CENTRO UNIVERSITÁRIO HERMÍNIO DA SILVEIRA – IBMR LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES CURSO BACHARELADO EM ESTÉTICA ALÍCIA FERREIRA LIRA MARQUES BARBARA MOREIRA PINNA CONTRADIÇÕES ENTRE OS RECURSOS FISÍCOS DA RADIOFREQUÊNCIA E CRIOFREQUÊNCIA Rio de Janeiro 2017
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CENTRO UNIVERSITÁRIO HERMÍNIO DA SILVEIRA IBMR … · a literatura e pesquisas científicas referentes à RF, os parâmetros do equipamento da criofrequência, podem causar possíveis
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CENTRO UNIVERSITÁRIO HERMÍNIO DA SILVEIRA – IBMR
LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES
CURSO BACHARELADO EM ESTÉTICA
ALÍCIA FERREIRA LIRA MARQUES
BARBARA MOREIRA PINNA
CONTRADIÇÕES ENTRE OS RECURSOS FISÍCOS DA RADIOFREQUÊNCIA E CRIOFREQUÊNCIA
Rio de Janeiro 2017
ALÍCIA FERREIRA LIRA MARQUES
BARBARA MOREIRA PINNA
CONTRADIÇÕES ENTRE OS RECURSOS FISÍCOS DA RADIOFREQUÊNCIA E CRIOFREQUÊNCIA
Trabalho de conclusão de curso apresentado
ao Curso Bacharelado em Estética do
Centro Universitário Hermínio da Silveira-
IBMR/ Laureate International Universities,
como requisito parcial para obtenção do
Título de Bacharel em Estética.
ORIENTADOR: CARLOS JOSÉ DA COSTA PAIVA
CO-ORIENTADOR: RENATO MACHADO
Rio de janeiro
2017
ALÍCIA FERREIRA LIRA MARQUES
BARBARA MOREIRA PINNA
CONTRADIÇÕES ENTRE OS RECURSOS FISÍCOS DA RADIOFREQUÊNCIA E CRIOFREQUÊNCIA
Artigo apresentado ao curso Bacharelado em Estética do IBMR – Laureate International Universities, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Estética.
Aprovado em: ___/ ___/ ____
Banca Examinadora
Prof (a)______________________________
Instituição:__________________
Julgamento:__________________________
Assinatura: __________________________
Prof (a)_______________________________
Instituição:_________________
Julgamento:___________________________
Assinatura: ___________________________
Prof (a)_______________________________
Instituição:_________________
Julgamento:___________________________
Assinatura: ___________________________
RESUMO
Introdução: O presente trabalho aborda as contradições dos recursos eletroterápicos oferecidos pela radiofrequência (RF) e criofrequencia, embasados nas obras literárias e artigos científicos sobre a RF, em que são questionados os parâmetros presentes no equipamento de criofrequência e sua ação nos efeitos fisiológicos, alertando aos possíveis danos teciduais, por ainda não existirem evidências científicas sobre esta nova técnica já tão famosa no mercado estético. Objetivo geral: Apresentar os recursos físicos oferecidos pelos equipamentos da radiofrequência e criofrequência e suas consequências fisiológicas. Objetivo específico: Evidenciar as controvérsias paramentares entre a radiofrequência e a criofrequência, assim como seus respectivos mecanismos de ação fisiológica. Metodologia: Refere-se a um estudo de revisão de literatura realizada em artigos científicos em inglês e português, obras literárias, material didático, curso e workshop da empresa Adoxy, palestra e e-mail explicativo da empresa Body Health e contato com profissionais renomados no mercado estético. Resultados: Na elaboração do trabalho foram encontrados 41 materiais, porém 20 artigos científicos foram descartados devido ao ano estabelecido da pesquisa, restando 21 materiais que agregaram a pesquisa evidenciando os conteúdos analisados com os equipamentos de radiofrequência e criofrequência. Conclusão: De acordo com a literatura e pesquisas científicas referentes à RF, os parâmetros do equipamento da criofrequência, podem causar possíveis danos irreversíveis aos constituintes da pele, porém é preciso levar em consideração a inexistência de estudos científicos, não podendo concluir de fato essas questões levantadas. Diante disso, se faz necessário obter resultados consolidados numa alimentação científica.
