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03/08/2017 1 Histórico da Microbiologia Sec. XIX Duas grandes questões biológicas levaram ao desenvolvimento de técnicas laboratoriais essenciais: O debate sobre a geração espontânea A natureza das doenças infecciosas (Louis Pasteur) (Robert Koch)
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Evolução da vida microbiana na Terra

Jan 10, 2017

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Page 1: Evolução da vida microbiana na Terra

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Histórico da Microbiologia

Sec. XIX

Duas grandes questões biológicas levaram ao desenvolvimento de técnicas laboratoriais essenciais:

O debate sobre

a geração

espontânea

A natureza das

doenças

infecciosas

(Louis Pasteur) (Robert Koch)

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Geração espontânea – prós e contras

• Francesco Redi (1668): experimentos com carne apodrecidas.

• John Needham (1745): o aquecimento de caldos nutrientes (degalinha ou milho) não prevenia o aparecimento de MO’s.

• Lazaro Spallanzani (1765): refutou experimentos de Needham. Afervura de frascos previamente lacrados impedia o crescimentode MO’s. (crítica de Needham: o lacre impedia a entrada da“força vital” necessária).

• Rudolf Wirchow (1858): introduziu conceito da biogênese(“células vivas somente podem surgir de células vivas pré-existentes”).

• Louis Pasteur (1861): experimentos que refutaramdefinitivamente a teoria da geração espontânea.

O experimento de Pasteur

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© 2004 Pearson Education, Inc.

O experimento de Pasteur

© 2004 Pearson Education, Inc.

O experimento de Pasteur

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© 2004 Pearson Education, Inc.

O experimento de Pasteur

Teoria do germe da doença

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Teoria do germe da doença

• Experimentos de Pasteur: base das técnicas de assepsia.

• Pasteurização: para resolver problema de vinhos e cervejas que azedavam por causa das bactérias (álcool ácido acético).

• Relação entre deterioração dos alimentos e os microrganismos colaborou para a “Teoria do germe da doença”.

• Doenças: punição para os pecados individuais ou crimes. Causa: demônios nos detritos ou nos vapores dos pântanos.

• 1865: Pasteur descobre a causa da doença do bicho-da-seda (protozoário).

• 1860: Joseph Lister tratou ferimentos cirúrgicos com fenol – redução drástica de infecções e mortes.

Teoria do germe da doença

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• Robert Koch, médico prático alemão, 1876: comprovou a teoria do germe da doença.

• Koch estudou o antraz (carbúnculo) – doença de gado e ovelhas – e descobriu o agente causador –Bacillus anthracis.

• Problema! Como afirmar que a bactéria presente no sangue do animal afetado é o agente causador da doença?

Teoria do germe da doença

1. O organismo patogênico suspeito deve estar presente em todos os casos da doença e ausente em animais sadios.

2. O organismo suspeito deve ser cultivado em cultura pura.

3. Células de uma cultura pura do organismo suspeito devem provocar a doença em um animal sadio.

4. O organismo deve ser isolado e caracterizado como o mesmo encontrado originalmente.

Postulados de Koch

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Exceções aos postulados de

KochExceções aos postulados

de Koch

1) Nem todos os microrganismos crescem em meios de cultura;

2) Um conjunto de sinais e sintomas podem ser os mesmos em várias doenças;

3) Um microrganismo pode causar várias doenças.

Exceções aos postulados

de Koch

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• Não são cultivados em meio artificial:

– Treponema pallidum: sífilis

– Mycobacterium leprae: lepra

– Riquétsias e vírus: multiplicam-se somente dentro das células

Exceções aos postulados

de Koch

Diversidade Microbiana

1910 – Paul Ehrlich – “Bala Mágica” para combater um patógeno sem prejudicar o hospedeiro

Dentre várias substâncias testadas salvarsan (derivado de arsênico) para o combate à Sífilis

Antes disso, a única substância utilizada pelos Europeus era a quinina, extraída de casca de árvore sul-americana para o tratamento da malária

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Diversidade Microbiana

-Alexander Fleming, médico e bacteriologista escocês

Contaminação por fungo em placa alerta para substância inibidora do crescimento bacteriano

1928, Penicillium notatum Penicilina

1940 – Importância médica da Penicilina

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Instrumentação e técnicas básicas de assepsia

Sobre as aulas práticasProfa. Dra. Ilana Camargo

Aula 1

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Biossegurança

Conjunto de procedimentos adotados com o objetivo de dar

proteção e segurança ao profissional e à sua equipe.

