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Webjornalismo Prof. Julliane Brita
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Aulas webjornalismo

Apr 15, 2017

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Julliane Brita
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Page 1: Aulas webjornalismo

WebjornalismoProf. Julliane Brita

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Se você é um jornalista, ou está pensando em se tornar um, você já deve ter observado o seguinte: são cada vez maiores os pré-requisitos para se tornar um jornalista.

The New Precision Journalism(O Novo Jornalismo de Precisão) Phil Meyer (1991)

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- 2015: o mundo deve atingir a marca de 3 bilhões de pessoas conectadas à Internet, o equivalente a 42,4% da população mundial.

- Brasil: 50,1% da população tem acesso (86,7 milhões de pessoas)Islândia: 96%; EUA: 81%

*eMarketer

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Infográfico: G1 - 09/2014

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Surgimento da Internet

- Surgiu de uma necessidade: descentralizar a comunicação

- Igual à maioria das tecnologias, foi criada para fins militares

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Surgimento da Internet

- Infográficos TecMundoDe 1605 a 1989 (link)Década de 1990 (link)

- Comunicação hierárquica e comunicação não hierárquica

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“O mito da criação”

Cada inovação tecnológica, quer tenha sido o código de programação, os transístores, os computadores pessoais ou a internet, foi construída por grupos de pessoas (que, quase sempre, se inspiraram em ideias passadas)

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“O mito da criação”

+ Ada Lovelace (1815 a 1852)Matemática e escritora inglesa, ela escreveu o primeiro algoritmo de computador, propôs a ideia de que as humanidades e a tecnologia devem conviver e idealizou o conceito da inteligência artificial.

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+ Alan Turing (1912-1954)Matemático, filósofo, criptógrafo, considerado o pai da ciência da computação. Foi o líder da equipe responsável por quebrar o código naval alemão, ato considerado fundamental para a vitória dos Aliados (1943).

Filme: O jogo da imitação (2014)

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Surgimento da Internet

Internet: Superestrada da informação - Al Gore, em 1998

1990 - Arpanet é desativada

1991 - World Wide Web

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Surgimento da Internet

1992 - Primeiros navegadores gráficos

1993 - A internet se torna um produto comercial

1994 - Netscape Navigator

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Surgimento da Internet

1995Guerra de navegadores: Internet Explorer e Netscape

1996Primeiros sites de empresa; Biquíni Cavadão e Barão Vermelho primeiros sites de música a entrar no ar; UOLGilberto Gil lança uma música pela internet.

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Surgimento da Internet

1997Consolidação da Internet no Brasil

1999Napster

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www – modo de organização da informação e dos arquivos na rede

http – protocolo de transferência de hiperlinks – é por meio dele que os dados são transmitidos

ftp – protocolo de transferência de arquivo

html – linguagem padrão para escrever páginas de documentos Web que contenham informação nos mais variados formatos: textos, som, imagens e animação

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Manuel Castells A sociedade em rede

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Gradualismo – conceito de que toda mudança deve ser suave, lenta e firme. Leitura supostamente objetiva da vida.

“A história da vida, como a vejo, é uma série de situações estáveis, pontuadas em intervalos raros por eventos importantes que ocorrem com grande rapidez e ajudam a estabelecer a próxima era estável”.

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O final do século 20é um desses intervalos na história.

Transformação da cultura material pelos mecanismos de um novo paradigma tecnológico.

Tecnologia: o uso de conhecimentos científicos para especificar as vias de se fazerem as coisas de uma maneira reproduzível.

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Tecnologia da informação: conjunto convergente de tecnologias em microeletrônica, computação (software e hardware), telecomunicações/radiodifusão, optoeletrônica e engenharia genética.

Tecnologias da vida: microbiologia, terapia genética, engenharia genética.

Biologia, eletrônica e informática: conversão e interação em suas aplicações e materiais.

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Grandes avanços tecnológicos: materiais avançados, fontes de energia, aplicações na medicina, técnicas de produção (nanotecnologia) e tecnologia de transportes.

Expansão tecnológica por causa da capacidade de criar uma interface entre campos tecnológicos mediante uma linguagem digital comum na qual a informação é gerada, armazenada, recuperada, processada e transmitida.

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O mundo se tornou digital.

