Etec Prefeito Alberto Feres
Extenso Centro Paula Souza / SP
ELEMENTOS DE CUSTOS NO PROCESSO PRODUTIVO - ECPPGesto Econmica
nfase em Custos (elementos de logstica)
CURSO TCNICO 2011.
Professor : Marcos Eduardo Alto e-mail: [email protected]
Sobre o contedo:
Este material possibilita um conhecimento bsico aos alunos de
cursos Tcnicos em Logstica, de tecnologia e tambm aos alunos de
graduao. composto por um tema central de custos e anexos sobre
mtodos de custeio, estoques, depreciao e outras informaes
importantes.O assunto no se esgota mas poder dar uma boa noo aos
interessados.
Sobre os autores:
Prof. Carlos J. Holzer Contabilista Prof. dos cursos tcnicos no
Centro Paula Souza ETEC Bento Quirino Campinas Prof. dos cursos
tcnicos na CEPROCAMP FUMEC Campinas SP Prof. universitrio nas reas
de finanas pblicas / empresariais e de planejamento. Pesquisador
associado ao LADSEA UNICAMP Laboratrio de Apoio Multicritrio Deciso
orientada Sustentabilidade Empresarial e Ambiental. Consultor de
empresas.
Prof. Mauro Rodrigues Engenheiro Eltrico e de Segurana,
especialista em Produo e Logstica Especialista em Administrao de
Empresas Prof. universitrio nas reas de Materiais, Produo e
Logstica e em diversos cursos de extenso Consultor de empresas.
Observao: alguns assuntos foram pesquisados junto a publicaes de
terceiros cujos nomes foram apontados assim como a bibliografia
pesquisada. No caso das figuras seguimos o mesmo procedimento.
Algumas foram obtidas no clip-art do Windows
...na vida profissional as qualidades mais admiradas so : o
comprometimento, a lealdade, a honra, a honestidade, o perfil
agregador, atitude empreendedora e, principalmente, o conhecimento
que aos poucos adquirimos, um raro e valioso capital, chamado de
capital intelectual.
Conceitos bsicos sobre Elementos de Custos no processo
produtivo
1.1 Regime de competncia e regime de caixa
Todos os custos, despesas e receitas so considerados pelo regime
de competncia, ou seja quando ocorrem esses fatos. Os custos e
despesas ocorrem pelo gasto, utilizao (consumo) de mo de obra,
materiais e outros insumos / servios, enquanto que a receita
considerada no momento da emisso da nota fiscal.
Portanto, no so considerados quando do pagamento ou recebimento
respectivamente. So elementos econmicos do patrimnio da empresa e
no financeiros (entradas e sadas de recursos do caixa). As entradas
e sadas efetivas de recursos financeiros so consideradas para
efeito de elaborao do fluxo de caixa da empresa. O fluxo de caixa,
portanto, trabalha unicamente com elementos financeiros no
considerando, por exemplo, a depreciao dos ativos da empresa.
Despesas so os gastos que ocorrem nas reas administrativas , de
vendas ou comerciais (inclusive MKT), impostos e financeiras.
Temos ento:a) Custos e Despesas pagos a vista: qdo os
desembolsos ocorrem no momento do consumo : b) Custos e Despesas a
prazo: qdo os desembolsos ocorrem posteriormente ao consumo:c)
Receitas a vista: quando so recebidas no momento da emisso da Nota
Fiscald) Receitas a prazo: quando o recebimento ocorre
posteriormente emisso da Nota Fiscal
Terminologia complementar:Gastos: so os custos, despesas ou
investimentos para que a empresa atinja seus objetivosDesembolsos:
so as sadas do caixa (ou bancos) na realizao dos pagamentos;Aporte
de $: so as entradas efetivas de dinheiro no caixa (ou
bancos)Investimentos no financeiro de longo prazo: desembolsos que
tm como resultado o aumento do patrimnio da empresa, tais como:
aquisio de bens fixos para uso da empresa, aquisio de bens fixos
apenas para lucro futuro, aquisio de aes com participao em outras
empresas.Investimentos no financeiro de curto prazo: aquisio dos
estoques para posterior consumo, ou seja quando da compra temos o
investimento e quando os materiais so requisitados pelas reas se
transformam em custo (na produo) ou despesa (nas reas no
produtivas).Investimentos financeiros de curto prazo: so as
aquisies de ttulos (aes e outras aplicaes), que podem ser
resgatados rapidamente, ou seja se transformam em $ quase que
imediatamente.Investimentos financeiros de longo prazo: so aquisies
de ttulos de longo prazo, ou seja que no so convertidos em dinheiro
no curto prazo, tais como Letras do Tesouro Nacional etc.rea
Produtiva: (rea fim) na industria o local onde as mquinas realizam
as operaes ; j numa empresa prestadora de servios so as reas que
prestam os servios diretamente ao cliente. Numa empresa comercial
temos a atividade de compra e venda de mercadorias.reas No
produtivas: (reas meio ou de apoio produo) so as demais reas da
empresa (que no esto relacionadas diretamente com a produo), tais
como Administrao e VendasSalrios: a remunerao pelos trabalhos dos
funcionrios.Salrio-hora contratual: obtido na diviso da remunerao
(dos horistas) pelo n.o de horas especificadas no contrato (para mo
de obra direta). Para 44 horas semanais = 220horas msSalrio-hora
efetiva:. Obtido na diviso da remunerao pelo n.o de horas de
trabalho efetivo. Para 44 horas semanais temos 176 horas ms ou
menos em funo de paradas do processo ou ociosidadeSalrio do horista
como custo fixo: Descanso semanal remunerado (DSR) e horas ociosas.
Gastos com mo de obra: remunerao + assistncia mdica + alimentao +
transporte + uniforme + EPI + bolsa-estudo etc.Mensalistas: demais
trabalhadores, inclusive os indiretos da produo (mo de obra
indireta) Pr-Labore: salrio dos scios gerentesAdiantamento de
lucros: antecipaes ou retiradas dos scios Rateio / apropriao
:(distribuio) dos custos e despesas fixas (ao produto, rea
etc)Depreciao: perda do valor de um bem pelo uso, desgaste ou
obsolescncia, mas no representa desembolso de recursos viso
econmica e no financeira (ver ANEXO 6)Gastos com programas
ambientais e sociais: devem ser avaliados (via contabilidade
ambiental ou social) pois so crescentes, indicam a preocupao da
empresa com a comunidade, integram os planos das empresas, auxiliam
o seu marketing e impactam nos custos dos produtos e servios1.2.
Classificao dos Custos e Despesas: Os Custos se classificam em
Fixos (ou indiretos) e Variveis (ou diretos) e so os gastos que
ocorrem na rea produtiva as Despesas em Fixas ou Variveis (todas as
despesas so indiretas)
ATENO, Os Custos so fixos ou variveis em relao ao volume
produzido ou seja: quanto mais se produz maior ser o custo varivel
mas o custo fixo total no se altera em relao a esse volume.
.1.2.1. Custos fixos (CF ou CIF): So chamados de Custos
Indiretos de Fabricao (CIF) que, tecnicamente e universalmente
aceitos, englobam todos os gastos do processo de produo (ou seja,
dentro da rea fsica do produo), excetuando-se os Custos Variveis ou
Diretos. So fixos pois se produzirmos 1 unidade ou 1.000 unidades
ser o mesmo. No compem a frmula do produto e quanto maior o volume
produzido menor ser seu peso. Exemplo: a parte do aluguel
correspondente rea produtiva $5000. $5000 / 1unid = $5000 por
unidade. $5.000 / 1000 unid = $5 por unidade, mas ser sempre no
total $5.ooo / ms o valor do aluguel Temos como CIF: Mo de Obra
Indireta - MOI (todos os colaboradores da rea produtiva,
independente de suas funes), excetuando-se os Operadores ou
executores (aqueles que realizam diretamente operaes com o produto
/ servio e que so chamados de mo de obra direta). Temos ento como
MOI: a somatria de salrios + encargos sociais + benefcios e gastos
com EPI, do gerente, pessoal administrativo, de limpeza, de
segurana de manuteno, etc., desde que lotados na rea de produo;
Materiais Indiretos - MAI (todos os materiais utilizados na rea de
produo) excetuando-se Matrias-Primas, Materiais Secundrios ou
Auxiliares e Embalagens, que so chamados de Materiais Diretos.
Temos como MAI: material de limpeza, material de escritrio, peas de
reposio, etc., desde que utilizados na rea de produo. Gastos Gerais
de Fabricao GGF (todos os demais gastos realizados na rea de
produo). Temos como GGF: energia eltrica, gs, gua, aluguel do
galpo, seguro das instalaes e dos equipamentos, depreciao, manuteno
predial e de equipamentos / veculos etc. Parte do custo direto com
mo de obra (varivel) que se transforma em indireto (fixo): comoJ
vimos, todos os valores pagos a ttulo de DSR e horas ociosas.
Rateio: O custos fixos podem ser rateados de forma simplificada
no caso de fabricao de um nico produto. Mas no caso de vrios
produtos poderemos realizar a distribuio conforme abaixo:
ProdutosCusto Direto total% custo indireto total
produto A100.0003349.500
Produto B80.0002740.500
Produto C120.0004060.000
total300.000100150.000
Onde custo direto total = MOD + MAD + Servios (terceirizados e
diretos) totais e custo indireto total = MOI + MAI + GGF. Ao custo
indireto (fixo) tambm podem ser somadas as despesas fixas
1.2.2 Custos variveis (CV): So chamados de Custos Diretos (CD),
assim temos: Mo de Obra Direta MOD (responsveis diretos pela
fabricao do produto ou realizao dos servios): operadores de mquinas
ou execuo de atividades previstas na formulao do produto ou nas
fases de realizao do servio (a receita do bolo, que o dito segredo
de produo) Materiais Diretos MAD (materiais que compem a frmula do
produto ou utilizados na realizao do servio): Matrias primas, Mat.
Secundrios e Embalagem. A embalagem, no caso de venda a granel no
entra na composio do custo direto, considerando-se esse item (nesse
caso) como CIF. Servios realizados por terceiros (usinagem ou outro
servio realizado diretamente no produto)
Os custos diretos so fixos por unidade produzida mas variveis em
relao ao volume produzido. Ou seja, para a produo de uma unidade,
temos sempre a mesma quantidade de material e tempo de mo de obra.
Mas quanto maior a quantidade produzida, no total do perodo, o
custos diretos crescem proporcionalmente. Exemplo: para montar uma
pea gasto 1Kg de ao a $20 / kg e 2 minutos de mo de obra a $6 /
hora ou R$ 0,20 ( R$ 6/h / 60 min = R$ 0,10/min R$0,10 x2min = R$
0,20 de mo de obra). Assim por pea temos R$ 20,20 de Custo Direto
por pea. Sempre ser esse valor na fabricao de uma pea, portanto o
custo direto fixo por unidade produzida. Mas se eu fabricar 1.000
peas o custo total ser de R$ 20.200,00 e quanto mais for produzido
maior ser o Custo Direto Total.
