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Curso Online – Fundamentos de Contabilidade - Técnico do BACEN Teoria e Exercícios Prof. Jaildo Lima Prof. Jaildo Lima de Oliveira www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA 02 – CONTABILIDADE GERAL Nessa aula, estudaremos um pouco mais sobre o Patrimônio Líquido, detalhando o processo de aumento de capital por meio de subscrição e integralização dos recursos pelos acionistas. Em seguida, estudaremos a diferença entre reservas e provisões, demonstrando os vários tipos dessas figuras contábeis. Ato contínuo, retornaremos a comentar um pouco mais sobre contas patrimoniais e contas de resultado, apresentando, por fim, a sistemática de apuração de resultado segundo os critérios contábeis. Boa Aula! 1. O Patrimônio Líquido (PL) Estudamos na Aula 01, que o PL é dado pela diferença entre o Ativo e o Passivo no Balanço Patrimonial. PATRIMÔNIO LÍQUIDO = ATIVO (bens e direitos) - PASSIVO (obrigações) Assim, o PL representa os recursos disponíveis em uma entidade que são, efetivamente, de seus sócios ou proprietários. O PL é composto pelo capital inicial investido pelos sócios na empresa (denominado Capital Social) bem como por variações ocorridas nesse capital ao longo do tempo, em decorrência de: I - novas capitalizações (aumentos de Capital); II - saída de sócios ou diminuição de seus investimentos na empresa (reduções de capital);
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Contabilidade - Aula 02

Oct 03, 2015

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contabilidade Aula 02
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    AULA 02 CONTABILIDADE GERAL

    Nessa aula, estudaremos um pouco mais sobre o Patrimnio Lquido,

    detalhando o processo de aumento de capital por meio de subscrio e

    integralizao dos recursos pelos acionistas. Em seguida, estudaremos a

    diferena entre reservas e provises, demonstrando os vrios tipos dessas

    figuras contbeis. Ato contnuo, retornaremos a comentar um pouco mais

    sobre contas patrimoniais e contas de resultado, apresentando, por fim, a

    sistemtica de apurao de resultado segundo os critrios contbeis.

    Boa Aula!

    1. O Patrimnio Lquido (PL)

    Estudamos na Aula 01, que o PL dado pela diferena entre o Ativo e o

    Passivo no Balano Patrimonial.

    PATRIMNIO LQUIDO = ATIVO (bens e direitos) - PASSIVO (obrigaes)

    Assim, o PL representa os recursos disponveis em uma entidade que so,

    efetivamente, de seus scios ou proprietrios.

    O PL composto pelo capital inicial investido pelos scios na empresa

    (denominado Capital Social) bem como por variaes ocorridas nesse capital

    ao longo do tempo, em decorrncia de:

    I - novas capitalizaes (aumentos de Capital);

    II - sada de scios ou diminuio de seus investimentos na empresa

    (redues de capital);

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    III lucros apurados e retidos (que vo aumentar o PL por meio das

    Reservas de Lucros1) ou prejuzos apurados e ainda no absorvidos (que vo

    diminuir o PL);

    IV outras operaes que vo aumentar ou diminuir o PL, a exemplo de (i)

    correes de erros de perodos anteriores e mudanas de critrios na

    escriturao contbil, e (ii) operaes que no transitam pelo resultado (no

    geram receitas e despesas), como emisso de bnus de subscrio e marcao

    a mercado de ttulos (a serem estudados em tpicos especficos da Aula sobre

    Balano Patrimonial).

    Assim, o PL representar o capital dos scios na empresa, considerando

    tanto os aportes (investimentos) feitos pelos scios como as demais variaes

    decorrentes de suas operaes e de outros eventos pontuais.

    H, na Contabilidade, algumas terminologias que esto associadas ao

    capital investido pelos scios. Dentre essas terminologias podem ser citadas a

    subscrio e a integralizao de capital.

    1.1. Capital Subscrito e Capital Integralizado

    O Capital Subscrito ocorre nos processos de aumento de capital de uma

    empresa quando um scio/proprietrio se compromete a investir mais recursos

    na sua empresa, mas ainda no honrou esse compromisso aportando recursos

    na empresa.

    H 3 contas que, normalmente, registram esse processo de aumento de

    capital:

    Capital Social Subscrito: registra o montante de recursos que os

    scios/proprietrios devem subscrever (aportar na empresa). Esse

    aporte pode ocorrer ao longo de um perodo definido no contrato ou no

    estatuto da empresa;

    Capital Social a Integralizar: registra o montante dos recursos que

    scios/proprietrios ainda no aportaram. uma conta retificadora do

    PL, uma vez que vai ajustar o montante do Capital Social que ainda no

    foi integralizado;

    1 Parcela dos lucros apurados que podem ser retidos na empresa. Veremos mais detalhes na Seo sobre Reservas e Provises e na aula sobre Balano Patrimonial.

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    Capital Social Integralizado: registra o montante dos recursos j

    aportado pelos scios/proprietrios da empresa.

    1.2. Exemplo de escriturao: Capital Subscrito e Capital Integralizado

    Exemplo: A nova empresa AXB, com a participao de 2 scios, anuncia que

    far a constituio inicial de seu capital, em espcie, no montante de

    R$20.000,00, cabendo R$15.000,00 para o primeiro scio e R$5.000,00 para o

    segundo. Em um primeiro momento, somente o primeiro scio confirma seu

    compromisso, aportando os recursos. Depois, o segundo scio confirma seu

    compromisso.

    Os lanamentos seriam:

    1) Pelo anncio da empresa do aumento de capital:

    D Capital Social a Integralizar ........... 20.000,00 C Capital Social Subscrito ................. 20.000,00

    O Balano dessa empresa aps esse lanamento seria:

    Balano Patrimonial Aps o anncio do aumento de capital Ativo(P) Passivo (P)

    - - Patrimnio Lquido (PL) Capital Social Subscrito 20.000,00 (-) Capital Social a Integralizar (20.000,00)

    Total do Ativo 0,00 Total do Passivo + PL 0,00

    2) Pela integralizao dos recursos pelo 1 scio:

    D Caixa.......................................... 15.000,00 C Capital Social a Integralizar ........... 15.000,00

    O Balano dessa empresa aps esse lanamento seria:

    Balano Patrimonial Aps o aporte pelo 1 scio Ativo(P) Passivo (P)

    Caixa 15.000,00 - - Patrimnio Lquido (PL) Capital Social Subscrito 20.000,00 (-) Capital Social a Integralizar (5.000,00)

    Total do Ativo 15.000,00 Total do Passivo + PL 15.000,00

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    3) Pela integralizao dos recursos pelo 2 scio:

    D Caixa............................................ 5.000,00 C Capital Social a Integralizar ............. 5.000,00

    O Balano dessa empresa aps esse lanamento seria:

    Balano Patrimonial Aps o aporte pelo 2 scio Ativo(P) Passivo (P)

    Caixa 20.000,00 - - Patrimnio Lquido (PL) Capital Social Subscrito 20.000,00 (-) Capital Social a Integralizar 0,00

    Total do Ativo 20.000,00 Total do Passivo + PL 20.000,00

    4) Pela baixa dos montantes subscritos em funo da efetiva integralizao dos recursos pelo scios:

    D Capital Social Subscrito ................ 20.000,00 C Capital Social Integralizado ........... 20.000,00

    O Balano dessa empresa aps esse lanamento seria:

    Balano Patrimonial Final Ativo(P) Passivo (P)

    Caixa 20.000,00 - - Patrimnio Lquido (PL) Capital Social Integralizado 20.000,00

    Total do Ativo 20.000,00 Total do Passivo + PL 20.000,00

    Assim, Capital Subscrito e Capital Integralizado so mecanismos para

    controle dos recursos de scios que sero incorporados ao PL de uma empresa,

    permitindo, por meio da sistemtica de escriturao, a identificao dos

    montantes j integralizados e daqueles ainda em processo de incorporao.

    2. Reservas e provises

    A Contabilidade utiliza vrias formas para controle e evidenciao das

    informaes do patrimnio de uma empresa. Vimos na Aula 1 o papel das

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    contas, do plano de contas e das demonstraes contbeis (mesmo que

    de uma forma bem introdutria) nesse processo.

    Algumas contas (rubricas) na Contabilidade registram montantes que a

    empresa destaca em seu patrimnio associando-os a objetivos especficos.

    Dentre elas, esto as contas que registram reservas e provises.