Para evitar disseminação e contaminações devem ser empregadas

medidas de controle de infecção como a utilização de equipamento

de proteção individual (EPI), esterilização de materiais, desinfecção

de ambiente e equipamentos.

Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC)

Todo dispositivo ou produto de uso individual ou coletivo, utilizado pelo

trabalhador destinados a proteção de riscos que podem ameaçar a

segurança e a saúde no trabalho

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Jalecobranco

Gorro

Luvas

máscara

Óculos de proteção

Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

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A importância do Jaleco

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Chuveiros e lava-olhos

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Designados em ordem crescente, pelo grau de proteção proporcionado ao pessoal

do laboratório, meio ambiente e à comunidade:

O nível de Biossegurança 1, é o nível de contenção laboratorial que se aplica aos

laboratórios de ensino básico, onde são manipulados os microrganismos

pertencentes a classe de risco 1 (não causam doenças nos homens ou outros

animais). Não é requerida nenhuma característica de desenho, além de um bom

planejamento espacial e funcional e a adoção de boas práticas laboratoriais.

Exemplos: Bacillus subtilis

O nível de Biossegurança 2 diz respeito ao laboratório em contenção, onde são

manipulados microrganismos da classe de risco 2 (causam doenças nos homens

ou outros animais). Se aplica aos laboratórios clínicos ou hospitalares de níveis

primários de diagnóstico, sendo necessário, além da adoção das boas práticas, o uso

de barreiras físicas primárias (cabine de segurança biológica e equipamentos de

proteção individual) e secundárias (desenho e organização do laboratório).

Exemplos: Vírus da Febre Amarela e Schistosoma mansoni.

Níveis de Biossegurança

Centers for Disease Control and Prevention - CDC. Biosafety in microbiological and biomedical laboratories. 4a. ed. U.S. Department of Health and Human Services,

Atlanta, 1999. 250p.

Níveis de Biossegurança

NB-1

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Níveis de Biossegurança

NB-2

O nível de Biossegurança 3 é destinado ao trabalho com microrganismos da

classe de risco 3 (causam graves doenças nos homens ou outros animais) ou

para manipulação de grandes volumes e altas concentrações de microrganismos da

classe de risco 2. Para este nível de contenção são requeridos além dos itens

referidos no nível 2, desenho e construção laboratoriais especiais. Deve ser mantido

controle rígido quanto a operação, inspeção e manutenção das instalações e

equipamentos e o pessoal técnico deve receber treinamento específico sobre

procedimentos de segurança para a manipulação destes microrganismos. Exemplo:

Mycobacterium tuberculosis

O nível de Biossegurança 4, ou laboratório de contenção máxima, destina-se a

manipulação de microrganismos da classe de risco 4 (causam doenças nos

homens ou outros animais representando grande risco para os trabalhadores

de saúde, sendo alto o risco de transmissibilidade na comunidade), onde há o

mais alto nível de contenção, além de representar uma unidade geográfica e

funcionalmente independente de outras áreas. Esses laboratórios requerem, além

dos requisitos físicos e operacionais dos níveis de contenção 1, 2 e 3, barreiras de

contenção (instalações, desenho equipamentos de proteção) e procedimentos

especiais de segurança. Exemplo: Vírus Ebola.

Centers for Disease Control and Prevention - CDC. Biosafety in microbiological and biomedical laboratories. 4a. ed. U.S. Department of Health and Human Services,

Atlanta, 1999. 250p.

