www.projetoderedes.com.br UniFOA - Curso Seqüencial de Redes de Computadores Disciplina: Projeto e Construção de Redes - 3º período Professor: José Maurício S. Pinheiro AULA 01 – Viabilidade de Projetos - V. 01/06 1. Viabilizando projetos Um projeto pode estar condenado ao fracasso mesmo antes de ser iniciado se não resultar em vantagens e melhorias práticas para as aplicações dos usuários a que se destina. Afinal, os usuários de uma rede esperam soluções, de preferência econômicas, para seus problemas e não apenas paliativos. Muitas vezes a razão para um retorno negativo após a conclusão de uma melhoria está em uma falha ocorrida no início do projeto, no momento de se fazer três estimativas importantes: o custo para a implantação, os benefícios a serem alcançados e os recursos disponíveis. Para que um projeto seja viável (e econômico), ele deve prover benefícios que excedam os custos e não deve vincular custos que excedam os recursos disponíveis. 1.1. Benefícios X Custos É muito importante prever corretamente a proporção entre os benefícios de um projeto e seu custo de implementação. Se os benefícios não excedem os custos de maneira significativa, ainda há tempo para rever os objetivos e os critérios para alcançá-los. Todavia, não se devem observar apenas os custos e ignorar completamente os benefícios. Uma abordagem mais equilibrada seria incluir considerações sobre os benefícios potenciais do projeto de forma que possam ser comparados aos seus custos, através da medida das melhorias obtidas para as aplicações dos usuários, tanto pela resolução dos problemas como pelo oferecimento de novas facilidades e novos serviços de rede.
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www.projetoderedes.com.brUniFOA - Curso Seqüencial de Redes de ComputadoresDisciplina: Projeto e Construção de Redes - 3º período
Professor: José Maurício S. Pinheiro
AULA 01 – Viabilidade de Projetos - V. 01/06
1. Viabilizando projetos
Um projeto pode estar condenado ao fracasso mesmo antes de ser iniciado se
não resultar em vantagens e melhorias práticas para as aplicações dos usuários a
que se destina. Afinal, os usuários de uma rede esperam soluções, de preferência
econômicas, para seus problemas e não apenas paliativos.
Muitas vezes a razão para um retorno negativo após a conclusão de uma melhoria
está em uma falha ocorrida no início do projeto, no momento de se fazer três
estimativas importantes: o custo para a implantação, os benefícios a serem
alcançados e os recursos disponíveis. Para que um projeto seja viável (e
econômico), ele deve prover benefícios que excedam os custos e não deve
vincular custos que excedam os recursos disponíveis.
1.1.Benefícios X Custos
É muito importante prever corretamente a proporção entre os benefícios de um
projeto e seu custo de implementação. Se os benefícios não excedem os custos
de maneira significativa, ainda há tempo para rever os objetivos e os critérios para
alcançá-los. Todavia, não se devem observar apenas os custos e ignorar
completamente os benefícios. Uma abordagem mais equilibrada seria incluir
considerações sobre os benefícios potenciais do projeto de forma que possam ser
comparados aos seus custos, através da medida das melhorias obtidas para as
aplicações dos usuários, tanto pela resolução dos problemas como pelo
oferecimento de novas facilidades e novos serviços de rede.
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1.2.Recursos X Custos
Um projeto só deve ser iniciado se houver condições de terminá-lo, ou seja, se
não há condições de se custear as diversas etapas, um projeto não deve ser
aprovado ou iniciado. Da mesma forma, se não houver profissionais que possam
executar o projeto em sua totalidade, os usuários clientes devem aguardar o
momento mais oportuno ou partir para outra solução.
1.3.Benefícios X Recursos
Na vida real, a grande maioria dos projetos enfrenta a situação de ter mais
oportunidades de gastar os recursos disponíveis do que recursos disponíveis para
gastar. Por esse motivo, a utilização dos recursos deve ser cuidadosamente
planejada durante a execução do projeto a fim de que se possa avaliar a
vantagem dos benefícios obtidos sobre os custos.
Figura 1 – Recursos X custos X benefícios
1.4. Itenização
Na maioria das vezes tendemos a examinar um projeto como um todo, com um
custo e benefício únicos. Entretanto, cada etapa de um projeto rende seus
próprios benefícios, acarreta seus próprios custos e, na mesma medida, exige
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recursos próprios. A ação de dividir um projeto entre partes independentes em
termos de benefícios oferecidos chama-se itenização.
Torna-se necessário analisar cada um desses aspectos (custos, benefícios, e
recursos) individualmente por quatro motivos: Primeiro, para auxiliar a decidir
como cada parte do projeto deve ser realizada; segundo, para ajudar a determinar
como essas partes deverão ser implementadas; terceiro, para auxiliar na decisão
do que antecipar, retardar ou mesmo cancelar (analisar os riscos), de forma que o
projeto possa prosseguir mesmo com menos recursos; e quarto, ajudar a
estimativa dos custos e benefícios totais do projeto.
Figura 2 - Itenização
2. Ciclo de vida do projeto
O ciclo de vida de um projeto passa basicamente por quatro fases distintas:
• Fase conceitual: Nessa fase temos a identificação de necessidades,
estabelecimento da viabilidade, busca de alternativas, preparação de propostas,
desenvolvimento de orçamentos e cronogramas iniciais e a nomeação da equipe
de projeto;
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• Fase de Planejamento: Inclui a programação de recursos (humanos, materiais
e financeiros), a realização de estudos e análises em campo (site survey), análise
de resultados e obtenção de aprovação para a fase de execução;
• Fase de execução: nessa fase temos o cumprimento das atividades
programadas e a modificação dos planos, conforme necessário. Inclui também o
monitoramento e controle das atividades programadas;
• Fase Final: inclui o encerramento das atividades do projeto, comissionamento
de equipamentos, treinamento de pessoal operacional e realocação dos membros
da equipe.
3. Etapas do Projeto
Como mencionado anteriormente, cada etapa do projeto rende seus próprios
benefícios, acarreta seus próprios custos e, na mesma medida, exige recursos
próprios.
3.1.Viabilidade
A primeira etapa de um projeto inclui o estudo de viabilidade, que deverá reunir
um conjunto de informações necessárias para se determinar a viabilidade do
projeto ou as conclusões sobre sua inviabilidade. O estudo de viabilidade inclui:
• Estabelecimento das reais necessidades do usuário;
• Especificar quais os requisitos exigidos;
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• Pesquisas de mercado para validar da existência econômica da
necessidade;
• Relacionar o conjunto de exigências que o projeto deve satisfazer.
3.2.Formulação do projeto
A formulação do projeto deve Incluir um conjunto de requisitos e critérios
baseados em especificações técnicas (funcionais, operacionais e construtivas)
que devem ser satisfeitas para que o projeto atenda as necessidades dos
usuários. Deve incluir ainda a identificação de parâmetros cruciais como
finalidade, tipos de usuários atendidos e infra-estrutura necessária.
3.3.Rol de soluções
Essa etapa requer dos projetistas de rede criatividade e capacidade analítica na
combinação de princípios, utilização de técnicas e tecnologias, sistemas e
componentes.
