08-12-2011 1 Prótese José Alexandre Reis Prótese • O que é? – É o substituto artificial de parte do corpo – Exemplos: • Prótese de Ouvido • Prótese de Cabelo • Prótese Cardíaca • Prótese Dentária Prostodontia • Especialidade dentária – Diagnóstico, planeamento, reabilitação e manutenção da função oral, conforto, aspecto e saúde do doente que tem associado uma condição de perda ou deficitária de dentes ou estruturas orais com recurso a próteses biocompativeis Prótese Dentária Reabilitação do paciente com próteses dentárias • Objectivos – Restaurar a função mastigatória – Restaurar o tamanhoe contornos da face segundo a estética – Corrigir os defeitos da fonética devido à perda dos dentes – Restaurar não produzindo lesões ao paciente – Devolver ao doente sua auto-estima Prótese Dentária • Infelizmente, nem sempre todos os objectivos são alcançados • São muitos os fatores envolvidos no planeamento da prótese • Alguns limitam os resultados – doenças sistêmicas – factor econômico Exame Clínico • Geral – psicológico • Visual – Do doente – Dos modelos • Táctil – detecção de estruturas • Radiográfico – raízes retidas (perdidas)
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Transcript
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Prótese
José Alexandre Reis
Prótese
• O que é?
– É o substituto artificial de parte do corpo
– Exemplos:
• Prótese de Ouvido
• Prótese de Cabelo
• Prótese Cardíaca
• Prótese Dentária
Prostodontia
• Especialidade dentária
– Diagnóstico, planeamento, reabilitação e manutenção da função oral, conforto, aspecto e saúde do doente que tem associado uma condição de perda ou deficitária de dentes ou estruturas orais com recurso a próteses biocompativeis
Prótese Dentária
Reabilitação do paciente com próteses dentárias
• Objectivos – Restaurar a função mastigatória
– Restaurar o tamanhoe contornos da face segundo a estética
– Corrigir os defeitos da fonética devido à perda dos dentes
– Restaurar não produzindo lesões ao paciente
– Devolver ao doente sua auto-estima
Prótese Dentária
• Infelizmente, nem sempre todos os objectivos são alcançados
• São muitos os fatores envolvidos no planeamento da prótese
– Classe III - Area Edentula Unilateral ou Bilateral Entre Dentes
– Classe IV - Area Edentula Anterior Que Envolve A Linha Média E Entre Dentes
Jeff Shotwell, University of Michigan, 2008
Classe I - Area Edentula Bilateral Posterior
Jeff Shotwell, University of Michigan, 2008
Classe II - Area Edentula Unilateral Posterior
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Classe II, 1
Classe II, 3
Jeff Shotwell, University of Michigan, 2008
Classe II - Area Edentula Unilateral Posterior
Unilateral
Jeff Shotwell, University of Michigan, 2008
Classe III - Area Edentula Unilateral ou Bilateral Entre Dentes
BILATERAL
Source: Jeff Shotwell, University of Michigan, 2008
Classe III - Area Edentula Unilateral ou Bilateral Entre Dentes
Jeff Shotwell, University of Michigan, 2008
Classe IV - Area Edentula Anterior
Súmario da 1ª Parte
• Edentulismo
• Exame Clínico • Considerações
Anatómicas
• Impressões
– Materiais
– Moldeira Universal
– Moldeira Individual
– Técnica
• Modelos de Gesso
• Ceras
• Registo Oclusal
• Cor
• Cerâmica
• Cimentos
Exame Clínico
• Idade e estado físico do paciente – reacção ao estímulo causado pela prótese
• idade avançada quando associada a um excelente estado físico é uma indicação para o uso de próteses, ao passo que senilidade, é uma contra-indicação.
• Anamnese: passado médico – A ANAMNESE consiste no levantamento
médico/odontológico do paciente.
