CONVULSÕES CONVULSÕES EDINA PANAINO 2012
Nov 10, 2015
CONVULSESEDINA PANAINO2012
CRISE CONVULSIVA NA CRIANA
DEFINIES Convulso : disfuno neurolgica aguda, autolimitada e involuntria, secundria descarga eltrica neuronal anormal do SNC. Pode ser desencadeada espontaneamente ou por situaes como febre, distrbios hidroeletrolticos, intoxicaes exgenas, etc.Pode ser caracterizada por fenmeno motor (tnico e/ou clnico), sensorial, autonmico e psquico.
DEFINIESEpilepsia : condio onde duas ou mais crises convulsivas no provocadas se repetem, em um intervalo maior do que 24 horas.
DEFINIESEstado de mal epilptico: atividade convulsiva com durao superior a 30 minutos, ou duas ou mais crises subseqentes, sem recuperao da conscincia entre os episdios neste perodo de tempo.Convulso febril: crise convulsiva na vigncia de febre em criana entre trs meses e cinco anos, sem histria prvia de convulso afebril e na ausncia de infeco do SNC ou outra causa definida.
CLASSIFICAOPARCIAL ou FOCAL: crises que tm origem localizadaSimples (sem perda da conscincia)Complexa (com perda da conscincia)Crises parciais evoluindo para crises generalizadas secundariamente.GENERALIZADA: atividade generalizada bilaterais, simtricas, atpicas, com perda da conscinciaCRISES NO CLASSIFICADAS
CLASSIFICAOPARCIAIS ou FOCAISA. Crises parciais simples1- Com sintomas motores2- Com sintomas sensoriais3- Com sintomas autonmicos4- Com sinais psquicos.
CLASSIFICAOPARCIAIS ou FOCAISB. Crises parciais complexas1- Comea como parcial simples e progride com perda da conscincia2- Com alterao do estado de conscincia desde o incio
C. Crises parciais secundariamente generalizadas.
CLASSIFICAOGENERALIZADASA. 1- Crise de ausncia 2- Crise de ausncia atpicaB. Crises mioclnicasC. Crises clnicasD. Crises tnicasE. Crises tnico-clnicasF. Crises atnicas
ETIOLOGIAIdiopticas: geneticamente determinadas.Criptognicas: quando se supem uma causa, mas no a encontramos nos exames complementares.Sintomtica aguda: infeces do SNC, toxinas, distrbios metablicos, TCE.Sintomtica remota: seqela de eventos vasculares, traumticos, infecciosos ou congnitos.
DIANSTICO DIFERENCIALSncopes de natureza cardaca ou vasovagal;Vertigem paroxstica benigna;Dores abdominais recorrentes;Sncopes desencadeadas por vrios fatores, como dor ou emoo;Algumas manifestaes que ocorrem durante o sono.
DIANSTICO DIFERENCIALObs: Nem toda perda de conscincia significa convulso complexa ou generalizada, e nem todo episdio de perda de conscincia em pacientes epilpticos so crises convulsivas.
CRISES CONVULSIVAS EM NEONATOS
Estima-se que ocorra em 2:1000 nascidos vivos. A taxa maior quanto mais baixo peso e em prematuros.Mais frequente na primeira semana de vida, sendo que a maioria ocorre nos primeiros dias.
Casella EB, Mangia CM: Abordagem da crise convulsiva aguda e estado de mal epilptico em crianas. J. Pediatr (Rio J) 1999; 75(Suppl 2):S197-206.
So menos freqentemente de causa idioptica. As causas incluem: Hemorragia intracraniana, Erros metablicos (erros inatos do metabolismo, deficincia de piridoxina, hipocalcemia, hipoglicemia, ou hipo hipernatremia), Infecco intracraniana, Anormalidades do desenvolvimento cerebral ou Sndrome epilptica neonatal.CRISES CONVULSIVAS EM NEONATOS
CRISES CONVULSIVAS EM NEONATOSPodem ser:A. FOCAIS: restrita a um grupo muscular da face ou extremidades.B. MULTIFOCAIS: movimentos clnicos envolvendo vrios grupos musculares em srie ou simultaneamente.C. TNICAS: com rigidez e hipertonia de tronco e extremidades, geralmente com desvio do olhar.
CRISES CONVULSIVAS EM NEONATOSD. MIOCLNICAS: contraes sbitas como por um choque eltrico, geralmente em membros.E. SUTIS: com manifestaes como olhar fixo, desvios horizontais conjugados, tremores finos, desvios rtmicos do olhar ou nistagmo, piscar persistente, movimentos mastigatrios ou de suco, salivao, movimentos de pedalar.Apnia pode ser a nica manifestao ou se associar s outras.
AVALIAO CLNICA DA CRISE CONVULSIVASe paciente epilptico:Indagar sobre medicamentos usados e dose: se dentro do contexto clnico, ajustar dose e/ou dosar nvel srico.Indagar sobre intercorrncias, como vmito, diarria, febre, infeco, jejum prolongado: se dentro do contexto clnico, rastrear infeco e distrbio metablico (glicemia, sdio, potssio, clcio, fsforo e magnsio).
