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Número 2 Outubro de 2012 8 TV: PREFERÊNCIA NACIONAL Por Gabriel Maiante e Fábio Bogajo O povo brasileiro é apaixonado por pro- gramas de televisão, prin- cipalmente pelas novelas. Os programas de TV al- teram o comportamento dos telespectadores e movimentam a economia. De acordo com dados da Datafolha, atualmente cerca de 96% da popu- lação brasileira possui um aparelho de televisão em casa. Esse número com- prova que a TV é preferên- cia nacional. A dona de casa Luiza Brandão, 68, afirma: “Assisto novelas desde meus 45 anos quando parei de trabalhar. Acompanho cerca de quatro novelas diferentes e as vezes deixo de sair para não perder um capítulo.” Outro tipo de programa que também se tornou uma grande paixão nacional é o Reality Show. O estudante Julio Ferreira, 18, diz que pro- gramas como o Big Brother são viciantes. “Eu simplesmente não consigo parar de assistir. Acordo e durmo com os participantes”, revela o jovem. Formada em Midialogia, Marlene Brandão, afirma que existem pontos positivos e negativos sobre a influência da TV na sociedade. “Os personagens podem mostrar casos que motivem as pessoas em fazer o bem e os ajudar a evoluir como cidadãos. Os pontos negativos são o abuso de poder por parte das emissoras e, principal- mente em reality shows, brigas e discussões que acabam gerando audiência mas nunca podem serem vistas como algo positivo pela sociedade”, explica. 96% da população brasileira possui um aparelho de televisão em casa. TV: Preferência nacional Pág. 8 A influência do telefone na sociedade Págs. 4 e 5 O olhar feminino sobre as revistas Pág. 3 A Loucura da Influência Pág. 6 O rádio não sai de moda Pág. 7 “as vezes deixo de sair para não per- der um capítulo” Grecia Baffa Grecia Baffa
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Conectados - outubro

Mar 18, 2016

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Juliana Sandres

Jornal criado por alunos de jornalismo do Ceunsp
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O povo brasileiro é apaixonado por pro-

gramas de televisão, prin-cipalmente pelas novelas.

Os programas de TV al-teram o comportamento dos telespectadores e movimentam a economia.

De acordo com dados da Datafolha, atualmente cerca de 96% da popu-lação brasileira possui um aparelho de televisão em casa. Esse número com-prova que a TV é preferên-cia nacional.

A dona de casa Luiza

Brandão, 68, afirma: “Assisto novelas desde meus 45 anos quando parei de trabalhar. Acompanho cerca de quatro novelas diferentes e as vezes deixo de sair para não perder um capítulo.”

Outro tipo de programa que também se tornou uma grande paixão nacional é o Reality Show. O estudante Julio Ferreira, 18, diz que pro-gramas como o Big Brother

são viciantes. “Eu simplesmente não consigo parar de assistir. Acordo e durmo com os participantes”, revela o jovem.

Formada em Midialogia, Marlene Brandão, afirma que existem pontos positivos e negativos sobre a influência da TV na sociedade. “Os personagens podem mostrar casos que motivem as pessoas em fazer o bem e os ajudar a evoluir como cidadãos. Os pontos negativos são o abuso de poder por parte das emissoras e, principal-mente em reality shows, brigas e discussões que acabam gerando audiência mas nunca podem serem vistas como algo positivo pela sociedade”, explica.

96% da população brasileira possui um aparelho de televisão em casa.

TV: PreferêncianacionalPág. 8

A influência do

telefone na sociedade

Págs. 4 e 5

O olhar feminino sobre as revistas

Pág. 3

A Loucura daInfluência

Pág. 6

O rádio não sai de moda

Pág. 7

“as vezes deixo de sair para não per-der um capítulo”

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Revisão e diagramação: Juliana Sandres Repórteres: Fábio Bogajo, Gabriel Maiante, Grecia Baffa, Juliana Sandres, Larissa Santos, Natália Ramirez, Nathali Ruiz e Naty Benedito. Ilustrações: Grecia Baffa

influência sobre as massas, seja através da venda de ideias ou de produtos.

Nesta edição o Conectados aborda temas como revistas para o público feminino, já que dentre as 10 revistas mais vendidas no Brasil, 7 são des-tinadas às mulheres e sobre a influência do telefone, que está em constante evolução.

