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Fluxos migratórios Topo da página Índice Definição de vários tipos de fluxos migratórios Causas económicas, politicas, étnicas, religiosas, etc. Consequências Inclusão Instrumentos dos governos Turismo várias classificações Três conceitos que tem que definir Miscigenação Aculturação Multiculturalismo Conclusão Tipos de fluxos de migração Topo da página Emigração deslocamentos externos ou internacionais ,os deslocamentos que se fazem de um país para outro. Imigração deslocações internas e realizam-se de umas regiões para as outras, dentro do mesmo país. Migrações internas êxodos rurais e urbanos, ou seja mudança de residência. Migração temporária - se a mudança é apenas por um determinado período de tempo. Migração definitiva - são aquelas em que os indivíduos decidem ir para um determinado local, para aí se estabelecerem definitivamente, podendo eventualmente regressar após muitos anos. Migração voluntária - Quando a decisão de se deslocar é do próprio indivíduo, ou seja é iniciativa do indivíduo. Quando o indivíduo, apesar de não desejar fazer uma deslocação, se vê obrigado a fazê-la, por diversos motivos, então, diz-se que a migração é forçada.
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Nov 13, 2018

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Fluxos migratórios

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Índice

Definição de vários tipos de fluxos migratórios

Causas económicas, politicas, étnicas, religiosas, etc.

Consequências

Inclusão

Instrumentos dos governos

Turismo várias classificações

Três conceitos que tem que definir

Miscigenação

Aculturação

Multiculturalismo

Conclusão

Tipos de fluxos de migração

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Emigração deslocamentos externos ou internacionais ,os deslocamentos que se fazem de um país para outro.

Imigração deslocações internas e realizam-se de umas regiões para as outras, dentro do mesmo país.

Migrações internas êxodos rurais e urbanos, ou seja mudança de residência.

Migração temporária - se a mudança é apenas por um determinado período de tempo.

Migração definitiva - são aquelas em que os indivíduos decidem ir para um determinado local, para aí se estabelecerem definitivamente, podendo eventualmente regressar após muitos anos.

Migração voluntária - Quando a decisão de se deslocar é do próprio indivíduo, ou seja é iniciativa do indivíduo. Quando o indivíduo, apesar de não desejar fazer uma deslocação, se vê obrigado a fazê-la, por diversos motivos, então, diz-se que a migração é forçada.

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Migração legal se a migração é feita com autorização do país de acolhimento, é uma migração legal.

Migração ilegal Se por outro lado o indivíduo entra (ou fica) num determinado país sem nenhuma autorização (ou conhecimento) deste, diz-se que é clandestina ou ilegal.

Causas:

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Económica - provavelmente deverá ser a causa fundamental que leva as pessoas a migrarem, quase sempre resultante da diferença de desenvolvimento socio-económicos entre países ou entre regiões. Quase sempre, nestes casos, os indivíduos migram porque querem assegurar noutros locais um melhor nível de vida, onde os salários são mais elevados, as condições de trabalho menos pesadas, onde a assistência social é mais eficaz, enfim, vão para onde pensam ir encontrar uma vida mais agradável o que, diga-se de passagem, nem sempre acontece. Por exemplo, ir trabalhar para a Alemanha, pois dum modo geral, os salários lá, são mais elevados.

Políticas - São dum modo geral migrações externas, que devido a mudanças nos governos de países, alguns habitantes se vêem forçados (mas nem sempre) a saírem desse país. Por exemplo, quando se deu a independência de alguns países africanos, muitos dos seus habitantes tiveram de sair deles e ir para outros países; aconteceu com os portugueses em Angola, Moçambique, Guiné, mas também com franceses em Marrocos, Argélia, Indochina, ou com ingleses na ex-Rodésia, etc.

Naturais - dum modo geral, este motivo de migrações, leva a que sejam migrações forçadas, pois devido a causas naturais (cheias, terramotos, secas, vulcões...) a vida e a sobrevivência das pessoas fica em risco, pelo que se vêem forçadas a abandonar os seus locais de residência.

