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Adolescência & Saúde Adolesc. Saude, Rio de Janeiro ,v. 8, n. 3, p. 6-9, jul/set 2011 6 RESUMO Objetivo: A ingestão medicamentosa voluntária é uma realidade em crescimento em Pediatria, sobretudo entre os adoles- centes. O objetivo deste trabalho é caracterizar a população internada por ingestão voluntária de medicamentos. Métodos: Estudo retrospetivo e descritivo dos internamentos por ingestão voluntária de medicamentos no Serviço de Pediatria do Centro Hospitalar do Alto Ave entre 2007 e 2010. Recolheram-se dados demográficos, tipo de fármaco, motivo da ingestão, complicações, antecedentes pessoais e familiares através da consulta do processo clínico. Resultados: Durante o período de estudo internaram-se 53 crianças e adolescentes por ingestão voluntária de medicamentos, álcool ou drogas ilícitas. Seis casos corresponderam à intoxicação alcoólica, um à ingestão de LSD e 46 de medicamentos, sendo as benzodiazepinas os mais frequentes (18/46; 39%). Verificou-se aumento do número de casos de ingestão voluntária de medicamentos entre 2007 e 2010 (7 vs 20 casos, respectivamente), associado também ao aumento da mediana de idade (12,5 vs 15,5 anos). Em 26% dos adolescentes o ato foi motivado por conflitos com os pais. Apenas três casos registraram complicações (convulsões). Doze ca- sos (26%) tinham história de ingestão medicamentosa voluntária prévia. Conclusão: O aumento do número de internamentos ao longo dos anos pode estar relacionado com o alargamento da idade pediátrica em Portugal (14 anos em 2007 para 17 anos em 2010). Apesar das complicações serem pouco frequentes, é inquietante o número de casos com história prévia de ingestão medicamentosa voluntária, o que demonstra a necessidade de seguimento dos jovens em consulta de Saúde Juvenil, rastrean- do psicopatologia com especial atenção quando há antecedentes pessoais de conflitos emocionais e familiares. PALAVRAS-CHAVE Adolescência, drogas, medicamentos. ABSTRACT Objective: Voluntary medication intake has been a growing reality in pediatrics, particularly among adolescents. The purpose of this study is to characterize children and adolescents hospitalized because of voluntary medication intake. Methods: Retrospective and descriptive study of admissions by voluntary medication intake at Centro Hospitalar do Alto Ave (Portugal) between 2007 and 2010. Data about demographics, type of medication, reason for ingestion, complications, family and personal history was collected by consulting the clinical process. Results: During the study period, 53 children and adolescents were admitted by voluntary intake of medication, alcohol or illicit drugs. Six cases corresponded to alcohol intoxication, one intake of LSD and 46 medication intake, with the benzodiazepines being the most common (18/46, 39%). There was an increased number of cases of intentional ingestion of medication between 2007 and 2010 (7 vs 20 cases, respectively), also associated with increased median age (12.5 vs 15.5 years). In 26% of adolescents the act was motivated by conflicts with parents. Only 3 cases showed complications (seizures). Twelve cases (26%) had a previous history of voluntary medication intake. Conclusion: The increased number of cases over the years may be related to the enlargement of the pediatric age in Portugal (14 years in 2007 and 17 years in 2010). Although complications are not very frequent it is disturbing the number of cases with a previous history of voluntary medication intake, which demonstrates the need for follow-up of young people in Youth Health Consultation, tracking psychopathology with special attention when there is a history of emotional and family conflicts. KEY WORDS Adolescence, drugs, medication. Ingestão medicamentosa voluntária em um serviço de pediatria Voluntary medication intake in pediatric service Ana Cristina Gonçalves Ribeiro Ferreira Barros 1 Maria Teresa São Simão Soares Pinto 1 Carla Manuela Afonso Laranjeira 2 Liliana Dias Macedo 2 1 Interna Complementar de Pediatria, Centro Hospitalar do Alto Ave – Guimarães, Portugal; 2 Assistente Hospitalar de Pediatria, Centro Hospitalar do Alto Ave – Guimarães, Portugal; Ana Cristina Gonçalves Ribeiro Ferreira Barros ([email protected]) - Rua Óscar da Silva, n.º 88, 3ºA, 4200-432 Porto, Portugal Recebido em 19/06/2011 - Aprovado em 23/07/2011 > > > > ARTIGO ORIGINAL
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Gonçalves Ribeiro Ana Cristina Ingestão medicamentosa ... · Ana Cristina Gonçalves Ribeiro Ferreira Barros ([email protected]) - Rua Óscar da Silva, n.º 88, 3ºA, 4200-432

