sociedade de Construções Soares da Costa, SA, a principal subsidiária do grupo, aumentado a
sua participação.
Esta evolução tem quase óbvias explicações. Nos Estados Unidos da América em geral e na Florida em
particular, mercado onde nos inserimos, a crise do imobiliário afectou significativamente o mercado. Por
outro lado, reportando estas subsidiárias em dólares o volume de negócios expresso em euros ressente-
se da utilização de uma taxa de câmbio que sobrevaloriza o euro relativamente ao ano anterior.
Nos agrupamentos complementares de empresas grande parte dos projectos estão concluídos ou em
fase de conclusão pelo que, naturalmente, por esgotamento do seu objecto, o contributo que agora dão
para o volume de negócios é bastante inferior. É o caso, nomeadamente, dos ACE's relacionados com
as obras do Metro do Porto.
Uma pequena nota para a interessante comparticipação da subsidiária de S. Tomé e Príncipe, com um
valor superior a 10 milhões de euros.
O quadro seguinte apresenta a estratificação do volume de negócios da área de construção por
segmentos geográficos:
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 37 de 83
Volume de Negócios Consolidado da Construção 2007Desdobramento por mercados
2,0%
41,8%
2,4%3,4%
19,8%30,7%
Portugal
Angola
E.U.A.
Moçambique
S. Tomé e Príncipe
Outros
Cabe aqui uma referência para a constituição no ano de 2007 da sucursal da Sociedade de Construções
Soares da Costa, SA, em Israel, necessária face ao projecto do metro de Telavive e para a constituição,
já no início de 2008, da sucursal da mesma empresa, em Cabo Verde.
O mercado externo acentua o seu peso relativo passando a representar 69,3% do volume de negócios.
Resultados
A AN da Construção é muito importante para o resultado do grupo, atingindo o resultado líquido
consolidado da Soares da Costa Construção, SGPS (normativo IAS/IFRS) em 2007 o valor atribuível ao
grupo de 11,9 milhões de euros que se aproxima do próprio resultado líquido consolidado do exercício
do grupo como um todo. Façamos em seguida uma pequena incursão sobre o modo como este
resultado foi formado aos diversos níveis.
Ao nível operacional o resultado consolidado da área de negócios da Construção situou-se em 20,7
milhões, o que compara com 32,2 milhões um ano antes.
Para além do efeito cambial já acima referido a propósito do volume de negócios e que também afecta,
ainda que em menor medida, os resultados operacionais, é importante frisar, numa análise comparativa,
dois factores, não recorrentes que, conforme já acima realçámos, têm um peso explicativo bastante
importante nesta evolução:
a) Um efeito que afectou positivamente o resultado do ano passado referente à reversão de
ajustamentos relativos à imparidade registada nos créditos abrangidos pelo protocolo de Angola e que
não tem, obviamente, paralelo no ano corrente.
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 38 de 83
b) Um efeito negativo no ano findo decorrente da conclusão de um processo relacionado com obras
concluídas em exercícios anteriores por parte de uma das subsidiárias dos Estados Unidos e que teve
um desfecho menos favorável do que o que estava antecipado.
Já ao nível do EBITDA gerado a redução é menos acentuada fixando-se em 2007 no valor de 27,9
milhões, correspondendo a uma margem relativamente ao volume de negócios de 5,8% contra o valor
de 33,7 milhões e margem de 6,5%, um ano antes.
Os resultados financeiros registaram uma melhoria importante passando de -8,2 milhões para -5,0
milhões, com um efeito conjugado de um aumento, natural, do custo líquido de financiamento, mas uma
redução substancial e mais do que compensatória no saldo das outras rubricas financeiras.
Combinando os resultados acima expostos com uma menor taxa efectiva de tributação relativamente ao
ano passado o resultado consolidado atribuível ao grupo atingiu os 11,9 milhões de euros já referidos.
Descendo no nível analítico, em seguida faz-se uma incursão por cada uma das empresas pertencentes
a esta área de negócios. Os valores apresentados adiante, salvo referência em contrário referem-se às
demonstrações financeiras individuais (contas estatutárias) das participadas, sendo as nacionais
elaboradas segundo os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal (normas nacionais de
contabilidade - POC).
SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
É a sociedade que encabeça a área de negócios de construção e que detém a titularidade das
participações sociais deste segmento.
Em termos individuais (contas POC), não tendo prestado serviços, registou resultados operacionais
negativos de 56 mil euros. Durante o exercício o montante de dividendos auferidos foi apenas de 33,750
milhares de euros pelo que considerando a globalidade da função financeira os resultados foram
marginais (-10 mil euros).
Por conseguinte e ao contrário do ano anterior em que obtivera dividendos elevados provenientes da
construtora nacional, a principal subsidiária, os resultados líquidos obtidos foram marginalmente
negativos (-39,6 milhares de euros).
O passivo da empresa no valor de 23,7 milhões de euros é fundamentalmente proveniente de dívidas a
empresas do grupo 23,0 milhões, enquanto o activo de 120,7 milhões é constituído na essência pelos
investimentos financeiros: partes de capital em empresas do grupo, empréstimos a empresas do grupo e
títulos e outras aplicações financeiras. Durante o exercício é de referir o aumento de capital ocorrido na
«joint-venture» da Roménia, em que a participação de 50% do capital elevou-se para 500.000 euros,
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 39 de 83
tendo ainda havido investimentos adicionais mediante financiamentos concedidos a empresas do grupo
(+4,7 milhões de euros).
Os capitais próprios viram-se reduzidos por força da distribuição de dividendos ao accionista Grupo
Soares da Costa, SGPS, SA, ocorrida durante o exercício no valor de 9,9 milhões de euros.
Conforme foi anunciado ao mercado pela empresa-mãe a sociedade celebrou já em 2008 um contrato
que visou a aquisição de 100% do capital da construtora "Contacto - Sociedade de Construções, S.A.".
SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA
É a empresa âncora do Grupo, opera no mercado como empreiteiro geral e dispõe da mais ampla
capacidade técnica na execução de obras de engenharia civil e obras públicas nos mais variados
domínios. Continua a representar entre todas as empresas do grupo aquela que maior contribui para o
volume de negócios consolidados (71,2% na área de construção).
Não obstante o ambiente ainda sentido de quebra de produção do sector no mercado interno a
Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A, registou uma dinâmica de actividade interessante
aumentando a sua penetração no sul do país e prosseguiu a estratégia de internacionalização
sustentada a par de uma constante atenção a novas oportunidades de negócio.
O volume de negócios (Vendas + Prestações de Serviços+ Prestações Suplementares) da sociedade
situou-se em 2007 em 355,6 milhões de euros registando um crescimento de 7,1% relativamente ao
exercício anterior.
A desagregação por mercados geográficos foi a seguinte:
Mais expressivo ainda foi o crescimento dos proveitos operacionais com o registo de 370,7 milhões de
euros face a 334,1 em 2006 o que evidencia um crescimento de 11,0% para o qual contribuiu com maior
importância a variação da produção positiva de 8,2 milhões, quando no exercício anterior havia sido
marginalmente negativa. Este aumento dos produtos e trabalhos em curso está relacionado com um
Mercados Valor - euros %
Portugal 126.818.091 35,66%
Angola 199.702.718 56,16%
Moçambique 12.242.961 3,44%
Guiné Bissau 8.823.521 2,48%
Outros 8.011.725 2,25%
Total 355.599.016 100
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 40 de 83
grande contrato em execução no sul do país e a especificidades conjunturais relacionadas com
cronogramas de facturação em obras no estrangeiro.
Rendibilidade
Ao nível dos resultados líquidos superou-se o bom nível de desempenho verificado no ano anterior,
cifrando-se em 12,4 milhões de euros revelador de um crescimento de 4,9%, com os resultados
operacionais a cifrarem-se em 20,2 milhões em nível próximo ao registado um ano antes (21,5 milhões).
Os resultados financeiros, conforme é natural, foram negativos em -2,3 milhões de euros, que não
diferindo substancialmente da ordem de grandeza do ano anterior (-2,1 milhões) incorporam o efeito do
aumento verificado nas taxas de juro. Já os resultados extraordinários (vide desenvolvimento na nota 46
anexa ao balanço e demonstração de resultados) sendo também negativos em 1,1 milhões, não
penalizaram tanto os resultados quanto no ano anterior (-2,3 milhões). Esta redução e uma menor taxa
efectiva de imposto possibilitaram a evolução positiva dos resultados líquidos já acima referida.
O EBITDA cifrou-se em 28,9 milhões em linha com o ano anterior (29,4), situando-se o rácio EBITDA/
Volume de Negócios em 8,1%.
Evolução do Activo
O Activo total mantém uma expressão quantitativa em termos globais semelhante face ao ano anterior,
(372,5 face a 373,6 milhões de euros) mas há a registar uma substancial alteração da estrutura da sua
composição, com uma subida forte do activo imobilizado e um decréscimo do circulante.
O imobilizado corpóreo passou de 40,3 milhões de euros em finais de 2006 para 59,6 milhões em
31.12.2007 para o que contribuiu a rubrica de Equipamento Básico, cujo saldo à data do fecho dos
balanços mais do que duplicou (passando de 9,0 milhões para 22,1 milhões), revelador do esforço de
investimento da empresa em equipamentos de produção nomeadamente em Angola e na Roménia. Em
sentido contrário os investimentos financeiros reduziram-se de 8,1 milhões para 1,9 milhões traduzindo o
desinvestimento nos títulos de dívida pública de Angola.
No circulante, as existências tiveram um incremento significativo (+18,1 milhões) passando para 82,5
milhões de euros; o peso maior da actividade internacional designadamente em África impõe outras
exigências nos processos de aprovisionamento que tendem a aumentar o valor dos stocks. Por sua vez
as dívidas de terceiros sofreram uma redução muito substancial de 221,1 para 168,2 milhões de euros
em razão fundamental da evolução dos saldos com entidades do grupo.
Ao nível dos créditos correntes uma pequena referência para o saldo com o Estado em resultado das
alterações legais ao nível do funcionamento do IVA no sector da construção civil, que entraram em vigor
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 41 de 83
em Abril, que veio impender sobre as empresas do sector mais uma dificuldade adicional em termos de
gestão financeira que resulta de tais medidas legislativas não terem sido acompanhadas de outras que
agilizassem os procedimentos e/ou encurtassem o período de realização dos reembolsos de IVA devidos
pelo Estado.
As disponibilidades apresentam um valor de 18,9 milhões de euros, nível que preserva a empresa de
riscos imediatos de liquidez e os acréscimos e diferimentos positivos, inerentes ao processo de
especialização dos exercícios, sofreram um acréscimo com significado situando-se numa ordem de
grandeza (41,5 milhões) ainda inferior ao dos acréscimos e diferimentos passivos (44,0).
Capitais Próprios
O capital social no montante de 50 milhões de euros é integralmente detido pela Soares da Costa
Construções, SGPS, SA, não tendo havido alterações no exercício. Por outro lado, não se verificou
distribuição de fundos próprios nem registos que afectassem directamente as rubricas de capital e/ou
reservas pelo que a evolução registada nos capitais próprios de 75,5 milhões em finais de 2006 para
87,9 milhões no final do exercício ora findo corresponde ao reconhecimento dos resultados do exercício
(+12,4 milhões).
Este nível de capitais próprios (antes da decisão sobre a aplicação do resultado) permite a obtenção de
um rácio de autonomia financeira de 23,6% bastante acima dos 20,2% verificado um ano antes.
Passivo
O passivo voltou a registar no exercício uma nova descida (de 298,1 em finais de 2006 para 284,6
milhões de euros no final do exercício que agora se encerra, quando em finais de 2005 atingia 333,4).
Esta evolução favorável ocorre na decorrência das seguintes variações mais significativas:
- Dívidas a instituições de crédito -8,1 milhões
- Fornecedores (globalmente) -4,5 milhões
- Outros credores -5,0 milhões
- Acréscimos e diferimentos passivos +4,3 milhões
A melhor dotação de fundos próprios pelos resultados gerados e a evolução verificada ao nível das
taxas de juro fazendo aumentar o custo de financiamento recomendaram esta redução ao nível do
passivo remunerado, situando-se no final do ano de 2007 o «net-debt» em 46,1 milhões face a 66,7
milhões um ano antes.
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 42 de 83
Conjugando o Net-debt com o EBITDA constata-se uma redução substancial do múltiplo do net-debt face
ao EBITDA que passa de 2,26 em finais de 2006 para 1,60 em 2007 o que realça de forma bem evidente
a boa situação económica - financeira da empresa.
Mais expressivo ainda foi o crescimento dos proveitos operacionais com o registo de 370,7 milhões de
euros face a 334,1 em 2006 o que evidencia um crescimento de 11,0% para o qual contribuiu com maior
importância a variação da produção positiva de 8,2 milhões, quando no exercício anterior havia sido
marginalmente negativa.
A Sociedade de Construções Soares da Costa, SA, participa em vários Agrupamentos Complementares
de Empresas, dos quais em 2007 estiveram activos na execução de empreitadas, com actividade
relevante, os seguintes:
ACE's do Metro do Porto: «NORMETRO»; «TRANSMETRO» e «Somague - Soares da Costa»
Como se sabe estes ACE's foram criados especificamente no âmbito do projecto do Metro do Porto. A
«Normetro» foi a entidade adjudicatária, a «Transmetro» o ACE onde se concentraram os trabalhos de
construção civil e o terceiro «Somague - Soares da Costa» esteve relacionado com a construção da
Linha do Aeroporto. Tal como os demais ACE's referidos neste relatório foram constituídos sem capital
próprio.
Estes ACE's são consolidados proporcionalmente nas percentagens de 17,9% na Normetro e 50% na
Transmetro e no «Somague - Soares da Costa».
O contributo destes ACE's no exercício findo para o volume de negócios consolidado, dado o estado
final dos projectos, baixou muito significativamente face ao exercício anterior totalizando o volume de
negócios de 26,4 milhões e tendo o resultado líquido de 138,6 milhares de euros.
Grupo Construtor da Feira, ACE
A participação do grupo neste ACE é de 28,57%. Na sequência da celebração do Aditamento ao
Contrato de Concessão em Dezembro de 2006, pôde o ACE reiniciar a sua actividade no âmbito da
construção do Sistema de Abastecimento de Água e Redes de Saneamento de que a Indáqua Feira
(concessionária) é a cliente.
Teve no exercício de 2007 o volume de negócios de 7,0 milhões de euros. Como o ACE repercute os
custos e os proveitos aos seus membros, na proporção das suas participações, o resultado que obteve
foi nulo sendo reconhecido directamente pelas agrupadas.
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 43 de 83
OUTROS ACE'S
A Sociedade de Construções Soares da Costa, SA, participa em vários outros agrupamentos
complementares de empresas não especificamente referidos acima. A sua identificação e percentagem
de participação constam das PC&NE nºs. 4 e 6.
ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA:
A actividade nos Estados Unidos da América concentra-se no Estado da Florida, sendo desenvolvida
pelas seguintes subsidiárias:
SOARES DA COSTA AMERICA, INC
SOARES DA COSTA CONSTRUCTION SERVICES, LLC
PORTO CONSTRUCTION GROUP, LLC
SOARES DA COSTA CONTRACTOR, INC
GAIA CONTRACTING & CONSTRUCTION MANAGEMENT SERV ICES, LLC
A Soares da Costa América, Inc, é detida a 100% pela subholding da Construção e detém as
participações de 60% do capital da Porto Construction Group LLC e de 80% na Soares da Costa
Construction Services LLC.
A Soares da Costa América, Inc, não desenvolve actividade operacional. Teve um resultado líquido de
269,6 mil euros sustentado no reconhecimento de activos por impostos diferidos.
A Porto Construction Group é uma empresa que desenvolve a actividade de subempreitadas de betão
para edifícios residenciais e comerciais tendo obtido em 2007 um volume de negócios de 10,0 milhões
de euros e obtido o resultado de 475 milhares de euros.
A Soares da Costa Construction Services LLC, é a empresa operacional de maior envergadura, tendo
obtido um volume de negócios superior a 116 milhões de dólares, correspondentes a 84,7 milhões de
euros e com um resultado operacional de 601 milhares de euros. A função financeira, no entanto,
neutraliza aquele efeito, sendo o resultado líquido marginalmente positivo (+34 mil euros)
A Soares da Costa Contractor, Inc por sua vez detém a 100% a Gaia - Contracting and Construction
Management Services, LLC. A resolução no ano findo de um «dossier» relacionado com obras antigas
conduziu a um resultado final inferior ao que estava antecipado nas contas contribuindo para o resultado
líquido apurado de -2,7 milhões de euros.
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 44 de 83
A Gaia, LLC opera na área de serviços, prestando serviços internos partilhados às restantes empresas
do grupo e alguns serviços externos de consultoria e gestão de projectos. Teve prestações de serviços
de 1,9 milhões de euros com resultado negligenciável.
Durante o ano de 2007 foi constituída uma nova sociedade a «Soares da Costa Civil, LLC» detida pela
Soares da Costa América, Inc, na proporção de 80%, que, porém, no ano findo ainda não teve
actividade relevante.
Uma nota final para o efeito que a desvalorização do câmbio USD - Euro produz na conversão das
contas destas subsidiárias. Tendo o volume de negócios global destas participadas sido de 134,7
milhões de USD caso não existisse o efeito de desvalorização cambial ter-se-ia obtido um valor expresso
em euros superior em cerca de 9,1 milhões de euros ao que efectivamente foi produzido.
SOARES DA COSTA MOÇAMBIQUE, SARL (Moçambique )
Manteve-se a participação de 80% nesta sociedade por via da subholding da Construção.
Registou em 2007 um volume de proveitos operacionais de 4,6 milhões de euros inferior ao concretizado
no ano anterior (5,3 milhões) e com a obtenção de resultados do exercício ligeiramente superiores (87
milhares de euros face a 128 milhares em 2006).
Neste mercado a obra em curso de maior significado é a construção da ponte sobre o Rio Zambeze,
com envolvimento da sucursal da construtora nacional.
Ao nível da subsidiária merece destaque a reabilitação de edifícios hoteleiros (Apart-Hotel VIP Maputo e
Hotel Vip-Inn) e hospitalares (Hospitais de Lichinga e Montepuez).
As previsões para 2008 apontam para um crescimento muito significativo da facturação desta empresa.
COSTA RICA
SOARES DA COSTA CONSTRUCCIONES CENTROAMERICANAS, SA (Costa Rica)
CONSTRUTORA SAN JOSÉ – SAN RAMON, SJSR, SA (Costa R ica)
CONSTRUTORA SAN JOSÉ CALDERA CSJC, SA (Costa Rica)
Estas empresas foram constituídas tendo em vista a construção das infra-estruturas exigidas pelas duas
concessões de exploração de auto-estradas na Costa Rica, adjudicadas ao consórcio internacional onde
está presente a empresa congénere da Área de Negócios das Concessões.
A primeira é detida a 100% pela subholding da Construção enquanto que nas outras duas a
percentagem de participação é de 17% estando excluídas da consolidação.
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 45 de 83
Merece registo a realização já em finais de 2007 do contrato de financiamento da construção da Auto-
Estrada San José - Caldera, prevendo-se, por outro lado, que se inicie no segundo semestre de 2008 a
construção da Auto-Estrada San José - San Ramon.
SOARES DA COSTA S. TOMÉ E PRÍNCIPE CONSTRUÇÕES, SA (S. Tomé e Príncipe) Detida a 100% pela subholding da Construção esta sociedade foi constituída em 2005. Tem a seu cargo
a execução das empreitadas de construção da urbanização Vila Maria (empreendimento de luxo) e do
hotel Forte S. Jerónimo (hotel de 5 estrelas) cujas conclusões estão previstas para 2008 e da Escola
Secundária da Trindade.
O volume de negócios em 2007 teve uma subida pronunciada situando-se em 10,3 milhões de euros, o
que compara com 5,4 milhões no ano anterior e registou um resultado de 346 mil euros. O final das
obras acima mencionadas e a estreiteza do mercado, com muito poucos lançamentos, não permite a
manutenção deste nível de actividade em 2008.
GRUPUL PORTUGHEZ DE CONSTRUCTII, SRL (Roménia )
Postada em aproveitar as potencialidades de crescimento do mercado do leste europeu, o grupo detém
uma participação de 50% nesta subsidiária a par da sucursal no país da Sociedade de Construções
Soares da Costa, SA.
Esta empresa é consolidada por equivalência patrimonial tendo contribuído com um resultado em 2007
pouco significativo.
O volume de negócios em carteira neste mercado, na proporção correspondente aos interesses do
grupo, é já superior a 40 milhões de euros.
CARTA, CANTINAS E RESTAURAÇÃO LDA.
CARTA, RESTAURAÇÃO E SERVIÇOS, LDA. (Angola)
Estas empresas, vocacionadas para a restauração industrial, exploram as cantinas fixas das empresas
do Grupo e as cantinas de obra.
Considerando a situação do mercado interno da construção e tal como previsto no relatório anterior o
volume de negócios da Carta, Cantinas e Restauração, Lda., sofreu uma redução, situando-se em 714
mil euros, tendo apresentado resultados ligeiramente negativos (-21 mil euros).
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 46 de 83
Já a evolução da sua subsidiária angolana, revela um potencial bastante interessante.
Apesar da juventude Carta (Angola) apenas com dois anos de actividade operacional no exercício de
2007 consolidou-se a evolução confirmando as potencialidades que sustentaram as decisões
estratégicas oportunamente tomadas.
A evolução ocorrida no ano findo permitiu sustentar o objectivo definido de alargamento da actividade
para novas regiões do território angolano, e da sua área de actualização na zona de Luanda. Neste
sentido, concretizou-se a abertura de uma nova unidade produtiva no Lobito considerada como ponto de
partida para a expansão da actividade da empresa naquela zona do território angolano.
O volume de negócios cifrou-se em mais de 6,6 milhões de euros apresentando resultados operacionais
e líquidos positivos respectivamente de 239 e 144 milhares de euros.
De salientar a decisão de aquisição de um terreno na Zona Industrial de Viana com o objectivo de
construir novas instalações que servirão de suporte ao aumento previsível da actividade no futuro.
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 47 de 83
Área de Negócio Indústria
Considerações gerais; Indicadores consolidados
Neste segmento é a Soares da Costa Indústria, SGPS, SA a sociedade que encabeça a estrutura e que
é a titular directa das participações sociais mais relevantes. No entanto, a Clear é que detém 95% da
subsidiária Clear Angola e a Somafel detém as participações na “Somafel e Ferrovias, ACE” e na OFM.
O quadro seguinte expressa a decomposição do volume de negócios da AN Indústria, permitindo uma
comparação com o ano anterior.
AN INDÚSTRIA – VOLUME DE NEGÓCIOS de 2007 Valores em milhares de euros
2007 2006 Empresa Bruto Ajustam. Consol. Consol.
Variação
Soares da Costa Indústria, SGPS, 0 0 0 0 - Maxbela 8.395 97 8.299 7.418 11,9%
Clear 40.082 18.876 21.206 23.016 -7,9%
Clear Angola 35.993 155 35.838 23.828 50,4%
Socometal 13.329 100 13.229 5.598 136,3%
Navegaia 608 0 608 127 379,1%
Somafel (40% do total) 10.667 311 10.356 10.602 -2,3%
OFM (40% do total) 9.796 458 9.338 7.005 33,3%
Somafel e Ferrovias, ACE (24%) 71 58 13 1.244 -99,0%
TOTAL 118.942 20.054 98.888 78.837 25,4%
Durante o ano de 2007 este segmento teve um crescimento notável com praticamente todas as
empresas a aumentarem o volume de negócios (excepção do ACE) como o quadro supra evidencia.
O resultado líquido consolidado desta AN foi positivo de 3,743 milhões de euros que compara com
apenas 0,334 milhões verificado no exercício anterior.
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 48 de 83
O resultado operacional obtido em 2007 no valor de 6,956 milhões de euros mais do que triplicou o valor
observado um ano antes, tendo o EBITDA atingido o valor de 9,188 milhões de euros, correspondendo a
9,3% do volume de negócios.
Apresenta-se em seguida uma sucinta abordagem de cada empresa, com os indicadores referidos a
respeitarem às respectivas demonstrações financeiras individuais:
SOARES DA COSTA INDÚSTRIA, SGPS, SA
Esta empresa não tem efectivos e como tal não presta serviços. O seu activo é composto
essencialmente pelos investimentos financeiros que à data do fecho do exercício totalizam 51,504
milhões de euros para um total de balanço de 53,986 milhões. Durante o exercício as partes de capital
quer em empresas do grupo, quer em empresas associadas, não tiveram alterações, enquanto os
empréstimos a empresas do grupo tiveram um aumento em resultado da realização de prestações
acessórias de capital na Construções Metálicas Socometal, SA, no valor de 600 mil euros e da
concessão de suprimentos de 340 mil euros à Navegaia – Instalações Industriais, SA.
O resultado líquido do exercício foi de 3,662 milhões de euros (face a 1,631 milhões de euros, no
exercício anterior) justificado pelos rendimentos de participação de capital (dividendos auferidos) que
passaram de 1,580 milhões de euros no exercício de 2006 para 3,612 no exercício ora findo.
CLEAR - INSTALAÇÕES ELECTROMECÂNICAS, SA
A Clear apresenta nas suas contas individuais um volume de negócios de 40,082 milhões (face a total de
45,175 milhões em 2006), reflectindo as dificuldades em angariar novos projectos sentidas no início do
ano.
Em termos relativos a electricidade continua a ser o sector com maior contributo (45%), contribuindo a
climatização e a hidráulica com 30% e 25%, respectivamente.
No entanto, os resultados operacionais (EBIT) ascenderam a 4,553 milhões de euros superiores aos
4,200 milhões de euros do ano anterior.
Os resultados financeiros passaram de 554 milhares de euros para 15,6 milhares, sendo relevante
informar que estes números registam já o reconhecimento (por via da adopção do método da
equivalência patrimonial) do resultado da sua participada Clear Angola (1,613 milhares de euros em
2006 e 2.166 milhares em 2007).
Os resultados líquidos de 4,240 revelaram um crescimento de +8,0%.
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 49 de 83
Transitou para 2008 uma carteira firme de encomendas de 17,5 milhões, 50% acima do ano anterior,
embora ainda abaixo das pretensões.
O objectivo para 2008 é ambicioso, conta com o crescimento da actividade em Portugal e com o reforço
do apoio à filial Clear (Angola), prevendo-se um volume de negócios de 56 milhões de euros.
O esforço de internacionalização da empresa insere-se no contexto da internacionalização do Grupo
como um todo. Assim, para além do mercado de Angola, onde opera através da subsidiária Clear
Angola, abaixo analisada, deu continuidade às obras da Urbanização da Vila Maria e do
Empreendimento Forte de S. Jerónimo (iniciadas em 2006), ambas em S. Tomé e Príncipe, com a
presença das três especialidades: AVAC, Electricidade e Sanitária.
CLEAR ANGOLA – INSTALAÇÕES ELECTROMECÂNICAS, LDA .
Esta empresa é a subsidiária em Angola da Clear, que detém 95% do capital, e desempenha
basicamente nesse território o mesmo objecto social da sua empresa-mãe.
A Clear Angola teve um desempenho muito positivo neste exercício quer na esfera comercial quer em
termos de produção. Participou em diversos projectos de grande dimensão e complexidade, com
destaque para a «Clínica Girassol» cujos trabalhos ficaram concluídos no final do exercício e as «Torres
Atlântico» que deverão ficar concluídos em 2008.
O volume de negócios ascendeu a 35,993 milhões de euros, um crescimento superior a 50% face ao
ano anterior. O EBITDA situou-se em 2,629 milhões de euros, mais 460,73 mil euros e o resultado
líquido ascendeu a 2,280 milhões de euros (+34,3% do que um ano antes).
Assim, as prestações de serviços atingiram a cifra de 35,715 milhões de euros para um total de proveitos
operacionais de 35,398 milhões, cumprindo os objectivos traçados e obtendo um resultado operacional
de 2,343 milhões de euros.
Considerando o volume confortável de obras em carteira estima-se para 2008 um (novo) crescimento do
volume de negócios, podendo atingir ao 40 milhões de euros.
MAXBELA – SOLUÇÕES EM MADEIRA E ALUMÍNIOS, SA
O volume de negócios (Vendas+Prestações de Serviços+Proveitos Suplementares) da Maxbela situou-
se em 8,4 milhões de euros, acima do valor do ano anterior (7,8 milhões de euros), mas inferior aos dez
milhões orçamentados o que associado ao facto de não ter havido uma produção continuada durante o
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 50 de 83
exercício fundamentalmente na área da carpintaria, veio a revelar-se insuficiente para que a empresa
alcançasse o desejado equilíbrio económico.
Os resultados operacionais foram negativos de 192 milhares de euros aos quais juntando-se os
resultados da função financeira conduziram a resultados correntes de -426 milhares de euros, piores do
que um ano antes (-105 mil euros).
Os resultados líquidos situaram-se em -311 mil euros.
Apesar dos resultados o nível de angariações fez melhorar o montante de obras em carteira para 9,3
milhões de euros.
Considerando que uma parte significativa dos negócios da empresa se orientam para o segmento da
construção do grupo, e na linha prosseguida de a área da Indústria não ser estratégica, é previsível em
2008 a integração desta unidade industrial na área da Construção.
CONSTRUÇÕES METÁLICAS SOCOMETAL, SA
O volume de negócios da Socometal durante o exercício findo evidenciou uma excelente recuperação
situando-se em 13,3 milhões de euros, multiplicando por 2,3 vezes o valor ainda que deprimido do
exercício precedente. Em parte tal evolução contempla a facturação de trabalhos que estavam em curso,
pelo que a variação da produção foi no exercício negativa no montante de -1,5 milhões de euros.
Trata-se de um volume de negócios no limiar do «break-even» operacional pelo que os resultados desta
natureza situaram-se em valor marginalmente negativo (-87 mil euros) a bastante distância do valor
fortemente negativo e penalizador do exercício anterior (-1,9 milhões).
Com a influência dos resultados financeiros de -483 mil euros, também melhores do que um ano antes, a
empresa apresenta um resultado líquido em 2007 de -648 mil euros.
No referente ao balanço, na estrutura do activo é de relevar um aumento do valor líquido das
imobilizações corpóreas em cerca de 100 mil euros explicada pelo aumento verificado no equipamento
básico, uma redução acentuada das existências (-844 milhares de euros) com aumento do valor dos
créditos sobre terceiros, face à evolução dos clientes e aumento das disponibilidades.
No segundo membro do balanço a estrutura é praticamente idêntica ao do ano anterior. Ao nível dos
capitais próprios a redução por via do resultado foi compensada com o reforço por entradas acessórias
de capital permitindo uma autonomia financeira de 15,3%.
O volume de obras em carteira para 2008 em montante superior a 11 milhões de euros permite
expectativas para 2008 em linha com o ano agora findo.
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SOMAFEL – ENGENHARIA E OBRAS FERROVIÁRIAS, SA
O grupo detém por via da subholding indústria 40% do capital desta empresa que é consolidada pelo
método proporcional.
A Somafel é uma empresa altamente especializada na construção, renovação e conservação de infra-
estruturas ferroviárias e sua electrificação, incluindo as de Alta Velocidade (Certificação ISO 9001:2000 e
145001:2004), actuando num dos subsectores de maior potencial de actividade em toda a Europa.
Porém, no mercado nacional manteve-se a situação de apatia total, pelo que a Somafel prosseguiu o
seu projecto de internacionalização.
Em Marrocos concluíram-se os projectos de duplicação de via entre Meknes e Fés, e entre Nouacer e
Jorf Lasfar. Arrancaram já perto do final do exercício dois novos projectos entretanto angariados: a
ligação ferroviária entre Taurirt e Nador e os trabalhos de renovação integral de via simples entre Tânger
e Mecheraa Bel Ksiri.
Na Argélia iniciaram-se os trabalhos de renovação de via entre Gourzi/Buiskra/Touggourt cuja
empreitada está a ser executada por um consórcio liderado pela Somafel.
Na Tunísia, em consórcio com outra empresa portuguesa, ganhou a empreitada de electrificação da
extensão da linha oeste do metro ligeiro para o Campus Universitário de Manouba na cidade de Tunes,
cujos trabalhos decorrerão em 2008.
O volume de negócios situou-se em 26,668 milhões de euros, 9,6% abaixo do ano anterior. O EBITDA
registou 3,367 milhões de euros e com os resultados financeiros positivos de 851 milhares de euros (que
englobam o resultado da OFM por equivalência patrimonial), conduziram à obtenção de um resultado
líquido de aproximadamente 640 milhares de euros.
OFM – OBRAS PÚBLICAS, FERROVIÁRIAS E MARÍTIMAS, SA
A OFM em 2007 voltou a crescer atingindo o volume de negócios de 24,491 milhões de euros (+32%),
concentrado essencialmente no mercado nacional onde participa em projectos de grande dimensão, tais
como, a "empreitada de construção do terminal de Santo Ovídeo, em Gaia" e a "empreitada de
instalação de via betonada no troço Baixa-Chiado-Sta. Apolónia", em consórcio com a Somafel.
Nas obras marítimas merecem destaque a "execução de um cais de acostagem na unidade de moagem
de clinqueres na Mitrena/Setúbal" . No estrangeiro tem intervenções no mercado da Argélia onde
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 52 de 83
concluiu a empreitada no porto petrolífero de Bejaia e iniciou os trabalhos de uma empreitada de grande
dimensão em associação com outras empresas portuguesas no porto de Oran.
O EBITDA atingiu o valor de 1,388 milhões de euros (+74%) e o resultado líquido do exercício situou-se
em 330,17 milhares de euros (+185,15 mil euros que um ano antes).
Transita para 2008 uma carteira de encomendas superior a 28 milhões de euros, prevendo-se um
volume de negócios superior.
NAVEGAIA – INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS, SA
Conforme foi devidamente explicitado no relatório de 2006 a operação de trespasse da actividade
industrial até então exercida motivou que no ano agora findo a Navegaia se tenha limitado ao
arrendamento das suas instalações industriais e à gestão da liquidação dos activos e passivos que
ficaram sob a sua responsabilidade.
O volume de negócios foi de 608 milhares de euros, influenciado pela alienação das existências que à
data do final de 2007 passaram a ser nulas. O resultado líquido foi negativo cifrando-se em -233
milhares de euros, face a -812 no ano de 2006.
Como estava previsto, a empresa a quem foi trespassada a actividade da então Prégaia, deslocalizou a
sua actividade, libertando as instalações. Presentemente estão-se a iniciar os processos de adequação
das ex-instalações fabris às necessidades de outras empresas do Grupo, confirmando-se a perspectiva
de a Navegaia actuar fundamentalmente na área imobiliária.
A empresa já não tem pessoal ao serviço.
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Área de Negócio Concessões
Considerações gerais; Indicadores consolidados
Manteve-se ainda durante este exercício a escassez de promoções, no mercado nacional, de novos
projectos que se subsumam à modalidade de concessão, designadamente, de infra-estruturas. Apenas
no final do ano, embora duma forma que demonstra, quanto ao calendário, o afastamento da realidade
que os planeamentos costumam ter entre nós, se assistiu ao retomar de um programa de concessões de
empreendimentos rodoviários, cujas propostas serão apresentadas já em 2008. Quanto ao mais, e salvo
uma ou outra excepção de pouco relevo, a concretização, ou pelo menos, a confirmação segura da
realização e do momento de lançamento de todo um conjunto de iniciativas sistematicamente
anunciadas (algumas desde há anos) é sonho que repetidamente se esvanece. Esta nossa sina, além
de impossibilitar, como nos relatórios anteriores vimos alertando, o desenvolvimento sustentado deste
tipo de actividade industrial, tem feito perder um capital de “know-how” que o país pioneiramente tinha
adquirido e antecipado, que, outros, menos complicados e mais determinados, têm sabido aproveitar.
Naturalmente que neste caldo cultural atávico não é fácil conquistar competitividade e produtividade.
Temos esperança, alicerçada em alguns sinais, que 2007 possa ter sido o último ano desta letargia e
que 2008 seja já o primeiro de um ciclo de iniciativas sistemáticas que, de uma vez por todas, nos retire,
como país, de um nível estatista que confunde titularidade de bens públicos com a capacidade para a
prestação dos serviços públicos de que esses bens são instrumentais.
Neste contexto, a participação em concursos no mercado nacional, em termos directos, cingiu-se à
apresentação de proposta para o Novo Hospital da Terceira, nos Açores, cuja fase de negociação
decorrerá em 2008 e para a concessão rodoviária do Túnel do Marão.
No mercado externo, manteve-se a política delineada de prosseguir de forma consistente mas selectiva
projectos onde as nossas valências e dimensão são mais competitivas, tendo a empresa, inserida em
agrupamentos de composição internacional, sido pré-qualificada para o Concurso da Concessão do
Metro de Dublin, apresentado proposta à concessão do “ Queen Alia International Airport”, em Amã, na
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 54 de 83
Jordânia, e efectuado acompanhamento de potenciais projectos que obedeçam à orientação estratégica
preconizada e estabelecimento de parcerias para a respectiva participação.
Ainda no âmbito do mercado externo, destacamos a ocorrência de dois marcos importantes de
concretização na evolução dos negócios desta área:
• A assinatura, em 28 de Maio, do Contrato para a concessão da 1ª Fase do Sistema do Metro
Ligeiro de Telavive - Linha Vermelha. Trata-se de um empreendimento com um valor de
investimento de cerca de mil e quinhentos milhões de Euros, onde o grupo empresarial em que a
sociedade se integra tem uma participação de 20% na concessão, e, através da sociedade de
construções, uma participação de 30% no agrupamento de construção civil, cujo contrato ronda
um valor de cerca de oitocentos milhões de Euros. Decorre a fase de desenvolvimento do
projecto em simultâneo com a montagem do financiamento à Concessão;
• A conclusão da alteração ao contrato de concessão e contratação do financiamento para a
concessão rodoviária San José-Caldera, na Costa Rica, onde a empresa detém uma
participação de 17%, ficando assim criadas as condições para o início da actividade desta
concessão ocorrido já em Janeiro de 2008, com um investimento global superior a 250 milhões
de dólares.
Por outro lado, e como foi amplamente divulgado e também já referido acima neste relatório, o Grupo
Soares da Costa reformulou o seu plano estratégico, traçando um programa “Ambição Sustentável”
2007/2012, em que a Área que a sociedade coordena – concessões e serviços – constitui, a par da
construção, uma da duas actividades enfocadas na linha de desenvolvimento do plano estratégico
"Ambição Sustentável 2007/2012" do Grupo Soares da Costa. Esse desenvolvimento será prosseguido,
quer através de crescimento inorgânico, nomeadamente por reforço de participação onde a empresa já
está presente, quer através de angariação de novos negócios, do mesmo ramo ou por alargamento de
portfólio.
A esta luz, e já no exercício de 2007, foram efectuadas as seguintes transacções ou negociações:
• Aquisição de 60% do capital da CPE - Companhia de Parques de Estacionamento,S.A (onde a
sociedade já detinha os restantes 40%), passando, assim a deter a totalidade do capital social,
operação que se concretizou no último mês do exercício com a decisão de não oposição da
Autoridade da Concorrência, num investimento de 32,5 milhões de Euros;
• Aquisição de 75% do capital da sociedade Hidroequador Santomense, a qual é detentora de
uma participação de 60% da empresa mista de S.Tomé e Príncipe Hidroeléctrica STP ( em que
o outro accionista é a empresa pública local EMAE), que terá como actividade o
desenvolvimento do aproveitamento hidroeléctrico naquele país, através de centrais mini-
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 55 de 83
hídricas. Este investimento, de oitocentos mil euros, traduzir-se-á num início de actividade em
2008, e a sua evolução futura andará em linha com a procura que seja desencadeada;
• Contratação com vista ao reforço de participação no capital da SCUTVIAS – Autoestradas da
Beira Interior, S.A. Estas contratações, com os accionistas Teixeira Duarte e ACS/Dragados,
pendentes ainda da obtenção de autorizações externas às partes, permitirão passar a
participação dos actuais 20% para 33,33% (com aquisição a cada um daqueles actuais
accionistas de 6,66%) do capital daquela sociedade, tornando-se o seu maior accionista, num
investimento de 37 milhões de Euros.
Reportados os aspectos mais importantes da actividade e para manter a mesma linha de sistematização
com as outras áreas de negócios apresentamos em seguida um quadro que evidencia o volume de
negócios (consolidado) da área de concessões ainda que face aos métodos de consolidação utilizados
com referência às principais associadas (Scutvias e Indáqua) os mesmos não sejam representativos da
importância deste segmento.
