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Manual de Protese Total Removivel

Jul 08, 2018

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Doni Silva
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  • 8/19/2019 Manual de Protese Total Removivel

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    MANUAL

    DE

    PRÓTESE TOTAL

    REMOVÍVEL

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    MANUAL DE PRÓTESE TOTAL REMOVÍVEL

    ÍNDICE

    IntroduçãoDefiniçãoConseqüências da Perda de uma Arcada ou das duas

    Requisitos de uma dentaduraMastigatórioEstéticoFonéticoComodidadeFatores que influem no êxito do trabalho

    MoldagemMoldagem AnatômicaModelo AnatômicoConfecção da Moldeira IndividualMoldagem FuncionalAjuste da moldeira individualBase de Prova

    MoldeirasTécnica de Confecção de Moldeiras Individuais e Chapas de Prova emResina Fotopolimerizável.

    Passo-a-passo da TécnicaMoldeira Individual

    Moldeira IndividualPasso-a-passo na Confecção

    Moldeira Termo PolimerizávelPasso-a-passo na ConfecçãoMoldeira Auto Polimerizável

    Passo-a-passo na Confecção.Resina acrílica.Técnica de Confecção com Placa de Resina Foto.IntroduçãoTécnica de Manuseio

    Plano de OrientaçãoConfecção passo a passo

    Técnica de Confecção do Rolete de Articulação InferiorDesgaste de Patterson.Duplicação dos roletes de ArticulaçãoTécnica para Duplicação dos Roletes de ArticulaçãoLinhas de ReferênciaTécnica de Determinação das Linhas de ReferênciaSeleção dos Dentes artificiais

    ClassificaçãoVantagens dos dentes de porcelanaDesvantagens dos dentes de porcelanaVantagens dos dentes de resinaDesvantagens dos dentes de resina

    Seleção dos Dentes Artificiais

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    MANUAL DE PRÓTESE TOTAL REMOVÍVEL

    Quanto à formaQuanto ao tamanhoAlturaLarguraQuanto à cor

    Determinação da CorComo Selecionar Dentes em uma Carta MoldeMontagem de Dentes

    Montagem de Dentes Anteriores Superiores EsquerdosMontagem do Incisivo Central SuperiorMontagem do Incisivo Lateral SuperiorMontagem do Canino SuperiorMontagem dos Dentes Posteriores Superiores EsquerdosPrimeiro e Segundo Pré-MolaresPrimeiro MolarSegundo MolarMontagem dos Dentes Anteriores InferioresMontagem dos Dentes Anteriores Inferiores EsquerdosMontagem do Incisivo Central InferiorMontagem do Incisivo Lateral InferiorMontagem do Canino InferiorMontagem dos Dentes Posteriores InferioresPrimeiro Pré-Molar InferiorSegundo Pré-Molar InferiorPrimeiro Molar InferiorSegundo Molar Inferior

    EsculturaEscultura da Região das Bordas LivresSulcos HorizontaisEsboço das Bossas RadicularesEscultura do Lado Palatino

    InclusãoInclusão com Muralha de SiliconeTécnica de InclusãoEliminação da Cera

    Retenção dos dentesIsolamento das partes internas da mufla

    AcrilizaçãoComposição e Preparo da ResinaTécnica de acrilização total com palato incolorPolimerização

    Falhas da PolimerizaçãoTécnica de Desinclusão

    Abertura da MuflaAcabamento e Polimento das PTRs

    Polimento das DentadurasEstética em Prótese Total

    Introdução

    IdadeSexo

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    MANUAL DE PRÓTESE TOTAL REMOVÍVEL

    PersonalidadeO Arranjo dos DentesManeiras para se obter a separação dos dentes.Corredor BucalSuporte do Lábio

    Montagem de Dentes em PTR Bimaxilar – Chave de OclusãoAcrilização das Próteses TotaisTécnica Para uso de PigmentosPalato Transparente:Técnica Para uso de Pigmentos – Natuform e ColorformCom base ResilienteAjuste Oclusal

    Técnica Utilizada para o Ajuste de ArticulaçãoPasso-a-passo da Técnica do Ajuste Oclusal

    Prótese Total ImediataQuanto a sua InstalaçãoRequisitosVantagensDesvantagensIndicações e Contra-indicaçõesGuia Cirúrgico

    Prótese Total Removível – ReembasamentoTécnicas de ReembasamentoProcedimentos da Técnica Indireta

    Oclusão Balanceada - ConceitoRequisitosFormas de se ConseguirOclusão Balanceada em Tripé ou FuncionalOclusão Balanceada em Função de Grupo

    Determinação da Zona NeutraTécnica para Confecção de uma PT em Zona Neutra

    P.T.R. Oca Impermeabilizada por FotopolimerizaçãoPasso-a-passo

    P.T.R. Superior Imediata com Muralha - Guia de SiliconaPTR: Confecção - Técnica do Erro Conhecido.

    Passo-a-passoConfecção de Reforço Metálico em P.T.R.

    Copings sobre PilaresReforço MetálicoTécnicaInclusão e Processamento da PróteseFinalizações

    Técnica de Individualização das Curvas de Compensação em PróteseTotal pelo Amassamento de cera.

    ApresentaçãoIntroduçãoExecução

    Prótese Total Superior Imediata com Muralha – Guia de Silicona

    IntroduçãoRemontagem das Próteses Totais em Articulador

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    MANUAL DE PRÓTESE TOTAL REMOVÍVEL

    IntroduçãoDescrição da Técnica

    Técnica de Confecção de Moldeira Individual para Pacientes Portadoresde Prótese Total.

    Introdução

    Cuidados PréviosTécnicaNaturalização da Gengiva Artificial

    IntroduçãoMateriais e MétodosProcedimentosConclusão

    Novas Considerações sobre Ajuste Oclusal em Prótese Total.Arcos de Oclusão

    Seqüência LaboratorialArco de Oclusão MaxilarMétodo de Willis para a obtenção da distância vertical de oclusãoObtenção do D.V.O. a partir da D.V.R.

    Recomendações necessáriasDeterminação da distância vertical de oclusão - D.V.O.

    Passos TécnicosObtenção da D.V.O. pelo método da deglutição

    Passos TécnicosMétodos para se obter a curva de compensação

    Método MecânicoMétodo FisiológicoParte Laboratorial

    Prótese Total única Superior, opondo-se ao arco inferior parcialmenteedentado e com Prótese Parcial FixaPrótese Total única Superior, opondo-se ao arco inferior parcialmenteedentado e com Prótese Parcial Removível:Prótese Total única oposta à outra Prótese Total

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    PRÓTESE TOTAL REMOVÍVEL

    Introdução:

    Segundo pesquisas, descobriu-se que a primeira dentadura foiconfeccionada em 1692, por Celton Nuck que esculpiu a peça protéticausando um pedaço de dente molar de hipopótamo. Após algum tempo,

    desenvolveram-se trabalhos em marfim de hipopótamo e dentes naturaisconseguindo-se uma estética um pouco mais aprimorada, porém poucofuncional.

    O uso de gesso e materiais de moldagem juntamente com a godiva foifacilitando o aperfeiçoamento da técnica e gradativamente a quantidade daspróteses totais.

    Em 1774, Poassy desenvolveu a fabricação de dentes de porcelana,

    mas havia pouco senso anatômico. Em 1911, observou-se a preocupaçãoanatômica e estética cuja capacidade artística era inigualável e os modelosforam individualizados em 1914.

    O problema da confecção dos dentes foi resolvido, porém o materialadequado para a base de dentaduras ainda era um item muito complicado.Houve diversas tentativas no uso de ouro estampado sobre o modelo eoutros metais mas não houve sucesso. Em 1884, as pesquisas resultaram

    no aperfeiçoamento lento da borracha vulcanizada para base de dentaduras,cujo nome comercial denominou-se Vulcanite.

    Durou aproximadamente um século o uso da borracha vulcanizada,até o surgimento das resinas acrílicas por volta de 1927. A substituição dovulcanite se deu em 1943, tornando-se popular a resina acrílica para basesde dentaduras.

    Definição:

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    Próteses Totais Removíveis são trabalhos protéticos que visam àsubstituição de todos os dentes da arcada reconstituindo a anatomiagengival e devolvendo ao paciente as funções de estética, fonação emastigação.

    As PTRs são próteses muco-suportadas que ficam assentadas eretidas sobre os rebordos alveolares dentados, graças à ação dosfenômenos naturais, como a adesão, a coesão, a tensão superficial e apressão atmosférica. Dessa forma essas próteses participam das funçõesfisiológicas, próprias do sistema estomatognático, sem se deslocarem desuas posições.

    A confecção das PTR divide-se em duas fases: clínica e laboratorial. A primeira é executada no consultório dentário pelo cirurgião dentista, queanalisa e estuda detalhadamente o caso para o envio dos modelos aolaboratório no qual se dá a segunda fase, que é a confecção da prótese.

    Toda perda dentária irá causar grandes transtornos ao indivíduo como passar do tempo. Mesmo que apenas um dente, a falta dele poderá serdanosa ao periodonto e chegar até a causar danos ao sistemaestomatognático inteiro, desencadeando um processo de oclusão

    traumática. A solução que existe para uma perda dentária será uma prótese

    odontológica, que necessariamente deverá substituir o(s) elemento(s)perdidos em todas suas funções.

    No caso de uma perda dentária total, o dano ao S.E. pode ser vistocomo um problema secundário, se comparado ao dano que pode haver na ATM.

    Conseqüências da Perda de uma Arcada ou das duas:

    A primeira conseqüência a ser considerada e a perda da capacidadede mastigação, o indivíduo exodonto (desdentado) perde a capacidade detrituração do alimento e começa a engoli-lo praticamente inteiro.

    Com o passar do tempo, o estômago, que ano é preparado para

    digerir alimentos inteiros, passa a produzir mais quantidade de ácidos paraque a digestão possa ocorrer adequadamente; a acidez estomacal aumenta,

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    levando o paciente a uma gastrite e possivelmente a um processo de ulcerano futuro.

    A segunda conseqüência é a perda da individualidade e odesequilíbrio emocional. Para a mulher, a perda dos dentes pode significara perda da beleza, a velhice, a incapacidade de ter um sorriso bonito.

