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Depressão no Idoso
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DEPRESSÃO NO IDOSO

Oct 26, 2015

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Martinha Miguel
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Page 1: DEPRESSÃO NO IDOSO

Depressão no Idoso

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Depressão Doença X Sentimento

Depressão é uma palavra freqüentemente usada de forma incorreta para descrever nossos sentimentos. Todos se sentem "para baixo" de vez em quando, ou de alto astral às vezes e tais sentimentos são normais.

A depressão, enquanto evento psiquiátrico é doença como outra qualquer, que necessita tratamento

Exigir tentativas de reagir, distrair-se, de se divertir para superar os sentimentos negativos nem sempre ajuda

Importante ouvir quem se sente deprimido e orientar procurar um profissional quando percebe que não trata-se apenas de tristeza

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A depressão é uma doença que afeta o

humor, a disposição e os sentimentos.

Prevalência alta.

Várias formas clínicas.

Predisposição genética.

Intensidade variável.

Exógena ou endógena?

O que é depressão?

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Depressão no idoso

Sintomas atípicos

Diagnóstico difícil

Principais sinais: dor moral e

lentificação ideomotora

As “máscaras” da depressão

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Alterações do envelhecimento

Aspectos físicos – necessidade de aprender a conviver com as limitações

Aspectos socias Mudanças de papéis – família, trabalho e

sociedade Falta de papel social - crise de identidade Aposentadoria Perdas diversas - $, decisão, independência,

autonomia, parentes e amigos Diminuição de contatos sociais – distancia, $,

dependência, tempo, violência

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Alterações do envelhecimento

Aspectos psicológicos Dificuldade a se adaptar a novos papéis Dificuldade de se adaptar às mudanças rápidas,

que tem efeito dramático nos idosos Necessidade de trabalhar perdas orgânicas,

afetivas e sociais Baixa auto-imagem e baixa auto-estima Falta de motivação e dificuldade de planejar o

futuro Confrontação com a sua própria finitude Aposentadoria Alterações psíquicas que exigem tratamento

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Depressão no Idoso

Cerca de 30% da população idosa apresenta algum tipo de transtorno mental

Depressão e demências são os problemas mentais mais prevalentes

Impacto no cuidador

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Depressão no IdosoApenas 20% dos idosos que procuram o sistema

de atendimento primário são devidamente diagnosticados e tratados

Importante investigação ativa Cuidar com apresentação diferente – queixas

somáticas Elevada freqüência de sintomas somáticos pode

confundir ou sobrepor a doenças preexistentes Falta de reconhecimento dos sintomas depressivos

pelo próprio paciente, atribuindo apenas a doença clínicas

Preconceito “velho só reclama, coisa de fraco” Algumas substâncias podem desencadear sintomas

depressivos - polifarmácia

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Quadro clínico

Tristeza Angústia, ansiedade Irritabilidade Anedonia, diminuição da

capacidade de sentir alegria Astenia e falta de energia Diminuição da libido

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Quadro clínico

Alterações do sono e do apetite Dores pelo corpo e outras

somatizações Dificuldade de concentração,

memória e raciocínio Pensamentos de culpa, morte,

fracasso, medo e outros pensamentos negativos.

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Critérios

Pelo menos cinco dos sintomas relacionados a seguir devem ocorrer concomitantemente.

Pelo menos um dos dois primeiros deve estar presente.

Os sintomas devem estar presentes na maior parte do dia, quase diariamente, por pelo menos duas semanas.

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Como avaliar a depressão? Com calma... Saber respeitar um luto. Escalas de depressão:

EDG de Sheikh e Yesavage Hamilton MADRS (Montgomery and Asberg) Beck Cornell

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ESCALA DE DEPRESSÃO GERIÁTRICA(de Sheikh e Yesavage, 1986 - Versão curta)

Você se considera globalmente satisfeito com sua vida?

Você tem abandonado muitas de suas atividades e interesses?

Você tem a sensação de que sua vida está vazia?

Você se aborrece com frequência? Você habitualmente está de bom humor?

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ESCALA DE DEPRESSÃO GERIÁTRICA(de Sheikh e Yesavage, 1986 - Versão curta) Você tem medo de que algo ruim

possa lhe acontecer? Você se sente feliz na maior parte do

tempo? Você se sente frequentemente sem

ajuda, desamparado? Você prefere ficar em casa ao invés de

sair e fazer alguma coisa? Você acha que sua memória é pior do

que a das outras pessoas?

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ESCALA DE DEPRESSÃO GERIÁTRICA(de Sheikh e Yesavage, 1986 - Versão curta)

Você acha maravilhoso viver nos dias de hoje?

Você atualmente se sente sem valor? Você se sente cheio de energia? Você se julga sem esperança em relação

a sua situação atual? Você acha que a maioria das pessoas

vive melhor do que você?