AVALIAO CLNICA DA CRISE CONVULSIVASe primeira crise convulsiva afebril: Indagar sobre:- Intoxicao exgena (simpaticomimticos, lcool, ADT, anti-histamnicos, atropina, metais pesados, opiceos)- TCE- Distrbio metablico (vmito, diarria, desidratao)- Histria sugestiva p/ processo expansivo (cefalia e vmito progressivo, dficits neurolgicos focais)* Histria familiar de epilepsia
AVALIAO CLNICA DA CRISE CONVULSIVASe convulso febril:- Aps a recuperao, procurar foco infeccioso de acordo c/ a clnica;- Afastar distrbio metablico, se necessrio;Obs: a puno lombar est indicada se suspeita-se de meningoencefalite e, sempre, nos menores de 12 meses, onde rigidez de nuca e fontanela abaulada podem no estar presentes.- A histria familiar ou pessoal de convulso febril e o BEG da criana aps a crise so fatores que reforam o diagnstico de convulso febril.
DIAGSTICO Clnico- descrio da crise- fatores desencadeantes Laboratorial- suspeita de distrbio metablico- dosagens sanguneas- suspeita de meningite: LCR Exames- EEG, Vdeo EEG e neuroimagem
TRATAMENTO Na emergncia:- Manter vias areas prvias;- Acesso venoso para medicao e coleta de exames;- Monitorar sinais vitais;- Corrigir hipertermia, se existir;- Realizar HC, glicemia e eletrlitos;- Diazepam 0,3 mg/Kg , EV, ou 0,5 mg/Kg retal (mx. 20 mg) Tempo p/ ao : 3 a 10 min.- Infundir 2-4mL/Kg de glicose 10% , se hipoglicemia- Repetir Diazepam nas doses acima aps 20 min. do primeiro.
TRATAMENTO- Fenitona 15-20mg/Kg , EV, diluda em SF 0,9%. Tempo p/ ao : 5-30 min. Iniciar 12h aps, dose de manuteno de 5-7,5mg/Kg/dia , 12/12h.- Midazolam 0,1- 0,2mg/Kg em bolus; infuso contnua de 1-3 microgramas/Kg/min. - Se o estado de mal durar mais do que uma hora, pode-se iniciar Manitol 0,25- 0,5g/Kg/dose de 4/4 a 6/6h.- Piridoxina 100mg , EV, nos menores de 2 anos.- Outras possibilidades teraputicas: Fenobarbital, Pentobarbital, Lidocana, Propofol.
TRATAMENTO- Na falha de todos esses medicamentos, anestesia geral : Tiopental ou halotano sob ventilao com bloqueador neuromuscular, se necessrio. Nesta fase, UTI e EEG so mandatrios.- Realizar avaliao neurolgica.- Investigar etiologia, infeco.- Realizar exames como EEG, TC, RM, LCR, etc.
CONVULSO FEBRIL3% de todas as crianas;Entre 3 meses e 5 anos de idade;Febre sem infeco intracraniana;Excludas crianas que j tiveram crises afebris.Recorrncia em 40% dos casos fatores de risco:- Idade menor de 15 meses, - anormalidades prvias- Parentes de primeiro grau epilpticos, no DNPM,- 1 crise complexa, - hist. familiar de - Repetio da crise em 24h., convulso afebril.- Livre de epilepsia 95% - Epilepsia 2a7%
CONVULSO FEBRILFormas de apresentao:CF simples- Sempre generalizada- Menos de 15 min. de durao- No recorrem em 24h- No deixam alterao neurolgica ps-ictalCF complexa- Parcial ou generalizada- Mais de 15 min. de durao- Recorrentes em 24h- Deixa anormalidade ps-ictal
CONVULSO FEBRILTratamento:- rpida da temperatura,- Diazepam retal,- Tratamento intermitente c/ Diazepam retal ou oral, ao primeiro sinal de febre (?)- Tratamento intermitente c/ outros benzodiazepnicos (?)- Tratamento crnico c/ Fenobarbital ou Acido Valprico (?)
CUIDADOS DE ENFERMAGEM-Proteger a criana durante a convulso:- Deitar a criana (caso ela esteja de p ou sentada);- Afrouxar roupas apertadas;- Remover objetos;- Sustentar com delicadeza a criana.- Manter vias areas desobstrudas:. Colocar cnula de guedel;- Aspirar secrees se necessrio;- Administrar teraputica anti-convulsivante;- Observar crise convulsiva;- Descrever e registar todas as observadas, tais como: Sequncia dos acontecimentos;.Incio da crise; Durao da crise;- Eventos significativos anteriores crise;- Verificar se h incontinncia urinria ou fecal;- Verificar se h fase clnica ou tnica.- Observar aps a crise,- Descrever e registar:. Forma de cessao da crise;. Nvel de conscincia;. Orientao;. Capacidade motora;. Fala.- Promover repouso;- Deixar a criana confortvel;- Permitir que a criana repouse aps a crise;- Reduzir estimulao sensorial ( luzes, barulho, etc. );- Reduzir ansiedade dos pais:- Promover atmosfera calma;- Explicar propsitos de enfermagem;-Oferecer apoio emocional
- Observar crise convulsiva;- Descrever e registar todas as observadas, tais como: Sequncia dos acontecimentos;.Incio da crise; Durao da crise;Eventos significativos anteriores crise;- Verificar se h incontinncia urinria ou fecal;- Verificar se h fase clnica ou tnica.- Observar aps a crise,- Descrever e registar:. Forma de cessao da crise;. Nvel de conscincia;. Orientao;. Capacidade motora;. Fala.- Promover repouso;- Deixar a criana confortvel;- Permitir que a criana repouse aps a crise;- Reduzir estimulao sensorial ( luzes, barulho, etc. );- Reduzir ansiedade dos pais:- Promover atmosfera calma;- Explicar propsitos de enfermagem;-Oferecer apoio emocional
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
OBRIGADA!
FERIAAADOOOO!
Erros inatos do metabolismo.
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