O volume de negócios consolidado do segmento concessões apresenta um valor de 2,273 milhões de
euros determinado pelas empresas: SDC Serviços Técnicos e de Gestão, Costaparques e pelas
subsidiárias da Costa Rica, conforme segue:
AN CONCESSÕES – VOLUME DE NEGÓCIOS de 2007
Valore s em milhares de euros
Empresa 2007 2006 Variação
SDC Concessões, SGPS 1.408 0 -
SDC Serv. Técnicos e de Gestão 468 132 254,3
Costaparques 346 93 272,5
Subsidiárias da Costa Rica 51 92 44,9
TOTAL 2.273 317 616,9
Como se disse a aquisição em finais de 2007 de 60% do capital social da CPE – Companhia de Parques
de Estacionamento, SA, determinou a alteração do método de consolidação para o método integral mas
só em 2008, passará a contribuir para um aumento significativo do peso no volume de negócios desta
área no consolidado total.
Os resultados operacionais foram negativos de -0,911 milhões de euros face a -1,296 milhões de euros,
mas os resultados financeiros de +4,821 influenciados pelo contributo dos ganhos em empresas
associadas (designadamente pela adopção do método da equivalência patrimonial, com destaque para a
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 56 de 83
associada Sctuvias) permitiu a obtenção de um resultado consolidado do exercício atribuível ao Grupo
de 4,973 milhões de euros superior em 83,6% ao atingido no ano anterior.
Faz-se em seguida, sumariamente, uma sucinta incursão pelas contas individuais da empresa-mãe
deste segmento e o desempenho das participadas com actividade significativa. Os valores contabilísticos
reportam-se às contas estatutárias.
SOARES DA COSTA CONCESSÕES, SGPS, SA
A exemplo do que ocorre com as outras subholdings não dispõe de efectivos. No entanto, obteve
proveitos operacionais relacionados com o projecto do Metro de Telavive o que possibilitou a obtenção
de resultados operacionais de 661 mil euros.
Os resultados financeiros positivos de 5,002 milhões de euros (2,515 milhões de euros um ano antes)
exteriorizam fundamentalmente os rendimentos de participação de capital provenientes da associada
Scutvias (+4,927).
Por esse motivo o resultado líquido situou-se em 5,466 milhões de euros, mais do que duplicando o
resultado verificado no ano anterior ( + 2,120 milhões de euros) .
O balanço no total de 130,4 milhões face a 53,2 um ano antes, expressa o significativo aumento dos
investimentos financeiros (+70,9 milhões) correspondente essencialmente à aquisição dos 60%
restantes do capital da CPE (32,5 milhões), quer do investimento tendente ao aumento da participação
na Scutvias (37,0 milhões).
Há ainda a registar a aquisição de uma quota correspondente a 75% do capital da «Hidroequador
Santomense», que por sua vez detém uma participação de 60% numa empresa de São Tomé e Príncipe
dedicada à produção de energia hidroeléctrica, correspondendo a um investimento de 800 mil euros e
bem assim a constituição durante o exercício da sociedade Intevias - Serviços e Gestão, S. A., com o
capital de 50 mil euros integralmente detido pela sociedade.
Os capitais próprios passaram de 28,672 milhões para 32,638 milhões por conjugação da distribuição de
dividendos à holding (-1,500 milhões de euros) e da geração do resultado líquido do exercício de 2007
(5,466 milhões de euros).
Já o passivo sofreu um aumento considerável face ao financiamento necessário dos investimentos a que
acima se fez referência.
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 57 de 83
SCUTVIAS – AUTO-ESTRADAS DA BEIRA INTERIOR, SA
A actividade desenrolou-se com normalidade e em linha, no essencial, com o modelo económico -
financeiro do negócio, assistindo-se a um ligeiro crescimento do volume de tráfego como indiciava o final
da ano anterior.
Como acima se mencionou, decorreram durante o exercício negociações que, obtidas que sejam as
autorizações pertinentes, conduzirão a uma reformulação do quadro accionista, com o reforço
significativo da participação da sociedade. Esse processo deverá ficar concluído no primeiro semestre de
2008.
Esta Concessionária, onde a sociedade mantinha ainda em 2007 uma participação de 20% gerou no
exercício proveitos totais de €.115.903.497,81 – um crescimento de cerca de 5% relativamente ao ano
anterior - com um EBITDA de 92,35% e um resultado operacional de 51,2% das prestações de serviços
totais e um resultado liquido de € 18.566.208,77, em parte devido aos efeitos da valorização do SWAP
de taxa de juro que a empresa tem contratado. A este propósito importa referir que o nível de
responsabilidades associadas a esta operação é variável em função do comportamento da taxa de juro
de mercado (EURIBOR). Eventuais reduções desta taxa de juro afectarão o valor deste instrumento e
terão consequentemente efeitos adversos nos resultados futuros.
CPE – COMPANHIA DE PARQUES DE ESTACIONAMENTO, SA
Como se referiu, no final do exercício, concretizou-se a aquisição, pela sociedade, dos restantes 60% do
capital social desta participada, tornando-se assim o seu único accionista. Atendendo ao momento da
aquisição, esta não produziu no exercício grandes modificações nesta participada, que continuou a
denotar as consequências da imaturidade do seu negócio e da sua estrutura financeira. Estão em curso
medidas conducentes à racionalização de alguns aspectos da sua forma de actuar, a adequação da
cobertura financeira à especificidade do negócio e ao incremento da actividade desta empresa.
Em consequência da mudança accionista, foi alterada a sede para Lisboa, acolhendo-se em escritórios
onde estão também concentrados serviços de outras empresas do Grupo Soares da Costa.
Este foi o primeiro exercício em que a sociedade teve em operação a capacidade de estacionamento
contratada, enfermando ainda a utilização da falta de habituação e da inoperância policial na repressão
dos estacionamentos faltosos à superfície.
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 58 de 83
A empresa teve 4,8 milhões de euros de proveitos totais, com um resultado líquido negativo de 2,1
milhões afectado que está pelo elevado valor das amortizações e do serviço de dívida atendendo ao,
ainda, escasso volume de actividade.
INDÁQUA – INDÚSTRIA E GESTÃO DE ÁGUAS, S.A.
Esta participada, embora sofrendo as consequências da continuada ausência da política estruturada
para o sector onde se insere, ou das tergiversações que essa política tem sofrido desde há anos,
começa a atingir uma dimensão mais consentânea com a aposta dos seus accionistas. Sendo ainda
uma empresa de média dimensão, afirma-se como a maior empresa privada do sector de capitais
exclusivamente nacionais.
Renegociado no final do exercício anterior o contrato da concessão de Santa Maria da Feira, foi
retomado em 2007 o plano de investimentos, estando pois criadas as condições para o pleno
desenvolvimento desta concessão.
Também em 2007 foi concluído o processo de contratação da concessão de Água e Saneamento em
Matosinhos, tendo começado no último trimestre o período de transição e esperando-se a arranque
efectivo para Março de 2008.
Finalmente, foram concluídos também os procedimentos que permitirão a contratação e o início da
actividade da concessão de Vila do Conde no primeiro semestre de 2008. Com estas duas concessões,
esta participada começa ficar dotada de massa crítica de algum relevo, mas ainda insuficiente para se
afirmar como um player relevante no mercado internacional.
As demais concessões mantêm o seu ritmo de actividade, sendo necessário um esforço de todas as
entidades e autoridades intervenientes para que os investimentos efectuados, em água e saneamento,
em prol da melhoria da qualidade de vida e da saúde pública, tenha a correspondente adesão dos
potenciais utilizadores, sob pena de continuarmos com parâmetros inadequados a um país europeu.
A nossa participação, nesta empresa mantém-se nos 28,57%.
COSTAPARQUES - ESTACIONAMENTOS, S.A.
Esta participada, integralmente detida pela empresa, prosseguiu a sua actividade iniciada
operacionalmente em 2006 e que está circunscrita à gestão do parque de estacionamento no Campo 24
de Agosto, no Porto e à exploração do parque de estacionamento subterrâneo Gemini e do
estacionamento limitado à superfície, em Oliveira de Azeméis.
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 59 de 83
SOARES DA COSTA – SERVIÇOS TÉCNICOS DE GESTÃO, S.A.
Esta sociedade, também integralmente detida pela empresa, incorpora os recursos humanos da área de
concessões, e a sua actividade centra-se na prestação de serviços de estudos e apoio técnico na
elaboração de propostas a concursos.
SOARES DA COSTA CONCESIONES COSTA RICA e INFRAESTRU TURAS SDC COSTA RICA
Estas subsidiárias, integralmente detidas pela Empresa, são os veículos da participação de 17% nas
concessionárias, respectivamente, para a concessão de San José – San Ramon (em que a
concessionária é Autopistas del Valle, SA) e San José – Caldera (em que a concessionária é a
sociedade Autopistas del Sol, SA).
Estas concessões representam no conjunto um investimento de cerca de 450 milhões de dólares e uma
extensão de auto estradas de aproximadamente 140 kms. Em finais de 2007, como se disse acima, foi
contratado o financiamento para a concessão rodoviária San José-Caldera.
As demonstrações financeiras destas sociedades, dado o estádio de desenvolvimento dos projectos,
praticamente limitam-se a registar no activo os investimentos financeiros nas sociedades
concessionárias e apresentam em 2007 resultados negligenciáveis.
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 60 de 83
Área de Negocio Imobiliária
Considerações gerais; Indicadores consolidados
A Soares da Costa Imobiliária, SGPS, SA é a empresa líder desta área, sendo detentora da totalidade de
capital das empresas: Ciagest, Soarta, Mercados Novos, Sodel e MZI. Por sua vez a Soarta detém a
100% o capital da Habitop.
Esta área de negócios para além da gestão dos imóveis onde estão instalados serviços das empresas
do Grupo, passou a retomar desde 2006 alguma actividade de promoção e construção imobiliária, com o
desenvolvimento nomeadamente dos projectos Soarta-República em Matosinhos (já concluído e
parcialmente comercializado no ano findo), Soarta-Alcântara em Lisboa e o projecto da Rua dos Abraços
(Habitop).
A estratégia desta área de negócios passa por prosseguir a prospecção de novas oportunidades para
desenvolvimento imobiliário, privilegiando a formação de parcerias proprietário/promotor.
Destaque-se em 2007 a constituição de uma subsidiária em Angola, a Soares da Costa Imobiliária, Lda,
detida integralmente pelo grupo, e que brevemente iniciará dois projectos: um edifício de escritórios
situado no loteamento da Sodimo, na Praia do Bispo, em Angola e um condomínio residencial com 88
apartamentos em Luanda Sul.
Tendo em conta que adiante se faz por empresa uma sucinta descrição dos aspectos mais importantes
das respectivas actividades em 2007 apresenta-se abaixo o quadro que demonstra o contributo de cada
participada para o volume de negócios desta área.
Esta área de negócios tem vindo a ter um comportamento algo errático face aos projectos que em cada
momento estão em desenvolvimento, situação que se pretende venha a ter maior estabilização no
futuro.
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 61 de 83
AN IMOBILIÁRIA – VOLUME DE NEGÓCIOS de 2007
Valores em milhares de euros
2007 2006 Empresa Bruto Ajustam. Consol. Consol.
Variação
SDC Imobiliária, SGPS, SA 0 0 0 -
Ciagest-Imobiliária e Gestão, SA 3.277 3.277 2.271 44,3%
Soarta 6.021 6.021 12 500 vezes
Mercados Novos 62 -40 23 62 0,6%
Habitop 34 34 113 -70,0%
Outros - - 8 -
TOTAL 9.394 -40 9.355 2.465 281,1%
Durante o ano de 2007 o volume de negócios aumentou significativamente quase quadruplicando o valor
verificado no ano de 2006, por virtude do contributo das participadas Soarta e Ciagest, que adiante se
desenvolvem.
Os resultados operacionais negativos e de valor expressivo em 2006 (-2,865 milhões de euros)
inverteram o sinal passando para ligeiramente positivos (50,5 mil euros).
Esta área continua a ter um contributo negativo para o resultado consolidado do grupo, tendo
apresentado um valor -621,9 milhares de euros, não obstante a substancial recuperação face a -2,759
milhões de euros um ano antes.
Em seguida faz-se uma sucinta incursão sobre cada uma das empresas desta AN:
SOARES DA COSTA IMOBILIÁRIA, SGPS, SA
Tratando-se da (sub)holding da área imobiliária e uma vez que não tem efectivos e não presta serviços a
outras empresa, os seus resultados operacionais respeitam aos custos mínimos de funcionamento da
empresa (-36 mil euros).
A função financeira é positiva (+667 milhares de euros) devido ao facto de, não tendo passivos
remunerados, aplicar no interior do Grupo alguns recursos financeiros. Assim sendo, obteve resultados
líquidos positivos de 475 mil euros superiores em 40% ao obtido um ano antes.
O activo da empresa dada a especificidade do objecto social é representado em mais de 90% por
investimentos financeiros que totalizam no final do exercício 91,4 milhões de euros. Neste ponto é de
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 62 de 83
relevar o aumento dos empréstimos a empresas do grupo (+2,5 milhões15) em relação ao ano anterior.
Digno de registo é a participação, no montante de 330 mil euros, no capital inicial do sociedade Mini
Price Hotels (Porto), SA, representativa de 33,3% e a constituição da sociedade Soares da Costa
Imobiliária, Lda., com sede em Luanda, Angola detida (directa e indirectamente) a 100% pela sociedade.
A primeira das empresas, «Mini-Price», vai explorar o Hotel Star Inn, estando concluído o processo de
licenciamento e iniciada a obra de adaptação a hotel do edifício de escritórios, situado na Rua da
Senhora do Porto, antiga sede do Grupo Soares da Costa. A segunda – Soares da Costa Imobiliária,
Lda. – marca o início da actividade imobiliária do grupo em Angola.
A empresa tem um passivo irrelevante pelo que os capitais próprios representam mais de 99% do
balanço. O capital social mantém o valor nominal de 80 milhões de euros e como no exercício não houve
distribuição de fundos os capitais próprios à data de fecho, reforçados pelos resultados gerados,
ascendem a 100,1 milhões de euros.
CIAGEST IMOBILIÁRIA E GESTÃO, SA
Esta empresa detém a posse dos activos imobiliários de maior expressão no interior do Grupo Soares da
Costa:
• O complexo Oporto Center
• O edifício da Rua da Senhora do Porto (antiga sede) da Soares da Costa e que está a ser
objecto de obras de remodelação tendo em vista a sua transformação em Hotel
• O Parque Industrial da Rechousa (PIR) onde se localizam as unidades industriais da área da
Indústria
• Os escritórios da Rua Julieta Ferrão em Lisboa, onde estão instalados os serviços da delegação
de Lisboa do Grupo.
Merece destaque ainda na rubrica de existências o terreno de urbanização das Antas, no Porto (parcelas
6.3 e 6.5 no Plano de Pormenor das Antas), cujo processo de licenciamento ficou concluído em finais de
2007. Prevê-se a construção de dois edifícios de habitação nos lotes da envolvente ao Estádio do
Dragão.
Quanto ao terreno do actual estádio do SC Espinho, no ano findo, chegou-se a acordo com o Clube para
rescisão amigável dos respectivos contratos, tendo conduzido à obtenção de um resultado positivo.
Durante o ano já em curso espera-se proceder a importantes obras de remodelação dos pisos 2,3 e 4 do
Central Shopping, tendo em vista conferir uma nova dinâmica a este Complexo.
15 Respeitando basicamente ao reforço de suprimentos na Ciagest 1,54 milhões de euros e na Soarta 0,96 milhões
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 63 de 83
No passivo destaca-se um financiamento tendo como suporte os pisos 5, 6 e 7 do Central Shopping. A
parcela deste financiamento que se vence em 2008, no valor de 841 mil euros consta do passivo a curto
prazo. O aumento das taxas de juro face ao valor de 2006 penalizou os resultados financeiros que se
cifraram em -1,02 milhões de euros.
O volume de negócios em 2007 cifrou-se em 3,28 milhões de euros contra 2,30 milhões em 2006 e os
resultados operacionais e líquidos cifraram-se em 572 mil e 650 mil euros, respectivamente.
MERCADOS NOVOS – IMÓVEIS COMERCIAIS, LDA.
Como já se referiu no relatório de gestão do ano anterior a actividade desta empresa que se centra na
gestão do Centro Comercial, vê-se agora muito circunscrita face à requalificação empreendida naquele
espaço.
A venda dos activos da Carrefour Portugal à Sonae Distribuição obrigou à alteração do projecto
inicialmente previsto para o Hipermercado a instalar no Central Shopping. Em Dezembro último ficou
definido o «lay-out» para as lojas Sonae a instalar no centro comercial, estando em execução os
projectos para o licenciamento e execução das obras de remodelação do Central Shopping.
Os resultados operacionais, negativos, tiveram um valor próximo do obtido um ano antes, e são em
grande parte influenciados pelas amortizações. Já os resultados líquidos, que se cifraram em -320,6
milhares de euros foram bem melhores do que os do ano anterior (-505,9).
SOARTA – SOCIEDADE IMOBILIÁRIA SOARES DA COSTA, SA
Esta sociedade concluiu no ano findo o empreendimento denominado Soarta - República, na cidade de
Matosinhos, e que permitiu o reconhecimento de vendas de 6,015 milhões de euros face aos contratos já
celebrados. Espera-se em 2008 o reconhecimento das vendas restantes correspondentes a 13 fracções
Em Novembro de 2007 concluiu-se o projecto Soarta - Alcântara em Lisboa. Apesar de publicitada não
foi ainda vendida nenhuma das duas moradias, revelador da estagnação verificada no mercado
imobiliário.
Em 2007 iniciaram-se ainda duas outras obras em Lisboa: Soarta – Santo Amaro e Soarta – Luís de
Camões.
Os resultados operacionais situaram-se em 810 mil euros (contra -164 mil em 2006), uma expressão
bastante interessante que possibilitou a obtenção de resultados líquidos de 539 mil que contrapõe ao
valor negativo de 163 mil apurado no ano anterior.
No balanço a evolução mais expressiva respeita às existências que sofreram um aumento de 1,2
milhões de euros, sendo 500 mil respeitantes à aquisição de um edifício na Rua do Bonjardim para
requalificação e o remanescente relacionado com a conclusão dos empreendimentos já acima referidos.
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 64 de 83
HABITOP – SOCIEDADE IMOBILIÁRIA, SA
A actividade da empresa centra-se na promoção imobiliária, e complementarmente, na gestão de
património imobiliário.
No que se refere ao empreendimento da Rua dos Abraços que se iniciou em 2006, as obras ficaram
concluídas em Setembro de 2007, mas encontra-se por comercializar, com excepção da celebração de
um contrato promessa referente ao estabelecimento comercial no R/C.
A empresa mantém como principais activos o parque de estacionamento e o terminal rodoviário, do
empreendimento Oporto Center, localizado na envolvente do Campo 24 de Agosto.
Neste exercício registou prestações de serviços de aproximadamente 34 mil euros que correspondem
fundamentalmente a receitas de cedência do espaço no terminal rodoviário (27,4 e do parque de
estacionamento (4,5).
Quer os resultados operacionais quer os resultados líquidos são negativos (-146 e -230 milhares de
euros, respectivamente) mas mantêm a trajectória de redução, apesar de dos resultados financeiros no
ano findo terem sido mais penalizantes (-191 mil euros face a -128 um ano antes).
Outras empresas
Outras empresas na área da Imobiliária como a Sodel e a MZI, não têm quadro de pessoal e não
desenvolvem actividade relevante. Os resultados que apresentam são essencialmente determinados por
ajustamentos em dívidas de terceiros.
Concluído este percurso pelo desempenho e factos mais importantes das diversas áreas de negócio
passa-se em seguida a analisar as contas individuais da própria sociedade Grupo Soares da Costa,
SGPS, SA. Como o organigrama demonstra esta sociedade para além das quatro sub-holdings, detém
participações directas na Serviços Partilhados e na Soares da Costa Desenvolvimento, SA. Enquanto a
segunda manteve-se praticamente sem actividade, a primeira desempenha um papel importante ao
concentrar um conjunto de serviços de back-office pelo que também se fará uma breve referência
específica.
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Contas Individuais da Grupo Soares da Costa, SGPS, SA
As contas individuais da sociedade Grupo Soares das Costa, SGPS, SA, elaboradas segundo os
princípios da normalização contabilística nacional (POC) registaram um volume de negócios de 3,2
milhões de euros face a 3,9 milhões de euros no ano anterior. Estes proveitos respeitam à prestação de
serviços técnicos de administração e gestão a outras empresas do Grupo, sendo a redução justificada
pela prestação de um conjunto de serviços até Out. de 2006 ainda pela sociedade e que a partir daí
passaram a ser localizados na empresa de serviços partilhados.
Os resultados operacionais melhoraram situando-se em -2,7 milhões face ao valor de -4,1 um ano antes.
Os proveitos Financeiros cresceram para 17,3 milhões de euros, destacando-se o valor de 12,9 milhões
de rendimentos de participações de capital, correspondentes a dividendos auferidos das seguintes
proveniências, por áreas:
Construção 9,9 milhões Indústria 1,5 milhões Concessões 1,5 milhões
Considerando a globalidade da função financeira (vide nota 45 do ABDR) os resultados financeiros
situaram-se nos 5,7 milhões de euros o que permitiu a obtenção de um resultado líquido do exercício de
5,381 milhões de euros, quase triplicando os resultados do ano anterior (1,846 milhões de euros).
O valor líquido dos activos elevou-se de 287,1 em finais de 2006 para 318,4 milhões de euros, agora no
final do exercício de 2007 (+ 31,3 milhões de euros), influenciado significativamente pelo aumento
verificado ao nível do crédito concedido a empresas do grupo necessário por parte destas
nomeadamente para financiamento dos investimentos (v.g. área das concessões).
Os capitais próprios da sociedade melhoraram na exacta medida (5,4 milhões de euros) do resultado
obtido, uma vez que:
a) Durante o exercício não houve operações de mercado que alterassem o capital social que, por isso,
mantém o valor de 160 milhões de euros. O capital está representado por 160 milhões de acções de
valor nominal de um euro, sendo 133 milhões de acções ordinárias e 27 milhões de acções preferenciais
(conforme nota 36 ABDR).
b) Não houve distribuição de fundos próprios aos accionistas nem outras alterações à globalidade dos
capitais próprios
O passivo registou um aumento de cerca de 25,9 milhões, ou seja financiando em cerca de 83% o
aumento verificado no activo já acima descrito. A este propósito registe-se a emissão já no final do
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 66 de 83
exercício de dois empréstimos obrigacionistas totalizando o montante de 100 milhões de euros, sendo
um de 20 milhões a uma maturidade de oito anos e o outro a dez anos, e ambos com remuneração
indexada à EURIBOR.
Soares da Costa Serviços Partilhados, SA
A Soares da Costa Serviços Partilhados, SA (“SCSP”) é a empresa responsável pelo desempenho das
funções financeira, administrativa, contabilística (incluindo consolidação de contas), de gestão dos
sistemas de informação e de gestão dos recursos humanos de todas as empresas do Grupo Soares da
Costa (“Grupo”).
Em finais de 2007 a sociedade foi transformada em sociedade anónima, tendo aumentado o capital
social para um milhão de euros.
O exercício findo foi o primeiro exercício completo de actividade da SCSP, tendo sido caracterizado por
um processo de adaptação e consolidação da sua estrutura interna por forma a fazer face
convenientemente às solicitações das empresas suas clientes, e, por outro lado, pelo lançamento de
alguns novos projectos fundamentais para os objectivos do Grupo.
Assim, na primeira vertente realizaram-se ajustamentos na estrutura de recursos humanos, com o
recrutamento de um conjunto de quadros qualificados (12, no total, dos quais 10 com habilitações
superiores) e tomou-se a decisão de extinguir a área de desenvolvimento e manutenção de aplicações
informáticas, procedendo à subcontratação dos serviços correspondentes, o que implicou já em 2008 a
redução de 7 pessoas do quadro daquela área.
Quanto à segunda vertente, o ano de 2007 foi marcado pelo arranque da aplicação SIGA (Sistema de
Informação de Gestão e Análise), a qual, entre outras funcionalidades, permitiu agilizar
significativamente o processo de consolidação de contas do Grupo, e pelo projecto de implementação do
ERP SAP, com arranque verificado no início de 2008.
Este último projecto merece uma referência especial, pelo intenso investimento exigido, quer em capital,
quer em tempo dispendido pelos colaboradores da empresa, afigurando-se como uma peça estruturante
dos sistemas de informação do Grupo.
Já no que se refere à área de gestão de recursos humanos, o projecto mais emblemático levado a cabo
em 2007 foi a preparação da implementação de um Sistema de Avaliação de Desempenho dos
colaboradores do Grupo (SAD), a entrar em vigor já no exercício de 2008. Este sistema procurará ser um
factor importante de alinhamento das motivações dos quadros do Grupo com as suas visão e missão,
assim como com os valores que este promove.
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 67 de 83
Para além disso, continuou o esforço de melhoria das actividades de recrutamento, acolhimento e
disponibilização de formação aos colaboradores do Grupo.
Na área administrativa merece realce o projecto de externalização do arquivo, cuja implementação em
2007 permitiu uma melhoria significativa na gestão do mesmo, bem como a libertação de espaço
relevante para a organização.
Finalmente, as áreas financeira, contabilística e de controlo interno continuaram a desenvolver esforços
no sentido de melhorar a sua rapidez de resposta, sem descurar a necessária qualidade do trabalho
realizado, com o objectivo, uma vez mais, de permitir que as empresas clientes da SCSP possam
melhorar o seu desempenho.
Dada a peculiaridade da actividade desenvolvida pela SCSP o objectivo da empresa, em termos
económico-financeiros, não é a obtenção de resultados líquidos, mas antes a prestação de serviços de
qualidade ao menor custo, obtendo um resultado próximo de zero.
A incorrência de custos não orçamentados relacionados com os novos projectos e a juventude da
empresa que tornou difícil antecipar a carga de recursos necessária para possibilitar a prestação de
serviços de qualidade, motivaram que o resultado líquido obtido tenha sido negativo em cerca de 293
milhares de euros.
Recursos Humanos
Gestão
O sucesso da Soares da Costa depende da qualidade e empenho de todos os seus colaboradores. A
excelência na gestão das pessoas e a gestão orientada para a valorização do capital humano é uma
preocupação de carácter fundamental encarada como um dos pilares da estratégia e um alicerce da
competitividade.
A Soares da Costa tem-se distinguido pela forma como encara a relação com os seus colaboradores. A
formação, a qualificação, a mobilidade como factor de valorização, a avaliação do desempenho, o
sistema de incentivos, o envolvimento e participação, fazem parte de um conjunto de práticas que
contribuem para a correcta gestão das pessoas no Grupo Soares da Costa. Assegurar serviços de
saúde de referência, padrões elevados de higiene e segurança no trabalho.
De entre as diversas áreas de intervenção na Gestão de Recursos Humanos, destacamos, em matéria
de Responsabilidade Social, o apoio à mobilidade dos colaboradores interessados em abraçar projectos
internacionais. Desde os apoios financeiros à mobilidade, passando pelas viagens regulares
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 68 de 83
proporcionadas para visitar a família, até ao apoio na prestação de informação e apoio jurídico-
administrativo no país de destino, entre outros aspectos, o Grupo Soares da Costa possui uma larga
experiência de apoio aos seus colaboradores expatriados, ao longo de várias décadas de
internacionalização.
Acresce ainda referir que a mobilidade dos recursos humanos em sede de projectos internacionais
assume um importante pendor de desenvolvimento na carreira profissional dos colaboradores, por
quanto cria um alargado conjunto de oportunidades para a aquisição de competências profissionais
muito valorizadas no seio do Grupo.
De facto, entre as diversas vertentes que caracterizam a gestão dos recursos humanos do Grupo Soares
da Costa, encontramos, para além das vertentes jurídico-administrativa e estratégica (esta última
associada ao desenvolvimento de competências, desempenhos e valorização do capital humano), a
promoção do clima organizacional favorável à realização profissional.
Realização profissional é aqui enunciada em sentido lato, compreendendo não só a prossecução dos
resultados (económicos) almejados ao nível das funções individuais e das equipas de trabalho, mas
também a concretização de condições físicas, funcionais e relacionais que propiciem a satisfação de
pertencer a esta “grande família”.
Da política de saúde da empresa ressaltamos a existência de um posto médico apetrechado com
equipamentos e tecnologia actuais e sofisticados. Mas o que se nos afigura ainda mais importante, é que
estes equipamentos são rentabilizados por profissionais de saúde permanentemente disponíveis. É por
estas razões que a política de saúde se assume como factor gerador de um sentimento colectivo de
segurança. Este, compreensivelmente, contribui para um clima organizacional positivo, marcadamente
responsável relativamente à dimensão mais importante das empresas – as pessoas.
Os Encontros de Quadros relevam também, em matéria de clima organizacional, pois se por um lado
constitui, pelo seu conteúdo, uma acção orientada para os resultados, por outro, denota na forma ou no
modelo comunicacional, a importância dada à partilha, ao envolvimento de todos, à congregação de
esforços em torno de um objectivo comum.
É por esta ordem de razões que o Encontro de Quadros 2007 do Grupo Soares da Costa evidenciou a
visão do Conselho de Administração face aos seus colaboradores e que talvez se possa traduzir em
algumas palavras – chave: proximidade, partilha, envolvimento. São apenas três palavras, que uma vez
consubstanciadas em práticas e atitudes regulares promovem e consolidam um clima organizacional
positivo e de satisfação profissional.
Número de Efectivos:
As notas nº 7 (ABDR) e nº. 22 (PC&NE) dão informação sobre o número de efectivos da sociedade
individualmente e do grupo, respectivamente.
O número de efectivos da sociedade Grupo Soares da Costa, SGPS, SA, durante o ano de 2007 foi de
22, face a 55 no ano anterior (ainda que no final de 2006 já só fossem 23). Das quatro SGPS
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 69 de 83
directamente detidas pela sociedade apenas uma a subholding de construção passou a contar na parte
final do ano com um colaborador (administrador), mantendo-se as restantes sem efectivos.
Em termos de grupo, o conjunto das empresas incluídas na consolidação pelo método integral
empregou, em média, durante o exercício agora terminado, 3.284 trabalhadores, número que compara
com 3.073 em 2006. Este aumento é fundamentalmente explicado pela evolução verificada na
subsidiária do grupo da área de construção, de S. Tomé e Príncipe que viu aumentado o seu número de
colaboradores para 348 (de 189 no ano de 2006).
A Sociedade de Construções Soares das Costa, SA, continua a ser o principal empregador do grupo,
embora o número médio de efectivos mantenha uma tendência de descida (1.793 face a 1.812 no ano
anterior). Estes números, no entanto, não incluem os colaboradores contratados localmente nos diversos
espaços territoriais estrangeiros onde a construtora nacional está implementada.
Por sua vez o número médio de efectivos das empresas consolidadas pelo método proporcional foi de
357, enquanto no ano de 2006 havia sido de 365.
Encargos com Pessoal:
No âmbito das contas individuais da Sociedade os Custos com o Pessoal constituíram a segunda maior
componente dos custos (depois dos custos financeiros) totalizando 3,322 milhões de euros face ao valor
de 4,719 milhões de euros, no ano de 2006, ano em que o número de efectivos médios era bastante
superior.
Em termos consolidados os custos com pessoal atingiram a cifra de 109,154 milhões de euros
representando 19,8% do volume de negócios, confrontando com 101,877 um ano antes (18,1%). A
maior componente internacional da actividade não será alheia ao incremento deste peso relativo.
Formação
No ano 2007 assistiu-se a um incremento avultado no investimento em horas de formação, na senda,
aliás, daquilo que se vinha a verificar nos dois anos anteriores. No ano de 2007 realizaram-se 64.637
horas de Formação, ou seja, quase foi duplicado o esforço na transmissão de conhecimentos e
desenvolvimento de novas competências nos colaboradores. Esta evolução positiva é corroborada pelo
número de participantes que registou em 2007 um total de 5.586 formandos.
Daquele total, 51.230 horas correspondem a formação interna, o que expressa claramente a capacidade
de organização, eficácia logística e mobilização interna de colaboradores para a formação, assim como
a importância e prioridade dedicada a esta área de desenvolvimento organizacional.
Da análise da distribuição das horas de formação por níveis de qualificação dos formandos,
encontramos uma concentração em duas das categorias, a saber: Quadros Superiores com 24.585
horas de formação e Profissionais Altamente Qualificados e Qualificados com 30.700 horas. As
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 70 de 83
categorias Profissionais Semi-Qualificados e Profissionais Não Qualificados receberam,
respectivamente, 826 e 473 horas de formação.
Contudo, estes números (relativos à formação presencial em sala de formação) não expressam a
formação ministrada em contexto real de trabalho, muito frequente nos titulares destas categorias
profissionais. Esta é, de resto, uma preocupação geral e permanente que decorre dos valores inerentes
à Cultura Organizacional do Grupo Soares da Costa – formar para integrar, formar para desenvolver.
A este respeito importa ainda salientar o projecto Novas Oportunidades, designadamente o
Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC) tornado realidade em 2007 no
universo dos colaboradores do Grupo Soares da Costa com o apoio do CICCOPN – Centro de
Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas do Norte. O público-alvo deste
projecto compreende precisamente aquelas categorias de profissionais menos qualificados e para quem
muita da formação se ministra on job.
As acções de RVCC levadas a cabo em 2007 nas instalações do Grupo Soares da Costa possibilitaram
a obtenção da equivalência ao 9º ano de escolaridade a 55 colaboradores, o que de outro modo, lhes
seria muito difícil de obter, dadas as limitações de tempo e disponibilidade familiar com que estas
pessoas se deparam.
Note-se que a concretização daquele nível de escolaridade não se esgota na satisfação pessoal de
obter um diploma indiscutivelmente valorizado. As acções de RVCC estendem os seus ganhos a uma
dimensão profissional muito concreta e directamente relacionada com a evolução na carreira daqueles
que nelas participam. Referimo-nos concretamente àquelas profissões existentes no Grupo Soares da
Costa, cuja certificação de aptidão profissional (CAP) do titular se impõe pelo organismo que tutela a
actividade, como condição necessária para o seu exercício. Por sua vez, para a obtenção do CAP
relativo àquelas profissões é actualmente obrigatório possuir o 9º ano de escolaridade.
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IV – AS ACÇÕES SOARES DA COSTA E O MERCADO DE CAPIT AIS
O capital social da Sociedade é representado por 160.000.000 de acções ao portador com valor nominal
de um euro, tituladas de forma escritural, das quais 27.000.000 são preferenciais e 133.000.00
ordinárias. Em conformidade com o disposto no nº 3 do art. 342 do Código das Sociedades Comerciais
as acções preferenciais gozam actualmente do direito de voto. As acções e as obrigações da Sociedade
estão cotadas na Euronext.
No mapa seguinte apresentamos alguns indicadores do comportamento das acções ordinárias, incluindo
a comparação com os dois anos anteriores.
Indicador Unidade Valor 2007 Valor 2006 Valor 2005 Valor 2004
Nº. de acções ordinárias transaccionadas Unidade 510.237.948 286.071.140 33.505.540 29.457.705
Valor total das acções ordinárias Transaccionadas
mil EUR 857.549 183.006 10.425 14.357
Valor de abertura no exercício EUR/acção 0,69 0,348 0,37 0,39
Valor de fecho no exercício EUR/acção 2,09 0,69 0,35 0,38
Valor médio /acção ordinária EUR/acção 1,68 0,64 0,31 0,49
Valor máximo acção ordinária EUR/acção 2,87 0,77 0,39 0,66
Data da sessão respectiva mmm/dd 10-Jul 21-Ago 19-Jan 15-Abr
Valor mínimo acção ordinária EUR/acção 0,326 0,26 0,26
Data da sessão respectiva mmm/dd 02-Jan 16-Jan 05-Dez 12-Jan
Nota: Os valores de 2004 a 2006 foram ajustados, considerando o split efectuado em Agosto de 2006, de modo a
permitir a sua comparabilidade com os de 2007
É facto de relevo a inclusão das acções ordinárias da Grupo Soares da Costa, SGPS, SA, na
composição da carteira do índice PSI 2016 que passou a vigorar a partir de 2 de Julho.
Como se pode verificar através do quadro acima o título Soares da Costa teve durante o ano findo um
comportamento notável. O número de acções transaccionadas, mais de 510 milhões de acções,
16 Aviso nº. 609/07 de 15 de Junho de 2007, rectificado pelo Aviso nº. 639/07, de 25 de Junho da Euronext Lisbon
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 72 de 83
correspondeu a um aumento de 78% relativamente ao ano anterior e em valor o volume de transacções
multiplicou por 4,87 vezes o valor ocorrido um ano antes.
Também em termos de valorização o título Soares da Costa durante o ano findo teve uma rendibilidade
extraordinária, valorizando-se em termos da cotação média anual 168% e em termos de variação da
cotação do fecho do ano face ao do início em 203%. Apenas para ponto de referência registe-se que a
valorização do PSI 20 no ano de 2007 foi de 16,3%.
Evolução da acção do Grupo Soares da Costa
0,00 €
0,50 €
1,00 €
1,50 €
2,00 €
2,50 €
3,00 €
Jan-07 Fev-07 Mar-07 Abr-07 Mai-07 Jun-07 Jul-07 Ago-07 Set-07 Out-07 Nov-07 Dez-07
Meses
Cot
ação
1
Relacionamento com o Mercado
A empresa, durante o ano findo publicou na sua qualidade de emitente de valores mobiliários admitidos
à cotação, diversos comunicados e informações através dos sítios da CMVM, da NYSE Euronext e da
própria sociedade, ainda através do Portal da Justiça e do Boletim de Cotações da Euronext.
A lista completa destes comunicados e informações faz parte integrante do Relatório do Governo das
Sociedades anexo a este documento.
Para além da informação acima referida, a empresa através do seu Gabinete de Investidor presta
informações, esclarecimentos e mantém um contacto permanente e regular com os accionistas,
imprensa económica, mercado e público em geral.
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 73 de 83
V – GESTÃO DE RISCOS
O Grupo Soares da Costa conforme as peças que fazem parte deste Relatório e Contas demonstram
exerce a sua actividade em vários segmentos de negócios e em vários espaços geográficos.
Neste âmbito o Grupo está exposto, naturalmente, a diversos riscos que podem ser classificados em:
• Riscos dos processos de negócio :
� Riscos operacionais: os que podem afectar a eficácia e a eficiência dos processos
operativos e prestação dos serviços do grupo, a satisfação dos clientes e a reputação das
empresas
� Riscos de integridade: os relacionados com fraudes internas e externas a que possam estar
sujeitas as empresas do grupo
� Riscos de direcção e recursos humanos: riscos vinculados entre outros à gestão, direcção,
liderança, limites de autoridade, etc.
� Riscos financeiros: designadamente riscos de taxa de câmbio, riscos de taxa de juro, riscos
de liquidez e risco de crédito
• Riscos de informação
� Informação operativa, financeira e avaliação estratégica
• Riscos do Meio
� Concorrência
� Meio político, económico, legal e fiscal
� Regulação e mudanças no sector
Um sistema de gestão de riscos visa portanto assegurar a eficácia e eficiência das operações do grupo,
a salvaguarda dos activos, a fiabilidade da informação financeira e o cumprimento das leis e normas.
As empresas de maior dimensão do grupo dispõem de estruturas de auditoria interna.
As contas anuais da sociedade são objecto de auditoria externa, o mesmo ocorrendo em relação às
contas das sociedades do grupo Soares da Costa com peso significativo. O auditor efectua
recomendações em matéria de controlo interno no caso das sociedades mais importantes.
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 74 de 83
Através da sua organização interna as diferentes áreas de gestão da empresa (Desenvolvimento de
Negócios, Direcção de Finanças, Controlo de Gestão, Recursos Humanos, Serviços Jurídicos…) são
orientadas em termos de identificar e avaliar os riscos que as suas decisões, nas respectivas áreas de
intervenção e competência, envolvem e de tentar minimizá-los.
A exposição ao risco, por parte de qualquer participada do Grupo Soares da Costa é função da sua
estratégia, mas sempre limitada e acessória à sua própria actividade e é subordinada à prossecução dos
objectivos traçados para as diferentes áreas de negócio.
