UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE NUTRIÇÃO ESTADO NUTRICIONAL E COMPULSÃO ALIMENTAR DE ADOLESCENTES MATRICULADOS EM UM INSTITUTO FEDERAL DE MATO GROSSO KARINA MARCOS ISMAEL SAPEDE Cuiabá-MT, setembro de 2017
0
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE NUTRIÇÃO
ESTADO NUTRICIONAL E COMPULSÃO ALIMENTAR DE
ADOLESCENTES MATRICULADOS EM UM INSTITUTO
FEDERAL DE MATO GROSSO
KARINA MARCOS ISMAEL SAPEDE
Cuiabá-MT, setembro de 2017
1
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE NUTRIÇÃO
ESTADO NUTRICIONAL E COMPULSÃO ALIMENTAR DE
ADOLESCENTES MATRICULADOS EM UM INSTITUTO
FEDERAL DE MATO GROSSO
KARINA MARCOS ISMAEL SAPEDE
Trabalho de Graduação apresentado ao Curso de
Nutrição da Universidade Federal de Mato Grosso
como parte dos requisitos exigidos para obtenção
do título de Bacharel em Nutrição, sob a
orientação da Profa. DSc. Ana Carolina Pinheiro
Volp.
Cuiabá-MT, setembro de 2017
2
3
4
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente, a Deus pelo dom da vida e por me permitir chegar até aqui.
À minha família, em especial aos meus pais Luiz Augusto Ismael Sapede e Brasilina
Marcos Ismael Sapede e ao meu irmão Matheus Marcos Ismael Sapede, pelo amor, carinho,
apoio e principalmente, pela paciência prestados a mim durante esta etapa, sem eles, nada disso
seria possível.
Ao Pedro Luiz Chorro Miler pelo companheirismo e ser fonte de equilíbrio nos
momentos difíceis.
À minha orientadora Profa. DSc. Ana Carolina Pinheiro Volp, pela dedicação,
disponibilidade e clareza.
Aos meus amigos pela amizade e compreensão durante toda a graduação.
À Profa. MSc. Silvia Regina de Lima Reis e ao Prof. DSc. Paulo Rogério Melo
Rodrigues pela grande ajuda destinada a este trabalho.
5
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................. 08
2. OBJETIVOS................................................................................................................. 10
2.1 OBJETIVO GERAL..................................................................................................... 10
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS....................................................................................... 10
3. REVISÃO DE LITERATURA.................................................................................... 11
4. METODOLOGIA......................................................................................................... 14
4.1 TIPO DE ESTUDO...................................................................................................... 14
4.2 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E CLÍNICA.............................................................. 14
4.3 AVALIAÇÃO DA COMPULSÃO ALIMENTAR PERIÓDICA............................... 14
4.4 ASPECTOS ÉTICOS................................................................................................... 15
4.5 MÉTODOS ESTATÍSTICOS...................................................................................... 16
5. RESULTADOS............................................................................................................ 17
6. DISCUSSÃO................................................................................................................ 21
7. CONCLUSÃO............................................................................................................... 23
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................ 24
9. ANEXOS........................................................................................................................ 28
6
RESUMO
Contexto: Um comedor compulsivo abrange no mínimo dois elementos: o subjetivo (a sensação de perda de
controle) e o objetivo (a quantidade do consumo alimentar). Objetivo: Avaliar o estado nutricional e a prevalência
de compulsão alimentar em adolescentes de um Instituto Federal de Mato Grosso. Metodologia: Trata-se de um
estudo transversal, de caráter qualitativo e quantitativo, realizado com estudantes do sexo masculino e feminino
com idade entre 15 e 18 anos, matriculados em um Instituto Federal de Mato Grosso, onde coletou-se dados
referentes ao estado nutricional, clínico e grau de risco para transtorno da compulsão alimentar periódica. Os
resultados foram expressos em frequência relativa, média e desvio padrão. Utilizou-se o programa SPSS versão
17.0, Teste de Levene, Kolmogorov Smirnov, teste t de Student, ANOVA e teste post hoc de Tukey. O nível de
significância adotado foi p<0,05, com intervalo de confiança de 95%. Resultados: Dos 242 adolescentes
participantes, 61,2% eram do sexo feminino e 38,8% do sexo masculino. Desse total, somente 236 responderam
ao questionário BES (traduzida para Escala de Compulsão Alimentar Periódica), constatando 12% com algum
grau de CAP. Se comparado entre os sexos, 9% das meninas e 2,2% dos meninos apresentaram compulsão
alimentar moderada, 9% com compulsão grave no sexo feminino e 1,1% no sexo masculino. Conclusão:
Verificou-se por meio dos resultados obtidos, uma prevalência significativa de compulsão alimentar periódica nos
adolescentes, principalmente no sexo feminino, bem como maiores taxas de gordura corporal neste grupo em
relação aos meninos.
PALAVRAS-CHAVE: estado nutricional; transtornos alimentares; compulsão alimentar; adolescentes.
7
ABSTRACT
Context: A compulsive eater encompasses at least two elements: the subjective (the sense of loss of control) and
the objective (the amount of food consumption). Objective: To evaluate the nutritional status and prevalence of
binge eating in adolescents of a Federal Institute of Mato Grosso. Methodology: This is a cross-sectional
qualitative and quantitative study, carried out with male and female students aged 15 to 18 years, enrolled in a
Federal Institute of Mato Grosso, where data on nutritional status were collected , clinical and risk factors for
periodic binge eating disorder. The results were expressed as relative frequency, mean and standard deviation.
The SPSS version 17.0, Levene test, Kolmogorov Smirnov, Student's t-test, ANOVA and Tukey post-hoc test were
used. The level of significance was set at p <0.05, with a 95% confidence interval. Results: Of the 242 adolescents
participating, 61.2% were female and 38.8% were male. Of this total, only 236 responded to the BES questionnaire
(translated into the Periodic Compulsory Eating Disorder Scale), finding 12% with some degree of CAP.
Compared between the sexes, 9% of the girls and 2.2% of the boys presented moderate binge eating, 9% had a
severe compulsion in the female sex and 1.1% in the male sex. Conclusion: A significant prevalence of periodic
binge eating in adolescents, especially females, as well as higher body fat in this group was verified through the
results obtained in relation to boys.
KEY WORDS: nutritional status; eating disorders; binge eating; adolescents.
8
1. INTRODUÇÃO
Desde os primeiros momentos da vida, a alimentação está interligada com as emoções,
simbolismos e influências socioeconômicas e culturais. Crescer e se alimentar implica em
estabelecer relações, identificar-se, adaptar-se e principalmente fazer escolhas. Tais decisões
são complexas e estão ligadas não apenas ao alimento, como também às condições sociais, as
tradições e aos elementos irracionais. O ato de comer é uma atividade social e o alimento uma
questão emocional (Eisenstein et al., 2000; Alvarenga e Dunker, 2004).
A relação com o alimento pode exceder a mera percepção da fome e se tornar um alívio
para outros motivos que não a fome física. Pode ser comumente usado como prêmio, castigo
ou até como alívio de tensões (Parizzi e Tassara, 2001). Estes comportamentos, muitas das
vezes, de ordem psicológica, podem expor o indivíduo a atitudes extremas, tanto de sacrifício
alimentar exacerbado, quanto de compulsão alimentar, práticas pertencentes aos transtornos
alimentares (Nunes, 2012).