Jul 23, 2020

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Adolescência & SaúdeAdolesc. Saude, Rio de Janeiro ,v. 8, n. 3, p. 6-9, jul/set 2011

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RESUMOObjetivo: A ingestão medicamentosa voluntária é uma realidade em crescimento em Pediatria, sobretudo entre os adoles-centes. O objetivo deste trabalho é caracterizar a população internada por ingestão voluntária de medicamentos. Métodos: Estudo retrospetivo e descritivo dos internamentos por ingestão voluntária de medicamentos no Serviço de Pediatria do Centro Hospitalar do Alto Ave entre 2007 e 2010. Recolheram-se dados demográfi cos, tipo de fármaco, motivo da ingestão, complicações, antecedentes pessoais e familiares através da consulta do processo clínico. Resultados: Durante o período de estudo internaram-se 53 crianças e adolescentes por ingestão voluntária de medicamentos, álcool ou drogas ilícitas. Seis casos corresponderam à intoxicação alcoólica, um à ingestão de LSD e 46 de medicamentos, sendo as benzodiazepinas os mais frequentes (18/46; 39%). Verifi cou-se aumento do número de casos de ingestão voluntária de medicamentos entre 2007 e 2010 (7 vs 20 casos, respectivamente), associado também ao aumento da mediana de idade (12,5 vs 15,5 anos). Em 26% dos adolescentes o ato foi motivado por confl itos com os pais. Apenas três casos registraram complicações (convulsões). Doze ca-sos (26%) tinham história de ingestão medicamentosa voluntária prévia. Conclusão: O aumento do número de internamentos ao longo dos anos pode estar relacionado com o alargamento da idade pediátrica em Portugal (14 anos em 2007 para 17 anos em 2010). Apesar das complicações serem pouco frequentes, é inquietante o número de casos com história prévia de ingestão medicamentosa voluntária, o que demonstra a necessidade de seguimento dos jovens em consulta de Saúde Juvenil, rastrean-do psicopatologia com especial atenção quando há antecedentes pessoais de confl itos emocionais e familiares.

PALAVRAS-CHAVEAdolescência, drogas, medicamentos.

ABSTRACTObjective: Voluntary medication intake has been a growing reality in pediatrics, particularly among adolescents. The purpose of this study is to characterize children and adolescents hospitalized because of voluntary medication intake. Methods: Retrospective and descriptive study of admissions by voluntary medication intake at Centro Hospitalar do Alto Ave (Portugal) between 2007 and 2010. Data about demographics, type of medication, reason for ingestion, complications, family and personal history was collected by consulting the clinical process. Results: During the study period, 53 children and adolescents were admitted by voluntary intake of medication, alcohol or illicit drugs. Six cases corresponded to alcohol intoxication, one intake of LSD and 46 medication intake, with the benzodiazepines being the most common (18/46, 39%). There was an increased number of cases of intentional ingestion of medication between 2007 and 2010 (7 vs 20 cases, respectively), also associated with increased median age (12.5 vs 15.5 years). In 26% of adolescents the act was motivated by confl icts with parents. Only 3 cases showed complications (seizures). Twelve cases (26%) had a previous history of voluntary medication intake. Conclusion: The increased number of cases over the years may be related to the enlargement of the pediatric age in Portugal (14 years in 2007 and 17 years in 2010). Although complications are not very frequent it is disturbing the number of cases with a previous history of voluntary medication intake, which demonstrates the need for follow-up of young people in Youth Health Consultation, tracking psychopathology with special attention when there is a history of emotional and family confl icts.