O processo de Gestão de Risco é da responsabilidade das Administrações de cada uma das áreas de
negócio do Grupo, concretizando-se, na generalidade, num conjunto de etapas ou fases que podem ser
sistematizadas do modo seguinte:
• Identificação: determinação dos riscos a que o grupo está exposto
• Mensuração: quantificação das exposições ao risco e produção de relatórios de base à tomada
de decisão
• Controlo e gestão do risco - Definição da tolerância ao risco aceitável e das acções a
empreender
• Implementação das medidas de gestão de risco definidas
• Monitorização e inerente avaliação do processo de gestão de risco
Entretanto, a sociedade pondera a institucionalização de uma comissão de análise e controlo de riscos,
ao nível do grupo, para coordenar as diversas gestões de risco parcelares.
Gestão do risco financeiro
Neste âmbito assume particular importância o risco de taxa de juro, o risco de taxa de câmbio nas suas
vertentes de transacção e de conversão, o risco de liquidez e de crédito.
Estes riscos estão associados a incertezas quanto ao funcionamento dos respectivos mercados
financeiros por um lado e da própria actividade da empresa num mercado cada vez mais globalizado e
integrado.
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 75 de 83
A gestão do risco financeiro é coordenada pela Direcção de Finanças e desenvolve-se sob orientação da
Comissão Executiva em primeira linha e do Conselho de Administração.
A postura do Grupo relativamente à gestão dos riscos financeiros é conservadora e prudente,
procurando uma não exposição elevada a este tipo de riscos sempre associados ao exercício normal e
corrente da actividade da empresa e nunca assumindo posições em instrumentos financeiros de carácter
especulativo.
Risco da Taxa de Juro
O risco da taxa de juro advém da incerteza do comportamento dos mercados e manifesta-se na variação
de (i) os custos financeiros da dívida a taxa variável e do (ii) valor dos passivos a longo prazo com taxas
de juro fixas.
A gestão do risco da taxa de juro é orientada em termos de optimização do custo do serviço de dívida.
A sociedade e as principais subsidiárias do grupo têm geralmente as principais fontes de financiamento
remuneradas de modo indexado a taxas de mercado, pelo que está exposta às respectivas flutuações.
Isto é a um aumento das taxas de juro de mercado corresponderá um maior custo líquido de
financiamento do grupo.
Em períodos de maior volatilidade e para financiamento de operações específicas a Administração
pondera a realização de operações de cobertura («swaps»). No entanto, com reflexo nas demonstrações
financeiras anexas apenas no caso de uma das empresas da área das concessões, consolidada pelo
método da equivalência patrimonial, existem operações de cobertura de taxa de juro com significado.
Risco da Taxa de Câmbio
Este risco advém principalmente da presença internacional do grupo Soares da Costa. O exercício da
actividade por parte de algumas das empresas do grupo em mercados externos, nomeadamente,
Angola, outros países lusófonos e Estados Unidos da América (Florida), expõe o grupo aos efeitos
derivados de alterações na paridade das moedas relativamente ao euro.
A política de gestão do risco de taxa de câmbio visa reduzir o grau de sensibilidade dos resultados do
grupo a estas flutuações cambiais, sendo o objectivo da política de gestão do risco compensar (pelo
menos parcialmente) as possíveis perdas de valor dos activos relacionados com negócio do grupo
Soares da Costa causadas por depreciações das taxas de câmbio em relação ao euro, com as
poupanças por menor valor em euros da dívida em divisas. Logicamente, aquela sensibilidade dos
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 76 de 83
resultados é tanto menor quanto maior for a correlação (grau de cobertura) entre activos e passivos
expressos na divisa correspondente.
Nessa medida, o grupo procura tanto quanto possível, equilibrar os activos com responsabilidades na
mesma divisa.
No mercado angolano sendo uma parte significativa dos contratos geradores de proveitos estabelecidos
em moedas que não o euro, advém, inevitavelmente exposição à evolução daquelas divisas face ao
euro. O grau de exposição é dependente da medida em que os «inputs» necessários para a execução
desses contratos sejam de fonte externa e se materializem em responsabilidades contraídas em moeda
diferente. Neste sentido, uma sobrevalorização do euro afecta negativamente os resultados da empresa.
No entanto, a política de gestão do risco do grupo visa estabelecer, na medida do possível sem custos,
equilíbrios de cobertura. Parte dessa cobertura, é conseguida designadamente mediante o aumento do
grau de autonomia do mercado interno angolano, em termos de recurso aos respectivos factores de
produção. Por outro lado, nos contratos de construção a empresa obtém dos seus clientes
adiantamentos na moeda do contrato que visam mitigar o saldo entre activos / passivos estabelecidos
em outras moedas.
Nos Estados Unidos da América a situação é diferente e o risco das taxas de câmbio é pratica e
exclusivamente inerente ao processo de transposição das demonstrações financeiras das subsidiárias
americanas, não afectando em termos relativos a sua rentabilidade.
Risco de Liquidez
A política de gestão do risco de liquidez visa assegurar, a cada momento, que o perfil de vencimentos da
sua dívida se adequa à sua capacidade de gerar fluxos de caixa para o seu pagamento. A gestão do
risco de liquidez passa, portanto, por gerir os eventuais desajustamentos entre as necessidades de
fundos (por gastos operativos e financeiros, investimentos e vencimento de dívidas), com as fontes de
fluxos de receita (recebimentos de clientes, desinvestimentos, compromissos de financiamento por
entidades financeiras).
Relativamente a um conjunto de empresas subsidiárias importantes do grupo a Direcção de Finanças
tem vindo a implementar medidas que se traduzem numa gestão financeira mais globalizada e integrada
e que, por isso, garante uma maior flexibilidade financeira na gestão inter-empresas do grupo.
Em paralelo, o grupo toma medidas de gestão que previnem a ocorrência deste risco mediante uma
adequada e atempada gestão de tesouraria.
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Para além disso, o grupo tem contratos de apoio à tesouraria que permitem, evitar a existência de
roturas (temporárias) de tesouraria.
Risco de Crédito
Este risco está associado às contas a receber decorrentes do normal desenvolvimento das actividades
do grupo.
A política de risco de crédito é orientada desde a Direcção Comercial (selecção das propostas que se
submetem, considerando o perfil do risco de crédito dos clientes) até à Direcção Financeira (Clientes) no
sentido de que as Vendas e prestações de serviços sejam efectivamente cobradas nos prazos
contratuais estabelecidos.
As situações de risco de crédito apuradas à data de cada balanço são identificadas pelas áreas
competentes e em função da antiguidade do crédito, perfil de risco do cliente, experiência recolhida e
demais circunstâncias aplicáveis consideradas na respectiva análise, conduz ao registo de imparidades,
se for caso disso. À data do balanço final do exercício de 2007 o montante de ajustamentos de créditos
no balanço consolidado é de 18,232 milhões de euros correspondendo a 8,9% do total dos créditos de
clientes (brutos) registados.
Outros riscos
O grupo Soares das Costa no âmbito do desenvolvimento normal da sua actividade em vários
segmentos de mercado e várias áreas geográficas está, também, naturalmente, exposto a outros riscos
operacionais, considerados como sendo a potencial ocorrência de prejuízos decorrentes de falhas
humanas, falhas nos procedimentos internos de controlo e nos sistemas de informação, ou por factores
externos.
O grupo visando o controlo e minimização deste tipo de riscos procura junto das diferentes direcções ter
informação que permita obter percepção sobre um conjunto diversificado de factores: danos em activos
físicos, falhas em sistemas informáticos, falhas na gestão e execução de processos, fraudes e violações
dos deveres profissionais e laborais.
A gestão dos riscos desta natureza é assente fundamentalmente na prevenção mediante a
implementação de procedimentos normativos e organizativos que contemplam a segregação de funções,
a definição de procedimentos e de responsabilidades e a supervisão.
A formação, a qualidade dos recursos humanos e a componente organizacional desempenham,
portanto, neste domínio um papel preponderante.
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Para fazer face à cobertura de incidentes relacionados com activos físicos o grupo Soares da Costa revê
anualmente o leque de coberturas das suas apólices de seguros ajustando-os à realidade do seu valor e
do seu funcionamento.
Por outro lado, o grupo dispõe de normas internas no que concerne à comunicação da prática de
irregularidades.
Na prevenção de incidentes relacionados com os sistemas de informação o grupo dispõe de planos de
segurança que permitem recuperar os sistemas informáticos centrais mais relevantes.
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VI – PERSPECTIVAS PARA 2008
O exercício de 2008 será o primeiro ano completo de execução do Plano Estratégico “Ambição
Sustentável 2007-2012”, devendo pois traduzir-se num avanço relevante no cumprimento das metas
naquele estabelecidas.
Assim, o conjunto de investimentos efectivados no decurso do ano anterior e já no início deste exercício
(aquisição da Contacto) deverão ver evidenciado o seu contributo para o desenvolvimento do negócio do
Grupo e para o crescimento da sua performance económica.
Deste modo, tendo em conta o novo perímetro abrangido e a possibilidade de consolidação proporcional
da Scutvias, constitui objectivo alcançar um volume de negócios consolidado de 780 milhões de euros,
prevendo-se obter um EBITDA de 80 milhões de euros e um resultado operacional (EBIT) de 53 milhões
de euros.
Com uma carteira de obras do Grupo que ascendia em 31 de Dezembro de 2007 a 1.296 milhões de
euros, as Áreas de Negócio de Construção e Indústria perspectivam um ano de níveis elevados em
termos de produção, facto que deverá permitir uma selectividade acrescida nas novas propostas a
apresentar, tendo por objectivo reforçado a melhoria contínua das margens operacionais.
Obras em carteira
692,9858,0
1.313,7
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
2005 2006 2007
Anos
Milh
ares
de
Eur
os
No mercado interno, antevê-se também um ano de forte actividade comercial, com a preparação e
apresentação – isoladamente ou em consórcio - de propostas aos novos projectos de investimento
público e privado que se encontram em curso.
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 80 de 83
Aproveitando a entrada para o universo do Grupo da Contacto, a área do Project Management tem um
interesse acrescido, nomeadamente em projectos do tipo «fast-track» e preço/prazo máximo.
Em termos do mercado de Angola e para além da manutenção de elevados níveis de actividade na área
de Luanda, perspectiva-se reforçar a aposta na região Lobito-Benguela e incrementar a presença no
Soyo, designadamente pela participação no projecto de gás natural.
Em Israel, prevê-se o início dos trabalhos de construção do Metro de Telavive.
No mercado da Florida, 2008 deverá constituir um ano de progressiva estabilização do mercado, após a
forte desaceleração verificada no ano anterior; será prestado enfoque no curto prazo ao segmento não
residencial - escritórios, hotelaria, edifícios industriais -, expandindo a actividade para o centro da Florida
com a abertura de um escritório em Orlando.
Dando concretização a orientação estratégica já anunciada, a actividade de construção no segmento de
obras de engenharia e infra-estruturas deverá começar a ganhar expressão na carteira das nossas
subsidiárias norte-americanas.
Na Área de Negócio Concessões, perspectiva-se para 2008 a concretização do reforço de participação
na Scutvias, o desenvolvimento do negócio de estacionamentos e de mini-hídricas, a participação nos
concursos para o Metro de Dublin, auto-estradas na Roménia, TGV, auto-estradas e hospitais em
Portugal, e o posicionamento para novos projectos, sobretudo no exterior, designadamente nos Estados
Unidos da América e na Europa de Leste.
No âmbito das actividades imobiliárias, e no quadro das orientações definidas no Plano “Ambição
Sustentável”, 2008 marcará o início da actividade em Angola.
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 81 de 83
VII – REFERÊNCIAS FINAIS
Ao prestar contas da actividade desenvolvida ao longo de mais um exercício, dirigimo-nos especialmente
nesta nota final a todos aqueles que connosco trabalharam: Clientes ou Fornecedores, Instituições
Financeiras, Associados/Consorciados ou Subempreiteiros, membros dos outros Órgãos Sociais e
Auditores, Consultores, Dirigentes e demais pessoal do Grupo, manifestando o nosso reconhecimento e
apreço pela sua contribuição para o desempenho da Sociedade e do Grupo.
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VIII – PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS
Tendo presentes as Demonstrações Financeiras e no respeito pela legislação aplicável, designadamente
o disposto no artigo 33º, nº. 1 e no artigo 295º, nº. 1 do Código das Sociedades Comerciais, propomos
aos Senhores Accionistas que o resultado líquido individual de 5.380.927,71 Euros obtido pela
Sociedade no exercício que terminou em 31 de Dezembro de 2007, seja aplicado do modo seguinte:
a) Para Reserva Legal (5% dos resultados líquidos do exercício) 269.046,39 €
b) Para Resultados Transitados 5.111.881,32 €
Grupo Soares da Costa Relatório de Gestão – Exercício de 2007 – Pág. 83 de 83
IX – FACTOS POSTERIORES AO FECHO DO EXERCÌCIO
Ao longo das respectivas secções deste Relatório fomos já identificando os acontecimentos ou matérias
que tendo ocorrido posteriormente a 31.12.2007 mereciam pela sua relevância a devida divulgação nas
secções próprias. Por razões de sistematização fazemos aqui uma sinopse recapitulativa dos mesmos:
• A Sociedade de Construções Soares da Costa, SA, formalizou em Janeiro de 2008 o registo de
uma sucursal em Cabo Verde.
• Na reunião de 31 de Janeiro de 2008 o Conselho de Administração da sociedade Grupo Soares
da Costa, SGPS, SA, deliberou propor à próxima Assembleia Geral o alargamento do Conselho
de Administração para nove membros, com a eleição de três membros não executivos, sendo,
pelo menos dois independentes e bem assim ampliar a composição da comissão executiva que
passou a integrar, como vogal, o Administrador Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade
Santos.
• Conforme comunicado emitido em 21 de Fevereiro de 2008 a Soares da Costa Construção,
SGPS, SA, celebrou com a SC - Engenharia e Promoção Imobiliária, SGPS, integrada na Sonae
Capital, SGPS, SA, o contrato definitivo de aquisição das acções que representam a totalidade
do capital social da Contacto - Sociedade de Construções, S.A..
Merece ainda referência a decisão já em inícios de 2008 do Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto
relativamente ao diferendo que opõe a Sociedade de Construções Soares da Costa, SA à Câmara
Municipal do Porto referente à matéria referida na alínea a) da PC&NE 28 – Contingências. A
decisão foi favorável à posição assumida pela empresa não implicando qualquer ajustamento nas
contas.
Porto, 01 de Abril de 2008
O Conselho de Administração
Manuel Roseta Fino
(Presidente)
Maria Angelina M. Caetano Ramos Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade Santos
António Pereira da Silva Neves Pedro M. de Almeida Gonçalves
(Presidente da Comissão Executiva)
António Manuel S. Barbosa da Frada
1 de 29
Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A . sociedade com o capital aberto ao investimento públ ico
Sede Social Rua de Santos Pousada 220, 4000-478 Porto
Capital Social 160.000.000,00 Euros
NIPC 500265763 Matriculada na CRC do Porto sob o nº. 500265763
Exercício de 2007
RELATÓRIO SOBRE AS PRÁTICAS LIGADAS AO GOVERNO DA SOCIEDADE
E APOIO AO INVESTIDOR
ANEXO AO RELATÓRIO DE GESTÃO
Sob este título, pretendemos concentrar todas as informações relevantes para uma cabal resposta
ao disposto no Regulamento nº. 7/2001, com as alterações introduzidas pelos Regulamentos nº.
11/2003, 10/2005 e 3/2006, e às demais solicitações e recomendações da CMVM em matéria de
governação da Sociedade e do relacionamento com o mercado de capitais e os accionistas.
0 – DECLARAÇÃO DE CUMPRIMENTO
De harmonia com o disposto no Regulamentos da CMVM nº 7/2001, com a redacção dos
Regulamentos nº 3/2006, 10/2005 e 11/2003, a Soares da Costa, com as excepções abaixo
justificadas, cumpre as Recomendações CMVM sobre o Governo das Sociedades
1. A empresa adoptou, desde há muito, uma política de permanente contacto com o mercado,
com respeito por todos os accionistas. Dispõe de um gabinete de apoio ao investidor que,
através de vários meios disponíveis, assegura comunicação com analistas, investidores,
accionistas e público em geral
2. O prazo de bloqueio das acções é de 5 (cinco) dias úteis, inexistindo qualquer limitação
estatutária para o voto por correspondência, sendo a respectiva declaração de voto
receptível até ao dia útil anterior ao da reunião, com uma modalidade de exercício que o
facilita. O voto pode, assim, ser exercido directamente, por representação e por
correspondência, conferindo direitos a voto a titularidade de mil acções.
3. A Sociedade possui, conforme explicado no Relatório, directamente ou através de
departamentos de controle e auditoria em Sociedades dela dependentes, um sistema de
detecção e controle de riscos financeiros, jurídicos, ambientais, regulamentares, com a
obrigação de acompanhar as práticas vigentes para precaver quaisquer desvios potenciais.
4. Não existem quaisquer barreiras à livre transmissão de acções ou ao êxito de ofertas
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públicas de aquisição.
5. A gestão efectiva da Sociedade é exercida por uma Comissão Executiva composta por três
vogais do Conselho de Administração. A Comissão Executiva, embora actuando de forma
colegial, sob a condução do Presidente, acompanha a actividade da Soares da Costa, tendo
entre os seus membros, uma distribuição de áreas de particular atenção. Como adiante
explicado, os restantes membros (não executivos) do Conselho de Administração são
informados das decisões e dos assuntos tratados no seio da Comissão Executiva, é-lhes
reportado, nas reuniões, o ponto da situação da actividade da empresa e, bem assim, pode
ser submetida ao Conselho de Administração qualquer matéria tratada na Comissão
Executiva.
5.A.O Conselho de Administração, actualmente com seis elementos, tem três Administradores
não executivos. Sem prejuízo da delegação de competências, os Administradores não
executivos acompanham e fiscalizam a actividade desenvolvida pela Comissão Executiva,
tendo acesso aos assuntos tratados e total abertura para questionar, pedir esclarecimentos e
escrutinar as decisões tomadas. Por outro lado, são chamados a pronunciar-se e aprovar os
documentos mais relevantes para a vida da Sociedade, tendo total acesso às informações
que entendam necessárias à sua actuação de vigilância, acompanhamento e verificação do
seguimento das estratégias delineadas.
6. Os Administradores não Executivos não podem ser apodados de independentes no conceito
sustentado pelas recomendações da CMVM, que, neste ponto, não são adoptadas. Tem-se
entendido que o melhor Governo aponta para a sustentação de que o critério de
independência deve caracterizar-se por uma posição relativa face aos accionistas e,
sobretudo, deve ser observado na composição da Comissão Executiva. De facto, a gestão
da sociedade – exercida pelos membros executivos – deve ser norteada pelos superiores
interesses da Sociedade e, por isso, maioritariamente exercida por profissionais sem
ligações aos accionistas. A representação do espectro accionista no Conselho de
Administração é efectuada pelos membros não executivos. Neste contexto, os membros da
Comissão Executiva não têm ligação a accionistas com participação qualificada e os três
membros não executivos tem todos ligações a accionistas com participação qualificada. A
função de acompanhar e fiscalizar em termos informados a gestão da Sociedade é exercida,
por um lado, por aqueles membros não executivos e pelo Conselho Fiscal, composto por
independentes, na esteira do sempre preconizado pelo nosso ordenamento jurídico.
7. Foi criada, em 2006, uma Comissão, na dependência da Comissão Executiva, presidida por
um membro desta, que tem como missão monitorizar todas as matérias relacionadas com o
Governo da Sociedade, reavaliar o modelo existente em função da envolvente e das
estratégias prosseguidas, propor a sua manutenção ou as alterações que entenda
adequadas.
8. A remuneração dos Administradores é fixada por uma Comissão de Remunerações eleita
pela Assembleia-geral. A remuneração orienta-se por critérios de mercado e compõe-se de
remuneração fixa e de parte variável, sendo esta fixada por factores diversos, um dos quais
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indexado à cotação das acções. Estas remunerações variáveis abrangem o conjunto da
Comissão Executiva. Por este facto, que determina qualquer insusceptibilidade de conflito de
interesses e também porque dessa forma melhor se retrata o espírito colegial da Comissão
Executiva, não se procede à indicação individual das remunerações dos membros do
Conselho de Administração (conforme recomendação da CMVM). Em todo o caso, é
divulgada a remuneração global agregada dos membros do Conselho, identificando o valor
global dos vogais executivos e o dos membros não executivos, a remuneração fixa e a
variável.
8.A.Foi submetido em 2007, em observância de recomendação da CMVM, à Assembleia-geral
uma proposta contendo as orientações a observar pela Comissão de Remunerações.
9. A Comissão de Remunerações, na sua composição actual, não integra Administradores
Executivos, nem seus cônjuges, parentes e afins em linha recta até ao terceiro grau
inclusive, verificando-se assim a independência preconizada.
10. Esta recomendação não é aplicável, na medida em que não está definido nenhum plano de
atribuição de acções ou de opção de aquisição de acções, designadamente para membros
da administração ou trabalhadores.
11. Existe uma política de comunicação de irregularidades, divulgada a todos os colaboradores,
com indicação a quem devem ser dirigidas (Comissão Executiva), do tratamento que lhes
será dado (Serviços Jurídicos que procedem à respectiva averiguação, podendo socorrer-se
do apoio de outros serviços e propondo as medidas a tomar), garantia de confidencialidade,
e divulgação estatística geral e anual, das comunicações efectuadas e do seu desfecho.
1 – ESTRUTURA ORGANIZATIVA DA SOCIEDADE
A estrutura de direcção e gestão da Sociedade é constituída pelo Conselho de Administração,
actualmente com seis membros, dos quais emerge uma Comissão Executiva composta por três
Administradores. Na sua dependência, existem alguns órgãos de apoio, assessoria e prestação de
serviços transversais ao Grupo: Serviços jurídicos, Gabinete de Apoio ao Investidor, Fiscalidade,
Títulos e Seguros. Naquela assessoria, e para além dos serviços de controle e auditoria em cada
área de negócios, funcionam em Comissão: a Comissão do Governo da Sociedade, presidida por um
membro da Comissão Executiva e da qual fazem parte o Director dos Serviços Jurídicos, o
Secretário da Sociedade, os elementos do Apoio ao Investidor e dois Directores.
Foi criada, em 22 de Dezembro de 2007, a Direcção de Comunicação Institucional e Marketing
(DCIM), directamente dependente da Comissão Executiva e integrando futuramente o núcleo de
apoio corporativo. A DCIM tem como actuação todo o universo das empresas que constituem o
Grupo Soares da Costa.
O organograma abaixo ilustra este modelo organizativo, identificando os responsáveis pelas diversas
funções.
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A organização societária do Grupo está patente no frontispício do Relatório de Gestão, com as
empresas representadas pelo seu logótipo. Também o mapa que inserimos no início das
demonstrações financeiras consolidadas, ilustra a composição do Grupo, com indicação das
participações (em %) e do método de consolidação aplicado.
2 – NORMATIVO INTERNO
Manteve-se, durante o exercício, a monitorização de todo o normativo interno da Sociedade e do
Grupo, com particular relevo nos domínios da gestão dos recursos humanos, auditoria interna e
controlo económico, gestão e controlo de qualidade, segurança e protecção do ambiente,
comunicação de prática de irregularidades.
Códigos de conduta
Existem normas internas sobre a incompatibilidade de funções e conflitos de interesses e para
comunicação da prática de irregularidades. Pode ser facultada a sua consulta a accionistas,
mediante pedido dirigido ao Gabinete do Investidor.
Outras Regras societárias
Não existem limites ao exercício dos direitos de voto, para além do mínimo estatutário de 1000
acções. Durante o exercício e até esta data, o direito de voto é extensivo às acções preferenciais.
Não são reconhecidos direitos especiais a qualquer accionista, para além dos que derivam da
natureza das acções preferenciais, nos termos da Lei. Não se conhece a existência de acordos
parassociais.
Não há mecanismos de controlo previstos no eventual sistema de participação dos trabalhadores no
capital na medida em que os direitos de voto não sejam exercidos directamente por estes
Não há acordos significativos de que a sociedade seja parte e que entrem em vigor, sejam alterados
ou cessem em caso de mudança de controlo da sociedade na sequencia de uma oferta publica de
aquisição.
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Não há acordos entre a sociedade e os titulares do órgão de administração ou trabalhadores que
prevejam indemnizações em caso de pedido de demissão do trabalhador, despedimento sem justa
causa ou cessação da relação de trabalho na sequência de uma oferta publica de aquisição.
Auditoria Interna e Controlo de risco
O Grupo Soares da Costa conforme as peças que fazem parte deste Relatório e Contas demonstram
exerce a sua actividade em vários segmentos de negócios e em vários espaços geográficos.
Neste âmbito o Grupo está exposto, naturalmente, a diversos riscos que podem ser classificados em:
• Riscos dos processos de negócio :
� Riscos operacionais: os que podem afectar a eficácia e a eficiência dos processos
operativos e prestação dos serviços do grupo, a satisfação dos clientes e a reputação
das empresas
� Riscos de integridade: os relacionados com fraudes interna e externa a que possam
estar sujeitas as empresas do grupo
� Riscos de direcção e recursos humanos: riscos vinculados entre outros à gestão,
direcção, liderança, limites de autoridade, etc.
� Riscos financeiros: designadamente riscos de taxa de câmbio, riscos de taxa de juro,
riscos de liquidez e risco de crédito
• Riscos de informação
� Informação operativa, financeira e avaliação estratégica
• Riscos do Meio
� Concorrência
� Meio político, económico, legal e fiscal
� Regulação e mudanças no sector
Um sistema de gestão de riscos visa portanto assegurar a eficácia e eficiência das operações do
grupo, a salvaguarda dos activos, a fiabilidade da informação financeira e o cumprimento das leis e
normas.
As contas anuais da sociedade são objecto de auditoria externa, o mesmo ocorrendo em relação às
contas das sociedades do grupo Soares da Costa com peso significativo. O auditor efectua
recomendações em matéria de controlo interno no caso das sociedades mais importantes.
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Através da sua organização interna as diferentes áreas de gestão da empresa (Desenvolvimento de
Negócios, Direcção de Finanças, Controlo de Gestão, Recursos Humanos, Serviços Jurídicos…) são
orientadas em termos de identificar e avaliar os riscos que as suas decisões, nas respectivas áreas
de intervenção e competência, envolvem e de tentar minimizá-los.
A exposição ao risco, por parte de qualquer participada do Grupo Soares da Costa é função da sua
estratégia, mas sempre limitada e acessória à sua própria actividade e é subordinada à prossecução
dos objectivos traçados para as diferentes áreas de negócio.
O processo de Gestão de Risco é da responsabilidade das Administrações de cada uma das áreas
de negócio do Grupo, concretizando-se, na generalidade, num conjunto de etapas ou fases que
podem ser sistematizadas do modo seguinte:
• Identificação: determinação dos riscos a que o grupo está exposto
• Mensuração: quantificação das exposições ao risco e produção de relatórios de base à
tomada de decisão
• Controlo e gestão do risco: Definição da tolerância ao risco aceitável e das acções a
empreender
• Implementação das medidas de gestão de risco definidas
• Monitorização e inerente avaliação do processo de gestão de risco
Entretanto, a sociedade pondera a institucionalização de uma comissão de análise e controlo de
riscos, ao nível do grupo, para coordenar as diversas gestões de risco parcelares.
Existem mecanismos de controlo de gestão e de auditoria interna. Estas funções estão a cargo de
departamentos na Sociedade de Serviços Partilhados e na área da Construção que reportam
directamente às respectivas administrações. A sua acção abrange a Sociedade e as restantes
Empresas do Grupo.
Adopção das Normas Internacionais de Contabilidade
As contas consolidadas da Sociedade passaram a processar-se em conformidade com as
disposições das IAS/IFRS, tal como adoptadas na União Europeia, no início de 2005, pelo que, a
partir da “Informação sobre a actividade no I trimestre de 2005”, todas as demonstração financeiras
consolidadas divulgadas à CMVM, à Euronext/Lisboa e ao público em geral, incluindo as que
acompanham o relatório de gestão referente ao exercício de 2007, são preparadas e apresentadas
de acordo com as referidas regras internacionais.
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3 – ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO
Configuração e Composição
A gestão da Sociedade é superiormente exercida pelo Conselho de Administração. A sua
composição, a vigorar até ao final do quadriénio 2006/2009, é exercida como consta da seguinte
relação:
• Sr. Manuel Roseta Fino (Presidente)
• Dr. Pedro Manuel de Almeida Gonçalves (Vogal, Presidente da Comissão Executiva)
• Dr.ª. Maria Angelina Martins Caetano Ramos (Vogal)
• Dr. António Pereira da Silva Neves (Vogal executivo)
• Dr. António Manuel Sousa Barbosa da Frada (Vogal executivo)
• Dr. Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade Santos (Vogal)
Qualificações profissionais
• Sr. Manuel Roseta Fino (Presidente) Frequência da Faculdade de Ciências da
Universidade Clássica de Lisboa. Designado para o cargo em 12 de Outubro de 2006
• Dr. Pedro Manuel de Almeida Gonçalves (Vogal, Presidente da Comissão Executiva)
Licenciado em Direito pela Universidade Católica de Lisboa. Designado Administrador em 13
de Outubro de 2005.
• Dr.ª. Maria Angelina Martins Caetano Ramos (Vogal) Licenciatura em Economia pela
Faculdade de Economia da Universidade do Porto. Designada Administradora 13 de Outubro
de 2005.
• Dr. António Pereira da Silva Neves (Vogal executivo) Licenciado em Economia e Finanças
pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto. Designado Administrador em 27 de
Maio de 1998.
• Dr. António Manuel Sousa Barbosa da Frada (Vogal executivo) Licenciado em Direito pela
Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Designado Administrador em 6 de Julho
de 2005.
• Dr. Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade Santos (Vogal) Licenciatura em Gestão na
Universidade Católica de Lisboa; Frequência do curso de Pós-Graduação Imobiliária no
ESAI. Designado Administrador em 12 de Outubro de 2006.
Administradores Não-executivos Independentes
Dos actuais seis Administradores, três são “não executivos”, o Sr. Manuel Roseta Fino, a Sra. Dra.
Angelina Martins Caetano Ramos e o Sr. Dr. Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade Santos.
Não são considerados “administradores não executivos independentes”, nos termos da alínea c) do
nº. 2 do Artº. 1º. do Regulamento da CMVM nº. 7/2001, com a redacção dada pelo Regulamento da
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CMVM nº. 10/2005, por serem administradores de accionistas com participação qualificada. Nos
últimos cinco anos o Sr. Manuel Roseta Fino ocupou lugares de administração no Grupo Fino, a Sra.
Dra. Maria Angelina Martins Caetano Ramos ocupou lugares de administração no Grupo Salvador
Caetano e o Sr. Dr. Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade Santos ocupou lugares de
administração no Grupo Fino.
Outros Órgãos Sociais
Os restantes órgãos sociais à data do fecho do exercício têm as seguintes composições:
Mesa da Assembleia-geral
• Dr. José Manuel de Almeida Archer (Presidente)
• Dr. João Pessoa e Costa (Secretário)
Conselho Fiscal
• Dr. José Luís de Barros Soares Barbosa (Presidente)
• Sr. Augusto Gaspar Teixeira Ferreira (Vogal)
• Dr. Joaquim Augusto Soares da Silva (Vogal)
• Dr. Júlio de Jesus Pinto (Suplente)
Revisor Oficial de Contas
• Moreira & Valente, Associados, SROC, representada por Dr. Jorge Bento Martins Ledo,
ROC nº 591
• Dr. Carlos de Jesus Pinto de Carvalho, ROC nº 622
Comissão de Remunerações
• Dr. Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade Santos
• Dr. João Pessoa e Costa
• Dr. António Jorge Gonçalves Afonso
Secretario e Secretário Suplente da Sociedade
• Dr. Jorge Manuel Oliveira Alves (Secretário)
• Dr. Pedro Miguel Tigre Falcão Queirós (Secretário Suplente)
Não existe lista de incompatibilidades definidas internamente pelo Órgão de Administração, nem
número máximo de cargos acumuláveis pelos administradores em órgãos de administração de
outras sociedades.
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Outras Sociedades em que os membros da Administraçã o exercem cargos sociais
A informação disponível sobre esta matéria encontra-se permanentemente acessível a qualquer
accionista que a solicite junto do Gabinete do Investidor. Transcreve-se a seguir a informação que
nos foi disponibilizada com referência a 31/12/2007.
• Sr. Manuel Roseta Fino
o Presidente do Cons. Adm da Manuel Fino, SGPS SA.
o Presidente do Cons. Adm da Investifino – Investimentos e Participações SA
o Presidente do Cons. Adm. da Carfino, SGPS SA
o Presidente do Cons. Adm. da Fino Participações, SGPS SA
o Presidente do Cons. Adm. da Snucker (Portugal) Confecções, SA
o Presidente do Cons. Adm. da Quinta da Ramada Imobiliário, SA.
o Presidente do Cons. Adm. da Quinta da Ramada Sociedade Agrícola, SA.
o Presidente do Cons. Adm. da Imoban Imobiliário do Ancão, SA
o Presidente do Cons. Adm. da Predifino Sociedade Imobiliária, SA
o Vogal do Cons. Adm da Speciality Minerals (Portugal) Especialidades Minerais, SA
o Gerente da GMC – Granitos e Material de Construção, Lda.
o Membro do Conselho Superior do BCP
o Membro do Conselho Geral da Fundação BCP
• Dr.ª Maria Angelina Martins Caetano Ramos
o Presidente do Cons. Adm da Atlântica – Compª. Portuguesa de Pescas, SA
o Presidente do Cons. Adm da Layna Galicia, S.L.
o Presidente do Cons. Adm da Lavorauto – Administração de Imb e Cons. De Empresas, SA.
o Presidente do Cons. Adm da Poal – Pavimentações e Obras Acessórias, SA
o Presidente do Cons. Adm da Companhia Administradora Imobiliária São Bernardo, SA
o Vice-Presidente do Cons. Adm da Grupo Salvador Caetano, SGPS, SA.
o Vogal do Cons. Adm da Caetano, SGPS, SA
o Vogal do Cons. Adm da Toyota Caetano Portugal, SA
o Vogal do Cons. Adm da Saltano, SGPS, SA.
o Vogal do Cons. Adm da Caetano, Auto, SA.
o Vogal do Cons. Adm da Ibericar – Soc Ibérica Del Automobil, SA.
o Vogal do Cons. Adm da Cociga – Construções Civis de Gaia, SA.
o Vogal do Cons. Adm da Simoga – Soc. Imobiliária de Gaia, SA.
o Vogal do Cons. Adm da Portianga – Comércio Internacional e Participações, SA.
o Vogal do Cons. Adm da Turispaiva, Soc. Turística Paivense, SA.
o Vogal do Cons. Adm da Layna Inversiones, SL.
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o Vogal do Cons. Adm da Cabo Verde Motors, SARL.
o Vogal do Cons. Adm da Robert Hudson, Lda.
o Presidente da Mesa da A.G. da Salvador Caetano – Auto, SGPS SA.
o Presidente da Mesa da A.G. da Baviera – Comércio de Automóveis, SA
o Presidente da Mesa da A.G. da Tovicar – Soc. de Comércio de Automóveis SA.
o Presidente da Mesa da A.G. da Caetsu Publicidade, SA.
o Presidente da Mesa da A.G. da Coral – Corretores de Seguros, SA.
o Presidente da Mesa da A.G. da Soc. Imobiliária da Qta. Da Fundega, SA.
o Presidente da Mesa da A.G. da Caetano Renting, SA.
o Presidente da Mesa da A.G. da Carvega – Comércio de Automóveis SA.
o Presidente da Mesa da A.G. da Carweb – Comércio de Automóveis SA.
o Presidente da Mesa da A.G. da Auto-Vaga – Comercio de Automóveis, SA.
o Presidente da Mesa da A.G. da Novavaga – Comércio de Automóveis SA
o Presidente da Mesa da A.G. da Setucar – Comércio de Automóveis SA
o Presidente da Mesa da A.G. da Setuvega – Reparação de Automóveis SA.
o Presidente da Mesa da A.G. da Novo Mar, SGPS, SA.
o Presidente da Mesa da A.G. da ENP – Energias Renováveis Portugal, SA.
o Gerente da Saltriana – Soc. Agrícola da Triana, Lda
o Gerente da Crustacil – Comércio de Mariscos, Lda.
• Dr. Pedro Manuel de Almeida Gonçalves
o Presidente do Cons. Adm da Soares da Costa Construção, SGPS, S.A.
o Presidente do Cons. Adm da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A.
ο Presidente do Conselho de Administração da Soares da Costa Imobiliária, SGPS, SA.
ο Presidente do Conselho de Administração da Soares da Costa Indústria, SGPS, SA.
ο Presidente do Conselho de Administração da Soares da Costa Desenvolvimento, SA.
ο Presidente do Conselho de Administração da Clear –Instalações Electromecânicas, S.A.
ο Presidente do Conselho de Administração da Ciagest - Imobiliária, SA.
ο Presidente do Conselho de Administração da Habitop - Sociedade Imobiliária, Lda.
ο Presidente do Conselho de Administração da Soarta Imobiliária Soares da Costa, SA.
ο Presidente do Conselho de Administração da Soares da Costa Serviços Partilhados S.A.
ο Gerente da Mercados Novos – Imóveis Comerciais, Lda.
ο Gerente da M.Z.I. – Sociedade de Construções Lda.
ο Gerente da Sodel – Empreendimentos Imobiliários Lda.
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• Dr. António Pereira da Silva Neves
o Vogal do Cons. Adm. da Soares da Costa Construção, SGPS, S.A.
o Vogal do Cons. Adm. da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A.
o Vogal do Cons. Adm. da Soares da Costa Serviços Partilhados, S.A.
• Dr. António Manuel Sousa Barbosa da Frada
o Presidente do Cons. Adm. da Soares da Costa Concessões, SGPS, S.A.
o Presidente do Cons. Adm. da SCUTVIAS Autoestradas da Beira Interior, S.A.
ο Presidente do Conselho de Administração da Soares da Costa – Serviços Técnicos e de
Gestão, S.A.
ο Presidente do Conselho de Administração da Intevias- Serviços e Gestão, S.A.
ο Vogal do Conselho de Administração da Soares da Costa Imobiliária, SGPS, S.A.
ο Vogal do Conselho de Administração da Soares da Costa Desenvolvimento S.A.
ο Vogal do Conselho de Supervisão da INDÁQUA, Industria e Gestão de Águas, S.A.
ο Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Indáqua Fafe – Gestão de Aguas de Fafe, S.A.
ο Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Indáqua Santo Tirso / Trofa – Gestão de Águas
de Santo Tirso e Trofa, S.A.
ο Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Indáqua Feira – Indústria de Aguas de Santa
Maria da Feira, S.A.
ο Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Indáqua Matosinhos – Gestão de Águas de
Matosinhos, S.A.
ο Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Indáqua Vila do Conde – Gestão de Águas de
Vila do Conde, S.A.
ο Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Porto Carlton – Sociedade de Construção e
Exploração Hoteleira, S.A.
• Dr. Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade Santos
o Presidente do Cons. Adm da Gameinvest – Investimentos e gestão de Media Interactivos,
SA.
o Vogal do Conselho de Administração da Investifino – Investimentos e Participações SA
o Vogal do Conselho de Administração da Manuel Fino SGPS SA
o Vogal do Conselho de Administração da Carfino, SGPS SA
o Vogal do Conselho de Administração da Fino Participações, SGPS SA
o Vogal do Conselho de Administração da Deéssepor – Distribuição de Cosméticos SA
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Outras Sociedades em que os membros do Conselho Fis cal exercem cargos sociais
• Sr. Augusto Gaspar Teixeira Ferreira
o Sócio Gerente da Gaspar Ferreira Lda.
