"CONSTRUÇÃO DE UMA ETODOLOGIA PARA ENSINAR E APRENDER MATEMÁTICA - um estudo de caso da primeira série do ensino médio" Rosilene Lombardi Mezzon 1 João Candido Bracarense 2 Resumo: Neste artigo edifica-se a proposta da aplicação de uma metodologia que valorize a matemática, defina os rumos da disciplina conforme procedimentos apontados nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná e sirva de estímulo favorável a aprendizagem por meio da construção de materiais didáticos científicos que apóiem professores e alunos. Nesta perspectiva considera-se o conceito de rede tecnológica na qual é feita uma proposta sobre a utilização das tecnologias especialmente com a utilização de computadores e, também, de recursos televisivos no sistema educacional brasileiro. Espera-se que isso permita uma aplicação dos conteúdos de forma dinâmica explorando a interdisciplinaridade com outras áreas. O conhecimento assim é construído de forma natural e significativa, atenuando o fator da aprendência. O professor modifica sua forma de lecionar e motiva seu aluno a uma nova maneira de aprender, com atividades teóricas, práticas, contando com troca de idéias ou de assessoria direta ou indireta ao seu professor para ampliar o processo de aprendizagem, permitindo que o aluno acesse a informação e o material a qualquer momento em casa ou na escola também como sugestão de reforço de conteúdo. Além de facilitar o conhecimento científico e a interatividade entre professor e alunos, desmitificam-se os conceitos de dificuldade da disciplina. Palavras chave: Material Didático; Tecnologia Educacional; Ensino e Aprendizagem da Matemática. Abstract: In this article it is established the proposal of the application of a methodology that values the mathematics, define its methods of procedure according to the procedures mentioned in the Curricular Directing of Basic Education in the State of Paraná and that can be used in favor of the apprenticeship through a development of the scientific didactical materials that support teachers and students. In this perspective it is considered the conception of technological network in which is done a proposal about the utilization of the technologies, mainly with the utilization of computer and, also, TV resources in the Brazilian 1 Professora de Matemática do Colégio Humberto de Alencar Castelo Branco [email protected]2 Professor Doutor do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas da Universidade Estadual do Oeste do Paraná [email protected]
30
Embed
CONSTRUÇÃO DE UMA ETODOLOGIA PARA ENSINAR E APRENDER MATEMÁTICA - um estudo de … · 2008. 12. 12. · conhecimento através de outras ferramentas que não apenas livros, quadro
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
"CONSTRUÇÃO DE UMA ETODOLOGIA PARA ENSINAR E APRENDER MATEMÁTICA - um estudo de caso da primeira série do ensino
médio"
Rosilene Lombardi Mezzon 1
João Candido Bracarense 2
Resumo: Neste artigo edifica-se a proposta da aplicação de uma metodologia que valorize a matemática, defina os rumos da disciplina conforme procedimentos apontados nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná e sirva de estímulo favorável a aprendizagem por meio da construção de materiais didáticos científicos que apóiem professores e alunos. Nesta perspectiva considera-se o conceito de rede tecnológica na qual é feita uma proposta sobre a utilização das tecnologias especialmente com a utilização de computadores e, também, de recursos televisivos no sistema educacional brasileiro. Espera-se que isso permita uma aplicação dos conteúdos de forma dinâmica explorando a interdisciplinaridade com outras áreas. O conhecimento assim é construído de forma natural e significativa, atenuando o fator da aprendência. O professor modifica sua forma de lecionar e motiva seu aluno a uma nova maneira de aprender, com atividades teóricas, práticas, contando com troca de idéias ou de assessoria direta ou indireta ao seu professor para ampliar o processo de aprendizagem, permitindo que o aluno acesse a informação e o material a qualquer momento em casa ou na escola também como sugestão de reforço de conteúdo. Além de facilitar o conhecimento científico e a interatividade entre professor e alunos, desmitificam-se os conceitos de dificuldade da disciplina.
Palavras chave: Material Didático; Tecnologia Educacional; Ensino e Aprendizagem da Matemática.
Abstract: In this article it is established the proposal of the application of a methodology that values the mathematics, define its methods of procedure according to the procedures mentioned in the Curricular Directing of Basic Education in the State of Paraná and that can be used in favor of the apprenticeship through a development of the scientific didactical materials that support teachers and students. In this perspective it is considered the conception of technological network in which is done a proposal about the utilization of the technologies, mainly with the utilization of computer and, also, TV resources in the Brazilian
1 Professora de Matemática do Colégio Humberto de Alencar Castelo Branco [email protected]
2 Professor Doutor do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas da Universidade Estadual do Oeste do Paraná [email protected]
educational system. It is expected that it allows an application of the content in a dynamic way, exploring the interdisciplinarity with other fields. This way, the knowledge is developed in a natural and significant way, what diminishes the apprenticeship factor. The teacher changes his way of teaching and motivates his students to a new way of learning, with theoretical and practical activities, counting on the exchange of ideas or direct and indirect assessorial to his teacher to broaden the apprenticeship process, allowing that the student access the information and the material at any time, at home or at the school and, also, as a suggestion of content backing. Besides facilitating the scientific knowledge and the interactivity between teacher and students, it demystifies the conceptions of difficulty in that subject.