Segundo a Academy for Eating Disorders (2012), os transtornos alimentares (TA) são
doenças mentais graves, com altos índices de morbidade e mortalidade, com uma maior taxa de
mortalidade do que qualquer transtorno psiquiátrico. Apresentam etiologia multifatorial,
composta de predisposições genéticas e socioculturais bem como, vulnerabilidades biológicas
e psicológicas. Podem afetar pessoas de todas as idades, etnias, níveis socioeconômicos,
gêneros, peso e altura. Porém, estima-se que 85% dos TA têm início na adolescência (Dunker
e Philippi, 2003; Borges et al., 2006).
A adolescência é uma fase complexa do desenvolvimento na qual envolve mudanças
físicas e psicossociais. As exigências desta etapa da vida podem ser tão duras para muitos e
impactar negativamente na auto confiança e auto estima destes indivíduos (Gowers e Shore,
2001). Tomados pela insatisfação corporal, influências da mídia, da família e dos amigos,
assumem práticas não saudáveis para controle de peso e comportamentos de risco para os
transtornos alimentares (Killen et al., 1994; Tremblay e Lariviere, 2009; Costa et al., 2010).
Os TAs caracterizam-se por uma perturbação persistente na alimentação ou no
comportamento relacionado à mesma, com alterações no consumo e/ou na absorção de
nutrientes, comprometendo a saúde física ou o funcionamento psicossocial do indivíduo. São
descritos na literatura como transtornos alimentares: pica, transtorno de ruminação, transtorno
alimentar restritivo/evitativo, anorexia nervosa, bulimia nervosa e transtorno de compulsão
alimentar (APA, 2014).
9
O comportamento alimentar determinado pela grande ingestão de alimentos em um
curto período de tempo (até duas horas), acompanhado de perda de controle sobre o quê ou o
quanto se come, é conhecido em inglês como binge eating, em português, compulsão alimentar.
Quando esses episódios ocorrem pelo menos dois dias por semana nos últimos seis meses,
associados a algumas características de perda de controle e não são acompanhados de
comportamentos compensatórios, é diagnosticado como Transtorno da Compulsão Alimentar
Periódica (TCAP) – binge eating disorder (Spitzer et al., 1993; APA, 2002).
Cordás (2001) aponta que a anorexia nervosa afeta cerca de 0,5% das mulheres e a
bulimia nervosa, de 1% a 2%. Já em relação ao transtorno do comer compulsivo os números
aumentam e está presente em 2% a 3% da população geral e em torno de 30% nos obesos em
tratamento.
Os altos índices de obesidade, a crescente insatisfação com o corpo, o aumento da oferta
de dietas e a busca pelo corpo ideal são critérios que podem desencadear distúrbios alimentares.
Dessa forma, é de suma importância avaliar a prevalência de compulsão alimentar, sobretudo,
em adolescentes, cujo grupo etário é um dos mais vulneráveis às influências externas, pois é
nesta etapa da vida que ocorrem as transformações afetivas, sociais e corporais, como também
a aparência física adquire importância fundamental na construção da identidade pessoal
tornando-os suscetíveis aos problemas e transtornos relacionados ao comportamento alimentar,
uma vez que tais podem surgir na adolescência e se prolongarem na vida adulta.
Torna-se relevante, também, determinar a relação da compulsão alimentar com o estado
nutricional desses indivíduos, o que favorece, este campo da nutrição e de estudos com
transtornos alimentares, visto que apresentam altos índices de morbidade e mortalidade e este
tema ainda encontra-se em progressão na literatura.
10
2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Avaliar o estado nutricional e a prevalência de compulsão alimentar em adolescentes de
um Instituto Federal de Mato Grosso.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Classificar o estado nutricional dos alunos por meio de medidas antropométricas, de
composição corporal e clínicas;
Identificar a prevalência e o grau de compulsão alimentar por meio da Escala de
Compulsão Alimentar (ECAP);
Correlacionar o estado nutricional com a compulsão alimentar periódica.
11
3. REVISÃO DE LITERATURA
O Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica (TCAP) foi descrito pela primeira vez
por Stunkard (1959) nos anos 1950 e eleita como categoria diagnóstica apenas em 1994, quando
foi incluída no apêndice B do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, da
quarta edição (DSM IV) (APA, 1994). O DSM, já em sua quinta edição, publicado pela
American Psychiatric Association, é um manual que possui as classificações e os critérios
associados de transtornos mentais que permite facilitar seus diagnósticos, tornando-se
referência para a prática clínica na área da saúde mental (APA, 2014).
Segundo esse manual, a principal característica que compõe o TCAP são episódios
recorrentes de compulsão alimentar, que acontecem no mínimo uma vez por semana, durante
três meses. Um episódio de compulsão é definido como a ingestão, em um período determinado,
de uma quantidade de alimento significativamente maior do que a maioria das pessoas
consumiria sob as mesmas circunstâncias, seguido por sentimento de falta de controle sobre o
comportamento alimentar durante o episódio. São desconsiderados dessa categoria de
transtorno, lanches contínuos (em pequenas quantidades) ao longo do dia (APA, 2014).
Alguns critérios são determinantes para a classificação do TCAP e os pacientes devem
apresentar três ou mais deles. Tais critérios abrangem: comer muito mais rapidamente do que
o normal; comer até sentir desconfortavelmente cheio; ingerir grandes quantidades de alimentos
sem estar com sensação física de fome; comer sozinho por vergonha do quanto se come; e
sentir-se desgostoso de si mesmo, deprimido ou muito culpado. Difere-se da bulimia nervosa
por não apresentarem comportamentos compensatórios (APA, 2014).
O nível de gravidade deste transtorno baseia-se na frequência de episódios de compulsão
alimentar e que abrange do leve ao extremo. Quando o indivíduo apresenta de 1 a 3 episódios
por semana é categorizado como TCAP leve, quando estes episódios são maiores,
especificamente de 4 a 7 por semana, classifica-se como moderada, de 8 a 13, grave, e quando
aumentam para 14 ou mais são agrupados em TCAP extrema (APA, 2014).
Pode acometer tanto indivíduos com peso normal quanto indivíduos obesos. A maioria
possui uma longa história de repetidas tentativas de fazer dietas, bem como, sofrimento
marcante de culpa e desespero por apresentarem dificuldade de controle na ingestão de
alimentos. Alguns continuam tentando restringir o consumo de calorias, enquanto outros
abandonam quaisquer esforços de fazer dieta, em razão de fracassos repetidos (Spitzer; 1993).
Os fatores socioculturais que impõe um ideal de beleza associado ao culto às dietas e ao
corpo esquálido estão sendo descritos como gatilhos no desenvolvimento dos transtornos
12
alimentares, exclusivamente dietas para emagrecer, que recebe destaque por ser o fator mais
frequente (Kirsten et al., 2009). Segundo Bernardi et al. (2005), as restrições e autoimposições
das pessoas que fazem dieta parece ter um efeito rebote e pode resultar em compulsão alimentar,
acompanhada de consequências psicológicas, como a perda da autoestima, mudanças de humor
e distração.
Appolinário (2002), destaca o "ataque de comer" como o episódio central do transtorno
do comer compulsivo e aponta que alguns autores consideram a perda de controle como critério
mais importante que a quantidade de alimento ingerida. Evidencia ainda que os pacientes com
TCAP apresentam alterações importantes do comportamento alimentar, têm uma maior
preocupação com a forma e o peso corporal, apresentam maior comprometimento no trabalho
e nas relações sociais e, com maior frequência, um outro diagnóstico psiquiátrico em
comorbidade.