• Dr. Joaquim Augusto Soares da Silva
o Membro Suplente do Conselho Fiscal da Cofina, SGPS, SA
o Membro Suplente do Conselho Fiscal da Altri, SGPS, SA
o Membro Suplente do Conselho Fiscal da Celulose do Caima, SGPS, SA
Outras Sociedades em que os membros da Mesa da Asse mbleia-geral exercem
cargos sociais
• Dr. José Manuel de Almeida Archer
o Presidente do Conselho Fiscal do Banco Finantia SA
o Vogal do Conselho Fiscal da Fromageries Bel Portugal, SA
o Vogal do Conselho Fiscal da Marinhas – Sociedade Agrícola, SA
o Membro do Conselho de Administração de Correia Afonso, Archer & Associados –
Sociedade de Advogados, RL
o Membro do Conselho de Administração da Portuvinus, SGPS, SA
o Membro da Mesa da Assembleia Geral da Dupont Portugal, SA
o Membro da Mesa da Assembleia Geral da Inte-Lusa – Inspecções Técnicas Lusitanas, SA
o Membro da Mesa da Assembleia Geral da Codelpor – Comercio de Electrodomésticos
Portugueses, SA
o Membro da Mesa da Assembleia Geral da Multimac – Maquinas e Equipamentos de
Escritório, SA
o Membro da Mesa da Assembleia Geral da Promendo – Promoções Empresariais, SA
o Membro da Mesa da Assembleia Geral da Barymore, SGPS, SA
o Membro da Mesa da Assembleia Geral da Bright Partners – Gestão Tecnologia e Capital, SA
o Membro da Mesa da Assembleia Geral da Matos Grande – Promoção e Investimentos
Imobiliários, SA
o Membro da Mesa da Assembleia Geral da Milupa Produção – fabrico de Produtos
Alimentares, SA
o Membro da Mesa da Assembleia Geral da Milupa Comercial – Comercialização de Produtos
Alimentares, SA
o Membro da Mesa da Assembleia Geral da Finantipar – SGPS, SA
o Membro da Mesa da Assembleia Geral da Manuel Fino SGPS, SA
o Membro da Mesa da Assembleia Geral da Investifino – Investimentos e Participações,
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SGPS, SA
o Membro da Mesa da Assembleia Geral da Sociedade Agrícola da Quinta da Cova da Barca,
SA
o Membro da Mesa da Assembleia Geral da Espírito do Vinho – Comércio e Distribuição, SA
• Dr. João Pessoa e Costa
o Presidente da Assembleia Geral da Euroestates, SA
o Presidente da Assembleia Geral da AJS, SA
o Presidente da Direcção Cooperativa de Const. Tejo. Clr.
Comissão Executiva
O Conselho de Administração delegou a gestão corrente dos negócios da Sociedade numa
Comissão Executiva, composta por três membros, como segue:
• Dr. Pedro Manuel de Almeida Gonçalves (Presidente da Comissão Executiva)
• Dr. António Pereira da Silva Neves
• Dr. António Manuel Sousa Barbosa da Frada
O Sr. Dr. Pedro Gonçalves é licenciado em Direito pela U.C.L. Nos últimos 5 anos ocupou os cargos
de Director-Geral da Normetro, ACE, de 2000 a 2003, de Administrador Executivo da Somague
Concessões (hoje Itinere, do Grupo Sacyr), de 2003 a 2005, e de Presidente do C.Adm. da
Normetro, de 2004 a 2005.
O Sr. Dr. A. Silva Neves é licenciado em Economia e Finanças pela F.Econ.UP. Oriundo dos
quadros da Sociedade, onde ingressou em 1980. Administrador há mais de 5 anos.
O Sr. Dr. A. Frada é licenciado em Direito pela.F.D.UC.. Oriundo dos quadros da Sociedade, onde
ingressou em 1981. Nos últimos 5 anos, foi Director dos Serviços Jurídicos, até 2002, e Adjunto da
Administração, responsável pela Área de Negócios “Concessões” de Janeiro 2003 até à sua
cooptação como Administrador da Sociedade em 2005.
Todas as referências neste Relatório à composição e organização dos órgãos sociais reportam-se ao
decurso do exercício de 2007. Já em 2008 e conforme anunciado em 31 de Janeiro de 2008, o
administrador Dr. Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade Santos passou a integrar a Comissão
Executiva
Comissões do Governo da Sociedade
o Dr. António Frada (Presidente)
o Dr. Jorge Alves
o Dr. Fernando Semana
o Dr. Nelson Paquete
o Sr. António Paula Santos
Na Comissão do Governo da Sociedade não está integrado qualquer Administrador não executivo.
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Exercício das competências do órgão de Administraçã o
O Conselho de Administração reúne trimestralmente em plenário, por regra, e extraordinariamente
sempre que qualquer dos seus membros o sugira, tendo efectuado seis reuniões durante o exercício
com uma participação média superior a 90%. Ao Conselho de Administração, para além das
competências reservada por lei, incumbe aprovar as grandes linhas de orientação estratégica do
Grupo, o relatório de Gestão e as contas anuais e semestrais e apreciar qualquer medida que lhe
seja submetida pela Comissão Executiva.
Como mencionado, a Administração delegou na Comissão Executiva o exercício das suas
competências em matéria de gestão da Sociedade, com excepção, das que por força legal estão
reservadas ao Conselho de Administração. Delegação que a Comissão Executiva exerce de forma
colegial, tendo efectuado vinte e uma reuniões, com uma participação média de 100%.
O Presidente do C.A., Sr. Manuel Roseta Fino, a Vogal, Sra. Dra. Maria Angelina Caetano Ramos e
o Sr. Dr. Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade Santos não exercem funções executivas. Todos
os restantes Administradores têm funções executivas na gestão da Sociedade, enquadradas na
abordagem colegial das decisões.
O Sr. Dr. Pedro Manuel Almeida Gonçalves, na qualidade de Presidente da Comissão Executiva,
exerce as funções de chefe executivo supremo do Grupo (CEO). O Sr. Dr. A. Silva Neves é o
Principal Responsável Financeiro (CFO) do Grupo.
Sem prejuízo do princípio de colegialidade, a cada um dos membros da Comissão Executiva estão
afectas as seguintes áreas de responsabilidades:
• Dr. Pedro Gonçalves: Coordenação global das várias áreas de negócio, representação e
comunicação externa institucional, articulação da estratégia comercial e coordenação directa dos
negócios das áreas de construção, indústria e imobiliária;
• Dr. Silva Neves: Área corporativa – função administrativa e financeira, relações formais com o
Mercado e Investidores em geral e comunicação com entidades financeiras;
• Dr. António Frada: Coordenação directa dos negócios da área de concessões, área corporativa –
apoio jurídico e assuntos societários, acompanhamento das práticas de boa governação.
Os membros do Conselho de Administração não executivos têm acesso às matérias tratadas e às
decisões tomadas pela Comissão Executiva, de quem recebem cópia das actas das respectivas
reuniões. Acresce que, dos aspectos mais relevantes da actividade da Sociedade é feito um relato
nas reuniões do Conselho de Administração. Por outro lado, qualquer assunto de relevante interesse
para a empresa, ainda que deliberado na Comissão Executiva, pode ser submetido ao Conselho de
Administração.
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À Comissão Executiva estão vedadas as matérias respeitantes à escolha do Presidente do Conselho
de Administração, à cooptação de administradores, ao pedido de convocação de Assembleias
Gerais, às deliberações sobre Relatório e Contas Anuais, à mudança de sede e aumentos de capital,
a projectos de fusão, de cisão e transformação da sociedade.
A nomeação e substituição dos membros do órgão de administração e a alteração dos estatutos da
sociedade seguem exclusivamente as regras da lei
Pelos estatutos o Conselho de Administração está autorizado a deliberar aumentos de capital em
dinheiro até € 320.000.000,00.
Indexação das remunerações a resultados ou cotações
As remunerações dos Administradores não executivos são fixas, não dependendo dos resultados do
exercício nem da evolução das cotações das acções da Sociedade. A remuneração dos membros da
Comissão Executiva tem uma componente variável alicerçada em critérios essencialmente ligados
aos resultados e à cotação das acções da sociedade.
Remuneração dos membros do Conselho de Administraçã o
As remunerações dos membros do Conselho de Administração durante o exercício de 2007
totalizaram € 1.800.750,52. Daquele montante € 1.590.750,52 foram remunerações dos membros
executivos e € 210.000,00 dos membros não executivos.
Destes valores, € 375.000,00 correspondem a remunerações variáveis dos membros da Comissão
Executiva.
Não se indica discriminação individual das remunerações do Conselho de Administração (conforme
recomendado pela CMVM), por se entender que a modalidade adoptada é mais adequada a reflectir
a natureza colegial do órgão e, por outro lado, pelo facto dos critérios para as remunerações
variáveis serem aplicados ao conjunto de administradores executivos e não individualmente.
Não existe qualquer política relativa a compensações estabelecidas contratualmente ou através de
transacção em caso de destituição ou outro tipo de pagamentos ligados à cessão antecipada do
mandato.
Não foram pagas indemnizações a ex- Administradores executivos relativamente à cessação das
suas funções durante o exercício. Não existem regimes complementares de pensão ou de reformas
antecipadas para os Administradores.
Não está estabelecido qualquer direito a acções ou opções sobre acções ou a operações similares.
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4 – PARTICIPAÇÕES DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS
Membros do Conselho de Administração
• Sr. Manuel Roseta Fino
É Presidente do Conselho de Administração da Sociedade Investifino – Investimentos e
Participações SA. Esta Sociedade detinha em 1 de Janeiro de 2007, 69.322.820 acções.
Após 1 de Janeiro a “Investifino” procedeu às seguintes aquisições:
DATA PREÇO QUANTIDADE 26 Janeiro 2007 € 0,81 20.647.979 OPA 26 Janeiro 2007 € 0,81 131.209 Fora da OPA
€ 0,81 122.300 30 Janeiro 2007 € 0,82 881.971 € 0,84 802.200 € 0,85 928.009 € 0,86 1.221.325
2 Fevereiro 2007
€ 0,87 682.468 5 Fevereiro 2007 € 0,88 399.227
€ 0,92 217.043 6 Fevereiro 2007 € 0,93 65.457
5 Junho 2007 € 1,90 250.000 € 1,88 60.137 € 1,89 72.122 6 Junho 2007 € 1,90 484.341
7 Junho 2007 € 1,90 19.627 € 1,89 84.000 € 1,90 113.773 € 1,93 50.000
8 Junho 2007
€ 1,94 200.000 € 2,14 191.000 19 Junho 2007 € 2,20 3.215.000 € 2,17 121.012 € 2,18 190.000 € 2,19 20.000
20 Junho 2007
€ 2,20 800.000 € 2,18 49.595 € 2,20 20.000 € 2,23 213.000 € 2,24 204.950
21 Junho 2007
€ 2, 25 465.050 € 2,38 26.972 € 2, 39 73.028 22 Junho 2007 € 2,40 50.000 € 2,37 28.500 € 2,38 120.520 € 2,39 115.516
25 Junho 2007
€ 2,40 1.015.171 € 2,38 102.797 € 2,39 103.203 € 2,40 230.850 € 2,42 116.300
26 Junho 2007
€ 2,45 440.000 € 2,42 74.835 27 Junho 2007 € 2,45 815.165
28 Junho 2007 € 2,43 306.625 € 2,38 50.000 € 2, 40 149.352 € 2,41 100.000 € 2,42 150.648 € 2,43 270.000
2 Julho 2007
€ 2,45 700.000 4 Julho de 2007 € 2,44 50.000
Após OPA
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€ 2,45 195.192 € 2,46 50.000
5 Julho de 2007 € 2,46 148.529 6 Julho de 2007 € 2,46 150.000
€ 2,45 41.700 € 2,46 10.000 € 2,47 78.365 € 2,48 3.000
27 Julho de 2007
€ 2,49 46.935 30 Julho de 2007 € 2,45 10.000
10 Agosto de 2007 € 2,45 712.558 13 Agosto de 2007 € 2,45 300.000
€ 2,19 59.000 € 2,21 72.718 € 2,22 11.000 € 2,23 2.651
15 Agosto de 2007
€ 2,24 9.631 € 2,05 534.362 € 2,07 10.280 € 2,08 2.922 € 2,09 12.298 € 2,10 355.510 € 2,11 300.000 € 2,15 150.000 € 2,17 25.000
16 Agosto de 2007
€ 2,20 50.000 € 1,95 50.000 € 1,96 39.757 € 1,98 50.000 € 1,99 26.775 € 2,01 81.408 € 2,02 10.765 € 2,03 6.410 € 2,04 6.000 € 2,05 77.777 € 2,06 10.000 € 2,07 800 € 2,08 39.652 € 2,09 1.500 € 2,14 2.400 € 2,15 2.357 € 2,17 340 € 2,18 489 € 2,19 7.267 € 2,20 12.700 € 2,21 465 € 2,22 3.000 € 2,23 5.000 € 2,24 5.084 € 2,25 88.139 € 2,26 2.986
17 Agosto de 2007
€ 2,27 375.009 € 2,28 34.693 € 2,29 53.335 17 Agosto de 2007 € 2,30 110.520
22 Agosto de 2007 € 2,40 420.000 27 Agosto de 2007 € 2,44 18.000 28 Agosto de 2007 € 2,45 470.180
€ 2,43 40.000 € 2,44 13.077 29 Agosto de 2007 € 2,45 53.883 € 2,43 3.800 30 Agosto de 2007 € 2,46 44.038 € 2,43 4.000 € 2,45 10.858 € 2,46 2.345 € 2,47 37.673 € 2,48 53.460 € 2,49 16.692
31 Agosto de 2007
€ 2,50 104.136
Após OPA
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€ 2,45 154 3 Setembro de 2007 € 2,50 17.000
5 Setembro de 2007 € 2,50 42.052 € 2,49 10.334 6 Setembro de 2007 € 2,50 19.666 € 2,43 40.458 € 2,46 17.658 € 2,47 1.665 € 2,48 12.494 € 2,49 24.512
7 Setembro de 2007
€ 2,50 43.171
Após OPA
Assim em 31 de Dezembro de 2007 detém 113.302.682 acções que correspondem a 70,8142%
do capital social, assim discriminado:
ACÇÕES QUANTIDADE % TOTAL Acções Ordinárias 86.310.037 64,8947% Acções Preferenciais presentemente com voto
26.992.645 99,9728%
Total 113.302.682 70,8142%
• Dra. Maria Angelina Martins Caetano Ramos
Detinha em 1 Janeiro de 2007, 474.000 acções.
A 18 de Janeiro de 2007, vendeu 465.000 acções ao preço de 0,83 euros, passando a deter
9.000 acções do Grupo Soares da Costa que correspondem a 0,0057% do capital social.
É Administradora da Caetano SGPS, SA. Detinha em 1 de Janeiro de 2007, 26.409.000 acções.
Após 1 de Janeiro a “Caetano – SGPS” procedeu às seguintes vendas:
DATA PREÇO QUANTIDADE 7 Fevereiro 2007 € 0,935 2.000.000 9 Fevereiro 2007 € 0,955 1.000.000
10 Abril 2007 € 1,0275 813.262 11 Abril 2007 € 1,0292 1.186.738 16 Abril 2007 € 1,0385 879.171 17 Abril 2007 € 1,0487 929.829 18 Abril 2007 € 1,060 549.315 19 Abril 2007 € 1,060 450.685 20 Abril 2007 € 1,090 500.000 23 Abril 2007 € 1,090 150.000 24 Abril 2007 € 1,100 350.000
Assim em 31 de Dezembro de 2007 detém 17.600.000 acções que correspondem a 11,00% do
capital social.
• Dr. António Pereira da Silva Neves
Detinha em 1 de Janeiro de 2007, 13.220 acções em 31 de Dezembro de 2007 mantêm a mesma
quantidade.
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• Dr. Pedro Gonçalo Sotto-Mayor de Andrade Santos
É Administrador da Sociedade Investifino – Investimentos e Participações SA. Esta Sociedade
detinha em 1 de Janeiro de 2007, 69.322.820 acções.
Após 1 de Janeiro a “Investifino” procedeu às seguintes aquisições supra indicadas.
Assim em 31 de Dezembro de 2007 detém 113.302.682 acções que correspondem a 70,8142%
do capital social, assim discriminado:
ACÇÕES QUANTIDADE % TOTAL Acções Ordinárias 86.310.037 64,8947% Acções Preferenciais presentemente com voto
26.992.645 99,9728%
Total 113.302.682 70,8142%
Membros do Conselho Fiscal
• Dr. José Luís de Barros Soares Barbosa
Detinha em 1 de Janeiro de 2007, 520 acções e em 31 de Dezembro de 2007 mantém a mesma
quantidade.
• Augusto Gaspar Teixeira Ferreira
Detinha em 1 de Janeiro de 2007, 56.735 acções e em 31 de Dezembro de 2007 mantém a mesma
quantidade.
Os restantes membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização não detêm acções da
Sociedade.
Não foram no ano de 2007 realizadas quaisquer negócios e operações entre a sociedade e os
membros dos seus órgãos de administração e fiscalização, titulares de participações qualificadas ou
sociedades que se encontrem em relação de domínio ou de grupo.
5 – COMPOSIÇÃO DA COMISSÃO DE REMUNERAÇÕES
A Comissão de Remunerações, eleita em Assembleia-geral, fixa as remunerações dos membros dos
órgãos sociais, é actualmente composta, pelos seguintes membros:
• Dr. Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade Santos
• Dr. João Pessoa e Costa
• Dr. António Jorge Gonçalves Afonso
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6 – SECRETÁRIO DA SOCIEDADE
Os cargos de Secretário e de Secretário Suplente da Sociedade são desempenhados, desde
3/01/2003, respectivamente pelo Sr. Dr. Jorge Manuel Oliveira Alves e pelo Sr. Dr. Pedro Miguel
Tigre Falcão Queirós, tendo sido reconduzidos nos cargos em 2006 acompanhando o actual
quadriénio dos órgãos sociais
7 – AUDITORES
Remunerações dos auditores
É auditor da Sociedade, a firma BDO bdc & e Associados, SROC, inscrita na Ordem dos Revisores
Oficiais de Contas sob o nº. 29 e no Registo de Auditores da CMVM sob o nº. 1122, representada
pelo Exmo. Sr. Dr. Paulo Jorge de Sousa Ferreira, ROC nº. 781.
Esta firma e outras pessoas colectivas com as quais a mesma tem uma vinculação de domínio
receberam, no exercício de 2007, da Sociedade e de quaisquer outras pessoas colectivas nas quais
a Sociedade detém uma posição de domínio, o total de € 72.500,00 referentes, na sua totalidade, à
prestação de serviços de certificação legal de contas e auditoria.
Independência dos auditores
O Conselho de Administração da Sociedade declara que, na contratação de qualquer projecto e
antes da sua adjudicação, se assegura que aos Auditores da Sociedade e sua respectiva rede não
foram nem são contratados serviços que, nos termos da Recomendação o nº. C (202) 1873, de
2004/5/16, da Comissão Europeia, possam por em causa a sua independência.
8 – EXERCÍCIO DO DIREITO DE VOTO E REPRESENTAÇÃO DE ACCIONISTAS
Por regra, a convocatória da Assembleia-geral, devidamente publicitada, contém toda a informação
sobre esta matéria.
O exercício do direito de voto e a representação de Accionistas são regulamentados nos Estatutos
da Sociedade, em estrita observância das disposições legais aplicáveis, como transcrito abaixo.
De acordo com o estipulado no número 1 do artigo 8º dos Estatutos da Sociedade:
“Tem direito de voto o accionista titular de, pelo menos, mil acções inscritas, em seu nome, em conta
de registo de valores mobiliários, até ao quinto dia útil anterior ao designado para a reunião da
Assembleia Geral, comprovando perante a sociedade, até ás 17 (dezassete) horas do terceiro dia útil
ao designado para a reunião”.
Para efeitos do número anterior, as acções ficarão bloqueadas desde a data a que se reporta a
inscrição até ao encerramento da Assembleia-geral.
A cada mil acções, corresponde um voto.
Os accionistas com direito de voto poderão fazer-se representar por outro accionista ou por qualquer
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pessoa que lei imperativa declare hábil para esse efeito; as sociedades serão representadas por
quem para o efeito designarem.
Todas as representações previstas no número anterior serão comunicadas ao Presidente da Mesa
da Assembleia Geral, por documento escrito e com assinatura, recebido na sede da sociedade até
ás 17 horas do dia útil anterior ao da reunião.
É admitido o voto por correspondência sobre as matérias constantes da Ordem de Trabalhos.
Para esse efeito, os accionistas com direito a voto que pretendam exercê-lo por correspondência,
além de cumprirem todas as condições e prazos acima referidos para demonstrar essa qualidade,
deverão enviar carta assinada dirigida ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral de forma a que
seja recebida na sede da sociedade até ás 17 horas do dia útil anterior ao da reunião, acompanhada
de envelopes fechados, contendo no seu interior o sentido de voto quanto a cada um dos pontos da
ordem de trabalhos, de forma especificada e inequívoca, seguido da sua assinatura exarada de
modo idêntico ao que consta da carta de remessa.
Os envelopes contendo os votos serão abertos na Assembleia-geral, no momento da votação do
respectivo ponto da Ordem de Trabalhos, valendo como votos negativos em relação a propostas de
deliberação apresentadas ulteriormente à emissão do voto.”
Estas disposições constam sempre do texto da convocatória da Assembleia-geral. Durante os 15
dias anteriores à data da Assembleia Geral, encontram-se à disposição dos Senhores Accionistas
para consulta, na Sede da Empresa (Gabinete do Investidor), os documentos referentes aos
assuntos constantes na ordem de trabalhos, bem como, no sítio da Sociedade na Internet
www.soaresdacosta.pt .
A Soares da Costa reputa de importante a participação dos seus accionistas nas suas Assembleias
gerais, pelo que tem incrementado essa participação, que superou em média os 61,24%.
Para além das faculdades já anteriormente existentes, na alteração estatutária operada em 2006 foi
encurtado de 15 para 5 dias o prazo de inscrição prévia e bloqueio e reduzidos os prazos para a
indicação de representação.
De momento não está prevista a possibilidade de exercício de direito de voto por meios electrónicos,
entendendo-se que, face ao universo de accionistas normalmente inscritos, tal não se justifica.
Acresce ainda que a participação presencial é a forma de intervenção que se deverá privilegiar.
9 – COMPORTAMENTO BOLSISTA – RELAÇÕES COM OS INVEST IDORES
O capital social da Sociedade é representado por 160.000.000 acções ao portador com valor nominal
de um euro, tituladas de forma escritural, das quais 27.000.000 preferenciais e 133.000.00
ordinárias. Em conformidade com o disposto no nº. 3 do artº. 342 do Código das Sociedades
Comerciais as acções preferenciais gozam actualmente do direito de voto. As acções e as
obrigações da Sociedade estão cotadas na Euronext.
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Evolução da cotação das acções
Durante o exercício foram transaccionadas cerca de 510 milhões de acções, praticamente o dobro
que em 2006 e o valor dos títulos transaccionados foi praticamente cinco vezes mais que em 2006.
Os movimentos no primeiro semestre, foram muito acentuados tendo-se transaccionado 433.650 mil
títulos. No segundo semestre os volumes foram mais modestos (76.587 mil de acções no total).
No mapa seguinte apresentamos alguns indicadores do comportamento das acções ordinárias,
incluindo a comparação com os dois anos anteriores.
INDICADOR UNID. VALOR 2007 VALOR 2006 VALOR 2005 VALOR 2004
Acções ordinárias transaccionadas
Unid. 510.237.948 286.071.140 33.505.540 29.457.705
Valor total das acções ord. transaccionadas.
mil EUR 857.549 183.006 10.425 14.357
Valor de abertura no exercício EUR/acção 0,69 0,348 0,37 0,39
Valor de fecho no exercício EUR/acção 2.09 0,69 0,35 0,38
Valor médio /acção ordinária EUR/acção 1,68 0,64 0,31 0,49
Valor máximo acção ordinária EUR/acção 2,87 0,77 0,39 0,66
Data da sessão respectiva mmm/dd Julho/10 Agosto/21 Jan/19 Abril/15
Valor mínimo acção ordinária EUR/acção 0,69 0,326 0,26 0,26
Data da sessão respectiva mmm/dd Jan/02 Jan/16 Dez/05 Jan/12
Nota: As quantidades e os valores das cotações dos anos de 2004 a 2006 foram ajustados
atendendo a split efectuado em Agosto de 2006, em que o valor nominal unitário passou de € 5,00
para € 1,00.
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Evolução da acção do Grupo Soares da Costa
0,00 €
0,50 €
1,00 €
1,50 €
2,00 €
2,50 €
3,00 €
Jan-07 Fev-07 Mar-07 Abr-07 Mai-07 Jun-07 Jul-07 Ago-07 Set-07 Out-07 Nov-07 Dez-07
Meses
Cot
ação
113
3
41
7
1
9
1
5
1
8
1
6
1
2
1
10
1
Presta-se seguidamente, informação da evolução da acção Soares da Costa em conexão com a
divulgação dos comunicados mais relevantes e informações privilegiadas
LEGENDA DATA COMUNICADO COTAÇÃO
1 5 / 01 / 2007 Comunicado sobre o pagamento da dívida externa da República de Angola € 0,73
2 16 / 01 / 2007 Anúncio da revisão do valor da contrapartida da OPA lançada pela Investifino € 0,76
3 2 / 04 /2007 Divulgação de Resultados relativos ao Exercício de 2006 (contas ainda não
auditadas) € 0,93
4 18 / 05 / 2007 Confirmação da intenção de constituir consórcio para se candidatar ao concurso
para a concessão do “Miami Street Car” € 1,56
Contas relativas ao Primeiro Trimestre de 2007 5 28 / 05 /2007
Assinatura do contrato de Concessões para a linha Vermelha do Metro de Tel Aviv € 2,31
6 9 / 07 / 2007 Aumento da participação qualificada, superior a 2/3, da Investifino – Investimentos e
Participações, SGPS, SA € 2,63
7 12 / 09 / 2007 Apresentação dos resultados relativos ao Primeiro Semestre de 2007 € 2,39
Aquisição de 20% da Scutvias – Auto Estradas da Beira Interior, SA 8 14 / 09 / 2007
Aquisição de 60% da CPE – Companhia de Parques de Estacionamento, SA € 2,27
9 22 / 10 / 2007 Apresentação do Plano de Negócios 2007/2012 € 2,41
10 23 / 11 / 2007 Contas relativas ao Terceiro Trimestre de 2007 € 2,20
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Factos relevantes e comunicados
A Sociedade divulgou os seguintes comunicados ao Mercado, no curso de 2007:
1- Comunicados e Informações disponibilizadas ao público através dos sítios da CMVM, da
NYSE Euronext e da Grupo Soares da Costa SGPS, S.A.
a) Informação Privilegiada
DATA DESCRIÇÃO
11-12-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. informa sobre a aquisição de participação na Scutvias Auto Estradas da Beira Interior, SA
10-12-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. informa sobre a não oposição da Autoridade da Concorrência na aquisição de 60% da CPE
22-10-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. informa sobre apresentação do Plano de Negócios 2007/ 2012
14-09-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. informa sobre aquisição de 60% da CPE – Companhia de Parques de Estacionamento, SA
14-09-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. informa sobre aquisição de 20% da Scutvias – Auto Estradas da Beira Interior, SA
12-09-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. informa sobre Contas relativas ao Primeiro Semestre de 2007
10-07-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. esclarece notícias saídas na comunicação social
28-05-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. informa sobre assinatura do contrato de Concessão para a linha vermelha do metro de TEL AVIV
28-05-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. informa sobre as Contas relativas ao Primeiro Trimestre de 2007
22-05-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. informa sobre as deliberações da Assembleia Geral Anual de 22 de Maio de 2007
18-05-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. informa sobre a sua intenção de constituir consórcio para a concessão do Miami Street Car
26-04-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. informa sobre apresentação a Investidores (versão em inglês)
02-04-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. informa sobre a Divulgação de Resultados relativos ao exercício de 2006 (contas ainda não auditadas)
16-01-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. informa sobre Anúncio recebido da Revisão da Contrapartida da Oferta Pública de Aquisição
05-01-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. informa sobre o pagamento da divida externa da República de Angola
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b) Prestação de Contas (anuais, semestrais e trimestrais)
DATA DESCRIÇÃO
23-11-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. informa sobre Contas relativas ao Terceiro Trimestre de 2007
12-09-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. informa sobre Contas relativas ao Primeiro Semestre de 2007
13-06-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A., informa sobre Relatório e Contas do exercício de 2006
28-05-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A., informa sobre as Contas relativas ao Primeiro Trimestre de 2007 (versão em inglês)
28-05-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A., informa sobre as Contas relativas ao Primeiro Trimestre de 2007
c) Relatório sobre o Governo da Sociedade
DATA DESCRIÇÃO
13-06-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. Governo da Sociedade 2006
d) Titulares de Órgãos Sociais
DATA DESCRIÇÃO
22-05-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. informa sobre as deliberações da Assembleia Geral Anual de 22 de Maio de 2007
e) Convocatórias
DATA DESCRIÇÃO
19-04-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. informa sobre Rectificação à Convocatória – Explicitação do Ponto 6 da Ordem de Trabalhos
18-04-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. informa sobre Convocatória para a Assembleia Geral Anual
f) Participações Qualificadas
DATA DESCRIÇÃO
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02-08-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A., informa sobre redução da Participação Qualificada do Millennium BCP – Gestão de Fundos de Investimento, S.A.
13-07-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. informa sobre aditamento ao comunicado da Investifino relativo a Participação Qualificada
09-07-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. informa sobre o aumento da Participação Qualificada superior a 2/3 da Investifino – Investimentos e Participações SGPS SA
27-06-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. informa sobre o aumento da Participação Qualificada do Millennium BCP – Gestão de Fundos de Investimento, S.A.
26-06-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. informa sobre a redução da Participação Qualificada do Millennium BCP – Gestão de Fundos de Investimento, S.A.
19-06-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. informa sobre o aumento da Participação Qualificada do Millennium BCP – Gestão de Fundos de Investimento, S.A.
14-06-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. informa sobre a redução da Participação Qualificada do Deutsche Bank AG
14-06-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. informa sobre a redução da Participação Qualificada do Millennium BCP – Gestão de Fundos de Investimento, S.A.
23-05-2007 Grupo Soares da Costa SGPS, S.A. informa sobre Participação Qualificada do Santander Gestão de Activos, S.A.
22-05-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. informa sobre o aumento da Participação Qualificada do Millennium BCP – Gestão de Fundos de Investimento, S.A. - Rectificação
21-05-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A., informa sobre o aumento da Participação Qualificada do Millennium BCP - Gestão de Fundos de Investimento, S.A.
07-05-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A., informa sobre redução da Participação Qualificada do Banif –Banco de Investimentos, S.A.
02-05-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. informa sobre a redução da Participação Qualificada do Millennium BCP – Gestão de Fundos de Investimento, S.A.
24-04-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. informa sobre Aditamento à Comunicação de alienação de Participação Qualificada pela M2 Capital Management, LP
23-04-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. informa sobre a aquisição de Participação Qualificada pelo Deutsche Bank AG
23-04-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. informa sobre alienação de Participação Qualificada pela M2 Capital Management, LP
20-04-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. informa sobre Participação Qualificada do Banif – Banco de Investimento, S.A.
13-03-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A., informa sobre o aumento da Participação Qualificada do Millennium BCP - Gestão de Fundos de Investimento, S.A.
07-03-2007 Grupo Soares da Costa SGPS, S.A., informa da redução da Participação Qualificada da Fundação Salvador Caetano
14-02-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A., informa sobre o reforço da Participação Qualificada do Millennium BCP – Gestão de Fundos de Investimentos, S.A.
01-02-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A., informa sobre a alienação da totalidade das Participações Qualificadas de Laurindo Correia da Costa e Sociedade Agrícola Quinta do Cisne
01-02-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A., informa sobre a alienação da totalidade da Participação Qualificada do Banif - Banco de Investimentos, S.A.
29-01-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A., informa sobre a Participação Qualificada da Investifino após apuramento dos resultados da Oferta Pública de Aquisição
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29-01-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A., informa sobre Participação Qualificada do Millennium BCP –Gestão de Fundos de Investimentos, S.A.
15-01-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A., informa sobre o reforço da Participação Qualificada do Banif –Banco de Investimentos, S.A.
11-01-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A., informa sobre Participação Qualificada da M2 Capital Management, LP
g) Ofertas Públicas de Aquisição
DATA DESCRIÇÃO
16-01-2007 Anúncio de revisão do valor da contrapartida na Oferta Pública de Aquisição, geral e obrigatória, lançada pela Investifino sobre as acções, ordinárias e preferenciais, da Grupo Soares da Costa
h) Síntese Anual da Informação Divulgada
DATA DESCRIÇÃO
14-03-2007 Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A., informa sobre a Síntese Anual de Informação Divulgada em 2006
Factos Posteriores ao encerramento do exercício
- Em 3 de Janeiro de 2008 a Grupo Soares da Costa SGPS, S.A., informa sobre o contrato para a
aquisição da Contacto Sociedade de Construções, S.A.
- Em 31 de Janeiro de 2008 a Grupo Soares da Costa SGPS, S.A., informa sobre a ampliação da
Comissão Executiva.
- Em 12 de Fevereiro de 2008 a Grupo Soares da Costa SGPS, S.A., informa sobre a nomeação do
Representante para as relações com o Mercado.
- Em 21 de Fevereiro de 2008 a Grupo Soares da Costa SGPS, S.A., informa sobre o contrato
definitivo de aquisição das acções da Contacto Sociedade de Construções, S.A.
- Em 10 de Março de 2008 a Grupo Soares da Costa SGPS, S.A., apresentou os resultados do
Exercício de 2007 e as perspectivas para 2008.
Obrigações
A Grupo Soares da Costa SGPS, SA emitiu em 28 de Novembro de 2007 um empréstimo
Obrigacionista no montante de € 20.000.000,00 e por um prazo de 8 anos.
Em 20 de Dezembro de 2007 emitiu novo empréstimo Obrigacionista no montante de €
80.000.000,00 e por um prazo de 10 anos.
Atendendo a que estes dois empréstimos foram emitidos no final de 2007 não houve ainda qualquer
pagamento de juros.
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Dividendos
Não houve lugar à distribuição de dividendos. A não atribuição deve-se ao facto dos capitais próprios
da sociedade ainda serem inferiores ao capital social, com resultados transitados negativos, com o
consequente impedimento legal – artª. 33 do CSC.
É intenção da empresa proceder, no futuro, à distribuição de dividendos logo que aquela situação de
impedimento seja ultrapassada e tendo em conta a existência de acções preferenciais sem voto, às
quais não foram pagos dividendos hà mais de três exercícios.
Planos de atribuição de acções
Não vigoraram, durante o exercício, quaisquer planos de atribuição de acções ou de opção de
aquisição de acções.
Divulgação de informação
A divulgação de informação pertinente para o mercado de capitais é enviada electronicamente para
a CMVM e para a Euronext. Dá-se integral cumprimento ao disposto na lei sobre a publicação de
informação (relatório anual e contas, convocatórias, avisos,...) e disponibilização de documentos
necessários à participação na Assembleia-geral.
A página oficial da Sociedade na internet, www.soaresdacosta.pt, contém informação dirigida ao
investidor, designadamente indicadores económico-financeiros actualizados trimestralmente,
convocatórias de Assembleias Gerais e deliberações destas, emissões de títulos, pagamentos
relativos a dividendos, obrigações ou outros títulos e comunicação de informações privilegiadas. A
partir da página, poderão ainda obter-se, por e-mail, os estatutos da Sociedade e, em formato
comprimido, o Relatório Anual e Demonstrações Financeiras ou a Informação Semestral.
10 – APOIO AO INVESTIDOR
Na qualidade de representante oficial da Sociedade para o mercado, o Administrador, Sr. Dr.
Gonçalo Andrade Santos secundado pelo Gabinete do Investidor, é, desde Fevereiro de 2008 o
responsável pelas relações da Sociedade com investidores e demais agentes do mercado de
capitais.
O Sr. Dr. Andrade Santos pode ser contactado pelo endereço e-mail [email protected] As
entrevistas pessoais são normalmente reservadas a accionistas ou seus representantes, gestores de
fundos ou carteiras, corretores, agentes da Banca e outros operadores no mercado de capitais. Os
pedidos de entrevista deverão ser feitos por esta via ou pelo telefone 228 342 328. O Gabinete do
Investidor, na dependência do Sr. Dr. Andrade Santos, é chefiado pelo Sr. Paula Santos, acessível
pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone 228 342 534. O Gabinete presta
informação avulsa sobre o comportamento histórico dos títulos da Sociedade, inscrição (directa ou
por mandatário) para as Assembleias Gerais e fornecimento dos respectivos documentos de
preparação, pagamentos de dividendos, cupões ou remição de títulos, fornecimento de relatórios
anuais e informações semestrais e trimestrais, demonstrações financeiras respectivas e divulgação
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de factos relevantes. A informação poderá ser transmitida por correio ou e-mail, em formato
comprimido no caso de documentos extensos. A prestação de informações ou fornecimento de
documentos só é prestada mediante identificação do requerente, podendo ser ainda solicitado que
justifique o seu interesse na informação e a qualidade em que o faz.
Os profissionais dos meios de comunicação social podem contactar a empresa para a Direcção de
Comunicação e Marketing, chefiado pela Srª. Drª. Rita Pinto pelo e-mail [email protected]
ou pelo telefone 228342692.
Porto, 1 de Abril de 2008
O Conselho de Administração
Manuel Roseta Fino
(Presidente)
Maria Angelina M. Caetano Ramos Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor
de Andrade Santos
António Pereira da Silva Neves Pedro M. de Almeida Gonçalves
(Presidente da Comissão Executiva)
António Manuel S. Barbosa da Frada
ACCIONISTAS COM PARTICIPAÇÕES SUPERIORES A 2% a 31/ 12/2007
Manuel Fino SGPS, S.A. Num Acções % Direitos Voto
Indirectamente através da Investifino – Investimentos e Participações, SGPS, SA 113.302.682 70,8142 Total imputável 113.302.682 70,8142
Caetano – SGPS, S.A. Num Acções % Direitos Voto
Directamente 17.600.000 11 Através da Administradora da Caetano – SGPS, S.A. 9.000 0,0057 Total imputável 17.609.000 11,0057
Millennium bcp – Gestão de Fundos de Investimento, S.A. Num Acções % Direitos Voto
Através de vários Fundos de Investimento 10.557.092 6,60 Total imputável 10.557.092 6,60
Santander Gestão de Activos, S.A. Num Acções % Direitos Voto
Através de vários Fundos de Investimento 4.584.941 2,87 Total imputável 4.584.941 2,87
PARTICIPAÇÕES DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS
- MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
MANUEL ROSETA FINO – É Presidente do Conselho de Administração da Sociedade Investifino – Investimentos e Participações SA. Esta Sociedade detinha em 1 de Janeiro de 2007, 69.322.820 acções. Após 1 de Janeiro a “Investifino” procedeu às seguintes aquisições:
DATA PREÇO QUANTIDADE 26 Janeiro 2007 € 0,81 20.647.979 OPA 26 Janeiro 2007 € 0,81 131.209 Fora da OPA
€ 0,81 122.300 30 Janeiro 2007
€ 0,82 881.971 € 0,84 802.200 € 0,85 928.009 € 0,86 1.221.325
2 Fevereiro 2007
€ 0,87 682.468 5 Fevereiro 2007 € 0,88 399.227
€ 0,92 217.043 6 Fevereiro 2007
€ 0,93 65.457 5 Junho 2007 € 1,90 250.000
€ 1,88 60.137 € 1,89 72.122 6 Junho 2007 € 1,90 484.341
7 Junho 2007 € 1,90 19.627 € 1,89 84.000 € 1,90 113.773 € 1,93 50.000
8 Junho 2007
€ 1,94 200.000 € 2,14 191.000
19 Junho 2007 € 2,20 3.215.000 € 2,17 121.012 € 2,18 190.000 € 2,19 20.000
20 Junho 2007
€ 2,20 800.000 € 2,18 49.595 € 2,20 20.000 € 2,23 213.000 € 2,24 204.950
21 Junho 2007
€ 2, 25 465.050 € 2,38 26.972 € 2, 39 73.028 22 Junho 2007 € 2,40 50.000 € 2,37 28.500 € 2,38 120.520 € 2,39 115.516
25 Junho 2007
€ 2,40 1.015.171 € 2,38 102.797 € 2,39 103.203 € 2,40 230.850 € 2,42 116.300
26 Junho 2007
€ 2,45 440.000 € 2,42 74.835
27 Junho 2007 € 2,45 815.165
28 Junho 2007 € 2,43 306.625
Após OPA
€ 2,38 50.000 € 2, 40 149.352 € 2,41 100.000 € 2,42 150.648 € 2,43 270.000
2 Julho 2007
€ 2,45 700.000 € 2,44 50.000 € 2,45 195.192 4 Julho de 2007 € 2,46 50.000
5 de Julho de 2007 € 2,46 148.529 6 de Julho de 2007 € 2,46 150.000
€ 2,45 41.700 € 2,46 10.000 € 2,47 78.365 € 2,48 3.000
27 de Julho de 2007
€ 2,49 46.935 30 de Julho de 2007 € 2,45 10.000
10 de Agosto de 2007 € 2,45 712.558 13 de Agosto de 2007 € 2,45 300.000
€ 2,19 59.000 € 2,21 72.718 € 2,22 11.000 € 2,23 2.651
15 de Agosto de 2007
€ 2,24 9.631 € 2,05 534.362 € 2,07 10.280 € 2,08 2.922 € 2,09 12.298 € 2,10 355.510 € 2,11 300.000 € 2,15 150.000 € 2,17 25.000
16 de Agosto de 2007
€ 2,20 50.000 € 1,95 50.000 € 1,96 39.757 € 1,98 50.000 € 1,99 26.775 € 2,01 81.408 € 2,02 10.765 € 2,03 6.410 € 2,04 6.000 € 2,05 77.777 € 2,06 10.000 € 2,07 800 € 2,08 39.652 € 2,09 1.500 € 2,14 2.400 € 2,15 2.357 € 2,17 340 € 2,18 489 € 2,19 7.267 € 2,20 12.700 € 2,21 465 € 2,22 3.000 € 2,23 5.000 € 2,24 5.084 € 2,25 88.139 € 2,26 2.986
17 de Agosto de 2007
€ 2,27 375.009
Após OPA
€ 2,28 34.693 € 2,29 53.335 17 de Agosto de 2007 € 2,30 110.520
22 de Agosto de 2007 € 2,40 420.000 27 de Agosto de 2007 € 2,44 18.000 28 de Agosto de 2007 € 2,45 470.180
€ 2,43 40.000 € 2,44 13.077 29 de Agosto de 2007 € 2,45 53.883 € 2,43 3.800
30 de Agosto de 2007 € 2,46 44.038 € 2,43 4.000 € 2,45 10.858 € 2,46 2.345 € 2,47 37.673 € 2,48 53.460 € 2,49 16.692
31 de Agosto de 2007
€ 2,50 104.136 € 2,45 154
3 de Setembro de 2007 € 2,50 17.000
5 de Setembro de 2007 € 2,50 42.052 € 2,49 10.334
6 de Setembro de 2007 € 2,50 19.666 € 2,43 40.458 € 2,46 17.658 € 2,47 1.665 € 2,48 12.494 € 2,49 24.512
7 de Setembro de 2007
€ 2,50 43.171
Após OPA
Assim em 31 de Dezembro de 2007 detém 113.302.682 acções que correspondem a 70,8142% do capital social, assim discriminado:
ACÇÕES QUANTIDADE % TOTAL Acções Ordinárias 86.310.037 64,8947% Acções Preferenciais presentemente com voto
26.992.645 99,9728%
Total 113.302.682 70,8142%
DRª MARIA ANGELINA MARTINS CAETANO RAMOS - Detinha em 1 Janeiro de 2007, 474.000 acções. A 18 de Janeiro de 2007, vendeu 465.000 acções ao preço de 0,83 euros, passando a deter 9.000 acções do Grupo Soares da Costa que correspondem a 0,0057% do capital social.
