EDUARDO TOSTA SEIXAS .JUNIOR "TRANSFORMACAO mS-RGB NO PROCESSAMENTO DE DADOS ALTIMETRICOS DO MUNICiPIO DE QUITANDINHA (PR) PARA 0 ATLAS MUNICIPAL" CURITIBA 2002.
EDUARDO TOSTA SEIXAS .JUNIOR
"TRANSFORMACAO mS-RGB NO PROCESSAMENTO DE DADOSALTIMETRICOS DO MUNICiPIO DE QUITANDINHA (PR) PARA 0 ATLAS
MUNICIPAL"
CURITIBA2002.
UN[VERSIDADE TUIUTI DO PARANAFACULDADE DE CrENCIAS EXATAS E DE TECNOLOGICAS
CURSO DE GEOGRAFIA
"TRANSFORMA(:AO IBS-RGB NO PROCESSAMENTO DE DADOSALTlMETRICOS DO MUNICiPIO DE QUiTANDINHA (PR) PARA 0 ATLAS
MUNICIPAL"
Monografia aprescntada pelo A1uno EduardoTosta Seixas Junior como requisito para aconc1usao de curso de Geografia daUniversidade Tuiuti do ParanaOrientador Prof" Jocelyn Lopes de Souza.
CURITrBA2002.
UNIVERSIDADE TUfUTi DO PARANA
FACULDADE DE CIENCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIACURSO DE GEOGRAFIA
TERMO DE APROVA(:AO
TRANSFORMA(:AO mS-RGB NO PROCESSAMENTO DE DADOSALTIMETRICOS DO MUNICiPIO DE QUITANDINBA (PR) PARA 0 ATLAS
MUNICIPAL
IJor
EDUARDO TOSTA SEIXAS JUNIOR
Monografia aprovada com men'taoL como requisito parcial para obtem;ao de titulode Bacharel em Geografia com enfase em Geoprocessamento. pela Banea Examinadorafonnada peJos professores:
prof(,),_,"-dk1v~~~""":,,,-::-tt7~a..•.•u-,-,cJ.T-/_Membro da Ban0 T
Prof(.)h ~o.·lf\')L.cL. J.o.C.ll, d I JoiJroa.Mambro da BaneR
Curitiba,,2} de no.I/.@. ..b.r.~ de 2002
P_ 45
SIIMA.ruO
TERMO DE APROVA<;AO i
DEDICATORlA ii
AGRADECIMENTO iii
SUMA.RIO iv
LIST A I>E FIGURAS vi
RESUMO vii
ABSTRACT viii
INTRODU<;AO ....................................................................................................•............ 01
2 - I>[SCRI<;AO GERAL DA A.REA 03
2.1 - Localizal;ao e vias de acesso ...•............•......•..•...•.................•............•.................• 032.2 - Clima e Hidrografia 032.3 - Relevo e Gcologia ....•..•...•..••..•......•.....•..••..•...•..•..•..•....••..•..••..•..•.•..•.....••.•..•..•.••..052.3.1 - Sedilncntos Aluvionares ..•••...•..•...•..•..•.......................................•..........•.•......072.3.2 - Intrusivas Basicas ..•..••..•...•..•.........•..•...•..••.••..•..•..•••...•..••..•.•..•..•.....•..•..•........072.3.3 - Complexo Migmatitico ..........•.............•..................•.....•.....•..................•.•...... 07
2.4 - Solos ..........................................................................................•.......................... 082.5 - Vegetac;ao •....................•..•..........•........•................•............................•.................. 09
3 - MATERIAlS E METODOS .............................•...•..•.................................................. 10
3.1 - Materiais •......•.........•...•..•..•••.•......••.•..•...•..•..••..•..•..•........•..•...•..•..•••..•......•.•..•..•..•.103.2 - Metodologia .•.........•...•..•..............•...............•................•...............................•....... 10
4 - EMBASAMENTO TEORICO 12
4.1 - Geoprocessamento ....•.........•....................••.....•...•...•......•.....•........................•....... 124.2 - Tipos de Dados de Geoprocessamento •..•.........................•.......•..•.....•.....•.••..•..•... 124.3 - Modelo NUlnerico do Tcrrcno .....•...................•..•........•.....•.................................. 134.3.1- Vizinho Mais Pr6ximo •..••..•..•...•.....•......•...•..•..•..•.•...•..•..•...•.•.............•..•........•.144.3.2 - Media Simples 144.3.3 - Media Ponderada •...•..•...•..•......•..•..•..•...•...•..•..•.....•..•..•..••..•..•.•••.........•..•..•....••14
iv
4.3.4 - Media Ponderada por Quadrante 144.3.5 - Media Ponderada por Cota e por Quadrante 154.3.6 - Delaunay 15
4.4 -lmagcln 154.5 - Processamento Digital de Imagem 164.6 - Espa~o RGB e Transforma~iles lHS 164.7 - Trabalho que Utilizaram Transfofmac;iio IHS para Elaborac;ao de Dados
de Relevo 19
5 - RESULTADOS E DlSCUSSOES ................................•....................•......................... 20
6 - CONSIDERACOES FINAIS 30
7 - REFERENCIA BIBLIOGRAFICA 31
DEDICA TORIA
Dedico esta Monografia a minha princesa e amada lilhaMaria Eduarda Hauth Seixas, por ter me mostrado comsingelos gestos como a vida tern urn grande valor, eassim fazendo com que tirasse for~as do meu eu maisprofundo e conseguisse conc1uir mais esta etapa daminha vida.
ii
AGRADEClMENTOS
Agradct;:o em primeiro a Deus Pai Todo Poderoso, por ter me dado foryas nos momentos
em que pensava em desistir desla Monografia.
Agradevo aos meus pais e minha inna que sempre me apoiaram e nunea deixaram que eu
desanimasse nos momentos de grandes dificuldadcs, it minha chefe Sandra Regina Melo Orijo, ao
meu Diretor Dr. Annibal Bassan Junior, ao meu Vice-Diretor Dr. Luciano de Pinho Tavares, a
minha amiga Juliana Melo Grij6 e todos as funcionarios da Escola Superior de Policia Civil do
Parana, que colaboraram para a reaiizayao deste Trabalho e it mae da minha filha, Karin Karla
Hauth, que tambem muito me ajudou para que conseguissc conduiT mais este obstaculo vencido
em rninha vida.