Um comedor compulsivo abrange no mínimo dois elementos: o subjetivo (a sensação
de perda de controle) e o objetivo (a quantidade do consumo alimentar). Há alguns fatores
descritos que possam desencadear esses ataques, como por exemplo, ansiedade, estresse,
depressão, raiva, tédio, frustração, solidão, entre outro. (Azevedo et al., 2004).
Alguns autores apontam maior prevalência de compulsão alimentar em adolescentes,
isso deve-se ao fato de apresentarem comportamentos de riscos para o desenvolvimento de
transtornos alimentares. Tornam-se um grupo vulnerável a respeito das suas necessidades
nutricionais específicas e por serem mais suscetíveis às influencias ambientais (Gambardella et
al., 1999).
O adolescente pode apresentar dificuldades em lidar com seu novo universo físico e
mental, uma vez que passam por transformações hormonais, funcionais, afetivas e sociais,
atribuindo grande importância as mudanças corporais que ocorrem nessa fase. Isso decorre
principalmente da significativa influência que o grupo social e a mídia exercem sobre o estilo
de vida e padrão alimentar neste grupo etário (Fleitlich, 1997).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a adolescência é um período
compreendido dos 10 aos 19 anos e é marcada pela transição entre a infância e a idade adulta
(WHO, 1995). É nesta etapa da vida que ocorre aumento de aproximadamente 50% do peso e
de 15 a 25% da estatura final do indivíduo. Também é marcada por mudanças na composição
corporal, incluindo alterações nas proporções relativas de água, de massa magra, de massa de
gordura e óssea, assim como diferenças na maturação puberal entre os sexos (Benedet et al.,
2013; Rogol et al., 2002).
13
Nesse período, um dos principais desafios consiste em aceitar-se e, assim, ser capaz de
responder por si, fazer escolhas, tomar decisões e assumir responsabilidades. As alterações
físicas pelas quais passam, podem influenciar diretamente na imagem mental desses indivíduos,
o que pode repercutir positiva ou negativamente na insatisfação corporal, podendo ou não
desencadear agravantes ao final desse processo (Fortes et al., 2013).
14
4. METODOLOGIA
4.1 TIPO DE ESTUDO
Trata-se de um estudo transversal de caráter qualitativo e quantitativo, realizado com
estudantes do sexo feminino e masculino com idade entre 15 e 18 anos matriculados em um
Instituto Federal de Mato Grosso. Foram coletados dados referentes ao estado nutricional,
clínico e o grau de risco para transtorno da compulsão alimentar periódica.
4.2 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E CLÍNICA
O peso foi aferido em balança digital, com capacidade até 150 kg e variação de 0,05 kg
e a estatura, com o uso de antropômetro portátil, com extensão até 200 cm e variação de 0,1
cm. Os estudantes permaneciam descalços, com roupas leves e em posição ortostática durante
as aferições. Realizou-se duas mensurações de estatura, admitindo-se variação máxima de 0,5
cm, considerando a média para a análise (Gordon et.al. 1988).
Para identificar o estado nutricional, utilizou-se o IMC (Índice de Massa Corporal) por
idade para adolescentes (percentis 5 e 85), o qual é calculado pela relação entre o peso pelo
quadrado da altura (WHO, 1995).
A composição corporal foi determinada por meio de bioimpedância elétrica, utilizando-
se o analisador de composição corporal Tanita TBF – 305 (sistema membro inferior a membro
superior). A densidade corporal foi estimada por meio de equação oferecida pelo próprio
fabricante, específica para idade e sexo, e o percentual de gordura corporal estimado a partir da
densidade, utilizando-se equações específicas para a idade (Boileau et.al. 1996).
Em relação a aferição da pressão arterial, esta foi realizada após 5 minutos de repouso,
na posição sentada, no membro superior direito apoiado à altura do coração, com auxílio de
esfigmomanômetro e estetoscópio. A pressão arterial sistólica (PAS) foi determinada na fase I
de Korotkoff e a pressão arterial diastólica (PAD) na fase V de Korotkoff. O valor da PA foi
classificado, segundo o National High Blood Pressure Education Program (2004) como normal
(< p90), normal alto (p90 e < p95), e hipertensão ( p95), levando em conta idade, gênero e
altura.
4.3 AVALIAÇÃO DA COMPULSÃO ALIMENTAR PERIÓDICA
Em relação a Compulsão Alimentar foi aplicado a Escala de Compulsão Alimentar
Periódica (ECAP) desenvolvido por Gormally et al. (1982), na qual consiste em um
15
questionário auto-aplicável, em escala Likert, constituída por uma lista de 16 itens e 62
afirmativas, das quais deve ser selecionada, em cada item, aquela que melhor representa a
resposta do indivíduo. A cada afirmativa corresponde um número de pontos de 0 a 3,
abrangendo desde a ausência (“0”) até a gravidade máxima (“3”) da CAP. O escore final é o
resultado da soma dos pontos de cada item, sua classificação é dividida em: indivíduos com
pontuação menor ou igual a 17 são considerados sem Compulsão Alimentar Periódica (CAP);
com pontuação entre 18 e 26 são considerados com CAP moderada; e aqueles com pontuação
maior ou igual a 27, com CAP grave (Freitas et al., 2001).
4.4 ASPECTOS ÉTICOS
Todos os voluntários foram informados oralmente e receberam por escrito uma
descrição do estudo e de todos os procedimentos aos quais seriam submetidos, bem como os
riscos e benefícios de sua participação. Devido a menor idade, os voluntários receberam um
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para o responsável assinar e o Termo de
Assentimento Livre e Esclarecido (TALE) para os próprios adolescentes assinarem.
Os critérios de inclusão foram adolescentes com idade entre 15 e 18 anos e que
apresentassem os termos devidamente assinados. Os critérios de exclusão do estudo foram
alunos portadores de deficiência física ou mental, gestantes e lactantes e meninas que estavam
em período perimenstrual.
As coletas foram realizadas durante o horário das aulas de Educação Física da escola
disponibilizado pelo professor. Para evitar constrangimento as análises antropométricas e de
composição corporal foram aferidas por um pesquisador capacitado, em uma sala reservada,
fora do alcance de outras pessoas, para que não pudessem ver ou ouvir os resultados. Os alunos
foram consultados sobre autorização para prosseguir-se com todos os procedimentos, e
alertados e orientados no momento da aferição.
Foi adotada postura acolhedora e cordata pelo avaliador, assegurando ao adolescente o
seu direito de confidencialidade, bem como, relembrando-o durante todo o procedimento sobre
o seu direito de se retirar da pesquisa a qualquer momento.
Especificamente, em relação a coleta de dados do questionário que avalia compulsão
alimentar os riscos aos voluntários são mínimos, restringindo-se a algum desconforto do
indivíduo em responder questões específicas. Para minimizar esse efeito, o voluntário foi
devidamente informado sobre seus direitos em não responder questões que o incomodem.
As fichas preenchidas ficaram armazenadas em arquivo com chave de posse exclusiva
do pesquisador responsável. A tabulação de dados foi realizada no computador do pesquisador
16
que é protegido por senha. A qualquer momento em que o voluntário decidisse não participar
da pesquisa, os questionários eram destruídos e os dados apagados do banco de dados do
pesquisador.
O presente projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de
Nutrição UFMT e teve início após sua aprovação (CAAE:66128517.3.0000.5541).