O desenvolvimento das soluções para o projeto utiliza técnicas como brain-
storming, sinergia, inversão, análise de parâmetros e outros, sendo realizado pelo
grupo de trabalho, reunindo preferencialmente profissionais com variadas
experiências e especializações. Nesse momento são requeridas a comunicação,
coordenação e maturidade emocional da equipe.
3.4.Exeqüibilidade física
Nesta fase temos a análise das soluções obtidas na fase anterior, ou seja, é
verificado se as condições disponíveis possibilitam de fato a realização do projeto.
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3.5.Valor econômico
Utiliza métodos de análise de valor com o objetivo de otimizar o valor do projeto
para um desempenho ótimo com custo mínimo (recursos X benefícios X custos).
3.6.Viabilidade Financeira
É uma das etapas mais importantes porque nela se estabelece a formulação dos
problemas de custos e se obtém as soluções adequadas. Considerando que os
benefícios obtidos com um projeto devem superar as despesas de sua execução,
o projeto pode satisfazer as condições anteriores, mas não dispor dos recursos
financeiros necessários para sua implementação.
4. Projeto Básico
O projeto básico, também conhecido como projeto preliminar ou anteprojeto, tem
como objetivo definir a concepção global do projeto e dos subsistemas de rede
que servirão de base ao projeto executivo. A escolha da melhor solução se dá
pela comparação das diversas soluções viabilizadas nas etapas anteriores.
Uma das técnicas utilizadas é a matriz de decisão e os modelos matemáticos, que
é útil para avaliar de modo quantitativo um projeto:
• Análise de sensibilidade - Tem como objetivo conhecer o comportamento do
sistema, identificar os parâmetros de projeto mais importantes, verificar e indicar
as limitações impostas, ter uma idéia quantitativa do desempenho do projeto.
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• Análise de compatibilidade – inclui a análise da compatibilidade e interação
entre seus diversos subsistemas e componentes principalmente quando as
variáveis de saída de um subsistema são as de entrada em outro.
• Análise de Estabilidade - Otimização formal e definição de critérios, levando
em conta as restrições impostas no projeto.
• Previsão futura - Deve-se considerar as tendências tecnológicas, políticas,
culturais, sócio-econômicas e obsolescência.
• Previsão do tempo de funcionamento – ou vida útil - é o período de tempo
durante o qual a utilidade do sistema é maior do que qualquer outro sistema que
possa substituir o primeiro.
• Simplificação do projeto - Um projeto deve atender as finalidades e possuir
estética e simplicidade. Nesta fase é verificado se solução proposta é a maneira
mais simples de se obter os resultados desejados antes de submetê-la ao
detalhamento.
5. Projeto Executivo
O projeto executivo tem como objetivo principal detalhar todos os subsistemas e
componentes, possibilitando a execução de protótipos e testes (quando
necessário) e a completa realização da infra-estrutura necessária.
• Para que o projeto executivo seja planejado e controlado, deve ser dividido
em tarefas que precisam ter dimensões suficientes para serem realizadas pela
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equipe de trabalho. Deve ser criada então uma estrutura analítica, sob forma
hierárquica, para a divisão do projeto em atividades mensuráveis e controláveis.
6. Conclusão
Para que o projeto de uma rede seja bem sucedido, o resultado do trabalho não
deve apresentar apenas qualidade técnica. Os ingredientes necessários para um
projeto bem sucedido incluem objetivos claros sobre o que se quer alcançar,
planejamento para execução de todas as etapas envolvidas, consenso entre os
participantes do grupo de trabalho e um cronograma realista para a execução das
atividades.
Um projeto de rede bem sucedido se traduz, principalmente, em melhorias para os
usuários, oferecendo benefícios que excedem seus custos de implantação, sem
ultrapassar os recursos disponíveis. Tais benefícios podem se caracterizar pelo
aumento da produtividade, pela redução de custos, pelo aprimoramento dos
serviços disponíveis aos usuários, contribuindo decisivamente no aumento da
competitividade da empresa.
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AULA 02 – Gestão de Projetos - V. 01/06
1. Introdução
Ainda é muito comum a concentração de esforços na realização de ações de
melhoria ou na execução de novos projetos a partir de idéias e opiniões vagas,
sem um conhecimento claro e fundamentado em fatos e dados. Isso quer dizer
que na prática, predomina o desencadeamento de ações aleatórias, a partir de
idéias superficiais e técnicas difusas, que levam a um desenvolvimento oneroso e
truncado do projeto que na grande maioria das vezes não atende às necessidades
dos seus usuários.
Os procedimentos para a execução de um projeto, ao contrário, necessitam de um
trabalho sistematizado, a partir de uma visão estratégica e objetiva da realidade
dos seus usuários, assim como a organização e coordenação das ações a serem
desencadeadas.
2. Gestão de Projetos
Um projeto é definido formalmente como um trabalho não repetitivo e temporário
caracterizado por uma seqüência clara e lógica de eventos (possui data para início
e término), tendo como finalidade produzir um bem (produto ou serviço) com
características próprias que o diferenciam de outros que, eventualmente, já
existam, sendo conduzido por pessoas, dentro de parâmetros de tempo, custo,
recursos e qualidade.
Constitui-se basicamente da documentação representativa de um processo de
planejamento que determina, entre outras coisas, as ações e condições
necessárias para resolver problemas, alterar uma situação ou criar novas
alternativas.
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A gestão de um projeto é a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas
e técnicas, de modo a alcançar ou exceder as necessidades dos empreendedores
e as expectativas do projeto. A gestão de projetos é realizada por meio da
utilização de processos, tais como: iniciação do projeto, planejamento, execução,
controle e encerramento do projeto. A equipe de projeto gerencia os trabalhos do
projeto, que tipicamente envolvem [PMI]:
• Demandas competitivas para: escopo, prazo, custo, risco e qualidade;
• Empreendedores com diferentes necessidades e expectativas;
• Necessidades identificadas.
2.1. Ciclo de Vida de um Projeto
Pelo fato de um projeto possuir características únicas, ou seja, de se desenvolver
em condições não repetitivas de estruturas organizacionais, orçamentos,
conhecimentos, fatores culturais, etc, ele envolve um certo grau de incerteza.
Organizações que desenvolvem projetos usualmente dividem cada projeto em
diversas fases para permitir um melhor controle da gestão e um casamento sem
impactos das novas funcionalidades implementadas pelo projeto e as operações
de produção em curso. Coletivamente, as fases de um projeto são conhecidas
como o ciclo de vida do projeto [PMI].
Cada fase do projeto é marcada pela entrega de um produto ou serviço concluído
conforme uma especificação. Estas entregas são parte de uma seqüência lógica
projetada para garantir o produto final. A conclusão de uma fase do projeto é
marcada pela entrega do produto associado à fase e pela revisão da performance
do projeto, de modo a detectar e corrigir erros que implicam no custo do projeto e
determinar se e quando o projeto continua em sua próxima fase.
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O ciclo de vida do projeto serve para definir o início e o fim do projeto. A Figura 1
mostra um ciclo de vida genérico para um projeto, mostrando os níveis relativos de
envolvimento financeiro e de pessoal. O ciclo de vida de um projeto pode e deve
ser acompanhado por meio de um modelo de gestão [PMI].
