Top Banner
Catedral Metodista de Piracicaba Oratório O Messias (G. F. Haendel) Culto Vespertino 24 de junho de 2007 – 19h Participação especial do Coro de Câmera da Escola de Música de Piracicaba Ernest Mahle (EMPEM) O ORATÓRIO “O MESSIAS” DE HAENDEL Dos milhares de oratórios compostos desde a época do Renascimento (sé- culo XVI) até agora, um dos maiores é “O Messias” de Haendel, não só pelas gigantescas dimensões do texto como – e principalmente – pela luminosa magnificência e poder expressivo da música. A ORIGEM DO GÊNERO “ORATÓRIO” – Desde a Idade Média, a Igreja promovia pequenas representações, em templos e praças públicas, so- bre trechos das Escrituras Sagradas e da vida dos santos, para edificação dos fiéis. Naturalmente a música fazia parte dessas representações tão ao gosta popular, numa época em que eram mínimas as diversões públicas e os meios de divulgação de idéias. Nos meados do século XVII, o eclesiástico Felipe Néri, que fundara na Itália uma ordem religiosa chamada Congregação do Oratório, desenvolveu tais representações piedosas, dando grande ênfase oas cânticos especialmente compostos para tais ocasiões. Essas peças religiosas, descritivas ou dramáticas, passaram gradualmente a ser chamadas de “oratórios”, justamente por serem apresentadas nas festas da Congregação do Oratório. Em música, pois, o termo oratório significa cantata religiosa, as vezes de maiores dimensões que esta. As DIFERENTES VOZES NO “MESSIAS” – Na época de seu apareci- mento, os oratórios eram todos “polifônicos”, isto é, apresentados por diver- sos grupos de cantores que faziam, em cada grupo, a primeira, a segunda, a terceira voz etc. Mas quando surgiu a ópera, em inícios do século XVII, o oratório também adotou o estilo chamado “homofônico” no qual existe uma voz principal, solista, com acompanhamento de vozes instrumentais. Ao ouvir “O Messias”, note como os recitativos e as árias são expostos por solistas acompanhados de instrumentos, em estilo homofônico, com os vários grupos de vozes diferentes cantando ao mesmo tempo. Também a partir da época barroca, a ópera tornou-se o veículo de obras musicais com representação teatral, com cenário, roupagem e movimentação especial de cada personagem, ao passo que o oratório eliminou todo o aspecto cênico, mesmo quando possuía caráter dramático, como o célebre “Jefté” de Carissimi. O MESSIAS”, OBRA DE LOUVOR – O oratório Messias, do alemão naturalizado inglês Georg Friedrich Haendel, é basicamente um oratório de louvor, expresso em tons vívidos e com intenso relevo de colorido. Possui trechos contritos e trechos súplices, em contraste com partes de refulgente majestade, como o “Aleluia”. Na primeira apresentação deste oratório em Londres, o Aleluia causou tal impacto nos ouvintes, que o rei Jorge II levantou-se, num impulso espontâ- neo, ouvindo-o todo de pé, sendo naturalmente acompanhado por todos os súditos presentes. Daí se originou o costume, ainda hoje mantido naquele país e em certas congregações evangélicas do mundo todo, de os ouvintes levantarem para a audição desse trecho fulgurante. Sobre a composição de “O Messias” cita-se um detalhe espantoso: em pou- co mais de vinte dias, de 22 de agosto a 14 de setembro de 1741, Haendel compôs essa magnífica obra, nela deixando toda a marca de seu gênio e a força de sua fé. Afrânio do Amaral Garboggini POR QUE CANTAMOS EM PORTUGUÊS? Apresentando “ O Messias” não estamos pensando, em primeiro lugar, um público super-seleto, formado por pessoas que possuem inúmeras gravações da obra com diferentes regentes, coros, volitas ou que estiveram em Londres ou em N. York e assistiram “ao vivo” a interpretação desse monumental ora- tório. E que além do mais dominam perfeitamente a língua inglesa. Naturalmente, fazer uma boa tradução é difícil e negar que a obra em inglês, língua original em que a obra foi composta, os efeitos são ainda maiores, seria ingenuidade. A experiência, entretanto, vem demonstrando que o fato do CORO, forma- do por brasileiros, cantar em português, oferece ao público, que afinal tam- bém é constituído por brasileiros, comunicação emotiva e atrativos especiais. Cidinha Mahle
2

Especial oratorio2part

Jan 25, 2017

Download

Documents

Welcome message from author
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
Page 1: Especial oratorio2part

Catedral Metodista de Piracicaba

OratórioO Messias

(G. F. Haendel)

Culto Vespertino24 de junho de 2007 – 19h

Participação especial do Coro de Câmera da Escola de Música de

Piracicaba Ernest Mahle (EMPEM)

O ORATÓRIO “O MESSIAS” DE HAENDELDos milhares de oratórios compostos desde a época do Renascimento (sé-

culo XVI) até agora, um dos maiores é “O Messias” de Haendel, não só pelas gigantescas dimensões do texto como – e principalmente – pela luminosa magnifi cência e poder expressivo da música.