1.2.3. Custos totais Temos dois custos totais: os custos totais
de produo de um perodo: que envolvem todos os custos diretos e
indiretos do perodo, apropriados ao total da produo; os custos
totais dos produtos vendidos, onde se considera (na DRE) apenas os
custos sobre as unidades produzidas e vendidas. Isso ocorre pois as
unidades prontas e no vendidas permanecem no estoque, aguardando a
venda. Este mtodo o que interessa para a apurao do resultado do
perodo. No podemos esquecer que a empresa deve ter um resultado
positivo aps cobrir todos os custos, inclusive dos estoques,
despesas etc.Para entendermos melhor a formao dos custos totais,
temos o ANEXO 1 que, alm de orientar a formao do custo de uma
industria (CPV), tambm auxilia na formao dos custos no comercio
(CMV) e na prestao de servios (CSP)
1.3. Despesas As despesas so gastos quer ocorrem fora da rea de
produo, ou seja nas reas meios (ou suporte, de apoio) e so
realizados para: viabilizar as atividades das reas fins (Despesas
Operacionais e Financeiras) atender legislao (impostos sobre as
vendas ou sobre os resultados) recompensar investidores e
funcionrios (participaes) viabilizar aes no relativas s operaes
(outras despesas operacionais e no operacionais) As despesas so
divididas em grupos: Impostos sobre o faturamento: ICMS e / ou ISS
/ ISSQN, PIS, Cofins Impostos sobre o resultado: Imposto de Renda e
Contribuio Social Operacionaisc.1) Administrativas:que englobam
todos os gastos das reas subordinadas Administrao c.2) Comerciais:
que englobam todos os gastos das reas de vendas e marketing Outras
despesas operacionais: perda na participao acionria em outras
empresas, etc. No Operacionais: perdas na venda de bens, doaes
concedidas etc. Financeiras: resultante das operaes rotineiras da
empresa, tais como juros pagos por atraso de pagamento, descontos
financeiros concedidos para antecipao de pagamento por parte dos
clientes, juros de financiamentos obtidos, taxas bancrias e de
desconto de duplicatas etc. Participaes sobre o resultado (lucro
lquido do exerccio) a funcionrios, administradores etc.
Mas a principal subdiviso das despesas : Despesas Variveis e
Fixas
1.3.1 Despesas Fixas e VariveisA princpio, todas as despesas so
fixas, exceto: Comisses de vendas, impostos sobre vendas (ICMS,
PIS, Cofins e/ou ISS) e fretes/seguros sobre as vendas (quando a
empresa vendedora arcar com essas despesas)
Ateno: As Despesas so variveis em relao ao volume de vendas.
Assim as fixas no se alteram em virtude disso, mas as variveis
crescem proporcionalmente com o aumento das vendas.Exemplo: O
aluguel do prdio da administrao de R$ 2.000, se eu vender 2
unidades ou 2.ooo unidades esse valor no se altera. Mas as comisses
de vendas (despesa varivel) cresce proporcionalmente ao volume
vendido.
1.4 Elementos de Custos em LogsticaComo a rea de logstica
(interna) ou atividade de logstica (empresa especializada) tem
aspectos muito prprios, elaboramos o ANEXO 4 Como a gesto dos
custos em logstica so muito importantes e a reduo dos mesmos vital
para a sobrevivncia da empresa, elaboramos o ANEXO 5.
1.5. ReceitasA principal receita de uma empresa a sua Receita
Bruta de Vendas. Ela ocorre na emisso da nota fiscal de venda de
seus produtos, mercadorias ou servios.Temos tambm outras
receitas:
a) Outras receitas operacionais: alugueis recebidos, venda de
sucatas, ganhos na participao acionria em outras empresas etc.;b)
Receitas no operacionais: doaes recebidas, ganhos na venda de
ativos etc;c) receitas financeiras: obtidas nas aplicaes
financeiras, juros recebidos por atraso dos clientes, juros obtidos
na concesso de emprstimos a terceiros, descontos financeiros
obtidos junto aos credores etc.
Para fins de anlise, utilizamos a Receita Liquida Operacional
(Receita Bruta de Vendas, deduzida dos impostos sobre vendas e
vendas devolvidas / canceladas)
1.6. InvestimentosOs investimentos no integram a DRE, mas o
Balano Patrimonial. Ocorrem para viabilizar a atividade da empresa,
mas no so considerados como custos ou despesas. So, como j vimos,
desembolsos p/ :a) aquisio de bens patrimoniais;b) aquisio de
estoques (que se tornam custo a partir do seu consumo / utilizao)c)
estoques de produtos em elaborao ou produtos acabados que aguardam
a venda.
1.7.- A importncia das informaes sobre receitas, custos e
despesasTodas as despesas, acima mencionadas, bem como os custos
diretos e indiretos (que formam o Custo do Produto Vendido CPV),
integram a Demonstrao do Resultado do Exerccio DRE, que serve para
apurar o resultado anual (Lucro ou Prejuzo) Para fins de Marketing,
oramento empresarial e planejamento, feita uma projeo da DRE,
identificando-se volumes a serem produzidos e receitas que possam
superar os gastos, gerando o lucro desejado no final do exerccio.
Diversas simulaes devem ser feitas, identificando-se, ento, a
melhor alternativa de produo / vendas.
Como essas informaes subsidiaro os relatrios gerenciais e,
consequentemente, decises que podem mudar o rumo de uma empresa,
necessrio que os administradores tenham todas as informaes
adequadas e em tempo adequado, evitando erros e decises
equivocadas.
1.7.1. Modelo de DRE (no padronizada p/ anlise)Receita
Operacional Bruta (de Vendas)(-) impostos sobre vendas e vendas
canceladas)(=) Receita Operacional Liquida (principal base de
qualquer anlise)(-) Custo dos Produtos Vendidos CPV (ou dos Servios
CSV)(=) Lucro Bruto ou Industrial(-) Despesas Operacionais (-)
Administrativas (-) Comerciais (+) Outras receitas operacionais(=)
Resultado Operacional (lucro ou prej. operacional) (- ou +)
Resultado No Operacional (Receitas No Operacionais Despesas No
Operacionais) (=) Resultado antes do Financeiro (+ ou - ) Resultado
Financeiro (Receitas Financeiras Despesas Financeiras)(=) Resultado
antes dos Impostos(-) Proviso de Impostos a Recolher (IRPJ + CSLL)
(-) Participaes no Resultado (a funcionrios, debenturistas,
administradores)(=) Lucro ou Prejuizo do Exerccio1.8. Como so
calculados os custos e as despesas Assim, todos os custos diretos
so calculados por unidade produzida ou servio prestado: MOD: tempo
de fabricao de cada unidade ou servio prestado, apontado pelo Lder
e valor/hora indicado pelo RH, conforme contrato de trabalho; MAD:
quantidade utilizada de cada material, conforme a frmula, para a
produo de cada unidade, indicado pelo PCP.
Como j vimos, esses dois itens tm seu valor fixo por unidade
produzida (frmula), mas varivel no volume total produzido no perodo
(quanto mais se produz, mais MOD e MAD so utilizados).
J os CIF, que no compem o produto, devem ser rateados levando-se
em conta critrios tcnicos estabelecidos pela prpria empresa, desde
que utilizado o bom senso. Esses critrios no devem sofrer alteraes,
sob pena de se obter dados distorcidos. A forma mais simples de
rateio a diviso de cada elemento do custo fixo ou da despesa pela
quantidade produzida.Outra forma, mais tcnica a Departamentalizao,
onde os custos das reas no produtivas e despesas so rateadas aos
deptos. (mediante critrios definidos pela empresa) e,
posteriormente, aos produtos.
1.9 - Os sistemas de custos So utilizados diversos sistemas de
custo A escolha deve recair sobre o sistema mais adequado empresa,
mas fundamental o treinamento dos elementos envolvidos e o
acompanhamento na sua implantao (ver ANEXO 3).
So os seguintes passos para implantao do custeio:
1) Definio do Organograma2) Definio das reas em 3 grandes
grupos: Produo, Adm. e Comercial3) Alocao dos recursos humanos a
cada um dos setores4) Identificao dos custos (diretos e indiretos)
e despesas (adm., comerc. e financ.)5) Definio do plano de contas
de custos, interligado com o plano de contas Contbil6) Definio dos
workpapers e controles7)Treinamento dos envolvidos8) Acompanhamento
e adequaes
1.9.1 Critrio de RateiosTodo rateio no representa efetivamente o
valor correto, apenas o mais prximo do real. Definidos os critrios
no devem ser alterados. Podemos sugerir alguns critrios: Custos
diretos (Mat. Prima, mat. Secundrio, embalagens e mo de obra
direta)....................ordem produo (anotao) Materiais
indiretos usados na rea produo....requisio de almoxarifado (*)
Materiais
diversos..............................................requisio de
almoxarifado (*) Mo de obra
indireta...................................... ...alocao por setor
(conf. Folha) Transporte para a
produo..............................ordem produo (anotao)e.1)
Transporte em
geral...........................................alocao por setorf )
Limpeza...............................................................m2g)
Energia nas reas indiretas.................................pontos
de luz ou m2g.1)Energia nas reas
produtivas..............................idem critrio acima e/ou
clculo do consumo por equipamento, se possvelh.)gua nas reas
produtivas.............................. . .. m, n de funcionrios
ou clculo de consumo por rea se houver registro individual i)
Gs......................................................................idem
aos itens h / h.1 Telefone em linha direta do
setor.....................alocao por setork) Seguro do edifcio
..................................... ........m2l) Manuteno
predial..................................... . ...m2 ou diretamente
no setorm) impostos sobre vendas e resultado..............
....ordem de servion) Servios de Contabilidade
(3.os)................ ......por setor (n.o func.) n.1) Outros
servios contratados....................... .....idem item n ou a
definirO)
outros.............................................................
...a definir
(*) Estoque inicial + entradas estoque final = consumo (custo)
do perodo Quando a empresa se credita de icms o valor da entrada
liquido desse imposto, mas acrescido do frete/seguro da compra. No
entanto quando a empresa no pode se creditar o ICMS constar do
custo de aquisio.
IMPORTANTE A existncia do sistema de custos confivel condio
fundamental para a implantao de um Oramento Empresarial e do
Planejamento Financeiro. Independente dos aspectos ligados ao
fisco, a empresa deve manter um sistema contbil gerencial, com
todas as operaes, para que possa realizar sua gesto e efetuar uma
anlise gerencial sobre dados reais, subsidiando a correta tomada de
deciso. Atualmente, conhecer os custos de logstica tornou-se um
fator decisivo na gesto e na formao do preo de venda. ( ANEXO
4)
identificao de Custos e despesas nas reas da empresa, conforme
planta fsica abaixo:Produo (cho de fbrica ou rea que presta servios
diretamente ao cliente) Gastos para elaborar o produto / servios
Custo Direto / varivel com mo de obra direta e materiais diretos
Gastos na rea produtiva, mas no na elaborao do produto/ servio
Custo Indireto / fixo na rea produtiva comMo de obra indireta,
Materiais indiretos e gastos gerais)
rea de AdministraoGastos com a rea administrativa (Despesas
administrativas fixas com mo de obra, materiais e outros)
rea ComercialGastos com as reas de vendas e marketing (Despesas
fixas com mo de obra, materiais e outros)
(Despesas variveis com comisso de vendas e frete sobre
vendas)
Obs: Impostos sobre vendas (ICMS e/ou ISS ISSQN, PIS, Cofins) no
so despesas da rea de vendas pois so exigncias tributrias do
Estado, sendo uma despesa da empresa como um todo. Impostos sobre
os Resultados (IRRF e Contribuio Social sobre o Lucro aps o
financeiro na DRE) so exigncias tributrias do Estado, sendo uma
despesa da empresa como um todo. despesas financeiras (Juros
Passivos, descontos financ. Concedidos etc.) no so despesas da rea
financeira, mas da empresa como um todo pois so encargos das
operaes financeiras rotineiras. Participaes no lucro (de
funcionrios, debenturistas, administradores etc): so despesas no
obrigatrias da empresa como um todo.