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ESCALA DE DEPRESSÃO GERIÁTRICA(de Sheikh e Yesavage, 1986 - Versão curta)

Interpretação: Contar 1 ponto para cada resposta negativa ou depressiva

De 0 a 5 pontos: exame normal De 5 a 10 pontos: indícios de quadro

depressivo leve Acima de 11 pontos: provável depressão

severa.

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MADRS- Escala de Depressão de Montgomery and Asberg

1.Tristeza aparente

2.Tristeza expressa

3.Tensão interna

4. Redução do sono

5. Redução do apetite

6. Dificuldades de concentração

7. Lassidão

8. Incapacidade para ressentir

9. Pensamentos pessimistas

10. Idéias de suicídio

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Outras Escalas Hamilton (21 itens) Beck Auto-avaliação QD2AG Cornell (na demência)

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Tratamento não medicamentoso

Psicoterapia Suporte familiar Terapia ocupacional Atividades físicas Religião Nos casos graves, com risco de morte:

eletroconvulsoterapia

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Tratamento medicamentoso

Longa duração Efeitos colaterais precoces Efeito terapêutico tardio Resposta muito individual

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Tratamento medicamentoso

ISRS Mianserina, Mirtazapina Trazodona Tricíclicos Tianeptina Bupropiona Venlafaxina

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“O Tratamento farmacológico constitue-se em dos braços do

tratamento da depressão do idoso,devendo ser complementado

por um tratamento não farmacológico que se estenda não só ao paciente,

mas também à família e ao ambiente onde o idoso está inserido.”

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Estimulação – maneira eficaz de melhorar a qualidade de vida, a aceitação, a inserção na família e na sociedade, promovendo autonomia (não a dependência)

Promoção de Saúde no Idoso se constrói na prática do exercício de direitos, objetivando a promoção da longevidade, com qualidade de vida

Tratamento

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Prognóstico

Geralmente bom Recidivas frequentes Necessidade de acompanhamento

clínico regular.

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Suicídio

3 vezes mais comuns > 65 anos

Incidência aumenta com a idade

Cuidado com a desinibição no

início do tratamento.

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Apatia “Ausência ou falta de sentimento,

emoções, interesse ou preocupações” Muitas vezes associada à disfunção

frontal, ou lesões vasculares na região posterior da cápsula interna.

Existe grande prevalência de depressão pós-AVC...

Conceito de “depressão vascular”

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Transtorno Bipolar no idoso

Definição de episódio maníaco: Humor expansível ou irritável por mais

de uma semana, com 3 ou mais dos sintomas seguintes: sentimento de grandeza, diminuição do sono, logorréia, fuga de idéias, diminuição da fixação, hiperatividade, agitação ou realização de atividades de risco ou prazerosas.

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Transtorno Bipolar no idoso

Baixa prevalência Formas clínicas: tipo I, tipo II, ciclotimia,

hipomania. Desorientação, idéias delirantes,

distúrbio cognitivo reversível Diagnóstico difícil Tratamento

No quadro agudo Profilaxia das recidivas

Mortalidade maior

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Importante lembrar

1. Depressão não faz parte do envelhecimento normal.2. Algumas situações podem aumentar a probabilidade de uma pessoa idosa ter depressão: incapacidade física e dependência, alguns remédios, trauma emocional, aposentadoria, perda de entes queridos, problemas financeiros e algumas doenças.3. Quando uma pessoa idosa apresenta alguns sintomas que fazem suspeitar de depressão, essa pessoa deve ser examinada por um médico, pois algumas causas podem ser tratadas.4. A pessoa idosa deprimida não deve ser discriminada e nem considerada preguiçosa ou que está querendo chamar a atenção dos outros.

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5. O cuidador e os familiares precisam ter paciência com a pessoa idosa deprimida e devem lhe oferecer amparo, evitando que ela fique irritadae agressiva.6. O remédio contra a depressão leva cerca de três semanas para começar a ter efeitos. O tratamento é longo e pode ser por toda a vida.7. É importante prestar atenção nos sinais de alerta: quando a pessoa idosa perder o interesse por tudo, ficar falando na morte, que a vida não vale a pena e que ela prefere morrer. Não a deixar sozinha, retirar os objetos perigosos de perto dela e levar ao médico para uma reavaliação.

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IntervençõesApoio

Rede Social: Centros de convivência, propiciando a reinserção social – grupos de artes, esporte, música, marcenaria, costura, etc

Terapia comunitária

Psicossociais Grupo de apoio psicológico Grupo psicoeducativo para familiares Atendimento individual

Medicamentosas

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“ “ Nascer é uma Nascer é uma possibilidade,possibilidade,

Viver é um Viver é um Risco,Risco,

Envelhecer é Envelhecer é um Privilégio”.um Privilégio”.

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Bibliografia Papaleo Neto, Matheus -Tratado de

Gerontologia Duthie Katz – Geriatria Prática Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria

de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica: Ministério da Saúde, 2006.