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fIwÊ - Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca ...

Jan 29, 2023

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Khang Minh
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Page 1: fIwÊ - Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca ...

©JORNAL OO BRASIL LTDA. 1985 Rio de Janeiro — Sábado, 24 de agosto de 1985 Ano XCV — N° 138 Preço: Cr$ 2 000

TempoNo Rio e em Niterói,nublado com possí-veis chuvas na ma-drugada, passando abom no decorrer doperíodo. Temperatu-ra estável. Foto dosatélite e tempo nomundo, página 14

CotaçõesDólar ontem: Cr$6.820 (compra) e Cr$6.840 (venda); segun-da-feira: Cr$ 6.850 eCr$ 6.870; no parale-lo: Cr$ 9:100 e Cr$9.300. ORTN de agos-to: Cr$ 49.396,88.MVR: Cr$ 167.106,70.UNIF e UFERJ: Cr$107.220 (mesmo valorpara cálculo doIPTU neste semes-tre). Salário mínimo:Cr$ 333.120. (Pág. 16)

LotoQuatro apostadores,de São Paulo, acer-taram a quina doconcurso 252 da Loto(56, 65, 76, 88 e 95),cabendo a cada um,líquidos, Cr$ 1 bi-lhão 830 milhões 834mil, 360. A quadrasaiu para 701 e o ter-no para 38.830.

LoterjO prêmio de Cr$ 100milhões 60 mil da ex-tração 504 saiu parao bilhete 33.378, ven-dido na capital; 2oprêmio, 23.192 (Cr$10 milhões); 3o prê-mio, 13.645 (Cr$ 5 mi-Ihões 20 mil); 4o prê-mio, 35.175 (Cr$ 2 mi-Ihões 520 mil); 5oprêmio, 29.632 (Cr$ 2milhões).

Tudo legalO ex-presidente doIAA, Coronel Pam-plona, e o proprie-tário da empresaMapa, Mário Pache-co, afirmam que acomissão de 1 mi-lhão 221 mil dólarespaga pela interme-diação da venda deaçúcar à URSS é le-gal. (Página 17)

Boeing 747Inspeção dos 69Boeing 747 da JapanAir Lines acusouproblemas em 12aparelhos. Três qua-se sofreram aciden-tes ontem. (Pág. 12)

PrisãoJuiz do Chile pren-deu e abriu processocontra o CoronelLuis Fontaine,acusando-o de enco-brir morte de um es-tudante causada portorturas. (Página 12)

VestibularCerca de 100 mil es-tudantes disputarãoas 27 mil 588 vagasoferecidas por uni-versidades e facul-dades ligadas aoCesgranrio. (Pág. 8)

Não mudaBotha reafirmou quenão mudará a poli-tica racista da Afri-ca do Sul e que não"entrará em pâni-co" ante as pres-soes internacionais.(Página 12)

PiquetCom novo recor-de para o circuitode Zandvoort —lminlls074 —, Pi-quet obteve o me-lhor tempo do pri-meiro treino para oGP da Holanda. Ayr-ton Senna, que ficouem 4o, foi multadoem 5 mil dólares.(Página 20)

Arraes desafiaMiguel Arraes desa-fiou Marcos Freire aexpulsá-lo do PMDBpor apoiar JarbasVasconcelos do PSB.(Página 3)

Ministro dá o dito pornão dito mas é demitido

Foto de Viviane Rocha__m

Desmentidos divulgados em notaspela Federação Brasileira de Associa-ções de Bancos e em entrevista pelopróprio Secretário-Geral do Ministérioda Fazenda, Sebastião Marcos Vital,não impediram sua demissão. A nota daFederação nega que Vital tenha feitocríticas no almoço de terça-feira noHotel Carlton, em Brasília, mas diz que"em momento algum deixaram os pre-sentes estarrecidos, já que ele se limitoua ratificar posições de amplo conheci-mento público".

O Presidente Sarney tomou a deci-são de demitir após confirmar com ban-queiros que participaram do almoço ascríticas feitas pelo substituto do Minis-tro Francisco Dornelles à condução dapolítica econômica. Vital tinha falado

Estado proíbeo comércio desangue humano

Doadores de sangue não podem maisser remunerados, decidiu o Secretário deSaúde do Estado, Eduardo Costa, em reso-lução divulgada ontem, dois dias após tersido internado com anemia o vigilante no-turno José das Graças Vieira, que vende-ra sangue a um banco de sangue no Centroda cidade.

A resolução prevê desde multa atécassação e intervenção nos bancos desangue. O Secretário Eduardo Costa, nodocumento, diz que a doação remunera-da atenta contra a dignidade humana e queas pessoas que precisam vender sangue,em geral, são desnutridas ou dependên-tes de drogas, o que aumenta o riscode doenças transmissíveis. (Página 7)

pela manhã com Dornelles, que está emParis, e foi aconselhado a desmentirformalmente a notícia. À tarde, tentoufalar com Sarney, que não o atendeu,embora naquele momento ainda não setivesse decidido pela demissão, que sóveio no final da tarde, o que levou oPresidente a comentar que fora "umadeslealdade".

Vital sempre foi, no Ministério,o mais crítico e incisivo na defesade mudanças na política econômica e,mais de uma vez, sugeriu nas reuniõesinternas a demissão coletiva de todaa equipe de Dornelles, diante das suces-sivas derrotas para a Secretaria de Pia-nejamento na definição dos rumos daeconomia. (Página 15, Coisas da poli-tica e editorial Mentiras Verdadeiras)

Lyra demitesecretário fiela Abi-Ackel

O secretário particular do Ministro daJustiça, Sobequi Alcântara Rebelo, admiti-do por Ibrahim Abi-Ackel, será demitido nasegunda-feira pelo Ministro Fernando Lyrapor ter retirado dos arquivos o processo noqual amigos de Ackel figuram como sonega-dores de impostos na cidade mineira deMariana e que era procurado pela PolíciaFederal.

Abi-Ackel, que permanece recolhidoem seu apartamento de Belo Horizonte,distribuiu uma nota segundo a qual tu-do "é uma campanha de difamação". Seufilho, Paulo, que vendeu vistos para estran-geiros, também mandou entregar à impren-sa um bilhete, dizendo que "a inveja é omais mortífero dos sentimentos". (Página 9)

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Desmentidos formais não impe*

Foto de Delfim Vieira

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O Ministro Leônidas Pires explicou ao Senador Saturnino Braga o papelda tropa de elite do Exército, na visita à Brigada de Pára-Quedistas

INPS aposentatoda uma vilaem Pernambuco

O Superintendente Regional do INPSem Pernambuco mandou ontem a Suru-bim, município a 124 quilômetros de Reci-fe, uma comissão de sindicância paraapurar o prejuízo da Previdência Socialem Lagoa da Vaca, uma vila onde todosos moradores foram aposentados ilegal-mente, por interferência de políticos daregião. Em Pernambuco, o INPS já sus-pendeu o pagamento de cerca de 10 milaposentadorias ilegais.

Em São Paulo, o economista MiltonMilréu, acusado como um dos mentoresdas fraudes no INAMPS, tirou foto defrente e de perfil e deixou as impressõesdigitais na Polícia Federal, onde foi indi-ciado por sonegação fiscal. O delegadoRomeu Tuma admitiu que está difícil in-criminá-lo nas fraudes do INAMPS, "por-que ele é muito inteligente". (Página 14)

Governo adverteque anistia nãofaz distinções

— A anistia foi feita para todos, se-qüestradores, torturadores, esquerdistas —lembrou o Chefe do Gabinete Civil, JoséHugo Castelo Branco, ao comentar denún-cias contra militares envolvidos na repressãoaos movimentos de esquerda em anos ante-riores e que, segundo o SNI, têm provocadoinquietação na tropa. Ontem, o DeputadoMonsueto Lavor pediu a apuração do assas-sinato, em 1969, do padre Henrique, asses-sor de D Hélder.

No Rio, o Ministro do Exército, Leôni-das Pires Gonçalves, recebeu um grupode 20 senadores e deputados na BrigadaPára-Quedista, e elogiou o estreitamentode relações entre o Legislativo e o Exército.Da visita participaram o ex-cassado NadyrRosseti e o candidato de Brizola à Prefei-tura, Senador Saturnino Braga. (Página 4)

Associação daTijuca diz queCIEP é ilegal

— É ilegal a construção de umCIEP, (Centro INtegrado de EducaçãoPública) na Avenida Heitor Beltrão, naTijuca, em terreno remanescente dometrô — denunciou o presidente daAmoapra (Associação de Moradores eAmigos da Praça Saenz Pena), Herma-no Frid Neto, invocando o decreto6.627, de 25 de maio de 1982, do entãoGovernador Chagas Freitas.

O decreto estabelece que o terrenodeverá ser aproveitado exclusivamentecomo área de lazer, a partir de "estrei-to entendimento com a comunidade lo-cal". Segundo Hermano, a obra é de-magógica, argumentando que já exis-tem no bairro 10 escolas públicas de Iograu, mais do que suficientes para aten-der à demanda das crianças. (Pág. 7)

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Um selo postal em homenagem ao PresidenteTancredo Neves será lançado dia 6 de setem-bro pelo Presidente José Sarney, como partedas comemorações da Semana da Pátria, emcerimônia no Palácio do Planalto, a que estarápresente D Risoleta Neves. Impresso em off-setsobre papel couchet, com cores fosforescentes,o selo de CrS 330 desenhado por Valde-miro Puntar, gravador da Casa da Moeda,terá afigura do idealizador da Nova Repúblicaao lado dos palácios do Planalto, Congresso eSTF e a inscrição: "Tancredo Neves — Harmo-nizador dos 3 Podêres". A tiragem será de2 milhões 100 mil unidades, com circulaçãoprevista para dois anos. A Presidência daRepública preparou um texto para o lançamen-to, destacando o papel de "conciliador" ede "lúcido combatente" do homenageado

Sarney garante \que a inflaçãonão chega a 12%

"A inflação não atingirá o índicede 12% este mês", assegurou o Presi-dente José Sarney. Disse que a taxade inflação não será a que desejava,mas prometeu que "ainda sairemosganhando, porque vamos fechar o anocom uma inflação inferior à registradano ano passado". Admitiu que o au-mento do preço da carne "é um pro-blema que não está sob o controle doGoverno".

Sarney afirmou que sua preocu-pação, no momento, está voltada paraos reajustes de salários. Disse que oGoverno mantém-se no propósito deconceder reposição salarial aos traba-lhadores. "Mas temos de ter todo ocuidado, para que não haja um au-mento na pressão inflacionária", ad-vertiu, revelando apreensão com ospróximos dissídios coletivos. (Pág. 4)

Justiça repartesede da Delfincom Levinsohn

A Justiça deu a Ronald Levin-sohn, presidente afastado da Delfinpor intervenção federal, quatro anda-res no edifício-sede da empresa, noHumaitá. A decisão de três juizes daIa Câmara Cível do Tribunal de Alça-da do Rio foi unânime. Levinsohn emais oito pessoas vão ocupar o 10°,11° andar, a cobertura e um andar degaragem. Cada um desses andarestem aluguel avaliado em Cr$ 20 mi-Ihões.

No Ministério dos Transportes, oMinistro Afonso Camargo, apon-tou os cinco culpados no chamado ca-so Sunamam, todos ex-diretorese ex-funcionários da superinten-dência: Luís Rodolfo de Castro, Me-lanides Viana Jr., Roberto Massi deOliveira Lima, Ronaldo WeinbergerTeixeira e Jorge Miled. (Página 18)

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2 D 1° caderno n sábado, 24/8/85 Política •JORNAL >30 BRASIL

¦_iia__.ii im n iniirnTi. iiaiin eammmmm mim in jf^* *> ( / *\ *)coluna do casteiio (amara controlara jeton com cartãoJarbas e Arraes,

os dissidentesO

ex-Senador Marcos Freire, presidentedo PMDB de Pernambuco, declara-se

convencido da vitória do candidato a prefei-to do Recife lançado por seu partido eapoiado pela Frente Liberal, um dos poucoscasos de operação em novembro da AliançaDemocrática. Nega ele que haja uma polari-zação esquerda-direita na campanha eleito-ral. O PCB tem candidato próprio e vigoro-so, o Deputado Roberto Freire, o PC do Bapoia o Sr Jarbas Vasconcelos, candidato doPSB e da dissidência pemedebista, e o MR-8, que tem representação na Assembléiaestadual e na Câmara de Vereadores, apoiao Sr Sérgio Murilo. Os três grupos deextrema-esquerda dividem-se, portanto, emtrês posições diferentes.

A candidatura do PMDB-PFL-MR-8mantém o compromisso de centro-esquerda,que é a tônica da Aliança Democrática.Como ele acredita na vitória do Sr SérgioMurilo, entende que a eleição do Recifepropiciará um elemento decisivo para apreservação da frente de centro-esquerda naqual se apoia o Governo do Presidente JoséSarney. O outro elemento dessa preservaçãoseria a vitória em São Paulo do SenadorFernando Henrique Cardoso, que enfrentauma candidatura de direita e que sustenta ospostulados de uma política de centro-esquerda, por não ser um extremista e portraduzir em sua campanha uma composiçãode forças sociais integrada por políticos daesquerda independente, por empresários epor vertentes da esquerda ortodoxa.

Se houver, como prevê, vitória em SãoPaulo e no Recife, estará assegurada a basede sobrevivência do sistema de forças decentro-esquerda que caracteriza a estruturado atual Governo. Ele espera que seu parti-do vença ainda em Belo Horizonte, na Bahiae em diversos outros estados nos quaisdisputa eleições com candidatos populares ena mesma linha política dominante nas cam-panhas de São Paulo e do Recife.

O ex-senador não se considera em mino-ria no PMDB, pois, como presidente dopartido, apoiou a decisão da convençãorealizada no Recife. Antes da convenção elerealizou todas as gestões possíveis para umacomposição, comprometendo-se a apoiar se-ja a candidatura do Sr Miguel Arraes, seja ado Sr Pelópidas Silveira ou de outro nomeque unisse as duas correntes em luta nomunicípio. Rejeitado o entendimento e defi-nida a posição do PMDB pela convenção,ele considera em dissidência os que discorda-ram da decisão de base, ou seja, os SrsArraes, Jarbas Vasconcelos, Fernando Lyrae demais políticos que fazem a campanha docandidato do PSB.

Mas o Sr Marcos Freire não prevê umadivisão irretratável do partido após o resulta-do da eleição. Ele entende que, passado opleito, os dissidentes voltarão ao partido, doqual não se demitiram, assim como ele, se ocandidato do PMDB perder, continuará noseu posto à espera de uma nova conjugaçãode esforços do seu partido visando à campa-nha eleitoral de 1986. Admite o presidenteda Caixa Econômica, que ontem viajou paraa Dinamarca, que no pleito municipal sedefinem as bases da sucessão estadual, comperda importante para as pretensões do SrMiguel Arraes e com ressurgimento da opor-tunidade de uma nova candidatura sua aogoverno no esquema da Aliança Democra-tica.

Diz o Sr Marcos Freire que seu otimis-mo fundamenta-se nos dados tradicionais doesquema político da capital de Pernambuco.Ali o PMDB obteve nos dois últimos pleitos70% da votação e o PDS 30% elegendo oprimeiro 22 vereadores e o segundo 11.Agora, 11 vereadores discordaram da candi-datura Sérgio Murilo, dez deles para apoiaro Sr Jarbas Vasconcelos e um para ingressarno PDT. O candidato da Aliança Democra-tica passou a somar o apoio de 22 vereado-res, ou seja, de dois terços da CâmaraMunicipal.

Na pesquisa de opinião realizada háduas ou três semanas o PMDB mantinha apreferência de 55% do eleitorado, distri-buindo-se os restantes entre as demais legen-das. Mas o Sr Jarbas Vasconcelos, com todosos apoios a ele já definidos, alcançava 34,7%das preferências contra 34,2% para o SrSérgio Murilo, que ainda não contava com oapoio formal do presidente do partido, doSenador Cid Sampaio, do Deputado Osval-do Lima Filho e do líder da Assembléia,Sérgio Guerra.

Está certo o presidente do PMDB per-nambucano de que, ao longo da campanha,da qual participará a Frente Liberal, com oapoio do Governador Roberto Magalhães, asituação se definirá rapidamente em favor dacandidatura da Aliança Democrática e doPMDB, Sr Sérgio Murilo.

A ConstituinteCria-se no Congresso uma comissão in-

terpartidária para elaborar estudos paralelosaos da comissão designada pelo PresidenteJosé Sarney referentes aos rumos da futuraConstituição. A taxa de renovação do Con-gresso tem variado, de quatro em quatroanos, entre 50 e 55%, o que faz presumir quepelo menos metade dos membros da comis-são interpartidária do Congresso não estarápresente no futuro Congresso-Constituinte.

Carlos CasteUo Branco

Brasília — A Câmara adotará um cartão magnético perso-nalizado para os 419 depu-tados, que terão de introduzi-loem uma máquina instalada noplenário para fazer jus ao rece-bimento do jeton. A medida foianunciada pelo 2" vice-presidente da Mesa, DeputadoCarlos Wilson (PMDB-PE),que não sabe ainda quandoserá adotada. Ele assegurou,porem, que há consenso quan-to à ineficiência do atual siste-ma de controle do compareci-mento, feito através de umalista onde um funcionário ano-ta as presenças.

O uso do cartão magnéticoestá previsto no Regimento In-terno da Câmara, mas só on-tem os componentes da Mesacomeçaram a pensar na im-plantação do sistema. A idéiasurgiu após a leitura dos jor-nais, que noticiavam o descum-primento da decisão da Mesa,determinando o corte do jetondos deputados que não haviamcomparecido à sessão da últimaquinta-feira. Isso não ocorreuporque nenhum parlamentarpediu verificação de quorum,que revelaria os ausentes.

— A Mesa terá que reversua posição, para torná-la exe-quível, porque estamos preocu-pados, principalmente, em pre-servar a credibilidade da insti-tuição e não podemos ficar ba-seados em uma lista que é feitapor um funcionário que botapresença em quem quer — re-conheceu Carlos Wilson."Vamos examinar uma for-ma melhor de controle de pre-senças", referendou o presi-dente da Câmara, DeputadoUlysses Guimarães. Mesmo as-sim, fez questão de ressaltar:"A Câmara não é só o plena-rio. O importante é que odeputado esteja na Câmara, eele pode muito bem estar exer-cendo plenamente seu manda-to em uma biblioteca fazendopesquisa, em seu gabinete ounas comissões".

Como é tradicional nas sex-tas-feiras da Câmara, ontemnão houve votação de nenhumprojeto. A lista acusava a pre-sença de 117 deputados na ca-sa, mas somente sete compare-ceram à sessão matutina.

Leia editorialPapel do Congresso

Foto de Gilson Barreto

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americano Sloan participa da competição Legislativo-Executivo

Nos EUA, liberdade vigiada

U.F.R.J.UNIVERSIDADE FEDERAL

DO RIO DE JANEIRO

ESCRITÓRIO TÉCNICODA UNIVERSIDADE

EDITAL DE TOMADADE PREÇOS ETU

N° 09/85Faço público que se acha ater-

ta. uma licitação sob a modalidadede TOMADA DE PREÇOS, tendocomo objeto a Execução dc» Servi-ços de reforma geral e recuperaçãoda cobertura dos blocos: "A". "B"."C", "D", "E". "F". "G". "H", "I","J" e "K" do Centro de Ciências dsSaúde, situado na Ilha da CidadeUniversitária.

Os interessados poderão obtero edital, na Comissão Permanentede Licitações do Escritório Técnicoda Universidade, de segunda à sex-ta-leira de 9.00 ès 12.00 e de 13.00às 17.00 horas, na Av. BrigadeiroTrompowsky. s/n° — Ilha da CidadeUniversitária.

Data da Realização: 09 de se-tembro de 1986 — às 15.00 horas.

Em. 21 de agosto de 1985(a.) Arei0. Pedro Francisco

de Albuquerque FilhoPresidente da CPL do ETU

Para que o Legislativo se mantenha emigualdade de condições com o Executivo,como prevêem as normas constitucionais, eleprecisa ser bem assessorado por uma equipede profissionais que faça as análises necessá-rias para que a competição (no bom sentido) ea cooperação entre os dois Poderes se processevisando ao objetivo comum: o bem-estar dasociedade.

Quem afirma isto é o secretário executivodo Senado estadual de Nova Iorque, StephenSloan, de 42 anos, doutor em filosofia (PhD)em Ciências Florestais e Ambientais, em visitaao Brasil para contatos nos legislativos decinco Estados (São Paulo, Paraná, Rio Grandedo Sul, Rio de Janeiro e Espírito Santo) e emBrasília.

Sem "jeton" e mordomiaNa lei brasileira, não existe o Senado

estadual, que, na organização política dosEstados Unidos, representa as regiões doEstado, enquanto as Assembléias Legislativasrepresentam os eleitores destas regiões. Emtodos os Estados americanos, com exceção deNebrasca, o Legislativo é bicameral, embora onúmero de parlamentares das duas Casasvarie.

Em Nova Iorque, sáo 61 senadores e 150deputados estaduais. O Senado estadual temmaioria do Partido Republicano; a Assembléiae o Governo do Estado estão nas mãos doPartido Democrata. Tanto senadores quantodeputados estaduais são eleitos para um man-dato de dois anos.

Os senadores, informou Sloan, reúnem-seem Albany, a capital do Estado de NovaIorque, de janeiro a junho. São apenas doisdias por semana nos meses de janeiro, feverei-ro e março; três ou quatro dias, em abril emaio; e quatro ou cinco dias em junho. Operíodo entre julho e dezembro é dedicado aviagens pelo Estado para audiências (hearings)e aos contatos com o eleitorado.

Por ano, um senador estadual ganha 43 mildólares (Cr$ 292 milhões 400 mil ao câmbiooficial). Se preside uma das 26 comissões daCasa, tem um adicional de 9 mil dólares anuais(CrS 61 milhões 200 mil) e, se for o Presidentedo Senado estadual, ganha 3 mil dólares (Cr$20 milhões 400 mil) a mais. O Legislativoprovidencia material de escritório e paga ostelefonemas e correspondências oriundos daCasa. São também pagas pelo Estado umaviagem de ida e volta por semana do domicilioà capital. Se o Senador morar relativamenteperto e decidir ir e voltar todo dia para casa, adespesa corre por sua conta.

O absenteísmo mesmo assim não tem vezpois, nas palavras de Sloan, a vigilância doseleitores e dos parlamentares oposicionistastransforma as ausências em arma política quepode acabar com a carreira legislativa. Mesmosem as vantagens do Jeton (ninguém recebepor sessão), os senadores não deixam decomparecer ao plenário e às comissões.

O voto de liderança existe, mas é exercidode forma mais responsável do que no Brasil: oparlamentar deve ter estado em plenário e sódeixa de votar por motivo de força maior (umaaudiência na comissão, por exemplo). Deveainda informar ao líder seu voto. Se, porém,cinco colegas não concordarem, podem pediruma votação nominal e o parlamentar é obri-gado a comparecer.

Sloan insiste em que todo o trabalhoparlamentar é feito sob constante vigilância doeleitorado que cobra do legislador (eleito porapenas dois anos) suas posições e, em a casode discordância, simplemente deixa de votarnele na eleição seguinte.

O contato direto com o eleitorado é feitopelo parlamentar, mas os subsídios para seutrabalho são fornecidos pelas equipes de pro-fissionais contratados pelo legislativo. Atual-mente, as duas Casas de Nova Iorque têmcerca de quatro mii funcionários, um trabalhode assessoria; no Senado estadual são 1 mil SOOservidores, cujos contratos não implicam esta-bilidade de emprego.

Ex-integrante da equipe de Richard Nixonjunto ao Conselho sobre Qualidade Ambientalem Washington, Stephen Sloan desde 1982supervisiona as atividades de apoio e adminis-tração, além de assessorar a maioria republica-na, no Senado de Nova Iorque. Entre suasatribuições está a supervisão do Escritório deLigação em Washington — "os olhos e ouvi-dos" do Estado na Capital federal — encarre-gado de acompanhar os projetos e leis deinteresse do povo nova-iorquino.

Sloan deixa claro que o que faz não élobby, mas admite que os lobbistas (apesar denão ter mandato parlamentar) o procurampara prestar informações, vender o seu peixe.Observa, contudo, que lobby é atividade regis-trada e controlada pelo Estado.

Com 1 mil e 500 funcionários sob suasupervisão, Sloan defende o trabalho destesprofissionais — "Não são burocratas" — e dizque, no meio, não há lugar para apadrinha-mentos. Lembra que os Estados têm que seaparelhar para manter a competição com oGoverno Federal e aponta cinco em igualda-des de condições com Washington: Califórnia,Pensilvânia, Ohio, Michigan e, naturalmente,Nova Iorque.

Em seus contatos no Brasil, Sloan ficouimpressionado com o Centro de Processamen-to de Dados (ele implantou o sistema em usono Senado de Nova Iorque) do Senado Fede-ral em Brasília. Viu uma equipe de profissio-nais, e um banco de dados em condições decompetir com os melhores. Para ele, estãopresentes os elementos necessários para que oLegislativo se fortaleça — pessoal adequado econdições de análise — fundamentais na com-petição (no bom sentido) e para a cooperaçãocom o Executivo.

"O Lazer ComunitárioComo Instrumento De Marketing"

Conferenc-sta: JoSo Dôtia Jr. (Pres. da Paulistur)Moderador: José Eduardo Guinle (Pres. da Associação

de Hotéis de Turismo)•: Marcos Sá Corrêa (Editor do Jomal

do Brasil)Roberto Mediria (Pres. da Artplan)Trajano Ribeiro (Pres. da Riotur)Carlos Augusto de Carvalho (Pres. do Banerj)

Toda promoção que envolva lazer é boa quando o resultadoé bom para todos - para a comunidade, queparticipa, para o veículo, que apoia e para oanunciante, que patrocina.Contudo, promover lazer no pais docarnaval e do futebol n3o tem sidobrincadeira. E é sobre essa proble-mática que Meio & MensagemDebate estará discutindo, emmais um evento, "O lazercomunitário como instrumentode Marketing". Profissionaisdo meio e do mais altonível estarão debatendoos diferentes aspectosque envolvem esse setor.

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Tema Central: "O lazer comunitário como„ instrumento de Marketing"hens para exposição e debate:"A comunidade e sua necessidade de lazer""O retomo do investimento publicitário""Responsabilidades do poder público""Os meios de comunicação

e a prestação de serviçosà comunidade"

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JORNAL DO BRASIL

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Fluminense alega quetrabalha o dia todo

Apesar de alguns deputados fluminenses, como LisztVieira (PT) e Fernando Bandeira (PDT), defenderam o corte,dos jetons para os colegas que pouco comparecem ao plenário, amaioria ainda acha que "existe complô para desestabilizar o ¦Legislativo" e alguns, como o Deputado Augusto Ariston(PDT), continuam a afirmar que

"a culpa de tudo isso é dáimprensa; deputado trabalha 24 horas por dia e deveria ganharmuito mais".

Todos reclamam e afirmam que "não

ganhamos CrS 25milhões por mês". Mas ninguém mostra os contracheques. Odeputado Alcides Fonseca (PMDB) mostrou um — de CrS 11milhões 200 mil relativos ao salário fixo e aos jetons pelassessões ordinárias e extraordinárias. Não mostrou, porém, o dasindenizações.

Chuahy diz que gastoda Assembléia é baixo

O presidente da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro,Deputado Eduardo Chuahy (PDT), afirmou em nota que adespesa global da casa não chega a 1% do orçamento doEstado. Disse ainda que a parte da remuneração dos deputadosreferente a gastos como transporte, telefone e correspondênciaé dois terços do que é pago aos deputados federais pelas mesmasdespesas. _,-

Na nota, Chuahy ressaltou que a obrigatoriedade derecolhimento do ICM ao Banerj foi uma proposta da Assem-bléia e aumentou a receita estadual em mais de Cr$ 5 bilhõesmensais. Informou que houve uma redução de gastos da ordemde CrS 10 bilhões anuais, com a aprovação do projeto quedetermina a recuperação de filmes e líquidos fixadores usadospor repartições do Governo estadual. Concluiu que apenas comessas duas iniciativas, o Legislativo estadual criou recursos paracustear suas despesas anuais.

A nota"O

presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Riode Janeiro, em face de noticiário divulgado com base eminformações e dados inexatos em relação à despesa do PoderLegislativo e à remuneração dos senhores deputados, vem apúblico esclarecer o seguinte:

1) A despesa da ALERJ tem sido, nos últimos anos,inferior a 1% do orçamento do estado;

2) Na década passada, a despesa da Assembléia variavaentre 1,5 a 2,0% do orçamento do estado, o que evidencia aconstante preocupação do Poder Legislativo em reduzir seuscustos;

3) A remuneração dos senhores deputados é fixada noúltimo ano da legislatura anterior, de acordo com dispositivosconstitucionais. Assim, a remuneração dos atuais deputados foifixada pela Resolução n° 482, de 3/12/82, aprovada pelossenhores deputados da legislatura anterior;

4) Além dos subsídios e ajuda de custo, os senhoresdeputados recebem a título de indenização apenas 2/3 do quepercebem os senhores deputados federais, como indenização dedespesas de transporte, comunicações (telefônicas e correspon-dência) e outros encargos;

5) O Regimento Interno da Assembléia Legislativa doEstado do Rio de Janeiro nunca adotou o chamado voto deliderança. As votações, na ALERJ, exigem a presença emplenário dos senhores deputados, com o quorum constitucionalou regimental exigido para a aprovação dos projetos;

6) Nenhum projeto do Poder Executivo, nos últimos anos,foi aprovado por decurso de prazo e, igualmente, nenhum vetoprevaleceu por falta de quorum para sua apreciação;

7) No que se refere a viaturas, a Assembléia adota apolítica de desativar aquelas com média de oito anos de uso ecom mais de 500 mil km rodados, por serem antieconômicas,além de padronizar a frota, conforme determinações legais;

8) O veículo que serve à presidência é um Opala 1980, de 4cilindros, com mais de 250 mil km rodados;

9) Em conseqüência da aprovação de apenas duas proposi-ções — Indicação n° 559/83, que deu origem à obrigatoriedadede recolhimento do ICM ao Banerj, o que significa umacréscimo de mais de CrS 5 bilhões mensais à receita do estado— e Projeto de Lei n° 302/84, transformado na Lei n° 759/84 —que dispõe sobre a recuperação de materiais utilizados pelosórgãos da administração estadual (películas foto-sensíveis alíquidos fixadores), o que eqüivale, aproximadamente, a CrS 10bilhões por ano, há recursos suficientes para cobrir a quasetotalidade das despesas anuais da Assembléia Legislativa;,

10) Esta presidência continuará a exercer suas atribuiçõese usar de suas prerrogativas nos exatos limites da ConstituiçãoFederal, da Constituição Estadual e do Regimento Interno, e deacordo com os preceitos éticos que sempre observou no curso desua vida pública."

Frejat quer coibir usoindevido de apartamentosdestinados a deputados

Brasília — O ."-secretário da Câmara, José Frejat (PDT-RJ), pediuque a Mesa promova ação de despejo contra Regina Olímpia Figueira deBessa e Neville Makins, por ocuparem irregularmente imóveis destina-dos aos deputados.

Regina mora no apartamento 103, bloco D, da SON 112, desde deoutubro do ano passado, e seu vínculo com a Câmara é ser funcionária dogabinete do líder do PDT, Deputado Nadyr Rossetti. Neville, queinstalou-se no apartamento 602 do mesmo bloco em fevereiro deste ano,é jornalista e funcionário da representação do Estado do Rio de Janeiroem Brasília.

Eles não são, entretanto, casos isolados. O bloco D da SON 112 tem36 apartamentos: só quatro estão vagos e apenas 12 deputados residemlá. Dirce Mara Rios, mulher do funcionário do INCRA Orion Lousada,revelou como conseguiu o apartamento 604:

— Nós viemos do Sul e o Dr Ulysses (Deputado Ulysses Guima-rães, Presidente da Câmara) arranjou o apartamento porque o Oriontrabalhou com o Deputado Irajá Rodrigues.

O Coordenador de Habitação da Câmara, Aheguar Machado,forneceu uma lista com o nome de 19 deputados moradores do bloco Dda 112 Norte. Nove têm a posse dos apartamentos mas, segundofuncionários do prédio, não vivem lá. Cederam seus apartamentos paraparentes, assessores ou amigos.

O deputado João Carlos de Carli cede o apartamento 106 para oassessor Ivo de Carvalho; João Paganella, o 201 para o filho Robson;Ibsem de Castro, o 203 para o assessor Edgar Alves Dias; CristinoCortes, o 205 para a filha Sílvia, Irapuan Costa Jr, o 305 para o assessorPaulo dc Tarso dos Santos. Os Deputados Ivo Manderline e NyderBarbosa são ocupantes oficiais dos apartamentos 502 e 505, mas nãoresidem lá. No entanto, os dois apartamentos estão ocupados.

Os apartamentos 206, 603, e 405 tampouco são ocupados pordeputados. No 206, vive Waldomir Melo, no 603, um ex-deputado,conhecido apenas por "Wilson" pelos funcionários do prédio. O 405 éocupado pela mulher do ex-Deputado Gerônimo Santana Palmira. No104, estão hospedados integrantes da CUT, em "visita de trabalho" aBrasília.

O suplente de deputado Fernando Bastos continua ocupando oapartamento 204. Como ele, dois outros suplentes permanecem em seusapartamentos: Thomas Coelho e Onísio Ludovico, que vivem nosapartamentos 503 e 302, blocos G e F, da cobiçada 111 Sul.

A Câmara tem 430 apartamentos para os 479 deputados. Muitospreferem receber o auxílio-moradia — CrS 1 milhão 800 mil — e viver emhotel. Os que ocupam (ou emprestam) apartamentos tèm descontados desua remuneração irrisórios Cr$ 510. divididos em: CrJ 180 como aluguel,CrS 300 como condomínio e Crí 30, como taxa de uso dos móveis. Osapartamentos têm dois quartos, suíte e escritório.

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JORNAL BO BRASIL PolíticaHotos de arquivo

sábado, 24/8/85 d Io caderno ? 3'11 |p

Marcos Freire (E) e Arraes brigam e dividem mais ainda o PMDB

Arraes duvida que MarcosFreire o expulse do PMDB

. Brasília — O Deputado federal MiguelArraes (PMDB-PE) desafiou o presidente daCaixa Econômica Federal e do PMDB per-nambucano, Marcos Freire, a expulsá-lo dopartido, assim como a outros pemedebistas doEstado, como o Ministro da Justiça, FernandoLyra, que resolveram apoiar a candidatura doDeputado Jarbas Vasconcellos à Prefeitura deRecife pelo PSB. A maioria do partido empernambuco não aceita a candidatura doDeputado Sérgio Murilo pelo PMDB.

O desafio foi comunicado ao presidentenacional do partido, Deputado Ulysses Gui-marães, em carta enviada ontem por Arraes,com duras críticas ao comportamento de Mar-cos Freire. Na carta, Miguel Arraes reafirma,sua disposição de permanecer no partido eacusa Marcos Freire de ter contribuído para oaprofundamento da crise do PMDB no Es-tado.

— O presidente da Caixa põe o partido aseu serviço, a serviço de suas alianças, deixan-do e reassumindo o cargo quando lhe convém— acusa Arraes na carta. Ele comunicou aUlysses que Marcos Freire, após reassumir apresidência do PMDB-PE, demitiu os quatro

delegados do partido junto ao Tribunal Regio-nal Eleitoral, "de forma mais autoritária queas cassações praticadas no regime anterior".

Miguel Arraes queixa-se ao presidente deseu partido, ainda, que o ex-Senador fez umaaliança com o Governador Roberto Magalhães(PFL) "contra a decisão do Diretório Regio-nal", negando-se a dar explicações sobre ogesto. E alerta:

— As posições assumidas pelo presidenteda Caixa esgotam todas as margens de tolerân-cia e sobretudo atentam contra o futuro doPMDB de Pernambuco. Acordo feitos dessaforma, sem atenção aos objetivos fundamen-tais do partido, causam uma confusão nefastajunto aos companheiros e à opinião pública.

Queixa-se das ameaças que têm sido feitasaos dissidentes pernambucanos pelos jornais cassegura: "Tendo sido já, antes, processado,preso e expulso do país, saberei responderagora, com a mesma serenidade, ao processoque a mim e à maioria queira mover o ex-Senador. E preciso, porém, que ele reassumadevidamente a presidência do PMDB de Per-nambuco, que trate os assuntos com seriedadee não através de recados pelos jornais."

Aliança sobrevive em Recife. Recife — O PMDB e o PFL formalizaram

a Aliança Democrática de Recife que, "con-Servando a identidade de cada partido", pro-põe-se a executar uma gestão democrática naPrefeitura da capital, com o objetivo de "en-frentar os graves problemas da cidade atravésde uma efetiva participação popular nas gran-des decisões e nas ações da Prefeitura.

A aliança, que tem como candidatos aPrefeito e Vice o Deputado Sérgio Murilo e omédico Moacir André Gomes, ambos doPMDB, foi tornada pública através de umdocumento de 62 linhas distribuído pelo Pala-cio do Campo das Princesas e pelo PMDB.Assinam o acordo pelo PMDB o ex-SenadorMarcos Freire, atual presidente regional do.partido, o Senador Cid Sampaio e o SérgioMurilo. Pelo PFL, são signatários o Governa-.dor Roberto Magalhães e o Vice GustavoKrause, o Senador Aderbal Jurema e o presi-dente do partido, José Ramos.

MacielO Secretário da Casa Civil do Governador

Roberto Magalhães e também secretário doPFL, Deputado Fernando Bezerra Coelho,,

disse que o Senador Marco Maciel concordacom a aliança e com o documento e que não serecusará a assiná-lo, podendo fazê-lo nestefinal de semana, quando estará em Recife. Porexigência de Marcos Freire, o último item dodocumento diz que as prefeituras do PMDBno interior do Estado serão integradas à alian-ça no decorrer da campanha.

O documento foi mostrado ao PresidenteJosé Sarney esta semana, em Brasília, porMarcos Freire, pelo Prefeiro de Recife, Joa-quim Francisco Cavalcanti (PFL), pelo líderdo PMDB na Assembléia, Deputado SérgioGuerra e por Sérgio Murilo.

No documento, os dois partidos justificama aliança, dizendo que é necessária a união doEstado para dar apoio ao Presidente Sarney egarantir a estabilidade da Aliança Democráti-ca. Afirmam que o quadro social de Recife 6crítico — desemprego, baixo nível de renda,subemprego, analfabetismo, menores abando-nados e condições sub-humanas de moradia —, motivando a formação de uma grande frenteque, com o apoio dos governos estadual efederal, tentará superar a pobreza da cidade.

Porto Alegre — Foto de Luiz AchutUmmmm\i.:-x^x.:K--y:9::^^y- ¦¦¦^^¦^^¦¦•¦¦¦¦.a-a.--.

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«•_*»«_;.* ...::,%. _) vmmmmmmmmmwmmmmmmtm mm&-'-:--- H?. ^""¦-¦•>.Alceu Collares com a mulher, D. Antônia: alegria de candidato

Collares faz caminhada e

Candidatos a prefeitode São Paulo ainda nãocompletaram documentos

Sâo Paulo — Cinco candidatos a prefeito de São Paulo enove candidatos a vice ainda dependem de complementação dadocumentação apresentada ao Tribuna! Regional Eleitoral paiater suas chapas homologadas às eleições de novembro. Entre oscandidatos a prefeito estão o Senador Fernando HenriqueCardoso, do PMDB, e o ex-Presidente Jânio Quadros, do PTBOs outros são: Rogê Ferreira, do PSB; Ruy Codó, do PartidoMunicipalista Comunitário; e Ana Rosa Tenente, do PartidoHumanista.

Eles têm prazo até sexta-feira para dar entrada nosdocumentos, ou terão seu registro impugnado pelo TRE. Nestecaso, ainda caberá recurso até o Tribunal Superior Eleitoral. Opromotor da justiça eleitoral, Jethro Pires, recebeu ontemmuitos telefonemas de candidatos e partidos pedindo informa-ções.

Cardoso espera gastar10 bilhões na campanhaSáo Paulo — O PMDB vai gastar, até o dia 15 de

novembro, CrS 115 milhões por dia na campanha eleitoral doSenador Fernando Henrique Cardoso para prefeito, segundoestimativa de despesas que o partido encaminhou, ontem, aoTRE — Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo.

O PMDB comunicou ao TRE que vai gastar um total deCr$ 10 bilhões até o dia da eleição. Dirigentes do partidogarantiram que, nos últimos dois meses, o PMDB gastou apenasCr$ 300 milhóes com a campanha, incluindo-se o aluguel doPalácio das Convenções do Parque Anhembi — para a realiza-ção de duas convenções, para a escolha do candidato a prefeito,e, depois, do vice (Cr$ 9 milhões e meio de cada vez) — e os Cr$15 milhões gastos com a concentração promovida domingopassado, na Praça da República.

Dirigentes do PT contestaram a estimativa, e o ex-secretário-geral do PDS, Deputado Armando Pinheiro — agorasem partido —, anunciou que, junto com o PTB, vai ingressarcom representação na Justiça, contra o PMDB, a quem acusa deestar gastando Cr$ 1 trilhão na campanha eleitoral.

O Deputado Armando Pinheiro denunciou ainda, que acampanha do Senador Fernando Henrique está sendo custeadapor empresas que já prestam serviços ao Governo do Estado e àPrefeitura da capitai.

— São acusações absolutamente falsas — afirmou o Go-vernador Franco Montoro, ao refutar as denúncias do Depu-tado, acentuando que Pinheiro não apresentou prova concreta.

Ferraraexige e RuiLage demite

Belo Horizonte — Per impo-sição do candidato do PMDB àPrefeitura da Capital. Depu-tado Sérgio Ferrara, o PrefeitoRuy Lage deverá demitir doisSecretários municipais do PFL:Vereador Helvécio Arantes, deAbastecimento e Indústria eComercio, e Lanulfo Dornas,de Assuntos Especiais.

Embora prefira administrar"só com o PMDB", Ruy Lageestá demonstrando contrarie-dade em demitir os Secretários,"pois o problema não é apenaspolítico, mas tambem técnico,já que terei de substituir doissecretários que vêm servindobem à população". Sérgio Fer-rara é intransigente e diz queno momento em que o PFLtem candidato não acha justoque continue na administração.

Na segunda-feira, a bancadafederal do PMDB vai entregaruma carta ao Governador Hé-lio Garcia exigindo o rompi-mento com o PFL e a demissãode todos os secretários do Go-verno do Estado. Garcia disseque vai conversar, mas adian-tou que não aceitará pressões.

Edvaldo expõe a D. Avelarcomo pretende pôr fim adesemprego em Salvador

Salvador — O candidato situacionista ;V Prefeitura deSalvador. Edvaldo Brito (PTB, com apoio do PDS), explicou aocardeal D Avelar Brandão Vilela como pretende erradicar odesemprego nos bairros pobres e, com o mesmo plano, darocupação aos aposentados ociosos, atenuar o problema domenor abandonado e reduzir;: demanda de transporte urbano.

Evaldo (que é negro e muito ligado ao candomblé,ostentando a condição de Ogam do terreiro de Mãe Menininhado Gantois) fez sua visita de pouco mais de meia hora aoArcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, no Palácio Arquie-piscopal do Campo Grande, apenas 24 horas depois de haverestado ali, com o mesmo objetivo, o candidato do PMDB,Mário Kertesz, um judeu não ortodoxo.

O plano contra o desemprego de Edvaldo Brito utiliza suaexperiência como advogado e assessor de entidades que congre-gam microempresários. Como Prefeito, ele pretende promovero surgimento de um grande número de microempresas nosbairros pobres e subúrbios, prometendo ajuda material além deisenção fiscal.

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^^^-^*-^.Porto Alegre — A frente de um grupo demilitantes pilchados (vestidos com os trajestípicos: bombachas, botas, chapéu e, no pesco-ço, um lenço vermelho como dos maragatos,que inspiraram o trabalhismo), os candidatosdo PDT à Prefeitura da Porto Alegre, AlceuCollares e Glênio Percs, participaram de umacaminhada pela Rua da Praia que terminoujunto ao monumento à Carta-testamento deGetúlio Vargas, cujo 31" aniversário de morteé comemorado hoje.

Collares e Glênio tinham a companhia desuas mulheres, dona Antonia e dona Lúcia,que, compenetradas, distribuíam santinhos decampanha e sorrisos. "Collares e Glênio, esta

dupla é um gênio" gritavam os cerca de 1 milpedetistas que acompanhavam seus candidatosna primeira grande manifestação da campanhapela Prefeitura da capital.

Os militantes cantavam também uma novaversão do "Hino da Legalidade" (movimentodeflagrado cm 1961 pelo Governador LeonelBrizola para garantir a posse de João Goulart)que propõe a eleição de Collares para PortoAlegre ter um Governo trabalhista. A cami-nhada durou cerca de duas horas e na esquinadas Ruas da Praia e do Uruguai (o ponto maiscentral), Collares foi saudado por um palhaço-promotor de uma loja, que lhe prometeu o seuvoto.

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Mulher denuncia tentativa de suborno

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Porto Alegre — Maria Iara Martins, tia deum menino atropelado e morto na periferiapor um microônibus que, segundo ela, integra-va a caravana do candidato do PDT à Prefeitu-ra de Porto Alegre, Alceu Collares, afirmouter recebido oferta de CrS 1 mil 600 para oenterro"e mais algum" para nunca mais falarsobre o assunto.

A tentativa de suborno, de acordo comIara, foi feita poi um homem que disse sechamar Názaro. O líder da bancada do PDTna Àsscmbieia gaúcha. Carlos Araújo, tem umassessor chamado Názaro Borges, mas negaseu envolvimento. Alceu Collares por sua veznega que o microônibus transpottava correli-

gionários, apesar de um dos passageiros. LuizCarlos da Silva, ter confirmado em um progra-ma da Rádio Farroupilha que integrava umabateria de escola de samba contratada peloPDT.

Iara disse que. na quarta-feira passada,quando saía dos estúdios de uma emissora derádio, onde fora pedir ajuda para o enterro dosobrinho, Luciano, morto na tarde de domin-go, foi abordada pelo desconhecido Názaro:

— Na minha frente, ele telefonou para oAlceu Collares e perguntou quanto poderiamme dar de ajuda. Oueriam comprar o meusilêncio, [-.stou horrorizada — afirmou Iara,que rejeitou a proposta.

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4 ü Io caderno ? sábado, 24/8/85 Política JORNAL IX) BRASIL

Sarney garante que inflação do mês não chega a 12%Brasília — "A inflação não atingirá o

índice de 12% este més".A afirmação é do Presidente José

Sarney que, mesmo mostrando o cansaçode quem tem dormido pouco (uma médiade quatro horas por noite), não escondeuma certa esperança: "se não vamos ter oíndice que desejávamos, temos que reco-nhecer que a situação não está lão mal.Ainda sairemos ganhando, porque vamosfechar o ano com uma inflação inferior àregistrada no final do ano passado".

A preocupação do Presidente estávoltada para os próximos dissídios colcti-vos de importantes categorias profissio-nais: "o Governo está tentando repor ossalários dos trabalhadores. Conseguimosinclusive conceder ganhos reais no pri-meiro trimestre, mas temos de ter todo ocuidado, para que não haja um aumentona pressão inflacionária", comentouapreensivo.

InflaçãoAinda com relação à inflação, Sarney

voltou a lembrar que quando assumiu oGoverno, a expectativa era a de que astaxas pudessem atingir este ano a faixa de500%. Ou seja, iriam explodir. "Feliz-mente isto não ocorreu, e apesar dosgrandes problemas, fecharemos o anocom uma inflação menor do que a do anopassado" garantiu o Presidente.

Ele entende que "o importante c que

o Brasil vai registrar uma taxa de cresci-mento acima de 5% este ano e que astaxas de emprego voltaram a crescer". Eadianta: "em última análise, isto querdizer que apesar de todas as dificuldades,estamos conseguindo cumprir a meta daNova República, que é a retomada docrescimento, simultaneamente ao proces-so de contenção inflacionária".

Sobre o aumento dos preços de cer-tos produtos como a carne, Sarney disseque

"este é um problema que náo está

sob o controle do Governo". Explicouque os preços, neste caso, subiram cmface das geadas que destruíram os pastosna época de engorda. Informou, no en-tanto, que

"o Governo está atento para oproblema e já estuda a adoção de medi-das para minimizar os efeitos desses au-mentos no processo inflacionário".

VitóriaA decisão dos bancos credores de

prorrogar por mais 14(1 dias o prazo paraque o Brasil efetue a amortização de suadívida, limitando-se a pagar os juros, foiconsiderada pelo Presidente como "maisdo que uma vitória". Segundo ele, "a

prorrogação do prazo pelos credores sig-nifica que 0 País está recuperando a suacredibilidade no exterior. E isso é maisimportante, se considerarmos que nãohouve barganha de nossa parte".

E é também à recuperação da credi-bilidade de seu Governo, que Sarneyatribui os altos índices de popularidadeque vem alcançando nas pesquisas deopinião. Modestamente diz que se sente"muito gratificado e estimulado" com asimpatia popular, mas que isto não acon-tece por carisma ou algo parecido.

"E

porque o povo brasileiro é muito bom eestá querendo nos ajudar a acertar".

Indagado se achava que o CongressoNacional estaria preparado para decidirquanto o Governo deveria emitir emmoeda e fixar o volume de títulos paracobertura do déficit previsto para o próxi-mo ano, o Presidente respondeu:

— O Congresso sempre soube en-contrar soluções nos períodos de crise.Também desta vez saberá decidir sobreeste problema. Não tenho dúvidas.

Na página 15, a demissão dosecretário-geral da Fazenda

Presidente desmente" reforma ministerialBrasília — "Com tantos problemas que já tenho para

enfrentar, não vou criar mais um, alterando minha equipeministerial", disse taxativamente o Presidente José Sarneyao comentar notícias sobre uma suposta troca de ministrosque ocorreria em dezembro para um ajuste na máquina degoverno. A simples troca dc auxiliares não iria resolver, nomomento, os problemas de cada ministério, salientou.

Seria bastante contraproducente alterar a equipeagora, sem observar que, em maio do próximo ano,diversos ministros devem se desincompatibilizar dos cargospara concorrer às eleições de 15 de novembro. Para que,enlào, precipitar uma coisa que ocorrerá naturalmente esem traumas em maio do próximo ano? — indagou oPresidente.

Sarney fez a declaração dc manhã. No final da tarde,exonerou o secretário-geral do Ministério da Fazenda,Sebastião Marcos Vital, que na terça-feira passada, emalmoço com banqueiros, criticou a política econômica doGoverno.

Um assessor de Sarney confirmou ontem pela manhãno Palácio Alvorada que houve uma "certa irritação" doPresidente com o Ministro Fernando Lyra por ter esteincluído na lista da Comissão Constitucional o nome dojurista Fábio Kondcr Comparato, que renunciaria naterça-feira. O assessor negou, contudo, que o incidentetenha causado um estremecimento nas relações entre oPresidente e o Ministro da Justiça.

O Ministro disse ao Presidente que Comparatohavia aceito a indicação. Foi um erro, pois ele acabou porexpor o Presidente a um embaraço, já que Comparatodiscorda da formação de uma comissão pré-Constituinte.

Durante o café, o Presidente — que não comentou oassunto da Constituinte — gastou tempo na defesa de sua1proposta de um pacto social:

O pacto social, agora, daria um grande respaldoao Governo. Principalmente neste momento em que seprevêem turbulências nas negociações salariais de impor-tantes categorias profissionais e a inflação torna-se maisresistente.

Justiça nãoassumem erro

Brasília — O erro que gerou a inclu-são na Comissão Constitucional do "re-verendo José Ferreira Cunha" — umapessoa que não existe — não foi esclareci-do ontem e terminou por gerar uma trocade acusações entre assessores do Planaltoe do Ministério da Justiça. Para os doPlanalto, a culpa é do Ministério daJustiça. Neste, a troca dc nomes ocorreuno Gabinete Civil.

— Guilhermino Cunha ou José Fer-reira não tem a menor importância para opaís. Os problemas do Brasil não são atroca de José Ferreira por Guilhermino— minimizou o Ministro-Chefe do Gabi-nete Civil, José Hugo Castelo Branco, aocomentar o assunto. Ele atribuiu a no-meação equivocada a "um erro de quemorganizou a lista, talvez um erro datilo-gráfico".

José Hugo ressaltou que o PresidenteJosé Sarney não deu qualquer importân-cia a essa troca de nomes, até porque atudo isso se sobrepõe o fato de terconvocado a Assembléia Nacional Cons-tituinte.

Em almoço de encerramento do 2"Simpósio Nacional de Administração,que reuniu em Águas de Lindóia (SP)empresários e técnicos do setor de açúcare álcool, o publicitário Mauro Sallesafirmou que

"as mudanças no Brasil náocomeçam com a Constituinte", pois jácomeçaram "com as eleições diretas, asreformas tributárias agrária e educacionale consagram um novo conceito de politi-ca, que exige a participação de todos, enão de uns poucos".

E os prefeitos, onde é que ficam?E os candidatos, como é que ficam?

E a sua cidade, para onde vai?E você, com quem está?

Para responder a estas e muitas outras perguntas, você podecontar com uma das maiores e melhores coberturas políticas da

imprensa brasileira.Diariamente, no Jornal do Brasil.

E pode contar também com uma pesquisa exclusiva e regulardo IBOPE que vai revelando para você, até dia 15 de novembro,

todas as tendências do eleitorado nas principaiscapitais brasileiras.Passo a passo, voto a voto.

IBOPE e Jornal do Brasil.Juntos, para que o seu voto tenha o endereço certo no dia

15 de novembro.O endereço de um futuro melhor.

Para sua cidade. E para você.

1 i____.ll ^ALmKlJORNAL DO BRASIL

José Hugo lembra que aanistia foi feita paratorturador e torturado

t *_

Brasília — "Existe uma lei de anistia e ela tem que ser vista . •com mão dupla, não pode beneficiar apenas um segmento. Foifeita para todos, seqüestradores, torturadores, esquerdistas,assaltantes de bancos". Este foi o comentário feito peloMinistro do Gabinete Civil, José Hugo Castelo Branco, ao serperguntado sobre as listas de torturadores que vêm sendo * *reveladas por alguns congressitas — que, segundo o SNI, vemcausando inquietação na tropa.

José Hugo ressaltou que a solidariedade do PresidenteSarney à Deputada Bete Mendes — que teve atendido o seupedido de ver o Coronel Ustra, que a torturou, afastado do ...cargo que ocupava na Embaixada brasileira no Uruguai — nãosignifica incentivo a outras denúncias, mas negou que Samey -,.tenha determinado o esfriamento deste tipo de debate.

O Secretário de Imprensa, Fernando César Mesquita,manteve a mesma posição de José Hugo:

Tudo o que aconteceu até a sanção da lei da Anistia •está apagado. A lição é de Petrônio Portella. A anistia érecíproca. O Presidente se solidarizou com a Deputada peloepisódio em si, mas isso se esgota aí.

Ao contrário dos anos anteriores, o Ministério do Exércitonão vai antecipar para os jornais o texto da ordem do dia a ser

"lida amanhã pelo Ministro Leônidas Pires Gonçalves, na festa -de encerramento da Semana do Soldado. O Ministro quer...preservar o impacto da mensagem, que segundo um de seus inassessores não abordará temas políticos, nem mesmo as denún- ..cias sobre antigos torturadores ou denúncias envolvendo insti-tuições militares. O discurso exaltará o espírito de profissiona-lismo do Exército e prega a união dos militares e civis na tarefade engrandecimento do País.

Mais uma denúncia foi feita ontem no Congresso contracrimes ocorridos na época dos governos militares. O DeputadoMonsueto Lavor (PMDB-PE) fez um apelo ao Ministro daJustiça, Fernando Lyra, e ao Governador de Pernambuco,Roberto Magalhães, para que seja esclarecido o assassinato do ¦Padre Henrique Pereira Neto, seqüestrado e morto em 27 de ,maio de 1969, supostamente por agentes do Dops pernambu- >cano.

Apesar de o Presidente José Sarney pedir o esqueci-mento da tortura e dos torturadores — disse Lavor —, o crime "contra o Padre Henrique foi definido na época como crime

*

comum. Portanto, ainda não está prescrita a punibilidade dosexecutores do padre, nem há revanchismo nesta atitude.

Exército e políticosestreitam relações

Recebidos com grande pompa e cortesia, oito senadores e12 deputados visitaram ontem a Brigada Pára-Quedista, grupo

'de elite do Exército sediado no Rio. O Ministro do Exército,'General Leônidas Pires Gonçalves, cicerone dos parlamentares,,'.saudou o fato como mais uma etapa da redemocratizaçáo dopaís: A relação entre o Legislativo e o Exército não estámudando, e sim se estreitando. O conhecimento mútuo dessasinstituições é construtivo — disse o Ministro, que teve comoconvidado até um ex-cassado, Deputado Nadyr Rossetti, do'PDT gaúcho.

SustoOs parlamentares chegaram à Brigada, na Vila Militar,

pontualmente às 9h, depois de pernoitarem no hotel de trânsito 'do Exército, na Lagoa. Ainda comentavam o incidente da noite 'de quinta-feira, em Brasília, quando o avião em que viajavam ;— um Avro da FAB — sofreu pane. Dez minutos depois dedecolarem da base aérea, por volta das 21h, os parlamentares ,ouviram um grande estrondo. Todos pensaram que o avião ia •cair. i

Foi um sufoco — contava o Senador Roberto Saturnino >(PDT-RJ). :

O Deputado Flávio Bierrenbach (PMDB-SP), piloto, foi à •cabine e voltou com a notícia tranqüilizadora: soltara-se um "

painel de pressurização, mas não havia risco de queda. O avião •voltou à base, foi consertado e a comitiva viajou na mesma noite '

para o Rio, com exceção do Senador Lourival Batista (PDS-SE), que, temeroso, ficou em Brasília.

No Campo dos Afonso, onde chegaram com o Ministro doExército, os parlamentares foram recebidos com parada. Por

',

ser uma tropa de elite capaz de se deslocar completa, para .qualquer ponto do país, num prazo máximo de 48 horas, a ,Brigada Pára-Quedista é conhecida como "a tropa do Minis- itro", como lembrou, envaidecido, seu comandante, General ;Acrísio Figueiras.

"Amor febril, pelo Brasil..." começa a Canção do Exerci-to, cantada com entusiasmo pelo Deputado Bierrenbach aocontrário do sisudo petebista Gastone Righi (SP), que ao serconvidado para dar um salto simulado de pára-queda, respon-deu brincando:

Só vou se tiver jeton.Um pouco antes, o presidente do Senado, José Fragelli,

em tom exaltado, condenara a imprensa por criticar o pagamen- ;to de jetons a parlamentares ausentes do plenário do Congresso. >Fragelli está convicto de que por trás das críticas há um ¦"movimento orquestrado para desmoralizar o Poder Legislati- -vo", justamente quando ele se prepara para recuperar prerroga-'tivas e ganhar outras, entre elas a de conceder, suspender ou ;renovar as concessões de rádio e TV.

No restante da visita, que se estendeu até as 14h30min, o !presidente do Senado esteve alegre com a recepção, antes'impensável para políticos como o Deputado Nadyr Rossetti,.cassado em 1976, com base no AI-5, por

"subversão da ordem e ,ofensa às Forças Armadas". <

Essa reaproximação entre Legislativo e Executivosignifica a volta à normalidade democrática — comentava o.deputado, com apoio de outro adversário do antigo regime, o !Senador Roberto Saturnino (PDT-RJ) que em 1966 teve seu ¦nome vetado pelo SNI e não conseguiu candidatar-se à Câmarapelo MDB.

Até o final deste ano, mais seis comitivas de parlamentares (visitarão as principais instalações do Exército, que recentemen-.te ampliou sua assessoria no Congresso Nacional. Com esseestreitamento de relações, o Exército espera manter semprebem informados sobretudo os senadores e deputados integran-tes das comissões de Segurança Nacional, Relações Exteriores eCiência e Tecnologia, para que eles votem com mais consciênciaos projetos relativos à área militar. i

l

Ministro refuta queixase diz que PMDB temvários cargos na Bahia

Brasília — O Ministro das Comunicações, Antônio Carlos.Magalhães, divulgou, nota contestando as queixas feitas aoPresidende José Sarney pelo PMDB baiano sobre a distribuiçãodos cargos federais na Bahia, relacionando uma série de cargosocupados por pemedebistas. O Ministro acha que as queixasnegam "toda a tônica do partido de combate ao fisiologismo".

O Deputado Francisco Pinto, coordenador da bancada doPMDB baiano, foi ao Presidente Sarney e disse que ospemedebistas do seu Estado não haviam sido contempladoscomo deviam na distribuição dos cargos federais. AntônioCarlos Magalhães diz em sua nota que Francisco Pinto "náodeve estar acompanhando as nomeações na Bahia ou os seuscolegas estão fazendo à sua revelia, sern respeitar a figura ilustredo coordenador da bancada".

Após considerar que as queixas do PMDB baiano sáo"uma inverdade", o ministro relaciona os cargos ocupados peloPMDB e PFL. Ele acusa Francisco Pinto de não estar fazendo"uma avaliação isenta", ao mesmo tempo em que assegura quea dissidência do PDS da Bahia deu mais votos ao ex-PresidenteTancredo Neves do que o PMDB.

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JORNAL 13© BRASIL Eleições no Rio sábado, 24/8/85 a 1° caderno a 5

Filho de— Os trabalhistas que, em 1982, elegeram

o Governador Leonel Brizola, em 15 de no-vembro vão eleger o Deputado Jorge Leitepara Prefeito do Rio de Janeiro — disse ontemo filho do ex-Presidente Getúlio Vargas, Lute-ro Vargas, ao oficializar, na Câmara Munici-pai, seu apoio ao candidato do PMDB. Oexemplo de Lutero foi seguido pelos Vereado-res do PDT, Kleber Borba, Presidente daCâmara, Rivadávia Maia e Ivã Neri.

Kleber Borba destacou que "somos traba-

Ihistas e não formamos uma dissidência noPDT. O PDT é que fez uma dissidênciaconosco e a bandeira do trabalhismo de Getú-lio ninguém vai tirar de nossas mãos". Rivadá-via Maia disse que

"continuamos no PDTcomo nacionalistas, trabalhistas e patriotas" econclamou o Governador Leonel Brizola a"vir também para nossa corrente eleger umtrabalhista como o Jorge Leite".

LembrançasAo redor de mesa sobre a qual uma foto

de Getúlio Vargas, ao lado de uma rosavermelha, lembrava a morte do ex-Presidente,

• há 31 anos, velhos militantes do PTB, comoAntônio Ávila, atual Chefe de Gabinete doMinistro da Agricultura e ex-subchefe da CasaCivil de Jango Goulart, se uniram em torno dacandidatura de Jorge Leite. Antônio Áviladisse que

"quero apoiar Jorge Leite, quecomigo apanhou de borrachadas para defen-der nosso petróleo".

Entre políticos famosos do PTB comoEvandro Colares, fundador do partido no RioGrande do Sul; ítalo Grossi, que comandou acampanha de Getúlio, em 1949, fundando omovimento estudantil do partido, e muitosoutros, um senhor, de cabelos grisalhos, cala-do, ouvia a todos com atenção e, como disse,"com muita emoção": Nelson Real, contínuode Getúlio Vargas durante todo o tempo emque foi Presidente da República. Ele recordoua noite em que Vargas se suicidou, "quando

sofri junto com Lutero e Dona Alzirinha".

Vargas e vereadores doDisse que vai votar em Jorge Leite e está"cantando todos os companheiros do antigoPTB para o apoiarem".

Também não faltou a presença dos sambis-tas na festa de adesão ao candidato do PMDB.Destaques da Escola de Samba Império Serra-no e União da Ilha foram levar apoio a JorgeLeite, a quem também levou seu abraço opresidente da Associação de Moradores deVila Rica (Grajaú), Celso de Assis Santos. Elecontou que, quando era menino, preparava oscavalos, no sítio de Iguabinha, "para Luteromontar".

Com os trabalhistasLutero Vargas revelou que há dois meses

está no Rio de Janeiro consultando as basestrabalhistas, "que se manifestaram favoráveisao candidato Jorge Leite e é por ele que vamosbrigar nessa campanha". Garantiu que

"com oapoio dos trabalhistas, Jorge Leite será eleitoem 15 de novembro" e que

"o partido de

Getúlio está vivo; por mais que queiramespezinhá-lo, destruí-lo, o partido não pára decrescer e vai mostrar sua força nessa eleição".

Disse Lutero que apoia Jorge Leite porque"ele foi trabalhista e atuou, com êxito, naeleição do Governador Negrão de Lima, omelhor Governador que teve esta cidade". Deacordo com Lutero, o candidato do PMDB"adquiriu com Negrão de Lima experiênciaque o ajudará a governar o Rio com compe-tência e vai fazer administração honesta, capaze empreendedora".

Para Jorge Leite, o apoio dos trabalhistas"é a certeza de nossa vitória, porque estávindo do verdadeiro PTB; Lutero é o únicoque pode levantar a bandeira de Getúlio".Após fazer um resumo da história do PTB, atéa cassação do partido pelo Ato Institucional n°2 e a entrega de seu acervo, por LuteroVargas, ao General Oscar Passos, do MDB,Jorge Leite disse que

"nossa candidatura nãotem dono; é originária de Getúlio Vargas e .comprometida com a massa trabalhadora".

PDT apFoto de Custódio Coimbra

Saturnino lamenta a perdaO Senador Saturnino Braga disse ontem

que sua campanha para a Prefeitura do Riosofreu "grande

perda" com o apoio de LuteroVargas ao candidato do PMDB, Jorge Leite.O candidato do PDT afirmou que gostaria decontar com o apoio do filho de Getúlio Var-gas, por considerá-lo "grande nome para qual-quer candidato", mas assegurou ter o apoio de"muitos trabalhistas": "Acho

que o destinovai levar à comunhão e à unidade trabalhistase socialistas."

Saturnino revelou haver-se encontradocom Lutero Vargas momentos antes de eleoficializar seu apoio ao candidato do PMDB.

Lutero Vargas — contou o Senador —após declarar seu propósito de reconstruir e

refundar o PTB, garantiu-lhe que Jorge Leitese comprometera a ajudá-lo nessa reconstru-ção,

"só por isso o apoiou".

Quando Saturnino lamentava haver perdi-do o apoio de Lutero Vargas, a Secretária deEducação do Estado, Iara Vargas, aconse-lhou-o a pedir licença ao Senado e explicoupor quê:

"O nome é forte, mas a campanhaprecisa da presença do nome." O Senadorrespondeu que, em 1982, pedira licença, mas"agora ainda não vou fazer isso porque meusuplente é o Jamil Haddad; da outra vez eragente nossa." Após a explicação, Iara Vargasponderou que

"o Jamil não é tão ruim quantose pensa".

E preciso salvar o espetáculoRogério Coelho Neto

No futebol, quando o juiz resolve ser aestrela do jogo, o espetáculo fica ruim e ostorcedores acabam deixando o estádio maiscedo. Na política, a relação é parecida,quando a Justiça Eleitoral resolve cumprir,ao pé da letra, o texto frio das leis quecostumam regulamentar eleições e discipli-nar normas de propaganda.

O Brasil vive, neste momento, umespetáculo curioso. Daqui a 90 dias serãorealizadas nas 23 capitais de Estado e emmais de uma centena de municípios quetiveram suas autonomias cassadas, por se-rem áreas de segurança nacional ou estân-cias hidrominerais, eleições livres e restau-radoras do princípio mais salutar da demo-cracia, que manda o povo escolher seusgovernantes. O contraste e a curiosidadeestão no fato de que a eleição é livre —primeira grande marca da Nova República— mas a campanha eleitoral é repressiva.

Alega-se, em favor da Justiça Eleito-ral, que ela está se limitando simplesmentea cumprir as leis existentes, quase todasfrutos do longo inverno de exceção, que oCongresso, ao aprovar as normas que vãoreger as eleições deste ano, se esqueceu derevogar. Acontece, no entanto, que essasleis sobre propaganda eleitoral em jornaise emissoras de rádio e televisão já estavamem vigor em 1982 e não foram adotadascom o rigor de agora pelos juizes dosTREs.

O rigor com que os'juizes eleitoraisquerem fazer cumprir as leis sobre propa-ganda apanharam de surpresa partidos ecandidatos. Até mesmo a prática da panfle-tagem em pontos de maior concentraçãopública foi proibida. No Rio, pela primeiravez, a Cinelãndia deixa de ser vista como ogrande mercado persa da política carioca.Barracas de partidos e candidatos estãosendo desmontadas e todo um cerco se

aperta sobre aqueles que acreditaram queessa seria uma campanha diferente, desdeque as fanfarras ouvidas no último 15 demarço anunciaram que os tempos eramnovos e que o autoritarismo, enfim, haviamorrido.

Como a eleição está às portas e a faltade quorum virou constante na paisagem doCongresso Nacional é praticamente impôs-sível a aprovação de uma legislação deemergência, pela Câmara e Senado, capazde devolver a esta campanha opaca e quese realiza sob o signo do medo, o coloridoque as grandes festas políticas reclamam.Dentro de tal situação, só resta um apelorenovado, que cremos é de toda a socieda-de, para que o TSE faça alguma coisa.

A Cinelãndia, no Rio; a Praça da Sé,em São Paulo; a Praça da Independência,no Recife; a Praça do Ferreira, em Fortale-za; a rua da Praia, em Porto Alegre; e aPraça Castro Alves, em Salvador, paraficarmos com poucos exemplos, são locaisque fazem das grandes manifestações pú-blicas parte integrante de um cotidiano deliberdade de pensamento e ação. Justa-mente nesta campanha, que abre a grandetemporada das eleições diretas, sem misti-ficações, para todos os níveis, é que essaspraças do povo vivem o vazio que cheira avelório.

O papel do juiz, em muitos casos, deveser realmente o de dar à lei uma interpreta-ção de acordo com o fato em julgamentoou com a época em que ele ocorre. No casodas presentes eleições, se alguma coisa nãofor feita, o país vai correr o risco de ver ojuiz nos lugares onde deveria estar o candi-dato. Situação anormal, por todos os senti-dos, que poderá determinar índices eleva-dos de abstenção de um pleito ameaçadode se realizar como algo secreto, escondi-do, proibido, como se todos os partidos ecandidatos se escondessem sob o manto daclandestinidade.

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TV a "Hora do GÔs juizes do TRE assistiram na overnadorr

PFL vai gastar Cr$ 680 milhõesO PFL apresentou ontem à Justiça Eleitoral

o orçamento para a campanha de seu candidatoà Prefeitura, estimando gastos de Cr$ 680 mi-lhões. Na última quarta-feira, o PDT haviaapresentado sua previsão — Cr$ 490 milhões —e, conforme entende o Juiz Roberto Wider,responsável pela propaganda no Rio (exceto emrádio e TVJ apenas estes dois partidos estãolegalmente habilitados, até agora, a fazer acampanha.

O Tribunal Regional Eleitoral adiou, pelasegunda vez, uma decisão sobre o programa AHora do Governador, que Leonel Brizola apre-senta às quartas-feiras, na TV Manchete, so-mente na segunda-feira decidirá se o programapode continuar, uma vez que o PFL alega queconstitui propaganda eleitoral e solicita que oTribunal o retire do ar.

Ver televisãoA decisão sobre A Hora do Governador

deveria ser tomada ontem, uma vez que consta-va da pauta do TRE, mas o adiamento foidecidido depois que os juizes assistiram, emvídeo-tape, a partes dos quatro programas quejá foram ao ar. Sem se pronunciar sobre omérito, o Presidente do Tribunal, Desembarga-dor Olavo Tostes, informou que, dependendoda decisão, o programa da próxima quarta-feirapoderá ser afetado.

Os tapes do programa foram assistidos peloPresidente do TRE, pelo vice, desembargadorFonseca Passos, pelo Juiz federal Ariosto deResende (relator), juiz estadual Wilson Mar-quês, corregedor Humberto Decnop e procura-dor Carlos Roberto de Siqueira Castro. Osjuizes, ao lado de platéia bem numerosa (funcio-nários, representantes de partidos e jornalistas)assistiram, integralmente, ao último programa epartes dos outros três, selecionados aleatória-

mente pelo operador do equipamento de umaempresa privada.

Nenhum dos juizes quis se pronunciar sobreo mérito da questão. De acordo com o presidên-te do TRE, haverá, agora, tempo para que todosexaminem bem a questão. A sessão foi suspensapara exame dos tapes e, tecnicamente, o julga-mento prosseguirá segunda-feira.

Novas instruçõesDesembargador Fonseca Passos distri-

buiu aos jornalistas cópia de um telex do Tribu-nal Superior Eleitoral sobre a propaganda. Otelex-circular tem três itens:

— Determinar ao TRE de Santa Catarinaque faça cessar imediatamente qualquer propa-ganda eleitoral paga, feita pelo rádio ou tele-visão.

— Reiterar que normas contidas na Reso-lução 10.445 (instruções sobre propaganda) con-tinuam em vigor, salvo em relação a propagandagratuita no rádio e televisão, como constou dotelex-circular número 117/85.

.3 — Esclarecer que propaganda paga, norádio ou na televisão, somente pode voltar a serfeita se a atual legislação for alterada.

O Juiz Roberto Wider, responsável pelafiscalização da propaganda eleitoral no Rio(exceto rádio e TV), informou que o cartórioestará de plantão, no fim de semana, para agirem qualquer caso de abuso. Sobre a previsão degastos dos partidos, uma exigência da legislaçãoque ele fará cumprir, admitiu que os partidos, naprestação de contas, no final da campanha,quando terão de explicar, também, a origem dodinheiro, poderão fazê-lo em ORTNs. Ontem,ao encaminhar seu orçamento, o PFL indicoucomo tesoureiro do partido a Senhora SolangeMedina.

Medina reclama da propaganda— Estamos voltando à idade da pedra. Isso

é um absurdo. Depois de tantos avanços naprodução de propagandas, somos obrigados apartir para um tipo de campanha ultrapassada esem impacto. É simplesmente ridículo ficarmoslimitados a um retratinho e à divulgação decurriculum vitae. É o retrocesso, sem dúvida, avolta da censura.

Irritado, o candidato do PFL à Prefeitura doRio, Deputado Rubem Medina, reagiu às restri-ções impostas pelo Juiz Roberto Wider — combase na lei eleitoral — que proibiu o uso de out-doors e a divulgação de anúncios e encartes emjornais e revistas. O candidato, um dos princi-pais atingidos com a determinação, tinha planos

para, a partir de segunda-feira, instalar diversospainéis na Cidade. Medina esteve ontem naRádio JORNAL DO BRASIL, participando doprograma Grande debate da manhã JB.

Durante aproximadamente cinco minutos ocandidato foi nostálgico: falou da Cidade doRock e do Rock In Rio em tom de saudade.Rubem Medina chegou a pedir ao locutor — "é

bom falar sobre o assunto" — e fez questão dedizer que guarda uma carta do Prefeito MarceloAlencar elogiando a construção e a promoçãodo evento, que"nada teve de promoção paraminha candidatura, até porque, naquela época,as eleições municipais nem eram cogitadas".

oiam LeiteCandidato vai p anfletar

na Central e no metrôApós um fim de semana com muito samba e visitas a

igrejas católicas e protestantes, o Deputado Jorge Leite,candidato do PMDB a prefeito do Rio. começa segunda-feirasua campanha no Centro, com panfletagens na Central doBrasil, Cinelãndia, estação das barcas, estação do metrô doLargo da Carioca e Praça Mauá.

Na terça-feira, voltará aos locais onde foi feita a panfleta-gem mas é na quarta-feira que prepara o primeiro grande lanceda campanha: acompanhado de dezenas de correligionários coma camiseta Muda Rio, vai "desembarcar na Central do Brasil, nahora do rush", para realizar vários comícios-relâmpagos.

O grande comício prometido para iniciar a campanha foiadiado de Io para 8 de setembro porque o candidato querorganização perfeita e muita gente no Campo do Cajueiro, emMadureira. Os diretórios zonais do PMDB já estão encami-nhando à coordenação-geral os pedidos de ônibus para levaradeptos de todos os pontos da Cidade.

Fim de semanaO fim de semana de Jorge Leite será de muito samba.

Hoje, às llh, ele vai ser homenageado no Bloco Custou masSaiu, na Avenida Geremário Dantas, em Jacarcpaguá. Emseguida, almoça com o ex-Deputado Jorge Moura, atual diretorde Pessoal da Rede Ferroviária Federal e político com baseeleitoral em Jacarepaguá.

A tarde, estará na Cinelãndia para, junto com LuteroVargas, rezar um terço em memória do ex-Presidente GetúlioVargas, no dia do aniversário de sua morte. Logo em seguida,assiste à missa na matriz de Santa Isabel e a um culto na igrejaevangélica do Campo de São Cristóvão.

Ainda hoje à noite, assistirá à posse da nova diretoria daAssociação de Moradores e Amigos de Honório Gurgel etermina o dia recebendo homenagem durante a festa daabertura do carnaval de 86 da Escola de Samba ImpérioSerrano.

Amanhã, dará a partida para a Corrida Rústica de RochaMiranda, às 13h, na Estrada do Barro Vermelho, e em seguidaentrega troféus num campo de futebol da Rua Volta Grande,em Del Castilho. Às 14h30min ele estará na Escola de SambaCaprichosos de Pilares, onde será recebido pelo presidenteFernando Leandro, que o escoltará até o Bloco do Xuxu, doEngenho de Dentro, onde o candidato do PFL, Rubem Medina,ficou sozinho na quadra domingo passado.

Só Cerqueira vai afesta na Cinelãndia

Os fiscais do Tribunal. Regional Eleitoral não apareceramontem na Cinelãndia para impedir a festa dos militantes departidos que disputam a Prefeitura do Rio, ao estenderem faixase cartazes, exibirem carros pintados com propaganda eleitoral,inaugurarem comitês e fazerem panfletagem, embora só umcandidato tenha se apresentado ao público que lotou a praça: odo Partido Socialista Brasileiro (PSB), Marcelo Cerqueira.

O espaço de campanha foi disputado palmo a palmo eCerqueira revelou até talento insuspeitado, ao desafiar teatral-mente os militantes do PDT, concentrados na Brízolândia àespera do Senador Roberto Saturnino Braga e seu candidato avice, Jó Resende. Mas os dois não apareceram à inauguração —na barraca do Movimento Popular Brizolândia, do pedetistaPernambucano—reerguida depois de destruída na quarta-feira,pela fiscalização do TRE.

Também o candidato do PTB, Fernando de Carvalho, nãoinaugurou sua barraca na Cinelãndia, bem defronte ao novoComitê Saturnino-Jó. Por causa da chuva, não ficou pronta e ànoite três operários ainda trabalhavam no acabamento para queCarvalho posso colocá-la em funcionamento hoje às lóh.

Teatro popularA Cinelãndia encheu às 17h30min, quando grupos distri-

buídos junto às barracas de seus candidatos (inauguradas ou porinaugurar), desafiavam ou respondiam em coro ao desafio aseus candidatos, transformando a praça em cenário de autênticoteatro popular.

Marcelo Cerqueira fez do carro de som palanque, e demicrofone em punho, aproveitou o espaço para desafiar aBrizolândia, que respondia ao desafio insolitamente: "Chaguis-ta, chaguista". No meio da multidão, o operário Inajá -dosSantos, morador em Engenheiro Pedreira (Distrito de NovaIguaçu), trabalhador de obra do Centro, perguntava:

"Vem cá,quem é esse Siqueira, hem?, enquanto Cerqueira, no palcoimprovisado, atacava, com o dedo em riste, ora apontando paraseu grupo, ora para a Brizolândia:

— Nós somos a vanguarda. Contra nós está o dinheiro dobicho, da corrupção, a caixinha do Banerj. Somos o futuro (eapontava os seus); contra o passado (virando-se para a Biizolàn-dia). Somos o amanhã (e indicava seu grupo); contra o ontem(de volta aos brizolistas). Somos o amor; contra o ódio(repetindo os gestos). Vamos tirar daqui os marcianos (e a vaiaera livre). Nós somos a redenção e a glória — falou saudando osmüitantes do PSD, do PCB, do PC do B e dissidentes do PMDBque estavam na praça prestigiando a panfletagem.

Defronte à Câmara dos Vereadores, no começo da noite,ninguém mais ouvia nada, tal a confusão de slogans e a palavrade ordem gritadas ao microfone pelos adeptos da chapa MarceloCerqueira — João Saldanha e pelos eleitores de Saturnino e JóResende, que, aos gritos, defendiam seus candidatos.

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MORAREM OUTRAVIVANUMAALDEIA.

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Quem mora em metrópole, não pode sair para se empilhar de novo em prédios'de até 20 andares. Terrível.

Quem vive na Aldeia do Mar se instala em prédio baixinho de apenas 5 andares,em frente ao mar, ou se debruça sobre uma pracinha toda arborizada com coreto.Como antigamente.

Quem mora em metrópole divide seu metro quadrado com um número cada vezmaior de pessoas. Neurotizante.

Quem vive na Aldeia do Mar tem espaço de sobra para compartilhar com os outros.Mais humano.

Quem mora em metrópole tem sócios demais no clube, piscina, bar, restaurantes,quadras de esporte e playground. Perturbador.

Quem vive na Aldeia do Mar tem tudo isso num condomínio fechado, poucos sóciose pier para barcos. Altamente privativo. Para enfrentar uma metrópole só vivendo numa aldeia.

Quem vive na Aldeia do Mar se espalha em apartamentos prontos de 4 e 3 quartoscom suíte, salão e varandão. Quem vive na Aldeia do Mar paga o menor preçopor nr de terreno.

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6 ? Io caderno ? sábado, 24/S/85 Cidade JORNAL DO BRASIL

Informe JB

Corrida de ouroMais dois pesos pesados da mi-

neração na África do Sul — osgrupos Gold Fields of South Áfricae Golden Dumps — estão se prepa-rando para desembarcar no Brasil,dispostos a investir para valer napesquisa e exploração de ouro.

Dedicam-se no momento a ga-rimpar parceiros.

Eles seguem o veio vitorioso daAnglo American Corporation e daGeneral Mining, duas outras mine-radoras-mamutes da África do Sulque, juntas, investem por ano noPaís cerca de 50 milhões de dólaresno negócio do ouro. A primeira emparceria com o grupo Bozzano Si-monsen e a outra com o empresárioSamy Cohn.

As voltas com problemas políti-cos em seu país e de olho no rendo-so negócio de ouro que brilha emMinas Gerais e na Região Amazô-nica, as empresas mineradoras daÁfrica do Sul elegeram o Brasilcomo a primeira opção para investi-mento externo.

¦A caça ao minério no Brasil

explica-se pela rápida expansão daprodução nacional.

Em 1979 o País produzia modes-tas 4,3 toneladas por ano. Hoje,esse número já supera a marca das70 toneladas.

Viu e não gostouO Presidente José Sarney não gos-

tou nem um pouco da declaração doMinistro João Sayad de que a inflaçãoserá de 220% neste ano.

O episódio da demissão do Secretá-rio-Geral do Ministério da Fazenda,Sebastião Ramos Vital, acabou pondoágua na fervura.Saque sagaz

A Caixa Econômica Federal vai usarum balão mágico para atrair centenasde milhares de novos investimentos emcadernetas de poupanças, num momen-to em que o mercado de poupança vivedias amargos.

O ovo de Colombo consiste emacrescentar ao próximo disco da Turmado Balão Máxico, que vai sair em se-tembro, um cheque no valor de Cr$ 5mil que dará à criança compradora odireito de abrir, sem mais nenhumadespesa, uma caderneta de poupança.

A primeira tiragem do disco será de250 mil exemplares. O último disco daTurma vendeu 1.600.000 cópias. Maisdo que isso, no Brasil, só RobertoCarlos.Almoço

O investidor João Figueiredo, ex-Presidente da República, almoçou on-tem no Centro da cidade, na sede daCorretora Nacional.

A corretora tem entre seus sócios oadvogado Gil Macieira, ex-presidenteda Caixa Econômica Federal.

Frango voadorNos últimos 120 dias, o preço do

frango subiu mais de 130% para oconsumdior.

É por essas e outras que o-MinistroFrancisco Dornelles fica desolado com aalta dos preços da carne de boi.

Ele acha que o aumento da carneinduz os produtores de frango a acelerara corrida inflacionária, sem que hajareal elevação de seus próprios custos.Na verdade, eles aproveitam para

Lance-Livre-

ocupar, com preços mais altos, os espa-ços deixados pela diminuição do consu-mo de carne.

FogueteiroO Ministro da Cultura, Aluízio Pi-

menta, devia pensar duas vezes antes deprocurar patrocinadores para suasartes.

Ele propôs à Shell a promoção deum campeonato nacional de fogos deartifício.

Diplomaticamente, a direção da em-presa fez ver ao ministro que gasta boaparte de sua verba de campanhas insti-tucionais tentando evitar que fogos deartifício e balões façam seus reservató-rios de inflamáveis ir pelos ares.

Tenda dos milagresEnquanto disputam a batalha políti-

ca, os candidatos a Prefeito de Salvadortravam uma guerra religiosa.

Edvaldo Brito, do PTB, ligado aocandomblé, visitou ontem o Cardeal DAvelar Brandão Vilela.

Mário Kertesz, do PMDB, que jáfez essa visita, vai amanhã a um CentroEspírita, a um terreiro de candomblé, auma igreja batista e a uma pentecostal.

França Teixeira, do PFL, ataca como Hino ao Senhor do Bonfim, principalpeça musical de sua campanha.

Cerveja com uísqueA cervejaria Guinness, de Londres,

assumiu ontem o controle da ArthurBell, maior produtora independente deuísque escocês.

A Guinness entrou com 518 milhõesde dólares para se transformar numadas potências internacionais do merca-do de bebidas alcoólicas.

A cervejaria é uma das grandesvendedoras da Ásia, da África, da Ir-landa e da Inglaterra, enquanto a Belltem 20% do mercado britânico descotch.

AntiprotecionismoSegundo a revista americana News-

week, o Presidente Ronald Reagan"to-mará uma posição contra a imposiçãode sobretaxas à importação de calça-dos" nos próximos dias.

Reagan deverá também vetar doisprojetos que provavelmente serão apro-vados no Congresso — um estabelecen-do sobretaxas para têxteis e vestuário,outro criando subsídios para recursosnaturais.

Diz a revista que toda uma batalhacontra o movimento protecionista noCongresso está sendo preparada pelosassessores do Presidente dos EstadosUnidos. Nela se louvará o livre comér-cio e se advertirá sobre os riscos dasguerras comerciais.

RaçãoO Senador Lomanto Júnior, do PDS

baiano, é um glutão famoso.Ao visitar ontem a Brigada Pára-

Quedista, no Rio, deliciou-se com do-ces desidratados.

Depois, recebeu uma lata de raçãobásica do Exército, composta por salsi-cha, ervilha, batata, repolho e molho.

Quando um colega de comitiva avi-sou que o almoço se limitaria àquelaração, Lomanto reagiu:

— Home, não me diga uma desgra-ça dessa!

Cuba no PlanaltoDepois de 21 anos, um representan-

te do Governo cubano subiu ontem arampa do Palácio do Planalto e apertoua mão do Presidente José Sarney.

Trata-se do Vice-Ministro IsmaelClark, que participa em Brasília daConferência de Ciência e Tecnologiapara América Latina e Caribe.

O Secretário de Transportes, Brandão Mon-teiro, prepara ofensiva na saída de Copaca-bana para tentar resolver os problemas detrânsito que fazem o bairro engarrafar diaria-mente. O largo em frente ao Canecão, emBotafogo, será um dos alvos principais desua atuação. Para que a operação dê certo,Brandão Monteiro está pedindo auxilio aoutras secretarias.

Já tem dissidente do PMDB pensando noday after: a eleição do novo Diretório Regio-nal, em novembro, depois da eleição munici-pai. Entram na parada, com cacife, o Depu-lado Jorge Leite, o ex-Deputado Ecyl Batistae o ex-Prefeito de Niterói Moreira Franco,que tem muitos votos no interior do Estado equer ser candidato a governador em 1986.

A primeira rua de uma cidade gaúcha areceber o nome de Tancredo Neves fica nacidade de Nova Prata. Deixou de ter o nomede um dos mais famosos políticos do RioGrande do Sul, Borges de Medeiros, para tero nome do político mineiro, por iniciativa doPrefeito Vítor Pletsch, o único do PFL noEstado até agora.

A preocupação com a ecologia levou acadeia de hotéis Quatro Rodas a gastar Cr$52 milhões para transplantar 100 coqueirosque estavam"atrapaihando" a construção donovo campo de golfe do seu hotel em Salva-dor. Os coqueiros foram replantados na áreaaberta do hotel.

Quem esteve ontem no salão de recepçãodo Palácio da Alvorada registrou um fatoinsólito. O assento de palhinha da Marquesa— uma belíssima peça do século passado —estava literalmente arrombado: não resistiuao peso de quatro convidados do jantar dequinta-feira.

A Associação Nacional dos DefensivosAgrícolas (ANDEF) vai impetrar mandado de

¦egurança contra o Governo da Bahia noSupremo Tribunal Federal, propondo a revo-gação da lei estadual sobre o uso dos chama-dos agrotòxicos.

A Câmara dos Deputados fará no final desua sessão de segunda-feira uma homenagema Getúlio Vargas, pelo transcurso, hoje, do31° aniversário de sua morte. O principalorador será o autor da proposta, DeputadoOswaldo Nascimento (PDT-RS). De home-nagear Juscelino, também um dos mortos deagosto, ninguém se lembrou.

Arthur Moreira Lima está negociando umaapresentação, ainda em setembro, no HotelNacional.

As suspeitas de corrupção em hospitais doInamps não se restringem ao Hospital deBonsucesso, onde há denúncias de que umacaixinha — de Cr$ 80 milhões, e não Cr$ 80bilhões — beneficia um deputado federal.Todos os contratos de prestação de serviçosdos 16 hospitais e de mais de 70 ambulatóriosdo Inamps no Estado do Rio estão sendoinvestigados.

Ziraldo vai a São Paulo autografar, napróxima quarta-feira, o livro Brasil, Manualde Instruções, editado pela Rio Gráfica. Vaiser na livraria Siciliano da Rua Barão deItapetinlnga, 227.

O primeiro consultório de homeopatia doInamps no Rio será inaugurado segunda-feira de manhã no PAM da Av 13 de Maio,23, com a presença do Ministro da Previdên-cia, Waldir Pires. Antes, o ministro vai aoHSE para a entrada em funcionamento pie-no do Centro de Hemodiálise, com 32 má-quinas e 11 leitos de diálise peritonial. OCentro havia sido "inaugurado" com estrépi-to no final do Governo Figueiredo.

Sabedoria do Barão de Itararé: "Tudoseria fácil se não fossem as dificuldades".