1.10 Controle e inventrios dos estoques importncia na formao dos
custos Numa empresa industrial ou comercial os estoques tm grande
importncia na composio dos custos. Como esse assunto complementar,
preparamos o ANEXO 2. Nesse anexo tambm indicamos como formado o
custo de produo do perodo e o custo do produto vendido. Esse
assunto mais detalhado na disciplina Contabilidade de Custos
1.11 -Exemplo simplificado de clculo de custo numa indstria com
um nico produto fabricado: Uma empresa produz ferramentas de ao
Quantidade produzida vendida /ms: 600 unidades Preo de venda /
unid.: R$ 1.500 fabricada a cada 10 minutos com impostos sobre
vendas de 25% Gastos indiretos (despesas e custos) sero rateados
proporcionalmente s unidades produzidas
Empresa tem: 1000 m2 de rea total, sendo 800 m2 na fbrica, 100m2
na adm. e 100m2 em vendas 403 funcionrios, sendo: 50 na adm, cujo
total dos salrios R$30.000 / ms 50 em vendas, cujo total dos
salrios/ms R$ 20.000 + comisses (5% sobre as vendas liq) 250 no
processo produtivo que so horistas e cujo total dos salrios de $
165.000 para uma jornada de 220 h/ms. (Observe o n.o de horas
produtivas apontadas na produo, que constituiro o custo direto) e
50 funcionrios no apoio produtivo, cujos salrios totalizam R$
20.000/ ms 3 Gerentes, mensalistas, sedo 01 p/ cada rea (adm /
vendas / produo) Cujos salrios totalizam $30.000 / ms
Consome os seguintes materiais: 2 kg de ao / unidade produzida a
R$ 100 /kg kg de resina / unidade produzida a R$ 50/kg 1 embalagem
/ unidade produzida a R$ 5,00 cada R$ 3.000/ ms de material de
limpeza, distribudo em razo da metragem de cada rea R$ 6.045/ ms de
material de computao, distrib. em razo do n.o de funcionrios de
cada rea
Outros gastos: Aluguel do prdio, R$ 50.000/ ms, distribudo em
razo da metragem de cada rea Depreciao R$ 40.000/ ms, sendo 80% na
produo, 5% na adm. e 15% em vendas Energia R$ 80.000/ ms,
distribuda razo da metragem
Calcule: Custo direto: mo de obra e materiais / unidade
produzida Custo indireto: mo de obra, materiais e gastos gerais
Despesas fixas: mo de obra, materiais. gastos gerais etc. Despesas
variveis Custo unitrio com a apropriao dos gastos diretos e rateio
dos gastos indiretos Ponto de equilbrio em unidades, financeiro e
de receitas Identifique o % de Markup. h) faa uma breve anlise
sobre a empresa 1.- CUSTO DIRETO (fixo por unidade mas varivel no
total do ms): Mo de obra direta apropriada a cada unidade
produzida: pessoal produtivo que opera as mquinas $ 165.000 / 220
hs = $ 750 por hora $750 / 60 minutos = $12,50 por minuto x 10 min
= $125/unid 600 unid x 10 minutos = 6000 minutos ou 100hs
produtivas (ou $75.000) e 120 horas no produtivas (ou $90.000)
Materiais diretos apropriados a cada unidade produzida:Matria
prima: 2 kg de ao x $100 = $ 200Mat. Auxiliar: 1/2kg de resina x
$50 =$ 25Embalagem: 1 unidade x $ 5 =$ 5 $ 230 por unid.
TOTAL DO CUSTO DIRETO= $ 125 + $230 = $355 por unid (A)
2.- CUSTO INDIRETO (fixo no total do ms mas varivel por unidade
produzida): Mo de Obra Indireta/ ms rateada segundo critrios
definidos ao total produzido:Gerente da Produo: $10.00050 func. de
apoio na produo: $ 20.000120hs no produtivas da MOD $ 90.000 $
120.000 (B) Materiais Indiretos da produo rateados de acordo com
critrios definidos ao total produzido:Material de limpeza $ 3.000 /
1.000m2 = $3 por m2 x 800m2 = $2.400 / ms na produo
Mat. Computao $ 6.045 / 403 funcionrios = $ 15 por func. $ 15 x
301 func. na prod. = $4.515 Total de Material indireto na produo
................................2.400 + 4.515 = 6.915 / Ms (C)
Gastos Gerais de Fabricao GGF / ms rateados mediante critrios
definidos Energia .........80.000 / 1.000m2 = 80 p / m2 x 800m2 =
R$ 64.000 na produo ms. Aluguel...........50.000 / 1000m2 = 50 p/
m2 x 800m2 = R$ 40.000 na produo / ms Depreciao 40.000 x 80% = R$
32.000 na produo / Ms Total dos GGF na
produo.........................................R$ 136.000 ( D )
TOTAL GERAL DOS CUSTOS INDIRETOS: B +C +D = 262.915,00 n.o de
unid. Produzidas 600 unid CUSTO UNITRIO INDIRETO
TOTAL.....................................438,19 / unid
CUSTO TOTAL UNITRIO DE PRODUO (1 + 2) 355,00 + 438,19 =
793,19
3.- DESPESAS ADMINISTRATIVAS
3.1 fixas (no total ms mas diminuem por unidade quando aumenta a
produo) Mo de Obra rateada pelo volume de vendas Gerente de
Adm.......................................$10.000 50 funcionrios da
adm..........................$ 30.000. mo de obra da
administrao....$40.000 (E)
Materiais indiretos rateados pelo volume de produo Material de
limpeza $ 3.000 / 1.000m2 = $3 por m2 x 100m2 = $300 / ms
Mat. Computao $ 6.045 / 403 funcionrios = $ 15 por func. $ 15 x
51 func. na prod. = $765 / ms Total de Material indireto na adm
.........300 + 765 = 1065 / Ms (F) Gastos Gerais / ms rateados
mediante critrios definidos Energia .........80.000 / 1.000m2 = 80
p / m2 x 100m2 = R$ 8.000 na adm ms. Aluguel...........50.000 /
1000m2 = 50 p/ m2 x 100m2 = R$ 5.000 na adm / ms Depreciao 40.000 x
5% = R$2.000 na adm / Ms Total dos GG na
adm.....................................................R$15.000 (
G )
TOTAL GERAL DAS DESP. ADMINISTRATIVAS: E + F + G = 56065,00 =
93,44 / unid Volume
vendido...............................................................600
unid
4.- DESPESAS COM VENDAS 4.1 FIXAS (no total do ms mas diminuem
por unidade quando aumenta a produo) Mo de Obra rateada pelo volume
de vendas
Gerente de vendas..................................$10.000 50
funcionrios da adm..................... ....$ 20.000. mo de obra da
administrao....$30.000 (H)
Materiais indiretos rateados pelo volume de produo Material de
limpeza $ 3.000 / 1.000m2 = $3 por m2 x 100m2 = $300 / ms
Mat. Computao $ 6.045 / 403 funcionrios = $ 15 por func. $ 15 x
51 func. na prod. = $765 / ms Total de Material indireto em vendas
................................300 + 765 = 1065 / Ms (I) Gastos
Gerais / ms rateados mediante critrios definidos Energia
.........80.000 / 1.000m2 = 80 p / m2 x 100m2 = R$ 8.000 na adm ms.
Aluguel...........50.000 / 1000m2 = 50 p/ m2 x 100m2 = R$ 5.000 na
adm / ms Depreciao 40.000 x 15% = R$6 .000 na adm / Ms Total dos GG
em vendas..............................................R$19.000 ( J
) Sub. Total das despesas fixas H + I + J= 50.065 = 83,44/unid
Volume vendido ms.....................................600unid
4.2- VARIVEL (quanto maior a venda crescem proporcionalmente.
So: fretes sobre vendas, impostos s/ vendas e comisses sobre
vendas) Comisso sobre vendas 600 unid x R$ 1.500/unid = R$900.000
onde $900.000 x 25% de impostos sobre vendas = $225.000 e, assim,
temos $900.000 - $225.000 (K) = $675.000 receita liq 5% de comisso
sobre $675.000 (rec. liq.) = $ 33.750 (L) (despesa varivel de
comisses $56,25/unid)
Despesa Varivel c / impostos sobre vendas (ICMS, PIS, COFINS,
IPI) = 25% Conf. Clculo acima temos $225.000 / 600 unid vendidas =
$ 375,00 por unidade (f)
TOTAL DAS DESPESAS VARIVEIS: $ 225.000(K) + $33.750(L) =
$258.750 ou 258.750 = 431,25/ unid Unid. Vendidas 600
Resultado unitrio total Preo de Venda Unitrio
(PVu)................R$1.500,00 Receita de vendas
.....................900.000 100%(-)custo unit. Varivel
(CVu).................... (R$ 355,00) (-) Custo
varivel........................(213.000) 24%(-) Despesa Unit
Varivel (DVu)...............(R$ 431,25) (-) Desp.
Variav...........................(258.750) 29%(=) Margem de
Contribuio Unit (MCu) R$ 713,75) (=)Margem Contrib. Total..........
. 428.250 48%(-) Custo Ind. Fixo unit
(CIf)......................(R$ 438,19) (-) Custo Ind fixo
total........... ... (262.915) 29%(-) Desp Vendas Unit fixas
(DFu).............(R$ 83,44) (-) desp. Fixas Vendas total.. ...(
50.065) 6%(-) Desp Adm Unit fixas (DFu).................(R$ 93,44)
(-) desp. Fixas Adm total........ ..( 56.065) 6%(-) Desp. Financ.
Unid fixas (DFu)...................0.......... (-) Desp. Fixas
Financ. total...........0.......(=) lucro liquido por
unidade....................R$ 98,68 (=) lucro liquido
total......... ..... .. 59.205 7%
Custo Mdio : (Custo Varivel Total + Custo Fixo Total) / quant.
Produzida Gastos Variveis unitrios: (Custo varivel total + Despesa
varivel total) / quant. ProduzidaNo consideramos neste exerccio os
impostos fixos sobre o lucro (IRPJ e CSLL),
MARKUP E PONTO DE EQUILBRIO
2.1 Ponto de Equilbrio em quantidadeIndica a quantidade a ser
produzida e vendida para que todos os custos e despesas fixas sejam
cobertas. H o equilbrio entre receita e Gastos, mas no sobram
recursos para investimento, pois o lucro seria = a zero. A partir
dessa quantidade ha lucro:
PEu = [(Custo fixo total + Despesa fixa total) / Margem de
Contribuio unitria]PEu = [ (262.915 + 50.065 + 56.065) / 713,75]
onde 369.045 / 713,75PEu = 517,05 ou 518 unidades para
equilbrio
2.2 Markup o valor acrescido ao custo unitrio total (Varivel +
fixo), que engloba a participao das despesas e a margem de lucro
desejada. Assim:
E para acharmos o Markup que foi aplicado temos:MkUp = [Preo de
Venda unit. - (Custo Varivel unit + Desp. Varivel Unit)] / Preo
Venda UnitMkup = [1.500 (355,00 + 431,25)] / 1500Mkup = [ 1500
786,25] / 1500Mkup = 713,75 / 1500Mkup = 0,48 ou 48% Embutido no
preo de venda e inclui margem de lucro, despesas fixas
2.3 Breve anlise sobre a empresa: Os custos fixos equivalem a
29% de todas as vendas, principalmente pelo grande volume de horas
no Produtivas. Essas horas correspondem s horas de mo de obra
direta (MOD) portanto variveis que, por falta de volume de produo,
tornaram-se horas improdutivas ou lanadas em custos fixos. Dessa
forma o lucro liquido medocre e 86% das peas produzidas e vendidas
atendem apenas composio do ponto de equilbrio e apenas 14%
referem-se a unidades que geraram lucro. Neste caso as solues
passam pelo aumento das vendas, consequentemente da produo e, com
Isso as horas improdutivas sero fortemente diminudas e a
lucratividade aumentada.
