Perdão e Reconciliação: Ferramentas para as medidas sócio- educativas. Trabalho com Jovens em conflito c/ a Lei Centro dos Direitos Humanos e Educação Popular São Paulo março 2011
Perdão e Reconciliação:Ferramentas para as medidas sócio-
educativas. Trabalho com Jovens em conflito c/ a Lei
Centro dos Direitos Humanos e Educação Popular
São Paulo
março 2011
CENTRO DE DIREITOS HUMANOS E EDUCAÇÃO POPULAR
30 anos...
�Defendendo direitos humanos.
�Atuando pela superação da violência.
�Formando cidadãos participativos e atuantes.
�Promovendo acesso à justiça.
� Entre 2007 e 2010, o CDHEP formou 52
educadores dos Núcleos de Proteção Especial
(NPPE) que acompanham jovens entre 12 – 21 anos
em conflito com a lei e profissionais da área de assistência social das sub-prefeituras.
ESPERE e Práticas Restaurativas com adolescentes em conflito com a lei
A formação esta baseada na ESPERE e na JR
Nova possibilidade de acolher o conflito e atuar para transformar situações
ESPERE e Práticas Restaurativas com adolescentes em conflito com a lei
Importância de pensar uma formação para atuar em situações de conflitos, que tem como foco:
*Comunicação assertiva
*Ferramentas da alfabetização emocional (“eu-mensagens”, escuta ativa, perguntas abertas)
*Abordagens restaurativos para ajudar na transformação de conflitos: curva de conflito e círculos restaurativos.
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Percebe-se que os educadores(as) têm um desejo grande de melhorar seu desempenho.
Várias reflexões com eles incluem assuntos como:
Qual é nosso papel como educador no NPPE?
Quem é o adolescente ou jovem com quem nós trabalhamos?
O que significa justiça e perdão em nosso contexto?
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•Como reduzir a criminalidade e reincidencia juvenil e a violencia?
Como trabalhar a MSE como possibilidade de responsabilizaçao, desenvolvimento da empatia da restauraçao e de acionamento do SGD? E não como uma forma retributiva de responder a um ato?
Como trabalhar a afirmaçao social de que o delinquente deve ser punido para que a vitima encontre a paz?
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Como pensar em diminuicao da violencia numa sociedade desigual e preconceituosa?
Em resposta as questoes levantadas podemos pensar:
Impossivel pensar segurança social sem articulaçao e participacao de diversos segmentos publicos e sociais, ja que seguranca publica é“problema” de todos
ESPERE e Práticas Restaurativas com adolescentes em conflito com a lei
Isso nos leva a pensar ao novo paradigma da Segurança Publica: focado no cidadão, promotores de direitos humanos, participação social valorizada. Penas e medidas alternativas como menor reincidência, ação conjunta, cultura de paz
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Para entender o conflito ou o crime, é muito importante que saibamos os fatos, entendamos as causas e compreendamos os sentidos que estão em sua raiz.
Talvez assim nossa intervenção possa ser mais
acertada.
Propomos duas ferramentas para essa analise: a curva do conflito e ciclo da violência de Olga Botcharova
Estudo de caso – curva do conflito
Nascimento
Não
reconhecimento
pelo Pai
Moradia
com a avó
enferma Morte da
mãe
Assalto a
mão
armada
Curva de conflito do
Caso João
Curva de conflito
ideal
Temp
o
Inte
nsi
vid
ad
e
17 anos
A curva do conflito pode ajudar a mapear a situação de vulnerabilidade social dentro de seu processo histórico,
convidando para a reflexão sobre o ato do crime: será que ele
é um ato desconectado de outros atos que o procederam?
Olhando para o contexto, será justo individualizar a culpa em
cima do jovem que cometeu um crime e lhe infringir uma pena, sem responsabilziar outros atores que contribuíram para este
contexto, seja por ação, seja por omissão?