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Fotos de Evandro TeixeiraJJfljp

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Brizolafoi recebido pelo presidente do MAM, M.F. do Nasciniento Brito

Diretores do museu acompanharam Brizola e Marcelo Alencar

Brizola foi recebido pelo presidente do MAM, M.F. do Nascimento Brito

CURSO DE TECNOLOGIADOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

Diretores do museu acompanharam Brizola e Marcelo Alencar

0 Curso será promovido pelo Sindicato do Comércio de Materiais de Construção, noperíodo de 02 de setembro a 06 de novembro de 1985 e destina-se a engenheiros, ar-quitetos e empresários da área.ttjrtNO: Evolução tecnológica, identificação de problemas relativos à qualidade,produtos ou sistemas alternativos, variáveis técnicas e comerciais.tatícjpttOM: ABCP, Armaler, Apoio, Cosigua, Sika, Cerâmica D'Angelo, Servicon,Quanzolit, Construquimica, Fabrimar, Tubos e Conexões Tigre, Cerâmica Chiarelii,Glasurit, Eternit, Formiplac, Klabin Cerâmica, Gethal, Soares da Costa Com. e Ind. deMadeiras, Transbrasileira de Medeiras.Divilam, Brasilar, Ouratex, Deca, Synteko, Eu-caiex, Vidraria Santa Marina, Gang Nail, Ideal Standard, Jatocret, lecil.

Brizola visita o MAM e

conhece a nova diretoria

Top Tape vai à Justiça

para gravar os sambas-

enredo do Carnaval 86— Nós confiamos em que o disco com os sambas-

enredos das escolas do primeiro grupo para o carnaval de1986 vá ser feito pela Top Tape, nem que tenhamos de pedirmedidas cautelares — afirmou ontem Marcos Halfim,advogado da Top Tape Música Ltda, empresa brasileiraprodutora de discos que, há 13 anos, vem gravando ossambas-enredos com exclusividade e que agora moveu açãode preceito cominatório para que o contrato com as escolasde samba seja respeitado no carnaval do próximo ano.

A ação está correndo na 3a Vara Cível: se a multina-cional RCA — que assinou contratos recentes com a LigaIndependente das Escolas de Samba para a gravação de umdisco com os sambas-enredos de 1986 — produzir o disco,pagará uma multa; e se as escolas de samba, que têmcontrato anterior com a Top Tape, gravarem o disco coraoutra empresa, pagam multa também.

"Espionagem industrial"O disco dos sambas-enredos das escolas do Grupo I-A

e I-B do Rio vem sendo gravado pela Top-Tape desde 1972.Vendia pouco — umas 50 mil cópias — mas, a partir de1982, as vendas começaram a subir. O disco é lançado emdezembro, e do final de 1982 até 1983 a Top Tape vendeuquase 300 mil cópias. O disco com os sambas-enredos de1984, que saiu em dezembro de 1983, vendeu mais ainda,450 mil cópias. Os sambas-enredos do carnaval deste ano,porém, não agradaram muito e o número de cópias ficouestável em pouco mais de 200 mil. A Top Tape gravava ossambas e a RCA editava e distribuía os discos.

Este ano a RCA contratou um ex-funcionário da TopTape e resolveu ela mesma gravar, editar e distribuir odisco. _

É ura caso de espionagem industrial, porque a RCAcontratou um funcionário meu que era muito importante —contou José Rosenblit, dono da Top Tape — e resolveufazer o disco dos sambas-enredos. Só que eles não têmdireito de produzir o disco.

Como a Top Tape tem contrato de edição e distribui-ção dos discos com a RCA e recebeu um aviso, meses atrás,de que o contrato estava desfeito, entrou na Justiça de SãoPaulo com ação indenizatória contra a empresa multinacio-nal. O foro do contrato das duas empresas é São Paulo.-

No Rio, a RCA e a Liga Independente das Escolas deSamba têm de apresentar sua defesa à Justiça até o dia 15 desetembro.

Guias Telefônicos têm

bens pedido em arresto

por um ex-funcionário

O arresto dos bens da empresa Guias Telefônicos doBrasil (GTB), que deveria ter editado os catálogos telefôni-cos da Telerj e da Cetel, foi pedido à 16a Junta deConciliação e Julgamento da Justiça do Trabalho porRoberto Arruda Cúri, ex-funcionário da firma. Segundoele, a GTB despediu cerca de 100 empregados sem pagar asindenizações devidas e agora está tentando vender seusimóveis.

A GTB — firma de Carlos Gustava Perez de Moura eLuciano Artur Rodrigues Alves — assinou contrato paraeditar, em 1984, as listas de assinantes e de classificados daTelerj e da Cetel mas não cumpriu o contrato, imprimindoapenas 78 mil exemplares de um total previsto de 2 milhões510 mil.

Segundo Roberto Cúri, a GTB despediu 100 funcioná-rios sem pagar-lhes nenhum direito e não recolhia nem oimposto sindical. Ele declara que a GTB, atualmentefuncionando na Avenida Nilo Peçanha, 151, colocou àvenda todos seus imóveis no Rio: um apartamento emIpanema, um na Lagoa, outro em Laranjeiras e um chácaraem Santa Cruz. Se os imóveis forem vendidos, os ex-empregados pedirão a anulação judicial da operação devenda.

O Governador Leonel Brizola visitouontem pela manhã as instalações do MAM(Museu de Arte Moderna), onde foi recebi-do pelo presidente M. F. do NascimentoBrito e apresentado à nova diretoria dacasa. Brizola, que se fez acompanhar doPrefeito Marcelo Alencar, conversou comfuncionários e estudantes e se entusiasmoucom uma tela de um pintor japonês.

O Governador, o Prefeito, diretores domuseu e assessores conversaram no saguãoprojetado pelo arquiteto Afonso EduardoReidy e começaram a visita às demaisinstalações pela coordenação de cursos ecinemateca, passando por uma sala deaquarela onde havia aula. A coordenadoraSuzanne deu explicações e Brizola cumpri-mentou a aluna Stella Cortes, gaúcha, quehá dois meses estuda artes no Rio.

O coordenador Ronaldo Monteiro e abibliotecária Teresa Aflalo se encarregaramdas explicações na cinemateca, onde o Go-

vernador e as demais pessoas tiveram infor-mações sobre os setores de pesquisa, do-cumentação de cinema brasileiro e estran-geiro e o acervo de filmes do museu.

Qual a capacidade de espectadores?— perguntou Brizola.

São 105 lugares. Temos por dia maisde 15 sessões. Nas férias elas diminuem —respondeu a bibliotecária.

Na sala de exposições de telas, o Gover-nador fixou-se na obra Ujiyama, do pintorjaponês Kegon:

Beleza! Independe de elucidação.Não se aprende a beleza de uma obra dearte, não é verdade? — exclamou Brizola.

Estavam presentes o vice-presidente domuseu, Pedro Alberto Guimarães, e osdiretores Antônio Carlos Marinho Nunes,Fernando Antônio Bulhões de Carvalho,José Maciel, Gabriel de Paes Carvalho eNeusa Garcia, assessora da presidência.

Fotos de Evandro Teixeira

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JORNAL DO BRASIL Cidade sábado, 24/8/85 a Io caderno a 7

Prefeito Governo proíbe adoação remunerada

Foto de Marcelo Carnaval

cria maisduas RAs

Duas novas regiões adminis-trativas foram criadas ontempor decreto do Prefeito Marce-Io Alencar: a 25a (Pavuna),desmembrada do bairro de An-chieta, e a 26a (Guaratiba),área que antes pertencia à ju-risdição de Campo Grande.Marcelo Alencar também assi-nou decreto que simplifica olicenciamento de edificaçõesunifamiliares, ao eliminar algu-mas exigências.

As novas regiões, de acordocom o Secretário Municipal dePlanejamento, Arnaldo Mur-thê, foram criadas com o obje-tivo de dar maior autonomiaadministrativa e "controle aosbairros internos". Ficam agoravinculados à Região Adminis-trativa da Pavuna os bairros deCosta Barros, Barros Filho,Coelho Neto e Acari; a R.A.de Guaratiba será responsávelpor toda a área que vai dePedra de Guaratiba a Barra deGuaratiba.

O decreto das novas regiõesredefine os limites dos 153 bair-ros do Rio, o que para o Secre-tário "corrigirá uma série dedistorções nos limites anterio-res e orientará o cadastramentoimobiliário".

de sangue no EstadoO Secretário estadual de Saúde, Eduardo Costa, proibiu

ontem a doação remunerada de sangue, em resolução de seteconsiderandos que se inicia pela constatação de que são gravesas irregularidades verificadas nos bancos de sangue e seencerra com a afirmação de que o comércio de sangue atentacontra a dignidade humana.

A resolução do Secretário de Saúde foi tomada dois diasapós a internação, com anemia aguda, do vigilante noturnoJosé das Graças Vieira, que tinha doado sangue, mediantepagamento, ao Banco de Sangue Landsteiner, na Rua Sena-dor Pompeu, 191, Centro da cidade, interditado na quinta-feira pelo Departamento de Higiene e Vigilância Sanitária doEstado.

EspoliaçãoDiz a resolução que

"o doador acorre a esses estabeleci-mentos (bancos de sangue) não pela solidariedade humana,mas em função da sua condição de desempregado ou subem-pregado, em busca do valor intrínseco da mísera retribuiçãopecuniária que recebe "e que as pessoas que precisam venderseu sangue em geral são desnutridas ou dependentes dedrogas, o que,

"ein ambos os casos, possuem risco elevado deserem portadores de doenças transmissíveis".

Depois de afirmar que a coleta de sangue de doadoresremunerados"índice sobre pessoas já espoliadas", constituin-do agravo à sua saúde, a resolução diz que a doação de sanguedeve ser efetuada somente por pessoas sadias, e que aSecretaria de Saúde participará do controle dos bancos desangue.

A resolução exige que, nas licenças para funcionamentode bancos de sangue, deve constar a expressão "Vedada adoação remunerada de sangue". A infringência às normas daresolução do Secretário Eduardo Costa prevê multa, apreen-são dos produtos, interdição, cassação e intervenção, sucessi-vãmente.

Foto de Vidal da Trindade< __ -|||H^H| ____!__. .<"*lr" ^^Hé*&SHKP^^h^Bv aamSW St* Jamàmam ÈÈLÍ í

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Refeições são prepart

Advogadodesmente

por testemunhas em cozinha improvisada

Testemunhas de Jeováencerram amanhã seu

Baumgarten congresso no Maracanã— O dossiê não foi escrito

pelo Sr. Alexandre von Baum-garten. Çom a experiência devida que tenho, verifiquei queele era um homem muito cau-teloso e precavido nas coisasque fazia e não ia dizer que euera irmão do General NewtonCruz sabendo que eu era pri-mo. Acho que ele reuniu umasérie de elementos e deu aalguém para que redigisse odossiê. Aí se deu a confusão.

A declaração é do advogadoFernando Mário de Oliveira eCruz, primo do General New-ton Cruz, que ontem prestoudepoimento no inquérito queapura a morte de Baumgarten.Ele disse ao delegado IvanVasques que conheceu o jorna-lista no dia 10 de fevereiro de1981, na Agropecuária Cape-mi, durante uma reunião paratratar da cessão de cotas daEditora von Baumgarten, queestava inadimplente em umcontrato de publicidade feitocom a Capemi Pecúlios, paraAntônio Abissâmara, seusogro.

Fernando Mário explicouque era contratado da CapemiAgropecuária e que compare-ceu à reunião como advogadoda empresa e também de Abis-sâmara. Ele afirmou que sótomou conhecimento do moti-vo da reunião quando foi con-vocado, pelo telefone, no mes-mo dia, e que logo verificou aimpossibilidade da realizaçãodo negócio sem que os respon-sáveis pela editora apresentas-sem diversos documentos de-monstrando não haver contraela procedimentos judiciais eextrajudiciais.

Essas exigências estão fun-damentadas em uma carta queenviou à editora, datada do dia27 de janeiro de 1981. Segundoo advogado, como a empresanão podia cumprir as exigên-cias, a solução encontrada foi aconstituição de um procuradorpara gerir a firma durante olevantamento geral da empresae de uma auditoria. FernandoMário recebeu então 11 pro-curações de Baumgarten e decada um de seus sócios, RomeuOnaga e Cléo Garrafa, mas asdevolveu depois devido aacúmulo de trabalho. Apenasas de Romeu Onaga ainda con-

¦ tinuam em seu poder.O advogado recebeu a carta-

proposta de venda da editoraJ no dia 25 de janeiro de 1981

entregue a ele por Abissâmaraque, segundo o dossiê, a rece-beu na casa do fotógrafo Remi-gio Rovigatti, durante umareunião da qual teria participa-do Fernando Mário. Esse fato,entretanto, foi contestado peloadvogado, que afirmou desço-nhecer essa reunião.

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A V I S OVENDA DE IMÓVEIS — SFH

A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL — CEF. FILIAL do Rio de Janeiro, comunicaque venderá pela melhor oferta o.s) imóveHeis) a fim caractori7__do(s.As propostas serão entregues, em envelopes lacrados, na COMISSÃOPERMANENTE DE ALIENAÇÕES. Agência NOVA IGUAÇU, à Marechal FlonanoPeixoto, n° 1.480 — sobreloja. até o dia 06/09/85, no horário de 10:00 às 16:00horas.Os interessados que desejarem contar com financiamento deverão dirigir-se aolocal acima indicado, antes do prazo estipulado para a entrega das propostas, afim de inteirar-se das condições.As propostas de pessoas jurídicas somente serão aceitas na forma depagamento à vista.As condições Básicas para participação, que fazem parte integrante dopresente Aviso, estarão à disposição dos interessados na Agência NOVAIGUAÇU, no endereço acima especificado.A abertura dos envelopes reatiza.-se-ã no dia 09/09/85, a partir das 10:30 horas.à Avenida Marechal Floriano Peixoto, n° 1.480 — Sobrelofa. Nova Iguaçu/RJ.CONCORRÊNCIA N° 049/» — Casa situada a Rua Guilherme S. Oliveira. n°

68, Vila Varverde, Nova Iguaçu/RJ. constituída de 02 quartos, com áreade construção aproximada de 55rrr. pelo pfeço mínimo de Crü48483.043.00. equivalentes, neste tnmestre. a 1 066.23150 UPC. Oimóvel esta ocupado A

O FORTE DA CAIXA E VOCÊ

ssociação de Moradores e Amigos da Praça Saenz Pena invoca a tei para garantir praça

?>Comandantedo "Sergipeé absolvido

O Conselho Especial de Jus-'tiça da Ia Auditoria de Mari-nha absolveu por unanimidadeo Capitão-Tenente José Fer-nando Reis Costa da acusaçãode responsabilidade pelo cho-que entre o contratorpedeiroSergipe e o navio de passagei-ros Eugênio C, ocorrido dia 26de dezembro do ano passado,na Baía de Guanabara.

O Promotor Vãlter Mouti-nho Montenegro responsabili-za o comandante do navio ita-liano, Capitão de Longo CursoDario Maria Fillipi, pelo aci-dente, embora acredite que elenão deverá tomar conhecimen-to da citação até que se esgoteo prazo do crime de danos, queé de três anos. Testemunhosprovaram ao Conselho que oEugênio C não respeitou ocomboio militar (o Sergipe es-coltava o porta-aviões MinasGerais), vinha em velocidadeexcessiva (14 a 15 nós) e nave-gava com iluminação intensa, c.que contraria normas de nave-

Sábado nòv/Cademo B,

Moradores"Brizolão"A construção de um Brizolão, na

Avenida Heitor Beltrão, na Tijuca, éilegal. De acordo com o decreto n° 5627,de 25 de maio de 1982, o terreno, rema-nescente do metrô, deveria ser aproveita-do exclusivamente como área de lazer, apartir de "estreito entendimento com acomunidade local". A denúncia é dopresidente da Associaão de Moradores eAmigos da Praça Saenz Pena, (Amoapra)Hermano Frid Neto, que considerou aobra "demagógica,

preocupada apenascom critérios de visibilidade e sem aten-der às necessidades do bairro".

A Associação — que tem pronto umprojeto para a construção de um parqueno local onde está a obra — começa arecolher hoje adesões a um abaixo-assinado que deverá ser encaminhado aoGovernador Brizola, solicitando a ime-diata paralisação das obras e uma ampladiscussão do assunto com toda a comuni-dade. Segundo Hermano Frid, "já exis-tem no bairro 10 escolas públicas de Iograu, um número mais do que suficientepara atender à demanda das crianças".

Sem avisoAssinado pelo então Governador

Chagas Freitas, em clima de festa, noPalácio Guanabara, o decreto n° 5.627determinou que"os terrenos remanescen-tes das desapropriações da Companhiado Metropolitano, (...) para a construçãodo Sistema Metroviário, serão utilizados

da Tijuca não queremem área para lazercomo áreas de lazer". No parágrafo se-gundo do artigo primeiro, ficou definidoque"para a área situada na Avenida Hei-tor Beltrão, entre as Ruas Paredo eVisconde de Figueiredo, (onde começa-ram as obras do Brizolão) será aproveita-do o anteprojeto apresentado pela comu-nidade tijucana, através da Amoapra".

Segundo o presidente da Associação,entretanto, esta não é a primeira vez queo decreto foi desrespeitado. Ele lembraque o Centro Integrado de EducaçãoPública Tancredo Neves, no Catete, tam-bém foi construído pelo Governo Brizolaem área remanescente das obras do me-trô. Além disso, diversas entidades comoescolas de samba, clubes e a própriaPrefeitura estão ocupando outros terre-nos, a título precário, sem que haja umaintervenção afetiva do Estado ou daCompanhia do Metropolitano.

— Fomos surpreendidos pela rapi-dez com que tudo foi feito. Da noite parao dia, sem nenhuma comunicação à co-munidade, eles botaram as placas, trou-xeram o material e começaram as obras.Nem o pessoal da diretoria do 7° Distritode Educação tinha conhecimento préviodo projeto. Foi tudo feito na surdina, deforma autoritária e arbitrária, como tan-tas outras coisas deste governo — expli-cou Hermano Frid.

O presidente da Amoapra destacouainda que, além de ilegal, a obra doBrizolão não é considerada prioritária

pelos moradores. Segundo ele, a Tijucajá conta com 10 escolas públicas de Iograu que garantem um atendimento efi-ciente as crianças do bairro. São os cole-gios Orsina da Fonseca, Francisco Cabri-ta, Euclides de Figueiredo, Leitão daCunha, Laudimia Trotta, Barão de Itacu-ruça, Almirante Barroso, Prudente deMorais, Bombeiro Geraldo Dias e SouzaMarques, "muitas das quais poderiam atéser ampliadas".

Ele considera mais importante que oEstado reative o Instituto La-Fayette,atendendo a uma antiga reivindicação dacomunidade, e melhorando a rede públi-ca do 2o grau,

"esta sim deficiente", comapenas três escolas em funcionamento nobairro.

— Não adianta nada fazer mais umbrizolão de Io grau se quando concluíremo ciclo as crianças serão obrigadas aestudar em escola particular ou em outrosbairros por não contarem com vagassuficientes na rede do 2o grau — comen-tou Hermano Frid.

O projeto da Amoapra para o terre-no da Heitor Beltrão — com 10 milmetros quadrados — prevê a construçãode um parque poliesportivo, com camposde futebol, quadras de volêi e basquete,mesas de jogos, caixas de areia e brinque- ¦dos diversos para as crianças, bancos demadeira, ciclovia e "muita área verdepara vencer os problemas de poluição".:

Mantenedores da Integridade é o tema do 30° CongressoInternacional das Testemunhas de Jeová (Sociedade Torre deVigia de Bíblias e Tratados, com matriz nos Estados Unidos),que teve início ontem e prossegue até domingo, no Maracanã,alugado por Crt 50 milhões pela Suderj, ao grupo religiosoque pela primeira vez se reúne no estádio. Com 175 milmembros registrados, as Testemunhas de Jeová, no Brasil,crescem 15% ao ano, segundo assessores do grupo.

Mocinhas bem vestidas — 90% preferem a saia ouvestido, em vez de calça comprida — rapazes de cabeloaparado, homens de terno e gravata, senhoras e crianças, astestemunhas de Jeová vieram de vários Estados e países. Das9h às 17h30min, os fiéis assistem conferências, peças teatraiscom temas bíblicos, estudam a Bíblia e realizam cultos—todaa programação é aberta ao público—e os dirigentes do grupoestimam entre 80 mil e 100 mil participantes.

Amanhã,, às 15h, realiza-se a esperada conferência OsTempos e as Épocas de Deus — O que Indicam?, elaboradapelo coordenador-geral das Testemunhas de Jeová, no Brasil,Machado Filho. Ontem, o Congresso foi aberto às 9h, commúsica (só há discos, sem qualquer participação de orquestrasou conjuntos), a conferência de um grego, Nicoiau Paraskevó-poulos e, em seguida, o discurso do Presidente do Congresso,o alemão Richard Wuttke.

Nos corredores do estádio, era grande o movimento defiéis, organizadores munidos de walkie-talkie e senhores comcartazes com a seguinte inscrição: "Pedimos Silêncio". Doscerca de 20 mil voluntários empregados na organização, duasmil testemunhas de Jeová se mobilizaram desde cedo, fazendolanches e refeições para servir pelo menos 35 mil pessoas, eracozinhas de campanha improvisadas nos corredores do setorde cadeiras do Maracanã.

Detran aponta desvio deCr$ 1,5 bilhão mensal eacusa os despachantes

Os cofres públicos estão sendo lesados em Cr$ 1 bilhão500 milhões por mês com o desvio da arrecadação das taxas deserviços estaduais para a transferência de propriedade deveículos por despachantes. A denúncia foi feita ontem pelodiretor geral do Detran, Walter Gaspar, que recebeu orelatório da comissão que investigou no começo do mês doismil processos e constatou que em 356 os Darjs foramfalsificados por oito despachantes.AS fraudes eram feitas da seguintes maneira: os despachantesfalsificavam a segunda via do Darj, que é anexada ao processode transferência, carimbando-a como se tivesse sido paga nascaixas do Banerj, instalado na Divisão de Emplacamento doDetran, na Avenida Francisco Bicalho, 250. A primeira via,que deveria ficar em poder do banco, como comprovante deentrada do dinheiro, era destruída.

CAIXA ____^^FEUDAL HE-_HH___H__-_H_I_I_I_I_I_I_I_I_H

E-IEMI&ZEVIBEDELIVRQ

Atenção, garotada: em pleno AnoInternacional dajuventude, ninguémmelhor do que vocês para falarem da

paz. E nada melhor do que falarem emforma de poesia.

Este é o espírito do Concurso de Poesia que a Arquidiocesedo Rio de Janeiro e o Jornal do Brasil promovem para

jovens de 12 a 14 e de 15 a 18 anos.0 tema é "Ojovem e a paz camínhamiuntos'', e o prazo deentrega é até 22 de setembro, justamente o Dia Internacionaldajuventude.

As 30 melhores poesias serão reunidas e publicadasem livro, com renda revertida para a Arquidiocese.

0 primeiro colocado da categoria júnior ganharápassagem - com direito a acompanhante - paraSalvador, e o da categoria sênior para Recife.Participe. Preencha o cupom abaixo e envie

junto com a sua poesia.Falar sobre a paz pode dar umavirada na sua vida.

REGULAMENTO.OBJETIVO.O concurso tem como objetivo difundir e incentivar apoesia nas suas mais diversas formas.TEMA.0 tema do concurso "OJOVEM EA PAZ CAMINHAMJUNTOS" não poderia ser mais apropriado.levando-se em conta estarmos no Ano Internacionaldajuventude.PARTICIPANTES:O concurso é aberto a todojovem de 12a l8anos,assim divididos por categoria:Júnior-12a 14 anosSênior- 15 a 18 anosPARTICIPAÇÃO:Para partitipar basta preencher o cupom anexo eencaminhá-lo, pessoalmente ou por correio, juntocom sua poesia, à Arquidiocese do RJ, Rua BenjaminConstant, 23-Glória, das 13:00 às 17:00h.Você pode concorrer com quantas poesias quiser,bastando que cada uma delas esteja acompanhadado cupom com seus dados. Não serão aceitaspoesias acompanhadas de xerox de cupom.APRESENTAÇÃO:Os trabalhos deverão ser apresentados à máquina ouem letra de fôrma, não podendo ultrapassar duaslaudas, em envelope fechado com o título "Concursode Poesias".PERÍODO-O recebimento dos trabalhos se fará ate o dia 22 desetembro. Dia Internacional dajuventude. dentro doshorários mencionados anteriormente.SELEÇÃO:As poesias encaminhadas serão inicialmenteanalisadas por uma comissão da própriaArquidiocese, que listará as 60 melhores dentro dotema proposto. Outra comissão, então selecionada

entre críticos e poetas, apontará as 30 melhores, quecomporão um livro cuja venda reverterá aoprograma

"Meninos da Rua", da Arquidiocese do RJ.Entre as 30 serão escolhidas duas vencedoras, umapara cada categoria. As decisões dessas comissõessão irrecorríveis.DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS:Os autores das 30 poesias selecionadas serãocomunicados, por telegrama, onde poderão retirarseus prêmios.PREMIAÇÃO:Cada um dos 30 selecionados receberá um exemplardo livro com as poesias finalistas. Os dois vencedoresreceberão, na categoria júnior uma passagem de idae volta a Salvador, e na categoria sênior umapassagem de ida e volta a Recife, com direito aacompanhante, mais hospedagem e alimentação,excluindo-se bar, telefones e lavanderia.IMPORTANTE:Os trabalhos concorrentes tomam-se propriedadeda Arquidiocese. podendo esta se Iutilizar deles onde. |quando e como lhe .prover, não 'cabendo a seus lautores qualquerdireito autoral. I

ORGANIZAÇÃO:

ARQUIDIOCESE DORIO DE JANEIRO

APOIO:

JORNAL DO BRASIL

Concurso de Poesia"Ojovem e a paz c_uriinhamjuntos"

NOME.

ENDEREÇO

BAIRRO.

TELEFONE IDADE

Page 8: fIwÊ - Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca ...

8 D Io caderno ? sábado. 24/8/85 Cidade

Massagista é reconhecidocomo "furador de mulheres"

Foto de André Câmara

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Um massagista de 38 anos, Roberto Ribei-ro, acusado de ser o furador de mulheres queem três meses feriu 10 pessoas em RochaMiranda e Colégio, foi preso ontem de madru-gada por policiais do 9U BPM e 40a DP, depoisde tentar atacar com uma machadinha a co-merciária Maria Elizabete da Silva Santos, 24anos, quando ela voltava do trabalho. Foireconhecido por cinco vítimas e outras quatrotestemunhas como o homem que vinha aterro-rizando a população dos bairros.

Roberto Ribeiro foi autuado em flagrantee poderá responder a oito inquéritos portentativa de homicídio. Uma multidão juntou-se à porta da 40a DP, ameaçando invadir adelegacia para linchá-lo. Por precaução, omassagista foi transferido para a Polinter nofinal da tarde. Negou ter atacado qualquerpessoa, dizendo-se "profundo admirador "dasmulheres. Disse que Maria Elizabete apenasse assustou com a machadinha que ele levavadepois de um trabalho de jardinagem.

FlagranteTraumatizada, Maria Elizabete da Silva

Santos contou como foi atacada: "Eu voltavado trabalho, na Sendas do Leblon, quandopercebi que um homem me seguia, da outracalçada, na Rua Jacuenda, em Coelho Neto.De repente, ele mudou de calçada e, chegandoperto de mim, levantou a machadinha. Apavo-rada, corri em busca de socorro na casa de unsamigos, que conseguiram lhe tomar a macha-dinha."

O pintor William de Andrade e o comer-ciário Gilson Costa, amigos de Maria Elizabe-te, tentaram deter o agressor mas ele resistiu econseguiu fugir. Pediram então auxílio à pa-trulhinha RP 540095, comanda pelo cabo Al-dair José Torres, que passava pelo local. Omassagista foi preso em casa, na Rua Catandu-va, perto do local do ataque, e levado para a40" DP. Os reconhecimentos começaram ain-da de madrugada, com os policiais indo buscaras vítimas em suas casas.

DiferençasEstiveram na delegacia seis das 10 vítimas

do furador. Todas reconheceram o agressor,mas estranharam o comprimento do cabelo —segundo os policiais, Roberto o cortou nasemana passada. Há várias diferenças entre adescrição inicial do furador — magro, more-no, olhos e cabelos pretos, 1,74 metro dealtura, entre 23 e 25 anos—e as característicasfísicas do massagista.

Roberto Ribeiro tem 38 anos, é claro, temolhos e cabelos castanhos claros e mede 1,70de altura. Em alguns depoimentos de vítimas etestemunhas dos ataques do furador, ele édescrito como sendo negro e de cabelos grisa-lhos. Mesmo assim, o massagista foi reconhe-cido sem hesitação pelas vítimas. Robertoficou em uma sala especial da 40a DP, onde aspessoas entravam para o reconhecimento. Amaioria, quando o via, tinha crises nervosas esaía apavorada da sala.

O massagista foi identificado por SheilaMaria Pereira de Oliveira, 18 anos, que serecupera de ferimentos na mão e no seio;Cristiane Gonzales de Oliveira, 19, única areagir ao ataque e conseguir tomar a faca doagressor; Mônica Lima, 15, e Ivone LuisaPinto, 25. Uma Gonçalves Simão, 18, nãopode comparecer à delegacia, pois ainda estáinternada no Hospital Carlos Chagas, recupe-rando-se de ferimentos no pulmão. Além dasvítimas, compareceram as testemunhas Adria-na Angélica Nunes da Silva, de 14 anos, eNeuza Pereira de Souza, 35.

JardinagemSegundo Roberto Ribeiro, ele voltava de

um serviço de jardinagem na casa de Anísio

Assunção, na Vila Valqueire. onde tinha pas-sado toda a tarde. O massagista explicou que,após sair do Valqueire, por volta das 17h,parou com uma amiga num boteco para tomar"umas cervejas". Em seguida, disse que pegouum ônibus, chegando em Coelho Neto às22h30min.

Como chovia muito, a bolsa de papelonde tinha guardado a machadinha e a mudade roupa esfarelou. Fui obrigado a levar amachadinha na mão. Acho que foi isso queassustou a moça, pois ela saiu correndo e logodepois apareceram os dois caras. Eles fingiramque estavam armados e mandaram eu largar amachadinha e, depois, o outro me pegou notapa. Claro que tinha que sair correndo —contou Roberto.

O massagista é casado há 10 anos comLuzia da Conceição, com quem tem uma filhade oito anos, Aline. Mora na Rua Catanduvadesde que nasceu e ali é muito querido. Osvizinhos estão revoltados com a acusação deque ele é o furador de mulheres. D. Luzia daConceição, chorando muito, reclamou da proi-bicão de visita a seu marido. Segundo ela, ospoliciais não a deixaram ver Roberto e entre-gar-lhe cigarros, roupas e comida.

Meu marido sempre foi correto e muitotrabalhador. Além disso, nunca foi violento.Estou preocupada com o que pode acontecer ecom a birosca que temos, ao lado da nossacasa. Agora, quem vai tomar conta de tudo?— indagou.

Policiais da 40" DP disseram que a prisãoem flagrante de Roberto foi resultado de umtrabalho conjunto da delegacia e do 9o BPM,que desde segunda-feira fazem investigaçõesnos bairros de Colégio, Rocha Miranda eCoelho Neto, o triângulo de ação do furador.Explicaram a mudança de faca para machadi-nha, atirmando que o furador perdeu a faca noúltimo ataque, à estudante Cristiane Gonzalesde Oliveira. Agora, faca e machadinha estãona delegacia para serem anexadas aos autos doinquérito.

Foto de Gilson Barreto

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_ Roberto Ribeiro foi reconhecido

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Amando está sendo processado por problemas com videocassetes

Brizola exonera Amando eo nomeia para assessoria

r\ r\ i__ . »-. .O Governador Leonel Brizola exonerouontem o delegado Amando da Fonseca docargo de diretor do Departamento de PolíciaEspecializada, que foi indiciado pela promoto-ra Maria do Carmo Casa Nova, da 10" VaraCriminal, no roubo e extorsão de videocasse-tes cm que foram vítimas três negociantes deCopacabana. Após a exoneração, o policial foinomeado pelo governador para assessor espe-ciai do Secretário para o Desenvolvimento daRegião Metropolitana.

Para o cargo de diretor do DPE, Brizolanomeou o delegado Osmar Saraiva da CunhaBraga, diretor da Divisão de Roubos e Furtos,e para a DRF assinou ato nomeando o delega-do Elson de Siqueira Campeio, que estava na4" DP, na Praça da República. Amando daFonseca, suplente de Deputado estadual peloPDT (desligou-se do PTB recentemente), es-•tava incompatibilizado com a direção da Poli-cia carioca porque havia assumido a direção doDPE por influência política.

Sua nomeação para a assessoria especialda Secretaria do Desenvolvimento da ReguloMetropolitana também ocorreu por influênciapolitica. já que tão logo viu que estava seincompatibilizando com as autoridades máxi-mas da Secretaria dc Policia Civil, conseguiu o

cargo através do Secretário Paulo Ribeiro, quefoi presidente da Assembléia Legislativa. Pou-co antes de se envolver no caso dos videocasse-tes, Amando da Fonseca pediu exoneração doDPE, que não foi aceita por Brizola. Logodepois, ocorreu o caso da extorsão de trêscomerciantes em Copacabana, com o roubo de22 videocassetes, em que Amando da Fonsecaacabou envolvido.

Acusado pelo detetive Luís Fernando daConceição, o Luís Biscoito, de ser o mentorintelectual da apreensão ilegal dos videocasse-tes, Amando da Fonseca acabou sendo indicia-do e teve sua exoneração pedida a Brizola peloSecretário de Polícia Civil, Arnaldo Campana.O delegado Osmar Saraiva, que vai substituirAmando da Fonseca, e o delegado ÉlsonCampeio, que assumirá o DRF, já têm seusplanos: vão reforçar o efetivo das delegaciasde Vigilância. Roubos e Furtos e Roubos deAutomóveis, para acabarem com os roubos decarga pesada, o assalto a residências e o roubode automóveis. A posse do novo diretor doDPE será segunda-feira, ás llh, e a do novodiretor de Roubos e Furtos só será marcadaquando for confirmado o novo delegado da 4aDP. que deverá ser Nemésio Vidai Garcia,atualmente na 30a DP.

Muitos candidatos deixaram para a última hora até a leitura do manual de inscrição

Apito assusta ladrõesque na fuga deixamcair bolsa de dinheiro

Ao confundir o apito de uma fábrica com a sirene dos carrosde polícia, os cinco ladrões que assaltavam ontem de manhã aagência do Banco Bandeirantes, em Parada de Lucas, se apressa-ram em fugir e deixaram cair uma das três sacolas que haviamrecolhido. A quadrilha levou CrS 11 milhões 286 mil. Houve cercoà área e a polícia prendeu três suspeitos, mas nenhum deles foireconhecido pelos bancários.

Eram 10h30min quando dois homens armados de revólveresinvadiram o banco, na Rua Lucas Rodrigues 6, loja A, enquantooutros três davam cobertura no lado de fora. Após render ogerente Paulo Roberto Duarte, o chefe do bando começou arecolher o dinheiro e a colocar nas sacolas. De repente, o apito deuma fábrica tocou e os ladrões resolveram fugir às pressas.Luís Carlos dos Santos — Mora em Niterói, 22 anos. Um homemarmado roubou seu relógio e Cr$ 70 mil, nas proximidades doMonumento dos Pracinhas, no Aterro do Flamengo. QueLxou-sena 3a DP.

Outras ocorrênciasCarlos Elísio Ferreira Batista—Mora no Flamengo, 30 anos. Teveseu Voyage AP-1369, placa de Recife, furtado durante a madruga-da, em frente a sua residência, na Av. Osvaldo Cruz. Queixa na10a DP, em Botafogo.Márcio José Chicelo Fernandes — Mora em Santa Teresa.Furtaram o rádio de seu carro, estacionado na Rua BenjaminConstant, ontem, às 9h. Registrou queixa na 9a DP, no Catete.Alberto Luís da Silva—Mora na Glória. Funcionário das Casas daBanha, fazia entregas de alimentos na Rua Artur Bernardo, 49, eao regressar náo encontrou o triciclo do supermercado. Apresen-tou queixa na 9a DP.Hans Rudolf Henncsdorvf — Mora em Teresópolis, alemão, 36anos. Ladrões furtaram-lhe Cr$ 400 mil, um cheque de Cr$ 100 mile documentos, quando viajava num ônibus da linha 127 (Rodovia-ria-Copacabana), ontem à tarde. Queixou-se na 9a DP.Vftor Linhares — Mora em Nova Iguaçu, 46 anos. Sua pasta,contendo uma furadeira, um arco de serra, um esmeril e outrasferramentas, foi furtada no prédio 336, da Rua das Laranjeiras,onde está trabalhando em uma obra. Registro na 9* DP.José Soares Coutinho Filho — Mora em Botafogo, 34 anos.Estacionou seu Chevette ST 6582, em frente a sua residência, naRua General Tibúrcio. Ontem de manhã, não encontrou o carro.Registrou o furto na 10a DP.Alexandre Carlos Bouyer Rodrigues — Mora em Santa Teresa, 25anos, matemático. Seu Volkswagen UQ-0357 foi furtado na RuaSílvio Romero, durante a madrugada. Registrou o furto na 8a DP.Antônio José de Sousa — Mora em São João de Meriti. Ladrõesfurtaram sua carteira com Cr$ 5 mil e documentos, na Estação deCascadura. Registro na 28* DP.

O JORNAL DO BRASIL põe o telefone 2644422 (ramais 415 e485) i disposição das vítimas de assalto. Confirmada a Veracidade,a informação será publicada sem ônus.

BANERJ«i.._n.-M-n__._______H«

EDITAL DE LICITAÇÃO PÚBLICA N° 003/85BANERJ — BANCO DO ESTADO DO RIO DEJANEIRO S/A, faz saber a quem interessar possa,que venderá o imóvel abaixo descrito, no estado emque se encontra, a pessoas Físicas e Jurídicas, pelamelhor oferta:

Imóvel composto de subsolo, loja e jirau, comárea total de 431,82m2, com instalações de arcondicionado, localizado à Av. Presidente Vargas,187 (antigo 302) Jardim 25 de Agosto, Centro,Duque de Caxias — RJ.

Valor mínimo: 17.288 ORTN'sa) As propostas deverão ser apresentadas em mo-

delo padronizado pelo BANERJ, até às 16:30horas do dia 03.09.85, no DEPARTAMENTO DEPATRIMÔNIO, sito à Rua Senador Alencar, 11, 2oandar, São Cristóvão, Rio de Janeiro — RJ.

b) As demais informações sobre o imóvel poderãoser obtidas no endereço supra, onde tambémserá fornecido o modelo padronizado e o formula-rio contendo as "CONDIÇÕES DE LICITAÇÃO".

c) A abertura dos envelopes das propostas, realizar-se-á no dia 04.09.85 às 16:00 horas, na presençados interessados que desejarem comparecer a talevento, no 10° andar do Ed. Sede, sito à Av. NiloPeçanha, 175, Centro, Rio de Janeiro — RJ

d) A venda somente poderá ser feita à vista."BANERJ NA CABEÇA"

mMMMMJMMMlTodos os dias no Caderno B.

Cerca de 100 mildisputam 27 milvagas no vestibular

Com muito corre-corre provocado pelos retardatá-rios, terminaram ontem as inscrições para o VestibularUnificado de 1986, que terá mais candidatos do queesperava a Fundação Cesgranrio: cerca de 100 mil estu-dantes disputarão as 27 mil 588 vagas oferecidas poruniversidades e faculdades que participam do exame.

— É sempre assim, não adiante a gente pedir que opessoal deixa para a última hora — comentava, ontem ànoite, um funcionário do posto de inscrição que funcionouna UERJ, no Maracanã. O posto, que nos dias anterioresatendia a 500 candidatos em média por dia, recebeu ontem4 mil 500 inscrições e funcionou até as 21h30min, uma horae meia além do prazo.

MovimentoEmbora as inscrições estivessem abertas desde o

início do mês, o Cesgranrio previa para os últimos dias ummovimento intenso, mas o número dos que deixaram parafazer a inscrição ontem surpreendeu a Fundação, que foiobrigada a mobilizar mais funcionários em alguns postos.

Os mais movimentados de ontem foram os postos daUERJ, no Maracanã; do Instituto de Filosofia e CiênciasSociais da UFRJ, no Largo de São Francisco; e daFaculdade de Filosofia de São Gonçalo, todos com encer-ramento de inscrições previsto para as 20h. Os demais, quedeveriam ficar abertos até as 16h, fecharam por volta das18h.

Na UERJNo posto da UERJ, as filas começaram a engrossar

depois das 18h e, embora muitos candidatos tivessem idoao posto apenas para entregar o formulário preenchido emcasa, a maioria deixou para preencher o documento àúltima hora. Por falta de cadeiras e de um balcão, oscandidatos sentaram-se no chão e preenchiam o formula-rio apoiado nas pernas.

Embora o roteiro de inscrição, entregue a cadacandidato na entrega do recibo de pagamento da taxa (Cr$32 mil 108), tivesse uma folha de rascunho e instruçõespara o preenchimento do formulário, muitos candidatosprocuravam tirar suas dúvidas com os funcionários doCesgranrio.

AJberto Soares, confessando ter tido preguiça de leras instruções, errou ao colocar suas opções de faculdade,apontando uma que não oferece o curso que escolheu, ode Fonoaudiologia.

Paula Castro, que se confessa "desatenciosa", che-gou tarde no posto da UFRJ na Praia Vermelha, porquepensava que fosse dos últimos a fechar. Paula preencheu oformulário de inscrição rapidamente, porque não queriaperder o show do conjunto Língua de Trapo, no TeatroIpanema. "Se eu errar alguma coisa, não faz mal, só voufazer este vestibular mesmo para treinar, porque sótermino o 2o grau no ano que vem".

Só na segunda-feira o Cesgranrio terá o número finalde candidatos do Vestibular de 1986. Os que optaram porcursos que exigem prova de habilidade específica terãoque pagar nova taxa, do dia 2 ao dia 30 de setembro. Ocartão de confirmação de inscrição será entregue peloCesgranrio aos candidatos de 20 a 28 de novembro.

CAIXAI ECONÔMICA I¦¦ F-Diü-t ¦HHH_HNHC99BMB.--B

AVISOVENDA DIRETA DE IMÓVEIS - SFH

A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF. FILIAL do Rio de Janeirocomunica que venderá ao primeiro interessado que cobrir o preçomínimo estipulado para a venda. o(s) imóvel(eis) ao fim caracteri-zado(s).

!_ki?!?_f^__.,1_í__? 5a aPresen«ar na COMISSÃO PERMA-NENTE DE ALIENAÇÕES. Agência RAMOS, à Rua Euclides Farias.n 27 — Ramos, Rio de Janeira, a partir do dia 26/08/85 até o dia09/09/85, no horário de 10:00 às 16:00 horas.O interessado que desejar contar com financiamento deverá dirigir-se ao local acima indicado, a fim de inteirar-se das condições dofinanciamento, antes do prazo acima estipulado.As propostas de pessoas jurídicas somente serão aceitas na formade pagamento à vista.1— Apto 201, situado à Estrada do Galeão, n° 1.149. Ilha doGovernador/RJ. constituído de 02 quartos, com área de cons-trução aproximada do 88 m2, pelo preço mínimo de CrS75.091.233.00. equivalentes, neste trimestre, a 1.635 9065UPC. O imóvel está ocupado.2— Apto 301, situado à Rua Gurupema. n° 5. Vila da Penha/RJ

constituído de 02 quartos, com área de construção aproximadade 52 m2, peto preço mínimo de CrS 37.836.024,00, eqüivaler,tes. neste trimestre, a 824,27994 UPC.

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"Vamos fazer estainflação cair"

A ordem vem de cima e envolvetodos os segmentos da economiabrasileira Administrar um condomí-nio não foge à regra Por isso é pre-ciso racionalizar as despesas e con-tralar os gastos. Tarefa nem semprefácil, em que pese a dedicação dosindico.

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pecializada em administração decondomínios-oferece aos senhoressíndicos os seus serviços. A Abitanseleciona os empregados do prédioe cuida do pagamento do pessoalno próprio local de trabalho. Faz acobrança das contas condominiaise prepara relatórios atualizados so-bre receita despesas e pendentes

do condomínio, através do seu Cen-tro de Processamento de Dados.

E ainda organiza as reuniões docondomínio, ajuda a levantar todosos problemas do prédio e aconselhaa solução adequada

Telefone hoje mesmo para Abi-tan e solicite uma proposta de admi-nistração, sem compromisso algum.

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JORNAL DO BRASIL

justiçabriga comBanerj

Os 8 mil serventuários daJustiça do Rio retirarão seusdepósitos das cadernetas depoupança do Banerj c de suascomas-correnles, em represáliaao Governador Leonel Brizolaque lhes concedeu apenas16,5% na tabela de escalona-mento, quando prometera 60%desde agosto do ano passado,que deveriam ter sido pagos emabril. Além dessa medida, aoutra a ser adotada poderá sera paralisação do Poder Judicia-rio, como ocorreu em agostode 1984.

Essa majoração de 16,5%significa, na prática, um au-mento entre CrS 465 mil 694 eCrS 100 mil para as diversascategorias funcionais, conside-rado como "migalhas e esmo-Ias". As lideranças da classegarantem que os 60% lhes sãodevidos por "direito",

pois es-tavam contidos,na Lei 793/84aprovada pelo Órgão Especialdo Tribunal de Justiça, atravésde seus 25 desembargadores,"decisão soberana que foi des-respeitada pelo Poder Execu-tivo".

Em agosto do ano passadoos serventuários entraram emgreve, paralisando a Justiça du-rante cinco dias úteis, o auesignificou uma perda de Cr$ 5bilhões em arrecadação para oEstado, já que, depois do ICM,é o Poder Judiciário a segundamaior fonte de receita para oscofres públicos. Depois de en-tendimentos entre as liderançasda classe e o Governador Leo-nei Brizola, ficou acertado queos funcionários receberiam100%.

Só que 40% daquele totalseriam recebidos em outubrode 1984, o que não ocorreu,pois só foram contabilizadosnos vencimentos dos serven-tuários a partir de dezembro. .Os outros 60% deveriam seracrescentados nos contrache-(]ues em abril desde ano. Paraisso, o anteprojeto estava sen-do estudado desde 17 de janei-ro, pela Secretaria de Justiça. ¦Em abril, os serventuários per-ceberam que a promessa doGovernador não seriacumprida.

A luta dos funcionáriosculminou com uma vigília de 95horas, no Palácio Guanabara,iniciada no dia 12 e encerradaàs 18h de anteontem, quandoos líderes da classe foram rece-bidos pelos Secretários de Jus-tiça e do Planejamento, parareceberem como resposta, após' -sete meses de espera, que oíndice fora fixado em 16,5%, oque representa o valor "irrisó-rio de apenas CrS 465 mil 694diminuído até CrS 100 mil", de, ...acordo com as categorias fun-cionais. „ul

Vários boletins estão afixa-dos nos corredores do Palácioda Justiça convocando a classepara assembléia a ser realizada •>no dia 29, quando todos res- wponderão à seguinte pergunta, : •por escrito: "Será

que os ser-ventuários somente consegui-ram vingar o primeiro projetode lei em razão da paralisaçãoda Justiça, em agosto de1984?". Se a grande maioriaresponder sim, poderá havernova greve no Judiciário.

Internos seprevinemcontra AIDS

O Departamento do Sistema,,..Penitenciário e a Secretaria de - -Saúde iniciaram ontem na Pe-nitenciária Lemos Brito, umasérie de exames clínicos entreos 536 internos, dando conti-nuidade ao programa de pre-venção, conscientização e tra-tamentos dos presos* programaque foi motivado pela desço-berta de um interno cora ovírus da AIDS.

Os exames clínicos, com aparticipação de 12 médicos,continuarão na segunda-feira,e, ainda na semana que vem,será iniciada a coleta de san-gue. O programa pretende es-tender-se a todo o sistema pe-nitenciário, com cerca de 10mil internos em 24 instituiçõesem todo o Estado. Os examessáo precedidos de palestras di-rígidas pelo diretor do Depar-.tamento de Epidemiologia eControle de Doenças, CláudioAmaral.

— Vi

Bondinhosvoltam afuncionar

Os bondinhos do Pão deAçúcar voltam a funcionar ho-je, depois de 12 dias paradospara o periódico trabalho demanutenção. O sistema telefé-rico faz a ligação entre a PraiaVermelha e o Morro da Urca eentre este e o Pão de Açúcar,percurso que os bondinhos de75 passageiros fazem em cercade três minutos.

Durante esses 12 dias, alémdos passeios turísticos, foraminterrompidas todas as ativida-des do Morro da Urca, como obaile Noites Cariocas, o espeta-culo tteija Hor Sobe o Morro.

Page 9: fIwÊ - Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca ...

JORNAL BO BRASIL Nacional sábado, 24/8/85 a Io caderno o 9

Lyra demite secretário que tenta ajudar Abi-AckelEx-Ministro foi acusadode estelionato em 1958

Curitiba — O ex-Ministro da Justiça,Ibrahim Abi-Ackel, foi denunciado por esteliona-to em processo que lhe moveu a viúva Maria doCarmo Noqueira em 1958, por sentir-se lesadanuma compra de terras ao Norte do Paraná. Adenúncia, que envolveu também o vendedor,Álvaro Batista, faz parte de volumoso inquéritopolicial arquivado atualmente no Foro de Apuca-rana. Ao final do processo, o ex-Ministro e ovendedor foram absolvidos.

O Juiz Jorge Andrihuetto, na sentença abso-lutória. diz que as partes entraram em acordo eque a viúva, que comprara terras em Porecatu,aceitou as de Apucarana-Grande: "Apesar deiludida, mantida em erro, inicialmente pelo deso-nesto corretor, posteriormente, para não perdertudo, acertou com ele a solução final da transaçãoda terra constante na mencionada escritura. Des-tarte, o fato, que se persistisse seria estelionato,transformou-se em contingência transacional. De-sapareceu o ilícito penal".

Segundo a sentença datada de 7 de dezembrode 1960 e assinada pelo então Juiz de Direito deApucarana (Norte do Paraná), Jorge Andrihuet-to, a viúva Maria do Carmo Noqueira, mãe de trêsfilhos, nomeou Abi-Ackel como seu advogadopara fazer o inventário do seu marido e mais tardelhe repassou uma procuração para tratar de umacompra de terras no norte do Paraná. A viúva erada cidade natal de Abi-Ackel, Munhuassu, emMinas Gerais. Hoje, segundo informações obtidasna Região Norte paranaense, Maria do Carmotrabalha como bóia-fria em Mandaguari, a 60 kmde Apucarana.

Conforme revela a sentença, o ex-Ministroteria apresentado à viúva uma outra área de terra

que não a prometida, longe do local inicialmentetratado, e sem condições de plantio. A viúvaentão processou Abi-Ackel e o vendedor dasterras, Álvaro Batista. Diz a sentença: "ÁlvaroBatista, corretor de imóveis, residente em SãoFidélis, Estado do Rio de Janeiro, e Ibrahim Abi-Ackel, advogado, residente em Munhuassu, Esta-do de Minas Gerais, brasileiros, casados, maiores,foram denunciados como incursos no Artigo 171do Código Penal, pelo seguinte fato delituoso":

"O primeiro denunciado (Álvaro Batista)

vendeu a Maria do Carmo Noqueira, em certaépoca, 100 alqueires de terras em Porecatu,porém por ocasião da escritura, localizou-as emApucarana-Grande, desta Comarca, com acumplicidade do segundo denunciado (Abi-Ackel) que, usando de uma procuração outorgadapela vítima, náo só aceitou a transação ilícita,como também fez constar na escritura o preço davenda como sendo de CrS 200.000,00 (duzentosmil cruzeiros), quando na verdade a vítima foilesada na importância de CrS 471.000,00 (quatro-centos e setenta e hum mil cruzeiros), dos quaisCr$ 371.000 (trezentos e setenta e hum milcruzeiros) ao último denunciado (Abi-Ackel) fo-ram pagos por intermédio de um cheque emitidopor ele próprio, usando de poder de procurador".

A sentença afirma ainda que a denúncia"veio instruída de um volumoso inquérito policiale afinal de contas somente o réu Ibrahim Abi-Ackel foi interrogado, (fls 131) alegando, emresumo, que em tempo algum teve participação natransação imobiliária realizada entre a vítima,seus filhos e Álvaro Batista; que na qualidade deprocurador da vítima, cumpriu suas instruções".

Vigilância do Galeão éburlada com facilidade

A história do norte-americano ChristopherErrol Merola, detido na manhã de ontem com 16envelopes de pedras preciosas, revela como é fácilburlar a vigilância do Galeão para sair com umpunhado de ametistas ou esmeraldas, e voltardepois trazendo as mesmas pedras lapidadas emAmsterdã ou Tel Aviv.

Ele estava ao lado do velho David L. Ben-tley, bem antes das 7 h, e foi dizendo para oinspetor: — "Pelo amor de Deus, eu juro que náoconheço e jamais ouvi falar em Ábi-Ackel. Nadasei sobre as atividades da Embraime e tambémnão conheço esse tal de Mark Lewis. Deve estarhavendo um mal-entendido".

Christopher Merola, que chegou ao Rio nasegunda-feira, voltou aos EUA no mesmo dia ànoite porque estava na "galeria dos indesejáveis",isto é, identificado pelo Sistema Nacional deProcurados e Impedidos-Sinpi.

Na quarta-feira, o veterano Christopher Me-rola estava de volta dos EUA mais uma vez noGaleão, com o seu nome retirado da lista dosindesejáveis. Por um lapso cometido no anopassado, quando esteve em Fortaleza, ele excedeuo prazo de 90 dias estipulado em seu visto deturista. Ao seu lado, o velho David Bentleyresmungava — tinham uma conexão internado-nal, por Congonhas, São Paulo, e pretendiam darmais um giro até Nova Iorque. Os dois discutiam,quando aconteceu o pior.

Bentley é conhecido por demais das autori-

dades alfandegárias com a sua mania de esfregaras mãos e assoprar nelas. Um envelope — oupapelucho — esparramou-se pelo chão.

Eram pedras tidas como semipreciosas, masum carregamento ilegal afinal de contas, confor-me disse ontem à noite o delegado Artur Carbo-ne, da assessoria de comunicação social da PolíciaFederal, na Praça Mauá, definindo o caso como"um fato corriqueiro". De fato, toda a semana,alguém se deixa apanhar.

À tarde, no velho Galeão, onde ainda fun-ciona parte da fiscalização da Alfândega, sob achefia do inspetor Adones da Cunha Ramos, osfuncionários lembravam como é difícil deter ocontrabando de turmalinas, ametistas, topázios,águas-marinhas, esmeraldas ou diamantes queainda não levam o sinete de "brilhante", o quepoderá ser conferido em Amsterdã ou Tel Àviv.Uma pedra bruta, lapidada lá fora, volta com 70%a mais em seu valor desde que examinada pelalupa de um ourives no estrangeiro.

Um inspetor dizia ontem que a fiscalização ésevera na chegada, por causa do tráfico de tóxicoque faz do Rio a sua rota. Mas é impossível detertodo mundo que chega ou que embarca, levandoàs vezes "até granito que se retira aqui mesmo deum morro qualquer na Tijuca". Os alemães —explicou — levam tudo o que é tolice que encon-tram na Praça Mauá, "suponto

que estão ludi-briando o joalheiro H. Stern".

Brasília — O amazonense Sobequi Al-cântara Rebelo, 41 anos, secretário particu-lar do Ministro da Justiça, será afastado deseu cargo pelo Ministro Fernando Lyra porter retirado do arquivo confidencial do Mi-nistério o processo que envolve pessoas dacidade mineira de Mariana, supostamenteamigos do ex-Ministro Ibrahim Abi-Ackel,em crime de sonegação fiscal.

O secretário retirou os documentos naquarta-feira e somente os devolveu na noitede quinta-feira, quando Lyra já os haviarequisitado e sido informado de seu desapa-recimento.

A procuraO processo retirado por Sobequi estava

arquivado no Ministério desde quando foisolicitado pelo ex-Ministro à Polícia Federal,em outubro de 81. No início desta semana,depois de denúncias de um jornal paulista, oProcurador-Geral da República, José PauloSepúlveda Pertence, pediu esclarecimentosà Polícia Federal. Seu diretor-geral, CoronelLuiz de Alencar Araripe, confirmou que oex-Ministro não devolveu o processo apósrecebê-lo.

Na última terça-feira, a imprensa divul-gou o pedido de Pertence à Polícia Federal.No dia seguinte, o secretário particular reti-rou o processo do arquivo, alegando quetinha sido solicitado pelo Ministro FernandoLyra, que somente o fez, na verdade, no diaseguinte, quando se constatou o seu desapa-recimento. A reação de Sobequi Alcântarafoi descoberta ontem ao meio-dia, e aocontrário do que ele garantiu, terá o seuafastamento oficializado já na segunda-feira.

Requisitado por políticosSobequi é funcionário do Governo do

Amazonas. Está no cargo há cerca de doisanos por requisição do Ministério da Justiçaa pedido de parlamentares amazonenses.Nesta época, ele deveria voltar a Manaus,mas tinha necessidade de permanecer emBrasília devido a problemas familiares.

Sobequi viajou na madrugada de on-tem para Araxá, em Minas Gerais, onde foiassistir a uma festa de aniversário. Ontem ànoite, ele negou seu envolvimento no desa-parecimento do processo e afirmou que nemsabia do que se tratava. Segundo ele, suafunção é apenas "corrigir documentos, resu-mir cartas que o Ministério recebe e às vezesrespondê-las". Disse que não tem acesso aosarquivos do Ministério, por

"ocupar funçãode terceiro plano".

Ele negou também que tenha qualquerrelação de amizade com o ex-MinistroIbrahim Abi-Ackel, "apenas conheço devista". No entanto, seu telefone em Araxásó foi fornecido por sua filha depois que orepórter afirmou estar vindo de Belo Hori-zonte com um recado do ex-Ministro.

Ao contrário de Sobequi, que afirmounão ter conhecimento do assunto, os funcio-nários que com ele trabalham no Ministérioda Justiça demonstravam saber o que estavaacontecendo. Era visível a preocupação denão dar informações.

Polícia investiga denúnciasobre a venda dos vistos

Brasília — Desde abril a Polícia Federal veminvestigando denúncias de venda de vistos depermanência de estrangeiros no país, segundo odiretor-geral daquele Departamento, CoronelLuís de Alencar Araripe, sem adiantar nomes jáarrolados no processo, mas um assessor da Presi-dência da República revelou que Paulo Abi-Ackel, filho do ex-Ministro da Justiça, estavasendo favorecido nesse tipo de transação.

O Coronel Araripe disse que este é um"delito difícil de ser apurado, porque o favorecidona obtenção dos documentos de forma irregularnão vai se oferecer para depor, por que istotambém o denunciaria".

Indagado se o DPF vai ouvir o ex-MinistroIbrahim Abi-Ackel sobre as denúncias de contra-bando de pedras preciosas para os Estados Uni-dos, o diretor-geral do DPF foi categórico:

A Polícia Federal vai ouvir todos aquelesque estiverem envolvidos no caso.

A venda dos vistos de permanência paraestrangeiros também será investigada pelo Dire-tor do Departamento Federal de Justiça, LuísCarlos Sigmaringa Seixas. "A denúncia é grave eprecisa ser apurada" — afirmou — acrescentandoquõ^tâi. 1ngH o Departamento tenha algum dadoconcreto ou receba qualquer pedido oficial, seráinstaurada sindicância".

A Superintendência da Polícia Federalem Goiânia revelou ontem que, a partir de agorairá concentrar suas investigações em torno detodas as pessoas relacionadas nos vôos da chama-ra Rota das Pedras, que é o circuitoManaus/Belém/Brasília/Goiânia/São Paulo/Rio deJaneiro.

Paulo Abi-Ackel se dizcaluniado por invejosos

Belo Horizonte — "A inveja é o mais mortí-fero dos sentimentos" — com esta frase, destaca-da em uma nota à imprensa, o estudante deDireito Paulo Abi-Ackel, 21 anos, reagiu à notíciade que, durante a gestão de seu pai, Ibrahim Abi-Ackel, como Ministro da Justiça, ele vendeuvistos de permanência para estrangeiros que resi-diam ilegalmente no País.

O ex-Ministro Abi-Ackel também distribuiudeclarações por escrito à imprensa, considerandotudo "uma campanha de difamação", mas nãofalou diretamente com qualquer repórter no apar-tamento onde se confina, e cuja porta só se abrepara poucas visitas, como Márcio Godoy, filho deJosé Godoy, e que foi preso no início de julhocom mercadorias importadas através da ZonaFranca de Manaus e avaliadas em Cr$ 1 bilhão.

Sede de vingança"Como filho" — afirma Paulo Ackel em seu

bilhete aos jornais—"não podia mesmo escapar àfúria dos que caluniam e injuriam meu pai. Tudoo que me atribui o jornal é falso, completamenteinverídico e quem escreveu a notícia sabe perfeita-mente disso. O que querem é vingança, a qual-quer preço. É apenas parte da lama que atiramsobre o nome de Ibrahim Abi-Ackel. Querodeclarar que me orgulho de ser filho dele. Tenhohonra em carregar esse nome. Essa acusação nãome atinge, pois é falsa, improcedente e feita demá fé. Jamais vi tanta mentira e ruindade juntas,na tentativa de desmoralizar um homem públicode reconhecido talento e indiscutível honestidade.A inveja é o mais mortífero dos sentimentos".

Abi-Ackel não saiu do recolhimento em quese mantém desde terça-feira no bairro de Lour-des. No início da tarde, sua mulher, Jecéa, desceuà portaria do prédio para informar que pai e filhotinham viajado para contatos políticos, mas Már-cio Godoy esteve no apartamento.

No dia 8 de julho, o superintendente daPolícia Federal em Minas, Renato EustáquioSurete, revelou à imprensa a prisão em flagrante,no final da semana anterior, de Márcio AntônioGodoy e outros cinco homens (Luiz AntônioZago, Carlos Sérgio Dutra Dias, Juarez de Paula,Marco Aurélio Correia Ferreira e Roberto Gon-çalves) com grande volume de mercadorias impor-tadas, trazidas de Manaus, que eles iriam vender

em Minas. Segundo Surete, a apreensão dosobjetos e a prisão em flagrante dos seis responsa-veis fora o resultado de investigações iniciadasdias antes. Entre as mercadorias apreendidasestavam 59 aparelhos de videocassete, secretárias-eletrônicas, teipes de rolo, aparelhos de som,rádios para automóveis, fitas para videocassete,fitas magnéticas, máquinas e lentes fotográficas,bolsas, sacolas e malas, minigravadores, tênis,óculos, shampoo e até chicletes.

Após a conclusão do inquérito policial, asmercadorias deverão ser levadas para a ReceitaFederal e, depois de leiloadas, o dinheiro irá parao Tesouro Nacional, segundo Surete.

Em suas explicações à imprensa, entreguesàs 17hl0min aos repórteres pelo estudante Fer-nando Borges, Abi-Ackel afirma que

"mais umavez, como desde o início, se tenta atribuir aoadvogado os delitos de que justa ou injustamenteé acusado o cliente", e informa que, no caso daEmpresa de Ônibus Cristo Rei, de Ouro Preto,avocou o inquérito para exame da AssessoriaJurídica do Ministério da Justiça.

"O inquérito retornou à Justiça Federal, emBelo Horizonte, que, ex-ofticio, concedeu habeascorpus à empresa, por reconhecer no inquérito aexistência de constrangimento legal. Não houve,portanto, nem surpressão de documentos nemordem prejudicial às investigações, mas simplescautela, aprovada pela Justiça Federal, para evitarerro policial e nulidade do inquérito".

Quanto à interferência em processos deestelionato envolvendo amigos que pretendiamcomprar fraudulentamente táxis com isenção deimpostos, o ex-Ministro diz que estavam implica-dos "quase 300 prefeitos", destacando: "Orientei,realmente, a Polícia Federal, no sentido de evitarconstrangimentos inúteis aos Prefeitos, tais comoa identificação criminal, quando não indispensá-veis. Esses inquéritos, sem falta de um só, foramenviados pela Polícia Federal às Procuradorias daRepública nos Estados, cujos titulares lhes deramcom independência e liberdade o tratamento queelegeram, o que pode ser comprovado no examede cada processo, em concreto". Nenhuma inter-ferência teve o Ministério da Justiça no trato ouencaminhamento desses processos".

Hayes foi condenado em 1970 por venda ilegal de armasSílvio Ferraz

Correspondente

Washington — Charles Hayes, o advogadoamericano que vai depor, no próximo dia 4, nojúri sobre o contrabando de pedras preciosas doBrasil para os Estados Unidos e que acusa o ex-ministro Ibrahim Abi-Ackel de estar envolvido naoperação, foi condenado em 1970 a um ano e umdia de prisão por venda ilegal de armas.

Hayes, que está morando num lugarejo cha-mado Somerset, no Kentucky, foi condenado pelaCorte Distrital de Ashland, também no Kentucky,onde vivia com o nome falso de Chalmers Hayes eera proprietário de um supermercado de portemédio. Ele cumpriu a pena em liberdade condi-cional.

O advogado não quis comentar o processo.Sobre a identidade falsa, limitou-se a atirar namesa, diante do repórter, sua carteira de identida-de onde consta o nome de Charles Chuck Hayes.Sobre a condenação, Hayes nega-se terminante-mente a entrar em qualquer consideração. Irrita-do e gesticulando muito, limita-se a dizer: "Nãoentro neste assunto."

Um fanfarrão que viveem clima de policial

Encravada a 150 quilômetros do aeroportomais próximo, na região mais pobre do Kentucky,o lugarejo de Somerset definitivamente seriapequeno demais para dois inimigos conviverem.

• Se o ex-Ministro de Justiça, Ibrahim Abi-Ackel, por lá caminhasse, fatalmente se defronta-ria com o homem que está lhe trazendo muitasdores de cabeça nos últimos dias — CharlesHayes', 50 anos, que se declara advogado interna-cional e agora acusa o ex-Ministro de participar daBrazílian Conexion — uma quadrilha internado-nal que estaria envolvida com contrabando depedras preciosas, tráfico de drogas e lavagem dedinheiro nos Estados Unidos.

Para encontrar Hayes é preciso estar dispôs-to a mergulhar num clima de romance policial.Ele se recusa a dar o seu endereço, preferindomarcar um encontro no cruzamento de duasestradas. Lá, ele surgiu ontem dirigindo umCadillac preto, duas portas, 1984. Muito falante,mas com frases curtas ditas num tom incisivo,Hayes recomendou cautela e pediu para segui-lopor uma estrada com as placas que alertavamsobre o limite de velocidade de 35 milhas. Hayesdisparou o seu carro a 65 milhas. "Sou obrigado afazer isso porque estou sendo ameaçado, e assimposso observar se estou sendo seguido", explicou-se.

Sua casa, confortável, bem americana, ficanuma colina com uma bela vista de um lago.Depois de apresentar sua mulher, Guiomar Mon-tello, ou "Gigi", Hayes mostrou-se bastante agi-tado, explicando que só dispunha de uma horapara conceder a entrevista. "Quero falar umahora sem ser interrompido, depois lhe dareialguns minutos para perguntas, pois tambémtenho que lhe fazer algumas indagações", adver-

tiu. Antes de falar, Hayes exigiu que lhe fosseexibido o passaporte e a credencial de jornalista.

Satisfeito o ritual, acendeu o seu cachimbo ecomeçou a acionar a sua metralhadora giratória,que atinge desde Antônio Carlos Calvares, presi-dente da Embrafilme — empresa sediada emGoiás que realiza o contrabando de pedras precio-sas —, passando por Abi-Ackel, advogado deCalvares, e chegando até ao deputado PauloMaluf. "Nas conversas que mantive na sede daEmbrafilme, em Goiânia, várias vezes o nome deMaluf era citado", disse ele. Hayes, no entanto, épródigo em acusações, mas não apresenta umdocumento, alegando que está intimado paradepor no júri, no próximo dia 4, e que até lá tudoo que disser poderá se voltar contra ele. Deixa,por isso, a impressão de ser mais um fanfarrão doque propriamente uma testemunha criteriosa.

A imprensa e o Federal Bureau Of Investiga-tion — O FBI — são também alvos de Hayes. "Só10 por cento do caso está contado e mesmo assimtem sido distorcido pelos jornalistas", acusou.Sobre o FBI, que diz ter procurado na pequenacidade de London, perto de Sommerset, Hayesacha que se trata de incompetentes. Tampouconeste caso, Hayes fornece qualquer prova ouexplicação plausível para o suposto desinteressedo FBI.

A conversa com ele é tensa. Hayes nãoadmite interrupções e a toda hora ameaçavacolocar um ponto final. Em outros momentosadvertia que qualquer distorção será por elecobrada nos tribunais. E, novamente, ameaçavacom processos de calúnia — "nos

quais pedireiindenizações altíssimas" — caso suas palavras nãofossem fielmente transcritas.

Com as mãos, onde ostenta dois grandesanéis de brilhantes nos dedos mindinhos, emconstante movimento, Hayes contou a sua histó-ria. Ou melhor, a sua versão. "Tudo começou nodia 12 de junho passado, quando recebi umtelefonema de Calvares, pedindo-me que fosse aGoiânia, pois necessitava de meus serviços profis-sionais de advogado e que eu tinha sido recomen-dado pelo ex-Ministro Abi-Ackel". Hayes contaque recebeu uma passagem da VASP, na agênciade São Caetano do Sul, e embarcou no dia 14.

Em Goiânia, no quartel-general da Embrai-me, Hayes disse que conversou quatro horas comCalvares e que sua missão seria a de liberar naAlfândega de Miami pedras que haviam sidoretidas em poder de um empregado de Calvares,Mark Lewis, 23 anos, americano e residente noBrasil. De retorno a Itu, onde viveu os últimos 5anos, na qualidade de advogado de casos espe-ciais, Hayes manteve várias conversas com Calva-res e seu advogado, Abi-Ackel. "No dia 20 deagosto, Abi-Ackel convidou-me para ir a Brasília,para ter uma conversa frente a frente em seuescritório e me disse que havia uma passagem emmeu nome no balcão da VASP no Aeroporto deCongonhas". Segundo ele, tudo ocorreu como oprevisto. Chegando a Brasília no dia 20 de junho,dirigiu-se ao escritório de Abi-Ackel, onde foi porele apresentado a sua secretária, Isabel, e a seufilho, Paulo Abi-Ackel, além de outras duaspessoas das quais não recordou os nomes."Conversei longamente com o ex-Ministro

que, além de me pedir para liberar as pedras deCalvares em Miami, pediu-me também para tratarde outros assuntos". Os outros assuntos, noentanto, Hayes se recusou mencionar. "Gostariamuito de colaborar com as autoridades brasileirase, sobretudo, com o Presidente Sarney paradesbaratar esta quadrilha que tem ramificaçõesem Hong-Kong, Mônaco, França, África e nosEstados Unidos, mas estou impedido legalmentede falar antes do júri se reunir no dia 4 desetembro em Lexington", disse. Aí, sim, vocêpoderá ver a ponta submersa do iceberg", afirmoucom um sorriso irônico.

Já em Miami, no dia 22 de junho, Hayesencontrou-se com Calvares e depois com MarkLewis. "Ficamos hospedados no Hotel River Parke pude ter outra longa conversa com Calvares",afirmou. Embora a direção do hotel em Miamiafirme que em seus registros não consta qualquernome como Hayes, o fato é que a conta detelefone de Abi-Ackel mostra que houve doistelefonemas, com seis minutos de duração, paraum senhor Charles. Isso levanta a suposição deque tanto Hayes como Lewis tenham-se registra-do com outros nomes.

No dia 26 de junho, Hayes conta quecumpriu a sua missão e entrou em contato comAbi-Ackel, por telefone. "Disse

que Calvarezpoderia ter as pedras de volta se pagasse àalfândega a quantia de 8.448 dólar<*," contou ."Aproveitei

para pedir que me fosse enviado odinheiro que me era devido pelos meus serviços —20 mil dólares — além do pagamento das minhasdespesas". Hayes disse que depois telefonou paraCalvarez repetindo a notícia e pedindo o dinheiro."Calvarez disse que o dinheiro chegaria no fim desemana e pediu-me que até lá fosse gastando demeu próprio bolso". Hayes afirmou ter recusado aproposta e, neste momento, passou a receberperigosas ameaças. "Calvarez disse que tratariade cassar a minha carteira Modelo 19, minha casaem Itu e que chegaria ao ponto de me matar, casoeu não cumprisse as suas ordens, " disse Hayes.

Ameaçado e com medo, Hayes telefonounovamente para o escritório de Abi-Ackel emBrasília e contou para o ex-Ministro o teor dasameaças. Segundo ele, Abi-Ackel o teria tranqüi-lizado, dizendo que não prestasse atenção aCalvarez e que o dinheiro chegaria até ele, emMiami, levado por seu filho Paulo ou por alguémde seu escritório, "isso, no entanto, jamais ocor-reu, fiquei esperando duas semanas e então decidibater às portas das autoridades americanas",contou.

Nesta parte, a história de Hayes entra nummomento turbulento, pois ele não consegue escla-recer como o FBI, tão cioso das fronteiras poronde entram as drogas, não lhe deu a mínimaatenção. " Procurei o agente Wilburn Kincaid, doFIB de London, em Kentucky, e ele foi omisso",acusou. Sua alternativa foi se voltar para asautoridades alfandegárias que tomaram a si ocaso. (Em London, o escritório do FBI informouque o agente Kincaid está de folga e só regressaráao trabalho na semana próxima. De qualquerforma, o FBI de London afirma desconhecerqualquer investigação sobre o assunto).

Encenada a sua história, Hayes — que

durante toda a entrevista tinha a seu lado MarkLewis, além de dois fuzis Marlin 444, de grandepotência, e uma pistola Smith Wesson calibre 38— convidou-nos para assistir às. gravações emvfdeo-tape do programa Globo-Repórter, ondeforam feitas as acusações ao ex-Ministro Abi-Ackel. Toda vez que Abi-Ackel aparecia, Hayesexclamava:" que mentiroso."

Charles Chuck Hayes é um homem que nãogosta de muitas perguntas. Para ele, a imprensa sedeveria limitar a publicar o que ouve, sem sededicar a qualquer análise. Assim, não forampoucas as vezes em que Hayes foi rude, ameaçan-do com processos se algum fato publicado nãocorresponder à realidade: "Posso alcançá-lo empouco tempo pois a Justiça americana é muitodinâmica". Assim, Hayes freqüentemente nãosabe ou não quer explicar as sombras que envol-vem a sua atividade com uma quadrilha decontrabandistas. Quando convidado a explicar oaparente desinteresse de Calvares em ter de voltasuas pedras que valiam 2 milhões de dólares, separa isso bastaria pagar 20 mil dólares a ele e mais8.448 dólares à Alfândega americana, Hayes dizque não pode acrescentar nenhum detalhe poisestá citado judicialmente.

Questões que, no entanto, não afetariam asua situação diante da Justiça americana, tambémrecebem respostas evasivas de Hayes. Que outrasincumbências lhe deu Abi-Ackel na conversa queteve em seu escritório em Brasília? Que instruçõesAbi-Ackel lhe passou para Miami, além da reco-mendaçáo de que não se preocupasse com asameaças de Calvares? "Sem comentários", limita-va-se a responder Hayes. Perguntado se o ex-Ministro Abi-Ackel estaria envolvido com a qua-drilha de Calvares, Hayes responde: "Eu nãodiria que você está errado. É tudo". As negativas,no entanto, não são tranqüilas. Quando sente queultrapassou as barreiras da boa convivência,Hayes procura refazer a sua imagem se dizendovítima de um enfarte há menos de duas semanas, epor isso está tão nervoso... À mesa, porém, Hayesnão se comportou como um homem enfartado.Devorou três pimentões recheados preparadospor sua mulher Gigi. Em outro momento, quandoestava irritado, disse que havia uma barreiraidiomática atrapalhando a entrevista que já levavatrês horas. O maior problema era a falta de provaspara corroborar suas acusações. "Sou um advoga-do internacional que fala cinco línguas. Entre elasuma das favoritas é o chinês", proclamou.

Pegando um relatório a seu lado, começou alê-lo no que para ele seria chinês. Convidado a seexpressar em francês, italiano, espanhol ou ale-mão, Hayes disse que não conhecia nenhumadessas línguas. Sua opção definitiva parecia oexótico.

Perguntado como ele — com a sua autopro-clamada experiência internacional, conhecedor de26 países — deixou-se envolver por uma quadrilhade contrabandistas, Hayes respondeu, humilde,pela primeira vez:"Sou um gringo sem informa-ções."— O que não tem explicação é como um ex-Ministro da Justiça, que controla a Policia Fede-ral, não tem acesso a informações sobre seusclientes — comentou, dizendo que um dos maio-

res erros de Abi-Ackel foi ter dito que não oconhecia e tampouco a Calvares. "Como se tem acoragem de dizer uma mentira desse tamanho?"

O passado de Hayes está cheio de nebulosi-dades. Sua viagem para Itu, no Estado de SãoPaulo, teria sido provodada pelo aparecimento deum câncer no intestino, segundo suas afirmativasna semana passada. Neste caso, Hayes estariainaugurando um procedimento inédito entre osportadores desta doença: invariavelmente, todosos que têm condições financeiras tratam de viajarcom urgência para os Estados Unidos, e elepreferiu fazer o caminho inverso, embora hoje seafirme curado.

Convidado a apresentar qualquer atestadomédico que comprovasse a existência da moléstia,irritou-se novamente: "são documentos pessoais eninguém tem nada a ver com isso. Fui para oBrasil porque amo o Brasil, talvez mais até do quemuitos brasileiros."

Sua atividade profissional na pacata Itu tam-pouco foi explicada. "Sou um advogado semi-aposentado, aceitando apenas casos» especiais."Não revelou, entretanto, um caso que fosse noqual tenha atuado nestes tempos de Brasil.

O portador da mala com 2 milhões dedólares em pedras preciosas apreendidas pelaAlfândega de Miami, Mark Lewis, 23 anos, pare-ce um modelo de frieza. Mesmo sabendo que,entre todos os protagonistas, é o único com contascomprovadas para ajustar junto à Justiça america-na, Lewis admite que sabia que o carregamentode pedras levado para Miami era ilegal e mesmoassim prestou-se à aventura no papel de mula —na gíria do submundo do contrabando, a pessoaque se dispõe a levar não importa o que em suabagagem.

"Mark não é uma mula. Ele é um burro"declarou Hayes, explicando: "Burro como todojovem de 23 anos tentado por um punhado dedinheiro a fazer algo que pensa náo ser assim tãoilegal."

Lewis admite ter feito várias viagens a man-do de Calvares, o que prova que a sua ingenuida-de seria ilimitada. Ele diz que não era apenas umtransportador de pedras, mas que as comerciavanos Estados Unidos, recebendo em pagamentouma parte dos lucros. Não soube dizer, porém,onde e para quem vendia as pedras, limitando-se ainformar que chegou a colocar anúncio no TheMiami Herald para oferecê-las. O anúncio, noentanto, não foi exibido.

Nesta altura da entrevista, surgiu à frente dacasa de Hayes um Lincoln branco com duasmulheres, provocando uma certa apreensão nosentrevistados. Hayes saiu e tentou saber do que setratava, mas náo teve êxito, porque o carro já seafastava. Voltou, então, sorridente, com a expli-cação: "Eram as mulheres dos agentes de segu-rança que estão me protegendo. Pode anotar issotambém".

Informado de que a menção aos agentes sóseria feita caso um deles fosse apresentado, Hayesdeu de ombros: "Não me importa se você aeredi-ta, mas posso lhe garantir que em mim ninguémtoca."

Page 10: fIwÊ - Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca ...

10 ü Io caderno ? sábado, 24/8/85

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JORNAL DO BRASILFundado em IfWl

M F. DO NASCIMENTO BRITO — Dirrlor Presidente

BERNARD DA COSTA CAMPOS — Diretor

aamm&tMwtMam&mmtB&KcmemiaimBammKBBarMJ. A. DO NASCIMENTO BRITO — Diretor Executivo

MAURO GUIMARÃES — Diretor

FERNANDO PEDREIRA — Redator Chefem

MARCOS SÁ CORRÊA — Editore

JOSÉ SILVEIRA — Secretário Executivo

Veríssimo

Mentiras VerdadeirasGRANDE

foi o furor despertado pelas declara-ções do Ministro interino da Fazenda e por um

documento atribuído aos técnicos da mesma pastasobre os problemas com os quais se defronta aeconomia brasileira. Ao fim de um dia de idas evindas rocambolescas, íoi demitido o Ministro interi-no. Que lições tirar de todo esse episódio?

Ora, parece ser um consenso nacional, e umaverdade aceita por todo o Governo, que a inflaçãocom a qual estamos convivendo, e que ameaçarecrudescer, é o mais grave dos nossos problemas.Parece ser consenso entre economistas de esquerda edireita que penalizar os mais pobres com essa infla-ção, ainda quando tentando manter o nível de empre-go através de taxas positivas de crescimento, éigualmente injusto. E parece, também, que todosconcordam com a impossibilidade de continuar admi-nistrando a dívida pública em um ambiente de taxasde juros crescentes, sem que o Governo contenha osseus gastos.

Que a taxa de inflação está novamente em alta éoutro ponto do qual ninguém mais discorda. Oproblema consiste, evidentemente, na forma de enca-rar a nossa situação e as verdades da nossa economia.Pois não se conserta uma nação sem sofrimento, semdor e, sobretudo, sem a desmontagem de grandesesquemas de favores e privilégios.

Ao longo dos anos, o vício inflacionárío crioupoderosas estruturas que se associaram ao poder edividem com ele, em estruturas secundárias, às vezesimunes até ao próprio desejo do Planalto, os benefí-cios que podem ser desfrutados.

Em uma conjuntura dessas, a única postura quepoderá manter a credibilidade do Governo é a doreconhecimento dos problemas e do chamamento àNação para uma política de austeridade. Nuncaquerer tapar o sol com a peneira. Pois desmentir averdade que salta aos olhos de todos significa reafir-mar que se está vivendo em um clima artificial, onde

as políticas corretivas não são para valer, mas paragarantir alguns parâmetros de sobrevivência dentrode uma conjuntura cronicamente inflacionária.

É inegável que o governo do Presidente JoséSarney conseguiu conter a inflação em espiral queameaçava sua administração desde abril. Mas isto sefez, é preciso considerar também, à custa de congela-mentos parciais de preços e represamentos de tarifas.Toda a sociedade entendeu e assimilou o caráterheróico das propostas feitas em meio à turbulência dasucessão e à longa enfermidade do Presidente Tancre-do Neves.

Esperava-se, depois dessas noites de insônianacional, que em algum momento no futuro osproblemas fossem atacados a fundo e taxas de 200%ao ano começassem a cair. Continuar convivendo como que aí está é socialmente injusto, é moralmentecondenável. Retratar os fatos como eles são não podeser considerado como verdadeira mentira.

Mas é preciso, também, que a administraçãopública encontre um patamar de coerência que supereas divergências entre técnicos. Divergências que seeternizem e impeçam uma linha coerente e harmônicade política econômica, ainda quando seja próprio doque se chamou de Nova República conservar e cultuara liberdade democrática de divergir, somente contri-buirão para tumultuar a vida nacional. A políticaeconômica precisa encontrar uma coerência internaque se reflita em compromissos da administraçãocomo um todo para conter o déficit público, e deixarde jogar sobre as costas da sociedade civil o peso dosimpostos ou medidas paliativas.

Se alguém está minando a administração doPresidente Sarney são aqueles que se opõem aoemagrecimento do setor público, de pesadas estrutu-ras gastadoras que incham os déficits e depois vêmretirar da poupança nacional o necessário para seucusteio.

Papel do CongressoO

diagnóstico para o mal-estar que estonteia e derepente ameaça de paralisia o Congresso brasi-

leiro é a sua falta de atualização. Faz muito oParlamento desacertou o passo com o da sociedade,acabando por perdê-la de vista em uma curva docaminho. Como a nação não pode parar, o Congressoprecisa correr para alcançá-la.

No último quarto de século o que ocorreu noBrasil foi um processo de modernização muito rápido,ainda que às vezes atabalhoado. Do ponto de vistamaterial, algumas de suas regiões integram hoje omapa daquela parte do mundo que já completou ociclo básico da industrialização e da urbanização.

A despeito das desigualdades de que ainda sofre,também a sociedade brasileira acompanhou as trans-formações econômicas e incorporou valores e condu-tas próprias de uma civilização em dia com a moderni-dade. Criou necessidades novas e descartou aspira-ções mais consentâneas com o "país essencialmenteagrícola" a que já não pertence.

Boa parte das instituições nacionais, entretanto,ainda servem mais para o país agrícola que sepreocupava com a saúva do que ao país industrial queenfrenta o desafio da eletrônica. Às vezes a fachadaparece atual, mas o que ela esconde continua impreg-nado de anacronismo.

É o caso do Congresso. Instalou-se num ambien-te futurista, refrigerou-se, cibernetizou-se. Mas tudoisso para quê? Para continuar representando o ladovelho e atrasado da nação, para acolher e satisfazer osinteresses do clientelismo político que não tem maislugar numa sociedade urbana, industrial e dinâmica.

Condenado por si mesmo à monotonia de uma

rotina deslocada no tempo, o Congresso teria o seudistanciamento acentuado pelo regime arbitrário de1964, que o reduziu à insignificância como poder,compensando-o por isso com as aparentes vantagensmateriais a que hoje se aferra — menos por mesqui-nhez do que por incompreensão do papel que lhe cabedentro do novo cenário brasileiro.

A crise por que passa neste momento o Congres-so deveria servir aos seus líderes como um toque queos despertasse para as características e necessidadesdo aqui e agora. A recuperação das prerrogativas deque hoje se cogita deveria ser encarada como oportu-nidade de ouro para uma profunda e modernizadorareforma da instituição.

Diretrizes para essa mudança poderiam ser colhi-das em parlamentos de nações mais civilizadas, quehá muito se atualizaram. Não faz sentido continuar osegundo poder de um país com o peso internacionaldo Brasil a reunir-se para ouvir ridículos discursos depinga-fogo nem perder tempo com a discussão evotação de leis impertinentes que ninguém conhe-cera.

Câmara e Senado têm de ser a caixa de repercus-são dos grandes anseios desta nação de 125 milhões.Sua função é contribuir para a formulação da políticanacional e acompanhar a sua correta aplicação. Nãopode continuar como simples desaguadouro de inte-resses paroquiais. Assuma o Congresso as suas prer-rogativas, porém fique só com as mais relevantes.Reforme drasticamente os seus regimentos, mas extir-pe deles aquilo que hoje o apequena. Mude, enfim,para tornar-se efetivo, para erguer-se à altura dodesenvolvimento já alcançado pela sociedade.

Jogos SecretosA

espionagem é o lado mais romanesco do jogo depoder entre as superpotências — e também

entre potências menores. Na índia do século passado,a Inglaterra espionava constantemente para manter a"pérola da coroa"; e esse "grande jogo" do ForeignOffice forneceu o pano de fundo para um beloromance de Rudyard Kipling — Kim.

De lá para cá, mudaram as armas e os costumes;mas os objetivos continuam a ser os mesmos. Nenhu-ma diplomacia importante dispensa o seu lado "secre-to"; mesmo se a eficiência desses serviços freqüente-mente não compensa o seu custo. A "inteligência"norte-americana, que pode ser acompanhada mais deperto que a soviética, dispõe de recursos imensos —e, até por causa disso, deixa patentes os limites daespionagem.

Numa série de escrutínios que se realizaram arespeito da CIA, ela foi culpada por deixar de prevera crise dos mísseis em 1962, ou as origens e intençõesda brigada de combate soviética "descoberta" emCuba em 1979 — falhas de informação extremamentegraves para a preparação da estratégia nacional dosEUA. Também deixou de prever a ofensiva do Thet,no Vietnam, e o uso iminente da força em situaçõescomo a guerra de 1973 no Oriente Médio ou o ataqueda Argentina às ilhas Falklands. Falhou, sobretudo,na crise que precedeu a derrubada do Xá no Irã — emparte porque confiou muito nos relatórios da Sawak,a polícia secreta do próprio Xá.

Se a CIA tem, assim, decepcionado freqüente-mente o Governo que a subvenciona, também é fácilespecular sobre o efeito negativo da KGB numasociedade virtualmente paralisada pela suspeita. Deum modo geral, critica-se nos diversos serviços deespionagem a visão fragmentada que oferecem dosproblemas, a falta de perspectiva que leva os "investi-

gadores" a mergulharem cada vez mais no episódico eno preconceito. Conhecem-se sobejamente os efeitosdessa visão estreita sobre a atividade de "inteligên-cia" no Brasil — que raramente faz jus a esse nome(se é que algum dia o fez).

Nada disso impede as duas Alemanhas de seremo paraíso da espionagem — e sobram motivos paraisso. Por ali passa a fronteira entre os dois blocos; alise defrontam diretamente a OTAN e o Pacto deVarsóvia. Um simples código descoberto — ou umacaderneta de telefones — pode produzir resultadossensíveis.

Também é muito fácil ser espião na Alemanha.Um alemão do Oeste faz-se passar sem problemas porum cidadão do Leste — e vice-versa. No grandeêxodo (para o Oeste) dos anos 50 e 60, quando aindanão havia o Muro de Berlim e as cercas eletrificadas,o bloco Leste aproveitou essas facilidades para "ex-portar" um pequeno exército de espiões.

Quando as facilidades acabaram, havia outrosmeios — para o Leste — de manter sempre constantea sua "força de trabalho". Os que emigraram de boafé deixaram quase sempre familiares do outro lado —sobre os quais a chantagem podia ser exercida aqualquer momento. Outra forma muito comum dechantagem era ameaçar um emigrado com a revelaçãoda sua "ficha" de nazista — fichário que o lado Leste,tanto quanto o do Oeste, mantém perfeitamente emdia. Ainda outro atrativo é o fato de que espiõesalemães raramente ficam muito tempo na cadeia:acabam sendo trocados por agentes do outro lado.Tantas facilidades — e tanto interesse — explicam asucessão de "grandes casos" que se sucedem naAlemanha envolvendo agentes "simples" ou "du-pios", e de que o atual é apenas o mais recente, masprivilegiado por circunstâncias espetaculares.

f££3^\JL wimmi!

Pianistas

CartasLiberdade e soberania

.(...) A emenda constitucional, de ini-criativa do Poder Executivo, deve conter,apenas, o art. Io, que é suficiente para ainstalação de Assembléia Constituinte li-vre e soberana. É necessário insistir naliberdade e na soberania da Assembléia,quando se tein em vista a elaboração deoutra Constituição e não de simplesemenda, mais ou menos ampla, à atualcarta constitucional.

Assim, a Assembléia Constituinte po-dera transformar a República, suprimir aFederação, dissolver as Forças Armadas,modificar o regime de propriedade e deprodução de bens, por ser livre e sobera-na, embora, é claro, não tenha de fazê-lo,porque refletirá, em suas disposições,determinado estágio de desenvolvimentoda sociedade brasileira. O que não éaceitável é o balizamento prévio dasações dos constituintes pela emendaconstitucional, é pretender, antes da elei-ção dos constituintes pelo povo, que hajainstituições intocáveis c imunes a refor-mas, pois, caso contrário, ter-se-á situa-ção semelhante à da anedota, em que opai assegura à filha que ela é livre paracasar, desde que o faça como o João-zinho.