Figura 1 – Ciclo de Vida de um Projeto
Durante o período em que as atividades de gestão de um projeto ocorrem, os
componentes do processo se dividem em nove áreas de conhecimento. Todos
estes componentes são, alguns por um período específico, outros durante todo o
tempo de aplicação do modelo de gestão do projeto, utilizados pelo gerente do
projeto.
2.2. Áreas de Conhecimento no Processo de Gestão de Projetos
Durante o ciclo de vida do projeto as seguintes áreas de conhecimento são
aplicadas na gestão do projeto [PMI]:
• Gestão da integração do projeto: inclui os processos necessários para
garantir que os diversos elementos do projeto sejam adequadamente
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coordenados. Envolve fazer a distinção entre objetivos e alternativas conflitantes
para alcançar ou exceder as expectativas dos empreendedores do projeto;
• Gestão do escopo do projeto: inclui os processos necessários para garantir
que o projeto inclua todo o trabalho necessário, e somente o trabalho necessário,
para completar o projeto com sucesso. Esta gestão está concentrada em definir e
controlar o quê está e o quê não está incluído no projeto;
• Gestão do tempo do projeto: inclui os processos necessários para garantir a
conclusão do projeto no período de tempo planejado. Estes processos garantem a
definição, a seqüência e a duração estimada das atividades, o desenvolvimento da
programação e o controle das mudanças na programação realizada;
• Gestão do custo do projeto : inclui os processos necessários para garantir
que o projeto seja completado dentro do orçamento aprovado;
• Gestão da qualidade do projeto : inclui os processos necessários para
garantir que o projeto satisfaça as necessidades para as quais foi empreendido,
por meio do planejamento, controle, garantia e melhoria da qualidade;
• Gestão dos recursos humanos do projeto: inclui os processos necessários
para garantir o uso mais racional da participação das pessoas envolvidas com o
projeto, tais como os patrocinadores, clientes, colaboradores individuais,
especialistas, etc;
• Gestão das comunicações do projeto: inclui os processos necessários para
garantir no tempo necessário, a geração, a coleta, a disseminação, o
armazenamento e a formatação final das informações relativas ao projeto;
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• Gestão do risco do projeto: inclui todos os processos referentes à
identificação e análise de riscos, e a tomada de ações para eliminar os riscos do
projeto;
• Gestão de aquisições para o projeto: inclui os processos necessários para
adquirir bens e serviços para a realização do projeto, tais como, especificações,
licitações, análises técnicas e comerciais, seleção de fornecedores, solicitações de
compras e contratações, administração e encerramento de contratos;
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AULA 03 – Metodologia de projetos de Redes Top-Down - V. 01/06
1. Metodologias de Projeto
Um projeto, por definição, é um esforço temporário que possui início, meio e fim
bem definido e é empreendido para criar um produto ou serviço, que depende de
alguns fatores-chave para seu sucesso:
• Um objetivo claramente delimitado;
• Concentração de esforços e administração de conflitos;
• Equipe habilitada para a resolução dos problemas;
• Planejamento técnico e estratégico (utilização de ferramentas de análise);
• Gerência de projeto sobre os objetivos, custos, prazos e qualidade de
execução, com controle e avaliação dos resultados obtidos;
• Atendimento das necessidades dos clientes;
2. A Metodologia Top-Down
A Metodologia de projeto de redes Top-Down é um processo sistemático de
criação de redes que tem seu foco nos aplicativos, nas metas técnicas e na
finalidade dos negócios de uma organização.
É uma metodologia que ajuda a projetar uma visão lógica da rede antes de
desenvolver uma visão física. A ênfase está no planejamento antes da execução.
Ajuda a analisar as metas globais e depois adaptar a estrutura de rede proposta à
medida que obtém mais detalhes sobre necessidades específicas.
A metodologia Top-Down é uma disciplina que cresceu a partir do sucesso do
projeto estruturado de sistemas. O produto de um projeto de desenvolvimento
deve ser um modelo de um sistema completo. Um modelo lógico do sistema
permite que usuários e projetistas vejam como o sistema inteiro funciona e de que
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maneira as partes se encaixam. Um modelo fornece uma referência comum para
utilização durante a discussão das funções lógicas do sistema.
3. Fases do projeto de redes Top-Down
Esta metodologia consiste de quatro fases:
• Identificação das necessidades e das metas dos clientes;
• Projeto da rede lógica;
• Projeto da rede física;
• Testes, otimização e documentação do projeto de rede.
3.1. Identificação das necessidades e das metas dos clientes
Esta fase foca na análise de requisitos, começando com a identificação das metas
do negócio e dos requisitos técnicos. A tarefa de caracterizar a rede existente,
inclusive a estrutura física e o desempenho dos principais segmentos e roteadores
da rede, vem em seguida.
A última etapa desta fase é analisar o tráfego da rede, inclusive o fluxo de tráfego
e a carga, o comportamento do protocolo e os requisitos de qualidade de serviço
(QoS).
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Figura 1 - Atividades da fase de identificação das necessidades e das metas do cliente
3.2.Projeto da rede lógica
Nesta fase o projetista da rede desenvolve uma topologia de rede. Dependendo
do tamanho da rede e das características do tráfego, a topologia pode ser plana
ou hierárquica.
O projetista de redes também elabora um modelo de endereçamento de camadas
de rede e seleciona protocolos de enlace, comutação e roteamento. O projeto
lógico também inclui o projeto de segurança e gerenciamento da rede.
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Figura 2 - Atividades da fase do projeto da rede lógica
3.3.Projeto da rede física
Esta fase começa com a seleção de tecnologias e dispositivos para redes locais
ou de campus, inclusive as tecnologias Ethernet, FDDI e ATM; roteadores,
switches, hubs e cabeamento para implementar as tecnologias.
Segue-se a seleção de tecnologias e dispositivos para a rede corporativa da
empresa. Estas tecnologias incluem Frame Relay, ATM, xDSL e dial-up;
roteadores, switches de WAN e servidores de acesso remoto para implementar as
tecnologias.
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Figura 3 - Atividades da fase do projeto da rede física
3.3.1. Layout dos equipamentos
Existem diversos fatores que devem ser considerados no projeto físico de uma
rede de computadores. Nesse aspecto, o layout dos equipamentos pode ser
influenciado pelos seguintes fatores:
• Custos;
• Distâncias envolvidas;
• Expectativa de crescimento da rede;
• Localização física dos dispositivos;
• Segurança física;
• Alternativas para recuperação em caso de acidentes;
3.3.2. Definição da Infra-estrutura
Um componente de rede básico é o cabeamento, mesmo para redes que utilizam
tecnologias sem fio. Afinal, mesmo uma rede sem fios, em alguma parte, necessita
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conectar equipamentos como antenas, placas de rede, servidores, pontos de
acesso, etc.
O projeto físico da rede deve optar por um esquema de infra-estrutura apropriado,
levando em consideração os custos com aquisição de cabos, acessórios, material
de identificação, etc, bem como as limitações de distância de cada tipo de mídia
(cabos de par trançado, cabo coaxial, fibra óptica), obstáculos, restrições do local,
entre outros.