4.5 MÉTODOS ESTATÍSTICOS
As análises foram realizadas pelo Pacote Statistical Package for the Social Sciences
(SPSS) 17.0. Os resultados foram expressos em frequência relativa, média e desvio padrão,
sendo anteriormente realizado Teste de Levene para verificar a homogeneidade das variâncias
e Kolmogorov Smirnov para verificar a normalidade da distribuição. O teste t de Student foi
utilizado a fim de verificar a comparação das médias entre os sexos. A ANOVA, seguida de
Teste post hoc de Tukey, foi utilizada para avaliar as variáveis de acordo com o grau de
compulsão alimentar periódica. O nível de significância adotado foi p<0,05, com intervalo de
confiança de 95%.
17
5. RESULTADOS
Participaram do estudo 242 adolescentes, sendo que 61,2% (n=148) eram do sexo
feminino e 38,8% (n=94) do sexo masculino, com idade média de 16,24±0,93.
Do total de adolescentes, somente 236 responderam ao questionário BES (traduzida para
Escala de Compulsão Alimentar Periódica), sendo que 85,5% (n=207) apresentaram ausência
de compulsão e 12% (n=29) algum grau de CAP. Destes, 6,2% (n=15) com compulsão
moderada e 5,8% (n=14) com compulsão grave.
Se comparado entre os sexos, este estudo apresentou prevalência do sexo feminino em
todas as classificações da compulsão alimentar. Verificou-se que 9% (n=13) das meninas e
2,2% (n=2) dos meninos apresentaram compulsão alimentar moderada, como também 9%
(n=13) de compulsão grave no sexo feminino e 1,1% (n=1) no sexo masculino (Figura 1).
Referente as medidas antropométricas, de composição corporal e clínicas, os meninos
apresentaram valores para peso usual, peso desejável, peso atual, estatura, musculatura corporal
(%), hidratação (%), ossatura (%), gasto energético de repouso e pressão arterial sistólica
significativamente (p = 0,000) maiores que a meninas. Por outro lado, as meninas apresentaram
maiores percentuais de gordura corporal (24,24±7,77) quando comparadas aos meninos
(16,60±6,21). Para as outras variáveis não foram encontradas diferenças significativas (p>0,05)
(tabela 1).
Correlacionando as diferentes classificações para compulsão alimentar periódica com
as medidas antropométricas, de composição corporal e clínicas, adolescentes com CAP
moderado e grave possuem maiores quantidades de gordura corporal (%) com média de
27,07±10,63 e 27,17±7,58 respectivamente, em relação aos sem compulsão (20,64±7,63) e
menores valores de massa magra (%), hidratação (%) e ossatura (%) quando comparados aos
adolescentes ausentes de CAP. Os indivíduos com maiores estaturas (1,66±0,09) apareceram
no grupo dos sem CAP quando comparados as demais classificações (Tabela 2).
A média da idade, do IMC, do peso usual, desejável e atual, assim como o gasto
energético em repouso e a pressão sistólica e diastólica demonstraram não haver diferenças
estatísticas (p>0,05) quando relacionadas com as classificações da compulsão alimentar
periódica (Tabela 2).
18
19
Tabela 1. Perfil nutricional de adolescentes de um Instituto Federal de Mato Grosso. Cuiabá – MT, 2017.
Variáveis População total (n=242) Feminino (n=148) Masculino (n=94)
X̅±DP X̅±DP X̅±DP p
Idade (anos) 16,24±0,93 16,22±0,91 16,28 ±0,97 0,663
Peso usual (Kg) 59,55±11,99 55,39±9,35 65,07±12,92 0,000*
Peso desejável (Kg) 58,83±10,01 53,65±6,46 66,05±9,65 0,000*
Peso atual (Kg) 61,01±15,91 56,60±10,56 67,94 ±20,01 0,000*
Estatura (metros) 1,66±0,08 1,62±0,07 1,73±0,07 0,000*
IMC (Kg/m²) 22,03±4,69 21,60±3,61 22,72±5,98 0,070
Gordura corporal (%) 21,34±8,10 24,24±7,77 16,60±6,21 0,000*
Musculatura corporal (%) 39,97±4,76 37,52±3,76 44,03±3,22 0,000*
Hidratação corporal (%) 53,89±5,70 51,97±3,22 57,07±4,74 0,000*
Ossatura corporal (%) 11,46±1,79 10,30±0,98 13,44±0,81 0,000*
GER (calorias) 2201,98±456,22 1894,61±127,53 2709,67±332,20 0,000*
PAS (mmHg) 110,00±12,49 106,60±11,56 115,50±12,04 0,000*
PAD (mmHg) 71,26±15,06 70,30±15,66 72,86±14,01 0,199
IMC: Índice de Massa Corporal; GER: Gasto Energético de Repouso por bioimpedância elétrica; PAS: Pressão Arterial Sistólica; PAD: Pressão Arterial
Diastólica.
X̅: média; DP: desvio padrão; *p<0,005. Teste t de Student.
20
Tabela 2. Relação das medidas antropométricas, de composição corporal e clínica com as diferentes classificações de compulsão
alimentar periódica entre adolescentes de um Instituto Federal de Mato Grosso. Cuiabá – MT, 2017.
Variáveis Sem CAP (n= 207) CAP moderada (n= 15) CAP grave (n= 14)
X̅±DP X̅±DP X̅±DP p
Idade (anos) 16,26±0,91 15,93±1,03 16,57±0,94 0,175
Peso usual (Kg) 59,61±12,46 56,50±5,75 62,60±6,88 0,706
Peso desejável (Kg) 59,64±10,31 52,00±5,13 54,50±5,66 0,050
Peso atual (Kg) 60,86±16,32 59,62±12,31 66,29±16,25 0,444
Estatura (metros) 1,66±0,09a 1,60±0,09b 1,64±0,06b 0,029*
IMC (Kg/m²) 21,85±4,71 23,10±3,87 24,56±5,20 0,080
Gordura corporal (%) 20,64±7,63b 27,07±10,63a 27,17±7,58a 0,000*
Musculatura corporal (%) 40,43±4,51a 36,91±5,81b 35,89±4,06b 0,000*
Hidratação corporal (%) 54,41±5,38a 50,09±7,30b 49,42±5,43b 0,000*
Ossatura corporal (%) 11,58±1,70a 10,28±1,54b 10,19±0,92b 0,000*
GER (calorias) 2.226,22±471,85 2.021,73±306,42 2.040,46±325,40 0,106
PAS (mmHg) 110,20±12,70 107,33±7,99 112,14±14,24 0,575
PAD (mmHg) 71,53±15,19 66,00±18,82 74,29±8,52 0,299
IMC: Índice de Massa Corporal; GER: Gasto Energético de Repouso por bioimpedância elétrica; PAS: Pressão Arterial Sistólica; PAD: Pressão
Arterial Diastólica;
X̅: média; DP: desvio padrão; * p<0,005. ANOVA one way, pos hoc Teste de Tukey.
21
6. DISCUSSÃO
Os resultados deste estudo mostram uma prevalência de 12% de compulsão alimentar
periódica, valores que estão acima de alguns dados encontrado na literatura, pois segundo
Spitzer et al. (1993) e Appolinário (2002), na população geral a prevalência de transtorno da
compulsão alimentar periódica pode variar de 1,5% a 5% de casos.
Quando analisado entre os sexos, pode-se verificar que a compulsão alimentar periódica
é bem menos frequente nos homens do que nas mulheres e esse achado parece ser comum entre
os transtornos alimentares, assim relata Magalhães (2009), explicando que cerca de 90 % dos
indivíduos portadores de Transtornos Alimentares são do sexo feminino, com idade entre 14 e
18 anos, sendo que esta faixa etária vem decrescendo para menos de 12 anos.