– Conhecimento do perfil psíquico do paciente e a sua MOTIVAÇÃO
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Exame Clínico
"A construção de dentaduras inicia-se no momento em que o doente se apresenta. O médico dentista imediatamente, estima ou classifica por análise criteriosa, o tipo, caracter e atitude mental do indivíduo".
Paterson (1923)
Exame Clínico
A motivação do doente é um índice da cooperação que poderemos esperar, bem como daquilo que ele espera do nosso trabalho. Motivações :
• familiares e amigos;
• estética;
• dor;
• saúde;
Exame Clínico
"Todo maxilar desdentado é clinicamente suspeito". Aldovandi, C. 1960
• Através das radiografias verificaremos:
– focos de osteite;
– cistos residuais;
– raízes residuais;
– dentes inclusos;
– estado da reabsorção óssea,
– trabeculado ósseo: sua disposição e sua orientação,
– disposição dos foramens em relação à crista óssea residual.
– instrumentos fraturados, etc.
Exame Clínico
• Tipos de radiografia:
– Periapical - visualização de pequena área suspeita (p.ex.: localização de raiz);
– Oclusal - visualização da área basal, no plano horizontal;
– Panorâmica - visualização de todo o terço inferior do crânio, incluindo articulações e seios maxilares.
Súmario da 1ª Parte
• Edentulismo
• Exame Clínico
• Considerações Anatómicas
• Impressões
– Materiais
– Moldeira Universal
– Moldeira Individual
– Técnica
• Modelos de Gesso
• Ceras
• Registo Oclusal
• Cor
• Cerâmica
• Cimentos
Considerações anatómicas
• Fibromucosa: epitélio escamoso estratificado
• Tecido ósseo: base profunda de sustentação das próteses
– Reabsorção: é a eliminação dos componentes inorgânicos do osso pela circulação sanguínea e linfática
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Reabsorção óssea
• Reabsorção óssea
– Maxila dá-se as custas da tábua óssea vestibular, persistindo uma forma delgada.
– Há uma diminuição em largura que acompanha a diminuição em altura.
– Mandíbula, a reabsorção envolve tanto a vertente vestibular quanto a lingual, havendo uma diminuição mais dramática na altura, do rebordo residual.
Reabsorção óssea
• Causas de reabsorção:
– a) envelhecimento
– b) perda de função
• perda dos dentes e consequente perda de função do osso alveolar
– c) causas mecânicas
• pressão e dor provocadas por próteses defeituosas
– d) estados patológicos: gerais e locais
"Na construção de próteses totais, o objectivo principal é a preservação dos rebordos alveolares; os objetivos secundários serão a eficiência mastigatória e a estética".
TRAPOZZANO, V.R. (1959)
Retenção
• É a capacidade da prótese de resistir às forças extrusivas que tendem a deslocá-la da sua posição.
• Meios físicos de retenção: – Gravidade: positiva para a mandíbula e negativa para a maxila
– Adesão: a força de atracção inter-molecular existente entre as moléculas da superfície de um determinado corpo e as moléculas superficiais de outro, quando em íntimo contato
– Acto de levar à boca do doente, uma moldeira cheia de um material de impressão e que tenha a capacidade de copiar as estruturas dentárias e em seguida endurecer.