É Administradora da Caetano SGPS, SA. Detinha em 1 de Janeiro de 2007, 26.409.000 acções. Após 1 de Janeiro a “Caetano – SGPS” procedeu às seguintes vendas:
DATA PREÇO QUANTIDADE 7 Fevereiro 2007 € 0,935 2.000.000 9 Fevereiro 2007 € 0,955 1.000.000
10 Abril 2007 € 1,0275 813.262 11 Abril 2007 € 1,0292 1.186.738 16 Abril 2007 € 1,0385 879.171 17 Abril 2007 € 1,0487 929.829 18 Abril 2007 € 1,060 549.315 19 Abril 2007 € 1,060 450.685 20 Abril 2007 € 1,090 500.000 23 Abril 2007 € 1,090 150.000 24 Abril 2007 € 1,100 350.000
Assim em 31 de Dezembro de 2007 detém 17.600.000 acções que correspondem a 11,00% do capital social.
DR. ANTÓNIO PEREIRA DA SILVA NEVES – Detinha em 1 de Janeiro de 2007, 13.200 acções e mantém a mesma quantidade.
DR. PEDRO GONÇALO DE SOTTO-MAYOR DE ANDRADE SANTOS – É Administrador da Sociedade Investifino – Investimentos e Participações SA. Esta Sociedade detinha em 1 de Janeiro de 2007, 69.322.820 acções. Após 1 de Janeiro a “Investifino” procedeu às seguintes aquisições:
DATA PREÇO QUANTIDADE 26 Janeiro 2007 € 0,81 20.647.979 OPA 26 Janeiro 2007 € 0,81 131.209 Fora da OPA
€ 0,81 122.300 30 Janeiro 2007
€ 0,82 881.971 € 0,84 802.200 € 0,85 928.009 € 0,86 1.221.325
2 Fevereiro 2007
€ 0,87 682.468 5 Fevereiro 2007 € 0,88 399.227
€ 0,92 217.043 6 Fevereiro 2007
€ 0,93 65.457 5 Junho 2007 € 1,90 250.000
€ 1,88 60.137 € 1,89 72.122 6 Junho 2007 € 1,90 484.341
7 Junho 2007 € 1,90 19.627 € 1,89 84.000 € 1,90 113.773 € 1,93 50.000
8 Junho 2007
€ 1,94 200.000 € 2,14 191.000
19 Junho 2007 € 2,20 3.215.000 € 2,17 121.012 € 2,18 190.000 € 2,19 20.000
20 Junho 2007
€ 2,20 800.000 € 2,18 49.595 € 2,20 20.000 € 2,23 213.000
21 Junho 2007
€ 2,24 204.950
Após OPA
€ 2, 25 465.050 € 2,38 26.972 € 2, 39 73.028 22 Junho 2007 € 2,40 50.000 € 2,37 28.500 € 2,38 120.520 € 2,39 115.516
25 Junho 2007
€ 2,40 1.015.171 € 2,38 102.797 € 2,39 103.203 € 2,40 230.850 € 2,42 116.300
26 Junho 2007
€ 2,45 440.000 € 2,42 74.835
27 Junho 2007 € 2,45 815.165
28 Junho 2007 € 2,43 306.625 € 2,38 50.000 € 2, 40 149.352 € 2,41 100.000 € 2,42 150.648 € 2,43 270.000
2 Julho 2007
€ 2,45 700.000 € 2,44 50.000 € 2,45 195.192 4 Julho de 2007 € 2,46 50.000
5 de Julho de 2007 € 2,46 148.529 6 de Julho de 2007 € 2,46 150.000
€ 2,45 41.700 € 2,46 10.000 € 2,47 78.365 € 2,48 3.000
27 de Julho de 2007
€ 2,49 46.935 30 de Julho de 2007 € 2,45 10.000
10 de Agosto de 2007 € 2,45 712.558 13 de Agosto de 2007 € 2,45 300.000
€ 2,19 59.000 € 2,21 72.718 € 2,22 11.000 € 2,23 2.651
15 de Agosto de 2007
€ 2,24 9.631 € 2,05 534.362 € 2,07 10.280 € 2,08 2.922 € 2,09 12.298 € 2,10 355.510 € 2,11 300.000 € 2,15 150.000 € 2,17 25.000
16 de Agosto de 2007
€ 2,20 50.000 € 1,95 50.000 € 1,96 39.757 € 1,98 50.000 € 1,99 26.775 € 2,01 81.408 € 2,02 10.765 € 2,03 6.410 € 2,04 6.000 € 2,05 77.777
17 de Agosto de 2007
€ 2,06 10.000
Após OPA
€ 2,07 800 € 2,08 39.652 € 2,09 1.500 € 2,14 2.400 € 2,15 2.357 € 2,17 340 € 2,18 489
17 de Agosto de 2007
€ 2,19 7.267 € 2,20 12.700 € 2,21 465 € 2,22 3.000 € 2,23 5.000 € 2,24 5.084 € 2,25 88.139
17 de Agosto de 2007
€ 2,26 2.986 € 2,27 375.009 € 2,28 34.693 € 2,29 53.335
17 de Agosto de 2007
€ 2,30 110.520 22 de Agosto de 2007 € 2,40 420.000 27 de Agosto de 2007 € 2,44 18.000 28 de Agosto de 2007 € 2,45 470.180
€ 2,43 40.000 € 2,44 13.077 29 de Agosto de 2007 € 2,45 53.883 € 2,43 3.800
30 de Agosto de 2007 € 2,46 44.038 € 2,43 4.000 € 2,45 10.858 € 2,46 2.345 € 2,47 37.673 € 2,48 53.460 € 2,49 16.692
31 de Agosto de 2007
€ 2,50 104.136 € 2,45 154
3 de Setembro de 2007 € 2,50 17.000
5 de Setembro de 2007 € 2,50 42.052 € 2,49 10.334
6 de Setembro de 2007 € 2,50 19.666 € 2,43 40.458 € 2,46 17.658 € 2,47 1.665 € 2,48 12.494 € 2,49 24.512
7 de Setembro de 2007
€ 2,50 43.171
Após OPA
Assim em 31 de Dezembro de 2007 detém 113.302.682 acções que correspondem a 70,8142% do capital social, assim discriminado:
ACÇÕES QUANTIDADE % TOTAL Acções Ordinárias 86.310.037 64,8947% Acções Preferenciais presentemente com voto
26.992.645 99,9728%
Total 113.302.682 70,8142%
- MEMBROS DO CONSELHO FISCAL
DR. JOSÉ LUÍS DE BARROS SOARES BARBOSA – Detinha em 1 de Janeiro de 2007, 520 acções, e mantém a mesma quantidade.
AUGUSTO GASPAR TEIXEIRA FERREIRA – Detinha em 1 de Janeiro de 2007, 56.735 acções, e mantém a mesma quantidade.
Os restantes membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização não detêm acções da Empresa.
REVIAREVIA
GRUPO SOARES DA COSTA, SGPS, SAContas consolidadas – 31 de Dezembro de 2007
Perímetro e métodos de consolidação
100%100% 100%100%
100%
100%
100%
100%
100%
SDC Imobiliária,SGPS, SA
SOARTA, SASOARTA, SA
MZI, LDAMZI, LDA
Mercados Novos, LDAMercados Novos, LDA
CIAGEST, SACIAGEST, SA
SODEL, SASODEL, SA
HABITOP, SAHABITOP, SA
IMOBAL, LDAIMOBAL, LDA
100%
100%
SDC Indústria, SGPS, SA
NAVEGAIA, SANAVEGAIA, SA
SOCOMETAL, SASOCOMETAL, SA
CLEAR, SACLEAR, SA
MAXBELA, SAMAXBELA, SA
OFM, SAOFM, SA
SOMAFEL, SASOMAFEL, SA
Somafel e Ferrovias,ACE
Somafel e Ferrovias,ACE
100%
100%
100%
100%
40%
100%
60%
SDC Concessões, SGPS, SA
20%
25%
Método Integral
Método Proporcional
Eq. Patrimonial
SDC Construção,SGPS, SA
SDC América, INCSDC América, INC
Três ponto doisTGCCVCMLN, ACE
Três ponto doisTGCCVCMLN, ACE
RRC & SC, ACERRC & SC, ACE
Estádio de Coimbra, ACEEstádio de Coimbra, ACE
ASSOC-Estádio deBraga, ACE
ASSOC-Estádio deBraga, ACE
TRANSMETRO, ACETRANSMETRO, ACE
FCC & SC, ACEFCC & SC, ACE
GCF, ACEGCF, ACE
ACESTRADA, ACEACESTRADA, ACE
NORMETRO, ACENORMETRO, ACE
Soc. ConstruçõesSoares da Costa, SA
Soc. ConstruçõesSoares da Costa, SA
Grupul Portughez de Constructii
Grupul Portughez de Constructii
17,9%
20%
50%
40%
60%
50%
50%
28,57%
50%
50%
80%
100%
100%
Grupo Soares da Costa, SGPS, SA
SCSP - Soares da CostaServiços Partilhados, SA
SCSP - Soares da CostaServiços Partilhados, SA
100%
Custo de aquisição
28,6%
8,04%
INDÁQUA, SAINDÁQUA, SA
SCUTVIAS, SASCUTVIAS, SA
GAYAEXPLOR, LDAGAYAEXPLOR, LDA
11,3%
Somague-SDC, ACESomague-SDC, ACE
40%
Porto ConstructionGroup, LLC
Porto ConstructionGroup, LLC
SDC ConstructionServices, LLC
SDC ConstructionServices, LLC
60%
80%
SDC CONCESIONESCOSTA RICA, SA
SDC CONCESIONESCOSTA RICA, SA
100%
CLEAR ANGOLA, SACLEAR ANGOLA, SA95%
COSTAPARQUES, SACOSTAPARQUES, SA
100%
SDC Contractor, INCSDC Contractor, INC100%
SDC Moçambique, SARLSDC Moçambique, SARL
Estádio de BragaAcabamentos, ACE
Estádio de BragaAcabamentos, ACE
100%
SDC S. Tomé e Príncipe,Construções, Lda.
SDC S. Tomé e Príncipe,Construções, Lda.
100%
Construtora - S.José-S.Ramon, SA
Construtora - S.José-S.Ramon, SA
Remodelação do TeatroCirco, ACE
Remodelação do TeatroCirco, ACE
CARTA, LDACARTA, LDA
100%
17%
SDC Serviços Técnicos e de Gestão, SA
SDC Serviços Técnicos e de Gestão, SA
100%
50%
50%
GAIA, CCMS, LLCGAIA, CCMS, LLC
CARTA ANGOLACARTA ANGOLA100%
VSL, SAVSL, SA
VORTAL, SAVORTAL, SA
Autopistas del ValleAutopistas del Valle
17%
22%
INFRAESTRUCT. SDCCOSTA RICA, SA
INFRAESTRUCT. SDCCOSTA RICA, SA
100%
SDC ConstruccionesCentro Americanas, SA
SDC ConstruccionesCentro Americanas, SA
100%
Autopistas del SolAutopistas del Sol
17%
Soares da CostaDesenvolvimento, SA
Soares da CostaDesenvolvimento, SA
100%
ALSOMA, AEIEALSOMA, AEIE45%
Construtora - S.José-Caldera, SA
Construtora - S.José-Caldera, SA
17%
SDC Civil, LLCSDC Civil, LLC80%
IndáquaMatosinhos, S.A.
IndáquaMatosinhos, S.A.
0,5%
Mini Price Hotels, SAMini Price Hotels, SA
33%
100%
97,5%
CPE, SACPE, SA100%
HidroequadorS. Tomense
HidroequadorS. Tomense
75%
IMOBILIÁRIAANGOLA
IMOBILIÁRIAANGOLA
99%
INTEVIAS, SAINTEVIAS, SA100%
IndáquaVila do Conde, S.A.
IndáquaVila do Conde, S.A.
98%
Hidroeléctrica STPHidroeléctrica STP
60%
(Unidade monetária: Euro)A C T I V O Notas 31-Dez-07 31-Dez-06
Activo Líquido Activo LíquidoNÃO CORRENTE
Goodwill 5.962.136 5.962.136 Activos intangíveis 8 9.706 10.897
5.971.841 5.973.032
Activos fixos tangíveis: 9 e 10 Terrenos e edifícios 197.601.415 119.138.838 Equipamento básico 51.051.809 36.059.526 Imobilizações em curso 10.273.117 15.936.858 Outros activos fixos tangíveis 14.328.220 10.357.621
273.254.562 181.492.843 Investimentos financeiros: Propriedades de investimento 11 e 19 229.963 561.839 Investimentos financeiros em equivalência patrimonial 13.437.882 13.683.807 Empréstimos a empresas associadas 7.049.231 11.151.045 Outros investimentos financeiros 6.444.191 9.717.460 Adiantamentos por conta de investimentos financeiros 11 37.000.000 -
64.161.267 35.114.152
Activos por impostos diferidos 24 10.929.231 8.276.260
Total do activo não corrente 354.316.902 230.856.287
CORRENTE
Inventários 12 e 19 120.753.233 108.131.778
Dívidas de terceiros: 13 e 19 Clientes 186.792.119 183.790.777 Outras dívidas de terceiros 46.688.467 50.859.190
233.480.586 234.649.967
Outros activos correntes 14 72.011.406 37.661.107 Caixa e seus equivalentes 15 32.235.283 32.751.072
Total do activo corrente 458.480.508 413.193.924
Total do activo 812.797.409 644.050.211
O Responsável técnico O Conselho de Administração
BALANÇOS CONSOLIDADOS PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 31 DE DEZEMBRO DE 2006
(Unidade monetária: Euro)CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Notas 31-Dez-07 31-Dez-06
CAPITAL PRÓPRIO
Capital social 16 160.000.000 160.000.000 Reservas e resultados transitados (36.685.721) (42.451.331) Resultado líquido do exercício 12.039.592 5.831.105 Capital próprio atribuível ao Grupo 135.353.872 123.379.774
Interesses minoritários 889.667 770.089
Total do capital próprio 136.243.539 124.149.863
PASSIVO
NÃO CORRENTE
Provisões 19 19.325 28.908
Empréstimos: Empréstimos obrigacionistas 17 100.000.000 - Empréstimos bancários 17 174.868.371 108.135.218 Outros empréstimos obtidos 52.354 276.935
274.920.725 108.412.152 Dívidas a terceiros: Fornecedores de imobilizado 4.890.863 2.834.837 Outros dívidas a terceiros 8.711.367 -
Passivos por impostos diferidos 24 17.551.760 18.209.800
Total do passivo não corrente 306.094.040 129.485.698
CORRENTE
Empréstimos: Empréstimos bancários 17 35.948.475 46.244.898 Outros empréstimos obtidos 19.521.799 29.652.592
55.470.275 75.897.491 Dívidas a terceiros: Fornecedores 154.023.837 159.476.026 Fornecedores de imobilizado 6.492.048 4.139.626 Adiantamentos de clientes 45.978.917 46.637.804 Outros dívidas a terceiros 43.094.409 41.649.906
249.589.211 251.903.362
Outros passivos correntes 18 65.400.345 62.613.797
Total do passivo corrente 370.459.831 390.414.650
Total do passivo 676.553.870 519.900.348
Total do capital próprio e passivo 812.797.409 644.050.211
O Responsável técnico O Conselho de Administração
BALANÇOS CONSOLIDADOS PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 31 DE DEZEMBRO DE 2006
(Unidade monetária: Euro)DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS Notas 31-Dez-07 31-Dez-06
Vendas e prestação de serviços 550.540.801 562.296.281 Variação da produção 2.400.857 11.911.045 Outros ganhos operacionais 21 11.665.841 12.053.163 Proveitos operacionais 564.607.499 586.260.490
Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas (148.441.830) (148.630.004) Fornecimentos e serviços externos (249.699.936) (281.203.244) Custos com o pessoal (109.154.133) (101.651.793) Amortizações e perdas de imparidade (12.093.401) (10.713.932) Provisões e ajustamentos de valor (2.756.174) (2.475.886) Outras perdas operacionais 21 (18.970.142) (14.013.332) Custos operacionais (541.115.617) (558.688.190)
Resultado operacional das actividades continuadas 23.491.882 27.572.299
Resultado líquido das operações descontinuadas 26 - (1.165.302)
Custo líquido do financiamento (10.688.868) (6.536.987) Ganhos e perdas em empresas associadas 3.868.290 5.476.080 Outros ganhos e perdas financeiros (4.122.913) (10.699.108) Resultado financeiro 23 (10.943.491) (11.760.015)
Resultado antes de impostos 12.548.391 14.646.982
Impostos sobre o rendimento 24 (187.359) (7.907.422)
Resultado consolidado do exercício 12.361.032 6.739.561 Atribuível ao Grupo 12.039.592 5.831.105 Atribuível a interesses minoritários 321.440 908.456
Resultado por acção das actividades continuadas: 25 Básico 0,080 0,042 Diluído 0,080 0,042
Resultado por acção: 25 Básico 0,080 0,034 Diluído 0,080 0,034
O Responsável técnico O Conselho de Administração
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006
(Unidade monetária: Euro)
Rubrica
Saldo a 1/Jan/2007
Diferenças cambiais
transposição DF
Outros Res. Liquido em 31/Dez/2007
Saldo a 31/Dez/2007
Capital social 160.000.000 - - - 160.000.000
Reserva de justo valor 65.611.796 - 251.590 - 65.863.386
Reserva de conversão cambial 303.195 (117.580) - - 185.615
Outras reservas e resultados transitados (102.535.217) - (199.505) - (102.734.722)
Resultado líquido do exercício - - - 12.039.592 12.039.592
Dividendos antecipados - - - - -
Interesses minoritários 770.089 - (201.862) 321.440 889.668
124.149.863 (117.580) (149.777) 12.361.032 136.243.539
Rubrica
Saldo a 1/Jan/2006
Diferenças cambiais
transposição DF
Outros Res. Liquido em 31/Dez/2006
Saldo a 31/Dez/2006
Capital social 160.000.000 - - - 160.000.000
Reserva de justo valor 70.128.199 - (4.516.403) - 65.611.796
Reserva de conversão cambial (41.833) 345.029 - - 303.195
Outras reservas e resultados transitados (112.830.631) - 4.464.308 - (108.366.322)
Resultado líquido do exercício - - - 5.831.105 5.831.105
Dividendos antecipados - - - - -
Interesses minoritários 574.028 (310.007) (402.387) 908.456 770.089
117.829.763 35.021 (454.482) 6.739.561 124.149.863
O Responsável técnico O Conselho de Administração
DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E 2006
(Unidade monetária: Euro)
31-Dez-07 31-Dez-06
Actividades operacionais:
Recebimentos de clientes 537.906.504 604.619.458
Pagamentos a fornecedores (447.700.118) (454.191.146)
Pagamentos ao pessoal (93.701.537) (89.823.995)
(3.495.151) 60.604.317Pagamento /recebimento do imposto s/o rendimento (938.740) (1.266.755)
Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional (30.491.425) (29.272.757)
(31.430.165) (30.539.513)Fluxos das actividades operacionais (34.925.316) 30.064.805
Actividades de investimento:
Recebimentos provenientes de:
Investimentos financeiros 3.859.485 13.018.468
Activos fixos tangíveis 7.741 659.495
Activos fixos intangíveis 238 -
Subsídios de investimento - 157.789
Juros e proveitos similares 1.216.107 8.030.506
Dividendos 3.639.487 8.723.059 2.863.381 24.729.640 Pagamentos respeitantes a:
Investimentos financeiros 71.449.214 2.438.382
Activos fixos tangíveis 5.141.744 2.711.443
Activos intangíveis 2.810 76.593.769 10.864 5.160.688Fluxos das actividades de investimento (67.870.710) 19.568.952
Actividades de financiamento:
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos 530.240.579 177.795.933
Aumentos de capital, prestações suplementares e prémios de emissão 13.586 -
Juros obtidos 175.169 530.429.334 170.205 177.966.138 Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos 401.406.675 200.964.325
Amortização de contratos de locação financeira 5.124.724 3.632.417
Juros e custos similares 20.611.376 15.281.062
Dividendos 140.377 597.563
Aquisições de acções (quotas) próprias - 427.283.151 - 220.475.369Fluxos das actividades de financiamento 103.146.183 (42.509.231)
Variação de caixa e seus equivalentes 350.156 7.124.526 Efeito das diferenças de câmbio (1.225.554) (632.002) Efeito das alterações de participação 359.609 - Caixa e seus equivalentes no início do período 32.751.072 26.258.548 Caixa e seus equivalentes no fim do período 32.235.283 32.751.072
O Responsável técnico O Conselho de Administração
ANEXO À DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDA DOS
Aquisições, subscrições, aumentos de capital e alterações em participações sociais
� Adiantamento realizado no âmbito dos contratos-promessa de aquisição de acções da Scutvias – Autoestradas da Beira Interior, S.A., tendentes ao aumento da participação do Grupo nesta participada de 20% para 33% no montante de 37.000.000 Euros totalmente realizados por caixa e seus equivalentes.
� Aquisição de 60% do capital social da CPE – Companhia de Parques de Estacionamento, S.A. pela quantia de 32.500.000 Euros totalmente realizados por caixa e seus equivalentes.
� Participação de 34% no Capital inicial da sociedade “Mini Price Hotels (Porto), SA.”, pelo valor de 340.000 Euros, tendo sido realizados por caixa e seus equivalentes, à data de 31 de Dezembro de 2007, a quantia de 102.000 Euros.
� Aumento de capital na sociedade “Grupul Porthughez de Constructii, S.R.L.”, pelo valor de 259.000 Euros, totalmente realizados por caixa e seus equivalentes.
� Aquisição de 75% do capital social da Hidroequador Santomense – Exploração de Centrais Hidroeléctricas, Lda. pelo valor de 800.000 Euros, integralmente realizados por caixa e seus equivalentes.
� Constituição do capital social da Soares da Costa Imobiliária, Lda, com sede em Angola, no montante de 70.647 Euros, integralmente realizados por caixa e seus equivalentes.
� Constituição do capital social da Intevias – Serviços e Gestão, S.A. no montante de 50.000 Euros tendo sido realizados por caixa e seus equivalentes à data de 31 de Dezembro de 2007 a quantia de 15.000 Euros.
� Alteração da participação no GCF – Grupo Construtor da Feira, ACE de 50% para 28,57% pela entrada de uma nova agrupada. O efeito líquido na variação de caixa e seus equivalentes resultante da redução desta participação ascende a 47.616 Euros.
A data de inclusão da CPE – Companhia de Parques de Estacionamento, S.A. no perímetro de consolidação pelo método integral foi 31 de Dezembro de 2007. A essa data o justo valor dos activos e passivos da sociedade é como segue:
ActivoNão corrente Activos fixos tangíveis 67.673.729 Passivo Activos por impostos diferidos 2.244.665 Não Corrente
69.918.394 Fornecedores de imobilizado 213.258 Outras dívidas a terceiros 43.667.619
43.880.877Corrente Corrente Clientes 194.662 Empréstimos bancários 15.720.500 Outras dívidas de terceiros 62.213 Fornecedores 2.710.165 Outros activos correntes 156.681 Fornecedores de imobilizado 264.050 Caixa e seus equivalentes 407.227 Outras dívidas a terceiros 1.326.416
820.783 Outros passivos correntes 4.556.06424.577.195
70.739.177 68.458.072
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 ocorreram ainda outras operações materialmente relevantes dignas de registo específico a saber:
� Recebimento de dividendos da Scutvias – Autoestradas da Beira Interior, S.A., no montante de 4.926.779 Euros, tendo sido recebidos por caixa e seus equivalentes, até à data de 31 de Dezembro de 2007, a quantia de 3.600.000 Euros.
� Alienação de títulos da dívida pública Angolana (títulos do tesouro) detidos pela Sociedade de Construções Soares da Costa, SA no montante de 3.756.838 Euros totalmente reembolsados por caixa e seus equivalentes.
Discriminação dos componentes de caixa e seus equivalentes
31-Dez-07 31-Dez-06
Numerário 1.847.829 1.388.148Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 30.051.757 31.362.924Equivalentes a caixa 335.698 -
Caixa e seus equivalentes 32.235.283 32.751.072
Titulos Negociáveis - - Disponibilidades constantes do balanço 32.235.283 32.751.072
POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E NOTAS EXPLICATIVAS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007
1. NOTA INTRODUTÓRIA
A sociedade actualmente denominada GRUPO SOARES DA COSTA, SGPS, S.A. (“Empresa”) foi constituída em 2 de Junho de 1944, sob a denominação de Soares da Costa, Lda., sociedade comercial porquotas, tendo sido transformada em sociedade anónima por escritura notarial em 1 de Maio de 1968 e assumido a denominação social de “Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A.”.
Em 30 de Dezembro de 2002 após um processo de reorganização do Grupo, a sociedade assumiu a sua denominação actual e alterou o objecto social para “Gestão de participações sociais como forma indirecta do exercício de actividades económicas”.
A actual estrutura de participações da “Grupo Soares da Costa” pode ser representado pelo diagrama anexo que evidencia a “holding” do Grupo, “GRUPO SOARES DA COSTA, SGPS, S.A.”, sociedade de capital aberto ao investimento do público, e quatro “subholdings”, uma por cada grande segmento ou área de negócios:
• Soares da Costa Construção, SGPS, S.A. – que integra o “portfolio” de participações sociais na área de construção civil e obras públicas onde se destaca a Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A., empresa construtora nacional do Grupo.
• Soares da Costa Indústria, SGPS, S.A. – que integra as participações de capital das empresas que se dedicam às indústrias relacionadas com a actividade de construção, nomeadamente: carpintaria, electricidade, electromecânica, alumínios, pré-fabricados, etc.
• Soares da Costa Imobiliária, SGPS, S.A. – que integra as participações nas empresas que se dedicam ao segmento imobiliário e de gestão imobiliária.
• Soares da Costa Concessões, SGPS, S.A. – onde se centralizou o “portfolio” de participações financeiras das empresas associadas ligadas às concessões.
A relação completa das empresas incluídas na consolidação e dos métodos de consolidação aplicados constam nas notas seguintes.
Os valores monetários referidos nas notas são apresentados em unidades de Euro, salvo indicação em contrário.
2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
As principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas são as seguintes:
2.1. Bases de apresentação
As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação, mantidos de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal ajustados, no processo de consolidação, de modo a que as demonstrações financeiras consolidadas estejam em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas na União Europeia, em vigor para os exercícios económicos iniciados em 1 de Janeiro de 2005, data que corresponde ao início do período da primeira aplicação pela Empresa dos IAS/IFRS.
Na preparação das demonstrações financeiras anexas foram utilizadas estimativas que afectam as quantias reportadas de activos e passivos, assim como as quantias reportadas de proveitos e custos durante o período de reporte. Todas as estimativas e assumpções efectuadas pelo Conselho de Administração foram efectuadas com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transacções em curso.
O Conselho de Administração da Empresa entende que as demonstrações consolidadas anexas e as notas que se seguem asseguram uma adequada apresentação da informação financeira consolidada.
O Grupo não aplicou antecipadamente a IFRS 8 – “Operating Segments” e não antecipou os seus impactos dado tratar-se de uma norma que visa apenas divulgações não produzindo assim qualquer impacto nas demonstrações financeiras do Grupo. A IFRS 8 define a apresentação da informação sobre segmentos operacionais de uma entidade, sobre serviços, produtos e áreas geográficas onde a entidade opera e sobre os seus maiores clientes. O grupo encontra-se a avaliar o impacto da introdução desta norma.
2.2. Princípios de consolidação
São os seguintes os métodos de consolidação adoptados pelo Grupo:
a) Empresas do Grupo – Método de consolidação integral
As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo detenha directa ou indirectamente, mais de 50% dos direitos de voto em Assembleia Geral de Accionistas/Sócios e/ou detenha o poder de controlar as suas políticas financeiras e operacionais (definição de controlo utilizada pelo Grupo), foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método de consolidação integral. Os interesses correspondentes à participação de terceiros nestas empresas são apresentados autonomamente na rubrica interesses minoritários, sendo no balanço consolidado incluída nos capitais próprios e na demonstração de resultados incluída nos resultados consolidados do exercício.
Quando os prejuízos atribuíveis aos minoritários excedem o interesse minoritário no capital próprio da filial, o Grupo absorve esse excesso e quaisquer prejuízos adicionais, excepto quando os minoritários tenham a obrigação e sejam capazes de cobrir esses prejuízos. Se a filial subsequentemente reportar lucros, o Grupo apropria todos os lucros até que a parte minoritária dos prejuízos absorvidos tenha sido recuperada.
Os activos e passivos de cada empresa do grupo são identificados ao seu justo valor na data de aquisição. Qualquer excesso do custo de aquisição face ao justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos é reconhecido como “goodwill” (Nota 2.2.d)). Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos seja negativo, o mesmo é reconhecido como um proveito do exercício.
Os interesses minoritários incluem a proporção dos terceiros no justo valor dos activos e passivos identificáveis à data de aquisição das subsidiárias.
Os resultados das filiais adquiridas ou vendidas durante o exercício estão incluídos nas demonstrações de resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua venda.
Sempre que necessário, são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das filiais para adequar as suas políticas contabilísticas às usadas pelo Grupo. As transacções, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados no processo de consolidação. As mais-valias decorrentes da alienação de empresas participadas, efectuadas dentro do Grupo, são igualmente anuladas.
As empresas consolidadas pelo método de consolidação integral encontram-se identificadas na Nota 3.
b) Empresas controladas conjuntamente – Método de consolidação proporcional
As participações financeiras em empresas controladas conjuntamente foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método da consolidação proporcional, desde a data em que o controlo é partilhado. De acordo com este método os activos, passivos, proveitos e custos destas empresas foram integrados, nas demonstrações financeiras consolidadas, rubrica a rubrica na proporção do controlo atribuível ao Grupo.
O excesso do custo de aquisição face ao justo valor de activos e passivos identificáveis de cada entidade conjuntamente controlada na data de aquisição, é reconhecido como “goodwill” (Nota 2.2.d)). Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos seja negativo, o mesmo é reconhecido como um proveito do exercício.
Sempre que necessário, são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das entidades conjuntamente controladas para adequar as suas políticas contabilísticas às usadas pelo Grupo. As transacções, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas são eliminados, no processo de consolidação, na proporção do controlo atribuível ao Grupo. As mais-valias decorrentes da alienação deempresas participadas, efectuadas dentro do Grupo, são igualmente anuladas.
A classificação dos investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente é determinada com base em acordos parassociais que regulam o controlo conjunto, na percentagem efectiva de detenção e/ounos direitos de voto detidos.
Os interesses financeiros em Agrupamentos Complementares de Empresas (ACE´s), por regra, foram consolidados nas demonstrações financeiras pelo método da consolidação proporcional.
As empresas consolidadas pelo método de consolidação proporcional encontram-se identificadas na Nota 4.
c) Empresas associadas – Método da equivalência patrimonial
As participações financeiras em empresas associadas, empresas onde o Grupo exerce uma influência significativa mas não detém o controlo, nem o controlo conjunto, das mesmas através da participação nas decisões financeira e operacional da Empresa - geralmente investimentos representando entre 20% a 50% do capital de uma empresa - são registados pelo método da equivalência patrimonial.
De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas pelo seu custo de aquisição ajustado pelo valor correspondente à participação do Grupo nas variações dos capitais próprios (incluindo o resultado líquido) das associadas por contrapartida de ganhos ou perdas do exercício e pelos dividendos recebidos.
O excesso do custo de aquisição face ao justo valor de activos e passivos identificáveis de cada associada na data de aquisição é reconhecido como “goodwill” (Nota 2.2.d)). Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos seja negativo, o mesmo é reconhecido como um proveito do exercício.
É feita uma avaliação dos investimentos em associadas quando existem indícios de que o activo possa estar em imparidade, sendo registado como custo na demonstração de resultados, as perdas de imparidade que se demonstrem existir.
Quando a proporção do Grupo nos prejuízos acumulados da associada excede o valor pelo qual o investimento se encontra registado, o investimento é relatado por valor nulo.
Os investimentos financeiros em empresas associadas encontram-se detalhados na Nota 5.
d) “Goodwill”
As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do grupo, entidades conjuntamente controladas e associadas e o justo valor dessas empresas à data da sua aquisição, foram registadas como activo intangível na rubrica de “Goodwill” (no caso dos investimentos em empresas do grupo e entidades conjuntamente controladas).
O “goodwill” não é amortizado, sendo testado, anualmente, para verificar se existem perdas por imparidade. Qualquer perda por imparidade é registada imediatamente na demonstração de resultados do exercício afectando os resultados financeiros, não sendo posteriormente revertida.
As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do grupo, entidades conjuntamente controladas e associadas, sedeadas no estrangeiro e o justo valor dos activos e passivosidentificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, encontram-se registadas na moeda de reporte dessas empresas, sendo convertidas para a moeda de reporte do Grupo (Euro) à taxa de câmbio em vigor na data de balanço. As diferenças cambiais geradas nessa conversão são registadas no Capital Próprio na rubrica Reserva de conversão cambial.
As diferenças de consolidação positivas geradas antes da data de transição para os IFRS (1 de Janeiro de 2004) e resultantes do processo de reorganização do Grupo ocorrido em 2002 foram eliminadas aquando daconversão das demonstrações financeiras.
e) Conversão de demonstrações financeiras de entidades estrangeiras
São tratadas como entidades estrangeiras as entidades que operando no estrangeiro têm autonomia organizacional, económica e financeira.
Os activos e passivos das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras são convertidos para Euro utilizando as taxas de câmbio existente à data do balanço e os custos e proveitos e fluxos de caixa dessas demonstrações financeiras são convertidos para Euro utilizando a taxa de câmbio média verificada no exercício. A diferença cambial resultante é registada no capital próprio na rubrica de “Reserva de conversão cambial”.
O “goodwill” e ajustamentos de justo valor resultantes da aquisição de entidades estrangeiras são tratados como activos e passivos dessa entidade e transpostos para Euro de acordo com a taxa de câmbio, à data do balanço.
Sempre que uma entidade estrangeira é alienada, a diferença cambial acumulada é reconhecida na demonstração de resultados como um ganho ou perda da alienação.
As cotações utilizadas para conversão em Euro das contas das empresas do grupo, entidades conjuntamente controladas e associadas estrangeiras foram as seguintes:
Cambio em Cambio Médio Cambio em Cambio médio31-Dez-07 2007 31-Dez-06 2006
Dólar Americano EUR/USD 1,4721 1,3797 1,3170 1,2617Metical de Moçambique EUR/MZN 34,83 35,57 34,47 32,08Dobra de S. Tomé e Príncipe EUR/STD 20.947,87 18.737,35 17.222,30 15.675,36Kuanza de Angola EUR/AOA 110,38 106,50 105,60 101,07Leu Romeno EUR/ROL 3,6118 3,3526 3,3817 3,5121
2.3. Propriedades de investimento
As propriedades de investimento compreendem, essencialmente, terrenos e edifícios detidos para obter rendas ou valorização do capital ou ambos e não para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para fins administrativos ou para venda no curso ordinário dos negócios.
As propriedades de investimento estão registadas pelo custo. À data da transposição das demonstrações financeiras para o quadro referencial IAS/IFRS (1 de Janeiro de 2004) as propriedades de investimento materialmente relevantes foram ajustadas de forma a reflectir o seu justo valor à data da conversão (“deemed-cost”).
Os custos incorridos relacionados com propriedades de investimento em utilização nomeadamente, manutenções, reparações, seguros e impostos sobre propriedades (contribuição autárquica), são reconhecidos como um custo na demonstração de resultados consolidada do exercício a que se referem. Asbeneficiações relativamente às quais se estima que gerem benefícios económicos adicionais futuros, sãocapitalizadas na rubrica de propriedades de investimento.
O método de amortização utilizado nas propriedades de investimento é o método das quotas constantes considerando como taxa de amortização a correspondente a uma vida útil de 100 anos.
2.4. Activos fixos tangíveis
Os activos fixos tangíveis adquiridos até 31 de Dezembro de 2003, data da transição para IAS/IFRS encontram-se registados ao “deemed cost”, deduzido de amortizações e perdas de imparidade. O “deemed cost” foi determinado como segue:
- Terrenos e edifícios – Valor de mercado a 31 de Dezembro de 2003 determinado por avaliação independente - J. Curvelo, Ldª.
- Equipamento básico – Valor de mercado a 31 de Dezembro de 2003, determinado através de uma avaliação interna dos bens numa óptica de uso, corroborada por uma avaliação externa efectuada por entidade independente – J. Curvelo, Ldª.
- Restantes elementos – Custo de aquisição ou custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal.
Os bens adquiridos após 31 de Dezembro de 2003, encontram-se registados ao seu custo de aquisição deduzido de amortizações acumuladas e perdas de imparidade.
As depreciações são calculadas pelo método das quotas constantes após os bens estarem em condições de serem utilizados e são imputadas numa base sistemática durante a sua vida útil que é determinada tendoem conta a utilização esperada do activo pelo Grupo, do desgaste natural esperado, da sujeição a uma previsível obsolescência técnica e do valor residual atribuível ao bem. O valor residual atribuível ao bem é determinado com base na estimativa do valor recuperável no final da sua vida útil.
As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:
Vida Útil
Edifícios 40 - 100Equipamento básico 2 - 20Outros activos tangíveis 4 - 10
As imobilizações em curso encontram-se registadas ao custo de aquisição ou produção, deduzido de eventuais perdas de imparidade.
