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Apresentação 8888

Jul 11, 2016

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Apresentação de Matemática
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Dentre todas as dificuldades pelas quais passa a

educação no Brasil, destaca-se, atualmente, um

grande desinteresse por parte de muitos alunos, por

qualquer atividade escolar. Frequentam as aulas por

obrigação, sem, contudo, participar das atividades

básicas. Ficam apáticos diante de qualquer iniciativa

dos professores, que se confessam frustrados por não

conseguirem atingir totalmente seus objetivos.

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A indiferença e a ausência de paixões e afetos são

estados emocionais que se resumem numa única

palavra: apatia. Quando alguém – que não era – se

torna apático, é sinal de alerta.

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Sendo próprio de seres inacabados, ele deveria

fazer parte de todo ser humano – incluindo,

naturalmente, os alunos, que, segundo FREUD

([1910] (1990), deveriam fazer parte dos

“desejantes de saber”, tal como as crianças e os

cientistas.

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É interessante ressaltar que o sujeito infantil está interessado no conhecimento das coisas sexuais, e para Kupfer (1995, p. 80) a descoberta da diferença sexual anatômica é o início do desejo de saber, pois a “criança descobre diferenças que a angustiam. É essa angústia que a faz querer saber”. É o interesse pelas coisas sexuais que, posteriormente, deslocar-se-á para outros objetos, tais como o conhecimento veiculado por meio do trabalho pedagógico com o conteúdo escolar

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Para KUPFER (1995, p. 79), “... o processo de

aprendizagem depende da razão que motiva a busca de

conhecimento”, ressaltando o porquê da sua importância.

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Refletindo sobre o Aprendizado dos alunos: Município Lorena

Com base nos resultados da Prova Brasil 2013, é possível calcular a proporção de alunos com aprendizado adequado à sua etapa escolar

Conheça o conceito de aprendizado adequado

Português, 5º ano - 49%É a proporção de alunos que aprenderam o adequado na competência de leitura e interpretação de textos até o 5º ano na rede municipal de ensino.Dos 962 alunos, 468 demonstraram o aprendizado adequado.

Português, 9º ano - 32%É a proporção de alunos que aprenderam o adequado na competência de leitura e interpretação de textos até o 9º ano na rede municipal de ensino.Dos 332 alunos, 107 demonstraram o aprendizado adequado

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Matemática, 5º ano - 44%

É a proporção de alunos que aprenderam o adequado na competência de resolução de problemas até o 5º ano na rede municipal de ensino.Dos 962 alunos, 417 demonstraram o aprendizado adequado.

Matemática, 9º ano - 13%

É a proporção de alunos que aprenderam o adequado na competência de resolução de problemas até o 9º ano na rede municipal de ensino.Dos 332 alunos, 43 demonstraram o aprendizado adequado.

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A forma de apresentar o conteúdo, portanto, pode agir em sentido contrário, provocando a falta de desejo de aprender que seria, para os alunos, o distanciamento que se coloca entre o conteúdo e a realidade de suas vidas.

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Muitas crianças e jovens brasileiros não se

motivam a estudar para ter um futuro

promissor porque não têm noção de futuro

e, por outro lado, os jovens se mostram

desesperançados porque acham que o

futuro é isso mesmo, que é o que eles já

estão vivendo

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Quando o aluno não percebe de que modo o conhecimento

poderá ajudá-lo, como desejará algo que lhe parece inútil?

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Esta inutilidade também aparece na dificuldade de

conseguir emprego tão logo completem seus estudos.

Então, parece-lhes que perderam tempo na escola.

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As políticas educacionais praticadas pelo MEC nem

sempre vêm contribuindo para o desejo de aprender.

Como exemplo a ser citado é a aprovação, pelos

Conselhos de Classe, de alunos que não adquiriram o

conhecimento mínimo necessário e, portanto, a média

exigida. (Resolução nº 3794/04)

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O escritor e psiquiatra Içami Tiba, em uma de suas palestras , nos

convida a refletir sobre a desmotivação nas escolas nos dias atuais.

O escritor afirma que ninguém sente motivação pelo que não se

conhece, que ninguém procura o que nunca experimentou, e que

quando o aluno não quer aprender não é somente problema do

aluno, mas de todo o sistema no qual ele está inserido. Se por um

lado, discute-se muito sobre valorização de professor, melhores

salários, melhores condições de trabalho, qualificação profissional,

por outro lado esquece-se do que mais deve ser analisado e revisto

no meio em que se vive: o foco, o objetivo do estudo, em si.