Turísticas - são as que se efectuam normalmente, pela maioria das pessoas, em determinadas épocas (ou estações) do ano, que por isso mesmo, também são uma forma de migrações sazonais. São aquelas deslocações que se efectuam no período das férias de Verão, Natal, Páscoa, etc.

Laborais - São todas as deslocações que se efectuam por motivos profissionais. Podem também ser sazonais e dum modo geral, são temporárias. Um exemplo muito fácil de compreenderem, é o dos docentes, que na sua maioria, são colocados (muitas vezes sem grande vontade) quase todos os anos lectivos em escolas diferentes e por vezes, longe das suas residências.

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Étnicas - esta palavra, muitas vezes confundida com racismo, têm mais a ver com diferenças entre culturas e povos, podendo ou não ser da mesma raça. Por exemplo, na II Guerra Mundial, havia muitos judeus na Alemanha e, para Hitler, eles constituíam um povo inferior, pelo que tentou exterminá-los, contudo, eles eram ambos (alemães e judeus) de raça branca. Também recentemente, na ex Jugoslávia, muitos povos se viram forçados a emigra apenas por pertencerem a outra cultura.

Religiosos - há muitas migrações, muitas delas externas, cujo único objectivo é a deslocação a um determinado centro de fé, de acordo com a religião de cada indivíduo. Como exemplo podem-se citar as peregrinações a Fátima, Santiago de Compostela (Espanha), Lourdes (França), Meca (Arábia), entre muitos outros espalhados pelo mundo. Aliás, a título de curiosidade, a religião muçulmana obriga cada um dos seus crentes a deslocarem-se pelo menos uma vez na vida, a Meca, ao túmulo do profeta.

Culturais - poucos consideram este motivo uma causa de migração, contudo, há muitas pessoas que se deslocam (normalmente temporariamente) para outros locais, apenas com uma finalidade cultural, ou de enriquecimento de conhecimentos. Por exemplo, ir a outro país tirar um curso de pós graduação, ou um doutoramento ter de sair do local de residência porque a universidade/faculdade onde um estudante conseguiu entrar se situa muito longe, etc.

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Consequências

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Mas de todos os movimentos migratórios, os dos finais do séc. XIX e princípios do séc. XX, foram os mais espectaculares. Estes gigantescos fluxos migratórios desempenharam um grande papel na redistribuição e no equilíbrio da população mundial. A maior parte dos países de origem, eram países europeus. Convém lembrar que a Europa (a partir da Revolução Industrial), conheceu um enorme crescimento populacional, chegando a uma situação em que a indústria e os serviços, já não conseguiam garantir emprego a todos os que o desejavam. Por isso a pressão demográfica europeia era enorme. Por outro lado, vastos e ainda inexplorados e escassamente povoados territórios não faltavam. Assim, nessa época, milhões de portugueses, espanhóis, irlandeses, britânicos, franceses, alemães suecos, dinamarqueses emigraram para onde a "terra não faltava" - os territórios do Novo Mundo (EUA, Canadá, Brasil, Venezuela, Argentina, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul... Estes movimentos migratórios, ajudaram a diminuir a pressão demográfica na Europa e ajudaram o crescimento económico e populacional do Novo Mundo

O período compreendido entre as duas guerras mundiais, foi uma época de abrandamentos dos fluxos migratórios internacionais. Por um lado devido aos conflitos bélicos, que dificultavam o movimento dos meios de transporte, bem como que "impediam" a saída de pessoas de grande parte dos países europeus (não esquecer que nessa altura era essencialmente o homem que trabalhava e, portanto, que emigrava, e devido à guerra, os homens eram necessários para a guerra). Outra causa do abrandamento, foi a grave crise económica dos anos 30, que teve início nos EUA e que se alastrou a todo o mundo. Foi também a partir desta crise económica, que muitos

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países adoptaram restrições às imigrações, ou seja, adoptaram políticas de controlo cada vez mais rigorosas, que passavam pelo estabelecimento de quotas (limitações ao número - e às vezes ao tipo - de estrangeiros autorizados a entrar num território) e pela luta contra a imigração clandestina e na dificuldade de acesso à naturalização (possibilidade de uma pessoa mudar de nacionalidade para se tornar cidadão do país de acolhimento).