Agradec;o, ainda, it minha orientadora Jocelyn, porquc sem todo 0 seu conhecimento e
dedica9ao nao teria chegado ao final desla Monografia e, principal mente, quando estava em
crises, quase desistindo do Trabalho, sempre me dedicou palavras de animo e estima que me
ajudaram a revigorar as minhas energias e erguer a cabe9a para continuar.
iii
LlSTA DE FIGURAS
FIGURA 01 - MUNlciPIOS UMiTROFES E VIAS DE ACESSO 04
FIGURA 02 - MAPA DE H1DROGRAFIA DE QUlTANDINHA PR. 06
FIGURA 03 - RELACAO ENTRE ESPACOS IHS E RGB.•....•..•..........•..•..........•.......18
FIGURA 04 - AMOSTRAS DE CURVA DE NivEL DAAREA DE ESTUDO .•..•....20
FIGURA 05 -IMAGEM DA GRADE REGULAR. 21
FIGURA 06 - PADROES DO TIPO DENDRiTICO .................•..............•....................22
FIGURA 07 - MOSTRA OS MIGMATITOS 23
FIGURA 08 - GRADE TRIANGULAR COM LINHAS DE QUEBRA 24
FIGURA 09 - IMAGEM DO RELEVO SOMBREDO 25
FIGURA 10 - HIPSOMETRIA 3 DIMENSOES: EM CORES CA)EM CINZA(B) 26
FIGURA 1) - IMAGEM DATRANSFORMACAo illS - RGB 28
FIGURA 12 - TEMAS DA SUPERFiCIE E AS CORES HIPSOMETRlCAS 29
vi
RESUMO
o tema da presente Monografia refcrc-se aD Processamento dos dades altimetricos doMunicipio de Quitandinha - Parana para 0 Atlas Municipal. Estc processamento envolveu aintegra~ao de dados altimetricos e orbitais pela tecnica de Processamento Digital de Imagemdenominadas de Il-IS-RGB. Esta tecnica geralmente e usada para dados orbitais na dirninui'tao dacorrela<;:ao entre bandas. 0 problema a seT resolvido e 0 de averiguar se a mesma tecnica seravalida para intcb'Tar dades de diferentes naturezas, como imagens de satelite com dadosaltimetricos necessarios para a elaborac;ao da imagem hipsometrica. Atingiu-se seus objctivos degerar a imagcm hipsomctrica contendo nao 56 as dadas da superficie terrestre observaveis naimagem de satelite mais tambem evolUl;:ao do tratamcnto dos dados do tipo relevo com auxilio detecnicas de geoprocessamento (modelagem numcrica). As altitudes deixaram de ser represcntadasapenas por cores para serem representadas simultanearnente a dados orbitais, levando 0 analista ater uma maior aproxima~ao da realidade que 0 cerea.
Palavras Chave: Altimetrico, Hipsometrica, Processarnento Digital de Lmagcns
vii
ABSTRACT
This present monography these refers to the Process of altimetry known quantity fromQuitandinha Distril - of Parana State to the Municipal Atlas. This process envolved theintegration of the Altimetry and orbits known quantity by the technique of Digital lmagedenominated of 1HS-RGB. This technique generally is used from orbits known quantity indecrease of this correlation between channels. The problem to be solved is to discover if the sametechnique will be valid to integrate different nature known quantity, as satellite image withaltimetry known quantity, they are necessary to elaborate a hypsomelric image. Achieve thisobjective of generate a hypsometric image containing not only the earth's crust, that are watchedin a satellite image, but also the evolution of trealment known quantity from each relief withauxiliary techniques from geoprocess (numerial modeling). The altitudes let to be representedonly by colours to be simultaneously represented to orbits known quantity, taking the analyst tohave a bigger nearness of the reality that stays on around him.
viii
I-INTRODUC;:AO
Olema da presente Monografia refere-se ao processamcnto dos dados altimetricos do
Municipio de Quitandinha - PR para 0 Atlas Municipal
Sera realizado em meio digital, utihzando-se I'ecnicas de proccssamento digital de
imagens - PDf. Ressalta-se que cste processamento nao limitara apenas a dados altimetricos, mas
tambem a dados orbitais scm que uma infonna~ao se sobrcssaia em rela~ao a Dutra, lllos1rando
lim prodUl0 inovador para a analise e descriy30 do releva.
o objetivo geral da pesquisa rcfere-se a elaborayao dos mapas de releva (altimetria,
imagcm hipsometricas, rcleva sombreado).
Para se chcgar ao objctivo geral, teve como objetivos especificos:
Cotar e edilar as amostras de curvas de nivel contidas num banco de dades em
ambiente do Sistema de rnfonna~oes Geograficas - SIG;
Gerar grades de interpolm;ao destas curvas, eiegendo-se 0 algoritmo mais adequado
para 0 processamento e interpreta~ao;
Gerar uma imagem hipsometnca (imagem cla grade) em niveis de cinza, com
resolu~ao espaciai identica a de uma imagem do satelite do Landsat ETM7+;
Superpor as dados orbitais com a imagem hipsomctnca atraves da h~cnica de P.O.!.
denominada transforma~ao IHS - RGB;
Bibliografias pcrtinentes a integracao de dados pela tecnica de processamento digital de
imagens denominada transfonna~ao IRS - RGB restringem-se a uma superposi~ao entre dados
orbitais de difercntes resolw,oes. 0 problema a ser resolvido e a de averigllar se a mesma tecnica
sera valida para integrar dados de difercntcs naturezas, como imagens de satelite com clados
altimetricos necessarios para a elaboracao da imagem hipsometrica.
A tccnica de P.D.1. citada, apesar de ser destinada para diminui~ao da correla~ao entre
bandas, Oll seja, eliminar visllalmente os niveis de cinza identicos de diferentes temas nos
diversos canais e tambem utilizada para integrar dados orbitais de diferentes resoiuc5es espaciais
(ex: Landsat x SPOT), podera tambem ser usada com dados multifonte. Pais, as bibliografias
sobre estas tecnicas, mostram que e passivei tratar dados orbitais com dados geofisicos e
geoquimicos. Assim, 0 tratamento do dado altimetrico (imagem hipsometrica em niveis de cinza)
como sendo urn dado orbital faz-se possive! utilizando-se lim SIG que possua um modulo de
P.D.I. que entenda a imagem hipsometrica como sendo urn dado orbital, ja que sua estnltura e tao
matricial quanto. Ressalta-se que lui autores que ja 0 fazem, enriquecendo assim a hipotese
levantada.
Produtos do processamento dos dados altimetricos do Municipio de Quitandinha - PR
obtidos nesta Monografia, irao camp~r paginas do Atlas Municipal, que esta sendo rcalizado pelo
Nllc1eo de Pesquisas de Geografia Aplicada - NPGA da Universidade Tuiuti do Parana,
caracterizando assim, a sua maior contrjbuj~ao, pois para a conc1usao desla pesquisa, toma-se
imprescindivci tambem as paginas do relevo. infonnar;:oes como estas podcm scr disponibilizados
para rede de ensino (fundamental e medio) e para as pessoas que la residem, aproximando 0
analista as inJonna~oes de rclevo principalmentc as infonnar;:oes contidas na imagcm de satelite
simuitaneamente, diminuindo assim a abslrar;:ao necessaria a interpreta~ao do relevo e
aumentando a percepr;:3o da realidade da supcrficie terrestrc.