ANEXO 1
EXERCCIOS DE FIXAO
ELEMENTOS DE CUSTOS NO PROCESSO PRODUTIVO ECPP
2010 BENTO QUIRINO PROF. CARLOS HOLZER
Obs: agrupar neste anexo os diversos exerccios propostos
MODELOS DE CUSTEIO GERAL TOTAL (preencher mediante informaes do
professor)Na empresa Industrial, o CPV (Custo do Produto
Vendido):temsubitemoperaes Operao / item do processo
produtivoSub-totalTOTAL
01Estoque Inicial de Matrias primas //////////////////
02( + ) Compra de Matrias primas/////////////////
0301 + 02( = ) CUSTO DAS MATRIAS PRIMAS DISPONVEIS
/////////////////
04( - ) Estoque Final de Matrias primas ////////////////
0503 04( = ) CUSTO DAS MATRIAS PRIMAS APLICADAS
////////////////
06( + ) Mo de obra direta///////////////
0705 + 06( = ) CUSTO PRIMRIO ///////////////
0808.1+ 08.2( + ) Outros custos diretos///////////////
08.1( + ) Materiais Secundrios/////////////
08.2( + ) Materiais de Embalagem//////////////
0907 + 08( = ) CUSTOS DIRETOS DE PRODUO
(variveis)//////////////////
1010.1+10.2+10.3( + ) Custos Indiretos de
Produo/////////////////
10.1( + ) Materiais Indiretos//////////////
10.2( + ) Mo de Obra Indireta///////////////
10.3( + ) Gastos Gerais de Fabricao GGF//////////////
1109 + 10( = ) CUSTO DE PRODUO DO PERODO////////////////
12( + ) Estoque inicial de produtos em elaborao/////////////
1311 + 12( = ) CUSTO TOTAL DA PRODUO ////////////
14( - ) Estoque final de produtos em elaborao /////////////
1513 - 14( = ) CUSTO DA PRODUO ACABADA DO
PERODO//////////////
16( + ) Estoque inicial de produtos acabados //////////////
1715 + 16( = ) CUSTO PRODUTOS DISPONVEIS P/
VENDA//////////////
18( - ) Estoque final de produtos acabados////////////
1917 - 18( = ) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS - CPV////////////
Podemos identificar 2 itens importantes:1. CUSTO TOTAL DA PRODUO
= Soma de todos os custos diretos (aplicados no produto ou servio)
e indiretos (aplicados na rea produtiva mas no no produto ou
servio), denominados GASTOS de um ms + estoque inicial de produtos
inacabados2. CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS = Custo (gastos) para
elaborao dos produtos que foram vendidos, ou seja que no ficaram no
estoque da empresa produtora. (ver CPV na DRE)
Na empresa comercial (regime no cumulativo de impostos) o CMV
(Custo da Mercadoria Vendida):temsub totaltotal
Estoque Inicial de
Mercadorias//////////////////////////////////////////
( + ) Compras Liquidas (sem o ICMS) (2.1 a
2.4)////////////////////////////////////////////
2.1 Mercadorias/////////////////////////////////////////
2.2 ( + ) fretes e seguro sobre as
compras/////////////////////////////////////////
2.3 ( - ) Compras anuladas
//////////////////////////////////////
2.4 ( - ) descontos incondicionais obtidos na
NF//////////////////////////////////////
3; ( - ) Estoque Final de
Mercadorias/////////////////////////////////////////
4. ( = ) CUSTO DA MERCADORIA VENDIDA
(1+2-3)/////////////////////////////////////////
OBS: as compras brutas com ICMS de 18%
Na empresa de Servios o CSP (Custo do Servio Prestado):temsub
totaltotal
1. Custo Direto (varivel) (1.1 +
1.2)////////////////////////////////////
1.1 Mo de obra
direta/////////////////////////////////////////////////
1.2 (+) Materiais
diretos///////////////////////////////////////////////
2. (+) Custo Indireto (fixo) (2.1 +2.2 + 2.3)
///////////////////////////////////
2.1 Mo de obra
indireta////////////////////////////////////////////////
2.2 ( + ) Materiais indiretos
////////////////////////////////////////////////
2.3 ( + ) Gastos Gerais
//////////////////////////////////////////////
3. ( = ) CUSTO SERVIOS PRESTADOS (1 +
2)////////////////////////////////////////
ANEXO 2
IMPORTNCIA DOS ESTOQUES
ELEMENTOS DE CUSTOS NO PROCESSO PRODUTIVO ECPP
2010 BENTO QUIRINO PROF. CARLOS HOLZER
Autores: Prof. Carlos Holzer e Prof. Mauro Rodrigues
BIBLIOGRAFIAIUDICIBUS, Sergio de; MARION, Jose Carlos.
Contabilidade Comercial. : Operaes com Mercadorias. 4. ed. So
Paulo: Atlas, 2000. STECKNEY; WEIL. Contabilidade Financeira: Uma
Introduo aos Conceitos Mtodos e Usos; ed. So Paulo: Atlas
2. A IMPORTNCIA DOS ESTOQUES PARA AS EMPRESAS E O IMPACTO NOS
CUSTOS Muitas empresas apresentam estoques eqivalentes a 2 ou 3
meses de venda que representam de 20% a 30% dele composto por itens
obsoletos e at 50% constitudo de itens de baixo valor e giro,
conhecido tecnicamente como slow movers (ou slow moving).Por outro
lado, essas mesmas empresas apresentam problemas no atendimento de
seus Clientes, nos itens de alto valor (classe A) e mdio valor
(classe B), incorrendo em rupturas. E isso quando no apresentam os
mesmos problemas para os itens de menor valor (classe C).Outras que
melhor administram seus estoques, tm dificuldades com a
variabilidade da demanda e com os lead-times de seus Fornecedores,
gerando uma custosa sobrecarga nos estoques de segurana.A combinao
de fatores que afetam os nveis de estoques gigantesca, e maior
ainda so os impactos sobre a lucratividade e valor da empresa.
Estoques mal administrados oneram o capital de giro da empresa,
geram baixo nvel de servio aos Clientes internos e externos e
contribuem diretamente para a queda da lucratividade. Estima-se que
os custos financeiros e operacionais com estoques mal gerenciados
gerem 2% a 3% de custo logstico adicional empresa, em termos de
receita de vendas.Por sua vez, os custos financeiros e operacionais
com a manuteno dos estoques atingem cifras que representam at 20% a
30% dos valores em estoques.Pagamos um alto preo pelo
desconhecimento de tcnicas de gesto de estoques, pela no utilizao
de ferramentas estatsticas (algumas muito bsicas e de fcil
compreenso), pela baixa aplicao tecnolgica, por no investirmos na
capacitao tcnica dos gestores de estoques e pela viso restrita da
cadeia logstica (supply chain).
A gesto de estoques competncia vital para qualquer empresa, e
poder trazer benefcios inimaginveis. Trabalhos recentes e pesquisas
realizadas apontam que se podem reduzir em at 30% os estoques em um
prazo ao redor de 18 meses, sem comprometer o atendimento aos
Clientes.
2.1 Conceito e classificao
Os estoques so bens adquiridos ou produzidos pela empresa com o
objetivo de venda ou utilizao prpria no curso normal de suas
atividades.
Normalmente os estoques so representados por:
a. Itens que existem fisicamente em estoques, excluindo-se os
que esto fisicamente na empresa, mas que so de propriedade de
terceiros,b. Itens adquiridos pela empresa, mas que esto em
trnsito.c. Itens da empresa que foram remetidos para terceiros em
consignao.d. Itens de propriedade da empresa que esto em poder de
terceiros.e. Itens referentes a produtos ainda em fabricao
(inacabados)f. Itens referentes a produtos acabados e prontos para
venda
2.2 OPERAES COM MERCADORIAS.
2.2.1 Custo dos Produtos ou Mercadorias Vendidas e dos Servios
Prestados
Os custos dos produtos vendidos representam todos os custos
incorridos pela empresa para se ter fabricado um produto no caso da
indstria, como j vimos na apostila. Representam os custos das
mercadorias que esto sendo vendidas no caso do comrcio e na prestao
de servios representam os custos envolvidos no processo da efetiva
prestao do servio a qual a atividade desempenha.
2.2.2 Controle de Estoques No inventrio peridico o controle
feito de perodos em perodos, no momento da apurao do resultado do
exerccio. Esse intervalo de tempo pode ser semanal, quinzenal,
mensal, semestral, anual etc.Um intervalo de tempo considerado
adequado para se apurar resultado em uma empresa o mensal, sendo
que possveis correes de planejamento e controle podem ser efetuadas
em espao de tempo menor e conseqentemente diminuir situaes
indesejveis de resultado ou o seu respectivo impacto. (veja 2.3
inventrio)
No inventrio permanente o controle feito permanentemente pela
empresa, ou seja, a qualquer momento a empresa tem as informaes
totais do seu estoque, por exemplo, custo da mercadoria que est
sendo vendida, total das compras, total das vendas etc.
Um exemplo completo de contabilizao de estoques pelo inventrio
peridico e a seguir pelo inventrio permanente, levando em
considerao alguns critrios de avaliao de estoques (PEPS, UEPS e
MPM), bem como a anlise dos resultados obtidos em cada um dos
critrios.
A Cia. ATMB possui em seu estoque a seguinte composio em
01/novembro/2002: 100 pares de sapatos, com custo unitrio de
$20,00, totalizando $2.000,00. Operaes realizadas durante o ms de
novembro/2002:
Exemplo CONTROLE DE ESTOQUE
INVENTRIO PERIDICO
CMV = EI + C EF
No final de novembro ser apurado o estoque fsico e atribudo o
valor desse estoque sendo ento calculado o custo da mercadoria
vendida nesse perodo. O clculo fica da seguinte forma:
CMV = $2.000 + $1.320 $105CMV = $3.215Ou seja:EI = $2000 (valor
do incio do perodo) C = compras do perodo = $900 + $420 = $1320 EF
= estoque final = valor apurado extra-contbil
2.2.3 INVENTRIO PERMANENTE
Usando os mesmos dados do exemplo anterior, faremos a
contabilizao do estoque pelo inventrio permanente.Primeiramente ser
utilizado o critrio de avaliao de estoques pelo PEPS (primeiro que
entra, primeiro que sai), ou seja, a primeira mercadoria a entrar
no estoque pela compra, ser a primeira a sair do estoque quando na
baixa da venda.
Pelo critrio da MPM (Mdia Ponderada Mvel), o controle do estoque
nas mesmas condies anteriormente descritas, fica da seguinte
forma:
Elaborao da Ficha de Controle de Estoque MPM
Existe ainda o controle pelo mtodo UEPS (Ultimo que entra o
primeiro que sai), mas como no aceito pelo fisco, no abordaremos o
assunto.
Resumo de Controle de Apurao de Estoques Cia. ATMB
dezembro/2002
Outro reflexo importante dessa escolha o resultado do exerccio
apurado pela empresa no perodo determinado. Se por exemplo, a
empresa tenha uma receita bruta total de $10.000 e impostos sobre
vendas de $2.000, qual ser o lucro bruto desse perodo para os
diferentes critrios estudados?
2.3 INVENTRIO FSICOUma empresa organizada em moldes modernos tem
uma estrutura de Administrao de Recursos Materiais e Patrimoniais
com polticas e procedimentos claramente definidos. Uma das funes a
preciso nos registros de estoques, por isso, toda a movimentao do
estoque deve ser registrada por documentos adequados.
Periodicamente a empresa deve efetuar contagens fsicas de seus
itens de estoque e produtos em processo para verificar:
discrepncias em valor, entre o estoque fsico e o estoque contbil
discrepncias entre registros e o fsico (quantidade real na
prateleira) apurao do valor total do estoque (contbil) para efeito
de balanos. Neste caso o inventrio realizado prximo ao encerramento
do ano fiscal.