    2.1. Reservas

    As reservas representam valores que compem o PL de uma empresa, alm

    do Capital Social. De acordo com a legislao societria, h 2 tipos de reservas

    contbeis:

    Reservas de Capital: decorrem de eventos especficos que aumentam o

    PL de uma empresa sem transitarem pelo resultado, ou seja, sem

    serem considerados para fins de apurao do resultado de um perodo.

    Exemplos: Reserva de Capital de gios na emisso de aes, Reservas

    de Capital de Prmios na Emisso de Partes Beneficirias. Tais contas

    sero estudadas em mais detalhe na aula sobre a estrutura do Balano

    Patrimonial;

    Reservas de Lucros: decorrem da apurao de lucros em um perodo

    ou de lucros acumulados de perodos anteriores para uma destinao

    futura. As Reservas de Lucros podem (i) ser derivadas de imposio

    legal, (ii) estar previstas no Estatuto da empresa e (iii) ser aprovadas

    pelos scios e acionistas com finalidades especficas. Exemplos: Reserva

    Legal, Reserva Estatutria, Reservas para Novos Investimentos.

    Citamos, abaixo, as reservas de lucro previstas na legislao societria:

    I Reserva Legal: constituda com base em, no mnimo, 5% do lucro do

    exerccio, sendo destinada proteo do Capital Social, podendo ser utilizada

    somente no aumento do capital ou na compensao de prejuzos. Deve deixar

    de ser constituda quando seu saldo representar mais de 20% do Capital

    Social. Pode deixar de ser constituda quando seu saldo somado ao saldo das

    Reservas de Capital representar mais de 30% do Capital Social;

    II Reserva para Contingncias: parcela do lucro destinada a cobrir

    eventuais perdas julgadas provveis em exerccios sociais futuros. Tais perdas

    esto, no entanto, condicionadas a algum evento incerto (contingncia). A

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    proposta dos rgos da administrao dever indicar a causa da perda prevista

    e justificar, com as razes de prudncia que a recomendem, a constituio da

    reserva. A reserva ser revertida no exerccio em que deixarem de existir as

    razes que justificaram a sua constituio ou em que ocorrer a perda;

    III Reserva Estatutria: parcela do lucro que, segundo o Estatuto da

    empresa, deve ser utilizada para alguma finalidade especfica. O estatuto

    poder criar reservas desde que, para cada uma indique, de modo preciso e

    completo, a sua finalidade, fixe os critrios para determinar a parcela anual

    dos lucros lquidos que sero destinados sua constituio e estabelea o

    limite mximo da reserva;

    IV Reserva de Incentivos Fiscais: parcela do lucro lquido decorrente

    de doaes ou subvenes governamentais para investimentos, que excluda

    da apurao do lucro real2 e que tambm pode ser excluda da base de clculo

    do dividendo obrigatrio;

    V Reserva de Lucros a Realizar: parcela do lucro que ainda no foi

    realizado financeiramente e, em funo disso, ainda no pode ser distribuda.

    No exerccio em que o montante do dividendo obrigatrio, calculado nos

    termos do estatuto ou do art. 202 da Lei 6.404/76, ultrapassar a parcela

    realizada do lucro lquido do exerccio, a assemblia-geral da companhia

    poder, por proposta dos rgos de administrao, destinar o excesso

    constituio de reserva de lucros a realizar.

    VI Reserva para Dividendo Obrigatrio No Distribudo: constituda

    quando o pagamento do dividendo em determinado perodo for incompatvel

    com a situao financeira da companhia. O conselho fiscal, se em

    funcionamento, dever dar parecer sobre essa informao e, na companhia

    aberta, seus administradores encaminharo Comisso de Valores Mobilirios,

    dentro de 5 (cinco) dias da realizao da assemblia-geral, exposio

    justificada da informao transmitida assemblia.

    Apresentamos a seguir um exemplo bem simples da constituio das

    reservas de lucro.

    2 Lucro que ser base da tributao.

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    Exemplo: A empresa AXB, tinha em seu Balano Patrimonial com as

    seguintes contas:

    Balano Patrimonial Inicial Ativo(P) Passivo (P)

    Caixa 15.000,00 - Mercadorias 35.000,00 - Clientes 20.000,00 Patrimnio Lquido (PL)

    Capital Social 60.000,00 Lucros Acumulados 10.000,00

    Total do Ativo 70.000,00 Total do Passivo + PL 70.000,00

    Desses lucros acumulados, a empresa ir destinar, conforme proposta de

    sua Administrao, os seguintes valores para constituio das reservas de

    lucros:

    R$ 700,00 para constituio de Reserva Legal;

    R$ 1.800,00 para constituio de Reserva Estatutria.

    Os lanamentos contbeis seriam

    1) Pela constituio da Proviso p/Contingncias Trabalhistas:

    D Lucros Acumulados*.........................................................2.500,00 C Reserva Legal* .................................................................. 700,00 C Reserva Estatutria * .......................................................1.800,00

    * Conta do PL

    O Balano dessa empresa aps esses lanamentos seria:

    Balano Patrimonial Final Ativo(P) Passivo (P)

    Caixa 15.000,00 - Mercadorias 35.000,00 Clientes 20.000,00 Patrimnio Lquido (PL) Capital Social 60.000,00

    Lucros Acumulados 7.500,00 Reservas de Lucros . Reserva Legal 700,00 . Reserva Estatutria 1.800,00

    Total do Ativo 70.000,00 Total do Passivo + PL 70.000,00

    Ateno: Veremos mais detalhes sobre a constituio das reservas de

    lucros em aula especfica sobre a estrutura do Balano Patrimonial.

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    2.2. Provises

    Na prtica contbil brasileira, as provises representam valores que uma

    empresa estima perder durante um determinado perodo (o registro dessa

    expectativa de perda ocorre antes da apurao do resultado). Nesse sentido, a

    empresa, ao registrar essa expectativa de perda, o faz em contrapartida ao

    registro de uma despesa que ir diminuir o lucro do perodo de sua

    constituio. A proviso por conta de expectativa de perdas pode ser tanto

    uma proviso ativa (registrada no Ativo), quando vinculada a outra conta do

    Ativo, quanto uma proviso passiva (registrada no Passivo) por no estar

    associada conta de Ativo.

    As provises tambm podem representar obrigaes relacionadas a valores

    de despesas provisionadas (escrituradas na contabilidade) no perodo, mas

    ainda no pagas. Tais provises so registradas no Passivo.

    2.2.1. Provises para perdas do Ativo

    As provises para perdas do Ativo ajustam valores de ativos registrados

    pela empresa, indicando a potencial perda sobre o total desses ativos. So

    exemplos de provises ativas a Proviso para Devedores Duvidosos (conhecida

    pela sigla PDD) e a Proviso para Perdas Permanentes em Ativos Fixos.

    Exemplo: A empresa AXB, tinha em seu Balano Patrimonial com as

    seguintes contas:

    Balano Patrimonial Inicial Ativo(P) Passivo (P)

    Caixa 15.000,00 - Mercadorias 35.000,00 - Clientes 20.000,00 Patrimnio Lquido (PL)

    Capital Social 60.000,00 Lucros Acumulados 10.000,00

    Total do Ativo 70.000,00 Total do Passivo + PL 70.000,00

    Em seguida, como ajuste final desse Balano, essa empresa resolve

    constituir uma proviso para eventuais perdas em sua carteira de clientes,

    uma vez que historicamente verifica que uma pequena parcela de seus clientes

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    no honra seus compromissos. Sendo assim, constitui a proviso para

    devedores duvidosos no montante de 5% do carteira de clientes (R$20.000,00

    x 5% = R$1.000,00). Os lanamentos seriam:

    1) Pela constituio da Proviso p/Devedores Duvidosos (PDD):

    D Despesa com PDD* ..........................................................1.000,00 C Proviso para Devedores Duvidosos** ................................1.000,00

    * Conta de resultado devedora

    ** Conta de Ativo retificadora da conta Clientes

    2) Pelo ajuste dos lucros acumulados em funo da despesa com PDD:

    D Lucros Acumulados*.........................................................1.000,00 C Despesa com PDD** ........................................................1.000,00

    * Conta do PL

    ** Conta de resultado devedora

    Como veremos ainda nessa Aula, todas as contas de despesas e receitas

    no aparecem no Balano Patrimonial uma vez que so zeradas quando da

    Apurao do Resultado. Nesse exemplo simples, estamos assumindo que a

    conta de Despesa com PDD impactou diretamente os Lucros Acumulados pela

    empresa. Veremos que esse processo um pouco mais detalhado do que a

    simplificao adotada aqui.