Após o fim da II Guerra Mundial, houve uma retoma dos fluxos migratórios, mas com outra "direcção". Os países europeus encontravam-se destruídos pelo conflito e procuravam a sua reconstrução e o tornar a dinamizar a sua economia. Porém havia obstáculos; os fluxos migratórios anteriores tinham "esvaziado" a Europa de jovens e adultos, por outro lado, as duas guerras mundiais devastaram imensas vidas humanas, também principalmente, adultos e jovens, pelo que a população europeia, além de reduzida, estava envelhecida. Deste modo, a falta de mão-de-obra era o maior obstáculo à reconstrução. Contudo, nessa época (cerca de 1950), muitos países mediterrâneos, ou que não entraram directamente nos conflitos, possuíam uma economia pouco desenvolvida e sobretudo agrícola, e portanto incapaz de absorver essa mão-de-obra toda, originando nesses países, muito desemprego e salários reduzidos. A possibilidade de poderem arranjar emprego, emigrado para os países que estavam destruídos, foi uma alternativa de melhorar o seu nível de vida. Desencadeou-se assim outro fluxo migratório enorme, só que agora, o destino não era o Novo Mundo, mas sim os países da Europa Ocidental, que em poucas décadas conseguiu recuperar o seu desenvolvimento económico. Os principais países de acolhimento foram a França, a Alemanha (na altura a RFA), o reino Unido, a Bélgica, Holanda, Luxemburgo e Suíça. Dos países de partida, destacam-se a Espanha, Portugal, Irlanda, ex-Jugoslávia, Turquia, Marrocos, Argélia e Tunísia.

Mas em 1973, aconteceu outra grande crise económica, provocada pela subida vertiginosa e crescente dos preços do petróleo, principalmente devido à guerra entre o Irão e o Iraque. As restrições à imigração tornaram-se novamente implacáveis.

A partir de 1990, assistiu-se a grandes mudanças a nível de mudanças económicas e políticas de muitos países (desmembramento da ex-URSS e da ex-Jugoslávia, conflitos pelo poder em África, os boat people do sudeste asiático e de Cuba, etc.) que originam, actualmente, um grande fluxo migratórios. Contudo as características destas actuais migrações internacionais são inovadoras: a maior parte delas são clandestinas e de refugiados, que tentam fugir de conflitos políticos e étnicos.

Impacto na Economia e no Mercado de Trabalho. Impacto Fiscal

Numa apreciação ao estudo de Almeida (2003), referindo-se apenas ao impacto económico da imigração em Portugal, João César das Neves considera existirem genericamente quatro erros de apreciação genérica: o primeiro é considerar a imigração como uma invasão, quando, na verdade, os imigrantes beneficiam também com a prosperidade económica do país, que lhes assegura, entre outros factores, a colocação no mercado de trabalho; o segundo é o da desvalorização, isto é, minimizar o potencial dos imigrantes, (quando, como referimos anteriormente, é a fatia da população mais qualificada a migrar), o que traz implicações na sua integração; o terceiro erro consiste no parasitismo, ou seja, considerar que os imigrantes se aproveitam das condições existentes no país – mais uma vez a evidência empírica demonstra o oposto, na medida em que os imigrantes se ocupam, regra geral, de profissões que as populações locais já não querem, para além de demonstrarem, por vezes, um carácter empreendedor; o quarto erro é o do mercantilismo (quando se identifica a riqueza de um país com o saldo da balança externa), criticando o

