INSTITUTO LUTERANO DE ENSINO SUPERIOR DE ITUMBIARA-GO CURSO DE BACHARELADO EM AGRONOMIA ALEX BATISTA REZENDE CRISTIANO DE OLIVEIRA LIMA EVELLIN KAROLLINE GUERRA BUZZI VICTOR MARCELINO GALASSI GOMES DA SILVA EFEITO DO ESPAÇAMENTO ENTRE ARRANJO DE PLANTAS DE SOJA (Glycine max (L.) Merrill) Itumbiara-GO, Novembro de 2012.
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EFEITO DO ESPAÇAMENTO ENTRE ARRANJO DE PLANTAS DE SOJA
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INSTITUTO LUTERANO DE ENSINO SUPERIOR DE ITUMBIARA-GO
CURSO DE BACHARELADO EM AGRONOMIA
ALEX BATISTA REZENDE
CRISTIANO DE OLIVEIRA LIMA
EVELLIN KAROLLINE GUERRA BUZZI
VICTOR MARCELINO GALASSI GOMES DA SILVA
EFEITO DO ESPAÇAMENTO ENTRE ARRANJO DE PLANTAS DE SOJA
(Glycine max (L.) Merrill)
Itumbiara-GO, Novembro de 2012.
ALEX BATISTA REZENDE
CRISTIANO DE OLIVEIRA LIMA
EVELLIN KAROLLINE GUERRA BUZZI
VICTOR MARCELINO GALASSI GOMES DA SILVA
EFEITO DO ESPAÇAMENTO ENTRE ARRANJO DE PLANTAS DE SOJA
(Glycine max (L.) Merrill)
Projeto interdisciplinar apresentado ao
Curso de Agronomia do Instituto
Luterano de Ensino Superior de
Itumbiara-Goiás, como requisito parcial
para obtenção de nota, orientado pelo
Prof. MSc. Sandro Ângelo de Souza.
Itumbiara-GO, Novembro de 2012
INTRODUÇÃO
A soja (Glycine max (L.) Merrill) é uma das mais importantes culturas na
economia mundial. Seus grãos são muito usados pela agroindústria (produção de óleo vegetal
e rações para alimentação animal), indústria química e de alimentos. Recentemente, vem
crescendo também o uso como fonte alternativa de biocombustível (FREITAS, 2011, p.2,
apud COSTA NETO E ROSSI, 2000, p.4). A agricultura brasileira vem se destacando pela
sua forte participação no mercado mundial, desenvolvendo cultivares responsivas aos manejos
culturais, proporcionando maior produtividade e, elevando a rentabilidade aos agricultores.
O cenário otimista de um país que tem para onde e como crescer a sua produção,
projeta um salto produtivo na cultura de mais de 40% até 2020, enquanto que nos Estados
Unidos, atualmente o maior produtor mundial, o crescimento no mesmo período deverá ser no
máximo de 15%. Com essa projeção, o Brasil atingirá a produção de mais de 105 milhões de
toneladas, quando será isoladamente o maior produtor mundial dessa commodity (FREITAS,
2011, p.2, apud VENCATO et al., 2010, p.144).
O décimo segundo levantamento da safra 2011/12 realizado em Setembro/12,
indica a produção de soja em 66,38 milhões de toneladas, inferior em 11,9% (8.94 milhões de
toneladas) ao volume de 75,32 milhões de toneladas produzido em 2010/11. As condições
climáticas adversas caracterizadas por estiagens prolongadas causadas pelo fenômeno “La
Niña” foram os responsáveis pelo resultado negativo da safra. No Estado de Goiás o clima foi
favorável, elevando a produtividade média para 3.200 quilos por hectare, superando o recorde
obtido na safra anterior, de 3.140 quilos o que proporciona uma produção de 8,46 milhões de
toneladas (CONAB, 2012).
O cultivo em solos de Cerrado proporcionou o crescimento em área e rendimento
da cultura pelo plantio de variedades adaptadas ás condições dessa região brasileira. A região
assume, então, importância estratégica para o desenvolvimento da cultura no Brasil,
contribuindo de forma crescente e determinante para consolidar sua posição alcançada no
cenário internacional (MORAES, 2011, p.2, apud REETZ et al., 2008, p.136). Portanto, é
indispensável que se realize pesquisas objetivando aumentar o stand de plantas por hectare,
através de diferentes arranjos de plantas, proporcionando em maior custo benefício para o
produtor e, evitando que venha ocorrer novos impactos ambientais com abertura de novas
fronteiras agrícolas.