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Revoluções históricasPenetrabilidade: penetração em todos os domínios da atividade humana, como o tecido em que essa atividade é exercida.

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Revolução da informação: mesma importância da Revolução Industrial do século 18, com influência na economia, na sociedade e na cultura. O cerne da transformação são as tecnologias da informação, processamento e comunicação.

A TI cumpre o papel que as novas fontes de energia exerceram nas revoluções anteriores, do motor a vapor à eletricidade, aos combustíveis fósseis e à energia nuclear.

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Primeira Revolução Industrial: também se apoiou num amplo uso de informações.

Segunda Revolução Industrial: papel decisivo da ciência ao promover a inovação.

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Revolução Tecnológica da Informação

Aplicação dos conhecimentos e da informação para a geração de conhecimentos e de dispositivos de processamento/comunicação da informação, num ciclo de realimentação cumulativo entre a inovação e seu uso.

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Diferencial: difusão de alcance global na velocidade da luz

Uso das tecnologias de telecomunicações no fim do século XX:- Automação das tarefas – usando- Experiência de usos – usando- Reconfiguração das aplicações – fazendo

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Os usuários se apropriam da tecnologia e a redefinem. As novas tecnologias não são apenas ferramentas, mas também processos a serem desenvolvidos.

Usuários e criadores são a mesma coisa.Pela primeira vez, a mente humana é uma força direta de produção, não apenas um elemento decisivo no sistema produtivo.

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Computadores, sistemas de comunicação, decodificação e programação genética são amplificadores e extensões da mente humana.

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Lógica do sistema: capacidade de transformar todas as informações em um sistema comum de informação, processando-as em velocidade e capacidade cada vez maiores e com custo cada vez mais reduzido.

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Lições da Revolução IndustrialPrimeira: máquina a vapor, fiadeira, metalurgia e substituição das ferramentas manuais pelas máquinas.

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Lições da Revolução IndustrialSegunda: eletricidade, motor de combustão interna, produtos químicos com base científica, fundição eficiente do aço e início das tecnologias da comunicação

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A inovação tecnológica não é uma ocorrência isolada.

A interatividade dos sistemas de inovação tecnológica e dos ambientes de trocas de ideias pode ser entendida como reflexos das experiências anteriores.

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Criação da Internet: consequência de uma fusão singular de estratégia militar, grande cooperação científica, iniciativa tecnológica e inovação contracultural.

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A universalidade da linguagem digital e a pura lógica das redes do sistema de comunicação geraram as condições tecnológicas para a comunicação global horizontal.

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Tecnologias de rede e a difusão da computação

A lógica do funcionamento de redes, cujo símbolo é a internet, tornou-se aplicável a todos os tipos de atividades, a todos os contextos e a todos os locais que pudessem ser conectados eletronicamente.

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Por que as descobertas das novas tecnologias da informação concentraram-se em um só lugar nos anos 70 e, sobretudo, nos Estados Unidos?

- A crise do petróleo e suas correlações motivaram uma reestruturação drástica do sistema capitalista em escala global.

- A tentativa de assegurar a superioridade militar.

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O surgimento de um novo sistema tecnológico na década de 1970 deve ser atribuído à dinâmica autônoma da descoberta e difusão tecnológica, inclusive aos efeitos sinérgicos entre todas as várias principais tecnologias.

Foi mais o resultado de indução tecnológica que de determinação social.

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Microprocessador >> microcomputador

Avanços em telecomunicações >> computadores funcionassem em rede.

Indústria eletrônica >> produção de semicondutores.

Softwares >> mercado de microcomputadores >> inventores de software.

Computadores em rede >> uso de programas

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Vale do SilícioPapel decisivo dos meios de inovação no desenvolvimento da revolução da tecnologia da informação: concentração de conhecimentos científicos/tecnológicos, instituições, empresas e mão-de-obra qualificada.

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Paradigma datecnologiada informação

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Um paradigma econômico e tecnológico é um agrupamento de inovações técnicas, organizacionais e administrativas inter-relacionadas cujas vantagens devem ser descobertas não apenas em uma nova gama de produtos e sistemas, mas sobretudo na dinâmica da estrutura dos custos relativos de todos os possíveis insumos para a produção.

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Insumos baratos de energia para insumos baratos de informação.

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Características- Informação é a matéria-prima: são tecnologias para agir sobre a informação, não apenas a informação para agir sobre a tecnologia.