Key Words: Didactical Material, Educational Technology and Mathematics Apprenticeship.
1. Introdução
O presente artigo traz a tona uma reflexão sobre a forma de ensinar
e aprender matemática e propõe a construção da Metodologia de
Aprender e Ensinar Matemática em um ambiente de Telemática(MAE-
MAT), aplicada às aulas que pode ser utilizada nas várias modalidades de
ensino como, o ensino fundamental, o ensino médio, dentre outras sendo
necessárias para isso, adequações aos conteúdos estruturantes e
específicos.
O alto índice de evasão escolar demonstrado pelo IBGE (2000) relata
a grande diferença entre o número de matrículas realizadas e o número
de concluintes do ensino básico. Ainda de acordo com o IBGE, no final da
década de 1990, apenas duas a cada cinco pessoas entre 15 e 18 anos
tinham completado o ensino fundamental. Fato esse que retrata a falta de
interesse dos jovens com a educação.
Sabe-se que é imprescindível a mudança de postura do professor
para reverter esse quadro, mudança essa que rompa com uma forma
tradicional e se abra a novas estratégias de ensino. Os laboratórios de
informática e as tevês multimídias estão presentes na maioria de nossas
escolas e devem ser utilizados nas aulas apesar das muitas resistências.
Nas Diretrizes Curriculares do Ensino Básico do Estado do Paraná (DCE,
2007), são apontadas tendências metodológicas que promovem uma
educação matemática voltada para a inserção dessas ferramentas.
Todos esses recursos contemplam uma mudança de atitudes que
favorece o ensino e dá significado ao trabalho de cada professor na
educação. Neste contexto, a presente proposta visa elaborar uma
metodologia contemplada com modos diferentes de ver o processo
educacional, aceitando o que vem dando certo e ampliando e modificando
as estruturas que necessitam de uma re-organização e se façam mais
atuantes à época que vivemos inserindo ferramentas tecnológicas e
possibilitando interdisciplinaridade com outras áreas utilizando
mecanismos modernos de reprodução do conhecimento e formas
dinâmicas de investigações científicas.
Uma conduta baseada nesta linha de pensamento tem a finalidade
de favorecer o acesso ao conhecimento que pode acontecer na própria
sala de aula ou através de outro espaço, ainda que virtual, transcendendo
a sala de aula e promovendo maior interação entre os sujeitos no processo
de aprendizagem. Hoje, o Paraná, já dispõe de uma infra-estrutura mínima
que permita planejar uma metodologia arrojada e presente ao
desenvolvimento tecnológico, podendo citar a presença de suportes
técnicos como computadores e recursos televisivos nas salas de aula na
maioria das escolas do Estado.
Diante da facilidade e rapidez com que se obtêm informações o que
se espera de um educador atual, é que ele seja um mediador desse
processo de construção do conhecimento, que ele seja um constante
desafiador, estimulador e que esteja preparado para trabalhar com esse
meio, neste momento, tecnologicamente falando, que possivelmente terá
uma participação maior dos estudantes e, talvez dado o próprio
desenvolvimento da nossa espécie, atinja de forma mais contundente
alunos do que professores de uma maneira geral. Cabe sim, ao professor
indicar caminhos, novos desafios e mostrar aos estudantes de que forma
utilizá-la no universo escolar.
Dessa forma pode-se descobrir um aluno criativo, participativo,
próprio a se desenvolver com o auxilio de colegas e professores num
ambiente mais elaborado. Um aluno que tem muito a ensinar, que é capaz
de desenvolver projetos superiores às nossas expectativas, o que
pressupõe uma mudança postural de educando e educador.
Um novo modelo a seguir. Fazer com que o aluno tenha acesso ao
conhecimento através de outras ferramentas que não apenas livros,
quadro negro e giz, abre uma expectativa de novos rumos para a
educação. Essa é a essência deste trabalho, propor mudança de hábitos
através de aulas preparadas diferencialmente e alunos com aceso
ilimitado a informação, transpondo-se a sala de aula para atingir um nível
de aprendizagem com qualidade. As aulas preparadas com ferramentas
atrativas e peculiares ao jovem, faz com que haja significado na
aprendizagem e motivação para novas experiências que apontem
caminhos de sucesso no setor educacional.
As aulas transformadas em DVD dão suporte complementar as
metodologias aplicadas. O Material Didático Cientifico promove a
qualidade das aulas e completa o processo iniciado podendo também ser
utilizado como complemento ou fixação dos conteúdos já trabalhados.
Vale lembrar com reverencia a citação de Vigotsky “O aprendizado deve
estar dirigido para o futuro e não para o passado”. A citação alerta-nos da
importância de educar para o mundo futuro onde o trabalho se tornará
cada vez mais escasso. O problema talvez consista em que a educação
não acompanha vertiginosa velocidade de transformações, mas pode sim
adaptar-se a ela de forma eficiente buscando na tecnologia aliados e não
barreiras.