    Para os homens, a perda dos dentes pode significar a perda da juventude, da virilidade.

    A terceira conseqüência é a perda da dicção correta. A presença dedentes desempenha um papel fundamental na dicção. Os dentes, através dasua inclinação e da conformação em que está nos arcos dentário, vãoinfluenciar extremamente a fala e a fonação.

    A quarta conseqüência será o dano causado a ATM. A dimensãovertical de oclusão, marcada pelo contato da M.I.H., será perdida quandoocorrer a falta de um, ou ambos os arcos dentárias.

    A nossa mandíbula executa o movimento de abertura e fechamentocurto guiada por um eixo chamado eixo horizontal de bisagra. Esse eixo temum limite de rotação, que e marcado pelo contato dentário; dali, a mandíbulanão deve fechar mais. Quando perdemos os dentes de uma ou as duas

    arcadas e não os substituímos, o fechamento ocorrerá além do limite e asituação da ATM não será uma situação funcional. A ATM sofrerá danosirreversíveis com o passar dos tempos, que virão a ser mais intensos nocôndilo e na cavidade glenóide. A ligação entre essas duas estruturas podevir a ficar tão desgastada que o côndilo desloca-se da cavidade glenóidefacilmente.

    A ultima conseqüência a ser citada, é a reabsorção óssea.

    Na dentição natural, as forças normais de mastigação que o rebordorecebe através dos ligamentos, funcionam como um estímulo para o bomfuncionamento das estruturas de suporte, principalmente o osso alveolar.Todos os tecidos do corpo passam por um constante processo de reposiçãocelular, em que células mortas são excretadas e células novas são formadasa todo o instante. Com a perda do estímulo, ou seja, com a perda dadentição, as células mortas do osso alveolar deixam de ser repostas e

    lentamente esse osso vai desaparecendo. A esse processo chamamos dereabsorção óssea.

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    Requisitos de uma dentadura:

    Os requisitos para que uma dentadura seja considerada um aparelhoútil e realmente desempenhe suas funções na boca do paciente, são:

    Mastigatório – estético – fonético e comodidade.

    Mastigatório:

    A eficiência mastigatória de uma dentadura está correlacionadadiretamente com a retenção e a estabilidade do aparelho.

    A retenção é a propriedade que tem uma dentadura, depois deinstalada na boca, de resistir às forças que tentam deslocar o aparelho nosentido gengivo-oclusal. A retenção depende de vários fatores, podendo serconsiderado como principais: precisão da técnica de montagem; forma etamanho do rebordo alveolar; consistência da fibromucosa de revestimento;tonicidade das inserções musculares e tecidos adjacentes à área chapeavel.

    A moldagem perfeita da boca desdentada é aquela em que seconsegue reproduzir com detalhes todas as regiões da área chapeavel.

    A estabilidade da dentadura depende diretamente da oclusão, daarticulação e do balanceio dos dentes artificiais.

    Estético:

    O fator estético é o motivo principal ao lado da dor, o qual leva umpaciente a procurar um dentista. O objetivo é reconstituir a fisionomia naturaldo paciente, ocultando o artificialismo do aparelho, devolvendo ao paciente aharmonia facial.

    Fonético:

    Este é um fator de grande importância para a boa aceitação daprótese, pois qualquer defeito na fonação, além de dificultar a compressão

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    da fala, indica de imediato que a pessoa faz uso de uma prótese. Adificuldade na fonação é devida a diminuição do espaço da cavidade oral,que imobiliza parcialmente a língua e os lábios. A espessura do palato influino timbre da voz; a dimensão vertical faz com que o paciente fale soprandoe as posições dos dentes influenciam nas silabas dentais.

    Comodidade:

    É dada pela sensação de conforto e utilidade no uso da prótese. Oconforto do paciente depende da delimitação correta da área chapeavel e damoldagem para proporcionar o máximo de retenção com o mínimo detrauma para o paciente.

    Depende da correta tomada da dimensão vertical a influência nodescanso dos músculos mastigadores e do correto relacionamento dosdentes em oclusão e da relação central que implica no perfeitofuncionamento da articulação temporomandibular.

    Fatores que influem no êxito do trabalho:

    Os fatores responsáveis pelo êxito final do trabalho dependem de50% do paciente e 50% do Cirurgião Dentista e do Técnico em PróteseOdontológica.

    Na parte que cabe ao paciente estão inclusos além das condiçõeslocais do rebordo alveolar da fibro mucosa de revestimentos dos músculos,etc., outros fatores como saúde geral, idade, estado psíquico, hábitos, etc.

    Na parte que cabe aos profissionais, considera-se os recursosprofissionais, conhecimentos, o ambiente que se trabalha, etc.

    Moldagem:

    Moldagem é um negativo da anatomia bucal do paciente, obtida promeio de diversos materiais. As moldagens em PTR podem variar em

    importância e são classificados em dois tipos: anatômica e funcional.

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    Moldagem Anatômica:

    A moldagem anatômica é feita usando uma moldeira pré-fabricadachamada de moldeira de estoque, onde o dentista utiliza a godiva, siliconeou alginato, visando obter o aspecto geral da mucosa em posição estática.

    Após ser obtida a moldagem, esta será vazada com gesso pedra noqual teremos o modelo anatômico.

    Modelo Anatômico:

    O modelo anatômico é aquele que teve origem na moldagemanatômica da boca totalmente desdentada. O modelo anatômico nos dáinformações da extensão da área chapeavel, grau de interferência dasinserções musculares, forma, inclinação, espessura e altura do rebordo. Omodelo anatômico serve também de matriz na confecção da moldeiraindividual.

    Confecção da Moldeira Individual:

    Fazer alívio de cera nas regiões retentivas;Delimitar a área chapeavel;Isolar toda a área chapeavel com cel-lac;Pulverizar acrílico incolor sobre o modelo umedecido com acrílico

    auto, líquido.

    A camada de resina deverá ficar numa espessura homogênea esuficientemente resistente para que não se flexione durante as manobras demoldagem.

    Confeccionar o cabo da moldeira com a resina manipulada e adaptarna região mediana da moldeira com uma inclinação aproximada de 60 graus,deixando tomar presa.

    Após a polimerização, retiramos do modelo com o auxílio de uma

    espátula e damos o acabamento.Desgastamos com broca de tungstênio até marca da área chapeavel.

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    Passamos lixa d’água para ao acabamento.

    Moldagem Funcional:

    Ajuste da moldeira individual:

    Primeiro o dentista examina toda a extensão da moldeira individual.No arco superior a moldeira deverá terminar vestibularmente no ponto detransição d a gengiva aderida para a mucosa móvel. Bridas presentesdevem ser deixadas livres. No arco inferior a moldeira também deveráterminar em direção vestibular no limite da gengiva, e, para se certificar, odentista coloca a moldeira na boca do paciente, conferindo a áreas a seremaliviadas.

    Base de Prova:

    Base de prova é uma camada de material acrílico ou plástico querecobre toda a área basal do modelo funcional. Ela é um dos passos mais

    importantes que deve ser dado na construção da prótese total, porque sobreesta serão confeccionadas as demais etapas clínico laboratoriais.

    Em nível laboratorial, a base de prova pode ser confeccionada emdois tipos de materiais: resina acrílica e de placa base fina, ambasapresentam vantagens e desvantagens.

    A base de prova em resina acrílica é resistente e a de placa baseapresenta alta fragilidade, podendo quebrar-se facilmente.

    Na confecção da base de prova de placa base o tempo de trabalho ébastante curto, e na resina acrílica a confecção é mais trabalhosa. A placabase apresenta distorções físicas com o calor, e a resina acrílica não sedistorce com facilidade podendo ser manuseada até mesmo fora do modelo,por este motivo recomenda-se o uso da base de prova em resina acrílica,por ser mais resistente e reproduzir melhor o rebordo gengival comresultados satisfatórios de adaptação.

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    Moldeiras:

    Técnica de Confecção de Moldeiras Individuais e Chapas de Prova emResina Fotopolimerizável.

    Diante da necessidade de solucionar e agilizar a confecção demoldeiras no laboratório criou-se materiais e técnicas novas. Até então,tínhamos somente resinas acrílicas e godivas disponíveis para a confecçãode moldeiras.

    Quando confeccionamos moldeiras ou chapas de provasnecessitamos de precisão e resistência nas mesmas. Suas superfícies e

    espessuras devem ser uniformes sem falhas ou bolhas, facilitando otrabalho.

    Uma das desvantagens da resina acrílica é que obteremos umamoldeira menos precisa. Quando preparamos a resina (pó e líquido), otempo de presa pode variar. No manuseio da resina poderá ser formarbolhas que ficarão na superfície da moldeira, provavelmente surgirá umadesigualdade na espessura, devido a consistência da resina. Podem ocorrer

    deformações que são causadas pela reação exotérmica sucedida namesma. Por causa dos fatores citados acima o acabamento torna-sedemorado.

    A placa de godiva é um material de pouco uso pela sua dificuldade edemora de confecção, adaptação imperfeita e quebradiça quando não háaquecimento uniforme.

    Passo-a-passo da Técnica:

    Usaremos para a técnica, placas de resina fotopolimerizável PreciTray, da marca Yeti.

    A confecção da moldeira segue os mesmos procedimentos dosmateriais convencionais. Estes passos são: a preparação do modelo, oalívio, a delimitação e o isolamento.

    Devemos delimitar no modelo, área chapeavel e eliminar as áreasretentivas acrescentando cera.

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    É necessário isolar duas vezes o modelo com isolante e então iniciaro manuseio do material.

    Com a placa de resina fotopolimerizável iniciaremos a acomodaçãono modelo pelo palato, com pequena pressão com o dedo, adaptamos entãoem toda mucosa até chegar ao limite pré-determinado.

    Recortamos os excessos com o bisturi e com o próprio instrumentoarredondamos as bordas da moldeira.

    Com os excessos recortados da placa, fazemos o cabo, acomodando-o sobre a moldeira com leve pressão e colocamos o cabo apoiado sobre umsuporte para que o mesmo não deforme.