É de esperar, portanto, que o Con-gresso aprove a emenda, que lhe foienviada, rejeitando os artigos 2° e 3o.Roberto Fonseca da Rocha Leão — Rio deJaneiro.

InformáticaUma coincidência ou uma deturpação

deliberada? Na coluna C&C do JOR-NAL DO BRASIL do dia 5/8/85 há umartigo citando a ADR como recomenda-da pela Solomon Brothers para seus altoslucros. No jornal Data News de 6/8/85 háum artigo que informa que a ADR esperafechar o segundo trimestre do ano novermelho. A edição especial da revistaDados e Idéias, número 86A de agos-to/1985, página 28, mostra o representan-te da ADR no Brasil como uma das maisendividadas no ramo.

Por que o JORNAL DO BRASILestá publicando dados favoráveis do anopassado, exatamente no momento emque os dados atuais mostram uma situa-ção preta da ADR? O material da colunaC&C é matéria paga? William CarlyleKoelsch — Rio de Janeiro.

A atenção da coluna C&C foi desper-tada pelo crescimento da indústria desoftware, e não pelo caso específico daADR, empresa do mesmo ramo daCincom Systems, da qual o missivistaWilliam Carlyle Koelsch é gerente dafilial Rio. C&C não divulga matériaspagas.

BombeirosTendo em vista reportagem publicada

por esse jornal no dia 15 Ago 85, sob otítulo Fogo destrói loja e atinge edifício,em que são relatadas vaias ao socorro doCBERJ que chegou ao local, por atrasono atendimento, tenho a esclarecer oseguinte:

1") O incêndio, conforme informa areportagem em apreço teve início às10h30tnin.

2o) Este incêndio, cujo número noCentro de Operações do CBERJ é o 7o,foi avisado às 1 lh, através do telefone n°580-6626.

3o) Verifica-se logo que, entre a horado aviso e a chegada do socorro ao local,transcorreram apenas 10 minutos.

Gostaria então de solicitar a devidapublicação destas informações, para queo público em geral tenha a noção exatado que ocorreu, esclarecendo que, todosos dados sobre o assunto estão à disposi-ção desse jornal, na hora em que dc. cjar.

Aproveitamos a oportunidade parasolicitar ao público em geral que, aoprimeiro sina! de sinistro acione de ime-diato o Corpo de Bombeiros, para emseguida combatê-los. Nei Rodrigues dosSantos, Major BM Relações Públicas doCorpo de Bombeiros do Estado do Rio deJaneiro.

Convivência racialEm Decreto de 9/8/85, o Governo

brasileiro decidiu proibir quaisquer ativi-dades que caracterizem intercâmbiocultural, artístico ou desportivo com aAirica do Sul e proibir, ao mesmo tempo,o fornecimento de armas e material cor-relato àquele país.

Para assim decidir, o Governo consi-derou que

"o regime do apartheid estáem contradição flagrante com os princ.-pios de democracia e convivência racialvigentes no Brasil c vem merecendo ajusta icpulsa dos mais diversos setores dasociedade" e que

"'atenta contra a cons-ciência e a dienidade de humanidade e é

incompatível com a Carta das NaçõesUnidas e a Declaração Universal dosDireitos Humanos e constitui uma amea-ça à paz e à segurança internacionais".

O Estado, ao contrário do que alguémousou dizer, tem a obrigação de mantercomportamento ético, não só no seurelacionamento com a nação, mas no seuconvívio com o mundo. Apenas com aexceção de alguns descendentes mentaisde Gobineau e de negociantes aéticos, oumesmo antiéticos, o Brasil inteiro aplau-de a edição do Decreto, assinado peloPresidente da República e por todos osMinistros de Estado.

Para ser, entretanto, coerente comessa atitude moral, o Governo deve to-mar a iniciativa de promover a atualiza-ção e o reforço da legislação anti-racista eempreender, simultaneamente, campa-nha psicossocial no sentido de acabarcom a discriminação racial, que existe,embora disfarçada. No Brasil, o negro é,muitas vezes, tratado até com amabilida-de, contanto, porém, que fique em seulugar, que não se misture com as famíliasbrancas. É um racismo cordial, mas racis-mo quand même.

Dentro da mesma filosofia, é precisoque o Brasil assine e ratifique, o quantoantes, a Convenção contra a tortura eoutros tratamentos ou castigos cruéis,desumanos ou degradantes, aprovada pe-

âla Assembléia Geral da Organização dasNações Unidas, aos 10 de dezembro de1984. Esse crime nefando já havia sido,no século XVIII, objeto da reprovação, amais enérgica, do Marquês de Becearia,no célebre opúsculo Dos delitos e daspenas, cujo texto seguinte merece trans-crição: "É uma barbaria consagrada pelouso na maioria dos governos aplicar atortura a um acusado enquanto faz oprocesso, quer para arrancar dele a con-fissão do crime, quer para esclarecer ascontradições em que caiu, quer paradescobrir os cúmplices ou outros crimesde que não é culpado, mas do qualpoderia ser culpado, quer enfim porquesofistas incompreensíveis pretenderamque a tortura purgava a infâmia." ManoelMoreira de Barros e Silva e José Dutra —Rio de Janeiro.

ImpunidadeHá muito eu vinha querendo escre Ver

essa carta ao JORNAL DO BRASIL, Ésobre a segurança ou insegurança no Riode Janeiro, decorrente de um governopopulista. De um caudilho que vê sempreà sua frente a presidência, se esquecendode nós contribuintes. Dia 15/8, 20h5min,duas garotas mulatas, quatro homens,pretos e um branco fazem um alvoroçoem frente ao curso de inglês. As garotasdistraem gritando palavrões e ameaçandoa todos de morte. Ato contínuo, os cincoroubaram uma garota: relógio, pulseiras,cordão, ferimentos no pescoço e na inte-gridade.

Fogem, andando com a certeza daimpunidade, vão dividindo o ganho pelarua descaradamente. Já cansei de jorna-listas defendendo os presos (assassinos,estupradores, ladrões...), o Cardeal invo-cando os direitos humanos para quem jáperdeu o sentido de humanidade. Eles jánão roubam só para comer. São maus eodiosos, batem e matam pela cara davítima ou pela falta de dinheiro (já fuiassaltado cinco vezes e para ver outrosassaltos é só olhar pela janela). Eu queroum jornal, um governo, uma igreja quedefendam realmente os meus direitos. Apolícia bate neles. E eles não nos batem?Nos matam, nos envergonham comoquem tem a força, o autoritarismo dequem leva a carteira da impunidade nobolso, travestida num revólver.

Eu sou branco e já fui revistado emônibus por policiais. Não achei ruirn,comprendi e segui viagem, com um pou-co mais de segurança. Os guardas fazem edevem fazer seu trabalho, branco oupreto, japonês ou brasileiro. Na políciaexiste a corrupção e erros, mas onde nãohá? A Nova República não se propõeacabar com isso?... Eu peço. imploroatravés desta, uma posição a quem de

direito, um aparelhamento mais eficienteda polícia. Não entro no mérito de comose chegou a isso. Tenho 21 anos, vivitodos sob o manto da ditadura militar.Parece que daqui em diante viverei sob aditadura dos criminosos e assassinos. Euquero apenas a tranqüilidade de viver, deandar nas ruas, de namorar olhando a luasem ser mandado para o céu por não teros CrS 10 mil. É possível?... AlexandreNavarro Henrique — Rio de Janeiro.

Seminário de integraçãoA iniciativa do Io Seminário de Inte-

gração Nacional, promovido pelo JOR-NAL DO BRASIL, é um exemplo dematuridade da imprensa brasileira, nointeresse dos principais problemas donosso país-continente, e que deve serimitado.

Somente através de contínuos encon-tros como esse, levados a sério peloEstado e pelos empresários, com o apoioda imprensa, poderemos trazer à tona onecessário debate dos nossos principaisgargalos do desenvolvimento, que é porexemplo o da irrigação do Nordeste.

Soluções viáveis existem, e podem serexemplificadas através dos processos jáimplantados com pleno sucesso na Cali-fórnia, no Egito e em Israel, apenas paracitar alguns. Colocar em prática no nossoPaís dependerá somente de um trabalhoconjunto do governo, através de umprograma claro, objetivo e de longo pra-zo, aliado a uma participação madura dainiciativa privada com vistas ao real de-senvolvimento e não visando interessesoutros de captação de recursos subsidia-dos, que têm sido lamentavelmente umatônica na maioria dos programas incenti-vados pelo governo, por culpa de umaatuação irresponsável de pseudos-empresários, aliados a uma relapsa fisca-lização pelos órgãos governamentais.

O momento é de debate, visando àcriação de uma política firme para aimplantação deste programa, que levadoadiante alcançará um desenvolvimentode proporções gigantescas a um custorelativamente baixo. Parabéns ao JOR-NAL DO BRASIL pela iniciativa, quecom o apoio e participação maciça dosGovernadores do Nordeste, do Ministé-rio do Interior, e do que há de maisexpressivo do empresariado nacional,provocaram este debate que precisa sercontinuado, a fim de que a médio prazopossamos ter um Brasil maior, um Brasilna sua real dimensão. Mauro RibeiroViegas Filho — Rio de Janeiro.

NordesteA Superintendência do Desenvolvi-

mento do Nordeste — Sudenc — formulaa esse jornal o reconhecimento, que étambém de todo o seu corpo técnico,pelos excelentes resultados obtidos com arealização do Io Seminário de IntegraçãoNacional, em São Paulo.

Com os debates e conferências profe-ridos, abrem-se novas perspectivas à Re-gião do Nordeste, a partir de uma maiorconfiança dos investidores paulistas nosempreendimentos realizados ou progra-mados pela Sudene.

Formulamos votos de que novas ini-ciativas, desse gênero, sejam efetivadaspelo JORNAL DO BRASIL que, assim,mais uma vez, confirma uma evidenteliderança nos meios de comunicação doBrasil. José Reinaldo Carneiro Tavares,superintendente da Sudene — Recife(PE).

Defesa da faunaLi no JORNAL DO BRASIL — não

me lembro a data da edição — que odiretor do Jardim Botânico determinouinterditar aos visitantes a apanha de fru-tas no local, visando a preservá-las paraconsumo dos animais que vivem naquelaárea. Tal restrição parece-nos acertadíssi-ma e nossos parabéns ao senhor diretor.

Entretanto, achamos oportuna a se-guinte observação:

Em nossos passeios pelo jardim temossurpreendido, com certa freqüência, fun-cionários responsáveis pela limpeza reco-lher do chão toda fruta que caia dasárvores, independente de estar deteriora-da ou não. Tal eficiência, em certosaspectos louvável, colide com o fato deque a presença de animais de pequenoporte — e que não são "arborícolas" —recomenda deixar-lhes algumas frutas pa-ra sobrevivência e preservação do habi-tat. Fica aqui nosso apelo, senhor diretor.Gilberto Luiz dos Santos Júnior — Rio deJaneiro.

As cartas serão selecionadas para publi-cação no todo ou em parte entre as quetiverem assinatura, nome completo e legi-vel e endereço que permita confirmaçãoprévia.

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JORNAL DO BRASIL Opinião sábado, 24/8/85 1° caderno

Da degola à torturaMoacir Werneck de Castro

E Raízes do Brasi!, livro que "se tornou um clássico

de nascença"' (Antônio Cândido), sobrou para otrivial a definição do brasileiro como o homem cordial.Sérgio Buarque foi perseguido por essa qualificação, comose fosse um estigma. Logo ele, um homem intelectualmen-te (e em tudo o mais) sem mácula. Em vão Sérgio tentouexplicar que o adjetivo "cordial" refletia a acepção literaldo vocábulo; que o coração tanto pode a sede dos bonscomo dos maus sentimentos etc. Permaneceu ao longo dosanos o renitente clichê; e, com o clichê, para muitos, ainjustiça de supor que alguém tão profundamente conhe-cedor da nossa história pretendesse lançar uma cortina defumaça sobre a parcela de crueldade que ela encerra.

Estive pensando nisso ao ler nos últimos dias um livroonde é abordado frontalmente um capítulo da históriabrasileira que ainda suscita calafrios de horror. Chama-seMaragatos e Pica-paus — Guerra Civil e Degola no RioGrande, de Carlos Reverbel (L&PM, Porto Alegre, 1985).O autor é um gaúcho de boa cepa, velho jornalista,erudito pesquisador da história e da literatura rio-grandenses. Explica ele que a denominação de maragatosdada aos revolucionários federalistas de 93 tinha umsentido pejorativo: seriamaliciadores de mercenáriosde além-fronteira, pois foi doUruguai que partiram as tro-pas do famoso caudilho Gu-mercindo Saraiva, para sejuntar ao comandante doexército federalista, GeneralJoca Tavares. Os rebeldes,cujo símbolo era um lençovermelho, assumiram o ape-lido, adotando-o como títulode seu jornal. Já os governis-tas não absorveram a alcu-nha de pica-paus, derivadodo topete desse pássaro, quelembrava as divisas brancas usadas pelos soldados de Júliode Castilhos.

Esse "confronto armado entre elementos das classesdominantes" iria dividir o Rio Grande do Sul até aformação da Frente Única liberal de 1930. Teve depermeio outro momento de guerra civil, em 1923, quandoos herdeiros dos maragatos, sob a chefia de Assis Brasil, sesublevaram contra o governo de Borges de Medeiros,continuador de Castilhos. Reverbel conta a história comlucidez de visão e espírito crítico. Sobretudo com coragemno enfrentar "essa espécie de tabu" que tem sido obanditismo praticado em 1893.

A degola, ou "gravata colorada" (vermelha) —esclarece Reverbel—era usual em ambos os lados. Criou-se "todo um ambiente, cujo folclore, incluindo até episó-dios de aterrorizar crianças, impregnou a psique dos rio-grandenses, povoando-as de fantasmas sanguinários", co-mo está documentado no romance O Louco do Cad, deDionélio Machado. "Degolar requeria ciência", observa oescritor regionalista gaúcho Alfredo Jacques, citado porReverbel. Havia duas maneiras de degolar: uma, à brasi-leira, dois talhinhos secionando as carótidas; e outro, àcriolla, de orelha a orelha. Durante a Revolução Federa-lista, que fez umas 10 mil vítimas, mais de mil gargantasteriam sido cortadas, segundo um cálculo "por baixo".

Isso pode dar idéia de uma resenha de horrores, masé preciso dizer que o livro de Carlos Reverbel não tem essadimensão restrita. Em todo caso, vale resumir ainda o"caso das chapeleiras", contado por ele — um caso quemostra a que requintes macabros chegava a instituição dadegola. Morto e sepultado num cemitério campeiro ocaudilho Gumercindo Saraiva, por lá passou, no diaseguinte, o coronel Firmino de Paula, da Divisão doNorte, governista, que mandou abrir a cova e exumar pcadáver. As tropas foram postas a desfilar diante do corpodo "bandido", para todos se certificarem de que ele estava

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mesmo morto. O coronel teve, porém, outra idéia: dar acabeça de Gumercindo de presente a Júlio de Castilhos.Recolheu mais outra cabeça, de quebra, e levou as duaspara Porto Alegre, onde fez questão de entregá-las empessoa ao presidente do Estado. Arranjou duas caixas dechapéus, acondicionou nelas as cabeças dos rebeldes etocou-se para o palácio. Reverbel narra o desfecho: "Aotomar conhecimento da natureza dos troféus que lheestavam sendo entregues, Castilhos, possuído de violentacólera, cortou a palavra do sinistro visitante. E, aos gritos,mandou que se retirasse."

Essa orgia de sangue nos põe diante de um mistérioda psicologia social brasileira. Como entender que, numaregião habitada por gente tão afável, chã, comunicativa ehospitaleira, explodissem lutas fratricidas de tamanhaviolência? A explicação mais simplista, nascida de idios-sincrasias políticas, associa a esses paroxismos sanguiná-rios outros fenômenos afins, próprios do Rio Grande,como o caudilhismo, para efeito de excluir o gaúcho dacomunidade nacional: seria portador de uma "mentalida-de fronteiriça", alheia à nossa índole pacífica... Interessaobservar que essa teoria não encontra sequer animo nomais autorizado pensamento da direita, a julgar por um deseus pontífices, Oliveira Viana, que tece loas às virtudesdo gaúcho típico, e inclusive ao caudilhismo pampeiro.

É triste mexer nessesdesvãos da história, mas nãose pode passar por cima delese do que revelam. No som-brio capítulo das atrocida-des, Capistrano de Abreu ci-ta o caso dos paulistas quetocaram fogo numa igrejaonde estavam refugiados ín-dios de uma redução jesuíti-ca; à medida que estes saíam,como um rebanho de ove-lhas, os bandeirantes e ou-tros indígenas a seu serviço,"com espadas, machetes ealfanjes, lhes derribavam ca-

becas, trancavam braços, desjarretavam pernas... e racha-vam os meninos em duas partes, abrindo-lhes as cabeças edespedaçando-lhes os membros..." Pergunta, perplexo,Capistrano: "Compensará tais honores a consideração deque por favor dos bandeirantes pertencem agora ao Brasilas terras devastadas?"

Nem se diga que a decapitação é privilégio do Sul. Acabeça de Antônio Conselheiro foi decepada a faca. Entrecangaceiros e volantes houve, a certa altura, uma emula-ção macabra nessa prática. Lampião, Maria Bonita eoutros tiveram suas cabeças expostas por longo tempo,como troféus, no então chamado Museu Nina Rodrigues,de Salvador: serviam de atração turística. A diferença emrelação às degolas dos pampas era de método. NoNordeste, em vez de matar degolando, matava-se primeiroa tiro ou a faca, para decapitar em seguida.

Por influência da Revolução Federalista, o termodegola entrou no jargão político da República Velha (aprimeira). Naquele tempo, antes da Justiça Eleitoral, osmandatos parlamentares eram submetidos ao crivo arbi-trário de comissões de verificação, que

"degolavam"sistematicamente os oposicionistas. As vésperas da revolu-ção de 30, por exemplo, a degola abateu toda a bancadaparaibana e parte da mineira, num golpe feroz contra arepresentação da Aliança Liberal.

Depois de 1964, a degola tomaria o nome de cassaçãode mandatos parlamentares e direitos políticos. E, novida-de maior, setores da máquina do Estado passaram aadotar como norma a prática de torturar prisioneirosindefesos, às vezes matando-os — atrocidade que deixalonge, pela covardia, as abomináveis façanhas dos guerrei-ros de 1893. Esses podiam ser bárbaros; mas eram,incontestavelmente, bravos, e pelo menos arriscavam suasvidas nos entreveros sangrentos.

Moacir Wemeck de Castro é jornalista

Sarney inaugura seu governoRicardo Noblat

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Coisas da política

SE não era boa,

tornou-se no mi-nimo incômoda, den-tro do Governo, a po-sição do MinistroFrancisco Dornelles,da i -izenda. A detnis-são do Sr SebastiãoMarcos Vital foi omais duro e sério aba-lo já sofrido pelo mi-nistro que mais tinha o que perder com a mortedo Presidente Tancredo Neves — e que, desdeentão, coleciona seguidas derrotas. As críticas doMinistro Interino da Fazenda à política econômi-ca do Governo irritaram o Presidente da Repúbli-ca, que delas só tomou conhecimento na vésperade sua publicação. Até o meio da tarde de ontem,o Sr Sarney contentava-se com a nota que o SrVital distribuíra, desmentindo que tivesse dito oque, de fato, dissera para perplexidade de umaseleta platéia de 20 banqueiros reunidos em umhotel de Brasília.

Antes de o sol se pôr, o Presidente decidiudemitir o Ministro Interino da Fazenda e produ-ziu, assim, o primeiro e expressivo gesto deafirmação política que inaugurou, de fato, o seu.governo. O próprio Presidente ocupou-se emconsultar por telefone alguns dos banqueiros quetestemunharam o desabafo do Sr Vital. Convenci-do de que ele realmente dissera o que forapublicado, e de que mentira na nota ontemdivulgada, o Sr Sarney sacou da caneta e odemitiu. Não perguntou ao Sr Dornelles o queachava do gesto — limitou-se, apenas, a informa-Io. O Ministro da Fazenda acatou a decisão doPresidente porque, do contrário, só lhe restava ocaminho da rua.

O que disse o Sr Vital aos banqueiros e odocumento elaborado por assessores do Sr Dor-nelles sobre a realidade do País escancaram, devez, as insolúveis contradições que minam ocomando econômico do Governo. Mais que isso:realçam, em definitivo, a oposição que hoje moveo Ministério da Fazenda às opções de políticaeconômica adotadas pelo Presidente José Sarney.Passa, assim, a ser uma simples questão de maisou de menos tempo o previsível desenlace entre oPresidente e o seu Ministro da Fazenda, quetenderá a se encolher. Descarte-se, por inverossí-mil, que o Sr Vital pense de forma radicalmentediferente do seu ex-chefe imediato. Admita-sg^oque é mais razoável, que o Sr Vital tenha agidoanimado por um temperamento impulsivo que,no Sr Dornelles, é mais brando, ou que eleconsegue conter.

Mesmo assim, restará a evidência de que oMinistério da Fazenda pensa uma coisa e de que oPalácio do Planalto pensa outra a respeito da

melhor maneira de tocar o país. O preço de tãoflagrante desencontro é pago por todos os quedesejam, esperam e dependem de uma conduçãohomogênea, ou pelo menos equilibrada, de umapolítica econômica de governo por ora inexisten-te. O Presidente parece ter escolhido o caminhode não delinear, claramente, uma política para osetor, e de continuar oscilando entre a barbabem-aparada do Sr Sayad e a careca, que ontemdeve ter perdido mais alguns fios de cabelo, do SrDornelles. Aparentemente, segue o Presidente odesalinho dos ternos do seu assessor, Luiz PauloRosemberg.

Rejubila-se o Presidente da República porter empurrado de barriga a renegociação da nossadívida. Até retomá-la, a dívida não deixará decrescer, os juros continuarão a ser pontualmentepagos, e o problema não se tornará menor. Ainflação, todavia, ameaça disparar novamente,ampfia-se o déficit público, e as metas esboçadasno início do ano começam, agora, a ser revistas.Ainda em junho, o Sr Dornelles alertou para ainflação de dois dígitos que se aproximava com achegada do mês de agosto. O Presidente, poucodepois, condenou os pessimistas, confessou seudesprezo por aqueles que enxergam a catástrofe acada esquina, e lembrou a confiança no país doex-Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira.

O Sr Sarney argumenta que reverteu a ex-pectativa de fechar o ano com uma inflação de400%. Era com esse índice, segundo ele, que asmultinacionais e as mais importantes empresasbrasileiras trabalhavam no início do seu governo.Alegra-se o Presidente em conseguir manter ainflação mais ou menos na mesma escala da queherdou do General João Figueiredo. Os influen-tes conselheiros econômicos do Sr Sarney imagi-nam que só gradativamente, e ao longo dospróximos três anos, a inflação entrará em curvadescendente. O gradualismo, no caso, não era areceita do Presidente Tancredo Neves, como nãoé a do Sr Dornelles. Com a morte do Presidente,o Sr Dornelles ficou órfão de pai. Com a demis-são do Sr Vital, amputaram o braço direito doMinistro da Fazenda.

Entregue dentro do Governo ao desamparoe mutilado tantas vezes por não ter visto vingaremsuas idéias, o Sr Dornelles reassumirá seu postonão se sabe bem por quê. Ele mesmo, emdesabafos amargos nos últimos dois meses, admi-tiu que não tem muito mais o que fazer noGoverno. Sabe que enfrenta, dentro do Paláciodo Planalto, um aguerrido batalhão de adversa-rios bem-armados que não perdem a chance dealvejá-lo. Se pedir demissão, até poderá ouvir umcandente apelo do Presidente para que permane-ça no cargo. Mas se insistir em ir embora, acabaráindo. Em favor do Sr Dornelles, diga-se que o seunão é um caso isolado. Há, pelo menos, meia-dúzia de ministros que, se pedirem as contas, elaslhes serão dadas.Ricardo Noblat é Editor Regional do JORNAL DO BRASIL em Brasília.

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E no mais é como disse o Ministro Aluísio Pimenta no dosoutros, falando a uma assembléia de intelectuais: "Vejo quetem alguns dormindo aí. Dormir pode, não pode babar." E oque, em Peçanha, terra do Ministro, se chama de wit.

Rs, a?ri^mmMoral, cultura, religião

Dom Eugênio de Araújo Sales

ACABO de regressar do Nordeste. Participei, em Acari, Rio

Grande do Norte, do encerramento das solenes celebraçõesdo sesquicentenário da criação da Paróquia. A semente daevangelização fora plantada um século antes. Desejo fazer, aqui,alguns comentários.

Conheço bem aquela área, onde nasci. Repetidas vezes, alitenho retornado. Por mais que lamentemos o atraso, aindaexistente, inegável é o progresso nas últimas décadas. Contudo, oresíduo de miséria que ainda subsiste envergonha o Brasil.Acrescente-se a disparidade com o Sul do país, desafio àconsciência cristã.

Outra face, que muito preocupa, é o enfraquecimento datessitura moral, a persistência da infecção que mina a vidapública, político-partidária. São fatores por vezes mais prejudi-ciais que as próprias crises climáticas, as secas.

Há um desenvolvimento em meio à penúria. A necessidadedo fortalecimento de postulados éticos impõe-se, igualmente,como sustentáculo e meta do crescimento integral da região.

Uma segunda observação na oportunidade do sesquicente-nário de uma pequena paróquia, perdida no semi-árido Seridó,onde ocorrem as mais baixas quedas pluviométricas de todo oPolígono das Secas é a importância da Cultura como preservaçãodas características de nossa gente. O vigor de sua influência, aexigência de resguardá-la, em meio às dificuldades e problemas, éevidente. Após cinco anos de terrível seca, percebe-se uma rápidareconstrução. E é fácil constatar que esta se alicerça em valoresque identificam aquele povo, legado dos antepassados. E istoconstitui a cultura, no sentido tomado pelo Santo Padre no seudiscurso à UNESCO, a 2 de junho de 1980: "A cultura é ummodo específico do existir e do ser do homem". Ou ainda:"Aquilo pelo que o homem enquanto homem se torna maishomem" (Carta ao Cardeal Secretário de Estado instituindo oConselho Pontifício para a Cultura, a 20 de maio de 1982). ODocumento de Puebla (n° 386) recorda a definição do Concilio:"O estilo de vida comum (Gaudium et Spes, n° 53) que caracterizadiversos povos".

Tem sido notória a preocupação do Pontífice atual sobre oassunto.

O diálogo da Igreja com as culturas, hoje, "é uma área vital,na qual está em jogo o destino da Igreja e do mundo neste final doséculo XX" (João Paulo II aos Cardeais reunidos em Roma, a 5de dezembro de 1979). Ele instituiu, em 1982, o PontifícioConselho para a Cultura com o objetivo de facilitar o diálogoIgreja-Cultura". Dirigindo-se àquele Conselho, a 18 de janeiro de1983, João Paulo .II lembra que "a Igreja, por meio dosmissionários, já realizou uma obra incomparável em todos osContinentes". Lançando uma vista para toda a América Latina,os Bispos declararam, no Documento de Puebla (n° 445), que "a

Fé da Igreja marcou a alma da América Latina (...) constituindo-se na matriz cultural do Continente". E no n° 389: "O essencialda cultura é constituído pela atitude com que um povo afirma ou•nega sua vinculação com Deus, pelos valores e desvaloresreligiosos".

A relação entre a evangelização e a cultura foi incluída naGaudium et Spes e Evaiigelli Nuntiandi. João Paulo II trata damatéria em Catechesi Tradendae. E na Constituição SapientiaChristiana, ele deixa claro: "É necessário que toda cultura dohomem seja permeada pelo Evangelho (...) purificar e renovarem Cristo os costumes dos homens" (Proêmio). Dois aspectos sãoimportantes sob esse prisma. Expor a Verdade revelada, semalterá-la, excluindo, assim, o sincretismo e a falsa promoção doscaracteres particulares de um povo ou região; descobrir caproveitar os valores positivos que se encontram nas váriasfilosofias e criaturas.

Para alcançar tal objetivo, valem as palavras de São Paulo (1Ts 5, 21): "Examinai tudo; guardai o que é bom".Revendo a vida longa desta paróquia encravada no centro

do Nordeste, pude constatar "de visu" a importância da culturapara a preservação da vida espiritual e moral de uma comunidade.Em tudo o que revi de bom, suas raízes continuam profundamen-te ligadas ao Evangelho, trazido pelos missionários e mantidopela abnegação de sacerdotes e leigos.

Uma terceira lição nos fala da situação religiosa.Diante de turbulências que agitam a vida eclesial, somos

levados a pensar que é assim por toda parte. E eis que vejo, naparóquia de Acari e na diocese a que pertence, a face tranqüilados ministros de Deus, agentes de pastoral, multidões continuan-do o seu caminhar na Fé em Cristo, amor à Igreja, devoção filialao Santo Padre. E isto ocorre por este Brasil afora.

Como no tempo do Mestre, os pobres, os simples, ospequeninos de qualquer categoria social, diante da empáfia deuma minoria, constituem verdadeiramente a Igreja de Deus.Sobre essa atitude, leio em uma revista internacional, publicadaem Paris, de 14 de junho último, o seguinte comentário de umcélebre e insuspeito escritor latino-americano: "A grande maioriados católicos de Nicarágua, como todos na América Latina,professam não uma religião (...) proposta pela Igreja popularmas, de modo especial, uma Fé (...) que sempre fez a força daIgreja entre nós: a fé do carvoeiro".

Nas festividades em que estive, a imensa massa humanaindicava a força da crença de um povo, o vigor de uma culturamarcada pelo Evangelho. Emerge, daí, a importância de conser-var esses valores religiosos e morais para a própria sobrevivênciade uma comunidade.

Em meio às dúvidas de Fé, com reações antes inadraissfveisem matéria de disciplina e devoção ao Papa, sente-se, ainda, aFidelidade do povo simples. Sem a contaminação de ideologias,contestações, prossegue o seu caminho.

Dom Eugênio de Araújo Sales é Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro.

A dívida pública do RioCésar Maia

NOS 10 anos que vão de 1972 a 82, o dinheiro externo e

interno aparentemente fácil e barato estimulou o setorpúblico a pensar que as receitas eram infinitamente elásticas. Foiassim em todo o país e, comp era de se esperar, também no Riode Janeiro. Nas eleições de 1982, onde o Governo Federal jogavao controle do Colégio Eleitoral, a orgia financeira atingiu o ápice,com a infeliz coincidência de convergir com a crise de nossobalanço de pagamentos. Neste quadro, as administrações esta-duais, embora aderentes em geral ao esquema, se destacarampositiva ou negativamente, por perícia ou imperícia na gestão desuas dívidas.

No caso do Rio de Janeiro, a análise, para ser elucidativa,exige o desmembramento da dívida pública global em três partes:a da administração direta, a do metrô e a das demais empresasestatais.

A dívida da administração direta, portanto contratadadiretamente pelo Tesouro, se subdivide em interna, através deemissão de títulos e contratos, e externa. Transformando-a emORTN, para podermos comparar valores no tempo, ela em 1978alcançava 45,5 milhões de ORTNs, no final do governo FariaLima. Em 1982, no final do governo Chagas Freitas, iá alcançava118,8 milhões de ORTNs.

Cresceu, neste período, em todas as rubricas. Se o cresci-mento real global foi de 161%, o da dívida externa em separadofoi de 435%, passando de 6,4% para 13,1% do total. A partir de1983, apesar do impacto da maxidesvalorização de fevereiro, asangria começa a ser revertida. Em dezembro de 1984, a dívidaglobal estava no mesmo nível de 1982,118,7 milhões de ORTNs,portanto levemente inferior. Em junho de 1985, este valor tinhadeclinado para 115,6 milhões de ORTNs.

A contenção do endividamento pode ser melhor visualizadapelo fluxo de receitas provenientes de operações de crédito, ano aano. De 11,5 milhões de ORTNs em 1978 passou-se para 33milhões em 1980 e 52,3 milhões em 1982. A contenção do gastopúblico permitiu reduzir tal fluxo para 9 milhões em 1983 e apenas1,2 milhões em 1984.

No grupo das empresas estatais, excluindo o metrô, ocorreuprocesso semelhante. O saldo de suas dívidas, no final de 1978,atingiu a 30,8 milhões de ORTNs, e avançou em fins de 1982 para56,9 milhões de ORTNs. A dívida aqui está concentrada nasempresas de saneamento e habitação (CEDAE e CEHAB) queparticipam com quase 95% do total.

São basicamente linhas do BNH, a juros corretos e prazoselásticos. A redução daquele saldo para 54,1 milhões de ORTNsem fins de 1984, tendo em vista os projetos de alto interesse socialcolocados, foi indesejada.

Em junho de 1985, o saldo da dívida voltou aos níveis de1982, chegando a 60,7 milhões de ORTNs, em função decontratos da CEDAE. Contamos que o fundamental piograma desaneamento da baixada fluminense possa oferecer uma expansãocorreta e orgânica sobre o atual saldo. Cumpre lembrar que aexpansão da dívida da CEDAE durante o governo anterior, de 20milhões de ORTNs, seria suficiente para sanear a baixada.

Finalmente, cumpre abordar a questão da dívida do metrô.Ela se encontra dividida em dívida de 2 tipos: a contratada pelo

metrô, e a contratada pelo Tesouro estadual para transferência aometrô. Normalmente as referências à divida do metrô apenasindicam os compromissos contabilizados pela empresa. Só estesalcançam, em junho de 1985, 50,8% da dívida somada dos trêsgrupos a que nos referíamos. Ela sozinha alcança 182,3 milhõesde ORTNs, valor 57,7% maior que toda a dívida da administra-çáo direta que, como se viu, era de 115,6 milhões neste mesmomês. Porém, da dívida da administração direta, 32% têm comoresponsável final o metrô.

Toda a dívida do metrô, direta ou indiretamente, foicontratada até 1982. Ela se divide em dívida externa e interna. Ainterna é relativa a empréstimos do BNDES, Caixa EconômicaFederal, BNH e operações 63. A dívida externa corresponde auma participação que oscila em tomo de 90% do total. Teveoriginalmente o aval da União. Nada mais coerente, na medidaem que a decisão de executar naquele momento o projeto metrôtinha relação fundamental com a crise do petróleo de 1973. Destaforma, a União absorvia parte substancial do endividamento. Oaval prestado à empresa por definição deficitária, como o équalquer metrô do mundo, identifica a disposição do avalista dese comportar como se devedor fosse. As relações do BNDES como Rio são exemplo disto. Desta forma, quando do vencimento doserviço da dívida, o avalista absorve-a e a contabiliza transitória-mente como inadimplência coberta, que, no caso da União, éregistrada como dívida junto ao Banco do Brasil, dentro dasistemática do aviso GB-58S. Isto será regulado quando datransformação desta posição em capital, sem ou com direito avoto.

No entanto, entre outubro de 1979 e dezembro de 1981, ogoverno da época decidiu "comprar" o aval da União, ou seja,resgatar o aviso GB-588 ou a dívida externa com aval da União.Foram 4 operações num total de 235 milhões de dólares responsa-veis pela crise por que passou o banco do Estado e por umdispêndio anual, apenas com juros, da ordem de 44 CIEPS. Talfalha técnica teve efeitos financeiros graves, que produziram umencilhamento dramático em 1983, hoje superado a custo de umgrande sacrifício.

O Governador Leonel Brizola, em defesa dos interesses doEstado do Rio de Janeiro, entendendo qual a vontade originalimplícita das partes no projeto metrô, desenvolveu a tese daabsorção final do avalista com transformação em capital e, atravésda Secretaria de Fazenda, encaminhou o ofício n° 657 relativo àdouta Procuradoria da Fazenda Nacional.

Esta, no início de agosto, acolheu a argumentação do Rio deJaneiro e encaminhou parecer concordante ao Exm° Sr. Ministroda Fazenda. Cumpre lembrar que o Procurador da Fazenr*-,atual, é o mesmo do Governo anterior.

Em breve, o Governo do Rio de Janeiro poderá apresentar àsua população uma redução da dívida da ordem de 151 milhões deORTNs ou CrS 7.5 trilhões de agosto de 85 ou ainda 50%'de todoo saldo da dívida que em dezembro de 1984 montava a CrS 7.3trilhões.

Cabe alocar responsabilidade à administração financeiraanterior?

A Assembléia Legislativa, na sua conipeiéncia fiscal, caberiadefinir.

César Maia e Secretário de Fazenda do estado do Rio de Januiro.

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12 ? Io caderno ? sábado, 24/8/85 Internacional JORNAL DO BRASIL

Chile prende coronelque encobriu torturas

; Santiago — Um juiz militar chilenoordenou a detenção e o julgamento doex-chefe do serviço secreto dos Carabi-neiros. Coronel Luiz Fontaine, acusadode encobrir a morte causada por torturasde um estudante universitário. O juizHernan Montero, de Valparaiso, orde-nou a prisão após interrogar Fontaine.

— A decisão é importante porque,pela primeira vez em julgamentos destanatureza, a Justiça Militar aceita a exis-tência de responsabilidade institucional(neste caso, de Carabineiros) — comen-tou Laura Sotto, advogada da família douniversitário Carlos Godoy Echegoyen,de 23 anos, que morreu no quartel deOuintero, junto a Valparaiso, onde foradetido sob acusação de subversão.

Doenças"'- Godoy Echegoyen foi detido com

outros 12 colegas e teria morrido, segun-do a versão dos Carabineiros, de uma"insuficiência", no dia 21 de fevereiro.Mas seus companheiros — todos acusa-dos de pertencer a uma "escola de guerri-lhas" — denunciaram que sua morte foiprovocada pelas torturas que sofrerá du-rante o dia 20.

Na semana passada, o juiz Monterojá havia mandado prender o CapitãoHector Diaz e o sargento Victor Navarro,acusando-os de terem sido os torturado-res do estudante. Mandou prender tam-bém, como cúmplices, o Capitão ReneCarmona e o cabo Júlio Hurtado. Osquatro eram da Direção de Comunica-ções de Carabineiros (Dicomcar), chefia-da pelo Coronel Fontaine.

A Dicomcar foi dissolvida este mês,depois que o juiz civil José Canovas citou

como réus do assassínio de três militantescomunistas sete oficiais e sete suboficiaisdos Carabineiros, incluindo Fontaine. Adecisão de dissolver a Dicomar foi adota-da pelo novo diretor dos Carabineiros,General Rodolfo Stange, que assumiu ocargo após a crise provocada na institui-ção pela comprovação do envolvimentodos policiais no tríplice crime. A crisegerou uma reformualção da cúpula dosCarabineiros.

SeqüestroOntem, quando o regime militar do

General Augusto Pinochet mandava mais14 oposicionistas para o interior do Chile,em confinamento de 90 dias, uma puni-ção que é ditada sem julgamento, aempregada doméstica do ex-candidatopresidencial, o social-democrata kuisBossay, era libertada pelos desconheci-dos que a seqüestraram há três dias.Nesse período, os seqüestradores a inter-rogaram sobre as atividades e amizadesdo senador Bossay.

O Vicariato da Solidariedade, orga-nização defensora dos direitos humanosligada ao Arcebispado de Santiago, de-nunciou a existência de "uma organiza-ção ilegal que conta com abundantesmeios materiais, humanos e financeiros",que se dedica a amedrontar os jovenscristãos. Segundo o secretário-executivodo Vicariato, Diácono Enrique Palet,"nos últimos quatro meses foram regis-trados 72 seqüestras — dos quais quatroem agosto incluíram agressões sexuais, 93casos de ameaças de morte, 114 persegui-ções e 75 amedrontamentos contra mem-bros das comunidades de base".

Quito — Foto da AP¦Bli-JM ' ' ' ' ' ih1!11'1!'1!^ i 'il1!1' . il l h ' ' ' '' '

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Com um revólver na cintura, o depu-tado do Partido Liberal do Equador,Carlos Plaza(E), agrediu no rostoLenin Rosero, do MPD, de tendênciacomunista, que teve de ser atendidocom uma hemorragia nasal. A luta,em pleno Congresso Nacional emQuito, quinta-feira à noite, foi apenasuma entre as muitas que tumultuarama sessão. Tudo começou com a inter-

EUA confirmamperda de aviãoem El Salvador

Washington e San Salvador — ODepartamento de Defesa americano ad-mitiu a perda de um avião espião nãotripulado em El Salvador. Segundo por-ta-voz do Pentágono, o Skyeye R4E-40(de cinco metros de comprimento) caiuperto da cidade de San Carlos, na provín-cia de Morazán, "mas não há evidênciasde que uma ação hostil tenha causado aqueda".

Um correspondente de rádio salva-dorenho, informou a agência AP, viuimpactos de bala na fuselagem do aviãodos Estados Unidos. O porta-voz daEmbaixada americana em San Salvador,Ponald Hamilton, confirmou que o aviãodesenvolvia atividades de espionagem pa-ra apoiar as operações do Exército salva-dorenho naquela província, um tradicio-Bal bastião da guerrilha esquerdista.

Embora fontes militares salvadore-nhas não tenham confirmado, a RádioVenceremos — porta-voz da guerrilha —denunciou que três aviões da Força Aé-rea bombardearam e metralharam cam-poneses da cidade de Jutiapa, na provín-cia de Cabanas. A rádio informou quemulheres, crianças e velhos que tentavamse refugiar em uma caverna foram metra-lhados. Não especificou o total de vítimasdo ataque aéreo.

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venção do Deputado Carlos Camilo,do MPD, durante interpelação aoMinistro Luis Robles Plaza. A ban-cada ofkialista, do Governo, reagiuencolerizada e avançou em massacontra os oposicionistas. Os depu-tados se atracaram a socos e pontapés

e tiveram de ser apartados porpoliciais.

Brasil caça oTurco Júlio"

para ArgentinaPorto Alegre — O diretor do Centro

de Estudos Legais e Sociais da Argenti-na, Emidio Mignone, pediu à PolíciaFederal brasileira a localização e prisãodo Io sargento da Polícia Federal HéctorJúlio Simon, o Turco Júlio ou TurcoSimon, um famoso torturador argentinoque está lotado na delegacia de Goya, naprovíncia de Comentes.

A informação foi dada pelo fundadordo Movimento de Justiça e Direitos Hu-manos, Jair Krischke, observando queTurco Júlio foi acusado por dezenas deex-presos políticos de violar os direitoshumanos, liderando torturas em camposde concentração como o Clube Atlético,Banco e Vesúvio.

O Turco Júlio tornou-se conhecidonacionalmente no Brasil em maio último,quando o Movimento de Justiça e Direi-tos Humanos descobriu sua participaçãono esquema montado por grupos parami-litares argentinos em Uruguaiana, nolado brasileiro da fronteira, de curasmilagrosas pelo curandeiro Carlos Eustá-quio Barbosa, o Garrincha, que era, naverdade, testa-de-ferro do grupo. O es-quema de supostas curas, até ser desman-telado, permitia arrecadar até CrS 8 bi-Ihões a cada 15 dias, com consultas,hospedagens, viagens, etc.

Panamá defende a pazpara América Central

Cartagena — "Os países centro-

americanos não querem a guerra", disseo Chanceler do Panamá, Jorge AbadiaÁrias, ao chegar à Colômbia para partici-par da primeira reunião do Grupo deContadora com o Grupo de Apoio (Bra-sil, Argentina, Peru e Uruguai), desdeque este último foi criado a 29 de julho,um dia após a posse do Presidente doPeru, Alan Garcia.

— A América Latina está demons-trando seu desejo de que o conflito naAmérica Central culmine através de umdiálogo construtivo — afirmou o Chance-ler da Colômbia, Augusto RamirezOcampo. Oficialmente, a reunião seráaberta hoje pelo Presidente colombiano,Belisário Betancur, e terminará do-mingo.

A fórmula para a criação de uma"força de paz*' na fronteira da Costa Ricacom a Nicarágua ou de uma "força multi-nacional" de verificação dos acordos depaz na América Central será certamentediscutida na reunião, cuja pauta vemsendo mantida em segredo.

O Chanceler Ocampo — ao comen-tar declaração de seu colega do Uruguai,Enrique Iglesias, sobre a disposição deseu país de integrar uma eventual forçade paz — afirmou que "há tambémoutros países latino-americanos dispostosa dar seu apoio". Disse que nações nãoamericanas, fundamentalmente da Ço-munidade Econômica Européia, tambémjá manifestaram desejo de contribuir comum corpo de inspetores internacionais.

Em San José, o Presidente da CostaRica, Luis Alberto Monge, voltou a de-nunciar agressão da Nicarágua e reveloua existência de uma campanha mundialcontra seu país, para mostrar que ataquescontra sandinistas partem de territóriocostarriquenho. Afirmou que o Exércitosandinista atacou um posto da GuardaCivil em Boca de San Carlos, mas náohouve vítimas. Também informou quetrês aviões tipo Push and Pull invadiram oespaço aéreo costarriquenho para tomarângulo de tiro contra posições anti-sandinistas na margem nicaragüense dorio San Juan.

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Fujioka. Japão — Foto da Reuters

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O inglês Peter Mathew (E) olha o caixão do filho, morto na queda do avião da JAL

Tóquio — O Ministério dos Transportes do Japão infor-mou que a inspeção dos 69 Boeing 747 (Jumbo) da empresaJapan Air Lines e sua subsidiária Japan Asian Air Linesencontrou problemas em 12 aparelhos, incluindo rachaduras,arranhões, ferrugem e dobradiças frouxas, mas isso não prejudi-ca a segurança de vôo.

A inspeção foi ordenada pelo Governo devido ao desastrecom um 747 da JAL que matou 520 pessoas. O aparelho perdeuparte do estabilizador traseiro antes de bater contra o monteOsukatayama e explodir. O acidente foi dia 12 e até hoje asautoridades não têm uma explicação oficial para o acidente.

Sem chanceAs autoridades disseram que temem que não será possívelidentificar os restos mortais de 30 passageiros do 747 da JAL e

alguns jamais serão recuperados. A explosão e o incêndio quese seguiram à queda desintegraram vários passageiros oudestruíram a maior parte de seus corpos, restando apenas um ououtro braço, ou perna, ou cabeça, todos sem possibilidade deidentificação.

Os trabalhos de recuperação e identificação prosseguemem seu 12° dia e 200 pessoas permanecem na cidade de Fujioka,a mais próxima do local da queda, na esperança de aindaconseguir recuperar os corpos dos parentes mortos.

Em Tóquio, técnicos do Ministério dos Transportes conti-nuaram a inspecionar os hangares de manutenção da JAL paraver se houve alguma negligência em relação ao Jumbo acidenta-do. Quatro aviões tiveram problemas ontem no Japão mas asautoridades disseram que pelo menos 100 incidentes desse tipoacontecem todo ano no Japão, só que agora eles estão tendopublicidade. Apesar disso, um funcionário do Ministério dosTransportes, não identificado pela agência Reuters, admitiu queos incidentes estavam "um

pouco freqüentes demais e supercon-centrados".

Um Boeing 747 da Northwest Airlines com 402 pessoas abordo fez um pouso de emergência no aeroporto de Narita,Tóquio, depois que oito de seus 16 pneus estouraram ao tocar apista. O aparelho vinha de Los Angeles, e Narita ficou fechadodurante 70 minutos;

Um avião da Air France que vinha de Paris com 162passageiros fez um pouso de emergência no aeroporto de Osakacom problemas numa turbina;

Um DC-10 da Japan Air Lines com 271 pessoas teveproblema de turbina quando se preparava para decolar doaeroporto de Osaka para Seul. O vôo foi cancelado e mecânicosdescobriram uma lâmina quebrada na turbina;

Equipes de manutenção da Ali Nippon Airways em Osakaencontraram um vazamento de óleo num Lockheed L-1011 queia voar horas depois para Kumamoto, na ilha de Kyushu.

British Airways revisa turbinasManchester — A British Airways está revisando todas as

turbinas de seus Boeing-737 depois da explosão de uma delas,que provocou incêndio num aparelho da British Airtours,empresa subsidiária, matando 54 pessoas na quinta-feira. Oaeroporto de Manchester, onde ocorreu o acidente, entrou emalerta ontem para uma descida de emergência de um avião daempresa iugoslava Inexadria, com 93 passageiros, que teve umdefeito no trem de aterrissagem mas desceu sem problemas.

Em Washington, a Divisão Nacional de Segurança emTransportes revelou que dia 22 de julho recomendou que todasas empresas americanas examinassem o mesmo modelo deturbina que explodiu em Manchester depois que uma investiga-ção mostrou que os motores Pratt & Whitney estiveramenvolvidos em sete acidentes entre 1981 e maio de 1985.

Hipótese contráriaA ordem da Divisão compreendia as turbinas JT8D-15,17

e 17R, e o avião acidentado em Manchester tinha duas unidadesJT8D-15. Nos acidentes houve problemas com lâminas daturbina, e as primeiras informações sobre o incidente emManchester falam que uma lâmina cortou asJinhas de combustí-vel alimentando o fogo provocado pela explosão do motor.

A Pratt & Whitney, com sede em Connecticut, EstadosUnidos, enviou quatro engenheiros para acompanhar a investi-gação das autoridades britânicas sobre o acidente com o 737 da

Tunísia e Líbiatrocam ameaças emobilizam tropas

Túnis—Tropas da Tunísia entraram em alerta na fronteiracom a Líbia e reforços foram deslocados para a região, depoisque o líder líbio Muammar Kadhafi ameaçou o país vizinho comuma ação militar, a menos que a Tunísia cesse o que eleclassificou de campanha de imprensa contra a Líbia. Tambémem território líbio foram detectados movimentos de tropas.

A tensão entre os dois países da África do Norte aumentousubitamente, por causa da decisão do Governo líbio de devolverao país de origem cerca de 25 mil dos 92 mil trabalhadoresmigrantes tunisinos. Túnis considerou as expulsões parte de umplano para desestabilizar o Governo do Presidente HabibBourguiba e chamou seu Embaixador em Trípoli "para cônsul-tas". Determinou também a expulsão do país de 283 líbios,incluindo 30 diplomatas (quase toda a representação líbia),acusados de espionagem.

ComboiosDiplomatas disseram que comboios militares tunisinos

estão se dirigindo para o Sul e que toda a região foi posta emestado de alerta. O Ministro do Exterior, Beij Caid Essebsi,enviou carta ao Secretário-Geral da ONU, Javier Pérez deCuéllar, dizendo que a situação era grave e uma ameaça direta àpaz da região, por causa das ameaças líbias de "usar a forçacontra a soberania e a integridade da Tunísia".

O Governo tunisino convocou o Embaixador líbio, Abdal-lah Harari, e lhe transmitiu um enérgico protesto.

No Cairo, o Presidente egípcio Hosni Mubarak, referindo-se à expulsão de mais de 100 mil trabalhadores egípcios daLíbia, disse que se trata de uma manobra "para ocultar abancarrota em que o país está".

Paz volta a Beiruteapós 12 dias de luta

Beirute — Milicianos cristãos e muçulmanos obedeceramao cessar-fogo estabelecido pelos sírios depois de 12 dias decombate e Beirute pôde retomar aos poucos sua vida normal,enquanto líderes das várias facções se reuniam numa aldeia dasmontanhas, sob a presidência de um general sírio, para discutiro plano do estabelecimento de observadores sírios na Capitallibanesa, encarregados de vigiar a trégua.

Após quatro horas de reunião, os participantes nãoquiseram fazer declarações, o que foi considerado sinal de quenáo houve consenso sobre os locais na cidade onde os observa-dores devem ficar.

O tráfego entre os setores cristão e muçulmano foireaberto e o aeroporto de Beirute voltou a operar, apósgarantias de cristãos e muçulmanos de que o pouparão, comoterritório neutro.

British Airtours. O chefe do inquérito, inspetor GeoffreyWilkinson, afirmou que está examinando uma hipótese contra-ria à ventilada no dia do desastre: se a explosão da turbinadireita não foi causada pelo rompimento de uma tubulação decombustível em vez de uma lâmina da turbina ter rompido atubulação.

A versão da lâmina cortando a linha de combustível édefendida por Gil Thompson, diretor técnico do aeroporto deManchester, que colocou a turbina Pratt & Whitney sobsuspeita. Ontem foram realizados vários funerais de algumasdas 54 vítimas, e 15 pessoas continuam internadas em hospitaisdevido ao acidente com o avião que levava 131 passageiros e seistripulantes.

Outra coisa que preocupa os encarregados do inquérito é ofato de vários sobreviventes terem contado que a tripulaçãomandou os passageiros permanecem em suas poltronas depoisque o aparelho parou e começou a ser envolvido pelas chamas.Um passageiro disse numa entrevista pelo rádio que ignorou asinstruções e conduziu a mulher e dois filhos para uma das saídasde emergência.

O secretário da Federação Internacional de Trabalhadoresem Transportes, Harold Lewis, afirmou que o desastre deManchester serve como advertência para a prática adotada pelaBritish Airways de bloquear algumas portas de saída de seusmodelos maiores, os Boeing-747, para colocar mais poltronas.

Botha reafirma quenão mudará sistemade discriminação

Johannesburgo — O Presidente da África do Sul, PieterBotha, reafirmou que não mudará a política de apartheidadotada por seu Governo e disse que não teme manter essaposição,

"da qual depende o futuro do país". O Presidente falou

a um grupo de cerca de 3 mil jovens da ala juvenil de seu PartidoNacional.

— As reformas não surgem da noite para o dia. Nãovamos entrar em pânico levados por elementos irresponsáveisem busca de uma oportunidade. O Partido Nacional é o partidoda renovação e da liberdade e só tem uma alternativa: ir emfrente — disse Botha .

Acrescentou que continuará consultando as instituiçõespolíticas de seu partido com o compromisso de cumprir aopinião da maioria.

PrisõesFontes da oposição informaram que a Polícia prendeu um

grupo de dirigentes da Frente Democrática Unida — organiza-çáo inter-racial que combate o Governo — e, entre os presos,deve estar o líder Allan Boesak. Ontem cedo, Boesak tinhaconvocado toda a comunidade negra e simpatizantes para umamarcha, na próxima quarta-feira, sobre a Penitenciária dePollsmoor, na Cidade do Cabo, onde está preso o dirigentenegro Nelson Mandela, há 21 anos.

Boesak pretendia, com a marcha, manifestar apoio àcampanha internacional em favor da libertação de Mandela.Boesak, um dos fundadores da FDU e presidente da AliançaInternacional das Igrejas Reformadas, não compareceu a umareunião que tinha marcado para ontem à noite, na Cidade doCabo, e não pôde ser encontrado por seus companheiros.

Pela primeira vez, a imprensa sul-africana abriu espaçopara Nelson Mandela. Os jonais, as emissoras de rádio etelevisão transmitiram a entrevista publicada na véspera pelojornal Washington Times, o primeiro que pôde ouvi-lo naprisão. Mas defensores dos direitos humanos disseram que oGoverno só permitiu que a entrevista fosse publicada no paísporque Mandela, desta vez, afirmou que aos negros, agora, sóresta recorrer à violência para tomar o Poder.

Em Soweto, a Polícia libertou 300 crianças que prenderana véspera porque boicotavm as aulas, seguindo a campanha deprotesto contra o tratamento desigual que os estudantes negrostêm do Governo, em comparação com os privilégios gozadospelos brancos. Mas policiais da maior cidade negra sul-africanavoltaram ontem a prender 500 estudantes que faltaram às aulas,acusando-os de "'vagabundagem". E o bbpo negro DomDesmond Tutu teve de intervir para conter um grupo de paisque ameaçava invadir a delegacia para libertar seus filhos.

Na cidade negra de Aiiwal North. policiais, armados comescopetas, mataram seis negros e feriram 24, que os enfrenta-ram com pedras e coquetéis molotov.

Astronautasse arriscarãopara conserto

Cabo Canaveral, Flórida — Os técni-cos da NASA deram luz verde para olançamento, hoje, da nave espacial recu-'perável Discovery, para nova missão queincluirá arriscado passeio no espaço paraconsertar um satélite com defeito.

A Discovery e sua tripulação de cincoastronautas deverão partir às 8h38min(9h38min do Brasil), na vigésima missãode uma nave recuperável, programadapara se estender por oito dias. Serãofeitas 127 órbitas terrestres, a uma vcloci-'dade de cerca de 28 mil quilômetros porhora.

Durante o passeio espacial de seishoras, programado para sexta-feira, osastronautas John van Hoften e WilliamFisher tentarão recuperar com o braço-robô da Discovery um satélite inativo quecustou 85 milhões de dólares. Houve umafalha no sistema de foguetes que dirigi-riam o satélite até a sua correta posiçãoem órbita terrestre.

A tripulação deverá ainda lançar noespaço três satélites, sendo dois america-nos e um australiano. Essa operação estáprevista para os três primeiros dias devôo da Discovery.

JAL encontra rachaduras em 12 ÜESBoeing mas nega que haja risco

Sigilo na BBC —Os jornalistas daBritish Broadcasting Corporation (BBC)têm de assinar a Lei de Segredos Oficiais(a exemplo dos funcionários do Governo)antes de assumir seus cargos, informouporta-voz da BBC. Segundo ele, "pede-se aos jornalistas com acesso a materialsensível que assinem uma declaraçãocomprometendo-se a respeitar a lei (desegredos oficiais)". A emissora estatal derádio e TV da Grã-Bretanha continua sobpressão do Sindicato dos Jornalistas bri-tânicos, indignado com o controle políti-co e ideológico aos funcionários da BBC.Kohl e Mitterrand — Questõesde defesa devem estar em primeiro lugarna agenda de discussão entre o Presiden-te Francês François Mitterrand e o Chan-celer alemão ocidental Helmut Kohl, quese encontrarão hoje durante sete horasem Fort de Bregancon, no Sul da França.A informação é de funcionários france-ses, que também apontaram o escândalode espionagem na Alemanha Ocidentalcomo um dos prováveis assuntos de con-versa entre os dois dirigentes. O ultimeencontro entre Kohl e Mitterrand, naSuíça, em maio, acabou em divergênciasem tomo do programa do Presidenteamericano Ronald Reagan Guerra nasEstrelas.NáO à Chuva ácida — O PartidoLiberal, da Oposição na Suécia, susten-tou que a Inglaterra e a Polônia deverãoser levadas a julgamento na Corte Inter-nacional de Justiça de Haia se não toma-rem providências contra-a poluição at-mosférica acusada de destruir os lagos eas florestas das regiões ao norte da Euro-pa. A Inglaterra e a Polônia são respon-sáveis, respectivamente, por 62 mil tone-ladas e 44 mil toneladas da poluição deácido sulfúrico que cai anualmente emforma de chuva sobre a Suécia, denun-ciou o Partido Liberal, que deverá parti-ripar de uma coalizão de centro-direítanas eleições de setembro, concorrendocontra o Partido Social Democrata, go-vernista. ._:,Rim por trabalho — Um jovemespanhol, desempregado há três anos;colocou à venda um de seus rins em trocade um emprego. José Francisco PastorTortajada, de Alicante, na Espanha, sedisse desesperado. "Pode ser ruim paraminha saúde mas não me importo",acrescentou, informando que sua mãeatenderá, pelo telefone, os interessados.O índice de desemprego na Espanha éaproximadamente 20%.ÁsiaCachorro-bomba — Chamava-seKelly e estava plenamente familiarizadocom o cheiro do corpo do falecido Pri-meiro-Ministro da China, Chu En Lai.Era um cão alsaciano e estava treinadopara matar o dirigente chinês. A históriafoi contada ontem pelo jornal chinêsDiário de Harbin, que atribui o complô aagentes do serviço secreto de Formosa eda CIA. De acordo com o jornal, osassassinos subornaram funcionários deum hotel de Bandung, Indonésia, ondeChu se hospedou e conseguiram a roupade cama em que ele dormiu durante suaestada na cidade. Treinaram o cão e omandariam, carregado de bombas, aoencontro do dirigente chinês na viagemque faria a Paris em 1971. Chu cancelou aviagem no último momento.Marcos em dúvida — o Movi-mento da Nova Sociedade, partido doPresidente das Filipinas, Ferdinand Mar-cos, vai decidir amanhã se aprova ou nãoprojeto de lei que antecipa as eleiçõespresidenciais que, normalmente, estãoprevistas para 1987. Partidos de oposiçãointensificaram sua campanha pedindo arenúncia de Marcos depois que o Paria-mento, com maioria governista, vetouprojeto que propunha seu impedimento.Marcos, 67, está no Governo há 20 anos.AfricaCubanos ficam — As tropas conti-nuarão em Angola até que cessem "asincursões da África do Sul" àquele país.A afirmação foi feita pelo Ministro doExterior de Cuba, Isidoro Malmierca. emHarare, Zimbabue, onde está de visita.Em Luanda, o Governo informou queum português — Amilcar FernandesFreire, 65 — e dois angolanos foramcondenados à morte, depois que confes-saram que espionavam para a África doSul.Oriente MédioLuta nOS pântanos — O Iraqueanunciou que repeliu um ataque anfíbioiraquiano na região pantanosa do RioTigre, na frente sul. Segundo o comum-cado de Bagdá, o fogo intenso afundouoito barcos, matando seus ocupantes Namesma região, helicópte ros artilhadosatacaram posições iranianas, destruindoposições inimigas e um tanque.

Page 13: fIwÊ - Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca ...

12 ? Io caderno a sábado, 24/8/85 ? 2° Clichê Internacional JORNAL DO BRASIL

Chile prende coronel

que encobriu torturas

-ujioka, Japão — Foto da Reuters

Santiago — Um juiz militar chilenoordenou a detenção e o julgamento doex-chefe do serviço secreto dos Carabi-neiros. Coronel Luiz Fontaine, acusadode encobrir a morte causada por torturasde um estudante universitário. O juizHernan Montero, de Valparaíso, orde-nou a prisão após interrogar Fontaine.

— A decisão é importante porque,pela primeira vez em julgamentos destanatureza, a Justiça Militar aceita a exis-tência de responsabilidade institucional(neste caso, de Carabineiros) — comen-tou Laura Sotto, advogada da família douniversitário Carlos Godoy Echegoyen,de 23 anos, que morreu no quartel deQuintero, junto a Valparaíso, onde foradetido sob acusação de subversão.

DoençasGodoy Echegoyen foi detido com

outros 12 colegas e teria morrido, segun-do a versão dos Carabineiros, de uma"insuficiência", no dia 21 de fevereiro.Mas seus companheiros — todos acusa-dos de pertencer a uma "escola de guerri-lhas" — denunciaram que sua morte foiprovocada pelas torturas que sofrerá du-rante o dia 20.

Na semana passada, o juiz Monterojá havia mandado prender o CapitãoHector Diaz e o sargento Victor Navarro,acusando-os de terem sido os torturado-res do estudante. Mandou prender tam-bém, como cúmplices, o Capitão ReneCarmona e o cabo Júlio Hurtado. Osquatro eram da Direção de Comunica-ções de Carabineiros (Dicomcar), chefia-da pelo Coronel Fontaine.

A Dicomcar foi dissolvida este mês,depois que o juiz civil José Canovas citou

como réus do assassínio de três militantescomunistas sete oficiais e sete suboficiaisdos Carabineiros, incluindo Fontaine. Adecisão de dissolver a Dicomar foi adota-da pelo novo diretor dos Carabineiros,General Rodolfo Stange, que assumiu ocargo após a crise provocada na institui-ção pela comprovação do envolvimentodos policiais no tríplice crime. A crisegerou uma reformualçáo da cúpula dosCarabineiros.

SeqüestroOntem, quando o regime militar do

General Augusto Pinochet mandava mais14 oposicionistas para o interior do Chile,em confinamento de 90 dias, uma puni-ção que é ditada sem julgamento, aempregada doméstica do ex-candidatopresidencial, o social-democrata kuisBossay, era libertada pelos desconheci-dos que a seqüestraram há três dias.Nesse período, os seqüestradores a inter-rogaram sobre as atividades e amizadesdo senador Bossay.

O Vicariato da Solidariedade, orga-nização defensora dos direitos humanosligada ao Arcebispado de Santiago, de-nunciou a existência de "uma organiza-ção ilegal que conta com abundantesmeios materiais, humanos e financeiros",que se dedica a amedrontar os jovenscristãos. Segundo o secretário-executivodo Vicariato, Diácono Enrique Palet,"nos últimos quatro meses foram regis-trados 72 seqüestras — dos quais quatroem agosto incluíram agressões sexuais, 93casos de ameaças de morte, 114 persegui-ções e 75 amedrontamentos contra mem-bros das comunidades de base".

Quito — Foto da AP

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Com um revólver na cintura, o depu-tado do Partido Liberal do Equador,Carlos Plaza(E), agrediu no rostoLenin Rosero, do MPD, de tendênciacomunista, que teve de ser atendidocom uma hemorragia nasal. A luta,em pleno Congresso Nacional emQuito, quinta-feira à noite, foi apenasuma entre as muitas que tumultuarama sessão. Tudo começou com a inter-

EUA confirmamperda de aviãoem El Salvador

Washington e San Salvador — ODepartamento de Defesa americano ad-mitiu a perda de um avião espião nãotripulado em El Salvador. Segundo por-ta-voz do Pentágono, o Skyeye R4E-40(de cinco metros de comprimento) caiuperto da cidade de San Carlos, na provín-cia de Morazán, "mas não há evidênciasde que uma ação hostil tenha causado aqueda".

Um correspondente de rádio salva-dorenho, informou a agência AP, viuimpactos de bala na fuselagem do aviãodos Estados Unidos. O porta-voz daEmbaixada americana em San Salvador,Donald Hamilton, confirmou que o aviãodesenvolvia atividades de espionagem pa-rá apoiar as operações do Exército salva-dorenho naquela província, um tradicio-nal bastião da guerrilha esquerdista.

Embora fontes militares salvadore-nhas não tenham confirmado, a RádioVenceremos — porta-voz da guerrilha —denunciou que três aviões da Força Aé-rea bombardearam e metralharam cam-poneses da cidade de Jutiapa, na provín-cia de Cabaiias. A rádio informou quemulheres, crianças e velhos que tentavamse refugiar em uma caverna foram metra-lhados. Não especificou o total de vítimasdo ataque aéreo.

venção do Deputado Carlos Camilo,do MPD, durante interpelação aoMinistro Luis Robles Plaza. A ban-cada oficialista, do Governo, reagiuencolerizada e avançou em massacontra os oposicionistas. Os depu-tados se atracaram a socos e pontapés

e tiveram de ser apartados porpoliciais.

Brasil caça o"Turco Júlio"para Argentina

Porto Alegre — O diretor do Centrode Estudos Legais e Sociais da Argenti-na, Emidio Mignone, pediu à PolíciaFederal brasileira a localização e prisãodo Io sargento da Polícia Federal HéctorJúlio Simon, o Turco Júlio ou TurcoSimon, um famoso torturador argentinoque está lotado na delegacia de Goya, naprovíncia de Comentes.

A informação foi dada pelo fundadordo Movimento de Justiça e Direitos Hu-manos, Jair Krischke, observando queTurco Júlio foi acusado por dezenas deex-presos políticos de violar os direitoshumanos, liderando torturas em camposde concentração como o Clube Atlético,Banco e Vesúvio.

O Turco Júlio tomou-se conhecidonacionalmente no Brasil em maio último,quando o Movimento de Justiça e Direi-tos Humanos descobriu sua participaçãono esquema montado por grupos parami-litares argentinos em Uruguaiana, nolado brasileiro da fronteira, de curasmilagrosas pelo curandeiro Carlos Eustá-quio Barbosa, o Garrincha, que era, naverdade, testa-de-ferro do grupo. O es-quema de supostas curas, até ser desman-telado, permitia arrecadar até CrS 8 bi-lhões a cada 15 dias, com consultas,hospedagens, viagens, etc.

Panamá defende a pazpara América Central

Cartagena — "Os países centro-

americanos não querem a guerra", disseo Chanceler do Panamá, Jorge AbadiaÁrias, ao chegar à Colômbia para partici-par da primeira reunião do Grupo deContadora com o Grupo de Apoio (Bra-sil, Argentina, Peru e Uruguai), desdeque este último foi criado a 29 de julho,um dia após a posse do Presidente doPeru, Alan Garcia.

— A América Latina está demons-trando seu desejo de que o conflito naAmérica Central culmine através de umdiálogo construtivo — afirmou o Chance-ler da Colômbia, Augusto RamirezOcampo. Oficialmente, a reunião seráaberta hoje pelo Presidente colombiano,Belisário Betancur, e terminará do-mingo.

A fórmula para a criação de uma"força de paz" na fronteira da Costa Ricacom a Nicarágua ou dc uma "força mulii-nacional" de verificação dos acordos depaz na América Centrai será certamentediscutida na reunião, cuja pauta vemsendo mantida em segredo.

O Chanceler Ocampo — ao comen-tar declaração de seu colega do Uruguai,Enrique Iglesias, sobre a disposição deseu país de integrar uma eventual forçade paz — afirmou que

"há tambémoutros países latino-americanos dispostosa dar seu apoio". Disse que nações nãoamericanas, fundamentalmente da Co-munidade Econômica Européia, tambémjá manifestaram desejo de contribuir comum corpo de inspetores internacionais.

Em San José, o Presidente da CostaRica, Luis Alberto Monge, voltou a de-nunciar agressão da Nicarágua e reveloua existência de uma campanha mundialcontra seu país, para mostrar que ataquescontra sandinistas partem de territóriocostarriquenho. Afirmou que o Exércitosandinista atacou um posto da GuardaCivil em Boca de San Carlos, mas nãohouve vítimas. Também informou quetrês aviões tipo Push and Pull invadiram oespaço aéreo costarriquenho para tomarângulo de tiro contra posições anti-sandinistas na margem nicaragüense dorio San Juan.

Terremotosmatam 55na China

Pequim — Dois fortes tremores deterra provocaram ontem à noite a mortede pelo menos 55 pessoas e a destruiçãode 85% das casas da cidade de Wuqia, naProvíncia de Xinjiang, no Nordeste daChina, junto à fronteira com a UniãoSoviética. O Observatório Sismológicode Urungi informou que os tremoresatingiram 5 e 7,4 graus na escala Richtere que seu epicentro foi próximo a Wuqia.

Segundo o observatório, não era pos-sível contabilizar o número de feridos eos moradores da cidade estavam todosnas ruas, sem lugar para ir. Tropas doExército chinês foram enviadas para aregião para prestar ajuda aos desabriga-dos. A Província de Xinjiang é uma zonaagrícola e de criação de gado e metade desua população é muçulmana.

Astronautasse arriscarão

inglês Peter Mathew (E) olha o caixão do filho, morto na queda do avião da JAL Dará COIlSertOCabo Canaveral, Flórida — Os técni-

cos da NASA deram luz verde para olançamento, hoje, da nave espacial recu-perável Discovery, para nova missão queincluirá arriscado passeio no espaço paraconsertar um satélite com defeito.

A Discovery e sua tripulação de cincoastronautas deverão partir às 8h38min(9h38min do Brasil), na vigésima missãode uma nave recuperável, programadapara se estender por oito dias. Serãofeitas 127 órbitas terrestres, a uma veloci-dade de cerca de 28 mil quilômetros porhora.

Durante o passeio espacial de seishoras, programado para sexta-feira, osastronautas John van Hoften e WilliamFisher tentarão recuperar com o braço-robô da Discovery um satélite inativo quecustou 85 milhões de dólares. Houve umafalha no sistema de foguetes que dirigi-riam o satélite até a sua correta posiçãoem órbita terrestre.

A tripulação deverá ainda lançar noespaço três satélites, sendo dois america-nos e um australiano. Essa operação estáprevista para os três primeiros dias devôo da Discovery.

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Hlk. Bi;-.. *

JAL encontra rachaduras em 12Boeing mas nega que haja risco

Tóquio — O Ministério dos Transportes do Japão infor-mou que a inspeção dos 69 Boeing 747 (Jumbo) da empresaJapan Air Lines e sua subsidiária Japan Asian Air Linesencontrou problemas em 12 aparelhos, incluindo rachaduras,arranhões, ferrugem e dobradiças frouxas, mas isso não prejudi-ca a segurança de vôo.

A inspeção foi ordenada pelo Governo devido ao desastrecom um 747 da JAL que matou 520 pessoas. O aparelho perdeuparte do estabilizador traseiro antes de bater contra o monteOsukatayama e explodir. O acidente foi dia 12 e até hoje asautoridades não têm uma explicação oficial para o acidente.

Sem chanceAs autoridades disseram que temem que não será possível

identificar os restos mortais de 30 passageiros do 747 da JAL ealguns jamais serão recuperados. A explosão e o incêndio quese seguiram à queda desintegraram vários passageiros oudestruíram a maior parte de seus corpos, restando apenas um ououtro braço, ou perna, ou cabeça, todos sem possibilidade deidentificação.

Os trabalhos de recuperação e identificação prosseguemem seu 12° dia e 200 pessoas permanecem na cidade de Fujioka,a mais próxima do local da queda, na esperança de aindaconseguir recuperar os corpos dos parentes mortos.

Em Tóquio, técnicos do Ministério dos Transportes conti-nuaram a inspecionar os hangares de manutenção da JAL paraver se houve alguma negligência em relação ao Jumbo acidenta-do. Quatro aviões tiveram problemas ontem no Japão mas asautoridades disseram que pelo menos 100 incidentes desse tipoacontecem todo ano no Japão, só que agora eles estão tendopublicidade. Apesar disso, um funcionário do Ministério dosTransportes, não identificado pela agência Reuters, admitiu queos incidentes estavam "um

pouco freqüentes demais e supercon-centrados".

Um Boeing 747 da Northwest Airlines com 402 pessoas abordo fez um pouso de emergência no aeroporto de Narita,Tóquio, depois que oito de seus 16 pneus estouraram ao tocar apista. O aparelho vinha de Los Angeles, e Narita ficou fechadodurante 70 minutos;

Um avião da Air France que vinha de Paris com 162passageiros fez um pouso de emergência no aeroporto de Osakacom problemas numa turbina;

Um DC-10 da Japan Air Lines com 271 pessoas teveproblema de turbina quando se preparava para decolar doaeroporto de Osaka para Seul. O vôo foi cancelado e mecânicosdescobriram uma lâmina quebrada na turbina;

Equipes de manutenção da AU Nippon Airways em Osakaencontraram um vazamento de óleo num Lockheed L-1011 queia voar horas depois para Kumamoto, na ilha de Kyushu.

British Airways revisa turbinasManchester — A British Airways está revisando todas as

turbinas de seus Boeing-737 depois da explosão de uma delas,que provocou incêndio num aparelho da British Airtours,empresa subsidiária, matando 54 pessoas na quinta-feira. Oaeroporto de Manchester, onde ocorreu o acidente, entrou emalerta ontem para uma descida de emergência de um avião daempresa iugoslava Inexadria, com 93 passageiros, que teve umdefeito no trem de aterrissagem mas desceu sem problemas.

Em Washington, a Divisão Nacional de Segurança emTransportes revelou que dia 22 de julho recomendou que todasas empresas americanas examinassem o mesmo modelo deturbina que explodiu em Manchester depois que uma investiga-ção mostrou que os motores Pratt & Whitney estiveramenvolvidos em sete acidentes entre 1981 e maio de 1985.

Hipótese contráriaA ordem da Divisão compreendia as turbinas JT8D-15,17

e 17R, e o avião acidentado em Manchester tinha duas unidadesJT8D-15. Nos acidentes houve problemas com lâminas daturbina, e as primeiras informações sobre o incidente emManchester falam que uma lâmina cortou as linhas de combustí-vel alimentando o fogo provocado pela explosão do motor.

A Pratt & Whitney, com sede em Connecticut, EstadosUnidos, enviou quatro engenheiros para acompanhar a investi-gação das autoridades britânicas sobre o acidente com o 737 da

Tunísia e Líbiatrocam ameaças e

British Airtours. O chefe do inquérito, inspetor GeoffreyWilkinson, afirmou que está examinando uma hipótese contra-ria à ventilada no dia do desastre: se a explosão da turbinadireita não foi causada pelo rompimento de uma tubulação decombustível em vez de uma lâmina da turbina ter rompido atubulação.

A versão da lâmina cortando a linha de combustível édefendida por Gil Thompson, diretor técnico do aeroporto deManchester, que colocou a turbina Pratt & Whitney sobsuspeita. Ontem foram realizados vários funerais de algumasdas 54 vítimas, e 15 pessoas continuam internadas em hospitaisdevido ao acidente com o avião que levava 131 passageiros e seistripulantes.

Outra coisa que preocupa os encarregados do inquérito é ofato de vários sobreviventes terem contado que a tripulaçãomandou o; passageiros permanecem em suas poltronas depoisque o aparelho parou e começou a ser envolvido pelas chamas.Um passageiro disse numa entrevista pelo rádio que ignorou asinstruções e conduziu a mulher e dois filhos para uma das saídasde emergência.

O secretário da Federação Internacional de Trabalhadoresem Transportes, Harold Lewis, afirmou que o desastre deManchester serve como advertência para a prática adotada pelaBritish Airways de bloquear algumas portas de saída de seusmodelos maiores, os Boeing-747, para colocar mais poltronas.

Botha reafirma quenão mudará sistema

mobilizam tropas de discriminaçãoTúnis—Tropas da Tunísia entraram em alerta na fronteira

com a Líbia e reforços foram deslocados para a região, depoisque o líder líbio Muammar Kadhafi ameaçou o país vizinho comuma ação militar, a menos que a Tunísia cesse o que eleclassificou de campanha de imprensa contra a Líbia. Tambémem território líbio foram detectados movimentos de tropas,

A tensão entre os dois países da África do Norte aumentousubitamente, por causa da decisão do Governo líbio de devolverao país de origem cerca de 25 mil dos 92 mil trabalhadoresmigrantes tunisinos. Túnis considerou as expulsões parte de umplano para desestabilizar o Governo do Presidente HabibBourguiba e chamou seu Embaixador em Trípoli "para cônsul-tas". Determinou também a expulsão do país de 283 líbios,incluindo 30 diplomatas (quase toda a representação líbia),acusados de espionagem.

ComboiosDiplomatas disseram que comboios militares tunisinos

estão se dirigindo para o Sul e que toda a região foi posta emestado de alerta. O Ministro do Exterior, Beij Caid Essebsi,enviou carta ao Sccretário-Geral da ONU, Javier Pérez deCuéllar, dizendo que a situação era grave e uma ameaça direta àpaz da região, por causa das ameaças líbias de "usar a forçacontra a soberania e a integridade da Tunísia".

O Governo tunisino convocou o Embaixador líbio, Abdal-lah Harari, e lhe transmitiu um enérgico protesto.No Cairo, o Presidente egípcio Hosni Mubarak, referindo-se à expulsão de mais de 100 mil trabalhadores egípcios daLíbia, disse que se trata de uma manobra "para ocultar abancarrota em que o país está".

Paz volta a Beiruteapós 12 dias de luta

Beirute — Milicianos cristãos e muçulmanos obedeceramao cessar-fogo estabelecido pelos sírios depois de 12 dias decombate e Beirute pôde retomar aos poucos sua vida normal,enquanto líderes das várias facções se reuniam numa aldeia dasmontanhas, sob a presidência de um general sírio, para discutiro plano do estabelecimento de observadores sírios na Capitallibanesa, encarregados de vigiar a trégua.

Após quatro horas de reunião, os participantes nãoquiseram fazer declarações, o que foi considerado sinal de quenão houve consenso sobre os locais na cidade onde os observa-dores devem ficar.

O tráfego entre os setores cristão e muçulmano foireaberto e o aeroporto de Beirute voltou a operar, apósgarantias de cristãos e muçulmanos de que o pouparão, comoterritório neutro.

Johannesburgo — O Presidente da África do Sul, PieterBotha, reafirmou que não mudará a política de apartheidadotada por seu Governo e disse que não teme manter essaposição,

"da qual depende o futuro do país". O Presidente falou

a um grupo de cerca de 3 mil jovens da ala juvenil de seu PartidoNacional.

— As reformas não surgem da noite para o dia. Nãovamos entrar em pânico levados por elementos irresponsáveisem busca de uma oportunidade. O Partido Nacional é o partidoda renovação e da liberdade e só tem uma alternativa: ir emfrente — disse Botha .

Acrescentou que continuará consultando as instituiçõespolíticas de seu partido com o compromisso de cumprir aopinião da maioria.

PrisõesFontes da oposição informaram que a Polícia prendeu um

grupo de dirigentes da Frente Democrática Unida — organiza-ção inter-racial que combate o Governo — e, entre os presos,deve estar o líder Allan Boesak. Ontem cedo, Boesak tinhaconvocado toda a comunidade negra e simpatizantes para umamarcha, na próxima quarta-feira, sobre a Penitenciária dePollsmoor, na Cidade do Cabo, onde está preso o dirigentenegro Nelson Mandela, há 21 anos.

Boesak pretendia, com a marcha, manifestar apoio àcampanha internacional em favor da libertação de Mandela.Boesak, um dos fundadores da FDU e presidente da AliançaInternacional das Igrejas Reformadas, não compareceu a umareunião que tinha marcado para ontem à noite, na Cidade doCabo, e não pôde ser encontrado por seus companheiros.

Pela primeira vez, a imprensa sul-africana abriu espaçopara Nelson Mandela. Os jonais, as emissoras de rádio etelevisão transmitiram a entrevista publicada na véspera pelojornal Washington Times, o primeiro que pôde ouvi-lo naprisão. Mas defensores dos direitos humanos disseram que oGoverno só permitiu que a entrevista fosse publicada no paísporque Mandela, desta vez, afirmou que aos negros, agora, sóresta recorrer à violência para tomar o Poder.

Em Soweto, a Polícia libertou 300 crianças que prenderana véspera porque boicotavm as aulas, seguindo a campanha deprotesto contra o tratamento desigual que os estudantes negrostêm do Governo, em comparação com os privilégios gozadospelos brancos. Mas policiais da maior cidade negra sul-africanavoltaram ontem a prender 500 estudantes que faltaram às aulas,acusando-os de "vagabundagem". E o bispo negro DomDesmond Tutu teve de intervir para conter um grupo de paisque ameaçava invadir a delegacia pata libertar seus filhos.

Na «dade negra de Aliwal North, policiais, armados comescopetas, mataram seis negros e feriram 24, que os enfrenta-ram com pedras e coquetéis molotov.

EuropaSigilo na BBC — Os jornalistas daBritish Broadcasting Corporation (BBC)têm de assinar a Lei de Segredos Oficiais(a exemplo dos funcionários do Governo)antes de assumir seus cargos, informouporta-voz da BBC. Segundo ele, "pede-se aos jornalistas com acesso a materialsensível que assinem uma declaraçãocomprometendo-se a respeitar a lei (desegredos oficiais)". A emissora estatal de-rádio e TV da Grã-Bretanha continua sobpressão do Sindicato dos Jornalistas bri-jtânicos, indignado com o controle políti-lco e ideológico aos funcionários da BBC.

Kohl e Mitterrand — Questõesde defesa devem estar em primeiro lugarna agenda de discussão entre o Presiden-1te Francês François Mitterrand e o Chan-celer alemão ocidental Helmut Kohl, quese encontrarão hoje durante sete horasem Fort de Bregancon, no Sul da França.A informação é de funcionários france-]ses, que também apontaram o escândalode espionagem na Alemanha Ocidentalcomo um dos prováveis assuntos de con-versa entre os dois dirigentes. O últimoencontro entre Kohl e Mitterrand, naSuíça, em maio, acabou em divergênciasem tomo do programa do Presidenteamericano Ronald Reagan Guerra nasEstrelas.Não à chuva ácida — o PartidoLiberal, da Oposição na Suécia, susten-tou que a Inglaterra e a Polônia deverãoser levadas a julgamento na Corte Inter-nacional de Justiça de Haia se não toma-rem providências contra a poluição at-mosférica acusada de destruir os lagos eas florestas das regiões ao norte da Euro-pa. A Inglaterra e a Polônia são respon-sáveis, respectivamente, por 62 mil tone-ladas e 44 mil toneladas da poluição deácido sulfúrico que cai anualmente emforma de chuva sobre a Suécia, denun-ciou o Partido Liberal, que deverá parti-cipar de uma coalizão de centro-direitanas eleições de setembro, concorrendocontra o Partido Social Democrata, go-vernista.

ÁsiaCachorro-bomba — Chamava-seKelly e estava plenamente familiarizadocom o cheiro do corpo do falecido Pri-meiro-Ministro da China, Chu En Lai.Era um cão alsaciano e estava treinadopara matar o dirigente chinês. A históriafoi contada ontem pelo jornal chinêsDiário de Harbin, que atribui o complô aagentes do serviço secreto de Formosa eda CIA. De acordo com o jornal, osassassinos subornaram funcionários deum hotel de Bandung, Indonésia, ondeChu se hospedou e conseguiram a roupade cama em que ele dormiu durante suaestada na cidade. Treinaram o cão e omandariam, carregado de bombas, aoencontro do dirigente chinês na viagemque faria a Paris em 1971. Chu cancelou aviagem no último momento.

ÁfricaCubanOS ficam — As tropas conti-nuarão em Angola até que cessem "asincursões da África do Sul" aquele país.A afirmação foi feita pelo Ministro doExterior de Cuba, Isidoro Malmierca, emHarare, Zimbabue. onde está de visita.Em Luanda. o Governo informou queum português — Amílcar FernandesFreire. 65 — e dois angolanos foramcondenados à morte, depois que confes-saram que espionavam para a África doSul.

Page 14: fIwÊ - Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca ...

JORNAL DO BRASIL Internacional sábado, 24/8/85 d Io caderno d 13

EUA testam míssil MX lançado de um silo subterrâneoWashington — O Pentágono in-

formou que o primeiro teste de ummíssil intercontinental MX lançado desolo subterrâneo foi um sucesso. Aarma aceitou com precisão suas seisogivas simuladas na ilha de Kwaja-lein, no Pacífico, depois de um vôo demeia-hora cobrindo distância de 6 mil400 quilômetros.

O míssil é capaz de carregar 10ogivas nucleares que podem ser apon-tadas para alvos diferentes mas, noteste, o MX levou seis ogivas desar-madas e um instrumental eletrônicopara avaliar a precisão da arma. Essefoi o nono teste do MX, mas o primei-ro a partir de um silo subterrâneo queera usado pelo míssil Minuteman e foiadaptado, reproduzindo as condiçõesem que as primeiras 10 unidades serãoinstaladas em dezembro de 1986 nabase da Força Aérea em Warren,perto de Cheyenne, Wyoming.

Sistema completoOs oito testes anteriores foram

bem sucedidos mas o lançamentoocorreu de tubos de disparo de con-creto montados na superfície da Baseda Força Aérea em Vandenberg, Ca-lifórnia, de onde também saiu o MXtestado ontem. O Pentágono disseque essa foi a primeira vez em que osistema completo do MX foi testado.

O teste de fogo sofreu um atrasode 90 minutos devido a uma densanévoa que cobria a base de Vanden-berg, mas o disparo ocorreu finalmen-te às 9h39m (4h39m Rio). Antes de seiniciar a instalação do MX ainda have-rá outros 11 testes de vôo, mas ascoisas não estão muito fáceis para omíssil no Congresso.

A Casa Branca queria Instalar 100MX, a um custo de 21 bilhões SOOmilhões de dólares, mas o Congressoaprovou apenas a construção de S0

unidades enquanto persiste o proble-ma da instalação das armas, um as-sunto polêmico desde a administraçãoCarter, que deixou a Casa Branca noinício de 1981.

O ex-Presidente fez um planomirabolante que colocaria 200 MX em4 mil 600 silos, com um sistema detrilhos subterrâneos por onde corre-riam os mísseis em vagões, impedindoque os soviéticos soubessem a locali-zação exata das armas. O projeto foidescartado e Reagan apareceu comoutra teoria, o dense pack, uma teoriaque os especialistas chamam de fratri-cida e que ainda não foi testada.

Por esse plano, todos os 100 mis-seis seriam colocados numa faixa de22 quilômetros bem perto uns dosoutros: com esta concentração, osprojéteis inimigos teriam que serapontados para uma pequena faixa eo primeiro míssil atacante que expio-disse ao atingir o alvo provocaria umareação que destruiria os demais mis-seis inimigos.

Diante das críticas do Congresso,o Presidente Reagan formou uma co-missão que acabou decidindo instalaros MX nos silos usados pelos mísseisintercontinentais Minuteman-3 e Ti-tan-2 e recomendou a construção deum míssil intercontinental pequeno,com uma única ogiva, que será carre-gado em lançadores móveis, impedin-do sua destruição num primeiro ata-que soviético.

O Midgetman, esse pequeno mis-sil, ainda está na prancheta dos técni-cos, enquanto a Casa Branca luta como Congresso, que vem cedendo àspressões de Reagan mas nâo semresistência. Até agora Reagan já con-seguiu 42 MX nos anos fiscais de 1984e 198S e queria mais 48 para o anofiscal de 1986.

Arquivo

Poder igual a 240bombas de Hiroxima

O MX (MissUe Experimental)foi ironicamente batizado peloPresidente Ronald Reagan deGuardião da Paz (Peacekeeper)como parte de sua doutrina queprega a manutenção da paz pelopoderio militar, o que o levou alançar um programa bélico de 1trilhão SOO bilhões de dólares parao primeiro mandato e 1 trilhão 900bilhões para o segundo período naCasa Branca. O MX é uma peque-na parte disso, com um cálculo de21 bilhões SOO milhões de dólarespara 100 unidades.

0 MX consiste basicamente deum avançado ICBM (Míssil Balísi-tico Intercontinental), com alcan-ce de 11 mil quilômetros e 10ogivas nucleares, cada uma compotência equivalente a 300 tonela-das de dinamite, ou 300 quilotons,24 vezes mais que a bomba atômi-

ca lançada pelos Estados Unidosem Hiroxima no final da SegundaGuerra.

O MX tem 21,6 metros dealtura, diâmetro de 2,34 metros epesa 86 mil 100 quilos, seus trêsprimeiros estágios queimam pro-pelente sólido, e o quarto combus-tível líquido. Neste último estágioestão os computadores, equipa-mentos eletrônicos de navegação ecomunicação e as 10 ogivas, cha-madas de MIRVs (veículos dereentrada para alvos múltiplos in-dependentes) cada uma apontadapara um alvo diferente. Ao serdisparado, o MX entra em órbita esegue, pelo espaço, para o alvoque alcança em meia hora se esti-ver no seu limite: quando chega lá,o cone se abre e as ogivas saem,reentrando na atmosfera em dire-çáo ao alvo. O MX tem quatro estágios e

leva 10 ogivas nucleares

Mercenáriopôs bombano "Rainbow"

Auckland, Nova Zelândia —A polícia da Nova Zelândiaapontou Jean Michel Berthelo,um mercenário de 33 anos quevive na Guiné (ex-colônia daFrança na África), como o au-tor material das duas explosõesque afundaram o rebocadorRainbow Warrior, da organiza-ção pacifista Greenpeace, nabaía de Auckland, dia 10 dejulho, matando um militante.O acusado, que está desapare-cido, agiu ao que tudo indica asoldo do serviço secretofrancês. *>

O Primeiro-Ministro neoze-landes David Lange, candidatoao Prêmio Nobel da Paz, dissena televisão que se for provadaa responsabilidade do serviçosecreto francês, o afundamentodo barco "será consideradoquase como um ato de guerra".