À escola cabe não competir, mas harmonizar com agilidade,
tradição e modernidade, valores e motivação, trata-se de sem desvirtuar
sua missão, acompanhar a dinâmica do mundo atual e oferecer recursos
para a formação de um pensamento e análise crítica desse mundo
contemporâneo e em constante transformação.
1.2Objeto de Estudo
Transformações significativas estão ocorrendo em todas as áreas do
conhecimento com um desenvolvimento científico e tecnológico que
aproxima de forma inexorável potências humanas e máquinas. Os
sistemas de comunicação ganham especial impulso com este
desenvolvimento e passamos a viver numa sociedade da comunicação
generalizada, numa sociedade rede que passa a ser fundamental para
ampliar a nossa compreensão do mundo contemporâneo e dos reflexos no
sistema educacional.
Torna-se de fundamental importância articular a matemática com a
prática social. Para isso, a proposta de trabalho se fundamenta em criar
ferramentas que facilitem o processo de ensino-aprendizagem. Para tanto
apresentamos um Material Didático Cientifico que proporcione novas
experiências com o uso de Mídias Tecnológicas e Resolução de Problemas
para encaminhamentos diferenciados na aprendizagem de crianças e
jovens.
Buscando soluções e uma melhor adaptação a esse processo,
contempla-se a utilização de metodologias que favoreçam essa integração
e possibilitem a construção do saber real, produzido historicamente e
interado com o social. O intercâmbio realizado através do uso do
computador no ambiente escolar e fora dele possibilita acesso ao
conhecimento de forma livre, mas monitorada pelo professor, papel esse
que ainda amedronta e afasta muitos profissionais dos laboratórios de
informática conforme constatação nos trabalhos realizados com os Grupos
de Trabalho em Rede (GTR) lançado pela Secretaria do Estado da
Educação do Paraná SEED. Os desafios que a tecnologia impõe afastam
muitas vezes a chance de um trabalho remodelado e adaptado a
atualidade.
1.3 Objetivos
1.3.1 Objetivo Geral
Valorizar a matemática através de uma proposta metodológica
facilitadora que defina os rumos da disciplina com conteúdos e
procedimentos apontados nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica
do Estado do Paraná.
1.3.1 Objetivo Específico
Construir um enfoque dos conceitos que atendam as exigências
matemáticas e permitam a aplicação dos conhecimentos de forma prática
permitindo que se utilize a matemática como ferramenta colaborativa no
cotidiano desmistificando os conceitos de dificuldade da disciplina. Assim
promove-se a interatividade entre professor e alunos e facilita-se o acesso
ao conhecimento científico por meio de novas tecnologias e consentindo
que professores e alunos utilizem esses materiais.
1.4 Limitações do Trabalho
A proposta desse Material Didático Científico mostra dois caminhos
independentes, Material Didático, que é o trato de uma análise crítica do
ensino tradicional e Material Científico, que visa incorporar idéias futuras
em processo metodológico de ensinar matemática, entendendo que o
mundo contemporâneo difere significativamente de tempos anteriores.
A maior limitação, por certo, está no fato de o Estado do Paraná
ainda não ter disponibilizado todos os instrumentos para utilização de um
ambiente em rede e de teleconferência. Esta é uma restrição importante
para a Metodologia indicada neste artigo, que é a proposta de um grupo
de sete professores de matemática da rede estadual de ensino e um
professor, aqui identificado, como orientador, da universidade pública do
oeste do estado. A inexistência, ainda, deste canal, impossibilitará que os
estudantes possam utilizar de forma plena a MAE-MAT.
Outro fator retratado pelos professores pertencentes ao Grupo de
Trabalho em Rede (GTR), é a dificuldade em lidar com as tecnologias e o
tempo para elaboração das aulas. Conta-se ainda com outro fator que diz
respeito ao amadurecimento na proposição de cada aula, exigindo-se um
conhecimento específico e contextualizado para que aconteça a
interdisciplinaridade com outras áreas.
2. Desenvolvimento
2.1 Fundamentação Teórica
A importância da educação na atualidade fortalece em cada
educador a ânsia na busca de novas estratégias que venham subsidiar a
melhoria da aprendizagem. Com a utilização de metodologias adequadas
pode-se resgatar o caráter científico da matemática enquanto ciência, e
sua importância para formação do homem.
Nas Diretrizes Curriculares do Ensino Básico do Estado do Paraná,
vê-se o grande valor destas metodologias fundamentadas segundo
autores e pensadores da educação.
Os professores muitas vezes sentem seus alunos tolhidos no
desenvolvimento de suas potencialidades por não verem comumente,
como harmonizar “programa curricular” e tempo para compreensão
significativa de conteúdos.
Porém, nem sempre acontece dessa forma. Quando o professor
utiliza materiais diversos ou jogos, por exemplo, parece tornar o estudante
mais alegre e participativo e o professor mais prazeroso com seu
desempenho. Algo semelhante acontece com a resolução de problemas
não-rotineiros, quando dada oportunidade aos alunos buscarem possíveis
caminhos e soluções.
