Semana da Fruticultura, Floricultura e Agroindústria – FRUTAL AMAZÔNIA/X Flor Pará 24 a 27 de junho de 2010 – HANGAR – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia Belém – Pará – Brasil CULTIVO, PROCESSAMENTO, PADRONIZAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DO AÇAÍ NA AMAZÔNIA João Tomé de Farias Neto Marcus Arthur Marçal Vasconcelos Fábio Cunha Flock da Silva
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CULTIVO, PROCESSAMENTO, PADRONIZAÇÃO E …€¦ · 18. colheita e pÓs-colheita 44 19. estimativas de produtividade 47 20. mercado e comercializaÇÃo 48 21. coeficientes tÉcnicos,
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Semana da Fruticultura, Floricultura e Agroindústria – FRUTAL AMAZÔNIA/X Flor Pará 24 a 27 de junho de 2010 – HANGAR – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia
Belém – Pará – Brasil
CULTIVO, PROCESSAMENTO, PADRONIZAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DO AÇAÍ NA AMAZÔNIA
João Tomé de Farias Neto
Marcus Arthur Marçal Vasconcelos
Fábio Cunha Flock da Silva
Semana da Fruticultura, Floricultura e Agroindústria – FRUTAL AMAZÔNIA / X Flor Pará
INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO DA FRUTICULTURA E AGROINDÚSTRIA – FRUTAL
DIAGRAMAÇÃO E MONTAGEM
Luis Anderson C. Silva
RUA RIO NEGRO, 290 – TABAPUÁ – CAUCAIA/CE
FONE: (85) 3285.3314 / 8837.1720
Os conteúdos dos artigos científicos publicados nestes anais são de autorização e
responsabilidade dos respectivos autores.
Ficha Catalográfica
Vasconcelos, Marcus Arthur Marçal Cultivo, processamento, padronização e comercialização do açaí na Amazônia / Marcus Arthur Marçal Vasconcelos, João Tomé de Farias Neto, Fábio Cunha Fiock da Silva. – Fortaleza : Instituto Frutal, 2010. 1. Cultivo – Açaí. 2. Processamento – Açaí. 3. Padronização – Açaí. I. Farias Neto, João Tomé de. II. Silva, Fábio Cunha Fiock da. III. Título.
CDD: 634.1
Semana da Fruticultura, Floricultura e Agroindústria – FRUTAL AMAZÔNIA / X Flor Pará 24 a 27 de junho de 2010 – HANGAR – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia
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APRESENTAÇÃO
A quinta edição da Semana da Fruticultura, Floricultura e Agroindústria – FRUTAL
AMAZÔNIA realizada em conjunto com a X FLOR PARÁ, disponibiliza nesta edição oito
cursos técnicos de interesse demonstrado pelos participantes da edição de 2009,
sugerido nas avaliações, deferidos e ajustados pelos membros das Comissões Técnico-
Científicas de FRUTAS E AGROINDÚSTRIA E FLORES E PLANTAS ORNAMENTAIS.
Estas comissões são formadas por representantes das diversas instituições Estaduais
e Federais com ações voltadas aos setores contemplados nos eventos. Já fica aqui
registrado, em nome dos realizadores da FRUTAL AMAZÔNIA / X FLOR PARÁ o
reconhecimento e agradecimento a cada membro das comissões que não mediram
esforços em contribuir com a qualidade técnica do conteúdo dos temas aqui
abordados.
São cursos técnicos com carga horária de 12 horas/aula e com temas voltados
para fruticultura, floricultura e agroindústria, que potencialmente são explorados na
Região Amazônica. Para ministrá-los foram selecionados profissionais de destaque no
cenário nacional.
Esta apostila objetiva ser um instrumento de orientação para acompanhamento
do curso, como também, auxiliar estudos futuros dos temas abordados. Todos os
instrutores foram orientados a abordar os assuntos mais recentes relacionados com cada
tema, dando uma conotação mais prática e uma linguagem simplificada que facilite o
entendimento pelo pequeno agricultor.