KEY WORDSAdolescence, drugs, medication.

Ingestão medicamentosa voluntária em um serviço de pediatriaVoluntary medication intake in pediatric service

Ana Cristina Gonçalves Ribeiro

Ferreira Barros1

Maria Teresa São Simão Soares Pinto1

Carla Manuela Afonso Laranjeira2

Liliana Dias Macedo2

1Interna Complementar de Pediatria, Centro Hospitalar do Alto Ave – Guimarães, Portugal;2Assistente Hospitalar de Pediatria, Centro Hospitalar do Alto Ave – Guimarães, Portugal;

Ana Cristina Gonçalves Ribeiro Ferreira Barros ([email protected]) - Rua Óscar da Silva, n.º 88, 3ºA, 4200-432 Porto, Portugal Recebido em 19/06/2011 - Aprovado em 23/07/2011

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ARTIGO ORIGINAL

Page 2: Gonçalves Ribeiro Ana Cristina Ingestão medicamentosa ... · Ana Cristina Gonçalves Ribeiro Ferreira Barros (ana.cbar@gmail.com) - Rua Óscar da Silva, n.º 88, 3ºA, 4200-432

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INTRODUÇÃO

A ingestão medicamentosa voluntária tem sido uma realidade em crescimento na Pediatria, sobretudo entre os adolescentes, representando uma forma de resolução de confl itos internos, sintomas depressivos e de ansiedade que acom-panham a reorganização física, psíquica e social da adolescência1,2. Pode ser difícil determinar se a intenção da ingestão é autodestrutiva ou apenas uma chamada de atenção. Fatores como o uso de álcool e drogas, difi culdade no relacionamento in-terpessoal, perturbações do comportamento ali-mentar, baixa autoestima, exposição à violência, sentimentos depressivos, entre outros, parecem aumentar o risco da ingestão medicamentosa vo-luntária2. O ambiente familiar tem um papel fun-damental no comportamento do adolescente1,3, 4.

Frequentemente a medicação utilizada en-contra-se no domicílio e pertence aos progenito-res ou ao próprio, sendo a classe dos psicofárma-cos a mais utilizada. O número de casos no sexo feminino ultrapassa o masculino. No entanto, os casos fatais são superiores no sexo masculino1, 2.

A ingestão medicamentosa na adolescência com intenção suicida pode representar um fator de risco para problemas mentais e suicídio na idade adulta1.

O objetivo deste trabalho é caracterizar os doentes internados por ingestão voluntária de medicamentos, avaliando as suas complicações, as comorbilidades e os antecedentes pessoais e familiares.

MATERIAL E MÉTODOS

Estudo retrospetivo e descritivo dos inter-namentos por ingestão voluntária de medica-mentos no Serviço de Pediatria do Centro Hos-pitalar do Alto Ave - Guimarães (Portugal) entre 1 de janeiro de 2007 e 31 de dezembro de 2010. Através da consulta do processo clínico do in-ternamento recolheram-se dados demográfi cos, os tipos de fármacos, os motivos da ingestão, as complicações, os antecedentes pessoais e fami-liares e a orientação após a alta.

A análise estatística foi processada no pro-grama PASW Statistics 18. Realizou-se análise estatística descritiva, ou seja, para as variáveis categóricas foram calculadas frequências e para as variáveis numéricas foram calculadas medidas de tendência central (médias e medianas) e de dispersão (desvio padrão).