Os inventrios nas empresas podem ser:
Inventrios Gerais:Efetuados ao final do exerccio fiscal, eles
abrangem todos os itens de estoque de uma s vez. So operaes de
durao relativamente prolongada, que inclui quantidades elevadas de
itens, impossibilitam as reconciliaes, anlise das causas de
divergncias e conseqentemente ajustes profundos.
Inventrios Rotativos:Visando distribuir as contagens ao longo do
ano, com maior freqncia, porm concentrada cada ms em menor
quantidade de itens, de durao reduzida e com melhores condies de
anlise das causas de ajustes visando u melhor controle.
Grupo 1Classe ANeste caso sero enquadrados os itens mais
significativos, os que sero inventariados 3 ou mais vezes ao ano,
por representarem maior valor em estoque ou serem estratgicos
produo.
Grupo 2Classe BSer constitudo de itens de importncia
intermediria quanto ao valor de estoque. Estes sero inventariados
duas vezes ao ano.
Grupo 3Classe CSer formado pelos demais itens. Caracterizado por
muitos itens que representam pequeno valor de estoque. Sero
inventariados uma vez ao ano.
PREPARAO E PLANEJAMENTO PARA INVENTRIO
Um bom planejamento e preparao para inventrio imprescindvel ara
a obteno de bons resultados. Devero ser providenciados: Folha ou
carta de convocao e servios, definindo os convocados, datas,
horarios e locais de trabalho. Fornecimento de mais de registro de
qualidade e quantidade adequada para uma correta contagem.
Re-anlise da arrumao fsica. Mtodo do inventrio e treinamento.
Atualizao e anlise dos registros. Cut-off (interrupo, destaque) da
documentao e movimentao de materiais a serem inventariados.
CONVOCAOOrganizao das equipes de 1a. contagem (reconhecedores);
organizao das equipes de 2a. contagem (revisores). Com antecedncia
de trs semanas distribuir a lista de convocao para cada funcionrio,
com esclarecimentos e motivao para o bom andamento dos
trabalhos.
CARTO DE INVENTRIOO meio de registro ser carto com partes
destacveis para at trs contagens. Os cartes sero preenchidos antes
e fixados nos lotes a serem inventariados, com as informaes:-
localizao- unidade- descrio do material- data do inventrio-
cdigo
Exemplo:
CdigoUnid
Descrio
Local
CdigoUnid3a. contagem
Descrio
Local
Quant
VistoConferido:
CdigoUnid2a. contagem
Descrio
Local
Quant
VistoConferido:
CdigoUnid1a. contagem
Descrio
Local
Quant
VistoConferido:
ARRUMAO FSICAAs reas e os itens a serem inventariados devero ser
arrumados, agrupando os produtos, identificando todos os materiais
com seus respectivos cartes, deixando os corredores livres,
isolando os produtos que no sero inventariados. Devero ser
providenciados todos os equipamentos necessrios, como escadas,
balanas aferidas, balana contadora, equipamentos de movimentao
etc.
ATUALIZAO E REGISTROS DE ESTOQUESTodas as entradas e sadas e
conseqentemente saldos dos itens devero estar obrigatoriamente
atualizadas at a data do inventrio. O responsvel pelo controle de
estoque ter que assegurar que todos os tipos de documentos
utilizados para registrar o movimento foram considerados (notas
fiscais, requisies etc). Os emitentes dos documentos que implicam
em movimentao do estoque devero carimbar com antes do inventrio os
documentos emitidos 1 dia antes da data de contagem e da mesma
foram sero identificados com depois do inventrio os documentos que
registrem os itens emitidos no dia seguinte ao inventrio. O saldo
atualizado ser sublinhado, identificando a quantidade disponvel na
data de inventrio. Este saldo ser utilizado Omo estoque para fins
de reconciliao, com o inventario fsico e eventual reajuste.
CUT OFF o procedimento mais importante do inventario. Se sua
organizao no for3m bem feita, corre-se o risco de o inventrio no
corresponder realidade. Poder consistir em um mapa com todos os
detalhes dos trs ltimos documentos emitidos antes da contagem
(notas fiscais, notas de entrada, requisio de materiais, devoluo de
materiais). Recomenda-se que no haja movimentao de materiais na
data da contagem e que o departamento de compras instrua os
fornecedores para que no sejam entregues materiais nesta data. O
departamento de produo dever requisitar com antecedncia os
materiais necessrios produo no dia do inventrio e tambm o envio em
tempo hbil dos produtos acabados para o estoque. A expedio dever
ser instruda para que os produtos faturados e no entregues sejam
isolados dos demais itens que sero inventariados.
CONTROLE DAS DIFERENAS DE INVENTRIO
Data: ___/___/___
Cdigo
Descrio
Unidade
Valor unitrio
Estoque
Estoque inventariado
Diferena
Valor da diferena
Observao
Conferido:Aprovado:
CONTAGEM DO ESTOQUETodo item do estoque sujeito ao inventrio ser
ser contado necessariamente duas vezes. A primeira contagem, pela
1a. equipe, anotando na primeira parte do carto, entregando-o ao
responsvel pela contagem. A segunda equipa registrar o resultado de
sua contagem na segunda parte do carto, entregando-o ao responsvel.
Se a primeira contagem conferir com a segunda, o inventrio para
este item est correto; no caso de no conferir, faz-se necessria a
terceira contagem por outra equipe, diferente das outras.
RECONCILIAES E AJUSTESOs setores envolvidos nos controles de
estoque devero providenciar justificativas para as variaes
ocorridas entre o estoque contbil e o inventariado. O responsvel
pelo controle de estoque providenciar o preenchimento do mapa
Controle das diferenas de inventrio. Para itens da classe A no so
aceitos ajustes e sim procurar justificar o motivo da diferena.
Aps aprovado o ajuste do inventrio, o Controle de Estoque
providenciar os ajustes devidos.
ANEXO 3
METODOS DE CUSTEIO
ELEMENTOS DE CUSTOS NO PROCESSO PRODUTIVO ECPP
2010 BENTO QUIRINO PROF. CARLOS HOLZER
Organizao: Prof. Carlos HolzerAutores: Hederaldo Ricardo Ingls
da Luz (UTFPR)Dlcio Roberto dos Reis (UTFPR)(material obtido junto
ao Convibra Congresso Virtual Brasileiro de 2008)
BIbliografia
NAKAGAWA, M. ABC: Custeio Baseado em Atividades. 2. ed. So
Paulo: Atlas, 2001.ORNSTEIN, R. Preos de Transferncia. Revista
Brasileira de Contabilidade, n. 47. Rio de Janeiro: 1983.PAES, R.
L.; KLIEMANN NETO, F. J. Discusso Crtica sobre Sistemas de Custeio
para Avaliao Econmicade Cadeia de Suprimentos. In: ENEGEP -
Encontro Nacional de Engenharia de Produo, 2007, Foz do Iguau.Anais
do XXVIII ENEGEP. Rio de Janeiro: ABEPRO, 2007.____, R. L. KLIEMANN
NETO, F. J. Avaliao de Desempenho Econmico de Cadeia de
Suprimentos:Descrio, Anlise e Integrao de reas e Abordagens
Tericas. In: ENEGEP - Encontro Nacional deEngenharia de Produo,
2008, Rio de Janeiro. Anais do XXIX ENEGEP. Rio de Janeiro: ABEPRO,
2008.QUEIROZ, T. R.; BATALHA, M. O. Modelo de Sistema de Custeio
para Propriedades Agrcolas Familiares.In: ENEGEP - Encontro
Nacional de Engenharia de Produo, 2004, Florianpolis. Anais do XXV
ENEGEP.Rio de Janeiro: ABEPRO, 2004.RAIMUNDINI, S. L.; SOUZA, A.
A.; STRUETT, M. A. M.; BOTELHO, E. M.;REIS, L. G. Aplicabilidade
doCusteio Baseado em Atividades: Comparao entre Hospital Pblico e
Privado. In: ENEGEP - EncontroNacional de Engenharia de Produo,
2004, Florianpolis. Anais do XXV ENEGEP. Rio de Janeiro:
ABEPRO,2004.SCHROEDER, J.; SCHROEDER, J. T.; COSTA, R. P. Gesto de
Custos e Capacidade de Produo naIndstria Pesqueira. In: ENEGEP -
Encontro Nacional de Engenharia de Produo, 2004, Florianpolis.
Anaisdo XXV ENEGEP. Rio de Janeiro: ABEPRO, 2004.SILVA JNIOR, F.
M.; RODRIGUES, M. V.; LUNA, M. M. Aplicao da Metodologia de Custeio
Baseadoem Atividades na Distribuio Fsica de Bebidas. In: ENEGEP -
Encontro Nacional de Engenharia de Produo,2006, Fortaleza. Anais do
XXVII ENEGEP. Rio de Janeiro: ABEPRO, 2006.
,
3.1.Outras informaes sobre os sistemas de custeioComo j vimos
existem duas filosofias que norteiam os sistemas de custeio, que
so:A) Custear a produo por absoro;B) Considerar somente os custos
diretos.Na verdade as duas filosofias utilizam-se de princpios
diferentes para fazer os custos indiretos chegarem ao produto. Uma
agrega-os ao custo de produo, enquanto a outra debita da receita de
vendas estes custos, obviamente apresentando resultados distintos
nos balancetes de receitas e despesas.Os sistemas de custeio podem
ser classificados:3.1.1) Quanto a natureza do processo produtivo -
Ordens especficas de produo: baseia-se na agregao dos custos
especficos de cada produto fabricado. - Por srie de produo : Tipo
de produo baseada na fabricao de vrios produtos.
3.1.2) Quanto ao tipo de custo escolhido- Histricos: tem como
pressuposto principal a simplificao e contabilizao dos valores tais
como ocorreram.- Pr Determinados: Estes custos so estabelecidos
antes de realizar a produo, atravs de estudos de engenharia ou
valores escolhidos como amostra de um perodo.
3.2 Sistema de Custeio por Ordem de ProduoEste sistema,
caracterstico de empresas que produzem sob encomenda, sejam estas
unitrias ou em lotes. Podemos citar como exemplos as empresas de
construo civil, tipografias, setor imobilirio, estaleiros e
produtoras de filmes.
Os custos acumulados de matrias-primas, mo-de-obra e custos
indiretos de fabricao, so computados a partir da emisso de uma
ordem para produo de lotes de um bem ou servio.
Os resultados (lucro ou prejuzo) so rapidamente diagnosticados.
Para isto, basta subtrair do preo de venda os custos acumulados
naquela ordem, no havendo necessidade de ser feita uma apurao
peridica dos resultados. Os custos primrios que incidem diretamente
ao produto podero ser obtidos logo que a ordem esteja completamente
concluda. J os custos indiretos, s podero ser incorporados ao
produto quando terminar o perodo contbil. Todo esse processo de
detectao e apropriao que caracteriza o sistema requer
frequentemente um grande nmero de pessoas dedicadas a este fim,
fazendo com que os fluxos de informaes sejam inmeros,
principalmente na detectao do custo da mo-de-obra, aumentando
consideravelmente o seu custo operacional.Neste sistema o formulrio
de ordem de produo o centro nevrlgico, tendo como objetivo
principal apresentar e registrar os gastos com material direto, mo
de obra direta e uma estimativa dos custos indiretos relativos a
unidade produzida. Devem estar contidas no formulrio de ordem de
produo:- Modelo e caractersticas do produto a ser fabricado;- Data
de emisso e trmino esperado, bem como estimativa dos custos
indiretos de fabricao;- Locais distintos para registrar material
direto e mo de obra direta;- Resumo dos custos.