A FRUTAL AMAZÔNIA / X FLOR PARÁ é fruto de uma parceria vitoriosa do INSTITUTO
FRUTAL com Governo do Estado do Pará representado pela Secretaria de Estado de
Agricultura do Pará – SAGRI, somado ao patrocínio/apoio dos diversos órgãos/instituições
Federais e Estaduais que tenham relação com o setor rural. Portanto, é uma parceria que
visa o desenvolvimento do setor e este ano, em particular, tivemos o cuidado de elaborar
uma programação técnica orientando e recomendando a todos os convidados a
importância de associar cada tema abordado com o tema central dos eventos:
“DESENVOLVER A AMAZÔNIA E MELHORAR A VIDA DAS PESSOAS”.
Esperamos, portanto que esta apostila transforme-se em um instrumento de
pesquisa e aperfeiçoamento para cada participante do curso, que nos honrou com sua
presença durante a FRUTAL AMAZÔNIA / X FLOR PARÁ.
Cordialmente, Antonio Erildo Lemos Pontes Coordenador Técnico da FRUTAL AMAZÔNIA
Semana da Fruticultura, Floricultura e Agroindústria – FRUTAL AMAZÔNIA / X Flor Pará 24 a 27 de junho de 2010 – HANGAR – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia
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COMISSÃO EXECUTIVA
SAGRI
Cássio Alves Pereira – S e c r e t á r i o d e E s t a d oMarcial Marciel de Oliveira – D i r e t o r d e D e s e n v o l v i m e n t o A g r o p e c u á r i o e F l o r e s t a l I n t e r i n oDulcimar de Melo e Silva – G e r e n t e E x e c u t i v a d e F l o r i c u l t u r a , O l e r i c u l t u r a , P l a n t a s M e d i c i n a i s e A g r i c u l t u r aO r g â n i c aCleide Maria Amorim de Oliveira – C o o r d e n a ç ã o d e E v e n t o sNardye de Sena Nery – G e r e n t e E x e c u t i v o d e F r u t i c u l t u r aGeraldo dos Santos Tavares –
E n g e n h e i r o A g r ô n o m o - G e r ê n c i a d e F r u t i c u l t u r aJosélio Riker Ferreira – C o o r d e n a d o r d o S e m i n á r i o d a A g r i c u l t u r a F a m i l i a rMartha Nilvia Gomes Pina –
E n g e n h e i r a A g r o n ô m a , T é c n i c a d a D i r e t o r i a d e A g r i c u l t u r a F a m i l i a r – D I A F A MJosé Sinval Vilhena Paiva – C o o r d e n a d o r d e C a r a v a n a d e P r o d u t o r e s d a A g r i c u l t u r a F a m i l i a r - E M A T E R / P AINSTITUTO FRUTAL
Euvaldo Bringel Olinda – P r e s i d e n t eFernando Antonio Mendes Martins – D i r e t o r G e r a lAntonio Erildo Lemos Pontes – D i r e t o r T é c n i c o e C o o r d e n a d o r T é c n i c o d a F R U T A L A M A Z Ô N I AJanio Bringel Olinda – D i r e t o r A d m i n i s t r a t i v o
COMISSÃO TÉCNICA – FRUTAS E AGROINDÚSTRIA
Ana Paula RezendeB a n c o d o B r a s i lAntônio Fernando PalhetaC E A S ADílson Augusto Capucho FrazãoC R E A - P A / F A E P ADinaldo Rodrigues TrindadeA E A P AFernando Antonio Teixeira MendesC E P L A CIvete Teixeira da SilvaI E S A MJesus do Socorro Barroso dos SantosB a n c o d a A m a z ô n i aJosé Adriano Marini S E D E C TJosé Augusto Mesquita ViegasO C B - P A / S E S C O O P - P A
José Sinval Vilhena Paiva E M A T E RMaria de Nazaré Chaves A C PMaria Iris Sampaio de MeloA D E P A R ÁMaria Onilse Brito Barra RibeiroE M A T E RMaria Zenilde Oliveira FariasB A N P A R ÁOtávio César Durans de OliveiraS F A - P A / M A P APerícles Diniz Ferreira de CarvalhoS E B R A E - P AWalnice Maria de Oliveira do NascimentoE M B R A P A