– Reprodução em negativo de um ou mais dentes, ou de uma arcada e estruturas adjacentes – Molde
– Feita para a construção de um modelo que nos permite trabalhar no exterior da boca
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Material de Impressão
Elásticos
Não-Elásticos
Hidrocolóides
Óxido de Zinco Eugenol
Godiva
Gesso
Elastomeros não-aquosos
Agar-Agar
Alginato Poliéteres
Silicone de Adição
Silicone de condensação
Polysulfetos
Cera de impressão
Material de Impressão Não-Elástico
Óxido de Zinco Eugenol
Godiva
Gesso
Cera
Type I
Elasticos
Hidrocolóides
Elastomeros não-aquosos
Agar
Alginato
Polisulfetos
Poliéteres
Silicone de adição
Silicone de condensação
Elastomeros não-aquosos
Poliéteres
Silicone de Adição
Silicone de condensação
Polisulfetos
Elasticos
Hidrocolóides Agar
Alginate
Cera 1750 Philip Pfaff
Gesso, Godiva
Hidrocolóides reversíveis
Óxido de Zinco Eugenol
Alginato
Elastomeros : Polisulfetos, Silicone , Polieter
II Guerra Mundial
Material de Impressão Material de Impressão
• Propriedades ideais
• Alta precisão (contracção <0.5%)
• Biocompativeis
• Compativeis com o gesso
• Alta estabilidade biodimensional
• Elevada recuperação elástica
• Elevada resistência ao rasgar
• Fácil uso, manipulação. Validade prolongada
• Hidrofílicos
• Com cor, cheiro e paladar atraente
• Tempo de presa reduzido
• Económicos
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Material de Impressão
• Tempo de presa – desde o início da mistura até ao fim da toma de presa
• Tempo de trabalho – desde o início da mistura até começar a tomar presa, ou seja até se poder por na boca
• Recuperção Elástica
– É a recuperação (30s) de um cilindro de material de impressão após a compressão a 10%.
• Minimização da contracção
Materiais de Impressão
• Técnica de Impressão – Funcionais
– Semi-funcionais
– Mucostáticas
• Podem ser classificadas, de acordo com o material de moldagem:
– Moldagens compressivas
– Moldagens selectivas
– Moldagens com mínima pressão
– A técnica de impressão é ditada pelas características do caso e pela fibromucosa de revestimento.
Material de Impressão
Elásticos
Não-Elásticos
Hidrocolóides
Óxido de Zinco Eugenol
Godiva
Gesso
Elastomeros não-aquosos
Agar-Agar
Alginato Poliéteres
Silicone de Adição
Silicone de condensação
Polisulfetos
Cera de impressão
Material de Impressão Materiais de Impressão – Alginato
• Usar medidas!!
• Causas de distorção dimensional – Embebimento: absorção de água
– Seca/Desidratação: quando colocado ao ar, perde água por evaporação
• Alteração do tempo de presa – Água fria, aumenta
– Água quente, diminui
Materiais de Impressão – Alginato
• Manipulação
1. Agitar o pó de alginato (homogeneização)
2. Misturar pó-água movimentos circulares
3. Espatular energicamente
Materiais de Impressão – Alginato
• Manipulação
4. Carregamento da moldeira inferior
1. Metade de um lado
2. Metade do outro pelo lado externo
3. Pressionar com a espátula até a moldeira ficar preenchida
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Materiais de Impressão – Alginato
Manipulação
5. Carregamento da moldeira superior
– Colocação de uma só vez
– Pressão na parte posterior para preenchimento
6. Desinfecção (hipoclorito de sódio -10%)
7. Vazamento a gesso
Polisulfetos
• Impressões definitivas em prótese total
• Afectado negativamente por sangue, saliva e água
• Tem de ser vazado a gesso imediatamente (sem vibração)
• Reacção não pára logo pode sofrer distorções