A ORIGEM DO GÊNERO “ORATÓRIO” – Desde a Idade Média, a Igreja promovia pequenas representações, em templos e praças públicas, so-bre trechos das Escrituras Sagradas e da vida dos santos, para edifi cação dos fi éis. Naturalmente a música fazia parte dessas representações tão ao gosta popular, numa época em que eram mínimas as diversões públicas e os meios de divulgação de idéias.

Nos meados do século XVII, o eclesiástico Felipe Néri, que fundara na Itália uma ordem religiosa chamada Congregação do Oratório, desenvolveu tais representações piedosas, dando grande ênfase oas cânticos especialmente compostos para tais ocasiões. Essas peças religiosas, descritivas ou dramáticas, passaram gradualmente a ser chamadas de “oratórios”, justamente por serem apresentadas nas festas da Congregação do Oratório.

Em música, pois, o termo oratório signifi ca cantata religiosa, as vezes de maiores dimensões que esta.

As DIFERENTES VOZES NO “MESSIAS” – Na época de seu apareci-mento, os oratórios eram todos “polifônicos”, isto é, apresentados por diver-sos grupos de cantores que faziam, em cada grupo, a primeira, a segunda, a terceira voz etc. Mas quando surgiu a ópera, em inícios do século XVII, o oratório também adotou o estilo chamado “homofônico” no qual existe uma voz principal, solista, com acompanhamento de vozes instrumentais.

Ao ouvir “O Messias”, note como os recitativos e as árias são expostos por solistas acompanhados de instrumentos, em estilo homofônico, com os vários grupos de vozes diferentes cantando ao mesmo tempo.

Também a partir da época barroca, a ópera tornou-se o veículo de obras musicais com representação teatral, com cenário, roupagem e movimentação especial de cada personagem, ao passo que o oratório eliminou todo o aspecto cênico, mesmo quando possuía caráter dramático, como o célebre “Jefté” de Carissimi.

“O MESSIAS”, OBRA DE LOUVOR – O oratório Messias, do alemão naturalizado inglês Georg Friedrich Haendel, é basicamente um oratório de louvor, expresso em tons vívidos e com intenso relevo de colorido. Possui trechos contritos e trechos súplices, em contraste com partes de refulgente majestade, como o “Aleluia”.

Na primeira apresentação deste oratório em Londres, o Aleluia causou tal impacto nos ouvintes, que o rei Jorge II levantou-se, num impulso espontâ-neo, ouvindo-o todo de pé, sendo naturalmente acompanhado por todos os súditos presentes. Daí se originou o costume, ainda hoje mantido naquele país e em certas congregações evangélicas do mundo todo, de os ouvintes levantarem para a audição desse trecho fulgurante.

Sobre a composição de “O Messias” cita-se um detalhe espantoso: em pou-co mais de vinte dias, de 22 de agosto a 14 de setembro de 1741, Haendel compôs essa magnífi ca obra, nela deixando toda a marca de seu gênio e a força de sua fé.

Afrânio do Amaral Garboggini

POR QUE CANTAMOS EM PORTUGUÊS?Apresentando “ O Messias” não estamos pensando, em primeiro lugar, um

público super-seleto, formado por pessoas que possuem inúmeras gravações da obra com diferentes regentes, coros, volitas ou que estiveram em Londres ou em N. York e assistiram “ao vivo” a interpretação desse monumental ora-tório. E que além do mais dominam perfeitamente a língua inglesa.

Naturalmente, fazer uma boa tradução é difícil e negar que a obra em inglês, língua original em que a obra foi composta, os efeitos são ainda maiores, seria ingenuidade.

A experiência, entretanto, vem demonstrando que o fato do CORO, forma-do por brasileiros, cantar em português, oferece ao público, que afi nal tam-bém é constituído por brasileiros, comunicação emotiva e atrativos especiais.

Cidinha Mahle

Page 2: Especial oratorio2part

• Prelúdio

• Palavra de Acolhida e Oração: Rev. Paulo Dias Nogueira

CORO – (João 1:29) Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo:

ÁRIA – Contralto (Isaias 53:3; 50:6)Foi desprezado e rejeitado por entre os homens; um Homem de do-res e que soube padece. As costas deu aos que o feriam; suas faces deu aos que lhe arrancavam os. Não esconde seu rosto dos que cuspiam, na escondeu seu rosto da afronta.

CORO – (Isaias 53:4, 5)Sobre si, tomou as nossas fraquezas, tomou as nossas tristezas. Foi ferido por nossas culpas, esmagado por nossos pecados. O castigo que nos traz a paz sobre Ele estava.

CORO – (Isaias 53:5)Por seu sofrer nós saramos.

CORO – (Isaias 53:6)E todos nós, andamos desgarrados. Como ovelhas, cada um se des-viava por um caminho. E o Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de todos nós.