E por fim, será possível que os educadores possam aproveitar-
se deste ato criminoso do jovem para restaurar a condição de
igualdade cidadã, capaz de construir, reivindicar ou reforçar “o esquema de cooperação que é a sociedade”. (RICOEUR,
2008c, p.181)
Luto –expressão
da dorAceitar a perdaNomear / enfrentar os medos
Estabelecer a Justiça:Admitir a culpaDesculpas em público
Estabelecer a Justiça:Rever a históriaNegociar soluções
"Por que eles?" Rehumanizar o inimigo
Rendição, Escolher perdoarCompromisso de assumir riscos
Ato de agressão
justificadaDor
Ofensa
Choque
Consciência da perda /
pânico
Desejo de justiça / vingança
Criar a história “certa"
Repressão da dor / medos
Ira -“Por que
eu?”
Figura: Seven Steps Toward Reconciliation.
Fonte: BOTCHAROVA, Olga. Implementation of Track Two Diplomacy Developing a Model of Forgiveness. In:
HELMICK, Raymond G. S.J., & PETERSON, Rodney. Forgiveness and Reconciliation. Religion, Public Policy
& Conflict Transformation. Philadelphia: The Templeton Foundation Press. 2001.
Reconciliação Agressão
• Afirmação do conflito: Encarar, falar e refletir o, respeito é o caminho para sua superação. Ao reprimir a dor, a raiva e negar a perda estamos nos “autorizando” a sermos violentos.
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Da mesma maneira os jovens são convidados a
• elaborar a dor,
• se perdoarem e
• fazer alguma promessa para se obrigarem a manter
certos valores necessários para o convívio em nossa
sociedade.
ESPERE e Práticas Restaurativas com adolescentes em conflito com a lei
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1. Formação e capacitação dos educadores (as) na metodologia da EsPeRe e Práticas Restaurativa.
2. Os educadores(as) aplicam o curso adolescentes e jovens em conflito com a lei. São realizadas supervisões mensais que permitem a troca de experiências, o aprofundamento dos conceitos e o planejamento.
3.Oficinas de sensibilização para o perdão e justiça com as famílias.
4. Criação de 4 Núcleos de Práticas Restaurativas para transformar os conflitos nas escolas e comunidades. (2011-2012)
O PROCESSO
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Os jovens são convidados a
•elaborar a dor,
•se perdoarem e
•fazer alguma promessa para se obrigarem a
manter certos valores necessários para o convívio
em nossa sociedade.
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Três valores estão subjacentes a esta tarefa:
�Respeito
�Responsabilidade
�Reintegração das relações
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Três valores Três ações
Respeito Acolher –
Reconhecimento
Responsabilidade Enfrentar –
Instauração do justo
Reintegração / Restauração das relações
Restaurar –
Cidadania / democracia
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Quando são chamados a responsabilização, os adolescentes e jovens podem confrontar-se efetivamente com a situação e buscar alternativas de solução que podem contemplar as necessidades de todos os envolvidos.
Construir o justo é um processo dinâmico, perpétuo e dialogal que causa tensões, mas que é a única forma de os sujeitos se articularem ao redor de seus direitos e suas necessidades.
É POSSIVEL SER DIFERENTE......
Aplicação da ESPERE com jovens em situação de vulnerabilidade e que cumprem medida socioeducativa de Prestação de Serviço a comunidade.
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É POSSIVEL SER DIFERENTE......
TEMAS: Por uma Cultura de Paz, Perdão e JustiçaRaiva e Violência e sua expressãoConseqüências da raiva em nossa vidaPerdão um caminho pra a transformaçãoInstrumentos necessários para enfrentar o conflitoJustiça RestaurativaCirculo de Paz
“Foi mais importante quando pude falar sobre meu problema”
Depoimento de um adolescente
“Aprender a expressar minha raiva e me aliviar”
“Aprender a se colocar no papel do outro”
“Aprender a perdoar meu pai”
Depoimentos de adolescentes
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