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envio de remessas, por parte dos imigrantes, para os seus países de origem, na medida em que constitui a saída de divisas do nosso país. A literatura considera que a imigração tende a estimular, sem pressões inflacionistas, a actividade económica do país de acolhimento, nomeadamente o consumo acrescido de bens correntes. Segundo a OIT (2004), o país de acolhimento beneficia, como um todo, da imigração, mesmo se certos grupos poderão ficar em desvantagem, como “os menos qualificados, um grupo que inclui alguns dos antigos migrantes” (cf. OIT, 2004: 31). Um segundo efeito macro-económico recorda que, tal como os fluxos migratórios geram ganhos para a Balança de Pagamentos dos países de origem, terão um impacto negativo na dos países de acolhimento. Segundo Stalker (2000), as migrações influenciam o desempenho económico do país de acolhimento dos migrantes, nomeadamente numa perspectiva de médio e longo prazo, pelo preenchimento de labour shortages com uma mão-de-obra mais barata e flexível, permitindo um uso mais eficiente da mão-de- obra e, desta forma, gerar ganhos de produtividade. Porém, a ONU (1997) alerta para o facto de estes ganhos de produtividade poderem ser reduzidos, na medida em que os migrantes tendem a ocupar os empregos menos produtivos. Em 1985, El-Hinnawi identificada uma nova classe de pessoas conhecidas como "refugiados ambientais". Ele definiu como refugiados ambientais "aquelas pessoas que foram forçadas a abandonar seu habitat tradicional, temporária ou permanentemente, devido a uma perturbação marcada ambientais (naturais e / ou provocados por pessoas), que prejudicavam a sua existência e / ou gravemente afectado a qualidade de seus vida ". Estima-se actualmente que há 10 milhões de refugiados ambientais.

Inclusão

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Inclusão social é um conjunto de meios e acções que combatem a exclusão aos benefícios da vida em sociedade, provocada pela diferença de classe social, origem geográfica, educação, idade, existência de deficiência ou preconceitos raciais. Inclusão Social é oferecer aos mais necessitados oportunidades de acesso a bens e serviços, dentro de um sistema que beneficie a todos e não apenas aos mais aptos.

Instrumentos dos governos

Topo da página Contrariamente ao que a falta de conhecimento sobre a matéria pode fazer crer, o fenómeno da imigração constitui uma oportunidade, da qual importa extrair, com as medidas correctas, o máximo benefício económico, demográfico, cultural e social para os agentes envolvidos: migrantes, países de origem e de destino. No contexto de algumas reacções menos positivas ao fenómeno da imigração e face às dificuldades em superar no relacionamento com povos de outras culturas e civilizações, importa “recuperar as raízes humanistas da Europa, protagonizadas por diferentes Europeus, em diferentes contextos, e porventura recuperar intensamente o espírito dos «pais da Europa» – Schuman, Adenauer, Monnet, e de Gasperi – para inspirar os dias mais difíceis” (cf. Marques, 2003: 56). Desta forma, uma política de imigração integrada e abrangente deve partir de um consenso alargado sobre grandes princípios de imigração e promover a sensibilização, junto da opinião pública, de atitudes de abertura e tolerância face à diversidade. Só nesta medida poderá actuar, simultaneamente e com maior eficácia, em articulação com outras políticas e, em particular, com a política de cooperação para o desenvolvimento. 3.1. Fluxos Migratórios e Política de Imigração – História Recente As migrações internacionais existem desde há vários séculos, como referimos anteriormente. Neste ponto, porém, centrar-nos-emos nos fluxos migratórios com o continente Europeu (como origem ou destino) desde o período dos Descobrimentos, e as políticas migratórias que lhes serviram de base, focando, em particular, as décadas recentes. 3.1.1. Mudanças no Continente Europeu: da Emigração à Imigração Com o período dos Descobrimentos, a partir do século XV, surgiram os primeiros fluxos migratórios, que se acentuaram com o decorrer dos séculos. Tinham carácter religioso ou pioneiro, aos quais mais tarde se juntaram aqueles que viajavam por contrato ou coercivamente. Não tinham grande dimensão, dados os elevados custos de viagem e riscos existentes. O século XVIII, mas sobretudo o século XIX, trouxeram o fim da escravidão, começando em larga escala os fluxos migratórios de indivíduos livres para os países do Novo Mundo (Estados Unidos, Canadá e Austrália, principalmente), mas também dentro do continente Asiático (e também deste para África). Os fluxos migratórios de então canalizavam-se, porém, maioritariamente da Europa para os EUA, enquadrados por uma política de imigração americana liberal. Rourke e Sinnott (2003) estimam que, entre 1880 e 1914, cerca de sessenta milhões de europeus tenham emigrado para os EUA, em ondas “associadas à fome e à revolução na Europa e […] à mudança no transporte oceânico dos barcos à vela para a vapor”. O seu regresso foi reduzido no início, mas aumentou progressivamente, sendo significativo sobretudo ao nível de Italianos e Gregos e reduzido para os Europeus de Leste e Judeus Russos. A emigração em massa da Europa para o Novo Continente foi interrompida com a Grande Depressão, as guerras mundiais e a mudança da ordem económica internacional, bem como pelas alterações da política de imigração norte-americana. Esta, para além de sentimentos de proteccionismo