A presente Pesquisa esla subdividida em capitulos, onde a descriyao geral da area emostrada no Capitulo 2; os materiais e metodos, no Capitulo 3; 0 embasamento tcorico (defini~ao
de imagcm, PD1, transforma~ao lHS-RGB), no Capitulo 4; resultados e discussoes no Capitulo 5
e por fun a conclusao no Capitulo 6.
2 - DESCRIC;AO GERAL DA AREA
2.1- LOCALlZAC;Ao E VIAS DE ACESSO
Segundo COMEC (2001), 0 Municipio de QlIitandinha - PR, localiza·se no Primeiro
Planalto Paranaense, na Rcgiao Metropolitana de Curitiba e ao sudeste do Estado do Parana,
situando-se nas Coordenadas Geognificas Longitude 49° 30' 00" ao Sill e Latitude 25° 51 '30".
Os municipios limitrofes sao: norte Contcllda e Arallcaria, sui Pien, leste Mandirituba e Agudos
do SuI e a oeste Campo Tenente e Lapa. A Figura 1 mostra OS municipios limitrofes e vias de
accssos.A principal via que Hga 0 Municipio de Quitandinha a capital Curitiba e a rodovia federaJ
BR 116, com lIllla distancia de aproximadamente 72 km.
2.2-CLIMA E HIDROGRAFIA
Em WONS (1994), 0 clima predominante na reg;ao de QlIitandinha pela c1assificacao de
KOEPPEN e 0 Cfb, que e lim c1ima subtropical tllnido mesotennico, de ver5es brandos com
temperaturas medias inferior a 220 C e invemos com ocorr€mcias de geadas severas e frequentes e
temperatura media inferior a 180 C, nao aprcsentando esta~ao scca.
Com rela~ao a precipita~ao anllal, seb'1.mdo os dados da Superintendcncia de
Desenvolvimcnto de Recursos Hidricos e Saneamellto AmbientaJ (SUDERHSA., 1998 apud
COMEC 200 I) a media na regiao do Municipio de Quitandinha e de 1400 mm. Nos meses de
primavera a media 6 de 400 mm, nos de verao 450 mm, nos de oulono 350 mm e nos de invcmo
300 mm.
as vcntos predominantes na regiao sao na dire~ao lestelnordeste.
Confonne a COMEC (2001), a hidrografia do MlUlicipio de Quitandinha esta localizada
na Bacia Hidrografica do Rio da Varzea, componente da Bacia Hidrografica do Alto Iguayu.
a Rio da Varzea carta a sede municipal, podendo ser idcntificadas ncste trccho cinco sub-
bacias. Seus principais anuenlcs nesta area sao 0 Rio Turvo coRio dos Brancos.
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Neste trecho 0 leito do Rio da Varzea varia de 10 a 40 metros de lima margem a outra,
assim, sua faixa de preserva~ao fica definida pelo C6digo Florestal, Lei Federal n° 4771/65, em
50 metros. Figura 2 - Hidrografia do Municipio Quitand.inha.
2.3 - RELEVO E GEOLOGIA
De acordo com WONS (1994), 0 JnWlicipio em questao encontra-se no Primeiro Plaualto,
zona sui, onde suas fonnas topogrMicas sfio mais suaves e uniformes, oscilando entre 850 a 950
metros de altitude. A base do relevo e de origem cristalina e, na superficie, encontram-se argilas
e areias depositadas ao longo do Rio Iguayll e sells aOuentes.
COMEC (200 I) cita que a caracteriza~ao das unidades geol6gicas e geomorfol6gicas
siluadas na arca da sede urbana de Quitandinha e arredores, tem por base as infonna~oes contidas
na Carta Geol6gica da Lapa - Comissao da Carta Geologica do Parana, 1967, escala 1:50.000, c
nos expeditos levantamenlos de campo e de fotografias aereas.
A area em questao situa-se no Primeiro Planalto Paranaense, sobre rochas pertencentes ao
Embasamento Cristalino, encobertas em alguns trechos por depositos Aluvionares Quaternarios,
apresentando a seguinte col una estratignifica. (Quadro 1)
QUADRO 1- COLUNAESTRATIGAAFICA
Era Geologica Periodo
SedimentoAJuvionares
Cenozoico
Unidadc Geol6gica
QuateroarioHoloceno
Mesoz6ico Juro-Cretaceo Intrusivas Basicas(diques de diabasio)
Proteroz6ico Inferior ( . Pre-Cambriano Complexo~. __ Migmatitico ~
Fonte: COMEC (2001)
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2.3.1 - Sedimentos Aluvionares
A unidade e fonnada por sedimcntos recentes que ocorrem nas regioes de fundo de vale
ao longo do Rio da Varzea e seus afluentes. E caracterizada pela presem;a de sedimentos
arenosos de granulomctria media a grossa, de cascalhos arenosos com seixos subarredol1dados a
slibanglilosos de quartzo. com grada((oes de areia fina a media, areia com matriz argilosa
chegando a camadas de argilas plasticas. Os depositos sao capeados por uma camada superticial
orgiimca.
Os sedimentos ocupam areas aplainadas e caracterizadas pclas planicics de inllnda~50
(varzeas) fonnadas pela ay50 de deposi~ao do referido rio.
A oCllpa98o das areas de aluvi<1o e desaconselhada e impropria face aos problemas de
drenagem e enchentes e as diJiculdades para instala9ao do saneamento basico, alem de favorecer
eventual contaminayao do len901 freatico (COMEC, 200 I).
2.3.2 - Intrusivas Basicas
Sao representadas comumente par rochas basicas (diabasio), sendo que na area ocorrc lim
dique preenchendo falha e/oH fratura pre-cxistente segundo direyao geral N 50-60 W. Quando
cortam as rochas gnaissicas-migmaticias, mostram pequena expressao topogrMica. Quando
aiterados, se apresentam COIllO matacoes soltos, arredondados e em decomposiy30 esferoidal
(pedra capote), representando sempre riscos a ocupa((oes urbanas mais intensas (COMEC, 2001).
2.3.3 - Complexo Migmatltico
As rochas do Complexo Migmatitico, fazem parte do Embasamento Cristalino, e sao
constituidas por migmatitos indiferenciados, incluindo anfibolitos e veios de quartzo-fcldspaticos.
As rochas em geral sao bandadas, alteradas (saprolitos), de cor avermelhada com niveis
esbranquiyados (zonas de CJuartzo-feldspaticas), de espessura variavel (COMEC, 2001).