Tratamos também de pes-soas que se inspiram em vilões de filmes de ação. Além do “no-ventão” rádio, que mesmo de-pois de tantas décadas, nunca saiu de moda e por fim, sobre a TV, a preferência nacional.

As mídias sempre tiver-am grande influência

em nossa sociedade. Desde os primeiros anúncios veicu-lados em revistas, passando pela criação do programa de rádio Reporter Esso, que tinha como finalidade fazer propaganda político-ide-ológica da Segunda Guerra Mundial.

Nas décadas seguintes à Era do Rádio, com a che-gada da televisão e depois a internet, os veículos de comunicação ampliaram seu alcance e intensificaram sua

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Para os espectadores o rádio chegou como um

meio de entretenimento e informação. Entretanto este meio de comunicação foi amplamente utilizado como instrumento formador de opiniões, capaz de alterar hábitos e necessidades.

A primeira experiência ra-diofônica do país ocorreu em 1922, no Rio de Janeiro. O público ouviu o pronuncia-mento do então Presidente da República, Epitácio Pes-soa. Em 1923 foi inaugurada a primeira emissora bra-sileira, a “Rádio Sociedade do Rio de Janeiro”, fundada

por Roquete Pinto e Henry Morize.

O rádio teve um lento desenvolvimento, até que começaram a ser permiti-das as propagandas com-erciais. O Decreto de março de 1932, autorizava 10% da programação a ter comer-ciais (atualmente é 25%).

O auge do rádio como veículo de comunicação de massa foi na década de 1930, quando surgem os programas de auditório. Em 1941 foi criado o programa Repórter Esso, o primeiro noticiário de radiojornalismo do Brasil.

O militar reformado, Ney José de Souza e Silva, 84, se lembra bem da era de ouro do rádio. “A gente não saía de casa sem antes ou-vir as notícias. Juntava todo mundo em volta do aparelho para se informar ou apenas se divertir”, lembra.

Segundo o Ministro das Comunicações, Paulo Ber-nardo, o rádio é um veículo de comunicação de fácil acesso e ampla abrangên-cia, qualidades que fazem com que ele continue vivo. “Nesses 90 anos do rádio no Brasil, ele tem conse-guido se adaptar e continua forte e presente”, diz.

Depois de 90 anos o rádio continua a todo vapor.

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O inimigo é real e está mais próximo do que se imagina.

Não foram efeitos especiais nem o enredo do filme que

viraram notícia em julho de 2012 e sim um massacre com propor-ções hollywoodianas. No Colora-do, EUA, a pré-estréia de um dos filmes mais esperados do ano fez história.

Um homem invadiu uma sessão do longa e disparou contra os espectadores, foram 12 mortos e mais de 50 feridos. O atirador disse aos policiais que seguiu o exemplo do vilão Coringa, se di-zendo um “agente do caos”.

Esse não foi o primeiro ataque associado à sétima arte. Até hoje alguns culpam a trilogia Matrix pelo massacre de Columbine.

Em 1999, dois estudantes vestidos como os perso-nagens do filme invadiram uma escola e atiraram nos alunos. Foram 13 mortos.

De acordo com o editor do site Pipoca Moderna, Marcel Plasse, o cinema desperta várias sensações no público: “Filmes inspiram as pessoas, tanto para o bem quanto para o mal.”

A psicóloga Yasmim de Lucca afirma que quando um indivíduo se sente influenciado ao ponto de ter atos extremos é porque ele já possui problemas psiquiátri-cos. “É mais fácil imitar uma personagem pela qual se sente afeição do que reconhecer o problema e tratá-lo”, diz a especialista.

Yasmim explica que há tratamento para esses ca-sos. “Com diálogos se en-tende porque o indivíduo quer se parecer com uma personagem. Cabe aos profissionais de saúde ori-entá-lo”, finaliza.

É preciso separar a reali-dade da ficção e identificar o real vilão da história.

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“Filmes inspiram as pes-soas, tanto para o bem

quanto para o mal.”

Nathali Ruiz As mulheres ocupam cada vez mais posições

de importância na socie-dade. Para acompanhar esta evolução os meios de comu-nicação direcionam cada vez mais conteúdos exclusivos a elas.