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emergentes em momentos de conjuntura desfavorável, teve de lidar com a alteração da composição dos imigrantes e das suas características socioeconómicas, a desigualdade social crescente associada às migrações e a necessidade de articular estas últimas com as necessidades do mercado de trabalho. Para além disso, foi sendo necessário, como referem Rourke e Sinnott (2003), ter em conta factores sociológicos (sentimentos de nacionalismo, por exemplo), bem como aspectos de índole económica: o nível salarial médio e a «qualidade» dos imigrantes do ponto de vista dos efeitos induzidos no mercado de trabalho (qualificações, empreendorismo, modo e capacidade de integração na sociedade). O século XX, sobretudo depois da Grande Depressão e das Guerras Mundiais (caracterizado pela forte redução dos custos de comunicação, informação e viagem, já que se passou a viajar sobretudo de avião), trouxe uma políticade imigração pública mais intervencionista.

Turismo e as suas várias classificações

Turismo interior

Turismo realizado dentro das fronteiras de um país e compreende o turismo doméstico e o receptor.

Turismo nacional

Movimento dos residentes de um dado país e compreende o turismo doméstico e o turismo emissor.

Turismo internacional

Abrange unicamente as deslocações que obrigam a atravessar uma fronteira e compreende o turismo receptor e emissor.

A actividade dita turismo tem sofrido mutações devido à necessidade de desenvolver a mesma de modo a fazer com que exista uma maior afluênciade pessoas para aquele país.

Turismo sexual -A Organização Mundial do Turismo (OMT) (1995) define o turismo sexual como “viagens organizadas dentro do seio do sector turístico ou fora dele, utilizando no entanto as suas estruturas e redes, com a intenção primária de estabelecer contactos sexuais com os residentes do destino”. Ryan (2001) por sua vez, entende que se trata de um tipo de turismo onde “o motivo principal de pelo menos uma parte da viagem é o de se envolver em relações sexuais. Este envolvimento sexual é normalmente de natureza comercial“.

Assim, o fenômeno alcança relevância para a ciência criminológica, uma vez que, em decorrência dessa modalidade espúria de turismo, são alimentadas várias práticas criminosas, tais como o lenocínio, o tráfico de entorpecentes, o estelionato, a exploração sexual de pessoas menores de idade, a pedofilia, a falsificação de documentos, a lavagem de capitais etc.

. A igreja, a escola e a família não vêm se mostrando capazes de oferecer uma orientação e direcionamento de vida a muitas crianças e adolescentes em situação de risco social, e não raras vezes, submetidas a uma flagrante violação de direitos humanos. Somado tudo isso à força do apelo da sociedade de consumo e da

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liberalização dos costumes sexuais, constata-se que esses jovens são mais facilmente atraídos para a rede de corrupção do prostiturismo.

Turismo de negócios- publicidade de empreedimento por parte de empresários e empresas de outros paises Portugal é um dos países mais onde se realiza mais congressos de associações internacionais.

Seminários é aquele que desenvolve formação em determinadas áreas de forma a se destacar em relação a outro país.