2.4-S0LOS
De acordo com a COMEe (2001), solos desta regiao sao geralmente profundos,
predominalltemen1e representados pelos lat0550105. Segundo EMBRAPA (1981), as principais
unidades de mapeamento da arca de estudo do Municipio de Quilandinha sao: LVA5~ LV A6;
LEal I; PVA3; PVAI7; PVA20; Ca2; RA7; Hg2; ARl.
As classes de solos envolvidos por estas unidades de mapeamento, de acordo com
EMBRAPA (1984) sao: Latossolo Vennelho Amare\o, Latossolo Vennelho Escuro, Podz6hcos
Argissolos), Cambissolos, Solos Hidromorficos (Gleissolos), Solos Lil6licos (Neossolos) e
Afloramento de Rochas.
o Latossolo Vennelho Amarelo (EMBRAPA, 1984), compreendem solos minerais,
profundos, com horizonte B LatassalieD, de textura argilosa, colorayao vennclho-amarelada,
porosos, bem drellados e com sequencia de horizonte A, B e C. Sao fortemente a extremamente
acidos, com baixa saturat;:ao de bases (% Ca+MgtK) e com elevada sanlra9ao com aluminio,
indicando sua baixa fertilidade natural. Estes solos apresentam um baixo eontelldo de sihe e baixa
reiacao silte/argila.
o Latossolo Vennelho Escuro (EMBRAPA, 1984), compreendem os solos minerais, com
B Latossolico, de texnlra argilosa Oll media, ricos em sesquioxidos, porem com menores
quanti dade que os Latossolos Roxo. Sao muito profundos, de sequencia horizontal A,B, C, sendo
a espessura de A+B superior a 3 metros. Muito porosos e permeaveis, bem acentuadamente
drenados Quando de textura argilosa e acentuadamente a fortemente drenados quando de textura
media.
Nos Podz61ieos Vennelho Amarelo (EMBRAPA, 1984), a profundidade do solum (A+B)
varia desdel 00 em Oll menor, ate 200 em Oll mais. A coloraQao e tambem bast ante variavcl entre
as diversas ullidades desta c\asse, indo desde avennelhado-escuro ate vennelho amarelado. A
text lira varia desde arenosa/media ate media/muito argilosa.
Os Cambissolos (EMBRAPA, 1984) sao solos minerais e mio Hidromorftcos, bern
drenados com seqUencia de hOfizonte A, (B), C. Solos com certo grau de evolwrao.
Solos J-lidrom6rficos (Gleissolos) (EMBRAPA, 1984, p.690), sao solos mal drenados
devido a grande innllencia da agua no solo.
Os Solos Lit61icos (Neossolos) (EMBRAPA, 1984), s:io pouco desenvolvidos, a partir de
uma profundidade que varia de 20 em a 80 em, aprescntam, rochas cOllsolidadas. Restringe-se
pratieamcnte ao horizonte A.
o Afloramento de Rocha (EMBRAPA, 1984), sao diferentes tipos de rochas nuas Oll eom
reduzidas pon;oes de materiais detriticos b'TOSseiros. A ocorrencia de Afloramento de Rocha esta
usual mente relacionada a superficie de topografia vigorosa. com predominio de fonnas
acidenlais, lais como maci~os montanhosos.
Ressalta-se que a partir da elabora~ao do Sistema Brasileiro de Classifica.,:ao no ano de
1999, novas nomenclaturas surgiram e algumas das classes de solos passaram para outras.
Alguns Podzolicos passaram a ser chamados de Argissolos ou tornaram-se Nitossolos.
Solos Litolicos passaram a ser chamados de Neossolos. Como ainda nao se tem levantamento de
acordo com 0 Sistema Brasilciro de Classifica~ao, os solos de Quitandinha foram nesta pesquisa
citados de acordo com a c1assifica.,:ao do ano de 1981 - 1984.
Praticamente resumem-se a solos como os Latossolos, nas planicies aluviais do Rio da
Varzea; Argissolos nas poryoes onduladas de Quitandinha; Cambissoios, Neossolos e
Afloramento de Rocha nas pon;:oes de relevo mais dissecado; e eventuais ocorrcncias de solos em
areas planas apresentando hidromomsmo.
2.5- VEGETACAO
Confonne a COMEC (2001), a vegetayao do Municipio de Quitandinha, refere-se avegeta~ao de grande porte e de pequeno porte (capoeira, macega, pastagem. pomar).
Dentre aos agrupamentos vegetais originais do Estado do Parana citados em WONS
(1994), Ql1itandil1ha enquadra-se na Floresta de Araucaria, lambem conhecida como Floresta
Ombr6fila Mista. 0 Pin11eiro do Parana (Araucaria angustiJdlia), aparece como principal vegetal,
associado frequenlemente a imbuia e a erva-matc. 0 dominio geOb'Tafico da Floresta de
AngustifoJia (Araucaria) coincide com as regioes de altitudes superiores a 500 metros e de
tcmpcraluras medias anuais en1rel5°C a "18°C. A cobertura vegetal vern sendo substituida por
especies deslinadas a agricultura como: batala, batata salsa, fcijao c millio.
10
3 - MATERIAlS E METODOS
3.1- MATERIAlS
Folhas SG.22-X-D-IV-3 MT-2857-3 (Mandirituba) (IBGE 1992), SG. 22-Z-A-1l1-2
MJ-2868-2 (Rio Preto do Sui) (IBGE 1992), SG.22-Z-B-I-1 MJ-2869-1
(CarnpoAlegre) (IBGE 1992), SG.22-X-C-VI-4 MJ-2856-4 (Lapa) (IBGE 1992);
Sistema Idrisi for Windows (Clark University);
SPRING versao 3.6 (INPE 2002);
bnagem LANDSAT ETM7+, Banda 5, 6rbitaIPoDtO: 220178 (lNPE, 2000).
3.2 - METOOOLOGIA
Os mctodos utllizados na presente Pesquisa foram os metodos matematicos e hipotetico-
dedutivo citado por DENCKER (2000 aplld 200 I NACHORNICK, pag.8). Pelo fato de envolver
tecnicas de Geoprocessamcnto e esta refenf-se a area do conhecimento que se utiliza de tecnicas
matematicas c computacionais para 0 tratamemo de informa'Y3o geognifica, justifica 0 primeiro
metoda. 0 segundo a hip6tese If: a de que a tecnica IHS-RGB permitini a amHise das infonna~oes
altimetricas relacionadas as infonna¥oes tematicas dos dados orbitals. Com a finalidadc de
conferir esta hip6tese realizou-se uma revisao bibliognifica de am'tlise de dados multifonte via
processamento digital de imagens, bern como aplicayao de uma mctodologia similar a proposta.