3.3 Sistema de Custo por ProcessoO sistema de custeio por
processo, adapta-se a empresas que possuam um sistema de produo
contnua, com processos consecutivos para produo de produtos
padronizados. Pode-se citar como exemplos, as empresas do ramo de
eletrodomsticos, produtos qumicos, hospitais, etc.Este processo
difere muito do anterior no que tange a acumulao de custos. No
primeiro sistema, os custos so acumulados previamente em ordens de
produo, para posteriormente serem aglutinados em seus departamentos
produtivos. No sistema de custeio por processo, a metodologia
inversa, pois primeiramente chega-se aos custos por processo ou
departamento, para posteriormente distribu-los aos produtos que
passam por estes processos. Com isto, o cerne deste sistema passa a
ser os centros de custo e no mais o produto elaborado atravs de uma
ordem de produo.3.3.1 Caractersticas do Sistema:- Aplicao: So
aplicados em empresas que possuam produo contnua e seriada, com
lotes de produtos padronizados.- Acumulao: Os custos com material
de consumo, mo de obra direta e custos indiretos de fabricao so
acumulados durante o processo produtivo nos departamentos ou
centros de custo.- Custo de produo: Originam-se na acumulao dos
custos dos diversos processos produtivos, atravs de cinco etapas
seqenciais: fluxo fsico (produtivo), unidades equivalentes, fluxo
monetrio, custo total dos procedimentos e custo mdio unitrio. O
custo total de cada centro de custo ou departamento, dividido pela
sua respectiva produo, dar o custo mdio unitrio.- Transferncia de
custos: Cada unidade produzida que passa de um processo anterior
para um seguinte ou para o estoque de unidades acabadas, leva
consigo uma parcela do custo total dos processos precedentes.-
Freqncia das apuraes: Estas podem ser mensais, bimestrais ou
trimestrais, porm recomenda-se serem o mais freqentes possveis,
pois proporcionam um perfil atualizado da estrutura de custos, e
permite uma tomada de deciso a nvel gerencial mais rpida e segura.-
Custo operacional do sistema: um sistema de custeio menos
burocrtico do o que apresentado anteriormente, devido ao menor
nmero de detalhamentos e registros. Com isto, ganha-se em tempo e
economia de custos.3.4 Sistema de Custo Padro O termo padro possui
inmeros significados e vrias implicaes. Todos os custos padres so
oriundos de uma pr determinao, porm nem todos os custos pr orados
podem ser classificados como tal. Os custos padres so estabelecidos
segundo estudos de engenharia e so cuidadosamente apurados,
levando-se em conta o presente e o passado. Para determinao dos
custos padres, h necessidade de seguir alguns critrios:
- Seleo minuciosa do material utilizado na produo;- Estudos de
tempo e desempenho das operaes produtivas;- Estudos de engenharia
sobre equipamentos e operaes fabris.Custos histricos obtidos atravs
de gastos mdios ou que no levem em conta uma base cientfica do
mtodo de produo, no podem ser classificados como custos estimados.
O custo padro sintetiza em seu valor o custo para se produzir um
bem ou servio. A seguir so colocadas algumas definies que serviro
para um melhor entendimento do assunto.- Padro: Medida de
quantidade, peso, valor e qualidade, estabelecida por uma
autoridade.- Custo padro: Valor do material, mo de obra ou gastos
gerais de fabricao cuidadosamente apurados, necessrios a elaborao
de um produto ou servio.- Mtodo do custo padro: No ramo contbil,
compara os custos atuais com o custo padro, testando as
justificativas possveis para as variaes ocorridas.Dentre as
vantagens deste sistema, considerou-se apenas as mais importantes:-
Controle e reduo de custos;- Promover e medir a eficincia do
sistema produtivo;- Simplificao dos processos de custo;- Avaliao
dos inventrios.Esta rea cientfica muito polmica, por no se tratar,
em geral de discusses e controvrsias sobre critrios empricos e no
cientficos, tendo assim uma elevada margem de contestao. Os
problemas econmicos se assemelham mais a medicina, onde
paralelamente ao empirismo consciente e experiente, so utilizadas
tcnicas cientficas.3.5 Outros Sistemas Complementares de CusteioOs
quatro sistemas descritos anteriormente so os mais utilizados e
comentados, porm existem outros mtodos de apurao de custos que
merecem ser citados. Estes sero apresentados a seguir porm no sero
analisados em profundidade, o que poder ser feito junto a
bibliografia citada, caso haja interesse.3.5.1) Mtodo das
percentagens: o mais antigo que se conhece. Parte da premissa que
atribui percentagens de algumas despesas sobre outras.
Exemplos:
-Percentual de despesas gerais de fabricao sobre mo-de-obra.b) -
Percentual de despesas gerais de fabricao somente sobre mo-de-obra
direta.3.5.2) Mtodo da hora/mquina: Este mtodo parte do princpio
"de baixo para cima", no baseado em elementos contbeis e
escriturais a serem distribudos entre os produtos fabricados.
Calcula-se o custo horrio de cada operao produtiva em cada mquina e
o tempo necessrio para cada produto fabricado. Somando-se todos os
elementos bsicos, a medida que os produtos passam pelas diferentes
fases de produo, chega-se ao custo total.3.5.3) Mtodo das
equivalncias: este mtodo possui origem francesa, e est fundamentado
na quantificao da produo diversificada, porm similar, em uma nica
unidade homogenizadora e equivalente que expresse toda a produo
como sendo um nico produto. Os clculos levam ao "coeficiente de
equivalncia", obtendo uma produo total equivalente.3.5.4) Mtodo da
unidade padro de esforo (UEPs): Este mtodo identifica a empresa
como concebida, com o objetivo bsico de transformar matria-prima e
em produto final. Para tanto, as unidades produtivas realizam um
esforo de produo nesta transformao. Este esforo, por sua vez, est
associado a uma srie de outros esforos parciais, que so, esforo das
mquinas e equipamentos, esforo material, esforo humano e esforo
utilidade.
ANEXO 4
ELEMENTOS DE CUSTOS EM LOGSTICA
ELEMENTOS DE CUSTOS NO PROCESSO PRODUTIVO ECPP
2010 BENTO QUIRINO PROF. CARLOS HOLZER
Autor: prof.s Mauro Rodrigues e Carlos Holzer
Bibliografia:BIO, Srgio Rodrigues. Logstica e Vantagem
Competitiva. In: Centro dePesquisa em Logstica Integrada
Controladoria e Negcios Ncleo Logicon Fundao Instituto de Pesquisas
Contbeis, Atuariais e Financeiras FIPECAFI,FEA/USP, So Paulo,
2001.FARIA, Ana Cristina. CUSTOS LOGSTICOS: Uma abordagem na
adequaodas informaes de Controladoria gesto da Logstica
Empresarial. Tese(Doutorado em Controladoria e Contabilidade) -
FEA-USP, So Paulo, 2003.LIMA, Maurcio P. Estoque: custo de
oportunidade e impacto sobre os indicadoresfinanceiros. Revista
Tecnologstica. So Paulo: Publicare Editora. Ano VIII, N.
90,Maio/2003.MARTINS, Eliseu. Avaliao de empresas: da mensurao
contbil econmica.So Paulo: Atlas, 2001. Contabilidade de Custos.
9.ed. So Paulo: Atlas, 2003Castiglioni, Jos A. de M. Logstica
Operacional Guia Prtico 2 edio SP, Erica, 2009
4. Noes de Custo LogsticoA elaborao deste anexo se fez necessria
pois a atividade de logstica pode ser estudada nas suas diversas
formas de atuao nas ou com as empresas.
Entre vrias formas com que a logstica contribui para agregar
valor aos bens, produtos ou servios de uma empresa, podemos
destacar: Maior reduo no prazo de entrega Disponibilidade maior de
produtos Melhor cumprimento no prazo de entrega Entrega com horrio
determinado Facilidade de colocao de pedidos.
As atividades de logstica podem ser desenvolvidas internamente
numa empresa. Nesse caso, rea responsvel pode ser subordinada
administrao e, portanto, todos os seus gastos sero considerados
como despesas, ou ainda poder ter subordinao rea produtiva da
empresa e, assim, todos seus gastos sero considerados como custos.
Normalmente os autores tcnicos consideram todos os gastos logsticos
como custos e, assim, tambm seguiremos essa linha.A outra forma de
atuao da empresa, quanto logstica, a terceirizao dessa atividade,
ou seja a contratao de uma empresa de logstica. Nesse caso a
classificao de seus gastos seguira o que mencionamos no pargrafo
anterior.Por ltimo temos que considerar o caso em que a empresa, em
que estejamos atuando, seja especializada em logstica e, portanto,
suas operaes de logstica formam a sua prpria rea produtiva onde
seus gastos so considerados como custos operacionais.Inicialmente,
para situarmos os leitores, vamos redefinir os tipos de custos sob
a tica da logstica: Custos diretos: podem ser apropriados
diretamente ao produto ou ao servio (desde que haja uma medida de
consumo). EX: mo de obra, embalagem e outrosa.1) Variveis:
diretamente proporcionais ao volume de produo ou prestao de
servios. EX: volume transportado, armazenado etc Custos indiretos:
No podem ser apropriados diretamente no momento de sua ocorrncia.
EX: tecnologia de informao no processo logstico que atende aos
clientesb.1) Fixos: Necessrios ao funcionamento normal da empresa
mas que no variam em razo das atividades de logistica. EX: aluguel
do galpo para estocagem c) Despesas: gastos fixos nas atividades de
apoio ao processo de logstica (ativid. No operacional.)
DEFINIO: Custo Logstico Total a somatria de:a) custo do
processamento de pedidosb) custo de armazenagemc) custo de
estocagem (manuteno de estoque.d) custo do transporte /
distribuio
4.1 CUSTO DO PEDIDOTm menor peso em relao aos demais, porm
importante. Deve levar em conta 2 conceitos:
Ressuprimento que se refere s compras Venda que se refere aos
pedidos do cliente.
Esses custos, normalmente, so formados por:
COMPONENTES%
Processamento29
Recursos humanos33
Materiais25
Outros13
TOTAIS100
Os custos de processamento somados aos de recursos humanos (62%)
so gerados por processos internos e externos: Internos: trata-se da
definio dos produtos a serem comprados, da preparao e colocao de
cotaes e pedidos e dos controles do sistema de gesto Externos:
anlise das propostas, fechamento de concorrncias, acompanhamento de
entregas e realizao de pagamentos.
Para calcularmos o custo do pedido, precisamos identificar os
itens que agregam valor na emisso dos pedidos (de compra ou venda),
conforme segue:
Itens do custo de processamento de pedidos
AQUISIOVENDA
Salrios e encargos do pessoal de comprasSalrio e encargos do
pessoal de apoio: digitadores, conferentes, separadores de pedidos
etc
Custo de oportunidade dos equipamentos utilizados: fax,
computadores etcCusto de oportunidade dos equipamentos utilizados:
fax, computadores etc
Custo de depreciao desses equipamentosCusto de depreciao desses
equipamentos
Custo do aluguel do espao ou custo de oportunidade do imvel
utilizado e, neste caso, sua depreciaoCusto do aluguel do espao ou
custo de oportunidade do imvel utilizado e, neste caso, sua
depreciao
Energia, telefonia, internet etcEnergia, telefonia, internet
etc
Materiais utilizados (papel, canetas, tinta de impressora
etc)Materiais utilizados (papel, canetas, tinta de impressora
etc)
Custo de um pedido de compra: CTA = custo total anual de
pedidosB = custo de um pedido de compraN = quantidade de pedidos
emitidos no anoB =CTA
N
4.1.1 ) MTODO DE CLCULO DO CUSTO DO PEDIDOI)Mo-de-obra$ /
anoSalrios e encargos para:Gerente de
comprasCompradoresDiligenciadoresSecretriasDigitadoresMotoristasBoyTotal
Mo-de-obra
II)Material$ / anoPapel (formulrio contnuo)Tinta
impressoraEnvelopeTotal material
III)Custos indiretos$ / anoTelefoneLuzCorreiosReproduoViagensrea
ocupadaTotal dos custos indiretos
CTA = Total ( I + II + III )
CUSTO DE ARMAZENAGEMArmazenagem significa a disponibilizao de
espao fsico, recursos e procedimentos necessrios para que os
materiais sejam acondicionados corretamente e adequadamente,
evitando perdas e demora no fluxo logstico.