3.4.Testes, otimização e documentação do projeto de rede
A etapa final do projeto de redes Top-Down é descrever e implementar um plano
de testes, elaborar um protótipo ou piloto, otimizar o projeto da rede e documentar
o trabalho com uma proposta de projeto de rede.
Se os resultados dos testes indicarem quaisquer problemas de desempenho,
então durante essa fase o projeto deverá ser atualizado, citando a otimização que
deve ser implementada.
Por último deve ser elaborada a documentação do projeto da rede, que inclui a
descrição dos requisitos de seu cliente e explica como o projeto atende a esses
requisitos. Também se documentam a rede existente, o projeto lógico e físico, o
orçamento e despesas associadas com o projeto.
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Figura 4 - Atividades da fase de testes, otimização e documentação da rede.
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AULA 04 – Análise dos Requisitos dos Clientes - V. 01/06
1. Análise das metas e das restrições do negócio
A compreensão das metas e das restrições de negócio do cliente é um aspecto
crítico do projeto de rede. A análise completa das metas de negócio do cliente
proporcionará um projeto de rede que receberá a aprovação do cliente.
1.1.Análise das metas
Antes de marcar uma reunião com o cliente para discutir as metas do negócio
correspondentes ao projeto de rede, é interessante (1) pesquisar sobre o
negócio do cliente: em que mercado ele se encontra, quais são seus produtos,
fornecedores e suas vantagens competitivas. Com o conhecimento do negócio do
cliente e de suas relações externas será possível determinar as tecnologias e os
produtos para ajudar a fortalecer o status do cliente no mercado em que ele
participa.
Na primeira reunião com o cliente é necessário (2) entender sua estrutura
organizacional. Provavelmente, o projeto final de interligação das redes refletirá a
estrutura corporativa. Entender a estrutura corporativa da organização também
ajudará a localizar as comunidades de usuários mais importantes para caracterizar
o fluxo de tráfego.
Entender a estrutura da empresa também auxilia a entender a hierarquia da
tomada de decisões. Uma das principais metas nos estágios iniciais em um
projeto de rede deve ser (3) determinar quais são os responsáveis pela
tomada de decisões em relação à proposta do projeto de redes.
Solicite ao cliente para (4) definir uma meta global para o projeto da rede. São
exemplos típicos de metas de negócio em um projeto de rede:
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• Aumentar a receita e o lucro;
• Melhorar as comunicações na empresa;
• Encurtar o ciclo de desenvolvimento de produtos;
• Aumentar a produtividade dos funcionários;
• Expandir para outros mercados;
• Modernizar tecnologias desatualizadas;
• Reduzir os custos de telecomunicações e redes;
• Oferecer novos serviços aos clientes
1.2. Identificando Riscos
Com as metas alcançadas o sucesso estará garantido. Mas é necessário também
(5) definir os riscos e as conseqüências do fracasso do projeto:
• O quê acontecerá se o projeto falhar ou a rede não atender às
especificações?
• Existirá impacto nas operações da organização?
• O sucesso / fracasso do projeto será visível para os executivos?
1.3. Identificação do escopo de um projeto de rede
Esta atividade ajuda a entender se o projeto se destina:
• A um único segmento de rede;
• A um conjunto de LAN’s;
• A uma WAN;
• A redes de acesso remoto;
• Ou ainda à rede da empresa inteira.
Disciplina: Projeto e Construção de Redes - 3º períodoAULA 04 – Análise dos Requisitos dos Clientes - V. 01/06
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Os projetistas de rede raramente têm a chance de projetar uma rede a partir do
zero. Normalmente, um projeto de rede envolve uma versão aperfeiçoada da rede
existente, ou uma rede nova conectada a uma rede existente.
Toda a expectativa do cliente em relação ao projeto de rede pode ser trazida à
realidade quando o escopo do projeto fica bem definido.
1.4. Identificação dos aplicativos de rede do cliente
Os aplicativos são a verdadeira razão para a existência das redes. A identificação
dos aplicativos deve incluir tanto os existentes quanto os novos. Uma forma
simples de começar a identificar os aplicativos é criar uma planilha semelhante à
mostrada na Figura 1.
Nome do
Aplicativo
Tipo de
AplicativoNovo? [S] [N]
Nível de
ImportânciaComentários
Tabela 1 – Identificação dos Aplicativos de Rede
1.5.Análise das restrições do negócio
Existem três aspectos organizacionais que podem influenciar negativamente no
projeto da rede:
• Políticas e Normas: é necessário conhecer qualquer trabalho oculto,
hostilidades, tendências, relações de grupo ou histórico por trás do projeto que
poderiam fazê-lo fracassar. Existe algum projeto semelhante que fracassou?
Quais foram as razões do fracasso? O projeto eliminará empregos? Os
Disciplina: Projeto e Construção de Redes - 3º períodoAULA 04 – Análise dos Requisitos dos Clientes - V. 01/06
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funcionários possuem reação a mudanças? Qual é a disposição para assumir
riscos? Existem políticas de padronização ou adoção de padrões abertos?
Existe padronização de marcas de equipamentos? Os departamentos
controlam suas próprias aquisições? Os usuários finais estão envolvidos na
escolha dos aplicativos?
Na ânsia de chegar aos requisitos técnicos, às vezes os projetistas ignoram
detalhes não técnicos, e isto é um grande equívoco para o sucesso do
projeto.
• Restrições orçamentárias e de pessoal: o projeto de rede deve se adaptar
ao orçamento do cliente. O orçamento deve incluir a previsão de compra de
equipamentos, licenças de software, contratos de manutenção e suporte,
testes e treinamentos. Também pode incluir serviços de consultoria e despesas
com terceirização de algum serviço. A formação e as habilidades do pessoal
da equipe de rede devem ser avaliadas. Qual é o nível de experiência do
pessoal interno envolvido no projeto?
• Cronograma: o prazo de entrega de cada subproduto em cada fase do projeto
deve estar bem acordado com o cliente. Existem diversas ferramentas para o
desenvolvimento de cronogramas que incluem marcos, atribuições de
recursos, análise de caminho crítico, amarrações entre atividades, entre outros.
Entre as ferramentas temos o Microsoft Project, Project Builder, etc. Um
cronograma macro pode ser elaborado na etapa de desenvolvimento do
projeto, podendo ser detalhado à medida que se planeja a execução de uma
determinada fase do projeto.
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1.6.Lista de verificação das metas de negócio
• Pesquisei o mercado e os concorrentes do cliente?
• Entendo a estrutura corporativa do cliente?
• Compilei uma lista das metas de negócios do cliente, começando por uma
meta global de negócios que explica a finalidade principal do projeto de
rede?
• O cliente identificou todas as operações de missão crítica?
• Compreendo os critérios do cliente para o sucesso e a identificação de
falhas?
• Compreendo o escopo do projeto de rede?
• Identifiquei os aplicativos de rede do cliente?
• O cliente explicou as normas relacionadas com fornecedores, protocolos
administrativos ou plataformas tecnológicas aprovadas?