Lipodistrofia Localizada, Tecido adiposo, Temperatura tecidual, Eletroterapia.
ABSTRACT
Introduction: The present study deals with the contradictions of electrotherapy resources offered by radiofrequency (RF) and cryofrequence, based on literary works and scientific articles about RF, in which the parameters present in the cryofrequence equipment and its action on the physiological effects are questioned, alerting To possible tissue damage, as there is still no scientific evidence on this new technique already so famous in the aesthetic market. General objective: To present the physical resources offered by radiofrequency and cryofrequence equipment and its physiological consequences. Specific objective: To demonstrate the parental controversies between radiofrequency and cryofrequence, as well as their respective mechanisms of physiological action. Methodology: Refers to a study of literature review carried out in scientific articles in English and Portuguese, literary works, didactic material, course and workshop of the company Adoxy, lecture and explanatory e-mail of the company Body Health and contact with renowned professionals in the aesthetic market. Results: In the elaboration of the work 41 materials were found, but 20 scientific articles were discarded due to the established year of the research, remaining 21 materials that added the research evidencing the contents analyzed with the equipment of radiofrequency and cryofrequence. Conclusion: According to the literature and scientific research related to RF, the parameters of the equipment can cause irreversible irreversible damage to the constituents of the skin, but it is necessary to take into account the lack of scientific studies, and can not actually conclude these questions Raised. Therefore, it is necessary to obtain consolidated results in scientific feeding. Keywords: Radiofrequency, Crioprequence, Tissue Damage, Localized Lipodystrophy, Adipose tissue, Tissue temperature, Electrotherapy.
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1. INTRODUÇÃO
O mercado estético está sempre em transformação, desenvolvendo tecnologias
inovadoras no âmbito da cosmetologia, terapêutica e eletroterápica, sempre em
busca de resultados com eficácia e segurança para diversas alterações
inestéticas.
A arte do marketing tem como papel apresentar esses novos produtos
estéticos, agregando seus valores à marca para atribuir uma maior importância
na satisfação de seus consumidores e seu potencial de lucro. Nesse cenário
encantador em que o marketing promete resultados com sucesso, vendendo
uma ideia de um grande diferencial de produto, em que as pessoas acreditam
nessa oferta; sendo que muitas das vezes, o resultado prometido não atende
as suas expectativas.
Contudo os profissionais na área da estética precisam sempre estar buscando
o conhecimento, se certificando sobre a real eficácia e segurança dos
equipamentos apresentados no mercado sem se deslumbrar com tudo o que o
marketing oferece.
A escolha pelo tema iniciou a partir da grande repercussão em que o
marketing consegue alcançar quando apresenta um equipamento de alta
tecnologia inovadora e que divulga resultados expressivos, como acontece com
uma técnica ainda tão recente no mercado estético, porém já tão famosa
conhecida pelo nome de criofrequência. Diante disso fez-se necessário se
aprofundar nos recursos físicos e fisiológicos desse equipamento.
Por sua vez, a apresentação da radiofrequência traz toda a fundamentação
teórica, sendo a origem no surgimento desta nova técnica em que atua na
termoterapia por conversão, emitindo ondas eletromagnéticas que se
convertem em energia térmica, tendo como diferencial um sistema de
resfriamento na sua ponteira, oferecendo uma potência muito maior do que
qualquer radiofrequência e, por conseguinte, um aumento muito maior da
temperatura tecidual.
De acordo com os estudos analisados no decorrer deste trabalho, percebeu-se
a importância de questionar sobre os parâmetros presentes no recurso físico
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da criofrequência, a partir das obras literárias e pesquisas científicas referentes
à RF, em que foram identificadas contradições sobre o que é oferecido pelo
equipamento, em relação ao que se apresenta na literatura.