ERROS

Berthelo, segundo a polícia,foi ajudado na colocação deduas cargas explosivas sob ocasco por Raymond Velche, de25 anos, marinheiro, e por EricAndrenc, de 32 anos, fotógra-fo, todos viajando com passa-portes franceses falsos.

Eles tinham ligação com ofalso casal Turenge, que estápreso desde 12 de julho. Elaseria na verdade DominiquePrieur, de 36 anos, do serviçosecreto francês, e ele um ins-trutor militar na Córsega, deidentidade ainda incerta.

Os supostos agentes comete?ram uma série de erros prima-rios, como se deixarem ver jun-tos, e Berthelo usava uma boi-na vermelha que chamava aatenção. O bote de borrachausado na operação foi compra-do em Londres. Abandonadonuma praia, ele deu a pista quelevou na direção do serviçosecreto francês. O curioso éque o dono da loja onde o botefoi comprado, David Chap-man, é um ex-agente secreto daInglaterra. Ele desconfiou daatitude do freguês, com sota-,

que francês, e alertou os ex-colegas, que passaram a seguiro homem, que mais tarde foiidentificado por Champman,através de fotografia, como ofalso Mr. Turenge, preso atual-mente na Nova Zelândia.

VOCAÇÕES EM DEBATEPara debater, analisar eencontrar as verdadei-ras vocações e os ca-minhos do futuro doRio de Janeiro, os gran-des temas estão namesa de um seminárioque vai contribuir deci-sivamente para quenosso Estado efetiva-mente dinamize a suaeconomia e dela retiretodos os proveitospara o estágio mais ele-vado de desenvolvi-mento. Os temas, oscaminhos, as dúvidas eas certezas serãoexaustivamente deba-tidos durante doismeses e meio, uma vezpor semana.E as conclusões finais

PROGRAMAÇÃOAgosto

Dia 28 - RIO - CENTRO FINANCEIROSetembro .

Dia 4 - RIO - CENTRO DE COMERCIO EXTERIORDia 11 - RIO - CENTRO DE TURISMODia 18- RIO- FONTES DE ENERGIA

Dia 25 - RIO - AGRICULTURA E ABASTECIMENTOOutubro

Dia 2 - RIO - UNIVERSIDADE E MERCADO DETRABALHO

Dia 9 - RIO - OPÇÕES INDUSTRIAISDia 16- RIO- POLO DE TECNOLOGIA

Dia 23 - RIO - CENTRO DA MODADia 30 - RIO - HABITAÇÃO E MERCADO

IMOBILIÁRIO

|1.°PAINEL

RIO-CENTRO FINANCEIROX::-&«^

Da.â-28/08/85Local- Confederação Nacional do Comércio

Rua Gônerat Justo, 307 - 4* andarHonário-14:00 à$ 18:00 horas ^Moderador* ThüâpWto Azeredo SantosExpositor 1 - Carlos Brandão - Mercado FinanceiroExpositor 2- Adolpho de Oliveira - Mercado de AçõesDebatedor 1 ¦ Victor Renault - Presidente FEMASEGOefratedcvr-GeoffreyGreeman -Presidente BBF

Convidados Especiais - Ento Rodrigues- Pres. BVRjCartas Augusto de Carvalho - Preste ANE RJR^£É_ô#CÒèl»*PreS: ANBIDGermano :B.tyra.. Pres. ADECIF

_____ .1111íi II 1 SEMINÁRIO 1 I 1 T

serão divulgadas numdocumento completoque será dirigido às au-toridades estaduais, aoPresidente da Repúbli-ca, e aos Presidentesda Câmara dos Depu-tados e do Senado Fe-deral. Um documentoque vai mostrar comoe por que o Rio de Ja-neiro vai crescer.COMISSÃO ORGANIZADORA:Sérgio Quintella - PresidenteCarlos Augusto de Carvalho

Amaurv TemporalEnio Rodrigues

Arthur João Donato

Informações pelos tels.:242-9103 e 224-9747, como Sr. Luis Carlos Vieira,Coordenador-Executivodo seminário.

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Alemão pede asilo a Lesteno maior golpe em 24 anos

Bonn — Desaparecido desde segunda-feira, Hans Tiedge, um dos chefes da contra-espionagem alemã ocidental e principal caça-dor de espiões do Leste em seu país, pediuasilo político a Berlim Oriental, confirmandoassim os temores de Bonn. Fontes de seguran-ça qualificaram o episódio de "o mais gravegolpe" para o serviço secreto alemão ocidentaldesde 1961 e previram que ::s ações dosalemães ocidentais contra agentes do blocosocialista talvez tenham de ser interrompidasdurante anos.

Em 1961, Heinz Felfe, alto funcionário doserviço secreto alemão ocidental, foi detido,acusado de ser um dos principais agentes daKGB, a polícia secreta soviética, e ficou presodurante 14 anos. Em 1954, houve um casosemelhante ao de Tiedge: Otto John, entãochefe da contra-espionagem, foi para a Alemã-nha Oriental em circunstâncias misteriosas evoltou 18 meses depois. Preso como espião,alegou inocência, insistindo ter sido seqüestra-do para o Leste.

— Este caso terá sérias conseqüênciaspara a segurança da Alemanha Ocidental —admitiu Hans Neusel, Secretário de Estado noMinistério do Interior — Se Tiedge passartudo que sabe aos serviços secretos da Alemã-nha Oriental e outros países do bloco socialis-ta, os nossos serviços de informações serãoimensamente prejudicados.

Neusel reconheceu que o Governo deBonn foi apanhado totalmente de surpresa eque imediatamente adotou medidas de emer-gência para tentar limitar os danos que possamser causados e reforçar o controle no serviçosecreto. Tiedge, segundo Neusel, foi conside-rado, durante seus 19 anos de trabalho naAlemanha Ocidental, um dos mais bem suce-didos chefes da contra-espionagem.

De acordo com o Ministério do Interior,Tiedge tinha acesso a algumas das mais sigilo-sas operações secretas de Bonn, sabia desegredos importantíssimos e conhecia as iden-tidades de agentes ocidentais e seus contatos.Com Tiedge à mão, a Alemanha Orientalpode saber agora quais de seus agentes corremperigo e quais estão a salvo, e também podedispor de informações detalhadas sobre ossofisticados métodos usados pelos caçadoresocidentais de espiões. O jornal Bonner Runds-chau, na edição de hoje, citando fontes dosserviços de segurança, informa que Tiedgelevou para Berlim Oriental uma lista de 160agentes ocidentais.

Já o chefe da contra-espionagem em Ham-burgo, Christian Lochte, duvida que Tiedgetenha estado todo o tempo a serviço do Leste.

Colônia — Foto da Reuters

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mm&...t "%Hans Joachim TiedgeLochte lembra que, em 1981, Tiedge contri-buiu ativamente para a prisão de um agente daKGB, cujo nome não revelou.

Políticos de todos os partidos apontaram ocaso como um dos mais sérios escândalos deespionagem na história da Alemanha Ociden-tal e se juntaram ao clamor que exige apunição dos responsáveis. Autoridades foramcriticadas porque — como admitiu Neusel, doMinistério do Interior — sabiam há muito dosproblemas de alcoolismo e depressão deTiedge.

Neusel se justificou afirmando que umhomem nessas condições ameaçaria mais osserviços de segurança se fosse demitido outransferido.

— Se Tiedge fosse demitido, não seriapossível prendê-lo ou isolá-lo. Ele seria colo-cado numa posição psicológica tal que poriaem risco o serviço de informação. E melhornesse caso tê-lo por perto do que jogá-lo narua — afirmou Neusel.

Fontes de segurança desconfiam fortemen-te de que Tiedge tenha alertado os três supôs-tos espiões que desapareceram na AlemanhaOcidental nas últimas três semanas: SonjaLueneburg, secretária do Ministro da Econo-mia durante 12 anos, Ursula Richter, secreta-ria da Liga dos Exilados, e o mensageiroLorenz Betzing, suspeito de ser agente deRichter. As fontes também afirmam que Tied-ge tinha sido encarregado de checar Richter,sob suspeita de espionagem há algum tempo.

Um espião que bebia demaisBonn — Até a empregada de Hans Tiedge

já tinha escrito, em 1983, às autoridades doserviço secreto alemão ocidental, advertindoque seu patrão era "um

perigo para o país".Ele bebia demais e deixava por todo lado desua casa em Colônia pastas, arquivos e do-cumentos confidenciais com o carimbo de (opsecret. Uma vez, contou a indiscreta emprega-da de Tiedge, ele ficou tão bêbado que esque-ceu num hotel belga um dossiê secreto. Osvizinhos confirmam: Tiedge vivia bebendo ecaía em crises de depressão.

Corpulento, tranqüilo, mudou muito apósa morte da mulher, professora, numa quedadentro de casa em 1982. Ele a adorava, dizemos vizinhos. Foi aí que passou a ser freguêsassíduo de uma taberna no subúrbio de Colo-nia, a Strassburger Hof. Pagava rodadas decerveja para todo mundo. Ficou desleixado,deixava sacos de lixo à porta de casa, acumu-lava dívidas apesar do salário equivalente a 2mil 400 dólares.

Tiedge deixou para trás, em casa, suas trêsfilhas, de 15, 16 e 17 anos, que estão sob aguarda do Juizado de Menores em Colônia atéque se decida sobre seu destino. Parentes

dizem que a relação entre Tiedge e as filhasnão era boa desde que a mãe morreu.

Apesar de tudo isso, ele tinha construídouma solida reputação como caçador de espiõese desfrutava de trânsito fácil entre os políticosde Bonn. Algumas fontes especulam que Ber-Íim Oriental pode tê-lo recrutado somente nosúltimos seis meses, tirando proveito de suadecadência financeira e emocional. Aos 48anos, Tiedge era o terceiro na hierarquia da.Agência para a Proteção da Constituição, oeufemismo que encobre o serviço secreto ale-mão ocidental. O nome, em alemão, é Bun-desverfassung-chutz (BFV).

O BFV, sediado num enorme e modernoedifício em Colônia, dispõe de oito divisões,cuja missão é a proteção das leis e o aparatoestatal do país, a luta contra os extremistas, asações de contra-espionagem e a informaçãoreservada aos órgãos vitais do Governo fede-ral. Nomeado como chefe do serviço de con-tra-espionagem em 1981, Tiegde era um dosfuncionários que gozavam de maior confiançano meio governamental. A ele eram sempreconfiadas as operações de maior sigilo.

-Stasi, "o escudo do socialismo"—,Berlim Oriental — A fuga do caçador

de espiões Hans Tiedge da Alemanha Oci-dental para o Leste é uma vitória para oserviço secreto alemão oriental, ponta-de-lança da espionagem política do blocosocialista no posto avançado mais vulnerá-vel da OTAN (Organização do Tratado doAtlêntico Norte).

Tiedge pediu asilo político a BerlimOriental, anunciou a Alemanha Oriental.Os outros três supostos espiões desapareci-dos, duas secretárias e um mensageiro,podem ter sido recebidos discretamentecomo heróis pelo Ministério de Segurançado Estado (MFS), encarregado do serviçosecreto alemão oriental.

O MFS, que se define como "a espadae o escudo do socialismo", foi criado com oamparo soviético em 1949. Sua tarefa eracanalizar informações políticas, militares ecientíficas altamente sigilosas para BerlimOriental e Moscou.

Conhecido na Alemanha Oriental co-mo Stasi, o Ministério tem, entre seusencargos, a segurança política interna, es-pionagem e o controle da dissidência do-mestiça, das fronteiras e dos estrangeiros

que vivem no país. Seu sucesso, na infiltra-ção de agentes na Alemanha Ocidental, émuito maior do que o da KGB. A cultura eo idioma comuns aos dois Estados alemãesfacilitam o trabalho.

Espiões alemães orientais podem en-trar na Alemanha Ocidental em meio aosmilhares de refugiados que dão as costas aosistema socialista. No Ocidente, podemficar inativos durante muitos anos, só reto-mando contato regular com seu "residen-

te" (ou agente controlador) quando obtêmacesso a informações úteis.

Nos últimos anos, o MFS tem concen-trado seus esforços na busca a segredostécnicos, especialmente na área militar.Vários documentos-chave de armamentosda OTAN chegaram a Moscou via Stasi. OMFS comemorou no ano passado seu 35°aniversário com uma festa pública semprecedente, aparentemente com o objetivode melhorar a imagem de uma organizaçãoassociada com maior freqüência à seguran-ça interna.

Leia editorial Jogos Secretas

Perigo do pó foi exageradoRodney Pinder

Reuters

CONFEDERAÇÃO NACIONAL FEDERAÇÃO OAS INDUSTRIASDOCOMERCIO DO ESI ADO DO RIO DE JANEIRO

Washington — O misterioso pó que Wa-shington diz que tem sido usado para marcarcidadãos americanos em Moscou poderá aca-bar prejudicando muito mais as relações entreas duas superpotências do que qualquer possí-vel vítima contaminada, dizem cientistas ame-ricanos.

Eles consideram altamente improvávelque o produto'químico, identicado pelas auto-ridades americanas como nitrofenil pentadie-no (NPPD) e já apelidade de pó espião, sejacapaz de causar câncer nas pequenas doses queteriam sido empregadas pelos caçadores deespiões soviéticos.

Exagero

O Departamento de Estado criou umatormenta ao declarar que o pó tinha sidosalpicado em americanos em Moscou, numatentativa de controlar seus contatos e movi-mentos, e que era canceroso.

A União Soviética negou calorosamente a

acusação e afirmou que os Estados Unidosestavam envenenando (no sentido figurado) aatmosfera das relações entre os dois países.— Nosso sentimento é que o risco desaúde foi exagerado. É improvável que alguémpossa contrair câncer do pó — disse um porta-voz da Sociedade Química Americana à Reu-ters. ¦

Alguns analistas dizem suspeitar que aquestão é o mais recente lance de uma guerrade propaganda crescentemente hostil, prece-detido o encontro de cúpula de novembro em.Genebra, entre o Presidente Ronald Reagan eo líder soviético Mikhail Gorbachev.

Muitos observadores neutros dizem que adecisão dos Estados Unidos de testar umfoguete anti-satélite no próximo mês podefazer fracassar o encontro, do qual um dosprincipais tópicos serão as armas espaciais,preocupação soviética primordial.

Um porta-voz americano nega com ênfaseque a acusação do pó foi programada e estáligada à política das superpotências mas reco-nhece que Reagan poderá discutir o assuntocorn Gorbachev.

Page 15: fIwÊ - Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca ...

14 ? Io caderno ? sábado, 24/8/85 JORNAL DO BRASIL

Obituário

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Rio deO/ima Marinho de Alcântara,67, de infarto, em casa no An-daraí. Amazonense, solteira.Professora aposentada. Serásepultada às 9h no CemitérioSão Francisco Xavier.Hilda Dias Ribeiro, 83, de arte-rioesclerose. Carioca, solteira.Morava na Tijuca. Será sepul-tada às 9h no Cemitério SãoFrancisco Xavier.Zelinda do Amaral Abreu Cha-gas, 93, de acidente cardiovas-cular, em casa em Copacabana.Foi a primeira dentista de Ipa-nema. Tinha duas filhas, Helai-ce e Ruth, netos e bisnetos.Oswaldo Bittencourt Sampaio,72, de insuficiência respirató-ria, em casa no Leblon. Cario-ca, engenheiro aposentado. Foicoordenador de Planos e Orça-mentos da Prefeitura no Go-verno Negrão de Lima. Casadocom Edith Beatriz BittencourtSampaio, tinha dois filhos: Sér-gio e Eduardo; cinco netos.Sílvio de Macedo Rego, 85, decardiomiopatia. Pernambuca-no, desquitado. Tinha umafilha.Doralke Ribeiro Pereira, 65, deinsuficiência renal, em casa emHigienópolis. Carioca, viúvade Paulo Pereira. Tinha trêsfilhos.José Lopes Sambaquy Filho,66, de câncer, no Hospital Uni-versitário. Paulista, vendedor.Casado, morava no Catete.Maria do Céu Barreiros, 69, deinfarto, em casa em Botafogo.Portuguesa, casada com Joséde Moura Barreiros.Argentina Prazeres de Souza,83, de edema pulmonar, noHospital Espanhol. Catarinen-se, viúva de José Arcanjo deSouza. Tinha dois filhos, mora-va no Flamengo.Carmem Maria Eliza Sebastia-na Pilar, 81, de insuficiênciaventricular, em casa no Le-blon. Desquitada de HenriqueWagner.Clemilda de Lemos Ramalho,54, de hemorragia cerebral, noHospital da Lagoa. Carioca,casada com Jorge Ramalho. Ti-

Janeironha dois filhos, morava no Jar-dim Botânico.Conceição Francisca de Jesus,52, de infarto, em casa no Fia-mengo. Mineira, solteira.Luiz Mendes da Silva, 72, deacidente vascular encefálico,no Hospital Pedro Ernesto.Baiano, comerciante aposenta-do. Casado com Zuleika Jesusda Silva, tinha dois filhos. Mo-rava em Mangueira.Helena Benedita dos Santos, 62,de acidente vascular encefáli-co, na Fundação Abrigo Re-dentor. Baiana, solteira. Mora-va em Bonsucesso.José Joio da Silva, 35, de bron-copneumonia, no HospitalGaffrée Guinle. Carioca, casa-do com Rosa Maria da Silva.Tinha três filhos.Augusto Colchone, 90, de aci-dente vascular encefálico, noHospital Getúlio Vargas. Ita-liano, ajudante de caminhão.Viúvo de Cândida Gasparinada Silva, tinha sete filhos. Mo-rava na Penha.Amélia Mesqueu Iório, 84, depeneumopatia, na Casa de Re-puso Santa Isabel. Carioca,viúva de José Iório. Tinha qua-'tro filhos, morava no Grajaú.Emma Mauro Caruso, 74, deedema pulmonar, na Casa deSaúde Santa Teresinha. Cario-ca, viúva de Luiz Caruso. Ti-nha dois filhos, morava na Ti-jucá.Maria José de Souza, 60, dediabete, no Hospital doINAMPS. Mineira, solteira.Tinha quatro filhos, morava naTijuca.Delza Agrícola de Souteiro, 54,de leucemia, no Hospital Sa-maritano. Mineira, funcionáriapública. Casada com WalterPinto Souteiro, tinha um filho.Morava em Botafogo.Maria Teixeira de Almeida, 77,de choque séptico, em casa emOlaria. Portuguesa, casadacom José de Almeida. Tinhaum filho.Antônio Gonçalves Ribeiro, 73,de câncer, no Hospital NossaSenhora da Saúde. Português,casado. Morava em SantoCristo.

EstadosBernardo Geisd, 84, de aci-

dente vascular cerebral, noHospital de Clínicas em PortoAlegre. Gaúcho de Estrela, erairmão do ex-Presidente Emes-to Geisel. Formado em Quími-ca pela Universidade Federaldo Rio Grande do Sul, eraprofessor universitário de Quí-mica Inorgânica. Defensor docarvão como fonte de energia,' foi ainda o idealizador da Aços" Finos Piratini e seu presidente' até cerca de seis anos atrás.Casado com Catharina NotgyGeisel, tinha dois filhos: Fer-nando Geisel, diretor técnico

da Riocell, e Liane GeiselSchutz, além de netos e bisne-tos. Será enterrado hoje noCemitério da ComunidadeEvangélica, na Capital gaúcha,onde chegou ontem o ex-Presidente Ernesto Geisel paraas cerimônias de velório e se-pul tamento.

José Fernando da Cruz, 59,de infarto, no Hospital de Basede Brasília. Gaúcho, jornalista.Divorciado, tinha cinco filhos:Ana Maria, Pedro Adauto, Jo-sé Emílio, Lúcia Helena e VeraLúcia. Morava em Brasília.

ExteriorAndré Legrand, 89, em Cannes(França). Cineasta francês, di-retor e roteirista, fez cerca deuma centena de filmes. Co-fundador da sociedade de pro-dução Florida Fitais, era maisconhecido por sua obra É meia-¦oite, Dr. Sdnrattzcr, que pro-duziu em 1952 com Pierre Fres-

nay e Jeanne Moreau, comoprincipais protagonistas. Nasua obra se destacam os filmes:O Homem do Niger, de Jac-quês de Baroncellu, em 1939;A Sinfonia Fantástica, deChristian Jacque; À Felicidadedas Mulheres e A Grande Per-segn-Çto-

ANTÔNIO DA ROCHA TEIXEIRA

t Almerinda comunica o falecimento de seuesposo e convida para a Missa de 7o Dia queserá celebrada dia 26 (segunda-feira) às 9horas na Igreja Nossa Senhora de Copacaba-na, à Rua Hilário de Gouveia.

CARLOS GALHARDO(MISSA OE 30a DIA)

tSua

família convida parentes e ami-gos para a Missa de 30° Dia, queserá celebrada—dia 25—domingo,

às 11 horas, na Igreja de S. Jorge, naPraça da República.

Rapaz mataex-namoradae se suicida

São Paulo — Rejeitado pelaex-namorada, a estudante docurso superior de Tradutores eIntérpretes, Aparecida Lúciade Lira, 19, o bancário desem-pregado João Francisco VarjãoFilho, 23, matou-a ontem comdois tiros e suicidou-se com umdisparo na boca. O fato ocor-reu no intervalo das aulas daFaculdade Ibero-Americana deLetras e Ciências Humanas.

Os jovens se conheceram háquase dois anos numa agênciabancária em Santo André, on-de trabalhavam. O namoro du-rou 10 meses e, abalado com orompimento, João deixou otrabalho e a faculdade e come-cou a perseguir Aparecida,ameaçando-a por telefone epessoalmente, segundo denún-cias de Maria de Fátima, irmãda vítima. As irmãs e a mãe dajovem registraram duas quei-xas na polícia.MUDANÇA

Uma das queixas resultounuma advertência policial con-tra João, que se mudou paraMato Grosso há um ano, retor-nando no final de 84. Já nãoameaçava Aparecida, mas a se-guia constantemente tentanto areconciliação. Quinta-feirapassada o rapaz esteve na fa-culdade à procura da moça eontem voltou às llh05min.

Armado com um revólverTaurus calibre 38 e conduzindocadernos para facilitar sua en-trada, subiu ao primeiro andarda escola, na Avenida Briga-deiro Luís Antônio, uma dasmais movimentadas do Centrode São Paulo, e aguardou ointervalo.

Aparecida deixou a sala e foiseguida por João. Trocaram ai-gumas palavras e, numa cenamuito rápida, o rapaz matou aex-namorada, baleada duas ve-zes, suicidando-se logo em se-guida. João era órfão de pai emãe e morava com uma irmã.A escola suspendeu as aulas atésegunda-feira e cancelou a en-cenação da peça teatral Revolu-ção dos Beatos, marcada paraontem à noite.

Os tiros provocaram pânicoentre os 800 estudantes e pro-fessores, que pensaram numassalto à escola, e mobilizaramimediatamente a polícia. Navéspera, um banco próximo fo-ra assaltado, registrando-se umtiroteio entre policiais e ban-didos.

Gravação detelefonemasnão é prova

Brasília — Gravações clan-destinas de ligações telefônicasnão podem servir de prova ju-dicial, segundo decidiu o Su-

premo Tribunal Federal, queincluiu, na relação de julga-mentos em defesa dos direitosindividuais, o da garantia dosigilo de telefones. Os outrossigilos são da correspondência,comunicações telegráficas e daresidência.

Para o STF, é "moralmente

ilegítimo o processo de capta-ção de prova mediante a inter-ceptaçáo de telefonema, à re-velia do comunicante, sendo,portanto, inadmissível que ve-nha a ser divulgada em audiên-cia de processo judicial".

A decisão, a segunda do STFnesse sentido, foi tomada emresposta a recurso extraordiná-rio oriundo do Paraná e foideterminado que se retirassedo processo de gravação decomunicação telefônica contidaem fita cassete.

tLINA RENNÓ

José Cândido Rennó P, Djmira Rennó a Tânia Rennó cumprem odotam» dever d» comunicar o falecimento de sua irm*. cunhada e tiaocorrido em Itajubá e participam Missa 7° Dia a realizar-se hoje às17:30h na Igreja Nossa Senhora da Paz — Ipanema.

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LEIA WAGA(DESCOBERTA OA MATZEIVA)

LEÃO WAGA, ANITA GRAJWER BINSTEIN,DORA WAGA GENES E FAMÍLIAS convidampara Descoberta da Matzeiva da sua inesque-cível mãe, sogra, avó e bisavó, no Domingo.25 de Agosto, às 10 horas, no CemitérioNOVO ISRAELITA DE VILA ROSALI.

RITA DE JESUS PINHEL

t(MISSA 7» DIA)

A família agradece as manifestações de pesar recebidas porocasião de seu falecimento e convida parentes e amigosparar a Missa de 7o Dia a realizar-se dia 24 (sábado), às12:00h.. na IGREJA DA VENERÁVEL ORDEM DE BOMJESUS DO CALVÁRIO, à Rua Conde de Bonfim n° 50 Tijuca.

ZELAAAN GOLDAAAN

$

Viúva, filhas, genros, netos e bisnetos convi-dam para Descoberta de "Matzeiva" de seuinesquecível esposo, pai, scwro. avô e bisavô,domingo, dia 25, às 9h. no Cemitério Israelitade Vila Rosali — Parte Velha.

Avisos Religiosose Fúnebres

Recebemos seu anúncio na Av. Brasil,500.0a 2* a 6a até 24:00 h, aos sábadosaté 19:00 h e domingo até is 23:00 h.Tal.: 264-4422 Rs/350 e 356 ou nohorário comercial nas lojas de

CLASSIFICADOS

Fraude aposenta todo o Professorespovo de uma vila nointerior de Pernambuco

Recife — Todos os moradores da vila Lagoa da Vaca, nomunicípio de Surubim, a 124 quilômetros de Recife, foramaposentados irregularmente, com apadrinhamento de políti-cos locais. A informação é do Superintendente Regional doINPS, Manuel Gilberto de Holanda Cavalcanti, que ontemmandou a Surubim uma comissão de sindicância para apurarquantos e quais são — e quanto custam à Previdência Social —os aposentados ilegais da Lagoa da Vaca.

Até agora, o INPS já suspendeu o pagamento de cerca de10 mil aposentadorias irregulares em Pernambuco, registran-do o maior número de fraudes nos municípios de Limoeiro,Surubim e Ferreiros, com prejuízos à Previdência estimadospelo Superintendente Holanda Cavalcanti em CrS 15 bilhões,em todo o Estado. Só em Limoeiro foram suspensos 3 mil 500benefícios concedidos ilegalmente.

O INPS pediu às dioceses do Interior do Estado maiorrigor na emissão de certidões de batismo, que estão sendofalsificadas para fraudar a Previdência, assim com certidões deidade de pessoas que jamais contribuíram para o INPS,porque nunca nasceram, e de certidões de óbito para aconcessão de pensões fraudulentas a viúvas de maridos vivos.

Polícia indicia Milréupor sonegação ao fiscoSáo Paulo — O economista Milton Melo Milréu, acusado

como um dos chefes da máfia da corrupção na PrevidênciaSocial, foi indiciado ontem na Polícia Federal, por sonegaçãode CrS 2 bilhões 800 milhões de imposto de renda. Elerespondeu a um questionário sobre sua vida pregressa, foifotografado de frente e de perfil, deixou numa ficha asimpressões digitais e negou a acusação de sonegação fiscal.

Eu declarei tudo ao Imposto de Renda; mesmoassim, me propus a pagar o que dizem que devo mas umprocurador da Receita Federal disse que não adiantava. Ficoaté satisfeito de ser indiciado na Polícia, porque assim podereime defender formalmente na Justiça — declarou o econo-mista.

Milréu estranhou a abertura de inquérito policial porsonegação fiscal antes da instauração de inquérito administra-tivo na Receita Federal. Ele atribui tal inversão de procedi-mento legal ao"clamor público" que a Polícia Federal crioucontra ele.

Há mais de um ano — disse Milréu — o DelegadoRomeu Tuma me acusa de chefiar a máfia contra a Previdên-cia Social e acho estranho que, até hoje, ele não tenhaapresentado nada contra e que eu não tenha sido chamadonem para prestar esclarecimento.

O Superintendente Regional da Polícia Federal, Delega-do Romeu Tuma, repeliu as declarações de Milréu, dizendoque

"a única acusação que ele pode fazer contra mim é a deque eu ainda não o coloquei na cadeia". Tuma admitiu,porém, a dificuldade de incriminar Milréu nas fraudes contra oINAMPS: "Ele é muito inteligente e tem uma estruturajurídica de apoio que acaba bloqueando muitas vezes as nossasinvestigações".

Na opinião do delegado, Milréu deveria ser processadopor alguma lei extraordinária, porque se diz muito rico masnão consegue provar a origem do dinheiro. A Polícia Federalsuspeita que a aplicação na Bolsa de Valores é o expedienteusado por Milréu para

"lavar" o dinheiro obtido com asfraudes no INAMPS.

Chefe de polícia exigefatos oficiais parafalar sobre torturas

Porto Alegre — O chefe de Polícia Civil, José AntônioLeão de Medeiros, só falará das denúncias envolvendopoliciais por prática de torturas quando houver "fatos ofi-ciais", segundo informou sua assessoria de Imprensa. Osjornalistas queriam uma declaração de Medeiros sobre aacusação de que o delegado Newton Muller encaminharaofício mentiroso à Justiça negando a prisão de Cléber Gularte.

O chefe de polícia, acrescenta a assessoria, está "estra-

nhando a forma como as acusações são feitas, pois quase detrês em três dias aparece um novo caso através de denúncias àimprensa". Ele entende que possa estar havendo uma explora-ção com algum interesse. Cléber Gularte — que diz ter sidotorturado — afirma que viu um homem idoso morrei; duranteuma sessão de torturas no xadrez.

MovimentoA denúncia envolvendo o delegado Newton Muller,

entre outros assuntos, levou ontem o Secretário de Segurança,Augusto Borges Berthier, a uma audiência com o presidentedo Tribunal de Justiça, .Desembargador Paulo Boeckel Velo-so. Berthier teve ainda uma reunião com o chefe de polícia,mas nada se divulgou sobre os encontros. O delegado NewtonMuller não foi localizado.

Ontem, o Secretário Berthier afastou o delegado regio-nal de polícia de Uruguaiana, João Carlos Garay Mendonça, eos inspetores Jorge Antônio de Oliveira e Nauiro Freitas,condenados pela Justiça daquele Município pela prática detorturas contra dois presos, o argentino Victor Olegui e ocoreano Ioung Chin.

ApeloAo tomar conhecimento das denúncias do jovem Cléber

Gularte, o conselheiro do Movimento de Justiça e DireitosHumanos Jair Krischke disse que o Governador Jair Soaresdeve dar prioridade ao assunto a partir da identificação dostorturadores e assassinos. Segundo Krischke, o DOC (Depar-tamento de Organização e Correição) teria condições deidentificar o homem que Cléber diz ter visto morrer numasessão de torturas. A sua previsão tem por base o período emque o fato ocorreu e quando estavam presos Cléber e Doge.

Krischke quer providências imediatas para se descobriros cemitérios clandestinos usados pela polícia. Citou comoprováveis áreas desses cemitérios as cidades de Gravata! eItapoã, além de regiões próximas a Porto Alegre.

tDulce MachadoBitencourt Milliet

(DUCA)PAULO GERALDO MILLIET, FILHOS, GENRO,NORA E NETOS TÊM O DOLOROSO DEVER DECOMUNICAR O FALECIMENTO DE SUA QUERIDADULCE E PARTICIPAM O SEU SEPULTAMENTOAS 12:00 HORAS DO DIA 24 DE AGOSTO DE 1985- CEMITÉRIO SAO JOÃO BATISTA.

PAULO DE BELLID0 GUSMÃOtSua

família comunica, consternada, oseu falecimento convidando para osepultamento hoje, dia 24, às 17:00

horas, no Cemitério São Francisco Xavier,saindo o féretro da capela H.

em greve jasão 8 mil

Brasília — A adesão da Uni-versidade do Piauí eleva para 8mil o número de professores defundações universitárias emgreve em todo o país. Raimun-do Martins Rombo, presidentedo CRUB (Conselho de Reito-res das Universidades Brasilei-ras), diz que

"o quadro é gra-

ve" e vai propor a suspensão dagreve, oferecendo a interme-diação do conselho nas nego-ciações com o Ministério daEducação.

— Os professores não esgo-taram as possibilidades de ne-gociações ao decidirem ir à gre-ve. Por isso, proponho sua sus-pensão — explicou. Os profes-sores reivindicam reajustes tri-mestrais de salários, com baseem 100% do INPC, e umareposição de 38,5% sobre osalário já reajustado em Io desetembro, data-base da cate-goria.

Maria José Peres Ribeiro,presidente da ANDES (Asso-ciação Nacional dos Docentesdo Ensino Superior), informouque a proposta do CRUB aindanão foi recebida oficialmente,mas que seria rejeitada, pois"há entendimento entre os pro-fessores e o Ministro MarcoMaciel". Adiantou que a dis-posição é continuar a greveenquanto as reivindicações nãoforem atendidas.

Estão em greve as universi-dades do Acre, Amazonas,Mato Grosso do Sul, Ouro Pre-to (MG), Viçosa (MG), SãoCarlos (SP), Rio Grande (RS),Pelotas (RS), Piauí, Sergipe,Maranhão e Rondônia. Comreivindicações semelhantes, es-tão parados 8 mil funcionáriosdas universidades do Acre,Amazonas, Mato Grosso, Ou-ro Preto, São Carlos, RioGrande e Pelotas.

O Ministro da Educação dis-se, em Belo Horizonte, queainda não sabe como resolver oproblema da greve nas funda-ções universitárias, pois não te-ve oportunidade de examinar oassunto. Informou que não temencontro marcado com os pro-fessores na sua agenda e nãoestabeleceu prazo para as ne-gociações, acrescentando quenão estará em Brasüia na se-gunda-feira.

Brasil vaiprecisar demuitas casas

Brasüia — Daqui a 30 anos,em 2014, o Brasil terá 210 mi-lhões, dos seus 240 milhões dehabitantes, morando nas cida-des, o que toma necessário aconstrução de 26 milhões denovas habitações: três vezesmais que o dobro do que seconstruiu no Brasil desde o seudescobrimento.

Preocupado com esse qua-dro, o presidente do ConselhoNacional de DesenvolvimentoCientífico e Tecnológico —CNPq, Roberto Santos, esta-beleceu como prioridade o in-vestimento de pesquisas naárea social. Nesse sentido, jáestá desenvolvendo um progra-ma que tem como objetivo bus-car soluções não convencionaise baratas de saneamento e ha-bitação para regiões carentes.

Segundo Roberto Santos, ocrescimento urbano desordena-do das últimas décadas resultouem uma série de problemassociais e econômicos. No Bra-sil, o aumento da populaçãonas cidades não se fez acompa-nhar do crescimento da produ-ção industrial e do setor deprestação de serviços especial--zados. A concentração de ren-da e a falta de empregos geroua criação de comunidades ca-rentes, com habitações precá-rias e nenhum acesso a sanea-mento básico. Dados do IBGE— Censo de 1980 — indicamque 76% da população brasilei-ra têm acesso a água potável eapenas 57% a redes de esgoto.

TempoSatélite GÓES — IMPE — Cachoeira Paulista (25/08/85) 18h.

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MÜHGfr

A frente fria no Sul da Bahia ocasiona nebulosidade echuvas. O tempo no litoral da região Sudeste devepermanecer nublado com possibilidade de chuvas ocasio-nais entre o Rio de Janeiro e o Espírito Santo, devido àinfluência da massa de ar polar marítimo que predominana área. A tendência é de melhoria para domingo, mas atemperatura continuará baixa. Na região Sul predomina obom tempo com a temperatura devendo subir gradativa-mente no interior. No restante do país poderão ocorrerpancadas de chuvas no Amazonas e em algumas áreas doNordeste.

No Rio e em NiteróiNublado com possíveis chuvasna madrugada, passando abom no decorrer do período.Temperatura estável. Ventos:Quadrante Norte rondandopara Sul à tarde fracos a mode-rados. Visibilidade moderada.Máx.: 21.4, na Praça XV e emJacarepaguá; Min.: 14.2, noAlto da Boa Vista.Precipitação das chuvas em mm

Ultimas 24 horasAcumulada no mtsNormal mensalAcumulada no anoNormal anual

43.545.242.9

1002.21075.8

O Sol

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Máx.

29.529.831.631.430.4

30.1

28.628.9

26.825.622.2

14.817.218.218.6

34.0

32.428.5

Min.

20.820.323.121.622.1

21.6

21.822.119.821.221.117.6

10.02.4

12.09.8

20.4

19.211.5

No Mundo

Berlim

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Fraude no adiantamentode férias de hospitalchega a Cr$ 60 milhões

São Paulo — Um desvio de CrS 60 milhões no pagamento deadiantamentos frios de férias foi descoberto pela superintendênciado Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universida-de de São Paulo. A fraude, que ainda está sendo apurada por umacomissão de sindicância, envolvia funcionários do Departamentode Finanças e Recursos Humanos do Hospital e foi descobertoquando os falsificadores depositaram por engano um adiantamen-to de férias na conta de um funcionário que não participava datrama.

O superintendente do Hospital, Guilherme Rodrigues daSilva, suspendeu por 30 dias seis funcionários do hospital e, atéagora, a principal implicada é a funcionária da Divisão deRecursos Humanos, Ana Maria Fricki que, quando for concluídaa sindicância, deverá ser indiciada na Delegacia de Crimes Contraa Economia Popular. "A fraude não é muito grande, quandosabemos que a folha de pagamentos do hospital chega a CrS 18bilhões e que esses crimes vinham sendo cometidos desde janeirode 1983. No entanto, estamos ainda apurando e as coisas podemmudar", explicou o superintendente.

A falsificação era feita pelo pelo Departamento de RecursosHumanos, que expedia uma falsa ordem de pagamento doadiantamento de férias para um funcionário que estivesse traba-lhando normalmente. No Departamento Financeiro, essa ordemera aprovada e lançada no computador que faz a folha depagamento dos 8 mil 800 funcionários do HC e o dinheiro eradepositado na conta do funcionário.

OPHELIA VALLE CARVALHO(FALECIMENTO)

tSua família cumpre o doloroso dever de

participar o seu falecimento e convidaparentes e amigos para o sepultamento a

realizar-se HOJE, às 16 horas, no Cemitériodo Carmo, saindo o féretro da Capela n° 2.

RUBIN MUSIERACKIDESCOBERTA DA MATZEIVA

Esposa, Filhos, Noras, Netos e familiares con-vidam para a Descoberta da Matzeiva de seuinesquecível Marido, Pai, Sogro e Avô, arealizar-se domingo, 25 de agosto, às 9:00

horas, no Cemitério Israelita de Vila Rosali (Novo).Pede-se dispensar flores.

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JORNAL DO BRASIL Negócios & Finanças sábado, 24/8/S5 ? Io caderno ? 15

Críticas e desmentidos levam a demissão na Fazenda

Informe Econômico

Anbid quer mudar a

fórmula de correção

O presidente da Anbid Ronaldo Cézar Coelhosugere um aperfeiçoamento na fórmula de

correção monetária, para que sejam reduzidas asdistorções provocadas pelas oscilações da taxamensal de inflação.

Sua sugestão é que a correção mensal nãopossa ser inferior ou superior a 10% da taxaefetiva de inflação no mês anterior. Em outraspalavras, se a inflação de determinado mês for de10%, a correção do mês seguinte terá de selimitar à faixa de 9% a 11%. Se o percentualcalculado pela fórmula em vigor estiver acimadesta faixa, a correção ficará em 11% e se estiverabaixo será fixada em 9% — mas essa diferença amais ou a menos não será compensada no futuro.

Segundo Ronaldo Cézar Coelho, não é ra-zoável prever variações bruscas na taxa inflado-nária entre um mês e outro, o que nos conduz àconvicção de que o critério que está propondomanterá a correção em valores aproximados dainflação efetiva no mês.

Observa o presidente da Anbid que umadiferença muito acentuada entre a inflação e acorreção — especialmente se a correção forinferior à inflação — causa repercussões negati-vas sobre a poupança nacional, exacerbando oconsumo e alimentando os motores da inflação.

Chegada de Dornelles

O Ministro da Fazenda, Francisco Dornelles, desem-barca esta manhã no rio, após uma semana na Europaonde manteve contatos junto ao Clube de Paris (fórum quereúne os credores oficiais) e com o Diretor-Gerente doFMI, Jacques Larosière. Dessa viagem, o êxito maiorobtido pelo Ministro foi "desatar o nó", na expressão deum assessor do Palácio do Planalto, o que possibilitou aosbancos credores concederem ao Brasil uma prorrogação de140 dias para os pagamentos dos créditos de curto prazo,interbancário e amortizações que venceriam no período.O Ministro deverá se dirigir a Brasília, onde trataráda questão da demissão de seu Secretário-Geral, SebastiãoMarcos Vital, ocorrida ontem à noite, que, na condição deMinistro interino da Fazenda, criticou a condução dapolítica econômica do Governo, em almoço com ban-queiros.

Na verdade, o Presidente Sarney não passou por cimade Dornelles ao demitir Sebastião Vital. No momento emque foi demitido, Vital era Ministro interino e, portanto,auxiliar direto do Presidente. Ainda assim, é sabido que asposições de Vital eram as mesmas do Ministro e demaisintegrantes da equipe do Ministério da Fazenda.

Fechada a prorrogação do acordo com o FMI,Dornelles estará à vontade para conversar com o Presiden-te, fortalecido pelo êxito obtido, que lhe dá trégua dealguns meses no front externo — até que os números de1986 tenham uma confirmação e possa, por isso, sernegociado o acordo plurianual.

Comissão NuclearO Palácio do Planalto deve divulgar na próximasemana a constituição de uma comissão pelo Presidente da

República para promover um amplo reestudo do programanuclear brasileiro. A proposta de criação desta comissão jápassou pelo Conselho de Segurança Nacional, órgão deassessoramento da Presidência da República.

O presidente da comissão será o professor José IsraelVargas, assessor do Ministro das Minas e Energia, Aure-liano Chaves. A tarefa de Israel Vargas no Ministério, éassessorar o Ministro na formulação e execução de políti-cas ligadas ao Programa Nacional de Energia, principal-mente na parte referente à política de pesquisa e desenvol-vimento na área energética.

Finep com verba

A Financiadora de Estudos e Projetos — Finepconseguiu a liberação de Cr$ 150 bilhões dos Cr$ 250bilhões negociados pelo Ministro Renato Archer com oMinistro do Planejamento, João Sayad, a título de comple-mentação orçamentária. Agora, portanto, ela está apta alevar o barco no rumo certo até o final de outubro, quandosua direção já espera contar com a parcela restante.

A aprovação feita na terça-feira passada, no entanto,ainda aguarda os trâmites necessários, junto ao Ministérioda Fazenda, para o recebimento do dinheiro vivo.

IBC em N. IorqueNa opinião de um exportador de café brasileiro, umadas coisas que mais lhe causou espécie ao visitar oescritório do Instituto Brasileiro do Café em Nova Iorque

foi verificar que este se localiza perto do Central Park,enquanto os negócios com o produto são fechados em WaÜStreet.

Guardadas as proporções, seria a mesma coisa queuma corretora do Rio de Janeiro ter seus escritórios emIpanema, enquanto a Bolsa de Valores fica na Praça XV.

O que subiu mais

Enquanto nos últimos 19 anos o feijão subiu 168 milpor cento e a carne 189 mil por cento, o salário mínimo sóaumentou em 82 mil por cento. A indústria automobilísticacresceu nesse período 601%, enquanto a dívida externamais de 5 mil por cento. As curiosidades são do presidenteda Associação de Anunciantes, Eugênio Saller, tambémgerente-geral da Melitta.

Desburocratização

O Ministro da Desburocratização, Paulo Lustosa,está querendo simplificar a vida dos contribuintes que sãoobrigados a fazer viagens por motivos de trabalho e dasempresas que os empregam. Ontem, ele pediu ao Ministé-rio da Fazenda a dispensa de comprovação de pequenosgastos com viagens, na declaração de renda, argumentan-do que "além de afligir o contribuinte, esta exigênciaprovoca custos desnecessários."

jj|p^ ^

Brasília — Antes de deixar o Paláciodo Planalto, às 18 horas, descendo pelarampa, como faz todas as sextas-feiras, oPresidenle José Sarney já havia assinadoo decreto demitindo Sebastião MarcosVital das funções de Ministro interino eSecretário-Geral do Ministério da Fazen-da. A decisão foi o ato final de umaoperação que se alongou pela manhã etarde de ontem, onde o Presidente tenta-va confirmar as críticas violentas feitaspor Vital à política econômica do Gover-no, num almoço com banqueiros no Ho-tel Carlton, na última terça-feira.

Não restaram dúvidas ao Presidente.Todos os banqueiros procurados por ele epelo Ministro-Chefe da Casa Civil, JoséHugo Castelo Branco, confirmaram asinformações do JORNAL DO BRASILsobre o pronunciamento de SebastiãoMarcos Vital. E entre às 15 e às 17 horas,Sarney recebeu informações suficientes,para se decidir pela demissão e logodepois comunicar ao Ministro Dornelles,em Paris, que adotaria esta medida.

Depois de deixar o Presidente no péda rampa do Palácio, o Ministro JoséHugo Castelo Branco retornou ao seugabinete no quarto andar e cerca de umahora depois chamou o Secretário de Im-prensa, Fernando César Mesquita, paralhe avisar do decreto. Até então, Fernan-do César se limitava a repetir que oMinistro Francisco Dornelles não estavademissionário, mas não podia afirmar omesmo em relação a Vital.

As 19h45min, no entanto, ele comu-nicou aos jornalistas sobre a demissão eacrescentou que o texto do decreto jáhavia sido encaminhado para publicaçãono Diário Oficial, que circula na segunda-feira.

O Presidente José Sarney foi infor-mado sobre o pronunciamento de Sebas-tião Marcos Vital na noite de quinta-feira, pelo seu Secretário Particular, Jor-ge Murad. Mas sua irritação explodiu aoler a matéria no JORNAL DO BRASIL.Segundo um dos seus amigos, Sarney fezeste desabafo: "Assim não é possível.

Isto é uma deslealdade e ele procurou meatingir". Comentou ainda que admitiaque sua administração fosse discutida eaté que houvesse discordâncias. "Mas umauxiliar tentar me atingir com críticas eme transferir a culpa por tudo isso queestá aí, é demais", completou.

Em Paris, o Ministro Francisco Dor-nelles já recebera um telefonema deSebastião Marcos Vital, informando-osobre a reportagem do JORNAL DOBRASIL e explicando que não era verda-de o que estava publicado. Dornellesligou em seguida para o Presidente Sar-ney, relatando que já conversara comVital e que determinara que ele desseuma entrevista coletiva e soltasse umanota desmentindo o JORNAL DOBRASIL.

Soube-se depois que Dornelles en-trou em contato também com o presiden-te da Federação Brasileira das Associa-ções de Bancos (Febraban), RobertoBornhausen, pedindo-lhe que divulgasseuma nota com a sua versão dos fatosocorridos durante o almoço no HotelCarlton.

Até as 15 horas, a entrevista deSebastião Marcos Vital, e mais a nota,que foi praticamente ditada pelo telefonepor Dornelles e lida depois para o Minis-tro José Hugo Castelo Branco — que aaprovou —, pareceram suficientes aoPresidente, como ato de desagravo. Sar-ney recusou-se por volta das 11 horas aatender a um telefonema de Vital, quepretendia desculpar-se, mas isto aindanão indicava que chegaria a demiti-lo.

Foi a partir das 15 horas que oquadro começou a se agravar para oSecretário-Geral do Ministério da Fazen-da, no mesmo momento em que ele, noRio, dava uma curta entrevista e distri-buía a nota para a imprensa. Os banquei-ros consultados por Sarney e por JoséHugo Castelo Branco, davam uma sóversão: a reportagem publicada peloJORNAL DO BRASIL estava correta.Com o presidente do Banco Econômico,o ex-Ministro Ângelo Calmon de Sá,

Foto de Viviane Rocha

Sebastião Marcos Vital

Sarney conversou pessoalmente em seugabinete e o relato foi idêntico ao dosdemais. Sarney podia portanto escolherentre a palavra de Sebastião Marcos Vitale a de pelo menos seis banqueiros.

O mais grave no relato dos banquei-ros foi que ele permitiu a conclusão deque Vital "pregou o caos", na medida emque afirmou que o Governo não estavaencontrando qualquer saída para os pro-blemas econômicos do País. Partindo estaavaliação de um funcionário do alto esca-lão para um influente grupo de empresá-rio, o Presidente Sarney concluiu quetinha que tomar uma medida exemplar.Uma política econômica acaba realmentenão surtindo efeitos, quando as divergên-cias são conduzidas desta maneira, con-cluiu.

A demissão foi assim um ato destina-do a preservar a credibilidade do Gover-no e o Presidente Sarney desfechou umgolpe seguro nas divergências públicas dasua equipe, segundo avaliações feitas noPlanalto.

Uma tentativa de aparar arestas"A notícia divulgada pelo JORNAL

DO BRASIL é inverídica e tem o indis-farçável propósito de intrigar-me com oPresidente da República, José Sarney.Em momento algum critiquei, no almoçorealizado em Brasília, no dia 20, a políti-ca econômica do Governo", afirmou on-tem o Ministro interino da Fazenda,Sebastião Marcos Vital.

Ao reunir a imprensa às 15 horas nogabinete do Ministro da Fazenda, no Riode Janeiro, para desmentir o noticiáriodo JB, através da divulgação de notaoficial, Vital, assim que se sentou à mesade reuniões, disse que não faria comentá-rios sobre a política econômica, poisestava disposto a falar apenas sobre oconteúdo da nota. O que mais o estavapreocupando, observou, era sua relaçãopessoal com o Presidente Sarney.

— A matéria envolveu um aspectoafetivo, porque me utilizou como instru-mento para antagonizar o Presidente daRepública, por quem tenho o maior res-peito e estima do ponto de vista pessoal efuncional — afirmou.

Tranqüilo, tendo cumprimentado osjornalistas presentes à entrevista, Vitalexplicou que durante o almoço promovi-do pela Febraban em sua homenagem eem homenagem, indiretamente, ao Mi-nistro Dornelles, "só usou a palavra parasaudar o presidente da entidade, RobertoBornhausen". Admitiu que nessa saúda-ção traçou uma breve visão a respeito dasdificuldades que o Governo vem enfren-tando para reduzir o déficit público —"uma verdadeira luta diuturna" —, mas"em momento algum realizou críticas à

condução da economia pelo PresidenteSarney".

Na nota, aliás, além de repudiar"veemente e peremptória" a notícia dojornal, por ser "inverdade", SebastiãoMarcos Vital fez questão de reiterar suadisciplina, lealdade e respeito ao Exce-lentíssimo Senhor Presidente José Sarneye ao Ministro da Fazenda, FranciscoDornelles." E assinalou ainda que "oPresidente da República vem conduzindode forma firme e patriótica o nosso país,em hora tão difícil e singular da históriarepublicana"."Críticas, só renunciando"

De acordo com Vital, foi com supre-sa que leu o jornal divulgando suas decla-rações no almoço, pois "não falou comnenhum jornalista e não foi indagado,posteriormente, pela imprensa sobre averacidade das informações concedidaspelos participantes do evento". Comoprova de que nada do que foi noticiadocorrespondia à realidade, ele lembrouque Roberto Bornhausen, presidente daFebraban, também negava o ocorrido einformou que a entidade estava divulgan-do nota oficial em São Paulo, nestesentido.

Voltando a ser pressionado pelosrepórteres sobre o que havia afirmado arespeito da economia, no encontro comos banqueiros, o Ministro interino daFazenda disse que era óbvio que haviafalado sobre economia, "pois não se podedeixar de falar sobre a situação econômi-ca do país em almoço com banqueiros",mas reassegurou que não fez críticas.

É claro que tenho meus pontos devista pessoais sobre a política econômica,mas eu só os expresso ao Ministro Dor-nelles — falou.

Disse também que por ser um funcio-nário do Governo obviamente concorda-va com a política que vinha sendo execu-tada por esse Governo, pois, se assim nãoo fosse, "pediria demissão, renunciandoao cargo"."Críticas", assinalou, "são normaisem regimes democráticos. Podemos fazercríticas, mas fora do Governo."

Quanto a divergências com o Minis-tério do Planejamento, Vital negou quehouvesse:

Estamos coesos. Não há diver-gências. Os pontos divergentes que exis-tem entre a Fazenda e o Planejamentoterminam quando o Presidente da Repú-blica fixa seu ponto de vista.

Ao ser indagado se havia falado pes-soalmente com Sarney, respondeu que"toda a questão fora desgastante e odeixara tão chateado que "preferiu falarcom José Hugo, amigo pessoal, para quelevasse ao Presidente a informação deque as notícias eram falsas". José HugoCastello Branco é o chefe do GabinenteCivil do Presidente da República.

O Ministro interino da Fazenda sónão desmentiu o conteúdo do documentorealizado por esse Ministério sobre aeconomia, que também foi divulgadopelo JORNAL DO BRASIL.Não nego nem confirmo sua exis-tência. Não sei se existe. Vocês devemfazer essa pergunta a quem o divulgou,pois essa pessoa deve saber de fato se éda Fazenda — afirmou.

Febraban ainda tentou ajudarSâo Paulo — O presidente da Febra-

ban (Federação Brasileira das Associa-ções de Bancos), Roberto Konder Bom-hausen, negou ontem através de notaoficial que o Ministro interino da Fazen-da, Sebastião Marcos Vital, tenha feitocríticas à política econômica do Governo,durante almoço promovido pela entidadeem Brasília, na última quinta-feira.

E a seguinte a íntegra da nota divul-gada, ontem, pelo presidente da Febra-ban, a respeito da notícia publicada sob otítulo "Ministro critica a política econô-mica":

"1) A notícia em questão afirma queS. Excia. o Sr. Ministro interino daFazenda, Sebastião Marcos Vital, teriafeito críticas à política econômica doGoverno durante o almoço oferecido pe-Ia Febraban, em Brasília, no último dia21. Como anfitrião do mesmo, estandosentado ao lado do Sr. Ministro, venhoafirmar que. em momento algum, S.Excia. teceu críticas à política econômicaou fez referência à tendência populista doGoverno.

2) É necessário deixar claro, igual-mente, que as afirmações feitas pelo Sr.Ministro interino, naquela oportunidade,em momento algum deixaram os presen-tes estarrecidos, já que ele se limitou aratificar posições de amplo conhecimentopúblico".

O presidente do Sindicato de Bancosdo Rio de Janeiro e Vice-presidente da

Febraban, Theóphilo de Azeredo Santos,esteve no almoço realizado teça-feira emBrasília, "tendo, no final, acompanhadoSebastião Marcos Vital até a porta". Emsua versão, houve muitas críticas naqueledia à política governamental, mas "todaselas foram realizadas pelos próprios ban-queiros".

_— Sebastião Vital não é nenhumingênuo. E um economista experiente emineiro. Sabe muito bem que só poderiafazer críticas ao Governo caso quisesserenunciar ao cargo, como fez recente-mente Karlos Rischbieter — disse Theó-philo falando ao JB no Rio.

O presidente do Sindicato de Bancosdo Rio chegou a Brasília às 10 horas damanhã, para participar da reunião dediretoria da Febraban e Fenabam (Fede-ração Brasileira das Associações de Ban-cos e Federação Nacional de Bancos),esteve em coquetéis com banqueiros, noalmoço em homenagem a Sebastião Vitale no jantar com políticos, à noite. E emmomento algum, afirmou, ouviu críticasalém das que foram realizadas pelos pró-prios banqueiros.

— Somos nós que não estamos gos-tando nada da política do Governo, porconsiderarmos que além de anunciar ocorte fiscal, o Governo tem que imple-mentá-lo. Não adianta dar como exemploos Estados Unidos, dizendo que tem umdéficit fiscal imenso, pois esse país podefinanciar esse déficit com poupança ex-

terna, o que não é o caso do Brasil. Odéficit brasileiro tem que ser cortado —afirmou.

De acordo com Azeredo Santos, seem 1986 a inflação ficar em nível superiorao de 1985, a Nova República não poderáse justificar junto a seu eleitorado. Épreciso impedir que os índices de inflaçãosejam os mesmos que foram registradosna Velha República, frisou.

Quanto ao discurso de Vital, infor-mou que "como sempre o Ministro interi-no foi didático e claro em sua exposição,tendo analisado as medidas que já foramtomadas pelo Governo".

— Mas Sebastião é cauteloso e comobom mineiro não atacaria o PresidenteSarney. Mencionou uma só vez TancredoNeves no discurso e só falou no Presiden-te Sarney quando explicou a políticaeconômica que vem sendo adotada.

As críticas, voltou a acentuar Theo-philo de Azeredo Santos, foram feitaspelos empresários do setor financeiro,principalmente antes e depois do almoço.Durante o almoço, foi muito mal recebi-da a informação de Vital de que o Gover-no não poderia saldar a dívida das esta-tais com os bancos, este mês (será salda-da apenas no dia 4 de setembro, segundoexplicou Vital, no Rio). "No entanto,compreendemos a medida, já que o mo-mento atual não justifica a liberação derecursos", acrescentou.

Na Fazenda, clima é de apreensãoBrasília — O anúncio da demissão do

Ministro interino da Fazenda, SebastiãoMarcos Vital, não dissipou a apreensãovivida durante todo o dia de ontem noMinistério da Fazenda. Especula-se ago-ra sobre o teor da conversa que o Presi-dente José Sarney teve por telefone como Ministro Francisco Dornelles, para co-municar a demissão.

Oficialmente Dornelles concordoucom a saída de Vital, mas circulou peloscorredores do Ministério a versão de queele teria sido obrigado a "engolir maisesse sapo".

Crítico da política econômica do Go-verno, Sebastião Marcos Vital não queria

deixar o poder, tanto que procurou falarpor telefone com o Presidente Sarneyontem de manhã, para se desculpar, masnão foi atendido.

Vital conversou pelo menos duas ve-zes com o Ministro Dornelles, em Paris,antes de redigir a nota oficial, cujo teorfoi acertado entre os dois. Vital eramestre em dissimulações — antes daviagem de Dornelles à Europa negoureiteradamente que o Ministro fosse via-jar. "Eu saberia, pois sou o substituto",sustentou.

Ontem, o ambiente no Ministério daFazenda transitou da apreensão à perple-xidade. Dos principais assessores de Dor-

nelles, apenas o chefe da Assessoria Eco-nômica, João Batista de Abreu, estava nacasa.

— Não acredito que Vital tenha ditoaquilo, garantiu João Batista, minutosantes de ser informado, por telefone, dademissão.

Com a derrubada de Vital, a estrelade João Batista de Abreu tende a subir,já que ambos não se entendiam há algumtempo.

Nas reuniões da cúpula do Ministérioda Fazenda, Vital era o mais crítico e omais incisivo na defesa de mudanças napolítica econômica.

Dornelles conheciatermos do documento

Quando o Ministro Francisco Dornelles chegar hoje ao Rioencontrará um dos mais delicados quadros políticos desde queassumiu. Dornelles, antes de embarcar rumo a Paris, sabia queseus escalões técnicos subterrâneos estavam inquietos. E conheciaos termos do documento elaborado por eles, com Sebastião Vital àfrente, cujo endereço seria a mesa do Presidente José Sarney.Conquanto o que se dizia ali estivesse perto do consenso noMinistério da Fazenda, Dornelles não aceitou todos os seustermos, ou, em outras versões, achou que não havia condições

políticas para encaminhar o texto ao Presidente.Sebastião Vital fazia parte de um grupo preocupado nãoapenas com a política econômica em termos globais, mas aindacom a sorte dele e de seus colegas que poderiam ser "queimados"

em um processo onde não controlavam todas as variáveis funda-mentais da economia. Uma delas, considerada fundamental, era ocorte no déficit público. Isto envolvia até mesmo a folha depagamento do funcionalismo e cortes em empregos públicos.Outra variavel importante era a manutenção de estatais deficitá-rias. Controlando uma parte do processo — a caixa do Governopara arrecadar impostos e o Banco Central para emitir moeda outítulos — e não controlando outra, a dos gastos, os homens doMinistério sentiram-se vulneráveis, e Vital era seu porta-voz. Elespoderiam ser devorados pela impopularidade como "cobradores",tornando-se cada vez mais frágeis dentro do aparelho político doGoverno para assaltos pelo que chamavam de "ministériosgastadores , ou populistas". Sabe-se que Vital chegou a defen-der a tese de que a hora era adequada para a "retirada", econfidências foram feitas a amigos sobre possíveis empregos emoutras áreas. O documento que veio a público no JORNAL DOBRASIL tinha circulado entre pessoas ligadas ao Ministério daFazenda, sem que houvesse um cuidado explícito em impedir suadivulgação pela imprensa. Em certa medida, ele parece refletirconvencimentos sinceros sobre a rota de colisão da economia coma inflação, excitada pelos déficits, e isto foi dito aos banqueiros. Adivulgação das preocupações manifestadas por Vital pegou aFebraban fora de guarda, provocando uma nota de desmentidodivulgada a pedido, no início da tarde, antes da decisão doPresidente Sarney de demitir o Ministro interino. O próprio Vital,ao dar uma entrevista coletiva negando suas declarações — o quelhe foi politicamente determinado — não mediu a intensidade darepercussão da crise que deflagrou, nem a irritação do Planalto.Sebastião Vital, que tem um apartamento no Barramares, naBarra da Tijuca, no Rio, vinha pensando em alugar seu imóvel,mas, segundo amigos, desistiu disso em fins de julho. Há outrosimóveis em condições semelhantes.

Antes de divulgar sua nota, um porta-voz da Febraban ligoupara o editor de economia do JB para anunciar seu conteúdo. Aredação perguntou:

Vocês estão convencidos disso?O assessor respondeu, medindo as palavras:

O que ele (Vital) disse naquela reunião, e que me chamoua atenção, foi que as coisas estavam parecendo como um avião quevai bater no morro.

AP diz que é primeiracrise do Governo Sarney

A agência de notícias Associated Press (AP) distribuiu ontemaos seus assinantes internacionais matéria jornalística contendoum resumo das informações divulgadas pelo JORNAL DOBRASIL sobre as críticas feitas pelo Ministro interino da Fazenda,Sebastião Marcos Vital, à condução da política, econômica peloGoverno José Sarney.O noticiário da AP destaca que "antes de completar seis

meses no cargo, o Presidente José Sarney, que chefia o primeirogoverno civil no Brasil em 21 anos, enfrenta a primeira crise de suaadministração, ao evidenciar-se profundas divergências internasna condução da política econômica".

Segundo a matéria da AP, as críticas de Vital, feitas duranteuma reunião de importantes banqueiros, afetam não só a autorida-de presidencial como também a consolidação de seu governo.Destaca ainda o texto da agência noticiosa que os comentáriosfeitos pelo Ministro interino da Fazenda deflagraram "a primeiracrise interna grave registrada desde o dia 15 de março, data dainstalação do governo civil".

Leia editorial Mentiras Verdadeiras

NUCUEBRAS

Ministério das Minas e Energia

Empresas Nucleares Brasileiras S.A.

AVISOEMPRESAS NUCLEARES BRASILEIRAS S.A.— NUCLEBRAS

ÇENTRAL NUCLEAR ALMIRANTE, ALVARO ALBERTO — UNIDADE 2

PRE-QUALIFICAÇÃO N° NB/SUCOM-001/85SERVIÇOS DE MONTAGEM ELETROMECANICA DA UNIDADE 2 DA CEN-TRAL NUCLEAR ALMIRANTE ÁLVARO ALBERTO. EM (TAORNA— MUNICt-PIO DE ANGRA DOS REIS, ESTADO DO RIO DE JANEIRO.EMPRESAS NUCLEARES BRASILEIRAS SA. — NUCLEBRÁS toma públicoque fará realizar seleção de empresas montadoras nacionais para. "sob formaassociativa, participarem de Licitação destinada à execução dos serviços emepígrafe.I — Cada uma das empresas participantes da associação deverá estarcapacitada, individual e isoladamente, a atender ès seguintes condiçôe*básicas:a) apresentação de atestados consignando a execução direta nosúltimos 12 (doze) anos contados da presente data, de obras indus-triais de grande porte e complexidade nos campos de indústriasquímicas, petroquímicas, exploração de petróleo "off-shore". minera-çáo, siderurgia e energia, emitidos pelos respectivos clientes oupropnetários.bl apresentação de atestados de capacidade técnica, emitidos pelosrespectivos clientes ou proprietários, consignando a direta e integralexecução de no mínimo 3 (trôs) dos seguintes itens e comprovando,obrigatoriamente, tê-los alcançado, individualmente, dentro de ummesmo contrato ou em contratos diferentes, porém, de execuçãosimultânea num mesmo empreendimento:— gerenciamento de um mínimo de 2 000.000 (dois milhôeslHomens-hora/ano;

— montagem de um mínimo de 6.000 (seis mil) toneladas deequipamentos elétricos e/ou mecânicos, sendo pelo menosum destes componentes de peso superior a 60 (sessenta)toneladas;— montagem de um mfnimo de 1.800 (hum mil e oitocentas)_ toneladas de tubulação em aço-carbooo e/ou aço-liga;— montagem de um mínimo de 250 (duzentos e cinqüenta)toneladas de tubulação em aço inoxidável;— instalação de um mínimo de 1.000 000 (hum milhío) demetros de cabos de força e controle e de bandejas eeletrodutos compatíveis;— montagem de sistemas eletrônicos centralizados, constituídosde circuitos integrados para monitoração, supervisão e contro-le. incluindo computador de processo, controles analógicos,binános. comandos seqüenciais e interbloqueKW.c) apresentação de documentação comprovando a condição de "empre-

sa nacional", nos termos do Decreto n° 73 685. de 19.02.74. oomcapital social integralizado superior a Cr$ 6.500.000.000 (seis bilhõese quinhentos milhões de cruzeiros), conforme última AG. até a datadeste Aviso, e patnmônio liquido superiora Cri 10 000.000 000 (dezbilhões de cruzeiros), de acordo com o balanço do último exercício.social, calculados segundo critérios consubstanciados na Lei n°6.404, de 15 12 76" — As empresas deverão apresentar, ainda, juntamente com a documenta-çáo necessária à Pré-Qualificaçào. Termo de Compromisso de Constrtuiçào deSociedade, mediante o qual. se vencedoras da Licitação, constituirão sociedadedotada de personalidade jurídica para a execução dos serviços obieto doContratoO valor da soma dos capitais sociais mtegralizados e dos patrimônios líquidosdas empresas associadas deverá ser no mínimo de. respectivamente. Cr$65 090 000.000 (sessenta e cinco bilhões de cruzeiros) e Cr$ 100 000.000 000(cem bilhões de cruzeiros)III — As empresas interessadas deverão retirar, individualmente, do dia 30 deagosto ao dia 06 do setembro de 1986. nas 09 00 Inovei as 15 00 (quinze!horas, na Superinteodôncia-Ceial Comercial. Avenida Presidente Wilson n° 231— 3o andar, através de representante devidamente credenciado, o Edrta! dePré-Qualificaçáo com informações complementares as mencionadas nesteAvisoA documentação compioba"ona do atendimento V. condições constantes dopresente Aviso bom como das demais condições que estarão previstas noEdital, deverá ser entregue no dia 07 ae outubro de 1985, até às 15 00 (quinze)horas, no endereço retromooonaoo

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16 D Io caderno ? sábado, 24/8/85 Negócios *§s FinançasJORNAL DO BRASIL

Informe Banco Boãvista: O que vai pelo mercado

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ACESITAOP 14.926 3.99 4.50 3,99 4.08ACESITAPP 300090 3.40 3.70 3.11 3.53ACOSVILLARESPP-C- 10.186 19,00 20,00 18,20 18,81ADUBOS TREVO PP 3.600 9.00 9.00 9.00 9.00AGR0CERESPP 5.000 71.00 71,00 71.00 71.00ANHAGUERA0P 14.075 9.80 10,00 9.55 9,66ARACRUZPA 50 420.00420.00 420.00 420.00ARACRUZPB 785 490.00 490.00475.00478.73AZEVEDO TRAVASSOS PPC 153.823 8.00 8,50 6.60 7.99B.BRASILON 5.565 308.00 315,00 295.00 307.63B.BRASILPPE-- 44.615 410.00 434.00400.00 413.29B.NACIONALON 2.400 5.90 5.90 5,90 5,90B.NACIONALPN 43.091 5,90 5,90 5,85 5,90B.NORDESTEPP 20 165.00 166.» 165,00 165.00BAHEMAPP 5.000 4.50 4.50 4.49 4,49BANERJ PP 4.867 13,79 14.01 13.79 13,99-BANESPAPN 228 11.81 11.81 11,81 11.81BANESPAPP 79.324 15.01 17,50 15,01 16.25BANGU DESENVOLV.OP 51 0.80 0.80 0.80 0.80BANGU DESENVOLV.PP 141 0.80 0,80 0.80 0.80BARRETTOARAUJOPB 67850 5.00 5.70 5.00 5.47BELGOMINEIRAOP 71926 26.50 28,00 25,10 26,69BELGOMINEIRAPP 2.940 22.60 25,80 22.60 24,60BIOBRASPA 19.410 11.00 11,00 9,50 9,54BRADESCOOS 137 20.00 20,00 20,00 20,00BRADESCOPS 10.550 19,00 20,00 19.00 19,03BRAHMAOP 552 17.80 18.00 17,80 17,89BRAHMAPP 7.515 17,00 19,50 17,00 18.48BRASIUUTAPA 2500 2.75 2.80 2,75 2.76BUETTNERPS 156.078 13.50 13,50 13.50 13,50CACIOUECAFEOP 36.566 41.00 41.00 41.00 41.00CACIQUE CAFE PP 1.120 50.00 51.00 50.00 50.45CAFEBRASI-IAPP 402.770 3.14 3,50 3.11 3.34CAMBUCIPRT.PP 50.000 3,50 3,50 3,50 3.50CATA-AMAZONIATEXTILOP 1.610 18.00 18,00 18,00 18.00CATA-AMAZON1ATEXTILPA 100 18.00 18.00 18.00 18.00CATAGUASESLEOP.OP 3.000 1,10 1.10 1,10 1.10CATAGUASESLEOP.PA 100.651 1.42 1.54 1.37 1,44CATAGUASESLEOP.PRT.PA 9.948 1.20 1.30 1.16 1.18CBV-INOS.MECANICASPP 1.065 30.00 30.00 28.00 28.08CEDROCACHOEIRAPB 5.000 5.90 5.90 5.90 5.90CEMIG PP 71.673 0.95 0,96 0.90 0.95CICAPP 92.791 2,70 2,93 2.60 2.66C1TRO-PECT1NAPRTPP 5.600 7.98 6,80 7,80 8.01COBRASMAPP 1.900 17.50 17.50 17.50 17,50CONFAB PP 500 155,00 155,00 155,00 155,00COPENEPA 1.423 90.50 90,50 89.00 90.31CORREARIBEIROPP 17.650 2.16 2.60 2.10 2.23COSIGUAPS 5.830 2.40 2.40 2.40 2.40CRUZEIROSULPP 90.000 1.70 1.70 1.70 1.70CURTPS 368 0.85 0.85 0.85 0.85D.F.VASCONCELOS PB 1.000 4.10 4,10 4,10 4.10DHBIND.COM.PRT.PP--R 312.655 2.60 3.30 2.50 2.94DOCASOP 30.673 31.00 32.00 30,00 31.20DOCAS PP 63.056 29.50 34.00 28.00 29.83DOVAPP 600 20.00 20,00 18.70 19.78ELEBRAPP 30.875 15,00 15,00 12.10 14,70ELUMAPP 166.989 3,48 3,51 3,» 3.43ERICSSONOP 2.500 21.00 21.00 21.00 21.00FABRICA BANGU PP 41.307 2.95 3.06 2.90 2.99

7.37 136.911.44 120.483.58 462.16

358,57565,29

-1.43 104,89265.77

2.95 236,7523.11 111.28

4.25 447.384.37 427.480.17 383.120.34 396.971.82 199.78

-0.22 368.03-13.70 298.29

593.474,03 647.41

100.0050.00

6.21 253.24-0.74 236.19

1.15 277.65387.80

EST 930.23-1.45 906.19-0.66 268.43-4.05 276.2310.40 240.00

264.71345.99323,40

7.74 298.21EST 411,76EST 202.93EST 100.00

323.535,11 261.82

-7.81 214.551.59 204.66

257,642.16 226.195,98 212,800,25 239.82

-2,78 295,61559,77

-5,«8 238,605.19 139.380.42 242.42

485.7185.863951

13.41 633,3313,25 887,8010.38 291.7414.04 727.724,57 306,25

223,17-0.33 257.76

CotictolCr!) %>/ Ind.' CotafonlCrf) % %l Ind.Quant Méd, lucr. Q"»« Méd. Lucr.

Trtuk» (mil) hch MA» Min Mod D/orrt. Ano Tmilo» Ml) Fech Mi» Min Mtd D/trrt. Ano

FERBASAPP 2.215 23,90 24.00 23,90 23.97 2.48347.90 VALERIODOCEOP 14.353 375,00 395.00375.00 38684 04623019FERTISULOP 228 1.40 1.40 1.40 1.40-4,76 189.19 VALERIODOCEPP 151.259 580.00 605.00 580.00 597.15 -0.67 257.70FERTISULPA 44.813 2.05 2,20 1.95 2.01 2.03 184,40 VALMETOP 60 242.00 242.00 242,00 242,00 52266612FERTISULPB 98.729 2,65 2,80 2.50 2,59 1.97 210.57 I VARIGPP--E 167.871 8.50 9.20 8.50 8.83 8.48 674,06FINAMCI 10807 2,65 2.65 2,65 265 - 240,91 VOIECPPEE- 57.930 0,75 0,75 0.60 0.69 9.52 26538FINORCI 314 4.00 4,00 4,00 4.00 - 166.29 WHITE MARTINS OP 260.794 4,00 4.10 3.70 3% 31332459FISETREFLOREST.CI 2 3,00 3,00 3.00 3,00 - 129.87 ZANINIPA 66.234 2.28 2.30 2.20 2,25 0.90 321.43GRANOLEOPS 10.066 7.35 7,40 5,90 7.35 - 373.10 ZIVIPP 7.B00 5.80 5.80 5.80 5.80 - 552.38HER1NGPP--C 1.000 11.99 11.99 11.99 11.99 7.06 350,58IOCHPEPP 26850 8.10 8.50 8.10 8,43 1.57 129.10 m,-i.-,i„_ „_, „i+--„„;.._ __„_ • _ITAPPP 72.210 2.25 2.40 2.20 2.28 2.70 228.00 IltUlOS 6111 SltUaÇaO especialÍTAUBANCOPS 450 20.00 20.00 20,00 20.00 - 533.33LARK MAQUINAS PP 1.900 2,20 2.20 2.20 2.20 EST 250.00 PIRÂMIDES BRASILIAOP 7500 040 040 040 040 -UGHTOS 1.800 16.00 16.00 14,80 15,18 1,13 156,17 PIRÂMIDESBRASIUAPA 6.500 040 042 040 040 -476 int n.LIMASAPP 214.820 2,10 2,10 1.96 2,00 3,09166,67 S0LORRICOPP 1.250 631 631 630 631 .60 .MA.LUXMAPP 9 580 7.60 7.60 7,00 7.07 17.64 256,16 TEXTILG.CALFATPP 63.200 240 2'50 2» 238 917 IM 18MANGELSPP 4300 3.30 3.30 3,30 3,30-4,35 136,36 TEXTILG.CALFATNOVPP 31342 230 230 210 2 17 .'wm!.MANNESMANNOP 353.673 5.95 6,21 5,80 5.99-1.32 252,74 VIGORELUOP 30975 130 130 ns lá ir. i«'ctMANNESMANNPP 51.156 5.25 5.35 5.10 5.27 1.35 292.78 ' ,s"*MENDESJUNIORPA 55.096 21,50 24.00 21.00 21.91 -0.68 478.38MENDES JÚNIOR PB 40.840 22.00 24.50 21.00 22.78-0.83 441.47 ____MM._____MM-_-_MI____l.________BMa_.___M._____________________nMESBLAPP 270193.00 194.00 175.00 179,41 4.37 609.00 .MicHELETTOpp 18.032 4,1o 415 4.00 4,11 2.24 348.31 Mercado FuturoMOINHOFLUMINENSEOP 7 90,00 90.00 90,00 90.00-0,19 407,79 MONTREAL PP 49.709 29,00 29,00 27.05 28.06 8.21 179,87 "~OLVEBRAPP 1900 6,50 6.50 6.50 6.50 - 229.68 NÒ0 ho neaó,io.PARAIBUNAPP 2.000 3.70 3.70 3.70 3.70 - 143,41 °° nOUVe "ROCIOSPARANAPANEMAPP 168.738 34,00 36.50 34.00 35.93 2.69 375.05 PEIXE PP 56600 2.00 2.09 1.70 2.00 15.61 113.64 M_Ma____B___Sa__M___a_R______R__RaaH_______RflBB_______aHBHBRRRaaaPETROBRASONE-- 639 205.00 205,00196,00195,81 0,91298,26 r\ - _JPETROBRASPNE-- 20 345,00345.00 326,00 344,05 5.86353.34 VjPÇOeS Cie COmOrãPETROBRÁS PP 7.844 400.00 430,00 400.00 416.04 0.49 281,05PETROLEOIPIRANGAPP 62.882 3.70 3,90 3.51 3.69 3.36 261.70 . „. .PETROO.CAMACARIPA 13.769 400.00 420,00 400,00 417.09 4,27 277,65 _______ -________. P*0 IOlf"^ ^W°* Vokrn»PETt 7.844 400,00 430,00 400,00 416.04 0.49 281.05 ™* sth* *""• fMmt- '""l ______ Mtdto (mü)PETROLEOIPIRANGAPP 62.882 3.70 3.90 3.51 3,69 3,36 261.70 ~~PETROQ.CAMACARIPA 13.769400.00 420.00 400.00 417.09 4.27 277.65 ACtSIIA PP CJO OU1 3.60 2.100 0.52 0,55 11700PETTENATION - -D 249.471 0.72 0.72 0,72 0,72 EST CJQ OUT 3,20 353.200 120 120 425620P1RELUOPC-- 2.000 9.00 9.00 7.50 8.25 - 383.15 BC°D0BRASILPPE CJR OUT 450.00 2.100 67.00 6033 105704RIOGRANDENSEPS 1.727 3.35 3.35 3.35 3.35 4,69 173.58 BC°D0BRASILPPE CJS OUT 600,00 12.800 22.50 2368 303120

SANSUYPP 1.000 16.00 16.00 16.00 16.00 - 919.54 BC°D0 BRASIL PPE CJX OUT 389.89 1.200 90.00 90.66 108800SERGENOP 1.400 11,00 11.10 10,60 10.90 3,81 268,47 BELGOMINEIRAOP CJY OUT 32.00 1.500 3,50 350 5255..!*_,.£!..._-.-_ 116.-28 27,50 29.00 26.00 27.64 -1.67 264.50 MANNESMANN OP CJO OUT 6.50 4.700 0.90 090 4230SIDINFORMATICAPP 9.944 53.00 56.00 50,50 54.82 6.61730.93 -,M|TR_ np r|Y ___.„.

' """ "'* '_"SIFCOPP 50000 1350 1350 1350 1350 385 SAMIIHI UP L.Y OUT 12O.00 1.000 16,90 15,90 16.900SUPERGASBRASOP 211 800 800 800 a00 EST 100.00 UNIPARPB CJX OUT 5.00 69.000 0.20 0,22 15.300SUPERGASBRASPP 56.701 10,00 11.00 9.00 10,22 19,39192.47 VALE RIO DOCE OP CJR OUT 500.00 8.000 740 950 76000SUZANOPAE-- 42179.00179.00179.00179.00123,75504.51 um c nin nrv. np ri7 nirr wnrm Trem .rv, .rm .inrmTELERJOE 2 30.00 30,00 30.00 30.00 - 750.00 VAlERl°D0CE0P UZ 0UT 65°-00 3000 7-°° lm 2,00°TELERJON 35 14.01 14.01 13.00 13,95 7.31281.25 VALE RIO DOCE PP CJG OUT 600.00 133.900 102.00 109.80 14703.520TELERJPE 4 35Ã) 35,00 25.00 29.56 - 287,55 VALE RIO DOCE PP CJM OUT 750.00 313.300 29.00 34,16 11.317.633TELERJPN 14 45,00 45.00 40.00 44.14 12.69352.27 ,,., c _,„ nrvc dd r in nirr _cnr_i irmn ii.nn -iiiiyi A-xsmiTRANSBRASILPPEEE 69.043 3.10 3.35 3.10 3.11 6.1481B.42 VALE RIO DOCE PP CJO OUT 450.00 2.000 213,00 213,00 426.000TRICHESPP 10.000 3,00 3,00 3,00 3.00 - 214.29 VALERIODOCEPP CJR OUT 800.00 1.325.600 16.00 20.43 27.087.245m_I!_Í_2. -,_™ 2-21 J29 J?' Ín. 23.86222.07 VALERIODOCEPP CJY OUT 700.00 244.100 46.00 64.37 13.273.716UNIPARPA 249.178 3.20 3,20 3.10 3.14-0.63 270,69 .... -... ,.„- „- - „ -..„ -_._- ,„ ._UNIPARPB 265901 3.55 3,95 361 374-02724768 VALE RIO DOCE PP CJZ OUT - 883.600 3,90 5,09 4.498.907USINACOSTAPINTOPP--E 34.000 3.00 3.00 3.00 3.00 - 1-&-4 TOTAL 3.399.800 72.414.305

BOLSA DE VALORES DÈ SÃO PAULOBolsa de São Paulo — A Bolsa de Valores paulista

fechou ontem com uma queda de 0,7% no índiceBovespa, que chegou aos 43 mil 984 pontos. O índicemédio evoluiu em 3,2% alcançando 44 mil 620 pontos.As operações à vista chegaram a CrS 327 bilhões 500milhões e o total geral negociado a Cr$ 367 bilhões 600milhões, caindo 17,7% em relação a quinta-feira. Asações mais negociadas à vista foram: Paranapanema PP(CrS 39 bilhões 582 milhões), Usina Costa Pinto PP(CrS 22 bilhões 124 milhões) e Petrobrás PP (CrS 19bilhões 525 milhões). As maiores altas: América do SulPP (200%) Telefônica da Borda do Campo PP (92,8%)e Telefônica da Borda do Campo OP (92,8%). Asmaiores baixas. Bandeirantes de Investimento ON(50%), Itap PP (16,6%) e Construtora Adolpho Lin-denberg PP (16,6%).

Titula Om. QuMtumACESITAPP C03AC0S VILL PP BONAÇOS VILL PP C37ADUBOS CRA PP C30ADUBOS TREVO PP COAGROCERES PP C08ALPARGATAS ONALPARGATAS PNAMERICA SUL PP BAND CLAYTON OP C2ANHANGUERA OPANTARCTICA ONAPARECIDA OPAPARECIDA PPBARACRUZ PPB 185ARNOPPC78ARTHUR LANGE OPARTHUR LANGE PPAUXILIAR PN INTAUXIPART PP C04AVIPAL ON PAZEVEDO PP SUBAZEVEDO PPBAHEMAPPBAMERIND BR ONBAMERIND SEG PNBAND C F INV ONBAND C F INV PP DlBANDEIR INV ONBANDEIR INV PP DlBANDEIRANTES ONBANDEIRANTES PP DlBANDEIRANTES PPBANERJ ONBANESPA ONBANESPA PNBANESPA PP C29BARDELLA PPBARRETTO PPBBELGO MINEIR OPBELGO MINEIR PPBIOBRAS PPABORELLA PNBRADESCO ONBRADESCO PNBRADESCO FIN ONBRADESCO FIN PNBRADESCO INV ONBRADESCO INV PNBRAHMA PP C13BRASIL ONBRASIL PP C31BRASMOTOR PP C16BUETTNER PNC FABRINI OPCACIQUE OPCACIQUE PPCAEMI OP C04CAF BRASÍLIA PPCAMAÇARI PPACAMBUCI PP PCASA J SILVA PPCASAMASSONPPCBV IND MEC PP C4CELUL IRANI OP C2CELUL IRANI PP C2CEMIG PP C43CESP PNCEVAL ONCEVALPNCHAPECO PP CI4CHAPECO PR PP C04CHIARELLI PP C01CIA HERING PP SUBCICA PP C56CIM ARATU OPCIM ARATU PPC

. CIM CAUE PPACIM ITAU PPCITROPECTINA PPCLÍMAX OP CI4CLÍMAX PPB C14COBRASMA ONCOBRASMA OP C15COBRASMA PNCOBRASMA PP C15COEST CONST PPCOFAP PP C13COM E IND SP PNCOMIND PNCONCRETEX PPCONFAB PPCONST A UNO PPCONST BETER PPACONST BETER PPBCOPAS ONCOPAS PNCOPENE PPACOR RIBEIRO PPCORBETTA PNCOSIGUA PNCREDITO NAC PN 18

.CREMER PP C31CRUZEIRO SUL PPCURT PND F VASCONC PPA CD F VASCONC PPB CDIST IPIRANG PP ClDOCAS OP C24DOCAS PP C24DURA1EX PP C78EB.RIE PNECONOM.rO PNELtBRA PP C01ElEKEIFiüZ PNELETROM WíG PP DlELEVAD iUH PP C20ELUMAOPElUMS »P

3.4017.5015.90

1.368,90

70.00225.00180.00

3.00245.00

9.00390.00

4.605.60

465.00290.00

1.X1.002.001.992,006,706,804,204,504,504.004.002.002.203,502,001.507.007.80

13.5014.00

390.X5.00

27.0022.999.501.20

19.0016.50

290,00300.00

19.5018.0018.49

290.00390.00118.00

15.00152.0042.9948.00

550.003,00

400,003,503.900.60

26.5050.0060.000.90

17.004,304,454,492.002.70

11,002.506.017.00

14.0038.008.00

50.0060.0013,0114,007,00

16.501.90

22.993.508.509.»

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710.X8.»3.109.X

179.X173.X1X.X1X.X1X.X17.X2.70

135.X135.X12.X35.X66.01X.X95.X87.X4.X

1X.X1X.X

4.»2.85

13.»2.»1.99t.X

20.X3.X3.103.W3.153,753.X2.X

385.X585.X240.X

7,994,024.»9.X8.»

X.X4,406.W

14.M3.»1.462.205.X

21,704.»2.57

11.199.X7.132.X2.X3.95

82.X117.»

16.311.624.X5.823.X

19.X15.1027.1125.X53,276.X3.X2.913.X

12.Xl.X

710.X9,123,119.03

179.X174.481X.X1X.XIX.X17,022.70

136.X135.X12.X35.X66.0182,35

1X.2187.X4.X

1X.X1X.X

4.X3,04

13.882.832,X1,92

20.X3.X3.103.X3,203.X3.232.92

392.08602.X240.»

8.274,024.M9.X8,95

X,274,83630

14.523,951.492.345.84

21.704.»2.X

12,209.X7.M2.X2.X4.X

82.X120.XW.X

1.704.X6.103.X

X.X15.1029.X25.X55.X

6.213.X2,953.»

14.X1.X

710.X11.X3,209,20

1X.X185.X1X.XIX.X1X.X17.X2.70

135.X135.X12.XX.X66.01

1X.X101.X87.X4.X

1X.XIX.X

4.X3,20

14.X3,X2.102.10

20.X3,333,113,013,204.X3.X3.X

4X.X«7.X240.X

8.»4,024.X9,209.20

X.X5.X6.X

14.524,20l.X2.405.X

21.704.»2.»

10.009.007.002.X2.X3.90

82.X110.0016.»l.X4.»6.103.X

18.»15.1027,0025.X53.006.203.X2.X3.X

12.X1,30

710.0010.X3,209.M

179.00173,00100.00ioo.ro100.0017.x2.70

135.X135,0012.0035.0066.0166.00

101.0087.X4.00

1X.X180.00

A.m3.04

14.002.X2.X1.90

20.003.M3.103.003,203.X3.X2.X

385.00590.00240.00

8.204.024.»9.018.70

X.X4.»6.X

14.»4.X1.»2.X5.X

+4,0-13,0

/-2.5

/-83

+ 10,0

+0,2+63

+2.8+ 11.8-3.5-1,9+3,9+6,7

+ 17.1

+3.1-5.1+4.0

+0.5-6,4

+423

+3,8+92,8+928¦+0.0+0.1

+0.0

1.248886

65.7X368.674

1.3X256.713

2512436

45.8»IX

19.46613.5X48.6234.4»

68.567459

9.3452.X0

2590211X0

1090957.043

1517.9X

166365120.685

320X

101.51418.0X9.387

3796.7X

4444951X

15.1XXO

22

14232812

/ 2211

5.206+ 1.3 1.215.685+3.7 4.0X

+21.2 X.595-9.0 28.2X+5,5 613X2

4X0X110.417

20.69925.7855866785.5»

+6,4 562.5967.589.002

-2.5 12.61.6

-2.0-2.3+0.2

+ 12.5+4.6

83711X

22.174M.8X

4X25X1

+23 214,71431.275

+4,6 42486911.7X

+ 11,5-4.7+3.4-2.0

5.145109.605

15 IX57.18573.9X

CONCORDATARIASACO ALTONA PPFAROL PNIAP0NIAPPNLINH CIRCULO PNORNIEX PNPIR BRASÍLIA OPPIR BRASÍLIA PPASOLORRICO OPS0L0RRICO PPTEX G CALFAT PP INTEX G CALFAT PPVIGORELU OP

11.531.X7.70

10.201.X1,80O.X0.X4.X6.192.202.101.20

11.532.X7,76

10,911.Xl.X0.X0.404.X6,272.452,221.27

11.532.X7.X

11.20l.Xl.X0.400,454.X6.402.X2.40130

11.53 +0,2 5X2.00 +8.1 84.5X7.70 -1,2 70X

11.00 +7.8 X.7X1.80 -3.2 1.0X1.80 33.5550.40 994M0.40 1.4968574.20 +2,4 X.B256.25 +0,8 1034352.» +8.6 224X12.20 +4.7 276.4741,25 +0.8 69.272

Opções de compraCódigo AçSo-Obj. Vmc. Pmço Quirrt. A_*t. M*d. UH.

