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Edema Agudo de Pulmão R2 Glayce Renata Enfermeira Residente Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco Profº Luiz Tavares Programa de Especialização em Cardiologia Modalidade Residência Recife 2016
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Edema Agudo de Pulmão

Jan 08, 2017

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Health & Medicine

resenfe2013
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Page 1: Edema Agudo de Pulmão

Edema Agudo de Pulmão

R2 Glayce RenataEnfermeira Residente

Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco Profº Luiz TavaresPrograma de Especialização em Cardiologia Modalidade

Residência

Recife2016

Page 2: Edema Agudo de Pulmão

Objetivos •Definir a fisiopatologia do Edema agudo de pulmão.

•Compreender a fisiopatologia, manifestações clínicas e tratamento do EAP;

•Elaborar um plano de cuidados de enfermagem.

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Introdução • É uma síndrome cardiorrespiratória que pode resultar de causas

diversas. Decorre do acúmulo anormal de fluidos nos espaços intersticiais e alveolares dos pulmões, resultando em:

• Hipoxemia• Complacência pulmonar diminuída• Trabalho respiratório aumentado• Relação ventilação-perfusão anormal.

CROTI et. al., 2012

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Fisiopatologia

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Principais patologias que determinam o EAP

•Infarto agudo do miocádio •Hipertensão arterial sistêmica •Doença valvar•Insuficiência renal •Doença miocárdica•Cardiopatias congênitas •Arritmias cardíacas

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Quadro Clínico•Dispneia súbita•Ansiedade•Tosse (seca / espumosa)•Hemoptise•Sensação de afogamento•O paciente assume a posição sentada e

exibe ¨fome de ar¨.

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Achados ao Exame Físico• Taquicardia e Taquidispneia

• Retração inspiratória dos espaços intercostais

• Batimento de asa do nariz

•Sudorese profusa

• Pele fria

•Roncos, sibilos e crepitos

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Diagnóstico • O diagnóstico é essencialmente clínico, tendo base na

anamnese e exame físico.

• Gasometria arterial

• Radiografia de tórax

• Peptídeo natiurético tipo B (BNP)

• Eletrocardiograma

• Cateterismo cardíaco

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TratamentoMedidas gerais:

• Posição do paciente• Monitorização cardíaca contínua• Oxigenoterapia• Cardioversão e desfibrilação• Marcapasso provisório • Angioplastia primária• Valvuloplastia • Balão intra-aórtico• Cirurgia de revascularização do miocárdio

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Tratamento Suporte ventilatório

• Oxigenoterapia: o paciente deve receber O2 suplementar por máscara facial aberta com fluxo inicial de 5 a 10L/min.

• Ventilação não-invasiva: reduz a pré e pós-carga promovendo a melhora da contratilidade do VE. Aumenta a complacência pulmonar recrutando alvéolos pulmonares previamente colabados.

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Tratamento• Ventilação invasiva: Indicada na presença de

rebaixamento do nível de consciência, no aparecimento de sinais clínicos de fadiga de musculatura acessória, nos casos de hipoxemia refratária e na presença de acidose respiratória.

As formas de ventilação não-invasiva aceleram a melhora clínica e gasométrica, diminuindo a necessidade de intubação orotraqueal.

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Tratamento

Classe Medicamento Dose AçãoDiuréticos de alça Furosemida 20 a 80 mg IV Venodilatação com

diminuição da congestão

Opióides Morfina 1 a 4 mg IV em 3 minutos

Reduz o esforço respiratório, diminui a

pós-carga e a ansiedade.

Nitratos Isordil 5 mg SB a cada 5 min. se PS >

90 mmHg

VenodilataçãoCom diminuição da pré

carga.

Vasodilatadores Nipride e Enalapril

Inotrópicos Dobutamina ou Milrinone

2 a 20 mg/kg/min

Inotrópico positivo

Medicamentoso:

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Prognóstico • Depende da doença subjacente.

• A mortalidade intra-hospitalar é em torno de 12%, sendo 80% relacionada a falência de bomba cardíaca.

• É maior quando há IAM, estenose mitral, disfunção do VE, choque cardiogênico e necessidade de assistência ventilatória mecânica.

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Diagnósticos de Enfermagem •Volume de líquidos excessivo relacionado a

mecanismos reguladores comprometidos;•Troca de gases prejudicada relacionado a

desequilíbrio na ventilação-perfusão;• Intolerância à atividade relacionada a desequilíbrio

entre demanda e oferta de oxigênio;•Ansiedade relacionada à ameaça de morte, afetando

as necessidades de segurança, comunicação e orientação.

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Cuidados de Enfermagem • Monitorar SSVV• Avaliar circulação periférica (pulsos periféricos, tempo

de enchimento capilar, cor e temperatura)• Promover cuidados com suporte ventilatório • Orientar o paciente quanto os sinais de piora da

cianose.• Instruir o paciente sobre a importância da tomada da

medicação e a importância da adesão ao tratamento.• Cautela nas atividades físicas, estimular atividades que

demandem um menor gasto energético.

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Conclusão •Representando uma das mais sérias

urgências clínicas a desafiar a equipe multiprofissional, o EAP necessita de diagnóstico e tratamento imediatos, a presença constante ao lado do paciente até a completa reversão do quadro clínico.

Page 17: Edema Agudo de Pulmão

Referências Bibliográficas• CROTI, U. A.; MATTOS, S.S.; PINTO JÚNIOR, V. C.; AIELLO, V. D.; MOREIRA, V. M.

Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular Pediátrica. 2ª edição. São Paulo: Roca; 2012

• SMELTZER, Suzane C.; BARE, Brenda G. Brunner & Suddarth: Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 12ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.

• North American Nursing Diagnosis Association (NANDA). Diagnósticos de Enfermagem da NANDA: Definições e classificação 2009-2011. Tradução de Cristina Correa. Porto Alegre: Artmed, 2009.

• PEDROSA, L.C.; Júnior W.O.: Doenças do coração diagnóstico e tratamento. Revinter, 2011.

• LIBBY, Peter; BONOW, Robert O.; et al.: Braunwald Tratado de doenças cardiovasculares. 8ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

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