• O cliente explicou quaisquer normas relacionadas com soluções abertas x
soluções patenteadas?
• O cliente explicou quaisquer normas relacionadas com a distribuição de
autoridade referente ao projeto e à implementação da rede?
• Conheço o orçamento para esse projeto?
• Conheço o cronograma para esse projeto e acredito que ele seja prático?
• Tenho uma boa noção sobre a experiência técnica de meus clientes e de
qualquer equipe interna ou externa participante do projeto?
• Discuti com meus clientes um plano de treinamento da equipe?
• Estou ciente de todas as políticas corporativas que poderiam afetar o
projeto de rede?
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AULA 05 – Parâmetros de Desempenho - V. 01/06
1. Facilidade de escalonamento
Refere-se ao nível de crescimento que um projeto de rede tem que permitir. Um
projeto de rede deve se adaptar ao aumento de número de usuários, aplicativos,
servidores, instalações e conexões de redes externas. A visão de crescimento
deve alcançar pelo menos os próximos 2 anos.
2. Disponibilidade
Refere-se ao tempo durante o qual uma rede está disponível para os usuários.
Significa a proporção de tempo que a rede está operacional. A disponibilidade está
vinculada à redundância, confiabilidade (precisão, taxas de erros, estabilidade e
período de tempo entre falhas), resiliência e à recuperação de desastres.
Pode ser expressa em percentual (por exemplo, 99,95%), mas deve ainda
especificar em que período deve ocorrer o tempo de inatividade (por exemplo,
durante as 24h do dia ou é mais suportável durante o período noturno), deve
especificar uma unidade de tempo (por exemplo, 3h por mês) e se o período de
inatividade pode estar disperso (por exemplo, 30 minutos de inatividade por
semana pode não ser suportável, mas 10,7 segundos por hora pode ser
suportável, mas significam o mesmo período de inatividade semanal).
Pode ainda ser definida em termos do MTBF (Tempo Médio entre Falhas) e do
MTTR (Tempo Médio para Reparo). D = MTBF / (MTBF + MTTR). A meta de
MTBF típica para uma rede altamente confiável é 4.000 horas ou 167 dias. A meta
de MTTR típica é de 1 hora. O que daria uma disponibilidade de 99,98% para uma
rede de missão crítica. A meta de disponibilidade pode ser diferente para os
diversos segmentos da rede.
Disciplina: Projeto e Construção de Redes - 3º período
AULA 05 – Parâmetros de Desempenho - V. 01/06
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3. Desempenho
As metas de desempenho podem ser definidas por meio de um ou mais dos
seguintes parâmetros:
3.1. Capacidade ou largura de banda
É a capacidade de transporte de dados de um circuito ou uma rede, normalmente
medida em bits por segundo [bps].
3.2. Utilização
É a porcentagem em uso da capacidade total disponível. A utilização ótima é a
máxima utilização média antes de a rede ser considerada saturada. Uma regra
típica para a rede Ethernet compartilhada determina que a utilização média não
deve exceder 37%. Acima deste limite a rede começa a entrar na região de
saturação.
No caso das redes Token Ring e FDDI uma meta típica para utilização média
ótima da rede é 70%. O mesmo limite pode ser utilizado para segmentos de redes
WAN.
3.3. Vazão
É a quantidade de dados, isentos de erros, transferidos com sucesso entre dois
nós da rede, por unidade de tempo, normalmente segundos. Em condições ideais
a vazão deve ser igual à capacidade, porém este não é o caso em redes reais.
Teoricamente a vazão deve aumentar à medida que a carga oferecida cresce, até
o máximo da capacidade total da rede. Mas na prática, a vazão da rede depende
do método de acesso, da carga na rede e da taxa de erros. Ver Figura 1.
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AULA 05 – Parâmetros de Desempenho - V. 01/06
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Va
zão
Carga oferecida
100% de capacidade
100% de capacidade
ideal
real
Figura 1 – Carga oferecida e vazão
É comum a especificação da vazão em redes Ethernet em termos de PPS
(pacotes por segundo) ou CPS (células por segundo) nas redes ATM. Como
exemplo, vamos considerar uma rede Ethernet com o tamanho do frame igual a
1.518 octetos. Para este caso, o número máximo de PPS em um fluxo Ethernet, é
de 812 PPS. Para um switch Cisco modelo Catalyst 5000 com 30 portas, o fluxo
máximo teórico de PPS é de 812 x 30 = 24.360.
3.4. Carga oferecida
É o somatório da todos os dados que todos os nós de rede estão prontos para
enviar em um determinado momento.
3.5. Precisão
É a proporção do tráfego útil transmitido corretamente, em relação ao tráfego total.
As causas típicas de erro são:
! Surtos ou picos de energia;
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! Problemas de incompatibilidades de impedância;
! Conexões físicas de má qualidade;
! Dispositivos defeituosos;
! Ruído causado por equipamento elétrico;
Frames contendo erros devem ser retransmitidos, e isso tem um efeito negativo
sobre a vazão. No caso de redes IP, o TCP proporciona a retransmissão de
dados.
Para links WAN as metas de precisão podem ser especificadas sob a forma de um
limite de taxa de erros de bits – BER (bit error rate). Os links digitais com meio de
transmissão de cobre apresentam BER de 1 em 106. Os links de fibra ótica
apresentam um BER de 1 em 1011.
Para LANs normalmente não é especificado uma BER, principalmente pelo fato
das ferramentas de medição, como analisadores de protocolos, ter seu foco em
frames e não em bits. Um bom limiar a ser utilizado é o fato de que não deve
haver mais de um frame com erro para cada 106 octetos de dados transmitidos.
3.6. Eficiência
É uma medida do esforço necessário para produzir uma certa quantidade de
vazão de dados. A eficiência da utilização da largura de banda por frames grandes
é maior do que a utilização desta mesma largura de banda por frames pequenos,
por causa de um maior número de cabeçalhos e intervalos entre frames.
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frames pequenos (menos eficientes)
frames grandes (mais eficientes) Figura 2 – Eficiência x tamanho do frame
3.7. Retardo ou latência
Qualquer meta relativa ao retardo deve levar em consideração a física
fundamental. Um sinal em um cabo ou uma fibra ótica viaja a aproximadamente
2/3 da velocidade da luz no vácuo, ou seja, 200.000km/s. Os satélites
geoestacionários estão em órbita acima da Terra a uma altura de cerca de 36.000
km. Esta distância longa leva a um retardo de cerca de 270 ms para um salto de
comunicação via satélite.
O retardo de comutação de pacotes/frames também pode incluir o retardo de
enfileiramento. O número de pacotes em uma fila de um dispositivo de comutação
de pacotes/frames aumenta exponencialmente à medida que cresce a utilização.
A regra básica geral para a profundidade de uma fila é:
Profundidade da fila = utilização / (1- utilização)
Por exemplo, um switch de WAN com 5 usuários conectados, cada um
transmitindo frames a uma taxa de 10 pacotes por segundo, com comprimento
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médio do frame de 1.024 bits, precisando transmitir seus dados sobre um circuito
de WAN de 56kbps:
Carga = 5 x 10 x 1.024 = 51.200 bps
Utilização = 51.200 / 56.000 = 91,4%
Número médio de frames na fila = (0,914) / (1 – 0,914) = 10,6 frames
Aumentando a largura de banda em um circuito de WAN pode-se diminuir a
profundidade da fila e conseqüentemente reduzir o retardo.