    O Balano dessa empresa aps esses lanamentos seria:

    Balano Patrimonial Final Ativo(P) Passivo (P)

    Caixa 15.000,00 - Mercadorias 35.000,00 - Clientes 20.000,00 Patrimnio Lquido (PL) (-) Proviso para Devedores Duvidosos (1.000,00) Capital Social 60.000,00

    Lucros Acumulados 9.000,00 Total do Ativo 69.000,00 Total do Passivo + PL 69.000,00

    Ateno: Antes de avanarmos, importante destacar que o registro dessa

    despesa de proviso afetou o PL da empresa, reduzindo-o, mas no impactou

    sua disponibilidade, uma vez que o reconhecimento dessa despesa no teve

    efeito caixa. Esse um exemplo da aplicao do regime da competncia, no

    qual uma despesa (a de PDD) foi registrada, mas no houve fluxo financeiro

    associado a ela.

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    2.2.2. Provises para perdas do Passivo

    As provises para perdas do Passivo registram expectativas de perdas que

    no esto associadas diretamente a nenhum ativo. Esse tipo de despesa

    registrado como uma proviso passiva. Elas podem ser provises para

    contingncias (perdas no confirmadas mais para quais j h um grau

    significativo de certeza) ou para outras situaes como o oferecimento de

    garantias na venda de produtos (chamadas de proviso para garantias).

    Exemplo de Proviso Passiva: A empresa AXB tinha em seu Balano

    Patrimonial com as seguintes contas:

    Balano Patrimonial Inicial Ativo(P) Passivo (P)

    Caixa 15.000,00 - Mercadorias 35.000,00 - Clientes 20.000,00 Patrimnio Lquido (PL)

    Capital Social 60.000,00 Lucros Acumulados 10.000,00

    Total do Ativo 70.000,00 Total do Passivo + PL 70.000,00

    Em seguida, como ajuste final desse Balano, essa empresa resolve

    constituir uma proviso para eventuais perdas em aes trabalhistas de ex-

    empregados (contingncias trabalhistas). O Departamento Jurdico da empresa

    indicou que a empresa pode perder em torno de R$2.000,00 com tais aes.

    Assim, a Contabilidade far os seguintes lanamentos:

    1) Pela constituio da Proviso p/Contingncias Trabalhistas:

    D Despesa com proviso para contingncias trabalhistas* ........2.000,00 C Proviso para Contingncias Trabalhistas** .........................2.000,00

    * Conta de resultado devedora

    ** Conta do Passivo

    2) Pelo ajuste dos lucros acumulados em funo da despesa com proviso para contingncias trabalhistas:

    D Lucros Acumulados*.........................................................2.000,00 C Despesa com proviso para contingncias trabalhistas ** .....2.000,00

    * Conta do PL

    ** Conta de resultado devedora

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    Como j destacado, as contas de despesas e receitas no aparecem no

    Balano Patrimonial uma vez que so zeradas quando da Apurao do

    Resultado. Tambm nesse exemplo simples, estamos assumindo que a conta

    de Despesa com Proviso para Contingncias Trabalhistas impactou

    diretamente os lucros acumulados pela empresa. Veremos que esse processo

    um pouco mais detalhado do que a simplificao aqui adotada.

    O Balano dessa empresa aps esses lanamentos seria:

    Balano Patrimonial Final Ativo(P) Passivo (P)

    Caixa 15.000,00 Proviso para Contingncias Trabalhistas

    2.000,00 Mercadorias 35.000,00 Clientes 20.000,00 Patrimnio Lquido (PL) Capital Social 60.000,00

    Lucros Acumulados 8.000,00 Total do Ativo 70.000,00 Total do Passivo + PL 70.000,00

    Ateno: Antes de avanarmos, importante destacar que o registro dessa

    despesa de proviso afetou o PL da empresa, reduzindo-o, mas ainda no

    impactou sua disponibilidade, uma vez que o reconhecimento dessa despesa

    no teve efeito imediato em seu caixa. Esse efeito s ocorrer quando

    confirmadas as perdas com as aes trabalhistas. Este mais um exemplo

    simples do regime da competncia.

    2.2.3. Provises para Obrigaes do Passivo

    Na contabilidade tambm so denominados provises os montantes

    relacionados a despesas que sero pagas por uma entidade no futuro. Isso

    ocorre em funo do regime de competncia, no qual a apropriao de receitas

    e despesas deve ser feita no perodo de sua ocorrncia, mesmo que o fluxo

    financeiro relacionado a tais itens acontea em momento distinto. Esse tipo de

    despesa registrado como uma proviso passiva.

    H diversos tipos de provises passivas associadas a obrigaes. Podemos

    citar a Proviso para IR, a Proviso para FGTS e a Proviso para Frias.

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    Exemplo: A empresa AXB, tinha em seu Balano Patrimonial com as

    seguintes contas:

    Balano Patrimonial Inicial Ativo(P) Passivo (P)

    Caixa 15.000,00 - Mercadorias 35.000,00 - Clientes 20.000,00 Patrimnio Lquido (PL)

    Capital Social 60.000,00 Lucros Acumulados 10.000,00

    Total do Ativo 70.000,00 Total do Passivo + PL 70.000,00

    Em seguida, como ajuste final desse Balano, essa empresa resolve

    constituir uma proviso para pagamento futuro de IR sobre os lucros do

    perodo no montante de R$800,00. Assim, a Contabilidade far os seguintes

    lanamentos:

    1) Pela constituio da Proviso p/IR:

    D Despesa com proviso para IR* ........................................... 800,00 C Proviso para IR** ............................................................. 800,00

    * Conta de resultado devedora

    ** Conta do Passivo

    2) Pelo ajuste dos lucros acumulados em funo da despesa com proviso para contingncias trabalhistas:

    D Lucros Acumulados*........................................................... 800,00 C Despesa com proviso para IR** ......................................... 800,00

    * Conta do PL

    ** Conta de resultado devedora

    Como j destacado, as contas de despesas e receitas no aparecem no

    Balano Patrimonial uma vez que so zeradas quando da Apurao do

    Resultado. Tambm nesse exemplo simples, estamos assumindo que a conta

    de Despesa com Proviso para IR impactou diretamente os Lucros Acumulados

    pela empresa. Veremos que esse processo um pouco mais detalhado do que

    a simplificao aqui adotada.

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    O Balano dessa empresa aps esses lanamentos seria:

    Balano Patrimonial Final

    Ativo(P) Passivo (P) Caixa 15.000,00 Proviso para IR 800,00 Mercadorias 35.000,00 Clientes 20.000,00 Patrimnio Lquido (PL) Capital Social 60.000,00

    Lucros Acumulados 9.200,00 Total do Ativo 70.000,00 Total do Passivo + PL 70.000,00

    Ateno: Mais uma vez, destacamos que o registro dessa despesa de

    proviso afetou o PL da empresa, reduzindo-o, mas ainda no impactou sua

    disponibilidade, o que ocorrer somente quando a despesa com esse imposto

    for efetivamente paga.

    3. Contas Patrimoniais e Contas de Resultado

    Na Aula 1, quando tratamos dos Procedimentos Contbeis Bsicos,

    estudamos que o Plano de Contas de uma empresa sempre ter contas

    patrimoniais e contas de resultado.

    As contas patrimoniais registram ativos (bens e direitos), passivos

    (obrigaes) e os montantes relacionados ao PL.

    As contas de resultado registram as receitas e as despesas que sero base

    para apurao do resultado.

    Mesmo sem ter conhecimento profundo de Contabilidade, h algumas

    formas de identificar a qual grupo se refere uma conta:

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    Grupo Dicas para classificao Exemplos de Contas

    CO

    NT

    AS

    PA

    TR

    IMO

    NIA

    IS

    Ativo Representam bens e direitos. Dessa forma, as contas que tenham denominao indicativa desses ativos podero ser entendidas como contas de Ativo. Ademais contas com as terminaes ...a receber; ... a compensar, ...a recuperar so indicativas de direitos e podem ser entendidas como de Ativo

    Caixa, Bancos Conta Movimento, Aplicaes em Ttulos e Valores Mobilirios, Mercadorias, Clientes, Valores a Receber, Impostos a Compensar, ICMS a Recuperar, Adiantamentos a Fornecedores etc

    Passivo Representam obrigaes. Dessa forma, as contas que tenham denominao indicativa de obrigaes a serem liquidadas podem ser entendidas como de Passivo. Ademais contas com as terminaes ...a pagar e ... a recolher, so indicativas de obrigaes e podem ser entendidas como de Passivo.