• Oração silenciosaRECITATIVO – Tenor ( Salmos 22:7)

E todos que O vêem caçoam d’Ele escarnecem, zombam, meneiam a cabeça, dizendo:

CORO – (Salmos 22:8)Em Deus confi ou, que O livre, agora livre-O, se n’Ele tem prazer.

RECITATIVO – Tenor (Salmos 69:20)Esse desdém, partiu Seu coração. Ele está tristíssimo. Esperou por al-guém que tivesse compaixão; não achou ninguém que o consolasse.

ÁRIA - Tenor (Lamentações 1:12)Olhai e verde se há tristeza alguma como a sua mágoa.

RECITATIVO – Tenor (Isaias 53:8)E foi banido da terra dos vivos. Pelos pecados de seu povo foi levado á morte.

ÁRIA – Tenor (Salmos 16:10)Mas não O deixas-te no inferno, nem permitiste que corrupção teu Santo visse.

• Ato de Louvor e Ação de Graças Ofertas especiais de gratidão (Processional).

CORO – (Salmos 24:7,10)Vossos portais levantai: Erguei-vos ó entradas eternas e o Rei da Gló-ria entrará. Quem é o Rei da Glória? Senhor poderoso na batalha. Senhor Jeová, Ele é o Rei da Glória!

RECITATIVO – Tenor (Hebreus 1:5)A qual de seus anjos, jamais disse Deus: “Tu és meu Filho, Eu hoje Te gerei?”

CORO – (Hebreus 1:6)Os anjos todos de Deus louvem-No.

ÁRIA – Baixo (Salmos 68:18)Subiste até os céus, superaste o cativeiro, conquistaste perdão para nós e mesmo aos teus inimigos, a fi m que Deus habitasse com eles.

CORO – (Salmos 68:11)Deus deu a palavra: grande é o exército dos pregadores.

ÀRIA – Soprando (Romanos 10:15)Ó quão formosos são os pés daqueles que pregam a paz e trazem boas novas de perdão.

CORO – (Romanos 10:18)Na terra se ouviu a sua voz e nos confi ns do mundo suas palavras.

• SermãoRev. Paulo Dias Nogueira

ÁRIA – Baixo (Salmos 2:1,2)Por que nações se amotinam e se enfurecem? E os povos imaginam coisas vãs? Levantam-se os reis da terra e os príncipes juntos conspi-ram contra o Senhor e contra seu Ungido.

CORO – (Salmos 2:3)Não queremos o seu jugo, vamos romper as suas cadeias.

RECITATIVO – Tenor (Salmos 2:4)Rir-se-a Aquele que habita nos céus; o Senhor de todos zombará.

ÁRIA – Tenor (Salmos 2:9)Com um golpe de Teu cetro de ferra, vais parti-los, quebra-los, des-truí-los, qual um vaso de barro.

CORO – (Apoc. 19:6; 11:15; 19:16)Aleluia, pois o Senhor onipotente reina. O reino deste mundo já passou a ser Nosso Senhor e de seu Filho e Ele reinará para sempre. Rei dos Reis e Grande Senhor e Ele reinará para sempre e sempre.

• Oração Final e Bênção Rev. Paulo Dias Nogueira

• Saudação do Ministério do Acolhimento

• Postlúdio

Coro da EMPEMSopranos: Ana Foizer, Ana Lúcia Passuelo, Bruna Borghesi, Carina Petrini, Cíntia Corrêa, Da-niele Defavari, Débora Letícia, Elisa Victória, Érica Gualazi, Ester Hucmam, Laura Fargetti, Maria Apparecida Mahle, Mônica Moraes, Nara Sebastião, Silvia Gobbo, Tânia Perticarrari, Vera M. Vieira.

Contraltos:Adelina Pinotti, Ângela Tupy, Elisa Ayres, Emanuela Oliveira, Eneida Lobo, Graziele Tinos, Juliana Narciso, Liliam Degáspari, Lígia Mokreys, Luciana Pimpinato, Maria Odete Ribeiro, Sônia Dechen.

Tenores:Alex Cazzonatto, Alexandre Garcia, Anderson Oliveira, Antônio Pessotti, Cláudio Costa, Cláudio L. Vieira, Daniel Pedroso, Eduardo A. Franco, Eduardo Salim, Ever-son Paduan, José Luiz de Maio, José R. Gallo.

Baixos:Danilo Schmidt, Danilo Sarti, Edison Cerignoni, Elizeu Pozzani, Jonathas B. Ra-mos, José Vicente Fessel, Lucas Metler, Manoel Elias, Marcos Januário, Rudy Santos, William de Barros.

Solistas:Débora Letícia e Elisa Victória (sopranos); Sônia Falci Dechen (contralto); Cláudio Lysias Vieira e Antônio Pessotti (tenores); Marcos Januário (baixo)

Maestros Ensaiadores:José Roberto Gallo Jr. e Cidinha Mahle

Órgão:Eliana Asano

Regente:Ernst Mahle

Celebrante: Rev. Paulo Dias Nogueira