Ecológico aquele que permite um desenvolvimento de metodos de prevenção de recursos naturais de modo a peservar os mesmos

Aventura é aquele turismo que se baseia em rotas pre-definidas

Religioso aquele que promove a religião de modo a transmitir tranquilidade e paz e também a palavra de deus para os vários turistas,valorizar a história do próprio país através de campanhas e de documentários personalizados e dirigido ao mundo,através da visita do papa ou seminários de entidades religiosas quer nacionais ou internacionais originando

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Segundo as repercussões da balança de pagamentos a entrada de visitantes contribui para uma maior entrada de divisas no país e o inverso provoca saída de divisas.

Segundo as repercussões na balança de pagamentos

Turismo externo activo (turismo de exportação ou incoming)

Turismo externo passivo (turismo de importação ou outgoing)

Em relação ao tempo de permanência existe dois tipos de turismo

Turismo de passagem

Turismo de permanência

Segundo à relação de organização de viagem

Turismo em grupo

O turismo dentro

das fronteiras de

um dado país

Deslocações que obrigam a

atravessar uma fronteira

Movimento dos residentes de um

dado país

Classificações do Turismo segundo a Origem dos Visitantes

NACIONAL

INTERIOR INTERNACIONAL

Doméstico ou

interno

Emissor

Outbound

Tourism

Receptor

Inbound

Tourism

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Turismo individual

Turismo de massas e minorias/alternativo é aquele que é constituido por várias pessoas ou grupos com menor nível de rendimentos ou seja menos rendimentos efectivos.

Turismo de minorias realizado por pequenos individuos ou familias isoladas caracterizado selecça~eo económica ou cultural.

Três conceitos que tem que definir

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Miscigenação

A miscigenação consiste na mistura de raças, de povos de diferentes etnias, ou seja, relações inter-raciais. Foi em 4 de abril de 1755 que, D. José, rei de Portugal, assina decreto que autoriza a miscigenação de portugueses com índios.

Aculturação

Aculturação é um termo cunhado inicialmente por antropólogos norte-americanos, muito útil para tratar de reflexões sobre as mudanças que podem acontecer em uma sociedade diante de sua fusão com elementos externos. Segundo o historiador francês Nathan Watchel, aculturação é todo fenómeno de interacção social que resulta do contacto entre duas culturas, e não somente da sobreposição de uma cultura a outra. Já Alfredo Bosi em "Dialéctica da colonização" afirma que esse fenómeno provém do contrato entre sociedades distintas e pode ocorrer em diferentes períodos históricos, dependendo apenas da existência do contato entre culturas diversas, constituindo-se, assim, um processo de sujeição social. A maioria dos autores acreditam que a aculturação é sempre um fenómeno de imposição cultural.Ver SILVA, K.V; SILVA, M.H.Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2006.

Trata-se de aculturação quando duas culturas distintas ou parecidas são absorvidas uma pela outra formando uma nova cultura diferente. Além disso aculturação pode ser também a absorção de uma cultura pela outra, onde essa nova cultura terá aspectos da cultura inicial e da cultura absorvida. Um exemplo é a cultura brasileira que adquiriu traços da cultura de Portugal, da África, que juntamente com a cultura indígena formou-se a cultura brasileira.

Com a crescente globalização a aculturação vem se tornando um dos aspectos fundamentais na sociedade. Pela proximidade a grandes culturas e rapidez de comunicação entre os diferentes países do globo cada cultura está perdendo sua identificação cultural e social aderindo em parte a outras culturas. Um exemplo disso é cultura ocidental similar em muitos países. Mesmo assim a aculturação não tira totalmente a identidade social de um povo, crendo-se que talvez no futuro não exista mais uma diferença cultural tão acentuada como a aquela que hoje ainda se observa entre alguns países.

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Multiculturalismo

Multiculturalismo (ou pluralismo cultural) é um termo que descreve a existência de muitas culturas numa localidade, cidade ou país, sem que uma delas predomine, porém separadas geograficamente e até convivialmente no que se convencionou chamar de “mosaico cultural”. O Canadá e a Austrália são exemplos de multiculturalismo; porém, alguns países europeus advogam discretamente a adoção de uma política multiculturalista. Em contraponto ao Multiculturalismo, podemos constatar a existência de outras políticas culturais seguidas, como

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por exemplo: O monoculturalismo vigente na maioria dos países do mundo e ligada intimamente ao nacionalismo, pretende a assimilação dos imigrantes e da sua cultura nos países de acolhimento. O Melting Pot, como é o caso dos Estados Unidos[carece de fontes?] e do Brasil, onde as diversas culturas estão misturadas e amalgamadas sem a intervenção do Estado.