Segundo POLYA (1978), “A resolução de problemas foi e é a coluna
vertebral da instrução matemática desde o Papiro de Rhind”. A resolução
de problemas é hoje muito estudada e pesquisada por educadores
matemáticos devido a sua grande importância no ensino da matemática,
principalmente nas séries iniciais.
Em seu livro “Didática da Resolução de Problemas de Matemática”,
DANTE (1998) mostra claramente essa importância em grande parte da
obra, uma delas muito significativa quando demonstra o esquema de
Polya que são a resolução de problemas em quatro etapas: compreender o
problema, elaborar um plano, executar o plano, fazer o retrospecto ou
verificação.
Ainda salienta que essas etapas não são rígidas, fixas e infalíveis. O
processo é mais complexo e rico e não se limita a seguir instrução passo a
passo como se fosse um algoritmo. No entanto, ajuda e orienta durante o
processo de resolução.
Dante enfatiza ainda alguns objetivos do ensino da matemática que
devem estar presentes em nossa prática pedagógica que são fazer o aluno
pensar produtivamente.
John Dewey, conhecido como “O pensador que levou a prática para
a escola”, defendia a democracia e a liberdade de pensamento como
instrumento para a maturação emocional e intelectual das crianças. Ele é
também o nome mais célebre da corrente filosófica que ficou conhecida
como pragmatismo, embora ele preferisse o nome instrumentalismo - uma
vez que, para essa escola de pensamento, as idéias só têm importância
desde que sirvam de instrumento para a resolução de problemas reais. O
pesquisador educador insistia na necessidade de estreitar a relação entre
teoria e prática, pois acreditava que as hipóteses teóricas só têm sentido
no dia-a-dia. Dewey em sua visão dizia que:
“O professor que desperta entusiasmo em seus alunos
conseguiu algo que nenhuma soma de métodos
sistematizados, por mais corretos que sejam, pode obter”.
Mais do que nunca se precisa de pessoas ativas e participativas, que
saibam tomar decisões rápidas e precisas. Assim é necessário formar
cidadãos matematicamente alfabetizados, que saibam resolver de modo
inteligente qualquer situação. A resolução de problemas é parte elementar
do currículo que desenvolve desde cedo à capacidade de enfrentar
problemas.
Sem dúvida há um grupo que defende o currículo disponibilizando
tempo aos alunos e professores e a própria formação do professor. Nas
últimas três décadas, a modelagem vem ganhando “espaço” em diversos
países, nas discussões, nos posicionamentos e na sua utilização como
estratégia de ensino de matemática. No livro “Modelagem Matemática No
Ensino”, dos autores MARIA SALETT BIEMBENGUT e NELSON HEIN, é
diferenciado modelo e modelagem, como utilizar a essência da
modelagem e como ensinar através dela. Essa essência está na raiz do
processo criativo, e por isso delineia caminhos que melhoram o ensino-
aprendizagem.
Muitas pessoas questionam sobre o papel da matemática na
formação de alunos, qual o professor que nunca ouviu aquela velha
pergunta que os alunos sempre fazem: “para que serve esta matéria que
eu estou aprendendo?”.Talvez uma resposta para esta questão possa ser
a Modelagem Matemática, pois ela tem como objetivo interpretar e
compreender os mais diversos fenômenos do nosso cotidiano, devido ao
“poder” que a Modelagem proporciona pelas aplicações dos conceitos
matemáticos. Podem-se descrever estes fenômenos, analisá-los e
interpretá-los com o propósito de gerar discussões reflexivas sobre tais
fenômenos que cercam o cotidiano.
Se a Modelagem Matemática procura modelar um determinado
fenômeno da realidade com o objetivo de compreender este fenômeno a
Etnomatemática se faz presente, pois ela trata de um conjunto de saberes
que um determinado grupo cultural possui com um objetivo em comum.
No livro “Etnomatemática” de Ubiratan D’Ambrosio, o autor
apresenta seus pensamentos mais recentes sobre o assunto, uma
tendência da qual é um dos fundadores. Propicia uma análise do papel da
matemática na cultura ocidental e da noção de que matemática é apenas
uma forma de Etno-Matemática.
O primeiro pesquisador que tentou agrupar várias tendências foi
Huntig dizendo que etnomatemática “é a matemática usada por um grupo
cultural definido na solução de problemas e atividades do dia-a-dia”.
D’Ambrosio definiu como “as diferentes formas de matemática que são
próprias de grupos culturais”.
Uma importante vertente da etnomatemática se aproxima da
etnografia e focaliza os saberes e fazeres de várias culturas, como grupos
étnicos, religiosos, comunitários e profissionais, e de práticas variadas,
tais como aquelas ligadas à elaboração de saberes, às artes, ao cotidiano,
ao exercício político, ao lazer e ao lúdico.
Conhecendo a história da matemática sabe-se que as teorias que
hoje aparecem como a modelagem ou a etnomatemática, acabadas e
elegantes resultaram sempre de desafios que os matemáticos
enfrentaram, que foram desenvolvidas com grande esforço e, quase
sempre, numa ordem bem diferente daquela em que são apresentadas
após todo o processo de descoberta.