As atividadcs de geoprocessamento Coram realizadas no sistema SPRING.
Foram importadas as amostras das curvas de nivel do Municipio de Quilandinha e cotadas
as mesmas, com 0 auxilio das folhas do mGE citadas na sc~ao 3.1. Eslas amostras scm cotar
foram ccdidas pelo Laboratorio de Geoprocessamento (LABGEO) do Curso de Geografia da
Universidade Tuillt; do Parana.
Procedeu-se da seguinte fanna, com a Barra de Menu foi ativado 0 comando Editar,
Veloria!, c1icou-se em Verificar, cotoll-se e verificou-se as colas. E cabe ressaltar que todas as
colas das isolinhas apresentavam equidistancia de 20m, pois tratavam-se de cartas em escala
1:50.000.
II
Para gerar lima grade retangular, ativoll-se oa BalTa de Menu 0 MNT, prosseguiu-se ate
Grade Retangular, usanda 0 interpolador O<Media Ponderada\Cota\Quadrante", por seT 0 mais
indicado para isolinhas como sera mostrado no capitulo 4. Neste processo todo, varias tentativas
fcram realizadas, em face de isolinhas erroneamentc cOladas.
Com as dadas de hidrOb'l'afia apos a cria~ao da categoria tematica, foi possivel criar a
Grade Triangular (TIN) com linha de quebra, para auxiliar no processo de amilise.
Tendo-se em maos a imagem da b'Tade retangular, corrctamenle interpoiada, prossegui-se
a fase de transforma~i'io IHS.
Em um projeto de Quitandinha em ambicnte SIG, no Idnsi for Windows, importou-se a
imagcm de satelite c eriou-se uma imagcm artificial com nivel de cinza DN=128 (comando
INTTlAL).
Como estes dados sofreram georeferenciamento e represenlavam as mesmas coordenadas
minimas e m3ximas (retangulo envolvente de Quitandinha) e possuiam mesmo IlllmerO de linhas
e colunas, procedeu-se a fase de transforma~ao II-IS (comando COLSPACE) para RGB e
posteriormente realizou-se uma composi'tao RGB final, (comando COMPOSIT).
No sistema SPRING tambem efetuoll-se a lransforma'tao lHS-RGB, sem precisar
georeferenciar os dados novamentc. A imagem artificial foi um quadrante da imagem,
reclassificando no comando operayoes entre imagens. A transfonnayao IRS-RG8 deu-se pelo
comando Menu Imagem transfonnayao ms.
12
4 - EMBASAMENTO niORICO
Para aplica~ao da H~cnica de geoproccssamento utilizada na presente Monografia
necessitoll-sc primeiro estabelecer 0 que [azef (metodologia). Sendo assim foi necessario
estabelecer alguns conceitos de sistema de informa~Oes geogr.ificas bem como efetuar revisao
bibliografica dos metodos mais utilizados pela ciencia aplicada referente ao lema.
A sessfio abordara topicos como:
Geoprocessamento;
Tipos de Dados de Geoprocessamento;
Modele Numcrico do Terreno (MNT);
Imagens~
Processamento Digital de Imagem (pDt);
Espayo RGB e Transfonnayao II-IS;
Trabalhos que utilizaram Transfonnayao IRS para elabora9ao de dades de releva
4.1 - GEOPROCESSAMENTO
Em CAMARA (1998, p.l), "geoprocessamento denota a disciplina do conhecimento que
uliliza U:cnicas malematicas e computacionais para a tratamento das illfonnayoes geognificas"
As ferratnentas computacionais para geoprocessamento sao as chamadas de Sistema de
Infonnalyoes Geognlficas (SIG). Estas ferramentas permitem realizar analises complexas, ao
integrar dados de diversas fOlltes e ao criar bancos de dados geo-referenciados.
4.2 - TIPOS DE DADOS DE GEOPROCESSAMENTO
De acordo com CAMARA (1998), os principais tipos de dados de geoprocessamento sao:
Cadastrais;
Tematicos;
Redes;
Modelos Numericos de terreno;
13
- Imagens.
4.3 - MODELO NUMERICO DO TERRENO (MNT)
Em CAMARA (\998), 0 termo modele numerico de terreno. e utilizado para denolar a
representayao uma grandeza que varia continuamente no espayo, comumenle associado a
altimettia.
Entre as usos de Illodelos numericos de terreno, pode-se citaT:
AnnazenamenlQ de dados de a1tlmetria para gerar mapas topograficos;
Analises de cortc-aterro para projctos de estradas e barragells~
Computo de mapas de decJividadcs e exposiyao para apoio a amiliscs de
geomorfoiogia e erodibilidade;
Analise de variaveis geofisicas e geoquimicas;
Aprcsentay30 tridimensional.
Urna das fannas de obler dados relativos a lima grandeza que varia continuamente no
espayo e alraves de seicyao de pontas nos quais e feita a amostragem da grandeza.
Outra fonna de aquisit;:ao de dados e atraves da digitalizat;:ao de isolinhas a partir de
mapas exislenles. Isolinhas sao lillhas definidas como lima serie de coordenadas x eye rOhdadas
par uma grandeza z.
Existem dois grupos basicos de representat;:ao para MNT's: grades regulares e grades
triangulares. Uma grade regular e lima matriz de elementos com espat;:amento fixo, onde a cada
clemento e associado 0 valor estimlilado da grandcza na posit;:ao geografica coberta pelo
e\emento. As grades regulares sao obtidas por interpola~ao das amoslras, atravcs de
interpol adores como: vizinho mais proximo, media simples c media ponderada por cola por
quadrante. Uma grade triangular e fonnada por conexao entre amostras, com distribllit;:ao espacial
possivelmenle irregular, utilizando algulll metoda de trianglllayao. 0 metoda de triangulac;:ao
mais comum e 0 de Dclaunay.
14
4.3.1- V1ZINHO MAIS PROXIMO
Confonne 0 SPRJNG 3.6 (Arquivos%20de%20programasJspring35/hcJpportlmnt2.htm),
para cada ponto (x,y) da grade 0 sistema atribui a cola da amostra mais proxima ao ponto. Este
interpolador deve ser usado Quando se deseja manter os valores de colas das amostras na grade,
sem gerar valores intennedifuios.
4.3.2 - MEDIA SIMPLES
eonfonnc 0 SPRJNG 3.6 (Arquivos%20de%20programas/spring3S/hcJpportflllllt2.htru), 0
valor de cola de cada ponto da grade e esrimado a partir da media simples das cOlas dos 8
vizinhos mais pr6ximos desse ponto. Estc intcrpolador e geralmentc utilizado quando se requer
maior rapidez na gera~ao da grade, para avaliar erros grosseiros na digitalizacyao.