Essa prevalência parece ser encontrada no mundo todo. Na França, em um estudo
realizado por Ledoux et al. (1993), com 3.287 estudantes de 12 a 19 anos, foi encontrada
prevalência de episódios de compulsão alimentar de 28,1% no sexo feminino e 20,5% no
masculino, sendo a faixa etária predominante de 15 a 17 anos.
É provável que as meninas sejam mais predispostas a apresentar episódios de compulsão
alimentar devido ao ideal de magreza imposto pela cultura ocidental e por serem mais
vulneráveis à aceitação das pressões sociais, econômicas e culturais, que muitas vezes
pressionam as adolescentes a supervalorizar aspectos relacionados ao tamanho corporal e peso
condicionando atitudes e comportamentos alimentares danosos à saúde (Ferreria e Veiga,
2008).
Isso pode ser explicado pelo fato de que as mulheres sentem um medo obsessivo da
obesidade e cada vez mais assumem práticas para controlarem seu peso corporal, tornam-se
adeptas a dietas milagrosas, exercícios exagerados, laxantes, diuréticos ou até mesmo drogas
anorexígenas (Andrade e Bossi, 2003). Cooper e Goodyer (1997) apontam que a importância
das preocupações com a forma e o peso corporal são fatores preponderantes ao
desenvolvimento dos transtornos alimentares.
Dados encontrados na literatura descrevem que entre indivíduos obesos que procuram
tratamento clínico para perda de peso, a prevalência de TCAP varia de 5 a 30% (Spitzer et al.,
1993; Appolinário et al. 2002), o que não pode ser observado neste estudo, por não apresentar
correlação significativa entre o estado nutricional determinado pelo IMC e a compulsão
alimentar periódica.
22
Por outro lado, em relação aos dados obtidos pela bioimpedância elétrica, constatou-se
significância entre a composição corporal dos adolescentes com os diferentes graus de
compulsão alimentar periódica, como também entre os sexos. A gordura corporal (%) mostrou-
se significativamente maior nos adolescentes com CAP moderada e grave em relação aos sem
CAP. Como também, as meninas apresentaram maior gordura corporal e maior prevalência de
CAP comparadas aos meninos.
Isso pode ser justificado pelo fato de que a taxa de deposição de gordura é maior nas
meninas do que nos meninos, mesmo apresentando ritmo de acréscimo diminuído, entretanto,
este ganho é importante para instalação dos ciclos menstruais e para a manutenção dos mesmos
(Barbosa et al., 2006).
No entanto, valores de gordura corporal acima de 25% para meninas e 20% para os
meninos já são considerados com risco de sobrepeso (Lohman, 1992). Neste estudo, quando
comparados isoladamente, apresentaram taxas dentro desses padrões, porém ao analisar a
gordura corporal entre as classificações de CAP, encontraram-se valores acima de 20% nos
indivíduos com algum grau de compulsão.
Segundo Jersild (1973), a quantidade e a distribuição de tecido adiposo no corpo do
adolescente é complicada tanto do ponto de vista físico quanto do psicológico. Dependendo das
influências de implicação psicológica a que o jovem esteja submetido, ele pode não acabar
simplesmente enfrentando um problema transitório de depósitos adiposos durante a
adolescência, mas um problema mais básico de personalidade.
Escrivão et al. (2000) referem que esta fase é um período crítico para iniciar ou até
mesmo agravar a obesidade, devido ao aumento fisiológico do tecido adiposo que ocorre
principalmente no sexo feminino, maior consumo de industrializados e pelas instabilidades
emocionais frequentes neste período.
Conti et al., (2005) também afirmam que a adolescência é um dos períodos mais
vulneráveis para o desenvolvimento da obesidade, tendo em vista as modificações da
composição corporal e o estilo de vida adotado pelos adolescentes. Pode causar, além de
diversos problemas em curto e longo prazos, insatisfações e exclusões sociais e que se não
tratada pode gerar sérias complicações, entre elas: diabetes, hipertensão, doenças
cardiovasculares e dislipidemias.
Contudo, tais modificações corporais que os adolescentes passam, muitas vezes não são
compreendidas por eles mesmos e nem por aqueles a sua volta, tomados por esses pensamentos
adquirem posturas e/ou atitudes inadequadas, o que podem favorecer a carências nutricionais e
mais agravante ainda, a ocorrência de transtornos alimentares.
23
7. CONCLUSÃO
Verificou-se por meio dos resultados obtidos, uma prevalência significativa de
compulsão alimentar periódica, destacando-se ainda, alta frequência de CAP em meninas,
assim como maior gordura corporal e menores quantidades de massa magra, hidratação corporal
e ossatura quando comparadas aos meninos. Também constatou-se que ao ponto que os
adolescentes apresentavam compulsão alimentar, sua composição corporal era modificada.
Considerando que os transtornos alimentares são doenças graves e de etiologia
complexa, é fundamental avaliar as intensas demandas psicológicas que envolvem os
transtornos alimentares, assim como torna-se necessário uma equipe multiprofissional para o
seu diagnóstico, com a importante presença do nutricionista, cujo papel está intimamente ligado
com a questão das escolhas alimentares, possibilitando, com isso, auxiliar o paciente a
estabelecer uma relação adequada com o alimento.
24
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Academy for Eating Disorders. Critical points for early recognition and medical risk
management in the care of individuals with eating disorders [Internet]. 2nd. ed. Deerfi eld,
USA: AED Report; 2012.
Alvarenga M, Dunker KLL. Padrão e comportamento alimentar na anorexia e na bulimia
nervosa. In: Philippi ST, Alvarenga M. Transtornos alimentares: uma visão nutricional. Barueri:
Manole; 2004. p. 131-148.
American Psychiatric Association (APA). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos
mentais. DSM-IV. 4a ed. Porto Alegre: Artmed; 2002.
American Psychiatric Association. Diagnostic and statistical manual of mental disorders. 4th
edition. Washington (DC): American Psychiatric Press; 1994.
American Psychiatric Association (APA). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos
mentais. DSM-V. 5a ed. Porto Alegre: Artmed; 2014.
Andrade A, Bosi MLM. Mídia e subjetividade: impacto no comportamento alimentar feminino.
Rev. Nutr. 2003; 16(1):117-125.
Appolinário JC. Transtorno de comer compulsivo. In: Nunes MAA, Apolinario JC, Abuchain
ALG, Coutinho W. Transtornos alimentares e obesidade. Porto Alegre: Artmed; 2002. p.40-6.
Azevedo AP, Santos CC, Fonseca DC. Transtorno da compulsão alimentar periódica. Rev. Psiq.
Clin. 2004; 31 (4): 170-172.
Barbosa KBF, Franceschini SCC, Priore SE. Influência dos estágios de maturação sexual no
estado nutricional, antropometria e composição corporal de adolescentes. Rev. Bras. Saúde
Matern. Infant. 2006; 6(4): 375-382.
Benedet J, Assis MA, Calvo MC, Andrade DF. Overweight in adolescents: exploring potential
risk factors. Rev Paul Pediatr 2013; 31:172-81.
Bernardi F, Cichelero C, Vitolo MR. Comportamento de restrição alimentar e obesidade. Rev.
Nutr. 2005; 18(1): 85-93.
25
Boileau RA. Body composition assessment in children and youth. In: Bar-Or O, editor. The
child and adolescent athlete. Oxford: Blackwell Science; 1996.