    O cabo pode ser feito antes ou depois da fotopolimerização.Levamos o modelo com a moldeira para o Box por cinco minutos para

    fotopolimerizar mediante um foco halogênio ou ultravioleta de ondas delatitude de 350-400 nm.

    Na moldeira ficará uma camada pegajosa e brilhosa que é eliminadacom detergente neutro e água corrente esfregando com uma escova.

    Feito isso, retiramos esta camada e fazemos o acabamentonecessário com uma broca do tipo fresa.

    Moldeira Individual

    De posse do modelo anatômico ou modelo de estudo, seráconfeccionada a moldeira individual estando a área chapeavel devidamentedelimitada.

    A moldeira individual servirá para a moldagem funcional que é feita

    com os músculos em posição dinâmica, originando um modelo funcional oude trabalho. Neste modelo serão registradas todas as características exatasdo rebordo e nele será confeccionada a PTR.

    Moldeira individual é um dispositivo que serve para conduzir omaterial de moldagem manipulado à boca, a fim de colocá-lo em contatoíntimo com a área a moldar e remover o molde sem distorções.

    Moldeira Individual:

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    Passo-a-passo na Confecção:

    1 - Delimitação do modelo2 - Alívio de cera nas áreas retentivas3 - Aquecer a placa até amolecê-la e ajustá-la ao modelo4 - Recortar o excesso com tesoura curva até quase o limite

    chapeavel5 - Confeccionar o cabo6 - Usar a broca períforme ou tungstênio para o acabamento,

    passando em toda a borda e cabo.7 - Acabamento final usar a lamparina Hannau.

    Moldeira Termo Polimerizável:

    Passo-a-passo na Confecção:

    1 - Delimitação da área chapeavel;2 - Aquecer a lâmina de cera 7 e ajustá-la ao modelo;

    3 - Recortar os excessos ao limite da área delimitada e confeccionar ocabo;

    4 – Incluir;5 - Plastificar a cera e isolar o modelo;6 – Acrilizar;7 – Prensar;8 – Demuflar;

    9 – Acabamento;10 – Polimento.

    Moldeira Auto Polimerizável:

    Passo-a-passo na Confecção:

    1 - Sobre o modelo anatômico delimitar a área chapeavel;2 - Aliviar as áreas retentivas com cera;

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    3 - Isolar o modelo com isolante para resina;4 - Manipular o polímero com o monômero;5 - Na fase plástica da resina aplicar sobre o modelo de maneira que

    fique uniforme em espessura;6 - Recortar os excessos até a borda com Lecron;7 - Confeccionar o cabo;8 - Após a polimerização, retirar do modelo;9 - Acabamento com broca períforme ou tungstênio em toda a borda e

    cabo; logo depois, passar a lixa com mandril para lixa.

    Resina Acrílica

    Passo a passo da confecção: Resina acrílica.

    1o Passo: Sobre o modelo funcional delimitar aárea chapeavel.

    2o Passo: As regiões retentivas do modelo são aliviadas com cera rosafundida.

    3o Passo: Isolar toda a área chapeavel com umapelícula de “Cel-Lac” passada com pincel no 8.

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    4o passo: Colocar 5 cm de polímero no pote para resina e saturar com omonômero; colocar a parte algumas gotas de monômero no pote dapen.

    5o passo: Inicia-se imediatamente a adaptação da resina aproveitando oescoamento da fase arenosa. Inclina-se convenientemente o modelo e como auxílio da espátula consegue-se abrir toda a área chapeavel.

    6o Passo: A seguir, durante a fase pegajosa, adapta-seoutra camada. Para a uniformização da superfície,molha-se o dedo indicador e alisa-se a resina.

    7o Passo: Depois da polimerização da resina,remove-se a chapa de prova do modelo introduzindo-se uma espátula na borda forçando-a ligeiramente.

    8o Passo: Desgastar as arestas cortantes da chapa

    com pedra montada e uniformizar a espessura quedeverá ser de mais ou menos 1 mm.

    9o passo: O acabamento final é dado com tira de lixa montada no mandril,alisando toda a superfície externa da chapa de prova.

    Moldeira Individual

    Técnica de Confecção com Placa de Resina Foto.

    Com o objetivo de facilitar a confecção de moldeiras individuais echapas de prova, demonstraremos aqui a confecção de uma moldeiraindividual com placa de resina fotopolimerizável Preci Tray, da marca Yeti.Nesta técnica será mostrado as vantagens das moldeiras foto-ativadas.

    Introdução

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    MANUAL DE PRÓTESE TOTAL REMOVÍVEL

    Diante da necessidade de solucionar e agilizar a confecção demoldeira no laboratório, foram criados materiais e técnicas novas. Até então,tínhamos somente resinas acrílicas e godivas disponíveis para a confecçãode moldeiras.

    Quando confeccionamos moldeiras ou chapas de provasnecessitamos de precisão e resistência nas mesmas. Suas superfícies eespessuras devem ser uniformes sem falhas ou bolhas, facilitando otrabalho.

    Uma das desvantagens da resina acrílica é que obteremos umamoldeira menos precisa. Quando preparamos a resina (pó e líquido), otempo de presa pode variar. No manuseio da resina poderá se formar bolhasque ficarão na superfície da moldeira, provavelmente surgirá umadesigualdade nas espessuras, devido à consistência da resina. Podemocorrer deformações que são causadas pela reação exotérmica sucedida namesma.

    Por causa dos fatores citados acima o acabamento torna-sedemorado.

    A placa de godiva é um material de pouco uso pela sua dificuldade edemora de confecção, adaptação imperfeita e quebradiça quando não háaquecimento uniforme.

    Técnica de Manuseio

    A confecção da moldeira segue os mesmos procedimentos dos

    materiais convencionais.

    Estes passos são:

    A preparação do modelo, o alívio, a delimitação e o isolamento.Devemos delimitar no modelo, área chapeavel e eliminar as áreas

    retentivas acrescentando cera.

    É necessário isolar duas vezes o modelo com isolante e então iniciar omanuseio do material.

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    MANUAL DE PRÓTESE TOTAL REMOVÍVEL

    Com a placa de resina fotopolimerizável, iniciaremos a acomodação nomodelo pelo palato, com pequena pressão com o dedo, adaptamos entãoem toda mucosa até chegar ao limite pré-determinado.

    Recortamos os excessos com o bisturi ou espátula em o próprioinstrumento arredondamos as bordas da moldeira.

    Com os excessos recortados da placa, fazemos o cabo, acomodando-osobre a moldeira com leve pressão e colocamos o cabo apoiado sobre umsuporte para que o mesmo não deforme.

    O cabo pode ser feito antes ou depois da fotopolimerização.Levamos o modelo com a moldeira para o box por cinco minutos para

    fotopolimerizar mediante um foco halogênico ou ultravioleta de ondas delongitude de 350-400 nm.

    Na moldeira ficará uma camada pegajosa e brilhosa que é eliminadacom detergente neutro e água corrente esfregando com uma escova.

    Feito isso, retiramos esta camada e fazemos o acabamento necessáriocom uma broca tipo fresa.

    Este é um processo que veio viabilizar um trabalho preciso, de fácilmanuseio, dispensando a utilização de vários utensílios que seriam usados

    com outros materiais. A espessura mantém-se uniforme, as bolhas sãoinexistentes, a superfície fica lisa e sem rugosidades.

    Desta maneira, a resina fotopolimerizável faz com que haja praticidadeno acabamento, Conseqüentemente melhora a qualidade das moldeiras echapas de prova.

    Plano de Orientação:

    Os planos de orientação são muralhas de cera adaptadas sobre abase de prova, onde registramos as diferentes relações intermaxilares deinteresse protético e as linhas de referência que nos darão a orientação naescolha e na montagem dos dentes.

    O conjunto da base de prova com o plano orientação, teremos aChapa de Prova que é a base provisória da futura PTR. Esta base é

    imprescindível no registro das relações intermaxilares do indivíduo e tambémna montagem dos dentes artificiais.

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    Deve apresentar-se bastante adaptada à boca do paciente para quedurante a tomada das relações, reduza ao mínimo a possibilidade de erro.

    Confecção – Passo-a-Passo:

    1o Passo: Tomar 1 ½ lâmina de cera rosa eplastificar sobre a chama uma faixa de 1 cm aolongo do seu comprimento, fazendo osmovimentos de uma extremidade à outra atécomeçar a se dobrar.

    2o Passo: Retiramos da chama, e a faixaplastificada é dobrada imediatamente sobre simesma.

    3o Passo: Aquece a mesma faixa para ser dobrada sobre si mesma e assimsucessivamente até obter um rolete de cera plástica.

    4o Passo: Levar novamente o rolete à chama e dobrar ao meio para diminuir

    o comprimento e aumentar a espessura.

    5o Passo: Dá-se ao rolete uma conformação de ferradura ea seguir adapta-se o rolete sobre a chapa de prova naregião da crista do rebordo acompanhando a sua forma.

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    6o Passo: Com a régua padrão ajusta-se a altura do planona parte anterior e a largura em toda a sua extensão.

    7o Passo: Planifica-se a superfície oclusal esquentando-a ligeiramente nachama e depois colocando-a sobre uma placa de vidro coberta com vaselinapasta.

    Técnica de Confecção do Rolete de Articulação Inferior:

    É executado da mesma forma que o plano de cera superior.Contatamos a face oclusal do rolete na face convexa da placa guia metálica.

    1o Passo:Plastificar as paredes do rolete.

    2o Passo:Envergar o rolete.

    3o Passo:Fazer a pré-obtenção da curva sagital etransver-sal de oclusão.

    4o Passo:Fixar o rolete na base de prova.

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    5o Passo:Roletes de articulação terminados.

    Desgaste de Patterson:

    Os roletes de articulação são enviados ao consultório dentário. Nestafase de trabalho, o profissional provará na boca do paciente o conjunto,verificando a eventual existência de falhas laboratoriais e individualizandosua altura. Após a obtenção da DVO, é sobreposta aos roletes uma finacamada de material abrasivo (20% de pó de carborundum e 80% gessocomum).

    O paciente friccionará os roletes um contra o outro em movimentos delateralidade, retrusão e protrusão, até a chegada da DVO ao paciente. Assimas curvas sagital e transversal de oclusão são individualizadas pelopaciente.