As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate do imobilizado corpóreo são determinadas pela diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação/abate, sendo
registadas na demonstração de resultados, como “outros ganhos operacionais” ou “outras perdas operacionais”.
2.5. Activos Intangíveis
Os activos intangíveis excepto “goodwill” encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações acumuladas e perdas de imparidade. Os activos intangíveis só são reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para o Grupo, sejam controláveis pelo Grupo e se possa medir razoavelmente o seu valor.
As amortizações do exercício dos activos intangíveis são registadas na demonstração de resultados na rubrica de “Amortizações e perdas de imparidade”. O método de amortização utilizado nos activos intangíveis com vida útil finita é o método das quotas constantes, tendo-se considerado para estes activos um período de vida útil compreendido entre 3 e 5 anos.
À data da transposição das demonstrações financeiras para o quadro referencial IAS/IRFS, 1 de Janeiro de 2004, a adopção desta política determinou uma redução no activo e nos capitais próprios dos activos que não obedeciam a esta definição.
2.6. Activos e Passivos Financeiros
a) Investimentos Financeiros
Os investimentos financeiros são reconhecidos na data em que são transferidos substancialmente os riscos e vantagens inerentes aos mesmos. São inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago, incluindo despesas de transacção.
Os investimentos financeiros classificam-se em investimentos detidos até à maturidade e investimentos mensurados ao justo valor através de resultados.
Os investimentos financeiros detidos até à maturidade apresentados para 2006 respeitam a produtos financeiros com maturidade definida superior a 12 meses relativamente aos quais existe a intenção e a capacidade de serem mantidos até essas datas.
Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são remensurados pelos seus justos valores sem qualquer dedução aos custos da transacção em que se possa incorrer na venda. Os investimentos em instrumentos de capital próprio não admitidos à cotação em mercados regulamentados, e para os quais não é possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, sãomantidos ao seu custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao justovalor através de resultados são registados na demonstração consolidada de resultados do exercício.
b) Dívidas de terceiros
As dívidas de terceiros são registadas pelo seu valor nominal deduzido de eventuais perdas de imparidade,reconhecidas na rubrica de perdas de imparidade em contas a receber, para que as mesmas reflictam o seu valor realizável líquido.
c) Empréstimos
Os empréstimos são registados no passivo pelo seu valor nominal.
Eventuais despesas com a emissão desses empréstimos, pagas antecipadamente aquando da emissão desses empréstimos, são reconhecidas linearmente na demonstração de resultados do exercício ao longo do período de vida desses empréstimos, encontrando-se classificados, na rubrica de ”Outros activos correntes”.
Os encargos financeiros com juros bancários e despesas similares (nomeadamente Imposto de Selo), são registados na demonstração consolidada de resultados de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, encontrando-se os montantes vencidos e não liquidados à data do balanço, classificados na rubrica de “Outros passivos correntes”.
d) Dívidas a terceiros
As dívidas a terceiros encontram-se registadas pelo seu valor nominal. Usualmente estas dívidas a terceiros não vencem juros.
e) Letras descontadas e contas a receber cedidas em “factoring”
As letras descontadas e as contas a receber cedidas em factoring (com recurso) encontram-se apresentadas no activo pelo seu valor nominal e no passivo pelo adiantamento já recebido.
Os encargos com juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.
f) Caixa e seus equivalentes
Os montantes incluídos na rubrica de “Caixa e seus equivalentes” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários e depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria de curto prazo.
2.7. Locações
Os contratos de locação são classificados como: - locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens
inerentes à posse; - locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e
vantagens inerentes à posse.
A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato.
Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira, são registados pelo seu valor no activo e as respectivas responsabilidades no passivo. As amortizações destes activos calculadas em conformidade com o descrito em 2.4. supra são registadas em amortizações do exercício.
A parcela de capital incluída nas rendas pagas é registada como redução daquelas responsabilidades e os juros incluídos nessas rendas são registados como custos financeiros do exercício a que respeitam.
Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como custo na demonstração de resultados durante o período do contrato de locação na rubrica “Fornecimento e serviços externos”.
2.8. Inventários
As mercadorias, as matérias-primas, subsidiárias e de consumo são valorizadas ao menor do custo de aquisição ou do valor realizável líquido. O método de custeio utilizado pelo Grupo na movimentação dasmatérias-primas, subsidiárias e de consumo é o custo médio ponderado.
Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e os produtos e trabalhos em curso são valorizados ao menor do custo de produção ou do valor realizável líquido. Os custos de produção incluem o custo da matéria-prima incorporada, mão-de-obra directa e gastos gerais de fabrico. O método de custeio é o custo médio.
O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos custos para terminar a produção e dos custos de comercialização.
2.9. Encargos financeiros com empréstimos obtidos
Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como custo de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.
Durante o exercício não foram capitalizados encargos financeiros como parte do custo de produção de activos.
2.10. Provisões
As provisões são reconhecidas quando, o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante dum evento passado e é provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e que o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.
2.11. Imposto sobre o rendimento
O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis (os quais diferem dos resultados contabilísticos) das empresas incluídas na consolidação de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo.
Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação.
Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação que se esperam estar em vigor à data da reversão das diferenças temporárias.
Os activos por impostos diferidos são registados unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Na data de cada balanço é efectuada uma reapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos activos por impostos diferidos no sentido de reconhecer activos por impostos diferidos não registados anteriormente por não terem preenchido as condições para o seu registo e/ou para reduzir o seu montante, em função da expectativa actual da sua recuperação futura.
Os impostos diferidos são registados como custo ou proveito do exercício, excepto se resultarem de montantes registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.
2.12. Apresentação de balanço
Os activos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um ano da data do balanço, são apresentados, respectivamente, como activos e passivos não correntes.
2.13. Reconhecimento de custos e proveitos
a) Contratos de construção
Para o reconhecimento dos proveitos e custos dos contratos de construção, foi adoptado o método da percentagem de acabamento. De acordo com este método, os proveitos directamente relacionados com as obras em curso são reconhecidos na demonstração de resultados em função da sua percentagem de acabamento, a qual é determinada pelo rácio entre os custos incorridos até à data do balanço e os custos totais estimados das obras. As diferenças entre os proveitos apurados através da aplicação deste método e a facturação emitida são contabilizadas nas rubricas de “Outros activos correntes” ou “Outros PassivosCorrentes”, consoante a natureza da diferença. Os proveitos e custos relativos à promoção imobiliária são diferidos no balanço até que a respectiva execução esteja total ou substancialmente terminada.
Variações nos trabalhos face à quantia de rédito acordada no contrato são reconhecidas no resultado doexercício quando é fortemente provável que o cliente aprove a quantia de rédito proveniente da variação, e que esta possa ser mensurada com fiabilidade.
As reclamações para reembolso de custos não incluídos no preço do contrato são incluídas no rédito do contrato quando as negociações atinjam um estágio avançado de tal forma que é provável que o cliente aceite a reclamação, e que é possível mensurá-la com fiabilidade.
b) Empreendimentos imobiliários
O reconhecimento das vendas de empreendimentos imobiliários é efectuado no momento em que legalmente ocorre a transferência de propriedade ou, excepcionalmente, quando a posse ou riscos inerentes ao imóvel são transmitidas ao promitente comprador e se considera a venda irreversível.
c) Restantes actividades
Os proveitos relativos a vendas e prestações de serviços em geral são reconhecidos com a sua realização. Os proveitos financeiros relacionados com a mora no pagamento por parte dos clientes são reconhecidos quando há significativa evidência da sua cobrabilidade.
d) Custos com a preparação de propostas
Os custos incorridos com a preparação de propostas são reconhecidos na demonstração de resultados do exercício em que são incorridos, em virtude do desfecho da proposta não ser controlável.
e) Especializações dos exercícios
As empresas do Grupo registam as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização de exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que são geradas independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de “Outros activos correntes” ou “Outros passivos correntes”, consoante a natureza da diferença.
2.14. Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira
As transacções em outras divisas que não Euro, são registadas às taxas em vigor na data da transacção.
Em cada data de balanço, os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euro utilizando as taxas de câmbio vigentes naquela data.
As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço,foram registadas como “Outros ganhos e perdas financeiros” na demonstração consolidada de resultados do exercício.
2.15. Imparidade de activos não correntes, excepto goodwill
É efectuada uma avaliação de imparidade à data de cada balanço e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indique que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado.
Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, éreconhecida uma perda de imparidade, registada na demonstração de resultados.
A quantia recuperável, é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo numa transacção ao alcance das partes envolvidas deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação nofinal da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de caixa à qual o activo pertence.
A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando existem indícios de que as perdas de imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas de imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como resultados operacionais.
Contudo, a reversão da perda de imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda de imparidade não se tivesse registado em exercícios anteriores.
2.16. Activos e passivos contingentes
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo divulgados no anexo às demonstrações financeiras excepto se a possibilidade de existir um exfluxo de recursos for remota.
Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo divulgados nas notas explicativas quando é provável a existência de um influxo económico futuro.
2.17. Eventos subsequentes
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam àdata do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço, se materiais, são divulgados nas demonstrações financeiras consolidadas.
2.18. Informação por segmentos
Em cada exercício são identificados os segmentos de negócio e segmentos geográficos aplicáveis ao Grupo. Informação detalhada é incluída na Nota 7.
2.19. Subsídios
Os subsídios governamentais são reconhecidos de acordo com o seu justo valor quando existe uma garantia razoável que irão ser recebidos e que o Grupo irá cumprir com as condições exigidas para a sua concessão.
Os subsídios à exploração, nomeadamente para formação de colaboradores, são reconhecidos na demonstração dos resultados de acordo com os custos incorridos.
3. EMPRESAS DO GRUPO INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO
As empresas do grupo incluídas na consolidação pelo método integral, suas sedes sociais e proporção docapital detido em 31 de Dezembro de 2007 são as seguintes:
Denominação social Sede Directa Indirecta Total
Grupo Soares da Costa SGPS, S.A. Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto
Empresa Mãe - -
Soares da Costa Serviços Partilhados, S.A. Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto
100,00% - 100,00%
Soares de Costa Desenvolvimento, S.A. Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto
100,00% - 100,00%
Construção Civil e Obras Públicas
SDC Construções SGPS, S.A. Rua Santos Pousada, 220 4000-478 Porto 100,00% - 100,00%
Soares da Costa América, Inc. 7270 N.W. 12 TH Street, Suite PH3 -
Miami - Florida - 33126 U.S.A. -100,00% 100,00%
Porto Construction Group, LLC 7270 N.W. 12 TH Street, Suite #207 -
Miami - Florida - 33126 U.S.A. -60,00% 60,00%
Soares da Costa Construction Services, LLC 751 Park of Comm. Drive, Suite #108 -
Boca Raton - Florida - 33487 U.S.A. -80,00% 80,00%
Soares da Costa Contractor, INC 7270 N.W. 12 TH Street, Suite PH3 -
Miami - Florida - 33126 U.S.A. -
100,00% 100,00%
Gaia Contracting and Construction ManagementServices, LLC
7270 N.W. 12 TH Street, Unit 205 -
Miami - Florida - 33126 - U.S.A. -
100,00% 100,00%
Soares da Costa Moçambique, SARL Av. Ho Chi Min nº 1178, Maputo
Moçambique -
80,00% 80,00%
Soares da Costa S. Tomé e Principe - Construções,Lda
S. Tomé e Príncipe
-
100,00% 100,00%
Soares da Costa Construcciones CentroAmericanas, S.A.
Cantón Cero Uno - S. José Costa Rica
-
100,00% 100,00%
Carta - Cantinas e Restauração, Lda Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto
- 100,00% 100,00%
Carta - Restauração e Serviços, Lda Rua Cónego Manuel das Neves, 19
Luanda - República de Angola -
100,00% 100,00%
Soc. Construções Soares da Costa, S.A. Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto
- 100,00% 100,00%
Soares da Costa Civil, LLC 7270 NW 12th Street, Suite 520, Miami, - 80,00% 80,00%
Imobiliária
Soares da Costa Imobiliária, SGPS, S.A. Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto
100,00% - 100,00%
MZI - Sociedade de Construções, Lda. Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto
- 100,00% 100,00%
SODEL - Empreendimentos Imobiliários, S.A. Rua Srª do Porto, 930 4250-453 Porto - 100,00% 100,00%
CIAGEST - Imobiliária e Gestão, S.A. Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto
- 100,00% 100,00%
Mercados Novos - Imóveis Comerciais, Lda. Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto
- 100,00% 100,00%
SOARTA - Soc Imob. Soares da Costa, S.A. Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto
- 100,00% 100,00%
IMOBAL - Imobiliária do Algarve, Lda. Rua de Santa Luzia, 929 4200 Porto - 100,00% 100,00%
HABITOP - Sociedade Imobiliária, S.A. Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto
- 100,00% 100,00%
Soares da costa Imobiliária, Lda Estrada Farol das Lagostas Município daSambízanga, C. do N'Golakiluange -Luanda
-100,00% 100,00%
Percentagem do capital detido
Denominação social Sede Directa Indirecta Total
Concessões
Soares da Costa Concessões, SGPS, S.A. Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto
100,00% - 100,00%
Soares da Costa Concesiones - Costa Rica, S.A. 100 Est,200 Sul, 50 Oest - H. de La
Mujer - San José - Costa Rica
- 100,00% 100,00%
COSTAPARQUES - Estacionamentos, S.A. Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto
- 100,00% 100,00%
Soares da Costa Serviços Técnicos e de Gestão,S.A.
Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto
- 100,00% 100,00%
Infraestructuras Soares da Costa Costa Rica, S.A. 100 Est,200 Sul, 50 Oest - H. de La
Mujer - San José - Costa Rica
- 100,00% 100,00%
C.P.E. - Companhia de Parque de estacionamento,S.A.
Parque Estacionamento Subterrâneo da
Praça do Município - 1100 Lisboa
- 100,00% 100,00%
Intevias - Serviços e Gestão, S.A. Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto
- 100,00% 100,00%
Soares da Costa Indústria, SGPS, S.A. Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto
100,00% - 100,00%
MAXBELA - Soc Técnica de Madeiras, S.A. Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto
- 100,00% 100,00%
CLEAR - Instalações Electromecânicas, S.A. Rua Srª do Porto, 874 4250-453 Porto - 100,00% 100,00%
CLEAR ANGOLA, S.A. Rua Cónego Manuel das Neves, 874
Luanda - Angola
- 95,00% 95,00%
Construções Metálicas SOCOMETAL, S.A. Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto
- 100,00% 100,00%
NAVEGAIA - Instalações Industriais S.A. Rua Santos Pousada, 220 4000-478Porto
- 100,00% 100,00%
Percentagem do capital detido
Indústrias relacionadas com a actividade de constru ção civil e obras públicas
Durante o exercício foram constituídas as sociedades Soares da Costa Civil, LLC, com sede em Miami e Intevias – Serviços e Gestão, SA, detidas pelo grupo em 80% e 100%, respectivamente. Estas sociedades foram integradas no perímetro de consolidação pelo método de consolidação integral.
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2007, o Grupo adquiriu 60% do capital social da CPE – Companhia de Parques de Estacionamento, S.A., resultando numa participação efectiva total de 100%. A referida associada deixou de ser consolidada pelo método da equivalência patrimonial passando a ser consolidada pelo método de consolidação integral. A data de referência da inclusão da CPE – Companhia de Parques de Estacionamento, S.A. no perímetro de consolidação pelo método integral foi 31 de Dezembro de 2007.
4. EMPRESAS CONTROLADAS CONJUNTAMENTE
As empresas controladas conjuntamente incluídas na consolidação pelo método proporcional, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 são as seguintes:
Denominação social Sede Directa Indirecta Total
Construção Civil e Obras Públicas
TRANSMETRO - Construção do Metropolitano doPorto, ACE
Rua Santos Pousada, 220 - 4000-478
Porto
- 50,00% 50,00%
Normetro - Agrupamento do Metropolitano do Porto,ACE
Rua Santos Pousada, 300 - 7º Bonfim
Porto
- 17,90% 17,90%
ASSOC - Soares da Costa - Construção do Estádiode Braga, ACE
Av. Imaculada Conceição, 756 - Dume -
4700-034 Braga
- 40,00% 40,00%
ACESTRADA - Construção de Estradas, ACE Rua Julieta Ferrão, nº 12, 11º andarLisboa
- 20,00% 20,00%
Estádio de Coimbra, SC/Abrantina, ACE Rua Santos Pousada, 220 - 4000-478
Porto
- 60,00% 60,00%
Casais, Eusébios, FDO, J. Gomes, Rodrigues eNévoa - Soares da Costa, Construção do Estádio de Braga - Acabamentos e Instalações/InfraestruturasInteriores, ACE
Av. Imaculada Conceição, 756 - Dume -4700-034 Braga
- 40,00% 40,00%
Três ponto dois - T.G. Const. Civil - Via e Cat Mod.Linha do Norte, ACE
Avª das Forças Armadas, 125 - 2ºC -
Lisboa
- 50,00% 50,00%
Somague, Soares da Costa - AgrupamentoConstrutor do Metro de Superfície, ACE
Rua Engº Ferreira Dias, 164 4100-247
Porto
- 50,00% 50,00%
Ramalho Rosa Cobetar & Soares da Costa, ACE Rua Soeiro Pereira Gomes, nº7, sala 9 -
Edifício América - Lisboa
- 50,00% 50,00%
Remodelação Teatro Circo - S.C., A.B.B., D.S.T.,ACE
Rua Santos Pousada, 220 - 4000-478
Porto
- 50,00% 50,00%
Fomento de Construcciones Y Contratas e Soaresda Costa, ACE
Rua Soeiro Pereira Gomes, nº7, sala 9 -
Edifício América Lisboa
- 50,00% 50,00%
GCF - Grupo Construtor da Feira, ACE Rua da Paz, 66, Sala 19 - 4050 Porto - 28,57% 28,57%
SOMAFEL - Engenharia e Obras Ferroviárias, S.A. Avª da República, 42 - 3º 1069-207Lisboa
- 40,00% 40,00%
OFM - Obras Públicas, Ferroviárias e Marítimas,S.A.
Avª Columbano Bordalo Pinheiro, 93-7º -
1000 Lisboa
- 40,00% 40,00%
Somafel e Ferrovias, ACE Avª Columbano Bordalo Pinheiro, 93-7º -
1000 Lisboa
- 24,00% 24,00%
Percentagem do capital detido
Indústrias relacionadas com a actividade de constru ção civil e obras públicas
À data de 31 de Dezembro de 2007 as quantias agregadas, ponderadas pela percentagem de controlo conjunto, dos activos correntes, dos activos não correntes, dos passivos correntes, dos passivos não correntes, dos rendimentos e dos gastos relacionados com os interesses em empreendimentos conjuntos são como seguem:
Activo Activo Passivo Passivo Resultado Empresa Não Corrente Corrente Não corrente Corrente Custos Prove itos LíquidoACESTRADA - Construção de Estradas, ACE 1.621 1.055.338 18.096 213.385 64.340 272.210 207.871
ASSOC - Soares da Costa - Construção do Estádio de Braga, ACE 2.247 76.427 - 78.674 234.437 234.436 - Casais, Eusébios, FDO, J. Gomes, Rodrigues e Névoa - Soares da Costa 885 25.414 - 8.767 3.551 277.083 273.532
Estádio de Coimbra, SC/Abrantina, ACE - 311.707 - 311.706 5.305 5.305 - Fomento de Construcciones Y Contratas e Soares da Costa, ACE - 26.223 - 26.223 - - - GCF - Grupo Construtor da Feira, ACE 18.944 3.583.378 - 3.602.323 3.723.571 3.723.572 - Normetro - Agrupamento do Metropolitano do Porto, ACE 2.345 5.547.543 - 5.549.929 16.048.846 16.048.805 (42)OFM - Obras Públicas, Ferroviárias e Marítimas, S.A. 2.079.427 8.005.099 289.114 7.169.802 9.947.057 10.122.489 175.430
Ramalho Rosa Cobetar & Soares da Costa, ACE - 145.095 - 121.397 409 24.106 23.698
Remodelação Teatro Circo - S.C., A.B.B., D.S.T., ACE 353.053 1.654.164 193.406 1.813.812 58.728 58.728 - SOMAFEL - Engenharia e Obras Ferroviárias, S.A., SA 10.294.160 10.291.683 868.759 6.657.482 10.907.781 11.074.057 166.275
Somafel e Ferrovias, ACE 30.127 121.384 - 71.966 59.897 71.708 11.810
Somague, Soares da Costa - Agrup. Construtor do Metro de Superfície, ACE 199 935.698 - 1.059.135 236.119 112.882 (123.237)TRANSMETRO - Construção do Metropolitano do Porto, ACE 10.355 4.854.783 712 4.602.586 10.133.026 10.394.867 261.840
Três ponto dois - T.G. Const. Civil - Via e Cat Mod. Linha do Norte, ACE - 549.724 - 398.610 3.426 366 (3.060)Total 12.793.363 37.183.660 1.370.087 31.685.797 51.426.493 52.420.614 994.117
Não existem à data do balanço compromissos contingentes ou compromissos de capital relativos a empreendimentos conjuntos.
5. EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO PELO MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
As empresas incluídas na consolidação pelo método de equivalência patrimonial, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 são as seguintes:
Denominação social Sede Directa Indirecta Total
REVIA - Redes Rodoviárias e ferroviárias deAngola, Lda.
Rua Assalto de Moncada, 9 - R/C
Luanda - Angola
- 22,00% 22,00%
Grupul Portughez de Constructii S.R.L. 10873 Bucharest - Roménia - 50,00% 50,00%
Alsoma, AEIE 3 Av André Malrau 92300 Levallois Perret 18,00% 18,00%
SCUTVIAS - Autoestradas da Beira Interior, S.A. Praça de Alvalade nº 6 7º Andar Lisboa - 20,00% 20,00%
GAYAEXPLOR - Construção e Exploração deParques de Estacionamento, Lda.
Rua Santos Pousada, 220 - 4000-478
Porto
- 25,00% 25,00%
INDÁQUA - Indústria e Gestão de Águas, S.A. Rua Antero de Quental, 221-3º Sala 303 -
4455-586 Perafita
- 28,57% 28,57%
INDÁQUA MATOSINHOS - Gestão de Águas deMatosinhos, S.A.
Rua 1º de Maio, nº 273 4451-956
Matosinhos
- 28,14% 28,14%
INDÁQUA FEIRA - Indústria de Águas de SantaMaria da Feira, S.A.
Rua Dr. Elísio de Castro, 37 4520-213
Stª Maria da Feira
- 0,50% 0,50%
Mini Price Hotels (Porto), S.A. Rua Senhora do Porto, 930 - 34,00% 34,00%
Percentagem do capital detido
À data de 31 de Dezembro de 2007 o detalhe do valor total dos activos, passivos, rendimentos e resultados das empresas integradas no perímetro de consolidação pelo método da equivalência patrimonial são como seguem:
Activo Capitais ResultadoEmpresas Líquido Passivo Próprios Custos Proveitos LíquidoINDÁQUA - Indústria e Gestão de Águas, S.A. 36.012.178 28.725.482 7.286.696 3.215.985 4.975.224 1.759.239SCUTVIAS - Autoestradas da Beira Interior, S.A. 874.065.019 804.376.390 69.688.629 97.337.289 115.903.498 18.566.209
GAYAEXPLOR - Construção e Exploração de Parques de Estacionamento, Lda 259.602 229.607 29.994 2.195 - (2.195)Revia - Redes Rodoviárias e Ferroviárias de Angola, Lda 10.688.539 9.783.905 904.634 7.379.129 7.431.241 52.112Alsoma, AEIE (a) 5.629.896 4.696.864 933.032 6.193.132 6.551.438 358.306Grupul Portuguhez de Constructii S.R.L. 2.741.489 1.808.479 933.010 1.227.468 1.233.583 6.116Mini-Price Hotels (Porto), S.A. 1.000.621 6.050 994.571 11.125 5.696 (5.429)Indáqua Matosinhos, S.A. 2.632.098 2.179.474 452.624 48.499 1.123 (47.376)
Indáqua Vila do Conde, S.A. 1.978.170 1.478.189 499.981 19 - (19)Total 935.007.612 853.284.440 81.723.171 115.414.841 136.101.803 20.686.963
Durante o exercício foi adquirida uma participação de 34% no capital social da Sociedade Mini-Price Hotels (Porto), S.A., com sede em Ramalde – Porto cujo capital social é de 1.000.000 Euros. Esta sociedade foi integrada nas contas do grupo pelo método da equivalência patrimonial.
Durante o exercício não houve registo de qualquer perda por imparidade por não haver indícios da sua existência.
6. EMPRESAS EXCLUÍDAS DA CONSOLIDAÇÃO
As empresas excluídas da consolidação por imaterialidade, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2007 são como segue:
Denominação social Sede Directa Indirecta Total
Agrupamento p/ Construção Ponte do Sado, ACE Bairro do Forno da Cal - Alcácer do Sal - 33,33% 33,33%
ÁGUAMINHO - Constr. Abastecimento Águas, ACE Rua Santos Pousada, 220 - 4000-478Porto
- 45,00% 45,00%
Construção Estação Tratamento das Águas doPaiva, ACE
Av. Fabril do Norte, 1601 - Matosinhos - 50,00% 50,00%
Engil, Soares da Costa, Mota - Hosp. Vale Sousa,ACE
Av. Fabril do Norte, 1601 - Matosinhos - 45,00% 45,00%
FERDOURO - Constr. Pontes e Ferrovias, ACE Rua Santos Pousada, 220 - Porto - 45,00% 45,00%
GPCC - Grupo Português de Construção deInfraestruturas de Gás Natural, ACE
Rua Santos Pousada, 220 - Porto - 25,00% 25,00%
GPCIE - Grupo Português de Construção deInfrestruturas da Expo, ACE
Quinta de Beirolas - Estaleiro Moscavide
(Parque Expo) Stª Maria dos Olivais -
2685 Sacavém
- 25,00% 25,00%
Grupo Construtor do Edifício Gil eanes, ACE Edifício Gil Eanes - Expo 98 - lotes1.13.03 e 1.14.01 - Santa Maria dosOlivais
- 50,00% 50,00%
Molinorte Linha do Norte - Construção Civil, ACE Rua Santos Pousada, 220 - Porto - 23,50% 23,50%
Soares da Costa, Engil, ACE - (Hosp. De Tomar) Rua Santos Pousada, 220 - Porto - 50,00% 50,00%
Soares da Costa, Engil, Mota, ACE Rua Santos Pousada, 220 - Porto - 37,50% 37,50%
Teisomar - Obras Marítimas, ACE Avª República, 42 - 1000 Lisboa - 50,00% 50,00%
Percentagem do capital detido
As empresas constantes na relação acima são Agrupamentos Complementares de Empresas cujos projectos se encontram praticamente concluídos. Os activos, passivos, rendimentos e resultados destas Empresas à data de 31 de Dezembro de 2007 são como seguem:
% Activo Capital ResultadoEmpresas Participação Líquido Passivo Próprio Líquido Gastos Rendi mentos
ÁGUAMINHO - Constr. Abastecimento Águas, ACE 45,00% 85 85 - - - - Construção Estação Trat. Das Águas do Paiva, ACE 50,00% 36.119 36.119 - - 1.416 1.416Engil, Soares da Costa, Mota - Hosp. Vale do Sousa, ACE 45,00% 3.901.091 3.890.425 10.667 10.667 823 11.490
GPCC - Grupo Português de Construção de Infraestruturas de Gás Natural, ACE 25,00% 632.654 632.654 - - 154.163 154.163
GPCIE - Grupo Português de Construção de Infraestruturas da Expo, ACE 25,00% 1.627.680 1.627.680 - - 14.240 14.240
Grupo Construtor do Edifício Gil Eanes, ACE 50,00% 235.982 235.982 - - 148.264 148.264Molinorte Linha do Norte - Construção Civil, ACE (a) 23,50% 419.871 419.343 528 528 0 528
Soares da Costa, Engil, ACE - (Hosp. de Tomar) 50,00% 112.120 112.120 - - 997 997
Soares da Costa, Engil, Mota, ACE (a) 37,50% 333.895 333.895 - - 24.341 24.341
Teisomar - Obras Marítimas, ACE 50,00% 1.100 - 1.100 - - - Total 7.300.597 7.288.303 12.295 11.194 344.245 355.440a) Contas referentes a 31 de Dezembro de 2006
7. INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS
As principais actividades desenvolvidas pelo Grupo são agrupadas nos seguintes segmentos de negócio: - Construção civil e obras públicas - Indústrias relacionadas com a actividade de construção civil - Imobiliária - Concessões
Partindo da informação financeira consolidada de cada uma das áreas de negócio, apresenta-se a seguinte discriminação dos resultados por segmentos a 31 de Dezembro de 2007:
Construção Civil e Obras
Públicas
Indústrias relacionadas
Imobiliário Concessões Participações financeiras
Eliminações Consolidado
Réditos:Vendas externas 471.733.073 70.255.563 6.190.108 2.272.630 89.428 - 550.540.801Vendas intersegmentais 8.113.886 28.632.423 3.164.635 - 7.582.964 (47.493.908) - Réditos Totais 479.846.959 98.887.986 9.354.743 2.272.630 7.672.392 (47.493.908) 550.540.801
Resultado segmentado 20.720.193 6.956.115 50.527 (911.311) (3.177.137) (146.506) 23.491.882 Gastos da empresa não imputados -
Resultado operacional das actividades continuadas
20.720.193 6.956.115 50.527 (911.311) (3.177.137) (146.506) 23.491.882
Resultado liquido das operações descontinuadas
-
Gastos de juros (10.412.840) (1.788.529) (1.290.919) (2.313.262) (7.256.416) 5.176.233 (17.885.735)Proveitos de juros 7.987.833 376.111 537.350 2.321.447 1.150.358 (5.176.233) 7.196.867 Partes de lucros líquidos em Associadas 14.523 64.495 (1.792) 3.791.118 - (54) 3.868.290 Outros ganhos e perdas financeiros (2.601.263) (1.363.075) (76.244) 1.021.377 11.796.291 (12.900.000) (4.122.913) Impostos s/ lucros (3.594.449) (388.062) 159.220 1.063.465 2.572.466 - (187.359) Resultado das actividades ordinárias 12.113.997 3.857.055 (621.858) 4.972.835 5.085.562 (13.046.560) 12.361.032 Interesses minoritários 207.427 114.013 - - - - 321.440 Resultado líquido atribuível ao grupo 11.906.570 3.743.043 (621.858) 4.972.835 5.085.562 (13.046.560) 12.039.592
Outras Informações:Activos do segmento 459.882.784 105.511.172 110.560.509 134.935.546 319.519.488 (338.099.203) 792.310.296Investimento em associadas 670.882 186.866 328.208 19.291.212 10.000 (54) 20.487.113 Activos totais consolidados 812.797.409
Passivos do segmento 352.644.408 69.711.977 31.105.591 131.692.571 169.874.982 (78.475.658) 676.553.870 Passivos totais consolidados 676.553.870
Depreciações 7.546.777 2.679.486 1.537.285 86.098 246.394 (2.640) 12.093.401 Outros gastos não desembolsadosdiferentes da depreciação 1.336.056 25.389 1.394.729 - - - 2.756.174
Aquisições de activos fixos tangíveis e intangíveis no período 30.575.195 3.038.961 3.213.517 297.193 2.048.594 - 39.173.460
As transacções intersegmentos são efectuadas a valores de mercado.
- As vendas e prestações de serviços por mercados geográficos, distribuem-se da seguinte forma:
Réditos de vendas por mercados geográficos 31-Dez-20 07 %
Portugal 178.923.782 32,50%Angola 228.217.902 41,45%E.U.A. 95.016.747 17,26%Moçambique 16.385.796 2,98%S. Tomé e Príncipe 14.523.690 2,64%Guiné 8.823.521 1,60%Outros 8.649.363 1,57%Totais 550.540.801 100,00%
- Os activos líquidos e investimentos em activos tangíveis distribuem-se por mercados geográficos comosegue:
Portugal Angola E.U.A. MoçambiqueS.Tomé e Príncipe
Guiné Roménia Outros Total
Activos líquidos: - Activos intangíveis 5.971.841 - - - - - - - 5.971.841 - Activos fixos tangíveis 192.096.311 68.735.306 3.110.846 2.184.870 582.904 4.249.810 2.292.321 2.194 273.254.562 - Investimentos financeiros 60.627.002 199.726 - 43.841 - - 466.505 2.824.193 64.161.267 - Inventários 69.561.033 43.743.363 - 3.349.398 1.877.821 1.878.494 343.124 - 120.753.233 - Dívidas de terceiros 133.262.166 60.698.454 21.449.247 7.714.074 3.991.713 5.122.758 184.155 1.058.019 233.480.586 - Disponibilidades 13.712.293 15.126.920 1.055.580 1.598.796 44.185 110.361 85.028 502.120 32.235.283 - Activos por impostos diferidos 10.080.103 - 849.128 - - - - - 10.929.231 - Outros activos 35.239.597 24.695.405 5.940.475 1.805.597 188.472 2.368.482 1.175.806 597.572 72.011.406
Totais 520.550.346 213.199.174 32.405.276 16.696.576 6.685.095 13.729.905 4.546.939 4.984.098 812.797.409
Investimentos realizados no Exercício de 2007: - Activos fixos tangíveis e intangíveis 9.964.168 22.599.776 24.614 505.672 164.246 3.522.135 2.392.279 570 39.173.460
Totais 9.964.168 22.599.776 24.614 505.672 164.246 3.522.135 2.392.279 570 39.173.460
8. DISCRIMINAÇÃO DO MOVIMENTO NO PERÍODO DO ACTIVO INTANGÍVEL
a) Activo Bruto
O movimento ocorrido no valor bruto dos activos intangíveis é como segue:
Variação no Efeito de Transfer.Activos intangíveis Saldo Inicial perímetro Aumentos Alienações conv. cambial e Abates Saldo Final
Goodwill 5.962.136 - - - - - 5.962.136 Outros activos intangíveis 14.892 - 2.984 - - - 17.875
5.977.028 - 2.984 - - - 5.980.011
O goodwill respeita na totalidade à aquisição da participada Indáqua – Indústria e Gestão de Águas, S.A..
A Empresa Indáqua e suas participadas foram avaliadas mediante a aplicação do “Discounted Cash-Flow”, através da metodologia de free cash flow to firm (a Indáqua) e free cash-flow para o accionista (as participadas). Para esta avaliação os fluxos financeiros usados foram os relativos ao plano de negócios de cada empresa, traduzidos nos modelos financeiros de cada empresa/concessão. Foram ainda utilizados os seguintes pressupostos financeiros:
Prémio de risco de mercado: 5.5% Taxa de juro sem risco equivalente a yields das OT’s a 10 anos Euribor a 6 meses – calculada com base na forward yieald curve (30 anos) Beta dos activos: 0,40
A percentagem de participação do grupo vezes o valor da empresa assim determinado é muito superior ao valor registado no balanço, razão pela qual não foi registada qualquer imparidade durante o exercício em análise.
À data de 31 de Dezembro de 2007 não existem compromissos contratuais para a aquisição de activos fixos intangíveis nem foram reconhecidas despesas de investigação e desenvolvimento como um gasto no período.
b) Amortizações Acumuladas
O movimento ocorrido no valor das amortizações acumuladas dos activos intangíveis é como segue:
Variação no Efeito deActivos intangíveis Saldo Inicial perímetro Reforço Reg ularizações conv cambial Saldo Final
Outros activos intangíveis 3.995 - 4.175 - - 8.170 3.995 - 4.175 - - 8.170
9. DISCRIMINAÇÃO DO MOVIMENTO NO PERÍODO DO ACTIVO FIXO TANGÍVEL
a) Activo Bruto
O movimento ocorrido no valor bruto dos activos fixos tangíveis é como segue:
Variação no Efeito de Transfer.Activos fixos tangíveis Saldo Inicial perímetro Aumentos Alienações conv cambial e Abates Saldo Final
Terrenos e edifícios 154.265.187 69.522.161 2.719.258 (95.344) (355.699) 14.054.443 240.110.007 Equipamento básico 83.318.892 1.734.077 20.109.686 (113.987) (160.558) (3.920.018) 100.968.091 Imobilizações em curso 15.936.858 1.703.948 9.135.316 133.036 (25) (16.636.017) 10.273.117 Outros activos fixos tangíveis 33.357.148 456.688 7.206.216 (1.552.771) (122.071) (2.737.770) 36.607.440
286.878.086 73.416.874 39.170.476 (1.629.066) (638.353) (9.239.362) 387.958.655
b) Amortizações Acumuladas
O movimento ocorrido no valor das amortizações acumuladas dos activos fixos tangíveis é como segue:
Variação Anulação Efeito deActivos fixos tangíveis Saldo Inicial no perímetro Reforço Reversão conv cambial Saldo Final
Terrenos e edifícios 35.126.350 4.216.713 3.313.425 (145.604) (2.292) 42.508.591 Equipamento básico 47.259.366 1.205.010 5.778.265 (4.294.263) (32.096) 49.916.282 Outros activos fixos tangíveis 22.999.527 337.046 2.997.536 (3.969.908) (84.981) 22.279.220
105.385.243 5.758.769 12.089.226 (8.409.775) (119.369) 114.704.093
À data de 31 de Dezembro de 2007 não existem compromissos contratuais materialmente relevantes para a aquisição de activos fixos tangíveis.
10. INFORMAÇÃO SOBRE OS BENS EM REGIME DE LOCAÇÃO FINANCEIRA E OPERACIONAL
Locação Financeira
O grupo possui activos fixos tangíveis incluídos no balanço em regime de locação financeira. À data de 31 de Dezembro de 2007 o valor contabilístico desses bens é como segue:
Locação financeira Imob. Bruto Amort Acum. Imob. Líquido
Terrenos e Edifícios 6.760.669 465.207 6.295.462 Equipamento básico 15.450.001 2.892.261 12.557.740 Outros activos fixos tangíveis 1.536.281 164.669 1.371.612
23.746.951 3.522.137 20.224.814
A responsabilidade do Grupo por estes contratos é como segue:
Curto Prazo 5.083.224Médio e Longo Prazo 4.890.863
A reconciliação entre o total dos futuros pagamentos mínimos das locações financeiras à data do balanço e o seu valor presente, por períodos, é como segue:
31-Dez-07
Pagamentos mínimos da locação financeira:2008 a 2011 10.690.995
após 2011 - 10.690.995
Actualização/Juros 716.907
Valor presente dos pagamentosmínimos da locação financeira 9.974.087
Corrente 5.083.224
Não Corrente 4.890.863
Os contratos de locação financeira vencem juros a taxa de mercado e têm períodos de vida útil definidos. Não existem à data de 31 de Dezembro de 2007 rendas contingentes nem restrições respeitantes a dividendos (ou qualquer dívida adicional) associadas aos contratos de locação financeira em vigor.
Adicionalmente, o grupo realizou uma operação de lease-back imobiliário cujo passivo se encontra apresentado no balanço consolidado como “Empréstimos bancários”. À data de 31 de Dezembro de 2007 o passivo de curto prazo e o passivo de médio e longo prazo associados a este contrato ascendem a 812.184 Euros e 14.290.591 Euros, respectivamente.
As principais condições associadas ao contrato de lease-back imobiliário são as seguintes:
Data do contrato 28 de Dezembro de 2005
Locador Banco Comercial Português, S.A.
Locatário Ciagest - Imobiliária e Gestão, SA
Objecto Aquisição com financiamento de benfeitorias de imóveisalienados pela HABITOP - Sociedade Imobiliária SA e pelaCIAGEST - Imobiliária e Gestão SA
Valor do financiamento Valor total financiado: 17.352.500 Euros
Valor residual 2% do valor total do financiamento
Prazo da Concessão 15 anos
Número de rendas 60 rendas, antecipadas
Periodicidade Trimestral, com inicio em 25 de Março de 2006
Taxa de juro Euribor a 3 meses + 1,750%
Locação Operacional
No exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 foram reconhecidos custos de 972.795 Euros relativos a rendas de contratos de locação operacional.