    Fornecedores, Emprstimos Obtidos, Emprstimos a Pagar, Contas a Pagar, IR a Recolher, Salrios a Pagar, Impostos a Recolher etc

    Patrimnio

    Lquido

    (PL)

    Representam os recursos dos scios (capital, reservas e lucros). Dessa forma, as contas que tenham denominao indicativa desses componentes podem ser entendidas como de PL.

    Capital Social, Reserva de Capital, Reserva de Lucros, Reserva Legal, Lucros ou Prejuzos Acumulados etc.

    CO

    NT

    AS

    DE

    RE

    SU

    LT

    AD

    O

    Receitas Representam o faturamento da empresa e outras fontes de rendas e ganhos. Dessa forma, as contas que tenham denominao indicativa comeando como Receita de ...; Rendas de..., Ganhos com... podem ser entendidas como de receita.

    Receita de Vendas, Vendas, Rendas de Operaes Financeiras, Ganhos na Alienao de Imveis, Receitas de Aluguel etc.

    Despesas Representam as despesas, custos e insumos realizados nas atividades da empresa. Dessa forma, as contas que tenham denominao indicativa comeando como Despesa de ...; Custos de..., Gastos com...; Perdas com... podem ser entendidas como de despesa.

    Despesas de salrios, Despesas Operacionais, Custo da Mercadoria Vendida, Despesas Comerciais, Despesas Administrativas, Perdas na Alienao de Imveis etc.

    O conhecimento do grupo e da natureza contbil das contas importante

    para entender o prximo tpico da Aula que a apurao do resultado.

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    4. Apurao do Resultado

    Como visto na Aula 01, uma empresa, de tempos em tempos (meses,

    trimestres, anos etc.), deve verificar se apurou lucros ou prejuzos em suas

    atividades. Esse resultado, basicamente, ser dado pela diferena entre

    receitas e despesas. Se as receitas forem maiores que as despesas, haver

    lucro. Se as receitas forem menores que as despesas, ocorrer prejuzo.

    importante entender o processo ou ciclo contbil relacionado a essa

    apurao de resultado. O processo contbil comea com a escriturao

    (lanamentos nos Livros Dirio e Razo) das operaes realizadas. Em

    seguida, elaborado um balancete de verificao. Depois, so encerradas as

    contas de resultado, feitas correes e ajustes e elaboradas as demonstraes

    contbeis.

    A figura a seguir sintetiza tais passos:

    Figura 1 Ciclo Contbil3

    Antes de detalharmos esse processo, preciso, no entanto, comentar como

    feita a escriturao de algumas operaes especficas que so referncia

    para a apurao de resultados. Sero vistas, resumidamente, as operaes

    com mercadorias que definiro a forma como o resultado ser apurado.

    3 Fonte: FGV/BsB MBA Controladoria e Finanas Material elaborado Prof

    a. Slvia Marques 2006.

    Demonstraes

    Contbeis

    Eventos

    e

    Transaes

    Correes e ajustes

    Preparao do Balancete

    Transcrio dos valores para o Razo

    Lanamentos

    no Dirio

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    Ateno: O tpico Operaes com Mercadorias ser aprofundado em Aula

    especfica do curso.

    4.1. Operaes com Mercadorias

    Uma das etapas importantes do processo de escriturao nas empresas

    comerciais se refere ao registro das operaes com mercadorias. Tais

    empresas compram e revendem produtos diversos e precisam ter um controle

    especfico do valor de compra e de venda de cada produto e do prprio

    estoque das mercadorias. H, ainda, a necessidade de registro dos tributos

    incidentes sobre as vendas realizadas, observada a legislao especfica.

    Um dos pontos principais desse controle a definio do preo pelo qual a

    mercadoria ser baixada do estoque. Esse preo chamado Custo da

    Mercadoria Vendida (CMV) e pode ser calculado de diversas maneiras. Os

    critrios mais utilizados so o PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai);

    UEPS (ltimo que Entra, Primeiro a Sair) e o MPM (Mdia Ponderada Mvel).

    Tais critrios partem do pressuposto de estabilidade nos preos na economia.

    As grandes empresas de varejo que trabalham com uma grande quantidade

    de produtos podem adotar o chamado mtodo do varejo, por ser mais simples

    e menos dispendioso. Por esse mtodo, do preo de venda retiram-se as

    despesas e a margem do lucro chegando-se ao custo do estoque.

    4.1.1. Critrio PEPS Primeiro que Entra, Primeiro que Sai

    Por este critrio, conhecido tambm pela sigla em ingls FIFO (First In, First

    Out), os preos mais antigos em estoque so os primeiros a serem baixados

    quando da venda de uma mercadoria.

    Ex: suponha que uma empresa comercialize um nico produto. Ela tem em

    estoque 200 unidades desse produto adquiridas por R$5,00 cada e 300

    unidades adquiridas por R$5,50. Faz a venda vista de 250 unidades, por

    R$10,00 cada. Qual o lucro obtido pela empresa nesta venda?

    Para responder essa pergunta, vejamos uma Ficha de Controle de Estoque e

    como deveria ser feita a baixa da mercadoria nessa Ficha:

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    Ficha de Controle de Estoque (Mtodo PEPS)

    Data Entrada Sada Saldo

    Qtde PU Total Qtde PU Total Qtde PU Total 0 200 5,00 1.000,00 300 5,50 1.650,00 500 2.650,00 1 200 5,00 1.000,00 50 5,50 275,00 250 5,50 1.375,00 250 1.275,00

    Na Ficha de Controle do Estoque feito um controle da quantidade (Qtde) e

    do Preo Unitrio (PU) pelo qual cada mercadoria comprada (representando a

    Entrada de mercadorias no estoque), vendida (representando a Sada de

    mercadorias no estoque) e o estoque final dessas mercadorias no estoque

    (representado o Saldo aps cada entrada e sada de mercadorias).

    O lucro obtido nessa operao seria, ento, a diferena entre o preo de

    venda (250 und x R$10,00 = R$2.500,00) e o custo de aquisio

    (R$1.275,00), obtido pela baixa de estoque observado o critrio PEPS, ou seja,

    R$1.225,00. Dessa forma, a empresa vendeu por R$2.500,00 algo que lhe

    custou R$1.275,00.

    Os lanamentos contbeis relativos a tal venda seriam:

    P/Venda P/Baixa do Estoque

    D Caixa 2.500,00 D CMV* 1.275,00

    C Vendas* 2.500,00 C Mercadorias 1.275,00

    * Conta de resultado.

    4.1.2. Critrio UEPS ltimo que Entra, Primeiro que Sa

    Por este critrio, conhecido tambm pela sigla em ingls LIFO (Last In, First

    Out), os preos mais novos em estoque so os primeiros a serem baixados

    quando de uma venda.

    Ex: Voltemos situao anterior. Suponha que uma empresa comercialize

    um nico produto. Ela tem em estoque 200 unidades desse produto adquiridas

    por R$5,00 cada e 300 unidades adquiridas por R$5,50. Faz a venda vista de

    250 unidades, por R$10,00 cada. Qual o lucro obtido pela empresa nesta

    venda?

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    Para responder essa pergunta, vejamos na Ficha de Controle de Estoque

    como deveria ser feita a baixa da mercadoria:

    Ficha de Controle de Estoque (Mtodo UEPS)

    Data Entrada Sada Saldo

    Qtde PU Total Qtde PU Total Qtde PU Total 0 200 5,00 1.000,00 300 5,50 1.650,00 500 2.650,00 1 250 5,50 1.375,00 200 5,00 1.000,00 50 5,50 275,00 250 1.275,00

    O lucro obtido nessa operao seria, ento, a diferena entre o preo de

    venda (250 und x R$10,00 = R$2.500,00) e o custo de aquisio

    (R$1.375,00), obtido pela baixa de estoque observado o critrio. Assim o lucro

    seria R$1.125,00. Percebam que o mtodo UEPS pressupe, normalmente, um

    lucro e estoque final menores que o mtodo PEPS.

    Os lanamentos contbeis relativos a tal venda seriam:

    P/Venda P/Baixa do Estoque

    D Caixa 2.500,00 D CMV* 1.375,00

    C Vendas* 2.500,00 C Mercadorias 1.375,00

    * Conta de resultado.

    4.1.3. Critrio MPM Mdia Ponderada Mvel

    Por este critrio, os preos em estoque so mantidos pela mdia ponderada.

    Este preo mdio ser utilizado para a baixa do estoque.

    Ex: suponha que uma empresa comercialize um nico produto. Ela tem em

    estoque 200 unidades desse produto adquiridas por R$5,00 cada e 300

    unidades adquiridas por R$5,50. Faz a venda vista de 250 unidades, por

    R$10,00 cada. Qual o lucro obtido pela empresa nesta venda?