4.3.3 - MEDIA PONDERADA
Confonne 0 SPRING 3.6 (Arquivos%20dc%20programas/spring35/helpportlmnt2.htm), 0
valor de cola de cada ponto da grade e calculado a partir da media ponderada das colas dos 8
vizinhos mais pr6ximos a este ponto, porcm atribuiMse pesos variados para cada ponto amostrado
atraves de uma fUllyao que considera a distancia do ponto cotado ao ponto da g.rade.
4.3.4 - MEDIA PONDERADA POR QUADRANTE
Confonne 0 SPRlNG 3.6 (Arquivos%20de%20programaslspring3S/helpportlmnt2.htm),
eSle interpolador calcula a media ponderada utilizando a fun~ao de interpolayao anterior. EcOllsiderada uma amostra par qlladranle (total 4 amostras) e 0 nllmero de pontos amostrados e
igual para cada um dos qlladrantes. Sugere-se a utilizayao deste interpolador quando as amostras
sao todas do tipo ponto.
IS
4.3.5 - MEDIA PONDERADA POR COT A E POR QUADRANTE
De acordo com 0 SPRING3.6 (Arquivo%20de%20programa/spring3S/heJpportlmnt2.hhu)
eSle interpolador tambem realiza a mcsma flln~ao de interpola~ao vista anterionnente, porem
utiliza a cota da isolinha mais proxima. Alem da restri~ao de quadrante. do metoda anterior,
cxiste a restnrrao de Ill1ll1CrOhmitado de amostras per valor de eievavao, nao pennite amostras
com cotas repetidas. E recomeodado quando as amostras sao do tipo isolinhas.
4.3.6 - DELAUNAY
COllfonne SILV A (1999), a triangular;ao de Delaunay e urn metoda de interpolavao cxato,
muito eficiente para expressar rclevos acentuados e baseia-se em lUn algaritrno que cria trifulguJO
atraves da ligavao dos pontcs. Cada triangulo define urn plano e 0 valor do atributo de
dcterminado pOllta no interior do triangulo e obtido a partir de simples calculos, utilizando-se a
equayao linear da rela (x=a+bx+cy). A triangl.llay50 Delaunay apresenta os mclhores resultados
quando 0 nllmero de pontos cnvolvidos se sitlla entre 200 a 1000.
4.4-IMAGEM
De acordo com CAMARA (1998), wna imagem digital cOllsiste em uma matriz de
nllmeros digitais chamados de pixels (picture elemenr). Cada pixel corresponde a um retangulo
na superficie da imagem original, nao-digital.
Uma imagem espcctral, os pixels conrem valores relacionados a renectancia all it
cmitancia do solo e sua cobertura para a area relratada pela imagem. De urn modo geral
denornina-se imagem multiespectral a caleyilo de imagens de uma mesma cena, num mesilla
instanle, obtida par varios sensores com rcspostas espectrais diferentes.
As medidas registradas pelos sen sores variam de fenomeno para fenorneno. Por exemplo,
a banda TM 4 do Landsat, no inrra-vermelho pr6ximo e especialmente boa para detectar
difereoyas na vegetayao e no solo, enquanto a banda TM J, do azul, tern boa penetrayao em
corpos aqllosas. Jft fotografias aereas em illfTa-vennelho sao apropriadas para se distinguir
16
objetos de vegetayao. A resolucao de uma imagem espectral, dada pela area coberta por pixels, efunyao do sensor, de caracteristicas da cena e do pre-processamento dos dados.
Uma imagem colorida e, na realidade, urn conjunto de tres imagens obtidas por tres
sensores com curvas de resposta espectrai diferentes (verde, vermelho e azul). A sensaC30 de cor
que se experimenta e devido a existencia, na retina, dcstes tres tipos de sensores.
4.5 - PROCESSAMENTO DIGITAL DE IMAGEM (1'01)
Confonne CROSTA (1992), a fUl1cao primordial do processamento digital de imagens de
sensoriamento remota e a de fornecer fcrramentas para facilitar a ident-ific3cao e a extracao da
informacao contldas nas imagcns, para posterior interpretacao. Nesse senti do, sistemas dedicados
de compula~ao sao utilizados para atividades interativas de anilise e manipulayao das imagens
brutas. 0 resultado desse processo e a produyao de outras imagens, esta ja contendo infonnayoes
especificas, extraidas e real~adas a partir das imagens brutas.
Tern como objetivo principal remover barreiras inerentes ao sistema visual humano,
facilitando a extrayao de infonnayoes a partir de imagens.
4.6 - ESPA(:O RGB E TRANSFORMA(:OES IHS
o espa~o RGB, de acordo com 0 fisico THOMAS YOUNG (1773 - 1829) cit..,do par
CROSTA, (1994), e a rnishlra de cores primarias, no qual percebeu fazendo teste com filtros
vermclho, azul e verde. Percebeu que quando se misturava todas as tres cares obtinha-se 0
branco. Quando misturava-se duas cores primarias obtinha-se uma terceira cor, com vennelho e
azul resultaria a cor magenta. Vennelho e verde, 0 amarelo e 0 verde e azul, 0 cyan. Observou
que nenhllrna das tres cores pnncipais, consef,'1.Iiria produzir com a mistura de duas. As tres cores
primarias, Denominou-se de primarias aditivas.
Atraves da subtrayao de lima das cores primarias aditivas, cOnSeb'11e-se produzir lima
terccira cor, confonne supra citado acima, que Crosta charnou de cores primarias subtrativas. A
mistura magenta, amarelo e cyan consideradas de cores primarias subtrativas, produzirem a cor
preto.
17
Com 0 principia das tres cores primarias pode-se represcntar quanlitativamente qualquer
grupo de tres cores com um grupo de nilmeros e coeficientes. Os tn~s coeficientes de cor padem
ser plolados em lllll conjunto de eixos ttidimcnsionais, onde cada eixo representa uma cor RGB.
Esses coeficientes va~ detinir 0 quanta de cada cor sera necessaria para produzir quaJquer
tonaJjdade.
Matematicamente podemos citar que se lIsannos 0 coeficiente das tres cores primarias
ROB, com intervalos que nos quais geralmcnte sao limitados, pode-se plotar no espa90 RGB,
lIsanda as coeficientes de mistuTas como coordenadas.
A transfonnay3o IllS - Hue, Saturation, Intensity, confonne CROSTA (1992) e 0 espa90
de cores de fanna alternativa ao espa90 ROB. No cspayo IHS as cores sao definidas por atribulos
ao inves de quanlidades de cores primarias. Os atributos sao Intensidade (Intensity-I), Maltz
(Hue-H), Satura,ao (Saturation-S).