Conforme descreve Heintze, 2007, p.3, apud Embrapa (2006, p.217), a
distribuição das plantas no campo é realizada pela variação do espaçamento entre linhas e
pela densidade de plantas, sendo afetados deste modo muitos fatores importantes como o
controle das plantas daninhas, a altura das plantas de soja, a inserção das primeiras vagens e o
acamamento das plantas, entre outros. A redução do espaçamento entre linhas tem se
constituído numa prática vantajosa, em que, na maioria dos experimentos, houve incremento
do rendimento. Diversos trabalhos, utilizando espaçamentos entre linha de 17 cm até 100 cm,
têm verificado acréscimos de até 40% no rendimento (RAMBO et al., 2003, p.405-411, apud
HERBERT E LITCHFIELD et al., 1982, p.1074-1079) com a redução do espaçamento. Este
aumento no rendimento tem sido associado a vários fatores, como o melhor uso da agua
devido ao sombreamento mais rápido do solo, melhor distribuição de raízes, redução da
competição intraespecífica, maior habilidade de competição com plantas daninhas, exploração
uniforme da fertilidade do solo e maior e mais rápida intercepção da energia solar.
Os efeitos do hábito de crescimento, da época de plantio e do espaçamento entre
fileiras de soja foram avaliados no Estado de Alabama, EUA, durante quatro anos, por
MACHADO, 2010, p.2, apud WEAVER et al., (1991, p.805-810). Esses autores concluíram
que as variedades de hábito de crescimento indeterminado apresentaram um maior número de
vagens na haste principal, assim como um maior número de nós por planta do que as de
hábito determinado. No entanto, ao reduzirem o espaçamento de 0,60 cm para 0,30 cm, não
observaram diferença significativa de produtividade entre as cultivares de diferentes hábitos
de crescimento.
O objetivo do trabalho será avaliar os diferentes espaçamentos entre linhas e stand
de plantas, verificando se haverá variações diferenciadas na estatura e rendimento de grãos,
determinando assim o melhor espaçamento e stand para cultivar utilizada.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Cultura da Soja
A maximização do potencial de produção da cultura começa no estabelecimento
da mesma, portanto, o estabelecimento de população e espaçamento adequado de plantas é
fundamental para um desenvolvimento vegetativo, possibilitando uma produção de maior
número de estruturas reprodutivas (HEINTZE, 2006/2007, p.3, apud PIRES et al., 2000, vol.
35, n°.8). Estes mesmos autores observam maior rendimento de grãos em soja com a redução
do espaçamento entre linhas para 20 cm e aumento da população de plantas.
As plantas de soja podem apresentar grande flexibilidade em resposta a diferentes
arranjos espaciais, podendo adaptar-se a grande amplitude ambientais de manejo (HEINTZE,
2006/2007, p.3-4, apud, HEIFFIG, 2002, p.85 e HEIFFIG et al., 2006, vol.65, n°.2). O mesmo
autor obteve para os menores espaçamentos entre linhas um fechamento melhor e mais
acelerado das entre linhas, propiciando um melhor controle das plantas. Heintze, 2006/2007,
p.3, apud Ventimiglia et al., (1999, p.195-199), também evidenciaram que o menor
espaçamento entre linhas pode proporcionar para a cultura da soja uma melhor distribuição
espacial das plantas na área, podendo determinar maiores potencias de rendimento de grãos.
As avaliações realizadas por Heintze, 2006/2007, p.4, apud Rambo et al., (2003,
p.405-411) e Rambo et al., (2004, p.33-40), demonstraram que espaçamentos menores entre
linhas (20 cm) associado com a menor população (20 plantas/m2), reduziram a perda do
potencial produtivo, resultando em maior rendimento de grãos, devido a um maior número de
flores e legumes por área no final do ciclo das plantas daninhas.
A redução de espaçamento entre linhas também incrementa a interceptação da
radiação, o índice de área foliar e o rendimento de grãos, sendo o maior número de legumes
por m2 o parâmetro que explica melhor o incremento no rendimento de grãos (HEINTZE,
2006/2007, p.4, apud PARCIANELLO et al., 2004, p.357-364).
Rambo et al., 2003, p.405-411, apud, Herbert e Litchfield (1982,
p.1.074/1.079), trabalhando com a variação na população de plantas e espaçamento entre
linhas, obtiveram aumento de 27% no rendimento com o aumento da população de plantas de
21 para 68 plantas. m-2
. A utilização de espaçamentos menores entre linhas e populações
maiores de plantas, resulta em estratégia de manejo para aumentar a altura da planta e a altura
da inserção das primeiras vagens, facilitando com isto a colheita e reduzindo as perdas