- Penetrabilidade dos efeitos das novas tecnologias.

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Características- Lógica das redes em qualquer sistema ou conjunto de relações.

- Flexibilidade. Processos, organizações e instituições podem ser modificados pela reorganização de seus componentes.

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Características- Convergência de tecnologias específicas para um sistema altamente integrado.

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Cibercultura- O crescimento do ciberespaço resulta de um movimento internacional de jovens ávidos para experimentar, coletivamente, formas de comunicação diferentes daquelas que as mídias clássicas nos propõem.

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Cibercultura- Estamos vivendo a abertura de um novo espaço de comunicação, e cabe apenas a nós explorar as potencialidades mais positivas deste espaço nos planos econômico, político, cultural e humano.

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CiberculturaA grande questão não é ser contra ou a favor, mas ser receptivo em relação à novidade; que se tente compreendê-la e reconhecer as mudanças qualitativas.

Apenas assim seremos capazes de desenvolver as novas tecnologias numa perspectiva humanista.

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Cibercultura- Aspectos comercial e comunitário são complementares, não maniqueístas

- Não são os pobres que se opõem à internet, mas aqueles cujas posições de poder são ameaçados pela nova configuração de comunicação

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CiberculturaAlbert Einstein, em 1950Três grandes bombas explodiram durante o século XX: - a bomba demográfica- a bomba atômica- a bomba das telecomunicações

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Cibercultura

O dilúvio informacional jamais cessará. Não há nenhum fundo sólido sob o oceano das informações. Devemos aceitá-la como nossa nova condição. Temos que aprender a nadar, a flutuar, talvez a navegar.

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Ciberespaço- Ciberespaço ou “rede”: é o novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores.

O termo especifica a infraestrutura material da comunicação digital e o universo oceânico de informações que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam e alimentam esse universo.

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CiberculturaCibercultura: o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais) de práticas, de atitudes de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem com o crescimento do ciberespaço.

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CibernéticaCibernética: ciência que tem por objeto o estudo comparativo dos sistemas e mecanismos de controle automático, regulação e comunicação nos seres vivos e nas máquinas.

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Tecnologia: autônoma?

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Tecnologia: autônoma?

Não há técnicas sem atividades humanas.

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As técnicas são parte das atividades humanas, que abrangem, de maneira indissolúvel, interações entre:

- pessoas vivas e pensantes, - entidades materiais naturais e artificiais, - ideias e representações.

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É impossível separar o humano de seu ambiente material.

Não podemos separar o mundo material - e menos ainda sua parte artificial - das ideias por meio das quais os objetos técnicos são concebidos e utilizados, nem dos humanos que os inventam, produzem e utilizam.

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A emergência do ciberespaço acompanha, traduz e favorece uma evolução geral da civilização. Uma técnica é produzida dentro de uma cultura, e uma sociedade encontra-se condicionada por suas técnicas. Condicionada, não determinada. Essa diferença é fundamental.

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Uma técnica não é boa, nem má.Tampouco neutra.

Tratamos de situar o que é irreversível dentro dos seus usos, formular projetos que explorem as virtualidades e decidir o que fazer dela.

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Emergência do ciberespaço

- Primeiro momento: computador como máquinas gigantes de calcular

- Segundo momento (anos 70): virada fundamental, nova fase na automação da produção industrial

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Emergência do ciberespaço- Terceiro momento (anos 80): computador pessoal

+ Criação (de textos, de imagens, de músicas)+ Organização (bancos de dados, planilhas)+ Simulação (planilhas, ferramentas de apoio à decisão, programas para pesquisa)+ Diversão ( jogos)

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Emergência do ciberespaçoAnos 80+ Informática perde o status de técnica e de setor industrial para começar a fundir-se com as telecomunicações, a editoração, o cinema e a televisão

+ Interação e triunfo da informática amigável

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Emergência do ciberespaçoAnos 80 e 90+ Corrente cultural espontânea e imprevisível dando curso ao desenvolvimento técnico-econômico

+ Surgimento das tecnologias digitais como infraestrutura do ciberespaço, novo espaço de comunicação e de sociabilidade.