    Para responder essa pergunta, vejamos na Ficha de Controle de Estoque

    como deveria ser feita a baixa da mercadoria:

    Ficha de Controle de Estoque (Mtodo MPM)

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    Data Entrada Sada Saldo

    Qtde PU Total Qtde PU Total Qtde PU Total 0 200 5,00 1.000,00 300 5,50 1.650,00 500 5,30 2.650,00 1 250 5,30 1.325,00 250 5,30 1.325,00

    O lucro obtido nessa operao seria, ento, a diferena entre o preo de

    venda (250 x R$10,00 = R$2.500,00) e o custo de mdio de aquisio

    (R$1.325,00), obtido pela baixa de estoque observado o critrio, ou seja,

    R$1.175,00. Percebam que o mtodo MPM pressupe, normalmente, um lucro

    situado entre PEPS e o UEPS. Da mesma forma, o estoque final pelo MPM

    estar entre o estoque final apurado no PEPS (o maior) e o estoque final

    apurado no UEPS (o menor).

    Os lanamentos contbeis relativos a tal venda seriam:

    P/Venda P/Baixa do Estoque

    D Caixa 2.500,00 D CMV* 1.325,00

    C Vendas* 2.500,00 C Mercadorias 1.325,00

    * Conta de resultado.

    4.1.4. Comparativo entre os diversos critrios de controle do estoque

    Como visto, os diferentes critrios resultam em valores finais de CMV,

    estoque final e lucro distintos. A partir das informaes constantes dos

    exemplos anteriores, o quadro abaixo sintetiza os valores resultantes de cada

    critrio:

    Quadro Comparativo dos Diversos Critrios de Controle de Estoque

    PEPS MPM UEPS Receitas 2.500,00 2.500,00 2.500,00 (-) CMV 1.275,00 1.325,00 1.375,00 = Lucro 1.225,00 1.175,00 1.125,00

    Estoque Final 1.375,00 1.325,00 1.275,00

    Como pode ser observado, o critrio UEPS tende a retornar menores lucros,

    ainda mais quando h um processo inflacionrio significativo. Em funo disso,

    ele no aceito pela legislao fiscal brasileira, pois menores lucros resultaram

    em uma carga tributria menor.

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    4.2. Aspectos Tributrios

    Alguns tributos incidem diretamente sobre o faturamento da empresa.

    Dependendo da forma de apurao do lucro fiscal adotado pela empresa e do

    seu ramo de atividade, ela pode compensar no tributo a pagar os tributos que

    esto embutidos no preo da mercadoria por ela adquiridos. Quando isso

    possvel, diz-se que o tributo no cumulativo. Quando isso no possvel,

    diz-se que o tributo cumulativo.

    Em uma empresa comercial que apura o Imposto de Renda (IRPJ4) com

    base no Lucro Real5, so tributos no cumulativos o ICMS6, o PIS7 e a

    COFINS8. Nos chamados tributos no-cumulativos possvel, quando da

    venda, que o comerciante compense no valor pago a ttulo de ICMS, PIS e

    COFINS, os valores por ele pagos quando da aquisio da mercadoria.

    Como h a possibilidade de compensao, tais tributos (ICMS, PIS e

    COFINS) no so considerados como custo da mercadoria.

    Vamos trabalhar, na seo seguinte, em um exemplo apenas para indicar o

    efeito dos tributos sobre as operaes com mercadorias, demonstrando o

    efeito do ICMS e o do IRPJ sobre tais operaes. No vamos tecer muitos

    detalhes adicionais sobre tributao ao longo do curso uma vez que esse tpico

    no foi objeto do ltimo Edital.

    4 IRPJ: Imposto sobre a Renda de Pessoas Jurdicas: um imposto de competncia da Unio que incide sobre o lucro das empresas. 5 Pela legislao fiscal, existem 3 formas de tributao para fins de apurao do IR: Lucro Real, Lucro Presumido e Lucro Arbitrado. No Lucro Real, so apuradas todas as receitas e despesas aceitas pelo Fisco para o clculo da base de tributao. No Lucro Presumido, feita uma estimativa da base de tributao. No Lucro Arbitrado o prprio Fisco faz a estimativa da base de clculo do IR. O Lucro Real normalmente exigido das grandes empresas e das instituies financeiras. 6 ICMS: Imposto sobre operaes relativas circulao de mercadorias e sobre a prestao de servios de transportes interestadual e intermunicipal e de comunicao: um imposto de competncia de estados e DF que incide sobre a circulao de mercadorias. 7 PIS: Programa de Integrao Social. uma contribuio obrigatria, de competncia da Unio, exigida das empresas com base em seu faturamento mensal, para formao de um fundo que ampara os trabalhadores. Os recursos arrecadados via PIS permitem o pagamento, pelo Governo, de alguns benefcios, dentre eles, o Seguro Desemprego. 8 COFINS: Contribuio para Financiamento da Seguridade Social: uma contribuio obrigatria, tambm de competncia da Unio, exigida das empresas com base em seu faturamento mensal, com o objetivo exclusivo de financiar as despesas do Governo Federal com as reas de sade, previdncia e assistncia social.

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    4.3. Exemplo de apurao do resultado

    No exemplo, tambm vamos aproveitar para demonstrar, passo a passo, o

    processo de apurao do resultado que, como vimos, comea com a

    escriturao das operaes, seguida da apurao do resultado propriamente

    dito e da elaborao das demonstraes contbeis (a princpio, somente o

    Balano Patrimonial).

    Exemplo: Suponha que uma empresa comercial que apura o IR com base no

    Lucro Real tinha em seu balano inicial exclusivamente R$100.000,00 no Caixa

    e nenhuma dvida. O Capital Social da empresa tambm era de R$100.000,00.

    No perodo, ela:

    I - adquire, a prazo, por R$50.000,00, 500 unidades de determinada

    mercadoria.

    II - em seguida, vende, vista, 300 unidades R$ 200,00 cada.

    Considerando que s ocorreram estas operaes no perodo, que o ICMS

    incidente sobre a operao foi de 17%, tanto na compra quanto na venda de

    mercadorias e que a empresa trabalha com o critrio PEPS, qual seria o

    resultado do perodo e qual seria o saldo de ICMS a Recolher?

    Para resolver a questo, sero feitos os lanamentos contbeis e a ficha de

    estoque:

    I) Lanamentos contbeis (escriturao nos livros Dirio e Razo):

    1) P/Compra de Mercadorias

    D Mercadorias 41.500,00 D C/C ICMS* 8.500,00 C Fornecedores 50.000,00

    * Conta para controle do clculo do ICMS devido: 50.000 x 17% = 8.500,00.

    2) P/Venda de Mercadorias D Caixa 60.000,00 C Vendas* 60.000,00

    2.1) P/Registro do ICMS s/ a Venda

    D ICMS S/Faturamento 10.200,00 C C/C ICMS* 10.200,00

    * Conta para controle do clculo do ICMS devido: 60.000 x 17% = 10.200,00.

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    Ficha de Controle de Estoque (Mtodo PEPS)

    Data Entrada Sada Saldo

    Qtde PU Total Qtde PU Total Qtde PU Total 0 - - - 1 500 83,00 41.500,00 500 83,00 41.500,00 2 300 83,00 24.900,00 200 83,00 16.600,00

    2.2) P/Baixa do Estoque D CMV* 24.900,00 C Mercadorias 24.900,00 * Conta de Resultado

    3) Apurao do ICMS do Perodo D C/C ICMS* 1.700,00 C ICMS a Recolher 1.700,00

    * Conta de Resultado = ICMS da venda ICMS da compra = R$ 10.200 R$ R$ 8.500.

    II) Levantamento do Balancete de Verificao

    Deve ser apurado com base no saldo em cada conta com saldo existente9. A

    partir das informaes acima, o balancete teria os seguintes dados:

    Balancete de Verificao Conta Grupo Saldo Devedor Saldo Credor

    Caixa Ativo 160.000,00 Capital Social PL 100.000,00 Mercadorias Ativo 16.600,00 Fornecedores Passivo 50.000,00 Vendas Receita 60.000,00 ICMS S/Faturamento Despesa 10.200,00 CMV Despesa 24.900,00 ICMS a Recolher Passivo 1.700,00

    Total 211.700,00 211.700,00

    III) Apurao do Resultado

    9 Contas com saldo zerado, a exemplo de C/C de ICMS no precisam ser listados no Balancete de Verificao.

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    Aps o levantamento do Balancete de Verificao, as contas representativas

    de receitas e despesas devem ser zeradas para apurao do lucro do perodo.