3.8. Variação do retardo
Variações no retardo, denominadas jitter, causam interrupções na qualidade de
voz e saltos nos fluxos de vídeo. Células de comprimento fixo e curto, como por
exemplo, células ATM (53 octetos) são melhores do que os frames Ethernet (1518
octetos) para atender às metas de retardo e variação do retardo.
3.9. Tempo de Resposta
É a meta de desempenho de rede com que os usuários mais se preocupam. Os
usuários começam a perceber que estão esperando a resposta da rede após um
tempo de 100ms. Para a transferência de grandes arquivos ou de páginas gráficas
da Web, os usuários estão dispostos a esperar pelo menos 10 a 20 segundos.
3.10. Segurança
A principal exigência de segurança de um cliente é proteger os recursos,
impedindo que eles sejam incapacitados, roubados, alterados ou danificados. Os
recursos podem incluir servidores, sistemas de usuários, dados de aplicativos e a
imagem da empresa. As seguintes metas podem ser incluídas:
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! Permitir que usuários externos (clientes, fabricantes, fornecedores) tenham
acesso aos dados em servidores públicos da Web ou de FTP, mas não tenham
acesso a dados internos;
! Autorizar e autenticar usuários de filiais, usuários móveis e pessoas que
trabalham em casa;
! Detectar intrusos e isolar a proporção de danos que eles produzem;
! Autenticar atualizações de tabelas de roteamento recebidas de roteadores
internos ou externos;
! Proteger dados transmitidos para sites remotos através de uma VPN;
! Proteger física e logicamente servidores e dispositivos de interligação de
redes;
! Proteger aplicativos e dados contra vírus;
! Treinar usuários e administradores de redes em segurança;
! Implementar direitos autorais.
4. Facilidade de Gerenciamento
A terminologia da ISO pode ser utilizada para ajudar a estabelecer as metas de
gerenciamento da rede:
! Gerenciamento de falhas: detectar, isolar e corrigir problemas; relatar
problemas a usuários finais e a administradores de rede; localizar tendências
relacionadas a problemas; (quase todas as redes necessitam);
! Gerenciamento de configuração: controlar, operar, identificar, e coletar
dados dos dispositivos gerenciados; (quase todas as redes necessitam);
! Gerenciamento de desempenho: análise do comportamento do tráfego e de
aplicativos para otimizar uma rede, atender a acordos do nível de serviço e
planejar visando a expansão; (muitas redes necessitam);
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! Gerenciamento de segurança: monitorar e testar normas de segurança e
proteção, manter e distribuir senhas e outras informações de autenticação e
autorização, gerenciar chaves de criptografia, auditar a adesão a normas de
segurança; (muitas redes necessitam);
! Gerenciamento de contabilidade: contabilizar a utilização da rede para alocar
custos a usuários da rede e/ou planejar mudanças nos requisitos de
capacidade. (algumas redes necessitam);
5. Facilidade de uso
Enquanto a facilidade de gerenciamento pretende tornar mais fácil o trabalho dos
administradores de rede, a facilidade de uso pretende facilitar o trabalho dos
usuários da rede. Por exemplo, normas severas de segurança podem ter efeito
negativo sobre a facilidade de uso.
6. Facilidade de adaptação
É a possibilidade de integração fácil com novas tecnologias do futuro e a facilidade
de se adaptar a mudanças sob a forma de novos protocolos, novas práticas de
negócio ou nova legislação. Um projeto de rede flexível também é capaz de se
adaptar a padrões de tráfego variáveis e a requisitos de qualidade de serviço
(QoS). Um outro aspecto da facilidade de adaptação é a rapidez com que os
dispositivos de interligação de redes devem se adaptar a problemas e
atualizações.
7. Viabilidade
A meta principal de viabilidade é transportar a quantidade máxima de tráfego
correspondente a um determinado custo financeiro. Em redes de campus o baixo
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AULA 05 – Parâmetros de Desempenho - V. 01/06
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custo é freqüentemente uma meta primordial. Para redes corporativas, a
disponibilidade é normalmente mais importante que o baixo custo.
No entanto os clientes estão procurando maneiras de conter os custos de redes
corporativas. Para reduzir os custos de operar uma WAN, as seguintes metas
técnicas são normalmente relacionadas à viabilidade:
! Usar um protocolo de roteamento que minimize o tráfego na WAN;
! Usar um protocolo de roteamento que selecione rotas de tarifa mínima;
! Consolidar linhas dedicadas paralelas que transmitem dados e voz para
troncos de WAN’s menores;
! Selecionar tecnologias para alocação dinâmica de largura de banda;
! Melhorar a eficiência em circuitos de WANs usando recursos como
compactação, detecção de atividade de voz (VAD) e supressão de padrões
repetitivos (RPS);
! Eliminar troncos sub-utilizados da rede WAN eliminando tanto os custos de
circuitos quanto o hardware dos troncos.
O segundo aspecto mais caro do funcionamento de uma rede é o custo de
contratar, treinar e manter a equipe que irá operar e administrar a rede. Para
reduzir estes custos, deve-se:
! Selecionar equipamentos de interligação de redes fáceis de configurar, operar,
manter e administrar;
! Selecionar um projeto de rede que seja fácil de entender e que simplifique a
solução de problemas;
! Manter atualizada a documentação da rede para reduzir o tempo de solução de
problemas;
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AULA 05 – Parâmetros de Desempenho - V. 01/06
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! Selecionar aplicativos e protocolos de rede que sejam fáceis de usar.
8. Lista de verificação de objetivos técnicos
! Documentei os planos do cliente para expandir o número de sites, usuários e
servidores durante os próximos dois anos;
! O cliente informou sobre planos para migrar de servidores departamentais para
farms de servidores ou intranets;
! O cliente informou sobre planos de migrar sua arquitetura de redes para uma
arquitetura com vários protocolos;
! O cliente informou sobre planos para implementar uma extranet, a fim de se
comunicar com parceiros ou outras empresas;
! Documentei uma meta para a disponibilidade de rede em tempo de atividade
percentual e/ou MTBF e MTTR;
! Documentei todas as metas para utilização média máxima da rede em
segmentos compartilhados;
! Documentei metas para a vazão da rede;
! Documentei metas para vazão PPS de dispositivos de interligação de redes;
! Documentei metas para precisão e BER aceitáveis;
! Discuti sobre a importância de utilizar estruturas de comunicação de dados
grandes para maximizar eficiência;
! Identifiquei todos os aplicativos que têm um requisito de tempo de resposta
restritivo que o padrão de mercado de menos de 100 ms;
! Discuti os riscos e os requisitos de segurança de redes;
! Obtive requisitos de facilidade de gerenciamento, inclusive metas para
gerenciamento de desempenho, falhas, configuração, segurança e
contabilidade;
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AULA 05 – Parâmetros de Desempenho - V. 01/06
Ref: Projeto de Redes Top-Down, PMI, Salles, Pinheiro 11
! Trabalhando junto com o meu cliente, desenvolvi uma lista de metas de projeto
de rede, inclusive metas de negócio e metas técnicas. As metas críticas estão
em evidência;
! Atualizei o diagrama de aplicativos de rede para incluir metas técnicas
conforme a Tabela 1.
Nome do aplicativo
Tipo de Aplicativo
Novo Aplicativo [Sim] ou
[Não]
Importância Custo da Inatividade
MTBF Aceitável
MTTR Aceitável
Meta de
Vazão
O retardo deve ser
menor que:
A variação do retardo deve ser
menor que:
Obs
Tabela 1 – Requisitos Técnicos de Aplicativos de Rede
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AULA 06 – Caracterização da inter-rede - V. 01/06
1. Introdução
A avaliação da rede existente inclui o conhecimento da topologia e da estrutura
física, além da avaliação do desempenho da rede, permitindo determinar se as
metas do projeto do cliente são realistas.
2. Elaboração de um mapa da rede
Independente das ferramentas que se utiliza para elaborar um mapa de rede, a
meta deve ser desenvolver uma documentação com os seguintes itens:
! Informações geográficas, como países, cidades, campus, etc;
! Conexões de LAN e WAN;
! Informações de edifícios, andares e salas;
! Indicação de tecnologia da camada de enlace de dados para as LAN’s e
WAN (Frame Relay, ISDN, Ethernet, etc);
! Nomes de provedores de serviços para WAN;
! Localização de roteadores e switches (não necessariamente de hub’s);
! Localização e alcance das VPN’s e VLAN’s (representar cada segmento de
rede com uma cor diferente);
! Localização dos principais servidores ou farms de servidores;
! Localização de mainframes;
! Localização das principais estações de administração da rede;
! Localização dos componentes do sistema de segurança (firewall, proxy,
DMZ, etc);
! Localização dos sistemas de acesso remoto;
! Localização dos grupos de estação de trabalho;
! Representação da topologia lógica ou da arquitetura da rede.
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3. Caracterização do endereçamento e da nomenclatura de redes
Se a documentação da rede existente não tiver uma padronização para nomes de
sites, servidores, roteadores, links de comunicação, etc, é necessário estabelecer
um padrão.
É necessário também verificar se a rede atual possui um plano de endereçamento,
tal qual um plano de endereçamento IP, para se certificar se haverá restrições ao
projeto ou se será necessário redesenhar todo o plano de endereçamento. Por
exemplo, as máscaras de sub-rede IP atuais podem limitar o número de nós em
uma LAN ou VLAN.
4. Caracterização do cabling
Entender o projeto de cabling da rede existente auxilia a satisfazer as metas de
facilidade de escalonamento e disponibilidade do projeto da nova rede. Devem ser
documentados os tipos de cabeamento bem como seus comprimentos e número
de pares de fio. Avalie também a qualidade da identificação dos equipamentos e
cabos existentes. Documente as distâncias entre edifícios, pois ajudará na escolha
do novo cabeamento. Dentro dos prédios localize os centros de fiação, as salas de
distribuição de conexões e as salas de servidores.
Estas informações podem ser reunidas em uma planilha como mostrado na
Tabela 1. O cabeamento vertical passa entre os andares. O cabeamento
horizontal vai dos centros de fiação do andar até as tomadas de rede, e o
cabeamento da área de trabalho vai das tomadas de rede até as estações de
trabalho.
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Nome do Edifício:
Localização dos centros de fiação:
Localização dos centros de fiação para
conexões externas:
Topologia lógica da fiação (estruturada,
estrela, barramento, anel, centralizada,
distribuída)
Fiação Vertical
Coaxial Fibra STP UTP
Cat.5
UTP
Cat.6
Outra
Cabo Vertical 1
Cabo Vertical 2
Cabo Vertical n
Fiação Horizontal
Coaxial Fibra STP UTP
Cat.5
UTP
Cat.6
Outra
Pavimento 1
Pavimento 2
Pavimento n
Fiação da Área de Trabalho
Coaxial Fibra STP UTP
Cat.5
UTP
Cat.6
Outra
Pavimento 1
Pavimento 2
Pavimento n
Tabela 1 – Cabeamento em edifícios
5. Verificação das restrições da arquitetura e do ambiente
Algumas restrições de ordem ambiental podem vir a requerer soluções específicas
de projeto, como por exemplo, proximidade de rios, rodovias, ferrovias, sub-
estações elétricas, indústrias pesadas, obstáculos para transmissão a rádio,
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utilização de infra-estrutura pública (postes) para atravessamento de
ruas/avenidas, etc. Dentro de edifícios alguns assuntos arquitetônicos podem
afetar a viabilidade de implementar o projeto de rede:
! Condicionamento de ar;
! Calefação;
! Ventilação;
! Energia;
! Proteção contra interferência eletromagnética;
! Caminhos livres e superfícies refletoras para transmissão sem fio;
! Portas que possam ser trancadas;
! Espaço para tubulações, caixas de passagem, racks de equipamentos,
área de trabalho para a equipe de manutenção de rede, etc.
6. Verificação da saúde da inter-rede existente
O estudo do desempenho da inter-rede existente oferece uma medida de
comparação a partir da qual será possível medir o desempenho da nova rede.
6.1. Desenvolvimento de uma linha de base de desempenho de rede
Desenvolver uma linha de base com precisão do desempenho de uma rede não é
uma tarefa fácil. Um aspecto desafiador é selecionar um momento para fazer a
análise. É necessário que o período de tempo da análise cubra todos os períodos
de carga normal da rede e também os períodos de pico de tráfego. Deve-se
atentar ainda para excluir da análise as condições atípicas de operação
(sazonais).
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6.2. Análise da disponibilidade da rede
Colete todas as informações sobre MTBF e MTTR para a inter-rede e os principais
segmentos da rede. Compare estas estatísticas com as metas de disponibilidade.
As metas do cliente são realistas considerando-se o estado atual da rede?
Uma planilha como mostrado na Tabela 2 pode ser utilizada para documentar as
características de disponibilidade da rede atual.
MTBF MTTR Data e Duração do
último período de
inatividade importante
Causa do último
período de inatividade
importante
Empresa como um todo
Segmento 1
Segmento 2
Segmento 3
Segmento n
Tabela 2 – Características de disponibilidade da rede existente
6.3. Análise da utilização da rede
A utilização da rede é uma medida da quantidade da largura de banda em uso
durante um intervalo de tempo específico. É normalmente especificada como uma
percentagem da capacidade. Utilize ferramentas de monitoramento para medir a
utilização em intervalos de 1 a 5 minutos em cada segmento de rede, por um
período de pelo menos 2 dias de utilização típica. A Figura 1 mostra um gráfico de
utilização de uma rede.
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Figura 1 – Utilização da rede com amostragens a cada minuto
6.4. Utilização da largura de banda por protocolo
O desenvolvimento de uma linha base de desempenho de rede também deve
incluir a medição da utilização do tráfego de broadcast em comparação com o
tráfego unicast, por protocolo. Um analisador de protocolo deve ser colocado em
cada segmento importante da rede e deve ser preenchida uma planilha como a
mostrada na Tabela 3.