Silicones de Adição
• Impressão com detalhe elevado
• Boa estabilidade dimensional
• “Alérgicos” ao látex – inibe a polimerização
• Mais hidrofóbicos, secar muito bem os dentes
Poliéter
• Impressão com detalhe muito elevado
• Excelente estabilidade dimensional
• Muito duro, logo difícil de retirar sem abanar
• Mais hidrofílico que os silicones
Impressões
• Preliminares • Serve para planear o caso, enceramentos
• Alginato
• Hidrocolóide irreversível
• Material de fácil manuseamento (pó-líquido), sensibilidade
• Barato
• Pouco resistente
• Muito sensível à humidade
Impressões
• Definitivas • Onde o trabalho vai ser realizado
• Pouco sensíveis à alaterações dimensionais
• Podem (devem?) ser vazadas a gesso várias vezes
• Silicone de adição – Elite, Imprit 3, Aquasil, Affinis
• Poliéter – Impregum, Permadyne, P2
• Duas densidades para melhorar a reprodução dos detalhes – Heavy, medium, light, super-light
• Diferentes viscosidades – Putty (moldeira), líquidos (dente)
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Impressões
• Definitivas
• Silicone de adição
– Elite, Imprit 3, Aquasil, Affinis
• Poliéter
– Impregum, Permadyne, P2
• Duas densidades para melhorar a reprodução dos detalhes
– Heavy, medium, light, super-light
• Diferentes viscosidades
– Putty (moldeira), líquidos (dente)
Súmario da 1ª Parte
• Edentulismo
• Exame Clínico
• Considerações Anatómicas
• Impressões – Materiais
–Moldeira Universal
– Moldeira Individual
– Técnica
• Modelos de Gesso
• Ceras
• Registo Oclusal
• Cor
• Cerâmica
• Cimentos
Moldeira Universal
• Confortavel para o doente
• Deve ser ligeiramente maior que as estruturas a imprimir
• Deve extender-se 2-3mm alem do siso, espaço retromolar ou tuberosidade
• 2-3mm de material entre a moldeira e as cúspides
Moldeira Universal
• Adesivos – Azuis
• Poliéter
• Silicone
– Castanhos • Polisulfetos
– Laranja/rosa • Silicone
– Amarelos • Alginato
Súmario da 1ª Parte
• Edentulismo
• Exame Clínico
• Considerações Anatómicas
• Impressões – Materiais
– Moldeira Universal
–Moldeira Individual
– Técnica
• Modelos de Gesso
• Ceras
• Registo Oclusal
• Cor
• Cerâmica
• Cimentos
Moldeira Individual
• Moldeiras individualizadas/ personalizadas
• Feitas no modelo preliminar
• !!RARAMENTE SE USA EM PRÓTESE FIXA!!
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Moldeira Individual
• Vantagens – Melhor impressão, personalizada, menos
distorção
– Permite uma espessura uniforme
– Minimiza a rigidez da moldeira universal
– Reduz o material utilizado (barata)
• Com orifícios e não polidas para aumentar a retenção
• Pode ter stops – mucosos ou em dentes
Súmario da 1ª Parte
• Edentulismo
• Exame Clínico
• Considerações Anatómicas
• Impressões – Materiais
– Moldeira Universal
– Moldeira Individual
–Técnica
• Modelos de Gesso
• Ceras
• Registo Oclusal
• Cor
• Cerâmica
• Cimentos
Impressões - Técnica
1. Escolha/prova da moldeira – justeza 2. Colocar adesivo na moldeira 3. Verificar que a seringa não tem material a obstruir a ponta 4. Colocar os cartuchos na pistola, sangrar 5. Colocar o material putty na moldeira 6. Colocar o material light na seringa, começar a contar o
tempo 7. Injectar o material light na zona/dente a imprimir. Manter a
ponta dentro do material 8. Colocar imediatamente a moldeira com o putty e mante-lo 9. Após a polimerização, remover a moldeira com a impresão
sem distorce-la 10. Inspecionar/avaliar a impressão 11. Repetir?