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O aluno deve ser desafiado, para que deseje saber, e uma forma de criar este interesse é dar a ele a possibilidade de descobrir

desenvolver nos alunos uma atitude de investigação, uma atitude que garanta o desejo mais duradouro de saber, de querer saber sempre. Desejar saber deve passar a ser um estilo de vida

Falar ao sempre numa linguagem acessível, de fácil compreensão

. Os exercícios e tarefas deverão ter um grau adequado de complexidade. Tarefas muito difíceis, que geram fracasso, e tarefas fáceis, que não desafiam, levam à perda do interesse. O aluno não "fica a fim".

Com o objetivo de contribuir com os professores que muitas vezes no exercício da profissão apresentam o verdadeiro interesse em ajudar o aluno desmotivado, segue abaixo algumas sugestões baseadas em estudiosos da área com o objetivo de auxiliar o educador na prática, motivando seu aluno, independente da disciplina ou série em que se encontra

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Compreender a utilidade do que se está aprendendo é também fundamental. Não é difícil para o professor estar sempre retomando em suas aulas a importância e utilidade que o conhecimento tem e poderá ter para o aluno. Somos sempre " a fim" de aprender coisas que são úteis e têm sentido para nossa vida. (BOCK, 1999, p. 122)

• Faça com que o aluno compreenda o que está sendo ensinado, ao invés de apenas memorizar; • Busque sempre relacionar os conteúdos com fatos da atualidade; • Elabore atividades que possa detectar a evolução do aluno;

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Apresente atividades desafiadoras, que envolvam os esquemas

cognitivos de natureza operativa. Os jogos, trabalhos em grupo.

Proporcione atividades de expressão oral, onde o aluno possa

ouvir e se fazer ouvir, externar opiniões e dúvidas.

Distribua funções, divida tarefas, ao participarem da dinâmica da

sala de aula sentem-se responsáveis por ela.

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Aplique o conteúdo com entusiasmo, evitando aulas “mecânicas”; • Estabeleça um ritmo de aula de forma que todos possam acompanhar o raciocínio que exige o conteúdo; • Quando o aluno apresentar dificuldades, apresente a ele pistas proporcionando oportunidades para superar as dificuldades, fazendo com que o aluno exerça seu próprio raciocínio; • Ao iniciar a aula estabeleça metas e objetivos dessa, porém, baseados no ritmo da turma, combinando regras para que não seja desviado o objetivo da aula; • No momento da avaliação, o ideal é que o professor evite comparações, ameaças, ou seja, condutas negativas que possam vir a refletir maleficamente na auto-estima dos alunos.

O professor sendo mediador do conhecimento é responsável por realizar essa função da melhor maneira possível, buscando sempre se manter atualizado, podendo formar cidadãos cada vez mais capacitados.

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Para Libâneo, é fundamental perguntar: que tipo de reflexão o professor precisa para alterar sua prática, pois para ele a reflexão sobre a prática não resolve tudo, a experiência refletida não resolve tudo. São necessárias estratégias, procedimentos, modos de fazer, além de uma sólida cultura geral, que ajudam a melhor realizar o trabalho e melhorar a capacidade reflexiva sobre o que e como mudar (LIBÂNEO, 2005,

Perguntar, segundo Freire, (1985,p. 46) é o início da aprendizagem. “... o

que o professor deveria ensinar [...] seria, antes de tudo, ensinar a

perguntar. Porque o início do conhecimento, repito, é perguntar. E somente

a partir de perguntas é que se deve sair em busca de respostas.”

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Em suma, a falta de desejo de aprender dos alunos relaciona-se à

falta de desejo de ensinar de alguns professores, à falta de perspectiva de

um futuro melhor, à precariedade das políticas educacionais em vigor que

permitem a alunos serem aprovados pelos Conselhos de Classe, tirando

lhes a responsabilidade pelos estudos, à desestruturação de algumas

famílias, cujos filhos chegam à escola desconhecendo, muitas vezes, as

regras mais elementares de convivência e sem conhecimento de limites e a

outras tantas causas . FREIRE, (1985, p. 51)