Semana da Fruticultura, Floricultura e Agroindústria – FRUTAL AMAZÔNIA / X Flor Pará 24 a 27 de junho de 2010 – HANGAR – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia
Belém – Pará – Brasil
COMISSÃO TÉCNICA - FLORES E PLANTAS ORNAMENTAIS
Ana Paula RezendeB a n c o d o B r a s i lAntônio Carlos Braga MouraE M A T E RAntônio Fernando PalhetaC E A S AArmando Soares FurtadoC O O P S A N TCarlos Alberto de OliveiraA F L O R B E NDílson Augusto Capucho FrazãoC R E A – P A / F A E P AEly Simone Cajueiro GurgelM u s e u E m i l i o G o e l d iÉrika Bezerra S E B R A E - P AErivaldo L. OliveiraA P H A U R I ;Gidalias da S. Rego JuniorD i f i o r iHamilton Rosa PrimoH L R P F l o r e s e P l a n t a s O r n a m e n t a i sHeliana BrasilU F R AIvonete Sobral F l o r d a M a t aJesus do Socorro Barroso dos SantosB a n c o d a A m a z ô n i aJosé Adriano Marini S E D E C TJosé Torres Pinheiro S o c i e d a d e C a s t a n h a l e n s e d eO r q u í d e a s / B a r r e i r ã o / O r q u i d á r i o T o r r e s
Josuan Piassi Moraes P A R A F L O RJulianne Moutinho Marta C â m a r a S e t o r i a l d e F l o r e s e P l a n t a s O r n a m e n t a i sd o P a r áLuiza Hitomi Igarashi Nakayama C E P L A CManoel Moura Melo A E A P AMaria Antonieta Martorano PrianteA D E P A R ÁMaria de Nazaré ChavesA C PMaria Zenilde Oliveira FariasB A N P A R ÁMariléa de Nazaré Sousa Moraes A M A TMarli Costa Poltronieri E M B R A P A ;Martha Parry de Castro Martins NogueiraS F A - P A / M A P AMauro Roberto M. PereiraS E B R A E - P ANatalina Machado ValeT R O P I S A N ;Natalino CôrreaP A R A F L O R / P a r a í s o V e r d ePedro Paulo de Abreu SilvaA P OShirley KerberU N A M A
Semana da Fruticultura, Floricultura e Agroindústria – FRUTAL AMAZÔNIA / X Flor Pará 24 a 27 de junho de 2010 – HANGAR – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia
Belém – Pará – Brasil
SUMÁRIO
Cultivo, processamento, padronização e comercialização do açaí na
Amazônia
CULTIVO DO AÇAIZEIRO EM TERRA FIRME 8
1. INTRODUÇÃO 8
2. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA 9
3. CARACTERÍSTICAS DO FRUTO E DA POLPA 11
4. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA 12
5. ASPECTOS BOTÂNICOS 13
6. CARACTERÍSTICAS CLIMÁTICAS 14
7. CARACTERÍSTICAS DOS SOLOS 14
8. BIOLOGIA FLORAL 15
9. SEMENTES PARA CULTIVO 16
10. PROPAGAÇÃO 17
10.1. SEMEADURA E FORMAS DE PRODUÇÃO DE MUDAS 18
11. ARMAZENAMENTO DAS SEMENTES 21
12. ESCOLHA E PREPARO DE ÁREA PARA PLANTIO 22
13. ESPAÇAMENTOS INDICADOS E CONSÓRCIOS 23
14. PLANTIO 25
15. TRATOS CULTURAIS 26
15.1. NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO 26
15.2. MANEJO DE PERFILHOS 28
15.3. LIMPEZA DE TOUCEIRAS 28
15.4. CONTROLE DO MATO 29
15.5. NECESSIDADES DE IRRIGAÇÃO 30
15.5.1. USO DE IRRIGAÇÃO EM AÇAIZAIS DE TOMÉ-AÇU, PA 31
15.6. MANEJO DE INFLORESCÊNCIAS 38
16. PRAGAS 38
17. DOENÇAS 42
18. COLHEITA E PÓS-COLHEITA 44
19. ESTIMATIVAS DE PRODUTIVIDADE 47
20. MERCADO E COMERCIALIZAÇÃO 48
21. COEFICIENTES TÉCNICOS, CUSTOS E RENTABILIDADE 51
22. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 54
PROCESSAMENTO E PADRONIZAÇÃO DO AÇAÍ 58
O QUE VOCÊ COMPREENDE POR PROCESSAMENTO E PADRONIZAÇÃO DO AÇAÍ 58
POR QUE O AÇAÍ SE DESTACA? 58
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VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM SUPERFRUTAS? 59
O QUE É SUPERFRUTAS? 60
COMO A AUSÊNCIA DE PROCESSAMENTO ADEQUADO PODE PREJUDICAR O AÇAÍ 62
E O MERCADO? O QUE ELE QUER? 67
PRODUÇÃO DO AÇAÍ NO PARÁ 69
COMO É A PRODUÇÃO DO AÇAÍ NO PARÁ 71
DESCREVENDO COMO DEVE SER O AÇAÍ – A padronização 77
PADRÕES PATA POLPA DO AÇAÍ 77
COMO DEVE SER A PRODUÇÃO DO AÇAÍ NO ESTADO DO PARÁ 80
OUTRO PONTO: O PROCESSAMENTO COMEÇA BEM ANTES DA COLHEITA 81
COLOCANDO MATERIAL SUPERIOR NO MERCADO: CULTIVAR BRS PARÁ 82
TRABALHAR DE FORMA INTEGRADA: CAMPO E UNIDADE DE PROCESSAMENTO 85
A COLHEITA DO AÇAÍ 85
TRANSPORTE DAS FRUTAS EM VAGONETES 86
RECEPÇÃO E PESAGEM DOS FRUTOS 86
ACONDICIONAMENTO DOS FRUTOS EM CAIXAS PLÁSTICAS 87
A PRIMEIRA LAVAGEM DOS FRUTOS 87
A SEGUNDA LAVAGEM DOS FRUTOS 88
A TERCEIRA LAVAGEM DOS FRUTOS 88
SELEÇÃO DOS FRUTOS 89
DESPOLPAMENTO DOS FRUTOS BALEADO 89
PASTEURIZAÇÃO DO AÇAÍ 90
A PASTEURIZAÇÃO FUNCIONA? 90
EMBALAGEM DO MATERIAL PASTEURIZADO 94
ESTOCAGEM EM CAMARA FRIA 95
APROVEITAMENTO DOS RESÍDUOS 95
TRABALHO PIONEIRO DA EMBRAPA AMAZÔNIA ORIENTAL 96
OUTRO PRODUTO: BALAS DE GOMA DE AÇAÍ 99
FRUTAS QUE ESTÃO CONCORRENDO COM O AÇAÍ 100
COMO POSSO OBTER MAIORES INFORMAÇÕES 103
1. HISTÓRICO DO AÇAÍ NA AMAZÔNIA 107
1.1 SITUAÇÃO DA DÉCADA DE 90 110
1.2 SITUAÇÃO DÉCADA ATUAL 111
CURRÍCULOS DOS INSTRUTORES 111
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COLEÇÃO CURSOS FRUTAL AMAZÔNIA Cultivo, processamento, padronização e comercialização do açaí na Amazônia
CULTIVO DO AÇAIZEIRO EM TERRA FIRME
Maria do Socorro Padilha de Oliveira1
João Tomé de Farias Neto2
1. INTRODUÇÃO
O açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.) é uma palmeira nativa da Amazônia,
que ocorre em grandes extensões no estuário amazônico. Nessa região recebe várias
denominações como Açaí-do-Pará, açaí-do-Baixo Amazonas, açaí-de-touceira, açaí-de-
planta e açaí-verdadeiro, sendo utilizado de inúmeras formas: como planta ornamental
(paisagismo); na construção rústica (de casas e pontes); como remédio (vermífugo e
anti-diarréico); na produção de celulose (papel Kraft); na alimentação (polpa
processada e palmito); na confecção de biojóias (colares, pulseiras etc.); ração animal;
adubo; etc. Contudo, sua importância econômica, social e cultural está centrada na
produção de frutos e palmito.
A produção de frutos é a exploração mais antiga, datada desde a época
pré-Colombiana, empregada na obtenção da bebida conhecida de “açaí”, consumida
em larga escala pela população amazônica, e que vêm se consolidando nos mercados
nacional e internacional, nas últimas décadas. O Estado do Pará é o principal produtor
de açaí, seguido do Amapá. Nesses locais, o grande volume de frutos que abastece os
mercados ainda provém das maiores extensões de açaizais localizadas na região do
estuário amazônico, que abrange os municípios da microrregião de Arari, de Cametá e
de Belém no Pará.