Súmario da 1ª Parte
• Edentulismo
• Exame Clínico
• Considerações Anatómicas
• Impressões
– Materiais
– Moldeira Universal
– Moldeira Individual
– Técnica
• Modelos de Gesso • Ceras
• Registo Oclusal
• Cor
• Cerâmica
• Cimentos
Modelos de Gesso
• É o positivo
• Réplica/Reprodução dos dentes ou arcada
• Serve de base à construção dos trabalhos, diagnóstico, planeamento, apresentação ao doente
Modelos de Gesso
• Vários tipos de gesso (variam em dureza, contracção e tempo de presa)
– Tipo I – gesso tipo paris, para unir os modelos ao articuladores
• (contração 0,15%) (Resistência à compressão >4MPa)
– Tipo III – prótese removível e modelos preliminares
• (contração 0,3%) (Resistência à compressão >21MPa)
– Tipo IV – prótese fixa e implantes
• (contração 0,05-0,1%)(Resistência à compressão >35MPa)
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Modelos de Gesso – Propriedades Ideais
• Estáveis dimensionalmente • Alta resistência à abrasão • Não quebradiços • Superfície polida • Capacidade de reproduzir detalhesCompatibilidade
como os materiais de impressão
• Devem contrastar com a cera, cerâmica e ligas
• Fáceis de manipular e fabricar, rápidos
• Biocompatíveis ao toque/inalação
• Económicos
Modelos de Gesso
• Vazar a gesso em duas etapas
• Primeiro colocar uma fina camada e vibrar a moldeira inclinando-a de modo ao gesso cobrir toda a superfície
• Depois acrescentar o gesso, mantendo a vibração, para evitar bolhas de ar
• Cortar os modelos paralelos ao rebordo alveolar
• No modelo preliminar deve manter-se a reflexão vestibular de modo a confecionar-se a moldeira individual
• Manipulação
1. Seleccionar o tipo de gesso
2. Medir a água e pesar pó
3. Misturar pó+água
4. Espatulação - obtenção de textura lisa e homogénea
• Vazamento
1. Verter pequenas quantidades de
– gesso numa extremidade
1. Moldeira apoiada sobre vibrador
2. Preenchimento gradual da impressão com suave vibração
3. Construir a base
Modelos de Gesso Modelos de Gesso –Preliminares
Modelos de Gesso – Trabalho 1. Inspecionar a impressão
2. Spray com uma emulsão de silicone para diminuir a tensão de superfície
3. Inspecionar a tigela da máquina de vácuo
4. Medir a àgua e o gesso
5. Adicionar a água e o gesso na tigela de vácuo e espatular à mão
6. Misturar na máquina de vácuo
7. Vibrar o gesso para a impressão cuidadosamente, detalhers
8. Construir a base de gesso com altura suficiente, paralela à superfície oclusal
9. Aguarda uma hora antes de separar
10. Separar sem partir!!
Modelos de Gesso – Trabalho
É o modelo no qual as próteses vão ser fabricadas
Alto grau de fidelidade
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Modelos de Gesso – Caixa
• Método da cera
– Aplicar rolos de cera de boxing à volta da impressão
– Aplicar cera rosa em toda a volta da impressão de modo a criar uma caixa
• Método das formas
– Aplicar gesso na impressão
– Aplicar gesso na forma, e inverter a impressão neste gesso
– Dar uma forma de contorno ao gesso
Torquel
É uma réplica de um ou mais dentes em gesso ou similar
Confeccionado a partir do/no modelo de trabalho
Feito em laboratório
Pode ser feito por um
segundo modelo de
trabalho
Súmario da 1ª Parte
• Edentulismo
• Exame Clínico
• Considerações Anatómicas
• Impressões
– Materiais
– Moldeira Universal
– Moldeira Individual
– Técnica
• Modelos de Gesso
• Ceras • Registo Oclusal
• Cor
• Cerâmica
• Cimentos
Ceras
• Material termoplástico, sólido à temperatura ambiente, que facilmente derrete sem se decompor num líquido
• Substância mole com baixas propriedades mecânicas
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Ceras
• Propriedades Térmicas – Ponto de liquefação
– Temperatura de transição sólido-sólido
– Temperatura de amolecimento
– Coeficiente de expansão
– Estbilidade dimensional
• Propriedades Mecânicas – Rigidez
– Plasticidade
Ceras – Plasticidade
• Depende
– Temperatura
– Força que causa a deformação
– Tempo em que a força actua
• Na boca a deformação deve ser mínima ou não existente, mas deve ser elevada à temperatura de trabalho
Ceras
• Amolecimento – Pingador (enceramentos, PF e PPR)
– Bico de Bunsen
– Lamparina
– Água quente (uniforme, dissolve-se)
– Luz infra-vermelha (250W, controlar a distância)
– Forno (ideal, temperatura controlada)
• Quando a cera fica branca/brilhante, aqueceu demais!