Constata-se, porém, que ao longo do tempo essa construção
histórica se perdeu dando espaço a conjuntos e estruturas com modelos
prontos, sem importantes demonstrações de suas origens. Jones sintetiza
essa idéia dizendo:
“Ao despir a Matemática das suas longas tradições para vesti-la com conjuntos e estruturas, muitos assuntos perderam todo o encanto e atração... Talvez não tenhamos despejado o bebe juntamente com a água da banheira ao retirar às matemáticas o conjunto dos assuntos e dos capítulos mais antigos e menos coerentes, mas perdemos com certeza o sabão: sabemos como é fácil encontrar estudantes que pensam que as matemáticas cheiram mal.”
Os conhecimentos em História da Matemática permitem
compreender melhor como se chegou aos conhecimentos atuais, porque é
que se ensina este ou aquele capítulo. Com efeito, sem a perspectiva
crítica que a história apresenta, a matemática ensinada transforma-se
pouco a pouco no seu próprio objeto, e os objetos matemáticos ficam
desnaturados: já não são mais do que objetos de ensino.
Mesmo no que tange as notações, a história da matemática permite
recuperar sentidos aos símbolos e fórmulas. Esse formato é
freqüentemente um apanhado de fácil memorização da noção que guarda
em si mesmo o traço das origens e a história do conceito que visa. Saber
como pouco a pouco foram sendo alterados os conceitos e as notações
matemáticas, serve também para compreender melhor certos erros
cometidos pelos alunos, por não compreenderem os conceitos envolvidos
e poder pôr em prática, situações didáticas mais adequadas para uma
apropriação progressiva desses conceitos.
Já as Mídias Tecnológicas traduzem a ação contemporânea de uma
educação motivadora e que mantém o aluno interativo com o processo de
aquisição do conhecimento. Essa linha de trabalho deve resgatar o
interesse do jovem por conhecimentos que serão úteis na vida, sua forma
de trabalho fará a diferença, pois quando ele “fica” na escola livremente
seu crescimento é imediato e retrata uma dos mais pesados paradigmas
da educação a evasão escolar. Quem gosta do que faz não abandona a
escola, se o jovem passar a ver-la através do uso de tecnologias como
uma fonte de pesquisa e novos desafios, estaremos caminhando para uma
solução para parte do problema da evasão.
È possível utilizarmos da rede de computadores instalados nas
escolas, softwares livres e aplicativos próprios do sistema educacional
para garantir outras formas de apropriação do conhecimento que
extrapola a sala de aula, o quadro negro e o giz. Isso indica um avanço
significativo em nossas aulas, um desprendimento a métodos desgastados
e a novas perspectivas de formação educacional. A que se criar novos
ambientes livres para a pesquisa cientifica sem limitações bibliográficas,
porém sempre tomando o cuidado para que haja conteúdos orientados e
focalizados em cada sentido.
A constatação de que essas novas estratégias por intermédio das
mídias enriquecem a escola e retrata a importância para a formação
pessoal e profissional e abre novas oportunidades ao jovem quando
inserido no mercado de trabalho.
2.2 Materiais e Métodos
2.2.1 Materiais
O desenvolvimento do conteúdo pode se fazer através das
aplicações de diversas etapas, que depende dos materiais disponíveis
como: laboratório de informática, tevês multimídias e outros recursos
televisivos, pendrive, biblioteca, data show além das aulas expositivas
com livros didáticos e paradidáticos, construídos nesta nova perspectiva, o
uso da tecnologia para melhor satisfazer o processo educacional.
São importantes, também, as diversas maneiras de manifestação do
conhecimento da matemática numa perspectiva crítica, que articula o
conhecimento da disciplina com outras áreas, contribuindo na solução de
problemas presentes no meio social, político econômico e histórico no qual
nos inserimos (LDP, 2006), como também, metodologias que atendam
essa nova esperança na construção do conhecimento matemático.
2.2.2 Métodos
Entende-se que a Educação reúna diversas tendências
contemporâneas de pensamento e ação, todas essas voltadas para um
sistemas educacional gerado por insatisfações por reproduzir modelos
previamente construídos e aceitos como únicos, forma adotada pelas
escolas em geral.
Essa tendência insiste em repetir, decorar, reproduzir o que já foi
definido. A educação então deve sair da comodidade e aos poucos trilhar
caminhos próprios da aquisição de valores e procedimentos que ocorram
em condições de complementaridade, para estudantes e professores e,
por problemas sócias atuais.
O Construtivismo revela essa forma de conceber o conhecimento
como “Acervo cultural da Humanidade”, segundo citação de Fernando
Becker. Sua essência e seu desenvolvimento abrem a mente para um
novo modo de ver o universo escolar, a vida, o mundo ao seu redor e
todas as relações sociais advindas de uma formação aberta a descobertas
e inovações. O construtivismo assim é um processo permanente, é estar
sempre em desenvolvimento.
2.3 Proposta Metodológica
O processo constitui uma forma diversificada de abordar conteúdos
estruturantes através de uma proposta montada por um grupo de
professores que trabalharam com o mesmo orientador. O trabalho
envolveu um conteúdo de cada série da Educação Básica para atingir um
alvo maior de profissionais da educação. Cada produção constitui um
folhas e uma aula gravada no formato de apresentação em DVD.