O crescimento dos mercados da polpa processada de seus frutos tem
aumentado o interesse no plantio dessa palmeira em áreas de terra firme, especialmente
nas degradadas. Áreas antigas de pimentais (Piper nigrum) e de roças abandonadas,
também têm sido utilizadas, assim como de novos plantios envolvendo consórcios com
outras espécies frutíferas como cacaueiro (Theobroma cacao), cupuaçuzeiro
Colheita dos cachos (24 d/h por ano) d/h 48 25,00 1200,00
Debulha dos cachos (24 d/h por ano) d/h 48 25,00 1200,00
Embalagem dos frutos (24 d/h por ano) d/h 48 25,00 1200,00
Insumos (1º ao 5º ano) 4.821,50
- Aquisição de piquetes Unid. 440 0,50 220,00
- Aquisição de mudas Unid. 440 1,00 440,00
- Adubo químico e calcário Kg 1596 1,50 2.394,00
- Esterco de gado curtido M3 10 50,00 500,00
- Herbicidas1 L 50 25,00 1250,00
- Aquisição de rasas de arumã Unid. 7 2,50 17,50
Gastos eventuais (10% do total) 1.129,60
TOTAL 12.425,60
d/h: dia/homem; 1: em cultivo solteiro
Fonte: baseado em Nogueira et al. (2005) e informações de produtor.
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COLEÇÃO CURSOS FRUTAL AMAZÔNIA Cultivo, processamento, padronização e comercialização do açaí na Amazônia
Tabela 11. Análise econômica da implantação e manutenção de 1 ha de açaizeiro da
Cultivar BRS-Pará para produção de frutos em terra firme (R$ 1,00).
Anos Produção
(rasa)1
Preço
(A)2
Valor da
produção
(B)
Custo total
(C)
Benefício
líquido
(B-C)
Ponto de equilíbrio
(rasa) (C/A)
1 - - - 2.050,00 (-2.050,00) -
2 - - - 1.027,00 (-1.027,00) -
3 - - - 1.027,00 (-1.027,00) -
4 72 45,00 3.420,00 3.190,00 (230,00) -
5 107 45,00 4.815,00 3.590,00 1.125,00 80
6 143 45,00 6.435,00 3.635,00 2.800,00 81
7 214 45,00 9.630,00 3.635,00 5.669,00 81
8 286 45,00 12.870,00 3.635,00 9.235,00 81
9 357 45,00 16.065,00 3.635,00 12.430,00 81
10 357 45,00 16.065,00 3.635,00 12.430,00 81
11 357 45,00 16.065,00 3.635,00 12.430,00 81
12 357 45,00 16.065,00 3.635,00 12.430,00 81
13 357 45,00 16.065,00 3.635,00 12.430,00 81
14 357 45,00 16.065,00 3.635,00 12.430,00 81
15 357 45,00 16.065,00 3.635,00 12.430,00 81
1 rasa= 28 kg de frutos; A: preço médio da rasa; valores entre parênteses são negativos; 2:
preço médio anual segundo dados estatísticos da SAGRI/GEEMA/SIMA
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COLEÇÃO CURSOS FRUTAL AMAZÔNIA Cultivo, processamento, padronização e comercialização do açaí na Amazônia
22. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGUIAR, C.J.S. Contribuição para a implantação da cultura do açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.) no litoral paulista. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISADORES EM PALMITO, 1., Curitiba, 1987. Anais... Curitiba: Embrapa-CNPF, 1988. p. 75-90 (Embrapa-CNPF. Documentos, 19). AGUIAR, J.P.L.; MARINHO, H.A.; REBÊLO, Y.S.; SHRIMPTON, R. Aspectos nutritivos de alguns frutos da Amazônia. Acta Amazônica, Manaus, v.10, n.4, p.755-758.1980. ARAÚJO, E.F.; SILVA, R.F da; ARAÚJO, R.F. Avaliação da qualidade de sementes de açaí armazenadas em diferentes embalagens e ambientes. Revista Brasileira de Sementes, v. 16, n. 1, p. 76-79, 1994. BASTOS, T.X.; ROCHA, E.J. da P.; ROLIM, P.A.M.; DINIZ, T.D. de A.S.; SANTOS, E.C.R. dos, NOBRE, R.A.A; CUTRIM, E.M.C.; MENDONÇA, R.L.D. de. O estado atual dos conhecimentos de clima da Amazônia brasileira com finalidade agrícola. In: .SIMPÓSIO DO TRÓPICO ÚMIDO, 1., 1994, Belém,PA. Anais...,Belém: Embrapa-CPATU, 1986, v.6, p.19-36. BOBBIO, F.O.; DRUZIAN, J.I.; ABRAÃO, P.A.; BOBBIO, P.A.; FADELLI, S. Quantificação das antocianinas do fruto do Açaizeiro (Euterpe oleracea) Mart. Coletânea do Instit. Tecn. de Alimentos (no prelo). BOVI, M.L.A; GODOY JÚNIOR, G; SÁES, L.A. Pesquisas com os gêneros Euterpe e Bactris no Instituto Agronômico de Campinas. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISADORES EM PALMITO, 1., Curitiba, 1987. Anais... Curitiba: Embrapa-CNPF, 1988. p. 1-43 (Embrapa-CNPF. Documentos, 19). CALZAVARA, B.B.G. Açaizeiro. Belém: Embrapa-CPATU, 1987. 6p. (Embrapa-CPATU. Recomendações Básicas, 3). CALZAVARA, B.B.G. As possibilidades do açaizeiro no estuário amazônico. Belém: FCAP. 103p. 1972. (Boletim da Faculdade de Ciências Agrárias do Pará, 5). CAROLINE, T. Etude de la productivité et de la composition du jus de fruits de quatorze types génétiques de la variété noire du palmier açaí (Euterpe oleracea Mart.) de l’ estuaire amazonien. Louvain-la-Neuve: Universite Catholique de Louvain-la-Neuve. 1999.80p. (Trabalho de Conclusão de Curso). CARVALHO, C.J.R. de; ROMBOLD, J.; NEPSTAD, D.C.; SÁ, T.D. de A. Relações hídricas do açaizeiro em mata de várzea do estuário do Amazonas. Revista Brasileira de Fisiologia, v.20, p.213-218.1998a. CARVALHO, J.E.U. de; NASCIMENTO, W.M.O. do; MÜLLER, C.H. Características físicas e de germinação de sementes de espécies frutíferas nativas da Amazônia. Belém: Embrapa-CPATU, 1998b. 18p. (Embrapa-CPATU. Boletim de Pesquisa, 203). CAVALCANTE, P. Frutas comestíveis da Amazônia. Belém: CEJUP, 1991.271p.1991 COMISSÃO ESTADUAL DE SEMENTES E MUDAS DO PARÁ (Belém, PA). Normas técnicas e padrões para a produção de mudas fiscalizadas no Estado do Pará. Belém, 1997. 40p. CORAL, R. da S. P. A fruticultura paraense. Belém: Secretaria do Estado de Agricultura, 18p. 1998.
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COLEÇÃO CURSOS FRUTAL AMAZÔNIA Cultivo, processamento, padronização e comercialização do açaí na Amazônia
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PROCESSAMENTO E PADRONIZAÇÃO D AÇAÍ
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1. HISTÓRICO DO AÇAÍ NA AMAZÔNIA
A exploração do açaí é de fundamental importância para as economias dos
Estados do Pará, Maranhão, Amapá, Acre e Rondônia, especialmente para o primeiro e
o terceiro, pois responde pela sustentação econômica das populações ribeirinhas. Tem
sido estimado que as atividades de extração, transporte, comercialização e
industrialização de frutos e palmito de açaizeiro são responsáveis pela geração de 25 mil
empregos diretos e geram anualmente mais de R$ 40 milhões em receitas. A partir de
1992, quando foi atingido o ápice das exportações de palmito, a produção de frutos de
açaizeiro experimentou crescimentos anuais significativos, em função do aumento da
competitividade da coleta de frutos, motivado por melhorias nos preços, e do aumento
da fiscalização, evitando a destruição maior dos açaizais. A produção de frutos de
açaizeiro no Estado do Pará cresceu de 92.021 toneladas, em 1997, para 122.322
toneladas, em 2002, um aumento de quase 33%. Em 2003, a produção foi de 160.000
toneladas.
Com a expansão do consumo do açaí, os ribeirinhos, nos últimos anos, têm
diminuído a extração e venda de palmito para as indústrias processadoras e
concentraram as suas atividades na coleta e venda de frutos, cuja valorização teve
efeito econômico e ecológico positivo sobre a conservação de açaizais.