    O zeramento das contas feito por meio de lanamentos a dbito das receitas

    (que tm saldo credor) e a crdito das despesas (que tm saldo devedor).

    A diferena entre receitas e despesas ser registrada como lucro (se

    receitas forem maiores que as despesas) ou como prejuzo (se receitas forem

    menores que as despesas):

    No nosso exemplo ser feito o seguinte lanamento:

    4) Pela Apurao do Resultado D Vendas* 60.000,00 C ICMS S/Faturamento* 10.200,00 C CMV* 24.900,00 C Lucro Antes do IR* 24.900,00 * Conta de Resultado

    Supondo que essa empresa, seja obrigada a recolher 25% de IR sobre esse

    lucro, ela faria o seguinte lanamento final ainda o seguinte lanamento:

    5) Pela Apurao do IR sobre o Lucro D Despesa de IR* 6.225,00 C IR a Recolher 6.225,00 * Conta de Resultado

    Como a apurao do IR gerou mais uma conta de despesa (Despesa de IR)

    essa tambm ser zerada quando da apurao do resultado final aps o IR.

    Observe que a despesa de IR gera tambm um novo passivo (IR a Recolher),

    que dever ser pago pela empresa no momento apropriado conforme define a

    legislao fiscal.

    O lanamento seria o seguinte:

    6) Pela Apurao do Resultado Aps o IR D Lucro Antes do IR* 24.900,00 C Despesa de IR* 6.225,00 C Lucro do Exerccio* 18.675,00 * Conta de Resultado

    Assim, o resultado final da empresa ser dado pelo Lucro Antes do Imposto

    de Renda (LAIR) menos a despesa de Imposto de Renda, ou seja, R$18.675,

    valor que ser incorporado ao seu PL, como ser demonstrado adiante.

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    IV) Transferncia do resultado para PL

    A ltima etapa a transferncia deste resultado para o PL. Posteriormente,

    a partir do prprio PL, o lucro poder ser destinado no pagamento de

    dividendos, na constituio de reservas de lucro ou no aumento de capital,

    como ser visto adiante.

    O lanamento de transferncia ser:

    5) Pela Transferncia do Resultado para PL D Lucro do Exerccio 18.675,00 C Lucros Acumulados 18.675,00

    Se for levantado um novo balancete da empresa aps o zeramento de todas

    as contas de resultado, teremos:

    Balancete de Verificao Conta Grupo Saldo Devedor Saldo Credor

    Caixa Ativo 160.000,00 Capital Social PL 100.000,00 Mercadorias Ativo 16.600,00 Fornecedores Passivo 50.000,00 ICMS a Recolher Passivo 1.700,00 IR a Recolher Passivo 6.225,00 Lucro Acumulados PL 18.675,00

    Total 176.600,00 176.600,00

    Obs.: no listamos nesse Balancete as contas Lucro Antes do IR e Lucro

    do Exerccio uma vez que so contas transitrias utilizadas apenas na

    apurao do resultado e, como veremos, na elaborao da Demonstrao do

    Resultado do Exerccio (DRE).

    A partir, desse balancete final, possvel elaborar o Balano Patrimonial da

    empresa que, em princpio, ter a seguinte configurao:

    Balano Patrimonial Ativo Passivo

    Caixa 160.000,00 Fornecedores 50.000,00 Mercadorias 16.600,00 ICMS a Recolher 1.700,00 IR a Recolher 6.225,00 57.925,00 Patrimnio Lquido Capital Social 100.000,00 Lucros ou Prej. Acum. 18.675,00 118.675,00 Total 176.600,00 Total 176.600,00

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    5. Princpios Fundamentais de Contabilidade

    J estudamos alguns conceitos iniciais sobre contabilidade. Para avanar,

    vamos ver agora os princpios fundamentais de Contabilidade. Esses princpios

    so premissas, conceitos e fundamentos sobre os quais a Contabilidade est

    alicerada. Dessa forma, toda a escriturao contbil busca atender s

    exigncias constantes desses princpios de maneira a garantir a uniformidade

    nos procedimentos de registro contbil realizados pelas diversas empresas. Um

    princpio consagrado quando desenvolvido e aceito por uma grande parcela

    de profissionais da rea contbil, dada a sua praticidade e utilidade

    (relevncia). Vale destacar que pases com mercados de capitais (mercado de

    aes) mais desenvolvidos acabam por ter pesquisa e prticas contbeis

    igualmente desenvolvidos. Isso facilita o processo de desenvolvimento e

    implementao dos princpios contbeis.

    Listaremos a seguir os princpios fundamentais de Contabilidade existentes

    no Brasil, conforme publicao feita pelo Conselho Federal de Contabilidade

    (CFC), rgo responsvel por regular o exerccio dos profissionais de

    Contabilidade no Brasil, conforme consta da Resoluo CFC-750, de 31 de

    dezembro de 1993, atualizado pela Resoluo CFC-1282, de 28 de maio de

    2010:

    5.1. Princpio da Entidade

    Esse princpio estabelece uma distino entre o patrimnio da empresa e o

    patrimnio de seus scios. A Contabilidade pressupe que no pode haver

    envolvimento entre as operaes da uma firma ou sociedade e os negcios

    particulares de seus acionistas/proprietrios. Essa distino tambm existe no

    Direito, que prega distino entre pessoas fsicas e jurdicas. Um exemplo bem

    simples de entidade pode ser visto em uma pequena empresa que tenha

    apenas um proprietrio. Nesse caso, as contas da empresa no podem ser

    confundidas com as contas de seu proprietrio.

    O conceito da entidade vai mais alm, pois pode indicar nveis diferentes de

    entidades dentro de um mesmo grupo econmico. Como exemplo, pode-se

    citar um grande conglomerado financeiro. Cada empresa do grupo econmico

    deve ter sua Contabilidade prpria para fins de planejamento, gesto e

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    controle. O acionista, no entanto, enxerga a empresa como um todo, buscando

    as informaes de maneira consolidada.

    5.2. Princpio da Continuidade

    Esse princpio sugere que as operaes da empresa ocorrero por perodo

    indefinido. Tal princpio fundamental para o modelo de avaliao do

    patrimnio da empresa mais comumente aceito, que o do custo de aquisio,

    base de outro princpio que veremos adiante.

    Ao pressupor a continuidade dos negcios da empresa, a Contabilidade

    direciona seus registros para manter as informaes que serviro de base para

    a verificao da evoluo dos itens componentes do patrimnio. A maior parte

    das empresas constituda sem conter uma previso de encerramento de seus

    negcios. Sendo assim, para avaliar se o patrimnio dessa empresa est

    gerando lucros ou prejuzos, normalmente se compara o custo de aquisio

    dos ativos vendidos com o preo de venda em perodos constantes,

    normalmente de 1 ano. Isso s no ocorre se a empresa for liquidada a

    qualquer instante, quando, ento, sua continuidade ficar prejudicada.

    5.3. Princpio da Oportunidade

    Esse princpio pressupe simultaneamente a tempestividade e a

    integralidade do registro do patrimnio e das suas variaes. O registro

    contbil s deve ser feito se existir razovel certeza de sua ocorrncia, sendo

    passvel de estimao. O registro contempla os aspectos quantitativos e

    qualitativos. As informaes devem ser apuradas em perodos regulares que

    permitam a gerao de informaes para a tomada de deciso.

    5.4. Princpio do Registro pelo Valor Original

    Tambm chamado de Princpio do Custo Histrico como Base de Valor.

    Conceitua que os elementos do ativo entram nos registros contbeis pelo preo

    pago para adquiri-los ou fabric-los. As excees so para os elementos do

    Ativo sujeitos amortizao, depreciao ou exausto ou os que seguem a

    regra conhecida como custo ou mercado, o que for mais baixo.

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    Tal princpio foi adaptado economia brasileira no perodo de alta inflao,

    pois perodos de acentuadas flutuaes de preos restringiam a perfeita

    capacidade de informao da Contabilidade.

    5.5. Princpio da Competncia

    Conforme j comentado anteriormente, as receitas e despesas devem ser

    includas na apurao do resultado do perodo em que ocorrerem,

    independentemente do recebimento ou pagamento. Este princpio tambm

    conhecido como o regime de competncia.

    A receita reconhecida no perodo contbil em que realizada. Essa

    realizao ocorre, normalmente, quando da entrega de bens e servios

    disponibilizados pela empresa aos seus clientes, em troca de dinheiro ou de

    outro elemento do ativo.