Como custo de armazenagem podemos considerar aqueles que se
referem ao acondicionamento dos bens e sua movimentao (aluguel do
armazm, mo de obra, a manuteno e depreciao dos equipamentos de
movimentao das cargas etc.). Esclarecemos que este custo envolve a
armazenagem (almoxarifado) para matrias-primas e embalagens
(produtos acabados). O atual processo de desenvolvimento industrial
e a intensificao da concorrncia em todas as reas, fazem com que o
problema da minimizao do estoque seja prioritrio. Nas empresas
focadas em custos foram adotados os sistemas: MILK RUN: para o
input de matria-prima ou seja, busca do produto diretamente no
fornecedor, de forma programada; CROSS DOCKING: para distribuio dos
produtos ou seja, operao de rpida movimentao de produtos acabados
para expedio, entre fornecedores e clientes. O produto chega e de
imediato sai (transbordo sem estocagem).
O custo de armazenagem indireto e divide-se conforme segue:
Custos do armazm Aluguel, luz, conservao, depreciao, custo de
oportunidade do imvel e impostos Custos do manuseio do estoque
Empilhadeira, tratores, guindastes, separadores, manuteno e peas de
reposio Custos de pessoal Salrios (+horas extras e adicionais) e
encargos sociais, benefcios (assistncia mdica/dentria, cesta bsica,
transporte de funcionrio, bolsa para ensino etc)
Custo de armazenagem: ( Q/2) x T x P x IQ = quantidade de
material estocado no tempo consideradoT = tempo considerado de
armazenagemP = preo unitrio do material (constante no perodo
analisado)I = taxa de armazenamento
A taxa de armazenagem I obtida pela soma de diversas
parcelas:
Taxa de retorno de capitalI a =100 x Lucro
Valor estoque
O Capital investido na compra de material deixa da render
juros.
Taxa de armazenamento fsico I b = 100 x S x A / C x PS = rea
ocupada pelo estoqueA = custo anual do m2 de armazenamentoC =
consumo anualP = preo unitrioC x P = valor dos produtos
estocados
Taxa de seguroI c =100 x Custo anual do seguro
Valor estoque + edifcios
Taxa de transporte, manuseio e distribuioI d =100x Depreciao
anual do equipamento Valor do estoque
Taxa de obsolescnciaI e =100 x Perdas anuais por
obsolescncia
Valor do estoque
Outras taxas: gua, luz etcI f =100 x Despesas anuais
Valor do estoque
I = I a + I b + I c + I d + I e + I f
4.3 ) CUSTOS DE ESTOCAGEM (Manuteno de Estoque)So os custos
ligados especificamente aos materiais em si. Esses custos chegam a
ser responsveis por 10 a 40% do custo total de um produto. Isso faz
com que empresas tentem reduzir esse custo, aplicando modernas
tcnicas de compras onde a manuteno de estoques seja mnima. Esse
custo varivel e crescente podendo prejudicar o capital de giro da
empresa.
O Custo de Estoque aumentado por duas variveis: quantidade em
estoque (+ pessoal, + equipamento) tempo de permanncia em
estoques
Elementos dos custos com estoques: Custos de oportunidade do
capital parado (juros, depreciao etc) Custos com impostos e seguros
Custos com risco de manter estoques Custos com faltas
Uma das formas de calculo do valor da manuteno dos estoques VME
:
saldo mdio de estoque de cada item X multiplicar pelo custo de
fabricao = sub-total (1), depois sub-total (1) x ndice financeiro
(de sua empresa) X% ao ms = sub-total (2), depois sub-total (2) x
12 meses (se trabalhar em US$, x valor do dlar vigente) = VME.
Mas podemos tambm calcular esse custo de forma individual:
4.3.1 CUSTO DA OPORTUNIDADE DO CAPITAL PARADO - COAo adquirir
estoques a empresa deixa de atender a outras demandas internas ou
at de investir no mercado financeiro. No existe desembolso mas
podemos atrelar o CO a uma determinada taxa de juros do mercado
financeiro.
Ao aplicarmos a frmula podemos avaliar o quanto a empresa deixa
de ganhar ao manter o estoque:CO = Em x Cunit x iCO = custo da
oportunidadeEm = estoque mdio (estoque inicial + Estoque final / 2
ou EI + EF / 2)Cunit = custo unitrio (valor unitrio da compra, na
nota fiscal) i = taxa de juros ( praticada no mercado)
4.3.2 CUSTOS COM IMPOSTOS E SEGUROS - CIS formado por dois
tipos: do armazm: IPTU e seguro do imvel e bens fixos do armazm da
estocagem: impostos sobre os produtos e seguros contra roubo,
incndios e outras perdas
Para efetuarmos o clculo utilizaremos o rateio, dividindo o
valor do seguro pelo estoque mdio, se o estoque for de um nico
produto.CI = EM x Cunit x AlCI = custo com impostos (ICMS, IPI
etc)Em = estoque mdio Cunit = custo unitrio Al = alquota do
imposto
Se o estoque for de vrios produtos diferentes, necessrio saber o
estoque mdio de cada produto, bem como seu valor unitrio, e ratear
o seguro por esse valor:
CS = (VrMS / Em)CS = custo do seguroVrMS = valor mensal do
seguroEm = estoque mdio
Vejamos um exemplo para uma empresa que trabalha com 5 itens e
com seguro ms de $ 7.800:
PRODUTOESTOQUE MDIOCUSTO UNITARIO TOTAL ESTOQUE $AV%Valor seg /
tem
A4.0001,506.00010,00780
B7.0002,3016.10026,832.093
C3.0001,705.1008,50663
D5.0003,2016.00026,672.080
E6.0002,8016.80028,002.184
////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////60.0001007.800
(*) como exemplo, utilizamos a Anlise Vertical, identificando a
participao do valor de cada produto no total do estoque e aplicamos
esse percentual sobre o valor total do seguro.[(6.000 / 60.0000 x
100 ] = 10% 7.800 x 10% = 780 (usamos o arredondamento de
valores)
Supondo ainda que o tempo mdio mensal de estoque de cada produto
se comporta da seguinte forma: Produto A = em mdia 15 dias ou 0,50
(50% dos dias do ms comercial) (15 d / 30 d) Produto B = em mdia 20
dias ou 0,67 (67%) Produto C = em mdia 25 dias ou 0,83 Produto D =
em mdia 10 dias ou 0,33 Produto E = em mdia 12 dias ou 0,40
conforme o quadro abaixo, identificaremos o valor de seguro por
produto no seu perodo de estocagem:
produtoCusto mensal seguro( $ ) AEstoque mdio( unid) BValor ms
seg($) C (A / B)Tempo mdio do estoque DValor seg por prod.( $ ) E
(C x D)
A7804.0000,1950,500,097
B2.0937.0000,2990,670,200
C6633.0000,2210,830,183
D2.0805.0000,4160,330,137
E2.1846.0000,3640,400,145
4.3.3 CUSTOS COM O RISCO DE MANTER ESTOQUES Esse risco formado
pela depreciao dos estoques, obsolescncia, perdas e furtos. Isso
tem relao com o tempo mximo de estoque, pois podem se tornar
obsoletos no caso de longo tempo armazenados e, alm disso,
representam dinheiro parado (no aplicado). Obsolescncia deve ser
calculada por ocasio do lanamento de novo produto em substituio ao
que se encontra em estoque e no mais vendido. Podemos, para calculo
de riscos, utilizar as seguintes frmulas:
Para a depreciao CD = { [ Em x ( Vrl VrR ) ] / VU }CD = custo da
depreciaoEm = estoque mdioVrl = valor do itemVrR = valor residualVU
= vida til Para perdas e roubos CPR = l x Em x VrlCPR = custo com
perdas e rouboEm = estoque mdioVrl = valor do item I = ndice de
perda ou roubo de cada tem
4.3.4 CUSTOS COM A FALTA DE ESTOQUESSo custos invisveis, difceis
de serem mensurados e que no acarretam desembolsos mas perdas
econmicas. Tambm denominado custo de ruptura, pode ser determinado
das seguintes maneiras: Por meio de lucros cessantes, devido
incapacidade do fornecimento. Perdas de lucros, com cancelamento de
pedidos. Por meio de custeios adicionais, causados por
fornecimentos em substituio com material de terceiros Por meio de
custeio causado por no cumprimento dos prazos contratuais, como
multas, prejuzos, bloqueio de reajuste. Por meio de quebra de
imagem da empresa e em conseqncia beneficiando o concorrente.
Tambm podem ocorrer nos seguintes casos: Cancelamento do pedido
por parte do cliente. Seu custo pode ser calculado quando se apura
o lucro que esse pedido iria gerar para a empresa Vendas futuras
perdidas, considerando-se o quanto cada cliente compra de cada
produto Atrasos na entrega ao cliente, considerando-se os custos
adicionais com o reprocessamento do pedido, de transporte e de
suprimento se o produto for entregue fora do canal normal de
distribuio
Para mensurar o custo do pedido que deixou de ser atendido
fazemos o seguinte:
Cada item do pedido x quantidade solicitada x lucro de cada item
= prejuzo do pedido no atendido
Sua representao pode ser feita pela seguinte frmula
CF = If x (Pv Cunit) x EmCF = custos com faltasIf = indice de
faltaPv = preo de vendaCunit = custo unitrioEm = estoque mximo
s3) Custo de TransporteSe o transporte na sua empresa for
terceirizado, considere o valor total pago ao(s) terceiro(s).Se for
frota prpria considere como custos: salrios, encargos sociais,
horas extras, administrao, assistncia mdica/dentria, cesta bsica,
vale transporte, depreciao, manuteno (leos e lubrificantes),
restaurante, reformas mecnicas (peas), pneus, combustvel,
despachante/multas, seguro obrigatrio, seguro dos veculos, seguro
das cargas, licenciamento/IPVA e outros que possa ter. Se trabalhar
com meia frota prpria e meia frota terceirizada, ter de somar as
duas.
Depois de tudo calculado, somando-se 1 + 2 + 3 = Custo
Logstico
CUSTO TOTALCusto total = custo total de armazenagem = custo
total do pedidoToda teoria de dimensionamento e controle do estoque
baseia-se em minimizar o custo total.
C T = ( C / Q ) . B + ( P . Q / 2 ) . I
C T = custo totalC = consumo total anualC / Q = nmero de pedidos
colocados no fornecedor por anoB = custo do pedido unitrio( C / Q )
= CTA custo total anual do pedidoQ = o nmero de peas compradas por
pedidoQ / 2 = estoque mdio de peas em unidades( P x Q / 2) = valor
do estoque mdioP = preo unitrio da pea( P . Q / 2 ) . I = custo
total de armazenagem por anoI = taxa de armazenagem anual.
.