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Aspectos técnicos relevantes++ Crescimento de potência++ Redução de custos++ Descompartimentalização

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Infraestrutura técnica do virtual++ Tratamento - processadores++ Memória++ Transmissão++ Interfaces - interação entre o universo da informação digital e o mundo ordinário

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A palavra “virtual” pode ser entendida em pelo menos três sentidos:++ Técnico++ Corrente++ Filosófico

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++ Técnico: ligado à informática

++ Corrente: a palavra “virtual” é muitas vezes empregada para significar a irrealidade – enquanto a realidade pressupõe uma presença tangível. A expressão “realidade virtual” soa então como um paradoxo. Em geral acredita-se que uma coisa deva ser real ou virtual, que ela não pode, portanto, ser as duas coisas ao mesmo tempo.

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++ Filosófico: aquilo que existe apenas em potência e não em ato, o campo de formas e de problemas que tende a resolver-se em uma atualização. O virtual encontra-se antes da concretização efetiva ou formal (a árvore está virtualmente presente no grão). Nesse sentido, o virtual é uma dimensão muito importante da realidade.

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Virtualidade e atualidade são apenas dois modos diferentes de realidade. Se a produção da árvore está na essência do grão, então a virtualidade da árvore é bastante real (sem que seja, ainda, atual).

É virtual toda entidade desterritorializada, capaz de gerar diversas manifestações concretas em diferentes momentos e locais determinados, sem contudo estar ela mesma presa a um lugar ou tempo em particular.

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A palavra é uma entidade virtual. O vocábulo “árvore” está sendo pronunciado em um local ou outro, em determinado dia numa certa hora.

A enunciação deste elemento lexical é a atualização. Mas a palavra em si, aquela que é pronunciada ou atualizada em certo lugar, não está em um lugar nenhum e não se encontra vinculada a nenhum momento em particular (ainda que ela não tenha existido desde sempre).

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Ainda que não possamos fixá-lo em nenhuma coordenada espaço-temporal,

o virtual é real.

Uma palavra existe de fato. O virtual existe sem estar presente.

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O virtual é uma fonte indefinida de atualizações.Uma palavra pode:++ Ser pronunciada com sotaque.++ Ser usada ironicamente. ++ Ter sentidos diferentes em situações diferentes.

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A cibercultura liga-se ao virtual de duas formas:++ Direta: a digitalização da informação pode ser aproximada da virtualização. Os códigos de computador inscritos no disco rígido (HD) são quase virtuais, já que independem de coordenadas espaço-temporais determinadas.

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Nas redes, as informações estão fisicamente situadas em algum lugar, em um suporte, mas também estão virtualmente presentes em cada ponto da rede onde seja pedida.

Page 77: Aulas webjornalismo

++ Indireta: a comunicação continua um movimento de virtualização iniciado pelas técnicas antigas - escrita, gravação de som e imagem, rádio, televisão e telefone.

O ciberespaço encoraja um estilo de relacionamento independente dos lugares geográficos e da coincidência dos tempos.

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Aspectos críticos que diferenciam a Internet das outras mídiasPor que conhecê-los?Para maximizar o uso da informação.

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+ Não linearidade+ Fisiologia+ Instantaneidade+ Dirigibilidade e costumização+ Memória (perenidade)+ Qualificação

+ Custos de produção e de veiculação+ Interatividade+ Pessoalidade+ Acessibilidade + Receptor ativo+ Multimídia

Características do Webjornalismo

Page 80: Aulas webjornalismo

+Não linearidadeHipertexto: é a natureza da navegação

+ FisiologiaÉ a origem da ideia do texto 50% menor que o escrito para o papel, já que a leitura é mais devagar na luz por causa da fadiga dos olhos. Piscamos menos.

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+ InstantaneidadeRádio e TV já trabalhavam com o ao vivo, mas a disponibilidade da audiência. Na Web, o planejamento de pauta ocorre apenas em casos de matérias especiais.

O grau de instantaneidade da transmissão do fato se aproxima apenas do conseguido pelo rádio.

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+ Memória (perenidade)Valiosa ferramenta para pesquisa (semelhante à possibilidade de releitura do impresso).

A notícia da tevê, do rádio ou do impresso é volátil. Na Internet, ela permanece e se expande, novos aspectos são agregados e criam-se células de informação.

Page 83: Aulas webjornalismo

+ Memória (perenidade)The New York Times constatou que o conteúdo mais acessado é sempre o banco de notícias, a “notícia de ontem”.

