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Bambu na Habitação de interesse social

Jul 12, 2015

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Com o crescimento populacional surgiram diversos problemas, dentre eles: Cortios nas periferias; Urbanizao desordenada.

Com a chegada dos imigrantes oriundos de outros estados, as favelas cresceram desordenadamente; As favelas possuem uma esttica e uma identidade espacial propria.

A transformao constante, nunca param de crescer, uma arquitetura do acaso. O que difere as favelas da ocupao planejada o potencial de transformao; Com isso a busca de um material malevel e de baixo custo fundamental; O bambu passou a ser utilizado devido a sua resistncia e durabilidade alm de ser belo, leve e renovvel; Assim podemos dizer que o projeto proposto vai de encontro com a realidade das favelas pois seu baixo custo estimula o investimento no projeto e facilita a implantao do mesmo.

A proposta para o trabalho vai contra a poltica habitacional praticada at ento, visto que os grandes conjuntos habitacionais, alm de no conseguirem resolver a demanda habitacional, geraram problemas de qualidade urbana, criminalidade e especulao imobiliria;

Para isso algumas atitudes devero ser tomadas: Habitao pensada de forma geral; Politica descentralizada; Vazios urbanos e terrenos doados e legalizados Infra-estrutura; Mutiro, ajuda mtua; Fundo especfico; Novos materiais e novos sistemas construtivos; Materiais renovveis; Condicionantes naturais; Atender as necessidades bsicas.

Famlia das Gramneas arborescentes gigantes; Tecido resistente composto principalmente de signina e celulose; Plantas de crescimento mais rpido podendo atingir at 40 metros em 40 dias; O bambu facilmente plantado seja atravs de muda ou por semente.

Abundncia que leva ao baixo custo e economia; No poluente; Baixo impacto ambiental; Renovvel; Beleza esttica; Ecolgico; Prtico; Leve; Boa resistncia e flexibilidade; Pode ser desmontvel e substitudo.

Quando muito seco pode pegar fogo; Apodrece se ficar em contato com muita umidade; No perfeitamente linear; Pode contrair-se quando usado no concreto armado.

Na lua minguante; Nos meses mais secos do ano ; Canas com idade de 3 a 6 anos; Cortar cerca de 20 a 30cm do solo; O corte no destri o bambuzal que, durante em mdia dez anos, produz bons colmos; As canas so cortadas de 4 a 6 metros de comprimento, facilitando o transporte; Cortar os bambus de fora do bambuzal que so mais resistentes.

A cura um tratamento de secagem que aumenta a vida til do bambu em at 25 anos; Reduz rachaduras e fendas de dilatao e compresso; O processo e cura comea logo aps o corte e pode ser feito na prpria touceira, por imerso e por aquecimento.

Aps a secagem, seu peso diminui, melhora as propriedades fsicas e mecnicas por atingir a umidade de 15%. A secagem pode ser feita ao ar, em estufa ou ao fogo.

O tratamento com preservativos impede o ataque de fungos, insetos, aumenta a durabilidade e eficincia e protege da umidade.

TEMA: BAMBU NA HABITAO DE INTERESSE SOCIAL NO BRASIL PRMIO OPERA PRIMA 2003 AUTOR PROJETO: ADRIENE PEREIRA COBRA COSTA SOUZA ORIENTADORA: MARGARETH MARIA DE ARAJO SILVA ESCOLA: PONTIFCIA UNIVERSIDADE CATLICA DE MINAS GERAIS, BELO HORIZONTE

Propostos prottipos de unidades habitacionais que no possuem um terreno especfico quanto sua organizao espacial, flexibilizando o projeto e permitindo que ele seja implantado em vrios lugares.; Os prottipos apresentam diferenas entre si tanto em relao sua implantao (topografia) quanto aos materiais utilizados, como forma de reduzir o custo final da unidade habitacional ou como ferramenta de adaptabilidade socio espacial; Sem ter um terreno especfico, considerou-se todo o territrio nacional e analisou-se o clima no seu aspecto macro.

O bambu se destaca por ser de baixo custo, pouco poluente, resistncia comparada a do ao, de fcil plantio e de crescimento rpido, alm de atender diferentes caractersticas bioclimticas e ser encontrado em todo o territrio nacional. Diante disso, foi o material mais aplicado nos prottipos. A escolha do bambu leva em conta suas qualidades como um material renovvel, econmico, durvel, de uma beleza esttica incontestvel; suas propriedades fsicas e mecnicas tornam esse material adequado para a construo civil.