A partir da década 1990, com o aumento da pressão internacional para a
preservação da Amazônia, os produtos florestais não-madeireiros ganharam importância
como alternativa para evitar desmatamentos e queimadas. Essa exposição da
Amazônia, na mídia mundial, chamou a atenção para diversos frutos regionais, como o
guaraná, cupuaçu, açaí, pupunha e o bacuri, entre os principais, que tiveram forte
crescimento no mercado nacional e atraíram o interesse do mercado internacional.
A importância socioeconômica do açaizeiro decorre, portanto, do seu
enorme potencial de aproveitamento integral de matéria-prima. O principal
aproveitamento é a extração do açaí, mas as sementes (caroços) do açaizeiro são
aproveitadas no artesanato e como adubo orgânico. A planta fornece ainda um ótimo
palmito e as suas folhas são utilizadas para cobertura de casas dos habitantes do interior
da região. Dos estipes adultos, 30% podem ser cortados de 5 em 5 anos e destinados à
fabricação de pastas e polpa de celulose para papel.
Para a população ribeirinha, uma das mais rentáveis possibilidades comerciais
proporcionadas pelo açaizeiro é a produção e comercialização de seu fruto "in
natura". A produção de frutos para o mercado local é uma atividade de baixo
custo e de excelente rentabilidade econômica.
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A valorização do fruto do açaizeiro contribuiu, nos últimos anos, para
consolidar o manejo de açaizais nativos como a principal atividade do Programa de
Apoio ao Desenvolvimento do Extrativismo (PRODEX), criado em junho de 1996,
componente do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO). Os grandes
interesses pela cultura e por esses recursos, fizeram com que a área manejada e de
cultivo passasse de 9.223 hectares, em 1996, para 18.816 hectares, em 2002, tanto para
produção de frutos como para extração de palmito, atendendo mais de 5 mil
produtores, dos quais 92,1% são do Estado do Pará. O forte crescimento do mercado de
fruto de açaí tem sido o indutor dessa expansão.
A principal finalidade da utilização do açaizeiro ainda é para extração do
açaí, embora nos últimos anos tenha surgido um grande leque de alternativas para a
cultura, em face do interesse despertado, após estudos demonstrando excelentes
oportunidades para o aproveitamento integral dessa palmeira pelas indústrias
alimentícias, de corantes naturais, de cosméticos, de fármacos, de celulose e papel,
entre outras (Melo et al. 1974; Melo et al. 1988; Nazaré, 1998; Rogez, 2000).
A concentração de açaizeiro no estuário amazônico, com a área estimada
em 1 milhão de hectares, torna a espécie um componente da floresta nativa, formando
maciços de açaizais naturais. Em decorrência da facilidade de extração de seus frutos, a
espécie permite à indústria instalada na região o abastecimento seguro e fácil, com
custo baixo da matéria-prima e do transporte. Ao mesmo tempo, possibilita o
aproveitamento permanente das áreas de várzea e igapó, exploradas, anualmente, com
o cultivo do arroz e cana-de-açúcar, evitando, dessa maneira, o abandono dessas áreas
e a sua transformação em capoeira desprovida de espécies valorizadas, fato bastante
comum na agricultura itinerante regional.
O açaizeiro é uma espécie vegetal com grande potencial de
aproveitamento por pequenos produtores e populações ribeirinhas, desde que seja
explorado de forma racional.
O fruto e o açaí possuem um mercado regional muito forte, por ser importante
na alimentação diária das populações locais, pelos seus altos valores nutricionais e de
unânime preferência popular por seu singular paladar. Em Belém é estimada a existência
de mais de 3 mil pontos de venda de açaí, comercializando diariamente 120 mil litros,
atendendo, basicamente, as populações de baixa renda.
No Estado do Pará, onde o açaí faz parte de sua cultura, o consumo vem
aumentando no decorrer dos anos, como conseqüência do processo de congelamento
utilizado pelo consumidor, que faz com que o produto seja consumido durante todo o
ano. A imigração rural é outro fator relevante para a ampliação do consumo urbano,
tendo em vista que pessoas oriundas do interior acostumadas a tomar açaí regularmente,
mantêm esse hábito quando imigram para as grandes cidades do Estado.