Tomou-se o cuidado de começar com uma releitura das Diretrizes
Curriculares do Ensino Básico do Estado do Paraná, seu encaminhamento
permeou sempre as metodologias apontadas no documento da disciplina
específica. Cada parte da construção aborda uma forma de contemplar o
uso das mídias tecnológicas e a resolução de problemas com maior ênfase
entre todas as metodologias citadas nas DCM, para tanto o Folhas foi uma
ferramenta fundamental em cada trabalho. A forma como cada
participante elaborou seu material torna clara a intenção da equipe em
articular métodos favoráveis a uma visão remodelada da educação.
Permite-se assim que o conhecimento aconteça de forma dinâmica e
interessante, o estudante sente a necessidade em permanecer na escola e
participar de forma efetiva na construção do conhecimento e apropriar-se
dos saberes científicos.
Todas as séries foram contempladas em cada etapa e sua aplicação
sugere a adaptação em qualquer outra série ou conteúdo similar
dependendo apenas de adequações. Isso gera uma fonte de muitos
trabalhos com ferramentas que facilitem a aprendizagem. O uso das
tecnologias oferecidas na escola resgata a participação dos alunos em
muitos aspectos e, com o aumento dessa participação efetiva, permite-se
também apontar uma solução para alguns paradigmas da educação como
a evasão escolar. Quando o aluno vem para a escola sem que haja
pressão por partes de qualquer setor social, percebe-se que resultados
positivos surgem naturalmente e que podemos reverter quadros de
abandono nas salas de aula ou mesmo de diminuição do índice de
reprovação.
Para subsidiar o trabalho do professor em sala propõe-se a utilização
de metodologias que apóiem o professor com recursos que possibilitem
um trabalho participativo e uma aplicação dos conteúdos abordados de
forma agradável, envolvendo o estudante na investigação de novas
técnicas de pesquisa e apropriação de conhecimentos.
Pensando em preparar aulas diferenciadas são implantadas
atividades que funcionarão na forma de exercícios com aplicação de
software free e atividades on-line, os alunos deverão acessar sites ou
utilizar programas indicados pelo professor com o uso do computador em
casa ou nos laboratórios das escolas, que servirão de apoio “virtual”,
produzir relatórios, gráficos e estudos de aprofundamento. Também
deverão realizar pesquisas e trabalhos interativos, em certos momentos.
Esta forma diferenciada de trabalho contempla problemas
motivadores e instigantes que garantam a atenção dos estudantes sem
serem demasiadamente complicados de se resolver. Utiliza-se,
preferencialmente, a realidade local incorporando um senso de
contribuição da turma para resolução do problema proposto. Esse
material permeia as tendências propostas na Diretriz Curricular do Ensino
Básico do Paraná (DCE), que trata de: História da Matemática,
Etnomatemática, Modelagem, Resolução de Problema e Mídias e
Tecnologias com ênfase nos dois últimos.
Esta perspectiva estabelece o conhecimento a partir de múltiplos
interesses e possibilidades buscando a articulação de conteúdos com a
prática social, o que pode delinear a disciplina para fins específicos e
retomar o teor científico conseguindo quebrar a rigidez da aprendizagem
que, conforme citação (SILVEIRA, 2000) constata que “Matemática é
difícil” e “é para poucos”. Esse fato produz medo e ojeriza no estudante,
levando o aluno a sofrer ao estudar e o professor a se penitenciar com
esse sofrimento porque se projeta no educando.
Pensando na importância de integrar essas idéias para que
interajam em benefício da construção do saber real e fundamentado,
contempla-se uma metodologia que resgate os conteúdos produzidos
historicamente com a visão de mundo e a inter-relação entre os mesmos
de forma contemporânea.
Essa integração aconteceu na formação do Grupo de Trabalho em
Rede (GTR), grupos determinados pela Secretaria de Educação do Estado
do Paraná sendo tutorado pelo Professor pertencente ao Programa de
Desenvolvimento Educacional (PDE) e o grupo formado por vários
professores do quadro próprio do Estado como participantes. Todo o
processo aconteceu através de uma plataforma própria em que houve
interação entre professor e seu tutor por um canal chamado Diário de
Bordo e, em grupo, de forma on-line partilhando discussões e idéias
através de outro canal denominado Fórum.
Também, através desse programa divulgaram-se o Plano de
Trabalho feito pelo professor PDE, o Folhas produzido e o material
construído e contando-se com as diversas opiniões e apoio dos colegas do
grupo sobre o projeto proposto. Cada professor participante além de
conhecer a proposta teve como comprometimento aplicar o Folhas e fazer
sua avaliação pessoal.
Percorrido o caminho passou-se a seguinte etapa, hora de voltar às
escolas e apresentar uma proposta de intervenção no estabelecimento.
Essa etapa foi de grande valia para comprovar a aplicabilidade do
processo e a viabilidade do trabalho.