Entre (mil)

OAZ21 AZE PP OUT 7.X 151X0 2.14 2.19 2.64OBB15 BB PP C31 OUT 5X.X 1000 6.M 6.X 6.XODF36 DFV PA C01 OUT 6.X 1.0X 0.10 0,10 0.10OFN10 FNV PA OUT 4X.X 2.000 66.X 66.00 X.X0HE2 HER PP CX OUT I2.X 2.000 2.71 2.71 2.710PT21 PETPPC32 OUT 3X00 6.0X 123.X 121.33 113.X0PT11 PETPPC32 OUT 6X.X 61.000 22.X 20.54 16.X0PT16 PET PP C32 OUT 5X.00 20.0X X.X X.X X.X0PI8 PIR OP CX OUT 6.» X.OX 3,25 3,25 3,25OPM1 PMAPPC57 OUT 14.X 16X0 25.X 24.93 24.X0PM3 PMAPPC57 OUT 18,00 116.1X 20» 20.56 19.XOPM32 PMAPPC57 OUT X,X 2.243000 7,10 6.88 6.400PM39 PMA PP C57 OUT 32.W 126.0X 10.X 9,91 9.XOPM40 PMAPPC57 DEZ 40.X 777.9X 12.X 11.33 10.»OPM42 PMAPPC57 DEZ X.W 1.023900 6X 6.76 6.400PM6 PMA PP C57 OUT 40,X 619000 5,X 4.X 4,X0PM5 PMA PP C57 DEZ X.X 267.2X 4.» 4.15 3.700PM7 PMA PP C57 OUT 45.X 5X0 3.X 3.X 3.XOPM9 PMA PP C57 DEZ 65.00 3.000 2.» 2.X 2.»OPM22 PMA PP C57 DEZ 32.X 143.0W 15.39 15.65 15.20OPM45 PMA PP C57 OUT »,00 3879.7W 2.» 2,20 1.XOPM48 PMAPPC57 DEZ 29.W 33000 17.60 17,48 17.X0RP4 RPS PP COI OUT 10,00 2.000 5.W 5.X 5.X0RP5 RPS PP C01 OUT 12.M . 4000 2.50 2.42 2,34OAG26 SAGPPC08 OUT 70.M 3 OOO 19.00 19.X 19.XOAG27 SAGPPC08 OUT 75W 1.0X 15.W 1530 I5.XOSH27 SHAPPI84 OUT 20W 1000 11.50 11.» 11.50OSH35 SHA PP 184 OUT 23.W 139 000 9,00 8.79 7.XOSH39 SHA PP 184 OUT 26.M 284 200 6,00 6.45 5.W0SH.2 SHA PP 184 OUT 29 32 OOO 3,80 3.81 3.W0SDI8 SID PP COI OUT 45,00 4 0W 19.20 19 20 19.20QSD2 SID PP COI OUT 50M 342X 13,00 13,33 11.W01MJ4 UNI PB C27 OUT 2.90 22 OOO 155 1,55 1,55OVL28 VAI OP INT OUT 40000 24X 73.15 73.15 73.15OVL30 VALOPINT DUT 550 6 000 7 00 7.00 7.X0M02 VEM PP OUT 23 Ofl 4 000 8.60 B.M 8.»0VI2 VCOPPC02 OUT 4.W 471000 130 1.61 1.600VI4 VGOPPC02 OUT 5.M 50 010 0.80 0,80 O.XCVMO VGOPPC02 OUT 5.» 20 000 2,20 2.20 2.20OVI20 V'_OP°C02 OUT 6.00 490 000 060 O.M OM

Mercado nervoso ajusta preçosNervoso e, de certa forma,

refletindo a seriedade das de-clarações do Secretário-Geraldo Ministério da Fazenda, Se-bastião Marcos Vital, o merca-do de ações apresentou ontemum reajuste dos preços — qua-se todas as cotações de fecha-mento ficaram abaixo da médiado dia —, em que pese ter oIBV médio registrado valoriza-ção de 2,6%.

Como em qualquer mercadoque se preze, explicações paraas antagônicas expectativas nãofaltam. Os que estão vendidosprenunciam o apocalipse, ale-gando o início de uma grandecrise na equipe econômica doGoverno ou a mudança imedia-ta da fórmula da correção mo-netária. Os que estão compra-dos argumentam que os apavo-rados de ontem vão ter quepagar mais caro para refazersuas posições.

As declarações do diretor dadívida pública, José Júlio Sen-na, deverão afastar, pelo me-nos temporariamente, a possi-bilidade de mudança no cálculoda correção monetária. Umcorretor, que pediu para ficarno anonimato, observou que oviolento controle de preçosexercido pelo CIP em abril,maio e junho — o que obrigoua uma maior liberalização dospreços nos meses subseqüentes— não foi ajustado aos efeitosgradativos de compressão dacorreção monetária, esperadospelos autores da nova fórmula.

Bolsa do Rio — Operou on-tem em alta de 2,6%, com oIBV atingindo 1 mil 608,59pontos, novo recorde do ano.O índice de fechamento apre-sentou-se estável, em 1 mil793,57 pontos. Das 37 ações doIBV, 27 subiram, oito caíram eduas não foram negociadas. Ovolume de negócios, com 9 bi-Ihões 831 milhões de títulos, novalor de Cr$ 257 bilhões 197

milhões, foi 10% menor do queo movimento do pregão ante-rior. No mercado de opções,foram negociados 3 bilhões 399milhões de títulos, correspon-dentes a CrS 72 bilhões 414milhões, 23% menor do que ovolume da véspera; a futuro,não houve negócios; à vista,foram transacionados 5 bilhões970 milhões de ações, por Cr$171 bilhões 131 milhões, 0,8%menor; e, no mercado a termo,461 milhões de ações, no valorde CrS 13 bilhões 627 milhões.Apenas dois indicadores seto-riais apresentaram evolução:siderurgia/metalurgia (1,8%) epetróleo (0.5%). Òs que maiscaíram foram: mineração(5,3%); bens de consumo(4,5%); comércio (4%) e fi-nanças (2,7%).

CVM — A Comissão de Va-lores Mobiliários inabilitou pa-ra o exercício do cargo de ad-ministrador de companhiaaberta o ex-presidente e atulaladministrador da Texa Mara-nhense S/A, Jeremias Donatode Araújo. Os outros diretoresda Companhia, Luiz DonatoPereira de Arajo, FranciscoDonato Pereira de Araújo, He-loísa Pereira de Arajo e Fran-cisco Cordeiro de Araújo rece-beram multa no valor de 500ORTN, cada.

Este foi o segundo inquéritojulgado na CVM contra a TexaMaranhense e Jeremias Dona-to de Araújo. Em 1983, forampenalizados pela colocação ir-regular (em 1979) de 3 milhõesde ações da empresa. Destavez, a empresa foi punida pornão ter prestado as informa-ções periódicas à CVM, desde1980, já que é uma companhiaaberta. Diversos acionistas daTexa Maranhense solicitaraminterferência da CVM, que, de-pois de infrutíferos contatos te-lefônicos e por correspondên-

Cotações - BVRJAzevedo Travassos

PP~cmédia à vista (em CrS)

4" feira 5» feira ontem 1

Ações do IBV Ações fora úo IBVMaiora* aKas (%)

LuxmaPP 17,64 UniparON 23,85DocasOP 13,41 Azevedo Travassos PP-c 23.11TelerjPN 12,69 Supergasbrás PP 19.39MontrealPP 8.21 PeixoPP 15.61Café Brasília PP 7.74 ElebraPP 14.04

Maioras baixas (%)Banerj PP 13.70 | Cataguazes-Leopoldina Prt. PA 7.81Brahma PP 4,05 I CopenePA 5.28SamitriOP 2.86 FertisulOP 4,76BradescoPS 1.45 I Pirâmides Brasília PA 4.76MannesmannOP 1,32 I MangetsPP 4.3S

£|pA& NEW G0LD METAIS PRECIOSOS LTDA.

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OURO A PARTIR DE 5 GR.

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Tel: 287-1242

cia — e, até intimação, me-diante ofício — optou pelaabertura de inquérito.

Nova Iorque — O mercadode ações fechou ontem em levebaixa ao término de uma sessãorelativamente calma. O índiceindustrial Dow Jones perdeu0,56 ponto, fechando em 1 mil317,53. Foram negociadas cer-ca de 75 milhões de ações,registrando-se 759 baixas con-tra 689 altas. Clima predomi-nante, a incerteza acompanhoua expectativa de possíveis mo-dificações, pelo Federal Reser-ve, na política de crédito, paraestimular o crescimento econô-

EmpresasPor iniciativa do Codimec -

Comitê de Divulgação do Mer-cado de Capitais, o Ministro doPlanejamento, João Sayad,participa de reunião, segunda-feira, no Rio, com liderançasdo mercado de capitais.

Somou CrS 137 bilhões, nosprimeiros sete meses do ano, ofaturamento das empresas queintegram o Grupo Limasa, oque representou uma evoluçãode 34% sobre o total obtido emidêntico período de 1984.

Em balanço a ser ainda pu-blicado, o Banco Auxiliar apre-sentará um lucro líquido de CrS5 bilhões 956 milhões. Os de-pósitos à vista somaram, noprimeiro semestre, Cr$ 208 bi-Ihões 179 milhões, enquanto osa prazo totalizaram CrS 754bilhões 849 milhões.

Será do Carrefour a maiorloja-âncora do país, com 15 milmetros quadrados de área devenda. Em dois pisos, ela esta-rá localizada no NorteShop-ping, que a Ecisa está cons-truindo na Avenida Suburba-na, no Rio de Janeiro.

Bolsa de Valores de SãoPaulo aprovou, como permis-sionária plena, para operaçãoem seu pregão, a corretoraEmbracor, dirigida por BentoFigueira de Melo.

ÍNDICES (em 23-08-85)MFUCU (% IÍP)HmtalNo MOEm 12 matasN. ÍNKl (MS)

custo DE mu (%)MmsíIÜO MOEm 12 mem». MU» (mn)

S«Mlo.l*.__-Failla.U-l-_ilM __%._•»10,5 12,6 9,9 10,5 12.6 10,2 12,7 7,2 7,8 7,8 8,9 11,22(4)

136.8 166.6 193 223,8 12,6 24.08 39,9 49,9 61,6 74,3 89,8212.9 211,0 215,1 223,8 232,1 225,9 234,1 228,8 225,6 221,4 217,3

17.083,3 19.232,2 21.131,6 23.357.1 26.308,6 28.982.1 32.565,2 35.0.2,4 37.748.1 40.709,1 44.338,7

10,2 10,7 8,8 10,3 13.3 12,2 10,5 6,7 7.3 10,6 12,4132,3 157,1 179.8 208,7 13,3 27,1 40,4 49,8 60,8 77,9 99,9195,7 198.4 204,4 208,7 218,3 223,1 225,5 220,0 214,4 216,7 221,8

13.590,6 15.042,0 13.369,1 18.061,2 20.466,4 22555,1 25.364,1 27.054.1 29.041,4 32.130,3 36.112,8

MEC0 P0> ATUADO (%)Manai 11,2 13,7 10,4 10,8 12,9 9,2 13,6 7.2 6.5 7,1 7.6No an 137,5 170 198 230,3 12,9 23,3 40,1 50,2 60 71,3 84,3Em 12 rnans 220,5 215,2 220.1 230.3 238.5 230,3 240,7 233,4 226.2 220,2 211,2N. Min (NES) 19.525,0 22.195.0 24.494,9 27.150,8 30.660,5 33.484,5 38.033.6 40.789,5 43.429,7 46.504,0 50.044.7

CONSTRUÇÃO CIVIL (%)

Ho MWEm 12 mmN. Mica (mn)

5,6 8,6 8,6 8.2 7,5 3,1 11.6 8.8 22,4 6.4 9.8145.5 166,7 189.7 213.4 7,5 21,6 35,6 47,6 80,7 92,2 111,0203,3 213.6 204.1 213.4 218,1 195,6 201.6 214,4 256,4 248.0 263,0

12.910,9 14.026,7 15.238,7 16482,7 17.724,0 20.036,9 22.358,4 24.325,0 29.778,3 31.676,4 34.779,7

___________ (Mmaatn.) 1%) - 34,8 - 36,74 - 39.84 - 34.34 -

Omi (Cri) 16.169.61 20.118,71 24.432.06 30.316,57 38.208,46 45.901,91 53.437.4017.867,42 22.110,46 27.510.50 34.166,77 42.031,56 49.396,88

C0MECA0WMETÍIM(%) 10,6 10,5 12,6 9,9 10,5 12,6 10,2 12,7 11.83 10.01 9,21 7.61 8,18(4)

CADERNETA DE POUPANÇA 11,52 13,163 10.449 11.052 13.16 10,75 13,26 12.35 10.55 9,74 8.14 8.70(rentabilidade)

INPC (%)MontaiNo anEm 12 mmNujuta Salarial tamt.

9,88 11,25 10,08 10,23 13.95 9.87 11.5 9,49 9.69 7.82 8,75124,65 149,93 175.12 203,27 13,95 25,19 40.02 53.32 63.56 76.35 68,33 . -191.54 186.98 194,74 203,27 214,79 217,54 223,91 221,27 215,59 212.77 204,79

73,8 71,0 71,0 72.7 75 77,3 81 85,7 89 86,02 80,30 76,35

ALUCUEB (%)NnUancIal-anualSamntralComerciai» (Igual a)

157,63 152,47 153,23 149.58 155,7959.04 56.8 57.04 58,16 60.00

162,6261.86

171.8364.80

174.03 179,13 177.6668.56 71.2 68.85

172,4764,24

170,2261,08

163.8354.66

Corr. Mon. am 12 mm 200.22 202.9 210,98 219.92 223.77 232,03 225.82 233,82 242,8 24626 246,30 237,87- - 87.49 91,22 89,91 90,07 87,87 79,55 76,26

CORREÇÃO CAMBIAI (%)Mental 10,491 12.96 9,889 10.449 12,595 10.2 12.694 11,91 10.01 9,2 7.6 8.18No ano 135,67 166,49 192.85 223.5% 12.595 24,08 39,836 66,41 72,348 87,81 106,02Em 12 mm 223.60 211.33 215,402 227.950 231,814 225,08 239,724 242,852 246,886 246,06 244,39

DÓLAR PARALELO (1).reco lio Venda (Crt) 2.510 2880 2.860 3.290 3800 3.950 4.900 5.150 5650 6500 7.400 9200DÓLAR OFICIAL 2.107 2.329 2.662 2.881 3.184 3.587 3.951 4.470 5.000 5.480 6000 6.460

OURO 12) (Crt) 27.700 31.200 30.500 36.500 37100 38.500 44600 52.800 57.100 65200 74.200

OVERMIEHT (%)Afldlma(Ti composta)(S0P)

11,89 12,89 10,86 11,57 13,94 11.96 13,09 13,27 12,31 10.73 10.03

11.26 12,93 10,40 10.26 12.73 17,15 12,30 11.87 11.30 10,22 9,60

CDB 8.29 13.75 9,33 11.63 14,32 11.86 13,10 14,43 11.37 10,73 8,83

LETRA DE CAMBIO O) 6,12 8,87 9,01 8,87 6.36 12.40 12,75 12,41 16,46 13,74 10,08

BOLSA DO RIO (IBV) 0.04 21.3 46,43 17,14 -4,17 13,05 -0.75 -0.23 33,3 30,24 24,69

LMf (5) 12.25 11,75 10.69 9,49 9,25 , 8,68 9,93 9,75 9.06 8,25 8.5

Prlm-nte (5) 13,00 12,75 12,00 11.50 10,75 10,50 10,50 10,50 10.50 9,5 9,5 9,5

BASE MONETÁRIA (6)Saldo (CrJ bufam) 9.113 9.791 11.027 15.013 14.689 17.479 17.134 17.750 18 718 21155 23 805

met 1%) 12.4 7.4 12.6 36,2 -2,2 19,0 -2 3.6 5.5 13 12,5no ano 108,7 124.2 152.5 243.8 -2,2 16.4 14.1 18,2 24,7 40,9 58,5Em 12 mm 167.2 175,0 183,5 243,8 219,9 256.6 253.1 207.1 198.4 208.1 219.0

MEIOS DE PACAMHT0SSaldo (CrJ Mhon) 15,326 16.122 18.708 24.985 22.034 24.545 27.261 30306 32.513 38.395 42.360me» (%) 13.0 5.2 16,0 33,6 -11,8 11,4 11.1 11,2 6.4 18.1 10.3No ano 86,2 95,8 127.3 203,5 -11,8 -1,8 9,1 21,3 30.1 54.5 70,4Em 12 mem 150.4 143,3 106.3 203.5 173,5 199,0 205.1 195 202.5 2359 237,0

(i)Cotacao no primeiro dia do mes.Veia ao lado colações diánas:(2)preco pw grama para lingotes de 250 gramas,{3.renda mensa 1.(4)previsão do me.cado.(5)tai__ doúltimo dia do mes..6.emissão pnmána de moeda;(7}papel moeda em poder pübitco mais depósitos à vista no BB e bancos cornerciais.

Outros Indicadores

rsalnr — Compra: CrJ 6 mil 850; Venda: CrS 6 mil 870 (a partir tlc ? teira)I)6l_i panücln — Compra: Crt t mil 100; Venda: CrJ 9 mil 350Overnight — Rendimento do dia: 4,15%; rendimento acumulado na semana: 2,10%; rendimento acumfhdo no més- 7 31%M.dUu SDP: No dia: 4,l5Tr: semana: 8.<n%;MVH (Maior Valor de Reíerènci.il — CrJ 167.106.70UFERJ (Unidade Fiscal do Rio de lanciro) — c UNIK (Unidade Fiscal do Município do Rio de Janeiro) — CrJ 107 ">_0Salário Mínimo: CrJ 333.120

SSiKiuf.,M»-.<a&SaCMBB_--R« ¦".'¦—-¦'•.- -MttNfcUt«WOCVK _8E_iC_____E_E__K__R_KK ______a_3__3Kftt___t. ví-^jSjÇSaSfflrtKSas mmamtnÊmaBmtaÊmmmammmamíBiaaaamnm

Page 18: fIwÊ - Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca ...

JOKNAL DO BRASIL Negócios & Finanças sábado, 24/8/85 D Io caderno ? 17

Senna culpa inflação alta por desequilíbrio na correçãoMapa e Pamplona dizem quecomissão do IAA é legal

O empresário Mário Pacheco disse ontemque é legal a comissão de 1 milhão 221 mildólares paga pelo Instituto do Açúcar e doÁlcool (IAA) à sua empresa, a Mapa CaribeCo., com sede no Panamá, que intermediouuma venda de açúcar para a União Soviética. OCoronel Confúcio Pamplona também assegurouque a comissão é legal. Ambos citam a Resolu-ção do Instituto de número 1662782, vigente até1984, permitindo a concessão de comissões (até2%) às firmas intermediárias nas negociações deaçúcar no mercado mundial.

A legalidade ou não dessa comissão estásendo discutida em dois processos que o empre-sário e o ex-presidente do IAA estão movendocontra o jornalista Adirson de Barros, pordifamação e calúnia, um na 15a Vara Criminaldo Rio de Janeiro e outro na 4a Vara da JustiçaFederal. As vendas do açúcar à União Soviéticaforam realizadas em 1982 e 1983, num total de 1milhão 250 mil toneladas. A operação foi feitade governo a governo (o IAA vendendo para aestatal soviética Prodintorg). A intermediaçãofoi da Mapa Caribe que ganhou a comissão doIAA.

No processo, existem outras questões levan-tadas e respondidas ontem pelo empresário epor Pamplona. Uma delas refere-se à rapidezcom que chegou ao Brasil uma carta comendereço de Genebra, na Suíça, dado pela MapaCaribe. Essa correspondências chegou em doisdias e teve um despacho favorável de Pamplona.Mário Pacheco diz que não importa se a carta foiassinada no Rio, já que ele é presidente daMapa e também da sua coligada no exterior.Pamplona afirma que antes da carta ser aprova-da, já havia entendimentos entre a empresa, oIAA e representantes soviéticos no Brasil. Acarta serviu apenas para consolidar as negocia-ções em andamento.

Outra questão refere-se ao não pagamentodo Imposto de Renda, na operação. TantoMário Pacheco quanto o presidente do Institutoassegurara que a lei vigente no Brasil isenta esse

tipo de tributo nas operações de pagamento dosexportadores a seus agentes no exterior. Oagente, no caso, é a Mapa Caribe. E exibem aresposta a uma consulta feita pela juíza da 15aVara Criminal, Martha Vasconcellos, ao BancoCentral. Nessa resposta, as autoridades monetá-rias confirmam a isenção.

Sobre a questão central da discussão, alegalidade do pagamento da comissão de 1milhão 221 mil dólares, o Coronel Pamplona dizque a Resolução 1662/82 é uma norma deConselho Deliberativo do Instituto, órgão su-premo do IAA, "onde existem representantesde vários Ministérios". Ele defende essa opera-ção lembrando que na época (2o semestre de82), quando o Brasil ainda participava do Açor-do Internacional do Açúcar, o IAA havia cance-lado alguns contratos (com o Iraque, que queriacomprar a prazo, e com algumas empresas,entre as quais a Costa Pinto, que mantém hádois anos uma disputa judicial com Pamplona) eo Brasil tinha uma sobra em sua cota deexportação em torno de 500 mil toneladas,quantidade que precisava ser vendida.

Essas questões retornaram agora ao noticia-rio da imprensa porque, no final do mês passadouma perícia da Polícia Federal, feita a pedido doJuízo da 4a Vara Federal, concluiu que a comis-são paga

"foi indevida". A perícia baseia-se emduas Circulares, de 69 e 74, assinadas pelodiretor de Exportação do IAA. Pamplona con-testa essa conclusão da perícia, alegando que aResolução do Conselho Deliberativo do órgão éa que realmente vale, porque o Conselho é oórgão que tem o poder de criar as normas doInstituto.

Ontem também, o empresário Mário Pache-co entregou à imprensa a decisão do Tribunal deAlçada do Rio, reformando a sentença inicial daJuíza Martha Vasconcellos, onde ela determi-nou o arquivamento da queixa da Mapa contra ojornalista Adirson de Barros. O Tribunal deci-diu que o processo contra o jornalista deve sermesmo instaurado.

Bolsa Brasileira de Futuros—Mercado de Ouro! I KCHAM.NTO POSIÇÕES

M.S Dt JULHO MÁXIMA MÍNIMA -— VOlUMl IM AB-RTOANTIRIOR DIA VARIAÇÃO 22.08.85

VISTA 250 G — — 96.000 96.000 —VISTA 1 KG — — 92.500 92.500 —VISTA 100 G — — . 97.000 99.000 +2.000 —OUTUBRO/85 tll.000 111.000 113.750 HO.IOO -3.650 04 04KZEMBRO/85 141.500 141.500 142.000 140.000 .2.000 06 —_VE_l_>/86 184.000 181.400 182.550 184.000 +1.450 09 25ABRIl/86 227.000 227.000 230.750 230.850 +100 02 02

VOLUME TOTAL 21

Mercadorias no Exterior

Mercadoria UnM. Tmn* F"h»"""'to

_______ Ago Se» Om Nov Der Jan Mar Abr Mai Jul

Açúcar c/lb 453 4,58 ifiB *M 4,98 6,15Cacau SA 2.12S 2.197 - Í233 2.251 1280Caf* c/Lb 136,10 139,04 - U0,70 140,06 141,66AlflOdao c/lb 57.73 6ft02 693 69,75 69/49Soia(grao) c/B 510 3/4 6091/2 619 3/4 5281/2 636 MOSoj.lf.__lo) Slt 123/» 125,2 128fl 1305 1345 1365 1395Soja(oteo) c/Lb 2257 22,25 22,11 22,19 22,40 - 2258 22,73Milho c/B 233- 224 -232 1/4-236 1/2 23734Trigo c/B 283 1/2 296 3/4 -3001/2 296 IM 272 3/4Cobra c/Lb 6656 69,00 6050 - 6150 6150 6250Ouro tfoncs-tro» 336,7 338/1 342,7 - 3615Prata c/ona-tro. 6235 6245 937.2 6415 «0,2 669,1 6685

Lb= Libra Peso- 0,45392 kgB« Bushel» 27,22 Kg

t= toneladaonça-lroy» 31,103 gr. Fon»: Bolsas de Nova Iorque e Chicago

Metais Mercadorias de São PauloCotações dos Metais em LONDRES, ontem: OU» boiè vistatres mesesChumbo.vistatres mesestCobm (Cathodeslà vistatres mesesEstanho (Standard)avistatres mesesbttnho tHighgrade.avista 9092tres meses 9055

34253485

726.5749,0

294,75298.00

996.01020,5

9053

d vistatres meses

727,5749,5

295,25298.2S

996.510215

90909055

90959060

34303490

112.500144.000

111.000141.000

OUTDEZFEVABRJUNAGOOUTPreços por um gr_ma.Unidade de negócios: Un-gotes de 250 grames. - Mercado: Estável

CAFÉ

164.000 180.200232.100 226.000292.900360.600

111.000142.000182 500232.100

287.000 292900360.00 360.000

438.400

OUTDEZFEVABRJUNAGOOUT

144.000156.000162.000183.000206.000297.600384.500

Cotação em Oí/l. Kg.

139.100151.7X158000176.500196600284.200384..00Mercado

Fedi143500151.700158.000176.500196.600296.500384.500

Irregular

SOJA

- vista 442.5 443,5tres meses 455,0 456.0Zknoà vista 520 522tres meses 527 528Nota :A_m_o, Cofen, Estanho, Mqutl • Zh -co - em libras por tonelada.tala - em pense por troy (31,103 grs).

Mu Ma FMh535.000 513.000 613.000886.000 875.000 879.000

1.275.000 1.266.000 1.265.0001.644.000 1.664.000 1.664.000

2.092.0002.678.000

C-t-caoemCr$/sa___lcg - Mercado: Fraco

SETDEZMARMAIJULSET

hehAnt76.000 76.000SET

NOVJAN -MAR -MAI -Cotação em CrS/15 kg.Conlrato B. - Mercado:Calmo

Ouroimqm -_Mnpra venoios cm

Goldmina 240.6030 84600 86000NewGold 240.7460 96000 99000Goldlnvest 2625711 96000 99500Jahl 224.8497 94500 98000Reserva 224.7757 95400 98400Degussa 224.7757 96600 98600Auxiliar -Safra 96000 99000I.Magnum 2674595 96800 96800T_usanfl 96003 99000InvestDor 224.6338 96100 99100Amazônia 96000 93000Ourot-ás 96000 96000

9ip» -*™™||2(isa_|(Bm^

Cotação de venda à vista em Cr$/grama È(para lingotes de 250 g) f§«tom 97-200 97.000 i

AgOStO «2QO ü_S:95-3OO^»^96.109.> §95.000^**^ ^T ^T I93.500_^* m93.000 ^.r.. m

É-1.60O 91.500_»*ff*. í— _!

Dólar aodia/ agosto Câmbio

DIA COMPRA VENDA01 6.440 6.46002 6.460 6.48006 6.490 6.51006 6510 6.53007 6.540 6.56008 6.560 6.56009 6.580 6.60012 6.610 6.63013 6.630 6.65014 6.660 6.67015 6.660 6.70016 6.700 6.72019 6.730 6.75020 6.750 6.77021 6.770 6.79022 6.800 6.82023 6.820 6.84026 6.850 6.87027 6570 6.89028 6.900 6.92029 6.920 6.940.30 6.950 6.970

Libor

7 d'3S1 mes3 meses6 meses9 meses1 ano

Mu7 7,8

7 15/168 1/168 1/1683fl

6 9/16

Dia anterior Ontem

Observações.Prime rat* 9,5%

Mm Mm Mm7 3/4 7 15/16 7 13/16

7 13/16 7 15/16 7 11167 15/16 8 1/16 7 15/16

8 I* 88 7/16 8 5/168&_ 8 1/2

7 15/168 1/4

6 7/16

As taxas pubkadaa foram divulgadas ornam peto Banco Central às 16h30mn.OMaasporUS* Parida*-por Crt

Compra Vanda Compra VndtDólar 1.0000 1.0000 6820.00 6840.00Coroa Dinamarquesa 9.9610 10.012 681,18 686.68Coroa Norueguesa 8,1337 8.1763 834.12 840,95'Coroa Sueca 8.20.6 8,2465 827.02 833,27Dólar Australiano 0.70289 0.70671 4793.71 48-3.90Dólar Canadense 1,3526 1.35.90 5018.40 5056.93Escudo 163.07 163.93 41.603 41.945Flonm 3.0918 3.1052 2196.32 2212.30Franco Belga • 56.327 56.653 120.38 121.43Franco Francês 8.3782 B.4143 810.52 81640Franco Suíço 2.2455 2.2555 3023.72 3046.09Iene 235,38 237,02 28.774 28.986Libra 1.4017 1.40S3 9-_-._9 9632.77Ura 1842.6 1852.0 3.68_5 3.7121Marco 2.7445 2.7565 2474.15 2492.26Peseta 161,87 162.55 4V956 42.256XelOTl 19.271 19,389 351.75 35454Taxas obtidas no Mercado de _va Iorque

DManspordhna DMsapordóiwOntam 5 letra Ontem 5 fan

Alemanha Oc. 0.3636 0,3618 2.7500 2.7640Argentina 1.2500 1.25O0 0.8000 0.8000Brasil 0,000147 0.000147 6800.00 6800,00Chile 0.0058 0.0058 173.49 173.49Colômbia 0,0066 00066 150.50 150.50Espanha 0.006165 0.006703 162.20 161.20Franca 0.1191 0.1185 8,_375 84_0Inglaterra 1.4050 1.39-0 0,7117 0.7153ItâSa 0.00.541 0_O_0 1947.00 18_3._0Japão 0.004231 0M4 228 236,35 236,50México 0,002969 0 002969 338.00 338.00Peru 0.000072 0.Ü0CO72 139C8 13908Portugal 0.006120 0.0*120 163.40 1(0 40Suica 0.4444 0.4417 2.2500 2.2R40Uruguai 0.0096 0.0096 104.2 104.2Vene-ueb 0.-_*t 0.06_ 14.4O00 14 4000Hong Kong 0.1282 0.1282 7.7990 7.80.5

O diretor da Dívida Pública e Mercado Aberto do BancoCentral, José Júlio Senna, afirmou que é a inflação alta queprovoca desequilíbrios e não a fórmula de correção monetária."Temos que resolver o problema inflacionário. Não adiantaatirar no espelho quando vemos o bandido se aproximar portrás. E preciso acertar no bandido e não quebrar o espelho".

Sem querer entrar na discussão sobre a necessidade ounão de mudanças no cálculo da correção, Senna lembrou que afórmula em vigor foi uma decisão de Governo, tomada peloConselho Monetário Nacional. Segundo ele, o Ministro daFazenda já disse, várias vezes, que a fórmula não mudaria eseria, explicou, "indelicado fazer comentários sobre o assuntoquando o Minislro Dornelles está ausente do país".Informou que a fórmula de cálculo da correção (médiageométrica de três meses de inflação passada) foi lançada emum momento de expectativa de maior rigor no controleinflacionário. "Só

que não houve uma política muito rigorosae com isso a inflação não baixou para o nível desejado", disseo diretor da Dívida Pública do BC.

Lembrou ainda que a eventual mudança nas regras dojogo não poderá nunca ser feita de forma abrupta. Qualquerperspectiva de alteração, ressaltou Senna, terá de considerarque uma parcela já expressiva da dívida pública, em títulosfederais, é de Letras do Tesouro Nacional (Cr$ 27 trilhõespara um total de Cr$ 139 trihões). Esse mercado de LTN só foiviabilizado — na medida em que é de taxas prefixadas —quando foi adotada a nova fórmula que permite o conheci-mento, com um mês de antecedência, do índice de correçãomonetária.

José Júlio Senna convocou ontem a imprensa paratransmitir informações claras sobre a condução da política dedívida pública e mercado aberto e com isso tentar amenizar asapreensões dos participantes do setor financeiro com relaçãoao mês de setembro. Isso porque vão vencer o equivalente aCr$ 26 trilhões em títulos da dívida e certamente haveránecessidade de rolagem integral e colocação adicional depapéis, para financiar o déficit de caixa do Governo (descom-passo entre receita e despesa).

Senna garantiu que as diretrizes traçadas no início da suaadministração permanecem, ou seja, colocações adicionais detítulos para financiar déficit só serão feitas com Letras doTesouro Nacional. Dessa forma Cr$ 10 trilhões em ORTN quevencem em setembro serão rolados com vendas em valorpróximo e cerca de CrS 20 trilhões em colocações de LTN,apesar de resgatar Cr$ 16 trilhões. O BC ficará assim com umacaptação líquida de CrS 4 trilhões para financiar o déficit decaixa.

Se o déficit se reduzir a partir de agora e não houvernecessidade desse volume de recursos, diminuiremos as colo-cações semanais de LTN (CrS 5 trilhões). Se continuarcrescendo venderemos mais Letras de 35 dias, integral ou comprazo decorrido, ou então compraremos dinheiro em mercado— explicou.

As vendas de ORTN permanecerão limitadas em 200milhões de títulos, mas a disposição efetiva de venda só serádivulgada no dia 13 de setembro. A colocação adicional(líquida) de títulos até ontem era de Cr$ 27 trilhões 100bilhões, que é o valor do estoque de Letras do TesouroNacional em poder do mercado financeiro. "A dívida públicaestá inteiramente preparada para o ajuste fiscal. Assim que ocontrole do déficit ocorrer, paramos de vender títulos visandocaptação de recursos, continuando a política monetária comORTN, papéis de prazo mais longo".

Sobre a capacidade de continuar a financiar déficit comcolocação maciça de títulos, José Júlio Senna disse não existirforma de medir por quanto tempo essa situação poderápersistir. Alertou que a dívida interna em títulos deverárepresentar 22% do PIB no final do ano, praticamentedobrando em termos reais em relação a dezembro de 1984. "Adívida de hoje é o imposto de amanhã sobre a sociedade".

O Banco Central não vende títulos da dívida porquequer, mas sim para impedir a explosão monetária, afirmou odiretor da Didip. Reconheceu que essa forma de atuaçãodesloca os papéis privados do mercado e que servem de basepara captação de recursos para empréstimos ao setor privado.Não podemos, porém, ver esse problema sob a óticada capacidade do mercado financeiro carregar em carteira ostítulos. Mas sim o que representa de custo para a sociedade emtermos de aumento nos impostos no futuro; de pressões sobreas taxas de juros e no deslocamento do setor privado nacompetição pela poupança interna — analisou José JúlioSenna. Segundo disse essa situação se agravará se o déficit nãofor contido.

Três razões levaram o diretor do BC a se pronunciarsobre a política de dívida pública e open market parasetembro:"As apreensões quanto o crescimento elevado dadívida; o tamanho do déficit público, no qual o Banco Centralnão pode interferir, e o custo de financiamento dos títulospara as instituições financeiras. Sobre juros disse que nãopode se manifestar.

Bradesco pede menoremissão de títulos

São Paulo — O presidente do Bradesco, Lázaro de MelloBrandão, afirmou, ontem, que o Governo precisa refrear aatual"escalada" na colocação de títulos da dívida pública noopen-market, já que o déficit do setor público não deve serexcessivamente financiado pela emissão de LTN's e ORTN's,mas combatido por cortes "mais efetivos" nos gastos daUnião.

O banqueiro negou que o sistema financeiro estejasofrendo pressão das autoridades governamentais para adqui-rir mais títulos federais como esforço de financiar o déficitpúblico, não pela emissão de moeda, mas pelo endividamento."Na semana passada, almoçamos com diretores do BancoCentral, e nenhum deles nos pediu para comprar papéis doGoverno, mais do que fazemos normalmente" — assegurouBrandão.

O presidente do maior conglomerado financeiro do Paísconfia que a taxa de inflação, este ano, se situará ao redor de200%. Ele não crê que uma possível inflação entre 11% e12%, como prevê o Governo, para este mês, signifique umatendência de recrudescimento do processo inflacionário. Se ainflação atingir dois dígitos, este mês, a taxa será fundamental-mente decorrente de fatores circunstanciais. "Trata-se apenasde um descompasso conjuntural", garantiu Brandão.

Considerando que não está esgotada a política de utiliza-ção do open-market como financiador do déficit público, eleobservou, entretanto, que a atuação do Banco Central nestemercado é a principal componente que determina as taxas dejuros. Apesar da colocação expressiva de títulos, os juros nãosobem, porque, segundo Brandão, há uma alta liquidez nosbancos.

As taxas de captação, informou o banqueiro, estão hojeno patamar de 220%. Já estiveram menores, ao redor de190% ao ano. Mas o atual nível representa um grande passo,uma vez que, no começo do ano, elas estavam em 340%. E, aseu ver, a tendência é que se mantenham estáveis.

Calmon de Sá reclamade juro insuportável

Brasília — O presidente do Banco Econômico e ex-Ministro da Indústria e do Comercio, Ângelo Calmon de Sá,disse ontem que a taxa de juros alcança níveis "insuportáveis edesestimulam novos investimentos". Ele entende que o Go-verno dispõe de medidas para provocar uma baixa nos juros,mas enquanto o déficit público não for reduzido, os juroscontinuarão altos.

Calmon falou após encontro com o Presidente Sarney, dequem disse ter ouvido a informação sobre a tendência dequeda do déficit nos próximos meses. "O Presidente disse-meque o Governo está preocupado com o déficit. Eu acho queesta deve ser uma preocupação de Iodos. Na medida em que odéficit cai. o Governo coloca menos títulos no mercado c,como conseqüência, a laxa de juros vai se reduzir", afirmou.

O ex-Ministro acha que o Governo eslá no caminhocerto, cortando despesas de custeio e congelando contrataçãode pessoal pelos órgãos públicos. Essas medidas significamsacrifício para a sociedade, "e não há vitória sobre o déficit,sem sacrifícios", segundo Calmon.

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O gráfico mostra, sob ditas óticas — uma otimista e outra pessimista, ambas colhidas juntoao mercado financeiro —, as projeções para a correção monetária, de setembro adezembro, tomando como base a inflação conhecida até o mês de julho. Especialmente nos

dois últimos meses do ano, a correção monetária deverá superar a taxa de inflação

Lemgruber afirma que Governoavalia cortes só em setembro

Recife — O presidente do Banco Central,Antônio Carlos Lemgruber, revelou ontem quenas recentes discussões com o FMI a questãoprincipal foi saber se o Brasil teria condições,em termos de déficit público, não apenas dechegar ao fim do ano com um déficit operacionaligual a zero (ignorando os efeitos da correçãomonetária), mas se poderia caminhar no sentidode um superávit operacional.

Ele respondeu a uma questão sobre oscortes nos gastos das estatais, dizendo inicial-mente que "com relação a essa questão doscortes, vamos esperar o final de agosto e setem-bro para avaliar, verificar a implementação dasmedidas e seu impacto em termos de corte dedespesas, para então adotar medidas adicionais,se necessária, entre setembro e outubro.

Se essas medidas forem implementadasaté o final do ano, o Brasil chegará até lá comum déficit operacional de praticamente zero. Oque se discute é se o Brasil deve caminhar nosentido de um superávit operacional. E quandose diz déficit operacional é ignorando os efeitosda correção monetária sobre os serviços dadívida pública — frisou Lemgruber.

Ele destacou ainda que a questão do déficitpúblico tem dois aspectos: um de que ele ébastante elevado, pois as estimativas em meadosdo ano davam algo em tomo de Cr$ 100 trilhõespara 1985. O outro é que o Governo adotoumedidas em julho visando a reduzi-lo.

Evidentemente que a adoção dessas me-didas, o tamanho do corte do déficit público,tudo tem de ser feito cuidadosamente, de modoque se possa avaliar seu impacto em termos de

emprego e de atividade econômica. Então nãohá dúvidas sobre o tamanho do déficit, mas asmedidas para reduzi-lo já foram tomadas —frisou o presidente do Banco Central.

Antônio Carlos Lemgruber chegou a admi-tir que a colocação em grande quantidade dostítulos da dívida pública esteja funcionandocomo mecanismo inflacionário, negando, noentanto, que esses títulos sejam mecanismosexacerbadores da especulaçõ financeira.

Não diria que comprar Letras do Tesou-ro seja especulação. O fato concreto é que oGoverno apresenta um déficit de caixa queprecisa ser financiado de alguma maneira. Evi-dentemente, para evitar uma explosão da infla-ção, o Governo se vê com freqüência na contin-gência de emitir títulos. Isso tende a pressionar ataxa de juros. Efetivamente, nos últimos meses,tem havido uma colocação de títulos muitogrande, que mantém a p. essão sobre os juros.disse ele.

Quanto às declarações do ex-Minisín >.no da Fazenda, o presidente do Banco Centralnão quis comentá-las, dizendo que infelizmentenão leu JORNAL DO BRASIL com calma.

Esse é um assunto de política econômicadoméstica, sobre o qual não estou devidamenteinformado. Preciso ler com calma. Estou maisligado na área externa. Prefiro não comentar.

Antônio Carlos Lemgruber disse ainda queno próximo ano deverá haver uma reformamonetária e que no próximo mês serão lançadasas notas de Cr$ 100 mil com a efígie de JuscelinoKubitscheck.

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Abílio Diniz diz que economiapode crescer acima do previsto

— As vendas estão explosivas e a economiapoderá crescer acima das previsões do Governo— disse ontem o empresário Abílio Diniz,membro do Conselho Monetário Nacional(CMN) e superintendente do Grupo Pão deAçúcar, em entrevista após palestra na Escolade Guerra Naval.

Diniz demonstrou preocupação com o ritmoatual de crescimento do país, que considera"fruto de um consumismo desplanejado" e criti-cando o casuísmo do Governo afirmou que"temos de crescer, mas não na contramão, semo devido planejamento".

O reaquecimento do consumo é, na suaopinião, decorrência da elevação recente dossalários e da nova fórmula da correção monetá-ria, que está desestimulando os investidores evem gerando uma fuga do dinheiro das cadente-tas de poupança para a aquisição de bens deconsumo. O empresário teme que a indústrianão esteja preparada para atender a este aumen-to de demanda, a curto prazo.

O aumento desenfreado das vendas no co-mércio pode gerar, conforme avaliou o empresa-rio, uma inflação de demanda, com prejuízospara a política de combate a inflação. Quanto aoaumento da taxa mensal, que agora em agostodeverá voltar aos dois dígitos, foi atribuída porDiniz a adoção de reajustes trimestrais de sala-rios pela maioria das indústrias.

— Acho justo os trabalhadores procuraremrecompor seu poder aquisitivo, mas passar osreajustes semestrais para trimestrais eleva ainflação e são os próprios trabalhadores queperdem, pois os preços acabam andando na.frente dos salários", comentou.

O empresário está convicto de que a infla-ção era 1985 ficará abaixo da do ano passado —"no máximo em 220%" —, lembrando queagosto e setembro são sempre caracterizadospor fortes pressões inflacionárias. Acha que atendência é de redução da taxa nos últimosmeses do ano. Abílio Diniz está convicto, po-rém, de que o Governo conseguiu reverter aexpectativa inicial de uma hiperinflação.

Como representante do setor de supermer-cado — o Grupo Pão de Açúcar é a maior rededo país — o empresário manifestou-se contrárioao tabelamento dos preços no varejo e esclare-ceu que os supermercados estão sendo obriga-dos a repassar para os preços aumentos defornecedores e as margens de lucro do setor,garantiu, estão pequenas.

Em sua palestra na Escola de Guerra Naval,Abílio Diniz defendeu a privatização do cresci-mento econômico,"reorientando a ação do Es-tado para as atividades sociais, através do au-mento da eficiência e da redefinição das priori-dades dos gastos públicos".

...

Ademi acha que preço do imóvelsobe se CEF não der créditos

O Io Congresso Brasileiro da Indústria daConstrução foi aberto ontem pelo Ministro dosTransportes, Afonso Camargo, no Rio PalaceHotel, e amanhã deverá receber o Ministro doDesenvolvimento Urbano e Meio Ambiente,Flávio Peixoto, às 18h. O presidente da Ademi,Luis Chor, acha que, se a CEF e o Banerjfecharem o financiamento à construção, os pre-ços dos imóveis vão disparar, acompanhadospelos aluguéis.

Também o presidente do Sindicato da In-dústria da Construção Civil no Município do Riode Janeiro, Ferdinando Magalhães, está preocu-pado. "Os

preços dos imóveis vão subir vertigi-nosamente", disse ele. acrescentando que isso émuito grave num país onde o déficit habitacionalé da ordem de oito milhões de moradias e osempregos gerados pela construção civil baixa-ram de 3 milhões 200 mil, em 1981, para 2milhões, atualmente.

O 1" Congresso Brasileiro da Indústria daConstrução é uma promoção da Câmara Brasi-leira da Indústria da Construção, presidida porLuis Roberto de Andrade Ponte. Aberto comum seminário de informática, ele permitirá odebate dos grandes temas nacionais, como infla-ção. dívida externa, retomada do desenvolvi-mento, desestabilização e Constituinte.

Após conversar com o presidente do Banerj— Banco do Estado do Rio de Janeiro, CarlosAugusto de Carvalho, o presidente da Ademi —Associação de Dirigentes de Empresas do Mer-cado Imobiliário. Luis Chor. afirmou à imprensaque os saques nas cadernetas de poupança

podem levar a Caixa Econômica Federal e obanco fluminense a paralisarem os financiamen-tos à construção de imóveis. Para o empresário,o Governo deve incentivar a poupança, atravésda redução nos juros e aumento nos prazos depapéis como CDB — Certificado de DepósitoBancário e LC — Letra de Câmbio. Ele defen-de, ainda, restrições aos investimentos de pessoafísica no open.

— Na Zona Sul a valorização dos imóveisestá acima da correção monetária, e isso nãoacontecia desde 1983 — acrescentou o presiden-te da Ademi. Para ele. com juros reais acima de30% muitos empresários deixaram de investirem imóveis, e isso se reflete tanto na queda deoferta de empregos quanto na alta dos aluguéis.

O presidente do Sindicato da indústria daConstrução Civil no Município do Rio de Janei-ro, Ferdinando Magalhães, observou que oMinistro dos Transportes, Afonso Camargo,espera que o Brasil cresça 5%, este ano, graças aum "mutirão de desenvolvimento". Nesse senti-do, aguarda do Governo medidas concretas deapoio à construção. Ele critica: a tributaçãoinadequada dos investimentos em imóveis; a leido inquiiinato, que não beneficia o inquilino eafasta a possibilidade de novos empreenilimen-tos nesse segmento do mercado; e o cone nosinvestimentos destinados a obras públicas, lem-brando que às vezes, para não se desempregarno setor improdutivo, seja eie estatal ou priva-do. acaba-se desempregando os que estão pio-duzindo, agravando ainda mais a distribuição darenda nacional.

Page 19: fIwÊ - Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca ...

18 ? 1" caderno ? sábado, 24/8/85 Negócios & Finanças JORNAL DO BRASIL

Ministro dá nomes de cinco culpados no caso Sim amamT , "Se alguém é culpado, que pague. E vamos Arquivo

Leão amplia

fiscalização

Juiz manda devolver a

Levinshon 4 andares do

no comércio edifício da Delfin-RioBrasília — A Secretaria da

Receita Federal vai detonar, apartir de setembro, uma inten-sa campanha de fiscalizaçãodas empresas comerciais — va-rejistas e atacadistas — em to-do o país. O recolhimento doImposto de Renda dessas em-presas, este ano, com base nosrendimentos de 1984, está abai-xo das projeções, informa umafonte da Receita.

Essa queda não se justificaargumenta a fonte da Recei-ta — quando se sabe que essesetor foi o menos afetado pelacrise econômica, nos últimosanos. Embora vise ao impostonão recolhido este ano, a fisca-lização a ser detonada, a partirde setembro, abrangerá emmédia os três últimos exercíciosde cada empresa.

Também estão na mira dareceita as empresas financeirasque realizam operações dayfrade (compra e venda nummesmo dia), com títulos dadívida pública, através do Selic

Sistema Especial de Liqui-dação e Custódia, do BancoCentral.

, Essas operações consistemém fabricar prejuízos, com acompra, a preços de mercado,e, venda, a preços inferiores, detítulos públicos num mesmodia. O giro dos títulos envolvevárias instituições, que têm co-mo remuneração apenas umapequena diferença de preço.

Ao final, os títulos são ven-didos a uma pessoa jurídicanão financeira ou a uma pessoafísica, que os revende a outrainstituição ligada ao esquema,desta vez pelo preço real e, emseguida, emite vários chequesdevolvendo o lucro. A sonega-ção ocorre no meio do circuito,com a tributação de operaçõesque deram um pequeno lucro,ou um falso prejuízo.Pessoa física

; Para o próximo ano, a Re-tíeita promete alterações noIinposto de Renda das pessoasfísicas, com o objetivo de dimi-nuir o valor das restituições,que são corrigidas pela varia-ção das ORTNs. Essas altera-ções terão de ser submetidas aoCongresso, sob a forma de umprojeto de lei.

Para entrarem em vigor nopróximo ano, as mudanças te-cão de ser votadas até o dia 31de dezembro — de forma a nãoferir o princípio de anualidade,que proíbe alterações tributá-rias para vigorar no mesmoexercício. Como o prazo máxi-mo de tramitação, em regimede urgência, é de 90 dias, oprojeto de lei deve ser encami-nhado à votação até 30 de se-tembro.

' As mudanças previstas são aantecipação do recolhimentodo imposto devido (caso doF.R. semestral) ou a correçãomonetária da base de cálculo(os rendimentos auferidos noano-base) ou a correção doimposto devido. Nos três casos,para não aumentar a tributaçãoreal, terá de haver redução das-alíquotas da tabela progressiva.

Por decisão unânime de seu três juizes, a Ia Câmara Civildo Tribunal de Alçada do Rio determinou ao liquidante daDelfin-Rio, Samuel Gueiros, que entregue ao antigo dono daempresa, Ronald Guimarães Levinsohn, três andares do luxuo-so edifício-sede na Rua Humaitá para ocupação gratuita por elee mais oito pessoas. Além do décimo e décimo-primeiro andarese a cobertura, também lhe será devolvido um andar inteiro degaragem (G-l).

A decisão reconhece a legitimidade de um contrato decomodato assinado pelos nove beneficiários com outra empresade Levinsohn em liquidação, a Belgrávia Produção Ltda., paraa qual a Delfin-Rio, dona de todo o prédio, havia alugado osandares por valor simbólico de Cr$ 10 mil mensais. Em 1983, oGrupo Delfin sofreu intervenção federal. Apareceu então ocontrato de comodato, datado de agosto de 1982, pelo qual aBelgrávia cedia às nove pessoas, graciosamente, o uso dos trêsandares e garagem.

Além de Ronald Levinsohn, são beneficiários seu irmãoRoger; o antigo presidente do Grupo Delfin, General IdálioSardenberg; Paulo Eduardo Carneiro Ribeiro; Carlos AlbertoSerpa de Oliveira; Adilson Santana Borges; Sérgio d'ÁvilaAguinaga; Antônio da Costa Dantas Neto; e Luiz Edmundo deRezende Vieira. Este último, deputado estadual pelo PTB ecunhado de Levinsohn, já mora de graça num apartamentoduplex de cobertura pertencente também à Delfin-Rio, naLagoa, cujo contrato de comodato o liquidante está tentandoanular na Justiça.

No mandado de segurança para reintegração de posse nostrês andares do edifício-sede, figura como impetrante Sérgiod'Ávila Aguinaga, contra a Belgrávia. O processo, como se temtornado rotina em todas as ações de interesse de Levinsohn naJustiça, seguiu um caminho tumultuado até o surpreendentedesfecho de segunda-feira passada. Inicialmente, caiu na 14aVara Civil, onde o juiz Newton Mondego de Carvalho Lima deuliminar favorável à posse. O liquidante da Belgravia e da Delfinentrou com mandato de segurança na Justiça Federal, que,embora dando liminar contrária à reintegração, devolveu omandado à Justiça comum para julgamento do mérito, conside-rando-se incompetente.

O juiz Mondego decidiu, então, pela reintegração deposse. O liquidante apelou. Essa apelação é que foi julgada pelaIa Câmara Cível do Tribunal de Alçada. Por ter sido unânime, orecurso eventual não tem efeito suspensivo. Portanto, RonaldLevinsohn e seus oito parceiros no comadato, todos amigosíntimos ou antigos colaboradores no Grupo Delfin, dividirãocom o liquidante a ocupação do prédio-sede da empresa, numadas áreas mais valorizadas do Rio. A Delfin, por sua vez,embora deficitária e grande devedora do BNH, se verá impedi-da de receber o aluguel correspondente, que se estima de, nomínimo, Cr$ 20 milhões por andar (a cobertura, toda revestidade mármore, poderia ter um aluguel muito superior).

No julgamento pela Câmara, houve detalhes curiosos.Previsto para a semana anterior, foi adiado, a pedido doadvogado de Levinsohn, Bruzzi Castelo. Não houve defesa oral.O relator, juiz Humberto Ferri, defendeu o ponto de vista deque não haveria prejuízo para o Delfin-Rio com a cessãograciosa dos andares. O revisor, juiz Francisco Bower Perlingei-ro Lovisi, acompanhou o voto do relator sem justidicar-se.

Mais curioso ainda, ao abrir-se a sessão, uma secretáriainformou que o juiz Iussif Salim Saquer acabara de entrar deférias e por isso não poderia comparecer. Pouco depois, porém,entrava na sala acompanhado do advogado Bruzzi Castelo. Foio terceiro voto a favor. Agora, os advogados da liquidação têmcomo recurso tentar anular o contrato de comodato, mas sóatravés de ação rescisória comum que pode durar anos.

Garnero falta e não

é fichado na PolíciaSão Paulo — O empresário Mário Garnero — presidentedo Grupo Brasilinvest, acusado de dar um golpe de Cr$ 1 trilhão

no mercado financeiro — não atendeu ontem à intimação daPolícia Federal, para ser indiciado formalmente, conformedeterminação do Procurador da República Álvaro Ribeiro daCosta. Seu advogado, Márcio Tomas Bastos, também nãoapareceu e alegou em ofício ao DPF que estaria em SantaCatarina para uma reunião da OAB. Garnero se comprometeua se apresentar segunda-feira, às 14 horas, na Polícia Federal,avisou o advogado.

Dois outros ex-diretores do Grupo Brasilinvest — AntonioPavesi e Osmar Antonio Olivieri — estiveram ontem na PolíciaFederal e foram fichados: tiveram suas impressões digitaiscoletadas, foram fotografados de frente e de perfil com umaplaqueta de identificação no peito e contaram suas vidaspregressas.

O não comparecimento do empresário Mário Garnero —que responde por crime de estelionato e formação de quadrilhaou bando — foi comunicado ontem mesmo ao ProcuradorChefe da República, em São Paulo, Amanoel Paulino Filho,pelo delegado federal Wladimir Cutarelü.

"Se alguém é culpado, que pague. E vamostocar para a frente a construção naval" —afirmou, ontem, o Ministro dos Transportes,Afonso Camargo, ao revelar os nomes dos cincoex-dirigentes e funcionários da Sunamam consi-derados culpados por irregularidades cometidasna autarquia, segundo a Comissão de InquéritoAdministrativo: Comandante Luís Rodolfo deCastro, Melanides Viana Jr, Roberto Massi deOliveira Lima, Ronaldo Weinberger Teixeira eJorge Miled.

O Ministro acrescentou que, nos próximos20 dias, decidirá o que fazer no "caso Suna-mam", após receber parecer de seu consultorjurídico, Sebastião Rios — um juiz aposentado,de Brasília — com quem deverá examinar,inclusive, a possibilidade de punir empresasenvolvidas. "No setor público, eficiência passapela moralidade. Algumas pessoas não foramprobas na forma de administrar", disse o Minis-tro dos Transportes, referindo-se ao que cha-mou de "herança grave da Sunamam".

100 mil empregosCumprindo uma série de compromissos no

Rio — abertura do Io Congresso Brasileiro daIndústria da Construção e reuniões com dirigen-tes da Rede Ferroviária Federal e Departamen-to Nacional de Estradas de Rodagem — oMinistro Afonso Camargo anunciou que preten-de criar 100 mil empregos em 1986, principal-mente através de obras de restauração de cincomil quilômetros de estradas de rolagem. Eleespera conseguir um aumento real de 20% nosinvestimentos do Ministério — cujo orçamento,para o ano que vem, chegaria a Ci$ 60/65trilhões.

Afonso Camargo afirmou que não é candi-dato ao Governo do Estado do Paraná, masadmitiu candidatar-se à Constituinte, ao Sena-do. Acrescentou que o prazo de desincompatibi-lização é de cinco meses (as eleições estãomarcadas para 15 de novembro de 1986) e porisso não acredita que ainda este ano váriospolíticos deixem o Ministério do GovernoSarney.

O Ministério dos Transportes ainda nãosabe de quanto será o reajuste no pedágiocobrado nas rodovias e na Ponte Rio-Niterói,que poderá ser praticado a partir de Io desetembro. Quanto ao setor naval, o MinistroAfonso Camargo considerou "paternalistas" osplanos traçados nos Governos anteriores para aMarinha Mercante e a construção naval.

Caso SunamamNo dia 19 de julho deste ano a Comissão de

Inquérito Administrativo que apura irregulari-dades na Superintendência Nacional da MarinhaMercante indiciou 12 pessoas, ex-dirigentes efuncionários da autarquia: Comandante LuisRodolfo de Castro, Élcio Costa Couto, Melani-des Viana Jr, Roberto Massi de Oliveira Lima,Ronaldo Weinberger Teixeira, Eumar CostaValicente, José Ribamar Santos de Lima, Tarei-sio Barbosa Arantes, João Braga Costa, JorgeMiled, Arlindo Valentim dos Santos Filhos, eMauro Henrique Braga.

Antes, no dia 3 de julho, em ofício à PolíciaFederal, assinado pelo procurador Juarez Tava-res, designado para acompanhar os trabalhos daComissão de Inquérito Administrativo, a Pro-curadoria-Geral de República pediu abertura deinquérito policial por peculato, "na modalidadede desvio", contra nove pessoas, inclusive oito-

Afonso Camargo

desses indiciados: Comandante Luis Rodolfo deCastro, Roberto Oliveira Lima, Arlindo Valen-tim dos Santos Filho, Melanides Viana Jr, JorgeMiled, Eumar Costa Valicente, João BragaCosta, Ronaldo Weinberger Teixeia e RubensFranco Vieira. Tal inquérito continua em anda-Oiento.

Agora, datado de 20 de agosto, o presidenteda Comissão de Inquérito Administrativo, Es-partaco Marques Gaspar, enviou ao Ministrodos Transportes, Afonso Camargo, seu "relató-rio final".

Diz esse relatório que "após minuciosoexame das defesas produzidas" a Comissãoconcluiu "pela isenção de responsabilidade e depunibilidade, e conseqüente exclusão do proces-so, de sete dos anteriormente indiciados, mani-festando-se pela responsabilidade dos outroscinco, a saber: Luis Rodolfo de Castro, Melani-des Viana Jr, Roberto Massi de Oliveira Lima,Ronaldo Weinberger Teixeira, e Jorge Miled".

As principais irregularidades detetadas fo-ram: "1 — Inobservância de normas legais eregulamentares, que acarretou lesão aos cofrespúblicos, cujas penalidades legalmente estabele-cidas pelo Estatuto dos Funcionários PúblicosCivis da União podem ser: demissão a bem doserviço público e cassação de aposentadoria oude disponibilidade; 2 — Ineficiência no desem-penho de função ou cargo público, com lesãoaos cofres públicos, cujas penalidades são idênti-cas às do item anterior".

Acrescenta o presidente da Comissão deInquérito Administrativo: "Cumpre esclarecerque os ilícitos pesquisados por esta Comissãopodem ser de natureza administrativa, penal oucivil. Os ilícitos administrativos são os únicossobre os quais pode haver decisão aplicável pelaprópria administração, mas esses, como é óbvio,só se aplicam a servidores ativos, aposentadosou em disponibilidade".

E conclui: "Tendo entendido, entretanto, aComissão, haver, nos autos, indícios da práticade crimes, inscritos no Código Penal no Capítulodos Crimes contra a Administração Pública,sugere a V. Exa. o encaminhamento do processoà Procuradoria Geral da República, para ascompetentes ações penais e ajuizamento deações de responsabilidade civil. Quanto às san-ções administrativas, na forma da lei, são elas dacompetência do Exmo. Sr. Presidente da Repú--blica."

BOLSA DE MERCADORIAS DE SAO PAOLO

ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

2a CONVOCAÇÃO— EDITAL —

A BOLSA DE MERCADORIAS DE SÃO PAULO comunica aos senhoresassociados que, não se tendo realizado, por falta de número legal a ASSEMBLÉIAGERAL EXTRAORDINÁRIA, convocada para o dia 22 do corrente mês, fica feitanova CONVOCAÇÃO para a assembléia, que deliberará com qualquer número parao dia 12 de setembro do corrente ano, às 16:30 horas, no Edifício da BOLSA DEMERCADORIAS DE SÃO PAULO, a Rua Libero Badaró, 471 — 13° andar, paradiscutir e deliberar sobre:

— Alteração do Estatuto — Artigos 1o a 102.O projeto de alteração do Estatuto Social se encontra a disposição dos

senhores associados, podendo ser retirado no Departamento de Expediente, a RuaLibero Badaró, 471 — 2o andar.

São Paulo, 23 de agosto de 1985BOLSA DE MERCADORIAS DE SÃO PAULO

A DIRETORIA

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Todo o avanço datecnologia e inteligênciabrasileira no mercadoexterno será exposta eanalisado no SEMINÁRIODE EXPORTAÇAO DESERVIÇOS, promovidopelo Jornal ao BiasiL

Todo empresário bra-sileiro do setor deveria

comparecer, mas sãoapenas 130 vagas. Parti-cipe. Quanto mais nós fi-zermos pelo nosso know-how aqui, mais nossoknow-now vai dar o quefalar lá fora.

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10:50 • Intervalo11:00- Painel U

Incentivos e garantiasnaexportacaode serviços.

14:00 - Painel IIIMecanismosviabilizadoresdas

exportações deserviços por outrospaises.

15 30 • Intervalo15:45 - Painel IV

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66

Enio Rodrigues diz

que Rio tem que ser

centro financeiro

Não são apenas os 140 anos de existência que lhe dãonotoriedade como um dos responsáveis por ser o Rio o grandecentro financeiro do Brasil. Outros motivos lhe permitemorgulhar-se da credibilidade de ser um pólo gerador de negó-cios, alguns dos maiores já realizados no país.A colocação, feita para explicar a importância da Bolsa deValores do Rio, foi feita pelo seu presidente, Enio Rodrigues,um dos debatedores do Seminário Vocações Econômicas do Riode Janeiro — promovido pelo JORNAL DO BRASIL, com oapoio da CNI e da Firjan c o patrocíio do Banerj. Integra opainel Rio — Centro Financeiro, que será apresentado dia 28.

ImportânciaPara Enio Rodrigues, o Rio perdeu a importância como

pólo industrial e agrícola paulatinamente, considerando que jáfoi um produtor de café respeitado no país, e esse desprestígiose acelerou com a fusão dos Estados do Rio de Janeiro e daGuanabara.Quer dizer, perdendo o seu aspecto cosmopolita, afinalaqui era o Distrito Federal, deixou de ser o centro de

polarização política, se o relacionarmos a Brasília.No entanto, um fator se manteve e foi predominante paraa evolução do pensamento segundo o qual o Rio não perderia,ao contrário, fixaria", uma posição de básica importância: asua capacidade intelectual se manteve intacta, permitindo quefossem desenvolvidas algumas instituições, como a indústria de

ponta que se instalou em seu território, exatamente por ser asua sociedade capaz de aceitar um empreendimento dessaordem.Restrições

Enio Rodrigues admite que a Bolsa de Valores, um centroem torno do qual os negócios se desenvolvem, não pode serconsiderada como uma geradora ou provocadora desses negó-cios.Não, a Bolsa não tem essa capacidade de atrairnegócios, influenciá-los e promover a sua expansão.

A seu ver o Rio dispõe de condições sensíveis paradesenvolver determinadas atividades, como a do turismo, que,no entanto, não recebe o tratamento adequado. As falhas queobstaculam o desenvolvimento de certos setores, contudo, nãoimpedem que o Rio, ainda assim, seja um grande mercadofinanceiro, tendo a Bolsa como pólo capitalizador. E essequadro vai se ampliar, uma vez "que o Governo está dandoforça ao mercado de ações".

A função da Bolsa — frisa Enio Rodrigues — é prestarserviços, é promover negócios, é fazer circular o dinheiro, égerar riquezas para o Estado.

Ministro acusa líderes

de mutuários de fazer

malandragem99 políticaBrasília — O Chefe da Casa Civil da Presidência da

República, Ministro José Hugo Castelo Branco, travou ontem,em seu gabinete, um áspero diálogo com 17 representantesestaduais de associações de mutuários, chegando a acusaralguns líderes de se utilizarem da representação para finspolíticos. "Não estamos aqui para fazer o jogo da malandragem.Precisamos unir nossos esforços para ajudar o Governo aencontrar uma solução para o problema", afirmou o Ministro,de dedo em riste.

Os representantes dos mutuários, que até então apenasexpunham suas reivindicações, reunidas em um documentoendereçado ao Presidente, responderam ao Ministro, em tomexaltado, dizendo que todo brasileiro, maior de idade, tem odireito de votar e ser votado. "O senhor pode estar fazendo umainsinuação ao nosso companheiro Jó Rezende (candidato a vice-prefeito do Rio de Janeiro pelo PDT), mas ele não é maisrepresentante dos mutuários", afirmou Sérgio Andréa, vice-presidente da Federação das Associações dos Mutuários do Riode Janeiro.

Não estou insinuando nada. Estou fazendo uma acusa-çãò. O que precisamos é acabar com as demagogias. Estoufazendo estas colocações em termos veementes porque é assimque entendo o diálogo. Se for para fazer charme eu também seifazer. Era dar um tapinha nos ombros de vocês e dizer que tudoserá resolvido", retrucou o Ministro José Hugo.

A audiência, a primeira com a presença dos jornalistas, foiconcedida pelo Ministro José Hugo diante da impossibilidade deos mutuários serem recebidos pelo Presidente Sarney. Oassessor da Secretaria de Imprensa, Arthur Gondim, ao notar oclima exaltado do encontro, pediu ao cinegrafista da TVRadiobrás, do Governo — a única emissora de televisãopresente — para não registrar a audiência.

Neste momento, a representante da Associação dos Mu-tuários da Bahia, Emérita Ramos, citou uma informação obtidaatravés do delegado do BNH em Salvador, de que a adesão àsemestraüdade, proposta pelo Governo, não havia atingido a20%.

Quem disse isto? Eu quero saber o nome dessedelegado — disse o Ministro José Hugo, em tom enérgico.Esses números estão em todos os jornais, Dr JoséHugo. Mas nós estamos aqui representando os 4 milhões demutuários e sabemos que esta proposta do Govemo...

Vamos acabar com essa conversa de representar 4milhões de mutuários. Eu sou mutuário e não dei minhaprocuração para que a senhora me represente — cortou o Chefedo Gabinete Civil.

O Presidente Sarney disse que não pretende pagar adívida com o sacrifício do povo e o que estamos observando éque o BNH está tirando da mesa das famílias brasileiras o pãode seus filhos — disse Emérita, em tom emocionado.

Mais calmo, o Ministro José Hugo apontou para odocumento dos mutuários, em suas mãos. e disse que ele seriaestudado pelos assessores do Palácio do Planalto antes de serentregue ao Presidente Sarney. "O Gabinete Civil estará com asportas sempre abertas para o diálogo, mas é importante termosem mente que este Governo tem apenas quatro meses e que nãopode fazer milagres", afirmou, despedindo-se dos mutuários,com apertos de mão.

No documento, os mutuários reivindicam a ampliação dogrupo de trabalho para a reformulação do SFH, para permitiruma maior representatividade, com inclusão de representantesda OAB, entidades nacionais de arquitetos, engenheiros, eco-nomistas e sindicatos de trabalhadores.

Sociedade Rural acha

desnecessário Governo

tabelar carne bovinaSão Paulo — O presidente da Sociedade Rural Brasileira,

Flávio Telles de Menezes, criticou ontem o plano do Governode promover o tabelamento de preços da carne bovina, comotentativa de conter especulações que estariam ocorrendo com acomercialização do produto. "Isso é surpreendente, porque nãohá falta do produto e todos os açougues, pelo menos em SãoPaulo, estão com carne suficiente para atender à demanda",comentou Telles de Menezes.

Se tabelamento funcionasse — disse — precisaria ser feitoem todos os setores, mas esse processo já foi sepultadoeconomicamente.

O presidente da Sociedade Rural Brasileira acrescenta queo tabelamento"só garante um índice fixo de inflação" Lembrouainda que o setor já deu uma grande contribuição para oprograma de combate à inflação que vem sendo desenvolvidopelo Governo: " Iivemos um congelamento nominal de preçosdo boi por oito meses", disse.

EME

0

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JGRNAX, DO BRASIL Turfe sábado, 24/8/85 n

Grande Prêmio Brasil re O r>o Çk f\ fk / •< m

caderno ? 19

fSOfinscriçõesEsta tarde, na Gávea1° PÁREO — _! MhOOimn — 1.400 metros — GRAM» — Reaxde; 81s2 (ARABATl _ Macio. Crí 1.8S0D00. Animeis nxin.ii dt 6 ira e mis. fanhadores ti

Crt 5.500.000 m \' lugar no Pais — Po» M quilos, com descari». !• PAllEO 0» MIPU EXMA — E_CE_R*M_T0 MS «POSWS te 13M0min

1—1 U str»2 jiucata

2—3 Viejo Panei»4 Docimnj

J—5 Iir-tlMolin" Guarunella

i—6 Champion One7 K_ Abra

_ 80. Chap

4 F. Pemiia F* 459 L Coelho8 ES Gomes Ap. 4 436 J.C. Coutinho

I. Ricardo6 A. Souza3 I.F. Reis9 CA Maia Ap.

I. Queirozi G.F. Almada1 E. Santos

440 G. Ulloa442 C. Rosa445 P. Sala450 P. Salas488 G. Feijó442 JB. Silva440 S. França

1-2-53*11-21

Shi-43-5-16-S-l3-U-83-3-14-5-7

U/0822/0606/0727/0703/08b/08

17/80370819/06

2°-9 Fajol6*-7 Guarune.._-4-P-9 On The lop»5»-« MotínoP-5 _wy !<*¦»4*4 BucUora3* 11 Eitosrw3P-5 tvory Tomt«•-« Deachal

1.5 Gl 90»1.4 GM tesl1.3 GL 77»1.1 NL 6913IJ AL 81*31.1 NL 68l31.3* «2*31.3 AL 81*31.6 NL 101*3

6,00 J. AuiMo4.80 E. R. Ferreira2.90 I. Malta

1.40 G. F. Almeida2,10 J. F. Rau1.50 CA Una4.50 I. Quetret5.50 LF. Goma

91.80 A farraira

ZASTRE • K.OLD ABRA • TAJ-EL-MOLUK — Se for confirmada a mudança de pista, a provafica muito equilibrada, já que muitos animais que seriam favoritos na grama têm poucaspossibilidades na pista pesada. Ficamos com Zastre, que no entanto pode perder para Kold Abra, emboa forma, e Taj-El-Moluk, que aprontou magnificamente.

2o PARE0 — As 14h30min — 1.000 metros -CRU» — Recorto 55s4 (HA 1UI — Ootaçio: Crt 7 000.000 — «0»* EXTRAOROMARA DC LEJLAO — Munnacionaii de 3 anos. ma «tuna clássica no Paia — Pisos da tabela (I), o

1—1 Banana SpW 56 IJ. Ricardo 372 A. MAnln 6-4-1 09/06 11» (16) Mie Valia»-d-1.5 GM9U 23,30 G. Guinada*2—2 Bo Den. 52 5 E. Ferreira 460 J. T. Fer* »-»-« UA» 5* ( 6) Graat tape* U AL 11*3 4,10 E. Femánt3—3 Btla Loítt» 52 2 S. Silva Est G. L Ferreira 1-2-2 OM» I» ( 3) Gro Bondei (CP) 1.0 AL Ws 1^0 S. Silea4—* Amaranda 56 3 G. F. Almeida 427 G. P. Costa 1-3-2 10/06 1» ( t) Ober 1.1 N. 69*1 2.(0 J. PMd" Haiyani 56 4 _ Fermra Apl 418 G. P. Costa 2-1-u 10A» 7* ( 7) Caltucun U AL 81*2 19.60 J. PM»

BANANA SPLIT • AMARANDA • BELA LOLITA — A turma está fraca para Banana Split, quejá tem inclusive uma coleção clássica. Amaranda, em fase de franca evolução, deve formar a dupla,que nos parece quase certa. Bela Lolita vem de Campos muito bem preparada e vai correr comdestaque também.

31 PARE0 - Ai 15l_a_M -1.400 intim - AREIA—Rac_f_h. Msl (U1^^mSk Paulo — Pes» da tabela (1)

1—1 Quiche loraine 56 4 F. Pereira P> 444 W. P. Iam 2-4-2 29/06 11M4 Mataram 1.4 O. Ha 3.00 C. Iw" Qulnola 56 5 A Cüairfin Ap.4 442 W. _ Um »47 10/00 «•- CaHutain* U H. 41*2 2,40 A. CMfia2—2 Ebby Blws 56 2 J. C. CasUllo 456 0. Cantas »-hi 10/06 «•- Calfuoin U NP 82*3 7.70 J. C. Catam3—3 Part» 56 1 L lanes 412 J. D. Morara 6*2 IM» 6*10 Zaire 1.0 GL 57*2 930 I. Lm4—4 So Prjini 56 3 J. Malta 395 J. L PWto S-M 18AR 4>- Bela EviiHii* IJ NL 11*2 7,40 L -Mi

QUICHE LORAINE • QUINOLA • EBBY BLUES—Muito forte a parelha do Haras Santo Mariade Araras. Francisco Pereira Filho terá que correr o fino, pois do contrário poderá ser derrotado porseu sobrinho A. Chaffin. Ficamos com Quiche Loraine mas se confirmar sua estréia forçando turma,quando foi quarta colocada. Quinola pode derrotar a titular. Ebby Blues volta melhorada e vaiameaçar esta forte parelha.

4» PAREÔ - As 15h30min -1.400 metros - GRAMA—Rm* 81*2 (ARAMA—0el»^(_t2_C0.0O0É|_isn»MMÍ*d«4aiK_,-WvWfU>«>Rloe»MSio Paulo — Pesos da tabela 0) 2* PAREÔ DA DUFIA EXATA E Mfc» 00 CONCURSO DE 7 PONTOS — ENCERRAMENTO DAS APOSTAS AS ISMOdm

1—1 Areia Branca 57 9 J.Ricaido 460 AMm-. t. 2-2 10/01 2» ( 6) AJ-Bibet 1.1 NL 69*4 1,90 I. Ricwdo2 Cite DArient 57 2 G.FAmek. 417 H.Tobia* 2-14 17/01 9 ( 6) Bainka U AL 82*1 11,10 J.C.C_sti_j

2-JSesteada 57 7 CValja* 456 AVWn $-3-3 «A» V ( 6) Untnm 1.4 GM 86*2 1,00 I Ricardo4 CokiMta 57 4 E.B.Oueiw 404 lAmaral W-5 IDA» 9 ( 6) Ademl 13 AL 80*4 4,40 J-tuMa

3—5 Gay üps 57 3 ETeneii* 398 LPiwiatti 3-1-3 \Vf> 9 (10) Bi» Du Uc-d-1.5 Gl 90* 144) EJmüi6 Alp.no Stof 57 6 (LSouza 450 F.F.Cnu 5-S-7 04/00 I" ( 8) Tiny Red 1.1 NL 70* 19,70 Utackado P

4-7 Mi|Mfm 57 I J.F.RM 436 HPSito _*-2 10708 9 ( 6) A. Ribot 1.1 NL 69*4 MO J/JW*I Üdv FM 57 1 -S.GMB Ap.4 440 OJMamaadaa 1-M (MAM 9 (I) Ta* «ed 1.1 ML 70* 10.40 lUMn9 Mos Betty 57 5 MAndrade 40B JJS.Wertr 1-M 17/08 9 ( 6) Duma 13 AL 82*1 7» JA*

AREIA BRANCA • GAY LIPS • ALPINE STAR—Páreo que já era complicado na grama. Se forrealizado na areia, como tudo indica, fica mais difícil ainda. Vamos arriscar a encabulada AreiaBranca, que aprecia a pista pesada onde já derrotou a clássica Sotheby's. Gay Lips reaparece comexcelente preparo e vai dar trabalho. Alpine Star tem agradado muito nos exercícios matinais.

9 PARE0—m WaHrn -1000 Mbm - GRAMA—Recorte: 55*4 (NATU)—Dotaçto Crt4J00.000-PtWA__^_m0t___*0—P_w»__o«_l»da3ano*, do* M_a do JC8, sem «KM* at Me a am Sfc Paulo — Peso* da tateie (I)

1-1 BotaM* 56 3 Utkarm 450 IG.VWra 3-3-2 30/06 9 (10) SoW_» 1.4 O. Uú HJK J-M*2-2 Barbou 56 7 J.Quemí 504 PJ-n** 7-04 UAR 2» (06) GiMt taqued 13 AL 11*3 _U0 CA_bit_a

3 Mdm-W Rousac 56 1 MAndndo EM VMM EM EstnM»S—« TadM» 56 2 tf Sm 440 AP3ita (4.3 KA» 9 (07) Oaub 10 GM 57*2 130 JRicanto

5 Geikerdo 56 i CAMát AM 406 AJUmb hhi OUI . (07) Bawu BaeK* 1.1 AL 67*3 17,50 RüiMd-4-í General UM 56 t CFAMidi 424 AAmHo Ht IW . (06) Gmt hqMM 13 AL 11*3 3.» VMaam

1 Smt menduta» 56 4 _S Gomes Ap.4 400 JJUamta ht* 01/07 7* (10) Gmt knpKt 1.1 NL Ik 13J0 _.VWn

BOTELHO • GENERAL PETER • BARBOSA — Volta bem preparado por Joào GuilhermeVieira o veloz Botelho, que pode largar e decidir a carreira logo na partida. General Peter, bemmontado, e Barbosa, que vem de uma ótima apresentação, podem oferecer alguma resistência.

P PÁREO — i_ lS_30nain - 1.600 metros — AREIA — Rata* 97* Man». • Champem* mem — Maem Crt 2300000MNmM MOMM OI 4 MBS, MM VUM tn SM rMB — rMM M t_MBM (ll

— 1 Colisoum 57 1 J_.R*_ 478 AP3i_» i-S-2 111» 9 tt, Hmmc 13 NL (2*3 iX UM»— 2 Acirrado 57 3 ACktlfin Ap4 4C9 IXamem 44-2 03A» 4a ( 6) Oaa OjifB 13 AL 12*4 15J0 ACtalfti- 3 Super 57 2 J.Rküdo 429 leSan 3-2-3 12/06 4» ( 9) Hmmc 13 NL (2*3 iff. IJmém

4 Seu MaiceUim 57 6 E_5 Gomes Ap.4 452 LLPMnu 3nrf 17AX 9 ( 4) Gunflm li AL Tb 12,70 Cijw4—5 You-Hmi» 55 4 F.PMÜI 450 WAJhm _*0 _M)7 9 ( 6) GrnMw U NL 101*3 430 JJMtt

< Last Sm 56 5 CAMta ep 3 439 fiam 4-3-2 2*06 9 (10) Bb 13 NL 77* MO Mfenwi

ACIRRADO • SUPER • COLISEUM — Páreo equilibrado. Vamos arriscar uma boa pule para oleitor do JORNAL DO BRASIL: Acirrado, que leva a direção do aprendiz A. Chaffin, que a cadadia monta melhor. Super e Coliseum são corredores modestos mas podem assustar nosso indicadoque prefere a grama.

7*PAREQ-tel7liOOiidn-l.lWiiiM_«-A_W-IM-__e<5*4(B_intll) — Di_«çl»Crt2_T)0OtB.Wie_l*_ieliiielide5ai*«eiiiai.|i»_i4i_iaMCrt 300.000 om 1' lupt «o Pel» - P*__ 56 aám, tm descarta. 3» PAREÔ DA DUHA EXATA — ENCEUMIBBD DA» AWWA_ m UtOOem

1-1 CMmw 51 4 J.F.Rt_ 418 AYJkM* 5-5-2 1*08 2" ( 41 Best Bei 1.1 NL 70* W L f. Ml2 Eram Qui 54 2 E. Botou A». 439 0. Gw|ind t-lni 20107 1* ( 5) Estale OB) 1.1 H MM 2.40MÍ. SmMb

2-3 Emoi 58 6 R. Fnin 410 J. R. Uaiaire 6-M 06AB 9 (10) Vakkmn ai 1.1 NP 70*1 430 8. Q_lmi_M4 Mira» Mtr 56 7 G. Guinam* 423 G. L Ferrai» »4-5 06AJ7 2a ( 5) AmaMa U NL 77a MO RQiImiiIm

3-5 HumbertliHio St 3 J. (Mm EM P. Uuma EST ESTREANTE6 Plic-Mm 58 9 E. Swta 460 MA Sita 2-2-3 ÍIM 9 ( 7) Grto-V» 1.1 NU 71*2 MO t tato

4—7 l«a VMto 58 1 G. F. Sita Ap. 445 J. B. Sita 4-í-* IM» 9 i 6) Utenat MHIh 10,10 0/Oram" 8 Ofctipu* SI 8 ARam 408 0. «ibam íhhi _M)7 4* ( O N Samba 13 NL 7td 11X0 A tal

9 Auiustlssimo 58 5 A Femta 382 L Pata 4-*« 18AM 11» (11) TeaeaAe -ai- 13 NP 14* 13430 8. meahm

MARG A MOR • EMOI • PLIC REINE — Páreo de matungos, onde qualquer resultado não podecausar surpresa. Ficamos com a égua Marga Mor, em período de franca evolução. Emoi e Plic Reinebaixaram de turma e podem ser cogitados também.

9 P*RE0 - Aa 17130*1 - UOO metrm - AREIA—Rnente (Srt UWTER)—DM_(i*M4.t00X_0—mMREMMKUailO—M___ca_____i

da 3 ano». do« tato 0* tsám Cto Bnrtlil», — MMHa a* Pai* — _¦** da toMa O

- 1 Bela Ba* 56 4 AMAndnde Ap.4 42S JCoutinka S-3-3 _W07 T ( 7) BMa Benw* 1.1 Nl üd 230 UtJamm~ 2 Vive La Rosa 56 3 G.FAMda 395 LCoalMa P M-3 _W6 IP (14) talam*» 14 A 34a Ml iCíaaüta— 3 üro Real 56 5 MAadnde EM V.NaW EM E3T_EA_TT

ASoSatrap 56 6 LS.Gomes Ap.4 404 OJUanwtaa a-H 0M» 9 ( 7) _*taa| 13 «HTM 1M0 Uatff*-5 (tam saltar 56 1 GLF.SMw Ap_ 419 MMknta Um 1MI T ( D BMa Evwta 13 M. 11*2 45.10 BJ3itaIHwtaaa 51 2J-.IWt btUnap EM — EJTREANTl

BELA BAGÉ • VTVE LA ROSE • LAYZA REAL — O potro Belo Bernardo já mostrou que émuito bom e Bela Bagé vem de perder para ele, o que a credencia nesta prova. Vive La Rose, nadireção do Goncinha, pode formar a dupla. Layza Real estréia bem preparada por Venâncio Nahid.

9 PÍRE0 - Aa UMXMa -1.100 metna - AREIA -Recorte 65*4 (tAHIDO — OMatta Crt 2JO0.OKtf_Maada*ta*alaaaa a ata*. ¦*_¦<¦« aM

Crt 4.400.000 em 1» tm* m Pai» — Ita» 51 pita, cam a^carp.

1—1 Calais 56 4 J.C.CastiHe 461 O.Cantae 0*2 15A» V ( 9) B.PMricia 1.1 NL «kl 1,70 LCXtatto2-2 «atinada 56 5 J.Ricardo 438 I.G.Vieira «m 0_17 J» ( 6) AJádia (CP) 13 NL 51*2 23,10 IM—3-3 Fretem* 58 2 J.F.Rei* 375 FAbreu 2-M IM» 3» ( 9) BPaUida 1.1 NL 69*1 8,70 IIMs

4 Maret 56 3 RAMMo Apl 438 MASHva 7-1-7 27AM 9 ( I) Sanaceae-al- 13 NL 82*2 12,00 Afemta4—5 t-oara 55 1 G.Guimertet 395 O.Ribm 5-4-4 ISA» SP ( 9) 8.P*t_c_l 1.1 NL 69*1 19,50 SM—Ha*

6 Dona Mine 57 6 Fiemos 396 LCartoso 5-1-S 27/07 7* ( 7) Wart 1_ 77*2 5000 FÍHva

CALAIS • BLATINADA • FREYCINET — Foi prejudicada no percurso e ainda chegou perto acastanha Calais, que nos parece uma ótima indicação. Blatinada reaparece em companhia fraca epode dar algum trabalho a nossa favorita. Freycinet é sempre perigosa na distância curta..

10P PAREÔ — _H8ti30mn-l.lXn_tm* — AREIA - Recorde: 65*4 (BARTER) — IMaçio: Crt 2 .WOOO Cavata aacmta de 5 a*m a nata,Crt 2.200.000 em 1» topr » PUs — M*H máMa. cem deacarp

4a PÍRE0 DA OUU EXATA - ENCERRAAMTO DAS AHBTAS AS lWDima

1—1 Marrai GlacA 57 4 J Ricardo2 Dratulino

2-3 Mo Bala4 Gunu

3-6 Viril6War7 FMo Rob

4-3 Sofcoc9 ImpacAval

58 3 GGuimartes58 1 JMalta56 7 ARamo*58 9 JBFonsaca57 8 GFAImida58 6 J Queira58 10 AFemira56 5 G.F.Sita Ap_' Enilrs. Suiimar 54 2 LLaaes

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84-2 27/01 9 ( 6) Tnasaaaa 1.1 AT 61* 5.20 JJMa4-4-u 10A» 4* ( 7) Vejpertine 1.1 AL 67*4 4.60 G.44-6 10W 7» ( 9) «da I I -d-1.0 CL 57*2 30,60 t-Wta(. u-5 15A» 3» ( 5) Junte Lart • 1.1 NL 69s3-M6-U-43-9-52-U-35^«

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91.00 I. umes6-4-4 06/05 9» (10) Valdemn 11 NP 70*1 930 U_ae*

TELEVISÃOTodos os dias no Caderno B.

UrGP BRASIL

A Comissão de Corridas doJóquei Clube Brasileiro re-cebeu ontem 23 inscriçõespara o Grande Prêmio Bra-sil do dia Io de setembro,

sendo que um dos concorrentes terá queser retirado já que só podem atuar 22animais. Os destaques do campo sãoBretagne, propriedade de Fazenda Mon-desir, ganhadora do Grande Prêmio SãoPaulo deste ano, e Grison, defensor dosHaras São José e Expedictus, vencedordo Grande Prêmio Cruzeiro do Sul, Der-by carioca e da Taça de Ouro.

Outros grandes nomes da prova sãoCisplatine, companheira de farda de Bre-tagne, ganhadora do Grande Prêmio Jó-quei Clube Brasileiro, quando derrotouos cavalos, e Rabat, melhor representan-te do turfe paulista com um cartel queinclui as vitórias no Derby de São Paulo ena Copa Brasil—Estados Unidos em quesuplantou animais como Old Master eFull Love. Foram inscritos para o GPBrasil: Bretagne, Cisplatine, Aracatu,Vetorial, Paris Queen, Atlantic City, In-gratz, Grison, Gilroy, Fantaisie, CleverJoe, Rabat, Maro-Road, El Gaúcho,Blessed Nest, Imprudent Lark, Vibrador,Life Boat, Attorney General, Guascaço,os chilenos Prontuário e Vamos Bien e ouruguaio Vivaz.

Outros clássicosPara o Grande Prêmio Presidente da

República, milha internacional, a serdisputado também em Io de setembro,haverá cineo cortes pois foram inscritos27 animais e assim como no GP Brasil,somente podem correr 22. O campo daprova reúne: Saca Tampa, Giverny, Fou-jita, Bella Sola, Castel, o chileno Boque-te, Quadrat, Hagiqta, Tanabi, Igor Lark,Slick, Bacharel, Último Macho, Fayol,Expresso de Ouro, Great Inquest, AU-tak, Kew Gardens, Dortmoon, Resoluto,Djezzar, Tropic Show, Loreu, Clisthen,Queen Cell, Prampolini e Our Ilusion.

Foi grande o número de animaisalistados no clássico de velocidade, Gran-de Prêmio Major Suckow, dia 31 deagosto, sábado. Eis os nomes dos 21inscritos: Irish Sea, Bolkonska, Scamoz-zi, Ivory King, Day of Heaven, Bali-player, Head Man, Olaf, Vida Mansa,Hackia, Instrale, o chileno Capo II, GoBelieving, Soveral, Amaranda, Cambri-nus, Justo Jansen, Zeddaros, Dunfee,Mão Leve e Hands Together.

O Grande Prêmio OSAF, em 2 milmetros, teve poucas inscrições e o camposerá formado inicialmente por apenas 11éguas: Bella Sola, Adoçada, Vistoria, auruguaia Seducida, Gold Moon, Fantai-sie, Selima do Sul, Gussy, Sotheby's,Gratituba e a inglesa Salanque. No Prê-mio Delegações Turfísticas, em 2 mil 100metros, na areia, a ser corrido na segun-da-feira, dia 2, foram alistados 18 ani-mais: Grigio, Acerto, Mister Nick, Hibal,Voador, Goethe, Aguilon, Joseph, IvoryTower, Dajran, Anseio, Faxineiro, Qua-renzano, Élmir, Manaus, Pafs Fael,Dentei e Grand Tour.

Fotos de José Camilo da Silva

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Paris Queen trabalhaos lOOOm em lmin07s

Paris Queen (Vacilante II em Jolie Reine), decriação e propriedade do Haras Santa Maria de Araras,realizou uma partida de 1 mil metros ontem à tarde noCentro de Treinamento. Fez lmin07s nos 1 mil metros,com ação espetacular, deixando entusiasmado o treina-dor Wilson Pereira Lavor, que admitiu que sua pensio-nista atingiu o auge de sua forma:

— Paris Queen nunca esteve tão bem. Acho queconseguimos colocá-la no último furo. Evidentementeque o Grande Prêmio Brasil reúne adversários fortíssi-mos como Bretagne e Grison, além de Cisplatine, umacraque também. Ainda assim Paris Queen pode sur-preender caso tenha a sorte de conseguir uma boabaliza e uma corrida com um percurso favorável. Édifícil mas não impossível.

Também trabalharam com vistas as demais provasda semana do Grande Prêmio Brasil, Prampolini (VanEyke em Vierge Folie) e Queen Cali (Vacilante II emAciana), inscritos na milha internacional. O cavalo fez53s2 nos 800 metros com muitas sobras e a potrancapassou a distância em 54s sem ser exigida. Pafs Fael,que vai atuar no Prêmio Delegações Turfísticas, fez umexercício de 1 mil metros em lmin09s.