Os prottipos no possuem um terreno especifico; Os lotes variam de 50% a 0% e apresentam possibilidade de acesso e orientao diferenciados; A declividade do terreno e o tamanho da edificao so fatores determinantes para a existncia de escada.

Relao entre os tipos de terreno e a escada dos prottipos

Escada

Nos terrenos de declividade acentuada, deve-se implantar sistema de drenagem de guas pluviais associado conteno de encosta, onde podem ser usadas peas ou a prpria planta; O sistema varia com o tipo de implantao.

Sistema de drenagem da gua pluvial

Tipologia para terreno com declividade em torno 20%

Tipologia para terreno com declividade em torno 30%

Tipologia para terreno com declividade em torno 45%

Tipologia para terreno com declividade em torno 50%

O bambu pode ser empregado em praticamente todos os elementos estruturais de uma construo. A estrutura divide-se em: Infra-estrutura: fundao; Super-estrutura: pilares, vigas e laje; Vedao; Piso; Cobertura.

FUNDAO

A fundao tem como funo fixar a estrutura, evitar a ascenso da umidade e contato direto do bambu com o solo; Elas podem ser feitas de sapata corrida de concreto, bloco estrutural, baldrames etc.

Sistema de encaixe da estrutura com o bloco de fundao

PILARES, VIGAS E LAJE

Na estrutura, foi previsto o uso de bambus da espcie Dendrocalamus giganteus, com aproximadamente 12cm de dimetro; Os pilares so relativamente esbeltos, aceitando vos de 3 a 6 metros, tornando a estrutura leve;

Sistema estrutural proposto

O que garante a estabilidade da estrutura so os encaixes; Os encaixes so as ligaes de peas de bambu, que podem ser feitas do prprio bambu, de metal, madeira, cordas, parafusos, arames etc. O uso de parafuso de ferro com arruela e porca o mais indicado para os ns estruturais primrios; J nos ns ou apoios secundrios pode ser usado amarra com arame galvanizado ou corda.

Painel com viga

Painel com pilar

Pilar com viga

Painel com painel

Na laje de bambu o maior problema o contato com a umidade durante a poca de cura do concreto, na qual o bambu aumenta de dimetro e depois volta ao dimetro original, podendo formar vazios entre o concreto e o bambu e aparecer fissuras, reduzindo a resistncia.; Na execuo da laje usar 1/2 ou 1/4 do colmo de bambu, espaados ou no, usar o cimento de alta resistncia inicial e baixo fator gua/cimento no concreto.

Laje armada com forma permanente de bambu (GHAVAMI)

O painel de vedao um quadro de madeira de reflorestamento sarrafiada, fechado com esterilhas de bambu, as quais podero receber outros materiais, como o adobe ou at mesmo a argamassa; Esses painis podem ter tamanhos e modelos variados de acordo com os vos; Os painis hidrulicos tm, uma de suas fases, mvel, facilitando uma possvel manuteno, diferenciando-se, assim, dos demais.

Para utilizar bambu no piso mais recomendvel empregar-se placas laminadas prensadas de bambu; As placas laminadas prensadas ou parquet sero colocadas e fixas na laje da mesma forma que a tbua corrida nas construes convencionais.

O telhado outro elemento que pode ser feito de bambu; Os caibros e as ripas podem ser mais finos e os encaixes devem ser firmes; Pode ser usados o sistema de trelia ou sistema convencional de tesoura com as teras, caibros e ripamento de colmos de bambu; As telhas de bambu podem ser feitas manualmente com um simples corte longitudinal no meio do bambu. Estas sero dispostas alternadamente com a cavidade voltada para cima e para baixo, como a telha colonial.

Na cobertura temos dois reservatrios; O reservatrio de gua da chuva, que recebe, atravs de uma canaleta, toda a gua coletada do telhado e o excesso do reservatrio de gua da rua jogada pelo ladro; J o ladro do reservatrio de gua da chuva joga a gua para o telhado de grama que se encontra logo abaixo.

Diagrama de cobertura

O forro pode ser obtido a partir de tranados de tira de bambu ou na disposio paralela de varas de bambu, de preferncia espcies com dimetro fino; Pode-se tambm utilizar o bambu para sustentao e fixao do forro, fazendo uso de varas com o dimetro um pouco maior.

DISCIPLINA: Sistemas Estruturais III ORIENTADOR: Prof Antnio Romero SantAnna GRUPO: Gabriel Bravim Jos Carlos Tonini Jnior Rubiene Callegario

Trabalho desenvolvido pelos alunos do 8 perodo de Arquitetura - 2011