Page 84: Aulas webjornalismo

+ Dirigibilidade e customizaçãoOs veículos da mídia impressa e de mídia eletrônica sofrem restrições de espaço e de tempo. Além disso, um editor determina o que é ou não notícia, o que vai ser ou não publicado.

Page 85: Aulas webjornalismo

+ Dirigibilidade e customizaçãoNa Internet, a informação pode ser instantaneamente dirigida para a audiência sem filtro e pode ser enviada diretamente para consumidores de determinada empresa, código de CEP, regiões geográficas, etc.

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+ QualificaçãoAudiência qualificada e formadora de opinião

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+ Custos de produção e de veiculação

Se comparadas às redações tradicionais, as da Internet custam menos. Investimentos em hardware e software, além de conexão, são bem mais baixos que os de produção e transmissão da TV e do jornal.

Page 88: Aulas webjornalismo

+ InteratividadeAs mídias tradicionais proporcionavam baixa interatividade: seção de cartas; controle remoto; telefonemas.

O conteúdo on-line que não oferece um padrão mínimo de interação tem pouco valor para o usuário e inibe a compreensão da mensagem.

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+ InteratividadeHiperlinks, sugestão de pauta, produção de conteúdo, comentário.

Na internet, não se FALA PARA, se CONVERSA COM.

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+ Acessibilidade: sites acessíveis 24 horas por dia.

+ Receptor ativo: a audiência busca informação de maneira ativa. A Internet é mídia pull, que deve puxar a atenção do usuário, enquanto a TV e o rádio são mídias push, nas quais a mensagem é empurrada diretamente para o espectador.

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+ Multimídia ou convergênciaConvergência dos formatos das mídias tradicionais para a Internet

Imagem estática e em movimento; áudio; vídeo; texto

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Tempo determinadoAtualização regular

Baixa interatividadeEfemeridadeTextualidade

Direitos autoraisJornalismo profissional

InstantaneidadeAtualização contínuaAlta interatividadePerenidadeHipertextualidadeDireitos autorais?Jornalismo participativo

Jornalismotradicional

Jornalismodigital

X

Page 93: Aulas webjornalismo

História do Webjornalismo

Page 94: Aulas webjornalismo

O webjornalismo apareceu, nos anos noventa, como a consequência lógico das experiências jornalísticas no videotexto e no teletexto e do aproveitamento, pelas empresas jornalísticas, da popularização da Internet e das novas tecnologias interativas da informação e comunicação, dos avanços nas telecomunicações e da convergência dos meios. (João Pedro Sousa)

Page 95: Aulas webjornalismo

Os jornais impressos foram os primeiros meios a migrarem para a Internet (sendo seguidos pela rádio e televisão), por vários motivos:a) Perda de leitores, em especial entre os jovens;b) Aumento dos custos de produção e distribuição, em particular o custo do papel;c) Fuga de publicidade para a televisão;

Page 96: Aulas webjornalismo

e) A produção de conteúdos para a versão impressa permitia o seu aproveitamento no webjornal;f ) Vantagens da própria Internet, potenciadas pela informatização das redações e pelo jornalismo assistido por computador, como a utilização de e-mail, a consulta em bases de dados, a transferência de arquivos, etc., que obrigaram a uma reconversão das rotinas produtivas;

Page 97: Aulas webjornalismo

g) Os jornais esperavam promover o consumo do meio original, pois as potencialidades da Rede, como a interatividade, podem gerar um maior envolvimento do consumidor de informação.

Page 98: Aulas webjornalismo

Webjornalismode primeira geração Luciana Mielniczuk

Os produtos oferecidos eram reproduções de partes dos grandes jornais impressos, que passavam a ocupar o espaço na Internet.

Page 99: Aulas webjornalismo

Webjornalismode primeira geração O que era chamado então de jornal online na web não passava da transposição de uma ou duas das principais matérias de algumas editorias.

Page 100: Aulas webjornalismo

Webjornalismode primeira geração O material era atualizado a cada 24 horas, de acordo com o fechamento das edições do impresso. Em alguns casos, como o do O Estado de S. Paulo, eram disponibilizados também, o conteúdo de alguns cadernos semanais.