    Devemos com todas as relações já determinadas, fixar os roletes dearticulação na boca do paciente. Em seguida são marcadas as linhas dereferência e retirados os roletes de articulação unidos, estes estarão naposição ideal para montagem em articulador e futura montagem de dentes.Este procedimento, considerado clínico é realizado pelo cirurgião-dentista.

    Duplicação dos roletes de Articulação:

    Os roletes de articulação, foram acrescidos de material abrasivo,como já mostrado anteriormente. Nestes, foram registrados itensimportantes, que devemos deixar intactos sem recortes, como prova esegurança do trabalho executado.

    Outro fator que nos leva a duplicação dos roletes de articulação, é adificuldade da montagem de dentes com o material, pois este invade grande

    parte do rolete de cera.

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    Devido a estes problemas, convém confeccionar novamente doisnovos planos idênticos aos originais, tanto na sua estrutura vestibular quantonos registros individualizados.

    Técnica para Duplicação dos Roletes de Articulação:

    Confeccionar as bases de prova (superior e inferior) em uma dastécnicas já descritas nas bases de prova, finalizando-as com o acabamentodevido.

    Construir um rolete de cera e adaptar na base de prova paraimpressão no articulador.

    Manter o rolete de articulação original no modelo inferior, aplicar onovo plano no superior e, para evitar que se aderem, isolar com uma folhade papel vegetal.

    Comprimir o plano original e a reprodução posicionados noarticulador, neste momento, o plano original transferirá as curvaturas para areprodução, tornando-se também individual.

    É executada da mesma forma a reprodução do rolete inferior, sempre

    imprimindo as curvas contra o rolete original. Depois de terminada aoperação, averiguar com os planos originais a fidelidade do trabalho.

    As linhas de referência também serão reproduzidas, mas a medidaoficial na escolha dos dentes artificiais, será obtida dos roletes de articulaçãooriginais.

    Linhas de Referência:

    As linhas de referência são traços marcados pelo cirurgião-dentistanos roletes de articulação, para determinar a posição e o tamanho adequadodos dentes.

    São três as linhas de referência:

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    1 - Linha alta do sorriso: que determinará a altura coronária dosdentes. é marcada com o sorriso forçado do paciente, junto ao lábiosuperior.

    2 - Linha mediana ou linha média: que se prossegue em continuaçãocom a linha mediana do corpo. Deverá situar-se entre as faces mesiais dosincisivos centrais.

    3 - Linha dos caninos: que determinará o tamanho dos dentes do arcodental completo por meio da tabela fornecida pelo fabricante de dentesartificiais, marcada à comissura labial.

    Técnica de Determinação das Linhas de Referência:

    Com roletes de articulação posicionados nas devidas relações maxilo-mandibulares individuais do paciente, traçarcom uma espátula Lecron paralela aos freioslabiais à linha mediana.Linhas de Referência: a:linha mediana – b:linha alta – c: linha de caninos.

    Com o paciente sorrindoforçadamente, traçar rente a altura máxima do lábio superior,perpendicularmente à linha mediana, a linha alta (ou linha do sorrisoforçado).

    Por fim, com a musculatura facial relaxada, demarcar rente àscomissuras labiais direita e esquerda, formando-se as linhas dos caninos.

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    Modo de marcar a linha canina, no arco de oclusão: A distância entre as linhas marcadas corresponde à distância de distal

    a distal de caninos.

    Dentes Artificiais:

    A maior preocupação dos pacientes que procuram consultóriosdentários para a confecção de próteses totais é a estética dos dentesartificiais.

    Por esse motivo devemos reconstituir as arcadas dentárias com amáxima naturalidade, respeitando as características naturais do paciente eusando material de boa qualidade.

    Modernamente, as resinas compostas que compõem os dentesartificiais otimizam este propósito que, vinculado a competência doprofissional, pode atingir um resultado satisfatório.

    Classificação:

    Os dentes artificiais podem ser classificados segundo o material deque são feitos e segundo o desenho da face oclusal. Segundo o material, osdentes artificiais podem ser de resina ou de porcelana.

    Todos os dentes de resina acrílica, existentes no mercado,destinam-se à confecção de dentaduras completas. Conforme os meios defixação encontrados nos dentes de resina, podem ser com retenção ou semretenção. O meio retentivo do dente é dado à custa de uma pequena

    escavação na base onde há penetração da resina da base da prótese paraauxiliar a retenção.

    Os dentes de porcelana são de dois tipos: aqueles destinados paraponte fixa: dentes em faceta, e aqueles destinados a dentaduras: dentes emtalão.

    A fixação dos dentes em talão se da através de pinos com cabeça nosdentes anteriores e cavidades nos dentes posteriores.

    No que concerne a face oclusal, os dentes podem ser anatômicos efuncionais. Os dentes anatômicos apresentam o desenho da face oclusal

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    semelhante aos dentes naturais. Os funcionais diferem dos anatômicos e,geralmente são sem cúspides.

    São feitas algumas objeções a respeito dos dentes funcionais emrelação a deficiência da mastigação. O que se deve ter em mente é que aescolha deve ser criteriosa aproveitando as duas correntes de pensamento edefinindo o melhor para caso.

    Vantagens dos Dentes de Porcelana:

    Estabilidade da cor.Resistência à abrasão.Eficiência mastigatória.

    Desvantagens dos Dentes de Porcelana:

    Quando os dentes entram em contato produzem ruídos característicosque logo chamam atenção para o uso da PTR.

    São difíceis de montar quando necessitam desgaste.

    São pesados, prejudicando a retenção no arco superior.

    Vantagens dos Dentes de Resina:

    Facilidade nos trabalhos clínicos e laboratoriais.Não provocam ruídos.Facilidade de caracterização.

    Retenção na base mais perfeita.

    Desvantagens dos Dentes de Resina:

    Fácil abrasão.Instabilidade na cor.

    Seleção dos Dentes Artificiais:

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    Quanto à forma:

    Determinamos a forma dos dentes artificiais através da concordância daforma do rosto e do incisivo central. O cirurgião-dentista utiliza uma réguaque se compõe de duas hastes móveis presas a uma terceira, nasextremidades.

    Quanto ao tamanho: Determinamos o tamanho dos dentes levando emconta a altura e largura dos seis dentes anteriores e superiores.

    Altura: A altura é determinada através da posição do lábio superior duranteo sorriso. No plano de orientação o C.D. marca um traço horizontalmarcando a altura do lábio durante o sorriso. Esta linha recebe o nome delinha alta ou linha do sorriso. A distância entre a borda oclusal do plano e alinha do sorriso corresponde à altura do incisivo central superior.

    Largura: A largura dos seis dentes anteriores superiores corresponde àlargura da boca, de comissura a comissura. O C.D. marca uma linha noplano de orientação delimitando a posição das comissuras, a esta linhachamamos de linha de canino. Temos também a linha mediana que vaimarcar o centro da arcada.

    Quanto a cor: A cor, fisicamente falando, é uma sensação produzida pelos

    raios luminosos que, em número e quantidade variáveis, atingem a retina.Como sabemos graças aos trabalhos de Newton, um raio luminoso

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    branco se compõe de sete cores. Por isso, a cor de um objeto é dada pelapropriedade que ele tem para absorver os raios que formam a luz branca.

    Cor: Uma vez determinada, a cor pode ser estudada sobre três aspectos:

    Tonalidade : A tonalidade da cor é um fator que lhe altera o aspecto.

    Luminosidade: É a diferença que faz distinguir a cor semelhante pelaintensidade do mesmo tipo de cor.

    Pureza: Diz-se que uma cor pura é formada por uma cor simples. As coressimples são: vermelha, amarela e azul. Combinando as cores simples entresi, dão as cores combinadas, que são a verde, a violeta e alaranjada.

    Determinação da Cor

    A orientação mais acertada é aquela que leva em conta os seguintesfatores: a idade do paciente, o sexo e a cor da pele. Assim, quanto mais

    velho for o indivíduo, mais escuro deverá ser o dente selecionado, omesmo acontecendo com a cor da pele. No homem, devemos ter sempre ocuidado de carregar um pouco na tonalidade da cor do dente selecionadoque na mulher.

    ESCALA DENTIST’S DUPLY:

    Essa escala também se apresenta na colocarão de acordo com aidade. Inserimos nesse trabalho uma descrição de suas cores numeradas,porque ainda hoje os laboratórios de prótese dentária orientam-se pelosnúmeros de suas cores. Esta firma selecionou nove tonalidades de cor quepodem ser assim descrita:

    Cor 62 ==> - Predomina o tom cinzento claro; o esmalte é altamente

    translúcido e a dentina apresenta um matiz amarelo claro.Cor 63 ===> - Mesma colocarão da cor precedente, porém apresenta uma

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    estria fina pela vestibular.Cor 65 ===> - O esmalte tem a mesma coloração das precedentes porém,a dentina é de matiz amarelo alaranjado mais forte, também com uma estriapela vestibular.Cor 66 ===> - Mesmo esmalte das precedentes com dentina amarelo-alaranjada mais forte.Cor 67 ===> - Mesma característica da 66, porém com estria pela vestibular.Cor 69 ===> - Esmalte mais acinzentado, dentina menos intensa.Cor 73 ===> - Mesmo esmalte da 62, estria vestibular e dentina amareloacinzentado.Cor 77 ===> - Esmalte mais cinzento que a 69, estria vestibular e dentinamais amarelada e acinzentada que a 73.Cor 81 ===> - O esmalte é mais cinzento que o da 77, apresenta a estriavestibular assinalada e a dentina também é de tonalidade mais amarelada.

    Como Selecionar Dentes em uma Carta Molde:

    PASSOS:

    1 - Verificar a largura dos seis dentes anteriores através da linha decanino.

    2 - Comparar na tabela quais os dentes que tem a largura dosanteriores compatível com a largura medida.

    3 - Verificar altura do incisivo central através da altura da linha dosorriso forcado.

    4 - Escolher entre os dentes selecionados qual tem a alturacompatível com a altura medida.

    5 - Definir com o Cirurgião-dentista, qual o formato do rosto dopaciente.

    6 - Escolher entre os dentes selecionados qual tem o formato maispróximo ao definido com o Cirurgião-dentista.