2. OBJETIVOS
Objetivo geral: Apresentar os recursos físicos oferecidos pelos equipamentos
da radiofrequência e criofrequência e suas consequências fisiológicas.
Objetivo específico: Evidenciar as controvérsias paramentares entre a
radiofrequência e a criofrequência, assim como seus respectivos mecanismos
de ação fisiológica.
3. REVISÃO DE LITERATURA
3.1 TECIDO ADIPOSO
De uma forma sucinta será abordado inicialmente, uma breve descrição sobre
as camadas da pele (epiderme1, derme 2e hipoderme3) para que tenha uma
melhor compreensão dos recursos físicos da radiofrequência e criofrequencia.
A funcionalidade do tecido adiposo teve sua maior importância a partir da alta
incidência de obesidade na sociedade, devido a isto, pesquisas foram
realizadas com o objetivo de elucidar a real atuação do tecido adiposo no
controle metabólico do corpo (PROENÇA et al, 2014).
No adulto o aumento do volume adipocitário (hipertrofia) ocorre durante o
sobrepeso. Com a evolução deste quadro (até a consequente obesidade
mórbida), observa-se também o aumento da quantidade dos adipócitos
(hiperplasia). Portanto são de suma importância os conhecimentos
morfofisiológicos e funcionais do tecido cutâneo e subcutâneo, afim de que se
estabeleça uma avaliação mais precisa (AGNE, 2016).
1 Epiderme: É um tecido epitelial estratificado pavimentoso queratinizado, que abrange toda a superfície corpórea.
2 Derme: É um tecido conjuntivo, sendo intermédio entre a epiderme e hipoderme. É formada por duas subcamadas chamadas:
papilar e reticular. 3 Hipoderme: De acordo com os estudos analisados, alguns autores afirmam que a hipoderme faz parte da pele, porém, outros
autores dizem que não faz parte, ou seja, é relativo dizer que a hipoderme faz parte da pele (CARNEIRO, JUNQUEIRA; 2011; HARRIS, 2005; apud PUJOL, 2011).
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Dessa forma, o tecido adiposo e os adipócitos são revestidos por tecido
conjuntivo (fibras colágenas e reticulares), tecido nervoso, nódulos linfáticos,
fibroblastos, células imunes (leucócitos, macrófagos), células do estroma
vascular, pré - adipócitos ou células adiposas indiferenciadas.
Existe uma ligação evidente entre a pele e o tecido adiposo, em que se
conectam por estruturas a nível circulatório, linfático, e por sustentação. De
acordo com AGNE (2016), a camada adiposa pode se apresentar em duas
partes: como tecido adiposo superficial (TAS) 4ou hipoderme, e outra abaixo
compreendida como tecido adiposo profundo (TAP) 5, especificamente nas
áreas de abdômen e flancos. A presença dessas duas camadas nessas
regiões em particular, denomina-se bolsa adiposa. Portanto, é possível afirmar
que as estruturas da hipoderme e do tecido adiposo são independentes e
apresentam respostas metabólicas diversas (AGNE, 2016).
Quando o tecido subcutâneo apresentar características mais densa e
volumosa, esse adipócito se encontrará mais hipertrófico. Uma das formas de
identifica-la é quando o paciente apresenta dor intensa em forma de lipedema,
ou seja, com excesso de líquido no espaço intersticial, com o consequente
aumento do volume hipertrófico.
As respostas teciduais podem ser diferentes para cada paciente. Contudo, os
procedimentos eletroterápicos precisam ser personalizados conforme cada
anamnese realizada.
Para que o tratamento estético tenha êxito, é necessário estabelecer um
conjunto de procedimentos multidisciplinares, tais como a reeducação
alimentar associada à atividade física (AGNE, 2016).
Os recursos eletroterápicos estéticos destinados ao tratamento do tecido
adiposo podem ter por objetivo a promoção da lipólise6, apoptose7 e necrose8.
4 “Tecido adiposo superficial ou hipoderme: Com a rede colagênica bem definida (TAS)” (AGNE, 2016, p.11).
5 “Tecido adiposo profundo: Com grande adipócitos e pobre componente colagênico (TAP)” (AGNE, 2016, p.11).