Pode-se analisar e maniputar individuahnente, coisa que ja nao acontece com a RGB, par
serem intrinsecamente interligados. 0 IHS apresenta a fonnayao de cores muito mais proxima a
qual 0 sistema visual humane as percebe, devido as vanlagens nitidas em reJac;:ao ao sistema
RGB. Matiz de lim objeto e a medida do comprimenlo de anda medio da luz, que pade refletir ou
emitir, definindo desla forma a cor do abjelo. Intensidade e a medida total cnvolvida em todos os
comprimentos de onda, portanto respons3vel pela sensayao de brilho dessa encrgia incidente
sobre 0 olho. Saturayao au pureza, expressa 0 intervalo de comprimento de ooda medio no qual
essa energia e refletida ou transrnilida. Urn alto valor elevado de saturayao resulta em urna cor
espectrahnente pura, no caso de urn baixo valor indica uma rnistura de comprimentos de onda
que produzini tons-pastel. Sistema IHS utiliza coordenadas cilindricas polares para representar as
cores, ao contnlrio do RGB que utiii7.3 coordenadas cartesianas. A dishincia ate 0 apice do cone
rcpresenta a intensidadc Oll brilho. Distancia radial do ponto ate 0 eixo central do cone rcpresenla
a saturayao da cor. Uma seqOencia radial ao redor dos circulos de saturac;:ao e do eixo de
intensidade, representa 0 matiz. Emhora a matiz varie na pnilica de 0 a 255, devido as
caracteristicas das imagens digitais, seu valor na verdade urn angulo que varia de 0 a 360°, sendo
que 0° significa a cor verde (DN=O), 1200 represenla 0 vennelho (DN=85), 240° e a cor azul
(DN= l70) e 3600 e 0 verde novamente (DN=255). Par serem independcntes esses 3 panimetros
18
podem ser analisados separadamente, para ajustar melhor as cores as caracteristicas do sistema
visual.
A Figura 3 Illostra 0 diagrama esquematico mostrando a rela~ao entre os espalYos IHS e
RGB 0 exposto.
FIGURA 3 - RELACAO ENTRE ESPACOS IHS E RGB
Foote: CROSTA (1994, p. 68)
o sistema TJ-IS e lIsado no processamento de imagens de sateiite atraves de urn processo
de multiplas etapas. Primeiramente, tTi!S bandas con tendo as infonna'i=oes espcctrais de interesse
sao selecionadas, fazendo-se coUio os calculos da matiz, saturay3.o e intensidade para esse
triplete, esse calculos sao fcitos atraves de algoritmos maternaticos que relacionam os dais
espayos de cores. Esse processo produz tres novas imagens (I-I'. S·. L') representando
respectivamente a intensidade, a saturayao e 0 matiz do triplete originaL Em seguida, aplica-se
um aumcnto linear de contraste (ALC), para expandir 0 intervalo de intensidade e de saturayao,
de forma identica ao processo comumente aplicado para aumcntar 0 contraste de lima imagem
qualquer, produzindo as imagells R", S",I". A (l1tima etapa do processo cnvolve lIma reversao
dessas tres imagens para as coordelladas RGB (produzindo as imagens RH, G", B"), uma vez
que as monitores de video do sistema de processamento de imagem trabalham somente nesse
19
sistema. Da mesma fonna que a transformayao RGB->lHS, a transfonna~ao inversa e feila
matematlcamentc.
CROSTA (1994), elta que 0 lISC dessa tecnica em sensoriamenl.o remoto sao basicamente
2 explicayoes: produzir composiyao coloridas com correlayao interbandas reduzidas,
conseqlicntemente com melhor utilizayao do espayo de cores, e combinar diferentes tipos de
imagens, Oll mesmo imagens de nanlreza diferentes. Exemplos desses dais (IHimos tipos de
utili7..ayaO sao a fusao de imagens SPOTlPan (com posta por apenas uma banda) e TM e
integrayao de imagens de sat6lite com infonnayoes geofisicas. No caso da fusao SPOTfTM, 0
procedimento envolve calcular as componentes H, ScI a partir das Ires bandas selecionadas do
TM, apliear 0 allmento de contraste nos componentcs H, S e na imagem SPOT/Pan, suhstituir 0
componente i pela imagem SPOT e aplicar a transformayao inversa HSI->RGB. Desse modo, e
possivc\ a obtenyao de uma composi~ao colorida com a resolu~~o espectrai correspondente as
Ires bandas TM e a resohl~ao espacial da imagem SPOTlPan (Que e de 10 metros, contra 30
metros das imagens TM)
4.7 - TRABALHOS QUE UTILIZARAM TRANSFORMACAO IHS PARA
ELABORACAO DE DADOS DE RELEVO
SOUZA el al (200 I, p. 40); ZEREK (2002), utilizaram a tecnica de transfonna,ao LHS-
RGB pela integra~ao de dados orbitais e relevo para a elaboraQilo da imagem hipsometrica dos
municipios de Morretes (PR) e Rio Branco do Sui (PR) respectivamente.
Alocaram no canal do I mna banda do satelite Landsat que apresentasse razoavel
informa~ao textural e de temas. No canal do H alocaram a imagem da grade do MNT para que se
cxtraisse as cores hipsometncas. No canal do S, elaboraram uma imagem com !livel de cinza
iguaJa J28(DN~128).
Das imagcns geradas, elaboraram uma composiyao colorida.
Os resultados finals dos citados autores diferenciaram-se devido as infomlayOCS tenuiticas
dos dados orbitais e de relevo das areas de estudo scrcm difcrentes, gcrando analises diferentes,
especificas para cada regiao. Entretanto, cabe ressaltar que ZEREK (2002), optou peia escolha da
banda 4 pel a menor ocorrencia de nuvens quando comparada as Olltras bandas que dispunha.
20
Para presenle Pesquisa, procurou utilizar a metodologia dos autores. para obter em urn s6
produto, as infom1a90es hipsometricas juntamente as orbitais.
5- RESULTADOS E D1SCUSSOES
Uma vez que 0 objetivo geral da prescllte MonOb'Tafia era 0 de elaborar mapas de releva
(imagem hipsometrica e releva sombrcado) fez-se necessaria, antes de mostrar e analisar estes
resultados, discutir tambem os dadas obtidos e necessarios para a elabora9ao dos mesmos para
garantir a veracidade da ciencia aplicada envolvida.
A Figura 4 mostra as amostras de curvas de mvel da area de estudo as quais 0 auter
inseriu as cotas de acordo com as cartas topograficas citadas no Capitulo 3. Esta clapa foi
imprescindive1 para obler os 2 grupos basicos de MNT citados par Camara (1998) contidos no
capihllo 4 da Monof:,'Tafia: grade regular e grade TIN.
MJ!jjj.rtt¢j!fu$fW~!oIxlV,,"z, p;2OOXXIOO I
Oemanda.;~ !