RESULTADOS

Durante o período de estudo registraram-se 111 internamentos por ingestão voluntária e involuntária de medicamentos, álcool e drogas ilícitas (Gráfi co 1).

A ingestão voluntária de medicamentos, álcool ou drogas correspondeu a 53 casos. Os medicamentos (n=46) foram as substâncias mais frequentemente usadas, havendo um au-mento do número de casos de ingestão medi-camentosa ao longo dos anos (7 em 2007, 5 em 2008, 14 em 2009 e 20 em 2010). Registrou-se consumo de álcool (isolado ou em simultâneo com os medicamentos) em seis casos, LSD em um, e foram detectados canabinoides na urina em 8 dos 53 casos.

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INGESTÃO MEDICAMENTOSA VOLUNTÁRIA EM UM SERVIÇO DE PEDIATRIA

Ferreira Barros et al.

Gráfi co 1. Distribuição do número de casos de ingestão voluntária e involuntária de medicamentos, álcool e drogas ilícitas no Serviço de Pediatria do Centro Hospitalar do Alto Ave.

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Gráfi co 2. Distribuição por ano da mediana de idade dos casos de ingestão medicamentosa voluntária.

Gráfi co 3. Motivos de ingestão medicamentosa voluntária. Outros: ansiedade, sintomas depressivos, morte de familiares, problemas escolares.

Gráfi co 4. Classes de fármacos utilizados na ingestão medicamentosa voluntária. Outros: anti-histamínico, venotrópico, antidiabético oral

INGESTÃO MEDICAMENTOSA VOLUNTÁRIA EM UM SERVIÇO DE PEDIATRIA

Ferreira Barros et al.

A ingestão voluntária de medicamentos (n=46) ocorreu em casa em 65% dos casos e 40% alertou os familiares ou amigos para o sucedido. A média do tempo decorrido entre a ingestão do fármaco e o recurso ao Serviço de Urgência foi de 8,4 horas. Cerca de 72% da amostra eram do sexo feminino (33/46). A mé-dia de idade foi sobreponível à mediana – 14 anos (mínimo 9 anos, máximo 17 anos). Ao lon-go do período em estudo, a mediana de idade foi aumentando, em paralelo com o aumento do número de casos (Gráfi co 2).

Os confl itos interpessoais (50% dos casos) foram os motivos mais frequentemente reporta-dos como desencadeantes da ingestão medica-mentosa voluntária (Gráfi co 3), sobretudo com os pais ou irmãos.

Os psicofármacos como as benzodiazepi-nas, antidepressivos, antiepilépticos e antipsi-cóticos foram os mais utilizados pelas crianças e adolescentes (Gráfi co 4). Em todos os casos havia história de ingestão de dois ou mais tipos diferentes de medicamentos.

Os sintomas neurológicos como sonolência foram referidos em 32 casos (70%), embora 26% da amostra estivesse assintomática no momento de observação do Serviço de Urgência. Outras queixas foram as tonturas (n=6), cefaleias (n=4) e dor abdominal com náuseas e vômitos (n=8). Ocorreu perda de consciência em dois adoles-centes, convulsões em três e sintomas extrapi-ramidais em um deles. Analiticamente apenas se registou um caso de hipoglicemia. Não houve desequilíbrios hidroeletrolíticos e a função renal e a hepática estavam conservadas, sem obten-ção de níveis tóxicos dos fármacos ingeridos.

No que diz respeito aos antecedentes pessoais, constatou-se que em 26% (n=12) da amostra já havia história prévia de ingestão me-dicamentosa e em 39% (n=18) havia diagnósti-co prévio de depressão. Sete adolescentes admi-tiram consumir canabinoides, nove tabaco e um cocaína. A maioria era estudante (n= 33; 71,7%, dos quais 48% tinha mau rendimento escolar), três eram trabalhadores e em dez desconhecia-se a ocupação.