As rendas de contratos de locação operacional (rendas fixas) mantidos pelo Grupo em 31 de Dezembro de 2007, essencialmente relativas a contratos de locação operacional de viaturas, apresentam os seguintesvencimentos:
Vencimentos:
2008 948.2802009 520.1272010 241.1302011 19.253anos seguintes 289
1.729.079
11. DISCRIMINAÇÃO DO MOVIMENTO ANUAL DOS INVESTIMENTOS FINANCEIROS
a) Activo Bruto
O movimento ocorrido no valor bruto dos investimentos financeiros é como segue:
Variação no Equivalência Transfer.Investimentos financeiros Saldo Inicial perímetro Efeito cambial Aumentos Alienações Patrimonial e Abates Saldo Final
a)
Propriedades de investimento 884.367 - - - - - (564.053) 320.314 Inv. fin. em equiv. patrimonial 13.683.807 - - 948.830 (1.846) 3.761.870 (4.954.779) 13.437.882 Emprést. a empresas associadas 11.151.045 - - 571.400 - - (4.673.215) 7.049.231 Outros investimentos financeiros 10.078.973 - - 1.061.814 (4.588.994) - 62.532 6.614.324 Adiant. por conta inv. financeiros - - - 37.000.000 - - - 37.000.000
35.798.193 - - 39.582.044 (4.590.840) 3.761.870 (10.129.515) 64.421.751
a) Do total apresentado na coluna "Transferências e Abates", nas rubricas "Investimentos financeiros em equivalência patrimonial" e "Empréstimos a empresas associadas", os montantes de 4.926.779 e de 4.445.215 Euros respeitam, respectivamente, a dividendos distribuídos pela participada Scutvias e à alteração do método de consolidação da CPE.
O valor registado na rubrica “Adiantamentos por conta de investimentos financeiros” respeita a adiantamentos realizados no âmbito dos contratos-promessa de aquisição de acções da Scutvias, tendentes ao aumento da participação do grupo nesta participada. Os contratos definitivos associados a esta aquisição aguardam ainda decisões e autorizações de terceiros para plena e formal concretização.
O Grupo adquiriu uma participação de 75% no capital social da Hidroequador Santomense – Exploração de Centrais Hidroeléctricas, Lda., empresa sedeada na Póvoa de Varzim, que por sua vez detém uma participação de 60% no capital social da Hidroeléctrica STP, Lda. pelo valor de 800.000 Euros. Esta participação encontra-se registada pelo custo de aquisição na rubrica de “Outros investimentos financeiros”. A Empresa encontra-se ainda em fase de exercício de determinação do justo valor dos activos e passivosda empresa participada para determinação do respectivo goodwill associado a esta aquisição.
À data de 31 de Dezembro de 2007 a decomposição do saldo registado na rubrica de “Outros investimentosfinanceiros” é como segue:
Activos financeiros em instrumentos de capital próprio ao custo: 5.958.510 Euros Activos financeiros em instrumentos de capital próprio ao justo valor por resultados 401.562 Euros Outros investimentos financeiros 254.252 Euros 6.614.324 Euros
Os investimentos financeiros em instrumentos de capital próprio estão registados ao valor de aquisição, com excepção dos que possuem cotação no mercado que se encontram registados a preços de mercado.
b) Amortizações acumuladas e Ajustamentos de valor
O movimento ocorrido no valor das amortizações acumuladas e ajustamentos de valor dos investimentos financeiros é como segue:
Variação Efeito deInvestimentos financeiros Saldo Inicial no perímetro R eforço Regularizações conv cambial Saldo Final
Propriedades de investimento 322.529 - 438 (232.615) - 90.351 Outros investimentos financeiros 361.513 - 894 (192.274) - 170.133
684.042 - 1.332 (424.889) - 260.484
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 foram reconhecidas rendas relativas a propriedadesde investimento no montante de 1.209 Euros.
Não existiram no período gastos operacionais directos de propriedades de investimento nem obrigações contratuais para comprar, construir ou desenvolver propriedades de investimento ou para reparação, manutenção ou aumentos das mesmas.
À data de 31 de Dezembro de 2007 o valor contabilístico das propriedades de investimento reflecte o justo valor das mesmas.
12. DISCRIMINAÇÃO DOS INVENTÁRIOS
Inventários 31-Dez-07 31-Dez-06
Matérias-primas, subsidiarias e de consumo 42.661.246 30.571.090 Produtos e trabalhos em curso 43.766.828 45.685.062 Produtos acabados e intermédios 33.157.716 30.438.454 Mercadorias 2.816.239 1.886.913 Adiantamentos p/conta de compras - - Ajustamentos de valor (1.648.795) (449.741)
120.753.233 108.131.778
O detalhe dos principais “Produtos e trabalhos em curso” à data de 31 de Dezembro de 2007 é como segue:
Empreitadas em curso 40.399.555
Troia Resort - Apartamentos Praia 4.166.081Atlantic Towers - Torres Atlântico Project 2.074.993Vila Espa - Execução de Muro de Vedação 1.771.193SONILS - Diversos trabalhos na SONILS 1.576.680Remodelação de vivenda em Miramar 1.566.190Zona Residêncial 1 - 459 CASAS - Angola 1.021.000Estruturas Metálicas - Passagem Superior 960.000Terminal Ferry - Setúbal 840.000Ministério Obras Públicas - Palácio Presidencial 813.113TroiaVerde - Aparthotel Rosamar 801.309Ponte sobre o Rio Zambeze 779.000Ampliação da base da SONILS 780.873Moradia Bairro Alvalade 774.083Reabilitação Ponte de Lanheses 717.603Novo Edifício da Sonangol 689.550Pestana Dunas Hotel 685.000Nova sede SONANGOL 601.072Ponte de S. Vicente sobre o Rio Cacheu 549.115AAA - New Office Building IN LNCC 542.385Instalações da BP 522.845C. M. LISBOA - Reab. Edifício Rua Recolhimento 510.394Instalações da FMC 484.529Outras empreitadas em curso (valores por obra inferiores a 480.000 Euros) 17.172.547
Empreendimentos Imobiliários em curso 3.367.273
Rua dos Abraços 1.499.8341ºMaio 1.025.843Santo Amaro 465.026Outros empreendimentos imobiliários em curso 376.570
Total de Produtos e trabalhos em curso 43.766.828
13. DISCRIMINAÇÃO DAS DÍVIDAS DE TERCEIROS
Dívidas de terceiros 31-Dez-07 31-Dez-06
Clientes c/c 180.071.708 182.051.909 Clientes-títulos a receber 6.113.215 153.012 Clientes de cobrança duvidosa 18.839.188 21.172.461 Ajustamentos de valor (18.231.991) (19.586.605) Clientes 186.792.119 183.790.777
Empresas participadas e participantes 7.030.182 6.841.852 Adiantamentos a fornecedores/fornecedores imobilizado 1.717.208 3.246.239 Estado e outros entes públicos 18.278.238 4.462.188 Outros devedores 24.039.777 39.946.935 Ajustamentos de valor (4.376.939) (3.638.023) Outras dívidas de terceiros 46.688.467 50.859.190
A exposição do Grupo ao risco de crédito decorre das contas a receber resultantes da normal actividadecomercial do Grupo, sendo a exposição máxima ao risco de crédito o valor nominal das contas a receber.Não existem à data de 31 de Dezembro de 2007 situações de concentração significativa de risco de crédito.
Descrição da Empresa Por vencer 0 a 180 dias 181 a 360 dias 361 a 540 dias 5 41 a 720 dias + de 720 diasGrupo Soares da Costa SGPS - 1.456 - - - 77.269Carta - Cantinas e restauração, Lda 27.323 7.845 - 1.829 932 - Soc. Construções Soares da Costa, SA 16.165.351 49.083.440 18.770.995 10.989.486 10.169.960 15.736.162SODEL - Empreendimentos Imobiliários, Lda. - - - - - 39.269CIAGEST - Imobiliária e Gestão, S.A. 14.254 7.127 - 90 - 50.877SOARTA - Soc Imob. Soares da Costa, S.A. 5.076 - 8.847 - - - HABITOP - Sociedade Imobiliária, S.A. 621 3.440 1.624 2.948 955 439COSTAPARQUES - Estacionamentos, S.A. 770 - - - - - Soares da Costa Serviços Técnicos e de Gestão, S.A. 40.341 100.902 - - - - C.P.E. - Companhia de Parque de estacionamento, S.A. 5.210 95.590 36.166 4.424 11.922 31.821MAXBELA - Soc Técnica de Madeiras, S.A. 158.495 422.947 72.479 73.891 20.089 111.366CLEAR - Instalações Electromecânicas, S.A. 393.476 2.596.764 186.527 68.169 58.125 136.119CLEAR ANGOLA, S.A. 16.643 4.429.395 - 866.428 - - Construções Metálicas SOCOMETAL, S.A. 135.917 2.502.341 107.399 185 572 90.678NAVEGAIA - Instalações Industriais SA 34.608 55.470 25.149 - 551.545 - Soares da Costa Serviços Partilhados, Lda 605 468 - - - -
16.998.691 59.307.185 19.209.186 12.007.449 10.814.101 16.274.000
O quadro supra evidência por escalões de antiguidade os saldos de clientes c/c detidos pelas principais subsidiárias do grupo (representando 75% do total da rubrica “Clientes c/c”). Parte substancial dos créditos correspondentes aos escalões de maior antiguidade são provenientes de entidades públicas, não havendo risco de incobrabilidade.
14. DISCRIMINAÇÃO DOS OUTROS ACTIVOS CORRENTES
Outros activos correntes 31-Dez-07 31-Dez-06
Acréscimos de proveitos 37.832.231 23.816.428 Custos diferidos 34.179.175 13.844.678
72.011.406 37.661.107
Em 31 de Dezembro de 2007 estas rubricas tinham a seguinte decomposição:
Acréscimos de proveitosTrabalhos executados não facturados 33.728.035Outros acréscimos de proveitos 4.104.196
37.832.231
Custos diferidosCustos iniciais de arranque de obra 25.288.767Custos de montagem de operações de financiamento 5.336.105Outros custos diferidos 3.554.303
34.179.175
A rubrica de custos de montagem de operações de financiamento acima engloba, essencialmente, custos demontagem da emissão de obrigações ocorrida no exercício a repartir pelo respectivo prazo de liquidação.
15. DISCRIMINAÇÃO CAIXA E SEUS EQUIVALENTES
Caixa e seus equivalentes 31-Dez-07 31-Dez-06
Depósitos bancários 30.387.454 31.362.924 Caixa 1.847.829 1.388.148
32.235.283 32.751.072
16. COMPOSIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL
Na sequência da Assembleia-Geral extraordinária de 4 de Julho de 2006 que deliberou a renominalização das acções de 5 euros para 1 euro, o capital social da Grupo Soares da Costa SGPS, S.A., totalmente subscrito e realizado, é composto por 160.000.000 de acções ao portador com o valor nominal de 1 Euro cada, sendo 133.000.000 de acções ordinárias e 27.000.000 de acções preferenciais. Estas últimas estão actualmente nas condições do disposto no artigo 342º. do Código das Sociedades Comerciais pelo que gozam de direito de voto.
17. EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS
Em 31 de Dezembro de 2007 os empréstimos bancários, sob a forma de contas correntes caucionadas, venciam juros à taxa média anual de 6,134 %.
Holding
O Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. tem contratado com um sindicato bancário a colocação e tomada firme de emissões de Papel Comercial até ao limite de 48.000 milhares de Euros, ao abrigo de um contrato programa válido até 19 de Junho de 2010. Em 31 de Dezembro de 2007 esta colocação estava a ser utilizada na sua totalidade.
Empréstimo contratado pelo Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. junto da Caixa Central de Crédito Agrícola Mutuo no montante actual de 2.400 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 8 prestações semestrais com termo em Junho de 2011.
Empréstimo contratado pelo Grupo Soares da Costa, SGPS, S. A. junto da Caixa Geral de Depósitos no montante de 4.000 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 16 prestações trimestrais com termo em Março de 2013.
Empréstimo obrigacionista contratado pelo Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. no montante actual de 20.000 milhares de Euros, cujo reembolso ocorrerá em Novembro de 2015.
Empréstimo obrigacionista contratado pelo Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. no montante actual de 80.000 milhares de Euros, cujo reembolso ocorrerá em Dezembro de 2017.
Área Construção
Empréstimo, sob a forma de Hot Money, contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. junto da Caixa Nova no montante actual de 907 milhares de Euros, cujo reembolso ocorrerá entre Fevereiro e Março de 2008.
Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. junto da Caixa Geral de Depósitos no montante actual de 2.339 milhares de Dólares, cujo reembolso será realizado em 17 prestações trimestrais com termo em Janeiro de 2012.
Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. junto da Caixa Nova no montante de 1.500 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 30 prestações semestrais com termo em Janeiro de 2023.
Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. junto do Banco BPI no montante actual de 2.236 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 16 prestações trimestraiscom termo em Maio de 2012.
Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. junto do Banco Português de Negócios no montante actual de 2.250 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 27 prestações mensais com termo em Março de 2010.
Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. junto do Banco BAI Europa no montante actual de 2.250 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 10 prestações trimestrais com termo em Julho de 2010.
A Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. tem contratado com Barclays Bank a colocação e tomada firme de emissões de Papel Comercial até ao limite de 10.000 milhares de Euros, ao abrigo de umcontrato programa válido até Junho de 2012. Em 31 de Dezembro de 2007 esta colocação estava a ser utilizada na sua totalidade.
Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. junto do Banco de Fomento de Angola no montante actual de 3.937 milhares de Dólares, cujo reembolso será realizado em 7 prestações semestrais com termo em Fevereiro de 2011.
Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. junto do Banco de Fomento de Angola no montante actual de 964 milhares de Dólares, cujo reembolso será realizado em 5 prestaçõesmensais com termo em Maio de 2008.
Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. junto do Banco Africano de Investimentos no montante actual de 1.042 milhares de Dólares, cujo reembolso será realizado em 15 prestações mensais com termo em Março de 2009.
Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. junto do Banco Africano de Investimentos no montante actual de 6.395 milhares de Dólares, cujo reembolso será realizado em 30 prestações mensais com termo em Junho de 2010.
Empréstimo contratado pela Soares da Costa Construção, SGPS, S. A. junto da Caixa Nova no montante actual de 690 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado, em 43 prestações mensais com termo em Outubro de 2011.
Área Concessões
Empréstimo contratado pela Soares da Costa Concessões, SGPS, S.A. junto do Banco Comercial Português no montante actual de 4.913 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 4 prestações semestrais com termo em Dezembro de 2009.
Empréstimo contratado pela Soares da Costa Concessões, SGPS, S.A. junto do Banco BPI no montante de 2.857 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 6 prestações semestrais com termo em Dezembro de 2012.
Área Imobiliária
Empréstimo contratado pela Ciagest Imobiliária e Gestão, S.A. junto do Banco Comercial Português no montante actual de 15.103 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 51 prestações trimestrais com termo em Setembro de 2020.
Empréstimo contratado pela Soarta – Sociedade Imobiliária Soares da Costa, SA junto do Caixa Nova no montante actual de 5.029 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 8 prestações trimestrais com termo em Novembro de 2010.
Área Indústria
Empréstimo contratado pela Clear Instalações Electromecânicas, S.A. junto da Caixa Nova no montante actual de 137 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 20 prestações mensais com termo em Agosto de 2009.
Empréstimo contratado pela Navegaia Instalações Industriais, SA junto do Banco Popular Portugal no montante actual de 491 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 13 prestações mensais com termo em Janeiro de 2009.
O valor nominal dos empréstimos tem as seguintes maturidades:
MaturidadesEmpréstimos
bancáriosEmprest. por obrigações
Outros emprést. obtidos
Descobertos bancários Factoring Total
2008 34.892.164 - 104.708 1.056.311 19.417.092 55.470.2752009 19.751.955 - 52.354 - - 19.804.3092010 58.377.221 - - - - 58.377.2212011 8.354.853 - - - - 8.354.8532012 16.592.823 - - - - 16.592.823
Após - 2012 71.791.520 100.000.000 - - - 171.791.520209.760.536 100.000.000 157.062 1.056.311 19.417.092 330.391.001
Os empréstimos do Grupo, à data de 31 de Dezembro de 2007 venciam juros às seguintes taxas:
Natureza Mínimo Máximo
Contas caucionadas 5,264% 8,585%Hot Money 5,916% 6,072%Empréstimos bancários 5,248% 8,080%Empréstimo obrigacionista 6,052% 6,172%Emissão de papel comercial 5,533% 6,783%
Os empréstimos bancários vencem juros a taxas variáveis de mercado, não tendo associados instrumentos financeiros de cobertura de taxa de juro encontrando-se assim, o Grupo, exposto ao efeito das alterações nas taxas de juro de mercado.
Assim, e tendo como base o nível de financiamento líquido a 31 de Dezembro de 2007, uma variação de umponto percentual na taxa de juro indexante produziria um impacto nos encargos financeiros de 3,1 milhões de euros.
18. DISCRIMINAÇÃO DOS OUTROS PASSIVOS CORRENTES
Outros passivos correntes 31-Dez-07 31-Dez-06
Acréscimos de custos 35.869.223 34.260.152 Proveitos diferidos 29.531.122 28.353.645
65.400.345 62.613.797
Em 31 de Dezembro de 2007 estas rubricas tinham a seguinte decomposição:
Acréscimos de custosFacturas por recepcionar 21.713.813Remunerações a liquidar 6.928.521Juros a liquidar 837.687Outros acréscimos de custos 6.389.202
35.869.223
Proveitos diferidosTrabalhos facturados não executados 25.082.502Rendas antecipadas 2.959.510Outros proveitos diferidos 1.489.110
29.531.122
19. DISCRIMINAÇÃO DO MOVIMENTO NO PERÍODO DOS AJUSTAMENTOS DE VALOR E DAS PROVISÕES
O movimento ocorrido nos ajustamentos de valor é como segue:
Ajustamentos de valor Nota Saldo Inicial Aumento Redução Saldo Final
Clientes cobrança duvidosa 19.586.605 805.165 (2.159.779) 18.231.991 Clientes 13 19.586.605 805.165 (2.159.779) 18.231.991
Outros devedores 3.638.023 739.352 (435) 4.376.939 Outras dívidas de terceiros 13 3.638.023 739.352 (435) 4.376.939
Matérias-primas, subsidiarias e de consumo 47.801 - (1.385) 46.416 Produtos e trabalhos em curso 108.142 10.538 (108.142) 10.538 Produtos acabados e intermédios 172.124 1.300.000 (1.957) 1.470.167 Mercadorias 121.674 - - 121.674 Inventários 12 449.741 1.310.538 (111.484) 1.648.795
Outros investimentos financeiros 361.513 894 (192.274) 170.133 Investimentos financeiros 11 361.513 894 (192.274) 170.133
Total de ajustamentos de valor 24.035.882 2.855.949 (2.463.972) 24.427.858
No exercício findo foi registado um ajustamento de valor no montante de 1.300.000 Euros correspondente à melhor estimativa da empresa com referência a um projecto imobiliário de modo a traduzir o seu valor recuperável.
O movimento ocorrido nas provisões é como segue:
Provisões Saldo Inicial Aumento Redução Saldo Final
Outras provisões para riscos e encargos 28.908 - (9.583) 19.32528.908 - (9.583) 19.325
As provisões existentes, registadas essencialmente pela participada Acestrada, ACE (consolidada pelo método de consolidação proporcional), respeitam a processos judiciais em curso associados a pedidos deindemnizações por danos em patrimónios de terceiros. Estas provisões foram mensuradas de acordo com o valor esperado do exfluxo futuro tendo por base a opinião da entidade.
A redução verificada respeita a processos cujo desfecho ocorreu durante o exercício.
O registo das perdas por imparidade relacionadas com as dívidas de terceiros tem por base uma análise individualizada do risco, ponderando a natureza do terceiro, a mora do crédito e a experiência acumulada do grupo em situações análogas.
O detalhe dos ajustamentos de valor e provisões existentes à data de 31 de Dezembro de 2007, por segmento de relato primário, e como segue:
Construção Civil e Obras
Indústrias relacionadas Imobiliário Concessões
Participações financeiras
Total Consolidado
Investimentos FinanceirosOutros investimentos financeiros 18.687 - - - 151.446 170.133
18.687 - - - 151.446 170.133
InventáriosMatérias-primas, subsidiárias e de consumo 46.416 - - - - 46.416Produtos acabados e intermédios 1.300.000 - 170.167 - - 1.470.167Produtos e trabalhos em curso - 10.538 - - - 10.538Mercadorias - - 121.674 - - 121.674
1.346.416 10.538 291.841 - - 1.648.795
ClientesClientes cobrança duvidosa 14.928.316 1.252.652 2.047.640 3.383 - 18.231.991
14.928.316 1.252.652 2.047.640 3.383 - 18.231.991
Outras dívidas de terceirosOutros devedores 1.427.913 - 2.949.026 - - 4.376.939
1.427.913 - 2.949.026 - - 4.376.939
17.721.332 1.263.190 5.288.507 3.383 151.446 24.427.858
Outras provisões para riscos e encargos 19.325 - - - - 19.32519.325 - - - - 19.325
20. PARTES RELACIONADAS
Os saldos e transacções entre as empresas do grupo que integram o perímetro de consolidação são eliminados no processo de consolidação, não sendo alvo de divulgação na presente nota. Os saldos e transacções entre o Grupo e as empresas associadas (consolidadas por equivalência patrimonial) encontram-se discriminados nos quadros abaixo.
Os termos ou condições praticados entre o Grupo e as partes relacionadas são substancialmente idênticos aos termos que normalmente seriam contratados entre entidades independentes em operações comparáveis.
Saldos em 31 de Dezembro de 2007 ClientesOutras dívidas
de terceiros
Empréstimos a empresas do
grupo e associadas
FornecedoresOutras
dívidas a terceiros
Gayaexplor - Const.Exploração de Parques Estacionam., Lda 125.408 - 27.500 - - Indáqua - Indústria e Gestão de Águas, SA - 6.035.614 2.285.660 - - Scutvias - Autoestradas da Beira Interior, SA 116.914 1.862.072 4.736.071 1.288 33.591 Grupul Portughez de Construtii, S.R.L. - 148.200 - 239.319 - Revia - Redes Rodiviárias e Ferroviárias, Lda. 2.242.361 - - - 31.997 Mini Price Hotels (Porto), S.A. - - - - 231.000
2.484.683 8.045.886 7.049.231 240.607 296.588
Transacções em 2007Fornecimentos
e serviços externos
Vendas e prestação de
serviçosJuros debitados
Gayaexplor - Const.Exploração de Parques Estacionam., LdaScutvias - Autoestradas da Beira Interior, SA 72.085 143.220 272.669Indáqua - Indústria e Gestão de Águas, SA - - 373.142Grupul Portughez de Construtii, S.R.L. 433.271 - - Revia - Redes Rodiviárias e Ferroviárias, Lda. - 979.353 - Mini Price Hotels (Porto), S.A. - - -
505.356 1.122.573 645.811
Saldos em 31 de Dezembro de 2006 ClientesOutras dívidas
de terceiros
Empréstimos a empresas
associadas
CPE - Companhia de Parques de Estacionamento, S.A. 349.771 154.835 4.445.215Gayaexplor - Const.Exploração de Parques Estacionam., Lda. 125.408 - 27.500Indáqua - Indústria e Gestão de Águas, S.A. 65.441 6.154.203 1.714.260Scutvias - Autoestradas da Beira Interior, S.A. 21.710 262.625 4.736.071Grupul Portughez de Construtii, S.R.L. - - 228.000 Revia - Redes Rodiviárias e Ferroviárias, Lda. 1.781.869 - -
2.344.199 6.571.662 11.151.045
Transacções em 2006Fornecimentos
e serviços externos
Vendas e prestação de
serviçosJuros debitados
CPE - Companhia de Parques de Estacionamento, S.A. - 40.000 154.835Scutvias - Autoestradas da Beira Interior, S.A. 4.188 117.848 649.833 Revia - Redes Rodiviárias e Ferroviárias, Lda. 5.273 2.926.479 - Indáqua - Indústria e Gestão de Águas, S.A. - - 343.727
9.461 3.084.327 1.148.394
À data de 31 de Dezembro de 2007, 70,81% do capital da sociedade Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. é directamente detido pela Investifino – Investimentos e Participações, SGPS, S.A., que por sua vez detém uma participação superior a 20% no Grupo Cimpor. Neste âmbito, face ao disposto na IAS 34, o Grupo Cimpor é de forma indirecta uma parte relacionada pelo que se apresentam os saldos à data de 31 de Dezembro de 2007 e as transacções no ocorridas no exercício findo com o citado Grupo:
Saldos em 31 de Dezembro de 2007 Fornecedores
Cimpor - Indústria de Cimentos, S.A. (7.624) Cimpor Betão - Indústria de Betão Pronto, S.A. (3.189)
(10.813)
Transacções em 2007 ComprasFornecimentos
e serviços externos
Outros Porveitos e
Ganhos Financeiros
Cimpor - Indústria de Cimentos, S.A. 125.448 - (478) Cimpor Betão - Indústria de Betão Pronto, S.A. 34.055 361 -
159.502 361 (478)
Mais se informa que as transacções acima referidas foram efectuadas a condições normais de mercado.
21. DISCRIMINAÇÃO DOS OUTROS GANHOS E OUTRAS PERDAS OPERACIONAIS
Os outros ganhos operacionais são como segue:
Outros ganhos operacionais 31-Dez-07 31-Dez-06
Reversão de ajustamentos 2.182.636 6.222.021 Trabalhos para a própria empresa 5.322.550 3.268.681 Outros proveitos e ganhos operacionais 4.160.655 2.562.462
11.665.841 12.053.163
As outras perdas operacionais são como segue:
Outras perdas operacionais 31-Dez-07 31-Dez-06
Impostos 10.806.460 8.571.086 Perdas em imobilizações 1.751.701 882.164 Dívidas incobráveis 2.364.485 - Outros custos e perdas operacionais 4.047.496 4.560.082
18.970.142 14.013.332
22. PESSOAL
O número médio de pessoal ao serviço nas empresas do grupo incluídas na consolidação pelo método integral, durante o exercício de 2007, num total de 3.284, é como segue:
Direcção Quad. Superior
Quad. Médios Enc. Mest.e Chefes
Prof. Alt. Qualif. Qualif./semi-qual.
Não Qualific. Pratic./aprendizes
38 277 146 312 1.409 584 504 14
O número médio de pessoal ao serviço nas empresas incluídas na consolidação pelo método proporcional, durante o exercício de 2007, num total de 357, é como segue:
Direcção Quad. Superior
Quad. Médios Enc. Mest.e Chefes
Prof. Alt. Qualif. Qualif./semi-qual.
Não Qualific. Pratic./aprendizes
8 80 31 56 162 15 4 1
23. DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS FINANCEIROS
Os resultados financeiros dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006, apresentam a seguinte decomposição:
Custos e Perdas 31-Dez-07 31-Dez-06
Juros suportados 17.885.735 13.162.004
Perdas em Investimentos financeiros em assoc. 2.395 5.202Amortizações Investimentos Imóveis 1.313 438
Ajustamentos para aplicações financeiras 402 199.788
Diferenças de câmbio desfavoráveis 13.265.785 11.708.837Descontos de pronto pagamento concedidos 6.656 -
Outros custos e perdas financeiros 4.779.808 5.193.080
Menos valias na alienação de investimentos financeiros - 2.019.917(1) 35.942.094 32.289.267
Proveitos e Ganhos 31-Dez-07 31-Dez-06
Juros obtidos 7.196.867 6.625.017Ganhos em Investimentos financeiros em assoc. 3.870.684 5.481.282Rendimentos de imóveis 135.420 26.896Rendimentos de participação de capital 41.031 62.589Diferenças de câmbio favoráveis 11.734.629 7.803.694Descontos de pronto pagamento obtidos 21.840 57.010Outros proveitos e ganhos financeiros 1.998.133 472.765Mais valias na alienação de investimentos financeiros - -
(2) 24.998.604 20.529.252
Resultados financeiros (2)-(1) (10.943.491) (11.760.015)
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2007, o Grupo adquiriu 60% do capital social da CPE – Companhia de Parques de Estacionamento, S.A., resultando numa participação efectiva total de 100%. Desta aquisição resultou o apuramento de um Badwill de 1.580.441 Euros registado na rubrica “Outros proveitos e ganhos financeiros”, determinado como segue:
Justo valor dos activos e passivos adquiridos 2.281.105Custo da concentração 700.664Badwill 1.580.441
O custo da concentração não inclui o valor pago a título de compra dos créditos no montante de 32.490.000 Euros.
A rubrica “Outros proveitos e ganhos financeiros” contém a quantia de 17.559 Euros relativos a ganhos obtidos em activos financeiros em instrumentos de capital próprio ao justo valor por resultados.
24. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO E IMPOSTOS DIFERIDOS
As Empresas e as suas participadas nacionais encontram-se sujeitas a Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas – IRC, actualmente à taxa anual de 25%, acrescida de Derrama1. A partir do exercício de 2007, a Derrama passou a ser calculada até ao limite máximo de 1,5% sobre o lucro tributável, podendo assim o imposto atingir a taxa máxima agregada de 26,5%. Face à sua forma jurídica e objecto social, aEmpresa está abrangida pela legislação fiscal aplicável às sociedades gestoras de participações sociais. Os ganhos ou perdas em empresas do grupo e associadas resultantes da aplicação do método de equivalência patrimonial não são relevantes para efeitos fiscais, sendo os dividendos recebidos dessas empresas participadas excluídas de tributações de acordo com a redacção do artigo 45º do Código de Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas - CIRC.
As empresas incluídas na consolidação actualizaram o cálculo dos seus activos e passivos por impostos diferidos de acordo com as novas taxas efectivas de imposto, tendo o efeito do correspondente decréscimo da taxa de imposto sido registado por contrapartida da rubrica de “Imposto sobre o rendimento” na demonstração de resultados.
Desde o exercício de 2003 a Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. e algumas das subsidiárias localizadas em Portugal (as que cumprem os respectivos pressupostos legais) são tributadas em IRC, segundo o Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades, previsto no artigo 63º do Código de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas – IRC.
De acordo com a legislação em vigor em Portugal, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (dez anos para a segurança social até 2000, inclusive, e cinco anos a partir de 2001), excepto quando tenham havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações,casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais das Empresas do Grupo com sede em Portugal dos anos de 2004 a 2007 poderão vir ainda ser sujeitas a revisão.
O imposto sobre o rendimento registado nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 decompõe-se do seguinte modo:
Imposto sobre o rendimento 31-Dez-07 31-Dez-06
Imposto corrente 1.694.432 3.769.717 Imposto relativo às actividades descontinuadas - (415.935) Imposto diferido (1.507.074) 4.553.640
187.359 7.907.422
1 Lei n.º 2/2007 de 15 de Janeiro (artº 14.º; n.º1) – Lei das Finanças Locais. Anteriormente a derrama podia atingir a taxa máxima de 10% do IRC.
A reconciliação do resultado antes de imposto para o imposto do período é como segue:
Dez-07
Resultado antes de impostos 12.548.391
Ajustamentos geradores de Impostos diferidos 64.406
Outros ajustamentos não geradores de impostos diferidos 3.367.199
Movimentos de consolidação com impacto no RAI (2.500.539)
Outros 1.557.720
Lucro Tributável 15.037.177
Utilização de perdas fiscais que não deram origem a activos por impostos diferidos (1.243.315)
Outros (71.405)
13.722.457
Taxa nominal média de Imposto sobre o rendimento 28,2%
3.869.839
Efeito da alteração de taxa no cálculo de impostos diferidos (49.694)
Efeito da constatação ou reversão de impostos diferidos (1.962.187)
Tributação autónoma 413.365
Benefícios fiscais (182.315)
Outros (1.901.651)
Imposto sobre o rendimento 187.359
Os activos por impostos diferidos e os passivos por impostos diferidos apresentados no balanço têm as seguintes naturezas das situações que lhes dão origem:
Activos por impostos Diferidos 31-Dez-07 31-Dez-06
Diferença Valorização Activos Fixos Tangíveis 4.183.426 3.903.183Diferença Valorização Investimentos Financeiros 2.885.066 2.384.284Ajustamentos de Valor em Existências 2.793 67.142Ajustamentos de Valor em Contas a Receber 9.140 37.348Reporte Prejuízos 3.209.717 1.211.443Outros 639.089 672.860
10.929.231 8.276.260
Passivos por impostos Diferidos 31-Dez-07 31-Dez-06
Diferença Valorização Activos Fixos Tangíveis 17.426.263 18.048.018Mais Valias com Tributação Diferida 125.497 161.782
17.551.760 18.209.800
Os activos por impostos diferidos com origem em prejuízos fiscais reportáveis discriminam-se por exercícios do modo seguinte:
Ano de Origem Ano limite de utilização Valor
2007 2.771.6382007 2.717.2092006 3.223.9392005 1.840.0922004 540.6782003 580.7172002 459.044
20092008
20132027201220112010
De acordo com a legislação aplicável estes prejuízos apenas poderão ser utilizados se as respectivas empresas gerarem resultado fiscal positivo.
25. RESULTADOS POR ACÇÃO
Conforme referido na nota 16 o capital da empresa é representado por 133.000.000 acções ordinárias e 27.000.000 acções preferenciais sem voto, de valor nominal de 1 Euro. Estas acções preferenciais sem direito de voto conferem ao seu titular o direito a um dividendo prioritário nas condições previstas no ponto 2.7 do respectivo prospecto de emissão e admissão à cotação, não inferior a 5% do respectivo valor nominal, nos termos do disposto no nº. 2º do artº. 341 do CSC.
Resultados por acção 31-Dez-07 31-Dez-06
Resultado das operações continuadas, líquido de interesses minoritários 12.039.592 6.996.407 Resultado das operações descontinuadas, líquido de interesses minoritários - (1.165.302) Resultado líquido 12.039.592 5.831.105
Número de acções preferenciais 27.000.000 27.000.000 Número de acções ordinárias 133.000.000 133.000.000
Resultado atribuído às acções preferenciais 1.350.000 1.350.000
Resultado por acção das operações continuadas Básico 0,080 0,042 Diluído 0,080 0,042
Resultado por acção Básico 0,080 0,034 Diluído 0,080 0,034
A sociedade não tem instrumentos de dívida convertíveis em acções, pelo que o resultado básico é igual ao resultado diluído.
Por decisão da Assembleia-geral realizada em 4 de Julho de 2006, foi deliberada a renominalização das acções (“stock-split”) de 5 Euros para 1 Euro, ocorrida em conformidade com o aviso nº. 788/06 da Euronext Lisboa, divulgado no boletim de cotações de 10 de Agosto de 2006. Por força do exposto à data de apresentação das contas o número de acções representativas do capital social da empresa é de 160.000.000.
26. ACTIVOS DETIDOS PARA VENDA E ACTIVIDADES EM DESCONTINUAÇÃO
Durante o exercício de 2005, o Grupo decidiu descontinuar a actividade Indústria de fabricação de materiais pré-fabricados para a construção civil e obras públicas, que era desenvolvida pela sociedade anteriormente designada Prégaia, actualmente Navegaia – Instalações industriais, S.A.
Este negócio, cuja conclusão ocorreu no exercício de 2006, consubstanciou-se num trespasse da actividade industrial da referida empresa para um terceiro, através do qual foram transferidos os colaboradores, as matérias primas, a participação financeira detida por esta sociedade e a generalidade dos activos fixos tangíveis com excepção do imóvel que permanece na propriedade do Grupo.
27. ACONTECIMENTOS SUBSEQUENTES
A sociedade de Construções Soares da Costa, S.A., formalizou em Janeiro de 2008 o registo de uma sucursal em Cabo Verde.
Conforme comunicado emitido em 21 de Fevereiro de 2008 a Soares da Costa Construção, SGPS, S.A., celebrou com a SC – Engenharia e Promoção Imobiliária, SGPS, S.A., integrada na Sonae Capital, SGPS, S.A., o contrato definitivo de aquisição das acções que representam a totalidade do capital social da Contacto – Sociedade de Construção, S.A..
28. CONTINGÊNCIAS
a) Diferendo Quinta da Murtosa / Sociedade de Construções Soares da Costa / CM Porto
A subsidiária Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. mantém uma conta a receber da entidade “Quinta da Murtosa – Empreendimentos Imobiliários, Lda.” no montante de 5.985.575 Euros, evidenciado no balanço consolidado anexo na rubrica “Clientes – conta corrente”, o qual está associado a um contrato promessa de venda de um terreno que deveria ter sido entregue pela Câmara Municipal do Porto ao abrigode um protocolo celebrado em 7 de Dezembro de 2000. A realização desta conta a receber está pendente da resolução de um processo de contencioso que envolve a subsidiária, aquela entidade e a Câmara Municipal do Porto. Paralelamente, a referida entidade intentou um processo judicial contra a Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. no sentido de lograr judicialmente que lhe seja entregue o terreno objecto do contrato promessa acima referido.
Em Janeiro de 2005 a subsidiária Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. intentou um processo contra a Câmara Municipal do Porto visando a entrega do terreno que constitui objecto de litígio. Subsidiariamente, caso não seja concretizada a entrega do terreno, a Soares da Costa exige o pagamentoda quantia de 7.182.689 Euros acrescida de juros de mora. Já foi realizado o julgamento deste processo, aguardando-se a produção da respectiva sentença. A subsidiária está confiada no êxito desta demanda.
Esclarece-se, inclusive, que em Fevereiro de 2008, foi proferida sentença na 1ª Instância favorável à Soares da Costa.
Em consequência, mediante qualquer um dos cenários acima referidos, os créditos da Soares da Costa mantêm-se salvaguardados. Assim, dado que o Conselho de Administração entende que a resolução deste processo não produzirá qualquer impacto nas demonstrações financeiras consolidadas anexas, não foi registada qualquer provisão.
b) Processo fiscal
Tal como amplamente divulgado, no ano de 2002 o Grupo Soares da Costa foi sujeito a um profundo processo de reestruturação e reorganização que passou, de entre o mais, pela criação de uma Holding e de quatro sub-holdings, uma por cada grande área de negócios: Construção, Imobiliária, Concessões e Indústria.
Estas sub-holdings foram constituídas com o seu capital a ser realizado em espécie pela holding mediante a transferência a valor de mercado do portfolio de participações sociais anteriormente detidas de cada um desses segmentos para a respectiva sociedade gestora, sendo geradas neste processo mais valias e menos valias com relevância fiscal.
A Administração Fiscal na sequência de exame à escrita à sociedade Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. notificou a empresa de uma liquidação de IRC no valor de 17.136.692 € , essencialmente determinada pela desconsideração como custos fiscais de um conjunto de menos-valias geradas no citado processo empresarial (sendo certo que considera como proveitos as mais-valias também geradas no mesmo processo).
Conforme oportunamente comunicado ao mercado (facto relevante de 10 de Novembro de 2005) esta sociedade, bem como os consultores externos, revisores e auditores que acompanharam e intervieram no processo discordam e rejeitam frontalmente aquele entendimento, tendo sido a liquidação em causa impugnada judicialmente, com excepção do valor de 381.752 € de que já se procedeu ao pagamento.
É forte expectativa do Conselho de Administração e dos advogados que a impugnação em causa obterá deferimento.
29. APROVAÇÃO DE CONTAS PARA EMISSÃO
Em Reunião de 01 de Abril de 2008 o Conselho de Administração aprovou emitir as presentes demonstrações financeiras.
30. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS, ESTIMATIVAS E ERROS
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 não ocorreram alterações de políticas contabilísticas, face às consideradas na preparação da informação financeira relativa ao exercício de 2006 nem foram registados erros materiais relativos a exercícios anteriores.