    7 - Selecionar a cor através da orientação do Cirurgião-dentista.

    8 - Selecionados os dentes anteriores existe uma tabela na cartamolde que define quais os posteriores mais adequados para cada anterior.

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    Através desta tabela, selecionar os posteriores partindo doconhecimento inicial de que:

    30 - Significa perímetro oclusalM - Significa altura média32 - Significa altura médiaL - Significa altura longa34 – Significa altura longa.

    Montagem de Dentes

    A montagem de dentes é a colocação dos dentes artificiais na basede prova, a qual deve respeitar fatores fisiológicos, anatômicos, estético efonético, em função de nosso trabalho ter por finalidade, devolver aopaciente condições psicológicas e físicas adequadas para conseguir umasociabilidade que porventura não possui. A falta dos dentes ou próteses malconfeccionadas tornava o paciente inibido, não se relacionando de formaespontânea com as pessoas.

    Após a escolha correta dos dentes artificiais, iniciamos a fase demontagem dos dentes.Montagem de Dentes Anteriores Superiores Esquerdos:

    Os dentes anteriores superiores devem ser orientados na montagempelo plano de cera inferior; a face vestibular dos dentes devem corresponderà face vestibular do rolete de cera.

    Os dentes anteriores superiores são de total importância, pois são osdentes que proporcionam a estética por excelência. Devemos ter o máximocuidado durante a montagem a fim de conseguirmos a harmonia facial. Aschapas de prova superior e inferior com os respectivos planos de ceraduplicados devem ser fixados com cera rosa fundida em seus respectivosmodelos, antes de se iniciar a montagem.

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    Retiramos totalmente o plano de cera do hemi-arcosuperior esquerdo a partir da linha mediana até alinha de canino, obedecendo a altura estabelecidapela linha de sorriso ou alta.

    Montagem do Incisivo Central Superior

    a - A face incisal toca o plano de cera inferior nobordo ocluso-vestibular.b - A face mesial, no terço incisal, toca o planode cera do hemi-arco oposto que corresponde

    no momento à linha mediana.c - No sentido vestíbulo-palatino o colo do dente é inclinado para palatino.d - No sentido mésio-distal o longo eixo deve estar paralelo a linha mediana.

    Montagem do Incisivo Lateral Superior:

    a - A face incisal fica ligeiramente afastada doplano de cera inferior, isto é, não toca asuperfície oclusal; é o único que não está nacurva normalmente.b - A face mesial no terço médio incisal, toca aface distal do incisivo central.

    c - No sentido vestíbulo-palatino a inclinação axialé para o lado palatino, e mais acentuado que o incisivo central.d - No sentido mésio-distal o longo eixo deve estar inclinado para o ladodistal.

    Montagem do Canino Superiora - A cúspide tocando o plano de cera inferior.b - A face mesial tocando a face distal do incisivolateral.

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    c - No sentido vestíbulo-palatino o longo eixo do dente fica perpendicular aoplano. É o dente mais saliente no conjunto dos anteriores.d - No sentido mésio-distal o longo eixo deve ter uma pequena inclinaçãopara o lado distal.

    Montagem dos Dentes Posteriores Superiores Esquerdos:

    Primeiro e Segundo Pré-Molares:

    a - A face mesial mentem ponto de contatocom o dente ao lado, no 1/3 oclusal.b - A face vestibular acompanha o contorno doplano de cera.c - As cúspides V e P tocam o plano oclusal.d - No sentido MD o longo eixo do dente é

    perpendicular ao plano oclusal.e - No sentido VL o longo eixo também é perpendicular ao plano oclusal.

    Primeiro Molar:

    a – A face mesial mantém o ponto de contato com a face distal dosegundo pré-molar.

    b – A face vestibular acompanha o contorno do plano de cera.c – Todas as cúspides, com exceção da disto-vestibular tocam o

    plano de cera.

    d – Nos sentidos MD e VL, o longo eixo é perpendicular ao plano deoclusal.

    Segundo Molar:

    a – A face mesial mantém ponto de contatocom a face distal do primeiro molar.

    b – A face vestibular acompanha o contorno doplano de cera.

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    c – Apenas a cúspide mesio-palatina toca o plano. As demais não fazemcontato com o plano oclusal e a disto-vestibular deve estar distânciada destecerca de 1 mm.d – Nos sentidos MD e VL, o longo eixo do dente deve ficar perpendicular aoplano oclusal.

    Depois de montados os dentes superiores esquerdos, colocamos osdireitos seguindo a mesma orientação.

    Montagem dos Dentes Anteriores Inferiores

    Há três maneiras dos incisivos inferiores entrarem em contato deoclusão com os superiores:

    a - Contato em oclusão com trespassevertical (overbite).

    Ocorre quando a face incisal dosincisivos inferiores encontra-se com a face palatina dos IS na altura do 1/3incisal na posição de oclusão central.

    b - Contato em oclusão com trespasse vertical e horizontal (overbite eoverjet).

    c - Contato de borda a borda, quando as faces incisais dos incisivossuperiores e inferiores mantém contato normal na posição de oclusãocentral.

    Nós vamos adotar normalmente o contato com trespasse vertical ehorizontal e o contato de topo nos casos de rebordo reabsorvido ouprognatismo inferior.

    Montagem dos Dentes Anteriores Inferiores Esquerdos:

    Removemos no plano de orientação inferior, a cera correspondente

    aos dentes anteriores inferiores esquerdos.

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    Montagem do Incisivo Central Inferior:

    a - A face incisal fica na altura do 1/3 incisal doICS, afastado do mesmo cerca de 1 mm.b - A face mesial no 1/3 incisal toca a face mesialdo plano de cera, isto é, a linha mediana.c - No sentido VL, o colo fica ligeiramente para lingual.d - No sentido MD, o longo eixo do dente fica aparelho a linha mediana.

    Montagem do Incisivo Lateral Inferior:

    a - A face incisal fica na altura do 1/3 incisal, da ½do ICS e ILS, afastado dele cerca de 1mm.b - A face mesial, no 1/3 incisal toca o 1/3 incisaldistal do ICI.

    c - No sentido VL, o longo eixo é perpendicular ao plano oclusal.d - No sentido MD, o longo eixo apresenta inclinação para o lado mesial.

    Montagem do Canino Inferior:

    a - Vertente distal da cúspide do canino ficana altura do 1/3 incisal mesial do caninosuperior e a vertente mesial na altura do 1/3incisal distal do ILS.

    O canino inferior também se mantémafastado do superior em cerca de 1 mm.b - No sentido MD o longo eixo é perpendicular ao rebordo alveolar.

    Montagem dos Dentes Posteriores Inferiores:

    Primeiro Pré-Molar Inferior:

    a – A face mesial mantém ponto de contato com a face distal do canino.

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    b – A cúspide vestibular fica em contato com a crista marginal mesial doprimeiro pré-molar superior.

    c – A vertente distal da cúspide vestibular em contato com a fossa e sulcomesial do primeiro pré-molar superior.

    d – Nos sentidos MD e VL, o longo eixo do dente deve ficar perpendicular aoplano oclusal.

    Segundo Pré-Molar Inferior:

    a – A face mesial mantém ponto de contato coma face distal do primeiro pré-molar.b – A vertente mesial da cúspide vestibular ficaem contato com a fossa e sulco distal do primeiropré-molar superior.

    c – A vertente distal da cúspide vestibular fica em contato com a fossa e

    sulco mesial do segundo pré-molar superior.d – A cúspide vestibular em contato com a crista marginal do primeiro pré-molar superior e mesial do segundo pré-molar superior.e – O longo eixo do dente é perpendicular ao plano oclusal tanto sentido MDcomo VL.

    Primeiro Molar Inferior:

    a – A cúspide mésio vestibular faz contato com as cristas marginais distal dosegundo pré-molar superior e mesial do primeiro molar superior.

    b – O sulco mésio-vestibular em contato com a cúspide vestíbulo-mesial doprimeiro molar superior.

    c – A face mesial mantém ponto de contato com a face distal do segundopré-molar.

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    d – O sulco disto-vestibular em contato com a cúspide vestíbulo-distal doprimeiro molar superior.

    e – O longo eixo do dente é perpendicular ao plano oclusal tanto no sentidoMD como no VL.

    Segundo Molar Inferior

    a – A cúspide mésio-vestibular em contato coma crista marginal mesial e sulco mesial dosegundo molar superior.b – O sulco vestibular em contato com acúspide mésio-vestibular do segundo molar superior.c – A face mesial em contato com a face distal do primeiro molar.d – O longo eixo é perpendicular ao plano oclusal no sentido VL como noMD.

    Depois de montados os inferiores esquerdos, colocamos o lado direito

    seguindo a mesma orientação.

    Escultura

    Escultura é uma fase laboratorial cuja finalidade é transmitircaracterísticas gengivais à base da prótese total.

    Após a montagem dos dentes e verificação da articulação, faz-se o

    enceramento da dentadura.O enceramento é iniciado com a fixação das bases de prova nos

    respectivos modelos. Adicionar uma camada fundida suficiente para aescultura correspondente à região gengival, sobre os colos, espaçosinterdentais, região do palato e parte posterior da dentadura. Oprocedimento para a prótese inferior é semelhante.

    A borda livre da gengiva é recortada com Lecron contornando o colo

    cervical. O recorte vestibular é feito em 45 graus, deslizando a espátula deum lado a outro do dente, em movimento firme e contínuo, dando forma à

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    borda livre e às papilas. O recorte pela lingual é realizado deslizando aespátula praticamente na horizontal.

    angulação ideal para recorte cervical.

    Escultura da Região das Bordas Livres

    Como o recorte cervical é feito nos limites das faces anatômicas decada dente, os níveis dos recortes devem variar de acordo com o tamanhodos dentes. Este detalhe é importante nos dentes anteriores, pois influi naestética, conferindo maior naturalidade às próteses. Assim, para a prótesesuperior, o recorte da borda cervical livre do ICS deverá ficar acima dorecorte do ILS.

    - O recorte da região cervical do CS deverá ficar acima do recorte doICS.

    - Os recortes das bordas gengivais livres dos dentes posteriorestambém são feitas com base nas dimensões dos dentes: quanto maiores osdentes, mais acentuados serão os recortes.

    Na prótese inferior a orientação para o recorte é a mesma da superior.Porém, como os dentes anteriores são de tamanho reduzido, o recorte deve

    ser feito com muito cuidado.- O recorte do ILI deverá ser mais acentuado do que o do ICI.- O recorte do CI deverá ser mais acentuado do que o do ILI.

    Sulcos Horizontais

    Com espátula 7 é feito um sulco mésio-distal acentuado, que se inicia

    na linha mediana até a altura do freio lateral; outro que parte do outro ladodo freio lateral e termina suavemente na tuberosidade.

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    Estes sulcos horizontais apresentam-se curvos acompanhando aconformação da região periférica. O lado oposto é semelhante.

    Esboço das Bossas Radiculares

    Com Lecron, esboçar a escultura das bossas, fazendo os sulcosverticais que tem início nas papilas interdentais e que terminam nos sulcosmésio-distais, mais largos e mais profundos. No esboço,

    No esboço ao eliminar a cera, lembrar de dar forma e tamanhoadequados a cada bossa, assim como orientar a direção e localização dasmesmas nos prolongamentos dos longos eixos dos dentes.

    Após serem feitos os sulcos e recortes básicos, dar conformaçãonatural às fossas. bossas e sulcos, arredondando e tirando os excessos demodo a regularizar a superfície e obter assim o delineamento dos acidentesanatômicos.

    escultura pelo lado vestibular

    Escultura do Lado Palatino

    Com Lecron delinear os sulcos verticaisque tem início nas regiões de contato dosdentes e que terminam logo em seguida,

    alargando e espraiando-se.

    Inclusão

    As operações que se seguem e os cuidados que se deve tomar emrelação à inclusão das próteses na mufla, visam a substituição da base dadentadura em cera por resina acrílica de lenta polimerização.

    A mufla é um dispositivo metálico constituído de três partes: base (A),contra-mufla (B) e tampa (C). Esta mufla deve ser adequada ao tamanho do

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    modelo, por isso, antes experimentamos o modelo para verificarmos se hánecessidade do desgaste deste.

    O modelo deve ficar afastado a +\- 5mm da parede vertical etambém da tampa.

    A mufla deve estar isolada com vaselina pastosa e o modelohidratado. Verter o gesso manipulado na base e posicionar o modelocentralizando-o sobre a massa de gesso. Imediatamente, adaptarprovisoriamente a contra-mufla na base para a verificação da posição doarco dental em relação às suas paredes. Qualquer mudança de posiçãoainda será possível pois o gesso ainda não se cristalizou.

    Remove-se a contra-mufla e ajusta-se, rapidamente, o modelo naposição desejada, seguindo a eliminação do excesso de gesso em torno domodelo deixando limpa a escultura e a superfície lisa e expulsiva no sentidooclusal.

    Aguardar a cristalização e isolar com Cel lac.Uma muralha de gesso pedra deve ser feita sobre os dentes com o

    objetivo de evitar que eles se desloquem de suas posições nas fasessubseqüentes.

    Assentar a contra-mufla na base e verter o gesso comumcompletando-a. Adicionar um pouco de gesso na tampa e fechar a mufla.

    Deverá haver excesso de gesso nesta fase.

    Inclusão dos modelos na mufla

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    Inclusão com Muralha de Silicone

    Inicialmente, selecionamos a mufla de tamanho adequada ao modelo. A mufla deve ser de tamanho que acomode o modelo com certa folga, tantoem altura com em largura e comprimento.

    Técnica de Inclusão

    1 - Para facilitar, mais tarde a desinclusão da prótese, as superfíciesinternas da mufla devem ser untadas com vaselina.

    2 - Hidratar o modelo enquanto se espátula 1oo gr. de gesso comumem 50 cc de água.

    3 - Depositar o gesso manipulado na base da mufla, posicionar omodelo, centralizando-o sobre a massa de gesso; pressionar o modelo demodo que fique no mesmo nível da borda da base da mufla; remover ogesso que sobrou.

    4 - Adaptar a contra-mufla, na base da mufla, para verificar a posição

    do arco dental em relação às paredes da contra-mufla, se estiver muitopróximo de qualquer das paredes, ainda é possível ajustar o posicionamentodo modelo, pois o gesso ainda está pouco consistente.

    5 - Remover a contra-mufla.6 - Eliminar o excesso de gesso em torno do modelo, com todo o

    cuidado para não sujar a escultura, ao mesmo tempo que torna a suasuperfície lisa e expulsiva no sentido oclusal.

    7 - Depois da cristalização do gesso, isolar todo o gesso (isolante Cel-lac).

    8 - Com o gesso especial fazer uma muralha em torno de toda aprótese (inclusão convencional) ou fazer uma muralha com siliconeZetalabor.

    9 - Adaptar o contra-muflo.10 - A seguir, a parte da contra-mufla é preenchida com gesso. O

    gesso manipulado é vertido pouco a pouco na parte da contra-mufla sobvibração, preenchendo-a por completo.

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    Ajusta-se a tampa e espere a cristalização do gesso.

    Eliminação da Cera

    Após a presa final do gesso colocamos a mufla num recipiente comágua em ebulição por +\- 5 minutos que é o tempo suficiente para a cera setorne plástica.

    Retiramos da água fervente e com uma chave de fenda, separamosas duas partes da mufla e contra-mufla, cuidadosamente para não fraturar omodelo.

    Removemos a chapa e a cera amolecida com uma espátula e emseguida jogamos mais água fervente para eliminar o resto de cera aderidaao modelo.

    Com uma broca esférica, fazemos pequenas perfurações sobre assuperfícies dos dentes: três nos molares, duas nos pré-molares e uma nosanteriores, para permitir uma boa fixação dos dentes na base da dentadura.

    Limpamos e secamos toda a superfície da mufla e contra-mufla com jatos de ar.

    Isolamos com Cel-lac toda a porção de gesso, com cuidado para nãoisolar os dentes na parte gengival e deixamos secar.

    Retenção dos dentes:

    Com a broca esférica número 6, perfurar os dentes artificiais com todocuidado para não atingir a superfície oclusal ou vestibular do dente.

    Retirar com jatos de ar restos de resina contidas na região dosdentes.

    Retenção dos dentes artificiais

    Isolamento das partes internas da mufla:

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    De preferência com a mufla ainda quente, passar isolante do tipo Cel-lac e aguardar a secagem.

    Para analisar se a região de gesso está devidamente isolada,observar se a película de isolante possui consistência aveludada.

    Na região onde foi aplicado silicone laboratorial não há necessidadede isolar.

    Acrilização

    Composição e Preparo da Resina

    Usamos para a base da dentadura, resina acrílica ativada

    teoricamente. Ela se apresenta na forma líquida que é o monômero e emforma de grânulos ou esferas sólidas, que é o polímero.

    Na prática, costumamos colocar em um pote, o polímero (25 cc paraas dentaduras de tamanho médio e 30 cc para as maiores) e depois olíquido, lentamente até saturar completamente.

    Conseguida a saturação, com uma espátula, homogeneizamos amistura e, em seguida inserimos imediatamente na contra-mufla e

    esperamos cerca de cinco minutos.Encaixamos a contra-mufla sobre a base da mufla e levamos à prensa

    de bancada. Prensamos lentamente para o escoamento das partesmetálicas da mufla e contra-mufla.

    Esperamos uns 3 minutos, retiramos da prensa de bancada ecolocamos na prensa individual para a polimerização. É necessário esperarmeia hora antes de dar início à polimerização.

    Técnica de acrilização total com palato incolor:

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    Em um pote de resina colocar uma porção de resina acrílica rosa eem outro uma quantidade de resina acrílica incolor.

    Aplicar monômero somente na porção de resina rosa, manipular amistura com a espátula 36 e com as mãos preparar o material da mesmaforma descrita anteriormente e aplicar na região dos dentes.

    Introduzir um plástico fino entre a resina e a base da mufla e levar oconjunto para a prensa de bancada, apertando-a bem lentamente.

    Aguardar alguns minutos e retirar a mufla da prensa, utilizar a facapara gesso e separar as partes. Retirar o plástico da resina (não untar oplástico com vaselina).

    Com uma lamina de bisturi, recortar a resina rosa, com cautela paranão picotá-la, deixando toda a área palatina livre.

    Cobrir a contra mufla com um plástico para evitar a volatilização domonômero, que causa ressecamento e porosidade.

    Manipular resina incolor e aguar alguns instantes para a misturaadquirir consistência plástica.

    Retirar o plástico da contra mufla e depositar com o auxílio da

    espátula 36, na região palatina.Sobrepor a base da mufla na resina, fechando a peça, adaptar as

    placas de polimerização e levar a prensa hidráulica.Comprimir lentamente o cabo da prensa deixando a resina incolor

    escoar pouco a pouco pela parte de trás da mufla, comprimir e aguardar atéque as partes metálicas da mufla coincidam.

    Apertar as placas de polimerização para a cocção da prótese.

    Polimerização

    O monômero é transformado em polímero por aquecimento domaterial sob pressão no interior da mufla.

    A polimerização determina uma reação exotérmica no material e porisso a partir de 60 graus deve-se controlar a temperatura no sentido de

    elevá-la lentamente, procurando evitar um sobreaquecimento que poderiaocasionar a formação de bolhas desagradáveis que inutilizariam o trabalho.

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    A polimerização pode ser realizada por dois métodos:

    - Imersão em água a baixa temperatura por tempo mais ou menoslongo.

    - A alta temperatura por tempo relativamente mais curto.

    Na primeira alternativa aconselha-se a manter em água a 73 grauspor 8 horas.

    No último caso, deve ser seguida a técnica de Tuckfield, Worner eGuerin:

    - Meia hora para aquecimento da temperatura ambiente até 65 graus.- Manter a mufla por uma hora à temperatura de 65 graus.- Meia hora para elevar a temperatura de 65 graus a 100 graus.- Manutenção da mufla, por uma hora a 100 graus, perfazendo uma

    polimerização de 3 horas.

    O resfriamento que se segue à polimerização deve ser lentoaconselhando-se que a mufla seja mantida à temperatura ambiente por umahora, antes de resfriá-la sob água corrente.

    Obs.: Para a polimerização é necessário que a mufla esteja na prensaindividual.

    Falhas da Polimerização

    Porosidades:

    a - polimerização adequada; / b e c - velocidade de aquecimento

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    muito rápida; / d - mistura de m/p insuficiente; / e - pressão insuficientedurante a cura.

    - Temperatura superior a 100,8 graus no interior da mufla(evaporação dos componentes do monômero).

    - Inclusão de ar durante a mistura.- Bordas muito grossas não permitindo que o calor seja conduzido

    para a superfície externa da resina causando ebulição do monômero.- Durante o polimento, não se deve deixar que a resina aqueça pois

    pode haver despolimerização parcial, diminuindo assim o grau depolimerização, logo menor resistência.

    Técnica de Desinclusão

    - Introduzir a chave de fenda entre a base e a contra-mufla;

    Abertura da Mufla

    - Com um martelo, malhar cuidadosamente as bordas da mufla pararetirar o gesso que envolve a prótese contida na mufla.

    - Com tesoura própria, cortar o gesso que envolve a prótese empequenas partes cuidadosamente para não fraturá-la. Qualquer descuido noponto de aplicação da tesoura poderá gerar uma força em cunha e provocar

    a quebra, principalmente se a prótese for a inferior.- Se o modelo ficar retido na prótese, a sua remoção será trabalhosa

    e deverá ser realizada em pequenos pedaços.- Com Lecron, eliminar todo o gesso da superfície da resina acrílica e

    com auxílio de estilete eliminar a resina que preencheu os espaçosinterdentais.

    Acabamento e Polimento das PTRs

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    1 - Removemos todos os excessos de resina acrílica dosbordos por meio de pedras montadas até o limite exato.2 - Fazemos o alívio dos freios e das inserçõesmusculares através de recortes com brocas de fissura oupedras montadas pequenas.3 - Removemos os excessos de resina dos espaços interdentários e do colodos dentes através de brocas e estiletes cortantes.4 - Acentuamos a escultura da superfície vestibular e lingual das porçõesgengivais com pedras montadas piriforme. (A)5 - Passamos tira de lixa fina, montadas em mandril, em toda área externada dentadura até conseguirmos uma superfície lisa. (B)

    Polimento das Dentaduras

    1 - Com o torno de polimento em baixa rotação, passamos cone defeltro com pedra pomes molhada nos espaços interdentais e fossas até queos riscos deixados pela lixa desapareçam.

    - Os cones devem ser passados seguindoa anatomia da dentadura e sob ligeira pressão.

    2 - Em seguida, com a escova preta e pedra pomes molhadamelhoramos o alisamento da superfície.

    - Continuamos usando a baixa rotação no torno e devemos tambémexercer pequena pressão da escova contra a dentadura.

    No final desta fase não devem existir mais

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    riscos deixados pela lixa e para cientificarmo-nos se está correto, devemoslavar o aparelho, enxugare em seguida observá-lo contra a luz.

    3 - Damos o brilho final com escovas brancas de cerdas delicadas e brancode Espanha (Carbonato de Ca) umedecido em água.Nesta fase usamos a maior rotação do torno, e não há necessidade depressionarmos a escova.

    Estética em Prótese Total

    Introdução:

    Durante a busca da satisfação estética em Prótese Total, o primeiropasso é o reconhecimento das expectativas do paciente, principalmente, oque ele julga como “estético”. É muito comum aos pacientes, quando daconfecção de uma prótese total, buscarem características de juventude e daprópria forma natural de seus dentes, um desejo emocional de recuperar a

    realidade perdida.Quando o paciente e profissional participam conjuntamente na

    discussão das possibilidades de individualização e caracterização da prótesetotal, o paciente provavelmente terá uma boa expectativa sobre sua prótese,o que favorece o sucesso do tratamento.

    Devido à falta de informação e interesse em assuntos relacionados àprótese total, muitos profissionais oferecem aos seus pacientes prótese

    padronizadas sem opções que aproximem este aparelho à realidade dopaciente.

    Infelizmente, os pacientes insatisfeitos com o tratamento eapresentando dificuldades em se comunicar com o profissional, acham-seobrigados a aceitar passivamente essa situação. Esta falta de entrosamentoprofissional - paciente, poderá levar ao fracasso do tratamento, e até paraalguns profissionais a falta de motivação em buscar soluções para o

    assunto. A corrente ênfase cultural sobre o ideal de beleza, estética e

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    juventude tem levado cada vez mais os profissionais que se interessam emaprimorar os seus serviços, oferecendo bem estar e conforto aos seuspacientes, a buscarem soluções estéticas onde o princípio seria: paciente -Cirurgião Dentista - Técnico em Prótese Dental.

    A reconstituição estética e funcional em prótese total é um problemaque deve ser considerado individualmente.

    A seleção e montagem dos dentes constitui uma etapa essencial. Umdos principais objetivos da prótese total é reproduzir trabalhos que nãopareçam artificiais.

    O arranjo dos dentes é influenciado por idade, sexo e personalidade.

    Idade

    Relacionado aos incisivos centrais, idosos com a borda incisal lisa e o jovem sem desgaste. Idoso masculino, apresenta manchas acastanhadas naregião incisal, no sexo feminino estas são mais acinzentadas.

    Prótese que denota jovialidade:

    Incisivos laterais mais curtos que os centrais,caninos pontiagudos, papilas mais cheias e festõesmais claros.

    As próteses para as pessoas de mais idade requerem do profissionalmuita observação quanto aos aspectos: cor, desgastes, posicionamento dosdentes e, principalmente ao correto tratamento da matriz (gengiva artificial,considerando festões, papilas e bossas de raízes).

    Prótese idosa: Os incisivos anteriores, até oscaninos, mostram-se abrasionados.Na coloração da borda incisal que já existe,observa-se uma coloração amarronzada. Aretração gengival é vidente.

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    O aspecto jovial de um senhor ou uma senhora idosa, sua atividade ecomportamento social, poderá dar ensejo ao profissional para fazer certasmudanças na prótese, para parecer mais jovial.

    A cor está bastante relacionada às alterações determinadas pelaabrasão maior ou menor das bordas incisais, com a conseqüenteimpregnação dos canalículos dentários, por uma diminuição acentuado dotamanho da câmara pulpar, pelas exposições maiores ou menores docemento ao nível do limite cervical, e finalmente, pelas marcas deixadas portratamentos dentários (restaurações cavitarias, de coroa total e substituiçõesdentárias parciais).Sexo

    Relacionado aos incisivos laterais que expressam as característicassexuais: no sexo masculino, a face mesial está localizada lingualmente, emrelação à face distal do incisivo central, e no feminino, a mesma estálocalizada vestibularmente.

    Personalidade:

    Os caninos denotam vigor ou suavidade. Caninos volumosos e comseu longo eixo vertical, numa vista frontal, transmitem a sensação deagressividade.

    Na montagem dos dentes devemos considerar a disposição,alinhamento e posição dos dentes.

    A disposição refere-se a forma do arco dental resultante da montagem

    dos dentes.Na sessão de prova devemos adequar estes três requisitos às

    características faciais e funcionais do paciente.

    – O Arranjo dos DentesOs dentes femininos são mais

    arredondados e de textura superficial mais

    lisa. O canino feminino apresenta seu longo

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    eixo inclinado em direção à pupila e a ponta da cúspide não deve ser maislonga que a borda do incisivo central.

    A aparência natural pode ser obtida pela disposição dos dentes e aescultura da porção gengival da base da prótese total.

    A separação dos dentes anteriores produz um excelente aspecto.Pode-se obter a separação de várias maneiras.

    Maneiras para se obter a separação dos dentes:

    a – Diastema, mas nem sempre é aceito pelo paciente.b – Diferenças nos tons e matizes, porém não deve ser exagerada a diferença para

    não resultar grotesco.c – Diferença na posição dos dentes produzem sombras que os separam.d – Desgaste das bordas incisais simulando o atrito.

    O fenômeno da morfopsicologia que seria como uma pessoa vê aoutra. Deste ponto de vista, os incisivos centrais focalizam as característicasde personalidade, força, energia, autoritarismo, apatia ou retração. Osincisivos laterais concentram o abstrato: elemento artístico, emocional ouintelectual da personalidade.

    a – jovem b – meia idade c – idade avançada

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    Papila interdental:

    a – jovemb – meia idadec – idade avançada

    Observação: Anatomia da cúspide do canino com o avançar da idade.

    Corredor Bucal

    O corredor bucal é um espaço observável em ambos os cantos daboca. A sua presença determina o aparecimento de zonas vazias e que selocalizam da seguinte maneira, quando se observa o paciente de frente: ocanto da boca, zona do corredor bucal, faces vestibulares de pré-molares emolares.

    Sua extensão pode variar de paciente a paciente, mas sua presença éconstante e determina a posição relativa e a inclinação das facesvestibulares dos pré-molares principalmente. O corredor bucal tem grandeinfluência no contraste da tonalidade de cores, uma vez que intercala emambos os lados, zonas mais escuras, quebrando a monotonia do conjunto enão permitindo uma exposição maior ou exagerada das superfícies

    vestibulares dos dentes posteriores.Naturalmente, o aparecimento do corredor bucal durante o sorriso,

    estará condicionado não apenas a posição dos dentes e sua inclinação, mastambém a um correto suporte dos tecidos moles das bochechas, pelasuperfície polida (externa) das próteses totais.

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    Em “A”, a presença do cor redor bucal.Em “B”, ausência.

    O corredor bucal existe sempre, ainda que em grau variável nosportadores de dentes naturais e sua reprodução nas próteses totais permiteque se incorpore mais um fator importante na harmonização com a face, o

    sexo e mesmo com as características físicas e mentais de seu portador.

    Suporte do Lábio

    O suporte do lábio superior deve ser sempre obtido por uma corretalocalização dos dentes anteriores superiores. O suporte para os lábios deveser dado essencialmente pelos dentes e não pelo flanco da prótese e

    principalmente por seu terço médio vestibular. A distância a que devem sercolocados os incisivos centrais da papila incisiva, em termos gerais, estácondicionada à conformação do arco:

    1 – Mais próximas à papila, em arcos predominantemente quadrados.

