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Arte, literatura e representação - 1° ano - php

Jul 05, 2015

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Primeira aula que dei de Literatura para alunos do primeiro ano do Ensino médio.
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Arte é a atividade humana ligada a manifestações de ordem estética, feita por artistas a partir de percepção, emoções e ideias, com o objetivo de estimular esse interesse de consciência em um ou mais espectadores, e cada obra de arte possui um significado único e diferente.

(copiar no caderno)

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Na história da filosofia tentou se definir a arte como intuição, expressão, projeção, sublimação, evasão, etc. Aristóteles definiu a arte como a imitação da realidade, mas Bergson ou Proust a veem como a exacerbação da atipicidade intrínseca ao real. Para Kant, a arte será aquela manifestação que produza uma “satisfação desinteressada”.

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O Grito, de 1893. Edvard Munch, ícone do Expressionismo alemão.

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Escultura de Aleijadinho, que viveu em Vila Rica, entre 1738 e 1814. Barroco Brasileiro.

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O nascimento de Vênus, 1486. de Sandro Botticelli. Obra renascentista, O nascimento de Vênus.

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À luz do Romantismo, do Vitalismo, da Fenomenologia, do Marxismo, surgem também outras e novas interpretações de "arte". A dificuldade de definir arte está na sua direta relação e dependência com a conjuntura histórica e cultural que a fazem surgir. E isso sucede porque ao se instaurar e estabilizar um novo "estilo", este rompe os sistemas e códigos estabelecidos.

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Atualmente, arte é usada como a atividade artística ou o produto da atividade artística. A arte é uma criação humana com valores estéticos, como beleza, equilíbrio, harmonia, que representam um conjunto de procedimentos utilizados para realizar obras.

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Alguns autores (como Hegel e Ricciotto Canudo) e pensadores organizaram as diferentes artes em uma lista numerada. A inclusão de algumas formas de arte não foi muito consensual, mas com a evolução da tecnologia, esta é a lista mais comum nos dias de hoje:

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1ª Arte - Música;2ª Arte - Dança / Coreografia;3ª Arte - Pintura;4ª Arte - Escultura;5ª Arte - Teatro;6ª Arte - Literatura;7ª Arte - Cinema;8ª Arte - Fotografia;9ª Arte - Histórias em Quadrinhos;10ª Arte - Jogos de Computador e de Vídeo;11ª Arte - Arte digital.(copiar no caderno)

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a manifestação de alguma habilidade especial; a criação artificial de algo pelo homem; o desencadeamento de algum tipo de resposta no ser humano,

como o senso de prazer ou beleza; a apresentação de algum tipo de ordem, padrão ou harmonia; a transmissão de um senso de novidade e ineditismo; a expressão da realidade interior do criador; a comunicação de algo sob a forma de uma linguagem especial; a noção de valor e importância; a excitação da imaginação e a fantasia; a indução ou comunicação de uma experiência-pico; coisas que possuam reconhecidamente um sentido; coisas que deem uma resposta a um dado problema.

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Joaquim Maria Machado de Assis (Rio de Janeiro, 21 de junho de 1839 — Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1908) foi um escritor brasileiro, amplamente considerado como o maior nome da literatura nacional. Escreveu em praticamente todos os gêneros literários, sendo poeta, romancista, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista, e crítico literário. Testemunhou a mudança política no país quando a República substituiu o Império e foi um grande comentador e relator dos eventos político-sociais de sua época.

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Um ApólogoMachado de Assis

Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?— Deixe-me, senhora.— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.— Mas você é orgulhosa.— Decerto que sou.— Mas por quê?— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...

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— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...— Também os batedores vão adiante do imperador.— Você é imperador?— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano.

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Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:— Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:— Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!

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Escreva, em um parágrafo, o enredo, ou o que acontece no Apólogo, de Machado de Assis, lido agora.

Você tem cinco minutos.

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Assim como a música, a pintura e a dança, a Literatura é considerada uma arte. Através dela temos contato com um conjunto de experiências vividas pelo homem sem que seja preciso vivê-las.

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A Literatura é um instrumento de comunicação, pois transmite os conhecimentos e a cultura de uma comunidade. O texto literário nos permite identificar as marcas do momento em que foi escrito.

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As obras literárias nos ajudam a compreender sobre nós mesmos e sobre as mudanças do comportamento do homem ao longo dos séculos; e, a partir dos exemplos, ajudam-nos a refletir sobre nós mesmos.

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É considerado o primeiro livro da Sociedade Ocidental. Sua autoria é atribuída a Homero, mas sabe-se que os mitos que ele contém eram de conhecimento da população grega à época.

A bela Helena, de Troia.

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Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Na literatura, define-se manifesto como um texto de natureza dissertativa e persuasiva, uma declaração pública de princípios e intenções, que objetiva alertar um problema ou fazer a denúncia pública de um problema que está ocorrendo, normalmente de cunho político. O manifesto destina-se a declarar um ponto de vista, denunciar um problema ou convocar uma comunidade para uma determinada ação. Estrutura relativamente livre, mas com alguns elementos indispensáveis: título, identificação e análise do problema, argumentos que fundamentam o ponto de vista do(s) autor(es) do manifesto, local, data, assinaturas dos autores e simpatizantes da causa.

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A exaltação do belo na Grécia, e na Sociedade Ocidental deu origem aos padrões de beleza procurado nos dias atuais. O Brasil é um dos países do mundo que mais faz tratamentos e cirurgias estéticas. A pessoa que não enquadra nesses rígidos padrões muitas vezes sofre discriminação.

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Os alunos deverão ir à biblioteca e pegar um livro literário emprestado a sua escolha. (o livro precisa ser inédito)

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Por que você escolheu este livro?

Quem é o autor? Você já o conhecia?

Dê um palpite sobre o enredo da história.

O que você achou da capa?

Sugira uma outra capa para o livro. (Sim, é para desenhar...)

Leia o livro e faça um resumo da história para entregar.