Súmario da 1ª Parte
• Edentulismo
• Exame Clínico
• Considerações Anatómicas
• Impressões
– Materiais
– Moldeira Universal
– Moldeira Individual
– Técnica
• Modelos de Gesso
• Ceras
• Registo Oclusal • Cor
• Cerâmica
• Cimentos
Registo Oclusal
• Registo Oclusal
– Dá ao técnico de prótese a relação entre arcadas
• Ceras
• Silicones
– BlueBite, JetBlue
Ceras – Registo Oclusal
Composição:
– Parafina
– Abelhas
– Ceresina
– Partículas de aluminio
Fornecido como:
• Ferraduras ou wafers.
• Um lado está protegido
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Ceras – Registo Oclusal
• Procedimento:
1. A cera é aquecida
2. As ceras são colocadas entre as arcadas do doente e pede-se que morda/guia-se até relação cêntrica
3. Remove-se e coloca-se em água fria
4. Coloca-se as ceras nos modelos e confirma-se o registo obtido
5. Monta-se os modelos no articulador
Ceras – Registo Oclusal
Material Necessário
– Faca de Cera
– Faca Lecron
– Lamparina
– Graal - Água Quente
Súmario da 1ª Parte
• Edentulismo
• Exame Clínico
• Considerações Anatómicas
• Impressões
– Materiais
– Moldeira Universal
– Moldeira Individual
– Técnica
• Modelos de Gesso
• Ceras
• Registo Oclusal
• Cor • Cerâmica
• Cimentos
Cor
• Luz Natural!!!!
• Apagar a luz da cadeira
• Doente em várias posições (incidências)
• Utilização de escalas
– Vita (geral)
– Da marca dos dentes de acrílico
– Da marca da cerâmica
Súmario da 1ª Parte
• Edentulismo
• Exame Clínico
• Considerações Anatómicas
• Impressões
– Materiais
– Moldeira Universal
– Moldeira Individual
– Técnica
• Modelos de Gesso
• Ceras
• Registo Oclusal
• Cor
• Cerâmica • Cimentos
Cerâmica
• O termo cerâmica é definido como qualquer produto feito essencialmente de material não-metálico pela queima em alta temperatura para alcançar propriedades desejáveis.
• O termo porcelana refere-se aos materiais compostos por: – Sílica – Vidro
– Pigmentos – Opacificadores
– Feldspato de potássio ou sódio
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Cerâmica
• Classificação:
– Temperatura de fusão
– Processamento laboratorial
– Composição
• Química
• Tipo
– Utilização
Cerâmica
• Classificação quanto a temperatura de fusão – Alto ponto de fusão >1300°C
– Médio ponto de fusão 1101-1300°C
– Baixo ponto de fusão 850-1100°C
– Ultrabaixo ponto de fusão <850°C
• Classificação de acordo com o processamento – Sinterização
– Fundição
– Injecção/Pressão
– CAD/CAM (Torneamento)
Cerâmica
• Processamento
1. Aplicação e condensação
2. Secagem
3. Sinterização (Queima)
4. Glazeamento
5. Arrefecimento
Cerâmica
• Após a sinterização (queima) as cerâmicas odontológicas são compostas por duas fases, uma cristalina (ou mineral) circundada por uma fase vítrea (ou de vidro). – Maior quantidade da fase vítrea menor a
resistência à propagação de rachaduras, mas melhor tanslucidez
– Materiais de cerâmica pura possui quantidades aumentadas de fase cristalina para melhores propriedades mecânicas
Cerâmicas
• Aplicações das cerâmicas
–Cerâmicas para coroas metalocerâmicas e próteses parciais fixas
–Coros de cerâmica pura, inlays/onlays e facetas
–Dentes de cerâmica para prótese. (actualmente não!!)
