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CONSIDERAES SOBRE O MTODO SOCIOLGICODURKHEIM, mile. As regras do
mtodo sociolgico. Os pensadores: Textos escolhidos. So Paulo: Abril
Cultural , 1976.- 01 -A) PREFCIO DA PRIMEIRA EDIO
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- 04 -Os fatos sociais so o domnio prprio da sociologia.
(03)CORRENTES SOCIAIS
Numa grande reunio (fora de uma organizao social definida),
movimentos de vivo entusiasmo, indignao, piedade, no tm por origem
nenhuma conscincia particular. Vem a cada um de ns do exterior e
tem grande poder de coao e so suscetveis de nos arrastar sem que o
queiramos. (04)EDUCAO: FATO SOCIAL Toda a educao constitui um
esforo contnuo para impor s crianas maneiras de ver, de sentir e de
agir s quais elas no chegariam espontaneamente. (05)
Desde os primeiros anos de vida as crianas so foradas a comer,
beber, dormir em horas regulares (...) Se com o tempo esta coero
deixa de ser sentida porque pouco a pouco d lugar a hbitos, a
tendncias internas que a tornam intil, mas que no a substituem
porque dela derivam. (05)
A educao tem justamente por objetivo formar o ser social
(05)
OBS1:OBS2:A maioria de nossas ideias e tendncias no so
elaboradas por ns, mas nos vm de fora, conclui-se que no podem
penetrar em ns seno atravs de uma imposio. (03)COERO
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- 05 -II) REGRAS RELATIVAS OBSERVAO DOS FATOS SOCIAISQuando uma
nova ordem de fenmenos se torna objeto de cincia, tais fenmenos j
encontram-se representados no esprito no apenas por meio de imagens
sensveis, mas tambm por certos conceitos grosseiramente formados.
(13)
(...) a reflexo anterior cincia; esta no faz mais do que
utiliz-la de maneira mais metdica. (13)
Em lugar de observar as coisas, descrev-las, compar-las,
contentamo-nos ento em tomar conscincia de nossas ideias,
analis-las, combin-las. (13)
1 REGRA: CONSIDERAR OS FATOS SOCIAIS COMO COISAS(...) os fatos
no intervm, ento seno de maneira secundria, a ttulo de exemplos ou
de provas confirmatrias; no so objeto de cincia. Essa vai ento das
ideias para as coisas, e no das coisas para as ideias. (14)
Tal cincia no apenas fragmentria; falta-lhe tambm a substncia de
que poderia se alimentar. Nem bem existe, e logo, por assim dizer,
desaparece, transformando-se em arte. (14)
Em lugar de procurar compreender os fatos adquiridos e
realizados, empreende imediatamente a realizao de outros novos,
mais conformes com os fins perseguidos pelos homens. (15)PRINCIPAIS
CARACTERSITCAS DO PENSAMENTO CIENTFICO DA POCA
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A SOCIOLOGIA EM SPENCERConsidera como proposio evidente que uma
sociedade no existe seno quando, justaposio, se acrescenta
cooperao. (18)
Mas esta definio inicial enuncia como uma coisa aquilo que no
seno uma opinio quimrica. (...) impossvel saber por simples inspeo
se realmente a cooperao forma o todo da vida social. (...) Assim,
uma certa maneira de conceber a realidade de novo se substitui a
esta realidade. (19)
Como os fatos acumulados em sua sociologia so empregados no para
descrever e explicar coisas, mas para ilustrar anlises de noes,
parecem afinal de contas no estar ali seno para figurarem de
argumentos.(19)OBJETOToma a sociedade, e no a humanidade, como
objeto desta cincia; no entanto, logo de incio ofereceu das
primeiras uma definio que faz desaparecer justamente aquilo de que
fala, pondo em seu lugar a prenoo que a seu respeito concebe. (18)-
07 -OBS:No apenas quando nos voltamos para os fundamentos da cincia
que encontramos estas noes vulgares, mas com elas deparamos tambm a
cada instante na trama dos raciocnios. (19)
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- CONSIDERAES PESSOAIS
- 12 -Para Durkheim o indivduo, de maneira isolada, no pode ser
considerado ideal para o estudo da Sociologia, atentando-se para o
estudo e a compreenso apropriada do conceito de fato social. O que
interessa vertente durkheimiana o enfoque do indivduo inserido em
uma realidade social objetiva que, encontrando-se acima dele,
caracteriza-se por ser grupal e coletiva.
A converso do indivduo acontece desde cedo, importando para a
garantia da coexistncia pacfica entre os indivduos que, por sua
vez, tornar possvel uma convivncia coletiva harmnica, do ponto de
vista da manuteno da ordem e do conhecimento da regras. Em sua obra
As Regras do Mtodo Sociolgico, o autor afirma que quando nascemos,
crenas e prticas religiosas j se encontravam prontas. Independe de
ns, porque existem antes de ns. Durkheim foi um dos pioneiros na
anlise dos fatores coercitivos que levam o indivduo a se moldar
segundo os parmetros socialmente impostos pelo grupo, no qual
encontra-se circunstancialmente inserido. Esta estruturao do
indivduo nos padres preestabelecidos e exteriores ao prprio,
perpassa pela moral, pelos hbitos, costumes, comportamento, e por
toda a sua cultura. Processo esse, inconsciente, e determinante no
sentido de conferir um maior ou menor engajamento social do
indivduo nos processos coletivos que permeiam as atividades
sociais. Ele se preocupa em analisar a maneira pela qual o meio
social, atravs de instrumentos de coero e da prpria instituio
educativa, contribuem para regular, controlar e moldar
permanentemente o comportamento individual, tornando os processos
coletivos aparentemente harmnicos e estveis.
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