MondesirDos defensores de Fazenda Mondesir apenas

Bella Sola (Stradavinsk em Dowerless) trabalhou.Inscrita no Grande Prêmio Organização Sul-Americana de Fomento ao Puro Sangue de Corrida ena milha internacional, a pensionista de GladstonSantos fez 2min35s nos 2 mil metros deixando excelenteimpressão. Bretagne (St. Chad em Oscilação), Castel(Miter Sun em Pura Pinta II), Cisplatine (Janus emOcasião) e Sotheby's (Hang Ten em Maissons Lafitte),trabalham hoje à tarde no Centro de Treinamento emPedro do Rio.

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Na próxima quinta-feira, dia 29, será ^^^^^^^^disputado pela primeira vez o Clássico innnnbnnnínmnhbnhAssociação Latino-Americana de Jóqueis £J fl-Tl 161*Qubes, em 1 mil 100 metros, para éguasde três anos e mais idade, sem vitória emprova de grupo este ano. São estas as 13inscrições: Juliard, Banana Bowl, Dis-traída, Hayang, Filareta, Yelka, Vodinic,White Foot, Jade Czaritsa, Adeana,Kwojeffa, Alalé e Estratia.

Concurso O Concurso de sete pontos da últimaquinta-feira teve 29 acertadores cabendo a cada um CrS213 mil 398.

Uruguaios chegamOs representantes do turfe uruguaio

nas provas internacionais na semana doGrande Prêmio Brasil, Vivaz, na maiorprova do turfe nacional e Seducida, noOSAF, Brasil das águas, chegam hoje noRio em vôo da Lufthansa, às 17h20minno terminal de carga do antigo aeroportodo Galeão, enquanto os animais chilenosviráo quarta-feira.

Don Dirceu O treinador Almiro Paim Filhoinforma que o cavalo Don Dirceu já voltou de SãoPaulo para a sua cocheira. O ganhador do PrêmioDelegações Turfísticas do ano passado cumpriu campa-nha em Cidade Jardim mas recentemente teve proble-mas e foi operado de um dos joelhos pelo veterinárioAlceu Athaide em Sáo Paulo, passando aproximada-mente dois meses em recuperação no Haras SantaTherezinha. Paim disse que não há previsão para a suavolta is pistas devendo o excelente corredor ficarparado ainda por pelo menos mais dois meses.

Benedini aprontou com o líder J. Ricardo

Benedini apronta os600 metros em 36s2

Benedini, pensionista de Alcides Morales e provável favori-to do Grande Prêmio Conde de Herzberg, mostrou perfeitoestado em seu apronto para atuar no clássico de amanhã à tard»na Gávea. Montado pelo líder da estatística, Jorge Ricardopassou os 600 metros em 36s2 com excelente disposição e muitassobras em todo o percurso.

Outro que deixou ótima impressão foi Bowling, companhei-ro de farda de Benedini. Evidenciando franca evolução em seaestado atlético, fez 36s cravados nos 600 metros com final de 12scravados para os últimos 200 metros na direção de José FerreiraReis.

Quill, pensionista de João Assis Limeira, surpreendeu emseu apronto final para o clássico de amanhã à tarde. Montadopelo freio Adail Oliveira, cobriu os 800 metros em 49s2, sempreajustado e correspondendo plenamente.

Habitual Leader, que havia feito um trabalho forte nadistância do Grande Prêmio, foi poupado pelo treinador Venân-cio Nahid. Realizou um apronto suave nos 800 metros, que foranicobertos em 54s cravados na direção de Eriton Ferreira.

Volta Fechada

MARRON GLACÊ • SOLCOC t DRAKULINO — A turma não poderia estar mais fraca paraMarron Glacê. Nosso indicado. Solcoc atravessa ótima fase e deve formar a dupla em corrida normal.Drakulino reapareceu faltando uma corrida. Está mais aguerrido e vai mostrar muito mais.

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NESTA QUINTA-21:15hs

A inscrição e, aparentemente, a presença certada poderosa Gastadora (Figurón em Adastra,

por Rhône), criação do Haras Rio das Pedras epropriedade do Haras da Toca, amanhã, em CidadeJardim, na milha do simplesmente clássico Presidén-te da Comissão Coordenadora da Criação do CavaloNacional (Grupo III), servem ricamente para algu-mas reflexões e especulações.

Inicialmente, é inegável que sua presença,mesmo em uma distância que não é a sua (e se oterreno estiver pesado, as coisas ficam ainda piores),dá a este simplesmente clássico um interesse todoespecial. Mas se observarmos que, dentro de umasemana, na Gávea, a (até agora) melhor égua de suafornada, a de 1981, ganhadora tanto do Oakspaulista quanto do carioca (grandíssimos clássicosDiana, Grupo I), em dois mil metros, as duas vezessuplantando, com nitidez, a muito boa Cisplatine(Janus II em Ocasião, por Waldmeister), criação epropriedade de Fazenda Mondesir (presença asse-gurada na milha e meia do grandíssimo clássicoBrasil, Grupo I), teria duas provas muito mais deacordo com sua classe e de obrigatória disputa paraela em função do que foi acima conceituado, (acitada milha e meia do Brasil e/ou os dois quilôme-tros do grandíssimo clássico Organização Sul-Americana de Fomento ao Puro-Sangue de CorridaGrupo I, o Brasil das éguas), estas inscrição epresença amanhã em Cidade Jardim, tecnicamente,não podem, a princípio, deixar de serem considera-das lamentáveis. Se houve uma simples opção entreela e qualquer dos dois grandíssimos clássicos referi-dos, a crítica deverá adquirir, não importa o resulta-do que venha a alcançar, bastante rigorosa.

Tecnicamente, Gastadora deveria ser uma dasconcorrentes da milha e meia, fechando um insti-gante e quattuor feminino com Bretagne, Cisplatinee Paris Queen. Desse modo, a primeira conclusão aque se chega pela sua ausência do Brasil, é o fato deela não estar em forma ideal para páreo tão rigoro-so. Neste caso, ainda, até segunda ordem, dá paraentender. Quanto ao Brasil das éguas, pela inscriçãoamanhã, explicações não há. Se está bem paracorrer uma milha clássica sem maior importância,estaria igualmente bem para enfrentar as éguas doOSAF carioca. Realmente, não há escapatória. Secorrer amanhã e vencer bem, as críticas à absurdaopção permanecem as mesmas (e mais fortes). Seperder, então, o panorama torna-se mais cinzento.Sua falta de forma (só assim poderá perder para asrivais da milha paulista), simplesmente, indicará quenão deveria ter sido inscrita em qualquer prova poragora.

Por tudo, de qualquer ponto de vista, umainscrição lastimável. Pobre Gastadora!

Escoriai

Page 21: fIwÊ - Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca ...

20 o Io caderno a sábado, 24/8/S5Esportes JQKNAJL DO BRASIL

GP DA HOLANDA

PiquetZandvoort, Ho-

landa — Nelson Pi-quet tem excelenteoportunidade de lar-gar pela primeiravez na pole position

este ano, ao conseguir ser o mais veloz doprimeiro treino oficial para o GP daHolanda, com tempo recorde:lminl ls074, mais de dois segundos abai-

?co da antiga marca, de Alain Prost. Oserviço de meteorologia prevê chuva parahoje, dia da definição do grid, e nessascondições seria difícil para alguém me-lhorar o tempo de Piquet.

¦'. Na verdade, o treino de ontem foiuma sucessão de recordes, iniciada comAyrton Senna, que acabou obtendo aquarta posição. Outros que tambem esti-.verarn liderando a tomada de tempoforam Keke Rosberg e Alain Prost, quecorrerão juntos, na McLaren, na próximatemporada. Keke acabou com a segundamelhor marca e Prost, a terceira. Otreino comprovou o bom rendimento dossuperpotentes motores de classificação.' aos quais se opõe a FISA, pois os 13primeiros colocados melhoraram a marcacom que Prost conseguiu a pole, ano'passado, na Holanda: 1:13.567.

A decepção do primeiro dia, tal co-mo aconteceu na prova anterior, na Aus-tria, foram os Ferrari, do italiano MichcleAlboreto (líder do Mundial, com 50 pon-tos, junto com Prost) e do sueco StefanJohansson. Alboreto fez o 16° tempo eJohansson, o 17°. O irlandês KennyAcheson, que está substituindo o alemãoManfred Winkelhock, morto em acidente

Ayrton multado em 35 milhões

melhora recorcLf% p. ^\/ C ^̂enna fica cBelo Horizonte/Foto de Waldemar Sabino

no Mundial de Marcas, ocupa a últimaposição e está ameaçado de não compe-tir. já que largarão apenas 26 carros.

Lamento de PiquetMesmo tendo ficado pouco mais de

meio segundo à frente de Rosberg, obicampeão Nelson Piquet, cotado parasubstituir o finlandês na Williams, anoque vem, acha que podia ter andado maisrápido ainda:

Eu fui atrapalhado por ThierryBoutsen na minha volta mais rápida e tiveque dar tudo no retâo.

Foi na mesma reta, onde os carrosatingem a velocidade de 320 km/h, quePiquet teve problemas no treino livre damanhã. Ele bateu numa barreira depneus, após ter freado tarde, mas o carronáo ficou muito danificado.

Michele Alboreto, que sonha em setransformar no primeiro italiano a con-quistar o título, desde Alberto Ascari,campeão de 1953, estava bastante aborre-cido com o primeiro treino.

Tivemos grandes contratemposcom o carro — foi tudo o que disse oitaliano de 28 anos, que no GP da Austrialargou na nona posição e conseguiu che-gar em terceiro, não muito longe, portan-to, de Prost, que divide com ele a lideran-ça, e pretende ser o primeiro francêscampeão do mundo.

O segundo colocado do dia, KekeRosberg, que ocupara o lugar de Laudana McLaren, ano que vem, confirmouque dificilmente Piquet perderá a pole:mesmo que não chova:

Não há nada que possamos parasuperar o tempo histórico dc Piquet.

O dia começou ruim para AyrtonSenna, que teve o turbo de seu Lotus

.incendiado e acabou multado em 5 mil; dólares (CrS 35 milhões) e advertidoseriamente, por utilizar um desvio parachegar ao boxe com o cano em chamas.Mas no fim tudo acabou bem: ele foi oprimeiro a superar o recorde na pista,ontem, com 1:12.77, e embora superadopor outros obteve o quarto melhor tempo

. do dia. Mais importante é que pareciaconformado:

Acho que o resultado foi muitobom, pois além do pequeno problema nocarro, houve atraso na substituição dospneus e quando voltei à pista ela não

; estava em boas condições. Havia muita; borracha e um pouco de óleo no piso.; Mas consegui melhorar e isso é que vale.; Os problemas com o carro, no treino

da tarde, a que se referia Ayrton, eramem relação à suspensão e com a perda de

! tempo para aquecimento dos pneus, no|! boxe, através de um sistema elétrico. Por

isso, ele acredita que, se não chover,. pode melhorar pelo menos meio segun-'. do, na última sessão, hoje.

Acho que vai dar para melhorar,! porque o John Player Special Lotus esta-: rá com a suspensão mais bem equili-: brada.

Senna considerou os comissáriosmuito severos, pela advertência e multaque lhe deram. E explicou o que aconte-ceu. Após sair do boxe, ele viu, peloretrovisor, uma fumaça grossa saindo doescapamento do motor. Mesmo notandoque não vinha ninguém atrás, sinalizoucom o braço direito, retornando ao padd-ock por uma rampa de acesso proibida aotráfego:

Fiz isso para evitar que o fogocausasse danos mais sérios ao carro, quepoderia espalhar óleo pela pista e obrigara interrupção do treino. Acho até quecolaborei com a segurança.

A respeito dos comentários envol-vendo-o numa possível transferência paraa Brabham (tudo começou quando, apóso GP da Áustria, ele voltou à Inglaterra,onde mora, no avião de Bernie Ecclesto-ne), Ayrton quis encerrar as especulaçõesde vez:

Não tenho a mínima intenção detrocar a Lotus por qualquer outra equipe.É muito comum a partir desta épocasurgirem especulações sobre as trocas depilotos. Só que no meu caso isso não vaiacontecer. Entenderam mal minhas pala-vras.

Moreno volta a ter chance•'. O italiano Andréa de Cesaris, que já

deveria estar sendo substituído por Ro-! berto Pupo Moreno neste GP da Holan-da, confirmou ontem que domingo corre-' rá pela última vez na Ligier. Diante disso,' Moreno, que durante a semana chegou

: até a ajustar o banco do carro às suas; condições, pode estrear na equipe france-

sa no GP da Itália, daqui a duas semanas.' — Esta é minha última corrida para'. a Ligier. Mudarei de equipe — disse DeI Cesaris, sem acrescentar mais detalhesi sobre seu futuro ou seu substituto.

A informação do piloto italiano, quei sofreu sério acidente na Austria, foi con-E firmada pela equipe. Danny Hindenoch,'

porta-voz da Ligier, disse que a decisão. foi tomada porque De Cesaris destruiul vários carros, deixando a equipe apenasi com três para o resto da temporada, e; porque ele não estará bem psicológica-. mente durante dois ou três meses, em

razão do acidente na Áustria.

A possibilidade da saída de De Cesa-ris surgiu no início da semana, quando aLigier ligou para a Confederação Brasi-leira de Automobilismo, procurando Mo-reno com urgência. O piloto brasileiroestava na Europa, com Piquet, mas en-trou em contato com os dirigentes echegou a preparar o carro para estrearamanha na Holanda. Mas quando estavacom os dirigentes franceses, surgiu DeCesaris, dizendo que se sentia bem e queia correr. .

Os dirigentes franceses, porém, pedi-ram a Moreno que não sumisse, porquevoltariam a procurá-lo para conversar.Moreno está em Zandvoort, para assistirao GP da Holanda.

Embora a Ligier não tenha anuncia-do oficialmente o nome do substituto doitaliano, já se considera certo que oescolhido será Moreno, que pode correr apartir do GP da Itália e permanecer naequipe para a próxima temporada.

Os tempos1. Nelson Piquet Brasil Brabham2. Keke Rosberg Finlândia Williams3. Alain Prost França McLaren4. AyrtonSenna Brasil Lotus5. TeoFabi Itália Toleman6. PatrickTambay França Renault7. NigelMansell Inglaterra Williams8. Thierry Boutsen Bélgica Arrows9. MarcSurer Suíça Brabham10. Niki Lauda Áustria McLaren11. Eliode Angelis Itália Lotus12. DerekWarwick Inglaterra Renault13. Jacques Laffite França Ligier14. Gernard Berger Áustria Arrows15. PiercarloGhtnzani....Itália Toleman16. Michele Alboreto Itália Ferrari17. Stefan Johansson Suécia Ferrari18. Andréa de Cesaris Itália Ligier19. Riccardo Patrese Itália Alfa Romeo20. EddieCheever EUA Alfa Romeo21. Martin Brundle Inglaterra Tyrrell22. StefanBellof Alemanha Tyrrell23. Jonathan Palmer Inglaterra Zakspeed24. Pierluigi Martini Itália Minardi25. Philippe Alliot França Ram26. HuubRothengatter ..Holanda Osella27. Kenny Acheson Irlanda Ram

Média de Piquet: 215,370km/hRecorde anterior: Alain Prost, McLaren, 84, 1:13.567, média 208

1:11.0741:11.6741:11.8011:11.8371:12.3101:12.4861:12.6141:12.7461:12.8561:13.0591:13.0781:13.2891:13.6801:13.6801:13.7051:13.7251:13.768

.1:13.797,1:14.2401:14.9221:14.9201:15.236

.1:16.2571:17.919

.1:18.525

.1:19.410

.1:20.429

,071 km/h

;"i¥í*':vv ' ^SSL ¦_?:_I^________________B:':':::::::-;_________I^^^^ ": ¦¦:¦¦:¦:¦:.¦..¦::'¦'¦.¦-' ?___ ¦ '!^^%ví&'::::::::\::'E^9|^B________________3¥?¦' íiv :# : :??• JH_t^___________ __J&*^__7:^-i^xx ¦¦¦¦.. ''•"'Ti'"":w'\ :'"':""',:'':'*$_____' ''-''*' ^^;'^^vv::E:::::^SI(BHBH|

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O holandês Strybos (E) promete bom duelo com o líder Vehkonen

Cruz volta a vencer os 800mBerlim, Alemanha Ocidental — Derrotado

quarta-feira pelo inglês Steve Cram, o brasileiroJoaquim Cruz voltou a vencer ontem, na prova desua especialidade,os 800 metros rasos, da qual écampeão olímpico. Foi no Festival Internacionalde Atletismo de Berlim Ocidental, válido peloGrand Prix. Cruz marcou Imin42s98. Já o ameri-cano Johny Gray marcou Imin43s84 e classificou-se na segunda posição, seguido de Sammy Kosket,do Quênia, com Imin44s41.

Dois outros brasileiros participaram do Fes-tival. Agberto Guimarães ficou em quinto lugarnos 800m rasos, com Imin45s26. Tom Hintnausclassificou-se em terceiro lugar no salto com vara,com 5,60m. O vencedor dessa prova foi o soviéti-co Sergei Bubka, recordista mundial, que ontemsaltou 5,80, enquanto o segundo colocado foi opolonês Marian Kolassa, com 5,70m.

O resultado mais importante do torneio foi odo marroquino Said Aouita, que quebrou o recor-de mundial dos 1.500m rasos, com 3min29s45,22centésimos a menos que a marca anterior, obtidapelo inglês Steve Cram, no dia 16 de julho, emNice. Á maior decepção ficou por conta doamericano Carl Lewis, uma das estrelas do tor-neio. Campeão olímpico dos lOOm, 200m, reveza-mento 4 x lOOm e salto em distância, Leis teveuma participação infeliz nos 200m rasos, classifi-cando-se em quinto lugar na prova, vencida peloseu compatriota Kirk Baptist, com 20s45.

Parece até que a história decidiu ontem fazer

justiça a Aouita, campeão olímpico dos S.OOOmrasos e que em junho, em Oslo, melhorara o seupróprio recorde nessa distância, com 13minO0s40.Cram deveu muito ao esforço de Aouita na provaem que se enfrentaram em Nice para obter orecorde. Venceu o inglês, mas o marroquinochegou alguns centésimos de segundo atrás, naque foi considerada a maior disputa da históriados 1.500m.

Aouita esperou um mês e oito dias, massempre com a esperança de baixar a marca queCram lhe roubara, com talento e força, por algunscentésimos. Ele já tinha o segundo melhor tempoda prova.

Ontem, Aouita não teve Cram para disputara primeira posição, mas virou os 400 com bomtempo e começou a aumentar o passo na metadeda prova, então liderada pelo americano SydneyMaree, ex-recordista mundial da distância. Con-tudo, só nos últimos 300 metros o marroquinoassumiu a liderança e imprimiu um ritmo digno deum grande atleta, o que o levou ao recorde. Ahistória fez justiça, Maree chegou em segundolugar, com 3min32s90, e o suíço Pierre Deleze foio quarto colocado, com 3min33s04.

— Eu acreditava que podia bater o recorde,mas tentei não pensar nisso até a hora em que tivea certeza que o quebraria. Só lamento ter batido amarca do Cram. Ele é um ótimo amigo que eutenho na Europa. Há muitos pontos em comumentre nós — confessou Aouita ao final da prova.

Aouita festeja emocionado o seu novo recorde, o dos 1.500m

Evolução do recorde

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Motocross decide emMinas título mundial

Belo Horizonte — Começam hoje, às lOh. na pista do RioVerde Kart Clube, cm Nova Lima, a 15 km desta Capital, ostreinos para o Grande Prêmio Brasil de Motocross, categoria 125cc, que vai apontar, entre o finlandês Pekka Vehkonen, oholandês Dave Strybos c o italiano Comido Maddii — os trêsprimeiros colocados e os únicos com chances — o novo campeãomundial.

A expectativa dos organizadores é que 35 pilotos participemda prova embora o gate de largada tenha capacidade para 40. Ostreinos de hoje serão livres e amanhã, às 8h, os pilotos voltam àpista para novos treinos. A largada para a primeira das duasbaterias (cada uma com 45 minutos) está prevista para às 12h. Asegunda começa às 15h.

Atrações brasileiras

Até 19h de ontem, 15 pilotos estrangeiros já haviam chegadoao Hotel Brasílton, em Contagem, na região metropolitana deBelo Horizonte, onde se hospedam. Os pilotos brasileiros, PedroRaimundo, o Moronguinho e Ylton Veloso, o Paraibinha nãoparticiparão da prova porque estão contundidos. Entre os brasi-leiros, as maiores atrações serão Álvaro Cândido Filho, NivanorBernardi, Roberto Boetcher, Cássio Garcia e Guilherme Boeing.

Poucos pilotos foram à pista do Rio Verde Kart Clubedurante o dia de ontem, para observá-la melhor. A maioriapreferiu acompanhar a montagem das motos e fazer os ajustesfinais nas máquinas, trabalho que só foi concluído à noite.

Pista recuperada

Ao contrário da véspera, quando uma violenta tempestadeatingiu a região metropolitana de Belo Horizonte, o dia esteveontem claro e firme. Durante todo o dia cerca de 300 homenstrabalharam na recuperação do circuito, que foi muito danificadopela chuva e ventos fortes de anteontem. Os tratores recuperaramalguns trechos da pista em que o vento levantou muita terra. Aslonas que cobrem o restaurante, posto medico e sala de imprensaforam recolocadas. O maior trabalho foi com a recolocação dasplacas dos patrocinadores, além da recuperação das caixas dosistema de som que também foram danificadas.

3min36s Herb Elliot (Austrália) 28/08/58 Gotemburg3min35s6 Herb Elliot (Austrália) 06/09/60 Roma3min33sl John Ryun (EUA) 08/07/67 Los Angeles3min32s2 Filbert Balli (Tanzânia) 02/02/74 Christchburg3min32sl SebastianCoe (Inglaterra) 15/08/79 Zurique3min32sl Steve Ovett (Inglaterra) 15/07/80 Oslo3min31s36 Steve Ovett (Inglaterra) 27/08/80 Coblenza3min31s24 Svdney Maree (EUA) 28/08/83 Colônia3min30s77 Steve Ovett (Inglaterra) 04/09/83 Rieti3min29s67 Steve Cram (Inglaterra) 16/07/85 Nice3min29s45 Said Aouita (Marrocos) 23/08/85 Berlim

Campo Neutro

Berlim/Foto da AP

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ESTE caso da Jacqueline com a Seleção de

Vôlei me lembra um pouco o que EloiSchleder andou procurando criar com a Marato-na do Rio. Se os leitores se lembram, ele dobrouo número de competição para ocultar o nome dopatrocinador da prova, alegando que a ele, Eloi,o patrocinador não estava pagando nada.

O engano começava pelo fato de que, se opatrocinador estava pagando a prova — isto é,viabilizando-a — e pagando ainda os prêmios emdinheiro, estava também patrocinando Eloi e osdemais corredores, independentemente de quais-quer outros patrocinadores que o estivessemfazendo diretamente.

Também isto me parece ocorrer agora naSeleção Feminina. Se o patrocinador está finan-ciando a Seleção, com dinheiro ou outros bens,está viabilizando-a, está viabilizando a ida dela aoJapão. Está em suma dando condições que anti-gamente não eram dadas.

É claro que os atletas têm o direito de lutarpelas melhores condições possíveis. Mas tudo nomundo exige um mínimo de habilidade — e umacerta dose de humildade. Eloi Schleder não temainda cartel para querer as condições que umCarlos Lopes ou mesmo um Ron Tabb esperam eobtêm com naturalidade.

Neste sentido é que Jacqueline deveria en-tender o termo "investimento . Nossas jogadorasde vôlei ainda não atingiram o nível que, porexemplo, os homens do vôlei já alcançaram.Antes de exigir que a Confederação e os patroci?nadores invistam dinheiro nelas, devem elaspróprias investir em si mesmas. Investir tempo,investir treinamento — para depois poderemexigir, quando tiverem os resultados.

Quem for assistir a um treino da SeleçãoFeminina vai de saída notar que muitas dasatletas são ainda pouco atletas e pouco profissio-nais, no sentido de que não encaram o treinamen-to físico com a seriedade necessária e permitem-se hábitos, como o de fumar, inteiramente incom-patíveis com a alta performance que delas seespera. , „. .

A paciência é uma sábia virtude que Jacque-line não demonstrou possuir.

¦ ¦ ¦De Primeira: Computadores são coisa mui-to boa, mas nem sempre imprimem números comclareza. Ainda agora uma destas terríveis maqui-ninhas induziu-me em erro ao proclamar que a

Ímranaense Andréa Zippin tivera a terceira me-

hor média feminina das seletivas do Triathlon. Éque onde estava escrito um total de 635 pontoslia-se 835. Na verdade, a terceira melhor médiafeminina das seletivas foi a da niteroiense (eutambém nasci lá) Fernanda Keller, com 228pontos. Andréa Zippin teve uma média de 211,66pontos /// Mais uma do computador: EdgarKniriem foi o terceiro colocado na faixa etária de40 a 49 anos. A maquineta trocou seu número deinscrição e não lhe atribuiu os pontos devidos naúltima seletiva /// No próximo sábado, dia 31,treino do Triathlon do Rio no novo percurso. Ahora da largada será ainda divulgada /// No diaseguinte, domingo, com início às 6h30min, treinoem Niterói para os maratonistas que vão a NovaIorque e Chicago. A largada será no final dapraia de Icaraí (esquina com Avenida Ari Parrei-ra), e, ao fim de 18 quilômetros, um lauto café damanhã (grátis) estará aguardando os intrépidoscorredores no apart-hotel da Veplan, na Praia deCamboinhas, em Itaipu.

José Inácio Werneck

Barki lidera — Com um cartão de 75 gross —quatro acima do par do campo —, o carioca HélioBarki Filho, de 23 anos, assumiu ontem a liderançado XV Campeonato Aberto do Teresópolis GolfeClube, sob forte chuva e uma temperaturade 8Ik

graus. O líder da primeira volta tem três golpes de vantagemsobre Amos Maidantchik c Douglas McFarlane, ambos com 78gross, o que já lhe assegura a condição de favorito ao título desteano.

Campeonato da OSP — Começa hoje, naPrainha, o segundo campeonato de Surf da OSP(Organização dos Surfistas Profissionais) no qualestarão reunidos 42 surfistas, disputando 14 bate-rias. O torneio, que tem ç apoio da Riotur. não

contará com a presença do lider do ranking da OSP, ValdirVargas, mas Brasa, o segundo colocado com uma diferença deapenas cem pontos, estará competindo. Amanhã, estarão dispu-tando a final os 14 surfistas mais bem colocados nas baterias dehoje, mais os dois melhores resultados dos não classificados.

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wK/E^wwt&JKA*^ ^MKKKKtKB&KRnKHs!Bm/NttNKm*.r ^J9KPtt!KtKUKKKtnm'^3K^KKKKl^Ktm 'trunfos: pensa escrever um livro e foi convidada a fazer cinema

JORNAL DO BRASIL EsportesFoto de Carlos Hungria

Fora da Seleção, Jacqueline tem outros

sábado, 24/8/85 ? Io caderno ? 21

Bola Dividida

Sem o vôlei, a mulher Jacqueline vai à luta

Maria Helena Araújo

O movimento no pequeno apartamento da Rua SaintRoman, no alto da ladeira, começou cedo. A empregada Marle-ne, uma negra gorda e simpática já havia varrido a sala umas trêsvezes, mas teve que refazer o trabalho, tal o número de amigos ejornalistas que entravam na casa de Jacqueline com os pésenlameados, para dar uma palavra de apoio e pedir entrevistas.Jacquie estava calma, já esperava por isso, após o corte daSeleção Brasileira, e lamentava não ter nem ao menos um jogocompleto de xícaras pra servir o café.

Hoje a Marlene vai pirar de vez — dizia ela, enquanto ochofer, um garoto louro, pedia a chave de seu carro, que, malestacionado, estava sendo riscado por pivetes.Mais um prejuízo era o de menos. Já haviam roubado,naquela manhã mesmo, o rádio de seu carro, segundo ela a únicacoisa que prestava. Mesmo com o entra-e-sai de pessoas, osproblemas caseiros não paravam. Agora era Marlene, que, muitotimidamente, pedia à ex-levantadora da Seleção uma ajuda deCr$ 300 mil para que sua filha pudesse ligar as trompas.Jacqueline, como de costume, cedeu.

Essa minha patroa é um barato. Adoro ela. Não saiodaqui nem por nada — comentava Marlene, satisfeita com a ajuda

3ue Jacqueline ia lhe dar. Só não sabia que sua patroa não tinha o

inheiro ainda. Batalhou a tarde inteira para conseguir, depois demuito tempo, emprestado com um amigo.Ela merece — dizia Jacquie, ao mesmo tempo queabraçava mais um amigo que chegava, convidando a mais novadesempregada a passar uma semana no seu sítio, com direito aandar a cavalo.

Foram tantas as entrevistas, que Jacqueline nem sabia paraonde tinha falado. Comentava que precisava de umas férias, masao mesmo tempo caía na realidade ao receber seu extratobancário com o saldo de Cr$ 101 mil. "Não dá nem para umasaidinha."

De repente, por volta das 12 horas, o tumulto cessou eJacqueline se recostou na cadeira do quarto. Por alguns instantesdeve ter caído em si, tanto que comentou: "Sabe que o meuorçamento mensal é de Cr$ 15 milhões? E não tenho mordomias.Esse cara que saiu daqui funciona como chofer, mas em troca decomida, roupa lavada e só. Tenho uma conta aberta no Grottama;re (restaurante da zona sul), que como, bebo e depois reponho. Ésó uma maneira de não passar aperto".

Mas era hora dos programas esportivos na televisão eJacqueline estava ansiosa para assistir. Enquanto a reportagemnão aparecia ela roía as unhas. Acendeu um incenso, corrigiu odefeito da imagem e se calou. Viu todas as edições sobre o seucaso em duas emissoras, apagou a televisão e respirou aliviada:"Acho que não falei nenhuma besteira. Eles é que não se saírambem".

Ficou intrigada com a chamada de um programa de TV, cujaimagem era um muro pichado com a frase: "Fora Jakeline".Puxa, será que estão pichando muros por aí com o meunome ou é armação da TV?

De tanto tocar ela tirou o telefone do gancho e foi cuidar doolho, ainda muito congestionado, por causa de um terçol. Noquarto, decorado de maneira simples (numa estante estão umretrato dela sem dentes e nove boinas, uma antiga mania) elacalçou meias pretas. Fazia frio. Jacqueline ainda esperava pelachegada de duas emissoras de televisão que haviam marcadoentrevistas para às 13 horas. Esperou até o limite e cedeu à fome:"Vamos almoçar"?

A nova musaIpanema não tem do que se queixar. Depois da musa Leila

Diniz, que deixou saudades, surge Jacqueline Louise, 23 anos,uma morena linda, de jeito desengonçado, musa do vôlei,contestadora, craque, que, apesar de todas essas virtudes, está

, fora da Seleção Brasileira que vai ao Japão disputar a Copa doMundo, em novembro. Paciência. O vôlei perde uma grandelevantadora e uma grande mulher, ou melhor: uma cabeça que vaide encontro a tudo que é convencional nessa vida.

Como aconteceu com Falcão, em 1980, e outros craques de

futebol, agora ela vai para a Itália ou Estados Unidos, mas nãodescarta a possibilidade de ficar estes últimos seis meses do ano naRecreativa, de Ribeirão Preto, clube que se classificou graças aela, para o Campeonato Brasileiro deste ano, e, em janeiro, sairdo país. A verdade é que de rotineiro essa mulher não tem nada:está prestes a escrever uma coluna (que já tem até o título de"Vida de Vôlei") num grande jornal do Rio e um livro com omesmo título e a ilustração irônica de um cachorro (alusão à vidasacrificada que vive dentro deste esporte). Já pretende tambémlançar um video-clip mostrando o que é o vôlei.

Às 10 horas do dia seguinte ao corte já haviam passado peloseu apartamento, na Rua Saint Roman, cerca de seis jornalistasde televisão, jornais e revistas. Antes das 13 horas, o númerochegou a vinte. Era a musa que estava ali, o assunto do momento.Tudo por que não quis se enquadra,r no esquema da Seleção?Não. Jacqueline é mais que isso. E atípica. Foge a todos ospadrões e regras. Uma menina criada dentro de um colégio defreiras (o Notre Dame, no coração de Ipanema), que não poderiater outro destino senão o de ser expulsa:

Uma vez furei os pneus do carro da madre superiora ejoguei uma bolinha de papel que acabou batendo na professora.Tinha notas horríveis, apesar de ser a maior CDF em casa. Masnão ia dar certo. Eu queria viver Ipanema, curtir a vida e tinhaapenas 11 anos. Aí uma madre, que era o demônio em pessoa, mepegou falando mal dela no corredor. Fui expulsa e repeti o ano.

Além de expulsa, Jacqueline teve de ler para a sua classe,em voz alta, um compromisso de que jamais faria coisas seme-lhantes.

Puxa, a minha mãe não podia ter permitido uma coisadaquelas. Se fosse meu filho, mandava todo mundo tomar banho.

Depois da primeira grande confusão na vida, Jacqueline foiestudar no Colégio Brasileiro de Almeida, uma escola indicadapara "crianças com problemas".

Quando entrei na escola não acreditei no que estavavendo. As loucuras que eu fazia no Notre Dame eram pinto...Cansei de ver as meninas saírem na hora do intervalo parafumarem um "baseado" e voltarem doidonas. Me senti a própriamúmia. Adorei descobrir aquilo tudo.

A primeira desilusãoNão era preciso dizer que Jacqueline repetiu mais um ano do

ginásio. Ela estava com 14 anos e foi convocada em seguida para aSeleção Juvenil, concnetrada em Belo Horizonte. Uma casa ondeficavam 15 moças, estudando a maioria no mesmo colégio.

Jacqueline não conseguia fazer um trabalho escolar decente,nem mesmo com a ajuda de Isabel, que estudava junto. Acobrança da diretora, a encenação:

A Isabel dizia, com palavras bem bonitas, que precisa-vam nos compreender, pois estávamos longe da família. Adiretora ficava comovida e o meu papel era fazer cara de vítima.Era ótimo. Acabamos passando de ano.

Mas depois disso veio a primeira desilusão de Jacquelinecom o vôlei. A comissão técnica comunicou-lhe, pedindo sigilo,que ela seria cortada. Jaque ficou surpresa. Estava fora por sermuito jovem.Chamei a Isabel e tomamos um porre de vinho, no"Comes e Bebes" em Belo Horizonte.

Mais tarde, já com 15 anos, Jacqueline foi chamada de novopara a Seleção Juvenil. Era a volta e ela se sentia a autênticaprecoce. Levou guitarra e um amplificador enorme. Mas oesquema era rígido demais

morre de rir). Diz que é pouco chegada à política ("nem osocialismo me agrada, porque não há liberdade de pensamento")e acha que o melhor regime é o dela, "onde as pessoas têm valor,talento e são reconhecidas por isso". Não culpa as companheiraspor acharem que ela não quis ajuda, já que "o meu pique é bemmais rápido e as conseqüências não é qualquer um que agüentanuma boa.

Já pensou a Vera Mossa desempregada, como eu. Comomanter o filho, o tratamento, o carro pra levar pra lá e pra cá.Múmia eu fui durante nove anos, como elas. Agora não sou mais.Encheu o meu saco.

Na preleção da apresentação do vôlei feminino, Jacquelinefalou quase uma hora e meia sozinha, reivindicando o direito delae do grupo. Diz que ninguém abriu a boca. "Só a Isabel, quase aofinal advertiu os caras para o "caso Jacqueline, que tinha de servisto com muito cuidado".

A Isabel é um barato. A atitude não me surpreendeu. Jálevei tanta porrada, que mais uma não me assusta.

Jaque, na época em que revolucionou o vôlei com a pedidade Cr$ 15 milhões por mês e de Cr$ 100 milhões de luvas,fevereiro, acabou desempregada. Mas não foi a única punição.Chegou a ter, por problemas emocionais, três convulsões emcasa.

Eu senti a barra e na hora de ir embora (refere-se ao diado corte) voltei lá e disse para os que mandam: "tomara que vocêsnunca fiquem desempregados".

Aborto aos 18Contestadora ela não se sente, mas admite que se falar a

verdade é contestar, então é contestadora. E emenda:recalcada talvez eu seja, pois investi a minha juventudeno vôlei e tenho um fusca, enquanto outros têm um mercedez na

porta. Mas também num país onde o ex-ministro da justiça é oque é...

Votou, nas últimas eleições em Brizola, mas se arrependeamargamente. "O que ele fez até agora?" Só não se arrepende davida que teve até agora. Foi hippie, adorava um show de GalCosta, no Opinião (assim como ama Gil, Eduardo Dusek, Blitz),fez primeira comunhão no Notre Dame, detestando tudo ("ado-rava mentir no confissionário"), só ia à missa dos Jovens, emIpanema, pra paquerar (sabe todas as músicas sacras) e detestatudo o que o Papa aprova:

Como posso gostar da igreja e de um cara como o Papa,se ele é o primeiro a contestar o aborto. Com 18 anos fiz umaborto e só fiquei cliocada por causa da repressão no hospital.Sabe aquela coisa escondida, clandestina? Fiquei chocada. Maspor que ter um filho naquela idade? Eu nem sabia quem era o pai.

Jacquie nunca casou no papel, mas já viveu junto com muitagente. "Detesto o compromisso". Sexo, para ela, é uma coisaótima e pede para que não confundam as coisas: "Só tenholigações com homens".

As pessoas falam demais. Desde o dia em que fui cortadade uma Seleção (a de adultos em 81), por ser solidária com Isabel.Aí começou um tt-ti-ti brabo. Tudo bem. Não me importo. Souuma pessoa liberada, me masturbo quando quero e por que não?

Desemprego é o que menos a preocupa no momento.Transação de grana é o que não falta. A loja ae sanduíches, emIpanema, que agora mantém com a amiga Pat, com quem mora,está dando lucro e os convites não faltam. As revistas cansam depropor que ela pose nua. Para quem está interessado, é bom saber

- . . _r—que o preço de hoje é Cr$ 1 bilhão. E pode pintar até um conviteO jeito era comprar desodorante e cheirar, cheirar. Só para ser a estreia de "A casa das mulheres', um filme sobre umque a Isabel dizia que dava o maior barato e eu só sentia dor decabeça.

Na época o técnico era o Edmílton e Jacqueline diz que EnioFigueiredo, que ganhava tudo, "já era injustiçado".

— O Nuzman só mantinha o Edmílton, porque, como eleera de Recife, convinha. Era preciso ter a simpatia do Nordestenara se eleger presidente da CBV. Depois deram chances aoEnio. Ele fez um ótimo trabalho, mas puxou tanto o saco daspessoas e agora taí, doente, sozinho, abandonado.

Antes dos 18 anos, Jacqueline já havia passado por tudoisso, o que talvez explique a sua maneira de ser hoje em dia. Filhade pais separados (ela canta a música" Rebelde sem Causa" e

presídio feminino, que quer produzir um cineasta de nomeRobert (ela não se lembra o sobrenome, mas diz que é casadocom Suzana de Morais, filha de Vinícius).

Nada a assusta. Parece ter nascido para surpreender e a cadadia inova, propõe, briga. Sempre querendo os seus direitos, queela sabe, meses depois serão reconhecidos, apesar dela ser semprea prejudicada.— Minha vida sempre foi assim. Antes dos 16 anos, perdi avirgindade, numa transação com uma pessoa do vôlei (não digo onome, senão vai complicar pra ele) e me apaixonei. Foi apenas aprimeira paixão, um barato. Agora já me apaixonei por muitagente. O importante é ser feliz, não importa com quem.

O Deputado Aécio Borba, do PDS do Ceará,apresentou na Câmara Federal um projeto

de lei mandando que se destinasse ao Sindicatodos Jogadores cinco por cento dos lucros davenda de jogadores profissionais ao mercadoestrangeiro. O projeto, aprovado pela Câmara,seguiu para o Senado. Sobre ele me manifesteimais para rebater uma intempestiva e autoritáriainvestida do senhor José Maquieira, presidenteda Associação dos Clubes, contra o Sindicato dosJogadores, que não era o autor do projeto etalvez nem dele ainda tivesse tomado conheci-mento, chamando de "um ato de rapina contra oscofres dos clubes".

Rebati esse exagero e mais tarde, numcoquetel, encontrei Maquieira. Ele, gentilmente,me deu explicações sobre sua posição e acaboume entregando uma carta em que se proclamavaum desportista sem pretensões carreiristas e umprofissional sério, o que nada tinha a ver com aquestão, até porque nunca duvidei dessas suasvirtudes. Sobre o assunto mesmo, Maquieiradizia que os jogadores tinham um Sindicato fortee ele estava procurando formar um dos presiden-tes dos clubes.

Reconheci esse direito, mas lembrei a Ma-quieira que o Sindicato dos Jogadores não era tàoforte assim. Ainda não conseguira instalar-se emtodo o Brasil e ele não devia confundir uma meia-dúzia de jogadores que ganham acima da realida-de do futebol, graças a dirigentes que gostam dese promover, com a imensa maioria que precisade defesa, porque não tem quase nenhuma garan-tia e é totalmente desamparada quando termina acarreira. Não via razão, portanto, para se olhar oSindicato como uma ave de rapina e quererdevorar os clubes. Esta nunca foi sua intenção.

Sobre o projeto, disse que ele só iria oneraros clubes no ato da venda de jogadores para oexterior, ou seja, quando eles estiverem, ávidospor dólares, cometendo um gesto contra osinteresses do futebol brasileiro. Ato que, porsinal, vai-se tornando cada vez mais raro, já queos compradores andam se arrependendo da com-pra que fizeram.

Agora surge outro advogado, que não co-nheço e de quem nunca ouvi falar, AloísioAugusto da Costa, e se mete na história, fazendouma confusão dos diabos. Não sei se o homemquis agradar o Maquieira, mas atrapalhou porqueestá completamente por fora. Não sabe nada.Começa por dizer que "o jornalista (eu) estáquerendo criar uma lei para o Sindicato seapropriar indebitamente do dinheiro dos clubes."E desanda a escrever sobre liberdade sindical,repetindo chavões e lugares comuns, misturadoscom citações de que na Italia é assim, nos EstadosUnidos é assado e por aí afora. Mas, pergunto euao douto Da Costa: que tem a ver com isso oprojeto que é do Deputado Aécio Borba? Oupensa ele que, dando os cinco por cento doslucros ao Sindicato, os clubes estarão comprandoa sua independência? Não creio que seja tãoingênuo.

O que Da Costa não gosta é do Sindicato.Tanto que o acusa, levianamente, de se omitir dacomissão que procedeu a vistoria dos campos,ecrevendo essa jóia "não foram lá porque não dádinheiro!!!" (as exclamações estão na carta ecorrem por conta do rancor do homem). Mas seDa Costa virasse de frente para a verdade,saberia que o Sindicato lutou exaustivamentepara ter um representante naquela comissão,fazendo reiterados apelos ao presidente da Fede-ração, Eduardo Viana. Eu mesmo, na TV Ban-deirantes, diretamente a Viana, e nesta colunanos dias 13 e 15 deste mês, tentei convencer opresidente do direito dos atletas em terem um seurepresentante na vistoria dos campos de futebol.A Federação, porém, recusou.

Mas não vou cansar os leitores com asojerizas do senhor Da Costa. Deve ser do fígado.Quero apenas dizer que se o futebol vai mal, osestádios vazios, o público descrente, culpa cabe àincapacidade dos dirigentes, inclusive os da Asso-ciação, que nem seus campeonatos sabem organi-zar. Eles, aliás, nunca se entenderão. As ambi-ções, a vaidade, a vontade de aparecer nãopermitem.

Não tenho procuração do Sindicato paradefendê-lo nem conheço seus advogados. Apenascumpro meu papel de comentarista agrade ounão ao Da Costa. Sei que o Sindicato ainda éfraco, mas os jogadores estão procurando se unirpara consolidar conquistas e principalmente re-pudiar posições reacionárias que vêm do fascismoe do autoritarismo, tenham os disfarces quetiverem.

¦Histórias: Bem que o Neném Prancha dizia:

— No futebol, a cabeça é o terceiro pé...

Sandro Moreyra

Giulite confirma que

renunciará em breveMostrando mais uma vez sua preocupação com a Seleção

Brasileira, Giulite Coutinho praticamente confirmou ontem àtarde, na CBF, que vai renunciar em breve. Resta acertar apenasalguns detalhes a fim de que a entidade mantenha, até a data desua saída, toda a documentação em dia.

O que lamento é ver quanto esta atual legislaçãoprejudica o futebol brasileiro — disse Giulite. Posso dizer issoporque jamais me interessei em ver a lei modificada paraconseguir a prorrogação de meu mandato ate depois da Copa.Nunca desejei mudar nada. Por isso, posso criticar essa situaçãoque existe agora, porque um presidente de Confederação deixarsua entidade na véspera de uma Copa do Mundo (os mandatosterminam sempre em janeiro do ano da Copa) só pode prejudicara Seleção. E pensando em colaborar com o futebol que estouvivendo um momento de reflexão, que logo me conduzirá a umadecisão.

Calendário de 86• Na opinião do presidente da CBF, a preparação da Seleção

para a Copa do México é o que existe de mais importante para ofutebol. Por isso, ele acha que todo o planejamento daqui para afrente terá que ser sempre visando à formação da equipe.

Acho que o calendário para o primeiro semestre de 86deve ser igual ao que planejamos para 85. mas que não foipossível realizar por problemas de algumas federações. Temosque começar com o Campeonato Estadual com jogos aos domin-gos, e os jogadores sendo liberados para os clubes na terça-feira, afim de ficarem treinando na Seleção até quinta. Depois, voltariamaos clubes para jogarem pelo Campeonato. Assim o treinadorteria, desde janeiro, os jogadores à sua disposição — concluiuGiulite.

Flu perde mais uma — A voz trêmula e inconsolável dotécnico Nelsinho se queixando da falta de objetividade do meio-campo e do completo isolamento de Assis no ataque, foi osuficiente para definir a apática atuação do Fluminense na derrotapara o Argentinos Juniors por 1 a 0, gol de Vidella, aos 26minutos do primeiro tempo, ontem à noite em Buenos Aires. Ocampeão brasileiro de 84 está eliminado — sem conseguir aindauma vitória — da Taça Libertadores.As criticas de Nelsinho foram justas: Renê e Leomir jogaramdemasiadamente recuados e Assis muito fixo na área, facilitandoa marcação dos argentinos. Além disso, o meio-campo deu muitaliberdade para Batista, Vidella e Lemme troçarem passes e chegarfacilmente ao gol de Paulo Vítor, um dos raros destaques do timeno segundo tempo com pelo menos três excelentes defesas.O Argentinos Juniors jogou com Mendonza Villalba, Olguín,Pelegrini e Domenech; Batista, Vidella e Lemme; Castro. Borghie Ereros. O Fluminense com Paulo Vítor, Aldo, Vica, Ricardo eBranco; Rogério, Leomir e Renê (Duílio); Wilsinho (Washing-ton), Assis e Tato. O juiz foi Luís de La Rosa, do Uruguai.Washington foi expulso, aos 42 do segundo tempo.

Brasil estréia — A Seleção Brasileira, atual campeãmundial de futebol juvenil (abaixo de 19 anos), começa adefender hoje seu título, na condição de favorita, enfrentando aIrlanda, na abertura de mais um Campeonato Mundial dacategoria, que se realiza na União Soviética. O maior rival doBrasil para a conquista do título é justamente a União Soviética,oaís-sede, que estréia também hoje contra a Austrália.

Morre Feitiço— Um enfarte matou ontem um dos maioresjogadores do futebol brasileiro, o goleador Feitiço (Luís Matoso),que faria 85 anos no dia 29 de setembro e que dizia sempre terfeito cerca de 1 mil X(X) gols. Ganhou o apelido de Feitiço de umatorcedora que dizia: "O Luís domina a bolinha de borracha comoninguém, apesar de ser uma criança. Parece até que ele temfeitiço nas pernas".

JOGUE COM 0 PRIMEIRO TIME DO RADIO.

Waldir Amaral

Edson Mauro

João Saldanha

Loureiro Neto

Sidnei Amaral

HOJE14h15min

SÃO CRISTOVÃO x MADUREIRA

RÁDIO JB 940

JBFUTEBOLSHOW

. KaíserBa^co Eletrônico

VílGiaeKC pele E2«^r_?ri£!! LUBRAXJ Jeani oSKSSuSc! •»«*«•¦»*» «•w»*» Nmu V. *bm Om

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Bangu garante que vai trazer Edinho cie iO quarto-zagueiro Edinho deve voltar

ao futebol brasileiro, mas não para oFluminense, como foi anunciado pela dire-toria do clube. A revelação do destino dozagueiro do Udinese partiu do presidentedo Conselho Deliberativo do Bangu, Cas-tor de Andrade, que garantiu ontem, numaentrevista coletiva, que existe grande inte-resse no jogador, e que um pool de empre-sas poderá ser formado para facilitar anegociação.

A nossa intenção é trazê-lo já —disse Castor. O ordenado do jogador seráde nossa responsabilidade. O nosso inte-resse é tanto que nem quisemos o Sócrates,que foi oferecido ao Bangu.

Sempre de bom humor, Castor deAndrade falou sobre o incidente entre otécnico Moisés e o diretor administrativoRoberto Oscar Rossi Simas — já demitido— e afirmou com muita convicção;

Moisés fez o que um homem faria.Foi agredido sem motivo e reagiu. No meuconceito ele só ganhou pontos. Se tivessecorrido sem reagir, eu teria ficado muitotriste. Mostrou que é homem e tem o meuapoio neste lamentável incidente. Mas eujá tomei providências e este tipo de coisanão se repetirá mais no Bangu. Aqui, nóstratamos é de futebol, vamos ganhar ocampeonato carioca e, com Edinho, po-dem acreditar.

Depois, à beira do campo, Castor ob-servou o coletivo para o jogo de amanhãcontra o Goitacaz e ficou surpreso com aatuação do garoto Marcelo — 16 anos —

que vai substituir o titular Marinho, e atodo momento virava para Carlinhos Ma-racanã e perguntava:

Você tem certeza que este garotoestá devidamente inscrito na Federação deFutebol? Não é possível jogar tanta bola enão aparecer um olheiro para levá-lo paraoutro clube. Será que nós temos tanta sorte

assim? Pelo que estou vendo, foi mais umpresente do céu que veio de graça paraBangu. Estou convencido de que este gurié mais uma sensação que vamos revelar aotorcedor carioca.

O coletivo

Com a vista direita inchada, em conse-qüência da briga que teve com RobertoSimas, o técnico Moisés chegou cedo aoestádio de Moça Bonita e procurou sabercom o médico Rubens Lopes as condiçõesdos jogadores Cláudio Adão e Marinho.Como a resposta foi inteiramente desfavo-rável, tratou logo de confirmar Marcelo eJoão Cláudio como seus substitutos. Ocoletivo, como sempre acontece às sextas-feiras, começou com a Ave Maria.

E começou muito bem. No primeiroataque do time titular, Ado chegou à linhade fundo e cruzou alto na área, Marcelosubiu com o zagueiro Denilson e cabeceoucerteiro, sem defesa para Gilmar. Os tor-cedores aplaudiram de pé o novo ídolo.Depois, toda vez que Marcelo — o desta-que do coletivo — pegava na bola, opúblico se impacientava. Era já o reconhe-cimento do talento do ponta-direita. Ar-turzinho, que voltou a treinar bem, marcouo segundo gol num passe de Marcelo, eMário, também em grande forma, fechou omarcador numa jogada pessoal.

Quando faltavam menos de 5 minutospara terminar o coletivo, o centroavanteJoão Cláudio torceu o tornozelo e passou aser dúvida para amanhã. Em seu lugar,pode entrar Gilson.

Depois de 60 minutos de coletivo,Moisés disse que o time já está definidopara o jogo de estréia, amanhã, contra oGoytacaz, e deve ser o seguinte; Gilmar,Márcio, Jair, Oliveira e Baby; Israel, Má-rio e Arturzinho; Marcelo, João Cláudio(Gilson) e Ado.

r<rMUFoto de Almir Veiga

Marcelo, 16 anos, a novidadeDepois de 80 minutos de um coletivo que

começou frio e terminou muito quente, o técni-co Moisés levantou do banco que estava à beirado gramado e, olhando para os jornalistas,garantiu:

Estou convencido, o garoto é realmenteuma grande novidade. Se confirmar a sua atua-çáo no domingo (amanhã), contra o Goytacaz,vai arrebentar.

O ponta-direita Marinho (que náo treinoupor estar contundido) entrou na conversa e comsua maneira caricata de observar os fatos, apar-teou:

Xerife (apelido de Moisés entre os joga-dores), o garoto para mim não é novidade.Afinal, ele está treinando com as minhas chutei-ras. Além do mais, conversei com ele antes docoletivo e disse como deve ser. Sou ou não souum bom professor?

O alvo da conversa do técnico e o ponta-direita era a mais nova revelação do Bangu, ojovem Marcelo Canedo Rodrigues, de 16 anos,que domingo faz a sua estréia na equipe titular,na ponta-direita.

Marcelo Rodrigues chegou ao Bangu hápouco mais de um ano. Muito franzino, ficouvários meses em tratamento para adquirir maiscorpo. Muito desembaraçado, ele mesmo contaum pouco da sua história, ainda sem muitocolorido:

Meu tio que me trouxe para o Bangu.Apesar de ser botafoguense, ele passou porMarechal Hermes e disse que aqui eu venceriano' futebol. Tudo tem sido muito rápido naminha carreira.

Marcelo começou a jogar no juvenil e foilogo convocado para a seleção carioca queenfrentou a brasileira (que jogou na China) numjogo-treino. A equipe do Rio venceu (3 a 2) eele fez o gol da vitória.

Agora, poucos meses depois, sou chama-do pelo seu Moisés para jogar no time que foivice-campeão brasileiro, na posição do jogadorque foi considerado o melhor do campeonato.Sei que é muita responsabilidade, mas como elesacreditam em mim, vou fazer tudo para nãodecepcionar. No domingo à noite, quero chegarna minha casa, em Mesquita, e conversar com aturma da minha ma sobre o jogo.

Foto de Almir Veiga...: sl:l;,;Éii5:ls.,

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Marcelo (E) tem um estilo driblador, parecido com o de Marinho

Vasco conclui que reforçosnão foram mais que sonhos

Custou, mas a diretoria do Vasco se conven-ceu de que os ambiciosos projetos para reforçara equipe com jogadores de expressão não passa-vam de um sonho. Agora, a grande novidadecom que acena à torcida é a possibilidade defechar negócio com o Náutico para comprar opasse do lateral Heitor, recentemente trocadopelo Flamengo, junto com Nunes, pelo pontaHeider.

O vice-presidente de futebol José Luís Ma-no desistiu de aguardar uma resposta do Atléti-co para contratar Éverton e resolveu investirsobre Heitor na presunção de que é tão bomquanto Paulo Roberto, do Santos, com a vanta-gem de que sua transferência é bem mais emconta que a do outro.

Chute forteMano garantiu que não haverá grandes

problemas para negociar com os dirigentes per-nambucanos hoje. Ele informou que o Náuticoainda deve dinheiro ao Vasco e se interessa poralguns jogadores que o clube considera negocia-veis. Para o supervisor Paulo Angioni, a vindade Heitor significa dotar o Vasco de maisrecursos técnicos:

— O Heitor teve um desempenho excepcio-nal na conquista do título do Mundial de junio-res, em 83, no México. Depois, saiu de um clubepequeno (Ponte Preta) para o Flamengo e sentiudificuldades para se afirmar, para desenvolverseu potencial. Mas no Náutico, voltou a jogarbem e, com 0 forte chute que tem, o Vasco vaipassar a ter mais jogadas ofensivas. E depois,contamos com três ótimos cabeceadores — Ro-berto, Newmar e Fernando — mas náo temos

um bom batedor de córner, como o Dudu, cujacobrança era meio-gol.

O técnico Antônio Lopes esteve no clube àtarde e confirmou ter recomendado a contrata-ção do lateral. Mas ainda espera quc a diretoriacontrate um ponta-de-lança capaz de jogar aolado de Roberto e proporcionar ao atacantecondições de sair do isolamento a que se temexposto ultimamente.

Geovani afastadoLopes dirige um treino técnico e tático hoje

à tarde, quando confirma a equipe que estréiaamanhã, contra a Portuguesa, em São Januário,no Campeonato Estadual. O técnico antecipouque o time provável terá a seguinte formação:Acácio, Edevaldo, Newmar, Fernando (Ivã) ePaulo César; Vítor, Luís Carlos e Gersinho;Mauricinho, Roberto e Silvinho (Romário).

Geovani, Ivã e Silvinho ainda não foramliberados pelo Departamento Médico, mas pelomenos Geovani perdeu a posição para Gersi-nho, que esteve bem nos amistosos disputadosno interior do Espírito Santo e Feira de Santana.Nenê, sem contrato, e Roberto Costa, cujocontrato termina hoje. estão fora do jogo. Paraa reserva de Acácio. Lopes escolheu o goleiroRégis.

Quando se apresentarem logo mais em SáoJanuário, os jogadores vão pedir uma reuniãocom a diretoria para exigir o pagamento de luvasatrasadas e uma tabela de prêmios para oCampeonato Estadual Até o lateral Aírtonprometeu comparecer, mesmo com o tornozelogessado, pois é um dos que têm dinheiro doclube para receber.

Klil..S^ x:;... lifllilillllllil.:

Bebeto (E), que está voltando a jogar bem, dá um leve toque na bola para marcar um dos seus três gols

Fia acerta e faz 10 gols no coletivoNão podia ser melhor o coletivo do Flamengo antes da

estréia no Campeonato Estadual contra o Bonsueesso. Os titula-res marcaram nada menos do que 10 gols nos reservas e a duplaformada por Zico e Bebeto (cada um com três gols) foi o pontoalto do time. que apresentou ainda Titã, autor de dois gols, emgrande forma física e técnica.

Em 15 minutos, os titulares já venciam por 5 a 1. Houveentão uma certa acomodação e os reservas chegaram a descontarpara 5 a 3 (um gol contra de Adalberto e um de Gilmar, numabicicleta espetacular). Mas a partir daí, com os gritos de Jouber, otime voltou a subir de produção e marcou mais cinco gols. Oresultado final foi 10 a 4.

RespeitoA motivação dos jogadores do Flamengo é incontestável.

Todos encaram com respeito o Bonsueesso e não existe "jáganhou". Os jogadores ficaram sabendo que o adversário deamanhã também está entusiasmado para a estréia e que algunsdos integrantes do time chegaram a lembrar que o futebol atualestá nivelado e que não existem "grandes e pequenos". Zico, noentanto, contesta:

Existem grandes e pequenos. Soube que eles citaram afinal da Taça de Ouro, mas acontece que os finalistas foram timesde menor expressão porque, com o regulamento, eles tiveramsorte nas chaves classificatórias. Se fosse num campeonatocorrido, na base da soma dc pontos, não teriam chegado. OCampeonato Estadual é corrido e duvido que o campeão nãoesteja entre um dos cinco grandes. Os pequenos podem tirarpontos dos grandes. Eu já perdi para todos os pequenos, masnunca vi algum deles ser campeão.

O técnico Jouber acha válida a motivação do Bonsueesso,mas confia muito mais no Flamengo:

Nosso adversário tem todo o direito de estar motivado,mas o futebol não está nivelado e o Flamengo é melhor.

Time se conforma emviver na concentração

O aumento de um dia de concentração para os solteiros foicomunicado ontem aos jogadores, numa reunião a portas fecha-das, da qual participaram apenas os integrantes da ComissãoTécnica e o time. Ao final, havia alguns jogadores com afisionomia fechada, mas ao contrário do dia anterior nenhumdeles criticou diretamente a decisão do treinador.

Mesmo Mozer, que chegou a afirmar que não aceitaria, poisestava cansado de concentrações, parecia tranqüilo, limitando-sea afirmar:

Nem todo mundo está satisfeito, mas temos que cumpriras determinações dele — disse referindo-se a Jouber. Mas se épara bem do Flamengo, vale a pena o sacrifício.

No atual time titular do Flamengo, são os seguintes ossolteiros: Jorginho, Leandro, Guto, Adalberto, Élder e Bebeto.A concentração será iniciada na segunda-feira, às 22h30min, nocasarão de São Conrado, para o jogo de quarta-feira, contra oBangu. Na terça-feira treinam, mas poderão almoçar em casa,reapresentando-se logo após os exercícios da tarde.

Titã ficaTitã não sai mais do Flamengo. Pelo menos, até que o

Udinese deposite os 100 mil dólares (parte do pagamento de 200mil dólares conforme ficou estabelecido em contrato) e, ao queparece, o clube italiano só irá fazê-lo em junho do ano que vem,depois da temporada. O jogador não aceita transferir-se paraqualquer clube brasileiro e a negociação com o Internacional,através do Udinese, está desfeita.

Na verdade, o Udinese fez um excelente negócio, já que tema opção de comprar Titã a prazo por uma quantia bem inferior aoque poderá conseguir pelo jogador na Europa. De acordo com oque ficou estabelecido, basta ao clube italiano pagar 100 mildólares (cerca de CrS 700 milhões) que tem a posse de Titã. Ojogador, por sua vez, teria direito a receber CrS 210 milhões nestaprimeira parcela. Os 100 mil dólares restantes só serão pagosdaqui a um ano, ao câmbio da época.

João SaldanhaOs dois hemisférios

MUITO esclarecedor o encontro

entre a França e o time doUruguai. A data, como sempre, éfavor'avel ao calendário europeu,que, por ter o mundo dois hemisfé-rios, coisas da natureza, é diametral-mente oposto ao nosso. Isto aliás foiimposto pela Europa desde 1930, nadisputa da primeira Copa do Mundo.Foi jogada no Uruguai, em junho-julho em pleno e rigoroso inverno. E,se assim não fosse, os times europeusnão compareceriam ao Mundial.

Os sul-americanos, não somenteinferiorizados mas muito atrelados àEuropa, principalmente naquela épo-ca, toparam. A Europa, mesmo as-sim, não deu muita bola ao fato esomente compareceram a França, Iu-goslávia, que bateu na gente, Romê-nia e Bélgica. Depois, em 1934, elescompareceram em bruto. Lá estavama Itália, Tcheco-Eslováquia, Romê-nia, Alemanha, Bélgica, Áustria,França, Suíça, Holanda, Hungria e aEspanha.

Depois, em 38, forçaram a barra,alegaram que a Copa seria fator dedistenção do ambiente de guerra e foilá de novo. Bem, o caso é que sempremarcaram a data do seu verão para osjogos. Não por causa do calor. Oinverno até que seria mais desfavorá-vel aos sul-americanos. No inverno,os europeus também jogam. Não to-dos durante todo o temo, mas quase.

O motivo principal é que escolhe-ram o verão por dois motivos: o dasférias dos jogadores e o importantíssi-

mo motivo de poder contar com qual-quer cobrão porventura jogando emoutro país. Até fizeram lei sobre istoe o clube do jogador é obrigado aceder. E não há atrito. O calendáriopermite facilmente. Nem é necessáriaa intervenção de nenhum Presidenteda República (que sempre promete aum magnata do clube de lá algumbom negócio latino-americano) ou daONU ou do FMI, nem de ninguém.Todos estão em férias e o jogo nãoatrapalha a vida dos clubes.

Observem que Platini jogou pelaFrança, ele é do Juventus italiano,sem problemas. Obrigados a aceitaresta questão e como não temos calen-dário organizado, nossa cúpula vio-lenta a vida dos clubes, leva-os afantásticos prejuízos e, confundindo aSeleção com falsos interesses patrióti-cos, o resto que se dane. Aqui tam-bém a ostensiva ingerência do poderpúblico se manifesta, e os cartolascorrem a Brasília para entregar tudo.Nada como uma boa aproximação,principalmente com a área dos nego-cios.

Deixa isto pra lá. Assim é a natü-reza. O jogo do Uruguai e da Françase realizou sem problema algum paraeles.

A Copa do México também serárealizada no verão europeu com to-dos os clubes em férias. Nós, aqui,teremos de parar tudo e os clubesbrasileiros fatalmente serão mais pre-judicados. Tudo isto porque o mundose divide em dois hemisférios.

Sócrates tenta evitar queseu caso acabe no Tribunal

América acerta trocae fica com Mendonça

América e Palmeiras concretizaram ontem a trocapor empréstimo de Moreno por Mendonça até o fim doano. Moreno viajou para São Paulo, em companhia do seuprocurador e de um funcionário do América, que levoutoda a documentação do jogador para que o Palmeiraspudesse inscrevê-lo na Federação Paulista até o fim doexpediente. Os jogadores não tiveram os passes fixados.

Muller, apoiador do Internacional que estava noJuventus do São Paulo — outro reforço que o Américaconseguiu — acertou as condições do seu contrato e iniciouo.s exames médicos. Ismael, lateral-direito do Corintians.pode ser o próximo contratado do América. Os entendi-mentos já foram iniciados e podem ser concluídos nestefim de semana.

Botafogo na ÁfricaAbidjã, Costa do Marfim — O presidente do Botafo-

go. Alternar Dutra de Castilho, está tentando antecipar avolta da delegação ao Brasil. Assim, o técnico Abelganharia mais um dia para preparar o time para a estréiano Campeonato Estadual, domingo da outra semana, emCampos, contra o Goytacaz.

Alternar está tentando conseguir lugar num vôo deAbidjâ para Paris, após o jogo de amanhã contra a Seleçãoda Cosia do Marfim, último amistoso do Botafogo noexterior. Se isso acontecer, a delegação amanhecerá noRio na madrugada de terça-feira e Abel poderá iniciar ostreinos no dia seguinte.

Florença, Itália — Sócrates não jogará nemna Fiorentina nem na Ponte Preta, segundo seuadvogado, José Abud, depois de uma série deencontros nesta cidade, com dirigentes dos doisclubes. Abud deve encontrar-se hoje com opresidente da Fiorentina, Ranieri Pontello, masapenas para tentar evitar que o caso entre ojogador e o clube italiano chegue aos tribunais.

O presidente da Ponte Preta, Carlos Vac-chiano, que também está em Florença. pareceter decidido de uma vez a questão: ele disseontem que Sócrates não jogará no seu clubeporque não há tempo para concretizar a transa-çáo (o prazo para inscrição no CampeonatoPaulista terminou ontem) e mesmo porque opool de empresas que traria o jogador de voltaao Brasil já se dissolveu.

O impasse está criado. Para a Fiorentina, ocontrato de Sócrates terminou no último dia 8.quando ele assinou um documento abrindo mãodos 400 mil dólares (cerca de Cr$ 2 bilhões 800milhões) quc o clube lhe devia para facilitar sua

transferência para a Ponte Preta. O problemaagora é que a Ponte Preta não tem dinheiro parapagar o passe de Sócrates e muito menos parapagar o que o jogador exige para assinar contra-to com o clube de Sáo Paulo.

A Fiorentina cobra da Ponte Preta 100 mildólares (cerca de CrS 700 milhões) e mais umjogo da Seleção Brasileira na Itália com rendapara o clube italiano.

Para o advogado de Sócrates, José Abud, ocontrato do jogador com a Fiorentina ainda estáem vigor, já que não se concretizou a transferên-cia para a Ponte Preta. No entanto, ele aindatem esperanças de resolver o assunto com aFiorentina sem que as duas partes precisemrecorrer ao Tribunal.

Em São Paulo, ontem, jornais e emissorasde rádio e televisão tentaram localizar Lucianodo Vale, que organizou o pool de empresas paraa contratação de Sócrates pela Ponte Preta, masele náo foi encontrado.

Júnior defende os brasileirosRoma — O meio-campo Júnior, um dos

brasileiros que se adaptaram perfeitamente àvida e ao futebol italiano, disse em entrevista aoCorriere dello Sport, desta cidade, que

''o malincurável que sofrem os jogadores brasileiros sechama saudade, mas não se deve julgar todos osmeus compatriotas da mesma maneira".

Júnior, chamado pelo jornal de "o últimogrande brasileiro que permanece na Itália",rebateu a acusação de que a maioria de seusconterrâneos fracassou. "Náo fracassou Falcão,nem fracassou Zico. por exemplo", disse Júnior."Falcão levou o Roma a um campeonato quenão conquistava há muitos anos e Zico fez umaprimeira temporada primorosa, encantando opúblico e a torcida. Não é brincadeira marcar 19gols numa temporada jogando pelo Udinese".

Falcão aplaudido

Mais de 300 torcedores do Roma foram aoaeroporto paia aplaudi) Paulo Roberto Falcão— e ao mesmo tempo gritar ofensas contra o

presidente do clube. Dino Viola — quando ojogador chegou a Roma para buscar algunsobjetos em seu apartamento. Falcão vai devol-ver o apartamento ao clube, mas tratará dearrumar outro para ele, pois pretende manteruma moradia na cidade que ainda o consideraum ídolo e na qual espera realizar alguns pro-jetos.

— Não quero mais jogar pelo Roma, masfiz muitas amizades aqui e gosto mesmo dessacidade. Espero voltar sempre que puder.

O Campeonato Italiano começa no outrofim de semana, dia 1" de setembro, e possível-mente náo contara nas primeiras rodadas comduas dc suas principais atrações, o italiano PaoloRossi e o argentino Diego Maradona. Rossisofreu uma contusão grave no tornozelo esquer-do e está ameaçado dc ficar inativo cerca de doismeses, Maradona já pensou até em operar omenisco, mas os médicos acham que sua contu-são náo é tão grave assim e por isso nãoprecisará de cirurgia.

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JORNAL DO B|íJ. J% %ã_3 i ifl Jr\ ^1 I Bi

Rio de Janeiro — Sábado, 24 de agosto de 1985

Recife/ Foto de Natanael Guedes

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Ariano Suassunareexamina posições eescolhe a esquerda

Suassuna: "Amonarquia aca-bou. Só restou

a esquerda."

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— "O incidente estáencerrado. Estou quite com avida. É inútil passar ern revista

as dores, os infortúnios e os erros recípro-cos. Sejam felizes." Com esse bilhete queo poeta russo Maiacovsky escreveu antesde se suicidar, em 1930, o escritor parai-bano Ariano Suassuna encerrou, meioséculo depois, em 1981, a carta, publica-da no Diário de Pernambuco, com a qualse despedia da literatura e da política."Talvez

pareça contraditório, mas sintoque somente me isolando ainda podereifazer algo pelo meu povo" — dizia entãoAriano.

Ontem, quatro anos depois, ArianoSuassuna, 57, seis filhos, recebeu a im-prensa em sua casa colonial, no bucólicobairro recifense de Casa Forte, para co-municar que rompeu com esse isolamen-to voluntário. Por enquanto, quebra ape-nas um dos silêncios—o político—a quese entregara: anunciou seu apoio à candi-datura, à Prefeitura do Recife, do Depu-tado federal Jarbas Vasconcelos (PSB).O silêncio literário vem sendo quebradoem surdina: segundo os amigos, ele estáescrevendo um novo livro.

Natural da cidade paraibana de Ta-peroá, Ariano Suassuna sempre defen-deu a monarquia, perpetrada com todasas letras em seus livros e peças teatrais.Isso ficou mais presente no seu últimotrabalho — A Pedra do Reino —, no qualo príncipe Quaderna é o símbolo de umpoder imperial para o Brasil, do ponto devista do escritor.

Camisa clara, calça bege de algodão,sandálias franciscanas e os cabelos bran-cos bem mais pronunciados, Ariano afir-ma agora, no conforto de uma cadeira debalanço, que, após um longo processo deauto-analise que qualifica de "doloroso",mudou sua posição política.

O Quaderna — comparou — seconsidera, na Pedra do Reino, um monar-quista de esquerda. A monarquia paramim acabou. Só restou a esquerda.

Para mudar da monarquia para aesçjuc y , * riar.o diz que não recorreu ;ipsicólogos ou psiquiatras — "sertanejo _avesso a essas coisas" — e se recusa aadmitir que exista agora um novoAriano.

Minha postura política não mu-dou. Sempre defendi para o Brasil umGoverno nacionalista e popular. Eu apenas errei porque achava que o problemanacional poderia ser colocado acima doproblema da direita e da esquerda, até

que descobri que todos os políticos dedireita terminam contra o povo e pró-capitalistas.

Sobre a Nova República, o escritor,que tem mantido nos últimos anos umconvívio constante com o ex-GovernadorMiguel Arraes — moram na mesma rua eas casas ficam defronte uma da outra —,disse que a considera "semivelha", masmantém-se numa posição de "expectativae confiança, afinal" — acrescenta —"trata-se de um regime de transição ecomo tal tem coisas com as quais concor-do e outras de que discordo".

O escritor acredita que Jarbas Vas-concelos — "apesar de ser da classedominante como eu, e nós nos acostuma-mos a morar bem e achar natural que namesma rua pessoas passem fome" —possa, apoiado por Miguel Arraes "e

pelas outras forças identificadas com opovo", mudar coisas, fazendo uma admi-nistração com real participação popular.

Ele acha que em Pernambuco a elei-ção de 1985 será uma das mais impor-tantes do país" e acredita que, se JarbasVasconcelos vencer, "o Recife estará navanguarda das mudanças de que o Brasilprecisa para ir ao encontro de um Gover-no verdadeiramente nacional e popular".

NA

entrevista, o escritor, mes-mo ura pouco acanhado pelapresença de câmeras de televi-

são, respondeu a tudo que lhe foi pergun-tado. Não se furtou a explicar por que semanteve em silêncio e por que decidiuvoltar a falar. Deixou claro, porém, quenão tomou posição definitiva em nenhumdos casos: "Não fiz votos perpétuosquando comecei a escrever nem tampou-co quando deixei. Na carta que escreviem 81, deixei claro que se houvessenecessidade não me omitiria do ponto devista político, e é o que estou fazendohoje.'r

Explicou que entende seu amor pelamonarquia em função do choque quesofreu na revolução de 1930, quando opai foi assassinado e Ariano tinha apenastrês anos (João Suassuna era Governadore teria sido assassinado pela AliançaLiberal).

— Naquela época meu pai era com-batido, assim eu entendia, porque per-tència à área rural, conservadora para osque defendiam uma política mais urbana.Na revolta eu reagi de uma forma asupervalorizar o rural e o conservador, e,na minha mente, vinculava a figura doImperador à de meu pai, que eu haviaperdido e cuja imagem estava tão presen-te na minha memória.

A decepção maior com a monarquiaAriano a teve, segundo afirmou, ao per-ceber que os imperadores podem ficarcontra o povo, vinculando-se à direita.

Essa conclusão eu tirei sem termuita consciência do que estava ocorrer»-do. Em agosto de 81, por exemplo,quando escrevi aquela carta, poucos diasantes tinha morrido D Pedro Henrique eeu soube que o herdeiro do trono brasi-leiro era um príncipe ligado à TFP. Hojeé que percebo que a minha decisão deparar estava vinculada àquela informa-ção, que para mim surgiu como umagrande decepção.

Capaz de defender a monarquia aténo tempo do autoritarismo — chegou achocar o ex-Presidente Mediei, conda-mando à volta da monarquia na frente doPresidente, durante um concerto da Or-questra Armorial, que fundou —, Arianonão sabe ainda se essa sua postura deesquerda o levará aos palanques na elei-ção de Prefeito.

Eu náo sei se vou participar doscomícios. Acho que não sei falar emcomícios.

Há mais de um mês ele já vinhadizendo à família que estava disposto asair do isolamento para apoiar JarbasVasconcelos. O Dia D, porém, surgiu aovisitar o quase moribundo Bispo Auxiliarde Olinda e Recife, Dom José Lamarti-ne, que faleceu na semana passada.

Ontem, ele pediu aos repórteres paraparar um pouco quando falava de DLamartine — "eu fico muito emociona-do" — e, contendo as lágrimas que aindachegaram aos olhos, explicou que o Bispode certa forma lhe cobrou o retiro aomostrar-se, na véspera da morte, "mes-mo agonizante", de forma "lúcida, cora-josa e participante".Ele me cobrou, eu senti, e comojá estava com vontade de falar e haviaprometido não me omitir, resolvi meposicionar.

Ariano faz segredo sobre a formacomo se encaminhará sua produção lite-rária daqui para frente — "hoje eu só oschamei para falar de política", descon-versou — mas os quadros que ornamen-tam a sala principal de sua residência, e

3ue foram pintados por ele este ano,

emonstram que até agora a política nãotem tido muita interferência na arte: osquadros ainda conservam brasões, onças,cavalos, cactos e sóis muito coloridos,como é a realidade nordestina vista peloslivros do escritor até agora.

Ele fez, porém, uma ressalva, paramanter o snspense: "Estes

quadros foramna realidade pintados este ano, mas jáestavam desenhados há muito tempo".

ntre seu talento invulg-r e sua pers-iiaM-de ivao sa o que mais admiro"

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* * *Em Paquetá não há Corpo de Bombeiros.

Roda-VivaVera e João de Souza Campos foram anfitriões

anteontem de um elegante e bonito jantar cujomotivo era festejar o aniversário de Maria Inês Piano,que recebeu os cumprimentos com Jorge ao lado.Mauro Salles reaparecendo na noite do Rio à frentede uma mesa de amigos no jantar do Antonino.

Antes de voar de volta a Paris, dia 6 de setembro.Flora de Morgan-Snell recebe no dia 28 os amigospara um grande cocktail-supper de despedidas.

Na noite do Gaf, em Brasília, antigo reduto dareação, o Ministro José Hugo Castelio Branco.

Desde ontem no Rio, para dois meses de férias,Gracinha e Sérgio Mendes. Nada dc show. A intençãoé só descanso e talvez a gravação de um disco.

Na noite do Tarantella de Brasília, um ttto formadopelo Ministro Aluizio Pimenta, o presidente da Funar-te, Ziraldo Alves Pinto, e Grande Otelo.

O pianista Arnaldo Cohen engrenando uma tour-née pelas principais capitais brasileiras. Ao Rio cabe-rá a noite do dia 2, no Teatro Municipal.

Heloísa Severiano Ribeiro de Castro lança em breveo seu primeiro livro de poesias, É Assim que ConheçoVocê.

Fernanda Basto foi anfitriã ontem de um grandealmoço de mulheres.Bebei Veiga e Eduardo Gomes (leia-se Blue 4)

estão mostrando a sua moda, vestida por Xuxa, naNational Fashion and Boutique Show, no New YorkColiseum, a mais importante feira de moda dosEstados Unidos.

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JORNAL DO BRASIL sábado, 24/8/85 o CADERNO B o 3

Longo alcance

É muito mais longo do que se imagina o alcance da compra daTV Monte Cario pela TV Globo.

Com sua sede na Itália, as transmissões da TV Monte Carlnalcançam no momento o norte deste pais e o sul da França.

Já se sabe. porém, que o Governo socialista do PresidenteFrunçois Mitterrand está disposto a criar, mediante concorrência,concessões para a instalação e funcionamento de quatro canais detelevisão privados, o que seria inédito na França, onde a TVsempre foi controlada pelo Estado.

,4 ssim sendo, é praticamente certo que um desses canais caiba àTV Monte Cario — no caso, TV Globo — que ampliaria assim nalcance de suas transmissões para a Europa inteira.

+ * *Em miúdos: a TV Globo ingressaria na Eurovisào.

Bye-Bye

BrasilÉ possível que o Embaixador

dos Estados Unidos, DiegoAsencio, encerre prematura-mente a carreira diplomática.

Asencio, que tem apenas 54anos, teria escolhido Brasíliapara seu último posto na carriè-re. disposto a trocá-la pela vidaacadêmica.

Assim, quando encerrasse alio seu período regressaria aosEstados Unidos onde, ao queconsta, assumirá a reitoria deuma das principais universida-des americanas.

PDT em

festaConsta que. deixando de

lado seus hábitos frugais, oGovernador Leonel Brizolaespocou anteontem váriasgarrafas de champagne porvolta das nove da noite.

Não conseguiu reprimirsua alegria diante do fracas-so do programa na TV doPMDB.

# » *Se ele há dias ainda não

sabia exatamente onde esta-va o seu adversário na cam-panha pela Prefeitura doRio, agora já sabe pelo me-nos onde ele não está.

Revisão geralDepois da mobilização de Oscar Niemeyer para a recuperação

de Brasília, estará aterrissando na Capital dia 9 de setembro,também a chamado do Governador José Aparecido de Oliveira, opaisagista Burle Marx.

Em seguida, em data ainda a ser marcada, voará para lá ourbanista Lúcio Costa. ? * *

José Aparecido está promovendo o que, em automóvel, sechama revisão geral, justamente quando a Capital completa seus25 anos.

O susto de Lyra

Embora náo o confesse publicamente, oMinistro Fernando l.vra levou um peque-no susto quando recebeu a lista de 50nomes que compõem a chamada Comissãoda Constituinte.

Pode-se mesmo di/.er que levou umsusto de 20%.

Afinal, do total de 50 nomes pelo menosdez ele ignorava que faziam parte darelação.

Dois motivosO Presidente José Sarney já fez saber

aos organizadores do Grande PrêmioBrasil que não pretende comparecer àmaior festa do turfe brasileiro, dia Io desetembro, no Rio.

Vai, assim, dar continuidade àantitradição iniciada pelo PresidenteFigueiredo, que apareceu no Jóquei pelaúltima vez em 1979.

A justificar a ausência de um e outro,motivos diferentes — Figueiredo deixoude prestigiar o GP Brasil por motivospessoais; Sarney, por falta de tempo.

¦ ¦ ¦

Com patrocínioO presidente da Crefisul, Sérgio Grego-

ry, foi o primeiro empresário a confirmarseu patrocínio à única apresentação, dia14 de setembro no Teatro Municipal, daFilarmônica de Viena, regida por LorinMaazel.

Comprou uma frisa por 300 ORTNs.Devem seguir seu exemplo outros 54

empresários cariocas — o que possibilitaráa vinda ao Rio da orquestra.

Três dias depois, no mesmo palco, seráa vez do Concertgebouw de Amsterdamtocar para o público carioca.

O tour de force pelo patrocínio deveráser repetido em idênticas condições.

Zózimo

Adalberto Diniz

Solange,Ana Mariae MariaAliceMedina, estaúltima aanfitriã, jáque sefestejava oaniversáriode seumarido, oempresárioRobertoMedina

Só vai dar BrasilEstá concluído, assinado e sacramentado o contrato

que permitirá à poderosa cadeia de department storesBloomingdale's— 14 lojas em todos os Estados Unidos— dedicar três semanas de suas vitrines e seções aoBrasil.

A partir do dia seguinte ao Natal, 26 de dezembro,todas as Bloomingdale's se cobrirão de verde e amarelopassando a expor e vender artigos brasileiros dos maisvariados tipos — sapatos, cosméticos, comida, artigosde couro, malas, bijuteria e moda de todos os tipos, dojeans e t-shirts a roupas mais habilites.

* * *A primeira leva de compradores da famosa cadeia de

lojas estará chegando ao Rio na próxima terça-feira,instalando-se no hotel Caesar Park.

Ao grupo se sucederão outros, semanalmente, cadaum dedicado a um setor específico da produção brasi-leira. * * *

Durante as três semanas da promoção, pelas mãos daBloomingdale's, cuja verba destinada à publicidade éenorme, os americanos só lerão, verão e ouvirão falardo Brasil.

Conselho de amigo• A partir deste fim de semana, oPresidente José Sarney acrescentauma novidade aos seus hábitos pas-sando a fazer caminhadas diárias ematinais de 30 minutos pelos jardinsdo Palácio da Alvorada.

Relax"O ex-Ministro Abi-Ackel, assim que

assentar a poeira do affair que o liga aocontrabando de pedras preciosas, deverátrocar por uns dias Belo Horizonte porAngra dos Reis.

Deixa as águas escuras da Pampulhapelas águas cor de turmalina de Angra.

• Não se trata de uma súbita atraçãopela atividade esportiva ou qualquerexcentricidade.

• É conselho médico mesmo.

DesastreO programa do PMDB mostrado an-

teontem em cadeia de TV foi tão ruim,mas tão ruim, que levou a dissidência dopartido à loucura.

Segundo o Vereador Sérgio Cabral, osdissidentes estão pensando seriamenteem exigir o direito de resposta.

Bom negócioDepois de colocada à venda há mais de um ano, vai

finalmente mudar de mãos a aprazível Ilha Redonda,em Angra dos Reis, pertencente ao coiffeur Jambert,que ali montou uma verdadeira reserva ecológicapovoada de pássaros e bichos de toda espécie ecolorida de plantas e flores.

Jambert a está passando adiante pelo equivalente a500 mil dólares.

A vez das motosO Detran já oficiou a todos os Batalhões de Trânsito da

PM recomendação pedindo providências para a fiscalizaçãocom rigor da obrigatoriedade do uso de capacetes pelosmotociclistas.

Começa na segunda-feira uma blitz que, entre suasinfrações, inclui a apreensão da carteira de habilitação.* * *

Por falar em blitz: a guerra aos estacionamentos irregula-res no centro da cidade completou ontem 60 dias úteis, comum total de 5 mil automóveis rebocados e outros 7 milmultados.

E náo tem planos de parar por aí.Zózimo Barrozo do Amaral

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Page 27: fIwÊ - Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca ...

4 o CADERNO B o sábado, 24/8/85 JORNAL DO BRASILHOJE NO RIO Os melhores programasestão indicados i>

«s lecomendaçftes sáo de Wilson Cunha (Cinema) Macksen I uií (Teatro)Duna Aragão (Show). Wilson Coutinho lAnes Plásticas). Antônio Faro IDança).luir Paulo Horta (Muscai e Flora Sussekind (Crianças)

CINEMAPré-estréiaMIA»-.. O RUME (BrazS). de Teny GiHiam. ComJonathan Pivco. Robert de Niro, Katherine Hetmood. lanHolm. Bob Hoskins e Michael Pahn Hoje. ãs 21h30min.no Pslècio-1 (Rua do Passeio. 40). (16 anos). Com somdolby-stereo.

Comédia de humor negro realizada por um doaintegrantes do grupo inglês I

EstréiasVERÃO ASSASSINO (Ltté Maurrtsr) de Jean Bec-ker Com Isabette Adjani. Alain Souchon, Suzanne Flon,Janny Cleve e Michel Galahru. Studio Gaumont-Copacabana (Rua Raul Pompéia. 102 — 2478900).Studio Gaumont Catau (Rua do Catete. 228 — 205-7194): 14h. 16h30min. 19h. 21h30min. (18 anos).

Uma mulher, bela e arrogante, perturba, comsua beleza, a serenidade de uma cidade da provin-cia. Ela conhece um jovem garagiata e bombeiro quese apaixona por ala. Entre os dois começa umrelacionamento marcado por um mistério que estáligado ao passado dele e de sua familia. Produçãofrancesa.

O FEITIÇO DE AOIMA (lady Hewke). de RichardDonner Com Matthew Broderick. Rutger Hauer. Mi-chelte Pfeiffer. Leo McKem. John Wood e Ken Hutchi-son. Paléclo-1 (Rua do Passeio. 40 — 240^641): 14h.16h10m, 18h20m. 20h30m. Hoje. não será exibida aúltima sessão. Had (Av. Copecabena. 945 — 236*245):de 2» a 6», às 16h. 17h10m. 19h20m. 21h30m. Sábado edomingo, a partir das 17h10m. Tijuca (Rua Conde deBonfim. 422 — 2644246) Maduiclra-2 (Rua Dagmar daFonseca. 54 —390-23381: 14h30m. 16h40m. 18h50m.21h. Bane-3 (Av. das Américas, 4.666 — 325*487):15h. 17h10min. 19h20mm. 21h30min. Pando (CampoGrande) 15h. 17h10m. 19h20m. Som dolfay-etano emtodos os cinemas exceto no I(Livre).

Uma história de amor passada na Idade Média,época de magias e aventuras. O Bispo d* Aqulla.psra se vingar da mulher que o desprezara, transfor-me-a em um tateio e ao aeu amado em um lobo.Assim amaldiçoado» elas nunca podiam encontrar-ae, mas, para quebrar o feitiço, contam com a ajudada um ladrto fugitivo da prisào. Produção inglesa.

AVENTUREMOS DA FORTUNA (Las Morfalousl deHenri Verneuil. Com Jean-Paul Belmondo. Mane Lato-ret. Michel Constantin e Michel Creton. Ópera-1 (Praiade Botafogo. 340 — 266-2645). Rfo-Sul (Rua Marquêsde Séo Vicente. 52 — 2744532): 14h. 16h, 18h. 20h,22h. Tljiica Palaca 1 (Rua Conde de Bonfim, 214 —2264610): 15h. 17h. 19h, 21h. Palitlo 2 (Rua doPasseio. 40 — 2406541): 13h30m, 15h30m. 17h30m,19h30m. 21h30m. Alt-Cwashoppliiy 1 (Av. Alvorada.Via 11. 2.150 — 3256746): 14h. 15h50m. 17h40m.19h30m. 21h20m. (16 anos).

Hime de aventuras ambientado na Tunísiaocupada pelos aleméos, am 1943. Um grupo dequatro mercenários da Legião Estrangeira — osMcrialoue — recebe como missão resgatar umaenorme quantidade em dinheiro. Produção francesa.

Continuaçõesr*vA HKTÚRM SEM RM (The Ne—anühm Sto-S^ry). de WoHgsng Petersen. Com Barret Oliver,GemkJ McRaney. Drum Garrett. Darryl Cooksey e Nicho-Ias Gübert. Udo-2 (Praia do Flamengo. 72): 14h.15h50min. 17h40min. 19h30min. 21h20min. América(Rua Conde de Bonfim, 334 — 2644246): 14h20min,16h, 17h40min. 19h20min. 21h. (Livre)

Um menino de dai anoa, dcfto o carente, refu-gis-se em uma livraria para fugir da perseguição deseus colegas. Lá, ala fica fascinado por um livro quase intitula A Msttria Sem Rm a através da sualeitura entra am contato com um pais chamadorswssis e com ums forma misteriosa chamada ONida. Produção americana.¦ Dando sua resposta européia eo universo da

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Um engenheiro elétron!oo sem sorte a da cerrai-ra instável começa a testar um invento a ser usado

J—l__L4

num tanque do Exército. 0 escolhido para fazer oteste é um tenente que, de repente, encontra-se nomeio de um conflito internacional, quando o tanquecomeça a falhar em tudo. Comédia americana.ESCOLA DA DESORDEM (Teachera). de Arthur Hiller.Com Nick Noite. Jobeth Williams. Judd Hirsch. RalphMacchio. Allen GartiekJ e Lee Grant. Largo do Macha-do 2 (Largo do Machado. 29 — 205-6842): 14h. 16h18h, 20h, 22h Até quarta. (16 anos).

Comédia dramática sobre uma escola públicaamericana a as relações entre pais. alunos e profes-sores. Entre brincadeiras inocentes e brigas sériasentre alunos, a escola tem ainda que enfrentar umprocesso movido por um ex-aluno. Produção ameri-cana.

i-*^ 1984 (1984). de Michael Radford Com John Hurt.S^Richaid Burton e Suzanna Hamilton Bruni-Ipanema (Hua Visconde de Pirajá, 371 — 521-4690),Opare-Z (Praia de Botafogo. 340 - 266-2545): 14h. 16h,18h, 20h. 22h. Bnim-Tijuca (Rua Conde de Bonlim. 370— 268-2325). Art-Casashopping 1 (Av. Alvorada. Via11.2.150— 3250746): 15h. 17h, 19h. 21h. (16 anos).