Page 101: Aulas webjornalismo

Webjornalismode primeira geração A disponibilização de informações jornalísticas na web fica restrita à possibilidade de ocupar um espaço, sem explorá-lo enquanto um meio que apresenta características específicas.

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Webjornalismode segunda geração

Começam a ocorrer experiências na tentativa

de explorar as características específicas oferecidas pela rede a partir do aperfeiçoamento e desenvolvimento da estrutura técnica da Internet.

Page 103: Aulas webjornalismo

Webjornalismode segunda geração

Nesta fase, o jornal impresso é utilizado

como metáfora para a elaboração das interfaces dos produtos.

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Webjornalismode segunda geração

“Just as a speaker chooses metaphors that will

make his or her meaning clearer to the audience, a designer must choose metaphors that help the

users understand the system” (MacAdams, 2000)

Page 105: Aulas webjornalismo

Webjornalismode segunda geração

Ao mesmo tempo em que se ancoram no modelo

do jornal impresso, as publicações para a web começam a explorar as potencialidades

do novo ambiente:

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Webjornalismode segunda geração

- links com chamadas para notícias de fatos que

acontecem no período entre as edições- uso do e-mail como possibilidade de comunicação

entre jornalista e leitor ou entre os leitores, por meio de fóruns de debates

Page 107: Aulas webjornalismo

Webjornalismode segunda geração

- a elaboração das notícias passa a explorar os

recursos oferecidos pelo hipertexto; surgem as seções ‘últimas notícias’.

Page 108: Aulas webjornalismo

Webjornalismode segunda geração

- A tendência, salvo exceções, ainda é a existência de produtos vinculados não só ao modelo do jornal

impresso enquanto produto, mas também às empresas jornalísticas cuja credibilidade e rentabilidade estavam

associadas ao jornalismo impresso.

Page 109: Aulas webjornalismo

Webjornalismode terceira geração O cenário começa a se modificar com o surgimento de iniciativas tanto empresariais quanto editoriais destinadas exclusivamente à Internet.

Page 110: Aulas webjornalismo

Webjornalismode terceira geração São sites jornalísticos que extrapolam a ideiade uma versão para a web de um jornal impresso já existente. Exemplo: fusão entre a Microsoft e a NBC, uma empresa de informática e

uma empresa jornalística de televisão, ocorrida em 1996.

Page 111: Aulas webjornalismo

Webjornalismode terceira geração O http://www.msnbc.com é um site de jornalismo, mas que não surgiu como decorrência da tradição e da experiência do jornalismo impresso.

Page 112: Aulas webjornalismo

Webjornalismode terceira geração Nos produtos jornalísticos desta geração,é possível observar tentativas de efetivamente explorar e aplicar as potencialidades oferecidas pela web para fins jornalísticos.

Page 113: Aulas webjornalismo

Webjornalismode terceira geração Entre outras possibilidades, os produtos jornalísticos apresentam: – recursos em multimídia, como sons e animações, que enriquecem a narrativa jornalística

Page 114: Aulas webjornalismo

Webjornalismode terceira geração – recursos de interatividade, como chats com a participação de personalidades públicas, enquetes, fóruns de discussões;

Page 115: Aulas webjornalismo

Webjornalismode terceira geração – apresentam opções para a configuração do produto de acordo com interesses pessoais de cada leitor/usuário

Page 116: Aulas webjornalismo

Webjornalismode terceira geração – a utilização do hipertexto não apenas como um recurso de organização das informações da edição, mas também como uma possibilidade na narrativa jornalística de fatos

Page 117: Aulas webjornalismo

Webjornalismode terceira geração – atualização contínua no webjornal e não apenas na seção ‘últimas notícias’.

Page 118: Aulas webjornalismo

Webjornalismode terceira geração – atualização contínua no webjornal e não apenas na seção ‘últimas notícias’.

Page 119: Aulas webjornalismo

Divisão em três categorias Pavlik (2001):preocupado com conteúdo noticiosoSilva Jr (2002): disseminação de informações jornalísticas Palacios (2002): pensa o Webjornalismo como um todo

Page 120: Aulas webjornalismo

Três principais estágios de desenvolvimento dos sites de jornais (Silva Jr.)