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Um dos grandes problemas do comércio do açaí é a sua característica de
alta perecibilidade, mesmo sob refrigeração. Nas indústrias de sorvetes da região é
comum submeter o açaí concentrado à temperatura de -40 oC, preservando grande
parte de suas propriedades.
A demanda pelo açaí fora da região também está em alta, com o produto
tendo boas possibilidades de mercado, principalmente no Rio de Janeiro, São Paulo,
Brasília, Goiás e na Região Nordeste. No Rio de Janeiro, o açaí é oferecido nas praias e se
tornou muito popular entre os adeptos da "cultura da saúde" e entre os freqüentadores
de academias. É também vendido diretamente ao consumidor, onde a demanda pelo
produto, antes considerado exótico, é crescente e começa a ganhar popularidade entre
os nativos e turistas. É estimado que no Rio de Janeiro sejam consumidas 500
toneladas/mês, em São Paulo 150 toneladas/mês e outros Estados somam 200
toneladas/mês. Nesses locais, em alguns pontos de venda, o que se consome é o açaí
fino que, misturado com outros produtos, perde o gosto, o odor e até o valor calórico da
fruta. Além da mistura com outros produtos, é freqüente o aumento da dosagem de
água, adequando de acordo com o preço oferecido. Este aspecto realça a importância
de se estabelecer critérios mais rígidos quanto ao teor de água em mistura com o açaí
comercializado, sob risco de infringir danos à saúde dos consumidores e a perda de
mercados no futuro.
Em 2000, foi iniciada a exportação de polpa congelada de açaí para os
Estados Unidos e para a Itália. Esse mercado externo vem crescendo 20% ao ano nos
últimos 3 anos, com a comercialização do açaí concentrado em latas e com a
popularização da mistura com diversas outras frutas feitas em academias de ginástica.
Futuramente, poderá haver problemas com o registro da marca "açaí", registrado em
março de 2001, tanto na União Européia como nos Estados Unidos da América do Norte,
que motivará pendengas judiciais e entraves à comercialização.
Como todo produto extrativo, é difícil quantificar o volume ofertado de açaí.
A oferta brasileira está concentrada na Amazônia, especialmente no Estado do Pará _
seu principal produtor, com 92% da oferta _ vindo em seguida o Maranhão, Amapá, Acre
e Rondônia. A abertura de novos mercados tem contribuído para o aumento do déficit
de matéria-prima, principalmente na época da entressafra.
No Pará, as microrregiões Furos de Breves, Arari, Belém, Salgado, Cametá e
Guamá, respondem por 97% da produção estadual, ou 119 mil toneladas. Em 2002, a
microrregião Cametá contribuiu com 77 mil toneladas. Por se tratar de um produto, cujo
crescimento do mercado concorreu para o aumento dos níveis de preços, há
necessidade de políticas públicas que ampliem a oferta para atender os consumidores
locais.
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Quanto aos preços do fruto na região, há variações importantes em função,
principalmente, da oferta local, da distância do mercado consumidor e do tamanho
desse mercado. A formação do preço se dá no momento da chegada do intermediário
no local de comercialização. O preço de "abertura", o primeiro preço do dia, é sempre o
último praticado no dia anterior. Com a chegada de barcos carregados de frutos esse
preço começa a cair, dado o aumento da oferta. No Município de Igarapé-Miri, no Pará,
em 2004, uma rasa de 28 kg custava R$ 12,00, mas poderia chegar a R$ 45,00 ou até R$
60,00, na entressafra. O produtor tem um maior ou menor retorno financeiro de acordo
com a distância entre a sua propriedade e o mercado consumidor, em face do custo de
transporte do produto até esse mercado.
Fonte: Sistema de produção de açaí da Embrapa
1.1 SITUAÇÃO DÉCADA 90:
Local de venda
Históricos de volume e preço. (item 2)
Problemas da época.
1.2 SITUAÇÃO DÉCADA ATUAL:
a) Período 2000 a 2005
b) Período 2006 a 2010
c) Problemas atuais
� Documentação
� Extração de palmito
� Segurança
� Qualidade de fruto
� Infra-estrutura de escoamento de produção
� Pagamento
� Falta de fruta na entre-safra
� Doenças atribuídas ao açai
� Outros,
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