Borges NJBG, Sicchieri JMF, Ribeiro RPP, Marchini JS, Santos JE. Transtornos alimentares:
quadro clínico. Medicina (Ribeirão Preto). 2006;39(3):340-8.
Conti MA, Frutuoso MF, Gambardella AMD. Excesso de peso e insatisfação corporal em
adolescentes. Rev. Nutr. 2005; 18(4):491-497.
Cooper PJ, Goodyer I. Prevalence and significance of weight and shape concerns in girls aged
11-16 years. Br J. Psychiatry. 1997; 171:542-4.
Cordás TA. Transtornos Alimentares em Discussão. Rev Bras Psiquiatr. 2001; 23(4): 178- 9.
Costa ALF, Duarte DE, Kuschnir CC. A família e o comportamento alimentar na adolescência.
Adolesc Saude. 2010;7(3):52-8.
Dunker KLL, Philippi ST. Hábitos e comportamentos alimentares de adolescentes com
sintomas de anorexia nervosa. Rev Nutr. 2003;16(1):51-60.
Eisenstein E, Coelho K, Coelho S, Coelho M. Nutrição na adolescência. Jornal de Pediatria.
2000; 76(3): 263-274.
Escrivão MAMS, Oliveira FLC, Taddei JAC, Lopez FA. Obesidade exógena na infância e na
adolescência. Jornal de Ped. 2000; 75(3): 305-310.
Ferreira JES, Veiga GV. Eating disorder risk behavior in Brazilian adolescents from low socio-
economic level. Appetite. 2008; 51:249-55.
Fleitlich BW. O papel da imagem corporal e os riscos de transtornos alimentares. Pediatr Mod.
1997; 32(1-2):56-62.
Fortes LS, Conti MA, Almeida SS, Ferreira MEC. Insatisfação corporal em adolescentes: uma
investigação longitudinal. Rev. Psiq. Clín. 2013; 40(5): 167-71.
Freitas S, Lopes CS, Coutinho W, Appolinario JC. Tradução e adaptação para o português da
Escala de Compulsão Alimentar Periódica. Rev. Bras. Psiquiatria. 2001; 23(4):215-20.
26
Gambardella AMD, Frutuoso MFP, Franch C. Prática alimentar de adolescentes. Rev Nutr
Campinas. 1999; 12(1):5-19.
Gordon CC, Chumlea WC, Roche AF. Estature, recumbent, lenght, and weight. In: Lohman
TG, Roche AF, Martorell R. Antropometric standardization reference manual. Champaign,
Illinois: Human Kinetics Books; 1988.
Gormally J, Black S, Daston S, Rardin D. The assessment of binge eating severity among obese
persons. Addict Behav. 1982; 7:47-55.
Gowers SG, Shore A. Development of weight and shape concerns in the aetiology of eating
disorders. British Journal of Psychiatry. 2001; 179: 236-242.
Jersild AT. Psicologia da Adolescência. Trad. José S. de Camargo Pereira. Companhia Editora
Nacional. 1973: 596.
Killen JD, Taylor CB, Hayward C, Wilson DM, Haydel KF,Hammer LD, et al. Pursuit of
thinness and onset of eating disorder symptoms in a community sample of adolescent girls: a
three year prospective analysis. Int J Eating Disord. 1994;16(3):227-38.
Kirsten VR, Fratton F, Porta NBD. Transtornos alimentares em alunas de nutrição do Rio
Grande do Sul. Rev. Nutr. 2009; 22(2):219-227.
Ledoux S, Choquet M, Manfredi R. Associated factors for sel-reported binge eating among
male and female adolescents. J Adolesc. 1993;16(1):75-91.
Lohman TG. Assessing fat distribution. Advances in body composition assessment: current
issues in exercise Science. Illinois: Human Kinects. 1992; 57-63.
Magalhães E.N. Transtornos alimentares: a hipótese da distorção da imagem corporal. E-
scientia. 2009; 2 (1): 1-7.
National High Blood Pressure Education Program Working Group on High Blood Pressure in
Children and Adolescents: the fourth report on the diagnosis, evaluation, and treatment of high
blood pressure in children and adolescents. Pediatrics. 2004; 114: 555-76.
27
Nunes RM. Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica (TCAP) e a abordagem da Terapia
Cognitiva Comportamental (TCC). Rev.Psiquiatr. 2012; 25(3): 166-70.
Parizzi MR, Tassara V. Obesidade na infância. Clínica Médica. 2001; 1(2): 279-289.
Rogol AD, Roemmich JN, Clark PA. Growth at puberty. J Adolesc Health. 2002; 31:192-200.
Spitzer RL, Yanovski S, Wadden T, Wing R, Marcus M, Stunkard A, et al. Binge eating
disorder: Its further validation in a multisite study. Int J Eat Disord. 1993;13(2):137-53.
Stunkard AJ. Eating patterns and obesity. Psychiat Q.1959; 33:284-92.
Tremblay L, Lariviere M. The infl uence of puberty onset, body mass index, and pressure to be
thin on disordered eating behaviors in children and adolescents. Eat Behav. 2009;10(2):75-83.
World Health Organization. Physical Status: the use and interpretation of anthropometry.
Geneva. 1995; 854:263-311.
28
9. ANEXOS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO
GROSSO
FACULDADE DE NUTRIÇÃO
TRABALHO DE GRADUAÇÃO
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Srs. Pais ou Responsáveis,
O menor ____________________________________________________, sob sua
responsabilidade, está sendo convidado (a) como voluntário (a) a participar da pesquisa
“Distorção da imagem corporal, estado nutricional, compulsão e hábito alimentar
de adolescentes” que será desenvolvida no Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de Mato Grosso no campus Cuiabá. Essa pesquisa está sob a coordenação
da professora Ana Carolina Pinheiro Volp e irá orientar as alunas da graduação a
desenvolverem seus trabalhos científicos relacionados ao tema, vinculados a Faculdade
de Nutrição (FANUT) da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT).
Trata-se de uma investigação simples, porém importante, onde as pesquisadoras
identificarão o estado nutricional, o grau de distorção da imagem corporal, compulsão e
hábito alimentar dos adolescentes. Diretamente você contribuirá para o fortalecimento
dessa pesquisa que poderá, futuramente, beneficiar a comunidade e instituição, como
forma de impacto social, prevenindo ou minimizando os casos de distúrbios alimentares.
De modo geral, serão avaliados estudantes com faixa etária entre 16 e 17 anos e serão
aferidos pressão arterial, altura, peso e composição corporal (quantidade de gordura e
músculo).
29
A pesquisa pode apresentar risco mínimo de constrangimento, porém tomaremos
cuidado em diminuir este risco, coletando os dados do voluntário em uma sala
reservada, fora do alcance das pessoas, que não possam ver ou ouvir, apenas com
a presença do pesquisador devidamente capacitado. O anonimato do indivíduo será
garantido durante todo o período.
As fichas preenchidas serão armazenadas em arquivo com chave de posse exclusiva
do pesquisador responsável. A tabulação de dados será realizada no computador
do pesquisador que é protegido por senha. A qualquer momento em que o
voluntário decida não participar da pesquisa, os questionários serão destruídos e
os dados apagados do banco de dados do pesquisador.
Caso a/o Sr.(a) aceite que o menor possa participar dessa pesquisa, saiba que não haverá
remuneração ou gratificação, sendo sua participação totalmente voluntária.