O multiculturalismo implica reivindicações e conquistas das chamadas minorias (negros, índios, mulheres, homossexuais, entre outras).

A doutrina multiculturalista dá ênfase à idéia de que as culturas minoritárias são discriminadas, sendo vistas como movimentos particulares, mas elas devem merecer reconhecimento público. Para se consolidarem, essas culturas singulares devem ser amparadas e protegidas pela lei. O multiculturalismo opõe-se ao que ele julga ser uma forma de etnocentrismo (visão de mundo da sociedade branca dominante que se toma por mais importante que as demais).

A política multiculturalista visa resistir à homogeneidade cultural, principalmente quando esta homogeneidade é considerada única e legítima, submetendo outras culturas a particularismos e dependência. Sociedades pluriculturais coexistiram em todas as épocas, e hoje, estima-se que apenas 10 a 15% dos países sejam etnicamente homogêneos.

A diversidade cultural e étnica muitas vezes é vista como uma ameaça para a identidade da nação. Em alguns lugares o multiculturalismo provoca desprezo e indiferença, como ocorre no Canadá entre habitantes de língua francesa e os de língua inglesa.

Mas também pode ser vista como fator de enriquecimento e abertura de novas e diversas possibilidades, como confirmam o sociólogo Michel Wieviorka e o historiador Serge Gruzinski, ao demonstrarem que o hibridismo e a maleabilidade das culturas são fatores positivos de inovação.

Charles Taylor, autor de Multiculturalismo, Diferença e Democracia acredita que toda a política identitária não deveria ultrapassar a liberdade individual. Indivíduos, no seu entender, são únicos e não poderiam ser categorizados. Taylor definiu a democracia como a única alternativa não política para alcançar o reconhecimento do outro, ou seja, da diversidade.

Seus opositores defendem que o multiculturalismo pode ser danoso às sociedades e particularmente nocivo às culturas nativas.

Conclusão

Os fluxos de emigração são de vários tipos mas todos relacionados entre si com sendo uma deslocação de indivíduos de um país para outro ou de uma região para outra com o intuito de melhorar de vida ou a procura de um futuro maior.Pode ser uma deslocação forçada devido a problemas ambientais ou de factor profissional onde exista a necessidade de uma deslocação temporária ou definitiva para poder exercer determinadas funções ou pode ser espontanea que é determinada pela vontade do individuo.

As vantagens e desvantagens do factor migração determina se um país terá mais pessoas de culturas diferentes e uma sociedade economicamente estável, progressivamente existirá forte miscigenação e consequentemente aculturação.Em relação as desvantagens são várias nomeadamente desde a uma perda da cultura original do país como também um fenómeno chamado brain wast que tem a ver com uma elevada cultura e aprendizagem por parte da população mas por vezes a sociedade não consegue suprimir as necessidades do povo originado a um desconforto e desmotivação para o progresso.Por vezes existe inclusão de determinados grupos religiosos ou etnias diferentes dando origem a uma discriminação acentuada que leva

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uma separação de grupos e costumes e consequentemente guerrilhas e confrontos inevitáveis.Os fluxos de migração determinam a identidade de um povo e a sua diversidade cultural, onde a sociedade multicultural se adapta aos vários hábitos e identificação de cada um quer directa ou indirectamente o governo terá que se adaptar-se ao seu povo e determinar as suas necessidades de forma a garantir um bom encaminhamento da sua população,e de forma a garantir o empreeendimento e as condições de evolução da sua economia de modo a se mutar constantemente ao mercado real.

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Trabalho de Liliana Santos nº12 em 31 de Outubro de 2009

EPBJC Curso de Instalação e Manutenção de Sistemas informáticos