Page 121: Aulas webjornalismo

- O transpositivo, como modelo eminentemente presente nos primeiros jornais online em que a formatação e organização seguia diretamente o modelo do impresso. Trata-se de um uso mais hermético e fiel da ideia da metáfora, seguindo muito de perto o referente pré-existente como forma de manancial simbólico disponível.

Page 122: Aulas webjornalismo

- O perceptivo. Num segundo nível de desenvolvimento, há uma maior agregação de recursos possibilitados pelas tecnologias da rede em relação ao jornalismo online. Nesse estágio, permanece o caráter transpositivo, mas há a percepção por parte desses veículos, de elementos pertinentes a uma organização da notícia na rede.

Page 123: Aulas webjornalismo

- O hipermidiático. Mais recentemente, podemos constatar que há demonstrações de uso hipermidiático por alguns veículos online, ou seja: o uso mais intensificado de recursos mais hipertextuais, a convergência entre suportes diferentes (multimodalidade) e a disseminação de um mesmo produto em várias plataformas e/ou serviços informativos”.

Page 124: Aulas webjornalismo
Page 125: Aulas webjornalismo

PotencialidadesMultimidialidade/convergênciaInteratividadeHipertextualidadePersonalizaçãoMemória

Page 126: Aulas webjornalismo

ImplicaçõesEssas características são novidades do meio digital ou apenas características já existentes no impresso, no rádio e na televisão?

Page 127: Aulas webjornalismo

Se são aspectos novos ou não, a situação criada por eles é inédita.Temos então novas questões teóricas? Quais seriam?

Page 128: Aulas webjornalismo

Noções de tempo e de espaço são diferentes no online.+ Atualização constanteConceito de atualidade foi alterado?

A qualidade e a rotina jornalísticas são afetadas?

Page 129: Aulas webjornalismo

Noções de tempo e de espaço são diferentes no online.+ Armazenamento infinitoAltera a valoração e a hierarquização

das notícias na edição?

Page 130: Aulas webjornalismo

Noções de tempo e de espaço são diferentes no online.+ Interação entre pessoas por meio da publicaçãoO jornalista clássico, que reduz a informação ao

menor denominador comum é necessário?

Page 131: Aulas webjornalismo

Chats com o públicoe personalidades podem ser considerados um novo gênerode entrevista? Que soluções serão criadas para aproveitar melhoros recursos da web?

Page 132: Aulas webjornalismo

+ Interação do leitor com a publicaçãoCada usuário tem acesso à informação de um jeito

muito diferenciado entre si. No webjornal,

o produto deixa de ser percebido como único.

Não há mais uma mensagem única disseminada

para um público. Como são afetados os preceitos

das teorias de agendamento?

Page 133: Aulas webjornalismo

+ Hipertexto e multimidialidadePirâmide invertida é a forma

mais adequada para

as narrativas hipertextuais?

Page 134: Aulas webjornalismo

+ Direito autoral x Inteligência coletiva

+ Jornalismo em blog

+ Produção cascavelense de Webjornalismo

+ Erros e acertos: o jornalismo em tempo real

Aspectos éticos ampliados ou acrescidos ao jornalismo

Page 135: Aulas webjornalismo

Aspectos éticos ampliados ou acrescidos ao jornalismo+ A nova checagem de informação

+ Compartilhamento em redes sociais: a disseminação do erro

+ Jornalismo: colaborativo, participativo, interativo

+ Como salvar o jornalismo da crise financeira?

Page 136: Aulas webjornalismo

Aspectos éticos ampliados ou acrescidos ao jornalismo+ Jornalismo é jornalismo em qualquer plataforma

+ Curadoria: o novo (ou renovado) papel do jornalista

+ “Quem lê tanta notícia?”

+ Acessibilidade: a internet é mesmo para todos?

Page 137: Aulas webjornalismo

Aspectos éticos ampliados ou acrescidos ao jornalismo+ Aprofundamento da notícia: quem vai ler?

+ “Eu li na internet”: a crise da credibilidade

+ Um jornalismo, várias narrativas: os caminhos do hipertexto

+ O novo agendamento: o que o leitor quer saberrealmente?

Page 138: Aulas webjornalismo

Temas da avaliação+ Aspectos críticos que diferenciam a Internet das outras mídias+ Características do webjornalismo+ Jornalismo tradicional x Jornalismo digital+ Histórias e gerações do webjornalismo+ Implicações das características do digital no jornalismo