ANEXO 5
ELEMENTOS DA GESTO DOS CUSTOS EM LOGSTICA
ELEMENTOS DE CUSTOS NO PROCESSO PRODUTIVO ECPP
2010 BENTO QUIRINO PROF. CARLOS HOLZER
Organizao: prof. Carlos HolzerAutor: COMETTI, Gerson.-
hermes.ucs.br
BIBLIOGRAFIA- ARAJO, Aneide Oliveira Gesto estratgica de custos
logsticos Trabalho de Dourando Universidade de So Paulo 2003.-
COMETTI, Gerson. Uma sntese da importncia da identificao ecritrios
de apurao de custos com a logstica nas empresas.
Trabalhoapresentado no Congresso Brasileiro de Custos - So
Leopoldo: Unisinos, 2001.- COSTA, Maria de Ftima Gameiro. Gesto dos
custos logsticos dedistribuio. Dissertao de Mestrado apresentada na
USP. So Paulo, 2003.- FARIA, Ana Cristina. Uma abordagem na adequo
das informaes deControladoria gesto da Logstica Empresarial, Tese
de Doutorado USP - SP 2003.- KOBAYASHI, Shun'ichi. Renovao da
Logstica: como definirestratgias de distribuio fsica global. So
Paulo: Atlas S.A, 2000.- LOPES, Jos Manoel Cortias. Os custos
logsticos do comrcio exteriorbrasileiro. So Paulo: Aduaneiras,
2000.- MARTINS, Elizeu Contabilidade de Custos Atlas - 2003 .-
NOVAES, Antonio Galvo N.; ALVARENGA, Antonio Carlos.
LogsticaAplicada: suprimentos e distribuio fsica, 2 edio, So Paulo,
Pioneira, 1994.Tese de Durorado apresentada na USP. So Paulo,
2001.- RODRIGUES, Gregrio Mancebo Custos de logsticas
Trabalhoapresentado Unifecap So Paulo, 2003.
ANEXO 6
O IMPACTO DA DEPRECIAO DOS BENS
ELEMENTOS DE CUSTOS NO PROCESSO PRODUTIVO ECPP
2010 BENTO QUIRINO PROF. CARLOS HOLZER
Autor: Prof. CARLOS HOLZER
BIBLIOGRAFIAContabilidade Bsica Editora Saraiva Osni Moura
RibeiroContabilidade Geral Editora Novas Conquistas Guilherme
Adolfo dos Santos MendesManual da Contabilidade Bsica - Clvis Luis
Padoveze Ed. Atlas (conf Lei 11.638/07)Assuntos preparados pelo
autor e aplicados no ensino universitrio - 1999 a 2009 Prof. Carlos
Holzer.
5 . Depreciao dos bens nas empresas
A depreciao na verdade mais profunda a forma existente de
contabilizar o dinheiro gasto em investimentos como despesas, j que
todo bem patrimonial adquirido pela empresa considerado
investimento (ou seja, no pode ser taxado como despesa, se
considerado do ponto de vista contbil)Para que tal ato ocorra
devemos estar cientes dos tipos de depreciao existentes:Desgaste
pelo uso: quando o bem em questo apresenta queda de rendimento com
o passar dos anos, requerendo maior manuteno e at a troca.Ao da
natureza: um prdio que por foras climticas (sol, chuva, vento...)
tem suas caractersticas iniciais deterioradas. Obsolescncia:
disposio de produto superior no mercado ao adquirido pela empresa,
por um custo igual ou inferior. Ex.: Pentium 133Mhz, aps quatro
meses no mercado lanaram o Pentium II, mais barato e extremamente
superior. Dessa forma, todo bem incorporado a empresa tem um
desgaste (custo) que deve ser levado em conta. Para tal, o custo
dividido pela vida til desse bem de modo a ser parcelado por
exerccios.Na rea de logstica essa perda de valor item muito
importante na composio dos deus custos e deve integrar a formao do
preo de venda do servios ou produtosA depreciao considerada como
custo indireto e fixo na rea produtiva e despesa fixa nas reas no
produtivas. importante ressaltar um aspecto sobre a depreciao: cada
um dos bens da empresa tem o clculo de sua depreciao
individualizado pois so adquiridos, so depreciados com taxas
diferentes e podem ser baixados em datas diferentes,
5.1 DETERMINAO DA VIDA TIL DE BENS EM ANOSCada empresa
identifica, segundo suas caractersticas, a modalidade do processo
de depreciao mais adequada. Apresentamos a seguir alguns
modelos:
5.1.1 Modelo Simplificado
Vida tilClasses de bens 5 anos Veculos, equipamentos de
informtica10 anos Mveis e utenslios, mquinas e equipamentos25 anos
Imveis
5.1.2 - Modelo Detalhado
3 anosEquipamento de pesquisa e experimento e determinadas
ferramentas especiais 5 anosComputadores, maquinas de escrever,
copiadoras, equipamentos para reproduo, automveis, caminhes de
carga leve, equipamentos qualificadoscomo tecnolgico e ativos
similares
7 anosmoveis de escritrio, utenslios,a maioria dos equipa-mentos
de fabrica, trilhos de ferrovias e estruturas de uso especifico na
agricultura e horticultura 10 anosequipamentos sendo usados no
refinamento depetrleo, ou produo de derivados do fumo e
certosprodutos alimentcios
27,5 anosimveis residenciais para aluguel,tais como prdios de
prdios de apartamentos
39 anostodos os imveis no residenciais, incluindo prdios
comerciais e industriais
Existe tambm uma tabela de taxas de depreciao utilizada pelas
empresas de modo a melhor distribuir esses custos:
5.2 Taxa anual de recuperao
Ano de recuperao 3anos 5anos 7anos 10anos
133%20%14%10%245%32%25%18%315%19%18%14%47%12%12%12%512%9%9%65%9%8%79%7%84%6%96%106%11
4% 100%100%100% 100%
Vale lembrar que esses valores tm sua depreciao iniciada j no
ano da compra do bem, pois desde a aquisio j existe uma
desvalorizao do bem independente de ter sido usado.
Alem de saber os tipos e valores de depreciao, devemos conhecer
quais os tipos de depreciao, de modo, a saber, qual deles utilizar
em cada caso. Aqui esto os mais utilizados:
5.3 Formas de depreciao
5.3.1 Mtodo linear ou em linha reta (ou ainda sistema de quotas
constantes):Pega-se o valor do bem e se executa uma diviso de modo
a obter valores iguais pelo mesmo espao de tempo da vida til do
bem, segue exemplo:
Taxa de depreciao = 100% 100% = 10% ao ano Tempo de vida til
10anos
Para se obter a depreciao acelerada, devemos multiplicar de
acordo com os turnos existentes, se trabalharmos com 2 turnos,
multiplicar o resultado por 1,5, e caso sejam trs turnos por 2,0.
Assim, se considerarmos que so trs turnos no exemplo acima, o valor
seria: 10% x 2,0 = 20% ao ano
5.3.2 -Mtodo da soma com algarismosConsiste em estipular taxas
variveis a partir da soma dos algarismos do tempo de vida til do
bem em questo. Ex: Se o bem tem dez anos fazemos a soma destes,
obtendo assim 10 = x => 10% aa. 1
Mtodo das horas de trabalhoA partir do valor de horas
trabalhadas estimado, faz-se o controle das horas trabalhadas no
perodo e divide-se pelo valor estimado. Obtm se a cota de
depreciao.
Estimado => 1200horas 120 1 ano => 120 horas 1200 =>
0,1 ou 10% a a.
5.3.3 Mtodo das unidades produzidasSegue o mesmo padro
mencionado acima, porem, ao invs de se utilizar as horas usa-se a
quantidade produzida, estima-se a produo por todo o perodo de vida
do maquinrio, e descobre-se a quantidade produzida em um ano,
dividindo-o pelo valor estimado.
5.4 Para se obter a cota de depreciao
Pode ser anual ou mensal, dependendo da empresa e de sua
administrao:Usaremos um veiculo de $20.000,00, com tempo de vida de
5 anos e com taxa media de 20% a.a.:
20.000,00 x 20 100% =>$ 4000,00 aa.
Ou ainda por ms basta dividir o resultado por 12 meses.
Observaes: a conta a ser debitada a depreciao, corresponde
despesa, enquanto que a conta creditada vem a ser a Depreciao
Acumulada.
5.5 A baixa dos bens do conjunto de bens patrimoniais da
empresaComo j vimos, cada um dos bens podem ser baixados em datas
diferentes e, nesse momento, contabilmente so retirados dos
registros da empresa, junto com os valores de suas depreciaes. A
baixa pode ocorrer por desgaste total ou at por venda.Nesse ltimo
caso a empresa pode aferir um ganho na venda de bens (Receitas no
Operacionais) ou uma perda na venda de bens (despesa no
operacional). O clculo o seguinte:
Valor histrico do bem (conforme nota
fiscal).........................100.000(-) valor da depreciao desse
bem........................................( 20.000)(=) valor
contbil liquido do
bem................................................80.000
Se o bem for vendido a valor de mercado por 90.000, teremos um
ganho na venda do bem de 10.000Se o bem for vendido a valor de
mercado por 78.000, teremos uma perda na venda do bem de 5.000.5.6
Correo Monetria do valor dos bens e da depreciao enfoque contbilA
legislao atual determina a correo monetria dos bens do ativo
permanente e de suas respectivas depreciaes. Isso elimina as
distores no balano patrimonial que ocorrem pelo efeito da inflao.
Anteriormente era utilizado o dlar como referncia, mas hoje so
utilizados outros ndices oficias e at uma unidade monetria contbil
UMC.
5.7 A depreciao do ponto de vista dos americanosNos EUA,
costumam utilizar dois mtodos, um especifico para fins contbeis,
tratado por linear (enquanto no Brasil o mtodo linear bastante
utilizado adotado para fins tributrios)usando o custo do ativo,
subtrado do valor residual estimado e dividindo assim o valor
liquido pela vida til do bem.As taxas utilizadas em impostos foram
modificadas diversas vezes, de modo que em 1981 o mtodo linear
acelerado foi substitudo pelo SARCM, sendo em 1993 apenas
atualizado segundo alguns padres vigentes, esta tabela a mesma
tratada neste trabalho.Outra curiosidade, que as pequenas empresas
foram beneficiadas com a possibilidade de fazerem a depreciao de
materiais ate o valor de $17.500,00 em ate um ano, fazendo o
lanamento como despesas de bens comprados no mesmo ano.
5.8 Depreciao aceleradaA depreciao pode ser, ainda, normal ou
acelerada, diferenciando-se to-somente em relao taxa aplicada, que
poder variar conforme o nmero de turnos de utilizao do bem a ser
depreciado (cada turno corresponde a um perodo de oito horas). bem
utilizado durante um nico turno: taxa normal; bem utilizado durante
dois turnos: taxa normal multiplicada pelo coeficiente 1,5; bem
utilizado durante trs turnos: taxa normal multiplicada pelo
coeficiente 2,0..
ELEMENTOS DE CUSTOS NO PROCESSO PRODUTIVOFuno: Planejamento
Organizacional
CompetnciasHabilidadesBases Tecnolgicas
1. Correlacionar os conceitos e princpios da contabilidade de
custos e suas aplicaes nos processos logsticos.
2. Organizar processo de informao e classificao dos dados
referentes a custo logsticos.
3. Correlacionar os procedimentos de controles internos de
custos com os processos operacionais da organizao.
4. Organizar informaes de custos para subsidiar tomada de
decises operacionais e de formao do preo de venda. Aplicar os
conceitos eprincpios de custos na logstica.1.2. Identificar os
campos de aplicao.
2.1. Identificar custos no processo operacional.2.2. Elaborar
planilhas de custo.
3.1. Classificar contas de custos e aplicar mtodos de
custeio.3.2. Identificar o processo de produo dos diferentes
produtos da empresa3.3.Relacionar as atividades relevantes dentro
de cada departamento.3.4. Identificar a relao de causa e efeito
entre a ocorrncia da atividade e a ge