    2 – A uma distância média nos arcos ovóides.3 – Mais distantes nos arcos triangulares.

    Entretanto, em alguns casos o rebordo residual não será umaindicação válida, devido à sua alteração tanto em forma como em posição,por problemas oclusais prévios, em casos de rebordo já com algumareabsorção, pode-se estabelecer como regra que os dentes nunca deverão

    ser montados em contato com o mesmo e sim, em grau variável à suafrente.

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    A posição correta dos dentes superiores anteriores em relação apostura dos lábios é observada quase que invariavelmente pela linha úmidado lábio superior principalmente, dobrando-se para fora, como quedesabrochando.

    Montagem de Dentes em PTR Bimaxilar – Chave de Oclusão

    Os critérios de montagem em PTR dupla difere da montagem da PTRunitária. A seqüência a ser seguida é a seguinte:

    1 – Montar a hemi-arcada superior esquerda do paciente;2 – No lado esquerdo inferior, montar o incisivo central, incisivo lateral ecanino;

    3 - Montar a chave de oclusão que é o primeiro molarinferior esquerdo e, em seguida montar o segundo pré-molar e o segundo molar, inferior esquerdo.

    4 – Montar a hemi-arcada superior direita;5 – No lado direito inferior, montar o incisivo central, incisivo lateral e ocanino;6 – Montar, para fechar a oclusão, o primeiro molar seguido do segundo pré-molar e segundo molar, inferiores direito;7 – O último dente a ser montado é o primeiro pré-molar inferior, pois é oúnico dente que podemos desgastar mesial ou distalmente.

    Nesse ponto também, podemos deixar um pequeno diastema.Devemos sempre verificar se a montagem está obedecendo a

    curvatura antero-posterior.

    A estética aceitável pode ser mudada por:

    1 – Abrasão das bordas incisais;

    2 – Rotação e inclinação dos incisivos para ganhar uma aparênciairregular;

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    3 – Criando uma assimetria nas divergências das superfíciesproximais;

    4 – Criar um pequeno diastema entre os incisivos centrais e laterais;5 – Variar a direção do eixo axial das coroas.

    O arranjo estético dos dentes é um procedimento muito vital parafavorecer um bom prognóstico. Não deve ser delegado a um auxiliar que nãoconheça o paciente. Opinião de outros, particularmente dos familiares dopaciente e amigos íntimos, é uma estimada ajuda para melhorar a estética.

    A feição do rosto, expressão facial e posição dos dentes, são fatoresherdados, por isso a posição dos dentes de um irmão ou de um filho podeser excelente guia quando se montam os dentes artificiais em seus parentes.

    Acrilização das Próteses Totais

    Após o processo de execução da montagem dos dentes (ceroplastia),escultura gengival e inclusão na mufla, preparar a prótese para troca dematerial, ou seja, a substituição da cera por resina acrílica.

    A partir da colocação do material (resina acrílica), segue-se aprensagem e a cocção, até o momento da demuflagem. Este processo édenominado de acrilização.

    O tipo de resina acrílica utilizada é termo polimerizável, cujapolimerização se dá por meio da ação de calor.

    Podemos confeccionar próteses totais em vários tipos de colorações,como por exemplo, a peça inteiramente rosa ou em palato incolor.

    Podemos atribuir também tonalidades diferenciadas de rosa que sãovendidas no mercado para aplicação de porção vestibular. Há tambémmistura de cores em uma só prótese, denominadas como caracterização.

    A caracterização é feita depois da abertura da mufla, como se fosse apintura de um quadro de dentro para fora. É de rápida execução, mas exigemuito preciosismo, pois o resultado final só é conhecido após apolimerização e demuflagem da prótese.

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    Técnica Para uso de Pigmentos

    - Você tem em sua matriz: bossas, fossas, papilas, freios erugosidade palatina.

    - Comece pelos freios. Coloque a resina adequada somente nosfreios. Logo após, o monômero e polímero com conta gotas.

    - A seguir, as bossas caninas e de pré-molares. Da mesma forma,coloque o polímero sem deixar que atinja as papilas. Caso a resina atinjaalguma delas é só corrigir.

    - Depois as papilas interdentais.- Por último, papilas de colo e fundo de saco vestibular.

    Atenção: Esta etapa é por toda a extensão da face vestibular e em degradê.Coloque o polímero em maior quantidade a altura das papilas e vá reduzindoa quantidade até o fundo de saco.

    Palato Transparente:

    Manipule a resina em quantidade suficiente. Quando ela estiver nafase plástica, verta-a por sobre o palato. Cuide para que ela se espalhe portoda a extensão sem formar bolhas. Aí, então coloque a base com o modelode gesso e aperte ligeiramente. Aguarde mais ou menos um minuto e levepara a prensa de bancada.

    Técnica Para uso de Pigmentos – Natuform e Colorform

    - Freios – em rosa vermelho;- Bossas – caninas e de pré-molar – rosa esbranquiçado;- Papila interdental – rosa vermelho (mais suave);- Papila de colo – rosa natural;- Fundo de saco vestibular – incolor;

    - Palato – incolor;- Rugosidade palatina;

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    - Gengiva marchetada.

    Coloform:

    - Freios – rosa vermelho;- Papilas – rosa natural;- Palato – incolor;- Fundo de saco – incolor;- Rugosidade palatina.

    Com base Resiliente

    Temos também a prensagem com base macia. Ela se unequimicamente a todas as superfícies acrílicas e a si mesma, semnecessidade de qualquer agente de união. O material consiste em pó(polímero) e líquido (monômero) e também um selante para ajudar a mantera maciez e evitar a formação de bactérias.

    Este selante não deve ser removido e recomenda-se que seja

    reaplicado anualmente para manter o brilho e a maciez da base macia.

    Ajuste Oclusal

    É realizado por meio de execução dos movimentos mandibulares deprotrusão e retrusão, de lateralidade direita e esquerda, pelo articulador,além da abertura e fechamento para verificação da existência de contatos

    prematuros ou interferências.Para isso, interpor uma tira de papel de articulação entre as

    superfícies oclusais (superior e inferior) e proceder com os movimentos.

    Técnica Utilizada para o Ajuste de Articulação

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    Contatar o papel carbono flexionando o articulador com movimentosde abertura e fechamento, marcando em ambos os arcos dentais (superior einferior), para detectar contatos prematuros.

    Os dentes posteriores devem possuir pontos uniformes localizadosnas cúspides; 24 pontos demarcados pelo carbono são considerados umnúmero apropriado, sendo estes em forma uniforme. Registro de anéis oudiscos deverá ser desgastado com uma broca esférica para nova análise.

    Com o ramo superior do articulador, fazer movimentos de lateralidade.Se ocorrer interferências, deslocar levemente de lugar o dente atingido e, seainda o resultado estiver insatisfatório, optar pelo desgaste do dente com abroca de tungstênio.

    É fundamental para a escultura que os dentes estejam devidamentefixados para evitar sua movimentação após o ajuste concluído.

    Passo-a-passo da Técnica do Ajuste Oclusal

    1o Passo: Ajuste oclusal em abertura e

    fechamento.

    2o Passo:

    Ajuste em movimento de lateralidade.

    3o Passo:

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    Ajuste em movimento de protrusão e retrusão.

    4o Passo:Pontos de contato de carbono.

    5o Passo:

    Vista lingual da oclusão após o ajuste oclusal.

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    Prótese Total Imediata

    É uma prótese construída para tomar o lugar da dentição perdida e as

    estruturas associadas da maxila e/ou mandíbula instalada logo após aexodontia (extração) dos remanescentes. Diferem das comuns no que serefere ao estado da área chapeavel sobre a qual são confeccionadas e,também sobre os modelos obtidos.

    Quanto a sua Instalação

    Enquanto as comuns esperam alguns meses após a cirurgia parainstalar a prótese sobre o rebordo alveolar já completamente cicatrizado; aimediata é colocada após a extração e sobre a ferida cirúrgica. Em outraspalavras, dentaduras comuns são trabalhos clínico-protéticos e imediatassão trabalhos cirúrgico-protéticos.

    Requisitos

    Os pacientes variam grandemente no que desejam, esperam eexigem. Uma prótese não é um tecido vivo, mas deve ser feita como partedo sistema composto pelos tecidos vivos, e ser fisiologicamente suportadapelo paciente.

    Para atingir alto grau de sucesso, alguns requisitos devem ser satisfeitos:

    1 – Compatibilidade com o meio oral;2 – Restauração da eficiência mastigatória dentro dos limites desejáveis;3 – Harmonia com as funções da fala, respiração e deglutição;4 – Aceitabilidade estética;5 – Preservação dos tecidos remanescentes.

    Vantagens

    1 – Age como bandagem ou tala para ajudar a controlar a hemorragia,

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    MANUAL DE PRÓTESE TOTAL REMOVÍVEL

    para a proteção contra o trauma da língua, alimentação ou dos dentespresentes na arcada oposta, e para manter a boca com fluxo de saliva,fazendo com que as partículas de alimento não penetrem nos alvéolos,protegendo a coagulação do sangue, promovendo uma rápida recuperação.

    2 – Pacientes recuperam as funções da fala, deglutição e mastigaçãomais cedo do que quando os lábios, a língua e as bochechas ficaram algumtempo sem suporte.

    3 - Resolvem a falta de cooperação dos pacientes no sentido de seencontrarem com suas famílias ou no trabalho em estado edêntulo, podendolevar adiante seus afazeres sociais e de trabalho sem constrangimento.

    4 - A língua, bochechas e lábios não terão suas posições alteradaspela falta de suporte fornecido pelos dentes, por isso a prótese será maiscompatível com o meio oral.

    5 - Os dentes naturais ajudarão no estabelecimento da DVO eposicionamento dos substitutos artificiais.

    Nem sempre a DVO existente é a mesma a ser reproduzida naprótese, porque a erupção contínua dos dentes não tem estado

    necessariamente em harmonia com o atrito das superfícies dentais e acausa é o aumento da distância interoclusal aceita. A manutenção da DVOcorreta é um fator essencial na aceitabilidade fisiológica de qualquer prótese.Os dentes remanescentes ajudam no posicionamento dos artificiais, mas areprodução de suas posições ne