Na proposta de Intervenção na Escola, lançou-se uma forma de
trabalho na área específica de matemática composto por troca de
experiências entre os professores da disciplina sobre a utilização de
softwares disponibilizados nos laboratórios de informática das escolas e
das tendências metodológicas. Um primeiro encontro aconteceu na
semana pedagógica onde foi apresentada a proposta para os demais
colegas da área.
Outra proposta foi a utilização dos softwares free. Durante as aulas,
os professores do PDE, conheceram três softwares: Graphics Explorer,
Régua e Compasso e o GeoGebra. Esses cursos foram ministrados pelo
professor Ku Hai Chiang, orientando da Profª Dra. Patrícia Sândalo Pereira
da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) de Foz do
Iguaçu.
Todos essas conhecimentos foram transmitidos aos professores das
escolas alvo das intervenções por meio de um curso de extensão
planejado e executado por um grupo de três professores PDE,
pertencentes ao Núcleo Regional de Educação de Assis Chateaubriand, em
parceria com a (UNIOESTE), campus de Cascavel e sobre a supervisão do
orientador
O “Graphics Explorer” é um editor onde você pode construir gráficos
das diversas funções. Esse software livre permite a construção de diversos
gráficos no mesmo plano cartesiano com cores diferentes o que facilita a
comparação por parte do aluno.
O “Régua e Compasso” é um software para trabalhar geometria que
roda tanto no Windows como no Linux. Com ele podem ser trabalhados os
conceitos de ponto, reta, semi-reta, retas paralelas, retas perpendiculares,
plano, bem como a construção de figuras planas e espaciais podendo
efetuar medidas de segmentos como lados e arestas.
O “GeoGebra” permite trabalhar geometria e álgebra, nele você
pode fazer todas as construções do Régua e Compasso e trabalhar com
construção de gráfico no plano cartesiano.
Vale dizer que antes de levar os alunos para o laboratório de
informática para utilizar qualquer software é necessário elaborar um
roteiro de atividades com objetivos bem definidos, a fim de direcionar o
estudo para que tenha o maior aproveitamento pedagógico.
Compartilhada esta proposta na escola, as mais diversas soluções
surgem e podem ser melhoradas possibilitando, por um lado grande
avanço na prática pedagógica e, por outro, a valorização dos conceitos e
conteúdos complementando seus significados.
Torna-se de fundamental importância articular a proposta, a
matemática e a prática pedagógica. Para isso, temos que lançar mão de
todo recurso disponível como ferramenta de ensino através de aulas
críticas e bem elaboradas.
Nesta linha de pensamento se chega ao uso das Mídias e
Tecnológicas que no contexto pedagógico potencializa o processo de
aprendência3. São notáveis as eficácias no âmbito escolar as
experimentações matemáticas quando utilizadas: software educacional,
televisão como canal de apoio, calculadora ou computador ou, ainda,
aplicativos da Internet.
A Internet, por exemplo, é um ambiente multidirecional onde parece
não existir hierarquia ou gestão centralizada. O que vem expressar a
liberdade no campo da pesquisa, na busca por ampliação de
conhecimentos sem a limitação em um ou outro autor, como acontece
normalmente nas bibliotecas. É possível criar, dessa maneira, um
ambiente livre, sem direcioná-lo a um fim específico – mas atento às
diversidades – o que pode dar uma formatação mais criativa ao processo.
Hoje se constata que a utilização de software free adequou uma nova
forma de propor atividades, seja de introdução, pesquisa, revisão e/ou
reforço de conteúdos. O suporte alcançado através da computação
possibilita a indicação, seja ela direta ou não, de fontes externas e sites
relacionados aos assuntos tratados.
A experiência adquirida por intermédio desse tipo de trabalho onde
se envolve conhecimento e tecnologia é de grande importância para a
formação pessoal e profissional. Uma vez que o mundo profissional passa
por tal exigência, o processo de execução, além de proporcionar uma
maior familiarização com as ferramentas tecnológicas, pode abrir novas
perspectivas e motivação ao estudante.
3 Aprendência palavra referenciada pelo autor Hugo Assmann, significa, em palavras simples, ato de troca, de humildade, flexibilidade, solidariedade, processo, vida, dinamismo, quem ensina também aprende, dinâmica, mutante, trabalha com incertezas, é campo movediço, é reconhecer que precisamos aprender e por isso precisamos ensinar, é recomeço, corporeidade, trabalhar de forma rizomática, entre outras.
2.4 Discussão dos Resultados
A elaboração desta metodologia de ensino com a proposta de
aplicação e apoio de conteúdos inclui a fundamentação de métodos
contemplados pela Diretriz Curricular de Matemática do Estado do Paraná.
Para tanto, o roteiro a seguir apresenta como sugestão uma aula
elaborada no formato folhas em interdisciplinaridade com Biologia e Física.
Esse Material Didático Científico foi produzido para o primeiro ano do
Ensino Médio. Sua construção aborda um conteúdo estruturante específico
Exponencial, mas permeia também outros conteúdos permitindo a todo
instante que o professor retome conceitos e abordagens variadas. Esse
procedimento torna a aula agradável e aberta a pesquisas e
conhecimentos amplos sobre diversos assuntos.