    As despesas so atribudas aos perodos de acordo com as receitas a que se

    referem, ou seja, conforme o fato gerador, e no quando so pagas em

    dinheiro. Da, a distino do fluxo econmico do fluxo financeiro.

    Existem diversos casos em que a teoria admite reconhecer a receita em

    outros pontos do processo, inclusive antes da venda ou do fim da produo.

    So exemplos os produtos sujeitos a processo natural de crescimento, como

    vinho, gado, reservas florestais ou at mesmo contratos de longa durao, nos

    quais se pode reconhecer a receita (e o lucro) de cada perodo numa base

    proporcional aos custos incorridos, caso da construo civil.

    5.6. Princpio da Prudncia

    Conceitua que na confrontao de alternativas igualmente vlidas para

    registro de determinados itens patrimoniais, sempre deve ser usada aquela

    que indicar um menor valor para o ativo ou um maior valor de passivo, de

    forma a garantir uma evidenciao conservadora dos dados. Tal princpio

    modifica o princpio do custo como base de valor, na medida em que, antes da

    aplicao do princpio, deve-se atentar para a coerncia de se manter registros

    no conservadores. Um bom exemplo disso a avaliao peridica de uma

    carteira de ttulos e valores mobilirios. Pelo princpio da prudncia, se esses

    ttulos tiverem, aps a sua aquisio, um valor menor do que aquele pago

    quando da sua aquisio, a contabilidade deveria registrar essa reduo de

    valor em funo da perda esperada.

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    5.7. Princpio da Atualizao Monetria ( R E V O G A D O )

    Tal princpio constava do rol de princpios enunciados pelo CFC at 2010. No

    entanto, ele no mais aplicvel no Brasil, tendo em vista que a legislao

    atual veda o registro contbil da atualizao monetria. Ele foi revogado por

    meio da Resoluo CFC 1.282, de 2010. Apenas para referncia, este princpio

    previa que as alteraes no poder aquisitivo da moeda deveriam ser

    reconhecidas nos registros contbeis por meio de ajustes da expresso dos

    valores componentes do patrimnio.

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    Resumo da Aula

    Vimos nessa aula que:

    O Patrimnio Lquido dado pela diferena entre o Ativo e o Passivo.

    A subscrio o compromisso do scio em participar de aumentos de

    capital.

    A integralizao o efetivo aporte de recursos pelos scios/proprietrios

    de uma empresa.

    As reservas representam valores que compem o PL de uma empresa,

    alm do Capital Social.

    As reservas podem ser de Capital e de Lucros.

    As provises representam valores que uma empresa estima perder

    durante um determinado perodo ou valores que ter que pagar em

    funo de despesas realizadas.

    As provises para perdas do Ativo ajustam valores de ativos registrados

    pela empresa, indicando a potencial perda sobre o total desses ativos.

    As provises para perdas do Passivo registram expectativas de perdas

    que no esto associadas diretamente a nenhum ativo.

    As contas podem ser patrimoniais (de Ativo, Passivo e PL) ou de

    resultado (receitas e despesas).

    A apurao de resultado consiste na confrontao entre receitas e

    despesas de um perodo.

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    EXERCCIOS

    Vamos responder as questes abaixo a partir do contedo estudado?

    No tipo de questo apresentada a seguir, h somente uma resposta correta. No final, apresentamos o gabarito e comentrios para cada questo.

    Destaco que as questes que no tm a indicao da fonte foram elaboradas pelo Professor.

    Observao Importante

    Se ao final da srie de questes dessa aula, voc ainda tiver dvidas sobre o contedo apresentado no desanime! Ao longo do curso, continuaremos repassando mais informaes sobre as demonstraes contbeis.

    1. Segundo os Princpios Fundamentais de Contabilidade, Entidade contbil pode ser: a) at uma pessoa fsica. b) somente pessoas jurdicas. c) somente entidades com fins lucrativos. d) somente as pessoas que tiverem registro na Junta Comercial. 2. O valor do passe do jogador de futebol poder ser registrado pela Contabilidade. Um dos princpios que permitem tal posicionamento o da: a) Entidade. b) Prudncia. c) Oportunidade. d) Competncia. 3. A Cia Novo Caminho adquire um veculo por R$ 25.000,00, que registrado exatamente com esse valor. Seu presidente indaga o porqu de o registro no ter ocorrido pelo valor de mercado, que era de R$ 35.000,00. O lanamento contbil original foi baseado no princpio da(o) a) entidade contbil. b) continuidade. c) custo histrico como base de valor. d) denominador comum monetrio. 4. Em termos de estoque, custo ou mercado, o menor, est ligado (o): a) entidade contbil. b) prudncia. c) custo histrico como base de valor.

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    d) continuidade. 5. Materiais adquiridos no perodo 1, pagos no perodo 2 e gastos no perodo 3 sero apropriados na apurao do resultado de acordo com o Princpio da Competncia no: a) perodo 1. b) perodo 2. c) perodo 3. d) nda. 6. (CFC Tcnico 2/2000) De acordo com o Princpio da Competncia, consideram-se incorridas as despesas quando a) houver diminuio ou extino do valor econmico de um ativo. b) originar um passivo com um correspondente ativo. c) ocorrer aumento do Patrimnio Lquido. d) ocorrer reduo de capitais de terceiros. 7. (CFC Tcnico 2/2000) O registro deve ensejar o reconhecimento universal das variaes ocorridas no patrimnio da entidade, em um perodo de tempo determinado, como base necessria para gerar informaes teis ao processo decisrio da gesto. Esse conceito resulta da observncia do Princpio a) do Registro pelo Valor Original. b) da Prudncia. c) da Oportunidade. d) da Entidade. 8. (CFC Tcnico 2/2000) O proprietrio de uma empresa tem o hbito de pagar as despesas de manuteno de seu veculo com cheque da entidade. Quanto a esse procedimento, CORRETO afirmar que o proprietrio a) est descumprindo o Princpio da Entidade, uma vez que ele no distingue o atributo da autonomia do patrimnio da entidade em relao ao prprio. b) no est deixando de atender a nenhum princpio, pois, a entidade sendo de sua propriedade, indiferente se ele est ou no usando para si os recursos, uma vez que todo o capital lhe pertence. c) est cumprindo o Princpio da Entidade, pois, no havendo outros scios, no necessrio distinguir o atributo da autonomia do patrimnio da entidade em relao aos demais. d) est observando o Princpio da Oportunidade, por se tratar apenas de antecipao de retirada da parte que lhe cabe do lucro da entidade. 9. (CFC Tcnico 2/2001) Indique a seqncia de contas que representa capitais de terceiros. a) Salrios a Pagar, INSS a Recolher e FGTS a Recuperar. b) Clientes, Adiantamentos a Fornecedores e Impostos a Recuperar. c) Capital Social, Reserva Legal e Lucros ou Prejuzos Acumulados. d) Fornecedores, Adiantamentos de Clientes e Impostos a Pagar.

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    10. (CFC Tcnico 2/2000) Indique o registro contbil correspondente despesa com depreciao do exerccio. a) Depreciao Acumulada a Despesa com Depreciao b) Despesa com Depreciao a Depreciao Acumulada c) Depreciao Acumulada a Mveis e Utenslios d) Mveis e Utenslios a Depreciao Acumulada 11. (Fumarc-IMGDB/2008) O Patrimnio lquido da empresa ABC em 31/12/06 era composto da seguinte forma: Capital Social: 300.000,00 Reserva Legal: 50.000,00 Lucros acumulados: 250.000,00 Total do PL: 600.000,00 O lucro lquido do exerccio em 07 foi R$ 250.000,00. A Reserva Legal que dever ser constituda neste exerccio de: a) 12.500,00. b) 25.000,00. c) 10.000,00. d) 60.000,00.

    12. (CESGRANRIO - 2011 - Petrobrs - Tcnico de Contabilidade) O objetivo da constituio da Reserva de Lucros a Realizar, previsto na Lei n 6.404/76 com as alteraes inseridas pela Lei n 11.638/07, a) dar cobertura a perdas ou despesas cujo fato gerador j ocorreu, sem que tenha havido ainda o correspondente desembolso ou perda, havendo necessidade de efetuar o registro em funo do regime de competncia. b) dar cobertura a perdas ou prejuzos potenciais no repetitivos, ainda no incorridos, mediante segregao de parcelas dos lucros, que seriam distribudas como dividendos. c) permitir a proteo ao credor segregando parcelas dos lucros, que seriam distribudos em forma de dividendos, quando h incerteza sobre a realizao de crditos a receber ainda no incorridos. d) permitir o resgate de partes beneficirias registradas na reserva de capitais, desde que as reservas de lucros constitudas no exerccio sejam inferiores ao valor das partes beneficirias vincendas no exerccio. e) no distribuir dividendos obrigatrios sobre a parcela de lucros ainda no realizada financeiramente pela companhia, quando tais dividendos excederem a parcela financeiramente realizada do lucro lquido do exerccio.