Ficção baseada no livro de George Orvvell queapresenta o mundo dividido em troa poderososEstados totalitários e seus cidadãos completamenteobedientes e controlados pelo chefe — 0 GrandeIrmão. Nesse ambiente, atá o amor é proibido e opersonagem principal do filme tem sua vida comple-tamente transtornada a partir de seu relacionamentoafetivo com uma mulher. Último filme de RichardBurton. Produção inglesa.¦ Preciso, econômico, essencialmente cinemato-

gráfico, o filme de Michael Radford recrie, comincrivel fidelidade, o clima e discussão propostospor George Orwell. O destaque especial para asatuações de John Hurt e Richard Burton.AMOR A PRIMEIRA VISTA (FaHing in Love). de UluGrosbard. Com Robert de Niro. Meryll Streep. HarvevKeitel. Jane Kaczmarek. George Martin e David Clervnon. Comodoro (Rua Haddock Lobo. 145 — 264-2025):15h. 17h, 19h.2lhBarra-1IAv. das Américas. 4.666 —3256487). Veneza (Av. Pasteur, 184 — 295-8349): I4h,16h, 18h, 20h, 22h. 114 anos].

Uma história de amor que se desenvolve emcircunstâncias platônicas. Uma mulher casada comum médico famoso e um arquiteto casado e dedica-do aos filhos encontram-se casualmente numa livra-ria e, a partir daí, o destino coloca-os f reqüentemen-te um em frente ao outro até que chega o momentoem que tém de decidir se estão apaixonados osuficiente para mudar com sua antiga vida. Produ-ção americana.

r*v AMADEUS (Amadeus), do Milos Forman. Com F.S^Murray Abraham, Tom Hulce. Elizabeth Berridge.Simon Callow. Roy Dotrice e Christine Ebersole. SáoLuh-2 (Rua do Catete. 307 — 285-2296): Lahion-1 (Av.Ataulfo de Paiva, 391-239-50481: 15h. 18h. 21h. Todosos cinemas com som dolby-stéreo. (10 anos).

Rime baseado na peça de Peter Schaffer apre-sentando a vida do genisl compositor austríacoWolfgang Amadeus Mozart, segundo as memóriasde seu mais terrível rival Antônio Salieri, acusadopor muitos de tê-lo assassinado. Produção amarica-na. O filme ganhou oito Oscara esta ano: melhorfilme, melhor ator (F. Murray Abraham), melhordiretor da arte, melhor figurino, melhor diretor,melhor som, melhor roteiro e melhor maquilagem.¦ Teatro, cinema, ópera: Milos Forman mistura,

diabolicamente, todos asses elemento* oferecidospala idéia original da Peter Schaffer para, apoiadopor inatocáveis cuidados de produção a desempa-nho do elenco, realizar uma verdadeira obra-prima.Visão obrigatória a qualquer faixa da público.MMHAB DUAS MULHERES (MkU » Maude). deBleke Edwards. Com Dudley Moore. Amy Irving, AnnReinking. Richard Mulligan, George Gaynes e WallaceShawn. Copsr-Tfcica (Rua Conde de Bonlim, 615):14h30min, 18h40min. 18h50min, 21 h. Bruni-Cepacabena (Rua Barata Ribeiro. 602 — 2564588):15h. 17ht0m. 19h20m. 21h30m. Art-Sáo Conrado-1(Estrada da Gávea. 899 — 322-1258): 15h15min.17h25min. 19h35min, 21h46min. (18 anos).

Um homem mentem um casamento feliz comuma advogada, enquanto tem um caso com umavioloncelista. Ele quer desesperadamente ter umfilho a casa-se pela sugunda vez ao descobrir que anamorada está grávida mas, para sau aspsnto, aprimeira mulher fica grávida também, o que lhe trazuma série de oonfusões. Comédia americana.

rKABAS DA UBERDADE (BMyl. de Alan Parker.S^Com Matthew Mod™. Nioolas Caga. John Har-kins. Sandy Baron. Karen Young e Bnjno Kiiby. Udo-1(Praia do Flamengo. 72): 16h. 17h10min. 19h20min.21h30min. (16 anos).

O filma mostra relação entre doie amigos, umdeles psicologicamente petturbedo, Inaiatlndu em ae

comportar como um pássaro. Completamente desli-gado da realidade, ale tenta voar e cada vez mais seisola do mundo. O filme ganhou o prêmio especialdo júri no último Festival de Cannes. Produçãoemeriesne baseada no livro de William Wharton.

Quando a câmara de Alan Parker alça vôo pelasruas da uma cidadezinha da Filadélfia, concedendoao espectador a graça sempre negada à persona-gem-tHuh, temos um dos momentos da mais aftavoltagem cinematográfica da temporada. Um filmebelo e sensível.A DAMA DE VERMEUW (The Woman in Red) deGene Wilder. Com Gene Wilder. Charles Grodin. JosephBologna. Judilh Ivey. Kelly Le Brock e Gilda Radner.Cândido Mandes IRua Joana Angélica. 63 — 227-9882). Jóia (Av. Copacabana. 680): 14h. 16h. 18h. 20h22h. (14 anos)

Comédia sobre adultério. Um marido tido comoexemplar fica completamente louco ao conhecer aoacaso uma modelo lindíssima. Conquistar essa mu-lher passa a ser uma obsessão, mesmo que tenha depassar por uma série de cômicos dificuldades. Pro-dução americana baseada no filme O Doca Perfumado Adultério, de Yves Robert. Vencedor do Oscar deMelhor Canção Original—IJuet CaNed to Say I LovaVou, de Stevie Wonder.

r*v HANNA K. (Heme K.I. de Cost»Gavras. Com Jill¦v^Clayburgh. Jean Yane. Gabriel Byrne. MohamedBakri e Oded Kotler. Cinema-1 (Av. Prado Júnior, 281):15h30min. 17h30min. 19h30min. 21h30min. (16 anos).

Uma judia americana, mas de origem polonesa,separa-se do marido e vai morar em Israel onde preten-de terminar seus estudos de direito. Lá, ela acaba seenvolvendo oom um procurador da Justiça, que secoloca contra ela vendo-a defender a causa palestina.Coproduçâo franco-itakwlemà.

Com a eficiência narrativa, a segurança no doml-nio de imagens que vem marcando sua polêmicafilmografia, Costa-Gavras abre nova trincheira. Des-te vez é a questão palestina, vista através da crise daidentidade de ums mulher, Hanna K. No elenco valedestacar Jill Clayburgh no papel-tltulo.

r*vUM HOMEM UMA MUIHBL UMA NOITESMOeir da Femme). de Costa<3avras. Com YvesMontand. Romy Schneider, Romoto Valli, üla Kediova eHeinz Bennent. Paissandu (Rua Senador Vergueiro. 35

265-4653): 15h30min. 17h30min. 19h30min.21h30min. (14 anos).

Um homem encontra por acaso uma mulher e oencontro mostra-se revelador pare os dois. Ambosestão passando por um momento difícil, det roman-do-ee com a morte de pessoas queridas. Ele, com osuicídio da mulher e ela, oom a morte acidental dafilha. Produção francesa.

CostohGavms — responsável por filmes aberta-mente políticos como Z ou A Confissão — realizauma obra de võo existencial. Yves Montand e RomySchneider apresentam pungentes desempenhos co-mo suas angustiadas personagens.ESP&HO DE CARNE (Brasileiro), de Antônio CarlosFontoura. Com Hileana Menezes. Dênis Carvalho, MariaZilda. Daniel Filho. Joenna Fomrn e Moacir Deriquem.Sáo Luiz 1 (Rua do Catete. 307 — 285-2296). Copaca-bana (Av. Copacabana, 801 — 2550953), Labion-2 (Av.Ataulfo de Paiva. 391 — 239-6048): 14h, 16h. 18h. 20h,22h. Odeon (Praça Mahatma Gandhi, 2 — 220-3835),Carioca (Rua Conde de Bonfim. 338 — 228-8178):13h30min. 15h30min, 17h30min. 19h30min, 21h30min.Impe»atui (Rua Dias da Cruz. 170 — 249-7982), Madu-raka-1 (Rua Dagmar da Fonseca. 54 — 390-2338),«arie (Rua Uranos, 1.474 — 230-2666): 15h. 17h. 19h.21 h. Barra-2 (Av. das Américas, 4.666 — 3256487): de2"a6».ás14h. 16h, 18h,20h.22h.Sábadoedomingo.spertir des 16h. (18 anos).

Um jovem executivo compra em um leilão umespelho att-dáeo que pertencera eo Palácio dosPrazeres, uma antiga casa de prostituição. O espelhoé colocado no quarto do casal e, estranhamente,começam a se romper todas as barreiras de ordemmorai, cultural a psicológica entre es pessoas quefreqüentam a casa.RAMBO I: A MBSAO (ftambo: Hnt Wood Part i).de George P. Cosmatos. Com Sytvester Statlone. Ri-chard Crenna. Julia Nickson, Charles Napier e StevenBerkoff. Pathé Praça Floriano. 45 — 220-3135): de 2a a6», ãs 12h. 13h40min, 16h20min, 17h, 18h40min,20h20min, 22h. Sábado a domingo, a pertir das13h40min. Art-Copaoabana (Av. Copacabana. 759 —235-4895). Alt-São Contado 2 (Estrada da Gávea. 899

322-1268): 13h, 14h60min, 18h40min, 18h30min.20h20mm, 22h10min. Art-lfusa (Rua Conde de Bon-fim. 406 — 2644878). Alt Ceasatiop. Iim 2 (Av. Alvora-da. Via 11. 2160 - 3250748). Art Madurei! s (Shop-ping Center de Msduraira — 390-1827): 13h40min,16h30min, 17h20min, 19h10min. 21h. Paratodoe (RuaArquias Cordeiro. 3E0 — 281-3828): 14h20min. 16h.17h40min. 19h20min, 21h. Campo Grande (Rua Cam-po Grande. 880): 141). 17h40m. 21h10m (14 anos)

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UM SHOW OEVARIEDADES

Com o campeão daatardes de sábadoBarroe d» Alencar

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HOJE E TODOS OS SÁBADOS

Apresentação deRouxinol • Plácido Ribeiroi ____w\

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O MUNDO FANTÁSTICO DOSVEÍCULOS DE DUAS RODAS

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DESPACHANTESConsulte

284-3737CLASSIFICADOS JB

Conttnuaçõo das aventuras vividas pelo vetero-no da guerra do Vielnè, John Rembo. Desta vez, etee mandado de volta ao Vielnè para seguir a pista dosamericanos tidos como "desaparecidos em açáo" esaber ae foram mantidos como prisioneiros deguerra. Produção americana.

ReapresentaçõesCtASSKOS DO CMBWA HWNCÊS - Hoje A Nós aUherdade IA Nous le Uwrté). de René Clair. ComRavmond Cordv. Henri Marcharei. Rolla Franco e PaulOliver Cinedube Copes-Botafogo (Rua Voluntários daPátria. 88): 14h. 16h. 18h. 20h. 22h. (18 anos).

Sátira social que mostra dois fugitivos da prisãoque tomam caminhos distintos. Um deles torna-seum rico industriei e o outro trabalha como operárioem uma das fábricas do ex-companheiro. Este filmeinspirou Chaplin s realizar Tempos Modernos. Pro-dução francesa de 1931.

INDIANA JONES E O TBMPLO DA TCKXÇAO (Me-na Jonea and the Tempie ofi Ooom), de StevenSpielberg. Com Hamson Ford. Kate Capsshaw. KeHuyad Quan e Philip Stone. Metro Boavista (Rua doPasseio. 62 — 240-1341): 14h30min. 16h40min,I8h5ümin. 21h. Largo do Machado-1 (Largodo Macha-do. 29 — 205€842): 15h. 17h10min. 19h20min.21 h30min. No Metro em 70mm. Nos dois cinemas comsom dolbv-atsrao. 114 anos)

Um dos triângulos amorosos mais celebras deHollywood. Em Buenoe Aires, s sedutora e imsistf-vel Gilda, casada com um milionário, apaixona-sepelo {ovem guarda-costas contratado pelo maridopara trabalhar em seus cassinos. Produçfto america-na em preto e branco.

AMORES ELETRÔNICOS (Betrie Draams). de SteveBarron Com Lenny Von Dohlen. Virgínia Madsen. Ma»-well Caulfield. Bud Cort e Alan Polonsky Corai (Praia deBotalogo, 3161: 14h, 16h. 18h, 20h. 22h (Livrei

Um jovem arquiteto resolve comprar umcomputador na tentativa de organizar sua vida. Logoele percebe que Edgar, o computador, está desen-volvendo personalidade própria, inclusive apsixo-nando-se pela sua namorada. Em ritmo de comédia,o filme mostra esse estranho triângulo amoroso: umhomem, uma mulher e um computador. Produçftoamericana.

Drive-In "__.-..__-_____—__.—ntiTuMiii inChertoum). de Jacques Demy Com Csthenne Deneu-ve. Nino Castetnuovo. Marc Michel e Anne Vemon.lagoa Drive In (Av. Borges de Medeiros. 1.426 — 274-7999): 20h. 22h30mm. Até smanttè. (Livra)

Uma históris de amor totalmema cantada a oomcenários supercotoridos. O flhne ganhou a Palme deOuro no Festival da Cannes.

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Brazil... oFilme, doMontyPythonTerryGilliam seráexibidohoje, empré-estréia,iniciando ahomenagemaos 65 anosda Fox

Nova aventura oom o heróipersonagem do filme Caoadoces diDessa vez. Indiana parte pera uma perigosa missão:encontrar centenas de crianças desaparecidas de umvilarejo nos oonfins da índia, raptadas por fanáticosreligiosos. Produção americana. Ganhador do Oscarde Melhores Efeitos Especiais.

HV PASSAGEM PARA A INOU (A Pssssgs tax-ir Mal. de David Lean. Com Dame Peggy Ashcroft.Judy Davis, James Fox, Alec Guiness. Victor Banenee eNigel Havers. Bristol (Av. Ministro Edgar Romero. 460— 391-4822): Alt MSisr (Rua Silva Rabelo. 20 — 249-45441: 15h. 18h. 21h (Livre).

Uma jovem e sofisticada inglesa vai até a Índiaacompanhada da futura sogra. Em contato com anova civilização, cheia de contrastes, seu comporta-mento desencadeia uma série de situações queculminam com o julgamento de um jovem medicoindiano. Baseado na obra homônima de E. M.Forster. Produção americana. Vencedor de dois Oe-car: melhor atriz coadjuvante e melhor trilha sonora.

a David Lean. o cineasta de Lawrenoe da Arábia aAa Pontes de Ato Kway. volta ao cinema após umafastamento de 14 anos a realiza um filma com aprecisão e requinte que sempre caracterizaram suaobra.

GILDA (Gude), de Charles Victor. Com Rita Hayworth,Glenn Ford. George MacReady e Joseph Calleia. Mee-mar (Av. Copacabana. 360 — 237-9932): de 2a a 6a. às1Bh30min, 17h30min. 19h30min. 21h30min. Sábado adomingo, às 14h, 16h, 18h. 20h. 22h (18 anos).

MatinêsSESSÃO COCA-COLA - Aa Aventuras da Hem PM— Lagoa Drive-In: às 18h30min. (Livre).

A DAMA E O VAGABUNDO-Barra-2: 14h. (Livre)

VídeoVfOEO-BAR — Exibição de a%» de mk e (an,intercalando as sessões, a partir ds 19h. No teüo, às20h: Plnk Ramingoe. com o travesti Divine. No telâo,às 22h: A Mght MMh Lou Read. No telto. às 23h: UvaAid (panes IV. V e VI). com The Who. Pat Metheny,Kenny Loggins, Prince, Madona. Duran Duran, TinaTumer. Lioriel Ritchie e outros. Hoje. no TV Bar Qub,Rua Teresa Guimarães, 92.

TMATURNBI EM CONCERTO-Shaw da cantoracom a participação de David Bowie o Bryan Adsms.Hoje. às I7he 19h.no Museu de tmegem e do Som.Praça Rui Barbosa, 1.VlDEO-ROCK — Exü»ç*o de Rslwbew Uva Betiissnthe Eyee.com a excursáo do grupo raakzsds em «963.Complemento: kon Malrlln. Hoja. às 14h, 16h, 18h,20h. 22h e meia^oite. na Sali da Vídeo CindidaMendes, Rua Joana Angélica. 63.

VlDEOS NO MKTURA RNA - Hoje, às 22h: OuranDuran com show ao vivo e J. GsNs Band. em vídeoclip. No Mstura Rna. Rus Garaia lyAvüs. 15.VÍDEOS NO MEIRÓrauS - Eidbiçto de Oe Oo'súltimo show do grupo no Oreek Theatre am los

CRIANÇASr*v RNÔQOIO—Direçàode Eduardo Tolentino Com*S o gmpo TAPA. Teatro Ipanema, Rua Prudente deMorais, 624 (247-9794). sáb. às 17h e dom. às 16h.Ingressos a CrS W mil.

Adaptação do folhetim de Collodi e um dosespetáculos infantis mais ousados dos últimos tem-pos, não só pela abundância de citações è conma-tua detfane, como pela tematizaçáo explicita damorte e pelo perfil pouco heróico da sau protago-nista.

ENSAIO W 2 — O PINTOR — Texto de LygiaBojungaNunes. Direção de Bia Lessa. Teatro do Seac daT___*. Rua Barào de Mesquita. 539 (208-5332). Sáb. edom., às 17h. Ingressos a CrS 15 mil e CrS 7 mil.crianças.

¦-N. APRENOC DE ffifflCBRO — Texto de MariaS^CIara Machado. Teatro TaMado. Av. üneu dePaula Machado. 795 (294-7847). Sáb. e dom., ès 16h e17h30m. Ingressos a CrS 10 mil.

Hemontagem tabladiana da peça com a qualMane Ciam Machado recebeu o Molrère de Drama-/urgia da 1969 a cujos jogos com crescimentosdesordenados de coisas a pessoas se tomam espe-cialmenta afiados graças ao tratamento musical deMárcio Trigo e cenográfko de Pedm Sayad.

r*v BETO E TECA—Texto de Volker Ludwig. Direção*Txsr do Renato Icarahy Com o grupo TAPA. Teatro doPlewetério. Rua Pe. Leonel Franca. 24012740046). Sáb.e dom., às 17h30min. Ingressos a CrS 8 mil. Até dia Iode setembro.

Retomada de Me* und Mim, texto do alemãoVolker Ludwig, montado originalmente pelo grupoGfUPS, que proporciona um belo exercício da enca-nação a interpretação realistas a Renato Icarahy,Felipe Martins, Jaim Lourenço e Vera Regina.

PROJETO CWANÇAS NO PARQUE - Apresentaçãodo shaw O Qua é Qua Tam Dentro? Direçéo de JoèoGomes do Rego. Direção musical de Rique Pantoja ecoreografia de Lene Brito. Parque Lage. Rua JardimBotânico, 414. Sáb. e dom., às 16h. Ingressos s CrS 10mil.

A COMÉDIA MUSICAL 008 8MURFS - Musicaladaptado e traduzido por Cora Ronel. Direção de AntônioGrassi. Direção musical de Tim Rescala. Coreografia deRicardo Bandeira. Orço Ttttany. Cidade Nova. Estácio(293-1924). 5» e 6". às 15h; sáb e dom às 15h e 18h.Ingressos a CrS 35 mil. preferencial nobre: a CrS 30 mil,preferencial numerada; a CrS 25 mil cadeira especial eCrS 15 mil. cadeira popular.

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PUM, O MUSICAL — Musical de Maria Lude PrtoNi aCristina Ramos. Direção de Lude Aiatsnha. Músicas deMauro Perelman. Caneca», Av. Venceslsu Braz. 215(295-3044). Sáb e dom. às 17h. Ingressos a CrS IS mu.crianças a CrS 20 mil, adultos.KHJPB — Texto de Carina Cooper a Geórgia Sodré.Direçào de Carina Cooper. Taalro _U Cidade. Av.Epitác» Pessoa. 1664. Sáb. às 17h a dom. às 16h.Ingressos s CrS 8 mil.OS SALTMBANCOC - Texto ds Sanjto BerdoW.Adaptação de Chico Buarque de Hoüands. Direçào dsJorge Coneia. Espetáculo de bonecos com o gmpoSalame Mingué. Taalro RM. Rus Álvaro Alvim, 55(240-1135). Sáb e dom. às 16h. Ingressos a CtS 8 mil.O MEWNO MALUQUNHO - Musicsl de Ziraldo.Adaptação e direçào de Demetrio Nicoiau. Teatro CasaGrande. Av. Afrânio de Melo Franco, 290 (23S4046).Sáb e dom, às 17h. Ingressos s CrS 10 mil.O PLANETA ULAS — Texto ds Ziraldo. Adaptação edireçào de Cartas Alberto Arruda. Com o grupo CanteConte. Taetro Delfin. Rua Humaitá, 275 (2664396).Sáb edom, às 17h30min. IngressossCrS 10 mil. Até diaIo de setembro.CEGONHA? QUE CEGONHA!. _ Texto de ManhiAlvarez. Direçào de Cláudio Torres Gonzaga. Com ogrupo Infinita Metragem. Teatro DaMm. Rua Humaité,275 12664396) Sáb. e dom às 16h. Ingressos a CrS 10mil.A CASA DE CHOCOLATE — Texto de Nezareth Rocha.Adaptação de Henrique Nunes. Direçào de WagnerLima. Teatro de Bolso Aurimsr Rocha. Av. Atsutfo dePaiva. 269 (239-1498). Sáb. e dom., às 17h30min.Ingressos a CrS 10 mil.ASTRO-FOllAS — Musical de Ana Luiza Job. Músicasde Antônio Adolfo. Paulinho Tapajós e Xico Chaves.Direçào de Lauro Góes. Taalro Arthur Aaavedo, RuaVitor Alves. 454. Campo Grande Sáb s dom. às 16 h. atédia Io de setembro.ZABADAN — Musical infanto-juvenil de Lúcia TV Ra-mos. Direçào de Sérgio Carvaüial. Taalro do Amértee,Rua Campos Sales. 118 Sáb e domoene Angélica. 63.Sáb. e dom., ás 17h. Ingressos a CrS 10 mil. Até dis Iode setembro.ALÉM DO ARCO-iRtt — Texto e rnúscs de MerosNeri. Direçào de Aracy Cardoso. Teatro da UW. RuaMiguel de Frias. 9. Niterói. Sáb. e dom., às 16h.Ingressos a CrS 5 mil.BRANCA DE NEVE E 08 SETE ANÕES - Texto deJoéo Socini e Dytmo Elias. Direçào coMva do gmpoEuivocè. Teatro da Galeria, Rus Sensdor Vergueiro. 93(225-8846). Sáb. e dom., às 17h. Ingressos s CrS 10 mil.RAPUNZH. NA DANCETBM — Texto e direçào deWalter Costa. Teatro Brigitte SWr. Rue Miguel deLemos. 51 (521-2865). Sáb a dom. às 17h. Ingressos aCrS 7 mil.BAGUNÇAS E GOSTOSURAS- Texto de Ane Campoe Deniel Barceüos. Teatro Nrisen Radrigasa. Av.Chile, 230. Sáb e dom. às 16h. Ingressos s CrS 7 mil. Atédia Io de setembro. Domingo náo heveré espetáculo.CHAPEU3NHO VERMBMO - Texto de Brigitte Blair.Direçào de Bruno Bmce. Teatro da Galeria. RuaSenador Vergueiro, 93. Sáb. às 17h e dom. às15h30mín Ingressos a CrS 10 mll e CrS 8 mil. crianças.O JARDM ENCANTADO — Texto e direçào de ArietteRibeiro. Teatro de lona. Av. Alvorada. 1791 (325-9731).Sáb e dom., às 17h30min. Ingressos a CrS 5 mil.arquibancada, e CrS 10 mil. cadeira de pista.A BELA E A FERA — Musicsl de Vicentins Novelli.Direçào de Cláudio Gaya Teatro Baniamin Constam.Av Pasteur. 350 (295-2282): Sáb às 17h e dom, às 16h.AS AVENTURAS TOM SAWYBt - Texto de MarkTwain. Traduçào de Monteiro Lobato. Adaptação deRoberto Bomtempo. Direçào de Roberto Bomtempo eRoney Villela Teatro Vanued. Rua Marquês de SVicente. 52/3° (274-7246). De 4a a dom. às 17h. Ingres-sos 6" a CrS 10 mil: sáb e dom s CrS 12 mil.OS MONSTRENGOS DO Ra — Argumento de Arman-do Daudt Filho. Texto de Marília da Gama MonteiroDireção de Lúcia Coelho Com o grupo NavegandoTeatro VWa-Lobos. Av. Princesa Isabel. 440 (275-6695) Sabás 17hedom.às 16h. IngressossCiS 10milAté da Io de setembroCINOERELA — Texto e direçào de Eduardo RoesslerCom o grupo Papel Crepon e Jorge Azevedo TeatroLaopoido Fróes. Rua Manoel de Abreu. 16. Nnerói Sábe dom. ás 16h Ingressos a CrS 7 milTA NA HORA, TA NA HORA - Cnaçâo coletiva dogrupo Navegando Direçào de Fernanda Coelho e FatxoPilar Dueçâo musical de Charles Kahn Sala MonteiroLobato anaxo ao Textro Villa-Lobos Av PnncesaIsabel 440 Sab e dom. às 1 "h30rr,m Ir^resso^ s f~s_. B

Angeles Hoje. às 22h, no MeliópoBs Estrada do Joâ.150VlOEOS NO MANHATTAN — Hoje. às 22h B% Idd,Prince, Glen Froy e Tina Tumer No Manhattan Disco-toque. Av Menezes Cortas, 3 02(1 - JacarepaguáVlDEOS NA MAMUTE - ExibiçSo rie U-2 Hoje, àmeia-noite na Mamute Rua conde de Bonlim, 229

VlOEOS NO JAZZMAMA — Ócio Fred Astarra —Hoje. às 19h30min Nas Águas da Esquadra (Foilowthe Ffcwt) com FfRd Astaire e Ginger Rogers. NoJazTmanâa, Bua Rainha Elizabeth. 769

VlDEOS NO CHO - Hoie. àr, 22h Phill Collins. CaroleKing e Dire Strau No GK3 Saledas. Rua General SanMartin, 629VlDEOS Bã PETRÓPOLIS — As 15h e 19h: 5" parte doconcerto Uva Aid com The Who. Carlos Santana. Sade.EltonJohn. Madona e outros. Às 17he21h: 6a parte doconcerto Uva Aid com Kenny loggins. TI» Cara.Power Station e outras. No Cinevídeo Bauhaus, RusJoéo rinui, 88 — sala 27.

ExtrasA ESCOLHA DO PÜBUCO - Exibição de Acossado (ABout de 8ouMa). de Jean-Luc Godard Com Jean-PaulBelmondo. Jean Seberg e JearvPierte Melvilte. As18h30min, ns Cinemateca do MAM. Av. Beira-Mar.s/n". (18 anos).

O primeiro longa-metragem de Godard (1960),considerado um dos manifestos da revolução formalproposta pela nouvsSe vague. Um jovem marginalcomete um assassinato e planeja fugir com umaamericana. Produção francesa em preto e branco.PRETO E BRANCO EM CORES IU Vktotie amChamam ou Black and White in Colora), de Jean-Jacques Amaud. Com Jean Carmet, Jacques Dufilho.Catherine Rouvel e Dora Doll. Às 21 h. no CinedubaMéoaielma. Rua Araújo Porto Alegro. 71—9" andar.(10 anos)

Durante a Primeira Guerra Mundial, na ÁfricaOcidental, duas comunidades brancas — ums fran-oesa e uma alemá—convivem pacificamente, expio-rendo oe negros, até o momento em que se dàoconta do conflito. Então, resolvem fazer uma guerraem miniatura entre as aldeias. Oscar de MelhorRime Estrangeiro de 1976. Produçào francesa.

1MNTA ANOS ESTA NOITE (Feu FbNetl. de LouisMslle. Com Maurice Ronet. Jeanne Moreeu. AlexandraStewart e Bernard Noel. Hoje, à meia-noite, no Copar-*ots«ego. Rua Voluntários da Pátria, 88. (18 anos)

O filme mostra a tragédia de um homem que,aos 30 anos, só vé uma saida no suicídio. Produçàofrencesa em prato • branco.SEXTA-FBRA 13 (Friday the 13th). de SeanCunningham. Com Betsy Palmer. Adrienne King, HarryCrosby, Laurie Bartram, Mark Nelson e Jeannine Taylor.Hoje, à meia-noite, no Cândido Mendes, Rua JoanaAngélica. 63. (18 anos).

Um jovem compra uma colônia de férias, queesteve fechada durante 20 anos devido a uma sériede assassinatos nunca desvendados. Os rapazes emoças contratados por ele para trabalharem comoajudantes começam a morrer misteriosamente, en-volvendo todo o acampamento num clima de terror.Produçào americana.

CONTOS DE FADAS E tfNOAS DO CINEMA (V) — ,Exibição de SadfcO (Sadko). de Alefcsender Ptushko.Com Serguei Istoliarov e Alia Larionova. Hoje. às16h30m. na Cinemateca do MAM. Av. Beira-Mar. s/n0.'Com legendas em português.LES FABUIEUSES AVENTURES DU IEGENDAJRE ,BARON DE MUNCHAU8EN — De Jean Image. Hoje.as 18h30min. na Aliança Francesa da Tiiuca, RuaAndrade Neves, 315. Prodçào francesa com legendasem português.

NiteróiAHTUFF — Festival Gaumont — Hoje: Fanny oAlaaands», com Bertl Guve. As 16h30min, 20h. (16anos).

CENTRAL (717-0367) - O FaHJOO de AquHa. eomMatthew Broderick. As 14h30min, 16h40mirt.IShSOmin. 21h (livre).

WM060R (717-6289) — WM. com ffichaid Burton. Aa14h30min, 16h40min. 1Bh50min, 21h (16 anoa).

KARAl (717-0120) — Espalho de Canto, oom MariaZilda. As 15h. 17h. 19h, 21h (18 snos).

CINEMA-1 (711-9330) — Rambo I: a " r . eot_

Sylvester StaHone. As 13h, 14h50, 16h40. 18hja20h20. 22h10 (14 anos).

CtNItH (711-6909) — Aventureiros da Fortuna, eomJean-Paul Belmondo. A* 15h, 17h. 19h. 21h. (16 anoaL

P

CMOERaA. A GATA BORRALNBRA — Texto daEliseu Miranda Direçào de Bruno Bruce. Teatro áeGalaria, Rua Senador Vergueiro. 93. Sáb. às 16h adom., às 16h30min. Ingressos a CrS 10 mil CrS 8 m»(crianças).MKXEV E MNME NO REINO DA RATOLANDIA -Com o gmpo Canossei. Teatro D. Camilo. Rua Tonele-ro. 76 (2554225). Sáb. e dom. às 16h. Ingressos a CrS 7mil.

POPEVl E OUVIA PALITO ... — Com o gmpo Carros-sei. Teatro D. Camilo. Rua Tonelcro, 76 (255-9226).Sáb. e dom. às 17h. Ingressos a CrS 7 mil.O BRUXMHO QUERIA SER MENUDO — Comédiamusical de Oswakta Senra. Taetro de Lona da Bana.Av. Alvorada. 1 791. Sáb. edom. às 15h.*lngressosaCrS6 mil, arquibancada, e a CiS 10 mil, cadeira.SONHO DE UMA NOITE DE VERÀO - Texto deShakespeare. Direçào de Moacyr Góes. Teatro GlaucaRocha, Av. Rio Branco. 179 Sáb, às l7hedom,às 16h.Ingressos a CrS 6 mil.

PADA DO LAGO AZUL - Texto e direçào de Lime-chem Cherem. Teatro Imperial. Praia de Botalogo.524. (2950896) Sáb. e Dom. às 17h Ingressos a CrS 8mil. Acompanhantes nâo pagam. Alé amanha.A BRUXMHA E O PPjNOPE VALENTE - Texto adireçào de Limachen Cherem. Teatro Imperial. Praia daBotafogo. 624. (2950896) Sáb. e dom. às 16h. Ingres-sos a CiS 8 mil. Acompanhante não paga.CBKO ALEGRIA — Direção de Walter Costa. TeatroBrigitte Blair. Rua Miguel Lemos. 51 (521-295B). Sáb. adom., às 16h. Ingressos a CrS 7 mil.JOÃOZINHO E MAMA NA CASA DA BRUXA — Textoe direçào de Jair Pinheiro. Teatro Alasca. Av Copacabe-na, 1241. Sáb e dom. às 17h. Ingressosa CrS 7 miLSE A BANANA PRENDER O MAMÃO SOLTA -Musical com texto e direção de Dilma Lóes. HotelNacional. Av Niemeyer. 769 (322-10001. Sáb. és17h30min e dom, às 17h. Ingressos s CrS 12 mil.1WB0BÓ CfTY — Comedia musical de Maria ClaraMachado. Direção de Maria Luiza Prates. Teatro haP»ataa, Rua Francisco Otaviano, 131 (287-0663). Sáb adom, às 17h. Ingressos a CrS 7 milMARU MINHOCA — Texto de Mana Clara Machado.Direçào de Bernardo Jablonsky Teatro do PWnetüttRua Padre Leonel Franca, 240 (274-O096I. Sáb. e dom.!às 16h. Ingressos a CrS 8 mil.PSRERÉ — Textos de Ziraldo. Luca de Castro e ZecaLigiero. Direçào de Luca de Castro. Teatro da Lagoa,Av. Borges de Medeiros, 1426 (274-7999) Sáb, às 17h,e dom., às 16h. Ingressos 8 CrS 10 mil.A ARCA DE NOÉ — Musical de Toquinho e Vinicius deMoraes. Roteiro de Maria de Lourdes Martini Direçàode Alice Viveiros de Castro. Teatro doe Quatro. RuaMarquês de S. Vicente. 52/2° (274-9895). Sáb., às 17h. adom., às 16h. Ingressos a CrS 8 mil

OutrosTIVOU PARX — Parque com 14 brinquedos psraaduNos e oito para crianças Av Borges de Medeiros.Lagoa De 5a e 6a. das 14hàs21h; sáb das 15hàs23h.e dom, das lOh às 22h. Ingressos a CrS 18 mil (criançasaté 10 anos e CrS 20 mil (adultos), com direito a iodos osbnnquedos. Pessoas acima de 60 anos tem entradagratuita.08 TRAPALHÕES NO SCALA — Criação de RenatoAragào Direção de Dedé Santana. Com Renato Aragão.Dedé Santana. Muçum e Zacarias Scala, Av Afrânio deMelo Franco. 286 (23M448) Sâb e dom. às 17h.Ingressos a CrS 30 mil.ORÇO GARCIA — Apresentação de acrobatas. trape-zistas. palhaços e animais amestrados. Av GovernadorRoberto da Silveira. Bairro da Posse. N Iguaçu. De 3a a6a. ôs 20h; 5a. âs 16h e 20h; sáb.. às 15h. 17h30mm e20h: dom. às lOh. 15h. 17h30mm e 20h. Ingressos aCrS 15 mil. arquibancada e CrS 10 mil. crianças: cadeirade pista a CrS 25 mil; cadeira central a CrS 20 mil a CrS15 mil. crianças.

DANÇADANÇA COfíTEMPORANEA - Aula publica com Cns-twnne Dardenne Hoje. às I2h30mm. na Dança CâmeraRio. Rua Joaquim Sih/a. 10 (2312355! Entrada franca.COISAS NOSSAS AoiBSOntaçáo do grupo de dançaafro Wacoim X. de Brasriia Taetro do Lícau RuaFredencc iii .¦-• «fi i> h- ... •-j.--sos'aCiS

Page 28: fIwÊ - Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca ...

JORNAL DO BRASIL

OS FILMES DA TV SHOWAngela Regina Cunha

ESTE

é um sábado de bonsfilmes na TV com opções dequalidade entre comédia,dramas, westerns e uma

biografia, todas produções cuidadasembora se possa fazer restrições aovalor artístico de algumas. O morrodos ventos uivantes (TV Educativa,21 h) é a sétima versão do romance deEmily Bronte em que o fechadào,primitivo e violento cigano Heathcliffse apaixona pela voluntariosa Cathy.Dirigido por Robert Fruest e sem obrilho da superprodução de 1939, emque Samuel Goldwynn "importou" daInglaterra Laurence Olivier e MerleOberon para os papéis principais eentregou a direção ao perfeccionistaWilliam Wyler, este filme, de 1970,tem o mérito de seguir fiel e integral-mente o livro de Bronte.

No mais, a dupla Anna CalderMarshall e Timothy Dalton nem delonge lembra Merle Oberon e Lauren-ce Olivier, considerado um dos maisperfeitos pares românticos do cinema.A fotografia a cores de John Coquillonpassa longe da belíssima criação empreto e branco de Gregg Toland, pre-miada com o Oscar. Só na música, emque o genial Michel Legrand procurouprestar uma homenagem a AlfredNewman, este Morro dos ventos uivan-tes tem um pouco da grandiosidade daversão de 39 que, indicada para oitoOscars, só não foi mais premiada por-que surgiu no mesmo ano de ...E ovento levou. No filme de hoje, salvam-se ainda a minuciosa reconstituiçáo deépoca e uma alusão a um possívelincesto entre Cathy e Heathcliff queseria, na verdade, filho bastardo do paidela. Assunto obviamente vetado pelarigorosa censura da Hollywood do finalda década de 30.

WUlie Boy, o rebelde (TV Manche-te, 21h20min) é um western de tramamoderna dirigido com competênciapr Abraham Polonsky, judeu nova-iorquino que de 1948 a 1968 ficou semfilmar, perseguido pelo macartismo.Willie Boy é o primeiro filme destasegunda fase de Polonsky, uma obra ¦que o diretor pretendeu anti-racistamas que

"sugere" a superioridade deum índio decidido (Robert Blake) so-bre um branco inseguro (Robert Red-ford). Música de Dave Grusin. O outrowestern da programação de hoje éDuelo de bravos (TVS Oh), que noscinemas se chamou O duelo. O filmefoi financiado pela Jicarilla ApacheTribe, co-produzido pela Byrna, deKirk Douglas — também ator — einterpretado peio cantor Johnny Cash,ele mesmo um meio-índio.

Diretor artístico do famoso Actor'sStudio, responsável pela formação deastros como Marlon Brando, JamesDean, Montgomery Clift e Paul New-man, o austríaco Lee Strasberg (1901-1982) só conseguiu seu primeiro papelno cinema aos 73 anos, a convite deFrancis Ford Coppola. Fez um gangs-ter em O Poderoso Chefão II, de 1974.Depois, fez Travessia de Cassandra,em 77 e, em seguida, Flores e espinhos(TV Globo, ShlOmin) de 79, seuprimeiro trabalho como ator principalem que contracena com dois outrosgrandes nomes do cinema: Ruth Gor-don e Janet Leight. O filme, náoexibido nos cinemas brasileiros, temdireção de Stephen Verona.

O produtor Jay Weston tentou ho-menagear o mitológico cômico W. C.Fields (William Claude Dukinfield) e,assim, ganhar muito dinheiro. Só nãocontava que o diretor Arthur Hiller —o mesmo de Uove Story — fosse trans-formar Frenesi de glória (TV Bandei-rantes, lh) numa quase difamação dogênio da comédia invejado pelo pró-prio Charles Chaplin. Baseado no rela-to da última amante do ator, CarlotaMonti, publicado no livro W. C. Fields

and me. o filme tornou-se um delíriode alcoólatra que as caretas e os esga-res de Rod Steiger tão bem represen-taram.

Sem dúvida uma injustiça com obarrigudo, nariz de batata W. C.Fields, morto em 1946. Carlota (inter-pretada sem brilho pela talentosa Vale-rie Perrine) comete algumas inverdadesnão só sobre a personalidade, os hábi-tos e vícios do cômico mas sobre datas,filmes e atores que passaram nela vidade Fields em seus 22 anos de Holly-wood. Vale ver mas náo crer.

A CANOA FUROUTV Globo — 13h25min

(Don't gtv. up lhe «hip) — Produção americana de1959 dirigida por Norman Taurog Elenco: Jerry tewis.Dina Merriel. Diana Spencer. Mickey Shaughnossy,Robert Moddlelon. Gale Gordon e Claude AkmsColorido (89 minutosl.

Logo após seu casamento, marinheiro (Lewis)ô chamado peo alto comando da Marinha paraexplicar desaparecimento de navio que comandarade volta à base no (im da guerra da Coréia. Temtambém de se explicar à mulher (Merrill).

O MORRO DOS VENTOS UIVANTESTV Educativa — 2lh

IWuthering helghtel — Produçáo inglesa de 1970dirigida por Robert . uest. Elenco: Anna Calder Mar-shall. Timothy Dalton, Harry Andrews, Pamela Brown,Judy Cornwell, James Cossins, Rosalie Crutchley eHugh Griffith. Colorido 1105 minutos).

Drama. Criados juntos, jovem (Calder Marshall)e cigano (Dalton) se adoram mas, após briga, ela secasa com um aristocrata. O cigano resolve entàovingar-se seduzindo e depois desprezando irmã dorival.

WILUE BOV. O REBELDETV Manchete — 2lh20min

(Tell thcm Willie Boy h hera) — Produçáo americanade 1969 dirigida por Abraham Polonsky. Elenco: Ro-ben Redford. Kathanne Ross. Robert Blake. SusanClarck. Barry Sullivan. Charles McGraw e John VernonColorido (98 minutosl.

Wattanv Na Califórnia, no inicio do século,índio Willie (Blake) volta . reserva ao encontro daantiga namorada (Rosa) e mata o pai dela que seopõe ao casamento. A comunidade branca paasaentào a exigir do xerife (Redford) que persiga ocasal fugitivo.

A MELHOR ESCOLHATV Manchete — 23h20min

(Ta«e your twet shotl — Produçáo americana de1982 dirigida por David Green. Elenco: Robert Urich.Meredith Baxter Birney. Jeffrey Tambor. Jack Bannon.Claudette Nevins, Susan Peretz e Michael Bell. Colori-do (96 minutosl.

Mulher (Birney) de ator (Urich) de carreireinstável pede o divórcio e ele decide mudar deramo. Abre um restaurante que começa a dar lucromas recebe um convite para atuar numa grandepeça em Nova Iorque,

FLORES E ESPINHOSTV Globo — 23h10min

(BoMdwaBi) — Produçáo americana de 1979 dirigidapor Stephen Verona. Elenco: Lee Strasberg. RuthGordon. Janet Leigh, Joe Silver, Eddie Banh. MervinGoldsmith, Michael Ayr, Forbesv Russell, Chevy Col-ton e Terri Keane. Colorido (98 minutos).

Drama. Às vésperas de comemorar Bodas deOuro, casal judeu (Strasberg e Gordon) enfrentadificuldades devido à violência nas ruas, aos pro-blemas financeiros de restaurante que possuem e àdoença da mulher.

DUELO DE BRAVOSTVS —Oh

(A gunfight) — Produçáo americana de 1970 dirigidapor Lamont Johnson. Elenco: Kirk Douglas. JohnnyCash, Jane Alexander, Raf Vallone, Karen Black, EricDouglas, Phillip Moad, John Wallwok. Dana Elcar.Robert J. Wilke e George Le Bow. Colorido (94minutos).

Pistoleiro resolve regenerar-se e procura levarvida pacata ao lado da mulher (Alexander) masantigo rival (Cash) chega á cidade e lhe propõe umduelo para levantar dinheiro.

FRENESI DE GLÓRIATV Bandeirantes — lh

(W.C. FMds and me) — Produção americana de 1976dirigida por Arthur Hiller. Elenco: Rod Steiger. ValeriePerrine, John Marley. Jack Cassidy, Bemadette Po-ters. Dana Elcar, Paul Stewart. Billy Bart. Aliar. Arbus.Kenneth Tobey e Linda Purl. Colorido (111 minutosl.

Biografia do comediante. No começo dos anoa20, traído por sua amante a arruinado financeira-mente, o ator alcoólatra W.C. fields parte paraHollywood onde faz sucesso am filmes da Para-mount.

QUANDO PARIS ALUCINATV Globo— 1h

(Paria wfcan K sinlaa) — Produção americana de1963 dirigida por Richard Quine. Elenco: WilliamHolden, Andrey Hepburn. Grégorie Aslam. RaymondBussières. Christian Duvaleix. Thomas Michel. Atoresconvidados: Tony Curtis. Noel Coward. Marlene Die-trich. Mel Ferrer e as vozes de Fred Astaire e FrankSinatra. Colorido (110 minutos).

Roteirista da cinema (Holden) tem apenas doisdias para concluir acript qua vem escrevendo háseis meses. Em crisa de inspiraçio, recorrer ábebida e aa idéia* da secretária (Hepburn) paraescrever história am qua ala é o herói a ala aheroina.

FESTA NA FLORESTA APRESENTA... - O show ANave Vai com grupo vocal o instrumental 14 Bis. 6a esáb, ás 23h30min e dom. às 19h30min. no ParqueLage, Rua Jardim Botânico. 414, Ingressos a CrS 20mil Antes do espetáculo o violonista Ricardo Vilas.

|-K. CWSTINA E MAURO DUARTE - Apresentação•-K^da dupla de cantores e compositores. SalaSidney Miller, Hua Araújo Porto Alegre. 80. De 3* asáb. a. !Bh30min. Ingressos a Crí 5 mll, Último dia.¦ Reunindo um dos melhores repertórios da

música popular, Cristina Buarque e Mauro Duarterealizam espetáculo imperdivel onde a qualidade èa marca registrada.RAMBlfR-S THADmONAL JAZZ — Show do con-junto de |azz. De 3a a sáb. às 2lh na Saia SirinayMiller. Rua Araújo Porto Alegre. 80. Ingressos a Cr$ 5mil

ESTRELAS DE CETIM — Show da pianista CidaMoreyra e Tim Rescala e participação de Stella Mitoivda 6a e séb. às 22h. no Circo Voador. LapaIngressos a CrS 15 mil. Antes do espetáculo Lygia(pianol e Contrabanda.DROPS DE HOKTELA — Show de lançamento dodisco do cantor e compositor Oswaldo Montenegro.Taatro de Arena. Rua Siqueira Campos. 143 (235-S348I. De 5a a sáb. às 21h30min; dom. às 20h.Ingressos 5" a Cr. 20 mil e de 6a a dom a CrS 25 mil,Até dia 1b de setembro.RETRATO CANTADO — Show da cantora MarlliaBarbosa. Textos de Aldir Blanc e Marilia Barbosa.Taatro do Planetário. Av Pe. Leonel Franca. 240. De4» a dom. às 21 h. Ingressos a CrS 15 mil. Até dia Io desetembro.

DISPARADA — Show do cantor Jair Rodrigues acom-panhado de sua banda. GaIWra Aaa Branca. RuaMem de Sá. 17 (252-44281.4". 5a e dom às 23h e 6a esàb e véspera de feriado, às 24h. Ingressos 4", 5* edom a CrS 30 mil e 6a. sàb e véspera de feriado a CrS40 mil. Até dia 31.NOVA RETÓRICA — Show de lançamento do Lp dogrupo paulista Língua de Trapo. Taatro Ipanema, RuaPrudente de Morais. 824 (247-97941. De 5» a dom, às21h30min. Ingressos5"e8aaCrl 15milesábedomaCrS 20 mil. Até dia 31.

DESPERTAR — Show do cantor e compositor Gui-lherme Arantes acompanhado de banda e ooral. Rotei-ro de Ronaldo Bôscoli. Canado. Av. Venceslau Braz.215 (295-3044). 4" e sáb. às 23h; dom. às 19h.Ingressos a CrS 30 mil, mesa central; a CrS 25 mil,mesa lateral e CrS 20 mil, arquibancada. (Livre). Até dia1° de setembro.

PROJETO BOCA OA NOITE — Apresentação daorquestra de vozes A Garganta Profunda. 6* a sáb. às24h. no Taatro da Cidadã. Av. Epitácio Pessoa. 1664.Ingressos a CrS 10 mil.HOMBW NAO ENTRA N* 2 — Show de CidinhaCampos. Cfno-Show da Madurelra. Rua CarolinaMachado. 542. Sáb.. e dom., às 17h.OS MENUDOS — Show do conjunto vocal porto-riquonho, no Maracanàzinho. 6a. às 20h; sáb. e dom.,às 1 lh e 20h Ingressos a CrS 40 mil, arquibancada;CrS 60 mil, cadeira de pista e cadeira de palco e a CrS150 mil, cadeira especial.PROJETO FM DE TARDE — Apresentação de VitalFarias (cantor e compositor). Taatro Amando Oen-zaga. Av. Gal. Cordeiro de Farias. 511. Sáb. e dom., às18h30min. Ingressos a CrS 5 mil.

Humorr*v DERCY 7S — Espetáculo com texto e interpreta-*-ir çào de Dercy Gonçalves. Participaçáo de LuizCarlos Braga. Direçáo de Mario Wilson. Canacio. Av.Venceslau Braz. 215(295-3044), De 4* a dom, às21h.Ingressos arquibancada a CrS 30 mil; mesj lateral aCrS 35 mil e mesa central a CrS 40 mil.

Exibindo, como sempre, sue exuberante vltalt-dade a atriz recorde, em quase 60 anos de cernira,vários latos mercentes de sue vida e profissãodentro do estilo bastante pessoal que a consagrou.Se rir è o melhor remédio, nada como assistir eDercy Gonçalves.

r»v OITAVO NA PENEIRA - Show do humorista*-ir Chico Anísio. Roteiro de Amaud Rodrigues. Giu-seppe Guiarone. Benil Santos. Marcos César e ChicoAnísio. Direçáo de Fernando Pinto. Taatro Caaa Gran-da, Av. Alrànio de Melo Franco. 290 (25*6948) De 4*a dom. às 21h30m. Ingressos. 4". 5* e dom. a CrS 28mil. 6a e sáb a CrS 30 mil.

Com este espetáculo, o oitavo de sue carreiraconforme o próprio título assinala, Chico Anysiomostra, mais uma ves. que ê um dos nossosmelhoras humoristas. Mesmo abusando de antigaspiadas que se revelam sempre novas na vot e napresença deste brilhem» contador de histories.*> ANOS DE HUMOR—Apresentação do humoristaJosé Vasconcelos. Taatro do América. Rua CamposSalles. 118. De 5a a séb. ás 21h30mtn; dom. ès 20h.Ingressos a CrS 20 mil. *VOU QUERER TAMBÉM SENÃO EU CONTO PRATODO MUNDO — Texto de Gugu OKmecha. AgildoRibeiro, Max Nunes. Jesus Rocha e Zirabo. Com ohumorista Agildo Ribeiro. Taatro Prinnaaa laahal, Av.Princesa Isabel. 186 (275-3346). De 4a a 8a. às21h30min; sáb.. ès 20h30min e 22h30mm e dom., às19h e 21h. Ingressos 4a. 5a e dom. a CrS 20 mil e CiS15 mil, estudantes; 6a e sáb a OS 25 mil a CrS 15 mil.estudantes.CONRDÊNCIASDEUMESPEflMATOZOWECARE-CA — Show com Carlos Eduardo Novaes. Texto deCarlos Eduardo Novaes e Caulos. Direçáo de BenjaminSantos. Taatro Delfim, Rua Humaitá. 275 (266-4396).5a 6a. às 21h30min; sáb. às 20h e 22h; dom. ás 19h e21h. Ingressos 5a, 6* e dom a CrS 25 mil e CrS 20 mil.estudantes; e sáb e vésp feriados a CrS 30 mil. (14anos).

SERG»RABB_U>—O NOVO HUMOR—Espetácu-Io do humorista. Taatro da Lagoa. Av. Borges deMedeiros, 1426 1274-7999). De 5a a sáb.. às21h30min; dom., às 20h Ingressos 5a a CrS 25 mil: 8*e sáb. a CrS 30 mil e dom a CrS 25 mil. (16 anos).

RevistasA GAIOLA DAS MMOSAS — Show de travestis comAlex Mattos. Walter Costa e outros. Taatro BrigitteBlair. Rua Miguel Lemos, 51 (521 -2955). de 4a a dom.ès 21h30min. Ingressos a CrS 12 mil (4a a 8a) e CiS 15mil (sáb. e dom.).

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sábado, 24/8/85 o CADERNO B o 5

Q tecladista Tomas Improta de Pixinguinha (Minha Vez)W e a cantora Claudia a Manduca (Água). ImprotaVersiam apresentam-se apenas e Cláudia, tambémtrês dias - amanhã, terça compositores, mostram aindaquarta - no bar Let It Be algumas de suas músicas maiscom um repertório que inclui recentes

EU VOU NA BANGUELA DELAS - Espetáculo comNélia Paula. Reny de Oliveira e Cole Taatro Rival. RuaÁlvaro Alvim, 33 (240-1135). De 4a a 6a. às 21h; sàb„às 20h e 22h. e dom. às 18h30min e 21 h. Ingressos 4a]5a e dom. a CrS 10 mil; 6a e sáb. a CrS 12 mil;estudantes diariamente a CrS 7 mil.A VEDETE DO SUBÚRBIO — Texto de José MariaRodrigues Rodrigues. Com Francisco Marco. AngelaDantas. Arminda Freire, Eliene Narduchi e outros.Taatro Rhral. Rua Álvaro Alvim, 33 1240-11351 3a. às21 h; de 4a á 6a. às 18h30min. e sàb às 18h. Ingressosde 3a a 5a a CrS 12 mil; 6a e sáb a CrS 15 mil.RAPAZES COM SABOR... ATRAS - Show de tra-vestis com Alex Mattos, Walter Costa e outros. TaatroSerrador. Rua Senador Dantas. 13 (220-6O33I. De 3a adom às 18h30m. 3a também às 21h15m. IngressosCrS 15 mil Até dia 25.

TurísticosOIÉ OLA — Show de Iracema. Gloria Cristal com aorquestra do maestro Ind» s As Mulatas Que NáoEstão no Mapa. Música ao vivo pera dançar a partir das20h30min. 8how. às 23h15min. Oba Oba Rua Hu-maitá. 110 (2864848). Couvert a CrS 70 mil.GOLDOIRK)—Show musical com a cantora Watusie o ator Grande Otelo à frente de um elenco debailarinos. Direçáo de Maurício Sherman. CoreografiaJuan Cario Berardi Orquestra do maestro Guio deMoraes. Bcala Wo. Av. Afrânio de Meto Franco, 296(23M448). De 2a a dom. ás 23h. Couvert a CiS 80 mil.SONHO SONHADO DE UM BRASIL DOURADO —8how diariamente, às 23h, com os cantores Sapoti daMangueira e Silvio Aleixo. com perticipaçáo de 125artistas, mulatas e ritmistas e orquestra sob a regênciado Maestro Silvio Barbosa. Direçáo de J. Martins eSônia Martins. Consumação a CrS 100 mil, com direitoa bebida nacional à vontade e salgadinho. Watalotma,Rua Adalberto Ferreira. 32 (274-40221.

Casas NoturnasALÔ ALÔ — Programação: de 3a a dom. a partir das22h. com os cantores Mary Ekler a Eugene Rice. ogrupo de Fernando Costa e os cantores Deu Alves eJorge Kleber. Couwart de dom. a 5a a CrS 30 mil; 6a esáb. CrS 40 mil. Rua Baráo da Torre. 368 (521-1460).FOUR SEASON8 — Jan e btuaa de 4» a dom, comEduardo Conde (vocal) e trio de Bruce Henry. 5a a sáb.Bruce Henry (contrabaixo e vocal) e quarteto. Sempre,às 22h. Couvert 4" e de 6a a dom. a CrS 20 mil; 5a aCrS 15 mil. Rua Paul Redfem. 44 (294-9791).AMKJO FWTZ— Programação: 4a Poema e Cançõescom Bruno Cattoni e Duda Anysio e participaçáo deTi dana Studart e Enrica BemardeHi; 5a e 6« o cantorMongol; sáb., a dupla Lamáo e Jairo e dom. o grupoArtesanal. Sempre, às 21h30min. Couvert 4a a CrS 5mil;5aeeaaCiS10mil;sáb.aCrS8miledom.aCi*7mil. Rua Baráo da Torra, 472 (267-4347).STUDIO MBTURA HNA — Apresentação do grupoDigital. 6a e sáb. às 23h30min. na Rua Garcia D'Ávila.15 (2594394). Couvart a CrS 15 mil.LETITBe — Programaçào: 3a Alcatraz; «• SociedadeAnônima; 5a Saloon e Cia; 9 Let rt be Band e TerraMolhada; sáb. Let it be Band e Idéia Fixa; dom acantora Claudia Veraiani a Sexteto Tomás Improta. De3a a sáb. às 22h e dom. ás 21 hSOmin. Ingressos 3a e 4aa CrS 7 mil; 5a e dom a CrS 10 mil; 6a e sáb a CrS 12mil. Rua Siqueira Campos, 206.BECO DA PIMENTA — Programação: 3a Cia doChoro; 4" música country com Creme de Tangerina;5a a sáb, a cantora Sônia Santos. De 5* a sàb. nosintervalos. John Wesley (violão) e grupo. 3« e 4a. ás21 h30min; de 5a a sáb. às 22h30min. Couvert 3a e 4a aCrS 7 mil; de 5a a sáb. a CrS 12 mil. Rua Real Grandeza.176 1266-7941).

._ (DA SILVA — Apresentação do cantor. 6* esáb. às 22h, no Canto da Boca. Rua Aarâo Reis, 20. S.Teresa. Ingressos a CrS 10 mil.CLUBE DO BAMBA — Prdgramaçáo: 6a. baileahowcom a orquestra do maestro Licinho e o ahow NemaTona da Nova nipútiN.a. com o cantor José Carlos;sáb. a dupla de cantores Dalmo Castelo e Monarco; 2a,Pagode Fundo de Quintal. 9 e sáb. às 23h e 2". às 21 h.Ingressos 6* e sáb a CrS 20 mil. homem e CrS 10 milmulher; 2a, entrada franca. Estrada da Barra da Tiiuca.65 (39*0892).FLOR DA NOITE— Programaçéo: 8a. Galo Preto; sáb.Chora Cavaquinho. Sempre, às 22h. Couvart a CrS 7mil. Rua 19 da Fevereiro. 157 (541-4095).EXISTE UM LUGAR — Programação: 6" o grupo- Friends, sáb. música dos Beatles com o Terra Molha-da. Sempre, às 23h30min. Ingressos a CrS 15 mil.Estrada das Fumas. 3001 (3994588). A casa abre às20h.

BOTANIC — Programação: de 5a a sáb.. às 23h. acantora Rosana Toledo com a participaçáo de Maria daGkbna e Moacyr Luz. Rua Pacheco Laao. 70 (294-7448). Couvart a CrS 15 mil.

Programação 3a o compositor pemambu-cano Marcllio Lisboa; 4a, o compositor Picolino dePortela; De 5a a sáb. a cantora Alaide Costa. Sempre,às 22h. Ingressos 3« e 4a a CrS 7 mil; de 5a a sáb a CrS12 mil. Rua Álvaro Ramos. 408 (541-8396).CONCERTO PARA UMA VOZ — Apresentação dacantora Cláudia acompanhada de conjunto De 3a adom. às 23h30min. Couvart a CrS 30 mil (de 3a a 5a edom) e CrS 40 mil (6*. sàb. e véspera de feriado. As8*s. e sábs., às 21 h. a orquestra do maestro JeanZanone Un, Deu*. Tróia. Av. Bartolomeu Mitre, 123123*0198). Até dia 31.

O VMO DA MRANQA — Aberto diariamente a partirdas 18h. com música mecânica. Programação: 2*.chorinho com Dirceu Leite a o regional Choro Só.Convidado: Ricardo Gratid.no (cantor); 3a. TerezaCury a o regional Naquela Tempo; 4a e 5a, Coral daAmai e Voz a Companhia; 8* e sáb. às 22h. Elias e às23h30m. jazz com Nelson Henrique (trompete) egrupo; dom., às 19b. (am eaaeion com Mauro Senise(sax). Couvart CrS 13 mil (8a e sáb): CrS 10 mil (dom.)CrS 8 mil (2a a 5a). Rua Ipiranga. 54 (225-4762)

— De 3" a dom, às 20h, música ao vivo com osviolonistas Sandro e Paulo. Sem couvart Av. Ataulfode Paiva, 270 (274*799). Estacionamento grátis.

PEOPIE — Programação: De 2" a sáb.. às 20h30min.piancvbar com Athio Boll; 3a. às 22h30min. o grupoFrionds; de 4a a sílb. às 22h30min. Marcos Rezando(teclados). Cristina Barro (percussão). Paulo Trompete.Pixinga (baixo) e Cláudio Canbé (batenal e Vidor.Santiago (sax). Dom e 2a. às 22h30min. o grupo TerraMolhada. 2a. 3a. 6a e sáb à 1h da manha. BillinhoBlanco (violão) Av. Bartolomeu Mitro. 370 (294-05471.Couvart a partir das 22h30min de dom. a ba a CiS 20mil e 6a e sàb a Crí 25 mil. No bar de dom. a 5a a CrS15 mil e 6a e sáb a CrS 20 mil.CAÜGOLA — De 3a a dom.. Edson Frederico (piano) eLuiz Alves (contrabaixo). De 2a a sàb. Manoel Gusmão(contrabaixo). Ubiratam Mendes (piano). Do 3a a dom.as cantoras Lygia Drummond e Gioconria. Couvart dedom. a 6a a CrS 10 mil; 6a e sáb. a Crí 20 mil. Em outroambiente, música paro dançar com o discotecárioBernard de Cástejá. Rua Prudente de Morais. 129.VAMOS FALAR DE AMOR — Show da cantoraWaleska. De 2a a 5a. às 22h. no Pokar Bar. Rua AlmteGonçalves. 50 1521-4999). Couvart a CrS 10 mil.ALEPH — Programação: 3a Marcos Ariel Trio, 4a.choro com o grupo Galo Preto; 5a ima grupo Gondwa-na; dom, instrumental com o grupo Organ. Sempre às22h. Consumação a CrS 10 mil. Av. Epitácio Pessoa.770 (259-1359).CHMO*S BAR — Piano-bar com música ao vivo a partirdas 21h. Programação: 2a e 3a, o violonista NonatoLuiz; de dom. a 2a às 21h30min Wilson Nunes (piano).Tibério (contrabaixo) e Fátima Regina (vocal); de 3a adom. às 22h30min com Edson Frederico (piano) econjunto. Aberto diariamente a pertir das 18h. commúsica de fita. Sem couvart. sem consumação mini-ma. Av. Epitácio Pessoa, 1 560 (267-0113 e 287-3514),JAZZMAMA — Programação: 2a e 3a, Júlio Costa(guitarra) e grupo; do 4a a sáb, Ricardo Silveira (guttar-ra) e Steve Slagle (sax) acompanhados do banda. 2a e3a. ás 22h30min e de 4a a sáb. às 22h45min. Couvart2« e 3a a CrS 10 mil e de 4a a sàb a CrS 18 mil.Consumação de 4a a sàb a CrS 10 mil. Rua RainhaElizabeth, 769 (227-2447).CLUBE 1 — Programação: Hoje. o cantor e composi-tor Ricardo Magno. De 3a a dom. às 22h. piano comMaurício; de 2a a sáb. às 23h. com Joftn Carlos (piano).Bebeto (contrabaixo) e Luci (vocal). Aos sab. a pertirdas 13b. feijoada com Chiquinho (piam) e Bebeto(contrabaixo). Rua Paul Redfem. 40 (259-3148). Consu-maçáo mínima de CrS 20 mil e sáb. às 13h. de CrS 30mil. por pessoa.

BMILOS — Programação: 2a. ás 23h30min Zeca doTromhone; 3a Marcos Szpilman e a Rio Jazz Orques-tra; de 4a a sáb, os conjuntos dos tecladistas EduardoPrates e Chiquinho e os cantores Lvgia Drummond eMárcio José. Dom às 22h30min o cantor Celso Rubins-tein Matinês dançantes às 16h. Discoteca diariamentea partir das 20b Av. Epitácio Pessoa. 1484 (521-2645).Couvart 2a a CrS 10 mil; 3a a CrS 15 mil; de 4a a domconsumação a CrS 40 mil. homem, e CrS 20 mil.mulher.

ARCO DA VELHA — Programação: 2a Aloysio Neves(violão); 3a Trio de Janeiro; de 5a a sáb o cantor ecompositor Walter Queirós Sempre, às 22h. Couvart2aa3aaCrS8mil;5aCrSl2mile8acsábaCrS15mil.Pça Cardeal Câmara. 132 (252-0844).ZEPPHJN — Aberto diariamente a partir das 19h.Programação: dom. 3a e 4a Renato Vargas (voz eviolão); 5a. Reinaldo Vargas (violão) e Reginaldo Vargas(bateria); 8a e sáb. o grupo Os Vargas. Sempre, às 22h.Couvart 5a a CrS 8 mil; dom. 3a e 4a a CrS 7 mil; 8a esáb a CrS 10 mil. Estrada do Vrdigal. 471 (274-1549).

DanceteriasCHARLES MAX — Música ao vivo para dançar oom oconjunto do maestro Mojica a a cantora Wanda. De 2*a dom., ás 22h. Couvart a CrS 20 mil. Rua Baráo deIpanema. 334 (227-9836).MLIHÚraUS — Programação: 2a grupo Artigo 171.de Niterói; 3a. Festa dos Leoninos; 4a grupo Cor deRosa; 5", grupo Porão; 6a e sáb. Cinema 2; dom.Biquíni Cavadào. A casa abre de 2a a sáb. às 21h adom. às 16h e 20b. Ingressos de dom a 5a a CrS 10mil; 6a e sáb a CrS 20 mil; vesp de dom a CrS 5 mil.Estrada do Joá, 150 (322-3911).PAPILLON — De 2« a sáb a partir das 22h música paradançar. Ingressos de 2a a 5a a CrS 13 mil; 6a a CrS 20mil e sáb a CrS 26 mil. Hotal ImartxinUnamal, AV.Prefeito Mendes de Morais, 222 (322-2200).MUUM CITY DttCOTHEQUE - De 4a a dom. a partirdas 20h. com música de fita. Av. Semambetiba. 646(399-4007). Bana. 4*, 5a e dom. sem oonsumaçào; 6a esàb. consumação de CrS 10 mil. por pessoa.HELP — Música de discoteca diariamente a partir das21h30min. Ingressos de dom. a 5a a CrS 18 mil.homem e CrS 12 mil, mulher; 6" sáb. e vesp. deferiado, a CrS 25 mil. homem e CrS 15 mil. mulher;vesperal sáb e dom. às 16h a CrS 7 mil (no sáb) e CrS10 mil (no dom). Av. Atlântica. 3432 (521-1296).MANHATTAN — Música para dançar. 6a e sáb.. às22h, e dom., às 15h. Dom., ás 21 h. Semifinal doConcurso Garota Manhattan. Ingressos 6» e dom. ànoite a CrS 12 mil. homem, e CrS 6 mil. mulher; dom.,matinê a CrS 7 mil e sáb. a CrS 15 mil. homem, e CrS 8mil, mulher. Av. Menezes Cortes. 3020 (392-8757).DR. SILVANA E CIA — Show do conjunto de racfcSáb.. às 22h. na Big Apple. Estrada Graiaú-Jacarepaguá, 3020 [392-87571 Ingressos a CrS 10 mil.MAMUTE — Programação: 6a. ahow Dê Um RoM.oom 2zi Possi; sáb. e dom.. Legião Urbana. A casaabre 6a e sáb.. às 22h e dom„ às 18h. Show 6a. à0h30min; sàb.. à 1h da manha e dom., às 19h.Ingressos 8a e sáb. a CrS 20 mil e dom. a CrS 15 mil.Rua Cde. de Bonfim, 229 I234«367).MNCOMOS — Diariamente, a partir das 22h. música dediscoteca. Consumação só na 6a e sáb. a OS 25 mil.Rua Cupertino Durào. 177 (294-2298).CREPÚ8CULO DE CUBATAO — Música para dançare vídeo bar. 4a. e 5a às 22h e 6a e sáb às 23h na RuaBateta Ribeiro. 543 (235-2045) Consumação 4a a 5a aCrí 15 mil e 6a e sáb. a CrS 22 mil.MBTURA HNA — Programação: 5a. Complô; 8a.Paginas Amarelas; sáb.. Ramal 2; dom., som e vídeos.A casa abre às 22h. Ingressos 5a e dom a CrS 15 mil;6a e sáb. a CrS 20 mil. homem e CrS 15 mil. mulherEstrada da Barra da Tijuca, 1 636 (399-34601.

RADIO JB MUSICAAM MOKHz

JBI — Jornal do Brasil Informa: de 2a a 6a7h30min. 12h30min. 18h30min e 0h30min;sáb. às 7h30min. 12h30mine 19h30min; dom.às 7h30min. 12h30min e 20h30min.

Programação esportiva de Sábado

07M5min — PRIMEIRAS DO ESPORTE08h20min — DESTAQUES ESPORTIVOS12h05min — ESPORTES AO MEIO DIA —comCésar Rizzo14h15min — JB FUTEBOL SHOW20h30min — RESENHA ESPORTIVA JB —com Loureiro Neto

FM ESTÉREO

99,7MHz

HOJE

20h — Reproduções a raio laser: Con-certos em sol menor a Si bemol, para órgãoa orquestra, op. 4/2 a 3, de Haendel (Prestone Pmnock — 20:53); Adágio a Rondo, deWeber-Piatigorsky (Starker — 5 06) Alboradadei gracioso, de Ravei (Mata — 7 22). Tosca,ópera em 3 atos. de Purani (Rama Kabaivans-ka. Nazzareno Antinori, Nelson Ponella. EnzoDará e Gabnele Bellini — 113.111 Reprodu-ções convencionais: Fantasia para piano eorquestra, de Debussv (Ciccolini — 23 33)

TAMARA UJAKOVA CORRÊA — Recital da pianistainterpretando Beethoven o Edino Krieger Hoje. às17h. na Sala Arnaldo Estrada. Rua Hi.no de Gouveia.88. Entrada franca.CONCERTO NO SHOPPING — Apresentação deHarold Emeri (oboé) e grupo. Hoie. das I6h às 19h. noShopping Caaaino Atlântico. Av Atlântica. 4240.Entrada franca.IV CONCURSO SUL AMÉRICA DE MUSICA JO-VENS CONCBTTISTAS BRASILBROS — De 2a asáb.. às 20h. na Sala Cecfla Meireles. Lgo. da Lapa.47 Entrada Iranca.ARTE NAS IGREJAS — Apresentação do Coral da SÚrsula, sob a regência de Marcelo Bussiki Oom . As17h30min, na Paróquia N Sra Auxiliadora. S. Rosa.Niterói. Entrada franca.TRECHOS DE ÓPERAS — Apresentação de Rfcolet-to, Madame Buttarfly. Tosca, La Bobem, a I Pa-qliacct. pela Sociedade de Musica Coral e Instrumen-tal do Rio de Janeiro Taatro Ouldna. Rua AlcindoGuanabara. 17 (220-6997) Dom, às 17h Ingressos aCr$ 5 mil,CONCERTOS PARA A PAZ — Recital de EuniceRubim de Moura (cantora) e Larrv Fountam (piano)interpretando Beethíveb, Poutenc. Rodngo. Tunna eoutros Domingos, às 19h30mm. na Corrente da PazUniversal. Rua Senador Dantas. 117. cob 03 Entradafranca

SÉRIE VESPERAL — Recital de Mathias de OliveiraPinto .vtokvKelo) © Fábio Ga'denal (p«ar*>. No proçra-ma. peças de Brah. Fauré. Epple o Villa-Lobos Domirvgo. ás 17h. na Sala Oalui Meireles. Lgo da Lapa. 47.Ingressos a CrS, 8 mil. Cr$ 6 mil e CrS 4 mil

ZANFTTO — Opefa de Mascagni Com Ikla Launa eEunice Rubm Hojp .s l/h no Teatro CHilcina RuaAlcndo Gua-abrira. \? Ing e^sos a CrS b mil

TEATROj-»v GRANDE E PEQUENO - Texto do BothoS' Strauss Tradução de Millôr Fernandes Direc_fc.deCelso Nunes Com Renata Sorrah, Paulo Villaça. SelmaEgrei, Ada Chaselion. Josó de Abreu e outros TeatroNotaon Rodriguai. Av Chile. 230 (212 5695) De 4a asáb , às 21h e dom., âs lyh Ingressos. 4a, 5a e dom aCr$ 25 mil . CrS 20 mil. estudantes; 6d o Cr. 25 mil. saba Cr$ 30 mil. (16 anos) Estacionamento próprio Até dia8 de setembro.

Demonstração eloqüente ría pu/ança da atualdramaturgia alemà e revelação para a platéia brashleira de Botho Strauss, autor que não encontraalternativas ò crescente desumanizaçáo contempo-ránea. No espetáculo hiper-realista de Celso Nunes,sobressaem a concepção visual üe Hélio EiChbauer eas interpretêçôes de Renata Scrrah (densa e interio-rizada) e de Selma Egrei (surpreendente e coreogra-fada).

[-K MÃO NA LUVA (INTRODUÇÃO AO HOMEM DES^ DUAS FACES) — Texto de Oduvaldo Vianna Filho.DireçAo de Adertyi. Júnior Com Aderbal Júnior e JulianaCarneiro da Cunha. Cenografia e tigunno de MareioColaterro Taatro Glàudo Gili. Praça Cardeal Arcover-do. Copacabana 1237 7003) Oe 4a a sab. às 21 hôOmm:dom às 19h. Ingressos 4° e 5a a Cií 20 mil. 6a edom aCrS 25 mil. s<1b a CiS 30 mil.

Texto escrito em 1966 que transforma em duelopsicológico a separação de um casal depois de seteanos de união. O espetáculo explora com habilidadeo tema e tem em Marco Nanini e Juliana Carneiro daCunha intérpretes perfeitos.ENSAIO N° 2 — O PINTOR - De Lygia BojungaNunes. Direçío de Bia Lessa. Com Ana Gabnela,Carolina Virguos, Fernanda Tomassini. JoAo Salles. Joa-quim de Paula e outros. Teatro Sese da Tljuca, RuaBarão de Mesquita. 539 (208-KJ32I. 5a o 6a às 21h. sáb.às I7h e2lh. dom. às 17h. 18h30min e 21h. Ingressos5a. 6a e dom a CrS 15 mil. Crí 12 mil e CrS 7 mil (cnnçasaté 10 anos): sàb. preço único da CrS 15 mil.

Reflexão sobre a arte, a cor e a perda, cujospontos altos sao o desenho cênico esboçado pelatalentosa Bia Lessa e a inteligente direção musicalde Calque Botkay.

ESTOU AMANDO LOUCAMENTE... — Te «o de KevinWade. Direçáo do Cláudio Cavalcanti. Com CláudioCavalcanti, Gractndo Jr. e Mana Lúcia Frota. TeatroSanac. Rua Pompeu Loureiro. 45 (256-2641) 5a e 6a. às21h: sàb.. às 20h e 22h e dom . às 18h o 21 h Ingressos5" e dom. a CrS 25 mil e 13a e sáb. a CrS 30 mil.ORQUESTRA DE SENHOMTAS — Toxto de JeanAnouilh. Tradução de Jacqueline Laurence. Direção doChico Ozanan. Com Samantha, Marteno Casanova.Veruska. Desiróe, André Vallt e outtos. Teatro Alaska,Av. Atlântica. 3806 (247-9842). As 4a. 5a o 6a às21h30min; sáb. às 22h; dom. às 19he21h. Ingressos aCrí 10 mil (4a); Crí 12 mil (5a e dom): CrS 15 mil (6a edom. na 2a sessão) e Crí 20 mil (sáb.) (16 anos).NO BRASIL TODO O MUNDO É PEIXOTO - Adapta-çào de sets contos de Nelson Rodrigues por JoséEudes. José Humberto e Paulo Vai. Com ls» Gnelman.José Muniz, Liln Hamdan, Mônica Deruiz, Sônia Figuet-redo e Paulo Vai. Taatro Dum. Rua Hermenogildo deBarros. 161 (224-11631. 6ao sab, às21h30medom. às19h30m. Ingressos 6a e sáb a Cri 7 mil. a CrS 7 mil e Crí5 mil estudantes (14 anos).C DE CANASTRA — Espetáculo de variedades comtextos, direção e interpretação de Felipe Pinheiro ePedro Cardoso. Músicas de Tim Rescala. Figurinos deGuilherme Karani. Taatro Cândido Mandaa, Rua JoanaAngélica. 63 (227-9882). 4a. 5a às 21h30min; 6a às21h30m e sáb., às 21h30min e 24h.. dom. às 19h e21 h30min. Ingressos 4a, 5". 6" o dom. a Crí 15 mil; sáb.(às 24h) Cri 12 mil; sáb. (1° sessão) a CrS 20 mil e CrS15 mil. estudamos. Até 2 de setembro.OS JAPONESES NAO ESPERAM - Texto de RicardoTalesnick. Tradução e direção de Luis Carlos Anitin.Com Tamara Taxman, Marcos Wainberg e Nedira Cam-pos. Taatro CawaM. Rua Desembargador Isidro. 10(268-9176). De 4a a 6", às 21h15min; vesp 5a às 16h;sáb. às 20h e 22h e dom. às 19h15min e 21h15min.Ingressos a CrS 20 mil.O GUARANI — Texto de José do Alencar. Direção eadaptação de Carlos Wilson. Com Maurício Mattar.Dodina Bernadelli. Luis Carlos Tourinho. Ovídio Abreu.Tereza Pilfer. Taatro da Galaria. Rua Senador Verguei-ro. 93 (225«U6). De 4a a 6a, às 21h30min; sáb e dom.às 19h. Ingressos 4a e 5a a Crí 15 mil; de 6° a dom. a Crí20 mil Até Io de Setembro.PORCOS COM ASAS — Textos de M. Radice e L.Haverá. Tradução de Maria Celeste Marcondes. Direçáodo Mário Sérgio Medeiros e Jorginho de Carvalho. ComCaco Monteiro. Elena Gurgel. Pedro Eugênio, Emma-nuel Santos e outros. Taatro Glauca Rocha. Av. RioBranco. 179 (22O0259). De 4a a 9. às 21 h; sáb. ás 20h a22h; vesp 5a e dom. às 19h. Ingressos, 4a e vesp 5a aCrí 10 mil; 5" e dom a Cri 12 mil; 6" e sáb a CrS 15 mil.Até dia 8 de setembro. (16 anos)CARTAS MARCADAS — Comédia de Donald Cobum.Direçáo de Joào das Neves. Com Rogério Frôes eMonah Delacy. Taatro Banjamin Constam. Av. Pas-teur. 350 (295-3448). De 4a a sàb. às 21h15min; dom. àst9h. Ingressos 4, 5a e dom., a CrS 20 mil e CrS 15 mil.estudantes, 6a e sáb.. a Cri 20 mil. Estacionamentopróprio. (16 anos).NEGÓCIOS DE ESTADO — Comédia de Louis Vemeuil.Direção de Flávio Rangel. Com Vera Fisher e PerrySalles, Maria Helena Dias a outros. Taatro ClaraNunaa. Rua Marquês de S. Vicente. 52 (274-9696). De4" a 6a e dom., às 21 h; sàb.. às 20h e 22h30mm; vesp.5a e dom., às 18h. Ingressos 4a. 5a e dom. a Cri 25 mil oCri 20 mil. estudantes; 6a e sáb. a Cri 30 mil e vesp. da5» a Cri 20 mil. (Livre).THEATRO MUSICAL BRAZ-LEMO: 1860/1914 — Co-letãnea de músicas de Arthur Azevedo, França Júnior,Baptista Diniz e Carlos Betlencourt. Henrique Ah/esMesquita, Francisco de Sá Noronha. Nicolino Milano.Assis Pacheco. Luiz Moreira e Chalés Lecocq. Direçáode Luiz Antônio Martinez Corrêa. Com Annabel Alber-naz. Fábio Pillar, Vera Holtz e Nelson Carega. De 4a a 6a.às 18h30min. sáb. e dom. às 20h no Paço Importai.Pça. 15. 48. Sala dos Archeiros. Ingressos de 4a a 6" edom a Cri 15; sáb a Cri 20 mil. Até dia 30.SUA EXCELÊNCIA O CANDIDATO - Texto de MarcosCaruso e Jandira Martini. Direçáo de Attllio Riccó. ComPaulo Figueiredo. Felipe Carone. Tony Ferreira, MareiaCortoan e outros. Taatro Vanuc. . Rua Marquês de S.Vicente. 52 — 3o andar (274-7246). De 4a a 6a. às21h30min; sáb.. às 20h30min e 22h30min; dom., às19h e 21h30min. Ingressos 4a. 5a e dom, a Cri 25 mil;6a, e sáb e véspera de feriado a CrS 30 mil.ASSIM É, SE LHE PARECE — Texto de Pirandelkj.Tradução de Millôr Fernandes. Direçáo de Paulo Betti.Com Nathália Timberg, José Wilker. Sérgio Britto. YaraAmaral, An/ Fontoura e outros. Twtro doa Quatro, RuaMarquês de S. Vicente. 52/2°. (274-9895) De 4a a 6a. às21h30min; sáb.. às 20h e 22h30min; dom. às 18he21h.Ingressos 4a. 5a e dom., a Cri 25 mil e Cri 20 mil.estudantes; 6a. a Cri 25 mil e sáb} a Cri 30 mil. Oespetáculo começa rigorosamente no horáno.VIVA A NOVA REPÚBUCA — Texto de Jesus Rocha.Direçáo de Carlos Imperial. Com Milton Moraes. BertaLoran, lns Bruzzi e Nina de Pâdua. Taatro do Copac*-bana Av. Copacabana. 313 (257-0881). 5a e dom., às18h e 21h30min; 6a. às 21h30min; sáb.. às 20h e22h30min. Ingressos. 5a a CrS 10 mil; 6a e sáb. a Cri 25mil; dom. a Crí 15 mil. (16 anos)A CAVERNA — Texto de Walter Smetak. Direção dePaulo Dourado. Com a Companhia Teatral da Escola deMúsica e Artes Cênicas da Universidade Federal daBahia. Taatro CadMa Backar. Rua rio Catete. 3381265-9933). De 3a a 6a. às 21h Sáb. às 20h e 22h e dom. àsI9h e 21 h. Ingressos a Cri 10 mil. Até amanhã.UM BBJO, UM ABRAÇO, UM APERTO DE MÀO —Texto, direçáo e cenografia de Naum Alves de Souza,com Maneia Severo. Pedro Paulo Rangel. Analu Pres-tes, Mario Borges, Ana Lúcia Torres e outros. TaatroViHa-LotM». Av Princesa Isabel. 400 (275-6695) De 4aa sáb. às 21h; dom . às 18h e 21 h Ingressos 4a. a CrS 20mil, 5a e dom., a Cri 25 mil e Cri 20 mil; sáb.. a Cri 30mil; 6a, a CrS 25 mil.AVESSO DO AVESSO — Comédia de Michael Frayn.Adaptação de Joào Bethoncourl Direçáo de José Rena-to. Com Sandra Brea, Sônia Guedes. Pnscila Camargo.Nina rie Pádua, Ewerton de Castro o outros Taatro daPraia Rua Francisco Sá, 88 (267-7749) De 4a o 5a. às21h; 6a e sáb. às 21h30m e dom. às 18h e 21h30m.Ingressos 4a CrS 13 mil; 5a edom a CrS 20 mil e CrS 15mil. estudantes; 6a a Crí 20 mil e sáb a CrS 25 mil. Atédia 1o de setembroREVELAÇÕES — Texto do Dacra Marami. Com LadyFrancisco e Sidney Lilla. Teatro da UFF. Rua Miguel deFnas. 9. Niterói De 6a a dom. às 21h Ingressos a CrS 20mil.E A CONQUISTA DO JARD4M DAS DEUOAS —Cnaçâo coletiva do grupo de teatro Hevolucsrm Direçãode Zequmha Miguel. Taatro Martin» Pana. Rua 20 deAbnl. 14 Sáb. e dom., às 21 h. Entrada Iranca.O PRÓXIMO — Adaptação e direçáo de Mana Vortiees.Com Sandra Simon e Guto Simal Café Taatro Zsppe-lin. Estrada do Vxiigal. 471 (274-1549) 6a e sáb. _s 24h.Couvart a CrS 13 mil.AMIZADE COLORIDA — Texlo de Hilton Have Direçáode Bruno Barroso. Com Martene Silva. Sandra Menezes.Hilton Have. Guaracy Valente e outros Taatro Sen»-dor. Rua Senador Dantas, 13 (220-50331 De 4a a dom.às 21h.5mtn. Ingressos a CrS 1b mil.MAMÃE FCH ÀS COMPRAS — Texto de Atois . deAbreu Direção de Claudto Gaya Com Aloiso de Abreu.Bia Monte_. Edgard Amonm e Use Quinderé TaatroAurímar Rocha. Av Ataulfo de Paiva. 2S9 (239-I498).De 4a a 6a e dom. às ?1h30mm, sáb. às 20h o 22h.Ingressos 4a. 5a e dom a CrS 15 mil o 6a e sáb a CrS 20mil 4a e 5a alunos de cursos de teatro a CrS 10 milA HISTôfHA OA CANTORA SEM WSCO - Espetáculode bonecos de Angela Herz Com Angela Hei. e osmanipular*, res Inse Carlos Meireles e Soou Catanna.Teatro L»opo<do froei. Rua Manoel de Abreu. 16.Niterói De 6a a dom. as 21 h Ingressos a CrS 8 mil AtôamanhãFANOO E US - Teatro de Arrabal Direçáo de CláudioRodiKjues Com Claudia Vidal, Renato Pores. ChnstinaHoiena r muro. Cantrc de Letras ¦¦ Artes da Uni-«o.Av Pí=i__' 438 6a _s21n sáb edom. as !9h30mine21 h Lnt':Kt3 franca

Page 29: fIwÊ - Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca ...

6 o CADERNO B o sábado, 24/8/85 JORNAL DO BRASIL

vísaoCANAL 210:15

10:45

12:00

12:30

13:00

15:0016:00

18:0019:30

REENCONTRO — Mensagem religiosacom o Pastor FaniniTELECURSO Io GRAU — Língua Portu-quesa e recapitulação semanalLANTERNA MÁGICA — Programa sobrea história do cinema de animação.VIAGEM AO REINO ANIMAL — Do-cumentário. Hoje: Os Ginetes do ArSÍTIO OO PICA-PAU-AMARELO — Seria-do infantil baseado em Monteiro Lobato.Episódio de hoje: Robson CrusoéI LOVE YOU — Música de Hoje: Lat H BaJOGO ABERTO — Hoje: Bradesco x Co-rintians. Basquete masculino ao vivoSUPERONDA — Revista jovemISTO É HOLLYWOOD — Documentáriosobre cinema. Hoje: Animais a Criançase Outros Atores

20:30 AO VIVO LOCAL — Noticiário com Eliza-beth Camarão

20:45 AO VIVO NACIONAL/INTERNACIONAL— Noticiário com Ana Lúcia Gregat, Al-berto Cury e Márcio Martins

21:15 SÁBADO FORTE — Exibição de filmecom debates coordenados por MarinaColassanti. Filme de hoje: O Morro dosVentos Uivantes

00:00 NOITE DE JAZZ — Programa musicalcom shows e espetáculos. Hoje: FrankSinatra no Macksoud. Homenagem aMaurício Einhorn por Nelson Ayres eRoberto Sion

01:00 BOA-NOITE DE JONAS REZENDE — Te-ma de hoje: Leonardo Boff: Quando oSilêncio Pela Vida Torna-se Mais Elo-quente Que o Discurso Pela Morte

CANAL, 45:45 TELECURSO 1° GRAU — Aulas reprises6:55 TELECURSO 2° GRAU — Aulas reprises8:05 TELECURSO 1o GRAU — Aula inédita8:20 TELECURSO 2o GRAU — Reprise da aula

de 3a-feira8:35 PROFISSÃO TERRA — Informativo rural.

Apresentação de Claudiney Ferreira. Ho-je: o trabalho de recuperação do solofeito por técnicos agrícolas no Paraná

9:05 GLOBO CIÊNCIA — Apresentação de Lu-ciana Villas-Boas. Hoje: o programa ótodo dedicado ao físico Mário Schenberg

9:30 BALÃO MÁGICO — Programa infantilcom a Turma do Balão Mágico, Castrinhoe Fofão

12:25 RJ TV— Noticiário local apresentado porLella Cordeiro

12:40 GLOBO ESPORTE — Noticiário esportivoapresentado por Fernando Vanucci e LeoBatista

13:00 HOJE — Programa jornalístico. Apresen-tação de Leda Nagle e Sônia Maria.

13:25 FESTIVAL JERRY LEWIS — Filme: ACanoa Furou

15:00 CUP CUP — Programa musical comvídeo-clips

15:40 CASSINO DO CHACRINHA — Programade auditório com atrações musicais ecalouros. Hoje: Dominó, Ciclone, BabyConsuelo, Lobão e seus Ronaldos, Sá aGuarabyra, Zó Ramalho, Eliana Pitman,Biquíni Cavadão e outros

17:35 QUEM É QUEM — lll GRANDE PRÊMIODO BRASIL DE MOTOCROSS

17:45 A GATA COMEU — Novela de IvaniRibeiro e Marilu Saldanha. Direção deHerval Rossano. Com Nuno Leal Maia,Cristiane Torloni e José Mayer

18:40 SINAL VERDE — Os bastidores, os trei-nos e o grid de largada do GP da Holandade Fórmula-1 que será corrido amanhã.Apresentação de Reginaldo Leme

18:50 TI-TI-TI — Novela de Cassiano GabusMendes. Direção de Wolf Maya e FredConfalonieri. Com Reginaldo Faria, LuizGustavo, Marieta Severo, Malu Mader,Paulo Castelli e Yara Cortes.