Segue os passos utilizados para essa construção:
Elaboração de um problema provocador e interessante
SE A CABEÇA NÃO PENSA, O CORPO PADECE!
Os modelos de pulverizadores antigos ainda utilizados por parte dos
pequenos agricultores, possuem um sistema de roldanas para movimentar
as barras.
Um agricultor estava trabalhando quando uma das cordas quebrou e
ele precisou improvisar amarrando a corda diretamente a roldana. Porém,
descobriu que desta forma a força para levantar a barra aumentou muito.
O que provocou esse aumento de força?
Realização da interdisciplinaridade do conteúdo abordado com outras disciplinas
A Aplicação Adequada de Agrotóxicos e a Consciência
Ambiental
Em pequenas propriedades agrícolas é comum a utilização de
implementos desse tipo: bombas de barras e bombas costais. O sistema
requer um princípio adequado de EPIs (Equipamentos de Proteção
Individual). Os EPIs a serem utilizados são indicados via receituário
agronômico e nos rótulos dos produtos. São mais comumente utilizados:
máscara protetora, óculos, luvas, chapéu de abas largas, bota e avental
impermeáveis e também macacão com mangas compridas.
É de imprescindível importância lembrar dos cuidados com as
embalagens vazias dos agrotóxicos que não devem ser abandonadas na
lavoura, em carreadores, caminhos, estradas, cercas e, principalmente,
nas margens ou em rios, córregos, açudes ou outras fontes de água, e
ainda nas matas.
Ainda em relação à proteção do meio ambiente devemos observar o
abastecimento e limpeza de equipamentos: toda propriedade deve dispor
de um local próprio para abastecimento e limpeza dos equipamentos de
pulverização para que os resíduos dos agrotóxicos não venham poluir as
fontes e mananciais de água. Considerando a legislação ambiental1 e a
necessária consciência de proteção, não devemos captar água
diretamente de cursos, rios ou minas de água com os equipamentos de
PARA DESCOBRIRMOS JUNTOS: - Quais as conseqüências para a saúde dos trabalhadores quanto ao não uso das EPIs na aplicação dos agrotóxicos?- Há critérios e legislação própria para a destinação final das embalagens de agrotóxicos. Pesquise sobre os diferentes tipos de embalagens e suas destinações corretas.
PARA PENSAR: observando as figuras abaixo, você
pode explicar qual a diferença entre elas e que tipo de
conseqüência isso pode causar?
As embalagens após o uso do produto devem passar pela tríplice lavagem, e a água de lavagem deve ser adicionada ao tanque de pulverização. Após a tríplice lavagem, as embalagens devem ser furadas na sua parte inferior (fundo) para assegurar que não serão reutilizadas.
aplicação de agrotóxicos e sim dispor de abastecedouro apropriado.
O que é melhor: encontrar meio bicho na goiaba ou um bicho
inteiro?
Ultimamente não temos encontrado nem um, nem outro. Mas isso
não é vantagem pois, quando falta bicho pode estar sobrando remédio.
“Remédio não, agrotóxico”. A maioria dos agrotóxicos e outras toxinas em
geral são metabolizadas no fígado. Os agrotóxicos utilizados atualmente
têm uma vida curta na circulação e nos tecidos, mas os seus efeitos vão
se acumulando no organismo. O fígado é o maior glândula do corpo
humano. Ele pesa cerca de 1,5 quilo e uma de suas funções é a
desintoxicação de toxinas químicas externas ao organismo. O site
www.hepato.com do “Grupo Otimismo de Apoio ao Portador de Hepatite”
relata que:
1 Lei dos Agrotóxicos – Nº 7.802 de 10/07/1989. A lei regulamenta desde a pesquisa e fabricação
dos agrotóxicos até sua comercialização, aplicação, controle, fiscalização e também o destino da
embalagem. Exigências impostas:- obrigatoriedade do receituário agronômico para venda de
agrotóxicos ao consumidor. Registro de produtos nos ministérios da agricultura e saúde - Registro
mo instituto Brasileiro de meio ambiente e dos recursos naturais renováveis – IBAMA - O
descumprimento desta lei pode acarretar multas e reclusão.
“Somos aquilo que comemos!” Como nos últimos 30 anos mudamos
nossa alimentação e nosso meio ambiente, é possível que nosso
organismo ainda não tenha evoluído o suficiente para se adaptar a estas
transformações. Tudo isso, aliados a um meio ambiente carregado de
vapores (enxofre, álcool, poluição, etc.), não conseguem ser integralmente
metabolizados pelo fígado desenvolvendo uma doença chamada
A nossa alimentação moderna passou a incorporar rapidamente corantes, espessantes, saborizantes, conservantes e ainda uma quantidade muito grande de agrotóxicos (alem da poluição que respiramos), para os quais nosso organismo ainda não esta adaptado para os metabolizar corretamente e consequentemente formando depósitos de gordura no fígado. A espécie humana evolui e se adapta ao ambiente, mas a mudança foi rápida demais. Juntando a isso as comodidades da vida moderna que torna o homem sedentário, não é de estranhar que a conseqüência seja a epidemia de esteatoses (gordura no fígado) que assola o mundo todo.