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    13. (CESGRANRIO - 2011 - Petrobrs - Tcnico de Contabilidade) As reservas estatutrias so constitudas, por determinao do estatuto de uma companhia, para a destinao de uma parcela dos lucros do exerccio. Para cada reserva estatutria, a empresa ter de estabelecer os seguintes critrios em seu estatuto: a) definir sua finalidade de modo preciso e completo; fixar os critrios para determinar a parcela anual do lucro lquido a ser utilizada; e estabelecer seu limite mximo. b) definir a parcela dos prejuzos a serem absorvidos; evidenciar as contas que sero utilizadas para efetivar as reservas; e segregar os valores que sero aplicados em reservas dos dividendos propostos. c) definir a finalidade de cada reserva; evidenciar as parcelas de lucros a serem absorvidas; estabelecer seu limite mximo; e determinar a forma de reverso. d) definir as parcelas de lucros a serem absorvidas; fixar os limites de utilizao; e estabelecer a forma de reverso. e) determinar os critrios para o estabelecimento das reservas; avaliar os resultados do exerccio que devem ser absorvidos; fixar os limites de utilizao; e estabelecer a forma de reverso.

    14. (FCC - 2011 - NOSSA CAIXA DESENVOLVIMENTO Contador) O contador observou, ao analisar a equao patrimonial da Cia. Raio de Luz, que o valor total do Ativo correspondia ao dobro do valor do Patrimnio Lquido. Nesse caso, a) o total do Patrimnio Lquido igual ao total do Passivo. b) o total do Passivo igual ao dobro do Ativo. c) existe Passivo a Descoberto nessa companhia. d) o total do Ativo equivale a trs vezes o total do Passivo. e) o total do Passivo equivale metade do total do Patrimnio Lquido.

    15. (CESGRANRIO - 2011 - Transpetro - Tcnico de Contabilidade) Uma empresa produz componentes para televisores LCD. Para conquistar o mercado, ela oferece aos seus clientes uma garantia de um ano para o funcionamento dos componentes que vende. Devido a esse procedimento, ela deve registrar o valor provvel a ser gasto com essa garantia na conta a) Reserva para contingncias b) Reserva para garantia c) Reserva para eventos subsequentes d) Proviso para contingncias

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    e) Proviso para garantias

    16. (CESGRANRIO - 2011 - Transpetro - Tcnico de Contabilidade) Uma das principais caractersticas da constituio de uma proviso e sua diferenciao da constituio de uma reserva de lucros que a proviso a) pode gerar ou no uma despesa. b) constituda antes da apurao do resultado. c) implica somente o aumento do passivo. d) diz respeito distribuio do resultado j obtido. e) tem como contrapartida a dbito uma conta patrimonial. Gabarito e Comentrios 1. Resposta correta: letra a. Essa questo est relacionada ao princpio da entidade. Sob o ponto de vista contbil, uma entidade pode ser uma pessoa fsica ou jurdica, com ou sem fins lucrativos, embora na prtica no seja comum se falar em contabilidade de pessoas fsicas. 2. Resposta correta: letra c. Essa questo est mais relacionada ao princpio da Oportunidade, pois se uma entidade tem condies de verificar objetiva e tempestivamente o custo desse atleta, o valor de seu passe deve ser registrado pela contabilidade. 3. Resposta correta: letra c. A escriturao deve ser feita com base no custo de aquisio desse ativo, conforme definido no Princpio do custo histrico como base de valor. 4. Resposta correta: letra b. A contabilidade conservadora. Se o valor de mercado menor do que o de custo, a contabilidade ajusta o valor de um ativo ao seu preo de mercado, evitando uma superestimao desse ativo. 5. Resposta correta: letra c. Mais uma vez, observamos a aplicao do princpio da competncia. Como esses materiais s foram gastos no perodo 3, somente neste perodo devem ser registrados como despesas na DRE. O princpio da competncia define exatamente isso: receitas e despesas s devem ser reconhecidas (apropriadas) quando de sua realizao. 6. Resposta correta: letra a. preciso lembrar que quando uma despesa ocorre, o patrimnio lquido de uma empresa tende a ser reduzido, pois o registro da despesa normalmente teve como contrapartida a reduo de um ativo (que foi utilizado no pagamento dessa despesa) ou o registro de um passivo (que seria a obrigao de pagar tal despesa no futuro). Pelas opes dadas, somente a opo indicada verdadeira.

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    7. Resposta correta: letra c. Pelo princpio da Oportunidade, as variaes no patrimnio de uma entidade devem ser reconhecidas quando ocorrerem, permitindo um acompanhamento adequado por quem est interessado nessa informao. 8. Resposta correta: letra a. Como vimos, o patrimnio de uma empresa no se confunde com o patrimnio de seus scios. Assim, o correto seria esse scio registrar esse veculo como de propriedade da empresa, incorporando-o ao patrimnio da entidade e registrando os custos e benefcios da utilizao desse ativo na contabilidade da empresa. 9. Resposta correta: letra d. Os capitais de terceiros representam os passivos em uma entidade. Assim, preciso identificar na questo contas que representam passivos. Na opo a, a conta de FGTS a Recuperar representa um direito. Na opo b, todas as contas representam ativos (direitos da empresa). Na opo c, esto representadas contas do Patrimnio Lquido. Assim, somente a opo d representam passivos. Uma forma simples de diferenciar vrias contas identificar no seu nome expresses como ... a receber, ... a recuperar, ...a compensar que indicam direitos, portanto, contas do ativo. Expresses como ... a pagar, ... a recolher representam obrigaes, sendo, assim, representam contas de Passivo. 10. Resposta correta: letra b. Como visto durante a aula, o registro da depreciao do Imobilizado feito pelo reconhecimento de uma despesa com depreciao (que ser a conta a ser debitada) em contrapartida ao registro de uma conta retificadora do Ativo denominada Depreciao Acumulada (que ser a conta creditada). 11. Resposta correta: letra c. Como visto, para resolver essa questo preciso lembrar que a Reserva Legal uma parcela dos lucros de uma empresa que deve ser reservado para proteger o capital social. Na constituio dessa reserva, a empresa tem que observar um limite mximo para ela em relao ao Capital Social que de 20%. Como o Capital Social da empresa de R$ 300.000,00, a Reserva Legal pode ser, no mximo R$ 60.000,00 (R$ 300.000,00 x 20%). Como o saldo da Reserva Legal em 2006 era R$ 50.000,00, o mximo a ser constitudo em 2007 R$ 10.000,00 (R$60.000,00 R$ 50.000,00). 12. Resposta correta: letra e. A Reserva de Lucros a Realizar evita que a empresa distribua dividendos sobre lucros que embora registrados contabilmente no tenham ocorrido financeiramente. Assim, o dividendo sobre essa parcela de lucro s ser pago quando tal parcela for recebida. 13. Resposta correta: letra a. Segundo a legislao, as reservas estatutrias podem ser constitudas desde que seja definida sua finalidade de

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    modo preciso e completo. Tambm necessrio que sejam fixados os critrios para determinar a parcela anual do lucro lquido a ser utilizada e estabelecido seu limite mximo. 14. Resposta correta: letra a. Como vimos o Ativo ser igual ao Passivo mais o PL. Se o Ativo o dobro do PL, isso significa que o PL igual ao Passivo. Suponha que o Ativo R$100. Para que ele seja o dobro do PL, basta dividir seu valor por 2 (a metade) encontrando R$50. Assim, para que haja equilbrio na equao fundamental da contabilidade, o Passivo tambm ter que ser R$50. 15. Resposta correta: letra e. Esse o caso de uma proviso passiva, pela qual a empresa registra potencial despesa decorrente da apresentao de defeitos nos aparelhos vendidos. Ser uma proviso de garantia. 16. Resposta correta: letra b. O reconhecimento de uma proviso sempre ocorre antes da apurao do resultado. J a constituio de reservas ocorrer aps a apurao do resultado.

    REFERNCIAS

    FERRARI,. E. L. Contabilidade Geral. 4a. ed. Rio de Janeiro, Impetus. 2003.

    FUNDAO INSTITUTO DE PESQUISAS CONTBEIS, ATUARIAIS E FINANCEIRAS Fipecafi. Manual de Contabilidade das Sociedades por Aes. 7a. ed. So Paulo: Atlas, 2007.