A utilização relativa especifica a quantidade de largura de banda usada pelo
protocolo em comparação com a largura de banda total em uso atualmente no
segmento. A utilização absoluta especifica a quantidade de largura de banda
usada pelo protocolo em comparação com a capacidade total do segmento.
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Protocolo Utilização relativa da rede Utilização absoluta da rede Taxa de broadcast
IP
NetBIOS
SNA
Outros
Tabela 3 – Utilização da largura de banda por protocolo
6.5. Análise da precisão da rede
Deve-se utilizar um testador de BER em links seriais para testar o número de bits
danificados em comparação com o número total de bits. No caso de redes de
comutação de pacotes deve-se medir erros de pacotes, pois um pacote inteiro é
considerado incorreto se um único bit é alterado ou perdido.
Pode-se ainda medir pacotes perdidos examinando estatísticas mantidas por
roteadores sobre o número de pacotes eliminados de filas de entrada ou saída.
6.6. Análise da eficiência da rede
Para determinar se as metas do seu cliente para eficiência de rede são realistas,
deve-se utilizar um analisador de protocolo para examinar os tamanhos dos
frames na rede atual. Muitos analisadores de protocolo permitem produzir um
diagrama semelhante ao mostrado na Figura 2, que documenta a quantidade de
estruturas que se enquadram em categorias padrão para tamanhos de frames.
A meta é maximizar o número de octetos de dados em comparação com o número
de octetos em cabeçalhos e em pacotes de reconhecimento enviados pelo destino
da comunicação. A alteração dos tamanhos dos buffers de pacotes transmitidos e
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recebidos nos clientes e servidores pode resultar em tamanhos de frames e
janelas de recepção otimizadas.
Figura 2 – Gráfico de barras de tamanhos de frames em uma rede Token Ring
6.7. Análise do retardo e do tempo de resposta da rede
Para verificar se o desempenho de um novo projeto de rede satisfaz às exigências
do cliente, é importante medir o tempo de resposta entre dispositivos de rede
importantes antes e após o novo projeto de rede.
Um dos modos mais comuns para medir o tempo de resposta é enviar pacotes de
ping e medir o tempo de ida e volta do pacote (RTT – round trip time). As medidas
de variância também são importantes para aplicativos que não podem tolerar jitter
elevado, como por exemplo, aplicativos de voz e vídeo. Utilize uma planilha como
a mostrada na Tabela 4 para documentar medidas de tempo de resposta. Deve-se
também medir o tempo de resposta das principais aplicações da rede, e dos
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serviços de rede, tais como consultas de DNS, solicitações de endereço IP por
meio de DHCP, etc.
Roteador A Roteador B Servidor A Servidor B
Roteador A
Roteador B
Servidor A
Servidor B
Tabela 4 – Medidas de tempo de resposta
6.8. Verificação do status dos roteadores principais da inter-rede
O passo final na caracterização da inter-rede existente é inspecionar o
comportamento dos principais roteadores da rede, incluindo a determinação do
nível de utilização da CPU do roteador, de quantos pacotes o roteador processou,
de quantos pacotes ele perdeu e o status dos buffers de entrada e saída das
interfaces. Para isto pode-se utilizar os comandos específicos do roteador em uso
ou utilizar o SNMP (Simple Network Management Protocol). A coleta de dados
deve ser feita durante algumas semanas.
7. Lista de verificação da saúde da rede existente
! A topologia e a infra-estrutura física da rede estão bem documentadas;
! Os endereços de rede e os nomes estão atribuídos de maneira estruturada e
estão bem documentados;
! A fiação de rede está instalada de forma estruturada e está bem identificada;
! A fiação da rede entre os centros de fiação e as estações de trabalho não tem
mais de 100 metros;
! A disponibilidade da rede atende às metas atuais do cliente;
! A segurança da rede atende às metas atuais do cliente;
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! Nenhum segmento Ethernet compartilhado está ficando saturado (35% de
utilização média da rede em um período de 10 minutos);
! Nenhum segmento Token Ring compartilhado está ficando saturado (70% de
utilização média da rede em um período de 10 minutos);
! Nenhum segmento FDDI compartilhado está ficando saturado (70% de
utilização média da rede em um período de 10 minutos);
! Nenhum link de WAN está ficando saturado (70% de utilização média da rede
em um período de 10 minutos);
! Nenhum segmento tem mais de 1 erro de CRC por milhão de octetos de dados
transmitidos;
! Em segmentos Ethernet, menos de 0,1% dos frames têm colisões. Não há
nenhuma colisão recente;
! Em segmentos Token Ring, menos de 0,1% dos frames são erros não críticos,
não relacionados com a inserção no anel;
! O tráfego de broadcast é menor que 20% de todo o tráfego em cada segmento
de rede;
! Sempre que possível, os tamanhos das estruturas foram otimizados para se
tornarem tão grandes quanto possível para a camada de enlace de dados em
uso;
! Nenhum roteador está superutilizado (a utilização da CPU em cinco minutos
está abaixo de 75%);
! Na média, os roteadores não estão perdendo mais de 1% dos pacotes;
! O tempo de resposta entre clientes e servidores é geralmente menor que
100ms.
www.projetoderedes.com.br
UniFOA - Curso Seqüencial de Redes de Computadores
Disciplina: Projeto e Construção de Redes - 3º período Professor: José Maurício S. Pinheiro
AULA 07 – Caracterização do tráfego da rede existente - V. 01/06
1. Identificação das principais origens de tráfego e locais de
armazenamento
A caracterização do fluxo de tráfego envolve a identificação das origens e dos
destinos do tráfego de rede e a análise da direção (unidirecional/bidirecional) e
simetria (simétrico/assimétrico) dos dados que trafegam entre origens e destinos.
Para compreender o fluxo de tráfego na rede, deve-se inicialmente identificar as
comunidades de usuários e os locais de armazenamento de dados para os
aplicativos existentes e novos.
A documentação destas informações pode ser feita utilizando-se as planilhas
mostradas na Tabela 1 e na Tabela 2.
Nome da
Comunidade de
Usuários
Número de Usuários
da Comunidade
Localização da
Comunidade
Aplicativos usados
pela Comunidade
Tabela 1 – Comunidades de usuários
Local de Armazenamento
de Dados Localização
Aplicativos que usam
os dados
Comunidades que usam
os dados
Tabela 2 – Locais de armazenamento de dados
UniFOA - Curso Seqüencial de Redes de Computadores
Disciplina: Projeto e Construção de Redes - 3º período
AULA 07 – Caracterização do tráfego da rede existente - V. 01/06
Ref: Projeto de Redes Top-Down, PMI, Salles, Pinheiro 2
O método mais simples para caracterizar o tamanho de um fluxo é medir o número
de octetos por segundo entre as entidades da rede, usando um analisador de
protocolo ou sistema de gerenciamento. A Tabela 3 mostra uma planilha que pode
auxiliar a documentar o fluxo de tráfego na rede existente.