6 A lipólise tem ação na quebra de gordura, precisando que essa gordura seja transformada em energia (AGNE, 2016, p. 34).
7 A morte por apoptose celular pode ser induzida e antecipada por alguns aparelhos estéticos (AGNE, 2016, p. 34). 8 A necrose se explica através do termo emulsificação da gordura decorrente da ação do equipamento que irá destruir a
membrana adipocitária, onde todo o conteúdo do interior do adipócito será liberado para o interstício, sendo que o lipídeo não será usado como fonte energética e consequentemente voltarão a ser estocados no interior dos adipócitos íntegros ou ficando na circulação sanguínea (AGNE, 2016, p. 34).
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Cada ação resultará em respostas distintas. Sendo assim, é importante
compreender os mecanismos de ação fisiológica, assim como seus respectivos
parâmetros de utilização (AGNE, 2016).
Quando a porção facial apresentar certa quantidade de gordura e edema,
deve-se utilizar na radiofrequência a manopla monopolar. Por outro lado, a
utilização da manopla bipolar será benéfica em seus resultados no tecido
cutâneo com baixo percentual de gordura, pois a profundida deste aplicador se
dá a nível dérmico, com baixa ação lipolítica. Em adição, deve ser levado em
consideração o biótipo do paciente e seu volume de gordura apresentado na
região. O conceito das manoplas e a utilização das técnicas eletroterápicas
serão abordados nos próximos capítulos.
3.2 RADIOFREQUÊNCIA
Para que se tenha o entendimento da atuação fisiológica do recurso
eletroterápico da criofrequência, se torna necessário a prévia abordagem da
radiofrequência em que traz toda a fundamentação teórica, sendo a origem no
surgimento da criofrequência.
A radiofrequência (RF) no decorrer do tempo, desde a sua descoberta secular,
pelo inventor francês, médico e fisiologista Jacques Arséne D`Arsonval em
1891, vem através de estudos literários, experimentos e eventos internacionais,
descobrindo muitos benefícios nos tratamentos ablativos como a eletrocirurgia
e com a grande descoberta do uso da RF ablativa na destruição das células
cancerígenas. Sua atuação é ampla em tratamentos patológicos e também em
tratamentos estéticos em que foi um grande boom quando perceberam que ela
podia ser utilizada na estética sendo aplicada a RF não ablativa9,
proporcionando tratamentos efetivos, seguros e sem bisturis (AGNE, 2012;
BORGES, 2010; TAGLIOLATTO, 2015).
Na literatura técnica voltada para a estética, são apresentadas diferentes
classificações em relação à frequência empregada nos equipamentos
9 Aplicação da RF não ablativa não é invasiva podendo ser aplicada em procedimentos estéticos como também é utilizada por
outros profissionais da área da saúde em disfunções músculo esqueléticas como dores, processos reumatológicos como
fibromialgia, entre outras patologias. E a (RF) ablativa (invasiva) são utilizadas somente por médicos (AGNE, p. 2012, p.227.).
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existentes no mercado, compreendida nos aparelhos entre 0,30MHz até
40MHz, que inclusive entre essas frequências no âmbito da estética não
causam danos a saúde do paciente e nem do profissional por também receber
essa radiação do campo eletromagnético (AGNE, 2012; MEYER et al, 2013).
A base terapêutica da Radiofrequência é a conversão da energia
eletromagnética em energia térmica, portanto ela está classificada dentro da
termoterapia como gerador no aumento da temperatura tecidual. Segundo os
colaboradores Ronzio e Meyer, apontam que o segredo de um resultado eficaz
e correto utilizando a radiofrequência está exatamente em utilizar a
temperatura correta para cada caso (apud BORGES, 2010).
Quando as ondas eletromagnéticas com corrente alternada de alta frequência
conseguem ultrapassar a bioimpedância tecidual, convertendo a corrente
elétrica em energia térmica, ocorre a reação conhecida pela “[...] lei de Joule (J)
= I²xRxT (corrente elétrica, impedância do tecido e tempo de aplicação” (AGNE,
2012, p. 239).