Caso haja danos decorrentes dos riscos previstos, o pesquisador assumirá a
responsabilidade pelos mesmos. Em caso de dúvida você pode procurar o Comitê de
Ética em Pesquisa da Faculdade de Nutrição – UFMT, pelo telefone (65) 3615-8829.
Eu, _________________________________________________________, portador
(a) do documento de Identidade_______________________________________,
responsável pelo menor
____________________________________________________, o/a autorizo a
participar da pesquisa “Distorção da imagem corporal, estado nutricional,
compulsão e hábito alimentar de adolescentes” e fui informado (a) dos objetivos do
presente estudo de maneira clara e detalhada e esclareci minhas dúvidas.
Sei que a qualquer momento poderei solicitar novas informações e modificar a decisão
do menor sob minha responsabilidade de participar, se assim o desejar.
Cuiabá, ____ de ______________ de 20___.
Assinatura do (a) Responsável Assinatura do (a) Pesquisador (a)
30
____________________________________
___________________________________
Nome do Pesquisador Responsável: Ana Carolina Pinheiro Volp.
Endereço: R. Fernando Corrêa da Costa, 2367 - Boa Esperança
CEP: 78060-900 / Cuiabá-MT
Fone: (65) 3615-8811 E-mail: [email protected]
31
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO
GROSSO
FACULDADE DE NUTRIÇÃO
TRABALHO DE GRADUAÇÃO
TERMO DE ASSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Você está sendo convidado (a)como voluntário (a) a participar da pesquisa “Distorção
da imagem corporal, estado nutricional, compulsão e hábito alimentar de
adolescentes” que será desenvolvida no Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de Mato Grosso no campus Cuiabá. Essa pesquisa está sob a coordenação
da professora Ana Carolina Pinheiro Volp e irá orientar as alunas da graduação a
desenvolverem seus trabalhos científicos relacionados ao tema, vinculados a Faculdade
de Nutrição (FANUT) da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT).
Trata-se de uma investigação simples, porém importante, onde as pesquisadoras
identificarão o estado nutricional, o grau de distorção da imagem corporal, compulsão
alimentar e o hábito alimentar dos adolescentes. Diretamente você contribuirá para o
fortalecimento dessa pesquisa que poderá, futuramente, beneficiar a comunidade e
instituição, como forma de impacto social, prevenindo ou minimizando os casos de
distúrbios alimentares.
De modo geral, serão avaliados estudantes com faixa etária entre 16 e 17 anos e serão
aferidos pressão arterial, altura, peso e composição corporal (quantidade de gordura e
musculo).
A pesquisa pode apresentar risco mínimo de constrangimento, porém tomaremos
cuidado em diminuir este risco, coletando os dados do voluntário em uma sala
reservada, fora do alcance das pessoas, que não possam ver ou ouvir, apenas com
a presença do pesquisador devidamente capacitado. O anonimato do indivíduo será
garantido durante todo o período.
32
As fichas preenchidas serão armazenadas em arquivo com chave de posse exclusiva
do pesquisador responsável. A tabulação de dados será realizada no computador
do pesquisador que é protegido por senha. A qualquer momento em que o
voluntário decida não participar da pesquisa, os questionários serão destruídos e
os dados apagados do banco de dados do pesquisador.
Caso a/o Sr.(a) aceite participar dessa pesquisa, saiba que não haverá remuneração ou
gratificação, sendo sua participação totalmente voluntária.
Caso haja danos decorrentes dos riscos previstos, o pesquisador assumirá a
responsabilidade pelos mesmos. Em caso de dúvida você pode procurar o Comitê de
Ética em Pesquisa da Faculdade de Nutrição – UFMT, pelo telefone (65) 3615-8829.
Eu, _____________________________________________________, portador (a) do
documento de Identidade ____________________________, aceito participar da
pesquisa “Distorção da imagem corporal, estado nutricional, compulsão e hábito
alimentar de adolescentes” e fui informado (a) dos objetivos do presente estudo de
maneira clara e detalhada e esclareci minhas dúvidas.
Sei que a qualquer momento poderei solicitar novas informações e modificar a decisão
de participar, se assim desejar.
Cuiabá, ____ de ______________ de 20___.
Assinatura do (a) Responsável Assinatura do (a) Pesquisador (a)
_____________________________________
___________________________________
Nome do Pesquisador Responsável: Ana Carolina Pinheiro Volp.
Endereço: R. Fernando Corrêa da Costa, 2367 - Boa Esperança
CEP: 78060-900 / Cuiabá-MT
Fone: (65) 3615.8811 E-mail: [email protected]
33
UNIVERSIDADE FEDERAL DE
MATO GROSSO
FACULDADE DE NUTRIÇÃO
TRABALHO DE GRADUAÇÃO
ESCALA DE COMPULSÃO ALIMENTAR PERIÓDICA (ECAP)
Nome:_____________________________________________________
Série:___________________
Orientações
Você encontrará abaixo grupos de afirmações numeradas. Leia todas as afirmações
em cada grupo e marque, nesta folha, aquela que melhor descreve o modo como
você se sente em relação aos problemas que tem para controlar seu comportamento
alimentar:
Afirmativas
#1
( ) 1. Eu não me sinto constrangido(a) com o meu peso ou o tamanho do meu corpo quando
estou com outras pessoas.
( ) 2. Eu me sinto preocupado(a) em como pareço para os outros, mas isto, normalmente,
não me faz sentir desapontado(a) comigo mesmo(a).
( ) 3. Eu fico mesmo constrangido(a) com a minha aparência e o meu peso, o que me faz
sentir desapontado(a) comigo mesmo(a).
( ) 4. Eu me sinto muito constrangido(a) com o meu peso e, frequentemente, sinto muita
vergonha e desprezo por mim mesmo(a). Tento evitar contatos sociais por causa desse
constrangimento.
# 2
( ) 1. Eu não tenho nenhuma dificuldade para comer devagar, de maneira apropriada.
34
( ) 2. Embora pareça que eu devore os alimentos, não acabo me sentindo empanturrado(a)
por comer demais.
( ) 3. Às vezes tendo a comer rapidamente, sentindo-me então desconfortavelmente cheio(a)
depois.
( ) 4. Eu tenho o hábito de engolir minha comida sem realmente mastigá-la. Quando isto
acontece, em geral me sinto desconfortavelmente empanturrado(a) por ter comido demais.
# 3
( ) 1. Eu me sinto capaz de controlar meus impulsos para comer, quando eu quero.
( ) 2. Eu sinto que tenho falhado em controlar meu comportamento alimentar mais do que
a média das pessoas.
( ) 3. Eu me sinto totalmente incapaz de controlar meus impulsos para comer.
( ) 4. Por me sentir tão incapaz de controlar meu comportamento alimentar, entro em
desespero tentando manter o controle.
# 4
( ) 1. Eu não tenho o hábito de comer quando estou chateado(a).
( ) 2. Às vezes eu como quando estou chateado(a) mas, frequentemente, sou capaz de me
ocupar e afastar minha mente da comida.
( ) 3. Eu tenho o hábito regular de comer quando estou chateado(a) mas, de vez em quando,
posso usar alguma outra atividade para afastar minha mente da comida.
( ) 4. Eu tenho o forte hábito de comer quando estou chateado(a). Nada parece me ajudar a
parar com esse hábito.
# 5
( ) 1. Normalmente quando como alguma coisa é porque estou fisicamente com fome.
( ) 2. De vez em quando como alguma coisa por impulso, mesmo quando não estou
realmente com fome.
( ) 3. Eu tenho o hábito regular de comer alimentos que realmente não aprecio para
satisfazer uma sensação de fome, mesmo que fisicamente eu não necessite de comida.