Níveis de Biossegurança

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Níveis de Biossegurança

NB-3

•Fluxo de ar sempre de

fora para dentro;

•Filtro de ar para troca de

ar do ambiente;

•Usar equipamento de

contenção de bioaerossol

Níveis de Biossegurança

NB-4

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Níveis de Biossegurança

NB-4

Sala de troca de roupas

http://www.niaid.nih.gov/topics/BiodefenseRelated/Biodefense/PublicMedia/labtour/Pages/bsl9.aspx

Níveis de Biossegurança

NB-4

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Níveis de Biossegurança

NB-4

http://www.agricultura.gov.br/comunicacao/noticias/2014/08/lanagromg-e-o-primeiro-do-

brasil-com-nivel-de-biosseguranca-maximo

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Aula 2

Sobre as aulas práticasProfa. Dra. Ilana Camargo

Instrumentação e técnicas básicas de assepsia

Tortora, et al, 6ª ed, 2000

Conceitos importantes!!

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Lavagem das mãos

Indicação de lavagem das mãos:

SempreQue as mãos estiverem sujas

Antes e apósPreparo de materiais e/ou equipamentosO uso de luvasA aula de microbiologia

Com o uso concomitante de luvasApós coleta de sangueAdministração de hemoderivadosHigienização de paciente

O uso das luvas não substitui a lavagem das mãos!!!

Lavagem das mãos

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Lavagem das mãos

- Retirar jóias, relógio, pulseiras (acúmulo de bactérias não removidas)

- Abrir a torneira com a mão dominante quando não houver pedal

- Molhar as mãos- Aplicar de 3 a 5 mL de sabão líquido nas mãos

- Ensaboar as mãos, formando espuma, friccionando-as por 15 a 30 segundos, atingindo todas as suas faces

- Enxaguar, deixando a água penetrar nas unhas e espaços interdigitais (mão em forma de concha). Retirar toda a espuma e os resíduos de sabão, sem deixar respingar água na roupa e no piso.

- Secar as mãos com papel toalha descartável. Se a torneira for manual, usar o mesmo papel-toalha para fechá-la

Verificação das lavagens das mãos

Antes Depois

Diminuição do número de Unidades Formadoras de Colônias (UFC)

Placas com 24h a 37°C e 5 dias a 4°C

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Verificação das lavagens das mãos

Antes Depois

Diminuição das UFCs e da variedade de colônias

(morfologia: tamanho, cor, aspecto)

Placas com 24h a 37°C e 5 dias a 4°C

Limpar a bancada com álcool 70% ANTES E DEPOIS

dos experimentos!!

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Zona Asséptica

Bico de Bunssen

O bico de Bunssen e a zona asséptica/de segurança

Análise de microrganismos

Lâmina Lamínula

Contador de

colônias Espectrofotômetro

Microscópio óptico

Cubetas

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Alça de inoculação

(Niquel-cromo ou platina)

Agulha de inoculação

Materiais

Haste

Cabo

Cabo de Kohle

Transferência de microrganismos

Alça de inoculação Agulha de

inoculação

Alça de Drigalski

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Zona Asséptica

O bico de Bunssen e a zona asséptica/de segurança

Transferência de microrganismos

Pipeta pasteur

Swab (cotonete)

Pinça

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Aula 3

Sobre as aulas práticasProfa. Dra. Ilana Camargo

Instrumentação e técnicas básicas de assepsia

Autoclave

Câmara de biossegurança / fluxo

laminar

Instrumentos

Esterilização pelo calor úmido (vapor sob pressão)

Em geral: 15 a 20 minutos a 121ºC

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Equipamentos

Estufa

Equipamentos

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Materiais

Fechar com tampão de

algodão e cobrir com papel

alumínio e papel pardo

Rotina do laboratório

Tubos cônico

(tipo falcon)Microtubos

(“tubo

Eppendorf”)

Erlenmeyer

Balão volumétrico

Proveta

Frasco com

tampa de

rosca

Béquer

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Rotina do laboratório

pHmetro

Centrífuga

Balança de precisão

Rotina do laboratório

Agitador magnético

com aquecimento

Barras magnéticas

(“pulgas” ou “peixinhos”)

Banho-maria

Agitador de tubos (vórtex)

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Esterilização

Filtro esterilizante

Autoclave

Bico de Bunsen

Câmara de Biossegurança

NUNCA PIPETE COM A BOCA!!!

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Instrumentos

Pipetas e pipetadores

Pipeta Pastuer

Pipetas automáticas

Ponteiras

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