19:45 RJ TV— Noticiário local apresentado porLiliane Rodrigues

20:00 JORNAL NACIONAL — Noticiário nacio-nal e internacional apresentado por CidMoreira e Celso Freitas

20:30 ROQUE SANTEIRO — Novela de DiasGomes e Aguinaldo Silva. Direção dePaulo Ubiratan. Com José Wilker, ReginaDuarte, Lima Duarte, Paulo Gracindo eLucinha Lins

21:30 FESTIVAL DOS FESTIVAIS — 2» elimina-tória, direto de Porto Alegre

23:10 SESSÃO DE GALA — Filme: Flores •Espinhos

1:00 CORUJA COLORIDA — Filme: QuandoParis Alucina

CANAL 610:00 HOMENS E LIVROS — Programa educa-

tivo apresentado por Amaldo Niskier. Noprograma de hoje, lançamento do livrode Viva o Povo Brasileiro, de JoãoUbaldo

10:30 CIRCO ALEGRE — Programação Infantilcom desenhos animados e números cir-censes. Apresentação de Carequinha eRolinha

11:30 AGRICULTURA HOJE — Programa infor-mativo sobre investimentos na área agri-cola. Hoje: A Eletrificação Rural

12:00 MANCHETE ESPORTIVA Io TEMPO —Resenha esportiva nacional e internacio-nal. Apresentação de Márcio Guedes

12:30 JORNAL DA MANCHETE — EDIÇÃO DATARDE — Noticiário, agenda cultural eentrevistas. Apresentação de Jacira Lu-cas e Leila Richers

13:30 FM TV — Programa musical com video-clips. Apresentação de Marco Antônio

15:00 CLUBE DA CRIANÇA—Programa infantilcom desenhos e brincadeiras. Apresen-tação de Xuxa

18:25 ANTÔNIO MARIA — Novela de GeraldoVietri. Direção do autor. Com Sinde Feli-pe, Elaine Cristina, Renato Borghi, My-riam Pérsia e Jorge Cherques

19:25 TAMANHO FAMÍLIA — Seriado de hu-mor com texto de Geraldo Carneiro,Mauro Rasl, Vicente Pereira e LeopoldoSerran. Direçáo de Ary Coslov. Com IvanCândido, Suely Franco, Diogo Vilela, Nil-do Parente e Ariel Coelho. Episódio dehoje: O Dia Em Que o Mundo Acabou

19:55 MANCHETE ESPORTIVA —2° TEMPO —Resenha de atualidades esportivas. Co-mentários de João Saldanha. Apresenta-ção de Paulo Stein

20:15 NOCAUTE — As maiores lutas de boxede todos os tempos

20:20 JORNAL DA MANCHETE — 1' EDIÇÃO—Noticiário nacional e internacional. Apre-sentação de Ronaldo Rosas e CarlosBianchini

21:15 SESSÃO FAROESTE — Filme: WillieBoy,O Rebelde

23:20 SESSÃO EXTRA — Filme: A Melhor Es-colha

CANAL 77:00 BOA VONTADE — Programa religioso.

Apresentação de José de Paiva Netto7:30 SHOW DE DESENHOS — Seleção de

desenhos animados de Hanna & Barbera8:30 PROGRAMA JIMMY SWAGGART — Pro-

grama religioso9:30 RINCÃO BRASILEIRO — Musical sertane-

jo com apresentação de Vera Lúcia eOliveira Filho

10:30 O GORDO E O MAGRO — Seriado humo-rístico. Episódio de hoje: Uma Luta SemIgual

11:00 CLUBE DO BOUNHA — Programa devariedades e apresentaçio de calouros.Com Edson Bolinha Cury

10:00 FUTEBOL AO VIVO — Jogo: a programar18:00 BATALHA DO AMOR — Programa de

variedades apresentado por Cristina Pro-chaska e Antônio Emílio

19:30 JORNAL DO RIO — Noticiário local apre-sentado por Aurélia Guilherme

19:40 JORNAL BANDEIRANTES — Noticiárionacional e internacional apresentado porJoelmir Beting

20:00 PROGRAMA J. SILVESTRE — Musicais,entrevistas e variedades.

00:00 PLANTÃO DA MADRUGADA —Reporta-gens, entrevistas e shows eróticos, apre-sentados por Goulart de Andrade. Filmede hoje: Frenesi de Glória.

CANAL 99:00 POSSO CRER NO AMANHÃ —Programa

religioso com o Pastor Miguel Ângelo9:15 TELESCOLA — Programa cultural e gi-

nástica9:45 PARE E PENSE — Programa religioso

com o Pastor Caio Fábio Filho10:00 O MUNDO É PEQUENO—Documentário10:30 FÉRIAS NO ACAMPAMENTO — Do-

cumentário sobre escotismo11:00 PROGRAMA BERNARD JOHNSON —Re-

ligioso11:30 RENASCER — Programa religioso com o

evangelista Silas Malafaia12:00 PROGRAMA BARROS DE ALENCAR —

Programa de auditório com musicais et)__ncí_í"í_3Í r 3s

15:30 FORRÓ, ALEGRIA DO POVO — Show de

forró com Rouxinol17:00 BAIXADA FLUMINENSE — O programa

fala da vida social e política da Baixada.Apresentação de Jece Valadão

18:00 REALCE — Programa jovem apresentadopor Ricardo Bocão e Antônio Ricardo

19:00 BIKE SHOW — Programa jornalístico so-bre veículos de duas rodas apresentadopor João Mendes.

20:00 VÍDEO ROLL — Programa musical comAdriana Riemer, Paulo Cintura e o Con-tra-Regra Maluco

21:00 OLHO MÁGICO — Jornalístico e varieda-des. Apresentação de Ayzita Nascimento

22:30 PERDIDOS NA NOITE — Programa deauditório com brincadeiras e shows mu-sicais apresentado por Fausto Silva.

CANAL 116:30 ESPORTE AMADOR — Programa espor-

tivo7:30 GATO FÉLIX — Desenho8:00 SESSÃO DESENHO — Seleção de dese-

nhos animados e brincadeiras, com apre-sentação do palhaço Bozo

14:25 MENUDO NO BRASIL — Musical14:30 VAMOS NESSA — Musical Jovem15:30 LONGA-METRAGEM ÉPICO — Filme a

programar17:30 GRANDES ESPETÁCULOS18:25 MENUDO NO BRASIL — Musical18:30 ANGELITO — Novela19:15 JORNAL DA CIDADE — Noticiário local

apresentado por Leila Mansur

19:25 JORNAL NOTICENTRO — Noticiário na-cional e internacional apresentado porGilberto Ribeiro, Antônio Cazale e LívioCarneiro

19:45 UMA ESPERANÇA NO AR —Novela comDavid Cardoso, Angelina Muniz, MárioCardoso e outros

20:30 CRISTINA BAZAN — Novela21:15 MOMENTO MENUDO — Musical21:20 VIVA A NOITE— Programa musical com

competições e prêmios. Apresentação deAugusto Liberato

00:00 LONGA-METRAGEM LEGENDADO — Fil-me: Duelo de Bravos

A programação e os horários sáo da responsabilidade das emissoras

ASCOBRAS VERÍSSIMO

áWWtO, O Cl-MIStA IWflJÍZAV^U,ÚD&%&0\0 t.MI.U.-_ fg^lMlíMO

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PEANUTS CHARLES M.SCHULZ

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_EBOLINHA MAURÍCIO DE SOUSAI /• -^ I ^£2_=1 I /também não n

V^X I VOU FALAR ._:. / ESTOU ACHANDO, //' / NÀO H / PPA MÔNICA QUE &WX&Ú DIVERTIDO SER O_2_*._.*__. '• -Wl VOU \ V OUEBO TROCAR *%%&%(&< LOBISOMEM l _/

T&SÊffiw&tytf GOSTAR \ \DE PAPEL </ "S-fiKfJN^ -_-^

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DA-CHUVA! VÁÍ

CRUZADAS CARLOS DA SILVA

HORIZONTAIS — 1 — vaso de barro ou de metal,baixo, em forma de tronco de cone invertido, ecorn aiversos usos domésticos; alguidar; 6 —parte lisa e recortada, geralmente ajustada aocorpo, de vestido, saia, blusa ou calça, entre oombro e parte da cava. entre a cintura e os quadris,ou entre a cintura e o busto; poncho leve. de brim,vicunha, merinó, ou até de seda, com as pontasfraniadas; barra ou faixa que divide o escudo dealto a baixo; 10 — dança popular napolitana, deandamento muito vivo. em compasso de 3/8 ou6'8, acompanhada pelo pandeiro e pelas castanho-Ias. e que primitivamente era cantada (pl); compo-sicão instrumental e erudita, com as característi-cas da música para essa dança; 12 — remomhojunto ao leme. quando o barco corre muito; 13 —razão aparente que se alega como escusa; 15 —carne de vaca, salgada e em mantas; charque, 16

cano de lerro, fundido em ângulo reto, paraconduzir água; 17 — interjeição para chamarporcos ou afugentar cães e outros animais, 18 —designação comum a algumas espécies de ara-nhas solitárias que não tecem teia, 19 — mteriei-ção imitativa do golpe, pancada, do baque de corpoduro que tomba ou do choque de corpos sólidos,20 — estampido de tiro de revolvei ou de qualquerarma de fogo, 21 — parte da árvore que fica vivano solo depois de cortado o caule da arvore;coniunto de rebentos ou filhos de uma planta. 24

linha imaginária que divide um corpo em dois.pequena ferida ou esfoladura, 26 — que se pode

reduzir a fios, estirar. distender. sem se romper;flexível; 27 — símbolo da perfeição celestial; discode jade com uma abertura circular no centro; 28 —liquido incolor. com cheiro característico, obtido nadestilação do petróleo e do carvão, e usado comosolvente: 29 — célula reprodutora capaz de germi-nar. dando novo organismo; célula resultante dadivisão múltipla dns protozoários; corpusculo re-produtivo de fungos e algumas bactérias; 30 —nome que se dá às camadas superpostas dehumo, ricas em matéria orgânica, que formam umtapete sobre o solo natural.

VERTICAIS — 1 — conjunto de a'ecçôes alérgicascaracterizadas por influência hereditária e mecanis-mo reagínico. 2 — língua daomeana falada naregião de Acra, 3 — cilindro de metal, com cabeça,destinado a unir permanentemente duas chapasou peças de melai: depois de introduzido numorifício que atravessa as chapas ou peças, temmartelada a extremidade oposta à cabeça, demodo que se forme outra cabeça, que o impede desair do orifício; 4 — tecido felpudo de lá. a parteque resta do charuto ou do cigarro depois defumados, 5 — corra os devidos trâmites. 6 — cadauma das duas lâminas que servem de guias asvaretas que acionam os escapes da Imotipo.utensílio com que os encadernadores dão aspectoondulado ao banho de marmoreaçào, utensílio debordadeira com que se limpam bordados de pontoalto, 7 — diz-se de um instrumento de sopro em

relação a outros análogos, para caracterizar-lhe oregistro de contralto; 8 — poemeto em versosoctossílabos que os jograis cantavam na IdadeMédia; 9 — planta européia da família das anstolo-quiáceas. que habita os bosques Úmidos de folhasde odor nauseabundo e flores externamente ver-des e vermelhas no lado interno; 11 — cada umdos meios de que a ambição e a astúcia se valempara alcançar ou apreender aquilo que as tenta;apêndice móvel não articulado, na cabeça ou naparte anterior dos animais, e que lhes serve deórgão do tato ou de preensâo; 14 — navio decombate com a proa munida de um esporào deaço, 17 — diz-se de, ou espécime de uma varieda-de portuguesa de gado bovino de uma raça holan-desa, 19 — sentimento de vergonha, de mai-estar,gerado pelo que pode ferir a decência, 20 —pequena escavação ou entalhe que se faz em umaviga para o prego que ha de segurá-la entrar maisfundo e fixá-la melhor; 22 — dança dos candom-blés baianos, 23 — ímpeto, impulso; 24 — vitoria-regia. 25 — aquilo que se desconhece; 28 —porco Léxicos: Mor. Aurélio a Casanova..

SOLUÇÕES DO NÚMERO ANTERIORHORIZONTAIS — abe-ce, unha; eu, amon; ar.abatis, ocre; acopo, turra, enolaro; molar, tugue,utia. armila; co; da. ut; olhai. rafe. VERTICAIS —aerotatico bu. caber, ema, untcelular, ha, argol,ota, arroga, sonata, curu, pori; amém. urca. aute,id. oi; uf

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Correspondência para: Rua das Palmeiras. 57 ap. 4 —Botafogo — CEP 22270

HORÓSCOPO MAX KLIM

ÁRIES — 21 de março a 20 de abrilCarente de motivações, o arietino terá, nopassar deste sábado, algumas indicaçõesque poderão levá-lo a agir de forma maisdireta na procura de seus interesses. Nãose deixe dominar pela autocomiseraçãodiante de dificuldades. Reaja e as enfren-te pronta e firmemente.

TOURO — 21 de abril a 20 de maioSua constância em todos os assuntos eacontecimentos que lhe digam respeitoserá fator preponderante do seu sábado,um dia que pode trazer-lhe incomumsurpresa diante de pessoas a quem admi-ra e estima. Sensualidade extremada emquadro de valorização amorosa.

GÊMEOS — 21 de maio a 20 de junhoCombata a natural inquietude do geminia-no diante da vida, com atitudes quemostrem toda a sua capacidade de adap-tação a fatos novos. Sensibilidade quepode trazer-lhe bons momentos no tratocom artes e artistas. Tudo estará depen-dente de seu estado de ânimo.

CÂNCER — 21 de junho a 21 de julhoUma dia de especial condicionamentopoderá ser vivido neste sábado pelo can-ceriano. Você recebe influência que pc-tencializa seu apego à família e aos as-suntos afetivos relacionados ao futuro.Em tudo há um clima de harmonia edisposição criativa.

LEÃO — 22 de junho a 22 de agostoMotivado otimisticamente na busca desuas ambições pessoais, você poderárealizá-las em clima de favorecimento,tranqüilidade e apoio. Dia que lhe permiti-rá revelar em toda a sua plenitude suacapacidade de influenciar pessoas e moi-dar tudo a sua volta.

VIRGEM — 23 de agosto a 22 desetembroVocê vive um dia especial, onde tudo aoseu redor deve contribuir para a melhoradas condições de vivência e das bases deseu futuro. Pessoa que lhe guarda grandeafeto pode manifestá-lo de forma sur-preendente. Realização interior em qua-dro que valoriza o amor.

LIBRA — 23 de setembro a 22 deoutubroAções seguras e um comportamento rea-lista farão a tônica de um sábado que semostra grandemente positivo para o li-briano. Todas as suas ações não tenhaminterferência de terceiros serão bem rece-bidas e apoiadas. Clima de admiração ecuidados ao seu redor.

ESCORPIÃO — 23 de outubro a 21 denovembroHoje o escorpiano deve agir de formabem cautelosa diante de sua normalmen-te incontrolável curiosidade. Fatos intri-gantes e opiniões que revelem segredospodem ocorrer a sua volta. Afetividadeextremada com um comportamento mui-to sensível diante de fatos novos.

SAGITÁRIO — 23 de novembro a 21de dezembroDestaque para seu temperamento emum sábado que pode reservar-lhe bonsacontecimentos financeiros, mudanças esucesso em matérias ligadas à Justiça. ALua gera a seu favor um quadro depositividade e acerto. Decisões acertadasque devem ser tomadas com firmeza.

CAPRICÓRNIO — 22 de dezembro a20 de janeiroUma regência fortemente influenciadapor um bom condicionamento astrológicolhe dá, no passar do sábado, excelenteoportunidade de ampliar relações quepossam interferir beneficamente em seufuturo. De tais contatos, nascerão afeto ecarinho muito fortes.

AQUÁRIO — 21 de janeiro a 19 defevereiroSeja prudente na tomada de decisões quepossam interferir com interesses de famí-lia. Quadro que posiciona de forma bené-fica o seu final de semana em termosafetivos. Vivência de fascínio e encantojunto ao sexo oposto. Novidades sur-preendentes.

PEIXES — 20 de fevereiro a 20 demarçoHoje, o pisciano terá um momento deincomum valorização pessoal, com inter-ferências favoráveis e um quadro muitobem disposto em relação às pessoasmais próximas. Sensibilidade forte queestará interferindo em seu julgamento.Novidades agradáveis no final do dia.

LOGOGRIFO JERÔNIMO FERREIRA

PROBLEMAN° 2015

U I O

OI O

11

Agourento 17)Da cor ou natureza ria

purpura (7)Diverso do primeiro(51

Elemento de símboloAu 141

Elemento de símboloOs (b)

Espádua 151Falecimento (51Nascimento de umaslro (4)

Nome de uma cons-telaçáo austral (51

0 idioma dos Oscos(41

Oitizeiro (4|12. Omissor (9)13 Peso (4)14 Que náo e agudo (6)15 Que nao trabalha (6116 Rpgião dos mortos

(4117 Relativo a sonhos (7118 Relativo ao ouvido (5119 Sombrio (7)20 Vazio 131Palavra-chave:14 Latras

Consiste o LOGOGRIFO em encontrar-se determinadovocábulo, cuias vogais |á esláo inscritas no quadroacima Ao lado. à direita, é dada uma relaçSo de vinteconceitos, devendo ser encontrado um sinônimo paracada um, com o numero de letras entre oarènteses.todos começados nela letra inicial da palavra-chave, Asletras de Iodos os sinônimos estão contidas no termoencoberto, respeitando-se as letras repetidas.

Soluções do problema n° 2014: Palavra-chave:'01 'ADHINGENTESIM OParcims Ouencio. Quengo Questionai, Quitandeiro,Quando Quente. Quedar, Quimera, Queimado, Quei-ra. Guernua. Quadro. Quadríénio Quimensta Quinar.Qumante, Quera. Quinta . Quinino. Quietar

Page 30: fIwÊ - Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca ...

JORNAL, DO BRASIL sábado, 24/8/85 o CADERNO B o

<:ASA I Fotos de Geraldo Viola

Agosto é umconvite à trocados móveis-_B_-_-E5illS%:«^«sp38Ss§6pS8F^ WfrKJ KàlU ;_.__, l . J ',_, x __«*.. „ ,»%* I ? * ,í_^-^-^_mj--^-^-^.^j.oa gjeíjIiSfefe-^Bttk-^rejK^r-B^fc *SgL^ro*^fc^ .SJIa _Bfc.__BM_ra <_»__. yv ___^H __BSt__d£_^__^__K r-_i'-;' 'y-:"^-^_______________e..-._L''f'--< -._, -¦-'- ¦. -_¦BI (Mralíliii?.^^ VM_9»c__r ___f__» _. '_#v 's" ¦. :ílP_É________ __l____llllía * H.¦jKTCrif i umi' r n i ii ii In Milniraiii^rW^' ^^^^¦Ir meia ae »&_____________________.- - i^HlÉÜ HíiiiÉttni JlMí_B IHSfí- ¦¦- - -vm^!^4&_^_rw-E!@^SBpS,lSiS^^I ______________¦ HeÉÉI. _^aí h^Hw

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_/a Sombra:conjunto demesa deferrolaqueadobranco comvidro e seiscadeiras deferro comfio deplástico, deCr$3milhões 650mil por Cr$2 milhões500 mil.Opção paravarandas,jardins etambémparainteriores

Patrícia Mayer

AGOSTO

é mês de promoção. E as-sim como acontece nas butiques demoda, que aproveitam a proximida-de da mudança de estação para bai-

xar seus preços, grande parte das lojas de móveisestá com ofertas.

Os motivos para as vendas especiais, se-gundo anunciam cartazes em vitrines e fachadasdas lojas, principalmente na Barra, são diversos.De excesso de estoque e duplicidade de determi-nadas mercadorias a mês de aniversário. Mas averdade, segundo revelam alguns comerciantesdo ramo, é que agosto é época de venda baixa,mês após férias, de aumentos nos preços dasescolas, quando ninguém pensa em comprarnada para casa. O jeito é movimentar baixandoos preços, com descontos no pagamento à vistade 12% a 51% e ofertas nas vendas a prazo,eliminando juros e estendendo o crédito.

Para quem está à procura de móveis, vale apena dar uma circulada em algumas dessas lojasem promoção. Não irá encontrar o móvel deluxo, com acabamento perfeito, a última modaem decoração. Mas se á necessidade é de umapeça complementar, uma cama ou estante extra,um moliliário para casa de campo, para um

apartamento transitório, as ofertas podem com-pensar. A Woodstore (Avenida das Américas,perto do Freeway), especializada era móveis depinus e tubulares coloridos, está com todas asmercadorias em promoção desde o início deagosto — três vezes sem juros ou à vista com12% de desconto — e já ostenta alguns recordesde venda: 300 sofás de dois lugares ao preço deCr$ 470 mil e 1 mil 200 cadeiras tipo diretor porCrS 95 mil. Essas mercadorias já se esgotaram,mas ainda há pechinchas, como sofá de tubocolorido (seis cores diferentes) com almofadasde tecido combinando com a cor do tubo, porCrS 570 mil (preço normal: Cr$ 700 mil). Hácamas de casal, de tubo, por Cr$ 889 mil,carrinho que funciona como bar, também tubu-lar, por CrS 353 mil, e bar de pinus, comprateleiras internas e formato para completar umcanto, por CrS 534 mil. A loja oferece promo-ções duas vezes por ano, em janeiro, quanto háuma mudança de linha, e em agosto, que além demês de aniversário é época de venda ruim,segundo conta Hernani Oliveira Filho, um dosdonos. "A promoção agora é por falta declientes mesmo" — diz ele. "A oferta traz odobro da clientela e vendas até triplicadas".

Para o proprietário da Woodstore, difícil éencontrar quem não está em promoção. E ali naBarra se comprova essa afirmação. Na Sombra,

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Entre as ofertas da Modulados Roma, um destaque é a bicama, laqueada ou emcerejeira, por Cr$ 939 milloja de móveis em frente à Woodstore, estão empromoção todos os móveis localizados à direitade quem entra. A maioria é para varandas ejardins, mas alguns ficam bem também eminteriores, como o conjunto de mesa retangularde ferro laqueada de branco, com tampo devidro e seis cadeiras de ferro com fio plástico. DeCrS 3 milhões 650 mil, passou a,Cr$ 2 milhões

500 mil, porque saiu de linha. Simpático tambémé o conjunto de mesa redonda com quatrocadeiras de madeira com verniz poliuretano,que, de CrS 2 milhões 513 mil, está por Cr$ 1milhão 609 mil. Além de madeira e ferro,também estão em ofertas os conjuntos de fibra epeças avulsas, como a mesa de madeira dobra-vel, de Cr$ 812 mil por CrS 480 mil.

No CasaShopping, é fácil constatar queagosto é realmente um mês de promoções. Logona entrada, chama a atenção a Gelli, que estáaproveitando o mês de aniversário — 88 anos —para promover seus artigos em todas as suaslojas. A oferta é atraente: o preço à vista em trêsvezes. E agrada nos estofados, como em umconjunto de sofás de três lugares e de doislugares, ornado com gomos, duas peças quecustavam CrS 6 milhões 900 mil e passaram a Cr$3 milhões 300 mil; na mesa de jogo com quatrocadeiras, tudo dobrável, que custava CrS 304 mi!e passou a Cr$ 224 mil 958 — CrS 74 mil 986 emtrês vezes, portanto. É bom lembrar que essaoferta inclui os modulados Bem Bolados, ascozinhas, os sofás-cama, as poltronas recostá-veis, os adornos. Também os Modulados Romaaproveitam o mês para promover. Seus armáriospara quarto e cozinha podem ser pagos em oitovezes iguais, sem juros e ainda tem desconto àvista de 25%. Mas a promoção âncora da linha éa bicama de cerejeira ou laqueada, ao preço deCr$ 939 mil. Vale saber que bicamas não custammenos do que Cr$ 1 milhão 500 mil em outraslojas. "Em agosto é preciso motivar — ensinaHélio Alencar, diretor comercial da Roma.

Enquanto a Casa Pollar, também no Casa-shopping, está promovendo seus revestimentospara paredes, a Modulados Vogue promove seusprodutos com 51% de desconto à vista e descon-to de 30% com pagamento em 10 vezes. A ofertana Vogue atinge móveis e modulados, mas sãonos armários para quarto e cozinha que compen-sam de verdade. Uma cozinha com seis armáriossuperiores, 10 inferiores, um inteiriço, e quatroprateleiras, revestimento laminado sobre com-pensado naval, sai por Cr$ 8 milhões 200 mil àvista. O preço, fora da promoção, é Cr$ 16milhões 400 mil. Os móveis estilo colonial, demadeira maciça, da Velha Bahia, estão com apromoção de desconto de 25% à vista e de 12%em três vezes, até seis. A oferta é para olançamento de uma linha com novo desenho —seguindo o estilo Velha Bahia — e vai até o finalde setembro. Para quem gosta do estilo, geral-mente com preços altos, a promoção é umchamariz, principalmente pela possibilidade depagamento a prazo, ainda com desconto. Apromoção é válida para todas as lojas VelhaBahia no Rio.

As ofertas continuam pela cidade. Grandeslojas como a Sears também estão liquidandomóveis e casas como a Casaredo, que estásubstituindo a linha de madeira clara por móveisde mogno com design tradicional, oferecempromoções.

NOVIDADES

Móveis dealumínioUMA

promoção diferentena Verde Que Te Quero

Verde esta semana que passou:um open-loja, com muita pasti-nha e vinho para comemorar eapresentar a profissionais dedecoração e clientes o lança-mento da representação dasdecoradoras Minha Serrado eIna Yaseji dos móveis de ratan,bambu e alumínio laqueado dopaulista Armando Cerello.Com alguns dos móveis de alu-mínio expostos — _______ lon-gues, mesas, cadeiras em alu-mínio laqueado em diversas co-res que podem ficar expostos àação do tempo pois são acaba-dos com soldas de alumínio —e a linha de ratan e bambu emfotos, a Verde Que Te QueroVerde apresentou também acoleção cashmere de algodãodos tecidos TDS e divulgou aabertura de uma nova loja noShopping Center da Gáveadentro de poucos meses.

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Laminado decorado para uso infinitoTRABALHANDO

há nove.anos com decoração mas

sempre apaixonada pela pintura,a arquiteta Lúcia Baratta desen-volveu um trabalho inédito nasua Oficina de Arte: a pinturasobre laminados. Decorado, olaminado fosco ou brilhante pas-sa a ter utilização mais localiza-da, como paredes entre banca-das, composições com laminadoliso em pisos, paredes de quartosde criança e até para tampos demesa e enfeites de móveis.

— Comecei fazendo pinturaencomendada sobre qualquermaterial e trabalhei muito sobremadeira, metal, vidro e tecidocom tintas diversas e técnicascomo jato de areia — diz ela.

Quando desenvolveu a pinturasobre laminado, agradou a umbom número de profissionais dedecoração e hoje este trabalhoabsorve a maior parte de seutempo. Pintado antes da prensa-gem final do laminado, o motivofica dentro da chapa de fórmica eportanto não há limites para suautilização. "Pode ser usado entre

Foto de Jorge Roberto Serramtmmmmmmmmm wiiw.m ¦¦'¦—_¦¦¦¦¦-_¦¦¦

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A pinturade LúciaBaratta é

prensada nafórmica, oque torna

seu usoilimitado.Aqui,

sugestõespara piso desalão dejogos

bancadas de cozinha para onde aopção é o azulejo pintado defrutinhas, serve para pisos, pare-des, decoração de quartos decriança, composições com chapaslisas, banheiros. Quando a pren-sagem é brilhante, a chapa ficacom uma aparência de laça pinta-da e seu uso é recomendado paraambientes mais sofisticados, paraa confecção de móveis, biombos,tampo de mesas etc", diz ela.

O preço de uma chapa pintada— Im25 x 3m08 é cerca de Cr$ 1milhão 600, e Lúcia aceita enco-mendas também para programa-ção visual, pintura aerógrafo epistolas de grande jato sobre pa-redes e painéis e trabalho de jatosobre vidro ou espelho. A Ofici-na de Arte fica na Rua BentoLisboa, 108, loja, e o telefone é205-9594 e 285-6795.

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Page 31: fIwÊ - Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca ...

o CADERNO B o sábado, 24/8/85

Livro

Visita-se

o mistério

Roberto Mello

As psicoses — livro 3 do Seminário de JacquesLacan. Versão brasileira de Aluízio Menezes. JorgeZahar Editor, 366 páginas, Cr$ 50 mil.

c

OMO seria uma coisa bela ser umamulher sendo copulada." Um belodia este fantasma tomou conta do

presidente Schreber, o grande paranóico, autor deMemórias de um doente dos nervos. O livro, bri-lhante, é texto básico para a descrição da psicosefeita por Freud.

Daí, dessa fase pré-psicótica, ele mergulha decabeça na loucura, e nos dá um testemunho pungen-te do seu sofrimento, internado em vários sanató-rios na Alemanha do século passado, até a consu-mação do delírio, quando se julgará a esposa deDeus, com quem ele copulará e dará à luz uma novaraça, para redenção da humanidade.

O livro 3 do Seminário de Jacques Lacan, Aspsicoses (em bonita tradução de Aluizio Menezes),datado de 19SS-S6, é um exame em profundidade daloucura, através do caso Schreber. Visita-se omistério, mas não se está em trevas absolutas.Lacan nos lembra que Freud tratou da psicose deforma alusiva. Ela é uma questão. Ao contrário doque ocorre com a neurose — toda a teoria estápronta — só temos hipóteses de trabalho para ofenômeno psicótico.

Freud desvendou alguns segredos da paranóia:mostrou-nos sua ligação com o saber (tudo temsignificação para o paranóico, e ela sempre lheconcerne), revelou-nos que o delírio, sim, é signifi-cativo, que a paranóia atua como defesa da homos-sexualidade, o papel do mecanismo de projeção nadialética do ciúme, e a estrutura do discurso para-nóico, através das fórmulas de inversão da frase "euo amo", para"eu o odeio", até "ele me odeia", empleno delírio de perseguição.

Neurose e psicose se distinguem pelas relaçõesdo sujeito com a realidade, diz Freud. Na neurose,o sujeito foge, evita desempenhar um papel, entraem conflito com uma realidade, que é psíquica.Como se dizia antigamente, esquece o id. Ocorreque seu id nunca o esquece, e se faz ouvir, dizLacan, de uma forma simbólica. A isso, Freud opõea psicose, ruptura com a realidade exterior. Emcerto momento, a dilaceraçào, a chamada hiância.

A realidade vira um buraco, a ser preenchido porum mundo fantástico, por um delírio, por alucina-ções, por tudo aquilo que, não tendo sido simboliza-do, reaparece no real.

Na neurose, existe um recalque de conteúdosmentais já simbolizados. Na psicose, existem peda-ços da realidade, recortes de experiências psíquicasque o sujeito não recalcou no seu inconsciente, nemsimbolizou, mas, e aí se dá a hipótese lacaniana,foracluiu. No psicótico, ocorre a foraclusáo de umsignificante: o Nome-do-Pai, que não existe paraele. Sem este significante, Schreber está impossibili-tado de simbolizar a função paterna, a procriação, omistério da paternidade, o ser pai, ele, que teve umpai particularmente repressor, ele, que não tevefilhos, e que pretendeu gerar uma nova raça hu-mana.

Ao ser promovido a presidente do Tribunal deApelação de Dresden, Schreber pira. Não dá conta.É demais para ele, mais jovem que seus pares, aquem tem de chefiar, exercer de alguma forma afunção de pai. Sofre a "vertigem do sucesso",lembra Lacan. Ouve vozes, que não cessam, que operturbam. A alucinação verbal avança. Schreberconstrói um sistema delirante, e como tal, ironizaLacan, não fica atrás de muitos filósofos, Bergson,entre outros. "Esse sujeito diz coisas muito pareci-das com as que eu e Freud dizemos", admite opróprio Lacan.

Por que o espanto? O sujeito dito normal nãodá muita bola para o seu monólogo interno, quetambém não pára, ao contrário do louco, grávido deseriedade, radicalizando sua questão de saber, porexemplo, o que é uma mulher (a questão dahistérica), até se tranformar na esposa de Deus.Para Lacan, o homem moderno não é imune adelírios: a prova disso é seu monólogo interno sobrea tão acariciada noção de autonomia. O homemmoderno se crê autônomo, por mais que a realidadeem volta desminta essa crença.

Mas, atenção. Não é psicótico quem quer.Persiste o mistério. Como ajuda aos principiantes,aos jovens analistas, Lacan indica um critério paradiagnóstico da psicose. É preciso que haja distúr-bios de linguagem, para início de conversa. E nisso,mais uma vez, Schreber é de extrema riqueza. Eleinventou uma língua fündamental (ou foi inventadopor ela?), em que as palavras têm significaçãoantitética, como punição querendo dizer recompen-sa, por exemplo.

Quando se pensa no vocabulário políticoatual, de nítida inspiração orwelliana, que tomagolpe por revolução, transforma a vítima em réu,velhas em novas repúblicas, consagra a atuação detorturador em comissão de direitos humanos, já sesabe que patrono foi adotado: Schreber, aliado aoimordomos de Tànatos. Para início de conversa.

Amadores e profissionais (II)

Wilson Martins

DA

mesma forma, se empregarmos a forçapara impor as nossas convicções, não setrata de violência — violência é a força

que os adversários empregam para impor as suas. Éoutro ponto curioso: "Sou contra todos os modosradicais e violentos", dizia a Ana Helena em 1975,mas, aprovando a revolução portuguesa, "que podeparecer violenta", acrescentava no ano seguinte àrevista Módulo aceitar que as revoluções fossemviolentas, "para começar". O que, desnecessáriodizê-lo, só se pode admitir com referência às"nossas" revoluções. Ele resolvia a contradição porum dos seus costumeiros jogos de palavras: "Náçsou contra o uso da força, mas da violência. Eimportante não confundi-las". De fato. As dificul-dades começam, entretanto, quando tentamos sepa-rá-las, o que ele fazia por meio de "distinguos"verbais e sutilezas filosóficas sem qualquer aplica-çáo no mundo real.

Esses floreios retóricos, afirmados com convic-çáo que ninguém se atrevia a contestar, fascinavamos entrevistadores a tal ponto que não davam pelanecessidade de clarificá-los em termos concretos,mesmo quando contrariassem lugares-comuns ad-mitidos e aceitos. Assim, por exemplo, afirmavaaue "as coisas mais belas do mundo foram publica-das (SIC) sob ditaduras", já que o seu propósitonaquele momento (1978) era proclamar a "grande-za do gênio humano", que acaba por superar todosos obstáculos. Isso explica, com certeza, o esplen-dor da literatura soviética. Nesse caso, por quêcombater a ditadura brasileira e protestar contra aopressão que exercia sobre a vida intelectual? E seas ditaduras de fato promovem as coisas belas,como compreender que a nossa haja provocado oaparecimento de obras-primas tão pouco numero-sas? De qualquer maneira, se o axioma fosse válidonos termos em que o formulava Alceu AmorosoLima, seria de todo incrongruente a oposição dosintelectuais ao regime de 1964 — os mesmosintelectuais que nele viam o representante eminentedas suas próprias aspirações.

Contudo, a ten-dência insopitável dosentrevistadores eraidealizar o entrevistado,vendo-o não na sua pes-soa, mas na sua "perso-na" e, claro está, com-primindo as suas diver- Alceu Amoroso Limasas personalidades históricas na que se configurousob as espécies de paladino da Igreja pós-conciliar ede combativo crítico modernista. Só a falta deinformação teria levado Carlos Roque a escreverqueH do ponto de vista religioso, Alceu AmorosoLima "nunca foi vinculado ao cristianismo adultera-do e castrador no que ele tem de mecanismosrepressivos, cerceantes e totalitários". Desde aconversão de 1928, aduzia o jornalista, sua linhareligiosa "é denominada católico-progressista",afirmações ambas que não encontram confirmaçãonos fatos conhecidos. O mesmo jornalista incluiGraça Aranha no grupo antropofágico e vê emNietzsche um pensador que "influenciou enorme-mente Oswald de Andrade". A supor, bem entendi-do, que Oswald de Andrade jamais o houvesse lido.

Tendo exercido a crítica literária durante operíodo modernista e, nessa qualidade, tendo forço-samente escrito sobre os respectivos autores, AkxuAmoroso Lima passou para a sabedoria coletivanão só como crítico do Modernismo mas como ocrítico do Modernismo, e daí para crítico modernis-ta. É um daqueles lugares-comuns tanto mais indes-trutíveis quanto poucos se dão ao trabalho de ler oque realmente escrevia àquela altura e como julga-va escritores com os quais nào tinha a menorafinidade Mal-entendido que. segundo parece eleexpressamente encorajava Pelo menos é o que

escrevia Hélcio Martins em 1957: "... disse-me eleque seu mérito maior de crítico foi o de ter feito adefesa intransigente do modernismo brasileiro, àraiz mesma de suas primeiras manifestações contratodos — e eram todos então — que viam narevolução literária de 1922 apenas a gaiatice pedan-té de alguns moços desocupados". Não é afirmaçãoisolada: falando em 1982 a Lenira Alcure, eledeclarou que era naquela época "muito pró-modernista", tendo escrito elogios de Mário deAndrade e Oswald de Andrade. E verdade que esteúltimo sempre o desprezou, não sendo tampoucoameno o que Alceu Amoroso Lima sobre eleescreveu, mas tudo se resolveu no plano da Eterni-dade, com as famosas visitas piedosas de um AlceuAmoroso Lima missionário ao leito de um Oswaldde Andrade agonizante. Não eram maiores asafinidades pessoais entre Mário de Andrade eAlceu Amoroso Lima.

O que nos leva, para terminar, ao críticoliterário, onde tudo começou e que, na maturidade,iria expor em dois volumes os princípios de suaestética. Ele sempre negou que a conversão religio-sa lhe houvesse por qualquer modo alterado aisenção e objetividade de julgamento literário. Épossível. A verdade, entretanto, é que a conversãoo inibiu psicologicamente para o exercício da críticaliterária, com ela coincidindo, precisamente, oabandono da sua primeira carreira e o famoso"adeus à disponibilidade". Suas relações com acrítica estão marcadas por sucessivos adeuses eretornos, mas os retornos tornaram-se cada vezmais curtos e constrangidos, enquanto os adeusesacentuavam cada vez mais a incompatibilidadeirremediável que se estabelecera entre a frivolidadeda literatura e a gravidade das preocupações espiri-tuais.

Do ponto de vista cronológico, ele foi críticomilitante (que é a única maneira possível de "mili-tar" na crítica) justamente no seu período ideológi-co conservador e em pleno processo de conversãoreligiosa (que se estendeu pelos anos 20), condiçõestodas que o definiam como adversário orgânico domovimento modernista e das concepções que oanimavam (ainda em 1927, a revista Festa, órgãopor excelência e quase oficial do "espiritualismo",apontava nos modernistas de São Paulo simplescomunistas encapotados). Sentindo mais afinidadecom as idéias gerais do que com os problemasmiúdos da literatura corrente, ele incluía-se a simesmo, com argúcia e sinceridade, na categoria deamador. Ao tratar da história literária e das "idéiase problemas universais", dos livros publicados e daeconomia política, da psicologia ou da apologética,ele foi, em tudo, o que eu me permitiria chamar um"amador profissional", espírito que recusava porinstinto a especialização, o leitor de revistas, comoconfessou, peculiaridade que não passou incólumepelo espírito satírico de Agripino Grieco. Temos,aliás, a esse respeito, o seu testemunho pessoal:"Nunca me deixei profissionalizar na tarimba",declaração que "podemos estender a todos ossetores que seu interesse aflorou", acrescentou comjusteza em 1976 o redator anônimo da revistaMódulo.

É a essa costela amadorística que se deve,creio eu. a sua inclinação pelo jogo de palavras quedeslumbra mas nada significa e pelas generalizaçõesque muitas vezes surpreendem em homem tãointeligente. Assim. Jackson de Figueiredo, sendoreacionário, era um revolucionário às avessas: ou aafirmativa de que. com exceção do homem, todosos demais seres, inanimados ou animados (sic)."acreditam em Deus": ou. ainda: "todo francês éinteligente": ou: "Deus detesta o pecado mas adorao pecador", e assim poi diante Era. essencialmen-te. um moralista e. como tal. propenso a raciocinarpor meio de máximas e aforismos. Era ainda omoralista que encarava a crítica como uma visão davida através das obras e uma visáo das obras atravésda vida.

PilircR.. •-v •

Mario Vargas Llosa

JORNAJL DO BRASIL

Polêmicas

de um

bruxo da

palavra

Jorge de Sá

Contra vento e maré, Mario Vargas Llosa. Tradução deCarlos Jorge Rio Branco Bailly. Editora Francisco Alves, 456páginas, Cr$ 80 mil.

Documentário

sobre os mitos, sonhos econtradições de um latino-americano e re-gistro do caminho percorrido por um escri-tor exilado, que começou nos vaivéns dialé-

ticos de Sartre e terminou abraçando o reformismoliterário de Camus. É assim que Mario Vargas Llosadefine o seu livro Contra Vento e Maré. Seus temasprediletos, além dos que tratam especificamente deSartre, Camus e Simone de Beauvoir, são a política, arevolução, o socialismo, a universidade, a censura e acrítica — tudo isso publicado em jornais e revistas nodecurso de 20 anos."Trata-se de textos circunstanciais, sem méritoliterário e os quais, na maioria dos casos, o tempomaltratou impiedosamente" — anuncia o autor. Masnão c verdade. Embora datados e situados, os artigos,cartas, conferências e protestos aqui reunidos superama transitoriedade dos periódicos, não apenas porqueforam reunidos em livro, mas porque o horror dasditaduras militares e ideológicas, a exploração econô-mica, a fome, os crimes justificados com a restrição dahistória permanecem atualíssimos e não são, infeliz-mente, feridas exclusivas de um país. Portanto, ostextos que registram essas mazelas estão centradosnuma determinada circunstância, sim, porém não sãoefêmeros. Despertam o senso crítico do leitor, ofere-cendo-lhe elementos de conscientização sem direcionaro seu raciocínio, porque aqui tudo é questionamento, éconvite ao debate.

Nesse sentido, é importante verificar as idéias dojornalista solidificando a base do escritor, esse "pertur-bador social" cuja razão de ser "é o protesto, acontradição e a crítica". Assim, falando sobre a censurano Peru. na Inglaterra, na União Soviética e em Cuba,Vargas Llosa discute um problema que afeta a todosnós: a criação artística controlada pelo Estado, mutila-da por inquisidores que exercem o repugnante ofício decensurar e determinar o que é certo, errado, moral ouimoral. Os "pigmeus das artes e das letras" aceitamesse triste papel. O verdadeiro escritor o recusa vee-mentemente enojado, como fica bem claro nas cartasque o recriador de Canudos escreveu a Fidel Castro e aHaydée Santamaría. Diretora da Casa de Ias Américas.Nelas, repudia a arbitrariedade que nega a luta pelajustiça e perde o respeito pelos indivíduos: "Não é esteo exemplo de socialismo que quero para meu país." Aoprotestar contra o fechamento de semanários e revistas,Vargas Llosa é ainda mais contundente: "O

governofaz um cálculo errado: impedir a manifestação dodescontentamento não é suprimir o descontentamento.Pelo contrário, é a maneira mais eficaz de aumentá-lo."

Revendo Albert Camus, mostrando a funçãosocial do escritor (seja ele jornalista, ficcionista oupoeta) ou discutindo o papel da Universidade e osaspectos da Reforma Agrária. Mario Vargas Llosaretoma em todos os artigos a idéia básica de que ohomem "é contemplação, é injustiça, é paixão' Prisioneiro do absurdo e da angustia, esse homem contempo-râneo pode reaprender a lutar pela dignidade humanaatravés das páginas polêmicas desse bruxo da palavra,em constante oposição aos dóceis ventriloquos dodiscurso oficial

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Humor dos

anos 70 em

versão futurista

Jorge Luiz Calife

Silicon* XXI, Alfredo Sirkis. EditoraRecord, 200 páginas.

FICÇÃO

científica e ro-mance policial são doisgêneros paralelos há mui-

to navegando nas águas caudalo-sas da cultura de massas do séculovinte. Alguns teóricos lhes negama condição de literatura, classifi-cando-os como paraliteraturas,que exigiriam outros parâmetrose pressupostos de análise.

Elucubrações teóricas à partea idéia de unir os dois e assimaçambarcar um duplo mercadoconsumidor não é nova. IsaacAsimov tentou fazê-lo durantemuito tempo com sua série deaventuras do detetive do futuroWendell Urth e acabou produzin-do uma obra-prima da ficçãocientífica (mas não do romancepolicial) com Cavernas de Aço".Ultimamente vimos no cinema aversão "Sanspadiana" do heróide Phillip K. Dick em Blade Run-ner, filme que tentou com sucessoprojetar no futuro a atmosfera doromance policial dos anos trinta equarenta. Silicone XXI utiliza ele-mentos da ficção científica e doromance policial para comporuma narrativa onde o que sobres-sai não é a visão de futuro nem atrama policial e sim o bom humordo autor.

Alfredo Sirkis faz parte da-quele grupo de jovens idealistasque participaram do sonho trági-co de pegar em armas e ir à lutacontra um regime militar que ulti-mamente anda de férias, esperan-do que os civis limpem a casa econsertem os móveis para dar apróxima festa. Alguns desses ra-pazes e moças, que escaparam àmorte nos porões da tortura insti-tucionalizada, têm. se lançadocom sucesso na carreira literária,o que permitiria a piada cruel deque

"como guerrilheiros eleseram excelentes jornalistas e es-critores".

Depois do sucesso dos primei-ros livros autobiográficos, entreos quais ocupa lugar de destaqueOs Carbonários (1980), Sirkis re-solve dar uma paradinha e enve-redar pelos caminhos da literatu-ra digestiva e escapista. SiliconeXXI lembra com seu humor debo-chado e desbocado os textos pro-duzidos pela fina flor da "intelli-gentsia" ipanemense nos anos se-tenta. E o tipo de livro que paraser degustado exige uma cumpli-cidade implícita entre autor e lei-tor. Fica evidente que o autor

cscrevcu-o para se divertir e épreciso que o leitor esteja propí-cio a participar deste divertimen-to, como alguém que se aproximada rodinha onde um amigo contauma piada. E sabor de piada é oque não falta nesta trama quecomeça no dia 21 de Janeiro de2019 com o assassinato de umtravesti num motel da Zona Suldo Rio e se complica com umgeneral psicótico e o contrabandode lixo atômico roubado das usi-nas de Angra dos Reis.

A imagem de um «Brasil dofuturo, governado por uma coali-zão entre o partido verde e asocial democracia (o que se cha-ma de ficção científica utópica), émuito bem pintada. Imaginem sóum país democrático e desenvol-vido, onde os militares permane-cem nos quartéis preocupando-seunicamente com suas funções tra-dicionais. Enormes zepellins nãopoluidores fazem a ponte aéreaRio—São Paulo enquanto comu-nas agrícolas se desenvolvem nocampo, num ambiente fraternoiluminado com energia gerada defontes solares. As cidades aindasão o paraíso do consumismo e osmotéis proliferam na orla maríti-ma, controlados por sistemas ei-bernéticos e recebendo seus clien-tes por via aérea. O porta-aviõesMinas Gerais, desativado, funcio»na como cassino "off-shore" an-corado perto de Guarujá. "O lo-cal da moda para todo tipo d«jogos e orgias'.

SOBRE

este pano de fun-do desenvolve-se uma his-tória de mocinhos e ban-

didos. De um lado os heróis:detetive inspetor Balduíno, umpolicial ético e romântico e seuamor impossível, a bela e char-mosa Lili Braga, estrela dos noti-ciários da TV-3, sempre um passoatrás da notícia e perseguida peloterrível assassino do pênis de sili-cone. Do outro laao, estão osbandidos: um grupo de cientistasatômicos e um louco militar dareserva que mata travestis poresporte e planeja envenenar comPlutônio o suprimento de água doGuandu.

O ponto fraco do livro residejustamente no fato de sua tramanão alçar vôos mais altos do que arota traçada pelos clichês do fo-lhetim policial. Mas quem conse-guir atravessar as 200 páginas dotexto vai se divertir com seus"mistérios" e fechar o livro comum sorriso nos lábios.

OS MAIS VENDIDOS¦ FICÇÃO

— A insustentável leveza doser — Milan Kundera (NovaFronteira, 316 pp, Cr$ 45 mil).Digressão sobre os problemasde relacionamento humano eatração dos sexos a partir dedois casais (1/29).

— O amante — MargueriteDuras (Nova Fronteira, 128pp, Cr$ 17 mil). Primeira pai-xão de Duras, quando com 15anos conquista um milionáriochinês (2/15).

— Se houver amanhã — Sid-ney Sheldon (Record, 404 pp,Cr$ 52.900). De como a belaTracy Whitney passa de vítimaa algoz, vingando a mãe e setornando ladra internacional.(3/20).

— Amar se aprende amando— Carlos Drummond de An-drade (Record, 128 pp, Cr$27.900). O poeta Drummondvolta a derramar seu lirismosobre um dos seus temas favo-ritos: o amor. (4/10).

— A ponte para o sempre —Richard Bach (Record. 320 pp,Cr$ 34.900), O autor de FernãoCapelo Gaivota transporta suasidéias "filosóficas" para umaautobiografia (5/8).

¦ NAO FICÇÃO— Brasil: nunca mais —

Anônimo (Vozes, 312 pp, Cr$35 mil). Um levantamento dedados sobre a tortura no Brasilentre 1964 e 1979 (1/3).

— Complexo de Cinderela —Colette Dowling (Melhora-mentos, 224 pp. Cri 25.300).Análise de um fenômeno co-mum entre as mulheres: o de-sejo de ser cuidada por alguém(2/59).

— De Mariazinha a Maria —Marta Suplicy (Vozes, 296 pp,Cr$ 25 mil). Usando a lingua-gem a que se habituou na tele-visão. Marta Suplicy mostraque está na hora de a mulherparar de ser medrosa e pro-curar seu caminho no mundo(3/5).

— Síndrome de Peter Pan —Dan Kiley (Melhoramentos,264 pp, Cr$ 29.900). Problemasdo homem que não cresce erecorre ao fingimento para es-conder suas fraquezas (4/33).

— A fantasia organizada —Celso Furtado (Paz e Terra,232 pp, Cr$ 29 mil). Numacrônica pessoal, o ex-ministrodc João Goulart alinhava asteses e pensamentos que mar-caram sua passagem pela Co-missão Econômica para aAmérica Latina (CEPAL), de1948 a 1958

OUTROS BEM VENDIDOSO siciliann. Mário Puzo: Perto da meia-noite. Josué Montello. Lady sings lhe bluesRillic Holliday; E por falar em amorMarina (olasanti. Dados colhidos nas livrarias Argumento. Tempo Moderno Da-filiai' Hu e Voce. Riomarket SicilianoTimbre. Xanam Paisagem. Eldorado !'i|u

ca Pasáraada (Niterói) e Ponto de Encon-tro I e II (Teresopoli«>)O primeiro numero emrt |>Hreniwe> indicaa posição do Ii\it na >eman;« anterior osegundo a (juamutadi etc ^emanas em uueaparect na lisi.i uassifh ada mesmo nãoseuuiüamenk

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Page 32: fIwÊ - Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca ...

JORNAL DO BRASIL

Estante CeiSincroniado vácuo

À sombra das maiorias silencio-sas — o fim do social e o surgi-mento das massas, Jean Baudril-lard. Editora Brasiliense, 88 pági-nas. Cr$ 13 mil 340.

A leitura de Jean Baudril-lard constitui, à imagem

e semelhança de seu texto, umsedutor desafio. Sua escritamesclada se tece pela práticaambígua e vital da mistura en-tre conceito e metáfora. E,nesse sentido, reafirma umatendência da produção críticado Ocidente, empenhada naultrapassagem do formalismoasséptico da razão especula-tiva.

Na criação de um estilo con-fluente entre a Filosofia, a So-ciologia, a critica da cultura, eque outros discursos especiali-zados, Baudrillard sobretudoseduz. E sua instigante rever-são de todo o sentido, valor epoder talvez não conduza aoutra alternativa, além da im-plosão

"violenta a catastrófi-ca" apontada por ele.

Em À sombra das maioriassilenciosas, invertendo Proust(À sombra das raparigas emflor) Baudrillard descrê da me-mória de um tempo perdido eproclama a sincronia do vácuo,a atualidade sem passado, nemfuturo, da massa: "opaca ne-bulosa", "buraco negro","for-ça da inércia". Essa "contra-

estratégia expressa e positiva"das maiorias silenciosas à his-tórica hegemonia ideal do sen-tido" talvez possa ser aproxi-mada, pela indiferenciaçãoneütrà~que implica, à viscosi-dade da coisa encadeadora danáusea sartriana. Nauseadosestamos todos "apenas episo-

I dicamente condutores de senti-do" e vivendo a maior parte dotempo num modo pânico oualeatório, "como massa". Masserá que a questão da existên-cia humana, hoje, só pode serpensada na contracena do sen-tido com o "nada"? Nesse ca-so, de acordo com Baudrillard,o hiperconformismo das mas-sas constitui a mais paradoxalresistência contra o "modelo

homogêneo e obstrato do so-ciai". É por seu paródico aca-

; tamento à vontade de domínioque a maioria silenciosa conse-guiu revertê-la em dispersão eamorfismo. Daí, o fim da idadeda representação e de seu es-paço <Je convergência ideal detodas as razões: a histórica, apolítica, a cultural e a social.Fora desse esplendor expansi-vo, aberto à visão do infinito,para Baudrillard, apenas oreverso anódino da anomia: adoença delirante da hipersimu-lação.

Entretanto, será que a idéiadestesentido unitário e exclu-dente pode ser considerada aÚnica artífice da história quevivemos? Ou a temporalidadedo homem também se encon-tra na "memória

perdida dascoisas"? Proust, na fugidia re-ferência do título, nos fala des-tá esperança do tempo redes-coberto, numa outra margemda história: a terceira, nem ocontinuum da razão abstrata,nem o nebuloso círculo de seusreféns. Foucault, ainda o aves-so apaixonado da fala de Bau-drillard, se refere à "memória

dos combates" e ao "saber his-tórico das lutas" travadas con-tra a "tirania dos discursos en-globantés". Talvez, seja justonesta "insurreição dos saberesdominados" — insuflada nafresta, no hiato, na súbita des-continuidade do tecido social—..que.se possa inscrever aluminosa contundência daamarga reflexão de Baudril-lard. Afinal, apesar do neutrosilêncio das massas, é ele mes-mo quem reconhece um "con-

tra-senso fundamental": as so-ciedades "sempre fracassarão,escaparão a si mesmas, o socialnão se estabelecerá". (AngelaMaria Dias)

TUDOnenhum:."!!

Um saltoà frente

Tudo nenhum, Afonso HenriquesNeto. Massao Ohno. 120 páginas.

AFONSO Henriques Neto

é mais um dos poetas dosegmento dito "marginal" daGeração-60 a ter seu nome re-conhecido pelo nosso circuitoeditorial.

Depois dos três títulos inde-pendentes dos anos 70 (O mis-terioso ladrão de Tenerife, 72;Restos & estrelas & fraturas,75; Ossos do paraíso, 81; e daantologia 26 poetas hoje (1976),com que Heloísa Buarque deHollanda praticamente ofere-ceu à crítica os nomes que,desse segmento, a história po-deria incorporar à poesia brasi-leira), ele retorna com Tudonenhum — uma coletânea de51 textos, sem índice nem pagi-nação, que inaugura a ColeçãoJubileu, com a qual MassaoOhno comemora os seus 25anos de atividades editoriais.

Neste livro, Afonso Henri-quês (que, coerente com amentalidade da nossa geração,não latinizou o nome, ao con-trário do que haviam feito seuavô e seu pai — os dois Al-phonsus da boa linhagem dosGuimaraens) traz uma poesiaserena, desenvolvida, elabora-da, apesar do amplo predomí-nio da dicção emotiva. Numtom sempre alegórico e numasintaxe liberta das imposiçõesda norma, ele oferece um con-junto bastante diversificado,que vai do lirismo (Para viveruma distância) à sátira (O céudo underground), da evocação(Na estrada, desta cama) aoprotesto (Pangloss ou A ironiasem dentes), até o vigor expres-sivo de um surpreendente poe-ma-roteiro (Meu coração txpe-rimental) —soberbo panoramada"realidade do mundo famin-to hoje". Dedicado a GlauberRocha, pena que ele não possamais transformar isto num fil-me, só para ver como ficaria natela a apoteótica paródia prole-tária dos círculos do inferno daDivina Comédia com um con-teúdo brasileiro.

A constante auto-referencia-ção metapoética de Afonso ("opoema vê-se a si mesmo nocentro da aventura" "o poeta éa viagem / mesmo contra aesperança"; "eu sou a poesia adementérrima / poesia / e aspalavras borbulham / e as gera-ções se reúnem em tribos")indica uma clara tomada deposição / consciência diante dasexigências que a poesia — en-tendida, vivenciada e praticadacomo projeto cultural—colocapara o poeta que se disponha acumprir esse projeto, ou seja:fazer do poema uma realizaçãoliterária, de importância tam-bém para o outro, não apenasum registro descompromissadode emoções pessoais, de impor-táncia apenas para o autor.

Isso caracteriza o que, a estaaltura, já podemos definir co-mo um salto para a frente, nosentido da ocupação dos espa-ços histórico-culturais por par-te dessa geração. Pois, ultra-passada a pressão do "desbun-de", o núcleo de poetas-mimeógrafo que realmente ti-nham condição para ir além domimeógrafo, do cotidiano, doregistro ligeiro e espontaneístade uma emoção que não sequestiona, esses poetas (Cha-cal, Charles, Cacaso, Alvim,Wally, entre outros) já estãoevoluindo para uma poesia ela-borada, mais desenvolvida,mais crítica e, portanto, cientede que o simples registro de umestado de espírito não basta.(Pedro Lyra)

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yjfrim de Cnniôes

Receitamalsucedida

Muamba. Júlio César MonteiroMartins. Editora Anima. 112 pági-nas, CrS 20 mil.

JUNTE onze personagens cho-

cos, 750 gramas de palavrasfrescas, três ou quatro estilos literá-rios para tentar agradar aos gostostão contrapostos deste exigente pú-blico nacional e bata até um poucoantes de adquirir consistência. Reti-re da batedeira e acrescente umachávena de confusão e falta deestilo próprio. Leve a um editor edeixe por dois meses. Retire e con-feite. Guarde no armário mais pró-ximo.

Parece ter sido esta a receitausada por Júlio César MonteiroMartins para escrever seu oitavolivro: Muamba. Entre outras coisas,ele resvala para uma estilosidade deépoca e tenta ser poético, mas repe-te. Aponta influências de ClariceLispector mas só utiliza o excessorepetitivo de imagens dela. Diz-setambém dominado pelos delírios deElias Canetti e Kafka, mas mataseus personagens antes deles se tor-riarem coesos. Ele mesmo faz umcomentário a respeito, dizendo quevê seu livro como "a morte emtodas suas manifestações — biológi-ca, existencial, cultural, afetiva, po-lítica e psicológica.""... O talento como fonte decatástrofe." "A lógica motorista dedesastres". "O raciocínio transfor-mado em lenocínio, aviltando obarato do pensar..." Não é a trevaabsoluta. Não é a náusea. Não t ahistória contada por um idiota. Aí éque está: não é. Estes trechos dealguns dos contos de Muamba são olivro inteiro. Pessimismo démodé elarvas tumulares de um existência-lismo esgotado há quarenta anos. Oresultado da receita ele mesmo defi-ne — "estranheza, susto e incômo-do". Armário nele. (André Ervilha)

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Semretoques

Sabores do Exílio. Dorls Lessing.Tradução de Sônia Coutinho. Edito-ra Record. 298 páginas, CrS 40 mil900.

DORIS Lessing, conside-

rada pela crítica literáriamundial a maior escritora vivada língua inglesa, jamais ga-nhou um prêmio Nobel. Nemfaz questão. Os livros, traduzi-dos no Brasil sem uma ordemcronológica, são, sempre enor-mes sucessos. É incrível suahabilidade de, lidando apenascom palavras, construir enre-dos cheios de cor e calor edeixar aflorar em suas fortespersonagens femininas, docescontornos, delicados sentimen-tos adormecidos embaixo dapoeira.

Em Sabores do Exílio, quesegue a mesma trilha de A terrado velho chefe e compõe osegundo volume da Coletâneade Contos Africanos, Doris re-toma antigos temas. Não sãonecessariamente fatos aconte-cidos e vividos. Eles conservamas cores do passado e pelaspalavras de Doris ganham in-tensidade lírica e dramática. Ecomo se a gente visse desfilardiante dos olhos a bela e selva-gem paisagem da África doSul, sempre prestes a explodirem conflitos, hoje muito maissérios e mais próximos da reali-dade do que antigamente. Aterra é dos negros, mas são osbrancos que povoam, retalhame dividem entre si os veldsarenosos. A terra é dos negros,mas são os brancos que a pos-suem e a cultivam, como se ahouvessem recebido por heran-ça e direito. Muito jovem ain-da, Doris percebeu que haviaalguma coisa errada. Não sabiabem o que, mas começou aesboçar um caminho de mili-táncia política que a levou aopartido comunista e depois adesligar-se deste. Essa fase érevivida, com muita graça, emOs espiões que eu conheci e Ahistória do homem não casa-douro. A necessidade de mu-dar alguma coisa transpareceem A madona negra, Os peri-gos da altitude e Lucy Grange.

Poética em suas descrições,profunda no desenho dos per-sonagens, as palavras de Doriscriam molduras trabalhadas pa-ra pessoas como a frágil tiaMaud de A caixa de jóias, opobre negro traído de O porcoou o inocente lunático de Plan-tas e moças. Nada mais como-vente do que o ciúme do velhoavô de Vôo, a luta de doisinsetos em Com o sol entre ospés ou ainda a amizade de Jocke Bill de A história de doiscachorros, um surpreendenteconto de amor.

Doris Lessing afirma no pre-fácio, que gosta mais entre os20 texto, de Fome, uma peque-na novela. Talvez amor de mãepelo filho que não deu muitocerto na vida. quem sabe? Aautora é grande quando fala dobranco e sobre o branco. Maspor maior que seja sua expe-riência na África, por mais quese identifique com os proble-mas raciais e políticos dos ne-gros sempre oprimidos em suaprópria terTa. Fome, a históriado jovem e egoísta Jabavu soafalsa. É bonita, comovente,bem escrita, mas branca. Umpequeno senào num livro semretoques. (Ciléa Gropillo)

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sábado, 24/8/85 o CADERNO B o 9

O Teatro de Arte de Moscou levou a cena, em 1904, OJardim das Cerejeiras, de Tchekhov. Stanislavski interpre-tava Gaiev

Teatro deatmosfera

Macksen LuizStantelavtU • o Tastro do Ano doMomou. de J. Guinsburg. Editora Pers-pectiva. 150 páginas, CrS 34 mil.

NO

final do século pas-sado, a Rússia geravamuitas transforma-ções. Tantas e tão defi-

nitivas que a Revolução de 1917 foio divisor histórico que balizou amaioria delas. Na área do teatro,'oaparecimento de dramaturgos comoTchekhov e Górki suscitou a mesmaefervescência intelectual que circu-lava na literatura pré-revo-lucionária. Stanislavski e o Teatro deArte. de Moscou, tese de livre-docência de J. Guinsburg junto àEscola de Comunicações e Artes daUSP capta, precisamente, o proces-so formativo de teoria cênica deter-minante para o palco do século XX.Guinsburg analisa a estreita colabo-ração do Teatro de Arte de Moscou,comandado por Konstantin Ser-gueievitch Alexeiev, que usava onome artístico de Stanislavski, eVladimir Nemirovitch-Dantchenko,com a obra dramática de Tchekhov.E desta interação, o nascimento e adepuração de técnicas teatrais que"revelassem a semente interior dapeça." Foi a partir de 1894 que essadupla de criadores iniciou com me-lhor definição de contornos a "mi-mese interior". Todo o esforço erano sentido de provocar e educar oator na procura do "intérprete".Nesta caminhada, os textos tcheco-vianos foram essenciais pelas infini-tas sugestões de um autor que sabiacriar "o trágico das pequenascoisas".

A renovação começou pelas ba-ses do espetáculo. Stanislavski re-criou até mesmo a ética da convi-vencia, que Guinsburg chama de"ética dos bastidores". "Não hápequenos papéis, mas somente pe-quenos atores", escreveria. A cons-ciência da equipe, o espetáculo co-mo uma produção conjunta, foi prá-tica insistentemente alinhavada nodia-a-dia dos ensaios e das têmpora-das. O rigor chegava a tal ponto queo Teatro de Arte de Moscou pode-ria ser considerado, dentro dos fie-xíveis padrões atuais, uma corpora-ção rígida, capaz de produzir afir-mações como esta: "Transgressãodas regras do teatro é crime." Masesse homem de teatro, que durante30 anos dividiu-se entre a empresaque herdou do pai e o palco, sóabandonado com a morte, em 1939,

chegou a Tchekhov vagarosamentee com desconfiança. Entusiasta daobra literária do outro, não divisavaem suas peças possibilidades de con-substanciar em cena aquilo que a eleparecia vida e aos outros a fluidezdela. "Que no palco, escreveuTchekhov, tudo seja tão complexo,e no entanto, tão simples como navida. As pessoas jantam, não fazemmais que jantar, e durante essetempo se constrói sua felicidade e sedestroem suas vidas". Captar asmotivações internas de atitudes evidas, aparentemente banais, seconstituía no grande desafio queStanislavski precisou enfrentar. Oseu "método" se desdobrava na ex-pertencia adquirida a cada novo es-petáculo e aquilo que Tchekhovpropunha a medo — resistiu o quan-to pôde a escrever para o teatrodepois de fracassos provocados pelamá encenação de seus textos — erapenetrar a alma humana pelos seusescaninhos.Stanislavski reagiu, a talponto que confessou anos mais tar-de que

"para minha grande vergo-nha não compreendia a peça." Con-vencido pelo parceiro Dantchenkoque, inclusive, foi o intermediáriopara que Tchekhov voltasse ao tea-tro, sob a garantia de que A Gaivotaseria um sucesso, Stanislavski teceua trama que cimentou os caminhospara a sistematização de seu meto-do. E assim foram criados os silên-cios dramáticos, as pausas nos diálo-gos, "com a duração cronométricade 5 a 15 segundos", buscados osefeitos sonoros e as formas de inte-riorização que sustentavam o dese-nho cênico dos personagens. Mas osconflitos, independente dos êxitosfulgurantes que os espetáculos ba-seados em Tchekhov conseguiramatravés do Teatro de Arte de Mos-cou, persistiram como se cada movi-mento psicológico refletido nas suaspeças correspondesse ao jogo incon-ciliável de criadores fortes, e, àsvezes, geniosos.

A tese de Guinsburg, vazada emalguns capítulos numa terminologiauniversitária, é importante na medi-da em que reconstitui historicamen-te essa interpenetração do processocriador de Stanislavski e a melhorfase da dramaturgia de Tchekhov(Tio Vânia, A Gaivota, As TrêsIrmãs, O Jardim das Cerejeiras).Guinsburg traça esse "teatro de at-mosfera" escavando suas raízes, quese tornam tão mais fundas quantoconseguem de maneira exploratóriacaptar o processo de dois nomesdecisivos para a cena deste século.

Renovadordo conto

Vivian Wyler

A dama do cachorrinho • outro* con-toa, Tchekhov. Tradução de BórisSchnaiderman. Editora Max limonad,360 páginas, CrS 60 mil.

MUJIQUES

dotadosde esperteza peculi-ar, mesquinhos fun-cionários públicos

rendidos à burocracia, oficiais sub-missos, tolas constas, cocheiros em-brutecidos por cotidianos sem fanta-sia, aprendizes e barbeiros e cozi-nheiras: todo o pequeno mundo dofinal do século na Rússia pré-revolucionária está nos contos deAnton Tchekhov. Se eles fossemapenas retratos precisos e bem reali-zados, isso seria mais do que sufi-ciente para lhes garantir o espaço naliteratura da sua época. Exatos, sin-téticos, desenhados com delicadezasem pieguice, com a tênue melanco-lia de quem sabe avaliar o homemsob seus inúmeros disfarces, eles sãobem mais do que isso. Exibições detécnica e elegância na justa medida.Equilíbrio que Tchekhov não conse-guiu apresentar, a princípio, emsuas peças. E que, nos contos, do-minou logo, a partir dos 25 anos.

Bem cuidada, bem traduzida, acoletânea que a Max Limonad aca-ba de lançar, por iniciativa de BorisSchnaiderman, renova o contatocom o espírito agudo desse filho depequeno comerciante destinado àcarreira de médico. Schnaidermanretomou a seleção de contos feita epublicada em 1959 pela CivilizaçãoBrasileira, mexeu aqui e ali na tra-dução e apoiou esse material emposfácio, nota biográfica e apêndi-ce, contendo informações suple-mentares sobre cada história. O re-sultado é uma experiência revigo-rante, que rebate algumas das revi-soes feitas à arte de Tchekhov. Semser engajado em teoria política iden-tificável, ele vê com clareza os so-nhos de grandeza dos pequenos bur-gueses. Se deixa seus contos emaberto, é porque quer transcenderos limites do tempo, se não sepreocupa com as minúcias do enre-do, é porque está preocupado com

as minúcias dos seres que traz paradentro de suas molduras,

Alguns dos contos reunidos nes-se A dama do cachorrinho são mar-cantes. É o caso de Vanka, conside-rado por Tolstoi um dos pontosaltos de Tchekhov ou de Volódia,escrito sobre tema sugerido por umamigo, impressionado com a grandequantidade de suicídios entre gina-sianos. O clima da história lembra Agaivota, um dos maiores sucessos noTeatro de Arte de Moscou, nasmãos de Stanislavski. Aqui, tam-bém, numa pequena fração de tem-po esvaem-se sonhos, trocam-se tri-vialidades e levantam-se pontas: pordebaixo delas, o drama banal, tantomais dramático por isso mesmo.

Queridinha, Ventoinha e Volo-dia Grande e Volódia Pequeno mos-tram figuras de mulheres. A primei-ra, tão fraca e submetida à vontademasculina, que é incapaz de emitiropinião pessoal. A segunda, esposade um grande homem a quem nãodá o devido valor, obcecada porvisões de sucesso fácil e por falsasaparências. A terceira, incuráveldoidivanas. Em A dama do cachor-rinho, que dá nome à coletânea, nãotêm importância nem a dama nem ocão mas os insondáveis caminhos damente e do coração humanos, sur-preendidos pela própria imprevisibi-lidade. i

Os contos da seleção organizada!por Schnaiderman náo datam todosdo mesmo período. Era de se espe-rar, portanto, que os últimos revêlem a maturidade do criador. Osprimeiros, em compensação, trazemuma característica suavizada mais1tarde; o humor virulento quando'aplicado à crítica social. Ingredienteprincipal de Camaleão e Crime pre-1meditado, onde Tchekhov prova oque escreveu em 27-3-1894 para SuJvórin: "Tenho sangue de mujique eas virtudes do mujique não me im-pressionam". ,

Ler A dama do cachorrinho eoutros contos é sobretudo aprender.Máximo Górki, melhor do que nin-,guém, o disse: "Depois do maisinsignificante dos seus contos, tudoo mais parece grosseiro e escrito nãocom a pena, mas com um pedaço depau". Assim é. Ainda hoje.

Tchekhov: mestre da narrativa e do retrato

EstrangeirosTeoria da

toliceNÃO

subestimem a tolice, ad-verte o "novo filósofo" fran-

cês André Gluksman em seu livromais recente, La bêtise (Grasset;Paris, 274 p). A tolice, ao contráriodo que muitos pensam, é ativa,ciumenta e conquistadora. Classifi-ca, ordena e exclui. Muda de facha-da freqüentemente, mas é sempre amesma. Traço indisfarçável em to-das as sua metamorfoses: ela sem-pre promete futuros radiosos e seapresenta como o motor da história.

Não há nada no mundo tão bemrepartido como a tolice, embora sóuma pequena minoria tire dela reaisproveitos. Oculta em todas as ideo-logias, diz Gluksman. é a tolice que

escora os regimes totalitários, tornapossíveis as guerras e aduba o espíri-to dogmático. Portanto, no mundocontemporâneo, o combate à toliceé pelo menos importante quando oconflito entre as gerações e mesmo— por que não? — a universalmentecelebrada luta de classes.

Separados pela guerraENTRE

as suas muitas coleções aeditora inglesa Penguin tem uma

dedicada à publicação de cartas que se-jam importantes para o melhor conheci-mento de certos momentos do passado.Depois das filhas de Marx, de trágicosdestinos, as figuras escolhidas para darcontinuidade à serie foram membros deuma rica família inglesa do século XV:The Pastoris (208 pp). Separados pelosazares da (iuerra das Duas Rosas, os

Paston corresponderam-se durante anos,numa época em que o gênero epistolarera escassamente cultivado pela ausênciade correios regulares e alé pelo alio custodo papel. Suas cartas são. pois. dupla-mente preciosas. Nelas há testemunhosde natureza única sobre os costumes, aatividade econômica e as vicissitudes deuma lula política decisiva para o surgi-menlo das modernas instituições brilá-nicas.

América,1782

PUBLICADO originalmente

em 1782, Letters of an ameri-can farmer, de J. Hector St. John deCrèvecoeur, foi durante duas gera-ções o maior repositório de informa-ções sobre a vida nas colônias brita-nicas da America do Norte. Fora dosprelos desde 1963, quando apareceuna série de Clássicos da Signet. Let-ters tem agora uma nova ediçãointegral pela Penguin (491 pp.).

Crèvecoeur, um militar francêsque se naturalizou inglês e viajoumuito pelo continente americano, dáao leitor dc suas cartas c sketches unimovimentado retrato das paisagens,pessoas, instituições, valores e pro-blcmas das colônias inglesas que ai-guns anos mais tarde proclamariam aindependência e se transformariamnos Estados Unidos.

Suas informações se concentramde preferência na rudeza da vidarural, sob a constante ameaça dastribos indígenas que iam sendo em-purradas para Oeste. Em alguns ca-pítulos Crèvecoeur se detém sobre oproblema da escravidão, especial-mente no Sul do país. E fala aindados atritos que na época já começa-vam a ocorrer entre os agentes dacoroa e os inflamados patriotas ame-ricanos.

Depois dos CravosJornalista globetrotter, Cáceres

Monteiro distinguiu-se na imprensaportuguesa por suas numerosas re-portagens sobre o Vietnam, o Cam-boja, Angola e a América Central,recentemente reunidas em um livroque fez grande sucesso no país. MasCáceres Monteiro é também fiecio-nista. Nessa área, sua principal con-tribuição c Fast Lane (Heptágono;Lisboa, 142 pp.), breve romancesobre as experiências de uma gera-ção portug' vsa que conheceu o finalda ditadura salazarista, participouda Revolução dos Cravos e em se-guida foi aos poucos caindo nova-mente na perplexidade.

Didion, ensaístaAinda desconhecida do publico de

língua portuguesa. Joan Didion é, nãoobstante, uma das mais consagradas es-critoras americanas entre as que entra-ram em cena do final dos anos M Seusromances — Run river. Play it as it lays eA book of cornmon praycr — foram todosgrandes êxitos de critica. Mas ela é tam-bém uma fina ensaísta. Slouching towardsB*theehem (Penguin. \92 pp.) reúne duasdezenas de textos originalmente publica-dos em jornais e revistas, nos quais JoanDidion traia com humor cortante aspec-tos da vida dos EUA na década doshippies. da guerra do Vietnam e dasgrandes luta^ pelo* direitos civis

Os livros mencionados nesta coluna são distribuídos no Rk> petas livranas Aigumenio. Camões e Leonardo tia Vincim

Page 33: fIwÊ - Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca ...

Nas telas, Gilles DeleuzeWilson Coutinho

FINALMENTE,

a filosofia foi aocinema. O lanteminha que estáguiando as pessoas para as poltronasdo "logos" é o filósofo francês Gilles

Deleuze, unhas imensas, 60 anos e que escreveuem 1983 L'Image-Mouvement, traduzido agorapela Brasiliense e que surgirá nas, prateleiras daslivrarias na próxima semana. É verdade quefilósofos como Merleau Ponty ou pensadorescomo o alemão Walter Benjamin escreveramensaios sobre cinema, mas nunca um complexolivro que na edição francesa chegou a 298páginas, sem nenhuma concessão ao fetichismocinéfilo: não estampa sequer uma foto de algumfilme. Logicamente, seu público deve ser o defilósofos e menos os do que vão normalmente aocinema. E os jovens estudiosos que achamDeleuze, de fato, um grande filósofo. "É a Éticaspinozista do cinema", exagerou um resenhistado semanário Le Nouvel Observateur.

Deleuze tem público cativo nos que jogarampedras na polícia em Maio de 68 e nos queacham o marxismo uma besteira, mas que que-rem que alguma revolução aconteça, não se sabecomo. Este público não vai ao cinema junto comos Novos Filósofos, estes elegantes conservado-res franceses que lançaram o surto do niilismodândi, algo assim como"Deus está morto. Afilosofia morreu. E eu não estou me sentindomuito bem."

Deleuze, ao contrário, pode ser um filósofointeressante, mas é pouco provável que seja umsucesso numa universidade alemã ou quandoatravessa o Canal da Mancha. Um inglês diriaque ele faz parte da falta do bom senso quecontagia o pensamento insular, desde que Des-cartes ousou dizer que o bom senso era umacoisa que todo mundo tinha. Filósofos acham —às vezes com alguma razão—que algo que todomundo tem, deve ser uma coisa pouco provável.

Deleuze foi um sucesso na Universidade deVincennes, na década de 70, quando lançoujunto com Félix Guattari O Anti-Édipo — umprovocativo livro que procurava demolir a psica-nálise com o seu teatrinho do "papai-e-mamãe".O inconsciente era uma usina, uma máquinadesejante e havia até a proposta de uma esquizo-nálise, com seus "passeios esquizofrênicos".

Na época parecia que todos os possíveis"pacientes" da esquizonálise estavam no seucurso, onde se poderia discorrer durante trêshoras sobre as diferenças básicas entre o jogochinês Gô e o xadrez. Mao ainda estava numacerta moda francesa. E o Gô usa estratégiasguerrilheiras. A própria Vincennes era umaguerrilha no sistema universitário francês e De-leuze parecia estar lá tão bem como uma cadeiraLuis XV fica em Versalhes.

E, na verdade, Deleuze náo era nenhumamador. Tinha escrito desde da década de 50livros um pouco acadêmicos sobre filósofoscomo Bergson, Kant, Nietzsche e Spinoza, quei, no mínimo, um bom treino. E Lógica doSentido, que saiu em 1968, era um livro muitobom, tendo Alice, de Lewis Carroll, comocentro. A filosofia francesa de vanguarda era elee o seu amigo, Michel Foucault. E muito possí-vel ainda que Deleuze seja um filósofo queencante, até porque sua filosofia convive com ojogo da sedução na forma de uma constantecriação de conceitos, que deixa o leitor entre atonteira e a necessidade de ser inteligente.

Imagem-Movimento não foge da regra doestilo deleuziano. "Se não se inventa novosconceitos por que se faria filosofia? Só existedois perigos: redizer o que já foi dito ouprocurar o novo por ele mesmo, pelo prazer queé cair num vazio. Nos dois casos, é copiar oantigo ou copiar a moda. Pode-se, sempre,copiar Joyce, Céline ou Artaud e até mesmoacreditar que se é melhor do que eles porque seestá copiando-os. Mas o novo não se separa de

alguma coisa que se mostra, que se diz, que seenuncia, que surje e existe por si mesmo. Onovo, neste sentido, é senipre inesperado, mastambém o que se torna imediatamente eterno enecessário. O recopiar, o refazer não tem ne-nhum interesse", disse numa entrevista. Sobre ocinema, Deleuze cria inúmeros conceitos comoimagem-percepçáo, imagem-ação, imagem-pulsão. Ele é uma usina desejante de conceitos.

O último livro do filósofo não pretende seruma história do cinema, nem mesmo uma sériede ensaios sobre filmes e cineastas, mas "umataxinomia. um ensaio de classificação das ima-gens e dos signos". Ele se apoiou em Bergsonque escreveu Matéria e Memória, que saiu em1896, um ano depois de na estação de La Ciotat,Lumière filmar a chegada de um trem e nológico americano Charles Pierce (1839-1914),que deixou 24 classificações do signo e morreu,como se sabe, antes do cinema falar.

Rousseau chorou quando imaginou o queseria o seu primeiro livro. Deleuze confessa quechora no cinema. "Chorar ou fazer chorar, fazerrir também são funções de uma tal e tal imagem.Pode-se chorar porque ela é muito bela ou muitointensa (...) Eu prefiro uma sala de cinemainteirinha em lágrimas. É normal e necessáriochorar quando se vê Lírio Partido, de Griffith,"disse ao Le Monde.Deleuze. Ele publicou em 1981 um grosso livrosobre o pintor inglês Francis Bacon chamadoA Lógica da Sensação e estava patente o seuinteresse filosófico por linguagens visuais e,sobretudo, de como estas imagens podem serpensamento. Deleuze náo faz diferenças. Eletrata o cinema de Godard, de Hitchcock, deLosey, de Bunuel e de todos os grandes cineas-tas como obras de pensamento idênticas aopensamento científico ou filosófico. Discorresobre o espaço em Kiirosawa como estivessetratando da teoria do big bang ou algo seme-lhante na Física e na Química. Escreveu nojornal Liberation que pintores, músicos, roman-cistas e filósofos e cineastas sáo pensadores e daío interesse de escrever sobre eles, e a tarefa doseu livro é de mostrar como este pensamentoestá nas imagens em movimento.

Rousseau chorou quando imaginou o queseria o seu primeiro. Deleuze confessa quechora no cinema. "Chorar ou fazer chorar, fazerrir também são funções de uma tal e tal imagem.Pode-se chorar porque ela é muito bela ou muitointensa (...) Eu prefiro uma sala de cinemainteirinha em lágrimas. É normal e necessáriochorar quando se vê Lírio Partido, de Griffith,"disse ao Le Monde.

Este livro de Deleuze espera um segundoque tratará da imagem-tempo, onde a obra deOrson Welles ou a de Resnais seriam examina-das. "Neste

primeiro volume, não existe umapalavra sobre estes autores, nem sobre Renoir,nem sobre Ophüls e muitos outros. Tambémnenhuma palavra sobre a imagem-vídeo".

Mesmo a obra de um cineasta importantedemais para os franceses como Godard é poucotratada, à exceção do último capítulo que ésobre a crise da imagem-ação, quando as ima-gens tomaram-se clichês. O problema de umacineasta como Godard é de como extrair detodos os clichês uma Imagem. E há otimismo emrelação ao cinema. "Longe de se ater a umaconsciência crítica negativa ou parodística, ocinema se engajou na sua mais alta reflexão enão cessou de aprofundar e de se desenvolver",escreveu nas páginas de Imagem-Movimento.

A obra de Deleuze principalmente para osque gostam do filósofo e de sua avalanche deconceitos pode agradar, porque muitos concei-tos deleuzianos são fáceis de manejar. Geral-mente, ninguém sabe para que servem. Pode-sedizer dele o que os alemães achavam das épocasde decadência cultural: "compreender tudo éperdoar tudo."

Em seu livro, Imagem-Movimento, o filósofo francês Gilles Deleuze disserta sobre as imagensdo cinema, sobre cineastas e inúmeros filmes. Eis alguns trechos do filósofo sobre o cinema:

O Naturalismo de Bunuel*___fc__í_â___.'- JÉÉÊI'__________!________________

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A histeria do Actofs Studio"Desde o início, as regras

do ActoCs Studio não valemapenas para a interpretação doator, mas também para a con-cepção e o desenrolar do filme,seus enquadramentos, suas de-cupagens, sua montagem. De-ve-se concluir de um ao outro ainterpretação do ator realista danatureza realista do filme, e vi-ce-versa. Ora, não basta dizerque o ator nunca é neutro, e queele está sempre atuando. Quan-do não explode, ele se impreg-na, e nunca fica tranqüilo. Parao ator como para o personagem,a neurose de base é a histena. O

pólo vegetativo está, de fato,tão em movimento no mesmolugar quanto o pólo animal emdeslocamento violento. A im-pregnação esponjosa tem tantaintensidade quanto o acting outtem extensão brusca. É por issomesmo que a representação es-trutural e genética da imagem-ação fornece uma fórmula cujasaplicações são propriamente in-finitas. Kazan aconselhava queos personagens em conflito fos-sem levados a comer juntos: aabsorção comum tornará a ex-

Íilosão dos duelos ainda mais

orte."

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Comaconquista docinema sonorocomeça paraChaplin aeliminaçãoprogressiva deseu maiorpersonagem:Carlitos

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O fim de Carlitos"Os últimos filmes de Cha-

plin descobrem ao mesmo tem-po o sonoro e matam Carlitosínão só Verdoux volta a serCarlitos quando vai morrer, mastambém ditador que sobe à tri-buna confunde-se com um Car-litos subindo ao cadafalso). Oprincípio parece adquirir entãouma nova potência. Bazin insis-tia nisso: O Ditador não teriasido possível se, na realidade,Hitler não tivesse pegado e rou-bado o bigode de Carlitos. En-tre o barbeirinho judeu e oditador, a diferença é tão pe-quena quanto a diferença entreos dois bigodes. E, no entanto,daí resultam duas situações infi-nuamente distanciadas, tãooponíveis quanto as da vítima edo algoz. Do mesmo modo, emM. Verdoux é tão ínfima a dife-rença entre os dois aspectos oucomportamentos do mesmo ho-mem, o assassino de mulheres eo marido amante de uma esposaparalítica. que é preciso toda aintuição da esposa para pressen-tir uma vez que ele "mudou".Como afirma Mireiile Latil, nãoe por impotência, mas em virtu-de dc um grande achado qucChaplin, em ambas as atitudes

de Verdoux, "não variou demodo algum a aparência do per-sonagem nem modificou em na-da a sua interpretação". Da pe-quena diferença evanescenteemerge, no entanto, uma gran-de distância das situações opôs-tas, pela qual testemunham asidas e vindas frenéticas entre osdomicílios falsos e o lar verda-deiro. Quer Chaplin dizer nes-ses dois filmes que existe emcada um de nós um Hitler, umassassino virtuais? E são apenasas situações que nos tornambons ou maus, vítimas ou algo-zes, capazes de amar ou dedestruir? Independentementeda profundidade ou da banali-dade de tais idéias, não meparece que seja este o modo depensar de Chaplin, salvo muitosecundariamente. Pois, o queconta ainda mais que as duassituações opostas do bom e domau são os discursos subjacen-tes, que se exprimem enquantotais ao final destes filmes. É atépor isso que os filmes vão proce-der simultaneamente a umaconquista progressiva do sonoroe a uma eliminação progressivade Carlitos.'*

Os traços do Sonho Americano"Afinai, o cinema america-

no nunca deixou de filmar crefilmar o mesmo fume funda-mental, que era nascimento deuma nação-civilização, cuja pri-meira havia sido feita por Grif-fith. Ele tem em comum com ocinema soviético a crença numafinalidade da história universal,aqui a eclosão da nação ameri-cana. lá o advento do proletária-do. Mas nos americanos a repre-sentação orgânica não cnconira.evidentemente, desenvolvimen-to dialético, ela é, sozinha, todaa historia, a linhagem germinal

da qual cada nação civilizada sedestaca como um organismo,cada uma prefigurando a Amé-rica. Donde o caráter profunda-mente analógico ou parasitadesta comcepção de história, talcomo a descobrimos em Intole-rância. de Griffith, que entrela-ça quatro períodos, ou na pri-meira versão de Os Dez manda-mentos. de Cecil B. De Mille.que faz o paralelo entre doisperíodos, dos quais a América éo último. As nações decadentessão organismos doentes, como aBabilônia de Griffith <>n ( Roma

"O naturalismo teve doisgrandes criadores no cinema,Stroheim e Bunuel. Neles ainvenção dos mundos origina-rios pode surgir sob formaslocalizadas muito diversas, ar-tificiais ou naturais: emStroheim, o cume da monta-nha de Maridos Cegos, a caba-na de feiticeira de EsposasIngênuas, o palácio de MinhaRainha, o pântano do episódioafricano do mesmo filme, odeserto no final de Ouro eMaldição; em Bunuel, a selvade estúdio em La Mort dans ceJardin, o salão de O AnjoExterminador, o deserto decolunas do Simeão do Deserto,os rochedos de L'Age d'Or.Mesmo localizado, o mundooriginário não deixa de ser olugar excessivo onde se passao filme inteiro, isto é, o mun-do que se revela no fundo dosmeios sociais tão vigorosa-mente descritos. PoisStroheim e Bunuel são realis-tas: jamais se descreveu omeio com tanta violência ou

crueldade, com sua dupla re-partição social, "pobres-ricos" ,"gente de bem-genteruim". Mas, justamente, o

3ue confere tal força à sua

escrição é a maneira pelaqual eles reportam os traços aum mundo originário que rugeno fundo de todos os meios,que persiste sob eles. Estemundo não existe indepen-dentemente dos meios deter-minadas mas, inversamente,os faz existir com característi-cas e traços que vêm mais decima, ou melhor, de um fundoainda mais terrível. O mundooriginário é um princípio demundo mas também um fimde mundo, e a inclinação irre-sistível de um para o outro: éele que carreia o meio e quetambém faz dele um meio fe-chado, absolutamente enclau-surado, ou então que o entrea-bre para uma esperança incer-ta. O depósito de lixo onde ocadáver será atirado, eis aimagem comum de EsposasIngênuas e Los Olvidados."

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_L 4u_K*____ Rí_vl____ B .*>í .KmSmmm ÍS mmmmw mm\^Í^mm%VÍI^^Ú'^^kW>^kmm\-'¦:.-'-MmwmmmmW:''- !í________i_________ __3^_________fi_í_9_ .KflHí WkmV'llmmm\\

iÉ___- __P___-•' -H l_fe"_B__PwS_l___ B_r_S. Hrifss\JSm ^__l BWj_na_L______l BPW^S __K__yi_sS_llwÉ__te^_Jj-_^_^ty:-a descrição vigorosa de umEm "Los Olvidados",

mundo fechado.A dialética dos soviéticos

"Dialética não era só umapalavra para os cineastas so-viéticos. Era, ao mesmo tem-po, a prática e a teoria damontagem. Mas enquanto ostrês outros grandes autores seserviam da dialética paratransformar a composição or-gânica das imagens-movimen-to, Vertov encontrava aí omeio de romper com ela. Eleacusava seus rivais de conti-nuarem a reboque de Griffith,e de um cinema à americanaou de um idealismo burguês.Em seu entender, a dialéticadevia romper com uma Natu-reza ainda excessivamente or-gânica e com um homem mui-

to facilmente patético. Vertovesforçava-se para que o todose confundisse com o conjuntoinfinito da matéria, e para queo intervalo se confundisse comum oiho na matéria, câmera.Como os outros, tampoucoencontrará compreensão nacrítica oficial. Mas terá levadoao extremo um debate interiorà dialética, que Eisenstein sa-be muilo bem resumir quandoultrapassa a polêmica. E o par"matéria-olho"

que Vertovopõe ao par "Natureza-homem", "Natureza-pünho","Natureza-soco"

(orgânico-patético)."

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de De Mille. Se a Bíblia é fun-damental. é porque os hebreus.e em seguida os cristãos, fun-dam nações-civilizações sãs quejá apresentam os dois traços dosonho americano: ser um cadi-nho onde se fundem as mino-rias, ser um fermento que formachefes capazes de reagir a todasas situações. Inversamente, oLincoln de Ford recapitula ahistória bíblica, julgando tãoperfeitamente quanto Salomão,garantindo como Moisés a pas-sagem da lei nômade à lei escri-

Eisenstein,em suaobra-prima"OEncouraçadoPotemkim",ultrapassa apolêmicadeflagradapor Vertov

ta, do nnmos ao logos. entrandona cidade sobre o jumento, co-mo o Cristo (A Mocidade deLincoln). E se o filme históricoconstitui assim um grande gene-ro do cinema americano, talvezseja porque, nas condições es-pecíficas da América, todos osgêneros já eram históricos, fossequal fosse o seu grau de ficção:o crime com gangsterismo. aaventura como o westcrn, ti-nham o estatuto de estruturashistóricas, patogênicas ou exem-plares".