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9INGESTÃO MEDICAMENTOSA VOLUNTÁRIA EM UM SERVIÇO DE PEDIATRIA

Ferreira Barros et al.

Nos antecedentes familiares verifi cou-se que existia história de depressão nos pais ou ir-mãos em treze casos (28,2%), tentativa de suicí-dio em familiares em cinco (11%), alcoolismo ou toxicodependência em quatro.

A duração média dos internamentos foi de 2 dias (mínimo 1 dia, máximo 9 dias), e todas as crianças ou adolescentes foram observadas e orientadas para pedopsiquiatria.

DISCUSSÃO

Entre os anos 2007 e 2010 verifi cou-se um aumento do número de casos de ingestão medi-camentosa voluntária, relacionando-se provavel-mente com o alargamento da idade pediátrica em Portugal aos longo dos anos (14 anos em 2007 para 17 anos em 2010), visto que houve também aumento da mediana de idade por ano.

De acordo com os dados descritos na li-teratura3,5, a ingestão voluntária de medica-mentos ocorre com maior frequência no sexo feminino e com recurso a psicofármacos (ben-zodiazepinas, antidepressivos, antiepilépticos e antipsicóticos), o que demonstra a facilidade de acesso a essas substâncias.

Os confl itos interpessoais (pais, namorado/a ou amigos) foram identifi cados como os princi-pais motivos da ingestão. Tal como descrito na

bibliografi a, na maioria dos casos a ingestão é desencadeada por eventos geradores de ansieda-de e pela incapacidade em solucionar problemas, principalmente rejeições, fracassos, perdas, negli-gências e confl itos familiares. Outros fatores de risco são o abuso de álcool e drogas, depressão do próprio ou familiares próximos e antecedentes pessoais e familiares de tentativas de suicídio3,5,6. De fato, realçam-se os 12 casos em que havia história prévia de ingestão medicamentosa vo-luntária. A depressão e tentativa de suicídio em familiares também não devem ser desprezados.

Apesar da potencial gravidade que a inges-tão medicamentosa pode representar, as com-plicações foram pouco frequentes e os interna-mentos de curta duração.

Dado tratar-se de um trabalho de revisão, referem-se algumas limitações, como o reduzido tamanho da amostra, o preenchimento incom-pleto do processo clínico e a história clínica nem sempre bem documentada.

CONCLUSÃO

Os dados apresentados realçam a necessi-dade de seguimento dos jovens em consulta de Saúde Juvenil, rastreando psicopatologia com especial atenção quando há antecedentes pes-soais de confl itos emocionais e familiares.

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REFERÊNCIAS

1. Portzky G, van Heeringen K. Deliberate self-harm in adolescents. Curr Opin Psychiatry. 2007; 20(4):337-42.2. Baggio L, Palazzo L, Aerts D. Planejamento suicida entre adolescentes escolares: prevalência e fatores

associados. Cad. Saúde Pública. 2009; 25(1):142-50.3. Marcondes Filho W, Mezzaroba L, Turini C,Koike A,Junior M A, Shibayana E.Tentativas de suicídio por

substâncias químicas na adolescência e juventude. Adolesc. Latinoam. 2002; 3(2). 4. Ghazinour M, Emami H, Richter J, Abdollahi M ,Pazhumand A.. Age and gender differences in the use

of various poisoning methods for deliberate parasuicide cases admitted to loghman hospital in Tehran (2000–2004).Suicide Life Threat Behav. 2009; 39(2):231-9.

5. Margonato F, Thomson Z, Paoliello M. Intoxicações medicamentosas agudas intencionais e não intencionais notifi cadas em município do Sul do Brasil. Cad. Saúde Pública. 2009; 25(4):849-56.

6. Raso S, Fernández J, Vázquez-Ronco M, et al. Intoxicaciones en urgencias: cambios epidemiológicos en los últimos 10 años. An Esp Pediatr. 2002; 56:23-9.

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