( ) 4. Mesmo que não esteja fisicamente com fome, tenho uma sensação de fome em minha
boca que somente parece ser satisfeita quando eu como um alimento, tipo um sanduíche,
que enche a minha boca. Às vezes, quando eu como o alimento para satisfazer minha “fome
na boca”, em seguida eu o cuspo, assim não ganharei peso.
# 6
( ) 1. Eu não sinto qualquer culpa ou ódio de mim mesmo(a) depois de comer demais.
( ) 2. De vez em quando sinto culpa ou ódio de mim mesmo(a) depois de comer demais.
35
( ) 3. Quase o tempo todo sinto muita culpa ou ódio de mim mesmo(a) depois de comer
demais.
# 7
( ) 1. Eu não perco o controle total da minha alimentação quando estou em dieta, mesmo
após períodos em que como demais.
( ) 2. Às vezes, quando estou em dieta e como um alimento proibido, sinto como se tivesse
estragado tudo e como ainda mais.
( ) 3. Freqüentemente, quando como demais durante uma dieta, tenho o hábito de dizer
para mim mesmo(a): “agora que estraguei tudo, porque não irei até o fim”. Quando isto
acontece, eu como ainda mais.
( ) 4. Eu tenho o hábito regular de começar dietas rigorosas por mim mesmo(a), mas quebro
as dietas entrando numa compulsão alimentar. Minha vida parece ser “uma festa” ou “um
morrer de fome”.
# 8
( ) 1. Eu raramente como tanta comida a ponto de me sentir desconfortavelmente
empanturrado(a) depois.
( ) 2. Normalmente, cerca de uma vez por mês, como uma tal quantidade de comida que
acabo me sentindo muito empanturrado(a).
( ) 3. Eu tenho períodos regulares durante o mês, quando como grandes quantidades de
comida, seja na hora das refeições, seja nos lanches.
( ) 4. Eu como tanta comida que, regularmente, me sinto bastante desconfortável depois de
comer e, algumas vezes, um pouco enjoado(a).
# 9
( ) 1. Em geral, minha ingesta calórica não sobe a níveis muito altos, nem desce a níveis muito
baixos.
( ) 2. Às vezes, depois de comer demais, tento reduzir minha ingesta calórica para quase
nada, para compensar o excesso de calorias que ingeri.
( ) 3. Eu tenho o hábito regular de comer demais durante a noite. Parece que a minha rotina
não é estar com fome de manhã, mas comer demais à noite.
( ) 4. Na minha vida adulta tenho tido períodos, que duram semanas, nos quais praticamente
me mato de fome. Isto se segue a períodos em que como demais. Parece que vivo uma vida
de “festa” ou de “morrer de fome”.
#10
( ) 1. Normalmente eu sou capaz de parar de comer quando quero. Eu sei quando “já chega”.
36
( ) 2. De vez em quando, eu tenho uma compulsão para comer que parece que não posso
controlar.
( ) 3. Freqüentemente tenho fortes impulsos para comer que parece que não sou capaz de
controlar, mas, em outras ocasiões, posso controlar meus impulsos para comer.
( ) 4. Eu me sinto incapaz de controlar impulsos para comer. Eu tenho medo de não ser capaz
de parar de comer por vontade própria.
#11
( ) 1. Eu não tenho problema algum para parar de comer quando me sinto cheio(a).
( ) 2. Eu, normalmente, posso parar de comer quando me sinto cheio(a) mas, de vez em
quando, comer demais me deixa desconfortavelmente empanturrado(a).
( ) 3. Eu tenho um problema para parar de comer uma vez que eu tenha começado e,
normalmente, sinto-me desconfortavelmente empanturrado(a) depois que faço uma
refeição.
( ) 4. Por eu ter o problema de não ser capaz de parar de comer quando quero, às vezes
tenho que provocar o vômito, usar laxativos e/ou diuréticos para aliviar minha sensação de
empanturramento.
#12
( ) 1. Parece que eu como tanto quando estou com os outros (reuniões familiares, sociais),
como quando estou sozinho(a).
( ) 2. Às vezes, quando eu estou com outras pessoas, não como tanto quanto eu quero comer
porque me sinto constrangido(a) com o meu comportamento alimentar.
( ) 3. Freqüentemente eu como só uma pequena quantidade de comida quando outros estão
presentes, pois me sinto muito embaraçado(a) com o meu comportamento alimentar.
( ) 4. Eu me sinto tão envergonhado(a) por comer demais que escolho horas para comer
demais quando sei que ninguém me verá. Eu me sinto como uma pessoa que se esconde
para comer.
#13
( ) 1 Eu faço três refeições ao dia com apenas um lanche ocasional entre as refeições.
( ) 2. Eu faço três refeições ao dia mas, normalmente, também lancho entre as refeições.
( ) 3. Quando eu faço lanches pesados, tenho o hábito de pular as refeições regulares.
( ) 4. Há períodos regulares em que parece que eu estou continuamente comendo, sem
refeições planejadas.
#14
( ) 1. Eu não penso muito em tentar controlar impulsos indesejáveis para comer.
37
( ) 2. Pelo menos, em algum momento, sinto que meus pensamentos estão “pré-ocupados”
com tentar controlar meus impulsos para comer.
( ) 3. Freqüentemente, sinto que gasto muito tempo pensando no quanto comi ou tentando
não comer mais.
( ) 4. Parece, para mim, que a maior parte das horas que passo acordado(a) estão “pré-
ocupadas” por pensamentos sobre comer ou não comer. Sinto como se eu estivesse
constantemente lutando para não comer.
#15
( ) 1. Eu não penso muito sobre comida.
( ) 2. Eu tenho fortes desejos por comida, mas eles só duram curtos períodos de tempo.
( ) 3. Há dias em que parece que eu não posso pensar em mais nada a não ser comida.
( ) 4. Na maioria dos dias, meus pensamentos parecem estar “pré-ocupados” com comida.
Sinto como se eu vivesse para comer.
#16
( ) 1. Eu normalmente sei se estou ou não fisicamente com fome. Eu como a porção certa de
comida para me satisfazer.
( ) 2. De vez em quando eu me sinto em dúvida para saber se estou ou não fisicamente com
fome. Nessas ocasiões é difícil saber quanto eu deveria comer para me satisfazer.
( ) 3. Mesmo que se eu pudesse saber quantas calorias eu deveria ingerir, não teria idéia
alguma de qual seria a quantidade “normal” de comida para mim.
Pontuação
#1 1=0
2=0
3=1
4=3
#2 1=0
2=1
3=2
4=3
#3 1=0
2=1
3=3
4=3
#4 1=0
2=0
3=0
4=2
#5 1=0
2=1
3=2
4=3
#6 1=0
2=1
3=3 -
#7 1=0
2=2
3=3
4=3
#8 1=0
2=1
3=2
4=3
#9 1=0
2=1
3=2
4=3
#10
1=0
2=1
3=2
4=3
#11
1=0
2=1
3=2
4=3
#12
1=0
2=1
3=2
4=3
#13
1=0
2=0
3=2
4=3
#14
1=0
2=1
3=2
4=3
#15
1=0
2=1
3=2
4=3
#16
1=0
2=1
3=2 -
Classificação da Compulsão Alimentar Periódica (CAP)
Escore ≥27: CAP grave; Escore 18 – 26: CAP moderada; Escore ≤ 17: Ausência de CAP
Fonte: Freitas et al., 2001.
38
39
40
41
42