A sua essência é gerar esse aumento da temperatura a partir de um
movimento iônico. Então quanto mais água o tecido tiver, maior será esse
movimento iônico e por consequência mais rápido será a produção de calor. A
conversão em calor superficial acontece quando é usada uma energia com
uma maior frequência, porém mesmo ocorrendo à concentração de calor
superficialmente, não quer dizer que a energia elétrica não tenha chegado às
camadas mais profundas (PAIVA, 2015).
Teoricamente, os tecidos menos hidratados, quando submetidos à RF,
apresentam maior dificuldade para aumentar a sua temperatura, criando uma
resistência tecidual, e tudo que confere resistência aquece, portanto num corpo
desidratado a passagem da corrente elétrica vai promover um aquecimento
maior, utilizando-se uma energia com menor frequência, atingindo uma maior
profundidade (AGNE, 2012; BORGES, 2010; BRAVO et al, 2013; PAIVA,
2015).
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Essa resistência à corrente elétrica é a impedância representada “[...] pela
unidade SI10 como o ohm (Ω), e essa impedância vai depender do conteúdo de
água nos tecidos” (PUC – Rio, 201_, p.21).
Como no interior do corpo a resistência é inversamente proporcional à
quantidade de água no tecido, os ossos têm maior resistência, seguidos por
tendões, gordura, pele, músculos, sangue e nervos. Portanto pode-se dizer que
o corpo humano é gerador e condutor heterogêneo de eletricidade,
apresentando a massa muscular como melhor condutora que a pele, e por sua
vez a pele sendo melhor condutora que o tecido gorduroso.
Tabela 1: Resistência elétrica nos tecidos
Resistência
Baixa
Resistência
Intermediária
Resistência
Elevada
Nervos Pele molhada Ossos
Sangue Tendões
Mucosas Gordura
Vísceras
Fonte: PUC - Rio - acesso em 16/maio/2017, 201_, p. 23.
A relação da resistência entre uma pele pouco hidratada para uma pele
hidratada está diretamente relacionada na primeira num nível de impedância de
4 000 Ω, comparado os níveis de resistência de uma pele hidratada podendo
cair até 2500 Ω.
A corrente elétrica (I), tem como unidade de medida o ampère (A) “[...] que
consiste no fluxo de partículas com carga que se forma entre os dois extremos
de um condutor quando entre eles existe uma diferença de potencial” (PUC –
Rio, 201_, p.21).
Com o aumento da tensão, Volt (V), ocorrerá também o aumento do fluxo da
corrente elétrica (I) no circuito, e é de grande importância ressaltar que numa
corrente alternada as tensões mais perigosas se apresentam acima de 300 V.
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Unidade do Sistema Internacional de Unidades (SI) (PUC – Rio, 201_, p.22).
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Por sua vez a mesma atenção se deve ter na utilização da corrente elétrica por
ser regida por um complexo de leis físicas que irão conduzir essa corrente
elétrica por um caminho podendo ser lesivo ou indesejado.
A corrente elétrica quando atravessa o tecido pode produzir danos como
parada cardíaca, respiratória, queimaduras entre outras complicações,
representada pela tabela 2. Por esta razão precisam-se ser levados em
consideração os cinco fatores que são determinantes nos efeitos dessa
passagem de corrente como a intensidade da corrente, a densidade da
corrente, a frequência da corrente, duração da corrente elétrica e pelo caminho
percorrido pela corrente elétrica (PUC – Rio, 201_).
Tabela 2: Efeitos da corrente de 60 Hz no corpo humano (homem 70 kg).
Intensidade de
corrente
Efeito
<1 mA11 Aplicadas no coração,
correntes maiores que 10 μA
podem causar fibrilação
ventricular
Entre 1 e 10 mA Limiar de percepção
Entre 10 e 30 mA Perda de controle motor
Entre 30 e 70 mA Parada respiratória
Entre 75 e 250 mA Fibrilação ventricular
Entre 250 mA e 4 A Contração cardíaca
sustentada
> 4 A Queimadura dos tecidos
Fonte: (www.fee.unicamp.br) (PUC – Rio, acesso em 16/maio/2017, 201_, p. 28).