(Valores em unidades de euro)
31 de Dezembro de 2007 31 de Dezembro de 2006
A C T I V O Notas Activo Bruto Amortizações Activo Activoe Ajustamentos Líquido Líquido
IMOBILIZADO
IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS 10Equipamento de transporte 500 500 0 0Equipamento administrativo 2.428.402 2.373.310 55.092 314.808Imobilizações em curso 0 0 2.743
2.428.902 2.373.810 55.092 317.550
INVESTIMENTOS FINANCEIROS 10
Partes de capital em empresas do grupo 271.031.495 16.000.000 255.031.495 254.335.715Empréstimos a empresas do grupo 11.396.638 11.396.638 17.134.057Títulos e outras aplicações financeiras 2.020.528 151.446 1.869.082 1.858.803Adiantamentos p/c de investim. financeiros 50.000 50.000 50.000
284.498.661 16.151.446 268.347.215 273.378.574
CIRCULANTE
DÍVIDAS DE TERCEIROS-CURTO PRAZO
Clientes - c/c 1.775.661 1.775.661 1.161.027Empresas do grupo 38.338.290 38.338.290 5.399.541Empresas participadas e participantes 59.656 59.656 59.656Estado e outros entes públicos 729.455 729.455 758.234Outros devedores 3.336 3.336 340
40.906.399 0 40.906.399 7.378.798
DEPÓSITOS BANCÁRIOS E CAIXA
Depósitos bancários 169.304 169.304 16.827Caixa 2.303 2.303 1.610
171.606,85 171.607 18.437
ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOSCustos diferidos 48 4.929.724 4.929.724 1.454.206Activos por impostos diferidos 6 4.000.000 4.000.000 4.589.644
8.929.724 8.929.724 6.043.850
Total de amortizações 2.373.810 Total de ajustamentos 16.151.446
T O T A L D O A C T I V O 336.935.293 18.525.256 318.410.037 287.137.209
B A L A N Ç O
(Valores em unidades de euro)
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Notas 31 de Dezembro de 2007 31 de Dezembro de 2006
CAPITAL PRÓPRIO
Capital 36 160.000.000 160.000.000Ajust.Partes de Capital em Filiais e Associadas (660.530) (660.530)Reservas de reavaliação 0 0Reservas: Reservas legais 2.996.528 2.904.236 Outras reservas 2.300.020 2.300.020Resultados transitados (19.855.406) (21.608.965)Resultado líquido do exercício 5.380.928 1.845.852
T O T A L D O C A P I T A L P R O P R I O 40 150.161.540 144.780.612
PASSIVO
DÍVIDAS A TERCEIROS - MÉDIO E LONGO PRAZO
Empréstimos por obrigações - não convertíveis 100.000.000 0Dívidas a instituições de crédito 53.800.000 50.400.000
153.800.000 50.400.000
DÍVIDAS A TERCEIROS - CURTO PRAZO
Dívidas a instituições de crédito 2.233.841 18.133.505Fornecedores - c/c 488.413 1.122.107Fornecedores - Facturas em recepção e conferência 0 597Empresas do grupo 10.225.311 71.412.468Fornecedores de imobilizado - c/c 10.761 109.746Estado e outros entes públicos 976.599 517.980Outros credores 105.000 105.000
14.039.925 91.401.403
ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS
Acréscimos de custos 48 408.573 555.194Proveitos diferidos 0 0Passivos por impostos diferidos 0 0
408.573 555.194T O T A L D O P A S S I V O 168.248.498 142.356.597
T O T A L D O C A P I T A L P R O P R I O E D O P A S S I V O 318.410.037 287.137.209
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração
B A L A N Ç O
D E M O N S T R A Ç Ã O D O S R E S U L T A D O S P O R N A T U R E Z A S(Valores em unidades de euro)
C U S T O S E P E R D A S
Fornecimentos e serviços externos 2.124.664 2.715.707
Custos com o pessoal
Remunerações 2.574.361 3.434.626
Encargos sociais 748.245 3.322.606 1.283.884 4.718.510
Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo 57.011 123.982
Ajustamentos 0 57.011 0 123.982
Impostos 400.108 423.074
Outros custos e perdas operacionais 17.909 418.016 17.165 440.239
(A) 5.922.297 7.998.438
Amortiz.e ajustam.aplicaç.e investim.financeiras 0 0
Juros e custos similares
Relativo a empresas do grupo 4.041.974 3.730.213
Outros 4.330.456 8.372.429 3.609.635 7.339.848
(C) 14.294.726 15.338.286
Custos e perdas extraordinárias 98.995 602.587
(E) 14.393.721 15.940.873
Imposto sobre o rendimento do exercício -2.473.498 -2.544.982
(G) 11.920.224 13.395.891
Resultado líquido do exercício 5.380.928 1.845.852
17.301.151 15.241.743
PROVEITOS E GANHOS 31 de Dezembro de 2006
Vendas
Mercadorias 0 0
Produtos acabados e intermédios 0 0
Prestações de serviços 3.153.161 3.153.161 3.853.042 3.853.042
Variação da produção 0 0
Trabalhos para a própria empresa 0 0
Proveitos suplementares 826 17.291
Subsídios à exploração 69.079 44.063
Outros proveitos e ganhos operacionais 19 69.924 6 61.359
(B) 3.223.084 3.914.402
Ganhos em empresas do grupo e associadas 0 0
Rendimentos de participação de capital 12.907.281 9.906.339
Outros juros e proveitos similares
Relativo a empresas do grupo 1.156.684 1.076.503
Outros 13.900 14.077.864 59.267 11.042.109
(D) 17.300.949 14.956.510
Proveitos e ganhos extraordinários 203 285.232
(F) 17.301.151 15.241.743
R E S U M O :
Resultados operacionais (B)-(A) -2.699.213 -4.084.036
Resultados financeiros (D-B)-(C-A) 5.705.435 3.702.261
Resultados correntes (D)-(C) 3.006.222 -381.776
Resultados antes de impostos (F)-(E) 2.907.430 -699.130
Resultado líquido do exercício (F)-(G) 5.380.928 1.845.852
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração
31 de Dezembro de 2007
31 de Dezembro de 2007
31 de Dezembro de 2006
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES
(Valores em unidades de euro)
EXERCÍCIOS
R U B R I C A S
31 de Dezembro de 2007 31 de Dezembro de 2006
Vendas e prestações de serviços 3.153.987 3.870.333
Custo das vendas e das prestações de serviços (297.850) (4.540.064)
Resultados brutos 2.856.137 (669.731)
Outros proveitos e ganhos operacionais 69.098 44.069
Custos administrativos (5.581.539) (3.441.209)
Outros custos e perdas operacionais (1.128.361) (17.165)
Resultados operacionais (3.784.666) (4.084.036)
Custo líquido de financiamento (6.091.612) (6.202.204)
Ganhos (perdas) em outros investimentos 12.907.281 9.906.339
Resultados não usuais ou não frequentes (123.573) (319.228)
Resultados correntes 2.907.430 (699.129)
Impostos sobre os resultados correntes 2.473.498 2.544.982
Resultados correntes após impostos 5.380.928 1.845.852
Resultados Extraordinários 0 0
Impostos sobre os resultados extraordinários 0 0
Resultados líquidos 5.380.928 1.845.852
Resultados por acção 0,03 0,01
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração
(Valores em unidades de euro)
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA 31 de Dezembro de 2006
Actividades operacionais:
Recebimentos de clientes 3.420.786 4.376.894
Pagamentos a fornecedores (2.895.287) (2.585.812)
Pagamentos ao pessoal (2.998.182) (4.309.263)
(2.472.683) (2.518.181)
Pagamento /recebimento do imposto s/o rendimento 2.544.068 1.816.698
Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional (963.824) (1.350.627)
(892.439) (2.052.110)
Recebimentos relacionados com rúbricas extraordinárias 0 0
Pagamentos relacionados com rúbricas extraordinárias (42.346) (10.150)
Fluxos das actividades operacionais (934.785) (2.062.260)
Actividades de investimento:
Recebimentos provenientes de:
Investimentos financeiros 10.154.552 13.319.978
Imobilizações corpóreas 0 78.000
Subsídios de investimento 69.079 44.063
Juros e proveitos similares 1.286.643 1.466.418
Dividendos 12.905.737 24.416.011 10.344.647 25.253.106
Pagamentos respeitantes a:
Investimentos financeiros 5.466.057 4.125.689
Imobilizações corpóreas 97.973 70.269
Imobilizações incorpóreas 0 5.564.029 0 4.195.958
Fluxos das actividades de investimento 18.851.982 21.057.148
Actividades de financiamento:
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos 479.646.010 176.972.477
Juros obtidos 2.716 479.648.726 0 176.972.477
Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos 484.351.342 188.588.669
Amortização de contratos de locação financeira 11.586 14.965
Juros e custos similares 13.050.043 7.358.570
Dividendos 0 497.412.971 0 195.962.203
Fluxos das actividades de financiamento (17.764.245) (18.989.726)
Variação de caixa e seus equivalentes 152.951 5.162
Efeito das diferenças de câmbio 219 (449)
Caixa e seus equivalentes no início do período 18.437 13.723
Caixa e seus equivalentes no fim do período 171.607 18.437
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração
31 de Dezembro de 2007
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1. Durante o exercício de 2007, realizaram-se as seguintes operações, totalmente realizadas por caixa e seus equivalentes,relativas às imobilizações financeiras:
• Recebimento de suprimentos prestados na Soares da Costa Concessões SGPS, SA no valor de 1.600.000 Euros
• Recebimento de suprimentos prestados na Soares da Costa Construção SGPS, SA no valor de 8.554.552 Euros
• Realização de suprimentos prestados na Soares da Costa Concessões SGPS, SA no valor de 2.885.365 Euros
• Realização de suprimentos prestados na Soares da Costa Construção SGPS, SA no valor de 1.681.768 Euros
• Aumento de Capital na sociedade Soares da Costa Serviços Partilhados, S.A., no valor de 695.780 Euros, dos quais545.780 Euros realizados por caixa e seus equivalentes (remanescente por conversão de créditos).
2. Discriminação dos componentes de caixa e seus equivalentes:
3. Não aplicável.
4. Não aplicável.
5. Os recebimentos/pagamentos respeitantes a empréstimos – actividades de financiamento – incluem liquidaçõessucessivas e novas emissões de papel comercial no montante total de 240.000.000 euros.
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração
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Numerário 2.303 1.610
Depósitos bancários imediatamente
mobilizáveis169.304 16.827
"�1�2 3416567.5�897:54;<8�2 =.1�> 5�[email protected] 18.437
Outras disponibilidades 0 0
Disponibilidades constantes do balanço 171.607 18.437
Equivalentes a Caixa 0 0
C�D�E�F�G�C�G�H�C�I�C�D�J�GKEML!N�E�O!G�D�P(Q�R�C�J�S�GKN�G�P�R�E�P(T�I�Q<C�N�G�P
NOTA INTRODUTÓRIAElementos identificativos:Denominação Social: Grupo Soares da Costa, SGPS, SANúmero de matrícula na Conservatória do Registo Comercial do Porto e de Pessoa Colectiva:500 265 763Sede Social: Rua de Santos Pousada, 220 - 4000-478 PORTOObjecto Social: Gestão de participações sociais noutras sociedades como forma indirecta deexercício de actividades económicas.
A Sociedade actualmente denominada “ Grupo Soares da Costa, SGPS, SA” (“Empresa”) foiconstituída em 2 de Junho de 1944, sob a denominação de Soares da Costa, Lda., sociedade comercialpor quotas, tendo sido transformada em sociedade anónima por escritura notarial de 1 de Maio de1968 e assumido a denominação social de “ Sociedade de Construções Soares da Costa, SA”. O seuobjecto social consistia na “ Exploração da indústria de construção civil e obras públicas, actividadesconexas e acessórias e a aquisição e disposição de imóveis”.
Em 30 de Dezembro de 2002 após o trespasse das suas actividades directamente produtivas,designadamente a actividade de construção, por escritura pública celebrada no 4º Cartório Notarial doPorto, alterou o seu objecto social para “Gestão de participações sociais” e assumiu a sua denominaçãoactual “ Grupo Soares da Costa, SGPS, SA”.
As notas que se seguem respeitam à numeração sequencial definida no Plano Oficial de Contabilidade.As notas cuja numeração se encontra ausente deste anexo não são aplicáveis à Empresa ou a suaapresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras.
Os valores monetários utilizados nas notas que se seguem são expressos em unidades de Euro.
��� $�12�'(552*$d2�'(�',6326,d®(6�'2�3�2�&��As demonstrações financeiras foram elaboradas, respeitando as normas e princípios contabilísticosestabelecidos no Plano Oficial de Contabilidade (P.O.C.), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 410/89 de21.11.89 e, supletivamente, as normas internacionais de contabilidade emitidas pelo InternationalAccounting Standards Board (IASB).
��� &203$5$%,/,'$'(�Não se verificaram no período alterações de políticas contabilísticas que ponham em causa acomparabilidade das contas do balanço e da demonstração de resultados.
C�D�E�F�G�C�G�H�C�I�C�D�J�GKEML!N�E�O!G�D�P(Q�R�C�J�S�GKN�G�P�R�E�P(T�I�Q<C�N�G�P
��� &5,7e5,26� 9$/25,0e75,&26� 87,/,=$'26� (� 0e72'26� '(� &È/&8/2�5(63(,7$17(6�$26�$-867$0(1726�'(�9$/25�As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir
dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com os princípios de contabilidade
geralmente aceites em Portugal.
Os principais critérios valorimétricos utilizados foram os seguintes:
a) Imobilizações corpóreas
As imobilizações corpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição, ou de reavaliação pela
aplicação de diplomas legais (Nota 12)
As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes por duodécimos, de acordo com as
seguintes vidas úteis estimadas:
Anos
Equipamento de transporte 4
Equipamento administrativo 3 a 10
b) Investimentos financeiros
Relativamente às partes de capital em empresas do grupo (subholdings), as mesmas estão valorizadas
pelo valor de aquisição (resultante do seu processo constitutivo ocorrido em finais do exercício de
2002). Estes valores são objecto de ajustamento quando existe evidência de que o valor recuperável de
mercado é inferior.
Os restantes investimentos financeiros são expressos pelo respectivo custo histórico, líquido de
ajustamentos considerados necessários para perdas de valor de carácter não temporário.
c) Saldos e transacções em moeda estrangeira
Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para Euro utilizando as taxas
de câmbio vigentes em 31 de Dezembro de 2007. As transacções expressas em moeda estrangeira são
convertidas para a moeda de referência aos câmbios oficiais vigentes à data da operação.
As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de
câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do
balanço, foram registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do exercício.
C�D�E�F�G�C�G�H�C�I�C�D�J�GKEML!N�E�O!G�D�P(Q�R�C�J�S�GKN�G�P�R�E�P(T�I�Q<C�N�G�P
d) Imposto sobre lucros e impostos diferidos
O cálculo da estimativa para o imposto sobre o rendimento baseou-se numa simulação do imposto a
pagar nos termos do Código do IRC e demais legislação aplicável.
São registados como activos e/ou passivos diferidos os impostos referentes às diferenças temporárias,
correspondentes às diferenças de valoração dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico
e os respectivos montantes para efeitos tributários, nos termos do estabelecido na Directriz
Contabilística n.º 28.
Os activos por impostos diferidos são registados quando existem expectativas razoáveis de lucros
fiscais suficientes para os utilizar.
e) Locação financeira
Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira bem como as
correspondentes responsabilidades são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este
método o custo do activo é registado no imobilizado corpóreo, a correspondente responsabilidade é
registada no passivo e os juros incluídos no valor das rendas e a amortização do activo são registados
como custos na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam�
f) Especialização dos exercícios
A Empresa regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização de exercícios
pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que são geradas independentemente do
momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as
correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos.
��� &27$d®(6�As cotações utilizadas para conversão em euros, à data de 31 de Dezembro de 2007, das rubricas
incluídas no Balanço e Demonstração dos Resultados originariamente expressas em moeda estrangeira,
foram as seguintes:
- Elementos do Activo - Câmbio de compra
- Elementos do Passivo - Câmbio de venda
U�V0W6X9Y Z\[O Z\],^9_ U�Z0W6`.ab_ c�],d9^9_T�P(N
0,67795 0,68066
C�D�E�F�G�C�G�H�C�I�C�D�J�GKEML!N�E�O!G�D�P(Q�R�C�J�S�GKN�G�P�R�E�P(T�I�Q<C�N�G�P
��� ,0326726�De acordo com a legislação fiscal, as declarações dos principais impostos estão sujeitas a revisão por
parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social).
Deste modo as declarações fiscais da Empresa referentes aos exercícios de 2004 e seguintes podem vir
ainda a ser objecto de revisão. O Conselho de Administração da Empresa entende que eventuais
correcções a existir não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras.
Com referência a um conjunto de sociedades em relação de domínio total e que cumprem os
pressupostos para tributação pelo regime especial dos grupos de sociedades, optou-se por este regime
de tributação a partir do exercício de 2004. Nesta matéria seguiu-se o disposto nos nºs 45 a 47 da
Directriz Contabilística n.º 28. Assim a empresa, sendo dominante, registou nas relações com o Estado
o encargo de imposto do Grupo relevando nas contas de “ Accionistas/Empresas do Grupo” o
crédito/débito do imposto relativamente ao contributo das restantes empresas.
Nos termos do disposto na Directriz Contabilística n.º 28 apresenta-se quadro reconciliador entre o
imposto do exercício e o imposto corrente:
e<fhgjilknm oqpsr t�usgjf�vBm gjihusw xjy{z\rbg | r
Resultados antes de Impostos 2.907.430
Diferenças permanentes (12.864.676)
(9.957.246)
Encargo normal de imposto (2.489.312)
Tribtutação autónoma 15.814
Imposto do Exercício (2.473.498)
Activos por impostos diferidos (925.009)
Imposto das restantes empresas (RETGS) 4.187.361
Imposto corrente 788.855
Discriminação dos activos por impostos diferidos de acordo com a natureza das situações:
}�~h� �h�A� �n�s� ���l� �b�
� �n� � �,�l�9�,�b�9�j�����l� � �s�'}�� � ~h�n� ���l�Ajustamentos em participações financeiras 4.000.000
4.000.000
C�D�E�F�G�C�G�H�C�I�C�D�J�GKEML!N�E�O!G�D�P(Q�R�C�J�S�GKN�G�P�R�E�P(T�I�Q<C�N�G�P
7.� PESSOAL
O número médio de pessoal ao serviço da empresa no exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 foi
de 22 pessoas, distribuídas da seguinte forma:
����029,0(1726�5()(5(17(6�$2�$&7,92�,02%,/,=$'2�Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2007 o movimento ocorrido no valor das imobilizações
incorpóreas, corpóreas e investimentos financeiros, bem como nas respectivas amortizações acumuladas
e ajustamentos foi o seguinte:
a) Activo Bruto:
����q�s�\�j� �h�q�h�\�n� �s�
���\� �n� �q�b� \�s¡ ¢\£�¤A��� �h� �s¡ � �q�A¥(�s¡ � �s¦q§s£ ¨ �\© �q��ª £b� ¨�¡ � �q�\�s¦q«s�q� �.¨ � �sª �h� \�s¡ ¢\£�¬B� �\�s¡
Imobilizações corpóreas
Equipamento de transporte 500 0 0 0 0 500
Equipamento administrativo 4.642.658 0 25.070 (1.021.427) (1.217.899) 2.428.402
Imobilizações em curso 2.743 0 0 0 (2.743) 0
4.645.901 0 25.070 (1.021.427) (1.220.641) 2.428.902
�®h¯s°\±A² ³q®h´h°\µh¶ ¯s±·�¸\¹ ®n¶ µq¯s± º\¯b» ¼\½�¾A°�¶ µh¶ ¯s» ¿4À ¸ ¶ Á\¯b» ´q°\µh¶ ¯  ¸\à ³h°�Ä ½s± Â�» ¶ ³q°\¯sÅqÆs³q± ³4 ¹ ¯sÄ ³h± º\¯b» ¼\½�ÇB¶ °\¯b»
È ¯sÄ ®h¶ Ã ½s°\¶ ¯s»
Investimentos financeiros
Partes capital emp do grupo 270.335.715 0 695.780 0 0 271.031.495
Emprestimos a emp do grupo 17.134.057 0 4.567.134 0 (10.304.552) 11.396.638
Partes capital emp associadas 0 0 0 0 0 0
Titulos e outras aplic.financ. 2.020.528 0 0 0 0 2.020.528
Adiant p/c inv financeiros 50.000 0 0 0 0 50.000
289.540.299 0 5.262.914 0 (10.304.552) 284.498.661
É�Ê ËsÌ,ÍbÎbÏ\ÐÒÑ�Ó9Ô\Õ�ÖBÓ9×BÌ,ËsÊ Ð(Ë Ñ�ÓBÔ0Õ�Ø�ÙbÕBÊ Ð0Ú Û�ËsÐ\Ü9Ý�Þ ß�Ñ�ÓBÔ0Þ Ê Ü
5 9 2 6
C�D�E�F�G�C�G�H�C�I�C�D�J�GKEML!N�E�O!G�D�P(Q�R�C�J�S�GKN�G�P�R�E�P(T�I�Q<C�N�G�P
b) Amortizações e Ajustamentos:
� à�á\â\ã äsåhæbçè â�é0ênë ìhäbí î\äsã ï�ç<ðná\ë ìhë äsã è�ñ äqò\äsã ë äsåqæsç è�ñqó ç,ênåhç è�ñ ò ñ êníjæbç î\äsã ï�ç<ô.ë á\äsã
AMORTIZAÇÕESImobilizações corpóreasEquipamento de transporte 500 0 0 0 500Equipamento administrativo 4.327.850 0 57.011 (2.011.551) 2.373.310
4.328.350 0 57.011 (2.011.551) 2.373.810AJUSTAMENTOS
Investimentos financeirosPartes de capital emempresas do grupo 16.000.000 0 0 0 16.000.000Outras aplicações financeiras 161.725 0 0 (10.279) 151.446
16.161.725 0 0 (10.279) 16.151.446
���O valor de 16 Milhões de Euros respeita ao ajustamento de valor da participação social na sociedade, “
Soares da Costa Imobiliária, SGPS, SA”e foi registado em 2005, visando adequar o valor contabilístico
ao valor de mercado, tendo servido como referência ou “ proxy” deste valor os capitais próprios
consolidados (IAS) da Soares da Costa Imobiliária, SGPS, SA.
����5($9$/,$d®(6�'(�,02%,/,=$d®(6�&253Ï5($6��A empresa procedeu em anos anteriores à reavaliação das suas imobilizações corpóreas ao abrigo da
legislação aplicável, nomeadamente:
- Decreto-Lei nº 264/92, de 24 de Novembro
- Decreto-Lei nº 31/98 de 11 de Fevereiro
����2875$6�,1)250$d®(6�62%5(�,02%,/,=$d®(6�&253Ï5($6�(�(0�&8562��
a) Não existem imobilizações em poder de terceiros;
b) Imobilizações em Portugal, por naturezas do imobilizado:
õ�ö'÷0÷0ö(ø�ù.ú�ö û�ü<ý�þjÿ�� � ö0ø � ù û�ü�ý�þ ÿ�� � ö0ø � ù û�ü�ý�þ ÿ�� � ö(ø � ù � � ù���þ � þ ��<ùû��þ ��� �0þ ù.ú ���.úbþ �(ù õ�÷��.ø�úbÿ�ù4÷ � ö��� � þjø�þjú � ÷�� � þ � ù ö ��� ý�÷\ú,ù õ�ù � ���
0 0 500 2.428.402 0 2.428.902
C�D�E�F�G�C�G�H�C�I�C�D�J�GKEML!N�E�O!G�D�P(Q�R�C�J�S�GKN�G�P�R�E�P(T�I�Q<C�N�G�P
����'$'26�5(/$7,926�$�(035(6$6�'2�*5832�(�$662&,$'$6���Em 31 de Dezembro de 2007, as empresas do grupo e associadas em que a sociedade participa
directamente eram as seguintes:
����� �!#"%$'&#�(� �()+*, .-/!,�(01*12( 3"%$ 4'�(5%6 7 �(6 8 9�$18 :%� 7 �("+ $,;=<%>
?>A@?@CB�B�DE4'�(5%6 7 ���C"%$,7 6 "% F�!,G(5+!,6 (8 @CB�B�D
?>A@?<+>
H ;I5+!,$18 �(8�"% KJK!,:%5% %L
Soares da Costa Construção, SGPS, SA 95.929.853 100,00% 97.018.479 (39.571)
Rua de Santos Pousada, 220
4000-478 Porto
Soares da Costa Imobiliária, SGPS, SA 83.393.057 100,00% 100.128.241 475.170
Rua de Santos Pousada, 220
4000-478 Porto
Soares da Costa Indústria, SGPS, SA 48.297.642 100,00% 53.365.813 3.662.124
Rua de Santos Pousada, 220
4000-478 Porto
Soares da Costa Concessões, SGPS, SA 25.967.527 100,00% 32.638.338 5.466.020
Rua de Santos Pousada, 220
4000-478 Porto
SCSP-Soares da Costa Serviços Partilhados, S.A. 1.293.416 100,00% 788.881 (292.867)
Rua de Santos Pousada, 220
4000-478 Porto
Soares da Costa - Desenvolvimento, SA. 150.000 100,00% 147.502 (2.498)
Rua de Santos Pousada, 220
4000-478 Porto
����5(63216$%,/,'$'(6�325�*$5$17,$6�35(67$'$6���M3NPO Q�R1S,TAN U�N(V W�R
Garantias Bancárias prestadas a terceiros 106.800
�
C�D�E�F�G�C�G�H�C�I�C�D�J�GKEML!N�E�O!G�D�P(Q�R�C�J�S�GKN�G�P�R�E�P(T�I�Q<C�N�G�P
����',9,62�'2�&$3,7$/�62&,$/�325�&$7(*25,$6�'(�$&d®(6�O capital social é composto por 160.000.000 de acções escriturais, de valor nominal de ¼�������VHQGR�133.000.000 de acções ordinárias e 27.000.000 de acções preferenciais sem direito a voto. Estas últimas
estão actualmente nas condições do disposto no nº3 do art.º 342º do Código das Sociedades Comerciais,
conferindo direito de voto.
����3$57,&,3$d2�'(�&$3,7$/�O capital da sociedade, à data de 31 de Dezembro de 2007, é detido na proporção de 70,8142%
correspondente a 113.302.682 acções que conferem a mesma percentagem dos direitos de voto, pela
sociedade «Investifino – Investimentos e Participações, SGPS, SA»
����029,0(1726�2&255,'26�1$6�58%5,&$6�'(��&$3,7$,6�35Ï35,26��O movimento ocorrido nas outras rubricas de capital próprio durante o exercício findo em 31 de
Dezembro de 2007 foi como segue:
�X3Y�Z+[ \�] ^_\(` a+YKb Z+b c1b \�` dIe+fhgAZ+[ Y�] i3b fjb Z�e+b k1lCgA] ^_\(` a+Ynm b Z+\�`
51 - Capital 160.000.000 0 0 160.000.000
55 - Ajust. partes de capital em filiais e associadas (660.530) 0 0 (660.530)
56 - Reservas de reavaliação 0 0 0 0
57 - Reservas
- Reservas legais 2.904.236 92.293 0 2.996.528
- Outras Reservas 2.300.020 0 0 2.300.020
59 - Resultados transitados (21.608.965) 1.753.559 0 (19.855.406)
88 - Resultados líquidos
- Exercício de 2006 1.845.852 0 1.845.852 0
- Exercício de 2007 0 5.380.928 0 5.380.928
144.780.612 7.226.780 1.845.852 150.161.540
����5(081(5$d®(6�$75,%8Ë'$6�$26�0(0%526�'26�Ï5*26�62&,$,6��As remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais no exercício findo em 31 de Dezembro de
2007 foram as seguintes:
oIp1q%rCs�t�u_s�v1w x(w t yKx(z s�p
Administração 1.804.910
Conselho Fiscal 30.485
Revisores Oficiais de Contas 14.873
Não foram assumidas responsabilidades relativamente a pensões de reforma dos antigos membros dos
órgãos acima referidos.
{h|h}K~���{����K{��3{�|��j��}����h}K����|��_�3�j{��n�����������h}j�_�h�n��{������
����'(021675$d2�'26�5(68/7$'26�),1$1&(,526�����+� � �(���'�+�A�1�+��� �%���C��� A�C� ¡� �%���C¢C� A�C� ¡_
681 - Juros suportados 7.251.691 6.250.287
682 - Perdas em empresas do grupo e associadas 0 0
684 - Ajustamentos para aplicações financeiras 0 0
685 - Diferenças de câmbio desfavoráveis 7 20.026
686 - Descontos de pronto pagamento concedidos 0 0
688 - Outros custos e perdas financeiros 1.120.731 1.069.535£ A¤ ¥�� ¡%�(�%� ¦��C§ ��� ¡C¡C§C� ¥�¦C¥
¨ �,�1©��1ª � �����'«���¬++��� �%���C��� A�C� ¡� �%���C¢C� A�C� ¡_
781 - Juros obtidos 1.160.078 1.076.503
782 - Ganhos em empresas do grupo e associadas 0 0
783 - Rendimentos de imóveis 0 0
784 - Rendimentos de participações de capital 12.907.281 9.906.339
785 - Diferenças de câmbio favoráveis 226 18.152
786 - Descontos de pronto pagamento obtidos 0 0
788 - Reversões e outros proveitos e ganhos financeiros 10.279 41.115£ �C¤ P¦�� �C���C� ¥C¢�¦ C A� �C¦(�%� A�C§
® �1� �+¯ � ���+����° ª ¬+�(¬+±A�1ª �1�(� £ �C¤ ² £ 1¤ ³�� �C��³C� ¦�¡C³ ¡C� �C�(�%� �C¢�
�Os outros custos e perdas financeiros respeitam essencialmente a comissões de papel comercial
�����'(021675$d2�'26�5(68/7$'26�(;75$25',1È5,26´�µ+¶ · ¸(¶�¹'º+¹A»1¼+½�¶ ¾%¿�¿CÀ�Á ÂA¾CÁ Ã� ¾%¿�¿CÄCÁ ÂA¾CÁ Ã_Â
691 - Donativos 53.400 35.150
694 - Perdas em imobilizações 2.483 287
695 - Multas e penalidades:
- Multas 3.846 0
698 - Outros custos e perdas extraordinários
- Insuficiência da estimativa para imposto 3.434 0
- Correcções a impostos e contribuições 32.012 530.674
- Juros compensatórios 3.795 33.116
- Outros não especificados 24 3.360Å ÂAÆ Ç�ÈCÁ ÇCÇ�É ÄC¿(¾%Á É�ÈCÀ
{h|h}K~���{����K{��3{�|��j��}����h}K����|��_�3�j{��n�����������h}j�_�h�n��{������
Ê�Ë,Ì1Í�Î1Ï Ð Ì�Ñ�Î'Ò�Ó�Ô+Õ+Ì�Ñ Ö%×�×CØ�Ù ÚPÖCÙ Û+Ú Ö%×�×CÜCÙ ÚPÖCÙ Û�Ú
794 - Ganhos em imobilizações 166 70.093
797 - Correcções relat a exercícios anteriores 0 336
798 - Outros proveitos e ganhos extraordinários
- Excesso da estimativa para imposto 0 193.228
- Outros não especificados 36 21.576Ý ÖCÞ Ö%×(Û Ö%ß�àCÙ Ö�ÛCÖ
á3Î1Ñ â+ã Ð Ó�ä+Ì�Ñ�Î1åCÐ Ë,Ó�ÌCË,ä+Ï Ô+æCË,Ï Ì(Ñ Ý ÖCÞ ç Ý ÚAÞ Ý è ßCÙ Ø è Ö�Þ Ý Û+Ú(Ø�Ù ÛCàCà(Þ
����,1)250$d®(6�(;,*,'$6�325�',3/20$6�/(*$,6�A empresa tem a sua situação contributiva perante a Segurança Social regularizada (Art. 21º, n.º 1 do
Decreto-lei n.º 411/91, de 17 de Outubro).
����$&5e6&,026�(�',)(5,0(1726��Em 31 de Dezembro de 2007, o saldo destas rubricas do activo e do passivo apresentam a seguinte
decomposição:
éKê(ë ì�í1î1ïPê ð%ñCñCò�ó ôAð%ó õ_ô ð%ñCñCöCó ôAð%ó õ_ô
÷nø ë ù ú�û�ü
ý ì+ü ë û�ü�þKù ÿ îPí1ù �+û�ü- Prémios de seguro 3.303 5.382
- Despesas de emissão de Obrigações 2007/2015 3.846.844 0
- Despesas de emissão de Papel Comercial 1.062.885 1.448.824
- Outros custos diferidos 16.693 0
4.929.724 1.454.206��ê�ü ü�ù ú�û�ü
÷nø í��Aü ø ù �jû�ü��+î ý ì+ü ë û�ü- Prémios de seguro 0 5.576
- Remunerações a Liquidar
Encargos com férias 312.054 324.250
- Juros a liquidar 96.519 150.368
- Outros acréscimos de custos 0 75.000
408.573 555.194
��
{h|h}K~���{����K{��3{�|��j��}����h}K����|��_�3�j{��n�����������h}j�_�h�n��{������
����,0326726�(�&2175,%8,d®(6�(175(*8(6�$2�(67$'2�'85$17(�2�(;(5&Ë&,2�'(������
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2007 registaram-se os seguintes pagamentos:
��� � ������� ����� �������
����� ����� �! ��" ��#�" ��$ � � %�&�'�� (!) %
) ��*,+ "-��� � ��. / % / � 0�1�%
2 *3+ "-��� � �4$ �-5-$ ������ ����. / 1�%�� 6�%-)
.Imposto s/Valor Acrescentado. 258.324
.Imposto de Selo 10
.Taxas 9.637
2 *,+ "-��� ���45-$ ������ ����. 7 � 0�6�1
.Imposto Municipal s/ Imóveis 4.596
/ �!8 ���! ��$ 9-�-$ :�;�����. 7 0�(�� / 0�'- Segurança Social 458.250
< � � �������! ��5-�= ��������$ ����� � 6�(�0�� / ) 1
) ��*,+ "-��� � ��. %�1�6�� 0�1�6
2 *3+ "-��� � �45-$ ������ ����. %�1�6�� 0�1�6. IRS - Valores retidos na Fonte e Depositados
.Trabalho Dependente 759.185
.Trabalho Independente 7.708
.Prediais 2.632
.Prestações de Serviços 44
/ �!8 ���! ��$ 9-�-$ :�;�����. / )0�� 1 7 %- Segurança Social 215.647
8>��? � ���!5-��$ + "-� � ���@�>�����! ��$ 9-�-$ :�;���� A �CB <�D )� %-)1�� ' &�&
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�����'Ë9,'$6�$�,167,78,d®(6�'(�&5e',72�Em 31 de Dezembro de 2007, o detalhe dos empréstimos obtidos é o seguinte:
EGF�H-I J�KL�MN O P K�Q M R>O P�N J�S P�M Q�J T J U-V�J�S P�M QJ W�J N M T
Financiamentos para Tesouraria 2.233.841 53.800.000 56.033.841
Empréstimos por Obrigações 0 100.000.000 100.000.000X!Y X�Z�Z!Y [�\ ] ]�^�Z�Y [�_�_�Y _�_�_ ]�^�`�Y _�Z�Z!Y [�\ ]
����2875$6�,1)250$d®(6�Nos termos do n.º 4 do art.º 5º do Decreto-lei 495/88, identificam-se em seguida os saldos por empresa
participada dos empréstimos concedidos e/ou obtidos à data do balanço (31 de Dezembro de 2007):
�a�bdcfe�g h3i j bdk-h>l k-mfl n ofj ofk-h
a�bdcfe�n h�p qfp!r oskut�mfj lj p!r vxwsbyn�mzi,k-h {uj byj mfwfj | }-n h qfp!r ofk�~=j mfp!r
� e�n h3i,p-| }-n h�vxl n h�h��-ej p-h���qfwfcsej bdn mfi k-hSoares da Costa Construção, SGPS, S.A. 8.555.552 1.681.768 (8.554.552) 1.682.768
SCSP-Soares da Costa Serviços Partilhados, S.A. 150.000 (150.000) 0
Soares da Costa Concessões, SGPS, S.A. 8.428.505 2.885.365 (1.600.000) 9.713.870� k!i,p�r17.134.057 4.567.134 (10.304.552) 11.396.638
a�bdcfe�g h3i j bdk-hSoares da Costa Construção, SGPS, S.A. 139.648 62.574.990 (50.614.845) 12.099.792
Soares da Costa Concessões, SGPS, S.A. 197.508 10.017.000 (2.340.008) 7.874.500
Clear-Instalações Electromecânicas, SA 0 21.866.550 (13.425.292) 8.441.258
Ciagest - Imobiliária e Gestão, S.A. 864 157.000 (864) 157.000
Construções Metálicas Socometal, SA 0 2.222.000 (610.000) 1.612.000
Habitop - Sociedade imobiliária, S.A. 55 363.484 (55) 363.484
Maxbela - Soluções em Madeiras e Alumínios, S.A. 0 2.485.000 (1.280.000) 1.205.000
Mercados Novos-Imóveis Comerciais, Lda. 32.500 215.500 (169.000) 79.000
Navegaia - Instalações Industriais, S.A. 0 369.143 (353.143) 16.000
SCSP-Soares da Costa Serviços Partilhados, S.A. 0 950.487 (546.000) 404.487
Soarta-Sociedade Imobiliária Soares da Costa, SA. 0 127.000 127.000
Sodel - Empreendimentos iImobiliários, Lda 0 1.500 0 1.500� k!i,p�r370.575 101.349.653 (69.339.208) 32.381.021
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{h|h}K~���{����K{��3{�|��j��}����h}K����|��_�3�j{��n�����������h}j�_�h�n��{������
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Soares da Costa Indústria, SGPS, S.A. 1.210.694 2.556.000 (3.766.694) 0
Soares da Costa Imobiliária, SGPS, S.A. 9.144.644 9.058.000 (9.307.644) 8.895.000
Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. 58.088.521 33.036.283 (91.124.804) 0
SCSP-Soares da Costa Serviços Partilhados, S.A. 548.616 (548.616) 0
Construções Metálicas Socometal, SA. 180.000 1.627.292 (1.807.292) 0
Soarta-Sociedade Imobiliária Soares da Costa, SA. 525.000 127.500 (652.500) 0 �-�,� �69.697.476 46.405.075 (107.207.551) 8.895.000
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Tal como amplamente divulgado, no ano de 2002 o Grupo Soares da Costa foi sujeito a um profundo
processo de reestruturação e reorganização que passou, de entre o mais, pela criação de uma Holding ede quatro sub-holdings, uma por cada grande área de negócios: Construção, Imobiliária, Concessões eIndústria.
Estas sub-holdings foram constituídas com o seu capital a ser realizado em espécie pela holdingmediante a transferência a valor de mercado do portfolio de participações sociais anteriormente detidasde cada um desses segmentos para a respectiva sociedade gestora, sendo geradas neste processo maisvalias e menos valias com relevância fiscal.
A Administração Fiscal na sequência de exame à escrita à sociedade Grupo Soares da Costa, SGPS,notificou a empresa de uma liquidação de IRC no valor de 17.136.692 ¼� essencialmente determinadapela desconsideração como custos fiscais de um conjunto de menos-valias geradas no citado processoempresarial (sendo certo que considera como proveitos as mais-valias também geradas no mesmoprocesso)
Conforme oportunamente comunicado ao mercado (facto relevante de 10 de Novembro de 2005) estasociedade, bem como os consultores externos, revisores e auditores que acompanharam e intervieramno processo discordam e rejeitam frontalmente aquele entendimento, tendo sido a liquidação em causaimpugnada judicialmente, com excepção do valor de 381.752 ¼�GH�TXH�Mi�SURFHGHX�DR�SDJDPHQWR�É forte expectativa do Conselho de Administração e dos advogados que a impugnação em causa obterádeferimento.
{h|h}K~���{����K{��3{�|��j��}����h}K����|��_�3�j{��n�����������h}j�_�h�n��{������
����(92/8d2�'26�35,1&,3$,6�,1',&$'25(6�(&21Ï0,&2�),1$1&(,526�¡¢@£s¤ ¥�¦ £s§z¨ ©�ª�©�¥�§ ¢@«-¬�¤ ¥�§-ª f®z®f¯ ° ±�s° ²4± f®z® ³f° ±�f° ²4± f® ®z´f° ±�s° ²4±
Liquidez reduzida 2,926 0,081 0,102
Liquidez geral 2,926 0,081 0,102
Solvabilidade 1,892 2,017 1,927
Autonomia financeira 47,16% 50,42% 48,10%
Autofinanciamtº. capitais permanentes 0,494 0,742 0,746
µ�¶ ·f¸z¶ ¹sº�»u¼ º ¹f¸ »�¶ ¹f½Disponib. + Créditos c.p.
Passivo a curto prazoµ�¶ ·f¸z¶ ¹sº�»�¾ º ¼ ½!¿Disponib. + Créditos c.p. + Existencias
Passivo a curto prazo
ÀfÁ ¿ Âf½!Ãf¶ ¿ ¶ ¹f½-¹fºActivo Líquido
Passivo
Ä ¸fÅ Á-ÆfÁ-Ç ¶ ½uÈ ¶ Æ ½ ÆfÉ º¶ ¼ ½Capitais próprios
Activo Líquido
Ä ¸fÅ Á È ¶ Æ ½ ÆsÉ ¶ ½ Ç º Æ Å ÁuÉ ½-ÊfË Êfº ¼ Ç ½ Æ º Æ Å,º ÌCapitais próprios
Capitais próprios + Passivo M.L. prazo
O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração