Arritmias
Arritmias
Sistema de Condução Cardíaco
Bundle of His
Objetivos
. Identificar no ECG as arritmias mais comuns;
. Associar o traçado eletrocardiográfico com sinais e sintomas relacionados;
. Adquirir noções de esquemas terapêuticos indicados e ações de emergência.
Definição
Anormalidade na freqüência, regularidade ou na origem do impulso
cardíaco, ou uma alteração na sua condução causando uma seqüência
anormal da ativação miocárdica.
O eletrocardiógrafo
O Eletrocardiograma
Derivações bipolares
Derivações unipolares. Periféricas
. Precordiais
Componentes do ECG
0,2s
0,12s
ONDA P – o impulso é iniciado no nodo sinusal.
ONDA P – ínicio da despolarização atrial
ONDA P – despolarização atrial é completada
INTERVALO PR – o impulso sofre um atraso no nodo AV
COMPLEXO QRS – excitação elétrica dos ventrículos
ONDA T – repolarização ventricular
Bradicardia Sinusal
Eixo onda P e intervalo P-R normais FC < percentil 5 para a idade
• Atletas (normal)• Hipertensão intra-craniana, hipoxia,
hipercalemia, hipercalcemia, estimulação vagal, hipotiroidismo, hipotermia.
• Drogas: digoxina, beta-bloqueantes, opióides, sedativos, hipnóticos, amiodarona
• Terapêutica: tratar causa subjacente
Bradicardia Sinusal
Bloqueio AVBloqueio AV de Primeiro Grau
Atraso na condução através do nódulo AV
Prolongamento do intervalo PR
• Habitualmente asintomático• Febre reumática aguda, cardiopatia
congênita (CIA), cardiomiopatia, após cirurgia cardíaca, crianças normais
• Drogas: toxicidade digitálicos• Terapêutica: tratar causa subjacente• Achado isolado - benigno, sem
necessidade de terapêutica ou seguimento
Bloqueio AVBloqueio AV de Primeiro Grau
Bloqueio AV de Segundo Grau:Mobitz Tipo I - Wenckebach
Aumento progressivo do intervalo PR até que um QRS não é conduzido ( não há contração ventricular)
P
• Não progride habitualmente para bloqueio AV completo
• Miocardite, cardiomiopatia, cardiopatia congénita, cirurgia cardíaca, enfarte miocárdio, atividade parassimpática aumentada.
• Drogas: toxicidade digitálica, toxicidade de beta-bloqueadores
• Tratamento: tratar causa subjacente
Bloqueio AV de Segundo Grau:Mobitz Tipo I - Wenckebach
PR constante antes de QRS não conduzido
Bloqueio AV de Segundo Grau:Mobitz Tipo II
• Bloqueio transitório do nódulo AV no feixe de His
• Doença estrutural ou pós-operatório• Pode progredir para BAV completo• Pode necessitar de pacemaker
Bloqueio AV de Segundo Grau:Mobitz Tipo II
Bloqueio AV de Terceiro GrauCompleto
Dissociação completa da condução auricular e ventricular
Onda P e intervalo PR normais
Pacemaker juncional – QRS estreito
Pacemaker ventricular – QRS alargado
Frequência 30 – 50 cpm
• Congénito: lúpus materno ou doença tecido conjuntivo, cardiopatia congénita (L-TGA ou anomalia do septo AV)
• Adquirido: pós-op, febre reumática aguda, miocardite, cardiomiopatia, enfarte miocárdico
• Pode necessitar de “pacemaker” se sintomático, ou especialmente se de tipo adquirido
Bloqueio AV de Terceiro GrauCompleto
Arritmia Sinusal
Variação normal da FC com ciclo respiratório
Intervalos P-P variáveis
Sem necessidade de terapêutica
Extra Sístole Atrial
Foco ectopico no átrio ou nó AV
QRS estreito
Onda P normal
Toxicidade Digitálica
Drogas
Impulso ectópico ativa o ventrículo antes da onda de despolarização do nódulo sinusal normal
QRS anormalmente largo aparece prematuramente
Bigeminismo, trigeminismo, salvas
Miocardite, lesão miocárdica, cardiomiopatia,cardiopatia
congénita ou adquirida, hypocalemia, hipóxia
prolapso válvula mitral, hipomagnesémia
Toxicidade digitálica, catecolaminas, teofilina, cafeina, anestésicos, anti- arrítmicos de classe I e III
Extra Sístolia Ventricular
Fibrilação Atrial
Frequência atrial de 350 a 600 cpm Resposta ventricular irregular de: 110 – 150 cpm QRS Normal Sem ondas P discretas
Cardiopatia congénita
Aumento súbito do tónus vagal
Hipertiroidismo
Múltiplos circuitos de reentrada nas aurículas
Fibrilação Atrial
Débito cardíaco adequado
• Antiarrítmico de classe Ia: Procainamida
• Bloqueia canal rápido de Na+
Débito cardíaco inadequado
• Cardioversão sincronizada 50-200 J
• Anticoagulação• Chamar cardiologia• Pacing
Fibrilação Auricular
Taquicardia Sinusal
Ritmo sinusal normal
FC > 100 bpm
Hipovolemia, choque, anemia, sepsis, febre, ansiedade, ICC, embolia pulmonar
Beta-agonistas, aminofilina, atropina
Taquicardia Supraventricular
> 230 cpm
QRS estreito
Ondas P habitualmente não visíveis
Idiopático
Cardiopatia congénita (CIV, TGA)
Flutter Auricular
Frequência atrial de 250-350 cpm
dente de serra (sem ondas P discretas)
Complexo QRS normal
Átrios dilatados, cirurgia intra -atrial
Toxicidade digitálica
Após procedimento de Fontan
Terapêutica• Digoxina• +/- Beta-
bloqueadores• Cardioversão
sincronizada 50 – 200J
• “Pacing overdrive”• Consultar
cardiologista
Flutter Auricular
Taquicardia Ventricular
120-150 cpm
QRS alargado
3 ou mais impulsos ventriculares consecutivos
85% têm anatomia cardíaca anormal
Desequilíbrios metabólicos
Drogas/toxinas: antidepressivos tricíclicos
Torsades de pointes
Taquicárdia ventricular multiforme com alterações progressivas na amplitude dos complexos QRS separados por QRS de transição estreitos
Polaridade do QRS gira repetitivamente em volta de uma linha de base isoeléctrica
Pode progredir para fibrilhação ventricular
Síndrome do QT longo: perturbação da estrutura proteica ou função dos canais cardíacos de K or Na
Classe Ia and Ic, anti-depressivos tricíclicos, intoxicação com organofosforados
Corrigir desequilíbrios electrolíticos, em especial Mg
Torsades de pointes
Terapêutica• Cardioversão• MgSO4 – inibe
diretamente a despolarização precoce
• Pacing cardíaco
Fibrilação Ventricular
Arritmia ventricular rápida e irregular
QRS de baixa amplitude
Forma primaria ou por degeneração de taquicárdia supra-ventricular instável
Rara nas crianças
Enfarte miocárdico, pos-operatório, miocardite, hipoxia grave
Toxicidade digitálica, catecolaminas