Súmario da 1ª Parte
• Edentulismo
• Exame Clínico
• Considerações Anatómicas
• Impressões
– Materiais
– Moldeira Universal
– Moldeira Individual
– Técnica
• Modelos de Gesso
• Ceras
• Registo Oclusal
• Cor
• Cerâmica
• Cimentos
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Cimentos
• Cimento – opus caementicium – Elemento ou agente de ligação, utilizado como
substância para unir objectos entre si, material que ao polimerizar irá prencher um espaço ou unir objectos adjacentes, The Glossary of Prosthodontic Terms, JPD
– Pó + líquido
• Luting – retenção a pequenos undercuts no dente/restauração obtidos pelo desgaste
• Bonding – retenção a undercuts microscópicos obtidos por ataque ácido, hibridação
Clínica de Reabilitação Oral I - Aulas teórico-práticas Dr José Alexandre Reis
Classificação
Tipo I: Agentes de Luting (convencionais)
Tipo II: Cimentos para restaurações (adesivos)
Tipo III: Cimentos Liners ou bases
De acordo com a American Dental Association e a International Standards Organization (ISO)
Propriedades ideais do Cimento Dentário
• Baixa viscosidade low viscosity and film thickness
• Tempo de trabalho londo com polimerização rápida à temperatura oral
• Baixa solubilidade
• Elevada resistência à compressão e tensão
• Adesão à superfície dentária e ao material restaurador
• Anticariogenico
• Biocompatibilidade
• Translucidez
• Radiopacidade
Cimentos Provisórios
• Utilizados quando a restauração tem que ser removida. Habitualmente selecionados para a colocação de uma restauração provisória.
Cimentos definitivos
• Utilizados na cimentação a longo prazo de restaurações (coroas, inlays, facetas, aparelhos ortodônticos, pontes)
• Definitivos ??
Cimentos – Variáveis
• Tempo de mistura
– Seguir atentamente as recomendações do fabricante tendo em conta os tempos de trabalho, mistura e total.
• Humidade
– A temperatura e a humidade do local de trabalho vão influenciar a mistura do cimento podendo provocar adição ou subtracção de água à mistura.
Cimentos – Variáveis
• Rácio pó/líquido
– A incorporação de muito ou pouco pó vai alterar a consistência e as qualidades do cimento
• Temperatura
– Existem cimentos que apresentam reacções exotérmicas
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Mistura – Espatulação do cimento
• Antes de iniciar a mistura ler atentamente as instrucções do fabricante.
• Determinar a quantidade necessária e depois medir o pó e o líquido necesários sempre de acordo com as instrucções do fabricante.
• Colocar o líquido e o pó nos extremos opostos da placa de vidro ou do papel de modo a no centro se fazer a mistura.
Mistura – Espatulação do cimento
• Dividir o pó em incrementos
• Utilizar primeiro incrementos mais pequenos
• Incorporar cada incremento de pó totalmente no líquido e misturar bem
• Instrucções do fabricante!!!
Pó + Líquido
Material pastoso e flúido
Polimeriza e torna-se um sólido duro
Mistura Tipos de cimento
1. Convencionais 1. Óxido de zinco eugenol
2. Fosfato de zinco
3. Policarboxilato
4. Ionómero de vidro
2. Adesivos 1. Resina
2. Hibridos
Cimentos – Convencionais
• Vantagens
– Fáceis de manipular
– Tolerantes à humidade
– Sem passos preparatórios
– Rotina
Cimentos – Adesivos
• Vantagens
– Propriedades mecânicas excelentes
– Passos preparatórios melhoram a adesão
– Estéticos/translúcidos
– Multifacetados (ceramica, metal, compósitos
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Cimentos – Adesivos
• Total etch: Rely X ARC, Variolink II ,Calibra ,C&B
1. Colocação de acrílico numa zona que ficou desadaptada da mucosa
2. Coloca-se material de impressão (alginato) na prótese, coloca-se na boca e pede-se ao doente que morda. Podem ou não depois fazer-se uma impressão de arrasto
3. Coloca-se acrílico directamente na prótese e depois coloca-se na boca e pede-se ao doente que morda (menos fiável, queimaduras)