Portanto “[...] a corrente elétrica, tensão e resistência estão relacionadas entre
si através da Lei de Ohm, que estabelece a relação fundamental V = I.R” (PUC
– Rio, 201_, p.22).
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1mA (milliampère) = 1 milésimo de ampère, ou seja, 1A=1000mA; 1uA (microampère)=1 milionésimo de ampère, ou seja,
tecido cutâneo (Layers of skin), tecido adiposo (adipose tissue).
Foram encontrados ao total, 41 materiais, no qual envolvem artigos, livros,
manuais, material didático, e-mails explicativos, palestras, curso e workshop
sobre os assuntos de radiofrequência, criofrequência.
7. RESULTADOS
Na elaboração do trabalho foram encontrados 41 materiais, porém 20 artigos
científicos foram descartados devido ao ano estabelecido da pesquisa,
restando 21 materiais que agregaram a pesquisa evidenciando os conteúdos
analisados com os equipamentos de radiofrequência e criofrequência.
8. CONCLUSÃO
Com base no presente trabalho, pode-se observar através dos estudos
literários e pesquisas científicas baseadas à RF, que os parâmetros do
equipamento da criofrequência, podem causar possíveis danos teciduais,
percebidos em todo o contexto apresentado na discussão deste trabalho,
porém é preciso levar em consideração a inexistência de evidências científicas,
não podendo assim concluir de fato seus efeitos fisiológicos. Uma alimentação
científica se faz necessária em obter resultados consistentes para que se tenha
um esclarecimento maior sobre toda essa discussão levantada.
Por de trás de qualquer equipamento estético, tem-se o profissional da área da
saúde estética que precisa se conscientizar da importância do conhecimento
dos recursos físicos do aparelho e suas consequências não só na forma
estética, como também ter uma visão holística que se fundamenta literalmente
na saúde como um todo.
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9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A elaboração do trabalho tomou uma proporção muito maior do que se
esperava, pois inicialmente o propósito era apenas fazer um comparativo entre
as duas técnicas, visando à redução da adiposidade localizada, mas à medida
que eram levantadas as informações, estudos e pesquisas, criou-se a
necessidade de questionar os parâmetros da criofrequência e seus eventuais
efeitos fisiológicos através de todo o embasamento e contrapontos de autores
renomados no mercado nacional presente na bibliografia.
Depois de ter construído essa comparação, vimos que o conteúdo sobre
gordura localizada não era mais relevante, comparada as contradições
analisadas ao longo do trabalho.
Mesmo sabendo desse desafio a enfrentar pela carência de estudos científicos,
a necessidade em conhecer essa nova técnica, foi maior que os obstáculos
enfrentados ao longo dessa pesquisa.
O intuito deste trabalho não é impor verdades nem certezas, e muito menos
denegrir qualquer entidade que fabrique os equipamentos dessa técnica, mas
sim, discutir como formandos junto aos mestres e presentes, de forma
construtiva sobre os estudos apontados dessa pesquisa em relação às
discussões levantadas.
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10. BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, A. Entrevista da Consultora Científica da Bodyhealth, 2016. Acesso em: 24/05/2017 18h47min - Disponível em http://www.bodyhealthbrasil.com/canal/
AGNE, E.J. Eu sei eletroterapia. 3°ed. Santa Maria: Palloti, 2012.
AGNE, E.J. Eletrotermofototerapia. 1°ed. Santa Maria, RS: O Autor,
2013.
AGNE,E.J. Criolipólise e outras tecnologias no manejo do tecido
adioposo. Santa Maria: [s.n], 2016.
BELLOCO, V; ILANI, V. Efeitos de radiofrequência capacitiva e
resistiva em tecido, 2014.
BORGES, S.F. Dermato-Funcional: Modalidades terapêuticas nas
disfunções estéticas. 2°ed. São Paulo: Phorte, 2010.