I••._.~ I11Jll.~~~
r !,i!.oa<o 17iW!/)';lot:~ ,~
21
A Figura 5 mostr3 a imagem da grade regular, ollde os tons de cinza mais escuro
represenlam as cotas mais baixas (aproximadamente 800 metros). A incidencia mais visivel e na
regiao noroeste proximo dos aluvioes do Rio da V<irzea, onde verifica-se que a cor predominante
e 0 preto. As areas mais altas do terreno apresentam-se num tom de cinza mais claro, com colas
mais elevadas com aproximadamente 1060 metros, localizadas na regiao ao sui onde verifica-se
que 0 pico mais alto predomina a cor branca.
Observa-se na Figura 6, que a imagem gerada pela sistema apresenta padroes do tipo
dendritico, nitidamente observado na posiQao suI da arca de estudo, oode tern-se os migmatit.icos
(unidade litoestratigrMica PICme) mostrados n3 Figura 7 . A Figura 8 mostra a grade triangular
22
desta meSilla regiao onde foi considerada a Iinha de quebra. Estas linhas de qucbra representam a
hidrografia da area de estudo. 0 sistema tcnninava a interpola'tao (Delaunay) a cada encontro aos
areos representativQs dos rios. Observa-se que, as cristas e vales da area fcram real((adas com
estc tipo de representa~ao e a posi((ao mais clara refere-se por tanto a urn divisor de agua.
23
_In'xl,
-_-.-- .~cs,;IFr;;r"'G~--~·- --.--r.~I"'iMliJ<6 t:;l:t:l1! (;J(ooloooo·_IIIID";;';of"'ml~I"",,;"';:'IL~SPRI~"'c: _ ]~~j""{. '1~
24
A Figura 9 mostra outra representa~ao de releva da area de estudo: releve sombreado.
Verifica-se nitidamente 0 divisor de agua, na parte elevada, regiao sui da imagem.
25
o releva hipsometrico em cores, e mostrado na Figura 10. Observou-se que as cores
azuis, referem-se as cotas baixas, as cores esverdeadas as intermediarias e a colora~ao
avennelhada as cotas mais elevadas. Na Figura 98, e a mesma representa~ao em cinza. Como se
ve, a cilada figura mostra a representa~ao hipsometrica convencional.
26
27
A presente pesquisa, propos-se a elaborar uma representa~ao hipsometrica contendo dados
orbitais.
A Figura 11, mostra 0 principal resultado: imagem IHS~RGB. Procurou-se durante a
eJaborayao dcsta (Figura 11). na fase da composiyao RGB, alocar as imagens geradas na
transfonnac;ao IHS, em canais do RGB, de forma que as cores fmais, fossem semelhantes a da
hipsomctrica convencional (Figura 10).
Observou-se na Fib'llrJ. ll, que as Ions azuis sao as cotas baixas cnde carre 0 Rio da
Varzea. Os tons verdes referem-se as pOfyOes intennediarias e 0 rosa e roxa, as cotas mais
elevadas.
29
As infonnaQoes I'ematicas des dados orbitais foram mantidas. A Figura 12, mostra as
tcmas da superficie junto as cores hipsometricas, enfatizando a riqueza des dados elaborados na
presente monografia.
FIGURA 12 - TEMAS DA SUPERFiOE E AS CORES H1PSOMETRICAS
30
6 - CONSIDERACOES FINAlS
A prescnte MOllografia atingiu seus objetivDS ao gerar a imagem hipsometrica cOlltendo
nao s6 as dados de altitude como tambem as dados orbilais aD: colar e editar amostras de ClilVas
de nivel; gerar grades de inh::tpolayao (grade regular com inlerpoiador media ponderada por cola
e pOf quadrante, e grade TIN com interpolador Delaunay); superpor as dados orbitais com as
dados de imagem hipsometrica atraves da b,knica de PDl denominada IHS-RGB.
Pode-se conSlalar a cficiencia desta tecnica de jlln~ao de dados de naturezas diferentes
(orbilais c MNT) em ana\ogia aos autores dlados na sCyao 4.6.
Resultados como estes mostram a evo\m;ao do tTatamento dos dados tipo releva com
auxilio de tecnicas de geoprocessamento. As altitudes deixam de ser represcntadas apenas por
cores para serem representadas simultaneamente a dados orbitais, levando 0 analista uma maior
aproximarrao da realidade que 0 cerca.
Constatou-se que ah!m das cores, dados da superficie tcrrestre eram visualizados, podcndo
desta fonna serem utilizados em geoambientais, relatorios de impacto de meio ambiente,
descrirrao e analise do meio fisico, planejamento ambiental, suporte a analise de dados de
geomorfologia, entre OutTOS.
Para 0 ensino medio e fundamental sitHa-se como um trabalho de grande valia, uma vez
que leva 0 estudante a relacionar relevo a dados tematicos (solo exposto, vegetarrao, etc) da
superficie terrestre simultaneamente e conseqUentemente valorizando 0 espayo geognifico que
habita.
31
7 - REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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COMEC - Coordena~ao da Regiao Metropolitana de Curitiba - Parana, 2002.
CROSTA, A.P. Processamento Digital de Imagens. ed. rev. Catnpinas SP. Editora daUnicamp. 1993.
Emprcsa Brasileira de Pesquisa Agropecmiria. Servil;o Nacional de Lcvantamcnto eConserva~fio de Solos, Rio de Janeiro, RJ, 1984.
EVELYN, M.L. Sensoramento Remoto, Editora Edgard BlOcher. 2:1 edi~ao Sao Paulo, SaoPaulo, -1995.
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Mapa Geologico do Parana (MINEROPAR, 1986); escaIa I: 650.000.
Mapa do Lcvantamento de Reconhecimento de Solos do Estado do Parana (EMBRAPA,1981), ern cscaIa I: 600.000.
NACHORNICK, Valdomiro. Principios e Mctodos em Geografia para 0 Desenvolvimento deProjetos Tccnicos e Cientificos. Curitiba, PR, 2001, Universidade Tuiuti do Parana.
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Volume 2, da revisao do Zoneamento de Uso e Ocupa~ao do Solo, Perimctro Urbano eSistema Via rio do municipio de Quitandinha. COMEC, Curitiba, PR, 2001, CD-ROM.
WONS, I.; Gcografia do Pnrana; Editora Ensino Rcnovado; 6" edi.;:lio Curitiba, Parana; 1994.
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ZEREK, Marilvani M.S. Composh;:ao e Analise da Im:lgem Bipsomctrica do Municipio deRio Branco do Sui (PR) a Partir de Dados Orbitais e MNT. Monografia apresentada para aconc1usao do gran de especialista em Geografia Ambiental da Universidade Tuiuti do Parana.Curiliba, PR, 2002.
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