Uma pesquisa feita pelo In-stituto Brasileiro de Opinião e Estatística (Ibope) afirma que 28 milhões de brasileiros, ou seja, 40% da população na-cional lê algum tipo de revista e 60% dos leitores é repre-sentado por mulheres.

A dona de casa Célia Nas-cimento, 59, acha que as

mulheres lêem mais do que os homens. “As mulheres lêem mais revistas que os homens porque nós somos mais curiosas que eles”, diz.

A adolescente Giuliana Bertucci, 14, gosta de ler revistas como Capricho e Atrevida, pois o tema abor-dado é apropriado para a idade dela. “Mas não é correto também viver em função só de maquiagem, celebridades, entre outros. Assuntos do mundo tam-bém são importantes. O certo é balancear isso”, co-menta a jovem.

As revistas voltadas para o universo feminino servem de modelo para a identidade dessas mulheres, é o que diz a pro-fessora doutora Josefina Tranquilin. “Normalmente o conteúdo [da revista] está sempre ligado àquilo que faz parte da vida da mulher, como relacionamentos, filhos, sexualidade, trabalho, cuidado, saúde, etc. Pode ser considerada como um produto que é também de formação para ‘ser mulher’ e não somente entretenimento”, explica.

A diversidade de leitura para os mais diferentes tipos de mulheres.

Dentre as 10 revistas mais vendidas no Brasil, 7 são dest inadas às mulheres.Pessoas se inspiram nas personagens

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EO telefone foi uma das in-

venções tecnológicas que mais mudaram o mundo, proporcionando a comuni-cação à distancia, com mais rapidez e agilidade.

Os primeiros telefones do Brasil foram instalados no Rio de Janeiro em 1883, eles eram conectados a uma central manual, onde a telefonista que atendia completava a ligação.

Com o passar dos anos a tecnologia telefônica foi se desenvolvendo, gerando as-sim mais facilidade na comu-nicação e fazendo com que as pessoas dependessem cada vez mais desse aparelho.

Os CelularesO que antes era um item de

luxo, hoje se tornou essencial na vida da maioria das pes-soas. A cada ano que passa os celulares ganham mais e mais dispositivos, visando facilitar nossas vidas, nos tornando cada vez mais dependentes.

A Motorola foi o primeiro fabricante a comercializar um celular, o DynaTAC 8000x, no ano de 1983. No começo os celulares não eram tão por-táteis, pesavam em média 1kg e tinham cerca de 30 cm, além de possuírem um alto custo. Porém, esse foi só o começo, e desde então a tendência sempre foi e, até hoje é, a di-

minuição de tamanho e aumento de fun-ções dos aparelhos.

Com o passar dos anos o celular foi fi-cando mais acessível financeiramente, tornando-se um item de uso popular. Hoje em dia a maioria das pessoas que vemos nas ruas possuem ao menos um aparelho de telefone celular.

Os Smartphones e Iphones A evolução dos celulares é algo em que não se vê

mais limites. A cada dia novas tecnologias são cria-das para suprir a necessidade dos consumidores. Os chamados Smartphones e os Iphones (Apple) são uma prova disso. Estes são aparelhos que passaram a utilizar sistemas operacionais para geri-los, através de aplicativos que simplificam a vida de muitas pessoas,

Como nos tornamos tão dependentes desse pequeno aparelho.

além de manterem cada vez mais o consumidor conecta-do, através da internet.

O Promotor de eventos, Gustavo Bulhões, 28 anos, possui dois aparelhos, sendo um deles um Smart-phone e fica conectado a ele a todo momento. “Utilizo meus celulares tanto para trabalho como para uso pessoal, acordo e durmo com eles ao meu lado, além de estar sempre conectado à internet”, diz.

O ser humano sente a ne-cessidade de estar ligado às pessoas a todo momento, e o celular proporciona isso cada vez mais, tornando este aparelho indispensável na vida de qualquer um, tan-to para fins pessoais como para profissionais.

“O que antes era um item de luxo, hoje se tor-nou essencial na vida da maioria das pessoas.”

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Segundo da-dos da Anatel, o Brasil pos-sui 1,29 celu-lar por pessoa.

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